Director: Carvalho de Moura Ano XXXI, Nº 473 Montalegre, 16.06.2015 Quinzenário E-mail:[email protected] 0,90 € (IVA incluído) Barroso «Notas sobre o Barroso dos Séculos X-XIV» O Dr Fernando Calvão apresentou nesta edição da Feira do Livro de Montalegre uma importante obra sobre Barroso. É uma obra de grande rigor científico e que ocupa algumas das suas páginas a contestar teorias divulgadas sem base de sustentação. P2 A Câmara de Montalegre e as (poucas) Obras que vai executando A “Cratera da Pipela” e outras obras da “gestão de referência” dos executivos de Fernando Rodrigues e Orlando Alves P2 Noticias de Câmara de Montalegre coloca as armas reais de D. Afonso III no Pelourinho PENSÕES DE REFORMA:Cortar é a palavra de ordem... «Perante os factos, é pois de bom tom que se diga, não se entender a razão de ser dessa sanha antireformados, muito menos por parte de quem fala em honestidade e se afirma estar de boa-fé. É que além de absurda, a medida projectada, é no mínimo injusta. Este Governo ao aprovar como aprovou o Documento de Estratégia Orçamental, mais uma vez foi pelo lado mais fácil!...E o lado mais fácil, é ir directamente ao bolso dos reformados sem pedir licença» A crónica de Domingos Chaves P7 A Importância das Velhas Instituições «HISTÓRIAS DE VIDAS» No próximo 20 de Junho pelas 18 horas, no “Desassossego”, um espaço emblemático de Lisboa: Livraria - Bar - Café Literário, Rua de S. Bento, 34, em Lisboa, terá lugar o lançamento da obra “Histórias de Vidas” de autoria do investigador João Soares Tavares que, no próximo ano, completa meio século de actividade literária. Com esta obra, o autor pretende celebrar portugueses dos séculos XVI e XVII, também transmontanos, protagonistas de façanhas épicas ignoradas ou pouco conhecidas – um conjunto de histórias fascinantes que estavam adormecidas no olhar do mundo. O evento terá um momento musical e o produto resultante dos direitos de autor da obra reverte para o Instituto de Apoio à Criança. O Pe Vitor Pereira faz uma exaustiva análise sobre os comportamentos sociais dos nossos dias, indica as razões e aponta soluções de como os jovens deveriam crescer na sociedade. P11 As Cuecas, o Cancro e 8750 euros Maria José Afonso conta-nos mais um “conto do vigário”. E nós pensamos: como é possível? P12 Peter Francisco Dos Estados Unidos, o nosso colaborador Domingos Dias fala-nos não do Papa Francisco mas de Pedro Francisco, um ilustre combatente açoriano, qual outro D. Afonso Henriques, que lutou bravamente pela independência dos Estados Unidos. P13 CURRENTE CALAMO Estátua de Viriato na cidade de Zamora. Xusto Mendez, investigador espanhol dos primitivos povos galaico-lusitanos dá como provado que Viriato nasceu na cidade de Grou (Santo André) e passou parte da adolescência em Verín, nome que dele é derivado. Vede mais detalhes em CURRENTE CALAMO, na P5. José António Feijoo Alonso Alaclade Presidente da Câmara de Baltar Na próxima edição, ver uma entrevista com o Ex.mo Sr. D. José António Feijoo Alonso que recentemente foi reeleito Presidente da Câmara de Baltar. Por se tratar do concelho com o qual Montalegre tem as maiores afinidades de proximidade, relacionamento social, económico e cultural, o Alcalde de Baltar virá falarnos sobre os seus projectos e planos para os próximos quatro anos do seu mandato. Projectos e planos dum dos mais dinâmicos Alcaldes de toda a Galiza. 2 Barroso Noticias de 16 de Junho de 2015 Notas sobre o Barroso dos Séculos X-XIV de Fernando Calvão A XVI edição da Feira do Livro que, este ano, como se disse no jornal anterior, teve um vasto programa cultural, iniciou o programa da melhor forma. No encerramento do primeiro dia, teve lugar a apresentação do livro «Notas sobre o Barroso dos Séculos X-XIV- Cartas Abertas» de Fernando Calvão. Uma obra de estudo e pesquisa sobre as Terras de Barroso do século X ao século XIV e na qual o autor rebate algumas teorias divulgadas em periódicos locais e outros e até em publicações dadas à estampa com apoio da autarquia. Desde o termo Barroso até aos castelos do país barrosão, Fernando Calvão desmonta uma série de afirmações infundamentadas de José Batista que põe a nu a falta de rigor e seriedade nos trabalhos que este autor tem publicados. São 200 páginas do melhor que, nesta matéria, se tem escrito e divulgado sobre a nossa terra, o dito país barrosão. Pena foi que José Batista, o ouvidor mor da Câmara Municipal e pregador das Sextas Feiras nas polémicas «Conversas com história» não comparecesse na reunião amplamente divulgada pelo programa da Feira do Livro. Teria então a oportunidade de se defender das inúmeras afirmações que o Dr. Fernando Calvão desenvolve na sua obra que arrasam as teorias de José Batista como não tendo qualquer sustentação histórica. Ora isto é elucidativo sobre a forma como a Câmara Municipal está a trabalhar no âmbito do pelouro da cultura. Ou seja, José Batista, tal como já defendemos noutras ocasiões, não é um historiador que se possa levar a sério. E «As Conversas com História» não passam dum embuste. Depois do que aconteceu com a publicação do livro de Fernando Calvão só resta à Câmara Municipal um caminho e que é, a partir de agora, convidar o Dr. Fermnando Calvão para dar continuidade às tais »Conversas...». Se assim não for, os barrosões têm agora a prova real de que essas sessões culturais padecem do mal da política partidária. E isso não pode mais acontecer. CM PITÕES DAS JÚNIAS IV Jornadas das Letras Galego-Portuguesas VILAR DE PERDIZES “Eu vivi Bullying & Gravidez Psicológica” Organizadas pela Junta de Freguesia de Pitões das Júnias, em parceira com o grupo “Desperta do Teu Sono,” decorreram em Pitões das Júnias as “IV Jornadas das Letras Galego-Portuguesas”. Poesia, visualização de filmes e apresentação de trabalhos sobre temáticas ligadas à origem da cultura e ao passado celto-galaico fizeram parte do programa. Orlando Alves fez as honras de abertura e referiu que se trata de uma iniciativa «que tenta criar na zona da raia, um espaço de intercâmbio dando importância à preservação das línguas galega e portuguesa como motores de aproximação dos dois povos». Este encontro, que acontece anualmente, contou com «uma forte presença de galegos que não é correspondida do lado português» considerou o presidente do município. Tânia de Barros, natural de Vilar de Perdizes, apresentou na XVI edição da Feira do Livro de Montalegre a sua última obra “Eu vivi Bullying & Gravidez Psicológica”. O compêndio retrata uma experiência pessoal que segundo Fátima Fernandes, vereadora da educação da Câmara Municipal de Montalegre, mostra a «coragem desta barrosã para enfrentar os problemas e superá-los». Trata-se da segunda publicação desta jovem escritora que passou para o papel mais uma fase conturbada da sua vida. A intenção passa, também, por alertar os mais jovens para o flagelo das agressões, comportamentos sexuais violentos, provocações e insultos entre os jovens, dentro e fora das escolas. A autora, Tânia de Barros, considerou importante contar a sua história de vida «com repercussões a nível pessoal e profissional» e ao mesmo tempo «ajudar jovens e os pais que possam estar a viver situações semelhantes». MONTALEGRE “Aves de Barroso” juntou cerca de meia centena de participantes Organizada pelo Clube Papaventos, em parceria com o Ecomuseu de Barroso e com o apoio do município de Montalegre, a atividade “Aves de Barroso” atraiu ao concelho cerca de quarenta participantes. As margens do rio Cávado, a serra do Larouco, o planalto da Mourela, Tourém (com o seu Centro Interpretativo) e o “Trilho das Aves” foram os locais de eleição para esta prática. O objetivo, referiu o vice-presidente do município, «é que isto se repita uma vez por mês». Para o desenvolvimento e a promoção de uma estratégia de enriquecimento, deve haver «um envolvimento da população porque houve muito pouca gente do concelho a participar». Na mesma linha, declarou que «significa que ainda não estamos despertos para os nossos tesouros e da dimensão que o “Birdwaching” pode ter». Montalegre tem verdadeiros «tesouros escondidos que abrigam uma enorme variedade de aves que a população local teima em não reconhecer», concluiu o número dois do executivo municipal. Montalegre é a vila mais atrativa do distrito de Vila Real Montalegre é a vila mais atrativa do distrito de Vila Real para viver, visitar e fazer negócios. A conclusão está num estudo tornado público por estes dias onde se conclui do impacto atrativo que representa a marca Montalegre. No que concerne ao distrito, as cidades de Vila Real, Chaves e Peso da Régua ocupam os três primeiros lugares do ranking distrital. Na quarta posição, num universo de 14 municípios que compõem o distrito, surge a vila de Montalegre, graças ao «apelo turístico e à qualidade de vida neste concelho», ficando à frente dos vizinhos Boticas, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar. ESPANHA ELEIÇÕES 24-M As eleições do passado dia 24 de maio em Espanha trouxeram à luz do dia aquilo que de alguma forma já se esperava. Os partidos emergentes, saidos dos movimentos contestatários, roubaram muitos votos aos partidos tradicionais. O bipartidarismo (PP e PSOE) perdeu cerca de 3 milhões de votos e os Ciudadanos, de Albert Rivera e o Podemos, de Pablo Iglesias, conseguiram votações significativas por forma a entrarem em força na gestão das autarquias e das Comunidades Autonómicas. O PP foi, de longe, o partido mais votado, mas, nos termos da lei eleitoral de Espanha onde o partido mais votado não garante a presidência, poderá vir a perder várias comunidades autónomas onde governava com maioria absoluta, casos entre outros de Madrid, Valência, Zaragoça, Málaga, Murcia, Rioja, Baleares e a Corunha. Depende agora das coligações que as diversas forças partidárias entenderem por bem fazer entre si. Nos concelhos fronteiriços com Montalegre, o panorama é muito igual ao anteriormente estabelecido. José António Feijóo Alonso arrasou em Baltar com a eleição para o PP de 8 “concejales” em 9. António Perez (PP) ganhou em Xinzo de Limia e com maioria absoluta. Cualedro, Oimbra e Muiños continuam a ser governados pelo PP bem como Calvos de Randín pelo PSOE. Verín terá sido o caso mais estranho pois que Jimenes Morán, do PP, a ganhar por uma maioria significativa de votos, não obteve a maioria absoluta, o que pode o governo passar a ser gerido por uma coligação de outros partidos representados. No próximo número, ver entrevista ao Presidente da cÂMARA DE BALTAR CORTEJO CELESTIAL TERESA AFONSO DOS SANTOS, de 49 anos, solteira, natural da freguesia da Chã e residente em Castanheira, faleceu no passado dia 28 de Maio, sendo enterrada no cemitéiro de Castanheira. ANTÓNIO JOSÉ VAZ COIMBRA, de 83 anos, casado com Maria Martins da Silva, natural e residente na freguesia de Vilar de Perdizes (S. Miguel), faleceu no Hospital de Chaves no passado dia 31 de Maio. JOÃO MANUEL MIRANDA DE LIMA, de 51 anos, casado com Maria Amélia Gonçalves Janelas, natural da freguesia de Viade de Baixo e residente em Viade de Cima desta mesma freguesia, faleceu no passado dia 4 de Junho. MARIA FERREIRA DOS SANTOS, de 89 anos, casada com Domingos Rodrigues Ferreira, natural de Paço, concelho de Torres Novas e residente em Tourém e ultimamente no Lar de S. José, de Montalegre, faleceu no Hospital de Chaves no dia 6 de Junho, sendo enterrada no cemitério de Tourém. JÚLIO GONÇALVES, de 83 anos, casado com Clorinda Alves da Silva, natural e residente em Solveira, faleceu no Hospital de Chaves no dia 8 de Junho. MARIA DA GLÓRIA CORREIA DE CARVALHO, de 89 anos, viúva de João Gonçalves Labaredas, natural da freguesia de Sarraquinhos e residente em Pedrário, faleceu no dia 14 de Junho. ROSALINA FERREIRA, de 81 anos, casada com José Joaquim Vaz, natural e residente em Gralhas, faleceu no passado dia 13 de Junho. MARIA JÚLIA TEIXEIRA AFONSO, de 87 anos, viúva de Fernando Adonso, natural de Montalegre e residente em Vila Nova de Gaia, faleceu no passado dia 13 de Junho, sendo sepultada no cemitério de Montalegre. PAZ ÀS SUAS ALMAS! Barroso Noticias de 16 de Junho de 2015 3 Piteira Santos filho de barrosão e nome grande na Amadora Barroso da Fonte Fernando António Piteira Santos, patrono da Biblioteca da Amadora, nasceu em 2301-1918, na Amadora, mas era filho do barrosão Vitorino Gonçalves dos Santos, natural do concelho de Montalegre. A mãe - Leonilde Bebiana Piteira Santos - nascera em Lisboa, de família oriunda de Ançã. Esta senhora que fora católica praticante, familiarmente tratada por «Mãe-toni», faleceu em 26-02-1963, pouco tempo depois do filho ter partido para o exílio. O pai, valoroso republicano, foi promovido, por distinção, ao posto de tenente da GNR, sendo posteriormente transferido para o exército, de onde se reformou, como major. Foi agraciado com a Ordem Militar de Avis e com a Torre de Espada, falecendo em 27-021943. O seu biógrafo escreve que Vitorino Gonçalves dos Santos «herdou de seus pais traços marcantes das suas personalidades, ressaltando a inteireza de carácter e de fidelidade a princípios, faceta que se coaduna com a atitude do filho, ao renegar o nome e a herança de seu pai, Sebastião Ataíde de Melo e Castro, por este ter abandonado sua mãe, Florinda dos Santos, de origem popular». Seu pai chegara a ser proprietário da histórica Casa do Cerrado, em Montalegre. Piteira Santos casou em 31-07-1940 com Cândida Ventura que foi futuro quadro militante clandestino do PCP, de quem veio a divorciar-se, em 19.07.1947. Voltou a casar em 7-02-1948 com Maria Stella Biker Correia Ribeiro. Esta já era separada de Inácio Fiadeiro, igualmente antifascista e com dois filhos: António (afilhado de Álvaro Cunhal) e Maria Antónia, afilhada de Piteira Santos. O novo casal deixa a Amadora, em 1952 e muda-se para Lisboa. Entre 1962 e 2-51974, regressa do exílio, em Argel. Piteira Santos ingressa na Faculdade de Direito, mas ao 2º trimestre transfere-se para a Faculdade de Letras e matricula-se em Ciências Histórico-Filosóficas. Por causas relacionadas com a prisão política só acaba o curso superior muito depois. Em 21-04-1938 funda o Bloco Académico Anti-fascista MUNAF da área do PCP. Passa à clandestinidade e, em 1943, é designado para o comité Central do PCP. Volta a ser preso no congresso seguinte. Faz-se membro do MUD e, em 1950, é afastado do PCP. Em 1956 é co-fundador da Sociedade Portuguesa de Escritores. Em 1962 participa no Golpe de Beja e passa à clandestinidade. Mais tarde fixa residência em Argel. Aí funda, com outros, a Frente Patriótica de Libertação Nacional. Chega a encontrar-se com Agostinho Neto, Amílcar Cabral, Eduardo Mondlane e Samora Machel. Integra a equipa da Rádio Voz da Liberdade e dirige o jornal Liberdade, órgão central da FPLN. Regressa a Portugal, em 2 de Maio de 1974 e funda, com Manuel Alegre e outros, os centros Populares 25 de Abril. Torna-se o diretor-geral da Cultura Popular e espetáculos e, em 1974/75, diretor de Serviços culturais da Câmara de Lisboa. Foi diretor-adjunto do Diário de Lisboa, colaborou em jornais, como: República, Diário Popular, Seara Nova, Vértice, etc. Depois de um período muito fértil em publicações de interesse público abrandou a atividade partidária e dedicouse a projetos de interesse público. Faleceu em Lisboa aos 76 anos. Boaventura de Sousa Santos, diretor do Centro de documentação 25 de Abril, coordenou a «A exposição «Fernando Piteira Santos: Português Cidadão do Século XX». Joaquim Moreira Raposo, presidente da Câmara de Amadora, elogiou descomplexadamente este Barrosão e apoiou a construção da Biblioteca com o seu nome. Dela recolhemos os dados que ficam. Leu-se na «Exposição Fernando Piteira Santos – Português, cidadão do Século XX – uma pátria é um território cultural»: manteve sempre uma atitude crítica e atenta relativamente à sociedade em geral, e essa atitude é bem visível em tudo o que escreveu a nível político, social e cultural sobre o país. Há uma feliz coincidência no percurso revolucionário de Piteira Santos. Depois de passar por Marrocos, fixa-se em Argel. Aqui conhece outros cérebros decisivos para a operacionalização do processo da autodeterminação dos povos africanos, nomeadamente sob o domínio português. Se para esse processo já Bento Gonçalves, barrosão de Fiães do Rio (Montalegre), havia contribuído remotamente, outros nomes, com ligação a Barroso e a Trás-os-Montes, se ajuntaram à Frente Patriótica de Libertação Nacional: Amílcar Cabral e Agostinho Neto. Não conhecemos qualquer autor das muitas dezenas que nestes 40 anos mandaram bitaites ao gosto de cada um, se ocuparam deste fenómeno. Quatro nomes de Barrosões dos mais influentes na autodeterminação dos Povos africanos, intervieram nesse processo que originou o chamado «fim do império português». Vale a pena insistir na invocação destes quatro cidadãos e cidadãs da região do Alto Tâmega, mas com incidência no concelho de Montalegre. Por ordem de antiguidade citamos esses nomes: Bento Gonçalves, Piteira Santos, Maria Helena Ataíde Vilhena Rodrigues (mulher de Amílcar Cabral) e Maria Eugénia Neto (mulher de Agostinho Neto). Há que fixar estes nomes que vão permanecer, para sempre, como atores principais da emancipação Luso - Africana. TERRA FÉRTIL XV (Patata de Semente – Cont.) Dr José Manuel Xa vos comentara que o Renato me prestou varios libros da súa colección particular, que conteñen temática interesante sobre a patata. Entre outros, un manual moi completo, elaborado por máis de vinte autores, especialistas en diversas áreas, que trata sobre as enfermedades da patata. É, concretamente, unha guía práctica sobre as enfermedades, plagas e trastornos da patata, publicada para compartir as experiencias adquiridas por un conxunto de investigadores, ingenieros e técnicos do cultivo, co fin de identificar a orixen, as causas e os síntomas dos diferentes trastornos que poden sufrir tanto a planta como o tubérculo. Hai que decir que o libro mostra infinidade de fotografías que nos permiten observar e recoñecer, en moitos casos, problemas que xa vimos ou que nos pasaron por as maus a todos os que algunha vez traballamos no campo. Sería imposible reproducir aquí todo o conteúdo deste importantísimo traballo, por motivos obvios, tanto pola súa complexidade material, como incluso atendendo aos aspectos legais. Simplemente destacaremos algunha das enfermedades ou trastornos que nos son máis familiares, e veremos se os libros do Renato, ademáis doutras fontes que consultaremos, os recollen, e farémolo sempre desde unha perspectiva meramente informal, exemplificativa, que en ningún caso sustituirá o tratamento riguroso e científico que de toda esta temática fan os tratados consultados. Todo o agricultor que queira aprender e especializarse no cultivo da patata, contará seguramente coa debida información e formación na Câmara de Montalegre, relativamente á patata para semente, ou no Ayuntamiento de Xinzo de Limia, en cuanto á patata para consumo. Non faltará certamente personal altamente cualificado e autorizado para aclarar calquera duda. - A patata que imos sementar: Está máis claro cá auga que, se a patata que imos botar na terra xa tén mala pinta desde o principio, pouca cosecha podemos esperar! (En abono do supra referido – perspectiva informal e NON científica – observe o lector o lenguaxe ora perpetrado.) A naide se lle pasaría por a cabeza botar patatas sin grelos, ou que teñan os grelos podres, ou que os grelos sexan deformes, por moi delgadiños e longos, por moi bastos e pequenos, todos no mismo ollo, ou botar patatas daquelas arrugadas ou con manchas. Pois ben, en cuanto aos problemas cos grelos, dicen os que entenden que poden ser debidos á utilización indebida dos productos químicos que aplicamos no ano anterior, como os sulfatos ou os herbicidas, ou tamén a accidentes fisiolóxicos na fase da xerminación: a patata, despóis de recollida, bota un tempo de reposo, onde non groma. As semanas de duración desta etapa dependerá de cada tipo ou variedade. Despóis vén o momento de ir botando os greliños. Aquí é onde tén toda a importancia “a herencia recibida”, esto é, a calidade da patata-mai no momento en que foi sementada, e tamén as condiciós de almacenaxe. Cada variedade necesita de unha incubación específica, en cuanto a tempo, temperatura, humidade, etc., nesta fase da xerminación. Calquera alteración inadecuada, pode causar os tais defeitos nos grelos. Existen multitude de medidas paliativas e correctoras que evitarán o problema. Lean, estudien, e pregunten a xente que sepa! No que respeita ás patatas arrugadas ou con manchas, os especialistas utilizan o término de “sarna plateada”, que vén producida por o fungo “helminthosporium solani”. O contaxio prodúcese normalmente na leira, por contacto entre os tubérculos e tamén através do solo, pero tamén no almacén. Trátase de un hongo moi resistente, capaz de sobrevivir na terra durante o inverno. Débese combatir utilizando semente sana, productos químicos adecuados, saneando ben a terra antes da sementeira, e garantizando unhas condiciós óptimas de almacenado: non guardar as patatas molladas, boa ventilación, e temperatura baixa, entre outras. 4 Barroso Noticias de 16 de Junho de 2015 Bodas de Ouro de Barroso da Fonte e Dias Baptista Depois do Grémio Literário de fora e tiveram a sua tarde de mas qualificados amigos que nessa manhã de Sábado no merecera a confiança de ambos de Vila Real e do Fórum Galaico- glória que valeu, pelas mensagens aceitaram dar-lhes um abraço. auditório da Biblioteca Municipal para encabeçar a lista da Direção, Transmontano, com sede em recebidas, pelas afirmações feitas, Tiveram a presença de quem de sentiu-se honrado em ser num ato Chaves, foi a vez da Câmara de pelo Presidente da Direção e da sabe o que diz e fala do que cessante Montalegre a assinalar os 50 Assembleia Geral da Academia sabe. Ernesto Rodrigues foi, até muito cheia, pelo que mal foram anos de dois autores do concelho de Letras de Trás-os-Montes, àquela precisa data, Presidente empossados de da Professor Ernesto José Rodrigues da assembleia geral e fora eleitos, cerca das onze horas, Fonte e de José Dias Baptista. O e pelo Dr. Fernando Castro, presidente da primeira direção logo três deles tiveram que primeiro nasceu em Codeçoso, Presidente da Direção do Fórum da Academia de Letras de Trás-os- deslocar-se para Montalegre. O em 1939, o segundo em Vila Galaico-Transmontano. Montes. Na Faculdade de Letras Dr. António Chaves foi convidado Montalegre: Barroso Bragança. tivera O presidente uma novos agenda membros nobre, na sua Terra, que pôde falar em nome da Academia de Letras. Soube fazê-lo com sobriedade e confiança. Barroso da Fonte sócio nº 596 da Associação Portuguesa de Escritores e o nº 8 da da Ponte. Entraram no mesmo Alguma comunicação social de Lisboa coordena maior grupo pela Câmara, já nessa qualidade. Academia de Letras, teve também dia, do mesmo ano e no mesmo local registou pedaços de uma de doutorados e doutorandos E também na qualidade de a honra de ver-se apoiado por tão Seminário (Vila Real), em 1952. sessão gratificante. Já não há que funciona nas universidades empossante e de apresentador ilustres representantes daquelas Ambos a jornais diários, nem regionais públicas. É estilista de eleição dos dois barrosões, Prof. Ernesto instituições culturais. E ainda publicar livros. Em ambos os que falem destes acontecimentos. e autor de uma vasta obra, em Rodrigues ali se deslocava. Quis por passar a ser o Presidente casos: um Terra Fria, com o Os focos de informação que prosa e em poesia. Ter a sua também o acaso que a Mulher do do Conselho Fiscal da mesma pseudónimo de Miguel Montes; não contrapartidas presença em Montalegre num ato apresentador, Professora Teresa Academia. Afinal o concelho de outro Neve e Altura, com o publicitárias não contam como desta índole é um sortilégio que Martins Marques, docente na nome de João Montaño. Sempre notícia e, como em Portugal só muitas sessões culturais gostariam mesma Universidade e membro a Região de Barroso, como conta, de bom ou de mau, aquilo de ter. da temática. Meio meio século a aquilo que passa nas televisões, Quis o acaso fazer com escrever! freguesia, a Feira e o que nela decorreu, que o primeiro ato público de deslocasse, pela primeira vez a concelho ou cidade, costuma com tanto empenhamento e António Montalegre. assinalar tão longo percurso. força de vontade, diluiu-se com o com a cerimónia comemorativa com o que viu e ouviu. Prometeu mais por iniciativa singular do Alguns já tiveram homenagens entusiasmo do convívio final. José dos 50 anos de vida literária de voltar. É o fascínio das Terras e das que coletiva. a mais por obras a menos. Estes Dias Baptista e Barroso da Fonte Barroso da Fonte e de José Dias Gentes Transmontanas. foram despertados por exemplos viram-se rodeados de poucos Baptista. As eleições ocorreram começaram Qualquer cedo Sendo uma das freguesias barrosãs com menos área distribuída é, porém a mais produtiva por metro quadrado de terreno. Por outro lado, a povoação sede ainda é uma das mais populosas, pois aparece em oitavo lugar (ao lado de Solveira) no conjunto dos 135 povoados do concelho. Tal indicação (ao lado de outros indicadores bem significativos) deve servir como aviso aos poderes vigentes no sentido de providenciarem uma distribuição mais equitativa dos benefícios às populações. Era a única freguesia que não tinha acesso à outra povoação, Bustelo hoje felizmente concretizada! Das glórias de que sempre gozou (sem que alguma vez tivesse pretendido obstruir as legítimas capitalidades – honras, coutos tenham Chaves coincidisse Direção Portuguesa António da de Associação Escritores Ficou se encantada Chaves que VILA DA PONTE e sede concelhia) todas lhe vão sendo injustamente sonegadas com evidentes malefícios para uma população ordeira e esclarecida! Orgulha-se das suas villae, disseminadas ao longo do ubérrimo vale e várzeas e bem testemunhadas em documentos medievais e na toponímia vigorante; dos seus castros estrategicamente colocados sobre linhas de água que entram no Regavão; dos seus monumentos funerários tipo/cistas -, achados em dois outeiros, Donim e Gorgolão, sobre os quais corriam lendas cheias de encanto; do seu outeiro (altarium) onde os mais remotos indígenas ergueram altar para adorar os seus deuses e sobre o qual, ao lado do Paço (que hoje é o cemitério local) edificaram o seu oratório ou basílica, que é agora a igreja; da sua velhíssima ponte que unia os vales marginais e que, durante séculos, foi a única passagem invernal para as povoações de entre-os-rios. Por falarmos do rio lembramos que devemos continuar a dizer Regavão. Com v ou com b, não importa visto que não tratamos de modismos; Montalegre continua a ter filhos seus em cargos que honram a cidadania do «país Barrosão», epíteto que está em sintonia com aquilo que de bom se vai fazendo, João Pedro Miranda mas em nome da verdadeira etimologia, é obrigação dizer e escrever Regavão ( regar em vão). Pois era assim que sempre que o povo dizia! E dizia bem como sempre! Ora, o mais antigo documento conhecido até hoje chama-lhe Regavam (1258)! Que nós saibamos é o único rio transmontano que se pode gabar de ter uma monografia publicada em letra de forma, da autoria do Prof. da Universidade de Coimbra, Raul Miranda, em 1938. E não esqueçam que em tempos de antanho, o saber estava em Coimbra e nos seus lentes, por isso o povo dizia: “Ou Coimbra ou tarimba”! Lourenço Afonso Barroso Noticias de 16 de Junho de 2015 5 CURRENTE CALAMO FORUM GALAICO-TRANSMONTANO - V encontro de escritores e jornalistas do Alto Tâmega , Barroso e Galiza O programa prometia face à despretensiosa estrutura da instituição que anualmente o promove. Estava prevista a participação do Senhor Secretario de Estado da Cultura - um titular firmado no universo das artes e das letras - mas a ocorrência da mediática inauguração do Museu Nacional dos Coches, em Lisboa, deixou-o sem tempo para chegar a tempo, a Boticas. Todavia, a elevada estatura académica dos conferencistas motivou a afluência de muitos sócios, convidados e amigos. Tratava-se de um encontro cultural e de confraternização de escritores e jornalistas. E se os temas académicohistóricos e filosóficos interessaram especialmente a estes, a programação lúdicogastronómica agradou a todos, letrudófilos ou não. As pessoas, desde que medianamente alfabetizadas apreciam as boas letras e são consumidores dos produtos jornalísticos. Mas, o que são escritores? O que são jornalistas? Para conseguir um ou outro estatuto não basta querer obtê-lo. É necessário ter condições para eles. O jornalista é um transmissor de noticias. E pela evolução das técnicas de comunicação social, vem-se desenvolvendo num leque de meios quase ilimitados. A especialização da actividade levou à profissionalização estatutariamente formalizada. Neste encontro predominavam os amadores. O escritor por seu lado produz as suas obras literárias que podem abranger todo o conhecimento humano. O sucesso dessas boas ou más obras, tal como, em parte, acontece com as peças jornalísticas, depende em regra, do acolhimento que lhes der o público a que são destinadas. Por isso, num encontro destes pode questionar-se: O que é, e quem é, um escritor. A questão não é despicienda, quando estes eventos ao que parece, estão na moda, ocorrem com frequência, são promovidos por entidades responsáveis, há quem os promova, quem lhes tope benefícios e, sobretudo, há quem a eles acorra. Na evolução milenar dos conceitos clássicos de scriba, scribãn e scriptore, cabe uma miríade de graus e muitos equívocos e mistificações. Lembro as lições de um saudoso professor de português que me caiu em sorte no então 3º Ciclo do Liceu. Refiro-o aqui em jeito de homenagem, ao Reverendíssimo Professor Doutor Francisco Videira Pires, falecido no virar do século e que tem sido injustamente esquecido especialmente por aqueles que teriam o dever e o proveito de lembrar-lhe os ensinamentos. Ensinou em Bragança e leccionou em universidades portuguesas e brasileiras. Foi escritor de mérito, autor de volumosa bibliografia, colaborador de enciclopédias e obras didácticas (é dele o artigo sobre Chaves, entre muitos outros, na Grande Enciclopédia VERBO), jornalista e produtor de televisão (quem, desse tempo, não recorda “Os Dias do Senhor” nas manhãs de Domingo na R.T.P.?). E foi o mais esforçado e diligente director que até hoje teve, o MENSAGEIRO DE BRAGANÇA, para o qual conquistou os mais altos prémios da Imprensa regional portuguesa. As suas aulas de Português e Literatura eram divertidas e variadas. Como exemplo, entre muitas, a seguinte historieta: João de Deus, aluno de Direito na Universidade de Coimbra e já então poeta confirmado, tinha como companheiro de carteira um colega de apelido Gamicho que, numa aula, lhe disse: - Olha, também sei fazer versos como tu, e mostrou-lhe o papel que acabava de rabiscar. “Uma estrela, uma estrela! uma estrela, lá nos anjos! Uma estrela, uma estrela! uma estrela, nos arcanjos! - Deixa-me completar a tua poesia - riu-se-lhe João de Deus, escrevendo a seguir no mesmo papel: “Uma albarda, uma albarda! uma albarda, com rabicho! Uma albarda, uma albarda! uma albarda p´ro Gamicho!” Neste V Encontro de escritores e jornalistas e em todos os encontros congéneres está sempre de tudo, numa escala que subiria do nível Gamicho até, pode ser, ao nível do celebrado autor da Cartilha Maternal. (Por nós, leitor, esteja à vontade, pode colocar-me ao nível que melhor lhe pareça...). Modéstias à parte, neste encontro-festa, havia uma generalizada atitude que parecia comum a todos que lá estávamos: a atenção e enlevo com que se ouviram as boas vindas do presidente da câmara, Eng. Fernando Queiroga, e do presidente do FGT. Dr. Fernando Rua Castro as duas magnificas lições produzidas pelos insignes mestres Xusto Mendez e Telmo Verdelho. Podem ver-se publicadas na magnifica revista editada pelo FGT. A lição sobre a vida e origens do lusitano Viriato, levou-nos também a imaginar o seu contexto histórico. Nestes confins Galaico-transmontanos, colhemos a impressão que o herói luso, Viriato, é querido em quase todas as localidades principais, tal como, em Espanha, a terra da naturalidade de Cid el Campeador, é reclamado em variadíssimos pueblos. Segundo a tese, bem documentada e muito crível de D. Federico Xusto Mendes, Viriato teria nascido nas faldas do Larouco, na povoação de Stº André de Vilar de Perdizes e teria passado a maior parte da sua vida activa na cidade galega de Verin que por isso lhe terá herdado o nome. O Professor Doutor Telmo Verdelho deu-nos uma pragmática lição, iluminada com as projecções de muitos documentos exemplificativos, sobre a génese e evolução da língua portuguesa, desde o ano de 1129, em que pela primeira vez aparece escrito o nome Portugal, até aos nossos dias com os progressos e também as confusões do controverso acordo ortográfico. Como epílogo da parte cultural foi ainda enaltecida a figura ali presente do laborioso escritor e intrépido jornalista, Dr. João Barroso da Fonte, pelos seus cinquenta anos de lides literárias. Devo consignar por fim o agrado geral com que se viveu todo o resto desse dia desse V Encontro do FGT. O Município de Boticas foi inexcedível no acolhimento e na disponibilização dos meios para facilitar as visitas aos locais de interesse histórico e cultural. As visitas guiadas ao Parque da Biodiversidade do Rio Beça e ao Parque Arqueológico do Rio Terva, foram muito formativas e de muito agradável convívio entre os participantes. Para o próximo ano, segundo ouvi sugerir, este encontro poderá ter lugar em terras de Salvador, em Ribeira de Pena. Manuel Verdelho, advogado AGRADECIMENTO ROSALINA CAIXEIRO FERREIRA (GRALHAS, 81 Anos) A família de ROSALINA CAIXEIRO FERREIRA, de Gralhas, vem por este único meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam a sua ente querida à última morada no cemitério de Gralhas e participaram na Missa de 7.º Dia, e ainda a aquelas que, não podendo estar presentes, duma ou doutra forma se lhes dirigiram a manifestar a sua solidariedade e o seu pesar. A todos MUITO OBRIGADO! A Família cont. P7 6 Barroso Noticias de 16 de Junho de 2015 Exercício Físico UM PARÁGRAFO Caminhar é provavelmente a mais importante forma de exercício que se pode fazer e a mais saudável, acompanhada de yoga variada. Exercício de movimento lento e ritmado é sobretudo andar. O corpo foi feito para andar longas distâncias; na Europa caminha-se muito mais que nos Estados Unidos, daí os deste país serem mais gordos. A condução de automóveis, sobretudo muito acelerada aumenta o stress e contribui para aumentar a acidez do organismo; contrariamente, a marcha a pé, mesmo acelerada, torna o organismo mais alcalino. O corpo é constituído por músculos, tendões e ligamentos e, por isso, a flexibilidade é imprescindível para evitar o excesso de toxidade, praticando exercício aeróbico, anaeróbico e celular. A partir daí os benefícios são: aumento de oxigénio nas células, movimento do fluido linfático, estimulação das células, abertura de canais de energia e libertação de tensões e stress. Depois vem o descanso sem o qual as células não teriam oportunidade de rejuvenescer e assim eliminar eficazmente as toxinas. É sabido que a melhor altura para descansar é quando o sol já não está a brilhar; o ciclo natural seria desde que o sol se põe até que o sol nasce, mas o estilo de vida da maioria das pessoas pode não o permitir. Um Parágrafo # 52 – Interregno Adivinhava-se um interregno por estas bandas. Uma pausa, um suspiro, sei lá... Um levantar de cabeça que permitisse cheirar melhor a giesta que explode em amarelo efervescente. Um olhar mais calmo sobre o manto purpúreo que se abateu sobre o monte, numa celebração pascal tardia mas sempre sincronizada com os tempos. Talvez fosse a espera pelas trovoadas de Maio. Talvez fosse o excesso de luz com que somos brindados e nos deixamos extasiar. Talvez fosse somente necessário respirar... Retomar o fôlego perdido em circunspectas e penitentes voltas a um adro carregado de penas. O respirar de novo após incessantes e infrutíferas tentativas para aprender o cheiro do lírio e afundar em ondas de lilás o fantasma de uma fragrância que nos envolve com a sua ausência. Seja como for, o interregno impôs-se. Fez lei, acusação e pena. Sumariamente se apresentou e ajuizou, permitindo a continuação das cousas. Façamos a vontade ao dito, então, e procuremos dar voz aos sobressaltos da alma enquanto procura respirar à luz do dia. Sigamos caminho, debitando sonhos e anseios. Procuremos perguntas, já que respostas não há. Continuemos por aí, de interregno em interregno... até ao interregno final. João Nuno Gusmão João Damião O Cooperativismo – II Parte O Decreto-Lei 520/71 (Continua da edição anterior) Eu segui com atenção e preocupação toda esta movimentação que, por motivos políticos, tentava o encerramento das cooperativas sobretudo daquelas que tinham fins e actividades culturais, porque, sendo associado, estava ligado ao Centro Popular Alves Redol. Um dos dirigentes desta associação, António Mota Redol, filho do escritor, ia-me pondo ao corrente da situação. Transcrevo parte de uma das suas cartas que a isto se refere: «Lisboa, 7 – 11 – 72 Amigo Enes (…) Quanto ao Centro (Centro Popular Alves Redol) acabou. Pensamos agora como continuar. Como é evidente, todas as hipóteses que se ponham são uma pior solução. Veremos. Para já estamos a devolver os livros e a pagar contas aos editores. Quanto à Fundação (Fundação Alves Redol) também há problemas. Diz o Código Civil que, em qualquer momento, pode a autoridade administrativa competente dissolver uma Fundação e integrá-la noutra da mesma índole já existente, bastando para tal que considere os seus proventos insuficientes para prosseguir os seus objectivos. Já viu o perigo? Eles têm os buracos todos tapados. Segue um exemplar duma informação estudantil. Etc., etc.,... A. Redol» Entretanto, os associados do ex-Centro não desistiram de procurar uma solução que substituisse o Centro e, desta teimosia, nasceu a Cooperativa Alves Redol. Recebi dela notícias numa carta do António Redol que, a certa altura, me diz: «A Cooperativa Alves Redol cá vai. Está muito melhor do que o Centro. E tem muita gente. Vamos abrir uma delegação em Alverca. Vai ser um bocado aventura mas a coisa tem de ir. Seria com todo o prazer que o veríamos ser sócio desta nova Cooperativa, embora tenhamos de angariar sócios principalmente na zona de Vila Franca. Junto envio-lhe uma proposta de sócio. Etc., etc., … António Redol» Pouco depois do recebimento desta carta (cerca de ano e meio) chegou a Liberdade. Já não presisei de me fazer sócio da nova Cooperativa. Mas, de longe, vou acompanhando o seu precurso e caminha muito bem. Lista das Cooperativas que mais se empenharam em contestar o Decreto-Lei 520/71: Árvore – Cooperativa de Actividades Artísticas, Porto Associação dos Inquilinos Lisbonenses, Lisboa Godes – Gab. de Estudos e Projectos de Desenvolvimento Sócio-Económico, Lisboa Coopemba – Sociedade Cooperativa dos Empregados Bancários, Porto Cooperativa da Arrábida, Porto Cooperativa Confronto, Porto Cooperativa de Consumo Centro Popular Alves Redol, MAPC Vila Franca de Xira Cooperativa Coordenadas, Porto Cooperativa de Estudos e Documentação, Lisboa Cooperativa Panificadora «A Zambujalense», Zambujal Cooperativa dos Trabalhadores de Portugal, Lisboa Devir – Expansão do Livro, Lisboa Fraternidade Operária – Ateneu Cooperativo, Lisboa Grau – Cooperativa de Produção e Consumo, Viseu Humus - Cooperativa de Consumo, Peniche Livrelco – Cooperativa Libreira de Universitários, Lisboa Livrope, Alverca do Ribatejo Ludus – Círculo de Realizações para a Infância e Juventude, Lisboa Pragma – Cooperativa de Difusão Cultural e Acção Comunitária, Lisboa Proelium - Cooperativa de Consumo, Queluz Sextante - Cooperativa de Consumo, Ponta Delgada, Açores Sociedade Cooperativa Eudóxio, Lisboa Sociedade Cooperativa Filantrópica da Póvoa de Varzim Sociedade Divulgadora da Casa Museu Abel Salazar, Porto Unicep – Cooperativa Livreira dos Estudantes do Porto Unitas – Cooperativa Académica de Consumo, Coimbra Vis – Cooperativa de Ensino e Difusão Cultural, Amadora Para produzir este trabalho «O Cooperativismo» I e II partes, consultei a seguinte bibliografia: Jornais da época; Diário do Governo; O Cooperativismo, de António Sérgio As Cooperativas Agrícolas, de R.H. Gretton As Cooperativas de Consumo, de Harold Kerbes A Cooperação, de Georges Lasserre Princípios Fundamentais do Cooperativismo, de Maurice Colombain José Enes Gonçalves Barroso Noticias de 16 de Junho de 2015 7 POLITICAMENTE FALANDO!... -PENSÕES DE REFORMA:Cortar é a palavra de ordem... Em 19 de Abril de 2011, Pedro Passos Coelho, então candidato a Primeiro-Ministro para a legislatura que agora está prestes a chegar ao fim, afirmava categoricamente o seguinte: “... todos aqueles que produziram os seus descontos e que têm hoje direito às suas reformas ou às suas pensões, deverão mantê-las no futuro, sob pena do Estado se apropriar daquilo que não é seu”. Palavras bonitas à época, mas que o tempo, as circunstâncias e os novos discursos abafaram. Hoje, volvidos que são quatro anos, para além da depreciação a que as ditas reformas têm sido sujeitas ao longo da legislatura, a retórica do então candidato deixou de fazer sentido e o tema de mais cortes, voltou a marcar a agenda politica. beneficiar das suas pensões, embora só possíveis, porque a esmagadora maioria dos contribuintes ali foi injectando mensalmente 34,75% do seu vencimento iliquido, durante décadas de regime contributivo. Infelizmente, porém, o alvo deste Governo e ao contrário do que seria suposto pensar, não são esses tais incumpridores que continuam a subsistir!... O alvo são pelo contrário os do costume – aqueles que a tempo e horas, sempre cumpriram com os seus deveres fiscais. E tanto assim é, que o “tiro de partida” para nova investida, foi agora dado pela Ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, a qual servindo-se de argumentos idênticos aos do seu chefe em 2012, achou por bem entender e publicitar, que se nada for feito em termos de “cortes” das pensões em pagamento, a que pomposamente designa por mais uma reforma da Segurança Social, esta entrará em ruptura a muito curto prazo. Ao contrário do que se possa pensar, a questão não é nova!... Já em Dezembro de 2012, o mesmo Passos Coelho, então já na qualidade de Primeiro-Ministro, havia afirmado que os reformados “estavam a usufruir de pensões para as quais não descontaram na proporção do que estão a receber”. Possivelmente – quem sabe – estaria a referirse a muitos, que tal como ele, durante anos a fio se “esqueceram” de depositar nos cofres da Segurança Social os descontos a que estavam obrigados, provocando um rombo de milhões, mas que ainda assim, não deixaram de Dizê-lo, afirmou a senhora para quem a quis ouvir, “é uma questão de honestidade”, adiantando que “o esforço para garantir a sua sustentabilidade, tem de ser dividido entre os actuais e os futuros pensionistas”. Para os actuais não foi de modas: 600 milhões de euros, é o “preço” a pagar já em 2016, conforme Documento de Estratégia Orçamental aprovado pelo PSD e o CDS e entretanto enviado a Bruxelas. Para os futuros, as medidas a adoptar ficam a aguardar por melhor oportunidade. Esqueceu-se porém a Ministra, que em nome da dita Domingos Chaves honestidade e salvaguardando o facto da dita sustentabilidade ser de facto um problema que tem de ser objecto de ponderada análise, o mesmo e ao contrário daquilo que referem os membros e portavozes do Governo em vários orgãos de comunicação social, nunca poderá ser imputado, quer aos actuais reformados, quer àqueles que para lá caminham a curto prazo. Esse, é sim um problema que deriva em exclusivo das politicas do Governo, para quem a Segurança Social nos últimos tempos tem funcionado como um “pronto socorro”, do qual se serve para daí retirar verbas para pagar subsidios de toda a espécie, para financiar mordomias políticas e até para “tapar buracos orçamentais”. Não se pretende com isto dizer, que não haverá possivelmente casos em que o Governo tenha tido conhecimento ao longo da legislatura, de muitos “turboreformados”, isto é, de pessoas que obtiveram pensões ou subvenções vitalícias ou algo análogo, após meia ou uma dúzia de anos em cargos políticos e/ou de gestores públicos, de nomeação política, que obtiveram chorudas reformas ao cabo de um ou dois mandatos desempenhados. Ora perante estes factos que são por todos conhecidos, teriam toda a razão nos seus queixumes e até a estrita obrigação de rever o sistema. Porém sobre isso, o silêncio impera e ninguém ousa levantar o véu. É muito mais fácil tentar passar demagogicamente a ideia de que as pensões e reformas são resultado de benesses do Estado, que essas benesses não podem pôr em causa os direitos das gerações vindouras, e ocultar de forma deliberada, que quem hoje usufrui das suas pensões, o fáz em função daquilo que lhe é devido pelo muito que pagou para o efeito, mercê de décadas de trabalho e mediante um contrato com o Estado, desde o início da sua vida activa. Esta é que é a verdade... Perante os factos, é pois de bom tom que se diga, não se entender a razão de ser dessa sanha anti-reformados, muito menos por parte de quem fala em honestidade e se afirma estar de boafé. É que além de absurda, a medida projectada, é no mínimo injusta. Este Governo ao aprovar como aprovou o Documento de Estratégia Orçamental, mais uma vez foi pelo lado mais fácil!...E o lado mais fácil, é ir directamente ao bolso dos reformados sem pedir licença, esquecendo que em Portugal já ocorreu uma reforma da Segurança Social em 2007, a qual para além de alterar os limites da idade da aposentação, à qual se seguiram os cortes subsequentes à chegada da tróika que tornaram as pensões e reformas mais “magras”, significou a título de exemplo e apenas no último ano comparativamente a 2011, um decréscimo de gastos do Estado nesta área de menos 762 milhões de euros. A chave da sustentabilidade da Segurança Social, não está pois em ir mais uma vez ao bolso dos pensionistas!... A chave da sustentabilidade da Segurança Social está sim em colocá-la efectivamente ao serviço para que foi criada; na criação de emprego, gerando com isso novos contribuintes; e fundamentalmente na criação de riqueza. Enquanto a utilização dos seus fundos forem utilizados para gerir os programas assistencialistas como o subsidio de desemprego em elevado grau; para tapar buracos dos Orçamentos de Estado; para pagar pré-reformas, decorrentes da substituição de trabalhadores efectivos nas grandes empresas por precários; para injectar na subsidiodependência; para subsidiar a Formação Profissional e as chamadas Políticas Activas de Emprego que consome 1,4% do PIB, entre eles o programa Impulso Jovem, que permitem às empresas contratar trabalhadores a custo quase zero; e mais recentemente para financiar estágios que custam “pipas de massa”, é evidente que não haverá Segurança Social que resista. Mais!... Quando todo o discurso por parte do Governo e de quem o apoia é de esperança; quando se afirma que Portugal está hoje melhor, e a única coisa que parece não ter solução é a Segurança Social e o respeito devido aos direitos dos pensionistas, tal só tem um significado: os actuais reformados, esses tais que “comeram o pão que o diabo amassou”, que “fizeram a guerra”, que fruto da crise, do desemprego e até da fome, com as suas parcas migalhas se sustentam a si próprios e em muitos casos aos seus filhos e netos, vão ser definitivamente deixados para trás. Um desvario que o tempo não nos permite recordar tamanha desfaçatez. (Texto escrito segundo o antigo acordo ortográfico) 8 Barroso Noticias de 16 de Junho de 2015 A Câmara de Montalegre e as (poucas) Obras que vai executando O Notícias de Barroso, jornal de referência das terras transmontanas, está de parabéns e todos os seus colaboradores se podem orgulhar do excelente trabalho que, em Montalegre, se faz de quinze em quinze dias em termos jornalísticos. Uma das suas vertentes tem sido a crítica construtiva aos trabalhos e à falta deles e aos comportamentos exercidos pela Câmara de Montalegre não só no corrente mandato como nos anteriores de Fernando Rodrigues, de muitíssima má memória pelos incomensuráveis danos causados ao concelho. E tem valido a pena. Para o provar, basta os estimados leitores verificarem a relação directa que existe entre algumas críticas e as obras que, aos soluços, se vão executando por Montalegre e seu termo. Mas, melhor será avivar a memória de todos nós, recorrendo ao arquivo onde se guardam as palavras que ninguém é capaz de apagar. Obras na Pipela No jornal de 16 de janeiro último, no artigo com o título: “Os Donos Disto Tudo”, Bento Monteiro, no terceiro parágrafo, escrevia “Mais abaixo, junto ao sinal colocado ao lado da loja dos Chineses, vê-se uma enorme cratera, aberta, julgo eu, devido à má execução, e pior fiscalização, das obras aí realizadas”. Quem é o responsável e quem vai pagar as obras? O que falhou? Não foi dito na tomada de posse, pelo novo edil, que Fernando Rodrigues já tinha feito tudo? Pelos vistos, fez tudo mal. Talvez seja a gestão de referência! A notícia gerou então mal estar, mas, como bem podem verificar, andam aí a fazer obras. Copnclusão? A crítica valeu a pena. Água em Sanguinhedo Um leitor do Notícias de Barroso, de Venda Nova, criticou a Câmara de Montalegre numa Carta dos Leitores, no jornal de 10.10.2014 com o título: “Sanguinhedo sem água canalizada”. A referida carta, provavelmente, não caiu bem mas a verdade é que o abastecimento de água foi restabelecido tal como referiu o mesmo leitor noutra Carta datada de 18 de Abril e publicada no NB de 18 de Maio. Conclusão? A crítica valeu a pena. Saneamento da Vila da Ponte Quando se pôs em causa os gastos excessivos com as «comezainas e foguetório» das Feiras e das Sextas 13, pôs-se em evidência o caso de haver muitas sedes de freguesia sem saneamento básico, dando especial enfoque a Vila da Ponte, considerada das maiores aldeias do concelho. Pois bem, as críticas deram origem a insultos da parte do presidente da Câmara, Orlando Alves, ao director do NB e ao Dr Manuel Ramos na Assembleia Municipal. Depois, a Câmara em mais um rebate de consciência, deu total razão aos críticos, as orientações festivaleiras estão a abrandar e em fase de alteração e os trabalhos do saneamento da Vila da Ponte em vias de se concretizar. Bem podem os vilapontenses agradecer ao jornal Notícias de Barroso, pois que, se assim não tem sido, o “fartar vilanagem” ia continuar e a população desta importante freguesia a chafurdar na lama. Conclusão? A crítica valeu a pena. Estrada de Meixide Em diversos jornais, críticas têm sido feitas acerca do estado miserável em que se encontra a estrada Vilar de Perdizes – Meixide. Um legado do antigo presidente, Fernando Rodrigues, o tal que num golpe de asa inacreditável, há três anos, se lembrou de construir uma ponte sem entrada nem saída e sem uso que é a vergonha daquela e da presente Câmara de Montalegre. As queixas sobre o estado da estrada vindas de todos os que, por razões profissionais ou outras e em particular dos taxistas, profissionais das estradas, tiveram eco neste jornal. O resultado viuse na repavimentação do troço desde os limites do concelho de Montalegre com o de Chaves até à saída de Meixide. Falta ainda o seguimento da estrada até Vilar. Segundo informações, as obras poderão iniciar-se ainda dentro do corrente ano. Conclusão? A crítica valeu a pena. Pelourinho de Montalegre Na edição n.º 451, de 30.06.2014, com título e foto do Pelourinho em manchete, dizia-se que «A histórica vila de Montalegre tem um Pelourinho que não é representativo de nada. ... as armas de D. Sancho I não podem dizer respeito a Montalegre porque, no tempo do Rei Povoador, Montalegre ainda não existia». Na página 5 desta edição o Dr João Soares Director: Carvalho de Moura Ano XXX, Nº 451 Montalegre, 30.06.2014 Quinzenário E-mail:[email protected] 0,90 € (IVA incluído) Barroso Noticias de O Falso Pelourinho de Montalegre A histórica vila de Montalegre tem um Pelourinho que não é representativo de nada. A colunata e sobretudo as armas de D. Sancho I não podem dizer respeito a Montalegre porque, no tempo do Rei Povoador, Montalegre ainda não existia. Quem estudou o assunto durante vários anos foi o investigador e grande amigo de Barroso, Dr João Soares Tavares, o mesmo a quem Montalegre muito deve pela investigação levada a cabo sobre João Rodrigues Cabrilho. O exaustivo estudo deste insigne investigador que foi publicado na Revista Aquae Flaviae, n.º 47, não deixa margem para dúvidas. A Câmara Municipal que nem sequer tem responsabilidade directa na réplica instalada no Largo do Pelourinho já foi oficialmente avisada por este jornal que na sua edição n.º 446, publicou na página 6, uma nota a dar conhecimento do caso. Segundo informações que chegaram à redacção, Acácio Gonçalves, deputado da Coligação PSD/CDS/PP, levou o assunto à última assembleia municipal. E, nesta edição, na página 8, o Dr. João Soares Tavares apresentanos um resumo acerca do Pelourinho para convencer os mais incrédulos, se é que os há. Agora, o que se impõe é a reposição no Largo do Pelourinho dum símbolo que não seja um embuste, que seja representativo da histórica vila de Montalegre. 65.º Aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros de Montalegre Decorreu com brilhantismo a Festa comemorativa dos 65 anos dos Bombeiros de Montalegre. Os soldados da paz sentiram justificadamente o calor e a gratidão dos montalegrenses. Ver reportagem na P3 A Feira do Prémio da Venda Nova O concurso pecuário da Venda Nova, o primeiro que se realiza nas terras de Barroso, esteve com mais animais e mais gente. E a organização deu um novo cariz à manifestação. P4 A Ponte da Estupidez São muitos os comentários acerca da ponte construida sobre o rio assureira. Agora é o Dr Manuel Ramos que, usando de alguma ironia, insiste na incompetência de quem levou a cabo uma obra daquelas sem planeamento e sem garantias de financiamento da estrada que a dita ponte deve ligar. P5 Não entendo de Política O que se passa no Partido Socialista não deixa indiferente certas pessoas que, não sendo militantes, acompanham as lutas partidárias com preocupação. É o caso do Dr José Manuel que aqui manifesta a sua perplexidade pelo que se passa no país partidário. P7 Campeonato Nacional de Parapente (6 a 12 de Julho) A serra do Larouco terá na próxima semana a realização do Campeonato Nacional de Parapente, evento que irá trazer muita gente jovem a Montalegre. P15 Tavares assina o texto «O falso Pelourinho DESONRA Montalegre» que explica tudo, depois de ter publicado um trabalho de excelente recorte científico na Revista Aquae Flaviae, n.º 47, de Novembro 2013. Apresentado o assunto na Assembleia Municipal (AM), foi mal digerido pelo executivo, mas, no passado dia 9, numa cerimónia que, além do presidente do município, teve a presença do Secretário de Estado, Leitão Amaro, as armas reais de D. Afonso III foram colocadas no seu devido lugar num novo capitel que ostenta também o brasão municipal. O Dr João Soares Tavares tem razões para estar satisfeito porque o seu trabalho, finalmente, se não valorizado como devia, foi respeitado e atendido. Ficava bem ao presidente da Câmara, no acto solene de reposição das verdadeiras armas reais do município de Montalegre, ter uma palavra de gratidão para com todos aqueles que inteligentemente alertaram para uma situação no mínimo caricata, e em especial para com o Dr João Soares Tavares pelo excelente trabalho publicado que convenceu todos. Mas deste presidente da Câmara, a maior frustação da história local, já ninguém pode esperar nada de positivo nem no que toca às suas obrigações essenciais, como é o caso. Este jornal e aqueles que na AM sobre o caso se pronunciaram também merecem nota alta. Conclusão? A crítica valeu a pena. A Escola de Morgade Na edição n.º 465, de 16 de Fevereiro passado, em título de 1.ª página com fotografia, foi publicada uma nota crítica sob o título: «Alienação da Escola de Morgade gera polémica». As reacções do povo e da Junta de Morgade foram tantas e tais que a Câmara de Montalegre foi o brigada a desfazer um negócio em fase de conclusão. A escola de Morgade continua a ser dos de Morgade. Conclusão? A crítica valeu a pena. Há mais casos, mas, para amostra de prova, já chega. E que mais conclusões a tirar de tudo o que acima se Director: Carvalho de Moura Ano XXXI, Nº 465 Montalegre, 16.02.2015 Quinzenário E-mail:[email protected] 0,90 € (IVA incluído) Barroso Noticias de Sexta Feira 13 com melhor programa e menos gente Hospital de Chaves Uma boa notícia é saber-se que o Hospital de Cahves vai ter novas valências. António Cabeleira, presidente da Câmara de Chaves, tem-se mostrado incansável na tarefa de conseguir mais meios para tornar o Hospital de Chaves mais Hospital. P2 Meio século da Barragem de Pisões merecia mais... A barrrgem dos Pisões é objecto de análise por parte do nosso ilustre colaborador Barroso da Fonte. E sabe do que fala. Neste grandioso empreendimento deu os seus primeiros passos da sua vida de trabalho que recorda com intensa vivacidade e patriotismo barrosão. P3 A Velha Escola de Contim Um texto que nos faz pensar numa Câmara (Montalegre) que tanto se preocupa em alienar o património concelhio e deixa cair em ruinas tantas memórias que são de todos nós. O texto é de Fosé Fernando Moura A «Sexta Feira 13» de Fevereiro, segundo dados recolhidos junto de pessoas da vila ligadas à restauração, teve menos gente. Houve mesmo quem falasse em 10.000 pessoas. Mesmo assim, tal registo é favorável tendo em vista que o tempo, de certo, que afastou algumas pessoas. O programa apresentou a novidade de, no fim do espectáculo do Esconjuro, ter na Praça do Município o grupo “Melech Mechaya” que deu um concerto que agradou à gente jovem e que veio colmatar uma falta que se fazia sentir. De tal lacuna se falou, em tempos, neste periódico. E não só nas Sextas Feiras 13 mas também na Feira do Fumeiro seria de ter em conta este tipo de encerramento que o número de pessoas presente bem justifica. O pior é que, de Sexta para Sexta, as despesas aumentam e de que maneira. A Spormex, de Braga, agradece. O povo do concelho não terá razões para isso. A Câmara de Montalegre brada que o retorno compensa, o povo, esse, foge a sete pés disto tudo. Alienação da antiga Bodas de Ouro de Maria Escola gera polémica Luisa e José Cipreste Em Morgade, o povo tem-se manifestado contra a forma como a Câmara Municipal pretende alienar um património que é da freguesia. E ainda por cima, como se diz, a um particular que nem à freguesia pertence. Ver P2 Maria Luisa e José Cipreste festejaram, no dia 31 de Janeiro, as Bodas de Ouro. A data serviu para este casal juntar os seus amigos e com eles reviver os tempos passados e augurar mais dias e anos felizes como até aqui. No sentido errado Mais uma reflexão, desta feita sobre as Sextas Feiras 13, de Bento Monteiro P5 Cartas dos Leitores Esta secção em crescendo de jornal para jornal indica que os assinantes e leitores valorizam a qualidade do NB. É bom saber que o jornal é apreciado e os leitores se comprazem com a sua leitura. Continuem a escrever! O Toque das Trindades O sino da Igreja volta nesta edição a tocar às Trindades. Com música em duplicado, a dos sinos e a da cantiga dos Reis. Um tanto fora de tempo, valerá a pena reviver esta tão simples manifestação cultural. P7 DESPORTO O Montalegre perdeu a liderança em Mondim. Perdeu por 2 – 1 e agora é este grupo de Basto o lider do Campeonato. P15 transcreve: - Que, afinal, ao contrário do que afirmou Orlando Alves no acto de posse que o seu antecessor fizera tudo e que por isso mesmo ele não tinha muito que se preocupar, não é verdade. Com a agravante de algumas obras serem mal executadas por Fernando Rodrigues e sobre quem deviam recair as responsabilidades dessa má gestão. - Que o executivo camarário executa obras por impulsos externos, por outras palavras, não tem plano nem projecto para o concelho. Como se tem aqui dito e redito, com esta gente no poder, o concelho não tem futuro. - Que o jornal Notícias de Barroso vale o que vale. Mas, por ora, é o único orgão de comunicação social que «põe os dedos na ferida» e de forma séria e isenta pugna pelo bem estar do povo de Barroso. E, utilizando a gíria futebolística, o score de golos marcados merecia outra avaliação por parte do executivo camarário. - Que a «luta continua». 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Projectos, Fiscalização e Direcção Técnica Tel. 253 659897 Fax: 253 659927 e Telem: 96 657 2973 Paula Cunha, Lda.Paula Cunha, Lda A Empresa doLda concelho de Montalegre que Paula Cunha, procura servir os seus clientes com eficiência e A empresa do concelho de Montalegre que procura servir os seus clientes com eficiência e qualidade qualidade. 10 Barroso Noticias de Tito Cruz Gonçalves de Freitas CARTÓRIO NOTARIAL A CARGO DA NOTÁRIA ANA RITA FERNANDES SÁ – CHAVES 24.05.1948 - 25.02.2008 Certifico, para fins de publicação que, por escritura exarada hoje, no Cartório a cargo da Notária Ana Rita Fernandes Sá, sito na Avenida Pedro Álvares Cabral, Edifício Angola, loja dez, em Chaves, no livro de escrituras diversas n.º 10 – B, a fls. 20 e seguintes, DEOLINDA MORAIS DA SILVA, N.I.F. 142 720 658, divorciada, natural da freguesia de Vilar de Perdizes (São Miguel), concelho de Montalegre, onde reside na rua do Outeiro, n.º 51, declara: Que é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, dos seguintes bens imóveis, todos situados no lugar de Santa Marinha, actualmente na União das Freguesias de Vilar de Perdizes e Meixide, concelho de Montalegre: – Prédio rústico, composto de mato, com a área de três mil oitocentos e vinte cinco metros quadrados, a confrontar do norte com António Pinto Bernardes, nascente com José Casa Nova Morais, sul e poente com caminho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 5604 e anteriormente inscrito na matriz rústica da freguesia de Vilar de Perdizes (extinta) sob o artigo 2946. - DOIS – Prédio rústico, composto de mato, com a área de cento e dez metros quadrados, a confrontar do norte, sul e poente com Anastácio Alvar Couteiro e nascente com caminho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 5626 e anteriormente inscrito na matriz rústica da freguesia de Vilar de Perdizes (extinta) sob o artigo 2968.-------------------------------------------------------------------------------------- TRÊS – Prédio rústico, composto de mato, com a área de setecentos e cinco metros quadrados, a confrontar do norte com Anastácio Alvar Couteiro, nascente com caminho, sul com Fernando Alves e poente com José Augusto Fernandes, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 5627 e anteriormente inscrito na matriz rústica da freguesia de Vilar de Perdizes (extinta) sob o artigo 2969. Estes prédios não estão descritos na Conservatória do Registo Predial de Montalegre. Que não tem qualquer título formal de onde resulte pertencer-lhe o direito de propriedade dos prédios, mas iniciou a sua posse no ano de mil novecentos e oitenta e sete, ano em que os adquiriu, já no estado de divorciada, por compra meramente verbal que deles fez, o identificado sob o número um, a Manuel Maurício André, viúvo, já falecido, o identificado sob o número dois, a Emília dos Santos Labaredas e marido, José Bernardes Amorim, ele já falecido e o identificado sob o número três, a Aníbal Alvar de Barros e mulher, Maria Rodrigues, ela já falecida, todos residentes na mencionada freguesia extinta de Vilar de Perdizes (São Miguel). Que desconhece os segundos ante possuidores dos prédios, devido à antiguidade das transmissões, encontrando-se os prédios inscritos na matriz rústica anterior a mil novecentos e noventa e sete, sob os artigos rústicos, 4509, 4500 e 4499. Que, desde aquela data, sempre tem usado e fruído os prédios, cultivando-os e colhendo os seus frutos, roçando e limpando o mato, pagando as respectivas contribuições e fazendo essa exploração com a consciência de ser a sua única dona, à vista de todo e qualquer interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob os prédios por USUCAPIÃO, que expressamente invoca para efeitos de ingresso do seu direito no registo predial.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ “Bom filho, bom marido, doença que o obrigou a deixar e coração, ao seu marido Tito. Asua esposa Mariana e as excelente pai, bom amigo e colega” o emprego com 54 anos de Vítima de doença idade, passou a viver na sua casa filhas Alexandra e Ana Maria e prolongada desde o dia 5 de de Vila da Ponte sob os restante família vêm por este Junho de 2002 faleceu no cuidados da extremosa esposa, meio agradecera todos quantos passado dia 25 de Fevereiro o Mariana, funcionária da Zona se dignaram assistir ao funeral Tito. Tina 59 anos de idade. Agrária de Barroso que, por sua e missa de sétimo dia ou que de outra forma lhe manifestaram Funcionário das Finanças de o seu pesar e solidariedad. Montalegre, por isso conhecido Agradecem de modo especial em todo o concelho, o Tito era aos seus dois médicos de natural de Sabuzedo. Casou família, Drs António Sousa e com Mariana Francisca Anjo Carlos Reis, pessoas muito Afonso Freitas, da Vila da humanas, dedicadas e sempre Ponte, de quem teve duas filhas, disponíveis, bem como aos a Alexandra e a Ana Margarida senhores enfermeiros e pessoal que ajudou a criar e educou auxiliar do Centro de Saúde que com muitaEstádedicação, não se conforme. Chaves, 4 de Junho de 2015. com carinho o trataram durante poupando aA sacrifícios para que notária, A colaboradora, por delegação de poderes, nos termos do n.º1 do art. 8 os últimos 5 dias da sua vida. nada lhes faltasse. Conseguiu do DL 26/2004, de 4 de Fevereiro, devidamente autorizada para este acto, pela notária O Tito foi bom filho, bom dar a cada uma delas um £ Ana Maria Domingues Fernandes Tomaz – 282/1 marido, excelente pai, bom estatuto social paraCristina enfrentarem £ Sandra Ribeiro Fernandes – 282/2 amigo e colega. a vida com mais facilidade, uma Notícias de Barroso, N.º 473, de 16 de Junho de 2015 vez, se viu obrigada a pedir a enfermeira e a outra analista. Devido às fragilidades com reforma antecipada para se que vivia em consequência da dedicar a tempo inteiro, de alma 16 de Junho de 2015 EXTRACTO Certifico para efeitos de publicação que, por escritura lavrada em 5 de Junho de 2015, na Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre, a cargo da Dra Maria Carla de Morais Barros Fernandes, exarada a folhas 63 e seguintes do livro 981-A, MARIA FILOMENA CALDAS DE ALMEIDA marido ALVES e DELFIM DA FONTE ALVES, casados em comunhão geral, naturais desta vila de Montalegre e residentes na Rua da Cruz Vermelha, n.º 28, em Braga, declararam: de outrém, do seguinte bem imóvel situado na União Que são donos, com exclusão das Freguesias de Montalegre e Padroso, concelho de Montalegre: - Prédio urbano situado em SANTA CATARINA, no lugar de Montalegre, composto de casa térrea, com a superfície coberta de quarenta e oito metros quadrados e logradouro a com a área de três mil oitocentos e setenta e nove metros quadrados, confrontar do norte com herdeiros de António Joaquim Alves, sul e nascente com baldio e do poente com terrenos da Câmara Municipal, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 419, que corresponde ao artigo 460, da freguesia de Montalegre (Extinta). Que este prédio encontra-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial de Montalegre e nunca esteve inscrito na matriz rústica. Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade do prédio, mas iniciaram a sua posse em mil novecentos e setenta e oito, ano em que o adquiriram por doação meramente verbal de Isabel Maria Rebelo Caldas, solteira, residente que foi em Montalegre e Francisco Rebelo Caldas, solteiro, residente que foi em Vila Nova deGaia. Que desde essa data, por si ou por intermédio alguém, sempre têm usado fruído de e o indicado prédio, procedendo a todas as obras de conservação e restauração, habitando-o e nele guardando os seus haveres, pagando todas as contribuições por ele devidas e fazendo essa exploração com a consciência de serem os seus únicos donos, à vista de todo de oposição, e qualquer interessado, semqualquer tipo há mais de vinte anos o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa fé, razão pela qual adquiriram o direito de propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para efeitos de ingresso do mesmo no registo predial. Montalegre, 5 de junho de 2015. O 1.º Ajudante, (Assinatura ilegível) Conta: Artigos: “ 20.4.5) ------------ 23,00 € São vinte e três euros Registada sob o n.º 336 Notícias de Barroso, n.º 473, de 16 de junho de 2015 VENDE – SE EM TOURÉM Em Tourém, situada na Rua Principal, vende-se CASA DE HABITAÇÃO, toda em pedra, para reconstruir. GABINETE DE APOIO AO EMIGRANTE Contactos: 276 512 180 e/ou 93 937 7290 Vendem-se Apartamentos T3 e Lojas Comerciais Barroso Noticias de 1-Assinaturas Pede-se aos nossos amigos assinantes que procurem ter os pagamentos da assinatura do jornal actualizados. Os valores das assinaturas são os seguintes: Nacionais Estrangeiras: Espanha Resto da Europa Resto do Mundo = 20,00 €uros = 30,00 €uros = 35,00 €uros = 35,00 €uros As assinaturas podem ser liquidadas através do envio de cheque ou vale postal em €UROS passados à ordem do Notícias de Barroso ou por transferência Bancária para a CO em nome de Maria Lurdes Afonso Fernandes Moura, usando as referências seguintes: Nacionais Estrangeiras: - NIB: 0079 0000 5555 1489101 27 - IBAN: PT50 0079 0000 5555 148910127 - SWIFT/BIC: BPNPPTPL Na etiqueta da sua direcção pode ver a data de pagamento (PAGO ATÉ…) do jornal. Se entender que não está certo, contacte-nos (+351 91 452 1740). Rua do Salgado, s/n 5470-239 Montalegre 2. Prestação de serviços Atenção aos srs. Assinantes que optarem por fazer transferências bancárias dos valores das assinaturas ou outros. Do pagamento efectuado devem avisar a administração do jornal ou através do próprio Banco ou por mail [email protected] ou por telefone. Isto porque o Banco que transfere o dinheiro e até o próprio talão comprovativo da transferência que dá o Banco não indicam dados do assinante pagador. Como consequência, não se registam os pagamentos desses assinantes. Ajude-nos a fazer um jornal ainda melhor. Contactos: 0034 – 988 460 425 0034 – 66 416 6214 Barroso Noticias de 16 de Junho de 2015 11 A Importância das Velhas Instituições Pe Vítor Pereira Possivelmente, andamos todos impressionados, por mim falo, com a falta de educação e com a carência de formação moral e ética que são manifestas nos comportamentos e atuações de muitas pessoas. Desde o simples cumprimento na rua (será que hoje se ensina cortesia?), aos relacionamentos cívicos e laborais, desde a estrada à resolução de atritos e conflitos, e desde a conduta à frente de cargos políticos e sociais até ao mínimo que se exige para se saber viver em sociedade, é de ficar reduzido ao silêncio, porque as palavras começam a esgotar-se, como as pessoas parece que desaprenderam a saber falar umas com as outras com simpatia, doçura e gentileza, no respeito mútuo e com verdadeiro interesse e atenção umas pelas outras, sem fingimentos e hipocrisias, independentemente de convicções políticas, clubísticas e religiosas, e a saberem estar na família, no trabalho e nos outros âmbitos da vida social com estatura moral e cívica. Acho que é o mínimo que se exige a pessoas humanas. Como muito bem diz o povo, podese ter mais ou menos cultura e ter mais ou menos importância BOTICAS Visita dos alunos do 4º Ano a Lisboa Numa iniciativa que se repete há já 12 anos consecutivos, o Município de Boticas proporcionou, nos passados dias 21 e 22 de maio, uma visita de estudo a Lisboa aos alunos do 4º Ano do 1º Ciclo do Ensino Básico, voltando a apostar num programa que permitiu às crianças uma experiência única e inesquecível, dandolhes a oportunidade de vivenciar coisas novas e verem de perto alguns sítios conhecidos apenas através da televisão. Depois da viagem de autocarro entre Boticas e o Porto e da viagem de comboio até Lisboa, seguida de um almoço na Pousada da Juventude de Lisboa, os alunos deslocaram-se à Assembleia da República onde foram recebidos pela Presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, e pelos deputados eleitos pelo círculo eleitoral de Vila Real, Manuela Tender, Pedro Pimentel e Luís Ramos, para além de terem tido ainda a oportunidade e reconhecimento social, o que nunca se pode deixar de ter é boa educação e ética, que ficam sempre bem. Uma pessoa sem maneiras, rude, áspera, fria, desonesta, irresponsável, calculista, violenta, sem princípios, duvido que tenha o respeito e a consideração de alguém. Dois grupos etários que hoje acusamos com alguma facilidade de falta de educação e de moral é a adolescência e a juventude. E de facto, pelo que vamos vendo e lendo, muita juventude (não generalizemos) não exibe a boa educação que lhe ficaria bem e há um conjunto de valores e princípios de que deveria ser portadora, porque vai conduzir a sociedade amanhã, e de que parece não ser, como a responsabilidade, a retidão, a honestidade, o sacrifício pela família e pelos outros, o altruísmo desinteressado, a capacidade de saber vencer as dificuldades, a tolerância, o respeito pelos compromissos, o bom trato com todos, entre outros, valores e princípios fundamentais para se ser pessoa com os outros e em sociedade. Já não é de agora acusar os jovens. Já o filósofo Sócrates, quinhentos anos antes de Cristo, se queixava no seu tempo, mais ou menos com estas palavras, de que «os jovens de hoje gostam do luxo. São mal comportados, desprezam a autoridade. Não têm respeito pelos mais velhos e passam o tempo a falar em vez de trabalhar. Não se levantam quando um adulto chega. Contradizem os pais, apresentam-se em sociedade com enfeitos estranhos. Apressam-se a ir para a mesa e comem os acepipes, cruzam as pernas e tiranizam os seus mestres». A verdade é que, possivelmente, os jovens são os menos culpados das muitas acusações que lhes dirigimos. Nós, sociedade, é que temos de nos questionar que educação transmitimos e como a transmitimos e, neste campo, acho que existem muitas falhas. As principais instituições sociais que devem veicular uma boa educação fazem-no de forma confusa e desarticulada. Não existem sociedades ou tempos perfeitos. Todas as eras têm aspetos positivos e negativos, progressos e retrocessos. Temos tendência para idolatrar o passado. «Antigamente é que era, agora é outra coisa». «No meu tempo tudo era diferente, agora está tudo mudado, não para melhor. Isto vai de mal a pior». Que estranha forma de vermos a vida! O paraíso não está no presente ou no futuro, está no passado. Lá trás é que foi bom, agora nem tanto. Não é assim que devemos ver a vida e, se somos crentes em Deus, muito menos ainda. Primeiro porque ninguém tem o seu tempo. Somos de todos os tempos. Há que saber acompanhar cada tempo e cada era. Depois porque o que verdadeiramente conta é construir e viver o presente, ajudando o mundo e a sociedade a serem cada vez melhores. O passado já não está nas nossas mãos. Serve apenas para sabermos e respeitarmos as nossas raízes e nos ajudar a evitar os mesmos erros no presente e no futuro. Por fim, como crentes, acreditamos que o melhor está ainda por vir, porque caminhamos para uma plenitude. Se há algo que vale a pena salientar, sem idealizar, é a articulação e a complementaridade que existia há quarenta ou cinquenta anos ou mais, e que hoje não existe, entre as principais instituições da sociedade: tropa, Igreja, família e escola. Hoje, estas instituições estão pouco presentes na vida dos adolescentes e dos jovens ou estão presentes de forma deficiente e intermitente. A maioria deles cresce no meio de atividades e de diversões, que, de facto, divertem e entretêm, mas não educam. A tropa exercia um papel importante na transição para a idade adulta e na integração social, para além de permitir o encontro de pessoas da mesma geração de todo o país. Ajudava a interiorizar a disciplina de vida, o aprumo, o saber viver com regras, o comportamento adequado, o saber trabalhar em equipa, o respeito saudável pela hierarquia, a organização e o método, o brio e a responsabilidade. Não defendo o regresso da tropa, até porque do dia da minha inspeção só me lembro dos muitos nomes desapropriados com que massacraram os mancebos, ditos por capangas militares que empertigavam as veias do pescoço, mas acho que faz falta uma instituição que comunique estes valores e que promova o salto para a adultez. A Igreja contribuía muito para a formação humana, social e espiritual das pessoas. A fé não é só um credo. A fé também é um conjunto de valores humanos e sociais e um conjunto de sentimentos que dão densidade à interioridade. Muita gente que passou pela Igreja, nos seus muitos movimentos e instituições, saiu com outra riqueza interior e com uma postura de que são visíveis as suas marcas. A Igreja formava pessoas. A família tinha também uma ação basilar. Os pais tinham a preocupação de acompanhar os filhos, dando-lhes o exemplo antes de mais, e exerciam a autoridade, possivelmente, com alguns excessos, mas havia um caminho e um discurso claro quanto ao ser e estar na vida. Hoje a família está muito instável e tem um discurso desordenado e difuso, subjugado aos «peritos da educação» e agrilhoado ao hedonismo e ao materialismo. A escola completava a família. O professor, para além de comunicar os conteúdos do saber e do conhecimento, que não sofriam grandes flutuações, era também um educador rigoroso e exigente, que promovia o desenvolvimento das capacidades, a interiorização de valores e o crescimento humano. Recuperar o protagonismo na educação e promover uma nova articulação e complementaridade entre estas instituições sociais, enriquecidas pelos conhecimentos e a experiência que temos atualmente e configuradas às novas realidades que enfrentamos, será um contributo decisivo para formarmos pessoas melhores e transmitirmos a educação que é essencial num ser humano, porque é nas instituições que se cresce. Infelizmente, vamos percebendo que, hoje, educa mais a comunicação social e a Internet e seus sucedâneos do que a família ou a escola e o resultado, como vemos, não é bom. de contactarem de perto com outros deputados da assembleia da República. Durante o resto da tarde seguiram-se outras visitas a locais emblemáticos da capital e no dia seguinte, depois do almoço, foi tempo para o momento mais aguardado da visita: a viagem de avião entre Lisboa e Porto, onde se registou o “baptismo de voo” de muitas das crianças que participaram nesta visita, já que se tratou para muitas delas, da primeira vez que tiveram oportunidade de experimentarem as sensações de viajarem neste meio de transporte. efectuam no concelho de Boticas. Esta viatura foi em parte suportada pela “Missão Sorriso”, promovida pelo grupo Sonae através da cadeia de hipermercados Continente, contando ainda com uma comparticipação financeira do município, que assim tornou possível a sua aquisição. ambiente, através de hábitos diários que permitam manter o nosso planeta mais limpo. As crianças interagiram com o espectáculo, cantaram, participaram nas coreografias e ainda tiveram tempo para mostrarem os seus conhecimentos sobre a reciclagem e outras formas de manter o Ambiente puro e protegido. No final, Filipe Pinto distribuiu autógrafos e assinou alguns dos livros que o Município de Boticas ofereceu a todas as crianças do 1º Ciclo do ensino Básico. Entrega de viatura ao centro de Saúde O Presidente da Câmara Municipal de Boticas, Fernando Queiroga, e o Diretor Executivo do Agrupamento de Centros de Saúde do Alto Tâmega e Barroso, Filipe Nascimento, fizeram, no passado dia 15 de maio, a entrega de uma viatura ao Centro de saúde de Boticas, destinada ao apoio nas visitas domiciliárias que os técnicos de saúde daquela Unidade Comemorações do Dia Mundial do Ambiente O Município de Boticas e o agrupamento de Escolas Gomes Monteiro assinalaram o Dia Mundial do Ambiente junto das crianças, no passado dia 5 de Junho, com um espectáculo no recinto do Agrupamento de Filipe Pinto, cara bem conhecida da música portuguesa e vencedor da última edição do programa televisivo de talentos “Ídolos”, promovido pela SIC. Filipe Pinto apresentou o seu trabalho desenvolvido em parceria com a Betweien, “O Planeta Limpo de Filipe Pinto”, através do qual, com recurso à música, à dramatização de histórias e à projecção de vídeos, procura incentivar os mais novos a defesa do Fonte: cm-Boticas 12 Barroso Noticias de 16 de Junho de 2015 As Cuecas, o Cancro e 8.650 Euros Chamemos-lhe “João”, vive no concelho de Montalegre. A história começa com umas cuecas. Deixadas debaixo de uma almofada, na sua casa. A ex-namorada teima em dizer que “um dia será seu”. João não está para ali virado, mas teme-a. “As forças do oculto são muito fortes” diz. A mulher, “Maria”, que sofre de uma grave depressão, vive os dias em desespero. João, curou-se há pouco tempo de um cancro de que padecia. “Quando tudo nos corre mal, acreditamos em tudo e procuramos ajuda.” E é aqui que aparece “milagrosamente” o Professor Bambo, “médium que promete resolver todos os problemas que a gente tiver. Todos”, afirma. Estava encontrado o caminho para que as coisas na vida de João mudassem. “Se resolve tudo, é lá que temos que ir.” E assim foi. A consulta estava marcada em Vila Real para as 3h00 da tarde. Depois de uma hora e meia à espera, é chamado para ir para a consulta. “Entramos, e com o professor Bambo estava a assistente que traduzia para português, o que ele ia dizendo e vice-versa. Mal nos sentamos, contei-lhe que tive cancro, que estaria curado, que a minha mulher vivia num sofrimento grande. Das quezílias que tínhamos com a anterior parceira. Depois, tiramos as cuecas do saco, e entregamolas ao médium.” Um silêncio invade a sala. João está expectante. Trémulo, sem saliva, cada segundo parece uma eternidade. “A sua ex-namorada fez-lhe uma grande bruxaria”. Pagou mais de 5000 euros, para lhe fazer mal”, teria sido este o discurso de Bambo, “o senhor só tem 3 meses de vida, pois a doença está ativa”. O terror assolou João e Maria. “A bruxaria é para não se ver nas análises clinicas que o senhor tem cancro. Mas o senhor tem, e eu posso curálo.” Não demorou mais de cinco minutos, e João marcava o código PIN do cartão multibanco, para pagar 3850 euros. Depois seguiram-se mais 1000. Ficou a dever 3800 euros. Pelo meio assinaturas em papéis e mais papéis. Não sabe o que assinou. O pavor turvoulhe a vista. 8.650 euros foi o valor total pedido por Bambo, para curar o cancro (que João não tinha) seguido de um pedido de desculpas e redenção da ex-namorada por lhe ter feito bruxaria (que não aconteceu). Volvidos uns dias, João decide denunciar publicamente aquilo que considera ser “uma burla”, sentiu-se enganado, manipulado com argumentos assentes na fraqueza e desespero humano. O caso está em tribunal e espera que se faça justiça. Mas acima de tudo, João quer passar a palavra, para que outras pessoas não caiam no “conto do vigário”. A Rádio Montalegre contactou a empresa do médium que se recusou a prestar qualquer tipo de esclarecimento, referindo que o senhor João estaria na consulta de “livre vontade e com consciência do que assinou”. Maria José Afonso Primeiros tempos da UASP por terras República em Portugal de Montalegre … MONTALEGRE No dia 2 de Fevereiro de 1908 D. Carlos I foi assassinado junto com o seu filho mais velho, Luís Filipe, ficando herdeira da Coroa D. Amélia e seu filho mais novo, D. Manuel, mais tarde Rei D. Manuel II. Mas o povo continuava em sobressalto e no dia 5 de Outubro de 1910 foi proclamada a República e D. Maria Amélia e seu filho tiveram que fugir para Inglaterra. Os defensores da monarquia formaram um pequeno exército no país vizinho e com algum armamento infiltraram-se ao longo da fronteira com escaramuças nos quartéis raianos da Guarda Fiscal. Um certo dia dois cavaleiros republicanos vinham passar o Visto ao Quartel de Soutelinho da Raia e foram surpreendidos pelos seus rivais de Paiva Couceiro. Quando se aproximaram da aldeia depararam com os monárquicos que dispararam as carabinas contra eles matando os dois cavalos mas sem atingir os cavaleiros que, espavoridos, fugiram para o quartel de Chaves para alertar os seus camaradas. Joaquim Alves Luzio, de Meixide onde nasceu em 7-3-1879 e faleceu em 172-1962, foi um dos chefes dos monárquicos e acérrimo defensor da monarquia a tal ponto que, antes da morte, pediu à família que queria levar a bandeira do rei para a sepultura. Pois este guerrilheiro juntamente com outros tentaram, certo dia, surpreender e atacar o quartel de Chaves mas, quando chegaram à serra de Sanjurge e Bustelo, as pessoas daqui ter-se-ão apercebido e correram a alertar o Quartel. Então, os superiores procuraram de pronto reunir as tropas mandando regressar os soldados que tinham saído para a estrada de Boticas. Nos encontros em Chaves, os Paivantes sofreram algumas baixas no seu grupo, designadamente dois graduados, um deles de Vila franca de Xira. Os monárquicos puseram-se em fuga e em Espanha se reorganizavam. Mais tarde, também aqui em Meixide, dois rapazes cantavam à noite pelas ruas da aldeia e davam Vivas à República. Nisto foram presos pelos de Paiva Couceiro e levados para Espanha e, para não fugirem, cortaram-lhe os botões da carcela das calças. Eram eles Francisco Rodrigues, nascido em Meixide em 5-9-1888 que depois emigrou para o Brasil e Maximiano Alves que nasceu em 15-9-1894 que também emigrou para os Estados Unidos tendo regressado em 1923. Um irmão deste, João Alves, regedor da freguesia, foi preso pelos republicanos por não ter participado de seu irmão Maximiliano. José Manel Gonçalves dos Santos A União das Associações dos Antigos Alunos dos Seminários Portugueses vai realizar o seu habitual passeio cultural, desta vez em Montalegre, nos dias 20 e 21 de Junho de 2015, cuja organização incumbe à Associação dos Antigos Alunos do Seminário de Vila Real. Divulgamos aqui o respectivo programa e convidamos todos os interessados a inscreverem-se. Dia 20 – Sábado 09,30 horas – Encontro no Castelo de Montalegre 10,00 horas – Visita ao Museu Etnográfico P. Fontes 11,00 horas – Visita ao Parque do Rio Cávado 11,15 horas – Passeio pelo “Reino Maravilhoso” de Barroso, nas margens do Rio Rabagão 12,00 horas – Visita ao Ecomuseu de Barroso – Salto 13,00 horas – Almoço 15,00 horas – Visita à Central de Produção de Energia Eléctrica de Frades/Vila Nova 16,00 horas – Passeio pela Ponte da Misarela (Ponte do Diabo) 17,00 horas – Viagem pelas margens do Rio Cávado 19,00 horas – Missa Vespertina 20,00 horas – Jantar com animação cultural Dia 21 – Domingo 10,00 horas – Visita à “Aldeia Barrosã” de Paredes do Rio 11,45 horas – Visita a Pitões das Júnias 13,00 horas – Almoço. Barroso Noticias de 16 de Junho de 2015 13 O Brasil nos Trilhos Lita Moniz Para o Brasil entrar nos trilhos falta muito, principalmente trilhos. A Presidente Dilma Roussef está diante da impopularidade que o governo atravessa. O povo, incrédulo, assiste a relatos dos delatores, um mais assustador que outro, e os ajustes fiscais, um mais danoso que o outro para o bolso do povo brasileiro. Realmente, a química perfeita para levar a esperança de um povo à exaustão. Para minimizar este estado de desânimo e descrença na política vigente, o Palácio do Planalto lançou um pacote de obras na área de infraestrutura. Os transportes mereceram especial atenção. Todos bemvindos. Esperanças de um povo cansado de rodovias maltratadas: o progresso da nação a caminhar sobre rodas, um transporte caro, mais caro ainda pelos perigos que estas rodovias representam, dado o descaso e o péssimo estado de conservação das mesmas. Talvez, de todas as medidas anunciadas, esta saia do papel e se torne a tábua de salvação, dada a precariedade em que se encontram as principais rodovias do Brasil. Não há como adiar. Segundo o pacote anunciado, o Palácio do Planalto diz que R$ 19,6 bilhões serão gastos em concessões para rodovias que já estão em andamento. O pacote prevê além deste investimento, outro investimento alto em rodovias, que está em fase de licitação, a longo prazo, o que deixa escapar que tudo pode ser apenas mais um engodo. O Palácio do Planalto neste pacote inclui também um investimento considerável em ferrovias, sem dúvida o Planalto sabe bem onde está a ferida: o Brasil precisa entrar nos trilhos, precisa ampliar o sistema ferroviário. Trilhos que cortem este país com dimensões continentais de Norte a Sul de Leste a Oeste. Dinheiro para isto claro que não há. São apenas boas intenções. Assim como em portos e aeroportos, tudo a precisar para ontem de melhorias. Mas no meio deste pacote de promessas há uma luz no fim do túnel. Brasil e Peru sempre alimentaram o sonho de unir as costas dos Oceanos Pacífico e Atlântico. E o dinheiro chinês talvez seja o ingrediente que faltava para este sonho se realizar. O Ministério de Transportes e Comunicação do Peru, o Ministério de Transportes do Brasil e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e de Reforma da China assinaram um acordo trilateral para construir a ferrovia transcontinental. Uma saída pelo Oceano Pacífico para o Peru facilitaria o transporte de produtos que chegam pelo oceano atlântico e de outros que são negociados com países do Cone Sul. A China entra neste projeto contando, entre outras vantagens, com uma boa redução de custo nos transportes da produção agrícola e mineral importados dos países latino-americanos. O Brasil seria o maior beneficiado, colocar o Brasil nos trilhos é o sonho brasileiro, a solução para que tudo chegue mais depressa a um custo muito menor aos grandes centros urbanos. Todos sairiam ganhando, por isso que de vez em quando aparece alguém do mais alto escalão da China para acompanhar de perto o desenrolar deste acordo. No pacote de medidas para conter os ânimos exaltados do povo brasileiro, Dilma Rousseff aproveitou a visita do primeiro-ministro da República Popular da China, Li Keqiang, para incluir no pacote este projeto que pode ser viável, dado o fato de que o Brasil não pagará a conta a curto prazo, trata-se de um acordo trilateral que demanda muitos acordos trilaterais. A intenção dos chineses em construir a ferrovia bioceânica é uma oportunidade que o Palácio do Planalto não pode desperdiçar. Todo o esforço para que o projeto saia do papel, para que não vire pó, para que não fique só em promessas é fundamental. Peter Francisco, Açoreano Herói dos Estados Unidos Domingos Dias Peter é Francisco, conhecido Americana, foi na como história um heroi durante a revolução das forças armadas continentais contra o exército colonizador da Inglaterra, com a finalidade de obter a independência, a 118 quilos (260 libras). raptado e transportado em seus superiores que a espada ferido três vezes nas batalhas barco para a América do Norte, normal que lhe deram era de Brandywine, Monmouth e tendo chegado ao território de leve e pequena. Foi então Cowpens. Era conhecido como As Virginia em 1765. Foi entregue encomendada de o gigante Hércules, tinha cerca faleceram. Teve 3 filhos e 3 ao juiz Anthony Winston, que o aproximadamente metro e meio de 2 metros e meio (6 pés e 6 filhas. Terminada a sua carreira criou e educou. Como era um (5 de militar, comprou uma quinta rapaz forte, acima da média, comprimento, para trabalhar e viver o resto pô-lo a trabalhar na sua quinta que foi da vida. Faleceu em Richmond, e ensinou-lhe a profissão de ofereicda Virginia, a 16 de Janeiro de ferreiro. Aos 16 anos de idade, pelo 1831, com 71 anos de idade. o Peter ofereceu-se voluntário G e o r g e para servir no exército colonial Washington,o monumentos em memória de de Virginia. qual veio a Peter Francisco: no Cemitério várias ser o primeiro de Richmond, Virginia; batalhas. Em duas delas foi ele presidente Greensboro, North Carolina; em New Bedford, Massachusetts e Participou em pés) lhe uma general Foi casado duas Existem primeiras os vezes. esposas seguintes em o principal herói a contribuir dos qual foi declarada em 1776, para Unidos. na cidade de Philadelphia, ingleses. como P e t e r Pennsylvania. soldado desde 1776 até 1983. Francisco nasceu Esteve presente em Yorktown, alistou-se para No próximo dia 4 de Julho, no lugar de Porto Judeu, Ilha onde os ingleses finalmente se três diferentes os Estados Unidos da América Terceira, Açores, em 1760. renderam. missões Pedro Francisco Com cinco anos de idade foi derrotar os Combateu militares O Peter deu a saber ao Estados três em Newark, New Jersey. A sua da guerra colonial Americana. Foi foto está exposta no Palácio do Governo Estatal de Virginia. polegadas) de altura e pesava do Norte, celebram 239 anos da sua independência. 14 Barroso Noticias de 16 de Junho de 2015 Informações úteis SOS – Número nacional 112 Protecção à Floresta117 Protecção Civil118 Câmara Municipal de Boticas 276 410 200 Câmara Municipal de Montalegre 276 510 200 Junta de Freguesia de Boticas 276 410 200 Junta de Freguesia de Montalegre 276 512 831 Junta de Freguesia de Salto 253 750 082 Bombeiros Voluntários de Boticas 276 415 291 Bombeiros Voluntários de Montalegre 276 512 301 Bombeiros Voluntários de Salto 253 659 444 GNR de Boticas 276 510 540 GNR de Montalegre 276 510 300 GNR de Venda Nova 253 659 490 Centro de Saúde de Boticas 276 410 140 Centro de Saúde de Montalegre 276 510 160 Extensão de Saúde de Cabril 253 652 152 Extensão de Saúde de Covelães 276 536 164 Extensão de saúde de Ferral 253 659 419 Extensão de Saúde de Salto 253 659 283 Extensão de Saúde de Solveira 276 536 183 Extensão de Saúde de Tourém 276 579 163 Extensão de Saúde de Venda Nova 253 659 243 Extensão de saúde de Viade de Baixo 276 556 130 Extensão de saúde de Vilar de Perdizes 276 536 169 Hospital Distrital de Chaves 276 300 900 Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas 276 415 245 Agrupamento de Escolas de Montalegre 276 510 240 Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso 253 659 000 Escola Profissional de Chaves 276 340 420 Centro de Formação Profissional de Chaves 276 340 290 Tribunal Judicial de Boticas 276 510 520 Tribunal Judicial de Montalegre 276 090 000 Instituto de Emprego de Chaves 276 340 330 Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso 276 340 660 ADRAT (Chaves)276 340 920 ACISAT (Chaves) 276 332 579 Direcção Regional de Agricultura (Chaves) 276 334 359 EDP – Electricidade de Portugal 276 333 225 Cruz Vermelha Portuguesa Boticas 276 410 200 Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre 276 518 050 APAV – Apoio à Vítima 707 200 077 SOS – Criança 800 202 651 SOS – Grávidas 800 201 139 SOS – Deixe de Fumar 808 208 888 SOS – Voz Amiga800 202 669 Linha SIDA800 266 666 Intoxicações808 250 143 NOTÍCIAS DE BARROSO 91 4521 740 NOTÍCIAS DE BARROSO 276 512 285 Conservatória dos Registos Civil, Predial e Cartório Notarial de Montalegre 276 512 442 16 de Junho de 2015 Torneio das Chegas de Bois Sob um forte temporal começou, no dia 9, dia do Município, mais um Campeonato de Chegas de Bois de Raça Barrosã. Os bois do Horácio Santos, de Medeiros e o do Rui Manuel Moura, de Linharelhos, protagonizaram a melhor Chega na qual o boi de Linharelhos Barroso Noticias de DESPORTO deu nas vistas mas que não se deu bem com a experiência do boi de Medeiros que acabou por ganhar a luta ao cabo de cerca de 10 minutos. Na segunda Chega deste dia 9, liaram os bois do José Ribeiro, de Montalegre e o do José Paulo Silva, também de Montalegre, que deram espectáculo agradável e onde o barroso do José Silva acabou por ganhar. No dia 10, feriado nacional, as Chegas duraram menos tempo. Primeiro estiveram frente a frente os bois do António Costa, de Frades e o do António Teixeira, de Bagulhão. Este último revelou-se mais boi e venceu o de Frades ao cabo de poucos minutos. O mesmo aconteceu com os bois do António Morais da Costa e do Sebastião Morais, ambos de Montalegre, que liaram menos ainda que os da 1.ª Chega, mas mostraram raça sendo que o boi do Morais venceu ficando apurado para as fases seguintes. O campeonato é organizado pela Associação Etnográfica “O Boi do Povo” e conta com o patrocínio da Câmara Municipal de 15 Montalegre. Apesar do mau tempo e do pouco público, os espetáculos foram agradáveis de seguir. Até 13 de agosto, todos os fins de semana, no Campo das Chegas do Santuário do Senhor da Piedade, pelas 16 horas, as Chegas dos bois barrosos prometem animação para grande satisfação dos barrosões. Barroso Noticias de Sede: Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tel: +351 276 512 285 e 91 452 1740 email: [email protected] http://omontalegrense.blogspot.com Propriedade: José António Carvalho de Moura, Contribuinte nº 131 503 324, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre Tels: +351 276 512 285 e 91 452 1740 FAX: +351 276 512 281 Email: [email protected] Editor: Nuno Moura, Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211 Montalegre, email: [email protected] Administradora: Maria de Lourdes Afonso Fernandes Moura Paginação e composição: [email protected], Rua Miguel Torga, 492 5470-211 Montalegre Registo no ICS: 108495 Impressão: Empresa Diário do Minho, Lda Rua de Santa Margarida, 4 A, 4710-306 Braga email: [email protected] http://www.diariodominho.pt Colaboradores: António Chaves, António Pereira Alves, Barroso da Fonte, Carlos Branco, Custódio Montes, Dias Vieira, Domingos Cabeças (Inglaterra), Domingos Dias (USA), Duarte Gonçalves, Fernando Moura, Fernando Rosa (USA), Francisco Laranjeira, João Soares Tavares, José dos Reis Moura, José Manuel Vaz, José João Moura, Hélder Alvar, Lita Moniz (Brasil), João Adegas, José Duarte (França), José Rodrigues (USA), Lobo Sentado, Manuel Machado, Maria José Afonso, Norberto Moura, Nuno Carvalho, Ricardo Moura, Sérgio Mota e Victor Pereira Assinaturas: Nacionais: 20,00 € Estrangeiros: 35,00 € Tiragem: 2.000 exemplares por edição (Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção) Município inaugura Balcão Único e Espaço do Cidadão Integrado no programa comemorativo do feriado municipal, a Câmara Municipal de Montalegre inaugurou o “Balcão Único” e o “Espaço do Cidadão”, ambos instalados no edifício da autarquia. A sessão solene foi presidida pelo Secretário de Estado da Administração Local, António Leitão Amaro. Finda a recriação histórica da entrega do foral por D. Afonso III, o festejo do feriado municipal prosseguiu com a inauguração, no edifício dos Paços do Concelho, do “Balcão Único” e do “Espaço do Cidadão”, duas apostas de modernização administrativa. Com efeito, o Balcão Único Proximidade e Modernidade da Câmara Municipal de Montalegre foi concebido para responder às necessidades dos cidadãos que trabalham, vivem e visitam a vila de Montalegre. Trata-se de uma aposta na proximidade com os cidadãos e na qualidade dos serviços prestados. Em relação ao Espaço do Cidadão, é um local onde as pessoas podem aceder aos serviços digitais disponibilizados pela Administração Central. A criação de uma rede de “Espaços do Cidadão”, nos termos do Decreto-Lei nº 74/2014, de 13 de maio, enquadra-se na estratégia de reorganização dos serviços de Atendimento da Administração Pública, através do programa «Aproximar», a fim de efetuar a racionalização do território, aproveitando as potencialidades da tecnologia. a Administração Pública e Local de todos nós. Isso tem consequências benéficas no dia a dia de todas as pessoas que têm que se relacionar com os serviços, seja para pagar, seja para receber». Orlando Alves frisou que o “Balcão Único”, o “Espaço do Cidadão” e a implementação de uma aplicação de telemóvel - Montalegre Alert -, que permite uma conexão fácil e rápida dos munícipes com a governação autárquica, «são indicadores de proximidade e de modernidade». Galvanizado com o pulo tecnológico que o dia simboliza, Orlando Alves reportou novas explicações: «o sistema de gestão de ocorrências vai permitir que qualquer pessoa possa estar alerta sendo um dever de cidadania de todos nós estarmos envolvidos na Em face das obras que estão a ser operadas no edifício autárquico, a sessão solene ocorreu no átrio num cenário que foi construído para o efeito. A singularidade do ato foi vincada por Orlando Alves, presidente da Câmara de Montalegre, à qual foi «muito bem aceite» pelo representante do governo que preferiu valorizar a hospitalidade que sempre encontra nos responsáveis pela condução dos destinos do município. O líder do executivo explicou a importância do dia: «aderimos a um projeto que aproxima MEL DO LAROUCO O mel do Larouco é produzido nas encostas da serra com o mesmo nome e resulta das florações da urze, sargaço, sangorinho, carvalho e outras espécies vegetais da região de Barroso Apicultor nº 110796 J. A. Carvalho de Moura Rua Miguel Torga, nº 492 5470-211MONTALEGRE Tels: +351 91 452 1740 e 276 412 285 Fax: +351 276 512 281 Mail: carvalhodemoura@ sapo.pt gestão municipal». É preciso «colaborar com o presidente e com os vereadores na definição de políticas que levem à modernidade e ao desenvolvimento do território», adverte o edil. A partir de agora, sustenta Orlando Alves, «qualquer cidadão pode denunciar, por exemplo, a existência de um buraco no pavimento onde os veículos podem ficar danificados». Por fim, o presidente da Câmara de Montalegre deixou uma palavra de reconhecimento aos funcionários da autarquia que souberam «agarrar o desafio na implementação das plataformas digitais» dando um contributo a entrega do foral, foi uma bela surpresa que vai ficar na minha lembrança e no meu coração...entregarei o vosso foral ao Senhor Primeiro Ministro e ao Senhor Presidente da República e agradeço este ato que renova o gosto de estar nesta terra, com esta gente». Interrogado sobre a inauguração do espaço de atendimento ao munícipe, António Leitão Amaro destaca: «em conjunto são uma forma diferente de prestar serviço público aos cidadãos. O poder central e local percebem que o cidadão deve estar no centro da sua atividade. Aproveitando as novas tecnologias, temos 200 atos públicos que antes SERVIÇOS DISPONÍVEIS NO ESPAÇO DO CIDADÃO: valioso para que tudo tivesse corrido pelo melhor num esforço que «deve ser valorizado» dado que «trabalharam fora do normal horário laboral». era preciso, em muitos casos, percorrer centenas de quilómetros e que agora estão concentrados neste edifício». Montalegre, sublinha o governante, «já era parceiro deste projeto com o Espaço do Cidadão em Salto». Ainda sobre esta matéria, o Secretário de Estado da Administração Local lembra que, dentro de pouco tempo, irá ser instalada a Loja do Cidadão, a escassos metros, no edifício do tribunal: «precisamente nesta praça, daqui a algum tempo, vai abrir a Loja do Cidadão que vem acabar com a angústia da população quando, por exemplo, ouviu falar no fecho das repartições de finanças». Deste modo, rematou «os serviços ficam a ser prestados de uma maneira diferente, mais económica e mais próxima». Bibliotecas IEFP - Instituto Emprego e Formação Profissional (netemprego) IGAC - Inspeção Geral das Atividades Culturais IHRU - Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana IMT - Instituto de Mobilidade e Transportes Carta de Condução ISS - Segurança Social Segurança Social Direta: SEF - Serviço de Estrangeiros e Fronteiras SAPA – Sistema automático de pré-agendamento de atendimento dos cidadãos que pretendam entrar, permanecer, sair ou que estejam em situação que implique afastamento do território nacional SPMS - Serviços Partilhados Ministério da Saúde 200 Atos Públicos Concentrados António Leitão Amaro não escondeu a satisfação pelo que encontrou em Montalegre. Primeiro pela «receção que me fizeram que foi muito engraçada». As palavras do Secretário de Estado da Administração Local referiam-se ao modo como “entrou” na recriação histórica do outorgamento do foral à vila de Montalegre pelo rei de então D. Afonso III (1273), realizada, momentos antes, no largo do Pelourinho: «aquele ato simbólico, com ACP Automóvel Clube Portugal ACT – Autoridade Para as Condições do Trabalho ADSE Direção-Geral de Proteção Social aos Trabalhadores em Funções Públicas AMA IP - Chave Móvel Digital AMA IP - Portal do Cidadão CGA - Caixa Geral de Aposentações DGAJ - Direção-Geral da Administração da Justiça DGC - Direção Geral do Consumidor DGLAB - Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das In: cm-montalegre