MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL FARROUPILHA REITORIA ANEXO I. PROJETO De Extensão de Curta Duração 1. IDENTIFICAÇÃO 1.1 Título do Projeto: Família e saúde na escola 1.2 Câmpus de Origem: Panambi 1.3 Área: Projetos Sociais 1.4 Linha Temática: Saúde da Família 1.4 Outros Câmpus Envolvidos: -- Selecione -1.5 Outras Instituições Envolvidas: Não 1.6 Público Beneficiado: Pais e responsáveis dos alunos dos cursos Técnicos Integrados do Instituto Federal Farroupilha - Câmpus Panambi 1.7 N° de Pessoas a serem Beneficiadas: 440 1.8 Período de Realização: junho a novembro 1.9 Local a ser Realizado: Dependências do Instituto Federal Farroupilha - Câmpus Panambi 1.10 Carga Horária Total do Curso (somente para projetos de curta duração): 16 horas 1.11 Situação do Projeto: Em produção Projeto: Novo Relação com o -- Selecione -- Ensino: Sim Relação com a Pesquisa: Coordenador do Projeto: Versiéri Oliveira de Almeida 2. DADOS DO PROJETO: 2.1 Objetivos (Geral e Específicos – máximo 4): O projeto tem como objetivo apresentar o Setor de Saúde e as funções pertinentes a cada cargo, buscando atuar como Equipe Multidisciplinar e Interdisciplinar em Saúde, para promover a Integralidade na Atenção à saúde no Instituto, desenvolver atividades de enfoque educativo e reflexivo, que visem a promoção e a manutenção da saúde. Específicos: Desenvolver ações de promoção/prevenção e detecção de casos de hipertensão arterial e diabetes, encaminhamentos e orientações a comunidade escolar; Levantar o número de famílias com risco de desenvolver Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial Sistêmica, iniciar os cuidados preventivos, realizando o devido encaminhamento para a rede de saúde Municipal; Trabalhar a importância da adoção de hábitos saudáveis de vida; Trabalhar a importância do vínculo familiar entre pais e filhos no desenvolvimento dos adolescentes e de sua autonomia. 2.2 Justificativa (técnica/econômica/social): Vivemos em um momento histórico em que a demanda por saúde está em grande expansão. Com isso, aumenta a busca da população pelo conhecimento na área. Por um lado essa busca é positiva, pois gera reflexão sobre os hábitos de vida e os cuidados necessários. Por outro lado, pode levar ao uso de informações de forma autônoma, mas equivocada e, portanto, sem a devida orientação profissional para as demandas de doença ou de cuidados de si. Costuma-se dizer que há um excesso de informação, especialmente na mídia, para a população sobre saúde, mas nem sempre com qualidade. Essas e outras situações geram novas necessidades para os profissionais da área da saúde, dentre elas a demanda por atendimento qualificado que envolvam vários profissionais de forma multidisciplinar e interdisciplinar. Isso porque, é impossível que um profissional sozinho consiga abarcar a complexidade que é o tratamento de um sujeito biopsicossocial, o que implica em desenvolver um amplo conjunto de ações de saúde sobre esse sujeito. De tal modo, surge a necessidade do trabalho em equipe, exercitando trocas de saberes e de conhecimento entre os representantes de diversas áreas e o sujeito a ser tratado. A equipe multidisciplinar e a interdisciplinar se faz presente nos serviços de saúde onde o objetivo seja a qualidade de saúde e de vida da população. Porém, tão importante quanto ter uma equipe que dialogue entre si sobre as demandas de saúde que surgem, é desenvolver as ações em conjunto com a população envolvida (BOLZAN, 2011). Um desses espaços de promoção de saúde é a escola - espaço propício para o desenvolvimento de programas de educação para a saúde. Sobre essa temática, Demarzo e Aquilante (2008 apud BRASIL, 2009, p.10) afirmam que: A escola, que tem como missão primordial desenvolver processos de ensinoaprendizagem, desempenha papel fundamental na formação e atuação das pessoas em todas as arenas da vida social. Juntamente com outros espaços sociais, ela cumpre papel decisivo na formação dos estudantes, na percepção e construção da cidadania e no acesso às políticas públicas. Desse modo, pode tornar-se locus para ações de promoção da saúde para crianças, adolescentes e jovens adultos. O ideal é que o trabalho de promoção de saúde na escola com o público alvo (alunos, professores e funcionários) tenha como ponto de partida o saber que cada um traz de sua trajetória de vida e suas possibilidades de ação. O objetivo é desenvolver nesse público alvo a capacidade de interpretar o cotidiano e agir na tentativa de agregar atitudes e/ou comportamentos apropriados em prol da melhoria da qualidade de vida, sempre tendo como foco principal no trabalho dos profissionais da saúde o empoderamento do público com quem se atua na promoção ou no cuidado de saúde (PORTUGAL, 2006; DEMARZO; AQUILANTE, 2008 apud BRASIL, 2009, p.11). Através desse projeto busca-se aproximar os pais da escola e do fazer em saúde, contribuindo para a disseminação do desenvolvimento das ações em prol do bem-estar, da saúde física, emocional e psicológica. Falar em saúde implica fazer um contraponto com a ideia de doença. Para Queiroz (1991, p. 117) a doença pode ser entendida como resultado de múltiplos fatores interligados com as formas de conduzir a vida, ou seja, “num sentido amplo no qual o organismo biológico é visto como um todo muito maior do que a soma de seus órgãos e estruturas”. Sendo esse organismo, ou seja, o sujeito, um complexo de ações de forças, não apenas um corpo biológico. Essa concepção de sujeito e de cuidado vai além da definição dada pela biomedicina, modelo que separa corpo e mente e que segue Um processo investigativo metodológico normatizado (com base no paradigma da ciência ocidental) ao referenciar seu olhar sobre a cura a partir de construtos teórico-operacionais em torno da doença. Ao seguir esse viés, a medicina passou a tratar o corpo de forma isolada de sua subjetividade, a partir de uma visão reducionista da doença, vista como unicamente biofísica, ou seja, trata os sinais e sintomas que se originam em lesões (CASTRO, 2011). Considerando a importância da família no desenvolvimento neuropsicomotor e social das crianças e adolescentes; e a função da escola como constituinte no desenvolvimento humano (portanto da família e dos seus alunos) e social, surge a criação desse projeto, com a finalidade de aliar educação e saúde no âmbito familiar, através do trabalho com pais, que tende a ressoar em todos os entes familiares. Isso porque, a escola é considerada como um espaço importante para desenvolvimento de programas de educação em saúde para seu público alvo. A escola (BRASIL, 2009, P. 15) oferece a possibilidade de educar por meio da construção de conhecimentos resultantes do confronto dos diferentes saberes: aqueles contidos nos conhecimentos científicos veiculados pelas diferentes disciplinas; aqueles trazidos pelos alunos e seus familiares e que expressam crenças e valores culturais próprios; os divulgados pelos meios de comunicação, muitas vezes fragmentados e desconexos, mas que devem ser levados em conta por exercerem forte influência sociocultural; e aqueles trazidos pelos professores, constituídos ao longo de sua experiência resultante de vivências pessoais e profissionais, envolvendo crenças e se expressando em atitudes e comportamentos. Esse encontro de saberes gera o que se convencionou chamar “cultura escolar”, que assume expressão própria e particular em cada estabelecimento, embora apresente características comuns a tudo aquilo que é típico do mundo escolar. Pensando na (re) construção da cultura escolar e na influência dessa sobre as famílias envolvidas com a Instituição, surge essa proposta de projeto, que tem como objetivo trabalhar a informação sobre algumas doenças e a sua relação com o bem estar. No caso das famílias, em especial, o bem estar envolvido nas relações entre seus membros, principalmente com os filhos que são fontes de preocupação e envolvimento constante. Filhos que estão em desenvolvimento e precisam de um lar em equilíbrio para ter plenas condições de desenvolver-se e, consequentemente, de assumir escolhas saudáveis nos seus projetos de vida. 2.4 Métodos: Serão desenvolvidas atividades informativas, educativas e de conscientização, por meio de palestras breves, com o intuito de apresentar o Setor de Saúde, os profissionais envolvidos e as suas respectivas funções. Cada profissional irá discutir os meios de alcance, aprimoramento e manutenção da qualidade de vida, dentro de suas áreas de formação e atuação. As atividades serão realizadas por todos os profissionais, e cada um irá expor os conteúdos pertinentes a sua área de formação e conhecimento. As atividades têm como intuito exercitar a aproximação entre a teoria e a prática, através: da escuta e do saber dos pais e da construção do conhecimento por meio do diálogo para então elaborar ações de saúde com e para o público envolvido. A proposta é que pais e filhos sejam ativos nas intervenções de saúde, proporcionando momentos para debates, trocas de experiências, esclarecimento de dúvidas e desenvolvimento de atividades de prevenção e manutenção da saúde e do bem estar. 2.5 Ações previstas: -Discussão com os pais sobre temas específicos de saúde; -Apresentação de alguns conceitos importantes para embasar as discussões; -Distribuição de material informativo disponibilizado pelo Ministério da Saúde (MS) - Realização de atividade: avaliação dos índices da pressão arterial e hemoglicoteste, juntamente com orientações para um estilo de vida saudável. 2.6 Disciplinas / Ementas / Conteúdos Programáticos/ Avaliação: Disciplinas: Família e saúde na Escola Ementa: Transmitir informações e colaborar com o conhecimento dos familiares e responsáveis pelos alunos a respeito das ações em saúde, do seu impacto sobre a qualidade de vida, a importância da promoção e da manutenção de saúde. Abordar a relação das ações de saúde com as diferentes esferas, dentre elas a esfera social, afetiva, saúde física e mental, de modo a gerar um reflexão do sujeito como um todo interligado, que necessita de equilíbrio entre as áreas da vida para manter seu bem estar e consequentemente a saúde pessoal e familiar de modo integral. Conteúdos Programáticos: Apresentação da equipe do Setor de Saúde; Apresentação das ações de saúde que visam o alcance, o aprimoramento e a manutenção da qualidade de vida; Atividades práticas e expositivas sobre temas específicos da saúde, como duas das doenças com maior incidência sobre a população, as quais são fatores de risco para diversas comorbidades – o Diabetes Mellitus e a Hipertensão Arterial. A partir disso, pretende-se trabalhar os fatores familiares, como estresse e relação entre pais e filhos para discutir a importância do bem estar da família e das relações entre seus membros. Isso com o objetivo de conscientizar os pais de que a saúde é responsabilidade de cada sujeito. Avaliação: será feita através de um questionário, levantando a satisfação do público com as temáticas trabalhadas e a forma de abordagem utilizada. Também se pretende fazer um levantamento de novos temas de interesse, assim como de sugestões para futuros trabalhos. 2.7 Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.160 p.: il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 36). BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde na escola / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009 Acesso em: 23/02/2015 Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_24.pdf BOLZAN, H. L. T. Melancia é fruta? Um estudo sobre encontros e desencontros nas relações médico-pacientes em Jaguari-RS. Dissertação de Mestrado da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Orientadora: Zulmira Borges. 167 f, Santa Maria/RS, 2011. Acesso em: 15/02/2015 Disponível em: http://w3.ufsm.br/ppgcsociais/docs/dissertacoes/helen-taschetto.pdf CASTRO, G. D. Entre as interfaces das racionalidades da saúde: Por que terapia floral? Dissertação de Mestrado da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Orientadora: Fátima Cristina Perurena. 153 f, Santa Maria/RS, 2011. Acesso em: 15/02/2015 Disponível em http://w3.ufsm.br/ppgcsociais/docs/dissertacoes/Graciele%20Dotto%20Castro%20%20Disseretacao.pdf DEMARZO, M. M. P.; AQUILANTE, A. G. Saúde Escolar e Escolas Promotoras de Saúde. In: Programa de Atualização em Medicina de Família e Comunidade. Porto Alegre, RS: Artmed: Pan-Americana, 2008. v. 3, p. 49-76. PORTUGAL. Ministério da Saúde. Despacho nº 12.045 de 7 de junho de 2006. Diário da República, [S.l.], n. 110, 7 jun. 2006. Programa Nacional de Saúde Escolar. QUEIROZ, M.I.P. de. Relatos Orais: do indivisível ao divisível. In: SIMSON, O. R. de M. Von. Experimentos com Histórias de Vida (Itália-Brasil). Enciclopédia Aberta de Ciências Sociais. São Paulo: Vértice, 1998. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. VI Diretrizes Brasileira de Hipertensão. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, São Paulo, v. 95, n. 1-51, 2010. Suplemento 1. 2.8 Pré-Requisitos para o público beneficiado: Pais e responsáveis dos alunos dos cursos Técnicos Integrados do Instituto Federal Farroupilha - Câmpus Panambi 2.9 Operacionalização: 2.9.1 - Cronograma: Etapas de Execução Preparação Execução Avaliação JAN FEV MAR ABR MAI x x JUN JUL AGO SET OUT x x x x x x x x x x NOV 2.9.2 - Certificados: Para o Coordenador do Sim Projeto: Versieri Oliveira de Sim Almeida Não Para os Instrutores do Sim Projeto: Graciele Dotto Castro, Madalena Rotta Para os Alunos Para os Servidores de Apoio: Cintia Beatriz Goi, Maiara Berlt 3. DECLARAÇÃO DE CEDÊNCIA DE DIREITOS AUTORAIS Eu, Versiéri Oliveira de Almeida, Autorizo a destinação desse Projeto ao Banco de Projetos de Extensão, de forma que possa ser utilizado por outros servidores, sem restrições de qualquer natureza, desde que citada a autoria. DEZ