CapaJornalAnoXIVN4.ai 1 22/08/11 12:41 Desenvolvido com dermatologistas brasileiros para a pele brasileira Ano XV z Número 4 z Publicação oficial da Sociedade Brasileira de Dermatologia z julho-agosto z 2011 ACQUASENSIVE® KIT PÓS-PROCEDIMENTO Único kit de tratamento completo para pele sensibilizada por procedimento dermatológico. 1 ÁGUA EM GEL Minimiza sensação de ardor e hidrata a pele 2 1 3 TECNOLOGIA/ATIVOS: Skinansensyl: ativo neuromodulador que reduz a sensação de dor e desconforto. Fucogel: polissacarídeo biotecnológico que forma um “filme” sobre a superfície da pele, diminuindo a perda de água transepidermal (TEWL). Brasília na rota dos grandes eventos dermatológicos IV Simpósio de Cosmiatria e Laser alcança sucesso no centro-oeste brasileiro 2 CREME HIDRATANTE C Alta hidratação, auxilia na recuperação da pele M TECNOLOGIA/ATIVOS: Skinansensyl + Fucogel + Phytosoothe Phytosoothe: fitoesterol que possui uma estrutura similar ao colesterol da barreira cutânea, atua fortalecendo a função barreira da pele. Y CM MY CY CMY 3 CREME BLOQUEADOR FPS 30 - Com filtros 100% minerais, que protegem contra a radiação UVA e UVB sem agredir a pele K TECNOLOGIA/ATIVOS: Filtro UVB: dióxido de titânio. Filtro UVA: óxido de zinco + Skinansensyl. Estudos clínicos comprovaram a melhora da sensação de desconforto nos primeiros 7 dias em 89% dos pacientes. 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Bezerra Secretária-geral - Leandra D’Orsi Metsavaht Primeira secretária - Eliandre Costa Palermo Segunda secretária - Luciana Silveira Rabello de Oliveira Tesoureiro - Carlos Baptista Barcaui Jornal da SBD Esta é uma publicação da Sociedade Brasileira de Dermatologia, dirigida a seus associados e órgãos de imprensa. Publicação bimestral - Ano XV - n. 4 - julho-agosto - 2011 Coordenador médico - Paulo R. Cunha Conselho Editorial - Bogdana Victória Kadunc, Sarita Maria F. Martins C. Bezerra, Leandra D’Orsi Metsavaht, Eliandre Costa Palermo, Luciana Silveira Rabello de Oliveira e Carlos Baptista Barcaui Jornalista responsável - Erika Drumond - Reg. MT no 31.383 Redação - Erika Drumond Editoração eletrônica - Nazareno N. de Souza e Maurício Pacheco Versão Online - Samuel Peixoto e Victor Gimenes Contato publicitário - Priscila Rudge Simões A equipe editorial do Jornal da SBD e a Sociedade Brasileira de Dermatologia não garantem nem endossam os produtos ou serviços anunciados, sendo as propagandas de responsabilidade única e exclusiva dos anunciantes. As matérias e textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores. Correspondência para a redação do Jornal da SBD Av. Rio Branco, 39/17o andar - Centro - Rio de Janeiro – RJ CEP: 20090-003 E-mail: [email protected] Assinatura anual: R$ 120,00 Número avulso: R$ 20,00 Tiragem: 7.000 exemplares Impressão: Sol Gráfica m setembro de 2011, durante a reunião do Conselho da SBD, em Florianópolis, será apresentado o relatório sobre as atividades da coordenadoria de nosso jornal. Pode parecer simples, mas a publicação envolve a dedicação de toda a nossa equipe e algumas etapas fundamentais. Penso que ilustrar-me continuamente é meu dever intrínseco neste mundo em constante evolução. Todo esforço é feito para a publicação de comentários, opiniões, notícias e informações, com o compromisso do acerto inabalável. Para isso, procuro ler aquilo que é publicado no Dermatology World da AAD, EADV News, Pesquisa Fapesp, Rio Dermatológico, Jornal Dermatológico da SBD-Resp, Revista da APM, Jornal do Cremesp, Jornal do Conselho Federal de Medicina, bem como notícias sobre medicina no New York Times e O Estado de São Paulo. Dessas leituras surgem as ideias para a pauta. Executamos nosso trabalho em conjunto com a jornalista Erika Drumond. Na elaboração, o conteúdo final respeita a pauta que também passa pelo crivo do Conselho Editorial e da presidente da SBD, Dra. Bogdana Victória Kadunc. A pauta é sugerida pelo coordenador, procurando cobrir os diversos ângulos que cercam os acontecimentos dermatológicos e afins. Apesar da ampla pesquisa realizada nesses diversos órgãos de informação, evitamos de maneira sistemática que assuntos, relatos e/ou análises dos fatos sejam mera justaposição de versões. Empenhamo-nos para publicar sempre o que interessa aos associados e está em consonância com o Estatuto da SBD. Todas as matérias publicadas são analisadas e discutidas, afastando visões tendenciosas. Mereceu a capa nesta edição, o IV Simpósio de Cosmiatria e Laser, que ocorreu em julho, em Brasília, tendo no programa sete blocos de procedimentos demonstrados em tempo real. O público assistiu em telão e pôde interagir com os executores dos procedimentos para tirar suas dúvidas. Cumpre ressaltar a alta qualidade das imagens chegadas ao auditório que abrigava os participantes e a perfeita organização do grupo de eventos da SBD. Conheçam as opiniões dos dermatologistas Cristhiany Ragnini, Joel Barbosa, Josenildo Rodrigues e Mecciene Mendes Rodrigues, de Rondônia, Brasília, Paraíba e Pernambuco, respectivamente. Outro evento de destaque foi o curso online gratuito de metodologia científica, organizado pela coordenadora da Biblioteca da SBD, Profa. Denise Steiner, demonstrando o empenho dessa diretoria em inovar e levar benefícios aos associados. Visando incentivar os residentes a elaborar trabalhos de investigação científica, a SBD tem oferecido bolsas para participação em congressos nacionais e internacionais aos autores dos trabalhos vencedores sob critérios de comissão julgadora. Leiam a matéria na página 3. Considero ainda imperdível a leitura da coluna Fronteira do Conhecimento com a reportagem intitulada “Química no cabelo durante a gestação faz crescer risco de bebê ter leucemia”. O trabalho que a motivou foi realizado em 15 centros de todas as regiões do Brasil e acompanhou 650 mães. Finalmente, vocês poderão ler na página 27 a homenagem prestada ao Prof. Rubem David Azulay, que completa 94 anos de vida, e também sobre o jubileu de prata do Congresso dos Ex-Alunos do Prof. Azulay, o qual foi presidido pela competente Profa. Maria Fernanda Gavazzoni. O Prof. Azulay é autor ou coautor de 144 artigos científicos publicados nos Anais Brasileiros de Dermatologia. Boa leitura! Paulo R. Cunha Coordenador médico do Jornal da SBD 2 3 4 7 9 11 13 14 21 23 26 27 28 29 32 Palavra da Presidente Notas curtas e atuais O charme e os encantos de Florianópolis Sensatez será lançada durante Congresso Brasileiro de Dermatologia SBD 100 anos - Laços de Família: etnias do Brasil Ética em pauta Fronteiras do conhecimento dermatológico Novas vagas nos cursos de medicina Curso online de metologia científica estimula o incentivo à pesquisa SBD participa de encontro da Comissão de Saúde Suplementar Ações de psoríase em 2011 Os 25 anos da Aeapa Departamentos Regionais Serviços Credenciados Foto de capa: Marcela Ribeiro Sumário E W Capa: Simpósio de Cosmiatria e Laser fortalece posição nos eventos dermatológicos - p. 18 Jornal da SBD z Ano XV n.4 z 1 Palavra da Presidente O reconhecimento da dermatologia como especialidade clínica, cirúrgica e cosmiátrica átrica pelos órgãos médicos institucionais brasileiros sileiros está entre os objetivos de nossa gestão. Desde esde a decisão pela retirada das áreas de atuação em cirurgia dermatológica e cosmiatria, em 2008, obedecendo à orientação da AMB, temos procurado do tomar as atitudes necessárias para promover a incorporação ncorporação dessas duas áreas como parte integrante te de nossa especialidade. Entendemos que essa integração, reunindo eunindo dermatologistas das mais variadas áreas de interesse por meio de departamentos atuantes, seja eja o melhor caminho para fortalecer a dermatologia como especialidade única que nos representa junto to à AMB e ao CFM. O primeiro passo dessa integraçãoo foi o ajuste estatutário da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), determinando que ue seu presidente seja o coordenador do Departamento tamento de Cirurgia da SBD. Muitas outras atitudes administrativas têm sido tomadas com esse mesmo mo objetivo. A integração científica também transparece por meio da parceria na SBD e SBCD D na revista Surgical & Cosmetic Dermatology, cuja iindexação d ã na base Scopus veio acompanhada de significativo comentário do revisor da base Content Selection & Advisory Board (CSAB): “Há uma necessidade real da abordagem científica e base acadêmica para a dermatologia cosmética, uma das fronteiras mais selvagens da prática clínica. Essa é uma revista jovem, e eu geralmente recomendo aguardar um período antes da aceitação imediata. No entanto, os editores tomaram a sério o conselho da Lilacs e desenvolveram rapidamente uma publicação de alta qualidade em inglês, o que deve ajudá-la a alcançar o maior público possível. Essa revista merece assumir um papel influente em todo o mundo no avanço da cirurgia dermatológica cosmética com base científica.” Essa avaliação nos reafirma que o caminho trilhado pela SBD a fim de reunir nossos mais variados focos de interesse, contribuirá, cada vez mais, para nossa tão almejada valorização junto ao público, aos órgãos institucionais brasileiros e às comunidades científicas nacionais e internacionais. SBD lança informativo online A publicação apresenta, a cada edição, principais notícias relacionadas à área médica, entre outros assuntos afins com a entidade O alto percentual dos associados que utilizam o portal da SBD na internet, cerca de 73%, levou a diretoria da SBD a criar seu Boletim Eletrônico. Lançado no dia 1o de agosto, o novo canal de comunicação online da Sociedade Brasileira de Dermatologia levou sugestões de leitura de artigos científicos e atuais selecionados pelos coordenadores dos departamentos especializados, notícias gerais da entidade, da especialidade e de interesse médico divulgadas pela mídia e também pelo Jornal 2 z Jornal da SBD z Ano XV n.4 da SBD, além de legislação e políticas em saúde, assuntos institucionais, eventos, campanhas, pesquisas e concursos. A publicação, em formato de newsletter, será enviada para os associados por e-mail, a cada 30 dias. Segundo a presidente Bogdana Kadunc, a ideia é que em breve o boletim passe a ser divulgado a cada 15 dias. “Vamos trabalhar para isso. Estamos certos de que essa é uma forma eficiente de levar informações atualizadas e de grande valor e interesse de nossa especialidade para nossos associados.” Elaborado pelo jornalista Victor Gimenes, do Departamento de Comunicação da SBD, o boletim conta com a assessoria científica do coordenador geral de Departamentos de Subespecialidades da SBD, Paulo Criado, e com a colaboração do coordenador de Mídia Eletrônica da SBD, Aldo Toschi. Notas curtas e atuais W Vagas nas comissões da Sociedade Brasileira de Dermatologia Projeto Residentes No dia 15 de agosto o site da SBD divulgou o nome da autora do melhor trabalho do concurso Projeto Residentes 2011. A dermatologista Leandra Oliveira Teixeira foi contemplada com bolsa de estudos de dois meses no exterior pelo trabalho “Perfil epidemiológico clínico e laboratorial dos pacientes com pênfigo foliáceo atendidos em instituição de dermatologia do Estado de São Paulo, no período entre 2000 e 2010”. Durante a reunião do Conselho Deliberativo, marcada para o dia 2 de setembro, em Florianópolis, serão definidos quatro novos membros das comissões permanentes da SBD (Ética e Defesa Profissional, Título de Especialista em Dermatologia, Ensino, Científica). Os candidatos às vagas tiveram até o dia 2 de agosto para fazer a inscrição. Os associados que se candidataram precisaram cumprir alguns requisitos, como ser titular da SBD há mais de cinco anos e estar quite com as obrigações sociais. Para o cargo de membro das comissões de Título de Especialista, Ensino e Científica acrescenta-se a exigência de ser professor titular, livre-docente ou doutor. Profilaxia pós-exposição ao HIV A Coordenação Estadual DST/Aids de São Paulo, ligada à Secretaria de Estado da Saúde, lançou em julho um site específico relacionado à profilaxia pós-exposição (PPP) ao vírus HIV. O objetivo é prevenir o contágio pelo vírus com a utilização, durante 28 dias, de medicamentos que compõem o antirretroviral para o tratamento da Aids. A profilaxia já é usada em casos de violência sexual e acidentes envolvendo profissionais da saúde. Agora, o principal alvo são pessoas que praticam relações sexuais desprotegidas, especialmente os homossexuais masculinos, e com prostitutas ou travestis. O site www3.crt. saude.sp.gov.br/profilaxia/hotsite oferece endereços de mais de 300 serviços cadastrados em que a profilaxia se encontra disponível, além de divulgar as dúvidas mais frequentes em relação ao tema. O quarto ano consecutivo do prêmio oferecido pela Foundation for International Dermatological Education (Fide) a jovens dermatologistas brasileiros teve como vencedores Letícia Arsie Contin, autora do trabalho “Cicatrização por segunda intenção de asa nasal: revisando antigos conceitos” (categoria Cirurgia Dermatológica), e Cassio Porto Ferreira, que elaborou o artigo “Cryosurgery as adjuvant therapy in cutaneous sportrichosis” (categoria dermatologia tropical). Os jovens ganharam bolsas de 2.500 dólares e inscrição gratuita em um curso da 70a edição do Meeting da Academia Americana de Dermatologia (AAD). Regina Casz Schechtman, representante da Fide no Brasil, membro do Board of Directors Fide e da International Affairs Committee da AAD, afirmou que este ano a participação dos candidatos aumentou em cerca de 40% em relação ao ano passado. “O objetivo é que o número continue crescendo para que consigamos mais bolsas para brasileiros nos anos vindouros. Gostaríamos de mostrar como a nossa dermatologia é uma especialidade de excelência no Brasil. O empenho da SBD está crescendo a cada ano que passa para que os jovens dermatologistas tenham a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos e ao mesmo tempo ter uma experiência valiosa no exterior.” Cursos de pós de mais de 400 instituições não são mais reconhecidos pelo MEC A partir deste mês, instituições não educacionais – como sindicatos, organizações não governamentais (ONGs), conselhos de classe, universidades corporativas e hospitais –, que antes eram autorizadas a oferecer cursos de graduação lato sensu, não receberão o reconhecimento do Ministério da Educação (MEC). Cerca de 400 instituições não educacionais tinham esses cursos, e 134 esperavam autorização do MEC para funcionar. As organizações continuarão podendo oferecer seus cursos que, no entanto, serão considerados cursos livres, e não uma pós-graduação. As novas regras que restringem a oferta da especialização foram publicadas no Diário Oficial do dia 4 de agosto. Jornal da SBD z Ano XV n.4 z 3 O charme e os encantos de Florianópolis Conheça algumas atrações da capital do Estado de Santa Catarina, um dos principais destinos dos turistas brasileiros e sede do próximo Congresso Brasileiro de Dermatologia da SBD 4 z Jornal da SBD z Ano XV n.4 P ovo hospitaleiro, belas praias, natureza exótica, excelente estrutura para receber seus visitantes. Essas são algumas peculiaridades de Florianópolis, também conhecida como “Ilha da Magia”, um dos destinos turísticos mais importantes do Brasil. A cidade possui um dos mais altos índices de Desenvolvimento Humano (IDH) no país, de acordo com os dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Com 421.203 habitantes – segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010 – e área de 433,3km2, a ilha oferece inúmeras opções de roteiros, como o ecoturismo e o turismo de aventura, além de atrações noturnas e culturais. Simples e saborosa, sua gastronomia típica é o resultado da combinação da mesa portuguesa e nativa, sendo peixes e camarões os pratos principais. Selecionamos algumas dicas de passeios típicos dos habitantes da cidade – mas que os turistas também podem curtir – que valem visita pela manhã ou ao final do dia para não prejudicar a frequência às atividades científicas do Congresso Brasileiro de Dermatologia, que ocorrerá de 3 a 6 de setembro. Leia a seguir. Locais históricos Mercado Público – Fundado em 1899, é o ponto mais tradicional da cidade. Coração do centro histórico é palco de reunião de artistas, boêmios e intelectuais. O mercado abriga lojas populares, peixarias, bares e restaurantes. Santo Antônio de Lisboa – A 13 quilômetros do Centro, é um dos núcleos urbanos mais antigos da ilha, composto por casario colonial e igreja construída em 1750. Nos finais de semana são realizadas feiras de artesanato. Nos restaurantes encontra-se o melhor em pescado fresco e outros frutos do mar. Ponte Hercílio Luz – Tombada como patrimônio histórico e artístico, é cartão-postal de Florianópolis e símbolo do Estado de Santa Catarina. Com 820 metros de comprimento, a ponte foi inaugurada em 1926 e é a única do gênero no país. Ribeirão da Ilha – Vila fundada por açorianos em 1760, conserva, além do casario colonial, construções como a Igreja de N. S. da Lapa do Ribeirão (1806) e o Ecomuseu, com objetos dos colonizadores. Há cultivo de ostras, servidas nos restaurantes locais. Jornal da SBD z Ano XV n.4 z 5 Passeios Lagoa da Conceição – É o símbolo visual mais característico da ilha. Nas imediações da Av. das Rendeiras, é cercada por bares, restaurantes e escolas de windsurfe. A melhor vista é do mirante localizado no Morro da Lagoa. No bairro de Costa da Lagoa, um dos mais antigos da ilha, há restaurantes e bares com decks voltados para as águas. Nos arredores da lagoa, é característica a produção das rendas de bilro, de tradição açoriana. Entre os monumentos históricos da cidade, destacam-se a casa do pintor Victor Meireles, os fortes e a catedral metropolitana. Praias – Durante décadas, as 42 praias de Florianópolis era slogan do município. Por encomenda do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF), realizou-se, pela primeira vez, um levantamento completo das praias da capital catarinense, no qual foram mapeadas mais de cem. Todas elas foram catalogadas e reconhecidas pela população local, tendo, em alguns casos, mais de um nome. Algumas, no entanto, ainda são pouco conhecidas dos turistas. Entre as tradicionais, situadas ao norte – onde ficam os balneários urbanizados – estão as praias preferidas por famílias: Canasvieiras (águas claras, areias e ondas suaves), Ingleses (águas com temperaturas agradáveis e grande centro turístico do sul) e Jurerê (ondas longas e calmas). Ao sul estão as praias mais preservadas, como Armação (águas límpidas, mas geladas), Campeche (ondas fortes e bravias) e Pântano do Sul (praia de pescadores, com larga faixa de areia). Fonte: Guia 4 Rodas e Prefeitura Municipal de Florianópolis Nada se perde A ções de responsabilidade ambiental não vão faltar no 66o Congresso Brasileiro de Dermatologia. Como ocorreu no ano passado, a SBD ratifica seu compromisso com o desenvolvimento sustentável por meio do Projeto Carbono Zero do Grupo Farmoquímica (FQM) para redução e neutralização da emissão de gases de efeito estufa prejudiciais ao meio ambiente e originados durante os quatro dias de evento. Serão plantadas e monitoradas mudas de árvores em áreas desmatadas da mata atlântica levando em conta o número de inscritos no congresso e o potencial de aquecimento global dos gases envolvidos. Foram considerados itens como o consumo de energia, papéis, resíduos sólidos, água, esgoto, movimentação de automóveis, entre outros. Outra iniciativa de igual importância a ser implementada é o Projeto Lixo Zero. O programa vem ganhando a cada dia mais espaço em todo o mundo e tem como objetivo contribuir para a redução da quantidade de lixo destinada aos aterros sanitários. Com base nas ações reduzir, reutilizar e reciclar, consiste em dar condições para que cada pessoa possa agir de forma consciente, diminuindo 6 z Jornal da SBD z Ano XV n.4 seu impacto sobre o planeta. A empresa Novociclo Ambiental cuidará da separação e destinação adequada dos resíduos gerados pelos participantes e expositores. Tudo o que não for aproveitado será inserido no processo produtivo ou até mesmo no próprio ambiente, com envolvimento social e criatividade. Segundo os organizadores, a ação engloba a distribuição de materiais explicativos (impressos ou por e-news) sobre a campanha para participantes e expositores, além da instalação de lixeiras para coleta seletiva. O projeto prevê ainda treinamento dirigido e orientação da equipe de limpeza e de atendimento dos estandes. Ao final do congresso, haverá apresentação dos relatórios da coleta e o resultado da conversão em produtos finalizados. A agência de turismo In Time Turismo de Eventos afirma que está sendo estudada a possibilidade de haver um contêiner do projeto no local do evento, onde serão realizadas demonstrações do ciclo do lixo – de sua geração até o produto final – e seu aproveitamento. Na avaliação do presidente do Congresso, Roberto Amorim, atividades desse porte têm grande importância, sendo a preservação ambiental um processo de aprendizado permanente que envolve todos: “Fico feliz em ver uma iniciativa como essa, que exige, acima de tudo, educação e comprometimento com a sociedade. Criar e reiterar a responsabilidade socioambiental dos congressistas por meio dessas ações reforça nossa preocupação com a preservação do meio ambiente, bem como com a responsabilidade social”, setencia. Surgical & Cosmetic Dermatology é indexada na base Scopus O progressivo crescimento da revista Surgical & Cosmetic Dermatology e sua valorização perante a comunidade científica mundial culminaram em notícia muito importante para a comunidade dermatológica brasileira: a indexação na Scopus/Elsevier – a maior base de resumos e referências bibliográficas de literatura científica revisada por pares, com mais de 18 mil títulos de cinco mil editoras internacionais. “Esse fato não pode deixar de ser comemorado, pois é consequência do trabalho sério e minucioso que vem sendo realizado nos últimos anos por autores, conselho e assistentes editoriais”, ressalta a presidente e editora-chefe da S&CD Bogdana Kadunc. Desde o ano passado, a publicação já estava na elite dos periódicos da área de saúde na América Latina e no Caribe, quando foi indexada pela Lilacs. Criada em 2009 pela SBD, a revista tem apoio científico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) e do Colégio Ibero-Latino-Americano de Dermatologia (Cilad) e está disponível para leitura nas versões impressa (português) e eletrônica (inglês/português). Revista Sensatez será lançada durante Congresso Brasileiro de Dermatologia Com linha editorial responsável e ética, a publicação quer mostrar as vertentes de atuação do dermatologista para a população brasileira E st streitar a comunicação entre médicos e pacientes, valorizar a dermatologia brasileira, além de te oferecer informações atuais sobre cultura, gasof tronom tronomia, arte e responsabilidade ambiental. Esses são os objetivos da revista Sensatez, publicação pioneira dda SBD voltada para o público leigo e que será lançad lançada durante o Congresso Brasileiro de Dermatologia, eem setembro, em Florianópolis. Div Dividida em oito editorias temáticas − Face a face ccom a dermatologia; Interface; Naturalmente; Equilib Equilibrium; Perfil; Em evidência; Sabor e arte; e Camin Caminhos −, a primeira edição possui 64 páginas colorid coloridas em papel couchê 115 gramas. Entre os destaq destaques estão uma entrevista com a empresária, atriz e modelo Luiza Brunet, artigos dos escritores Augus Augusto Cury e Gabriel Chalita, e reportagem sobre moda e sustentabilidade com o dono da Osklen, Oskar Metsavaht. A principal temática abordada nessa primeira edição será Estigmas. A coordenadora da publicação e segunda secretária da SBD, Luciana Rabello, salienta que a ideia fundamental da revista é tentar mudar o conceito que muitas pessoas têm da especialidade, “mostrando por uma linha editorial responsável e ética as principais áreas da atuação do dermatologista.” A tiragem inicial, de 23 mil exemplares, será distribuída pelos associados em seus consultórios. No Congresso Brasileiro os médicos dermatologistas da SBD receberão três exemplares. “A revista Sensatez não poderia ser lançada em momento mais propício. Por ser publicação inédita da entidade, pensamos em celebrar esse novo momento durante o maior evento científico da nossa especialidade,” destaca a secretária-geral, Leandra Metsavaht. A revista, que terá periodicidade semestral, também estará disponível para leitura no site www.sbd.org.br. Jornal da SBD z Ano XV n.4 z 7 Foto: José Caldas Contorno das árvores lembra o mapa do Brasil na Vila da Felicidade, em Manaus (AM) Laços de Família: etnias do Brasil – Exposição fotográfica itinerante, livro e portal Saiba quais são as estratégias escolhidas pela SBD ao completar 100 anos para retratar a diversidade de etnias de um Brasil múltiplo e diverso Ângela Magalhães* e Nadja Peregrino** Pesquisadoras e curadoras do projeto O projeto cultural Laços de Família: etnias do Brasil comemorará os 100 anos da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Entre os inúmeros objetivos do projeto, temos a produção de uma exposição de caráter itinerante a ser montada em algumas capitais brasileiras. Para desenvolver o tema foram convidados cinco fotógrafos – Ary Diesendruck, Gal Oppido, José Caldas, Marcio Scavone e Patrícia Gouvêa – que percorrerão estados das cinco regiões do país (Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso e Amazonas). O tema ganhará amplitude por meio da publicação de livro que reunirá os ensaios dos fotógrafos convidados, textos de especialistas e uma pesquisa histórica voltada para a saúde e medicina em seus múltiplos desdobramentos. Outras formas de visibilidade serão alcançadas por meio da mídia digital – sítio do projeto na internet, em que serão difundidas as informações coletadas sobre a temática. Desde a década de 1990, os artistas-fotógrafos vêm diluindo as fronteiras da fotografia em direção a uma multiplicidade de propostas estéticas. No caso da fotografia documental, muitos trabalhos ganham sofisticação plástica pautada pelas cópias de grande formato, pelas instalações multimídia, pela contaminação por outros meios expressivos, sem deixar de lado os sentidos social, cultural e político. Simultaneamente, a fotografia se integra cada vez mais a um vasto campo de criação, entrelaçado com estratégias conceituais distintas e linguagens tecnológicas que balançam, de tempos em tempos, as antigas certezas fotográficas. Nesse contexto, a curadoria da mostra pretende explorar a miscigenação racial – um traço cultural determinante para o entendimento do Brasil contem- porâneo – reiterando uma expressão poética e um sentimento de ligação da realidade sociocultural com o corpo da arte. Reconstruir esse universo pela via fotográfica significa levar em conta as características expressivas dos fotógrafos participantes da mostra, com o objetivo de perceber a visão do próprio artista como produtor de conhecimento. Ou seja, diante do que é exaustivamente dito, é a arte que pode ultrapassar esses limites através do imaginário. Mas também não podemos desconhecer a importância do conceito da exposição na história da cultura brasileira. A começar pelo sociólogo pernambucano Gilberto Freyre (1900-1987), que em sua obra inaugural, Casa grande & senzala (1933), dá visibilidade ao amálgama cultural sob uma perspectiva intimista e regionalista. Nessa vereda, também trilhada pelo ficcionista baiano Jorge Amado (1912-2001), temos a obra antológica Gabriela, cravo e canela, que deixa aflorar a sensualidade feminina dentro de uma sociedade machista, em que europeus, turcos, brasileiros disputam o amor de uma morena brejeira. Sem esquecer que outros tantos estudiosos recorrem especificamente ao termo hibridação para ressaltar a importância da mestiçagem na conformação de distintas sociedades em todo o nosso planeta. Sob o ponto de vista curatorial, o empenho visa valorizar conjuntamente obras e autores e sinalizar uma diversidade de etnias aliada às distintas interpretações artísticas que aparecem no trabalho de cada um dos fotógrafos. Ou seja, seria importante trazer a preocupação de Gal Oppido com a teatralização e a performance relacionadas ao afro-brasileiro e à cultura indígena na Amazônia. Já Ary Diesendruck criará uma ambiência cênica (uso de lona de fundo, por exemplo) fotografando famílias de descendência europeia, vindas do Sul do Brasil para o agronegócio em Mato Grosso, a exemplo da série que executou em São Paulo sobre os trabalhadores que exercem seus ofícios nas ruas. De outra forma, Patrícia Gouvêa dará continuidade ao ensaio sobre a comunidade portuguesa no Rio de Janeiro, estendendo sua pesquisa sobre a forte presença açoriana em Santa Catarina. Gouvêa tratará de entrelaçar a seu ensaio a noção do tempo – eixo principal de sua pesquisa visual nos dias de hoje – criando um caleidoscópio de imagens. Por sua vez, Márcio Scavone mostrará os italianos que emigraram em grande número para nosso país entre 1884 e 1930, superando, aliás, os portugueses. A falta de empregos e a fome generalizada impulsionaram a maioria dos imigrantes para as lavouras de café de São Paulo, e um número expressivo dirigiu-se ao Rio Grande do Sul, onde na Serra Gaúcha, o fotógrafo aprofundará sua pesquisa. Quanto à presença japonesa, trará registros de seu já consolidado trabalho nesse ângulo. Por último, José Caldas, autor do livro Retratos de um Brasil profundo, expandirá sua experiência em direção ao universo judaico, em Pernambuco, ressaltando a presença dessa cultura na arquitetura, nas relações sociais, nas manifestações culturais ali enraizadas (a primeira sinagoga das Américas; nome de ruas; resgate de famílias que atuaram no comércio, entre eles os Rosemblit na área musical, por exemplo). Os fotógrafos serão estimulados a fazer anotações sobre essa expedição fotográfica nas diferentes capitais, utilizando, também, o registro em vídeo com depoimentos das pessoas fotografadas. Uma experiência compartilhada já que o espectador terá acesso não só às fotografias produzidas como, ao mesmo tempo, poderá conhecer aspectos da história privada dos personagens enfocados, ampliando a compreensão do tema. *Ângela Magalhães é formada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1980. Foi bolsista da Fulbright/Capes junto ao International Center of Photography e a Aperture Foundation, Nova York (1988/1989). **Nadja Fonsêca Peregrino, mestre em Comunicação (ECO/ UFRJ-1990), é curadora independente e professora da Universidade Cândido Mendes (Rio de Janeiro/RJ). Atuou no Instituto Nacional de Fotografia da Funarte (1979-1990/Rio de Janeiro/RJ) e no Centro de Artes da Universidade Federal Fluminense (1990-1998/Niterói/RJ). Jornal da SBD z Ano XV n.4 z 9 Ética em pauta H Eliandre Palermo * W Sites de compra coletiva e medicina á quem acredite que sites de compra coletiva são só modismo, onda passageira. Especialistas discordam e apostam cada vez mais na internet como ferramenta de vendas e de propaganda. Por que não experimentar grande desconto em restaurantes, hotéis, viagens e serviços? A ideia de tirar vantagem ou ter abatimento atrai o brasileiro. É a famosa “Lei de Gerson”. Se há alguns anos me dissessem que um médico faria um anúncio em sites do gênero, oferecendo descontos em tratamentos cosméticos com a banalidade de quem vende fruta na feira livre, eu diria que isso seria impossível. Será que vivemos agora o tempo em que a ética virou palavra fora de moda? Talvez seja o espelho de um país que a cada minuto anuncia um novo escândalo, e por isso estamos em uma espécie de “anestesia moral”, na qual pequenos deslizes são bem tolerados pela maioria. A Comissão de Divulgação de Assuntos Médicos (Codame) há alguns anos não tinha sequer legislação para atuar no setor. Eu me lembro da época em que se perguntou, durante uma palestra, a um conselheiro do Conselho Regional de Medicina (CRM), se médico poderia fazer propaganda em outdoor. Ele não soube responder, pois era impensável que isso ocorresse. O futuro, entretanto, chegou, e com ele os anúncios que a cada dia se multiplicam desenfreadamente. Os sites de propaganda de clínicas estéticas, e até médicas, além de anúncios de descontos, estão por toda parte: sem controle e prometendo vantagens imperdíveis sem o menor pudor. Pacientes ávidos por uma chance de experimentar tratamentos estéticos estão sendo enganados por pessoas muitas vezes inescrupulosas. A maioria na verdade é, sem dúvida, composta por profissionais não médicos, mesmo quando oferecem tratamentos seguramente invasivos como laser ou peeling. O que assusta, porém, é o crescente aumento de médicos nesse setor, pois nesses casos, o pacien- te se sente seguro e acha que será bem assistido. Afinal de contas, é um “médico” quem o irá atender. Os conselhos regionais de medicina condenam veementemente todo e qualquer médico que utilize esse expediente de site de compras coletivas para captar clientes, pois o consideram antiético e mercantilista. Isso fere diretamente o Código de Ética Médica recentemente atualizado, e já existem diversos processos em tramitação. Mas será que isso basta? Será que essas pessoas que não têm ética ao fazer o anúncio nesse tipo de site se sentirão intimidadas pelos CRMs? Veja como é o processo: depois de uma denúncia feita contra o médico, o CRM analisa se os fatos são procedentes e, após avaliação, decide se aceita a denúncia. Uma vez aceita, instala-se um processo ético-disciplinar. O Conselho confere se o médico em questão já tem algum processo semelhante no CRM, avalia a gravidade da denúncia e o convoca a prestar esclarecimentos em sua defesa. Após ponderação de todos os fatos, os conselheiros julgam o processo e definem se cabe punição, que varia de advertência a cassação do diploma, em casos graves e reincidentes. Sabemos que a maioria desses sites traz propagandas de clínicas que sequer têm médicos. O problema é que enquanto a lei do ato médico não for aprovada, não temos como proibir a atuação desses profissionais. O que podemos fazer inicialmente nesses casos é verificar se esses estabelecimentos têm registro na vigilância sanitária local e alvará de funcionamento. Além disso, avaliar se na propaganda há menção a atendimento médico, como consulta ou prescrição de medicamentos, que são exclusivamente atuações médicas e então denunciar ao CRM ou comissão de ética de sua regional para que se tomem as medidas necessárias. E quando o médico é um dermatologista? Como podemos nos manifestar com seriedade se temos colegas que não respeitam os outros dermatologis- tas, também veiculando promoções e descontos nesse tipo de mídia? Será que vamos continuar culpando apenas os não médicos, como fisioterapeutas, esteticistas, massagistas, cabeleireiros e tantos outros? Ficamos revoltados com as atitudes desses profissionais invadindo nossa área de atuação. E o que fazer com os dentistas que agora querem aplicar toxina botulínica e preenchedores? Não basta avaliar o problema apenas pelo lado de fora; se já existem tantas dificuldades, o que dizer de colegas que acabam sendo professores desses profissionais? O que mais envergonha a classe e provoca indignação é receber denúncias de conduta antiética contra nossos colegas dermatologistas, muitos deles titulados, formados em excelentes universidades e até professores renomados. Anunciar em sites de compra coletiva é, definitivamente, publicidade ruim para qualquer médico. Pior é observar dermatologistas no limite da linha de conduta ética: participando de cursos de fim de semana e dando aulas em eventos fora da especialidade ao mesmo tempo em que participam ativamente de nossos congressos como coordenadores e professores. A ideia não é punir, mas conscientizar e nos manter unidos e fortes! A Comissão de Ética da SBD estimula a constituição de comissões locais nas regionais de cada estado, a fim de esclarecer, educar e, acima de tudo, conscientizar os colegas sobre a importância de nossa união no caminho correto da moral e da ética. “...Todos juntos somos fortes, somos flecha e somos arco. Todos nós no mesmo barco. Não há nada pra temer. Ao meu lado há um amigo. Que é preciso proteger...” Chico Buarque * Primeira secretária e membro do Conselho de Ética da SBD Jornal da SBD z Ano XV n.4 z 11 Fronteiras do conhecimento dermatológico W Química no cabelo durante a gestação faz crescer risco de bebê ter leucemia, afirma levantamento Dados do primeiro estudo epidemiológico brasileiro sugerem que as mulheres não devem pintar os cabelos durante a gravidez A seção Vida de O Estado de São Paulo publicou, em 20 de julho, reportagem especial detalhando os resultados de uma pesquisa feita por mais de dez anos pela Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) em parceria com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), sobre mulheres que usam tinturas ou alisadores de cabelo durante os três primeiros meses de gravidez. O estudo concluiu que aumenta em quase duas vezes o risco de o bebê desenvolver leucemia nos primeiros dois anos de vida. O trabalho, realizado em 15 centros de todas as regiões do Brasil, exceto a Norte, acompanhou 650 mães: 231 com filhos diagnosticados com leucemia antes de dois anos de idade, e 419 mães-controle sem filhos com câncer. O biólogo da Ensp e autor do estudo, Arnaldo Couto, disse que 35 (15,2%) das 231 mulheres cujos filhos tiveram leucemia usaram produtos químicos no cabelo no primeiro trimestre da gravidez. Das 419 mães-controle, 41 (9,8%) utilizaram tinturas no mesmo período. Couto afirmou que o estudo mostrou que a doença não se manifestou ao acaso e que há associação significativa entre a exposição a tinturas e alisantes e o desenvolvimento da leucemia. A chefe do Programa de Hematologia e Oncologia Pediátrica do Inca, Maria do Socorro Pombo-de-Oliveira, disse que por se tratar de estudo novo e sobre doença rara, o número de casos precisa ser confirmado em análises experimentais posteriores. Processo Os pesquisadores analisaram os compostos existentes em 14 marcas de tinturas e alisadores. Foram identificados 150 componentes, sendo 32 deles potencialmente prejudiciais à saúde do bebê. Por meio desses dados, Couto calculou a estimativa de risco de a criança desenvolver leucemia devido ao uso desses produtos pela mãe durante a gravidez. De acordo com o pesquisador, esse risco é 1,8 vez maior tolerância ao uso desses produtos teoricamente mais modernos e menos perigosos. De acordo com seu depoimento, os médicos costumam liberar o uso a partir do quarto mês de gestação. Mesmo assim, ele considera os resultados do estudo importantes para fazer um alerta. Segundo o hematologista Vanderson Rocha, do Hospital Sírio-Libanês, vários estudos tentam descobrir as causas da leucemia nos primeiros anos de vida, mas esse é o primeiro a fazer uma associação direta. “O fato de a pesquisa ser retrospectiva – ou seja, a doença tem de se manifestar para depois ser pesquisada – é fator limitante do trabalho. Ainda é um primeiro estudo, mas ele abre portas para outros”, pondera. Em sua opinião, uma próxima etapa seria avaliar que componente químico leva ao câncer e de que maneira ele atua. “Enquanto isso não acontece, toda gestante deve evitar ter contato com produtos químicos”, recomenda. em crianças cujas mães se expuseram aos cosméticos do que naquelas de gestantes que não haviam utilizado os produtos. Segundo Maria do Socorro, o próximo passo é descobrir qual mecanismo levou a esses casos. Os compostos da família dos fenóis, que foram os mais associados ao aumento do risco, já estão sendo estudados pela equipe. Orientação varia de acordo com o médico A reportagem realça, porém, que não existe recomendação formal que proíba as mulheres grávidas de usar produtos para tingir ou alisar os cabelos durante a gravidez. Há, apenas, uma cautela geral por parte dos médicos e das próprias gestantes, em função da falta de estudos que apontem os riscos desses produtos. O ginecologista Antônio Moron, da Unifesp, informa que hoje em dia existe maior O Jornal da SBD consultou o dermatologista da SBD Salim Amed Ali, para opinar sobre os resultados apontados no levantamento. Ele afirmou que para produzir seus efeitos, o produto precisa penetrar a pele, via corrente sanguínea: “O estudo da penetração de substâncias pela pele é conhecido para vários agentes capazes de produzir alergia no couro cabeludo. Mas muitos desses produtos são pouco usados na formulação de tintura, um deles a parafenilenodiamina – bastante alergizante – tem sido descontinuado na formulação de tinturas. Que seja de nosso conhecimento nenhum dos componentes de cremes e tinturas para cabelos está classificado pela IARC (Institute Agency Research Cancer) como cancerígeno. Talvez esse estudo possa chamar a atenção dos pesquisadores para se conhecer se algum desses componentes é um possível ou provável cancerígeno para seres humanos”. Jornal da SBD z Ano XV n.4 z 13 Plano Nacional de Educação Médica avalia possibilidade de criar novas 2,5 mil vagas nos cursos de medicina Intenção do governo é tornar o processo de abertura de vagas ainda mais rígido O jornal O Estado de São Paulo publicou nos dias 19 e 22 de julho, extensas reportagens* sobre um assunto que tem estado na mesa de discussões desde o ano passado: a abertura de mais vagas nos cursos de medicina. A estratégia, desenvolvida em conjunto pelos ministérios da Saúde e da Educação (MEC), tem como meta aumentar o número de médicos por habitantes no país, além de enrijecer as regras para a criação de vagas em cursos que formam esses profissionais. Estudos das duas pastas indicam a necessidade de criação de 2,5 mil novas vagas, dando mais atenção às instituições públicas, conforme as recomendações das organizações internacionais. Essa foi a primeira atuação conjunta dos dois ministérios, discutindo e avaliando a qualidade da formação médica no país. A proposta foi oficialmente apresentada no início de julho aos conselhos nacionais de Educação e Saúde. Atualmente, o país tem 1,8 médico para cada mil habitantes. O primeiro objetivo do plano é chegar, gradualmente, até 2030, a pelo menos 2,5 médicos para cada mil pessoas. Para que isso seja possível, os dois ministérios estudaram a formação médica no Brasil para identificar as áreas com maior carência e tentar expandir a abertura de vagas dos cursos nas regiões mais deficitárias. O segundo objetivo é reformular os critérios de abertura de novos cursos na área de saúde, que incluem odontologia, enfermagem, fisioterapia e terapia ocupacional. O governo afirma que no Conselho Nacional de Educação tramitam pedidos de criação de 45 novos cursos. As últimas autorizações para a abertura de vagas de medicina foram concedidas pelo Ministério da Educação (MEC) no início do ano passado a duas universidades públicas. mento dos médicos na ativa e a quantidade de serviços disponíveis do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o secretário de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde do Ministério da Saúde, Milton de Arruda Martins, a questão mais urgente é resolver as disparidades regionais para identificar quais estados serão priorizados para novas vagas de medicina. CFM é contra expansão de vagas De acordo com as entidades médicas e os conselhos regionais e nacional de medicina, os problemas do setor de saúde não estão relacionados à falta de médicos, mas a sua má distribuição. Segundo as entidades, o que leva os médicos a dar preferência às capitais e às regiões mais desenvolvidas são as Disparidades regionais Por serem as mais carentes de médicos, principalmente nas cidades do interior, as regiões Norte e Nordeste constituíram o foco do governo. A situação mais crítica é a do Estado do Maranhão, que tem 0,6 médico para cada mil habitantes. Já o Rio de Janeiro e o Distrito Federal possuem número acima da média ideal: 3,5 médicos por mil habitantes. São Paulo está na média que o Brasil pretende atingir: 2,5 médicos por mil pessoas. O cálculo para fazer a projeção sobre a abertura de novas vagas ainda leva em consideração o envelheci- 14 z Jornal da SBD z Ano XV n.4 Segundo o governo, são formados no Brasil 16,5 mil médicos por ano em 183 escolas, e a meta é elevar esse número para 19 mil por ano condições de trabalho e os salários. O vice-conselheiro do Conselho Federal de Medicina (CFM) Carlos Vital afirma que esse quadro só pode ser corrigido eliminando as causas, como a falta de condições adequadas de trabalho, de centros de referência e de uma carreira de Estado que estimule o médico, até mesmo os mais experientes. Vital frisou que a entidade só é a favor da criação de novas vagas se elas substituírem as que já existem nas escolas que têm sido consideradas ruins na avaliação do MEC. Para tentar resolver esses problemas, os Ministérios da Saúde e da Educação estão estudando formas de estimular os médicos recém-formados a começar suas carreiras nos estados mais carentes, oferecendo compensações financeiras. Exigência: infraestrutura D e acordo com o médico Adib Jatene, membro da comissão que trabalha na elaboração do plano, as universidades só poderão criar novos cursos de medicina ou expandir os já existentes se atenderem aos requisitos mínimos que os ministérios da Educação e da Saúde irão definir, como número de leitos em hospitais-escola quatro vezes maior do que o de vagas oferecidas, programa de residência médica organizado, serviço de emergência em funcionamento e número adequado de docentes com pós-graduação e pós-doutorado. Na reportagem “Recém-formado poderá ter bônus para residência”, divulgada no caderno Vida, de O Estado de São Paulo, em 19 de julho, Martins comenta que um levantamento do Observatório de Recursos Humanos da Secretaria de Saúde de São Paulo apontou que 82% dos médicos permanecem trabalhando onde fizeram residência médica. Segundo ele, a intenção é que as especialidades sejam distribuídas de acordo com a necessidade de cada estado, e o governo tem estudado formas de fazer isso. Uma das ideias em análise é a proposta do serviço civil, que oferece incentivos financeiros para manter o profissional recém-formado em áreas remotas. O objetivo do governo é que, de forma voluntária, o médico recém-formado tenha acesso à lis- ta das cidades mais distantes, onde há deficit de profissionais, e passe a integrar o Programa Saúde da Família (PSF) durante período de até dois anos. Martins afirma que o médico receberia salário de médico da família (em torno de 9 mil reais) podendo ter bônus de 10% a 20% como forma de vantagem quando prestar o exame de residência. Ele destaca, porém, que o assunto ainda precisa ser discutido com mais profundidade com a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). O Conselho Federal de Medicina (CFM) rejeita a proposta de beneficiar na prova de residência os médicos que participem do programa. “A medida não configura voluntariedade e também é uma forma de coerção. É um desrespeito ao egresso remetê-lo a áreas longínquas e sem condições de trabalho, e também à população do local, que será servida por profissionais recém-formados, tensos e ansiosos pelas condições de trabalho e pela pouca experiência. Não é justo com o médico nem com a população”, disse Vital. *”Mudanças no ensino médico” (22/7, Notas e informações) e “Plano prevê abertura de 2,5 mil vagas de medicina para reduzir desigualdade” (19/7, caderno Vida). Serum Revaléskin TM Intense Recovery • Potente ação antioxidante: ® 1 CoffeeBerry a 1,5% • Ação antiglicante2-4 • Contém:1 • Licorice • Vitamina E • Peptídeos • Vitis Vinifera • Para todos os tipos de pele1 • Toque seco1 • Tecnologia Airless5 Referências Bibliográficas 1. Revaléskin Intense - Material de Rotulagem. 2. MCDANIEL, DH. Clinical safety and efficacy in photoaged skin with coffeeberry extract, a natural antioxidant. Cosmetic Dermatology, 22(12): 610-616, 2009. 3. BABIZHAYEV, MA. et al. A survey and analysis of the role of molecular chaperone proteins and imidazole-containing dipeptide-based compounds as molecular escorts into the skin during stress, injury, water structuring and other types of cutaneous pathophysiology. International Journal of Cosmetic Science, 1–23, 2010. 4. MANTENA, SK. et al. Grape seed proanthocyanidins inhibit UV-radiation-induced oxidative stress and activation of MAPK and NF-?B signaling in human epidermal keratinocytes. Free Radical Biology & Medicine, 40:1603–1614, 2006. 5. AIRLESS systems conquer the cosmetics market. Cossma, 7:30-31, 2006. Março 2011 / Anúncio Jornal SBD Simpósio de Cosmiatria e Laser fortalece posição nos eventos dermatológicos A bordagem prática, que privilegiou os principais casos e sintomas relatados pelos pacientes em consultórios dermatológicos, foi o foco do IV Simpósio de Cosmiatria e Laser, ocorrido nos dias 29 e 30 de julho, no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília. Promovido pela SBD desde 2008, o evento contou com o apoio da SBD-DF e reuniu 510 inscritos. Na opinião dos coordenadores, Flávia Addor, do Departamento de Cosmiatria da SBD, e Roberto Mattos, do Departamento de Laser da SBD, a marca principal do evento foi a excelência técnica: “Sem dúvida, as discussões conduzidas por dermatologistas de grande experiência foram muito ricas. A proposta deste ano foi introduzir uma abordagem bem prática, com a apresentação de novos equipamentos, tecnologias de preenchimento e a análise crítica entre as variadas opções para abordagem global 18 z Jornal da SBD z Ano XV n.4 das queixas clássicas, como melasma e envelhecimento”. Segundo Flávia, são cada vez mais comuns nos consultórios pacientes que procuram tratamento ao apresentar os primeiros sinais de envelhecimento. “Isso nos permite empregar uma abordagem mais preventiva e orientadora, muito diferente daquela usada classicamente para o envelhecimento franco”. Destaques da programação O programa científico incluiu sete blocos de painel de procedimentos ao vivo (PPV) e 32 aulas teóricas. No primeiro dia, dermatologistas experts fizeram demonstrações práticas de aparelhos e apresentaram métodos corretos de aplicação das técnicas para o público que assistia às sessões pelo telão e que também pôde fazer perguntas durante a realização dos tratamentos. O segundo dia contemplou as aulas teóricas, tendo algumas sessões tido participação direta do público: “Discutimos as tecnologias já consagradas e muitas outras que estão por vir e que são altamente promissoras”, realça Roberto Mattos. O médico ressaltou a organização, a pontualidade das aulas e o bom aproveitamento dos presentes: “De maneira geral, o simpósio transcorreu sem qualquer problema, dentro do tempo programado e com ótima avaliação do público, além de alto nível técnico e grau de aprendizado satisfatório”. Estandes de diversas indústrias ligadas ao setor apresentaram os aparelhos que estão disponíveis e já em uso, além dos que serão usados em breve e que aguardam o registro da Anvisa. Alto nível científico A dermatologista Célia Kalil deu aula sobre peeling superficial no processo de fotoenvelhecimento inicial (PPV) e relatou a satisfação com a qualidade científica: “Realmente observou-se a preocupação cada vez maior com o cunho científico que esse evento vem adquirindo no evoluir de suas edições. A cosmiatria cada vez mais se aprofunda com os estudos realizados, demonstrando seu crescimento em nosso país e, consequentemente, a preocupação dos dermatologistas que a praticam no Brasil. Estamos, com certeza, com excelente embasamento para sua prática e, principalmente, sendo respeitados no exterior.” Foto: Marcela Ribeiro Brasília, como cidade equidistante da maioria das capitais, oferece boa infraestrutura hoteleira e aeroviária Avaliação positiva E sse foi o segundo ano consecutivo que o evento ocorre fora do eixo Rio–São Paulo. A mudança agradou e contou com expressiva adesão de participantes das mais diversas regiões do país. “Isso reflete dois fatos importantes: a valorização do associado para a prática adequada da cosmiatria consolidando-se em nossos consultórios, algo que devemos absorver como autoridades que somos em pele, além da necessidade de levar eventos desse tipo a outras regiões do país. Nossos associados são muito engajados na atualização e na reciclagem e não medem esforços para participar dos eventos da SBD e os prestigiar. Vamos tentar encontrar novamente um lugar confortável para repetir o sucesso das últimas edições, ainda mais em um ano tão especial, o do nosso centenário!”, finaliza Addor. Opinião da plateia Os coordenadores Roberto Mattos e Flávia Addor ficaram satisfeitos com o sucesso do evento A dermatologista e coordenadora da Biblioteca da SBD, Denise Steiner, salientou, entre outros pontos, a abordagem objetiva e com conteúdo da quarta edição do encontro: “Foi um evento homogêneo, sem altos e baixos. Vimos uma ótima combinação entre teoria e prática com bom tempo para discussão”. Alterações de cabelo e pele pós-cirurgia bariátrica e etnia e pele do homem foram as abordagens diferentes das usuais destacadas pela médica. “É importante a diversificação de temas abrangendo a interface com outras especialidades.” Denise Steiner ressalta que deve ser harmoniosa a parceria entre as empresas fornecedoras de preenchimentos e a SBD para que o produto que chega ao mercado seja conhecido sob todos os aspectos, e o dermatologista, devidamente treinado. “Também vale lembrar que a área de cabelo deve ser dominada pelo dermatologista – tanto no conhecimento das alopecias e das doenças do couro cabeludo como nos cuidados contínuos com o cabelo, e isso porque há vários médicos se intitulando tricologistas sem especificar o tipo de especialização que possui”, alerta. “O evento foi maravilhoso, muito organizado e bem-estruturado, especialmente o PPV, com abordagem de procedimentos relevantes e atuais. A escolha do local facilitou a participação dos dermatologistas da Região Norte, pela proximidade e pela facilidade de voos. A maneira que o tema “laser” foi abordado trouxe particularidades de cada procedimento, com indicações precisas e orientações sobre risco e complicações. Os palestrantes contribuíram com muita seriedade e clareza sobre as técnicas, resultados e reais expectativas. Valeu a pena sair de Rondônia para participar de mais uma edição do simpósio.” Cristhiany Ragnini, Rondônia “Fico bastante entusiasmado com a constante evolução da ciência dermatológica, os palestrantes trazendo conhecimentos teóricos e práticos com alto nível científico e a presença de uma plateia atentamente voltada para o aprimoramento profissional. Acho que o ponto alto do simpósio foi cada uma das explanações dos professores convidados que ali estavam para colaborar de forma efetiva na divisão dos conhecimentos a respeito dos lasers e de cosmiatria. Minha impressão não poderia ser outra, a não ser a de enaltecer os organizadores do evento e, mais uma vez, parabenizar os palestrantes.” Joel Barbosa, Brasília “O IV Simpósio Nacional de Cosmiatria e Laser foi muito bem organizado, tanto do ponto de vista do conteúdo programático, como pela localização – Brasília – saindo um pouco do eixo Rio–São Paulo, e dando oportunidade a outras regiões do país. Participo desde a primeira edição do Simpósio de Laser. Com a unificação da Cosmiatria ao evento, o aproveitamento tornou-se ainda melhor, evoluindo a cada ano, e sendo prestigiado por cada vez mais dermatologistas da nossa Sociedade, e deixando claro que a cosmiatria e o laser dermatológico são procedimentos da dermatologia.” Josenildo Rodrigues, Paraíba “Foi possível observar na prática os diversos tipos de lasers e radiofrequência com suas indicações e possibilidades de utilização no rejuvenescimento e em cicatrizes inestéticas, ver as alternativas inovadoras de estimulação do colágeno, como as microagulhas, assistir à discussão de diversos tipos de preenchedores e peelings químicos como alternativas na melhoria da pele que apresenta os sinais do tempo e as medidas de prevenção de envelhecimento precoce, além da apresentação e da discussão de complicações e situações difíceis e passíveis de ocorrer e como conduzir. Por fim, e igualmente muito positiva, foi a mensagem sobre a importância de escutar o paciente e atender à demanda de sua necessidade, esclarecendo as melhorias possíveis com as tecnologias e ‘não vender sonhos ou expectativas impossíveis de serem realizados´”. Mecciene Mendes Rodrigues, Pernambuco Jornal da SBD z Ano XV n.4 z 19 Curso online de metodologia científica estimula o incentivo à pesquisa Aulas ajudam pesquisadores na tarefa de redigir um bom trabalho científico C om o objetivo de fomentar a produção de trabalhos científicos e disseminar conhecimento, a SBD, por meio de sua Biblioteca, ofereceu aos associados e residentes especializandos do segundo e terceiro anos dos Serviços Credenciados da SBD o curso online e gratuito de metodologia científica nos dias 4, 11 e 18 de agosto, e 1o de setembro. Transmitidas pelo site da entidade nacional, as aulas foram ministradas pelo professor titular de cirurgia experimental e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Cirúrgicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Alberto Schanaider. Nas palestras os residentes tiveram oportunidade de conhecer os fundamentos da pesquisa científica por meio de um programa que englobou quatro módulos: conceitos, métodos e fundamentos científicos; ética e bioética na pesquisa científica; planejamento e elaboração do projeto de pesquisa; e, por fim, redação do projeto e de texto científico (trabalho de conclusão de curso). A SBD sugeriu que os residentes elaborassem trabalho de investigação para concorrer às seguintes premiações: bolsas para participação em congresso internacional (primeiro colocado), nacional (segundo colocado) e notebook (terceiro colocado). Até o próximo ano, uma comissão formada por dermatologistas da SBD avaliará os três melhores artigos que serão conhecidos durante as comemorações do centenário da instituição, em 2012. A coordenadora da Biblioteca e idealizadora do projeto, Denise Steiner, ladeada pelo professor Alberto Schanaider e a bibliotecária Rosalynn Leite Na opinião da coordenadora da Biblioteca da SBD, Denise Steiner, a iniciativa contribui para que os associados possam aprofundar o conhecimento das metodologias científicas e aplicá-lo a suas pesquisas, além de estimular a realização de trabalhos. “O objetivo essencial é acrescentar conhecimento e promover a produção científica entre nossos residentes e associados. Encontramos uma maneira democrática, simples e sem custos de colocar em prática a ideia ao perceber que essa era uma questão ainda deficiente em alguns de nossos Serviços Credenciados”, observa. Para a presidente da SBD, Bogdana Kadunc, “a ação mostra a preocupação da atual diretoria com a valorização do conhecimento científico entre os associados e os futuros dermatologistas”. Denise Steiner enfatiza a importância de os associados e residentes/especializados publicarem tanto em revistas internacionais como nas excelentes publicações nacionais da SBD. “Temos duas revistas muito conceituadas: os Anais Brasileiros de Dermatologia e a Surgical & Cosmetic Dermatology. Incentivamos que eles publiquem não só nas nossas revistas, mas também em periódicos internacionais.” publicações da área de dermatologia. “São inúmeras revistas para consulta e muitas opções de pesquisa. Estarão disponíveis, por exemplo, um guia de diretrizes e consensos e trabalhos e documentos relevantes relacionados à segurança do paciente e prevenção do erro médico. Essa é mais uma ferramenta de conhecimento que disponibilizamos ao nosso associado”, ressalta Denise Steiner. Durante o Congresso Brasileiro, uma equipe do Campus Rima fará dois treinamentos para esclarecer dúvidas dos associados da SBD que utilizarem a ferramenta. Os encontros serão realizados nos dias 4 e 5 de setembro, das 11h30 às 12h30, na Sala Joaquina, no CentroSul. Parceria com o Campus Rima P or meio da Biblioteca da SBD foi firmada parceria com o Campus Rima, um portal acadêmico online que vai garantir ao associado efetivo gestão de conhecimento, formação médica continuada e atualização científica. Mediante senha fornecida por e-mail pela SBD, o médico terá acesso a pesquisas personalizadas de informação médica sobre temas específicos nas bases de dados mais importantes do mundo, além de vasta seleção dos melhores trabalhos de medicina apoiados em evidências da literatura médica internacional, com sinopses em português. No portal do Campus Rima (www.rima.org) estão disponíveis para consulta mais de 2.200 revistas internacionais de 54 especialidades, sendo 36 Jornal da SBD z Ano XV n.4 z 21 SBD participa de encontro da Comissão de Saúde Suplementar Reunião faz balanço nacional das negociações dos médicos com os planos de saúde e traça novas estratégias de mobilização O coordenador de Mídia Eletrônica da SBD e diretor de comunicação da SBD-Resp, Aldo Toschi, esteve em Brasília, no dia 4 de agosto, para participar da reunião da Comissão de Saúde Suplementar (Comsu). No encontro, foram discutidos o movimento de valorização de honorários médicos e estabelecidos cronogramas e metas para as próximas ações conjuntas. Estiveram presentes representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Associação Médica Brasileira (AMB), da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), de conselhos regionais de medicina, sindicatos médicos e sociedades médicas de especialidades, além do deputado federal e ex-presidente da AMB, Eleuses Paiva. Também participaram do encontro representando outras sociedades médicas os dermatologistas José Ramon Varela Blanco, membro da comissão de Ética e Defesa Profissional da SBD, e Vicente Pacheco Oliveira, coordenador da Comissão de Ética e Defesa profissional da SBD. Durante a plenária, vários médicos compartilharam suas ações e experiências locais na tentativa de entendimento junto aos planos de saúde. Ao pedir a palavra, Toschi sugeriu que nas reivindicações levantadas se incluísse a exigência de que os compradores de serviços médicos só credenciem médicos especialistas – em todas as especialidades, inclusive a dermatologia. Também recomendou, em nome da SBD, que o movimento utilize os consultórios médicos para divulgar notícias e conscientização aos médicos e pacientes usuários de planos de saúde. Em resposta, ouviu a informação de que materiais da campanha podem e devem ser distribuídos pelas sociedades de especialidades a seus associados por e-mail ou impressos. Em nova participação, o dermatologista frisou que seria ideal que no futuro os médicos deixassem de atender pacientes de seguradoras, já que tais empresas preveem reembolsos de despesas médicas superiores aos preços praticados pelas empresas de saúde − como a Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) e a União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas) − e pedidos pela Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), no valor de R$ 80 a consulta. Cooperativas de especialistas – Após o encontro, Aldo Toschi ponderou que melhores resultados das negociações poderão ser observados em cidades e estados menores, onde o número Os dermatologistas Ramon Blanco, Aldo Toschi e Vicente Pacheco participaram das discussões que pleitearam a implementação de remuneração que garanta o bom desempenho da medicina nos aspectos ético e técnico de médicos é reduzido, e em especialidades com menor número desses profissionais. Ele ressaltou a necessidade de maior união e adesão ao movimento médico. Em sua opinião, a experiência da oftalmologia, radiologia, urologia e angiologia em agrupar os médicos especialistas em cooperativas de especialistas tem sido muito interessante. “Uma vez que as associações médicas sempre poderão ser questionadas quanto a seu envolvimento ético com o médico e como ‘setor cartelizado’, aponta-se uma boa perspectiva no sentido da criação de cooperativas de especialistas ou centrais de negociação. Creio que os dermatologistas de cada estado poderiam ser reunidos pelas regionais que se ligariam a cooperativas ou associações médicas e, então, juntando-se aos colegas, negociar em conjunto melhores condições de remuneração ou até mesmo contratos coletivos e credenciamento universal”, explicou. Os três dermatologistas da Sociedade pensaram na realização de um fórum nacional de debate sobre honorários médicos e procedimentos CBHPM da SBD, em Brasília, com a participação dos presidentes das 23 regionais e representantes do CFM e da AMB. “Com isso, podemos aproximar nossa Sociedade do centro de decisões e começar a propor nomes para esses órgãos”, disse Aldo Toschi. A fim de obter maior visibilidade junto à mídia, está prevista nova paralisação no atendimento na saúde suplementar para as operadoras que não negociaram com as Comissões de Honorários Médicos. Essa data será definida por estado de acordo com o andamento das negociações. Entenda o caso – Há aproximadamente dez anos sem receber reajustes de boa parte de operadoras e seguros-saúde, os médicos têm reivindicado recomposição do valor de consulta para R$ 80 e procedimentos atualizados proporcionalmente de acordo com o sistema de hierarquização da CBHPM, além da regularização dos contratos entre médicos e planos de saúde com a inclusão de cláusula de reajuste anual baseado no índice autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos individuais. O movimento também defende o fim das pressões das empresas para que reduzam as solicitações de exames, de internações e outros procedimentos, interferências abusivas que colocam em risco a saúde dos cidadãos. (Fonte AMB) O que foi dito pela mesa e pelo plenário z Dar autonomia a estados e especialidades para negociar com empresas da medicina de grupo, autogestões e seguradoras, respeitando as negociações definidas pelas associações estaduais z Manter o foco em empresas importantes de cada região que não se disponham a negociar com os médicos z Evitar o descredenciamento universal e sempre procurar o caminho de negociação Jornal da SBD z Ano XV n.4 z 23 Dermatologistas da SBD tomam posse na Academia de Medicina de Brasília E m sessão solene prestigiada por cerca de 170 pessoas, entre acadêmicos e renomados profissionais da saúde do Distrito Federal, os dermatologistas Iphis Tenfuss Campbell (ex-presidente da SBD, gestão 1996/1997 e atual vice-presidente da SBD-DF) e a especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) Cleire Paniago Gomes Pereira foram empossados como acadêmicos titulares da Academia de Medicina de Brasília (AMeB), no dia 21 de junho, no auditório do Conselho Federal de Medicina. Para o novo acadêmico Iphis Campbell, ser selecionado para a AMeB é motivo de orgulho e satisfação: “Essa escolha representa o reconhecimento de uma carreira de 40 anos exercendo a medicina no campo da dermatologia e o relacionamento durante todo esse tempo com colegas de todas as outras especialidades na cidade de Brasília”, ressalta. Também foram empossados outros cinco médicos: Edno Magalhães, Francisco de Assis Rocha Neves, Maria Mouranilda Tavares Scheicher, Regina Cândido Ribeiro dos Santos e Renato Maia Guimarães. A AMeB analisa, debate e emite opinião sobre os grandes temas da medicina e a saúde da atualidade. História W Você sabia? Por Paulo Cunha Nesta edição, pontuamos os principais fatos dermatológicos ocorridos nos anos 80, como a compra da primeira sede da SBD, durante a gestão do niteroiense e expoente da dermatologia brasileira René Garrido Neves. Acompanhe essa volta ao tempo: 1980 – O professor Nilton Guimarães assume a direção a Faculdade de Medicina da Bahia (Fameb), a primeira escola de nível superior e a primeira de medicina no Brasil. Hoje a instituição tem 203 anos. 11981 – Luiz Carlos Cucê e cols: Introdução I do uso de cetoconazol para p o tratamento de paracoccidioidomicose. d Rev. Inst. Méd. Trop. São S Paulo 23(2): 82-85, março-abril de 1981. 19885 – Funda 1985 Fundação ção ão do d Grupoo Co Coo Cooperativo o Brasil-Estados Unidos para pesquisa do fogo selvagem, que produziu inúmeros trabalhos sobre a doença. 1988 – Realizada no país a primeira Campanha de Prevenção ao Câncer da Pele da SBD. O então presidente da SBD-RJ, Jarbas Porto, foi o principal idealizador da ação nacional. 1988 – A SBD SBD-Resp, B R sob a presidência de Maurício Alchorne, promoveu a 1a Reunião de Cirurgia Dermatológica. Ival Peres Rosa, na época chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo, coordenou o evento. No mesmo ano, foi criada a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), tendo sido seu primeiro presidente o professor Sebastião Sampaio. 1988 – Aquisição da primeira sede própria da SBD, durante a presidência de René Garrido Neves, localizada na Avenida Nilo Peçanha, n.26, no Centro do Rio de Janeiro. Jornal da SBD z Ano XV n.4 z 25 Campanha de conscientização sobre a psoríase da SBD Entidade articula atividades em todo o Brasil com o apoio de seus Serviços Credenciados Cursos de atualização Até dezembro serão realizados seis módulos gratuitos sobre a doença G A SBD já planeja amplas ações de psoríase durante todo o mês de outubro. Coordenada pelas doutoras Cláudia Maia e Luna Azulay, a campanha nacional ganhará divulgação nas redes sociais (Facebook, Orkut, Twitter), além da assessoria de imprensa da entidade. Os Serviços Credenciados da SBD também estarão engajados levando informações sobre a doença. “No Dia Mundial da Psoríase, 29 de outubro, serão realizadas caminhadas simultâneas nas cidades de Manaus, Rio de Janeiro, Fortaleza, São Paulo, Brasília, Porto Alegre e Salvador, nas quais estão presentes associações de portadores de psoríase, para que, junto com os pacientes, possamos despertar a atenção do público e da mídia para o não preconceito com relação a quem tem a psoríase”. O Ouvidoria Pelo terceiro ano consecutivo, a SBD disponibilizará para seus associados o Simpósio Online de Psoríase pelo site da entidade. As palestras, previstas para ocorrer nos dias 3 e 10 de outubro, serão ministradas pelos dermatologistas cariocas Paulo Oldani e Jane Neffá, Maria de Fátima Paim, da Bahia, e André Carvalho, do Rio Grande do Sul, e ficarão no ar até novembro. As ações de Educação Médica Continuada serão finalizadas com o III Simpósio de Psoríase, no dia 19 de novembro, no Rio de Janeiro. O coordenador científico, Paulo Oldani, e a coordenadora geral, Cláudia Maia, querem repetir o sucesso dos anos anteriores, quando houve grande interesse da plateia pelo alto nível das discussões científicas, comandadas pelos mais importantes conhecedores de psoríase do Brasil. oiânia foi a primeira capital a receber o Curso de Atualização em Psoríase da SBD, em agosto passado. As outras macrorregiões do país a serem contempladas com evento de Educação Médica Continuada em Psoríase são Natal (29/9), Teresina (1/10), Belém e Campinas (5/11) e Porto Alegre (2/12). “Nenhuma outra doença teve tanta evolução e modificação em sua abordagem nos últimos cinco anos como a psoríase. Por isso, consideramos que é nosso dever dar prosseguimento a esses cursos e levar todas as informações necessárias ao associado para ter acesso ao conhecimento e à experiência dos maiores especialistas da área”, frisa a diretora de ações institucionais da SBD, Cláudia Pires Amaral Maia. No ano passado, cerca de 300 médicos se beneficiaram com os cursos de reciclagem promovidos nas cidades de Curitiba, Brasília, Vitória, Salvador e Recife. W Andréa Machado C. Ramos Ouvidora da SBD E m setembro, vamos participar do 66o Congresso da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o maior evento científico de nossa Sociedade, este ano em Florianópolis. Organizado com muita dedicação e empenho, traz programação científica de qualidade, com temas abordando as várias áreas da dermatologia, além de programação social que permitirá agradável convivência entre os dermatologistas brasileiros e estrangeiros que estarão presentes. A gratuidade das inscrições nos cursos teóricos, como ocorreu no último Congresso no Rio de Janeiro, é um benefício a mais para nossos associados. A escolha antecipada das atividades científicas pelos 26 z Jornal da SBD z Ano XV n.4 inscritos permitiu melhor organização evitando filas durante o evento, que promete ser de muito sucesso. Continuo recebendo inúmeros relatos e questionamentos sobre médicos que atuam na área da dermatologia sem ter o título de especialista e sobre outros profissionais, não médicos, realizando procedimentos dermatológicos. Devemos fortalecer mais nossa especialidade. Além de manter boa formação dermatológica e aprimorar conhecimentos, participar das campanhas que a SBD vem organizando nos últimos anos também é uma forma de fortalecer e divulgar a dermatologia e prestar serviços à população. Em outubro, ocorrerá o Dia Mundial da Psoríase, e, em novembro, a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele. Procurem informações sobre as campanhas nas Regionais da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e nos Serviços Credenciados de cada estado e participem como voluntários. O contato comigo para comentários, sugestões, críticas e indagações sobre a nossa especialidade e sobre a nossa Sociedade pode ser feito pelo endereço [email protected] Recebam meu cordial abraço. Como é grande o meu amor por você Rubem David Azulay completa 94 anos de vida e comemora os 25 anos ininterruptos da Aeapa De editor para ex-editor T udo começou em junho de 1987 quando foi realizado o I Congresso da Associação dos Ex-Alunos do Prof. Azulay (Aeapa), no Centro de Ciências e Saúde da Universidade Federal Fluminense (UFRJ), na Ilha do Fundão. Desde então, os encontros têm ocorrido anualmente e de forma ininterrupta, sendo que há mais de uma década, no meio do ano, no Centro de Convenções do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, em Botafogo, Rio de Janeiro. O último encontro, porém, realizado nos dias 8 e 9 teve atmosfera diferente: a jornada comemorou o jubileu de prata do Congresso da Aeapa. Para celebrar os 25 anos de encontros científicos foi preparada – com o apoio da SBD-RJ, do Instituto de Dermatologia Prof. Rubem David Azulay da Santa Casa do Rio de Janeiro e da Escola Médica de Pós-Gaduação da PUC-Rio – nova coletânea de exposições e palestras, focadas no que há de novo e polêmico sobre terapêutica, além de homenagem especial que emocionou os mais de 350 presentes, entre alunos, amigos do instituto e pessoas que tenham buscado inspiração no professor por meio de aulas e pela leitura de seus livros ou que tenham recebido seus ensinamentos por intermédio de médicos que foram seus pupilos. Organizados por Angela Gasparinni, os dez cursos pré-congresso, ocorridos no dia 8 de julho, no Pavilhão São Miguel e Centro de Estudos da Unha (CEU) da Santa Casa de Misericórdia, contaram com a participação dos dermatologistas Marcelo Molinaro, Mônica Azulay, Rosa Rabello, Maria Fernanda Gavazzoni, André Braz, Sérgio Talarico, entre outros. Cosméticos Capilares e Toxina Botulínica: anatomia e implicações na aplicação prática bási- A editora científica dos Anais Brasileiros de Dermatologia, Izelda Carvalho, este- ve presente no evento e fez homenagem ao autor e coautor de 144 artigos publicados nos ABD entre 1949 e 2004. “O professor Azulay foi editor dos Anais durante 19 anos. Maria Fernanda Gavazzoni cumprimenta Rubem David Azulay, um dos maiores mestres da dermatologia brasileira ca e avançada foram as novidades dessa edição comemorativa. No sábado, dia 9, os participantes assistiram a apresentações teóricas de professores experientes, como Mônica Azulay, Celso Tavares Sodré, Márcia Ramos-e-Silva, Juan Piñeiro-Maceira, Ana Maria Mosca, Anna Beatriz Novellino e Paulo Cunha. O curso foi encerrado com agradável e já tradicional almoço de confraternização. O ponto alto, no entanto, foi a homenagem-surpresa organizada pelos alunos da Santa Casa e funcionários do Instituto. Coordenada pela dermatologista Mercedes Pockstaller, eles participaram de um jogral cantando um clássico da música popular brasileira: “Como é grande o meu amor por você”, de autoria de Roberto Carlos. “Foi memorável. Todos se contagiaram pelo clima de integração, de amor, de alegria. É o reconhecimento a esse que é o grande mestre da dermatologia do nosso país”, afirma a presidente do 25o Congresso da Aeapa, Maria Fernanda Gavazzoni. Nada mais justo do que fazer uma homenagem apresentando todos os trabalhos publicados por esse exímio dermatologista que assumiu tão importante cargo de 1974 a 1993.” Segundo Izelda, para criar a apresentação foram levantados os artigos divulgados por ele no Brasil. Os temas abordados por Rubem David Azulay são os mais vastos e completos possíveis, e vão desde micoses superficiais a tumores malignos. “Ele se dedicou integralmente à especialidade, publicando várias doenças de A a Z, com mais ênfase na leishmaniose e na hanseníase. É para todos nós, dermatologistas, um exemplo de dedicação, competência e simplicidade”, complementa. Jornal da SBD z Ano XV n.4 z 27 Departamentos W Cursos pré-evento com especialistas P romovido pela SBD Nacional com o apoio da SBD-Resp, o II Simpósio Internacional de Cabelos e Unhas oferecerá aos inscritos o total de oito cursos pré-evento, conduzidos por especialistas brasileiros e estrangeiros reconhecidos em suas áreas de atuação. O evento será realizado nos dias 7 e 8 de outubro, no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. Os cursos terão número limitado de participantes e vão enfocar transplante de cabelos e sobrancelhas, cirurgia da unha, tricograma, histopatologia do couro cabeludo, tricoscopia, histopatologia do complexo ungueal e dermatoscopia do aparelho ungueal. Segundo Nilton Di Chiachio, um dos coordenadores do Simpósio, os convidados estrangeiros – selecionados entre os especialistas que atuam em grandes centros dos Estados Unidos, Itália e México – e brasileiros vão levar para os participantes o que há de mais avançado em cursos práticos e demonstrações cirúrgicas, além do conhecimento científico que na ocasião será oferecido em mais de 20 aulas. As inscrições poderão ser feitas pelo site www.sbd-sp.org.br. Psicodermatologia Simpósio Nacional de Dermatoses InfectoParasitárias na Infância O Departamento de Psicodermatologia convida os associados inscritos no 66o Congresso Brasileiro de Dermatologia para participar das sessões que contarão com a presença de um convidado de notório conhecimento científico. Segundo a coordenadora do departamento, Luciana Conrado, foi sugerido à Comissão Científica o nome de Jorge Ulnik, médico psiquiatra e psicanalista, professor titular da Faculdade de Psicologia da Universidade de Buenos Aires e professor de cursos de pós-graduação em psicossomática em Madrid e Granada, na Espanha. Com ampla experiência em atendimento interdisciplinar em dermatologia, Ulnik ministrará aula no simpósio do departamento, na segunda-feira, dia 5, que abordará o tema “Níveis de funcionamento psicopatológico na consulta dermatológica: avaliação e manejo”. Na terça-feira, o médico estará presente na sessão “Tire suas Dúvidas” (TD- Painel do leitor O 15). “Nessa palestra serão discutidos quatro casos clínicos apresentados por colegas dermatologistas sobre diferentes temas. Teremos a oportunidade de compreender melhor como estabelecer o atendimento interdisciplinar. Aguardamos você!” s departamentos de Doenças Infecciosas e Parasitárias e de Dermatologia Pediátrica vão promover em novembro, em Fortaleza, o Simpósio Nacional de Dermatoses Infecto-Parasitárias na Infância e a campanha educativa e assistencial para a população em geral, no Centro de Dermatologia Dona Libânia. “O simpósio terá como clientela os dermatologistas sócios da SBD, médicos do Programa Saúde da Família (PSF) e pediatras”, explica o coordenador do Departamento de Doenças Infecciosas e Parasitárias da SBD, Heitor Gonçalves. W Queremos saber sua opinião sobre o Jornal da SBD. Envie suas opiniões, sugestões e críticas para o e-mail [email protected] e ajude-nos a fazê-lo cada vez melhor. O e-mail [email protected] foi desativado. Prezado amigo Paulo Cunha, Parabéns pelo artigo “População albina da Ilha dos Lençóis, no Maranhão, na luta contra o câncer da pele”, publicado no último número do Jornal da SBD. Apoio integralmente suas colocações e, não sei se você lembra, mas nós já conversamos a esse respeito há algum tempo e você me perguntava se eu topava participar do projeto. Estou à sua disposição caso precise. Um forte abraço, Lauro Lourival Lopes Filho 28 z Jornal da SBD z Ano XV n.4 Dr. Paulo Cunha, Li com muito interesse a matéria publicada no Jornal da SBD sobre a população albina do Maranhão. Parabenizo a iniciativa, e espero que nossa Sociedade possa ser útil para essa população carente. Gostaria de fazer uma matéria sobre o assunto em minha coluna em Veja.com. Lucia Mandel Regionais São Paulo I Capacitar profissionais, aproximando as práticas a fim de integrar a dermatologia às demais áreas médicas, beneficiando pacientes e contribuindo para o avanço em todos os tipos de tratamento. Esse foi o objetivo do Simpósio de Dermatologia e Medicina Interna, ocorrido no dia 30 de julho no World Trade Center, em São Paulo. Organizado pela SBD-Resp, com o apoio institucional da Associação Paulista de Medicina, o evento tratou de temas como o HIV, linfoma cutâneo, prurido, câncer da pele e outros tipos de dermatoses. Participaram vários especialistas de diversas áreas médicas que apresentaram casos específicos, na presença de dois dermatologistas da Regional São Paulo. O evento também contou com a presença do professor-assistente de dermatologia clínica da Universidade de Miami, Javier Alonso. São Paulo II A 16a edição da Radesp, prevista para ocorrer de 1o a 3 de dezembro, no Centro de Convenções de Campos do Jordão, situado em Capivari, bairro central da cidade, trará importante inovação no Painel Terapêutico ao Vivo e Vídeos (PTVV). Além dos procedimentos que serão realizados em tempo real, os cursos oferecerão em vídeo aos participantes os resultados do pré e do pós de alguns dos casos apresentados. Segundo o presidente da Regional, Mauro Enokihara, essa era uma das reivindicações mais frequentes nas avaliações durante os CEMC-Ds. O moderno Hospital Sanatorinhos foi o local escolhido para a realização dos cursos práticos. “O foco no dia a dia e as práticas de consultório constituem importantes desafios diários para a maioria de nossos associados que lida com o cotidiano em seus locais de trabalho”, completa o presidente da SBD-Resp, destacando que a maior parte dos mais de 2.100 associados da Regional não está ligada a Serviços Credenciados e não faz parte das diretorias dos distritos. “Pensando nesse contingente e também nos associados da SBD de outros estados que participam da Radesp, decidimos oferecer uma programação científica com ênfase na dermatologia do dia a dia dos consultórios.” A SBD-Resp informa que as inscrições para a reunião anual dos dermatologistas de São Paulo, o segundo maior evento científico, depois do Congresso Brasileiro de Dermatologia, estão abertas e que o ritmo das reservas é crescente. Espírito Santo Sob a coordenação científica de Maria Helena Sandoval, a Regional Espírito Santo realizou a 1a Jornada Capixaba de Dermatologia Cosmiátrica no dia 2 de julho. A partir deste ano, o evento da SBD-ES passa a ser anual, sempre no segundo semestre. “A inclusão dessa atividade vem atender às demandas dos dermatologistas do Estado do Espírito Santo por um debate científico em torno dos conceitos defendidos pela SBD,” realça o presidente Paulo Sérgio Emerich, completando que a tradicional Jornada Capixaba de Dermatologia ocorre há 24 anos. Palestrantes de todo o Brasil abrilhantaram o evento com suas experiências pessoais e excelentes apresentações. “Toxina botulínica avançada entre homens e mulheres” (André Braz, RJ); “Rejuvenescimento da região periorbital” (Eloisa Ayres, Rio de Janeiro André Braz (RJ), Eloisa Ayres (RJ), Gilvan Alves (DF), Katleen Conceição (RJ), Flávia Addor (SP) e Denise Steiner (SP), Maria Helena Sandoval (ES) e Paulo Sérgio Emerich (ES) RJ); “Barreira cutânea e hidratação” (Flávia Addor, SP); “Cosmetologia e gestação” (Gilvan Alves, DF); “Melasma da pele negra” (Katleen Conceição, RJ) e “Prescrição de rejuvenescimento em três diferentes fototipos” (Denise Steiner, SP) estiveram entre os temas tratados. A SBD-RJ promoverá nos dias 11 e 12 de novembro o 5o Simpósio de Cosmiatria e Laser. Como ineditismo, haverá a apresentação de casos previamente filmados, cujos resultados serão divulgados no primeiro dia do evento. No segundo dia, novas tecnologias dos aparelhos de laser estão entre as novidades apresentadas. Para os doutores Mônica Azulay, Bruna Félix e Paulo Notaroberto, coordenadores do simpósio, será uma oportunidade para aqueles que não puderam assistir aos diversos cursos promovidos durante o ano. O convite é extensivo aos associados de outros estados. A programação completa está disponível no site www.sbdrj.org.br. Piauí A SBD-PI promoveu em julho o I Dermassábado, que contou com a ilustre presença da professora Ida Duarte, da Santa Casa de São Paulo, e com o professor Marcelo Távora Mira, da PUC do Paraná. A primeira ministrou aulas sobre fototerapia em dermatologia e dermatite de contato, e o último proferiu a palestra “Hanseníase: uma doença genética?”. Segundo a presidente Ana Lúcia França da Costa, o comparecimento dos dermatologistas foi muito bom, com mais da metade dos associados da regional piauiense. Após o evento, médicos participaram de animado almoço Jornal da SBD z Ano XV n.4 z 29 Mato Grosso O Hotel Deville, em Mato Grosso, sediou a Jornada Mato-Grossense de Alergia e Geriatria nos dias 8 e 9 de julho. Mais de 50 participantes assistiram a aulas de dermatologistas de alto nível: Maurício e Alice Alchorne, Leninha Valério do Nascimento, Gunter Hans Filho, Hegles Rosa de Oliveira, Silvia Marcondes Pereira e Fátima Maria Rabay. “Como presidente da SBD-MT, fiquei orgulhoso com o sucesso do evento”, afirma Edson Virgílio Martins. Jun Okada, Maurício Alchorne, Alice Alchorne, Edson Martins, as residentes Tássia Poit e Eryka Silveira, José Luiz Rainho, Judith Ribeiro, Elizabeth Moreno, Juliana Mendonça, Hegles Rosa e Tatiana Battaglini Pernambuco Bahia São Paulo Em Assembleia Geral Extraordinária ocorrida em 23 de julho, por unanimidade dos sócios presentes, votou-se a favor da extensão para três anos do período do mandato corrente de presidente, vice-presidente e delegados da SBD-PE. Dessa forma, fica equiparado os mandatos entre a Regional Pernambuco e a entidade nacional. Os mandatos da SBD-PE programados para conclusão no final de 2012 são: presidente, Sérgio Palma, vice-presidente, Rosa Lapenda e delegados Sílvia da Costa Carvalho, Emerson de Andrade Lima e Josemir Belo dos Santos. Pernambucana 2011 A SBD-BA realizou, no último dia 23, no Hotel Golden Tulip, no Rio Vermelho, a atividade “Qual seu diagnóstico e qual sua conduta?” em que os professores Lorena Dantas, Graça Leto, Vitória Rego, Camila Meccia, Pedro Dantas e Ivonise Follador (foto) apresentaram casos clínicos e interagiram com os sócios. “A reunião foi superprodutiva, tivemos a sala cheia e participação intensa dos presentes”, relata Ivonise Follador, presidente da Regional Bahia. No final da manhã, para es- timular melhor documentação dos casos nos consultórios, o dermatologista e mestrando da Universidade Federal da Bahia (UFBA) Pedro Dantas proferiu a palestra “Fotografia digital – aspectos básicos e fundamentais”. “Lançamos também um concurso de fotografias com duas categorias: Bahia, minha terra; e Lesão dermatológica: o detalhe que faz a diferença. O resultado e a premiação serão divulgados na Jornada Baiana de Dermatologia, de 8 a10 de dezembro”, completa. Fluminense Amazonas Durante a reunião mensal de julho, a Regional Fluminense comunicou a triste notícia do falecimento de Laert Rodrigues Goulart, ocorrido no dia 21 de junho. Nascido na cidade paulista de São José do Rio Preto, em 15 de janeiro de 1931, formou-se em medicina na Faculdade Nacional de Medicina, atual Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em 1957. Foi um dos fundadores da SBD-FL e seu presidente por dois mandatos. Nos anos 60, radicou-se em Petrópolis e, além da medicina, profissão em que atuou por mais de 50 anos, também tinha outra paixão: as hortênsias. O cultivo da planta era feito em sua propriedade no Moinho Preto, onde hoje há mais de 30 mil mudas. O médico era casado e tinha três filhos. A SBD-AM recebeu na reunião mensal de julho a médica Bhertha Tamura (SP) que ministrou palestra e curso prático sobre rejuvenescimento global da face, com demonstração da aplicação (técnicas básica e avançada) de toxina botulínica e de preenchimento facial. A reunião faz parte do Programa de Educação Médica Continuada (EMC) de seus sócios e residentes. “Na ocasião, em cumprimento à solicitação da SBD Nacional, realizou-se Assembleia Geral Extraordinária em que os associados, por meio de votação, puderam adequar os mandatos da Nacional e Regional Amazonas, decidindo estender por mais um ano o mandato da atual diretoria”, afirma a presidente da SBD-AM, Valeska Francesconi. 30 z Jornal da SBD z Ano XV n.4 O presidente da SBD-PE e da 20a Jornada Pernambucana de Dermatologia, Sérgio Palma, convida todos para o evento que ocorrerá em Porto de Galinhas, de 12 a 15 de outubro: “A programação científica de alto nível foi estruturada com base nas áreas de atuação da dermatologia, com integração e multidisciplinaridade, pertinentes à medicina atual. Queremos ampliar as discussões e contribuir para um evento diferenciado e atrativo. Os pernambucanos, conhecidos por sua receptividade, aguardam dermatologistas do país inteiro, para um encontro científico-social que promete ser inesquecível!” Informações completas e inscrições estão disponíveis no site www.sbd-pe.org.br/pernambucana2011. Silmara Pennini (delegada), Adriana Raposo (secretária de sessões), Fabio Francesconi (secretário-geral), Bhertha Tamura (convidada), Valeska Francesconi (presidente), Renato Cândido (vice-presidente) e Paula Rebello (tesoureira) Serviços Credenciados W Faculdade de Medicina do ABC Paulista (FMABC) Formada este ano no estágio de Especialização em Dermatologia pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Carla Gregório Barbosa de Oliveira foi uma das mais bem colocadas no Exame para Obtenção do Título de Especialista em Dermatologia (TED), realizado em março, na capital paulista. Pelo feito, Carla Gregório receberá bolsa da SBD para participar do Meeting da Academia Americana de Dermatologia (AAD), em San Diego, na Califórnia, em março de 2012. “Consideramos a opção de estágio na FMABC fundamental na conquista da Dra. Carla Gregório, pois temos mais liberdade na definição e execução do curso de especialização. Pela residência médica, estaríamos submetidos às normatizações federais da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). São padrões que visam equiparar a preparação do residente em todo o país, com a mesma cobrança independente de o serviço ser mais ou menos desenvol- vido”, explica o chefe do Serviço, Carlos Santos Machado Filho. O médico frisa a importância de mais um ano de especialização para a ampla formação do dermatologista: “Um dos diferenciais que garantem essa capacitação é a exigência de dois anos de residência médica anterior em clínica médica para iniciar o estágio em dermatologia, o que já garante maior base de conhecimento aos alunos. Além disso, outro prerrequisito básico é o curso de Suporte Avançado de Vida em Cardiologia, que prepara os médicos para o atendimento de paradas cardiorrespiratórias”, complementa. Reconhecido pela excelência em todo o país, o estágio em dermatologia na FMABC é detalhado, abrangente e tem duração de três anos, contra dois anos de outros serviços que preferem o modelo de residência médica. Sua qualidade pode ser comprovada pela excelente aprovação da médica. Policlínica Geral do Rio de Janeiro (PGRJ) O Serviço de Dermatologia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro (PGRJ) inaugurou em abril o Setor de Fototerapia, com equipamento de Puva e tratamento com UV-B de banda estreita. O professor Fabrício Lamy, responsável pelo setor, destaca que o tratamento tem sido oferecido com gratuidade para pacientes carentes da cidade do Rio de Janeiro. Santa Casa de Misericórdia de Curitiba O Serviço tem a satisfação de comunicar que a residente Helena Zenedin Marchioro obteve uma das melhores classificações no Exame para Obtenção do Título de Especialista em Dermatologia (TED) deste ano, concorrendo com aproximadamente 400 participantes de diversos serviços do Brasil. Helena também foi agraciada com uma bolsa para participação no Annual Meeting da AAD, 32 z Jornal da SBD z Ano XV n.4 em 2012. “Sou muito grata a todos os preceptores que contribuíram para esse fim, pela estrutura da residência e pela oportunidade que me foi dada”. O chefe do Serviço de Dermatologia da Santa Casa de Curitiba, Luiz Carlos Pereira, afirmou que a conquista reflete a qualidade do ensino oferecido pelo Hospital e é um mérito tanto da aluna quanto dos médicos do Serviço. Serviço de Dermatologia da Santa Casa de Porto Alegre A dermatologista Inês Alencar de Castro é a representante do Serviço de Dermatologia da Santa Casa de Porto Alegre no Centro de Prevenção do Hospital Santa Rita. No local, são realizadas palestras para a população, avaliações preventivas, orientações, além de exames clínicos, dermatoscópicos e exérese de lesões suspeitas. Dentro do Serviço, Inês se responsabiliza por pequenos procedimentos no ambulatório do SUS, como crioterapias, eletrocauterizações, cauterizações químicas e esfoliações. As médicas Carmen Riesgo e Patrícia Baptista, responsáveis pelo ambulatório de fototerapia, atendem em média 110 pacientes ao mês. Segundo o chefe de Serviço, Joel Schwartz, o ambulatório de fototerapia recebeu em julho uma quarta cabine com UVA e UVB-NB, o que possibilitará aumento no número de atendimentos. Errata Na página 10 da última edição, a referência à dermatologista Andréa M. Godoy deve ser: “Dermatologista do Departamento de Imagem da SBD”, já que ela não é ligada à Faculdade de Medicina da Unesp. Nota de falecimento É com pesar que a SBD informa o falecimento da dermatologista Ana Lucia Marangon, no dia 31 de julho, em Juiz de Fora.