Director: Carvalho de Moura
Ano XXXI, Nº 473
Montalegre, 16.06.2015
Quinzenário
E-mail:[email protected]
0,90 € (IVA incluído)
Barroso
«Notas sobre o Barroso dos Séculos X-XIV»
O Dr Fernando Calvão apresentou nesta edição
da Feira do Livro de Montalegre uma importante obra
sobre Barroso. É uma obra de grande rigor científico
e que ocupa algumas das suas páginas a contestar
teorias divulgadas sem base de sustentação.
P2
A Câmara de Montalegre e as (poucas)
Obras que vai executando
A “Cratera da Pipela” e outras obras da “gestão
de referência” dos executivos de Fernando Rodrigues
e Orlando Alves
P2
Noticias de
Câmara de Montalegre
coloca as armas reais
de D. Afonso III no
Pelourinho
PENSÕES DE REFORMA:Cortar é a palavra
de ordem...
«Perante os factos, é pois de bom tom que se
diga, não se entender a razão de ser dessa sanha antireformados, muito menos por parte de quem fala
em honestidade e se afirma estar de boa-fé. É que
além de absurda, a medida projectada, é no mínimo
injusta. Este Governo ao aprovar como aprovou o
Documento de Estratégia Orçamental, mais uma
vez foi pelo lado mais fácil!...E o lado mais fácil, é
ir directamente ao bolso dos reformados sem pedir
licença» A crónica de Domingos Chaves
P7
A Importância das Velhas Instituições
«HISTÓRIAS DE VIDAS»
No próximo 20 de Junho pelas 18 horas, no “Desassossego”, um
espaço emblemático de Lisboa: Livraria - Bar - Café Literário, Rua de
S. Bento, 34, em Lisboa, terá lugar o lançamento da obra “Histórias de
Vidas” de autoria do investigador João Soares Tavares que, no próximo
ano, completa meio século de actividade literária.
Com esta obra, o autor pretende celebrar portugueses dos séculos
XVI e XVII, também transmontanos, protagonistas de façanhas épicas
ignoradas ou pouco conhecidas – um conjunto de histórias fascinantes
que estavam adormecidas no olhar do mundo.
O evento terá um momento musical e o produto resultante dos direitos
de autor da obra reverte para o Instituto de Apoio à Criança.
O Pe Vitor Pereira faz uma exaustiva análise
sobre os comportamentos sociais dos nossos dias,
indica as razões e aponta soluções de como os
jovens deveriam crescer na sociedade.
P11
As Cuecas, o Cancro e 8750 euros
Maria José Afonso conta-nos mais um “conto do
vigário”. E nós pensamos: como é possível?
P12
Peter Francisco
Dos Estados Unidos, o nosso colaborador
Domingos Dias fala-nos não do Papa Francisco
mas de Pedro Francisco, um ilustre combatente
açoriano, qual outro D. Afonso Henriques, que lutou
bravamente pela independência dos Estados Unidos.
P13
CURRENTE CALAMO
Estátua de Viriato na cidade de Zamora. Xusto Mendez, investigador
espanhol dos primitivos povos galaico-lusitanos dá como provado
que Viriato nasceu na cidade de Grou (Santo André) e passou parte da
adolescência em Verín, nome que dele é derivado.
Vede mais detalhes em CURRENTE CALAMO, na P5.
José António Feijoo Alonso
Alaclade Presidente da Câmara de Baltar
Na próxima edição, ver uma entrevista com o Ex.mo Sr. D. José António Feijoo Alonso que recentemente foi reeleito Presidente da Câmara de Baltar. Por se tratar do concelho com o
qual Montalegre tem as maiores afinidades de proximidade, relacionamento social, económico e cultural, o Alcalde de Baltar virá falar­nos sobre os seus projectos e planos para os próximos
quatro anos do seu mandato. Projectos e planos dum dos mais dinâmicos Alcaldes de toda a Galiza.
2
Barroso
Noticias de
16 de Junho de 2015
Notas sobre o Barroso dos Séculos X-XIV
de Fernando Calvão
A XVI edição da Feira do Livro
que, este ano, como se disse no jornal
anterior, teve um vasto programa
cultural, iniciou o programa da melhor
forma. No encerramento do primeiro
dia, teve lugar a apresentação do livro
«Notas sobre o Barroso dos Séculos
X-XIV- Cartas Abertas» de Fernando
Calvão.
Uma obra de estudo e pesquisa
sobre as Terras de Barroso do século
X ao século XIV e na qual o autor
rebate algumas teorias divulgadas em
periódicos locais e outros e até em
publicações dadas à estampa com
apoio da autarquia.
Desde o termo Barroso até aos
castelos do país barrosão, Fernando
Calvão desmonta uma série de
afirmações infundamentadas de José
Batista que põe a nu a falta de rigor e
seriedade nos trabalhos que este autor
tem publicados.
São 200 páginas do melhor que,
nesta matéria, se tem escrito e divulgado
sobre a nossa terra, o dito país barrosão.
Pena foi que José Batista, o ouvidor
mor da Câmara Municipal e pregador
das Sextas Feiras nas polémicas
«Conversas
com
história»
não
comparecesse na reunião amplamente
divulgada pelo programa da Feira do
Livro. Teria então a oportunidade de
se defender das inúmeras afirmações
que o Dr. Fernando Calvão desenvolve
na sua obra que arrasam as teorias de
José Batista como não tendo qualquer
sustentação histórica.
Ora isto é elucidativo sobre a
forma como a Câmara Municipal está
a trabalhar no âmbito do pelouro da
cultura. Ou seja, José Batista, tal como
já defendemos noutras ocasiões, não é
um historiador que se possa levar a sério.
E «As Conversas com História» não
passam dum embuste. Depois do que
aconteceu com a publicação do livro
de Fernando Calvão só resta à Câmara
Municipal um caminho e que é, a partir
de agora, convidar o Dr. Fermnando
Calvão para dar continuidade às tais
»Conversas...».
Se assim não for, os barrosões
têm agora a prova real de que essas
sessões culturais padecem do mal da
política partidária. E isso não pode mais
acontecer.
CM
PITÕES DAS JÚNIAS
IV Jornadas das Letras Galego-Portuguesas
VILAR DE PERDIZES
“Eu vivi Bullying & Gravidez Psicológica”
Organizadas pela Junta de Freguesia de Pitões das
Júnias, em parceira com o grupo “Desperta do Teu
Sono,” decorreram em Pitões das Júnias as “IV Jornadas
das Letras Galego-Portuguesas”. Poesia, visualização
de filmes e apresentação de trabalhos sobre temáticas
ligadas à origem da cultura e ao passado celto-galaico
fizeram parte do programa. Orlando Alves fez as honras de
abertura e referiu que se trata de uma iniciativa «que tenta
criar na zona da raia, um espaço de intercâmbio dando
importância à preservação das línguas galega e portuguesa
como motores de aproximação dos dois povos».
Este encontro, que acontece anualmente, contou com
«uma forte presença de galegos que não é correspondida
do lado português» considerou o presidente do município.
Tânia de Barros, natural de Vilar de Perdizes,
apresentou na XVI edição da Feira do Livro de Montalegre
a sua última obra “Eu vivi Bullying & Gravidez
Psicológica”. O compêndio retrata uma experiência
pessoal que segundo Fátima Fernandes, vereadora da
educação da Câmara Municipal de Montalegre, mostra
a «coragem desta barrosã para enfrentar os problemas e
superá-los».
Trata-se da segunda publicação desta jovem escritora
que passou para o papel mais uma fase conturbada da sua
vida. A intenção passa, também, por alertar os mais jovens
para o flagelo das agressões, comportamentos sexuais
violentos, provocações e insultos entre os jovens, dentro e
fora das escolas.
A autora, Tânia de Barros, considerou importante
contar a sua história de vida «com repercussões a nível
pessoal e profissional» e ao mesmo tempo «ajudar jovens e
os pais que possam estar a viver situações semelhantes».
MONTALEGRE
“Aves de Barroso” juntou cerca de meia centena de
participantes
Organizada pelo Clube Papaventos, em parceria com
o Ecomuseu de Barroso e com o apoio do município
de Montalegre, a atividade “Aves de Barroso” atraiu ao
concelho cerca de quarenta participantes. As margens do
rio Cávado, a serra do Larouco, o planalto da Mourela,
Tourém (com o seu Centro Interpretativo) e o “Trilho das
Aves” foram os locais de eleição para esta prática. O
objetivo, referiu o vice-presidente do município, «é que
isto se repita uma vez por mês».
Para o desenvolvimento e a promoção de uma
estratégia de enriquecimento, deve haver «um
envolvimento da população porque houve muito pouca
gente do concelho a participar». Na mesma linha, declarou
que «significa que ainda não estamos despertos para os
nossos tesouros e da dimensão que o “Birdwaching” pode
ter».
Montalegre tem verdadeiros «tesouros escondidos que
abrigam uma enorme variedade de aves que a população
local teima em não reconhecer», concluiu o número dois
do executivo municipal.
Montalegre é a vila mais atrativa do distrito de Vila
Real
Montalegre é a vila mais atrativa do distrito de Vila
Real para viver, visitar e fazer negócios. A conclusão está
num estudo tornado público por estes dias onde se conclui
do impacto atrativo que representa a marca Montalegre.
No que concerne ao distrito, as cidades de Vila Real,
Chaves e Peso da Régua ocupam os três primeiros lugares
do ranking distrital. Na quarta posição, num universo
de 14 municípios que compõem o distrito, surge a vila
de Montalegre, graças ao «apelo turístico e à qualidade
de vida neste concelho», ficando à frente dos vizinhos
Boticas, Ribeira de Pena, Valpaços e Vila Pouca de Aguiar.
ESPANHA
ELEIÇÕES 24-M
As eleições do passado dia 24 de maio em Espanha
trouxeram à luz do dia aquilo que de alguma forma já se
esperava. Os partidos emergentes, saidos dos movimentos
contestatários, roubaram muitos votos aos partidos
tradicionais. O bipartidarismo (PP e PSOE) perdeu cerca
de 3 milhões de votos e os Ciudadanos, de Albert Rivera
e o Podemos, de Pablo Iglesias, conseguiram votações
significativas por forma a entrarem em força na gestão das
autarquias e das Comunidades Autonómicas.
O PP foi, de longe, o partido mais votado, mas, nos
termos da lei eleitoral de Espanha onde o partido mais
votado não garante a presidência, poderá vir a perder
várias comunidades autónomas onde governava com
maioria absoluta, casos entre outros de Madrid, Valência,
Zaragoça, Málaga, Murcia, Rioja, Baleares e a Corunha.
Depende agora das coligações que as diversas forças
partidárias entenderem por bem fazer entre si.
Nos concelhos fronteiriços com Montalegre, o
panorama é muito igual ao anteriormente estabelecido.
José António Feijóo Alonso arrasou em Baltar com a
eleição para o PP de 8 “concejales” em 9. António Perez
(PP) ganhou em Xinzo de Limia e com maioria absoluta.
Cualedro, Oimbra e Muiños continuam a ser governados
pelo PP bem como Calvos de Randín pelo PSOE.
Verín terá sido o caso mais estranho pois que Jimenes
Morán, do PP, a ganhar por uma maioria significativa
de votos, não obteve a maioria absoluta, o que pode o
governo passar a ser gerido por uma coligação de outros
partidos representados.
No próximo número, ver entrevista ao Presidente
da cÂMARA DE BALTAR
CORTEJO CELESTIAL
TERESA AFONSO DOS
SANTOS, de 49 anos, solteira,
natural da freguesia da Chã e
residente em Castanheira, faleceu
no passado dia 28 de Maio,
sendo enterrada no cemitéiro de
Castanheira.
ANTÓNIO JOSÉ VAZ COIMBRA,
de 83 anos, casado com Maria
Martins da Silva, natural e
residente na freguesia de Vilar de
Perdizes (S. Miguel), faleceu no
Hospital de Chaves no passado
dia 31 de Maio.
JOÃO MANUEL MIRANDA DE
LIMA, de 51 anos, casado com
Maria Amélia Gonçalves Janelas,
natural da freguesia de Viade de
Baixo e residente em Viade de
Cima desta mesma freguesia,
faleceu no passado dia 4 de
Junho.
MARIA FERREIRA DOS
SANTOS, de 89 anos, casada com
Domingos Rodrigues Ferreira,
natural de Paço, concelho de
Torres Novas e residente em
Tourém e ultimamente no Lar de
S. José, de Montalegre, faleceu
no Hospital de Chaves no dia 6
de Junho, sendo enterrada no
cemitério de Tourém.
JÚLIO GONÇALVES, de 83
anos, casado com Clorinda Alves
da Silva, natural e residente em
Solveira, faleceu no Hospital de
Chaves no dia 8 de Junho.
MARIA DA GLÓRIA CORREIA
DE CARVALHO, de 89 anos,
viúva de João Gonçalves
Labaredas, natural da freguesia
de Sarraquinhos e residente em
Pedrário, faleceu no dia 14 de
Junho.
ROSALINA FERREIRA, de 81 anos,
casada com José Joaquim Vaz,
natural e residente em Gralhas,
faleceu no passado dia 13 de
Junho.
MARIA JÚLIA TEIXEIRA
AFONSO, de 87 anos, viúva de
Fernando Adonso, natural de
Montalegre e residente em Vila
Nova de Gaia, faleceu no passado
dia 13 de Junho, sendo sepultada
no cemitério de Montalegre.
PAZ ÀS SUAS ALMAS!
Barroso
Noticias de
16 de Junho de 2015
3
Piteira Santos filho de barrosão
e nome grande na Amadora
Barroso da Fonte
Fernando António Piteira
Santos, patrono da Biblioteca
da Amadora, nasceu em 2301-1918, na Amadora, mas
era filho do barrosão Vitorino
Gonçalves dos Santos, natural
do concelho de Montalegre. A
mãe - Leonilde Bebiana Piteira
Santos - nascera em Lisboa,
de família oriunda de Ançã.
Esta senhora que fora católica
praticante,
familiarmente
tratada por «Mãe-toni», faleceu
em 26-02-1963, pouco tempo
depois do filho ter partido
para o exílio. O pai, valoroso
republicano, foi promovido, por
distinção, ao posto de tenente
da GNR, sendo posteriormente
transferido para o exército, de
onde se reformou, como major.
Foi agraciado com a Ordem
Militar de Avis e com a Torre de
Espada, falecendo em 27-021943.
O seu biógrafo escreve
que Vitorino Gonçalves dos
Santos «herdou de seus pais
traços marcantes das suas
personalidades,
ressaltando
a inteireza de carácter e de
fidelidade a princípios, faceta
que se coaduna com a atitude
do filho, ao renegar o nome e
a herança de seu pai, Sebastião
Ataíde de Melo e Castro, por
este ter abandonado sua mãe,
Florinda dos Santos, de origem
popular». Seu pai chegara a ser
proprietário da histórica Casa
do Cerrado, em Montalegre.
Piteira Santos casou em
31-07-1940 com Cândida
Ventura que foi futuro quadro
militante clandestino do PCP,
de quem veio a divorciar-se,
em 19.07.1947. Voltou a casar
em 7-02-1948 com Maria Stella
Biker Correia Ribeiro. Esta já
era separada de Inácio Fiadeiro,
igualmente antifascista e com
dois filhos: António (afilhado
de Álvaro Cunhal) e Maria
Antónia, afilhada de Piteira
Santos.
O novo casal deixa a
Amadora, em 1952 e muda-se
para Lisboa. Entre 1962 e 2-51974, regressa do exílio, em
Argel. Piteira Santos ingressa
na Faculdade de Direito, mas
ao 2º trimestre transfere-se
para a Faculdade de Letras
e matricula-se em Ciências
Histórico-Filosóficas.
Por
causas relacionadas com a
prisão política só acaba o curso
superior muito depois.
Em 21-04-1938 funda o
Bloco Académico Anti-fascista
MUNAF da área do PCP. Passa
à clandestinidade e, em 1943,
é designado para o comité
Central do PCP. Volta a ser
preso no congresso seguinte.
Faz-se membro do MUD e,
em 1950, é afastado do PCP.
Em 1956 é co-fundador da
Sociedade
Portuguesa
de
Escritores. Em 1962 participa
no Golpe de Beja e passa à
clandestinidade. Mais tarde fixa
residência em Argel. Aí funda,
com outros, a Frente Patriótica
de Libertação Nacional. Chega
a encontrar-se com Agostinho
Neto, Amílcar Cabral, Eduardo
Mondlane e Samora Machel.
Integra a equipa da Rádio Voz
da Liberdade e dirige o jornal
Liberdade, órgão central da
FPLN. Regressa a Portugal, em
2 de Maio de 1974 e funda,
com Manuel Alegre e outros, os
centros Populares 25 de Abril.
Torna-se o diretor-geral
da
Cultura Popular e espetáculos e,
em 1974/75, diretor de Serviços
culturais da Câmara de Lisboa.
Foi diretor-adjunto do Diário de
Lisboa, colaborou em jornais,
como:
República,
Diário
Popular, Seara Nova, Vértice,
etc. Depois de um período
muito fértil em publicações de
interesse público abrandou a
atividade partidária e dedicouse a projetos
de interesse
público.
Faleceu em Lisboa aos
76 anos. Boaventura de
Sousa Santos, diretor do
Centro
de
documentação
25 de Abril, coordenou a «A
exposição «Fernando Piteira
Santos: Português Cidadão
do Século XX». Joaquim
Moreira Raposo, presidente da
Câmara de Amadora, elogiou
descomplexadamente
este
Barrosão e apoiou a construção
da Biblioteca com o seu nome.
Dela recolhemos os dados que
ficam.
Leu-se
na
«Exposição
Fernando Piteira Santos –
Português, cidadão do Século
XX – uma pátria é um território
cultural»: manteve sempre
uma atitude crítica e atenta
relativamente à sociedade em
geral, e essa atitude é bem
visível em tudo o que escreveu
a nível político, social e cultural
sobre o país.
Há uma feliz coincidência
no percurso revolucionário
de Piteira Santos. Depois de
passar por Marrocos, fixa-se
em Argel. Aqui conhece outros
cérebros decisivos para a
operacionalização do processo
da autodeterminação dos povos
africanos,
nomeadamente
sob o domínio português. Se
para esse processo já Bento
Gonçalves, barrosão de Fiães
do Rio (Montalegre), havia
contribuído
remotamente,
outros nomes, com ligação a
Barroso e a Trás-os-Montes, se
ajuntaram à Frente Patriótica de
Libertação Nacional: Amílcar
Cabral e Agostinho Neto. Não
conhecemos qualquer autor
das muitas dezenas que nestes
40 anos mandaram bitaites ao
gosto de cada um, se ocuparam
deste
fenómeno.
Quatro
nomes de Barrosões dos mais
influentes na autodeterminação
dos
Povos
africanos,
intervieram nesse processo
que originou o chamado «fim
do império português». Vale
a pena insistir na invocação
destes quatro cidadãos e
cidadãs da região do Alto
Tâmega, mas com incidência
no concelho de Montalegre.
Por ordem de antiguidade
citamos esses nomes: Bento
Gonçalves, Piteira Santos,
Maria Helena Ataíde Vilhena
Rodrigues (mulher de Amílcar
Cabral) e Maria Eugénia Neto
(mulher de Agostinho Neto).
Há que fixar estes nomes que
vão permanecer, para sempre,
como atores principais da
emancipação Luso - Africana.
TERRA FÉRTIL XV
(Patata de Semente – Cont.)
Dr José Manuel
Xa vos comentara que o
Renato me prestou varios libros
da súa colección particular, que
conteñen temática interesante
sobre a patata. Entre outros,
un manual moi completo,
elaborado por máis de vinte
autores,
especialistas
en
diversas áreas, que trata sobre
as enfermedades da patata.
É,
concretamente,
unha guía práctica sobre
as enfermedades, plagas e
trastornos da patata, publicada
para compartir as experiencias
adquiridas por un conxunto
de investigadores, ingenieros
e técnicos do cultivo, co
fin de identificar a orixen,
as causas e os síntomas dos
diferentes trastornos que poden
sufrir tanto a planta como o
tubérculo.
Hai que decir que o libro
mostra infinidade de fotografías
que nos permiten observar e
recoñecer, en moitos casos,
problemas que xa vimos ou
que nos pasaron por as maus
a todos os que algunha vez
traballamos no campo.
Sería imposible reproducir
aquí todo o conteúdo deste
importantísimo traballo, por
motivos obvios, tanto pola súa
complexidade material, como
incluso atendendo aos aspectos
legais.
Simplemente destacaremos
algunha das enfermedades
ou trastornos que nos son
máis familiares, e veremos
se os libros do Renato,
ademáis doutras fontes que
consultaremos, os recollen,
e farémolo sempre desde
unha perspectiva meramente
informal, exemplificativa, que
en ningún caso sustituirá o
tratamento riguroso e científico
que de toda esta temática fan
os tratados consultados.
Todo
o
agricultor
que
queira
aprender
e
especializarse no cultivo da
patata, contará seguramente
coa debida información e
formación na Câmara de
Montalegre, relativamente á
patata para semente, ou no
Ayuntamiento de Xinzo de
Limia, en cuanto á patata
para consumo. Non faltará
certamente personal altamente
cualificado e autorizado para
aclarar calquera duda.
- A patata que imos
sementar:
Está máis claro cá auga
que, se a patata que imos botar
na terra xa tén mala pinta desde
o principio, pouca cosecha
podemos esperar!
(En abono do supra referido
– perspectiva informal e NON
científica – observe o lector o
lenguaxe ora perpetrado.)
A naide se lle pasaría por
a cabeza botar patatas sin
grelos, ou que teñan os grelos
podres, ou que os grelos sexan
deformes, por moi delgadiños
e longos, por moi bastos e
pequenos, todos no mismo
ollo, ou botar patatas daquelas
arrugadas ou con manchas.
Pois ben, en cuanto aos
problemas cos grelos, dicen
os que entenden que poden
ser debidos á utilización
indebida
dos
productos
químicos que aplicamos no
ano anterior, como os sulfatos
ou os herbicidas, ou tamén
a accidentes fisiolóxicos na
fase da xerminación: a patata,
despóis de recollida, bota un
tempo de reposo, onde non
groma. As semanas de duración
desta etapa dependerá de cada
tipo ou variedade. Despóis
vén o momento de ir botando
os greliños. Aquí é onde tén
toda a importancia “a herencia
recibida”, esto é, a calidade
da patata-mai no momento en
que foi sementada, e tamén
as condiciós de almacenaxe.
Cada variedade necesita de
unha incubación específica, en
cuanto a tempo, temperatura,
humidade, etc., nesta fase
da xerminación. Calquera
alteración inadecuada, pode
causar os tais defeitos nos
grelos.
Existen
multitude
de
medidas paliativas e correctoras
que evitarán o problema. Lean,
estudien, e pregunten a xente
que sepa!
No que respeita ás patatas
arrugadas ou con manchas,
os especialistas utilizan o
término de “sarna plateada”,
que vén producida por o
fungo
“helminthosporium
solani”. O contaxio prodúcese
normalmente na leira, por
contacto entre os tubérculos
e tamén através do solo, pero
tamén no almacén. Trátase
de un hongo moi resistente,
capaz de sobrevivir na terra
durante o inverno. Débese
combatir utilizando semente
sana, productos químicos
adecuados, saneando ben a
terra antes da sementeira, e
garantizando unhas condiciós
óptimas de almacenado: non
guardar as patatas molladas,
boa ventilación, e temperatura
baixa, entre outras.
4
Barroso
Noticias de
16 de Junho de 2015
Bodas de Ouro de Barroso
da Fonte e Dias Baptista
Depois do Grémio Literário
de fora e tiveram a sua tarde de
mas qualificados amigos que
nessa manhã de Sábado no
merecera a confiança de ambos
de Vila Real e do Fórum Galaico-
glória que valeu, pelas mensagens
aceitaram dar-lhes um abraço.
auditório da Biblioteca Municipal
para encabeçar a lista da Direção,
Transmontano, com sede em
recebidas, pelas afirmações feitas,
Tiveram a presença de quem
de
sentiu-se honrado em ser num ato
Chaves, foi a vez da Câmara de
pelo Presidente da Direção e da
sabe o que diz e fala do que
cessante
Montalegre a assinalar os 50
Assembleia Geral da Academia
sabe. Ernesto Rodrigues foi, até
muito cheia, pelo que mal foram
anos de dois autores do concelho
de Letras de Trás-os-Montes,
àquela precisa data, Presidente
empossados
de
da
Professor Ernesto José Rodrigues
da assembleia geral e fora
eleitos, cerca das onze horas,
Fonte e de José Dias Baptista. O
e pelo Dr. Fernando Castro,
presidente da primeira direção
logo três deles tiveram que
primeiro nasceu em Codeçoso,
Presidente da Direção do Fórum
da Academia de Letras de Trás-os-
deslocar-se para Montalegre. O
em 1939, o segundo em Vila
Galaico-Transmontano.
Montes. Na Faculdade de Letras
Dr. António Chaves foi convidado
Montalegre:
Barroso
Bragança.
tivera
O
presidente
uma
novos
agenda
membros
nobre, na sua Terra, que pôde falar
em nome da Academia de Letras.
Soube fazê-lo com sobriedade e
confiança. Barroso da Fonte sócio
nº 596 da Associação Portuguesa
de Escritores e o nº 8 da
da Ponte. Entraram no mesmo
Alguma comunicação social
de Lisboa coordena maior grupo
pela Câmara, já nessa qualidade.
Academia de Letras, teve também
dia, do mesmo ano e no mesmo
local registou pedaços de uma
de doutorados e doutorandos
E também na qualidade de
a honra de ver-se apoiado por tão
Seminário (Vila Real), em 1952.
sessão gratificante. Já não há
que funciona nas universidades
empossante e de apresentador
ilustres representantes daquelas
Ambos
a
jornais diários, nem regionais
públicas. É estilista de eleição
dos dois barrosões, Prof. Ernesto
instituições culturais. E ainda
publicar livros. Em ambos os
que falem destes acontecimentos.
e autor de uma vasta obra, em
Rodrigues ali se deslocava. Quis
por passar a ser o Presidente
casos: um Terra Fria, com o
Os focos de informação que
prosa e em poesia. Ter a sua
também o acaso que a Mulher do
do Conselho Fiscal da mesma
pseudónimo de Miguel Montes;
não
contrapartidas
presença em Montalegre num ato
apresentador, Professora Teresa
Academia. Afinal o concelho de
outro Neve e Altura, com o
publicitárias não contam como
desta índole é um sortilégio que
Martins Marques, docente na
nome de João Montaño. Sempre
notícia e, como em Portugal só
muitas sessões culturais gostariam
mesma Universidade e membro
a Região de Barroso, como
conta, de bom ou de mau, aquilo
de ter.
da
temática. Meio meio século a
aquilo que passa nas televisões,
Quis o acaso fazer com
escrever!
freguesia,
a Feira e o que nela decorreu,
que o primeiro ato público de
deslocasse, pela primeira vez a
concelho ou cidade, costuma
com tanto empenhamento e
António
Montalegre.
assinalar tão longo percurso.
força de vontade, diluiu-se com o
com a cerimónia comemorativa
com o que viu e ouviu. Prometeu
mais por iniciativa singular do
Alguns já tiveram homenagens
entusiasmo do convívio final. José
dos 50 anos de vida literária de
voltar. É o fascínio das Terras e das
que coletiva.
a mais por obras a menos. Estes
Dias Baptista e Barroso da Fonte
Barroso da Fonte e de José Dias
Gentes Transmontanas.
foram despertados por exemplos
viram-se rodeados de poucos
Baptista. As eleições ocorreram
começaram
Qualquer
cedo
Sendo uma das freguesias
barrosãs com menos área
distribuída é, porém a mais
produtiva por metro quadrado
de terreno. Por outro lado, a
povoação sede ainda é uma das
mais populosas, pois aparece
em oitavo lugar (ao lado de
Solveira) no conjunto dos 135
povoados do concelho. Tal
indicação (ao lado de outros
indicadores bem significativos)
deve servir como aviso aos
poderes vigentes no sentido
de
providenciarem
uma
distribuição mais equitativa
dos benefícios às populações.
Era a única freguesia que não
tinha acesso à outra povoação,
Bustelo
hoje
felizmente
concretizada!
Das
glórias
de que sempre gozou (sem
que alguma vez tivesse
pretendido obstruir as legítimas
capitalidades – honras, coutos
tenham
Chaves
coincidisse
Direção
Portuguesa
António
da
de
Associação
Escritores
Ficou
se
encantada
Chaves
que
VILA DA PONTE
e sede concelhia) todas lhe vão
sendo injustamente sonegadas
com
evidentes
malefícios
para uma população ordeira
e esclarecida! Orgulha-se
das suas villae, disseminadas
ao longo do ubérrimo vale e
várzeas e bem testemunhadas
em documentos medievais e
na toponímia vigorante; dos
seus castros estrategicamente
colocados sobre linhas de água
que entram no Regavão; dos
seus monumentos funerários tipo/cistas -, achados em dois
outeiros, Donim e Gorgolão,
sobre os quais corriam lendas
cheias de encanto; do seu
outeiro (altarium) onde os mais
remotos indígenas ergueram
altar para adorar os seus deuses
e sobre o qual, ao lado do Paço
(que hoje é o cemitério local)
edificaram o seu oratório ou
basílica, que é agora a igreja;
da sua velhíssima ponte que
unia os vales marginais e que,
durante séculos, foi a única
passagem invernal para as
povoações de entre-os-rios.
Por falarmos do rio lembramos
que devemos continuar a
dizer Regavão. Com v ou
com b, não importa visto que
não tratamos de modismos;
Montalegre continua a ter filhos
seus em cargos que honram a
cidadania do «país Barrosão»,
epíteto que está em sintonia com
aquilo que de bom se vai fazendo,
João Pedro Miranda
mas em nome da verdadeira
etimologia, é obrigação dizer
e escrever Regavão ( regar em
vão). Pois era assim que sempre
que o povo dizia! E dizia bem
como sempre! Ora, o mais
antigo documento conhecido
até hoje chama-lhe Regavam
(1258)! Que nós saibamos
é o único rio transmontano
que se pode gabar de ter uma
monografia publicada em letra
de forma, da autoria do Prof. da
Universidade de Coimbra, Raul
Miranda, em 1938.
E não esqueçam que em
tempos de antanho, o saber
estava em Coimbra e nos seus
lentes, por isso o povo dizia:
“Ou Coimbra ou tarimba”!
Lourenço Afonso
Barroso
Noticias de
16 de Junho de 2015
5
CURRENTE CALAMO
FORUM GALAICO-TRANSMONTANO - V
encontro de escritores e jornalistas do Alto Tâmega , Barroso e Galiza
O programa prometia face
à despretensiosa estrutura da
instituição que anualmente
o promove. Estava prevista a
participação do Senhor Secretario
de Estado da Cultura - um titular
firmado no universo das artes e
das letras - mas a ocorrência da
mediática inauguração do Museu
Nacional dos Coches, em Lisboa,
deixou-o sem tempo para chegar
a tempo, a Boticas.
Todavia, a elevada estatura
académica dos conferencistas
motivou a afluência de muitos
sócios, convidados e amigos.
Tratava-se de um encontro
cultural e de confraternização
de escritores e jornalistas.
E se os temas académicohistóricos
e
filosóficos
interessaram especialmente a
estes, a programação lúdicogastronómica agradou a todos,
letrudófilos ou não.
As pessoas, desde que
medianamente
alfabetizadas
apreciam as boas letras e são
consumidores dos produtos
jornalísticos.
Mas, o que são escritores? O
que são jornalistas? Para conseguir
um ou outro estatuto não basta
querer obtê-lo. É necessário ter
condições para eles.
O jornalista é um transmissor
de noticias. E pela evolução das
técnicas de comunicação social,
vem-se desenvolvendo num
leque de meios quase ilimitados.
A especialização da actividade
levou
à
profissionalização
estatutariamente
formalizada.
Neste encontro predominavam
os amadores.
O escritor por seu lado
produz as suas obras literárias
que podem abranger todo o
conhecimento humano.
O sucesso dessas boas
ou más obras, tal como, em
parte, acontece com as peças
jornalísticas, depende em regra,
do acolhimento que lhes der o
público a que são destinadas.
Por isso, num encontro destes
pode questionar-se: O que é, e
quem é, um escritor. A questão
não é despicienda, quando
estes eventos ao que parece,
estão na moda, ocorrem com
frequência, são promovidos por
entidades responsáveis, há quem
os promova, quem lhes tope
benefícios e, sobretudo, há quem
a eles acorra.
Na evolução milenar dos
conceitos clássicos de scriba,
scribãn e scriptore, cabe uma
miríade de graus e muitos
equívocos e mistificações.
Lembro as lições de um
saudoso professor de português
que me caiu em sorte no então 3º
Ciclo do Liceu.
Refiro-o aqui em jeito de
homenagem, ao Reverendíssimo
Professor
Doutor
Francisco
Videira Pires, falecido no
virar do século e que tem
sido injustamente esquecido
especialmente por aqueles que
teriam o dever e o proveito de
lembrar-lhe os ensinamentos.
Ensinou em Bragança e leccionou
em universidades portuguesas
e brasileiras. Foi escritor de
mérito, autor de volumosa
bibliografia, colaborador de
enciclopédias e obras didácticas
(é dele o artigo sobre Chaves,
entre muitos outros, na Grande
Enciclopédia VERBO), jornalista
e produtor de televisão (quem,
desse tempo, não recorda “Os
Dias do Senhor” nas manhãs de
Domingo na R.T.P.?). E foi o mais
esforçado e diligente director que
até hoje teve, o MENSAGEIRO
DE BRAGANÇA, para o qual
conquistou os mais altos prémios
da Imprensa regional portuguesa.
As suas aulas de Português
e Literatura eram divertidas e
variadas. Como exemplo, entre
muitas, a seguinte historieta:
João de Deus, aluno de Direito
na Universidade de Coimbra e
já então poeta confirmado, tinha
como companheiro de carteira
um colega de apelido Gamicho
que, numa aula, lhe disse:
- Olha, também sei fazer
versos como tu, e mostrou-lhe o
papel que acabava de rabiscar.
“Uma estrela, uma
estrela! uma estrela, lá nos anjos!
Uma
estrela,
uma
estrela! uma estrela, nos arcanjos!
- Deixa-me completar
a tua poesia - riu-se-lhe João de
Deus, escrevendo a seguir no
mesmo papel:
“Uma albarda, uma
albarda! uma albarda, com
rabicho!
Uma albarda, uma
albarda! uma albarda p´ro
Gamicho!”
Neste V Encontro de
escritores e jornalistas e em todos
os encontros congéneres está
sempre de tudo, numa escala que
subiria do nível Gamicho até,
pode ser, ao nível do celebrado
autor da Cartilha Maternal. (Por
nós, leitor, esteja à vontade, pode
colocar-me ao nível que melhor
lhe pareça...).
Modéstias à parte, neste
encontro-festa,
havia
uma
generalizada
atitude
que
parecia comum a todos que lá
estávamos: a atenção e enlevo
com que se ouviram as boas
vindas do presidente da câmara,
Eng. Fernando Queiroga, e do
presidente do FGT. Dr. Fernando
Rua Castro as duas magnificas
lições produzidas pelos insignes
mestres Xusto Mendez e
Telmo Verdelho. Podem ver-se
publicadas na magnifica revista
editada pelo FGT.
A lição sobre a vida e
origens do lusitano Viriato,
levou-nos também a imaginar
o seu contexto histórico. Nestes
confins Galaico-transmontanos,
colhemos a impressão que o
herói luso, Viriato, é querido
em quase todas as localidades
principais, tal como, em Espanha,
a terra da naturalidade de Cid
el Campeador, é reclamado em
variadíssimos pueblos. Segundo
a tese, bem documentada e
muito crível de D. Federico Xusto
Mendes, Viriato teria nascido nas
faldas do Larouco, na povoação
de Stº André de Vilar de Perdizes
e teria passado a maior parte da
sua vida activa na cidade galega
de Verin que por isso lhe terá
herdado o nome.
O
Professor
Doutor
Telmo Verdelho deu-nos uma
pragmática lição, iluminada
com as projecções de muitos
documentos
exemplificativos,
sobre a génese e evolução da
língua portuguesa, desde o ano
de 1129, em que pela primeira
vez aparece escrito o nome
Portugal, até aos nossos dias
com os progressos e também as
confusões do controverso acordo
ortográfico.
Como epílogo da parte
cultural foi ainda enaltecida a
figura ali presente do laborioso
escritor e intrépido jornalista, Dr.
João Barroso da Fonte, pelos seus
cinquenta anos de lides literárias.
Devo consignar por fim o
agrado geral com que se viveu todo
o resto desse dia desse V Encontro
do FGT. O Município de Boticas
foi inexcedível no acolhimento
e na disponibilização dos meios
para facilitar as visitas aos locais
de interesse histórico e cultural.
As visitas guiadas ao Parque da
Biodiversidade do Rio Beça e
ao Parque Arqueológico do Rio
Terva, foram muito formativas
e de muito agradável convívio
entre os participantes.
Para o próximo ano, segundo
ouvi sugerir, este encontro poderá
ter lugar em terras de Salvador,
em Ribeira de Pena.
Manuel Verdelho, advogado
AGRADECIMENTO
ROSALINA CAIXEIRO
FERREIRA
(GRALHAS, 81 Anos)
A família de ROSALINA CAIXEIRO FERREIRA, de Gralhas,
vem por este único meio agradecer a todas as pessoas
que acompanharam a sua ente querida à última morada
no cemitério de Gralhas e participaram na Missa de 7.º
Dia, e ainda a aquelas que, não podendo estar presentes,
duma ou doutra forma se lhes dirigiram a manifestar a sua
solidariedade e o seu pesar.
A todos MUITO OBRIGADO!
A Família
cont. P7
6
Barroso
Noticias de
16 de Junho de 2015
Exercício Físico
UM PARÁGRAFO
Caminhar é provavelmente a mais importante forma de exercício que se pode fazer e a
mais saudável, acompanhada de yoga variada.
Exercício de movimento lento e ritmado é sobretudo andar. O corpo foi feito para andar
longas distâncias; na Europa caminha-se muito mais que nos Estados Unidos, daí os deste
país serem mais gordos.
A condução de automóveis, sobretudo muito acelerada aumenta o stress e contribui
para aumentar a acidez do organismo; contrariamente, a marcha a pé, mesmo acelerada,
torna o organismo mais alcalino.
O corpo é constituído por músculos, tendões e ligamentos e, por isso, a flexibilidade é
imprescindível para evitar o excesso de toxidade, praticando exercício aeróbico, anaeróbico
e celular. A partir daí os benefícios são: aumento de oxigénio nas células, movimento do
fluido linfático, estimulação das células, abertura de canais de energia e libertação de
tensões e stress.
Depois vem o descanso sem o qual as células não teriam oportunidade de rejuvenescer
e assim eliminar eficazmente as toxinas. É sabido que a melhor altura para descansar é
quando o sol já não está a brilhar; o ciclo natural seria desde que o sol se põe até que o sol
nasce, mas o estilo de vida da maioria das pessoas pode não o permitir.
Um Parágrafo # 52 – Interregno
Adivinhava-se um interregno por estas bandas. Uma pausa,
um suspiro, sei lá... Um levantar de cabeça que permitisse cheirar
melhor a giesta que explode em amarelo efervescente. Um olhar
mais calmo sobre o manto purpúreo que se abateu sobre o monte,
numa celebração pascal tardia mas sempre sincronizada com os
tempos. Talvez fosse a espera pelas trovoadas de Maio. Talvez fosse
o excesso de luz com que somos brindados e nos deixamos extasiar.
Talvez fosse somente necessário respirar... Retomar o fôlego perdido
em circunspectas e penitentes voltas a um adro carregado de penas.
O respirar de novo após incessantes e infrutíferas tentativas para
aprender o cheiro do lírio e afundar em ondas de lilás o fantasma de
uma fragrância que nos envolve com a sua ausência. Seja como for,
o interregno impôs-se. Fez lei, acusação e pena. Sumariamente se
apresentou e ajuizou, permitindo a continuação das cousas. Façamos
a vontade ao dito, então, e procuremos dar voz aos sobressaltos da
alma enquanto procura respirar à luz do dia. Sigamos caminho,
debitando sonhos e anseios. Procuremos perguntas, já que respostas
não há. Continuemos por aí, de interregno em interregno... até ao
interregno final.
João Nuno Gusmão
João Damião
O Cooperativismo – II Parte
O Decreto-Lei 520/71
(Continua
da
edição
anterior)
Eu segui com atenção
e preocupação toda esta
movimentação
que,
por
motivos políticos, tentava o
encerramento das cooperativas
sobretudo daquelas que tinham
fins e actividades culturais,
porque,
sendo
associado,
estava ligado ao Centro Popular
Alves Redol. Um dos dirigentes
desta associação, António Mota
Redol, filho do escritor, ia-me
pondo ao corrente da situação.
Transcrevo parte de uma das
suas cartas que a isto se refere:
«Lisboa, 7 – 11 – 72
Amigo Enes
(…)
Quanto ao Centro (Centro
Popular Alves Redol) acabou.
Pensamos agora como
continuar. Como é evidente,
todas as hipóteses que se
ponham são uma pior solução.
Veremos. Para já estamos a
devolver os livros e a pagar
contas aos editores.
Quanto
à
Fundação
(Fundação
Alves
Redol)
também há problemas. Diz o
Código Civil que, em qualquer
momento, pode a autoridade
administrativa
competente
dissolver uma Fundação e
integrá-la noutra da mesma
índole já existente, bastando
para tal que considere os seus
proventos insuficientes para
prosseguir os seus objectivos.
Já viu o perigo? Eles têm os
buracos todos tapados.
Segue um exemplar duma
informação estudantil. Etc.,
etc.,...
A. Redol»
Entretanto, os associados
do ex-Centro não desistiram
de procurar uma solução que
substituisse o Centro e, desta
teimosia, nasceu a Cooperativa
Alves Redol. Recebi dela
notícias numa carta do António
Redol que, a certa altura, me
diz:
«A
Cooperativa
Alves
Redol cá vai. Está muito
melhor do que o Centro. E tem
muita gente. Vamos abrir uma
delegação em Alverca. Vai ser
um bocado aventura mas a
coisa tem de ir.
Seria com todo o prazer
que o veríamos ser sócio desta
nova Cooperativa, embora
tenhamos de angariar sócios
principalmente na zona de Vila
Franca.
Junto
envio-lhe
uma
proposta de sócio. Etc., etc., …
António Redol»
Pouco
depois
do
recebimento
desta
carta
(cerca de ano e meio) chegou
a Liberdade. Já não presisei
de me fazer sócio da nova
Cooperativa. Mas, de longe,
vou acompanhando o seu
precurso e caminha muito bem.
Lista das Cooperativas
que mais se empenharam em
contestar o Decreto-Lei 520/71:
Árvore – Cooperativa de
Actividades Artísticas, Porto
Associação dos Inquilinos
Lisbonenses, Lisboa
Godes – Gab. de Estudos e
Projectos de Desenvolvimento
Sócio-Económico, Lisboa
Coopemba – Sociedade
Cooperativa dos Empregados
Bancários, Porto
Cooperativa da Arrábida,
Porto
Cooperativa
Confronto,
Porto
Cooperativa de Consumo
Centro Popular Alves Redol,
MAPC
Vila Franca de Xira
Cooperativa Coordenadas,
Porto
Cooperativa de Estudos e
Documentação, Lisboa
Cooperativa Panificadora
«A Zambujalense», Zambujal
Cooperativa
dos
Trabalhadores de Portugal,
Lisboa
Devir – Expansão do Livro,
Lisboa
Fraternidade Operária –
Ateneu Cooperativo, Lisboa
Grau – Cooperativa de
Produção e Consumo, Viseu
Humus - Cooperativa de
Consumo, Peniche
Livrelco – Cooperativa
Libreira de Universitários,
Lisboa
Livrope,
Alverca
do
Ribatejo
Ludus
–
Círculo
de
Realizações para a Infância e
Juventude, Lisboa
Pragma – Cooperativa
de Difusão Cultural e Acção
Comunitária, Lisboa
Proelium - Cooperativa de
Consumo, Queluz
Sextante - Cooperativa
de Consumo, Ponta Delgada,
Açores
Sociedade
Cooperativa
Eudóxio, Lisboa
Sociedade
Cooperativa
Filantrópica da Póvoa de
Varzim
Sociedade Divulgadora da
Casa Museu Abel Salazar, Porto
Unicep – Cooperativa
Livreira dos Estudantes do Porto
Unitas
–
Cooperativa
Académica
de
Consumo,
Coimbra
Vis – Cooperativa de Ensino
e Difusão Cultural, Amadora
Para produzir este trabalho
«O Cooperativismo» I e II
partes, consultei a seguinte
bibliografia:
Jornais da época;
Diário do Governo;
O Cooperativismo, de
António Sérgio
As Cooperativas Agrícolas,
de R.H. Gretton
As
Cooperativas
de
Consumo, de Harold Kerbes
A Cooperação, de Georges
Lasserre
Princípios Fundamentais
do Cooperativismo, de Maurice
Colombain
José Enes Gonçalves
Barroso
Noticias de
16 de Junho de 2015
7
POLITICAMENTE FALANDO!...
-PENSÕES DE REFORMA:Cortar
é a palavra de ordem...
Em 19 de Abril de 2011,
Pedro Passos Coelho, então
candidato a Primeiro-Ministro
para a legislatura que agora
está prestes a chegar ao fim,
afirmava categoricamente o
seguinte: “... todos aqueles que
produziram os seus descontos
e que têm hoje direito às suas
reformas ou às suas pensões,
deverão mantê-las no futuro,
sob pena do Estado se apropriar
daquilo que não é seu”.
Palavras
bonitas
à
época, mas que o tempo, as
circunstâncias e os novos
discursos abafaram. Hoje,
volvidos que são quatro anos,
para além da depreciação a
que as ditas reformas têm sido
sujeitas ao longo da legislatura,
a retórica do então candidato
deixou de fazer sentido e o
tema de mais cortes, voltou a
marcar a agenda politica.
beneficiar das suas pensões,
embora só possíveis, porque
a esmagadora maioria dos
contribuintes ali foi injectando
mensalmente 34,75% do seu
vencimento iliquido, durante
décadas de regime contributivo.
Infelizmente,
porém,
o alvo deste Governo e ao
contrário do que seria suposto
pensar, não são esses tais
incumpridores que continuam
a subsistir!... O alvo são pelo
contrário os do costume –
aqueles que a tempo e horas,
sempre cumpriram com os seus
deveres fiscais. E tanto assim
é, que o “tiro de partida” para
nova investida, foi agora dado
pela Ministra das Finanças,
Maria Luís Albuquerque, a qual
servindo-se de argumentos
idênticos aos do seu chefe em
2012, achou por bem entender
e publicitar, que se nada for
feito em termos de “cortes” das
pensões em pagamento, a que
pomposamente designa por
mais uma reforma da Segurança
Social, esta entrará em ruptura
a muito curto prazo.
Ao contrário do que se
possa pensar, a questão não
é nova!... Já em Dezembro
de 2012, o mesmo Passos
Coelho, então já na qualidade
de Primeiro-Ministro, havia
afirmado que os reformados
“estavam a usufruir de pensões
para as quais não descontaram
na proporção do que estão
a receber”. Possivelmente –
quem sabe – estaria a referirse a muitos, que tal como
ele, durante anos a fio se
“esqueceram” de depositar
nos cofres da Segurança Social
os descontos a que estavam
obrigados, provocando um
rombo de milhões, mas que
ainda assim, não deixaram de
Dizê-lo,
afirmou
a
senhora para quem a quis
ouvir, “é uma questão de
honestidade”, adiantando que
“o esforço para garantir a sua
sustentabilidade, tem de ser
dividido entre os actuais e os
futuros pensionistas”. Para os
actuais não foi de modas: 600
milhões de euros, é o “preço”
a pagar já em 2016, conforme
Documento
de
Estratégia
Orçamental aprovado pelo
PSD e o CDS e entretanto
enviado a Bruxelas. Para os
futuros, as medidas a adoptar
ficam a aguardar por melhor
oportunidade.
Esqueceu-se
porém
a
Ministra, que em nome da dita
Domingos Chaves
honestidade e salvaguardando
o facto da dita sustentabilidade
ser de facto um problema
que tem de ser objecto de
ponderada análise, o mesmo
e ao contrário daquilo que
referem os membros e portavozes do Governo em vários
orgãos de comunicação social,
nunca poderá ser imputado,
quer aos actuais reformados,
quer àqueles que para lá
caminham a curto prazo. Esse,
é sim um problema que deriva
em exclusivo das politicas
do Governo, para quem a
Segurança Social nos últimos
tempos tem funcionado como
um “pronto socorro”, do qual
se serve para daí retirar verbas
para pagar subsidios de toda
a espécie, para financiar
mordomias políticas e até para
“tapar buracos orçamentais”.
Não se pretende com
isto dizer, que não haverá
possivelmente
casos
em
que o Governo tenha tido
conhecimento ao longo da
legislatura, de muitos “turboreformados”, isto é, de pessoas
que obtiveram pensões ou
subvenções vitalícias ou algo
análogo, após meia ou uma
dúzia de anos em cargos
políticos e/ou de gestores
públicos, de nomeação política,
que
obtiveram
chorudas
reformas ao cabo de um ou dois
mandatos desempenhados. Ora
perante estes factos que são por
todos conhecidos, teriam toda
a razão nos seus queixumes
e até a estrita obrigação de
rever o sistema. Porém sobre
isso, o silêncio impera e
ninguém ousa levantar o véu.
É muito mais fácil tentar passar
demagogicamente a ideia de
que as pensões e reformas
são resultado de benesses do
Estado, que essas benesses
não podem
pôr em causa os direitos das
gerações vindouras, e ocultar
de forma deliberada, que quem
hoje usufrui das suas pensões, o
fáz em função daquilo que lhe
é devido pelo muito que pagou
para o efeito, mercê de décadas
de trabalho e mediante um
contrato com o Estado, desde o
início da sua vida activa. Esta é
que é a verdade...
Perante os factos, é pois
de bom tom que se diga, não
se entender a razão de ser
dessa sanha anti-reformados,
muito menos por parte de
quem fala em honestidade
e se afirma estar de boafé. É que além de absurda,
a medida projectada, é no
mínimo injusta. Este Governo
ao aprovar como aprovou
o Documento de Estratégia
Orçamental, mais uma vez foi
pelo lado mais fácil!...E o lado
mais fácil, é ir directamente
ao bolso dos reformados sem
pedir licença, esquecendo que
em Portugal já ocorreu uma
reforma da Segurança Social
em 2007, a qual para além de
alterar os limites da idade da
aposentação, à qual se seguiram
os cortes subsequentes à
chegada da tróika que tornaram
as pensões e reformas mais
“magras”, significou a título de
exemplo e apenas no último
ano comparativamente a 2011,
um decréscimo de gastos do
Estado nesta área de menos
762 milhões de euros.
A chave da sustentabilidade
da Segurança Social, não está
pois em ir mais uma vez ao
bolso dos pensionistas!... A
chave da sustentabilidade da
Segurança Social está sim em
colocá-la efectivamente ao
serviço para que foi criada; na
criação de emprego, gerando
com isso novos contribuintes;
e
fundamentalmente
na
criação de riqueza. Enquanto
a utilização dos seus fundos
forem utilizados para gerir os
programas
assistencialistas
como o subsidio de desemprego
em elevado grau; para tapar
buracos dos Orçamentos de
Estado; para pagar pré-reformas,
decorrentes da substituição
de trabalhadores efectivos nas
grandes empresas por precários;
para injectar na subsidiodependência; para subsidiar
a Formação Profissional e as
chamadas Políticas Activas de
Emprego que consome 1,4%
do PIB, entre eles o programa
Impulso Jovem, que permitem
às
empresas
contratar
trabalhadores a custo quase
zero; e mais recentemente para
financiar estágios que custam
“pipas de massa”, é evidente
que não haverá Segurança
Social que resista.
Mais!... Quando todo o
discurso por parte do Governo
e de quem o apoia é de
esperança; quando se afirma
que Portugal está hoje melhor,
e a única coisa que parece
não ter solução é a Segurança
Social e o respeito devido
aos direitos dos pensionistas,
tal só tem um significado: os
actuais reformados, esses tais
que “comeram o pão que o
diabo amassou”, que “fizeram
a guerra”, que fruto da crise,
do desemprego e até da fome,
com as suas parcas migalhas se
sustentam a si próprios e em
muitos casos aos seus filhos e
netos, vão ser definitivamente
deixados para trás. Um desvario
que o tempo não nos permite
recordar tamanha desfaçatez.
(Texto escrito segundo o
antigo acordo ortográfico)
8
Barroso
Noticias de
16 de Junho de 2015
A Câmara de Montalegre e as (poucas) Obras que vai executando
O Notícias de Barroso,
jornal de referência das terras
transmontanas, está de parabéns
e todos os seus colaboradores
se podem orgulhar do excelente
trabalho que, em Montalegre,
se faz de quinze em quinze dias
em termos jornalísticos.
Uma das suas vertentes
tem sido a crítica construtiva
aos trabalhos e à falta deles e
aos comportamentos exercidos
pela Câmara de Montalegre não
só no corrente mandato como
nos anteriores de Fernando
Rodrigues, de muitíssima má
memória pelos incomensuráveis
danos causados ao concelho. E
tem valido a pena.
Para o provar, basta os
estimados leitores verificarem a
relação directa que existe entre
algumas críticas e as obras que,
aos soluços, se vão executando
por Montalegre e seu termo.
Mas, melhor será avivar
a memória de todos nós,
recorrendo ao arquivo onde
se guardam as palavras que
ninguém é capaz de apagar.
Obras na Pipela
No jornal de 16 de janeiro
último, no artigo com o título:
“Os Donos Disto Tudo”, Bento
Monteiro, no terceiro parágrafo,
escrevia “Mais abaixo, junto
ao sinal colocado ao lado da
loja dos Chineses, vê-se uma
enorme cratera, aberta, julgo
eu, devido à má execução, e
pior fiscalização, das obras
aí realizadas”. Quem é o
responsável e quem vai pagar
as obras? O que falhou? Não
foi dito na tomada de posse,
pelo novo edil, que Fernando
Rodrigues já tinha feito tudo?
Pelos vistos, fez tudo mal. Talvez
seja a gestão de referência!
A notícia gerou então mal
estar, mas, como bem podem
verificar, andam aí a fazer
obras. Copnclusão? A crítica
valeu a pena.
Água em Sanguinhedo
Um leitor do Notícias
de Barroso, de Venda Nova,
criticou a Câmara de Montalegre
numa Carta dos Leitores, no
jornal de 10.10.2014 com
o título: “Sanguinhedo sem
água canalizada”. A referida
carta,
provavelmente,
não
caiu bem mas a verdade é
que o abastecimento de água
foi restabelecido tal como
referiu o mesmo leitor noutra
Carta datada de 18 de Abril
e publicada no NB de 18 de
Maio.
Conclusão? A crítica valeu
a pena.
Saneamento da Vila da
Ponte
Quando se pôs em causa
os gastos excessivos com as
«comezainas e foguetório» das
Feiras e das Sextas 13, pôs-se
em evidência o caso de haver
muitas sedes de freguesia sem
saneamento básico, dando
especial enfoque a Vila da
Ponte, considerada das maiores
aldeias do concelho. Pois bem,
as críticas deram origem a
insultos da parte do presidente
da Câmara, Orlando Alves,
ao director do NB e ao Dr
Manuel Ramos na Assembleia
Municipal. Depois, a Câmara em
mais um rebate de consciência,
deu total razão aos críticos, as
orientações festivaleiras estão a
abrandar e em fase de alteração
e os trabalhos do saneamento
da Vila da Ponte em vias de se
concretizar.
Bem
podem
os
vilapontenses agradecer ao
jornal Notícias de Barroso, pois
que, se assim não tem sido, o
“fartar vilanagem” ia continuar
e a população desta importante
freguesia a chafurdar na lama.
Conclusão? A crítica valeu
a pena.
Estrada de Meixide
Em diversos jornais, críticas
têm sido feitas acerca do estado
miserável em que se encontra
a estrada Vilar de Perdizes –
Meixide. Um legado do antigo
presidente, Fernando Rodrigues,
o tal que num golpe de asa
inacreditável, há três anos, se
lembrou de construir uma ponte
sem entrada nem saída e sem uso
que é a vergonha daquela e da
presente Câmara de Montalegre.
As queixas sobre o estado da
estrada vindas de todos os que,
por razões profissionais ou outras
e em particular dos taxistas,
profissionais das estradas, tiveram
eco neste jornal. O resultado viuse na repavimentação do troço
desde os limites do concelho de
Montalegre com o de Chaves até
à saída de Meixide. Falta ainda o
seguimento da estrada até Vilar.
Segundo informações, as obras
poderão iniciar-se ainda dentro
do corrente ano.
Conclusão? A crítica valeu a
pena.
Pelourinho de Montalegre
Na edição n.º 451, de
30.06.2014, com título e foto
do Pelourinho em manchete,
dizia-se que «A histórica vila de
Montalegre tem um Pelourinho
que não é representativo de
nada. ... as armas de D. Sancho
I não podem dizer respeito a
Montalegre porque, no tempo
do Rei Povoador, Montalegre
ainda não existia». Na página 5
desta edição o Dr João Soares
Director: Carvalho de Moura
Ano XXX, Nº 451
Montalegre, 30.06.2014
Quinzenário
E-mail:[email protected]
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Barroso
Noticias de
O Falso Pelourinho
de Montalegre
A histórica vila de Montalegre
tem um Pelourinho que não é
representativo de nada. A colunata e
sobretudo as armas de D. Sancho I não
podem dizer respeito a Montalegre
porque, no tempo do Rei Povoador,
Montalegre ainda não existia.
Quem estudou o assunto durante
vários anos foi o investigador e grande
amigo de Barroso, Dr João Soares
Tavares, o mesmo a quem Montalegre
muito deve pela investigação levada a
cabo sobre João Rodrigues Cabrilho.
O exaustivo estudo deste insigne
investigador que foi publicado na
Revista Aquae Flaviae, n.º 47, não
deixa margem para dúvidas.
A Câmara Municipal que nem
sequer tem responsabilidade directa
na réplica instalada no Largo do
Pelourinho já foi oficialmente avisada
por este jornal que na sua edição
n.º 446, publicou na página 6, uma
nota a dar conhecimento do caso.
Segundo informações que chegaram
à redacção, Acácio Gonçalves,
deputado da Coligação PSD/CDS/PP,
levou o assunto à última assembleia
municipal. E, nesta edição, na página
8, o Dr. João Soares Tavares apresentanos um resumo acerca do Pelourinho
para convencer os mais incrédulos, se
é que os há.
Agora, o que se impõe é a
reposição no Largo do Pelourinho
dum símbolo que não seja um
embuste, que seja representativo da
histórica vila de Montalegre.
65.º Aniversário da Associação Humanitária
dos Bombeiros de Montalegre
Decorreu com brilhantismo a Festa comemorativa
dos 65 anos dos Bombeiros de Montalegre. Os
soldados da paz sentiram justificadamente o calor e
a gratidão dos montalegrenses.
Ver reportagem na
P3
A Feira do Prémio da Venda Nova
O concurso pecuário da Venda Nova, o primeiro
que se realiza nas terras de Barroso, esteve com mais
animais e mais gente. E a organização deu um novo
cariz à manifestação.
P4
A Ponte da Estupidez
São muitos os comentários acerca da ponte
construida sobre o rio assureira. Agora é o Dr
Manuel Ramos que, usando de alguma ironia,
insiste na incompetência de quem levou a cabo uma
obra daquelas sem planeamento e sem garantias de
financiamento da estrada que a dita ponte deve ligar.
P5
Não entendo de Política
O que se passa no Partido Socialista não deixa
indiferente certas pessoas que, não sendo militantes,
acompanham as lutas partidárias com preocupação.
É o caso do Dr José Manuel que aqui manifesta a sua
perplexidade pelo que se passa no país partidário.
P7
Campeonato Nacional de Parapente (6 a 12
de Julho)
A serra do Larouco terá na próxima semana a
realização do Campeonato Nacional de Parapente,
evento que irá trazer muita gente jovem a Montalegre.
P15
Tavares assina o texto «O
falso Pelourinho DESONRA
Montalegre» que explica tudo,
depois de ter publicado um
trabalho de excelente recorte
científico na Revista Aquae
Flaviae, n.º 47, de Novembro
2013.
Apresentado o assunto
na
Assembleia
Municipal
(AM), foi mal digerido pelo
executivo, mas, no passado dia
9, numa cerimónia que, além
do presidente do município,
teve a presença do Secretário de
Estado, Leitão Amaro, as armas
reais de D. Afonso III foram
colocadas no seu devido lugar
num novo capitel que ostenta
também o brasão municipal.
O Dr João Soares Tavares tem
razões para estar satisfeito porque
o seu trabalho, finalmente, se
não valorizado como devia, foi
respeitado e atendido.
Ficava bem ao presidente
da Câmara, no acto solene
de reposição das verdadeiras
armas reais do município de
Montalegre, ter uma palavra de
gratidão para com todos aqueles
que inteligentemente alertaram
para uma situação no mínimo
caricata, e em especial para com
o Dr João Soares Tavares pelo
excelente trabalho publicado
que convenceu todos. Mas deste
presidente da Câmara, a maior
frustação da história local, já
ninguém pode esperar nada de
positivo nem no que toca às suas
obrigações essenciais, como é o
caso.
Este jornal e aqueles que na
AM sobre o caso se pronunciaram
também merecem nota alta.
Conclusão? A crítica valeu a
pena.
A Escola de Morgade
Na edição n.º 465, de 16
de Fevereiro passado, em título
de 1.ª página com fotografia, foi
publicada uma nota crítica sob
o título: «Alienação da Escola
de Morgade gera polémica». As
reacções do povo e da Junta de
Morgade foram tantas e tais que
a Câmara de Montalegre foi o
brigada a desfazer um negócio
em fase de conclusão. A escola
de Morgade continua a ser dos
de Morgade.
Conclusão? A crítica valeu a
pena.
Há mais casos, mas, para
amostra de prova, já chega.
E que mais conclusões a
tirar de tudo o que acima se
Director: Carvalho de Moura
Ano XXXI, Nº 465
Montalegre, 16.02.2015
Quinzenário
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Barroso
Noticias de
Sexta Feira 13 com melhor
programa e menos gente
Hospital de Chaves
Uma boa notícia é saber-se que o Hospital de
Cahves vai ter novas valências. António Cabeleira,
presidente da Câmara de Chaves, tem-se mostrado
incansável na tarefa de conseguir mais meios para
tornar o Hospital de Chaves mais Hospital.
P2
Meio século da Barragem de Pisões merecia
mais...
A barrrgem dos Pisões é objecto de análise por
parte do nosso ilustre colaborador Barroso da Fonte.
E sabe do que fala. Neste grandioso empreendimento
deu os seus primeiros passos da sua vida de trabalho
que recorda com intensa vivacidade e patriotismo
barrosão.
P3
A Velha Escola de Contim
Um texto que nos faz pensar numa Câmara
(Montalegre) que tanto se preocupa em alienar o
património concelhio e deixa cair em ruinas tantas
memórias que são de todos nós. O texto é de Fosé
Fernando Moura
A «Sexta Feira 13» de Fevereiro,
segundo dados recolhidos junto de
pessoas da vila ligadas à restauração,
teve menos gente. Houve mesmo
quem falasse em 10.000 pessoas.
Mesmo assim, tal registo é favorável
tendo em vista que o tempo, de
certo, que afastou algumas pessoas.
O programa apresentou a
novidade de, no fim do espectáculo
do Esconjuro, ter na Praça do
Município o grupo “Melech
Mechaya” que deu um concerto
que agradou à gente jovem e que
veio colmatar uma falta que se fazia
sentir. De tal lacuna se falou, em
tempos, neste periódico. E não só
nas Sextas Feiras 13 mas também
na Feira do Fumeiro seria de ter em
conta este tipo de encerramento
que o número de pessoas presente
bem justifica.
O pior é que, de Sexta para
Sexta, as despesas aumentam e de
que maneira. A Spormex, de Braga,
agradece. O povo do concelho não
terá razões para isso. A Câmara de
Montalegre brada que o retorno
compensa, o povo, esse, foge a sete
pés disto tudo.
Alienação da antiga Bodas de Ouro de Maria
Escola gera polémica Luisa e José Cipreste
Em Morgade, o povo tem-se manifestado contra
a forma como a Câmara Municipal pretende alienar
um património que é da freguesia. E ainda por cima,
como se diz, a um particular que nem à freguesia
pertence. Ver P2
Maria Luisa e José Cipreste festejaram, no dia
31 de Janeiro, as Bodas de Ouro. A data serviu para
este casal juntar os seus amigos e com eles reviver os
tempos passados e augurar mais dias e anos felizes
como até aqui.
No sentido errado
Mais uma reflexão, desta feita sobre as Sextas
Feiras 13, de Bento Monteiro
P5
Cartas dos Leitores
Esta secção em crescendo de jornal para jornal
indica que os assinantes e leitores valorizam a
qualidade do NB. É bom saber que o jornal é
apreciado e os leitores se comprazem com a sua
leitura. Continuem a escrever!
O Toque das Trindades
O sino da Igreja volta nesta edição a tocar às
Trindades. Com música em duplicado, a dos sinos
e a da cantiga dos Reis. Um tanto fora de tempo,
valerá a pena reviver esta tão simples manifestação
cultural.
P7
DESPORTO
O Montalegre perdeu a liderança em Mondim.
Perdeu por 2 – 1 e agora é este grupo de Basto o lider
do Campeonato.
P15
transcreve:
- Que, afinal, ao contrário
do que afirmou Orlando Alves
no acto de posse que o seu
antecessor fizera tudo e que
por isso mesmo ele não tinha
muito que se preocupar, não
é verdade. Com a agravante
de algumas obras serem mal
executadas
por
Fernando
Rodrigues e sobre quem deviam
recair as responsabilidades dessa
má gestão.
- Que o executivo camarário
executa obras por impulsos
externos, por outras palavras,
não tem plano nem projecto
para o concelho. Como se tem
aqui dito e redito, com esta
gente no poder, o concelho não
tem futuro.
- Que o jornal Notícias de
Barroso vale o que vale. Mas,
por ora, é o único orgão de
comunicação social que «põe os
dedos na ferida» e de forma séria
e isenta pugna pelo bem estar do
povo de Barroso. E, utilizando a
gíria futebolística, o score de
golos marcados merecia outra
avaliação por parte do executivo
camarário.
- Que a «luta continua».
Carvalho de Moura
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Tito Cruz Gonçalves de Freitas
CARTÓRIO NOTARIAL A CARGO DA NOTÁRIA
ANA RITA FERNANDES SÁ – CHAVES
24.05.1948 - 25.02.2008
Certifico, para fins de publicação que, por escritura exarada hoje, no Cartório a cargo da Notária Ana Rita Fernandes Sá, sito na
Avenida Pedro Álvares Cabral, Edifício Angola, loja dez, em Chaves, no livro de escrituras diversas n.º 10 – B, a fls. 20 e seguintes,
DEOLINDA MORAIS DA SILVA, N.I.F. 142 720 658, divorciada, natural da freguesia de Vilar de Perdizes (São Miguel), concelho de
Montalegre, onde reside na rua do Outeiro, n.º 51, declara:
Que é dona e legítima possuidora, com exclusão de outrem, dos seguintes bens imóveis, todos situados no lugar de Santa Marinha,
actualmente na União das Freguesias de Vilar de Perdizes e Meixide, concelho de Montalegre:
– Prédio rústico, composto de mato, com a área de três mil oitocentos e vinte cinco metros quadrados, a confrontar do norte com
António Pinto Bernardes, nascente com José Casa Nova Morais, sul e poente com caminho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 5604
e anteriormente inscrito na matriz rústica da freguesia de Vilar de Perdizes (extinta) sob o artigo 2946.
- DOIS – Prédio rústico, composto de mato, com a área de cento e dez metros quadrados, a confrontar do norte, sul e poente com
Anastácio Alvar Couteiro e nascente com caminho, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 5626 e anteriormente inscrito na matriz rústica
da freguesia de Vilar de Perdizes (extinta) sob o artigo 2968.-------------------------------------------------------------------------------------- TRÊS – Prédio rústico, composto de mato, com a área de setecentos e cinco metros quadrados, a confrontar do norte com Anastácio
Alvar Couteiro, nascente com caminho, sul com Fernando Alves e poente com José Augusto Fernandes, inscrito na respectiva matriz sob o
artigo 5627 e anteriormente inscrito na matriz rústica da freguesia de Vilar de Perdizes (extinta) sob o artigo 2969.
Estes prédios não estão descritos na Conservatória do Registo Predial de Montalegre.
Que não tem qualquer título formal de onde resulte pertencer-lhe o direito de propriedade dos prédios, mas iniciou a sua posse no
ano de mil novecentos e oitenta e sete, ano em que os adquiriu, já no estado de divorciada, por compra meramente verbal que deles fez,
o identificado sob o número um, a Manuel Maurício André, viúvo, já falecido, o identificado sob o número dois, a Emília dos Santos
Labaredas e marido, José Bernardes Amorim, ele já falecido e o identificado sob o número três, a Aníbal Alvar de Barros e mulher, Maria
Rodrigues, ela já falecida, todos residentes na mencionada freguesia extinta de Vilar de Perdizes (São Miguel).
Que desconhece os segundos ante possuidores dos prédios, devido à antiguidade das transmissões, encontrando-se os prédios inscritos
na matriz rústica anterior a mil novecentos e noventa e sete, sob os artigos rústicos, 4509, 4500 e 4499.
Que, desde aquela data, sempre tem usado e fruído os prédios, cultivando-os e colhendo os seus frutos, roçando e limpando o mato,
pagando as respectivas contribuições e fazendo essa exploração com a consciência de ser a sua única dona, à vista de todo e qualquer
interessado, sem qualquer tipo de oposição há mais de vinte anos, o que confere à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e de boa
fé, razão pela qual adquiriu o direito de propriedade sob os prédios por USUCAPIÃO, que expressamente invoca para efeitos de ingresso
do seu direito no registo predial.------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
“Bom filho, bom marido, doença que o obrigou a deixar e coração, ao seu marido Tito.
Asua esposa Mariana e as
excelente pai, bom amigo e colega” o emprego com 54 anos de
Vítima
de
doença idade, passou a viver na sua casa filhas Alexandra e Ana Maria e
prolongada desde o dia 5 de de Vila da Ponte sob os restante família vêm por este
Junho de 2002 faleceu no cuidados da extremosa esposa, meio agradecera todos quantos
passado dia 25 de Fevereiro o Mariana, funcionária da Zona se dignaram assistir ao funeral
Tito. Tina 59 anos de idade. Agrária de Barroso que, por sua e missa de sétimo dia ou que de
outra forma lhe manifestaram
Funcionário das Finanças de
o seu pesar e solidariedad.
Montalegre, por isso conhecido
Agradecem de modo especial
em todo o concelho, o Tito era
aos seus dois médicos de
natural de Sabuzedo. Casou
família, Drs António Sousa e
com Mariana Francisca Anjo
Carlos Reis, pessoas muito
Afonso Freitas, da Vila da
humanas, dedicadas e sempre
Ponte, de quem teve duas filhas,
disponíveis, bem como aos
a Alexandra e a Ana Margarida
senhores enfermeiros e pessoal
que ajudou a criar e educou
auxiliar do Centro de Saúde que
com muitaEstádedicação,
não se
conforme.
Chaves, 4 de Junho de 2015.
com carinho o trataram durante
poupando aA sacrifícios
para que
notária,
A
colaboradora,
por
delegação
de
poderes,
nos
termos
do
n.º1
do
art.
8
os últimos 5 dias da sua vida.
nada lhes faltasse. Conseguiu
do DL 26/2004, de 4 de Fevereiro, devidamente autorizada para este acto, pela notária
O Tito foi bom filho, bom
dar a cada uma delas um
£ Ana Maria Domingues Fernandes Tomaz – 282/1
marido, excelente pai, bom
estatuto social
paraCristina
enfrentarem
£ Sandra
Ribeiro Fernandes – 282/2
amigo e colega.
a vida
com mais facilidade, uma
Notícias de Barroso, N.º 473, de 16 de Junho de 2015
vez, se viu obrigada a pedir a
enfermeira e a outra analista.

Devido às fragilidades com reforma antecipada para se

que vivia em consequência da dedicar a tempo inteiro, de alma
16 de Junho de 2015

EXTRACTO
Certifico para efeitos de publicação que, por escritura lavrada em 5 de Junho de

   
      
2015, na Conservatória dos Registos Civil, Predial
e Cartório Notarial de Montalegre, a


cargo da Dra Maria Carla de Morais Barros Fernandes,
exarada a folhas 63 e seguintes do


livro 981-A, MARIA FILOMENA CALDAS DE
ALMEIDA
marido

 ALVES
e
DELFIM

DA FONTE ALVES, casados em comunhão geral,
naturais
desta vila
de Montalegre




 e
residentes
na Rua
da Cruz Vermelha,
n.º 28, em Braga,
declararam:






 de
outrém, do seguinte bem imóvel situado na União
Que são
donos,
com
exclusão


das Freguesias de Montalegre e Padroso, concelho de
Montalegre:


- Prédio urbano situado em SANTA CATARINA,
no lugar de Montalegre, composto


de casa térrea, com a superfície coberta de quarenta
e oito metros quadrados e logradouro


 
a 
com a área de três mil oitocentos e setenta e nove
metros
quadrados,
confrontar 
do






norte com herdeiros de António Joaquim Alves, sul e nascente com baldio e do poente


com terrenos da Câmara Municipal, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 419, que

corresponde ao artigo 460, da freguesia de Montalegre (Extinta).


Que este prédio encontra-se ainda por descrever na Conservatória do Registo Predial


de Montalegre e nunca esteve inscrito na matriz rústica.

Que não têm qualquer título de onde resulte pertencer-lhes o direito de propriedade


do prédio,
mas iniciaram
a sua
posse em mil novecentos
e setenta e oito, ano em que


 


o adquiriram por doação meramente verbal de
Isabel Maria Rebelo Caldas, solteira,

residente que foi em Montalegre e Francisco Rebelo
Caldas, solteiro, residente que foi


em
Vila Nova

deGaia.
  

Que desde essa data, por si ou por intermédio
alguém,
sempre
têm usado
fruído

de


 
e

o indicado prédio, procedendo a todas as obras de
conservação e restauração, habitando-o

e nele guardando os seus haveres, pagando todas as contribuições por ele devidas e

fazendo essa exploração com a consciência de serem
os seus únicos donos, à vista de todo



 
 de oposição,

e qualquer
interessado,
semqualquer
tipo
há mais de vinte anos o que confere

à posse a natureza de pública, pacífica, contínua e
de boa fé, razão pela qual adquiriram o

    
direito de propriedade sob o prédio por USUCAPIÃO, que expressamente invocam para

   

efeitos de ingresso do mesmo no registo predial.


Montalegre, 5 de junho de 2015.

O 1.º Ajudante,
     

(Assinatura ilegível)

   


Conta: Artigos:

“ 20.4.5) ------------ 23,00 € 
São vinte
e três euros    



Registada sob o n.º 336
Notícias de Barroso, n.º 473, de 16 de junho de 2015
VENDE – SE EM TOURÉM

Em Tourém, situada na Rua Principal,
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

Barroso
Noticias de


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


1-Assinaturas

Pede-se aos nossos amigos assinantes que procurem ter os pagamentos da assinatura do jornal actualizados.
Os valores das assinaturas são os seguintes:
Nacionais Estrangeiras:
Espanha
Resto da Europa
Resto do Mundo
= 20,00 
€uros
= 30,00 €uros

= 35,00 €uros
= 35,00 €uros
As assinaturas podem ser liquidadas através do envio de cheque ou vale postal em €UROS passados à ordem
do Notícias de Barroso ou por transferência Bancária para a CO em nome de Maria Lurdes Afonso Fernandes Moura,
usando as referências seguintes:
Nacionais Estrangeiras:
- NIB: 0079 0000 5555 1489101 27
- IBAN: PT50 0079 0000 5555 148910127
- SWIFT/BIC: BPNPPTPL
Na etiqueta da sua direcção pode ver a data de pagamento (PAGO ATÉ…) do jornal. Se entender que não está certo,
contacte-nos (+351 91 452 1740).
Rua do Salgado, s/n 5470-239 Montalegre
2. Prestação de serviços

Atenção aos srs. Assinantes que optarem por fazer transferências bancárias dos valores das assinaturas ou

outros.
Do pagamento efectuado devem avisar a administração do jornal ou através do próprio Banco ou por mail
[email protected]
ou por telefone.

Isto porque o Banco que transfere o dinheiro e até o próprio talão comprovativo da transferência que dá o Banco

não indicam dados do assinante pagador. Como consequência, não se registam os pagamentos desses assinantes.

Ajude-nos a fazer um jornal ainda melhor.





Contactos:
0034 – 988 460 425
0034 – 66 416 6214
Barroso
Noticias de
16 de Junho de 2015
11
A Importância das Velhas Instituições
Pe Vítor Pereira
Possivelmente,
andamos
todos impressionados, por mim
falo, com a falta de educação
e com a carência de formação
moral e ética que são manifestas
nos
comportamentos
e
atuações de muitas pessoas.
Desde o simples cumprimento
na rua (será que hoje se ensina
cortesia?), aos relacionamentos
cívicos e laborais, desde a estrada
à resolução de atritos e conflitos,
e desde a conduta à frente de
cargos políticos e sociais até
ao mínimo que se exige para
se saber viver em sociedade, é
de ficar reduzido ao silêncio,
porque as palavras começam
a esgotar-se, como as pessoas
parece que desaprenderam
a saber falar umas com as
outras com simpatia, doçura e
gentileza, no respeito mútuo
e com verdadeiro interesse e
atenção umas pelas outras,
sem fingimentos e hipocrisias,
independentemente
de
convicções políticas, clubísticas
e religiosas, e a saberem estar na
família, no trabalho e nos outros
âmbitos da vida social com
estatura moral e cívica. Acho
que é o mínimo que se exige
a pessoas humanas.
Como
muito bem diz o povo, podese ter mais ou menos cultura e
ter mais ou menos importância
BOTICAS
Visita dos alunos do 4º
Ano a Lisboa
Numa iniciativa que
se repete há já 12 anos
consecutivos, o Município
de Boticas proporcionou,
nos passados dias 21 e 22 de
maio, uma visita de estudo
a Lisboa aos alunos do 4º
Ano do 1º Ciclo do Ensino
Básico, voltando a apostar
num programa que permitiu
às crianças uma experiência
única e inesquecível, dandolhes a oportunidade de
vivenciar coisas novas e
verem de perto alguns sítios
conhecidos apenas através da
televisão.
Depois da viagem de
autocarro entre Boticas
e o Porto e da viagem de
comboio até Lisboa, seguida
de um almoço na Pousada da
Juventude de Lisboa, os alunos
deslocaram-se à Assembleia
da República onde foram
recebidos pela Presidente da
Assembleia da República,
Assunção Esteves, e pelos
deputados eleitos pelo círculo
eleitoral de Vila Real, Manuela
Tender, Pedro Pimentel e Luís
Ramos, para além de terem
tido ainda a oportunidade
e reconhecimento social, o que
nunca se pode deixar de ter
é boa educação e ética, que
ficam sempre bem. Uma pessoa
sem maneiras, rude, áspera,
fria, desonesta, irresponsável,
calculista,
violenta,
sem
princípios, duvido que tenha
o respeito e a consideração de
alguém.
Dois grupos etários que
hoje acusamos com alguma
facilidade de falta de educação
e de moral é a adolescência e a
juventude. E de facto, pelo que
vamos vendo e lendo, muita
juventude (não generalizemos)
não exibe a boa educação que
lhe ficaria bem e há um conjunto
de valores e princípios de que
deveria ser portadora, porque vai
conduzir a sociedade amanhã,
e de que parece não ser, como
a responsabilidade, a retidão,
a honestidade, o sacrifício
pela família e pelos outros, o
altruísmo desinteressado, a
capacidade de saber vencer
as dificuldades, a tolerância, o
respeito pelos compromissos,
o bom trato com todos, entre
outros, valores e princípios
fundamentais para se ser pessoa
com os outros e em sociedade.
Já não é de agora acusar os
jovens. Já o filósofo Sócrates,
quinhentos anos antes de Cristo,
se queixava no seu tempo, mais
ou menos com estas palavras, de
que «os jovens de hoje gostam
do luxo. São mal comportados,
desprezam a autoridade. Não
têm respeito pelos mais velhos
e passam o tempo a falar
em vez de trabalhar. Não se
levantam quando um adulto
chega. Contradizem os pais,
apresentam-se em sociedade
com
enfeitos
estranhos.
Apressam-se a ir para a mesa
e comem os acepipes, cruzam
as pernas e tiranizam os seus
mestres». A verdade é que,
possivelmente, os jovens são
os menos culpados das muitas
acusações que lhes dirigimos.
Nós, sociedade, é que temos de
nos questionar que educação
transmitimos
e
como
a
transmitimos e, neste campo,
acho que existem muitas falhas.
As principais instituições sociais
que devem veicular uma boa
educação fazem-no de forma
confusa e desarticulada.
Não existem sociedades
ou tempos perfeitos. Todas
as eras têm aspetos positivos
e negativos, progressos e
retrocessos. Temos tendência
para idolatrar o passado.
«Antigamente é que era, agora
é outra coisa». «No meu tempo
tudo era diferente, agora está
tudo mudado, não para melhor.
Isto vai de mal a pior». Que
estranha forma de vermos a
vida! O paraíso não está no
presente ou no futuro, está no
passado. Lá trás é que foi bom,
agora nem tanto. Não é assim
que devemos ver a vida e, se
somos crentes em Deus, muito
menos ainda. Primeiro porque
ninguém tem o seu tempo.
Somos de todos os tempos. Há
que saber acompanhar cada
tempo e cada era. Depois
porque o que verdadeiramente
conta é construir e viver o
presente, ajudando o mundo e
a sociedade a serem cada vez
melhores. O passado já não está
nas nossas mãos. Serve apenas
para sabermos e respeitarmos
as nossas raízes e nos ajudar
a evitar os mesmos erros no
presente e no futuro. Por fim,
como crentes, acreditamos
que o melhor está ainda por
vir, porque caminhamos para
uma plenitude. Se há algo
que vale a pena salientar, sem
idealizar, é a articulação e a
complementaridade que existia
há quarenta ou cinquenta anos
ou mais, e que hoje não existe,
entre as principais instituições da
sociedade: tropa, Igreja, família
e escola. Hoje, estas instituições
estão pouco presentes na vida
dos adolescentes e dos jovens
ou estão presentes de forma
deficiente e intermitente. A
maioria deles cresce no meio de
atividades e de diversões, que,
de facto, divertem e entretêm,
mas não educam.
A tropa exercia um papel
importante na transição para
a idade adulta e na integração
social, para além de permitir o
encontro de pessoas da mesma
geração de todo o país. Ajudava
a interiorizar a disciplina de
vida, o aprumo, o saber viver
com regras, o comportamento
adequado, o saber trabalhar
em equipa, o respeito saudável
pela hierarquia, a organização
e o método, o brio e a
responsabilidade. Não defendo
o regresso da tropa, até porque
do dia da minha inspeção só
me lembro dos muitos nomes
desapropriados
com
que
massacraram os mancebos,
ditos por capangas militares
que empertigavam as veias
do pescoço, mas acho que
faz falta uma instituição que
comunique estes valores e que
promova o salto para a adultez.
A Igreja contribuía muito para
a formação humana, social e
espiritual das pessoas. A fé não é
só um credo. A fé também é um
conjunto de valores humanos
e sociais e um conjunto de
sentimentos que dão densidade
à interioridade. Muita gente
que passou pela Igreja, nos
seus muitos movimentos e
instituições, saiu com outra
riqueza interior e com uma
postura de que são visíveis as
suas marcas. A Igreja formava
pessoas. A família tinha também
uma ação basilar. Os pais tinham
a preocupação de acompanhar
os filhos, dando-lhes o exemplo
antes de mais, e exerciam a
autoridade, possivelmente, com
alguns excessos, mas havia um
caminho e um discurso claro
quanto ao ser e estar na vida.
Hoje a família está muito instável
e tem um discurso desordenado
e difuso, subjugado aos «peritos
da educação» e agrilhoado ao
hedonismo e ao materialismo.
A escola completava a família.
O professor, para além de
comunicar os conteúdos do
saber e do conhecimento, que
não sofriam grandes flutuações,
era também um educador
rigoroso e exigente, que
promovia o desenvolvimento
das
capacidades,
a
interiorização de valores e o
crescimento humano.
Recuperar o protagonismo
na educação e promover
uma
nova
articulação
e
complementaridade
entre
estas
instituições
sociais, enriquecidas pelos
conhecimentos e a experiência
que
temos
atualmente
e configuradas às novas
realidades que enfrentamos,
será um contributo decisivo para
formarmos pessoas melhores e
transmitirmos a educação que
é essencial num ser humano,
porque é nas instituições que
se cresce. Infelizmente, vamos
percebendo que, hoje, educa
mais a comunicação social e a
Internet e seus sucedâneos do
que a família ou a escola e o
resultado, como vemos, não é
bom.
de contactarem de perto
com outros deputados da
assembleia da República.
Durante o resto da tarde
seguiram-se outras visitas a
locais emblemáticos da capital
e no dia seguinte, depois do
almoço, foi tempo para o
momento mais aguardado
da visita: a viagem de avião
entre Lisboa e Porto, onde
se registou o “baptismo de
voo” de muitas das crianças
que participaram nesta visita,
já que se tratou para muitas
delas, da primeira vez que
tiveram oportunidade de
experimentarem as sensações
de viajarem neste meio de
transporte.
efectuam no concelho de
Boticas.
Esta viatura foi em parte
suportada pela “Missão
Sorriso”, promovida pelo
grupo Sonae através da cadeia
de hipermercados Continente,
contando ainda com uma
comparticipação financeira do
município, que assim tornou
possível a sua aquisição.
ambiente, através de hábitos
diários que permitam manter o
nosso planeta mais limpo.
As crianças interagiram
com o espectáculo,
cantaram, participaram nas
coreografias e ainda tiveram
tempo para mostrarem os
seus conhecimentos sobre a
reciclagem e outras formas
de manter o Ambiente puro e
protegido.
No final, Filipe Pinto
distribuiu autógrafos e assinou
alguns dos livros que o
Município de Boticas ofereceu
a todas as crianças do 1º Ciclo
do ensino Básico.
Entrega de viatura ao
centro de Saúde
O Presidente da Câmara
Municipal de Boticas,
Fernando Queiroga, e
o Diretor Executivo do
Agrupamento de Centros
de Saúde do Alto Tâmega e
Barroso, Filipe Nascimento,
fizeram, no passado dia 15 de
maio, a entrega de uma viatura
ao Centro de saúde de Boticas,
destinada ao apoio nas visitas
domiciliárias que os técnicos
de saúde daquela Unidade
Comemorações do Dia
Mundial do Ambiente
O Município de Boticas
e o agrupamento de Escolas
Gomes Monteiro assinalaram
o Dia Mundial do Ambiente
junto das crianças, no passado
dia 5 de Junho, com um
espectáculo no recinto do
Agrupamento de Filipe Pinto,
cara bem conhecida da música
portuguesa e vencedor da
última edição do programa
televisivo de talentos “Ídolos”,
promovido pela SIC.
Filipe Pinto apresentou o
seu trabalho desenvolvido em
parceria com a Betweien, “O
Planeta Limpo de Filipe Pinto”,
através do qual, com recurso
à música, à dramatização de
histórias e à projecção de
vídeos, procura incentivar
os mais novos a defesa do
Fonte: cm-Boticas
12
Barroso
Noticias de
16 de Junho de 2015
As Cuecas, o Cancro e 8.650 Euros
Chamemos-lhe “João”, vive
no concelho de Montalegre.
A história começa com umas
cuecas. Deixadas debaixo de
uma almofada, na sua casa. A
ex-namorada teima em dizer
que “um dia será seu”. João
não está para ali virado, mas
teme-a.
“As forças do oculto são
muito fortes” diz.
A mulher, “Maria”, que
sofre de uma grave depressão,
vive os dias em desespero.
João, curou-se há pouco tempo
de um cancro de que padecia.
“Quando tudo nos corre
mal, acreditamos em tudo e
procuramos ajuda.” E é aqui
que aparece “milagrosamente”
o Professor Bambo, “médium
que promete resolver todos os
problemas que a gente tiver.
Todos”, afirma.
Estava
encontrado
o
caminho para que as coisas na
vida de João mudassem. “Se
resolve tudo, é lá que temos
que ir.” E assim foi.
A consulta estava marcada
em Vila Real para as 3h00 da
tarde. Depois de uma hora e
meia à espera, é chamado para
ir para a consulta.
“Entramos, e com o
professor Bambo estava a
assistente que traduzia para
português, o que ele ia dizendo
e vice-versa. Mal nos sentamos,
contei-lhe que tive cancro, que
estaria curado, que a minha
mulher vivia num sofrimento
grande. Das quezílias que
tínhamos com a anterior
parceira. Depois, tiramos as
cuecas do saco, e entregamolas ao médium.”
Um silêncio invade a sala.
João está expectante. Trémulo,
sem saliva, cada segundo
parece uma eternidade. “A
sua ex-namorada fez-lhe uma
grande bruxaria”. Pagou mais
de 5000 euros, para lhe fazer
mal”, teria sido este o discurso
de Bambo, “o senhor só tem 3
meses de vida, pois a doença
está ativa”.
O terror assolou João e
Maria.
“A bruxaria é para não se
ver nas análises clinicas que
o senhor tem cancro. Mas o
senhor tem, e eu posso curálo.” Não demorou mais de
cinco minutos, e João marcava
o código PIN do cartão
multibanco, para pagar 3850
euros. Depois seguiram-se
mais 1000. Ficou a dever 3800
euros.
Pelo meio assinaturas em
papéis e mais papéis. Não sabe
o que assinou. O pavor turvoulhe a vista.
8.650 euros foi o valor
total pedido por Bambo, para
curar o cancro (que João não
tinha) seguido de um pedido
de desculpas e redenção da
ex-namorada por lhe ter feito
bruxaria (que não aconteceu).
Volvidos uns dias, João
decide denunciar publicamente
aquilo que considera ser “uma
burla”, sentiu-se enganado,
manipulado com argumentos
assentes
na
fraqueza
e
desespero humano.
O caso está em tribunal
e espera que se faça justiça.
Mas acima de tudo, João quer
passar a palavra, para que
outras pessoas não caiam no
“conto do vigário”.
A
Rádio
Montalegre
contactou a empresa do
médium que se recusou a
prestar qualquer tipo de
esclarecimento, referindo que o
senhor João estaria na consulta
de “livre vontade e com
consciência do que assinou”.
Maria José Afonso
Primeiros tempos da
UASP
por
terras
República em Portugal
de Montalegre …
MONTALEGRE
No dia 2 de Fevereiro de 1908 D. Carlos I foi assassinado junto com o seu filho
mais velho, Luís Filipe, ficando herdeira da Coroa D. Amélia e seu filho mais novo,
D. Manuel, mais tarde Rei D. Manuel II.
Mas o povo continuava em sobressalto e no dia 5 de Outubro de 1910 foi
proclamada a República e D. Maria Amélia e seu filho tiveram que fugir para
Inglaterra.
Os defensores da monarquia formaram um pequeno exército no país vizinho e
com algum armamento infiltraram-se ao longo da fronteira com escaramuças nos
quartéis raianos da Guarda Fiscal.
Um certo dia dois cavaleiros republicanos vinham passar o Visto ao Quartel
de Soutelinho da Raia e foram surpreendidos pelos seus rivais de Paiva Couceiro.
Quando se aproximaram da aldeia depararam com os monárquicos que dispararam
as carabinas contra eles matando os dois cavalos mas sem atingir os cavaleiros que,
espavoridos, fugiram para o quartel de Chaves para alertar os seus camaradas.
Joaquim Alves Luzio, de Meixide onde nasceu em 7-3-1879 e faleceu em 172-1962, foi um dos chefes dos monárquicos e acérrimo defensor da monarquia
a tal ponto que, antes da morte, pediu à família que queria levar a bandeira do
rei para a sepultura. Pois este guerrilheiro juntamente com outros tentaram, certo
dia, surpreender e atacar o quartel de Chaves mas, quando chegaram à serra de
Sanjurge e Bustelo, as pessoas daqui ter-se-ão apercebido e correram a alertar o
Quartel. Então, os superiores procuraram de pronto reunir as tropas mandando
regressar os soldados que tinham saído para a estrada de Boticas. Nos encontros em
Chaves, os Paivantes sofreram algumas baixas no seu grupo, designadamente dois
graduados, um deles de Vila franca de Xira.
Os monárquicos puseram-se em fuga e em Espanha se reorganizavam. Mais
tarde, também aqui em Meixide, dois rapazes cantavam à noite pelas ruas da aldeia
e davam Vivas à República. Nisto foram presos pelos de Paiva Couceiro e levados
para Espanha e, para não fugirem, cortaram-lhe os botões da carcela das calças.
Eram eles Francisco Rodrigues, nascido em Meixide em 5-9-1888 que depois
emigrou para o Brasil e Maximiano Alves que nasceu em 15-9-1894 que também
emigrou para os Estados Unidos tendo regressado em 1923. Um irmão deste, João
Alves, regedor da freguesia, foi preso pelos republicanos por não ter participado de
seu irmão Maximiliano.
José Manel Gonçalves dos Santos
A União das Associações dos Antigos Alunos dos Seminários Portugueses vai
realizar o seu habitual passeio cultural, desta vez em Montalegre, nos dias 20
e 21 de Junho de 2015, cuja organização incumbe à Associação dos Antigos
Alunos do Seminário de Vila Real.
Divulgamos aqui o respectivo programa e convidamos todos os interessados a
inscreverem-se.
Dia 20 – Sábado
09,30 horas – Encontro no Castelo de Montalegre
10,00 horas – Visita ao Museu Etnográfico P. Fontes
11,00 horas – Visita ao Parque do Rio Cávado
11,15 horas – Passeio pelo “Reino Maravilhoso” de Barroso, nas margens do
Rio Rabagão
12,00 horas – Visita ao Ecomuseu de Barroso – Salto
13,00 horas – Almoço
15,00 horas – Visita à Central de Produção de Energia Eléctrica de Frades/Vila
Nova
16,00 horas – Passeio pela Ponte da Misarela (Ponte do Diabo)
17,00 horas – Viagem pelas margens do Rio Cávado
19,00 horas – Missa Vespertina
20,00 horas – Jantar com animação cultural
Dia 21 – Domingo
10,00 horas – Visita à “Aldeia Barrosã” de Paredes do Rio
11,45 horas – Visita a Pitões das Júnias
13,00 horas – Almoço.
Barroso
Noticias de
16 de Junho de 2015
13
O Brasil nos Trilhos
Lita Moniz
Para
o
Brasil
entrar
nos
trilhos
falta
muito,
principalmente trilhos.
A Presidente Dilma Roussef
está diante da impopularidade
que o governo atravessa. O
povo, incrédulo, assiste a
relatos dos delatores, um mais
assustador que outro, e os
ajustes fiscais, um mais danoso
que o outro para o bolso do
povo brasileiro. Realmente,
a química perfeita para levar
a esperança de um povo à
exaustão.
Para minimizar este estado
de desânimo e descrença na
política vigente, o Palácio do
Planalto lançou um pacote de
obras na área de infraestrutura.
Os transportes mereceram
especial atenção. Todos bemvindos. Esperanças de um
povo cansado de rodovias
maltratadas: o progresso da
nação a caminhar sobre rodas,
um transporte caro, mais caro
ainda pelos perigos que estas
rodovias representam, dado o
descaso e o péssimo estado de
conservação das mesmas.
Talvez, de todas as medidas
anunciadas, esta saia do papel
e se torne a tábua de salvação,
dada a precariedade em que
se encontram as principais
rodovias do Brasil. Não
há como adiar. Segundo o
pacote anunciado, o Palácio
do Planalto diz que R$ 19,6
bilhões serão gastos em
concessões para rodovias que
já estão em andamento.
O pacote prevê além
deste
investimento,
outro
investimento alto em rodovias,
que está em fase de licitação,
a longo prazo, o que deixa
escapar que tudo pode ser
apenas mais um engodo.
O Palácio do Planalto neste
pacote inclui também um
investimento considerável em
ferrovias, sem dúvida o Planalto
sabe bem onde está a ferida: o
Brasil precisa entrar nos trilhos,
precisa ampliar o sistema
ferroviário. Trilhos que cortem
este país com dimensões
continentais de Norte a Sul de
Leste a Oeste.
Dinheiro para isto claro
que não há. São apenas boas
intenções. Assim como em
portos e aeroportos, tudo
a precisar para ontem de
melhorias.
Mas no meio deste pacote
de promessas há uma luz no fim
do túnel. Brasil e Peru sempre
alimentaram o sonho de unir as
costas dos Oceanos Pacífico e
Atlântico. E o dinheiro chinês
talvez seja o ingrediente que
faltava para este sonho se
realizar.
O Ministério de Transportes
e Comunicação do Peru, o
Ministério de Transportes do
Brasil e a Comissão Nacional de
Desenvolvimento e de Reforma
da China assinaram um acordo
trilateral para construir a
ferrovia transcontinental. Uma
saída pelo Oceano Pacífico para
o Peru facilitaria o transporte
de produtos que chegam pelo
oceano atlântico e de outros
que são negociados com países
do Cone Sul.
A China entra neste
projeto
contando,
entre
outras vantagens, com uma
boa redução de custo nos
transportes
da
produção
agrícola e mineral importados
dos países latino-americanos.
O Brasil seria o maior
beneficiado, colocar o Brasil
nos trilhos é o sonho brasileiro,
a solução para que tudo chegue
mais depressa a um custo muito
menor aos grandes centros
urbanos.
Todos sairiam ganhando,
por isso que de vez em
quando aparece alguém do
mais alto escalão da China
para acompanhar de perto o
desenrolar deste acordo.
No pacote de medidas para
conter os ânimos exaltados
do povo brasileiro, Dilma
Rousseff aproveitou a visita do
primeiro-ministro da República
Popular da China, Li Keqiang,
para incluir no pacote este
projeto que pode ser viável,
dado o fato de que o Brasil não
pagará a conta a curto prazo,
trata-se de um acordo trilateral
que demanda muitos acordos
trilaterais.
A intenção dos chineses em
construir a ferrovia bioceânica
é uma oportunidade que o
Palácio do Planalto não pode
desperdiçar. Todo o esforço
para que o projeto saia do
papel, para que não vire pó,
para que não fique só em
promessas é fundamental.
Peter Francisco, Açoreano
Herói dos Estados Unidos
Domingos Dias
Peter
é
Francisco,
conhecido
Americana, foi
na
como
história
um heroi
durante a revolução das forças
armadas continentais contra
o
exército
colonizador
da
Inglaterra, com a finalidade
de obter
a independência, a
118 quilos (260 libras).
raptado e transportado em
seus superiores que a espada
ferido três vezes nas batalhas
barco para a América do Norte,
normal que lhe deram
era
de Brandywine, Monmouth e
tendo chegado ao território de
leve e pequena. Foi então
Cowpens. Era conhecido como
As
Virginia em 1765. Foi entregue
encomendada
de
o gigante Hércules, tinha cerca
faleceram. Teve 3 filhos e 3
ao juiz Anthony Winston, que o
aproximadamente metro e meio
de 2 metros e meio (6 pés e 6
filhas. Terminada a sua carreira
criou e educou. Como era um
(5
de
militar, comprou uma quinta
rapaz forte, acima da média,
comprimento,
para trabalhar e viver o resto
pô-lo a trabalhar na sua quinta
que
foi
da vida. Faleceu em Richmond,
e ensinou-lhe a profissão de
ofereicda
Virginia, a 16 de Janeiro de
ferreiro. Aos 16 anos de idade,
pelo
1831, com 71 anos de idade.
o Peter ofereceu-se voluntário
G e o r g e
para servir no exército colonial
Washington,o
monumentos em memória de
de Virginia.
qual veio a
Peter Francisco: no Cemitério
várias
ser o primeiro
de Richmond, Virginia;
batalhas. Em duas delas foi ele
presidente
Greensboro, North Carolina; em
New Bedford, Massachusetts e
Participou
em
pés)
lhe
uma
general
Foi
casado
duas
Existem
primeiras
os
vezes.
esposas
seguintes
em
o principal herói a contribuir
dos
qual foi declarada em 1776,
para
Unidos.
na cidade de Philadelphia,
ingleses.
como
P e t e r
Pennsylvania.
soldado desde 1776 até 1983.
Francisco
nasceu
Esteve presente em Yorktown,
alistou-se para
No próximo dia 4 de Julho,
no lugar de Porto Judeu, Ilha
onde os ingleses finalmente se
três diferentes
os Estados Unidos da América
Terceira, Açores, em 1760.
renderam.
missões
Pedro
Francisco
Com cinco anos de idade foi
derrotar
os
Combateu
militares
O Peter deu a saber ao
Estados
três
em Newark, New Jersey. A sua
da
guerra colonial Americana. Foi
foto está exposta no Palácio do
Governo Estatal de Virginia.
polegadas) de altura e pesava
do Norte, celebram 239 anos
da sua independência.
14
Barroso
Noticias de
16 de Junho de 2015
Informações úteis
SOS – Número nacional 112
Protecção à Floresta117
Protecção Civil118
Câmara Municipal de Boticas
276 410 200
Câmara Municipal de Montalegre
276 510 200
Junta de Freguesia de Boticas
276 410 200
Junta de Freguesia de Montalegre
276 512 831
Junta de Freguesia de Salto
253 750 082
Bombeiros Voluntários de Boticas
276 415 291
Bombeiros Voluntários de Montalegre
276 512 301
Bombeiros Voluntários de Salto
253 659 444
GNR de Boticas
276 510 540
GNR de Montalegre
276 510 300
GNR de Venda Nova
253 659 490
Centro de Saúde de Boticas
276 410 140
Centro de Saúde de Montalegre
276 510 160
Extensão de Saúde de Cabril
253 652 152
Extensão de Saúde de Covelães
276 536 164
Extensão de saúde de Ferral
253 659 419
Extensão de Saúde de Salto
253 659 283
Extensão de Saúde de Solveira
276 536 183
Extensão de Saúde de Tourém
276 579 163
Extensão de Saúde de Venda Nova
253 659 243
Extensão de saúde de Viade de Baixo
276 556 130
Extensão de saúde de Vilar de Perdizes
276 536 169
Hospital Distrital de Chaves
276 300 900
Agrupamento de Escolas G. M. de Boticas
276 415 245
Agrupamento de Escolas de Montalegre
276 510 240
Agrupamento de Escolas do Baixo Barroso
253 659 000
Escola Profissional de Chaves
276 340 420
Centro de Formação Profissional de Chaves
276 340 290
Tribunal Judicial de Boticas
276 510 520
Tribunal Judicial de Montalegre
276 090 000
Instituto de Emprego de Chaves
276 340 330
Região de Turismo do Alto Tâmega e Barroso
276 340 660
ADRAT (Chaves)276 340 920
ACISAT (Chaves) 276 332 579
Direcção Regional de Agricultura (Chaves)
276 334 359
EDP – Electricidade de Portugal
276 333 225
Cruz Vermelha Portuguesa Boticas
276 410 200
Cruz Vermelha Portuguesa Montalegre
276 518 050
APAV – Apoio à Vítima
707 200 077
SOS – Criança
800 202 651
SOS – Grávidas
800 201 139
SOS – Deixe de Fumar 808 208 888
SOS – Voz Amiga800 202 669
Linha SIDA800 266 666
Intoxicações808 250 143
NOTÍCIAS DE BARROSO 91 4521 740
NOTÍCIAS DE BARROSO
276 512 285
Conservatória dos Registos Civil, Predial e
Cartório Notarial de Montalegre
276 512 442
16 de Junho de 2015
Torneio das Chegas de Bois
Sob um forte temporal
começou, no dia 9, dia
do Município, mais um
Campeonato de Chegas de Bois
de Raça Barrosã.
Os bois do Horácio
Santos, de Medeiros e o do Rui
Manuel Moura, de Linharelhos,
protagonizaram a melhor Chega
na qual o boi de Linharelhos
Barroso
Noticias de
DESPORTO
deu nas vistas mas que não se
deu bem com a experiência do
boi de Medeiros que acabou
por ganhar a luta ao cabo de
cerca de 10 minutos.
Na segunda Chega deste
dia 9, liaram os bois do José
Ribeiro, de Montalegre e o
do José Paulo Silva, também
de Montalegre, que deram
espectáculo agradável e onde
o barroso do José Silva acabou
por ganhar.
No dia 10, feriado nacional,
as Chegas duraram menos
tempo. Primeiro estiveram
frente a frente os bois do
António Costa, de Frades e o do
António Teixeira, de Bagulhão.
Este último revelou-se mais boi
e venceu o de Frades ao cabo
de poucos minutos.
O mesmo aconteceu com
os bois do António Morais da
Costa e do Sebastião Morais,
ambos de Montalegre, que
liaram menos ainda que os da
1.ª Chega, mas mostraram raça
sendo que o boi do Morais
venceu ficando apurado para
as fases seguintes.
O
campeonato
é
organizado pela Associação
Etnográfica “O Boi do Povo”
e conta com o patrocínio
da Câmara Municipal de
15
Montalegre.
Apesar do mau tempo e do
pouco público, os espetáculos
foram agradáveis de seguir.
Até 13 de agosto, todos
os fins de semana, no Campo
das Chegas do Santuário do
Senhor da Piedade, pelas 16
horas, as Chegas dos bois
barrosos prometem animação
para grande satisfação dos
barrosões.
Barroso
Noticias de
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Tiragem: 2.000 exemplares por edição
(Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores não vinculando necessariamente a orientação do jornal ou da sua direcção)
Município inaugura Balcão
Único e Espaço do Cidadão
Integrado no programa
comemorativo do feriado
municipal,
a
Câmara
Municipal de Montalegre
inaugurou o “Balcão Único”
e o “Espaço do Cidadão”,
ambos instalados no edifício
da autarquia.
A sessão solene foi
presidida pelo Secretário
de Estado da Administração
Local, António Leitão Amaro.
Finda a recriação histórica
da entrega do foral por D.
Afonso III, o festejo do feriado
municipal prosseguiu com
a inauguração, no edifício
dos Paços do Concelho, do
“Balcão Único” e do “Espaço
do Cidadão”, duas apostas de
modernização administrativa.
Com efeito, o Balcão Único
Proximidade e
Modernidade
da Câmara Municipal de
Montalegre foi concebido para
responder às necessidades
dos cidadãos que trabalham,
vivem e visitam a vila de
Montalegre. Trata-se de uma
aposta na proximidade com
os cidadãos e na qualidade
dos serviços prestados. Em
relação ao Espaço do Cidadão,
é um local onde as pessoas
podem aceder aos serviços
digitais
disponibilizados
pela Administração Central.
A criação de uma rede de
“Espaços do Cidadão”, nos
termos do Decreto-Lei nº
74/2014, de 13 de maio,
enquadra-se na estratégia
de
reorganização
dos
serviços de Atendimento da
Administração Pública, através
do programa «Aproximar», a
fim de efetuar a racionalização
do território, aproveitando
as
potencialidades
da
tecnologia.
a Administração Pública e
Local de todos nós. Isso tem
consequências benéficas no
dia a dia de todas as pessoas
que têm que se relacionar
com os serviços, seja para
pagar, seja para receber».
Orlando Alves frisou que o
“Balcão Único”, o “Espaço do
Cidadão” e a implementação
de uma aplicação de telemóvel
- Montalegre Alert -, que
permite uma conexão fácil e
rápida dos munícipes com a
governação autárquica, «são
indicadores de proximidade e
de modernidade».
Galvanizado
com
o
pulo tecnológico que o dia
simboliza, Orlando Alves
reportou novas explicações:
«o sistema de gestão de
ocorrências
vai
permitir
que qualquer pessoa possa
estar alerta sendo um dever
de cidadania de todos nós
estarmos
envolvidos
na
Em face das obras que
estão a ser operadas no
edifício autárquico, a sessão
solene ocorreu no átrio num
cenário que foi construído
para o efeito. A singularidade
do ato foi vincada por
Orlando Alves, presidente
da Câmara de Montalegre,
à qual foi «muito bem
aceite» pelo representante
do governo que preferiu
valorizar
a
hospitalidade
que sempre encontra nos
responsáveis pela condução
dos destinos do município. O
líder do executivo explicou a
importância do dia: «aderimos
a um projeto que aproxima
MEL DO LAROUCO
O mel do Larouco é produzido nas encostas da serra com o mesmo
nome e resulta das florações
da urze, sargaço, sangorinho,
carvalho e outras espécies vegetais da região de Barroso
Apicultor nº 110796
J. A. Carvalho de Moura
Rua Miguel Torga, nº 492
5470-211MONTALEGRE
Tels: +351 91 452 1740 e 276
412 285
Fax: +351 276 512 281
Mail:
carvalhodemoura@
sapo.pt
gestão municipal». É preciso
«colaborar com o presidente
e com os vereadores na
definição de políticas que
levem à modernidade e
ao
desenvolvimento
do
território», adverte o edil.
A partir de agora, sustenta
Orlando Alves, «qualquer
cidadão pode denunciar,
por exemplo, a existência
de um buraco no pavimento
onde os veículos podem ficar
danificados».
Por fim, o presidente
da Câmara de Montalegre
deixou uma palavra de
reconhecimento
aos
funcionários da autarquia que
souberam «agarrar o desafio
na
implementação
das
plataformas digitais» dando
um contributo
a entrega do foral, foi uma
bela surpresa que vai ficar
na minha lembrança e no
meu
coração...entregarei
o vosso foral ao Senhor
Primeiro Ministro e ao Senhor
Presidente da República e
agradeço este ato que renova
o gosto de estar nesta terra,
com esta gente».
Interrogado
sobre
a
inauguração do espaço de
atendimento ao munícipe,
António
Leitão
Amaro
destaca: «em conjunto são
uma forma diferente de
prestar serviço público aos
cidadãos. O poder central e
local percebem que o cidadão
deve estar no centro da sua
atividade. Aproveitando as
novas tecnologias, temos
200 atos públicos que antes
SERVIÇOS DISPONÍVEIS
NO ESPAÇO DO
CIDADÃO:
valioso
para
que tudo tivesse corrido pelo
melhor num esforço que
«deve ser valorizado» dado
que «trabalharam fora do
normal horário laboral».
era preciso, em muitos
casos, percorrer centenas
de quilómetros e que agora
estão concentrados neste
edifício».
Montalegre,
sublinha o governante, «já era
parceiro deste projeto com o
Espaço do Cidadão em Salto».
Ainda sobre esta matéria,
o Secretário de Estado da
Administração Local lembra
que, dentro de pouco tempo,
irá ser instalada a Loja do
Cidadão, a escassos metros,
no edifício do tribunal:
«precisamente nesta praça,
daqui a algum tempo, vai
abrir a Loja do Cidadão que
vem acabar com a angústia
da população quando, por
exemplo, ouviu falar no fecho
das repartições de finanças».
Deste modo, rematou «os
serviços ficam a ser prestados
de uma maneira diferente,
mais económica e mais
próxima».
Bibliotecas
IEFP - Instituto Emprego
e
Formação
Profissional
(netemprego)
IGAC - Inspeção Geral das
Atividades Culturais
IHRU - Instituto da Habitação
e da Reabilitação Urbana
IMT - Instituto de Mobilidade
e Transportes Carta de
Condução
ISS - Segurança Social
Segurança Social Direta:
SEF - Serviço de Estrangeiros
e Fronteiras
SAPA – Sistema automático
de
pré-agendamento
de
atendimento dos cidadãos
que
pretendam
entrar,
permanecer, sair ou que
estejam em situação que
implique afastamento do
território nacional
SPMS - Serviços Partilhados
Ministério da Saúde
200 Atos Públicos
Concentrados
António Leitão Amaro
não escondeu a satisfação
pelo que encontrou em
Montalegre. Primeiro pela
«receção que me fizeram
que foi muito engraçada».
As palavras do Secretário
de Estado da Administração
Local referiam-se ao modo
como “entrou” na recriação
histórica do outorgamento
do foral à vila de Montalegre
pelo rei de então D. Afonso III
(1273), realizada, momentos
antes, no largo do Pelourinho:
«aquele ato simbólico, com
ACP
Automóvel
Clube
Portugal
ACT – Autoridade Para as
Condições do Trabalho
ADSE
Direção-Geral
de Proteção Social aos
Trabalhadores em Funções
Públicas
AMA IP - Chave Móvel
Digital
AMA IP - Portal do Cidadão
CGA - Caixa Geral de
Aposentações
DGAJ - Direção-Geral da
Administração da Justiça
DGC - Direção Geral do
Consumidor
DGLAB - Direção-Geral do
Livro, dos Arquivos e das
In: cm-montalegre
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