Doenças Virais Respiratórias
Flávio de Souza Lima
Frontiers in Microbiology October 2013
Frontiers in Microbiology October 2013
Clin Infect Dis 2011;52(S4):S284-S289
Políticas de Saúde Mundiais

1999 – OMS publica as primeiras diretrizes para contenção de pandemia
de Influenza.

2005 – devido a emergência do H5N1, OMS faz a primeira revisão das
diretrizes.
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2009 – Aparecimento de novo subtipo viral (H1N1) – nova revisão das
diretrizes.

“The wolrd is ill-prepared to respond to a severe influenza pandemic or to
any similarly global, sustained and threatening public-health emergency” –
Review Committee on the functioning of the international Health
Regulations (2005).

2013 – nova revisão visando maior flexibilidade de acordo com o risco de
epidemia de cada país.
Doença respiratória no viajante
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Muito frequente, mas pouco notificada

Geralmente quadros leves

Pode ocorrer transmissão já na viagem, mas para passageiros próximos,
pois os aviões são dotados de filtro HEPA (High Efficiency Particulate
Arresting).

Vacinação contra influenza deveria ser considerada.

Em caso de infecção bacteriana, levar em consideração a possível
diferença de perfil de resistência entre as regiões mundiais.
Influenza

Influenza B é um vírus exclusivo dos humanos.

Influenza A pode ser encontrado em humanos, aves e outros mamíferos.

Uma pandemia acontece quando um vírus A, ao qual a maioria dos
humanos não tem imunidade, adquire a capacidade de transmissão
sustentada humano-humano.

Os vírus pandêmicos podem surgir através de rearranjos genéticos ou
mutações.

Aproximadamente 25 a 45% da população é atingida em uma pandemia.

As pandemias são imprevisíveis, mas geralmente ocorrem em períodos
entre 10 a 50 anos.
Influenza
Pandemic Influenza Risk Management WHO Interim Guidance –
World Health Organization 2013
Pandemic Influenza Risk Management WHO Interim Guidance –
World Health Organization 2013
H1N1pdm09
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7% de hospitalização.
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Principal causa de internação foi a pneumonia.
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Nos pacientes com PNM – 20-25% mortalidade
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Nos pacientes com PNM – 28% CTI – 12-59% SARA
H5N1

Influenza A aviário inicialmente identificado em Hong Kong, China, em
1997.
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Foi o primeiro vírus influenza aviário com alta patogenicidade a ser
transmitido a humanos, provocando doença grave.

Esse vírus reapareceu em 2003 provocando mortes em milhões de aves.

mas pouco mais de 600 casos em humanos. A transmissão geralmente
ocorreu entre membros da mesma família e não houve transmissão
suficiente para provocar surtos comunitários.

Tem período de incubação maior que o vírus sazonal – 3-5 dias.
WHO – H5N1 avian influenza: timeline of major events
Influenza A H7N9

Isolado em 2013, na China.
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Vírus aviário, mas o novo H7N9 tem mutações genéticas (rearranjo com o
H9N2) que aumentam o potencial de infecções em mamíferos.

A maioria dos casos (77%) tiveram contato com aves domésticas
infectadas, mas o mecanismo de transmissão ainda não é conhecido.

A transmissão humano-humano ainda é baixa, no momento.

O principal aspecto clínico é a pneumonia grave (30% de mortalidade),
mas o espectro clínico ainda precisa de mais estudos.
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Diagnóstico: febre, sintomas respiratórios e proveniente de áreas com
transmissão.
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Diagnóstico definitivo: Biologia molecular.
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Tratamento: Oseltamivir (nos casos leves diminui a transmissão).
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Não há vacina específica. Seguir boas práticas de higiene.
North American Journal of Medical Sciences 5 Jul 2013
WHO – Background and summary of human infection wity influenza A(H7N9) virus
Clin Infec Dis 2014;58(8):1095-1103
Clin Infec Dis 2014;58(8):1095-1103
Coronavírus
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2003-2004 – SARS-CoV Guandong (China). Reservatório natural
Morcegos. Aproximadamente 8000 casos mundialmente com 10% de
mortalidade.
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Após este surto dois tipos virais apareceram HKU-1 e NL-63, ambos
causando doença leve e distribuição mundial.

2012 – MERS-CoV Oriente médio. Reservatório natural desconhecido
(Camelos? Morcegos?). Período de incubação – 5 dias. 74% de
mortalidade nos casos primários. 20% nos casos secundários (BIAS?) –
transmissão nosocomial em 26% dos casos. Transmissão eficaz entre
humanos. 144 casos confirmados no mundo.
MbioASM 2013, 4:4
Lancet Infec Dis2014;14:50-56
Plos Curr 2013
NEJM369,(5)2013
Euro Surveill2013;18(39)
World Health Organization
Outros vírus respiratórios
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Adenovirus – crianças < 4 anos. 1-7% infecções respiratórias adultos,
principalmente em alojamentos militares. PNM leve.
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VSR – 3ª causa de PNM em adultos (2,6% dos casos). Tosse é o sintoma mais
frequente, mas sibilos e roncos podem ocorrer. 10% de mortalidade em idosos,
geralmente com comorbidades cardiorrespiratórias. Alto risco de doença grave em
TMO e Leucemia – 50% mortalidade.

Metapneumovírus – descoberto em 2001 na Holanda. < 5 anos de idade. Quase
100% dos adultos até 25 anos. Pode complicar em pac cardiorresp. Casos mais
graves quando associado a VSR.

Parainfluenza – raro em adultos. Em crianças pode provocar PNM.
Clin Infec Dis 2012;55(1):107-113
Outros vírus respiratórios
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Bocavirus – descoberto na Suécia em 2005. É um parvovírus. Agente
causal de 2-19% dos quadros respiratórios em crianças. Disseminação
mundial. Provoca broncospasmo, bronquiolite PNM. Pode persistir por
meses no trato respiratório.

Poliomavirus – distribuição mundial. Principalmente crianças. Podem
persistir em imunossuprimidos, assim como o vírus JC e podem reativar.
Clin Infec Dis 2012;55(1):107-113
Virology Journal2012,9:247
Viruses2009,1,3-12
Vírus respiratórios mais prevalentes
em 2013-2014 nos países com jogos
em Belo Horizonte
Grécia
Bélgica
Argélia
Argentina
Costa Rica
Colômbia
Inglaterra
Irã
Brasil
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Doenças Virais Respiratórias no contexto de grandes eventos