MICHEL KONESKI
JOSÉ ROBERTO BORTOLOTTO JUNIOR
SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA REDE ELÉTRICA
Monografia apresentada ao Curso de
Engenharia Elétrica da Universidade Positivo, para obtenção de avaliação da
disciplina de Trabalho de Conclusão de
Curso (TCC), como requisito à obtenção
do grau de Engenheiro Eletricista.
Prof. Orientador: Dr. Anselmo Rodrigues.
CURITIBA
2008
Agradecemos primeiramente pela oportunidade e o privilégio de cursar
e realizar o sonho de se tornar um engenheiro eletricista. Através de
uma grande dedicação, não podemos deixar de mencionar os
professores Anselmo Rodrigues, Solivan Arantes Valente e
Salmo Pustilnick que sempre estiveram presentes e nos
auxiliaram nas etapas finais do processo de
formação acadêmica. Obrigado a todos
os que acreditaram e incentivaram
para que este sonho se
tornasse realidade.
(Michel e José Roberto)
ii
Dedico este trabalho a minha mãe, Cristina Alves de Souza, que sempre
esteve ao meu lado, apoiando e indicando os melhores caminhos a
seguir e a minha esposa Claudia Cristina dos Santos que me
incentivou em todos os momentos de dificuldades,
entendendo e compreendendo minhas
escolhas e decisões.
(Michel)
Agradeço a todos que me apoiaram, depositando confiança e todo o apoio
necessário para esta realização, principalmente meu irmão Fábio
Prando Bortolotto e meus pais, José Roberto Bortolotto e
Oneide Maria Prando, que foram essenciais
durante toda esta jornada.
Que o grande Arquiteto os ilumine da mesma forma que eu os amo.
(José Roberto)
iii
“Uma mente que se expande com uma nova idéia
jamais retornará ao seu tamanho original”
(Albert Einstein)
iv
SUMÁRIO
1 2 3 4 5 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 10 1.1 PROBLEMA ................................................................................................................................. 10 1.2 JUSTIFICATIVA .......................................................................................................................... 10 1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................................ 11 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................................................... 12 2.1 POTÊNCIA COMPLEXA E FATOR DE POTÊNCIA ................................................................ 12 2.2 HARMÔNICOS E THD ................................................................................................................ 13 2.3 TRANSIENTES E INTERFERÊNCIA DE RF ............................................................................. 14 2.4 AMOSTRAGEM ........................................................................................................................... 14 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA PRELIMINAR .................................................................................... 15 3.1 DESCRIÇÃO DOS PRINCIPAIS COMPONENTES................................................................... 17 3.2 TRANSFORMADOR DE CORRENTE (TC)............................................................................... 18 3.3 AMPLIFICADOR ......................................................................................................................... 18 3.4 CONDICIONAMENTO DO SINAL ............................................................................................ 19 3.5 DSPIC 33FJ128GP710 .................................................................................................................. 19 3.6 DISPLAY LCD GRÁFICO ........................................................................................................... 20 3.7 MEMÓRIA MMC/SD ................................................................................................................... 20 IMPLEMENTAÇÃO .............................................................................................................................. 22 4.1 DESCRIÇÃO DA MONTAGEM ................................................................................................. 22 4.2 TESTE, MEDIÇÕES E CONFIGURAÇÕES PARA O HARDWARE ........................................ 24 4.3 TESTE, MEDIÇÕES E CONFIGURAÇÕES PARA O SOFTWARE ......................................... 24 4.4 PLACAS DE CIRCUITO IMPRESSO (PCB) .............................................................................. 25 4.5 CUSTOS DO PROJETO ............................................................................................................... 27 RESULTADOS ........................................................................................................................................ 29 5.1 FIRMWARE.................................................................................................................................. 29 5.2 HARDWARE ................................................................................................................................ 29 CONCLUSÃO ..................................................................................................................................................... 33 APÊNDICE A - PROBLEMAS MAIS COMUNS DA REDE ELÉTRICA, SUAS PROVÁVEIS CAUSAS
E POSSÍVEIS SOLUÇÕES. ........................................................................................................................ 34 APÊNDICE B – TELAS DO DISPLAY ..................................................................................................... 35 APÊNDICE C – ESQUEMA ELÉTRICO ................................................................................................... 36 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................................. 37 LISTA DE FIGURAS
Figura 1
Diagrama em blocos de sistema.............................................................................11
Figura 2
Triângulo das potências .........................................................................................12
Figura 3
Janela deslizante.....................................................................................................15
Figura 4
Fluxograma do sistema...........................................................................................16
Figura 5
Fluxograma das rotinas do firmware......................................................................17
Figura 6
Fase de inserção dos componentes na PCB...........................................................23
Figura 7
Imagem da fase frontal do circuito principal PCB (Top Layer) ............................23
Figura 8
Imagem da fase inferior do circuito principal (Button Layer)...............................26
Figura 9
Imagem da fase frontal do circuito principal (Top Layer).....................................26
Figura 10 Imagem da fase inferior do circuito do teclado (Button Layer).............................27
Figura 11 Imagem da fase frontal do circuito do teclado (Top Layer)...................................27
Figura 12 Circuito de aquisição de tensão..............................................................................30
Figura 13 Circuito de aquisição de corrente...........................................................................30
Figura 14 Ensaios realizados..................................................................................................31
Figura 15 Circuito da fonte de alimentação............................................................................32
vi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Detalhamento dos custos..........................................................................................28
vii
APÊNDICE
Apêndice A
Problemas mais comuns da rede elétrica, suas prováveis causas e possíveis
soluções.............................................................................................................34
Apêndice B
Telas do display.................................................................................................35
Apêndice C
Esquema elétrico...............................................................................................36
viii
LISTA DE SÍMBOLOS/ABREVIATURAS/SIGLAS
BUTTON LAYER
Face lado da solda
CMOS
Semicondutor metal-óxido complementar
DIP
Dual in-line package
DSP
Micro-controlador especializado em processamento digital de sinais
ESD
Electric static discharge
Fmax
Freqüência máxima do espectro
FPB
Filtro passa baixa
Fs
Freqüência amostrada ou freqüência de sampling (amostragem)
GLCD
Grafic liquid crystal display
I/O
Input/Output
IEC
Comissão Eletrotécnica Internacional
INPE
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
MIPS
Milhões de instruções por segundo
MMC
Memory multimedia card
Msps
Mega Sampling por segundo
PCBA
Printing component board assembler
PLL
Phase locked loop
PLVD
Programação de detecção de baixa tensão
RISC
Reduced instruction set
SD
Secure digital
SI
Sistema internacional de unidades
SMD
Surface mounted dispositive
TC
Transformador de corrente
TOP LAYER
Face lado dos componentes
UART
Universal asynchronous receiver transmitter
WLAN
Wireless local area network
ix
10
1
INTRODUÇÃO
Distúrbios da rede elétrica são problemas reais e inevitáveis, eles afetam o funcionamento da instalação da rede elétrica, sua qualidade e se não forem tratados corretamente,
implicam no aumento de gastos em manutenção e diminuição da sua confiabilidade.
1.1
PROBLEMA
O principal objetivo deste projeto é tornar possível a identificação dos distúrbios
na rede elétrica. Estes distúrbios podem ser causados por: componentes defeituosos, variação
de temperatura e umidade, falhas de software, descargas atmosféricas, baixo fator de potência,
surtos de tensão, sensibilidade dos equipamentos devido ao fato de seus circuitos serem baseados em semicondutores que operam com baixas tensões, interferência de radio freqüência,
transientes e picos, queda e elevação da tensão, presença de harmônicos (CUNHA, 2007).
De acordo com estudos, o Brasil é um dos países que mais sofrem com descargas
atmosféricas (cerca de 400 milhões de raios por ano), gerando descargas eletromagnéticas que
podem produzir surtos de tensão na rede elétrica, danificando diversos equipamentos (INPE,
2008). Como nas instalações elétricas não existem somente cargas resistivas, mas também
cargas indutivas e capacitivas, estas geram energia reativa, a maioria na forma indutiva, resultando em baixo fator de potência (ANEEL, 2008).
No apêndice A, pode-se observar alguns destes problemas e possíveis soluções
(CUNHA, 2007).
1.2
JUSTIFICATIVA
Entre os vários problemas que podem ser analisados estão: baixo fator de potência, presença de harmônicos na rede elétrica, surtos de tensão, sub-tensão e sobre-tensão, ruídos do tipo impulsivo, além de alterações gerais de amplitude e freqüência da tensão elétrica.
11
Este analisador poderá se tornar um instrumento bastante útil para o dimensionamento e planejamento de medidas corretivas ou preventivas.
A identificação de distúrbios que ocorrem na rede elétrica apresenta relevância na
identificação de problemas relacionados com qualidade da energia elétrica. Mantendo-se os
distúrbios presentes na rede sob supervisão através da análise dos dados coletados pelo equipamento, será possível economizar valores expressivos em manutenção de equipamentos
(medidas corretivas ou preventivas).
1.3
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
O objetivo deste projeto é o desenvolvimento de um sistema capaz de detectar e
identificar distúrbios e problemas que podem ocorrer, como: potência reativa capacitiva e
indutiva, baixo fator de potência, sub-tensão, sobre-tensão, presença de harmônicos e THD.
O hardware será constituído de: aquisição do sinal, conversão analógico-digital,
tratamento dos dados coletados por um DSP (microprocessador especializado em processamento digital de sinais), armazenamento das informações em cartão de memória e apresentação dos dados visualizados em um display gráfico.
Figura 1 – Diagrama em blocos de sistema
Fonte: Própria
Este trabalho utilizará os conceitos de instrumentação, eletrônica, sistemas digitais, circuitos elétricos, algoritmos e processamento digital de sinais.
12
2
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Determinados equipamentos, tais como motores elétricos, fornos a arco, transformadores, necessitam para sua operação de uma quantidade de energia reativa, que pode ser
suprida por diversas fontes ligadas ao sistema elétrico, funcionando individualmente ou simultaneamente como: geradores, motores síncronos, capacitores. Esta energia precisa ser controlada e monitorada constantemente, pois em excesso na rede elétrica pode causar muitos
problemas.
2.1
POTÊNCIA COMPLEXA E FATOR DE POTÊNCIA
A potência real P (ativa) é a potência média em watts [W], transmitida à carga.
Esta é a única potência utilizada, sendo a potência que realmente é dissipada pela carga. A
potência reativa Q é a medida da energia trocada entre a fonte e a parte reativa da carga. A
potência aparente S contém toda a informação sobre a potência de uma carga. A parte real de
S (aparente) é a potência real P, a parte imaginária de S é a potência reativa Q (veja figura 2).
Figura 2 – Triângulo das potências
S
Fonte: Própria
.
Q
(1)
(2)
. cos
P
.
Æ P é a parte real de S
Æ Q é a parte imaginária de S
(3)
(4)
O fator de potência pode ser definido como sendo a razão entre a componente de
potência ativa (P) e a potência aparente (S), este ângulo resulta em um cosseno cujo valor que
está entre 0 e 1 (BOYLESTAD, 2004).
Ê
Ê
cos
(5)
13
2.2
HARMÔNICOS E THD
Os harmônicos são sinais que se constituem de múltiplos inteiros da freqüência da
rede elétrica, são produzidos por retificadores, reatores de lâmpadas fluorescentes, fontes de
alimentação de computadores e quaisquer dispositivo eletrônico que utilize chaveamento de
corrente. Os efeitos destes harmônicos são sobrecarga na fiação de alimentação, falhas em
circuitos de alarme e aquecimento de motores.
Um sinal periódico qualquer pode ser decomposto em uma série de ondas senoidais, cada uma com uma determinada amplitude e uma determinada fase, mais uma componente da freqüência zero hertz (nível DC).
Se a função é periódica, então podemos escrever f(t) usando a série de Fourier:
∑
.
.
.
.
(6)
Onde os coeficientes a0, an e bn são calculados pelas seguintes equações:
(7)
.
.
.
.
Assumindo a freqüência angular como:
Onde
e
(8)
(9)
(10)
são as amplitudes das funções, cos n. ω. t e sen n. ω. t são o angulo e os ar-
gumentos n. ω são múltiplos inteiros positivos da freqüência fundamental.
A THD é a distorção harmônica total do sinal aplicado à entrada do equipamento,
e medida em sua saída após o sinal ter passado pelos diversos estágios deste equipamento.
Distorção harmônica é a deformação causada pela presença de harmônicos, que são múltiplos
inteiros da freqüência fundamental do sinal.
A THD é expressa em porcentagem, da raiz quadrada da soma dos quadrados das
tensões eficazes de cada harmônico dividido pelo valor eficaz da fundamental (VEGTE,
2002).
14
.…
2.3
(11)
TRANSIENTES E INTERFERÊNCIA DE RF
Transientes são picos de alta tensão de curta duração (micro segundos a nano segundos) que são altamente prejudiciais e podem causar falhas nos equipamentos eletrônicos.
As principais causas de transientes são descargas atmosféricas, chaveamento de cargas reativas e equipamentos de solda.
As principais causas do surgimento da interferência de radiofreqüência são equipamentos de origem duvidosa, que não atendem as normas definidas pela IEC, uso de dispositivos de chaveamento sem supressão ou filtros, filtros mal dimensionados, acoplamento, falta
de blindagem ou conectores impróprios (SADIKU, 2003).
2.4
AMOSTRAGEM
É possível recuperar-se totalmente um sinal contínuo a partir de uma coleção de
amostras do sinal original, obtidas em um determinado período de tempo. Isto é, sinais que na
realidade apresentam-se como continuidades infinitesimais que podem ser recuperados em
toda a sua extensão utilizando-se como ponto de partida uma coleção finita de amostras discretas daquelas continuidades. Para isso é necessário que as amostras sejam obtidas em quantidade suficiente para que a informação contida no sinal original possa ser recuperada posteriormente. De acordo com a teoria da amostragem, deve-se obedecer ao critério de Nyquist: no
mínimo duas amostras para cada ciclo de um sinal (VEGTE, 2002).
2.
Onde:
Æ Freqüência de amostragem
Æ Freqüência máxima do espectro do sinal
(12)
15
3
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA PRELIMINAR
O hardware previsto permitirá a captura das informações da rede elétrica que serão encaminhadas para um processador de sinais (DSP). Através de algoritmos implementados, estas informações serão analisadas e servirão para monitoração da rede elétrica.
Será composto por um TC, que será utilizado para captar distúrbios da rede elétrica. Através de um processamento digital dos dados captados pelo analisador, será possível a
análise das grandezas: V, A, W, Var, Hz, Fp, THD, detecção de harmônicos, detecção de desbalanceamento de fases, variações de freqüência para as freqüências de 60Hz. Estes dados
serão armazenados em memória não volátil para a geração de relatórios.
Os dados serão captados em tempo real e armazenados para posterior análise, o
método de armazenamento será o de janela deslizante, onde será armazenado um frame de n
bits. Se este frame apresentar alguma informação de distúrbio, o mesmo será armazenado para
futura análise. Já os frames sem informações de distúrbio serão descartados.
Figura 3 – Janela deslizante
1 Frame Æ n bits
Fluxo de bits do A/D
1 1 0 1 0 1 0 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1 0 1 0 0 1 1 1 0 1 0 1 0 1 1 0 1 0 1 1 0 1
Janela deslizante
Fonte: Própria
16
Figura 4 – Fluxograma do sistema
Modulo de aquisição e condicionamento do sinal
Aquisição de dados da
rede elétrica através do
TC
FPB
anti-alising
Amplificador
Informações apresentadas no display
de cristal líquido
gráfico
Conversor AD
(Amostragem)
Teclado para
acesso
ao
sistema
Tratamento das informações o pelo DSP
Cartão de
memória
MMC/SD
Fonte: Própria
O hardware é constituído de:
• Aquisição e condicionamento do sinal:
TC, filtro anti-alising composto por um FPB, este sintonizado para corte acima da
32ª harmônica e amplificação do sinal.
• Conversão analógico-digital:
17
Com o sinal já condicionado, o mesmo será convertido por um A/D de 10 bits para que posteriormente haja tratamento dos dados coletados.
• Tratamento das informações:
As informações digitalizadas serão tratadas pelo DSP através de algoritmos desenvolvidos, para a apresentação das informações foi utilizado um display gráfico e para o
armazenamento dos dados utilizou-se memória não volátil.
As informações serão armazenadas conforme a parametrização do sistema feita
pelo usuário. Estes dados serão utilizados para análise e geração de relatórios. Na figura 5
tem-se o fluxograma das rotinas do firmware.
Figura 5 – Fluxograma das rotinas do firmware
Fonte: Própria
3.1
DESCRIÇÃO DOS PRINCIPAIS COMPONENTES
• Transformador de Corrente (TC);
• Amplificador;
18
• Condicionamento do Sinal;
• DSPIC 33FJ128GP710;
• Display LCD Gráfico;
• Memória MMC/SD;
3.2
TRANSFORMADOR DE CORRENTE (TC)
O TC utilizado é o modelo DTC200, que possui as seguintes características:
•
Capacidade de medição AC maior que 20-30% dos similares existentes.
•
Bom isolamento entre primário e secundário.
•
Muito confiável e desempenho estável em condições de temperaturas diferentes.
•
Freqüência: 50Hz/60Hz
•
Temperatura ambiente: -40ºC – 70ºC.
3.3
AMPLIFICADOR
O circuito integrado CA3140 é um amplificador operacional que combina as vantagens de alta tensão PMOS e transistores com alta tensão bipolar em um único CI.
Este operacional se caracteriza por uma impedância de entrada muito alta, alta velocidade e excelente desempenho podendo operar a uma tensão de alimentação de 4V a 36V.
Sua alta impedância de entrada (Zin) típica é 1.5TΩ, baixa corrente de entrada, 10pA em 15
V.
Este operacional substitui o típico 741 na maioria das aplicações. Alguns exemplos de suas aplicações são temporizadores / multivibradores (segundos até horas), corrente
para instrumentação, detectores de pico, filtros ativos, comparadores, interface de 5V TTL e
geradores de funções.
19
3.4
CONDICIONAMENTO DO SINAL
Para um correto processamento do sinal captado através do TC, o mesmo deve ser
condicionado de forma a conter somente as informações que o DSP está preparado para manipular.
Este condicionamento será realizado através da filtragem da banda de freqüências
que por ventura possam estar contidos neste sinal, esta banda de freqüências será limitada
utilizando-se um FPB, limitando em até 1920Hz, o qual permitirá a captura até a 32ª harmônica.
Com esta limitação das freqüências superiores temos também um filtro antialising (anti-alisamento) evitando assim que sinais de alta freqüência possam distorcer as informações desejadas para análise (VEGTE, 2002).
Após o sinal condicionado o mesmo será amplificado e estará pronto para ser encaminhado ao conversor analógico digital do DSP.
3.5
DSPIC 33FJ128GP710
O DSP escolhido tem como principais características memória Flash de 128 kbytes para programa, 16 kbytes de memória RAM, 16 Timers de 16 bits, 2 UART’s e 2 ADC’s
(um de 10 bits e outro de 12 bits).
Sua arquitetura Harvard utiliza uma base de 84 instruções, opera em até 40 MIPS,
com clock externo de até 40MHz, sendo possível, com o PLL ativo um clock interno de até
120MHz.
Tem-se também como característica, dois conversores Analógico-Digital, 10 ou
12 bits com taxa de conversão de até 1Msps com 32 entradas AD, programação de detecção
de baixa tensão (PLVD) e programação de Brown Out Reset.
Suas características especiais são: memória de programa Flash pode ser escrita e
apagada 10.000 vezes, memória de dados EEPROM pode ser escrita e apagada 100.000 vezes,
Power-on Reset (POR), Power-up Timer (PWRT), flexibilidade no Watchdog Timer (WDT),
código de proteção programável e programação serial In-Circuit.
20
Com sua tecnologia CMOS temos baixa tensão, memória Flash com tecnologia de
alta velocidade, faixa de operação 3V até 3.3V e baixo consumo (TECHNOLOGY, 2007).
Este DSP fará todo o controle do sistema como gerenciamento de teclado, display,
memória e processamentos das informações coletadas.
3.6
DISPLAY LCD GRÁFICO
O display gráfico LCD (GLCD) permite uma avançada visualização das mensagens a serem mostradas além de apenas caracteres alfanuméricos, pois pode exibir mensagens
sob a forma de desenhos em bitmaps.
O principal motivo da utilização deste display é a possibilidade da implementação
de gráficos estatísticos que podem apresentar informações de forma visual, facilitando a compreensão dos resultados obtidos durante a medição.
O display escolhido para o projeto tem a resolução de 128x64 pixels e seu contraste pode ser alterado ajustando-se um potenciômetro.
O apêndice B mostra alguns dos possíveis menus e telas que poderão ser visualizadas no display do analisador.
3.7
MEMÓRIA MMC/SD
O cartão de memória MMC/SD (Multimedia Card / Secure Digital) é usado em
dispositivos para guardar informações como mídia de armazenamento portátil, de forma que
pode ser removido para ser utilizado ou conectar a um PC, normalmente de tamanho pequeno
e que se conecta via conexão USB ou serial.
Os cartões de memória SD ou Secure Digital Card são uma evolução da tecnologia, além de ter capacidade de criptografia, fazem também a gestão de direitos digitais (Secure). Possuindo trava para impedir alterações ou apagamento do conteúdo presente no cartão,
assim como os antigos disquetes de 3½.
21
Será utilizada uma memória SD, por apresentar o melhor custo/benefício do mercado entre os dispositivos de grande capacidade de armazenamento e fácil mobilidade, desta
forma, resolvendo o problema de transferência de dados para o PC para geração de relatórios.
O cartão SD utilizado terá uma memória de 4GB, este nos permitirá um tempo de
gravação de 33,19 horas de informações somente de distúrbios detectados.
Cálculo do tempo da capacidade de armazenamento da memória SD:
.
.
(13)
12 .6 . 3720
267,8
(14)
/ ou 33,48
ã
çã
çã
çã
Onde:
D Æ Dados
N Æ Número de bits
C Æ Número de canais
T Æ Taxa de amostragem
/
,
, .
(15)
(16)
119,5. 10
(17)
33,19
(18)
22
4
IMPLEMENTAÇÃO
Os itens abaixo descrevem os procedimentos de configuração, instalação e montagem de software e hardware.
4.1
DESCRIÇÃO DA MONTAGEM
Primeiramente, foi utilizado o Circuit Maker (programa de desenvolvimento de
layout e esquemas elétricos), para desenvolvimento do hardware. Após a confecção da placa
e a inserção dos seus respectivos componentes, iniciou-se a fase de testes parte a parte do circuito. Todo o hardware estava em pleno funcionamento, porém no último teste de funcionalidade que envolvia o GLCD, notou-se que o barramento de dados do display (D0-D7) estava
conectado em três I/O diferentes, sendo que o barramento de dados do display deveria permanecer em somente uma porta de comunicação (I/O).
Após encontrar a irregularidade no barramento que o display foi conectado e tentar corrigi-lo, percebeu-se que faltaria um conversor analógico digital (A/D), resultando no
abandono deste hardware.
Após observar que não havia solução para o hardware comentado, verificou-se a
necessidade de re-projetar o circuito, desta vez foi utilizado o software Altium, devido a uma
perda do banco de dados do software Circuit Maker.
Todos os testes foram realizados com sucesso nesta nova versão do hardware,
sem a necessidade de simular através da montagem em protoboard. Na figura 6 tem-se a nova
PCB em fase se inserção dos componentes.
23
Figura 6 – Fase de inserção dos componentes na PBC
Fonte: Própria
Figura 7 – Imagem da fase frontal do circuito principal PCB (Top layer)
Fonte: Própria
24
Durante o tempo de espera da serigrafia da PCI do novo projeto, iniciou-se o desenvolvimento do firmware através de um módulo de desenvolvimento para DSP, utilizandose o compilador mikroC_dsPIC. Iniciando-se a implementação do firmware, notou-se que o
compilador possuía uma vasta e completa biblioteca, porém durante a utilização, o mesmo
apresentou alguns problemas que resultariam em dificuldades para o desenvolvimento do projeto.
Após a identificação dessa irregularidade, o desenvolvimento do firmware foi alterado para o compilador PICC (CCS – Custom Computer Service), no qual as bibliotecas não
são tão completas quanto à do compilador anterior, porém, não apresentou problemas para
desenvolvimento de referido firmware.
4.2
TESTE, MEDIÇÕES E CONFIGURAÇÕES PARA O HARDWARE
Com a nova placa pronta, iniciou-se uma nova bateria de testes com leds nos terminais do DSP, medição da continuidade entre os periféricos e testes dos pontos de alimentação para verificação dos valores de tensão.
Um ponto em destaque é a mudança do primeiro hardware para o segundo, sendo
que o primeiro foi implementado manualmente (projeto e desenvolvimento da placa, com
componentes convencionais). Já o segundo, somente o projeto foi feito manualmente e a placa
foi impressa por terceiros. O principal motivo da PCB ter sido executada por terceiros foi devido à complexidade em se fazer a serigrafia da placa manualmente, além da mesma utilizar
componentes SMD.
4.3
TESTE, MEDIÇÕES E CONFIGURAÇÕES PARA O SOFTWARE
A implementação do software foi desenvolvida em partes, ou seja, primeiramente
o foco foi fazer o teclado se comunicar com o DSP, em seguida implementou-se as telas a
serem apresentadas no GLCD.
25
Foram configurados os conversores analógicos digitas para receber e realizar o
tratamento do sinal da rede, encaminhando este sinal para que seja processado e analisado
pelo DSP.
Quando o DSP receber o sinal do conversor A/D, o mesmo tratará o sinal e informará os valores de tensão, corrente, potência e outros que já foram comentados, lembrando
que todos esses dados serão armazenados para uma posterior análise.
Um ponto importante a ser destacado é a configuração do timer para realizar as interrupções para as chamadas de funções como teclado, imagens, setups de configurações e
outros.
4.4
PLACAS DE CIRCUITO IMPRESSO (PCB)
A placa foi desenvolvida para utilização de componentes SMD devido à complexidade do circuito, lembrando que se fossem utilizados componentes convencionais (Trhouhg
Hole), faltaria espaço para acomodar os componentes em somente uma PCB.
Na figura 8 temos as imagens das placas do circuito devidamente identificadas,
sendo que, a primeira imagem é a fase de trás da placa conhecida como buttom layer e a segunda imagem é a fase da frente do circuito, conhecida como top layer.
26
Figura 8 – Imagem da fase inferior do circuito principal (Button Layer)
Fonte: Própria
Figura 9 – Imagem da fase frontal do circuito principal (Top Layer)
Fonte: Própria
27
Figura 10 – Imagem da fase inferior do circuito do teclado (Button Layer)
Fonte: Própria
Figura 11 – Imagem da fase frontal do circuito do teclado (Top Layer)
Fonte: Própria
4.5
CUSTOS DO PROJETO
Na tabela 1 temos o detalhamento de custos do projeto, componentes, materiais e
serviços contratados, onde serão apresentados a listagem geral dos componentes e materiais
utilizados.
28
Tabela 1 – Detalhamento dos custos
Item
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
Quant.
5
2
6
4
4
1
2
2
08
Fonte: Própria
Un.
pç
pç
pç
pç
pç
pç
pç
pç
pç
pç
und
Descrição
dsPIC33FJ128GP710
Display GLCD 128x64
Transformador de corrente
Placa de circuito impresso 176 x 156 mm
Placa de circuito impresso 80 x 54 mm
Componentes gerais
Componentes SMD
Gravador de DSP
Bastidor PCBA
Cabo USB Tipo A-B
Impressão de manuais para pesquisa
R$ /un.
60,00
38,00
7,00
146,50
35,00
160,00
400,00
170,00
-4,50
78,00
Total Geral
Total
300,00
76,00
42,00
586,00
140,00
160,00
400,00
170,00
-9,00
78,00
1.961,00
29
5
RESULTADOS
Os itens abaixo descrevem os resultados das implementações concluídas no firmware e no hardware.
5.1
FIRMWARE
A principal relevância para dar continuidade sobre as implementações finais foi à
alteração do compilador, onde novamente, o MikroC passou-se a ser utilizado. A principal
justificativa para o retorno do compilador citado foi à vasta e completa lista de bibliotecas
onde o antigo compilador CCS (Custom Computer Service) mostrou-se deficiente quanto à
diversidade de bibliotecas necessárias para o desenvolvimento do projeto proposto.
Como comentado anteriormente, os passos de implementação do firmware foram:
comunicação do teclado com o micro-controlador, imagens das telas que serão apresentadas
chamadas através do teclado, ativação das leituras dos conversores analógicos digitais, tratamento do sinal recebido dos conversores e por final, aplicação de cálculos e rotinas para que
os valores tensão, corrente, potência, dados sobre harmônicos passem por um processo de
adequação para as grandezas conhecidas de acordo com a SI.
A mudança do compilador foi primordial para a obtenção dos resultados de forma
satisfatória e garantir uma boa operacionalidade do projeto.
5.2
HARDWARE
Após a identificação de irregularidades encontrada no hardware e o desenvolvimento do novo projeto, a PCBA não apresentou incoerências no seu funcionamento.
Todos os sinais a serem analisados foram grampeados em 1,25V, pois como estes
são alternados, as entradas dos conversores AD somente estão preparadas para receber e tratar
sinais com amplitude positiva, de 0 a 3.3V. Nas entradas de tensão utilizou-se varístor para a
proteção do circuito contra surtos de tensão além de 510V. Na figura 12 temos o projeto do
circuito de aquisição de tensão juntamente com o circuito de grampeamento.
30
Figura 12 – Circuito de aquisição de tensão
Fonte: Própria
Na figura 13 temos o circuito de aquisição, condicionamento e grampeamento do
sinal de corrente.
Figura 13 – Circuito de aquisição de corrente
Fonte: Própria
31
Foram realizados testes em todas as entradas de sinal variando-se a tensão e a corrente aplicada através de um variador de tensão (Varivolt). Para gerar corrente foi utilizado
transformador de corrente (TC) como carga, variando de 0 à 200A sem dissipar potência, esta
técnica de geração de corrente é uma boa vantagem durante os ensaios de funcionamento.
Para o ensaio da FFT, foi utilizado um gerador de sinais programado para gerar
uma onda quadrada, a freqüência pode ser alterada para a validação das informações apresentadas pelo equipamento. Na figura 14 temos uma visão dos ensaios realizados.
Figura 14 – Ensaios realizados
Fonte: Própria
O circuito de fonte do sistema é totalmente independente das entradas de tensão e
corrente que serão analisadas, a tensão da alimentação é retificada, filtrada e regulada. Foi
implementado um sistema de Flip-Flop para o chaveamento do equipamento, ligar ou desligar. Na figura 15 temos o esquema do circuito da fonte de alimentação.
32
Figura 15 – Circuito da fonte de alimentação
Fonte: Própria
33
CONCLUSÃO
Sabe-se que, distúrbios da rede elétrica são problemas reais e inevitáveis, que afetam o funcionamento da instalação da rede elétrica, sua qualidade, e se não forem tratados
corretamente, implicam no aumento de gastos em manutenção e diminuição da sua confiabilidade.
Este projeto possibilitou a obtenção de informações reais da rede elétrica, apresentando os valores das grandezas medidas e permitindo que com os resultados obtidos, possa
realizar-se a identificação de distúrbios.
Mantendo-se os distúrbios sob supervisão, através da análise dos dados coletados
pelo equipamento, será possível economizar valores expressivos em manutenção de equipamentos.
Uma das principais barreiras para o desenvolvimento deste projeto foi à falta de
suporte oferecido pelo fabricante do compilador utilizado MicroC, fazendo com que a solução
de alguns conflitos se estendessem por um período elevado, lembrando que o compilador
mencionado era desconhecido até o momento.
Foi proposto o armazenamento das informações coletadas em um cartão de memória SD para que se pudesse ter um registro. Tal registro deixou de ser implementado devido aos problemas ocorridos com a primeira versão do hardware, gerando grande atraso para a
implementação do firmware.
Com um período de apenas 6 meses para desenvolver todas as funções do analisador da qualidade da rede elétrica proposto, concluímos que devido à complexidade deste projeto, o tempo necessário para atribuir todas as suas funcionalidades seria de 14 meses.
Como melhorias futuras poderiam ser adicionadas outras aplicações, como por
exemplo: tornar este analisador dedicado a análise de um equipamento em particular, ou seja,
instalar o mesmo definitivamente em cada ponto em que se deseja monitorar. Este poderia
enviar relatórios de distúrbios identificados através de comunicação sem fio (WLAN) onde um
software de gerenciamento pode controlar e alarmar as irregularidades relevantes.
34
APÊNDICE A - Problemas mais comuns da rede elétrica, suas prováveis causas e possíveis
soluções.
Categoria do Distúrbio
Transientes tipo Impulso
Parâmetros para Análise Causas Típicas
Amplitude do Pico
Forma de Onda
Transientes tipo Oscilató- Amplitude do Pico
rios
Freqüência
Valor RMS x Tempo
Sag1 / Sweell2
Estatística
Raios
Varístores
ESD
Chaveamento de
cargas
Chaveamento de
banco de capacitores
Chaveamento de
cargas
Filtros passivos
Rede elétrica de
má qualidade ou
mal dimensionada
Concessionária
não confiável
Interrupção
Sub e Sobre-tensão
Duração
Valor RMS x tempo
Estatística
Análise de espectro
Distorções Harmônicas
Distorção total
Estatística
Variação da Amplitude
Flutuação
Freqüências das Ocorrências
Possíveis Soluções
Varístores
Filtros passivos
Trafos isoladores
Estabilizador de tensão
No-break
Reprojeto da instalação
elétrica
Reprojeto da instalação
elétrica
Sistema de
Gerador
proteção sem
No-break
seletividade
Partida de motores
No-break
Variações de carga
Cargas não lineaSistemas ressonantes
Banco de capacitores
Excesso de carga
indutiva
Cargas intermitentRede mal dimensi- Estabilizador de tensão
onada
Partida de motores Re-projeto da instalação
elétrica
Instalação mal
dimensionada
Fonte: Saber Eletrônica nº 359/Dezembro 2002 – p. 06
1
2
É a redução rápida em amplitude da tensão, esta sub-tensão pode variar o valor nominal de 10% a 90%.
É o contrário do Sag, temos uma sobre-tensão que pode variar o valor nominal (RMS) da rede de 10% a 80%.
35
APÊNDICE B – Telas do display
Tela Inicial
TCC
Sistema de Avaliação da Qualidade
da Rede Elétrica
José Roberto e Michel Koneski
Menu 2
Informações Gerais
Fase 1 Fase2 Fase 3
[V]
[A]
[W]
Menu 1
Opções para Análise
1 – Inf. Gerais
4 - Harmônicos
2 – Tensão
5 – Potência
3 – Corrente
Menu 3
Análise da Tensão
Fase1 Fase2
Sub [V]
Sobre [V]
Fase3
Desbalanc.
De fase
Menu 4
Menu 5
Análise de Potência
Fase1 Fase2 Fase3
Análise da Corrente
Fase1 Fase2 Fase3
[A]
Defasagem
Desbalanc.
[A] %
Menu 6
Análise de Harmônicos
Fase1 Fase2 Fase3
THD
% Min.
% Máx.
Ordem
Fonte: Própria
[W]
+[V.Ar]
-[V.Ar]
36
APÊNDICE C – Esquema elétrico
R3
10k
U1D
12
13
2
R1
R2
33r2
1
TC 1
R4
10kO
14
LM 324
C2
470pF
R5
100k0
U2B
VCC 3.3V VCC 3.3V
bx
B
by
5V
2
5V
GND
1
CD4053
C29
100nF
R6
10k0
GND
LM1117
3
IN OUT
GND
b
GND
R8
33r2
R10
10k0
U2A
14
INH
VEE
VSS
8
A
C4
470pF
PT8
12
ax
R63
10k
R65
10k
VCC 3.3V
TP1
3.3K
U10
MMC/SD CARD
R66
10k
1
2
3
4
5
6
7
8
9
GND
CD4053
GND
VCC 3.3V
GND
13
ay
6
11
C60
100nF
R64
10k
PT7
R11
100k0
a
GND
5V
PT6
LM 324
7
R7
3
TC 2
U1B
7
5
6
C31
100nF
C30
10uF
GND
R12
10k0
GND
GND
BZ1
PK12N40
CS
Din
GND
+3.3V
SCK
GND
Dout
NC
NC
INSERT CARD
R9
10k
4
2
U9
1
10
PROTECT CARD
15
C1
100nF
10
R75
1k
3.3V
11
GND
Q2
BC817
D23 D22 D21 D20 D19 D18 D17 D16
R26
220r
C38
100nF
GND
GND
R79
R78
R76
R77
R82
R81
R83
R80
GND
GND
10k
10k
10k
10k
10k
10k
10k
10k
GND
GND
GND
3
cy
GND
CD4053
R19
2.2k
3.3V
C8
100nF
R20
10k0
C10
470pF
GND
PT12
3.3V
PT13
C9
4.7uF
R49
10k
PT14
5V
GND
GND GND
PT11
R18
10k0
GND
DZ5
LM385BXZ-1.2
C33
100nF
R68
10k
GND
4
U1C
MCU MCLR
5V
GND
R46
10k0
GND
10
9
8
11
MCLR
C11
100nF
C28
100nF
S13
RESET
R47
10k0
LM 324
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
VD
R25
100k0
R27
100k0
GND
S20K510
R30
100k0
R31
100k0
R32
100k0
R33
100k0
R34
100k0
R35
100k0
R36
20k0
R37
20k0
R38
100k0
R39
100k0
R40
100k0
R41
100k0
R42
100k0
R45
20k0
VAR 3
5V
VCC 4013
VCC 4093
5V1 - RTC
DZ3
5V1/1W
C19
100nF
5V1
5V1
IN OUT
GND
U3A
1
GND
3
R57
10k
C23
22uF
R54
100r
GND
12
5V
9
CON4
GND
8
11
LIGA
DESLIGA
11
8
R55
1k
C59
1uF
D9
LL4148
R103
100k0
Q
CP Q
U6
GND
C36
100nF
3.3V
4093
SCK
WP*
SI
RST*
SO
4
2
5V1
GND
5
6
GND
GND
14
Vcc
5
3
4
GND
7
U3B
4093
GND
R69
R70
R71
R72
R84
10k
1
4
2 8 7 6
10k
10k
10k
10k
1
2
3
SOBE
S1
S2
S3
S15
4
5
6
DESCE
S4
S5
S6
S16
7
8
9
S7
S8
S9
8
VCC
NC
CS
SK
NC
GND
SI
DO
93LC66B
D
1
2
GND
GND
1
2
U12
INT OSCO
SDA OSCI
SCL
VSS
CLK VDD
X2
32.768KHZ
2
1
4
8
D25
R87
220r
U13
1
2
3
4
5
6
7
8
C35
1uF
GND
3
GND
R88
220r
C1+
Vs+
C1C2+
C2VsT2out
R2in
Vcc
GND
T1out
R1in
R1out
T1in
T2in
R2out
5
9
4
8
3
7
2
6
1
16
15
14
13
12
11
10
9
MAX 232
R89
10k
R90
10k
0
ESC
ENTER
S10
S11
S12
SUPER CAP
R100
1k
5V
DB9F
GND
10
Q3
BC817
5V
11
R91
10k
Q4
BC817
R92
10k
R93
10k
5V
Q5
BC817
C57
100nF
FR1
USB - B
R94
27r
1
2
3
4
GND
R95
27r
GND
C51
33nF U14
R96
1.5k
6
8
7
5
4
27
28
32
1
2
31
X4
6MHZ
GND
C53
100nF
C52
100nF
C55
33pF
C54
10uF
ESQUERDA
S18
4.4V BAT
PT3
C48
0.1F
CON9
GND
GND
D10
LL4148
CON 8
DIREITA
S17
TM1
5,2-30pF
4.4V BAT
PCF8563
GND
C56
33pF
3V3OUT
USBDM
USBDP
RSTOUT#
RESET#
XTIN
XTOUT
EECS
EESK
EEDATA
TEST
GND
C50
100nF
R97
470r
GND
TXD
RXD
RST#
CTS#
DTR#
DSR#
DCD#
R#
TXDEN
TXLED#
RXLED
PWRCTL
PWREN#
SLEEP#
GND
5V
25
24
23
22
21
20
19
18
16
12
11
14
15
10
R98
220r
D11
R99
220r
TP2
10k
CON 11
D12
GND
FT232BL
GND
GND
GND
3
4
R62
10k
U15
GLCD 128 X 64
GND
U4A
Q
CP Q
GND
7
4013
GND
3
5
6
7
R85
10k
5V
C25
1uF
CON6
1
GND
C47
100nF
10
7
5
GND
GND
5V1
Vcc 14
U4B
4013
C44
22pF
C45
100nF
C3
1uF
C37
100nF
GND
U8
8
6
C27
100nF
GND
Q1
BC817
12
CS*
GND
AT45DB041
VCC 3.3V
R58
330R
C24
47uF
R56
10k
13
U3C
9
GND
D
4093
5V1
10
5V1
9
U3D
13
S14
Fonte: Própria
3.3V
GND
3.3V
GND
6
1
2
R60
10k
D15
S
BATERIA
PT5
R
9V
10
GND
C22
100nF
R53
100k0
5
VCC
2
IN OUT
PT4
GND
MCU MCLR
5V
UA7805
4093
Q6
BC817
Q7
BC817
C34
100nF
GND
S
MC OFF
2
6
3
VCC 3.3V
R
C18
1uF
GND
GND
U16
IRF BG30
3
C21
100nF
C20
10uF
COM
R52
100k0
U7
C26
100nF
R59 10k
U5
R86
100r
GND
C49
10nF
7
1
D8
LL4148
R102
1k
R51
10k
GND
R74
220r
GND
2
GND
C43
22pF
GND
LM1117
3
PT2
GND
GND
C17
1uF
GND
3.3V
3.3V
5V
3.3V
X3
29
9
17
GND
TERRA
MC ON
R73
220r
CON5
RJ11 - FEMEA
R61
10k
R50
220r/1W
PT1
10MHZ
C42
100nF
dsPIC33FJ128GP710
3.3V
4
GND
C58
1nF/3.5kV
C16
3300uF/25V
D7
1N4007
D6
1N4007
MC ON
MC OFF
3.3V
5V1
GND
VCC 3.3V
120VAC
R101
10k
1
2
3
4
5
6
3.3V
D14 GND
3.3V
5
GND
COM
NEUTRO
GND
32.768KHZ
GND
D24
VCC 3.3V
D5
1N4007
C41
22pF
X1
C15
100nF
DZ2
3V9
D4
1N4007
VAR 4
S20K510
VSS
PGC2/SOSCO/RC14
PGD2/SOSCI/RC13
OC1/RD0
IC4/RD11
IC3/RD10
IC2/RD9
IC1/RD8
INT4/RA15
INT3/RA14
VSS
OSC2/CLK0/RC15
OSC1/CLKIN/RC12
VDD
TDO/RA5
TDI/RA4
SDA2/RA3
SCL2/RA2
SCL1/RG2
SDA1/RG3
SCK1/INT0/RF6
SDI1/RF7
SDO1/RF8
U1RX/RF2
U1TX/RF3
3.3V
Trans 1
CON3
1
2
D13
GND
R48
1k
C40
22pF
75
74
73
72
71
70
69
68
67
66
65
64
63
62
61
60
59
58
57
56
55
54
53
52
51
3.3V
GND
VD
GND
GND
MCU MCLR
MCU RB7
MCU RB6
MCU VCC
PT17
C14
470pF
GND
1
TERRA
9
7
5
3
1
CON 10
D3
BAV99
GND
GND
FASE
10
8
6
4
2
3.3V
S20K510
C46
1nF/3.5kV
GND
MCLR
RB7
RB6
VCC
PT16
VD
GND
GND
GND
Header 5X2A
D2
BAV99
C13
470pF
R44
20k0
R43
100k0
GND
PT15
VD
GND
GND
GND
VAR 2
S20K510
GND
C12
470pF
R29
20k0
VAR 1
CON2
D1
BAV99
COFS/RG15
VDD
AN29/RE5
AN30/RE6
AN31/RE7
AN16/T2CK/RC1
AN17/T3CK/RC2
AN18/T4CK/RC3
AN19/T5CKRC4
SCK2/CN8/RG6
SDI2/CN9/RG7
SDO2/CN10/RG8
MCRL
SS2/CN11/RG9
VSS
VDD
TMS/RA0
AN20/INT1/RE8
AN21/INT2/RB9
AN5/CN7/RB5
AN4/CN6/RB4
AN3/CN5/RB3
AN2/SS1/CN4/RB2
PGC3/AN1CN3/RB1
PGD3/AN0/RB0
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
R24
100k0
GND
MCU MCLR
R23
100k0
R22
100k0
GND
MCLR
R21
100k0
VA
VB
VC
VN
R28
20k0
J1
J2
GND
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
5 GND
cx
C
U11
CS1
CS2
GND
VCC
Vo
RS
R/W
E
D0
D1
D2
D3
D4
D5
D6
D7
RST
Vee
LED+
LED-
c
9
PT10
3.3V
C39
10uF
C32
100nF
3.3V
30
3
26
13
4
C5
100nF
3.3V 3.3V
R67
10k
C6
470pF
R17
100k0
AVCC
VCC
VCC
VCCIO
CON1
VDD
U2C
AGND
GND
GNG
3.3V
100
99
98
97
96
95
94
93
92
91
90
89
88
87
86
85
84
83
82
81
80
79
78
77
76
R14
33r2
PT9
C7
100nF
16
R13
5
TC 3
R16
10k0
1
LM 324
AN28/RE4
AN27/RE3
AN26/RE2
CSDO/RG13
CSDI/RG12
CSCK/RG14
AN25/RE1
AN24/RE0
AN23/CN23/RA7
AN22/CN22/RA6
C2RX/RG0
C2TX/RG1
C1TX/RF1
C1RX/RF0
VDD
VDDCORE
OC8/CN16/RD7
OC7/CN15/RD6
OC6/CN14/RD5
CO5/CN13/RD4
IC6/CN19/RD13
IC5/RD12
OC4/RD3
OC3/RD2
OC2/RD1
U1A
3
2
PGC1/AN6/RB6
PGD1/AN7/RB7
VREF-/RA9
VREF+/RA10
AVDD
AVSS
AN8/RB8
AN9/RB9
AN10/RB10
AN11/RB11
VSS
VDD
TCK/RA1
U2RST/RF13
U2CTS/RF12
AN12/RB12
AN13/RB13
AN14/RB14
AN15/CN12/RB15
VSS
VDD
U1CTS/CN20/RD14
U1RTS/CN21/RD15
U2RX/CN17/RF4
USTX/CN18/RF5
R15
10k
6
GND
37
REFERÊNCIAS
BOYLESTAD, R.L.; NASHELSKY, L. Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos. 8 ed.
São Paulo: Prentice Hall, 2004.
VEGTE, J.V. Fundamentals of digital signal processing. Ohio: Prentice Hall, 2002.
SADIKU, M.N.O. Fundamentos de circuitos elétricos. São Paulo: Bookman, 2003.
CUNHA, R.L.R. Qualidade da energia elétrica. Saber Eletrônica, Abril de 2007. p. 40
TECHNOLOGY, M.I. dsPIC30F4013 Data Sheet, U.S.A., 2007
INPE. Descargas Atmosféricas. Disponível em: www.inpe.br Acesso em: 23 mar. 2008.
ANEEL. Fator de Potência. Disponível em: www.aneel.gov.br Acesso em: 30 mar. 2008.
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MICHEL KONESKI JOSÉ ROBERTO BORTOLOTTO JUNIOR