REGIÃO CARBONÍFERA, TERÇA-FEIRA, 18 DE JANEIRO DE 2011 [email protected] - (51) 3651.4041 GERAL 7 FALTA DE CHUVA Cuidados com o solo podem minimizar efeitos da estiagem As baixas precipitações, verificadas nos últimos meses em municípios da Metade Sul do Estado, alertam produtores para a necessidade de se adotar medidas preventivas capazes de minimizar os impactos do clima sobre a agricultura e a pecuária. O diretor técnico da Emater/RS, Alencar Rugeri, frisa que a estiagem atinge o Rio Grande do Sul de forma sistemática e, justamente por isso, a Emater/RS-Ascar desenvolve um trabalho contínuo de apoio técnico incentivando ações capazes de reduzir suas conseqüências. - Não há uma solução única, mas um conjunto de atitudes que devem ser tomadas continuamente e de forma planejada, inclusive em anos de condições climáticas normais, para dar segurança à produção-, alerta Rugeri. Entre as primeiras medidas a serem adotadas estão a diversificação das atividades e a estruturação do solo. Com a diversificação das culturas o produtor pode reduzir os impactos não apenas do clima, mas também de outro fator externo que pode incidir sobre seu negócio: a oscilação de preços. Outras medidas fundamentais que devem ser tomadas continuamente, segundo Rugeri, são o respeito ao zoneamento agrícola e a adoção de técnicas como plantio direto, com curvas de nível, rotação de culturas, e a produção de palha, tudo isso para garantir um solo estruturado com matéria orgânica. - Todas estas ações garantem que haja uma maior infiltração e um armazenamento de água no solo para não haver prejuízos durante estiagens curtas -, explica o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Edemar Streck. De acordo com Streck, a partir deste manejo adequado do solo o produtor pode partir para o passo seguinte: o armazenamento de água. Na forma de cisternas, poços artesianos e açudes, as reservas de água são utilizadas em períodos mais longos de seca para suprir as necessidades de consumo da família e dos animais, além de garantir a irrigação das culturas e pastagens. Com o planejamento e a execução de obras de captação e armazenagem, o produtor BANCO DE DADOS / PORTAL Estiagem: prevenir o previsível Vilmar Perin Zanchin* A adoção de técnicas como plantio direto, com curvas de nível (foto), rotação de culturas, e a produção de palha, podem garantir solo estruturado com matéria orgânica está preparado para armazenar água nos meses de excedente e utilizá-la durante os períodos de estiagem. Foi o que constatou o produtor Omar Maia, que há sete anos conta com irrigação por gotejamento para garantir a colheita durante os períodos de seca. Além disso, Maia divide a renda familiar entre culturas distintas como o melão, o arroz e o milho, e tem cuidados com a adubação e realiza o plantio em nível. Com todas estas precauções, apesar de estar na região mais atingida pela estiagem, Maia ainda não sentiu seus efeitos. - Nossa expectativa de colheita é boa, não tivemos problemas -, conta. O diretor técnico da Emater/RS ressalta a importância do trabalho contínuo dos extensionistas na motivação dos pecuaristas familiares e dos pequenos agricultores gaúchos na busca de alternativas de captação, armazenagem e uso da água, para alcançar boa produtividade mesmo em períodos de estiagens. - De forma geral as pessoas só se preocupam com a seca quando o problema está instalado, mas a Emater trabalha de forma persistente e continuada justamente para levar estas informações ao produtor e garantir boas safras-, afirma Rugeri. A mudança de temperatura é apenas o dado mais visível do transcurso das estações do ano. Além dessa característica aparente, há outros fatores igualmente constantes que influenciam diretamente o cotidiano da população. E um dos aspectos negativos envolvidos nesse processo é a sazonalidade com a qual surgem catástrofes naturais – que vão desde o excesso de chuvas até a perda de plantações em função da geada. Repetidas ano após ano, essas tragédias já não mais podem ser consideradas fatalidades. Pelo contrário: a cada deslizamento, a cada cheia de um rio, a cada colheita arruinada pela falta d’água, reforça-se a certeza de que é necessário manter um cuidado permanente – e não apenas emergencial – em relação aos desastres. Em outras palavras, um planejamento que envolva ações de prevenção e de auxílio imediato. Com a prevista habitualidade, as calamidades públicas retornam ao centro das atenções no Rio Grande do Sul. Agora, a propósito, em função da estiagem que volta a atingir diversas regiões do Estado, sobretudo a Sudeste. A preocupação tem razão de ser: a escassez de chuvas traz consequências nefastas não apenas para a agricultura e a população rural, mas também para a economia urbana e as comunidades em geral. Frente a todos os problemas decorrentes da seca, os Municípios gaúchos estão em permanente busca de soluções. A medida mais urgente diz respeito a uma antiga reivindicação das comunidades: a regulamentação e a previsão de dotação orçamentária do Fundo Estadual de Defesa Civil (Fundec/ RS) e, no âmbito federal, do Fundo Especial para Calamidades Públicas (Funcap). Ambos destinarão recursos para o desenvolvimento de ações de pronta-resposta a eventos adversos – o que contribuirá para a redução dos prejuízos. O funcionamento do Fundec/RS e do Funcap é indispensável, tendo em vista que os Municípios atingidos nem sempre recebem a tempo o auxílio proporcional aos danos ocorridos. Trata-se, em outras palavras, de conceder às comunidades aquilo que lhes é direito. Além disso, a Famurs busca a aproximação com outras entidades – como Fetag, Farsul e Governo do Estado – para garantir a cooperação no enfrentamento de possíveis dificuldades. Essas políticas sinalizam a necessidade de um planejamento de defesa civil mais eficiente para o Rio Grande do Sul e o Brasil. Seja em tempos de secas ou tempestades, de frio ou calor, a população deve ser atendida com rapidez e sem entraves administrativos. Eis, afinal, a vocação primordial do Poder Público: olhar e agir em defesa do cidadão, especialmente nos momento em que ele mais precisa. (*) Presidente da Famurs IMPOSTO DE RENDA GENERAL CÂMARA Realizada a 224ª Festa de Santo Amaro De 6 a 15 de janeiro, aconteceu a 22ª Festa de Santo Amaro, em General Câamra. Segundo o casal festeiro, Ana Lúcia e Jerri Adriano, a festa, que é um dos maiores eventos religiosos da região, foi um sucesso. No dia 15, aconteceu o ponto alto da festa, pela manhã durante a missa celebrada por Dom Irineu Wilges, ocorreu a entrega de presentes aos homenageados de honra (pessoas que se destacaram na comunidade), e à tarde centenas de fiéis participaram da procissão em homenagem ao santo. Participaram dos festejos, ale´m das autoridades locais, Francisco Pereira Rodrigues, presidente da Academia Riograndense de Letras e o vice-cônsul de Portugual, Adelino de Assunção Nobre Veracruz Pinto. Ente as atrações da festa, foram destaque o passeio ciclístico realizado no dia 9; a procissão luminosa no dia 14; e o leilão de animais. A festa foi uma realização da Irmandade do Santíssimo Sacramento de Santo Amaro e do casal festeiro. O casal responsável pela realização da 225ª festa, em 2012, será Suzamar e Gustavo Monteiro. Portal 356.p65 ARTIGO 7 IOLANDA SOUZA / IMPRESNA PREF. GENERAL CÂMARA Centenas de fiéis paticiparam da procissão em homenagem ao santo 17/1/2011, 21:25 Receita paga malha fina de 2008, 2009 e 2010 A Receita Federal liberou o pagamento da malha fina do Imposto de Renda da Pessoa Física de 2010, 2009 e 2008. Ao todo, 115.263 contribuintes receberão o dinheiro a ser depositado na conta informada na declaração, em um total R$ 193,3 milhões. Para a malha fina de 2010, o pagamento sai para um total de 79.343 contribuintes, totalizando R$ 130,7 milhões já acrescidos da taxa Selic de 7,69 %. Com relação à malha fina de 2009, serão creditadas restituições para 20.247 contribuintesto, talizando de R$ 38,776 milhões, já atualizados pela taxa Selic de 16,15 %. Já para o lote residual de 2008, serão credi- tadas restituições para 15.673 contribuintes, totalizando R$ 23,806 milhões já atualizados pela taxa Selic de 28,22 %. Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar o site da Receita na internet ou ligar para o Receitafone 146. Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento através do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-7290088 (deficientes auditivos), para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.