O CONTRAPONTO: UMA ANÁLISE DO PRIMEIRO GOVERNO ACM A PARTIR DA CORRESPONDÊNCIA PESSOAL DE JURACY MAGALHÃES José Alves DIAS Professor da UESB e Doutorando em História pela UFRJ [email protected] Resumo: A subjetividade, sempre presente nos domínios da história, parece aflorar quando confrontamos fontes documentais que foram produzidas num contexto de acirrada disputa onde os atores buscavam demarcar posições políticas. O desafio se torna ainda maior quando o sujeito histórico é visto sob a perspectiva do outro. Buscamos discutir as armadilhas existentes para o historiador, o grau de subjetividade e as potencialidades dessa documentação. Introdução: Creio ser bastante razoável o processo de construção, desconstrução e reconstrução pelo qual a história tem passado recentemente tendo em vista ser uma disciplina relativamente nova se comparada a outras. Os dilemas do historiador relativos aos modelos teóricos a serem adotados, aos instrumentos metodológicos a serem utilizados e à associação da História com outras disciplinas mais do que dar conta de sua jovialidade demonstram seu dinamismo nos últimos séculos. As mesmas incertezas e o mesmo dinamismo se aplicam aos tipos e usos de fontes escolhidas e utilizadas pelo historiador. De certo modo diríamos que a ampliação e a diversificação do conceito de documento foi, em parte, responsável por esse dinamismo, mas também aí se assentam as maiores dúvidas do historiador. Esse paradoxo, presente em nosso cotidiano, transforma-se muitas vezes em desafio e obriga-nos a pensar com mais rigor no uso de certos documentos para a pesquisa. Geralmente, a primeira providencia do pesquisador que se defronta com documentos escritos onde a narrativa envolve toda a subjetividade do autor é descarta-la como fonte confiável. Desabrocha-se uma possível objetividade do conhecimento histórico que nega qualquer possibilidade de admitir a subjetividade como parte das realizações humanas e das representações ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 10: Arquivos e Fontes: a pesquisa histórica na Bahia. 1 dessa realidade. Com essa atitude estaríamos ratificando erros passados cometidos, por exemplo, em relação aos documentos oficiais no apogeu da tradicional Escola dos Annales ou a oralidade constantemente bombardeada pelos adeptos da expressão por signos lingüísticos. A partir da correspondência pessoal de Juraci Magalhães, apresentamos algumas razões pelas quais devemos utilizar tal documentação e procuramos analisar as armadilhas existentes para o historiador, o grau de subjetividade e as potencialidades dessa documentação.[1] As relações entre Juraci Magalhães e ACM: Em 1931, por escolha de Vargas e indicação de Juarez Távora, Juraci Magalhães, foi escolhido interventor na Bahia e tomou como providência inicial, para articulação das elites políticas no Estado, a criação de um novo partido. Em maio de 1933 Francisco Peixoto de Magalhães Neto, pai de Antônio Carlos Magalhães, se elegeu deputado constituinte pelo Partido Social Democrático (PSD), criado na Bahia em janeiro do mesmo ano pelo interventor de Vargas e as relações pessoais e políticas entre ele e Juraci se tornaram bastante estreitas. Com o golpe de 1937 Juraci rompeu com Vargas voltou às atividades militares até 1945 quando retornou a Bahia para fundar a UDN. Antes de ser eleito em 1954 como deputado estadual pela União Democrática Nacional (UDN) Antônio Carlos já era afilhado político e defensor implacável do fundador e presidente do diretório regional da UDN no Estado. Por esse tempo ACM ficou conhecido pelos apartes que fazia aos discursos dos deputados que atacavam seu líder mesmo condição de redator de debates da Assembléia Legislativa da Bahia. Jutaí Magalhães, filho de Juraci Magalhães, foi eleito deputado estadual em 1962 quando já exercia o mandato de vereador em Itaparica. O que parecia ser um continuísmo característico das elites políticas terá desdobramentos surpreendentes nos anos seguintes ao golpe militar de 1964. Durante o governo Castelo Branco Juraci foi embaixador brasileiro em Washington, ministro da Justiça e das Relações Exteriores, porém, em 1967 com o fim do governo de Castelo reduziu drasticamente as suas atividades políticas investindo apenas no futuro político de seu filho Jutaí. ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 10: Arquivos e Fontes: a pesquisa histórica na Bahia. 2 Logo depois de tomar posse ACM acusou Juraci de “agente de interesses escusos” e proliferar “interesses comerciais” nos negócios públicos em diversos jornais do país. O incidente gerou o rompimento entre ambos, ao que parece, iniciado por Juraci Magalhães tendo em vista a ingratidão do ex-aliado e furtivamente aceito por Antônio Carlos que buscava sua autonomia política na Bahia. Como resultado, diversos correligionários manifestaram, em correspondência, solidariedade ao antigo chefe político. Essas cartas recolhidas junto à documentação pessoal do autor no arquivo do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil - CPDOC se apresentam como importante fonte para a análise da situação política geral no Estado da Bahia nos primeiros anos do governo de ACM e se enquadram na tipologia a que nos referimos no início desse texto, razão pela qual passaremos a analisala de forma mais detida daqui por diante. Antônio Carlos Magalhães, como já dito, foi eleito deputado estadual pela UDN em 1954 e exerceu o mandato de 1955 a 1959. Em 1958 elegeu-se deputado federal também pela UDN e foi reeleito em 1962 pela mesma sigla partidária. Com a extinção da União Democrática Nacional e dos demais partidos em 1965 filiou-se à Aliança Renovadora Nacional (ARENA) no ano seguinte. Durante período apoiou Juraci na disputas pelas eleições estaduais de 1959 contra o candidato de Antônio Balbino nas quais Juraci Magalhães foi eleito governador do Estado. Do mesmo modo apoiou Juraci contra Jânio Quadros na convenção da UDN que indicaria o candidato da legenda a presidente da República. Seu apoio irrestrito à ditadura militar instalada com o golpe de 1964 e o prestígio de Juraci Magalhães no governo do Marechal Castelo Branco motivaram a sua indicação pelo governador Luís Viana Filho para a prefeitura de Salvador. Investiu, como prefeito, em obras urbanas de grande impacto e visibilidade projetando-se para o seio da elite política ditatorial. Percebendo sua ascensão política e o descenso dos castelistas, inclusive de Juraci Magalhães, aproximou-se do grupo militar ascendente liderado pelo presidente Médici. O próprio presidente indicou-o para governador da Bahia mandato que ACM ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 10: Arquivos e Fontes: a pesquisa histórica na Bahia. 3 assumiu de 1971 a 1975. Juraci apoiou plenamente a candidatura de Antônio Carlos Magalhães, contrariando a posição de seu filho Jutaí que pretendia ser candidato originando um conflito familiar de grandes proporções. Em correspondência ao General Carlos Alberto Fontoura, diretor Geral do SNI em 1971, buscando provar sua inocência, Juraci demonstra seu arrependimento por ignorar de seu filho a seguinte advertência: “não se deve dar poder a quem abusa do poder e Antônio Carlos abusa do poder”.[2] Pouco depois cumpria a previsão de Jutaí Magalhães. O marco do rompimento entre ACM e Juraci se deu após a divulgação pelo primeiro de uma suposta reunião entre ambos no dia 15 de outubro de 1970 na qual Juraci teria solicitado ao futuro governador, vantagens fiscais para a SANBRA, uma industria de beneficiamento de mamona e para a Petroquímica União, empresa privada de refinamento de petróleo. ACM alegou que Juraci descontente com a negativa do governador rompeu a relação pessoal e política, enquanto Juraci se disse motivado pela traição e a mentira do correligionário. A partir de então, as cartas enviadas e recebidas por Juraci Magalhães revelam bastante sobre a visão que ele tem do outro e de si, a partir do modo como se identifica e como identifica o outro, num contexto político altamente dinâmico e plural no qual as relações pessoais interferem de forma definitiva no processo político. A visão que Juraci tem de si mesmo se revela no trecho de uma carta ao inexperiente deputado Rogério Rego: “Hoje, aposentado, politicamente invalido, ainda ouso dizer a moços como você, que o estudo deve ser uma preocupação diuturna na vida de cada um de vocês”.[3] O ex-poderoso interventor de Vargas transparece agora na correspondência pessoal como injustiçado, melancólico e incapacitado para formar novos discípulos. Com essa visão do ‘eu’ ele transfere ao outro as razões de sua desolação. Referindo a ACM numa em resposta a uma outra carta de Rogério, Juraci desabafa: “Aquele ex-amigo, em que você tanto falou não me preocupa. Já o enterrei no cemitério dos afetos perdidos” [4] O tom amargo e desinteressado do discurso revela mágoa e ressentimento inteiramente revelados em outra carta ao ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 10: Arquivos e Fontes: a pesquisa histórica na Bahia. 4 deputado estadual Stoessel Dourado: Sinto-me como um indivíduo que foi mordido por um cão danado, mas passou no Instituto Pasteur e tomou a vacina adequada. Não sei se ainda voltarei a responder Antônio Carlos Primeiro e Único, também madrasta de Branca de Neve. O debate político já não me atrai, e confesso que passei a ter nojo do meu atual contendor.[5] A noção de identidade nesse caso pressupõe a existência do indivíduo diante de um contexto social que se modifica e que, conseqüentemente, também se modifica.[6] A identidade não é congênita, ela se constrói ao longo das experiências vividas e se reconstrói na medida em que as suas relações com outros indivíduos e com a conjuntura social em que está inserido se alteram. Essa mutabilidade da própria identidade nem sempre é percebida pelo indivíduo ou pela rede de relações ao qual ele pertence. No entanto, os estudos biográficos baseados em discursos pessoais com a clara pretensão de se mostrar ao outro podem conter pistas importantes que revelem essa transformação no modo como o indivíduo se revela. Por outro lado a visão de si mesmo implica em demarcar uma posição na rede de relações construídas e em desenvolvimento. Não há dissociação entre a identidade social e a identidade coletiva uma vez que, conscientemente ou não, o indivíduo se projeta para outros com os quais mantem algum tipo de relacionamento. O sentimento de pertencimento nesse caso depende da visão que se tem do outro, uma vez que esse outro participa ativamente de seu universo identitário. Vejamos que no período em questão Juraci pouco se preocupa com as questões políticas embora Jutaí estivesse eleito para a Assembléia Legislativa da Bahia e se preparasse para a eleição a deputado federal na qual foi eleito, em 1974, com cerca de 86 mil votos, considerada a maior votação do estado. O indivíduo político recluso à vida privada e decepcionado com os dividendos do capital político acumulado nos anos de atividade se constrange diante ascendência de seu rival e busca situar-se num terreno menos pantanoso que o da política. Nos anos seguintes, mais seguro de sua situação com a vitória do filho, Juraci voltaria a emitir opiniões sobre a política na Bahia inclusive em suas cartas a amigos. Poderia essa correspondência deixar de se constituir em ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 10: Arquivos e Fontes: a pesquisa histórica na Bahia. 5 precioso material para análise da sociedade e da política na Bahia? Evidentemente que não. Contudo ao ponderar sobre as circunstâncias em que cada uma dessas fontes foi produzida devemos tomar certas precauções necessárias ao manuseio de qualquer outro tipo de fonte. O acervo documental do arquivo de Juraci Magalhães é composto basicamente de correspondências pessoais que tratam da situação política nacional no governo de Castelo Branco, da política na Bahia até a década de 70 e das atividades políticas de Jutaí Magalhães. Percebe-se no acompanhamento cronológico das cartas que a intensidade do discurso político se altera na mesma medida em que os fatos ocorrem. Até o rompimento com Antônio Carlos em 1971 o discurso era contundente, as críticas aos adversários eram ácidas e a posição de chefe político estava bastante delimitada. A derrota do grupo castelista, os desentendimentos com o filho Jutaí e o rompimento com Antônio Carlos Magalhães isolou Juracy Magalhães tanto no âmbito da política nacional como local. Restaram-lhe a solidariedade dos amigos e o consolo de sua vasta biografia política. As cartas do período refletem um homem cansado, um líder carente de autoridade e um pai arrependido. Entre 1972 e 1973 as relações entre Jutaí e ACM se mantiveram muito tensas e evoluíram significativamente nesse sentido quando o primeiro criticou frontalmente a aplicação da Lei de Terras no Estado da Bahia enviada pelo executivo para análise na Assembléia Legislativa. A repercussão positiva da posição marcada por Jutaí como deputado na elite econômica do Estado e sua vitória significativa para deputado federal pela Bahia em 1974 mudaram o estado de espírito de Juraci e, conseqüentemente, o tom de seu discurso. Nos meses seguintes as cartas enviadas e recebidas teciam críticas ao rival e possuíam um caráter político incontestável. Por outro lado a visão que ele possui de ACM é uma espécie de alteridade ao contrário. Durante quase duas décadas Juraci via o comportamento agressivo de Antônio Carlos como uma característica própria de jovens políticos aguerridos. Sabia ter ao seu lado um discípulo que não mediria esforços para defender sua honra e seus princípios. Pensava ele que ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 10: Arquivos e Fontes: a pesquisa histórica na Bahia. 6 ACM adotaria para sempre o mesmo discurso do Deputado Rogério Rego nos primeiros dias de seu mandato como Deputado Federal quando em carta a Juraci comentava o rompimento dos antigos aliados: “Haverá algum dia um exemplo de homem que chegue a desfrutar o poder e seja capaz de desprezalo a ponto de ser fiel e continuar orgulhoso de suas origens”.[7] Decepcionado com a inversão de papéis Juraci Magalhães se viu obrigado a concordar com Rogério Rego quando este lhe disse em um trecho de outra carta: Há quem diga que o governador é um temperamental e age inopinadamente, ao sabor das desmedidas reações de seu gênio irascível e desequilibrado. Há, entretanto, quem afirme que tudo o que faz é pensado e medido cuidadosamente. Do episódio fica enfim a evidência de que o homem não tem fronteiras, não tem amigos e não se peja de investir como lhe pareça apropriado para o momento contra quem quer que seja que se constitua em possível obstáculo aos seus desígnios.[8] O desembaraço e a agressividade do comportamento político do governador da Bahia em 1971, passou a se constituir em um problema para seu antigo chefe. A visão do outro como complemento de sua própria vida política se desfez quando a “criatura” se tornou mais forte que o “criador”. Um cidadão soteropolitano em outra carta a Juraci traduziu perfeitamente a visão que tinham de ACM nesse novo momento: A baba desse vira-latas hidrófobo, jamais o atingirá (...) Esse homem, general, está maluco. Aposto que não passaria num exame de sanidade mental, seria, por certo, interditado. A impressão que tenho é que o vírus da hidrofobia nele vive em estado latente desde que nascera, talvez anterior mesmo ao seu nascimento, por tratar-se de doença congênita. Portanto, a visão discursiva que Juraci tem de Antônio Carlos relacionase diretamente com o lugar onde ele está e de onde se identifica. A posição segura de chefe político produz um discurso crítico voltado para o mundo exterior. Abaladas as estruturas de sua chefatura e não se sentido capaz de identificar-se como líder político Juraci recolhe-se ao mundo interior e posiciona-se como vítima da traição. Cabia-lhe o papel que foi outorgado ou usurpado por outro. Sendo outro um ex-aliado a inversão na correlação de poder não se materializou como algo inerente ao embate, mas a um golpe rasteiro que cindiu as estruturas do poder político na Bahia. As fontes dessa natureza, como quaisquer outras, devem ser compreendidas no contexto em que foram produzidas. Na verdade, não parece ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 10: Arquivos e Fontes: a pesquisa histórica na Bahia. 7 haver graus de subjetividade nos documentos históricos e sim formas de subjetividade. Ela pode estar na intenção de elaborar o documento, no processo de seleção para o arquivo ou na seleção feita pelo próprio pesquisador. Por causa dessas inúmeras “filtragens” do documento é que Ginzburg (1987)[9] foi incisivo ao criticar o descarte do documento histórico por sua pretensa subjetividade dado que a objetividade positivista estava definitivamente superada. Analisar com acuidade os discursos, procurando suas características qualitativas e contextualizando os documentos em seu próprio tempo levando em consideração a conjuntura pessoal e social em que viviam os seus autores pode significar uma compreensão mais nítida, mas ela nunca será completa e objetiva. No caso em estudo, analisar as relações intra-elites na Bahia durante o primeiro governo de Antônio Carlos Magalhães a partir da visão apresentada por seu arquiinimigo Juraci Magalhães pode parecer perigoso. É evidente que as cartas enviadas e recebidas transmitem ressentimentos e mágoas comuns ao rompimento de uma relação tão longa, mas elas têm a potencialidade de situar politicamente a elite na Bahia, mostrar suas contradições e revelar diferentes visões dos correspondentes sobre a conjuntura local e nacional. Sabendo que toda fonte carrega consigo alguma subjetividade e que esta subjetividade é produto da ação humana jamais poderemos aceitar que existam fontes documentais de segunda categoria. Todas elas, portanto, são ferramentas do historiador e se situam no mesmo campo. Cabe-nos apenas um pouco de discernimento e bom senso na sua utilização. NOTAS [1]Além do CPDOC consultamos as obras: MATTOS, José Batista Freitas. ACM: o mito. Rio de Janeiro: RGB, 2001. GUEIROS, J. A. Juracy Magalhães: o último tenente. 3ª ed. Rio de Janeiro: Record, 1996. [2] Arquivo JM n. 326/71, CPDOC/FGV, Carta de 04 de agosto de 1971. [3] Arquivo JM n. J.1971.00.00/1, CPDOC/FGV, Carta de 01 de junho de 1971. [4] Ibdem. [5] Arquivo JM n. 333/71, CPDOC/FGV, Carta de 10 de agosto de 1971. [6] Essa noção identidade como uma categoria analítica da psicanálise está presente em vários autores citados por LAURENTI, Carolina & BARROS, Mari Nilza Ferrari de. Identidade: questões conceituais e contextuais. In: Revista de Psicologia Social e Institucional. Vol 2, N. 1, Londrina: UEL. Jan/2000. ANAIS do III Encontro Estadual de História: Poder, Cultura e Diversidade – ST 10: Arquivos e Fontes: a pesquisa histórica na Bahia. 8 [7] Arquivo JM, CPDOC/FGV, Carta de 20 de maio de 1971. [8] Arquivo JM, CPDOC/FGV, Carta de 03 de agosto de 1971. [9] GINZBURG, Carlo. O Queijo e os Vermes, São Paulo, Cia. das Letras, 1987, pp. 21-22. 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