CIODONTO Pós Graduação Lato sensu em Implantodontia José Roberto Zanetti “CARGA IMEDIATA EM MANDÍBULA: ESTUDO LONGITUDINAL.” Rio de Janeiro 2008 2 CIODONTO Pós Graduação Lato sensu em Implantodontia José Roberto Zanetti “CARGA IMEDIATA EM MANDÍBULA: ESTUDO LONGITUDINAL.” Monografia apresentada ao Centro de Pós-Graduação da Ciodonto para obtenção do Grau de Especialista em Odontologia. Área de concentração: Implantodontia Orientador: Profª. Drª. Flávia Rabello de Mattos Rio de Janeiro 2008 3 “CARGA IMEDIATA EM MANDÍBULA: ESTUDO LONGITUDINAL.” Monografia apresentada ao Centro de Pós-graduação da Ciodonto - CLIVO como requisito parcial para a obtenção do grau de especialista em Implantodontia. Aprovado em ____/___ /___ BANCA EXAMINADORA ______________________________________ Prof. Dr. Sergio Henrique Gonçalves Motta _____________________________ Profª. Drª Flavia Rabello Mattos ______________________________ Prof. Dr. Walter Luis Soares Fialho 4 EPÍGRAFE DEUS – que me permitiu a realização de mais uma etapa da minha vida profissional. 5 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a meu tio Miguel Tavares, que desde 1982, me recebeu em sua casa de abraços abertos e um coração escancarado, vem me conduzindo pela vida, me incentivando a crescer, a estudar e mostrando sempre o caminho correto para que eu me torne uma pessoa cada vez melhor. Não somos do mesmo sangue, mas sempre foi um pai e um grande exemplo pra mim. Acho que grande parte de tudo que conquistei em minha vida tem o seu aval e mais, tem o consentimento de uma pessoa que sempre esteve junto para somar, sem nunca pedir nada em troca. Por tudo que ele representou e representa em minha vida e por ser um homem simples, honesto e de um caráter sem igual. A você meu querido “dotor” sempre te amarei, nunca te esquecerei, onde estiver, estarei. 6 AGRADECIMENTOS Ao Prof. Dr. Sergio Motta, por acreditar em mim e na minha capacidade de evolução – meu orientador, competente e estimulante. A Profa. Dra. Flávia Rabello, minha orientadora, obrigado pelo embasamento teórico, pelos ensinamentos, e pela paciência. Ao Prof. Rogério Pacheco, pelo apoio e reflexões críticas, amigo desde os tempos da periodontia. Aos colegas do curso de Pós-Graduação, onde hoje formamos grandes amizades. A minha mãe Maria Elisa e a minha tia Wilma por tudo que fizeram por mim e pelo apoio dado nos momentos mais difíceis. Aos meus queridos tio Loro e tia Andréa, mais uma vez obrigado pela confiança, vocês estão no meu coração. À Luciana Fernandes Granja, minha namorada, obrigado pelo incentivo e apoio nas horas mais críticas. 7 RESUMO A implantodontia desenvolveu avanços notáveis à Odontologia Contemporânea, e a reabilitação oral com implantes tornou-se uma modalidade de tratamento amplamente aceita por pacientes edentados totais e parciais. A carga imediata oferece aos pacientes uma opção terapêutica mais rápida e confortável mantendo os mesmos índices de sucesso conseguidos através da técnica de cicatrização protegida, preconizada inicialmente. Este trabalho propõe através de uma revisão bibliográfica embasar um protocolo clínico e protético através de conceitos biológicos, mecânicos e protéticos, assim como uma revisão retrospectiva de casos de implantes instalados na região de mandíbula. Descrevendo as vantagens e desvantagens da carga imediata idealizado pelo Centro de Pós Graduação CIODONTO, na clínica CLIVO, através da apresentação de dois casos clínicos demonstrando uma alternativa terapêutica com implantes osseointegráveis em carga imediata em região da mandíbula. Palavras-chaves: carga imediata; mandíbula; implantes. 8 ABSTRACT The Implantodontic developed advances to contemporary dentistry, and oral rehabilitation with implants has become a kind of treatment widely accepted by both totally and partially edentulous patients. The immediate load offer to the patients a faster and comfortable therapeutic option maintaining the same success indexes gotten through the technique of protected healing extolled, extolled initially. This work bound, throw of bibliographic review, to support a clinic and prosthetic protocol, throw biologics, mechanics e prosthetics concepts, as a retrospective review about cases of implants fixed in mandibules. Describing an advantage and disadvantage of the immediate load idealized by pos graduation center CIODONTO throw the introduction of a clinic case, showing a therapeutic alternative with osseointegrated loaded implants in mandibles areas. Besides, show that the ability of the dentist is essential to obtain success in the technique, how so, his biologic knows, mechanics, prosthetics, advantage an disadvantage of load immediate. Key Words: Immediate loading; mandible; implants. 9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Rx panorâmico com os elementos 33, 32, 31, 41, 42, 43..................36 Figura 2 - Extrações atraumáticas dos elementos 33, 32, 31, 41, 42, 43..........36 Figura 3 - Osteoplastia realizada com brocas Maxcut........................................37 Figura 4 - Posicionamento do Guia Multifuncional.............................................37 Figura 5 - Paralelômetros posicionados após as perfurações...........................38 Figura 6 - Inserção de 5 implantes 3,75 mm x 13,00mm H.E............................38 Figura 7 - Implantes instalados com torque acima de 45N................................39 Figura 8 - Posicionamento dos mini-pilares cônicos..........................................39 Figura 9 - Rx panorâmico após instalação dos implantes..................................40 Figura 10 - Prótese tipo PF3 confeccionada aparafusada e metaloplástica........40 Figura 11 - Prótese fixa inferior instalada.............................................................41 Figura 12 - Rx panorâmico final, após instalação da prótese..............................41 Figura 13 - Rx panorâmico com os elementos 33, 32, 31, 41, 42, 43.................44 Figura 14 - Condição inicial do paciente..............................................................44 Figura 15 - Extrações e osteoplastia com brocas Maxcut....................................45 Figura 16 - Posicionamento do Guia Multifuncional.............................................45 Figura 17 - Moldagem com Guia Multifuncional com silicona de adição..............46 Figura 18 - Prótese tipo PF3 confeccionada aparafusada e metaloplástica........46 Figura 19 - Rx panorâmico final após instalação da prótese...............................47 Figura 20 - Rx panorâmico inicial para comparação com Rx final.......................47 10 LISTA DE ABREVIATURAS Rx - radiografia PF - prótese fixa Mm - milímetros µm - micrômetro Clivo - Centro Livre de Odontologia ASA - articulador semi ajustável mg - miligrama N - Newton D - densidade 11 LISTA DE TABELAS Tabela – 1. Distribuição da freqüência da relação de um estágio e dois estágios....47 12 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico – 1. Distribuição da freqüência do número de casos realizados em um estágio e dois estágios...............................................................................................47 Gráfico – 2. Diâmetro dos implantes..........................................................................48 Gráfico – 3. Comprimento dos implantes...................................................................48 13 SUMÁRIO RESUMO................................................................................................................7 ABSTRACT............................................................................................................8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES....................................................................................9 LISTA DE ABREVIATURAS................................................................................10 LISTA DE TABELAS............................................................................................11 LISTA DE GRÁFICOS..........................................................................................12 1 INTRODUÇÃO.................................................................................................15 2 PROPOSIÇÃO.................................................................................................17 3 REVISÃO DA LITERATURA...........................................................................18 3.1. PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS...........................................................................18 3.2. PRINCÍPIOS CIRÚRGICOS...........................................................................21 3.3. PRINCÍPIOS MECÂNICOS............................................................................23 3.4. PRINCÍPIOS PROTÉTICOS..........................................................................26 3.5. VANTAGENS E DESVANTAGENS...............................................................29 4 MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................32 4.1. PROTOCOLO CIRÚRGICO...........................................................................32 4.2. CASO CLÍNICO 1..........................................................................................34 4.3. CASO CLÍNICO 2..........................................................................................42 4.4. ANÁLISE ESTATÍSTICA................................................................................48 5 DISCUSSÃO...................................................................................................51 5.1. PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS...........................................................................51 5.2. PRINCÍPIOS CIRÚRGICOS..........................................................................52 5.3. PRINCÍPIOS MECÂNICOS............................................................................53 5.4. PRINCÍPIOS PROTÉTICOS..........................................................................54 14 5.5. VANTAGENS E DESVANTAGENS...............................................................54 5.6. ANÁLISE E RESULTADOS ESTATÍSTICOS.................................................55 6 CONCLUSÃO...................................................................................................57 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................58 15 1. INTRODUÇÃO A reabilitação oral através do uso de implantes osseointegráveis tornou-se um importante recurso. A expressão carga imediata define os implantes que sofrem carga mastigatória imediatamente após a realização dos estágios cirúrgicos e protéticos, sem a necessidade de esperar pelo processo da osseointegração. Schnitman et al. (1997) relataram sucesso da técnica de carga imediata, na realização com próteses provisórias em mandíbulas edêntulas, sendo os trabalhos descritos na literatura, enfatizam o protocolo de união rígida dos implantes através de uma infraestrutura como condição necessária para a viabilidade dos procedimentos. Randow et al. (1999) seguiram os conceitos de Brånemark, que introduziu um novo conceito em reabilitações de pacientes edêntulos em mandíbula – Brånemark Novum. Esse novo protocolo de tratamento incluía uma técnica cirúrgica precisa, utilizando-se guias, ligação rígida entre os implantes, componentes, barras cirúrgicas e protéticas pré-fabricadas, onde o tratamento poderia ser finalizado em sete horas. Bianchini et al. (2001) relataram as vantagens do uso da carga imediata em implantes osseointegráveis em única sessão cirúrgica, respeitando os aspectos psicológicos, sociais, financeiros favoráreis e o número reduzido de consultas. Tuller (2002) visando facilitar o acesso de um número maior de pessoas a técnica e simplificar os procedimentos cirúrgicos e protéticos, foi proposto um novo protocolo que busca reduzir os custos do tratamento. O protocolo para carga imediata personalizada, com estrutura metálica feita a partir de um molde do 16 paciente, pode ser cimentada ou aparafusada sendo, acrilizada sobre os cilindros de titânio, para posteriormente ser parafusada na boca. E outra vantagem desta modificação de protocolo é a possibilidade de utilização de ligas de metais não nobres que poderiam diminuir o custo final do tratamento, além de facilitar o trabalho laboratorial. Este tipo de reabilitação tornou-se acessível, devolvendo função e estética a um grupo cada vez maior de pacientes. Degibi et. al. (2003) citou que o sucesso da carga imediata, dependerá de uma indicação correta do caso, bem como conhecimento da técnica e destreza apurada por parte do cirurgião dentista. Veronese et al. (2005) concluíram que para o sucesso da carga imediata, vários pontos devem ser observados, principalmente a qualidade óssea apresentada pelo osso receptor, a estabilidade inicial no momento da colocação dos implantes e o local de sua colocação. Zorzal et al. (2005) concluíram aspectos importantes para o sucesso clínico da carga e função imediata: envolvendo uma boa escolha do paciente e uso de um apropriado protocolo para instalação dos implantes, tanto em maxila como em mandíbula. Sotto Maior et al. (2005) definiram que a carga imediata é apresentada como uma alteração do protocolo original dos implantes osseointegráveis e recomendaram um período de três à seis meses de reparo tecidual. Manso et. al. (2006) concluíram que a taxa de sucesso é semelhante aquela obtida com o protocolo de inserção de implantes em rebordos cicatrizados, para que a regeneração ocorra a superfície do implante deve estar a uma distância das paredes do alvéolo cerca de zero à dois milímetros. 17 2. PROPOSIÇÃO A proposta deste trabalho é fazer uma revisão bibliográfica através de um estudo longitudinal sobre a evolução da técnica de reabilitação oral com implantes osseointegráveis utilizando a carga imediata como referência para um tratamento confiável, com custos reduzidos e menor número de consultas para o paciente. Objetiva ainda embasar um protocolo clínico e protético idealizado pelo Centro Livre de Odontologia através da apresentação de dois casos clínicos demonstrando uma alternativa terapêutica com implantes osseointegráveis em carga imediata em região da mandíbula. Apresentar também uma tabela com o levantamento dos pacientes que realizaram carga imediata em mandíbula de 1999 até 2007 no Centro Livre de Odontologia, onde mostraremos: • Análise estatística descritiva sobre o índice de sucesso dos implantes osseointregráveis instalados na região da mandíbula e submetidos a carga imediata e reabilitados com uma prótese fixa metaloplástica no período entre 1999 até 2007; • Descrever um protocolo cirúrgico e protético idealizado pelo Centro de Pós Graduação CIODONTO na clínica CLIVO. 18 3. REVISÃO DA LITERATURA Há vários fatores envolvidos no sucesso do uso da carga imediata sobre os implantes osseointegráveis. Com isso, faremos uma revisão na literatura destacando ainda alguns fatores, tais como: princípios biológicos, cirúrgicos, mecânicos, protéticos, vantagens e desvantagens da carga imediata. 3.1 PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS Boyan et al. (1986) destacaram que os fatores ambientais ajudam a determinar se as células mesenquimais irão se diferenciar em fibroblastos, osteoblastos ou condroblastos. Davies (1996) concluiu que as células de origem mesenquimal são as principais responsáveis pela migração, colonização da superfície do implante e são extremamente sensíveis a características de superfície, como por exemplo, rugosidade e topografia. Becker et al. (1997) realizaram um estudo multicentro longitudinal prospectivo e avaliaram os resultados clínicos após a colocação e restauração de 135 implantes Brånemark em estágio único em maxilas e mandíbulas completamente e parcialmente edêntulas em 63 pacientes adultos. Concluíram que os resultados foram de 95,6 % de sucesso quando inseridos em osso de boa qualidade e quantidade. 19 Corso et. al. (1999) após estudo em quatro cães, instalaram quarenta implantes 3,3mm x 8mm, e concluíram que a alimentação consistente associada à carga imediata, não interferia na osseointegração, comprovando clinicamente e radiograficamente. Skalak (2001) relatou que a carga imediata promove uma estimulação precoce acelerando a neoformação e a remodelação óssea, mas não inibe a reabsorção do osso injuriado pelo trauma cirúrgico. Romanos et. al. (2002) relataram que a formação óssea ao redor de implantes submetido à carga imediata foi semelhante a um implante submetido a carga tardia. Souza et. al. (2003) concluíram que a carga imediata deve ser aplicada em indivíduos com boa qualidade e quantidade óssea. Lenharo et. al. (2004) relataram que a carga precoce em implantes osseointegráveis sempre foi interpretada como um fator decisivo para a indução da interposição de tecidos fibrosos. Observou que é dentro de um protocolo específico voltado para a obtenção de situações ideais à instalação dos implantes, pode-se utilizar a carga imediata sem que os implantes sofram encapsulação fibrosa e posterior falha. Muller et.al. (2004) concluíram que a estabilidade primária e o osso de boa qualidade são requisitos básicos para o sucesso da técnica da carga imediata. Pinto et al. (2004) relataram que quando se propõe uma terapia com implantes em um paciente edêntulo total mandibular, as possibilidades de reabilitação estarão na dependência de múltiplos fatores que incluem quantidade e qualidade óssea, desenho dos implantes, técnica cirúrgica, custos e preferência dos pacientes. 20 Freire et. al. (2005) concluíram em um estudo que o espaço entre o implante e as paredes ósseas de um alvéolo não podem ultrapassar 2,00mm de distância horizontal sob pena do implante não osseointegrar. Thomé (2005) relatou que a carga imediata é viável desde que haja a estabilidade primária dos implantes, que depende da qualidade óssea, técnica cirúrgica e desenho dos mesmos. Veronese et al. (2005) relataram que com a técnica da carga imediata foi obtido um alto índice de sucesso e satisfação do paciente. Observaram um aumento da densidade óssea e da função neuromuscular, em comparação com as técnicas tradicionais, ganhou-se tempo, reduziu-se o número de consultas e restabeleceu função e estética satisfatórias. Castilho et. al. (2006) relataram que a osseocompressão para a estabilidade primária vem se tornando cada vez mais freqüente. A necessidade de estímulo nos sítios ósseos por determinados tipos de desenhos de implantes é uma proposta cada vez mais presente. Souza et al. (2007) destacaram que a região anterior da mandíbula possui excelente qualidade e quantidade óssea, possibilitando um número e distribuição adequada dos implantes, com a taxa de sucesso para a carga imediata semelhante ao protocolo original de dois estágios. Cruz et al. (2007) constataram que dentre os requisitos necessários para o sucesso da carga imediata, destacam-se a quantidade e o volume ósseos adequados. Bianchini (2008) concluiu que para aplicar a carga imediata deve-se procurar um tecido ósseo mais denso que possibilite o travamento adequado dos implantes, que na mandíbula é entre os forames mentonianos. 21 3.2 PRINCÍPIOS CIRÚRGICOS Esposito et. al. (1998) descreveram que excessivos traumas cirúrgicos, contatos prematuros e infecções são habitualmente os causadores mais comuns de perda precoce de implantes. Corso et. al. (1999) concluíram que uma técnica cirúrgica atraumática e a estabilidade primária são fundamentais para obtenção da osseointegração. Tehemar (2000) realizou um estudo sobre os tecidos duros e moles ao redor dos implantes em alvéolos recém-extraídos, e concluiu que é importante reconhecer a severidade do defeito ósseo ao redor do implante, e assim entender a manipulação do tecido mole durante o procedimento cirúrgico. Santos et. al. (2003) concluíram que as variações das técnicas de colocação de implantes com carga imediata são mínimas, porém sempre seguem o protocolo do sistema Brånemark. Amaral et al. (2004) verificaram a importância do planejamento précirúrgico, analisando a anatomia mandibular e a relação entre arcos, fatores essenciais para o sucesso da carga imediata. Freire et. al. (2005) concluíram que a instalação imediata em alvéolos de extração é uma técnica com alto índice (95,6%) de sucesso e deve ser empregada para prevenir a atrofia óssea à perda do dente. Jiménez (2005) concluiu que do ponto de vista cirúrgico, o principal objetivo consiste em conseguir a estabilidade primária dos implantes, fator imprescindível para a se alcançar a osseointegração. 22 Zorzal et. al. (2005) concluíram que o sucesso a longo prazo da restauração definitiva, depende da habilidade clínica em manusear os tecidos moles e ósseo das regiões afetadas. Thomé et. al. (2007) demonstraram a carga imediata como mais uma alternativa, onde a prótese pode ser executada após o ato cirúrgico, onde poderá ser realizada através de uma cirurgia guiada, sem retalhos chamados “flapless”. 23 3.3 PRINCÍPIOS MECÂNICOS Tarnow et al. (1997) avaliaram a aplicação de carga imediata sobre 107 implantes rosqueados inseridos em 10 pacientes completamente edêntulos. Cada paciente recebeu em média, 10 implantes distribuídos tanto na maxila quanto na mandíbula, com comprimento mínimo de 10mm, e constatou que esta modalidade de tratamento é altamente viável. Concluíram que nunca devemos usar implantes menores que 10mm de comprimento quando o objetivo for a carga imediata. Randow et. al. (1999) observaram que o sucesso da técnica seria previsível desde que se alcançasse uma excelente estabilidade e uma possível corticalização dos implantes. Grunder et. al. (1999) realizaram um estudo onde instalaram 264 implantes em 143 pacientes, obtendo um índice de sucesso de 94,7% e notaram que os implantes teriam um tamanho mínimo de 10mm. Jaffin et. al. (2000) relataram em um estudo de 27 casos com carga imediata em pacientes edêntulos totais e parciais que o ideal é a utilização de implantes de 10mm de comprimento. Szmukler-Moncer et. al. (2000) consideraram dentre alguns aspectos preliminares para a aplicação da carga imediata que a micromovimentação ideal é de 50µm a 150µm. Skalak (2001), concluiu que para o osso mandibular ser submetido à carga imediata não pode ocorrer micromovimentações após a implantação. A magnitude do micromovimento que vai permitir a osseointegração varia entre 10µm a 20µm. 24 Souza et. al. (2003) concluíram que implantes de titânio com tratamento de superfície são mais recomendáveis no procedimento de um único estágio. O sucesso da osseointegração depende da instalação precisa do implante, boas condições de saúde do indivíduo, do controle da força aplicada e micromovimentos na interface osso implante. Constantino (2004) concluiu que para a aplicação de técnicas que ativam os implantes imediatamente após sua instalação, as exigências de estabilidade primária tornam-se ainda mais severas, exigindo que o corpo dos implantes permaneça imobilizado no osso mesmo após a aplicação de cargas mastigatórias. Amaral et al. (2004) afirmaram que é fundamental a importância do planejamento pré-cirúrgico analisando a anatomia mandibular e a relação entre arcos. Lenharo et. al. (2004) relataram que o excesso de micromovimentação durante a fase de cicatrização parece interferir diretamente com a reparação óssea. O grau tolerável de micromovimentação pode variar de 50µm a 150µm, pois não interferirá nos resultados do metabolismo ósseo, favorecendo uma neoformaçào óssea seguida de corticalização deste tecido, que se diferencia de forma saudável ao redor das superfícies de implantes. Muller et.al. (2004) concluíram que implantes longos e uma prótese rígida e bem equilibrada são requisitos que regem o sucesso da carga imediata. Neto et. al. (2004) concluíram que dois implantes de no mínimo 10mm, unidos entre si e instalados em osso de boa qualidade podem ser carregados imediatamente, caso apresentem estabilidade inicial igual ou menor que zero, medidos com Periotest®. 25 Jiménez (2005) destacou a importância do diâmetro do implante, sendo recomendado implantes de 3,75mm e 4,00mm de diâmetro, sempre que com eles se obtenha uma boa estabilidade primária. Thomé (2005) relatou que o osso recém-formado (no período de espera) não é melhor que o osso pré-existente, portanto se no ato cirúrgico conseguir um bom contato ósseo com o implante não faz sentido este período de espera. Silva et. al. (2006) concluem que os implantes de superfície tratada são os mais indicados para a modalidade de tratamento com carga imediata. Thomé (2007) salientou ser importante que a estabilidade inicial ocorra por um processo exclusivamente mecânico e que o tratamento de superfície é o responsável pela estabilidade secundária. Bianchini (2008) concluiu que os princípios básicos da carga imediata giram em torno da estabilidade inicial dos implantes. Se essa carga for colocada em implantes com pouco travamento inicial, poderá haver uma micromovimentação do implante com a conseqüente formação de um tecido fibroso na interface ossoimplante, ocasionando a perda da fixação. 26 3.4 PRINCÍPIOS PROTÉTICOS Santos et. al. (2003) concluíram que o sucesso da carga imediata depende de uma distribuição adequada dos esforços gerados sobre a plataforma oclusal, mediante a utilização de um esquema oclusal balanceado e equilibrado. Em próteses totais deve-se adotar a oclusão balanceada. Thomé et.al. (2004) relataram que a reabilitação protética deve manter os implantes esplintados por meio de barras rígidas, preferencialmente, com assentamento passivo, evitando micromovimentações que possam induzir a formação de uma cápsula fibrosa. Pinto (2005) realizou um estudo utilizando implantes Theo® (implante com formato de parafuso, com espiras auto-rosqueáveis, possui tratamento de superfície, corpo único, sem intermediários protéticos e idealizados para próteses aparafusadas) em carga imediata na mandíbula. Este implante foi idealizado para próteses parafusadas, assim sendo, possui uma coifa de titânio que se ajusta ao implante através de um parafuso passante. Concluiu que trata-se de um sistema viável para reabilitação de pacientes edêntulas totais inferiores, apresentando-se como uma técnica simples e eficaz que restabelece estética e função em um único tempo cirúrgico com a instalação imediata de uma prótese total fixa parafusada implanto-suportada provisória. Thomé (2005) concluiu que a carga imediata é viável desde que haja uma correta distribuição espacial dos implantes, juntamente com uma boa biomecânica durante o procedimento reabilitador. 27 Sartori (2005) relatou que dentro do contexto da carga imediata, a prótese trabalha em três momentos distintos: no preparo pré-cirúrgico, na confecção das próteses elegendo a técnica e os materiais, e no controle e manutenção dos casos. Vasconcelos et al. (2005) concluíram que a função imediata utilizando apenas três implantes e uma prótese fixa parafusada mostrou-se um procedimento fácil, seguro e com bom prognóstico. Relataram ainda que a utilização do guia multifuncional facilita, principalmente, a reabilitação dos procedimentos protéticos, diminuindo o tempo de tratamento e permitindo que profissionais com menos experiência façam um trabalho adequado e de qualidade. Gonçalves et. al. (2006) concluíram que os resultados obtidos utilizando carga imediata associada à overdenture foram similares aos observados em carga tardia. Padovan et. al. (2006) realizaram um estudo com carga imediata utilizando um novo protocolo chamado Neopronto®, onde permite diminuir o período de espera por meio de componentes pré-fabricados em sistema de carga imediata na mandíbula. O sistema Neopronto® consiste na instalação de três ou quatro implantes na região anterior da mandíbula e posicionado nos locais prédeterminados. O período médio entre o término da moldagem e a instalação da prótese foi de dez horas e o índice de sucesso (98%) desse trabalho foi compatível com o apresentado por Brånemark. Chiapasco et al. (2007) conduziram um estudo em seis pacientes com idade média de 56 anos, com atrofia mandibular severa, e que foram reabilitados com osso da calota craniana em região intermentoniana, e após oito meses esses pacientes receberam uma prótese do tipo overdenture logo após a inserção dos implantes, com sucesso de 95,7%. 28 Cruz et al. (2007) afirmaram que dentre os requisitos necessários para o sucesso da carga imediata, destaca-se a ausência de hábitos parafuncionais e a acrilização adequada da prótese. Bianchini (2008) citou que outro aspecto importante da carga imediata é a ferulização dos implantes. O travamento extremo do implante combinado com a análise precisa da oclusão e com o tipo de prótese que será confeccionado pode favorecer a aplicação da carga imediata. 29 3.5 VANTAGENS E DESVANTAGENS Tarnow et al. (1997) relataram que vários estudos clínicos foram documentados em que a carga imediata de implantes com uma prótese provisória, após o primeiro estágio cirúrgico, pode resultar em um alto índice de sucesso. Bianchini et. al. (2001) relataram que as vantagens do uso da carga imediata em implantes osseointegráveis são: uma única sessão cirúrgica, aspectos psicológicos, sociais, financeiros e o número reduzido de consultas. Santos et al. (2003) concluíram após estudo sobre carga imediata que as desvantagens são a confecção de uma prótese provisória imediata possibilitando a fratura da mesma devido às ações de cargas oclusais, além de existir a possibilidade de falhas no processo de cicatrização periimplantar. Santos et al. (2003) relataram as vantagens da carga imediata, sendo elas: a estética, redução do número de consultas e a reabilitação, mesmo que limitada, da função mastigatória. Souza et. al. (2003) concluíram que o tempo gasto com a reabilitação com carga imediata aumenta o bem-estar psicológico e social do paciente. Wolfinger et. al. (2003) relataram em sua conclusão que a carga imediata está contra-indicada em pacientes diabéticos e portadores de bruxismo. Junior et al. (2004) concluíram que a utilização de carga imediata em reabilitações implanto-suportadas inferiores totais é um tratamento previsível e que deve fazer parte das opções terapêuticas dos profissionais, trazendo benefícios e satisfação tanto para os pacientes como para os profissionais. Lenharo et.al. (2004) demosntraram que os protocolos de carga precoce e imediata são altamente previsíveis e favoráveis ao conforto do paciente, à estética e 30 função, garantindo uma condição clínica e histológica passível da indicação desta técnica como opção de tratamento e perdas unitárias e múltiplas. Muller et. al. (2004) concluíram que a satisfação do paciente com o tempo gasto para a reabilitação do paciente é um motivo que reforça a vantagem da indicação da carga imediata. Veronese et al. (2005) após realizarem um estudo com carga imediata e compararem com as técnicas tradicionais verificou-se a redução do número de consultas e restabelecimento da função e estética. Curcio et al. (2005) realizaram um estudo com esteriolitografia em carga imediata, e concluíram que a tecnologia veio para agilizar o tratamento e diminuir custos ao paciente. Freire et. al. (2005) concluíram que a grande vantagem do tratamento com implantes imediatos em alvéolos após sua extração é a manutenção da atrofia óssea. Campos et. al. (2006) concluíram que o protocolo com carga imediata funcional demonstrou bom resultado clínico e alto grau de satisfação do paciente, principalmente pela redução de custos e a diminuição do tempo de tratamento. Diniz et. al. (2006) relataram que a vantagem da técnica da carga imediata é a redução das etapas na reabilitação oral com uso dos implantes osseointegráveis, possibilitando assim ao paciente ter uma prótese em função no menor espaço de tempo possível. Gonçalves et. al. (2006) consideraram que a carga precoce na região intermentoniana é altamente aceitável, trazendo maior conforto e segurança ao paciente, bem como imediata função e estética. 31 Padovan et. al. (2006) concluíram em seu estudo com o Sistema Neopronto®, onde se faz a cirurgia com um gabarito cirúrgico posicionado em um local pré-determinado, que uma grande vantagem é o tempo gasto entre a instalação do implante e a instalação da prótese que foi de aproximadamente 10 horas. Silva et. al. (2006) relataram a desvantagem do tratamento com carga imediata em pacientes portadores de parafunção e também pacientes fumantes. Souza et al. (2007) concluíram que o protocolo da carga imediata reduz a ansiedade do paciente e a inconveniência funcional e estética em relação ao procedimento de dois estágios, que pode durar meses ou mesmo anos. Bianchini (2008) indica a carga imediata em osso denso que permita o travamento com pelo menos 40N, com implantes de plataforma regular ou larga e que esses implantes estejam ferulizados através de próteses fixas. Contra indica a carga imediata em pacientes que se enquadra nos fatores de risco. 32 4. MATERIAIS E MÉTODOS Através de um levantamento retrospectivo de estudo de casos feito com autorização por escrito dos pacientes em um termo de concientização, recolhemos dados sobre cinqüenta casos com um estágio e dois estágios na reabilitação do paciente. Ilustraremos com dois casos selecionados. 4.1 PROTOCOLO CIRÚRGICO Para que pudesse ser realizado o tratamento com implantes com carga imediata nos pacientes do Centro de Pós Graduação CIODONTO, na clínica Clivo, foi proposto um protocolo cirúrgico e protético. Todos os pacientes são ASA I saudáveis, possuem perfil psicológico colaborador, atento e motivados. Foram realizados exames clínicos e avaliações radiográficas através de Rx panorâmico, Rx periapical completo e tomografia computadorizada em todos os pacientes. Os pacientes estavam cientes pela opção desta modalidade terapêutica e das outras opções possíveis para os seus tratamentos. Foram feitas as escolhas conscientes para este tipo de terapia e os pacientes assinaram um termo de responsabilidade. Em relação à saúde bucal, os pacientes apresentavam saúde periodontal e higiene bucal em níveis aceitáveis, não apresentando hábitos ou distúrbios parafuncionais. Foram feita as moldagens para as arcadas superior e inferior e montagem no ASA, para que pudessem ser confeccionado o enceramento diagnóstico e a confecção de um guia multifuncional. As mensurações foram feitas nas radiografias e nos modelos de estudo, assim como na região a ser implantada na boca dos pacientes para que 33 pudéssemos determinar o diâmetro e o comprimento dos implantes, com mais precisão. Em relação ao protocolo medicamentoso, foi utilizado pela clínica Clivo: amoxilina 500mg – 4 cápsulas 2 horas antes da cirurgia e 4 cápsulas 8 horas após a primeira dose; dexametasona 4mg – 2 comprimido 1 hora antes da cirurgia, 1 comprimido após 24 horas e 1 comprimido após 48 horas; paracetamol de 750mg – 1comprimido de 6 em 6 horas em caso de dor; complexo B – 1 drágea após refeições (almoço e jantar) por 30 dias; vitamina C 500mg – 1 comprimido por dia por 30 dias e bochechar com Periogard (solução oral) antes da cirurgia e após 3 vezes ao dia durante 15 dias. No protocolo anestésico foi utilizado inicialmente prilocaína, pelo seu efeito rápido, em seguida mepivacaína pelo seu efeito duradouro e complementado com lidocaína 2% 1/50000 em toda a extensão incisional. 34 4.2 CASO CLÍNICO 1 Paciente EAM do sexo feminino, 76 anos, procurou o Centro de Pós Graduação CIODONTO, na CLIVO, com histórico de perda dentária dos elementos posteriores inferiores, apresentando elevada perda óssea na região posterior de mandíbula bilateralmente, impossibilitando inclusive a enxertia óssea com finalidade de ganho em altura e espessura (figura 1). Foi realizada antissepsia com clorexidina à 2% na área extraoral e na cavidade intraoral com periogard através de bochecho antes da cirurgia, anestesia bilateral troncular nos mentonianos com prilocaína, mepivacaína e lidocaína. Foi realizada uma incisão na altura da crista óssea na região de mentoniano à mentoniano. O descolamento do retalho mucoperiósteo total sem dilaceração foi realizado objetivando avaliar a cortical lingual, a localização dos nervos mentonianos e a profundidade de seus forames. Prosseguimos com o aplainamento das cristas ósseas sob intensa irrigação com soro fisiológico estéril, criando uma plataforma óssea com angulação vestíbulo lingual e largura adequadas. Os procedimentos tradicionais para brocagem recomendados pela empresa foram seguidos para a instalação de implantes de 3,75mm de diâmetro e 13,00mm de comprimento da empresa comercial SIN. Como a paciente apresentava elementos dentários anteriores (do elemento 43 ao 33), optou-se pela exodontia (figura 2) dos mesmos e aplainamento do osso alveolar com broca maxicut® (figura 3). Foi confeccionado um guia multifuncional para auxiliar no direcionamento e posicionamento dos implantes (figura 4). Realizadas as perfurações e a colocação dos paralelômetros (figura 5), inserimos cinco implantes na região intermentoniana (figura 6 e 7). Finalizada a fase cirúrgica, iniciamos imediatamente a fase protética, foram instalados os mini pilares 35 cônicos (figura 8). Conforme ilustrado na figura 9, pedimos uma radiografia panorâmica, após a implantação para confirmar o posicionamento dos implantes. Foi confeccionada uma prótese total fixa (PF3) imediata (figura 10). Instalação da prótese no paciente (figura 11). Foi realizado mais um rx panorâmico após o término do trabalho (figura 12). 36 Figura 1 – Rx panorâmico com a presença dos elementos 33, 32, 31, 41, 42, 43. Figura 2 – Extrações atraumáticas nos elementos 33, 32, 31, 41, 42, 43. 37 Figura 3 – Osteoplastia realizada com brocas Maxcut®. Figura 4 – Posicionamento do Guia Multifuncional. 38 Figura 5 – Paralelômetros posicionados após a realização das perfurações. Figura 6 – Inserção de cinco implantes 3,75mm X 13,00mm hexágono externo. 39 Figura 7 – Implantes instalados, com torque acima de 45N. Figura 8 – Posicionamento dos mini pilares cônicos instalados 3 hs após a cirurgia de implantação. 40 Figura 9 – Rx panorâmico após instalação dos implantes osseointegráveis. Figura 10 – Prótese tipo PF3 confeccionada aparafusada em metaloplástica. 41 Figura 11 – Prótese fixa inferior instalada. Figura 12 – Rx panorâmico final, após instalação da prótese. 42 4.3 CASO CLÍNICO 2 Paciente JP do sexo masculino, 72 anos, procurou o Centro de Pós Graduação CIODONTO, na CLIVO, com histórico de perda dentária dos elementos posteriores inferiores e desdentado total superior. Apresentando elevada perda óssea na região posterior de mandíbula bilateralmente, impossibilitando inclusive a enxertia óssea com finalidade de ganho de altura e espessura (figura 13). Foi realizada antissepsia com clorexidina à 2% na área extraoral e na cavidade intraoral com periogard através de bochecho antes da cirurgia, anestesia bilateral troncular nos mentonianos com prilocaína, mepivacaína e lidocaína (figura 14). Foi realizada uma incisão na altura da crista óssea na região de mentoniano à mentoniano. O descolamento do retalho mucoperiósteo total sem dilaceração foi realizado objetivando avaliar a cortical lingual, a localização dos nervos mentonianos e a profundidade de seus forames (figura 15). Prosseguimos com o aplainamento das cristas ósseas sob intensa irrigação com soro fisiológico estéril, criando uma plataforma óssea com angulação vestíbulo lingual e largura adequadas. Os procedimentos tradicionais para brocagem recomendados pela empresa foram seguidos para a instalação de implantes de 3,75mm de diâmetro e 13,00mm de comprimento da empresa comercial SIN. Como a paciente apresentava elementos dentários anteriores (do elemento 43 ao 33), optou-se pela exodontia (figura 15) dos mesmos e aplainamento do osso alveolar com broca maxicut® (figura 15). Foi confeccionado um guia multifuncional para auxiliar no direcionamento e posicionamento dos implantes (figura 16). Realizadas as perfurações e a colocação dos paralelômetros, inserimos cinco implantes na região intermentoniana. Finalizada a fase cirúrgica, iniciamos 43 imediatamente a fase protética, foram instalados os mini pilares cônicos. Foi realizada moldagem com o guia multifuncional utilizando silicona de adição (figura 17). Foi confeccionada uma prótese tipo PF3 parafusada e metaloplástica (figura 18). Foi realizada uma nova radiografia panorâmica para confirmar a instalação e o posicionamento dos implantes (figura 19). Mostramos em seguida a panorâmica inicial para comparação com a panorâmica final (figura 20). 44 Figura 13 – Rx panorâmico com a presença dos elementos 33, 32, 31, 41, 42, 43. Figura 14 – Condição inicial do paciente. 45 Figura 15 – Extrações e osteoplastia com brocas Maxcut®. Figura 16 – Posicionamento do Guia Multifuncional. 46 Figura 17 – Moldagem com Guia Multifuncional utilizando silicona de adição impregum. Figura 18 – Prótese tipo PF3 confeccionada aparafusada e metaloplástica. 47 Figura 19 – Rx panorâmico final, após instalação da prótese. Figura 20 – Rx panorâmico inicial para comparação com o Rx panorâmico final. 48 4.4 ANÁLISE ESTATÍSTICA DESCRITIVA A análise estatística dos dados foi elaborada através de uma Tabela de Contingência, onde consiste no propósito de estudar a relação entre duas variáveis de classificação. Neste estudo, avaliou-se o número de casos de pacientes que realizaram a técnica de um estágio (carga imediata) e de dois estágios (carga tardia) para a reabilitação total fixa inferior. A seguir, demonstra-se através de gráficos e tabelas os resultados alcançados com carga imediata realizados no Centro de Pós Graduação CIODONTO, na clínica Clivo. Técnica Número de casos Um estágio (carga imediata) 11 Dois estágios (carga tardia) 39 Total 50 Tabela 1: Distribuição da freqüência da relação um estágio e dois estágios. 60 Prótese Total Fixa Inferior: número de casos. 50 40 30 20 10 0 Um estágio Dois estágios Gráfico 1: Distribuição da freqüência do número de casos realizados em um estágio e em dois estágios cirúrgicos. 49 Na Tabela 1 e no Gráfico 1, demonstram que no total de 50 próteses fixas total inferior realizadas entre o ano de 1999 à 2007, o número de casos em que as próteses foram instaladas no mesmo ato cirúrgico que os implantes osseointegráveis foram em número de onze, cujo total corresponde uma porcentagem de 22%. Com relação ao tamanho dos implantes pode-se notar nos gráficos 2 e 3 que se seguem, o comprimento e o diâmetro mais utilizados. DIÂMETRO DOS IMPLANTES 3,75mm = 35 imp (62,5%) 4,00mm = 20 imp (36%) 3,25mm = 1 imp (1,5%) Gráfico 2: diâmetro dos implantes. COMPRIMENTO DOS IMPLANTES 13,00mm = 37 imp (66%) 15,00mm = 10 imp (18%) 11,50mm = 5 imp (9%) 11,00mm = 2 imp (3,5%) 10,00mm = 2 imp (3,5%) Gráfico 3: comprimento dos implantes. 50 Conforme o gráfico 2 mostra, 62,5% dos implantes tem diâmetro de 3,75mm, 36% tem diâmetro de 4,00mm e apenas 1,5% tem diâmetro de 3,25mm. Já em relação ao comprimento do implante, notamos que 66% dos implantes tem comprimento de 13,00mm, 18% tem comprimento de 15,00mm, 9% tem comprimento de 11,5mm, 3,5% tem comprimento de 11,00mm e 3,5% tem comprimento de 10,00mm. A carga imediata em mandíbula vem sendo realizada no Centro de Pós Graduação CIODONTO, na clínica Clivo, e desde então não temos relato de perda de implantes, ou seja, até o presente temos 100% de sucesso. 51 5. DISCUSSÃO O tratamento com implantes de pacientes edentados totais ou parcialmente pode ser feito com próteses fixas utilizando a técnica da carga imediata. É importante ressaltar os princípios biológicos, cirúrgicos, mecânicos, protéticos e as vantagens e desvantagens. 5.1 PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS Boyan et al. (1986), Davies (1996) para eles as células mesenquimais irão se diferenciar em fibroblastos, osteoblastos ou condroblastos e são as responsáveis pela migração e colonização da superfície do implante. Becker et al. (1997), Souza et. al. (2003), Lenharo et. al. (2004), Muller et. al. (2004), Pinto et. al. (2004), Thomé (2005), Souza et. al. (2007), Cruz et. al. (2007), Bianchini (2008) concluíram que a carga imediata devem ser aplicadas em indivíduos com boa qualidade e quantidade óssea. Já Corso et. al. (2004) acha que a alimentação não vai interferir na osseointegração. Skalak (2001), Romanos et. al. (2002) acharam que a carga imediata promove uma neoformação e remodelação óssea semelhante a um implante submetido à carga tardia. Freire et. al. (2005) porém, disseram que a distância entre o implante e as paredes ósseas de um alvéolo não podem ultrapassar 2,00mm sobre o risco do implante não osseointegrar. 52 Veronese et. al. (2005), Castilho et. al. (2006) relataram o aumento da densidade óssea e da função neuromuscular em função dos estímulos nos sítios ósseos. Através deste trabalho concordamos que a carga imediata deve ser aplicada em indivíduos com boa qualidade e quantidade óssea para se chegar à estabilidade primária, verificamos uma neoformação e remodelação óssea semelhantes à carga tardia. 5.2 PRINCÍPIOS CIRÚRGICOS Esposito et. al. (1998), Corso et. al. (1999), Zorzal et. al. (2005) relataram que excessivos traumas cirúrgicos são os causadores mais freqüentes da perda precoce dos implantes. Para Tehemar (2000), Amaral et. al. (2004), Freire et. al. (2005) concordam que é importante reconhecer a severidade do defeito ósseo, e assim saber fazer uma boa manipulação do tecido mole e duro. Já Thomé ET. AL. (2007) defende uma técnica, cirúrgica, para a carga imediata sem abertura de retalhos. Tivemos em nossos resultados uma boa manipulação dos tecidos moles e duros, evitando excessivos traumas cirúrgicos e mantivemos uma intensa irrigação o que nos levou ao sucesso da etapa cirúrgica. Santos et. al. (2003), Jiménez (2005) para eles a variação da técnica de carga imediata é mínima em relação à carga tardia e o importante é alcançar a estabilidade primária. 53 5.3 PRINCÍPIOS MECÂNICOS Tarnow et. al. (1997), Grunder et. al. (1999), Jaffin et. al. (2000), Neto et. al. (2004) concordam que nunca devemos usar implantes menores que 10,00mm de comprimento quando o objetivo for a carga imediata. Em nossos estudos todos os implantes são iguais ou maiores que 10,00mm. Szmukler-Moncer et. al. (2000), Lenharo et. al. (2004) consideram que a micromovimentação pode variar no máximo de 50µm a 150µm. Já Skalak (2001) acha que para o sucesso da carga imediata a micromovimentação pode variar somente entre 10µm a 20µm. Souza et. al. (2003), Silva et. al. (2006), Thomé (2007) acham importante que o implante tenha tratamento de superfície, assim acarretará em melhor osseointegração. Já Thomé (2005) acha que se conseguir um bom contato osso implante durante o ato cirúrgico a carga imediata será bem indicada. Randow et. al. (1999), Constantino (2004), Jiménez (2005), Bianchini (2008) afirmaram que o importante para a carga imediata é a estabilidade primária e que os implantes tenham 3,75mm a 4,00mm de diâmetro. Em nossos resultados 96,5% dos implantes tem diâmetro igual ou maior que 3,75mm. Amaral et. al. (2004), Muller et. al. (2004) cobram um bom planejamento pré-cirúrgico com implantes longos e próteses bem equilibradas. Concordamos que implantes maiores que 10,00mm de comprimento e com tratamento de superfície são os recomendáveis para a carga imediata, pois assim terá um bom contato osso implante. 54 5.4 PRINCÍPIOS PROTÉTICOS Santos et. al. (2003), Thomé (2005), Bianchini (2008), Sartori (2005) dizem que o sucesso da carga imediata depende de uma distribuição adequada dos esforços gerados sobre a plataforma oclusal. Thomé et.al. (2004) disseram que a reabilitação protética deve manter os implantes esplintados por meio de barras rígidas. Cruz et. al. (2007) afirmam ainda, que para o sucesso da carga imediata e consequentemente da prótese, a ausência de hábitos parafuncionais é fundamental. Pinto (2005), Vasconcelos et. al. (2005), Padovan et. al. (2006) defendem a função imediata utilizando apenas três implantes e prótese fixa parafusada Gonçalves et.al. (2006), Chiapasco et. al. (2007) afirmaram que os resultados obtidos utilizando carga imediata associada a overdenture foram similares aos observados em carga tardia. Achamos que para o sucesso da carga imediata, os implantes devem estar bem distribuídos e esplintados sobre a plataforma oclusal. 5.5 VANTAGENS E DESVANTAGENS Bianchini et. al. (2001), Santos et. al. (2003), Souza et. al. (2003), Junior et. al. (2004), Lenharo et. al. (2004), Muller et. al. (2004), Veronese et. al. (2005), Curcio et. al. (2005), Campos et. al. (2006), Gonçalves et. al. (2006), Souza et. al. (2007) concordam com as vantagens para a carga imediata, sendo elas o tempo gasto, aspectos psicológicos e sociais para o paciente, e também a redução de 55 custos. Para Tarnow et. al. (1997) a utilização de uma prótese provisória vai garantir o alto índice de sucesso da carga imediata. Santos et. al. (2003) contra-indicam a carga imediata em casos que a prótese provisória venha fraturar, além de falhas no processo de cicatrização periimplantar. Wolfinger et. al. (2003) contra-indicam a carga imediata para pacientes diabéticos e bruxistas. Para Silva et. al. (2006), Bianchini (2008) contra-indicam o uso da carga imediata em pacientes portadores de parafunção e também em pacientes fumantes. Bianchini (2008) só indica a carga imediata em osso denso que permita o travamento com pelo menos 40N, implantes largos e que estejam ferulizados através de prótese fixas. Diniz et. al. (2006), Padovan et. al. (2006) concordam que a grande vantagem do tratamento com implantes osseointegráveis com a técnica de carga imediata é a redução do tempo gasto para sua conclusão. Para Freire et. al. (2005) relataram que a vantagem do tratamento com implantes osseintegráveis utilizando a técnica da carga imediata é a manutençào da atrofia óssea. Pode-se dizer que as vantagens se sobressaem em relação as desvantagens. Portanto a redução de consultas, os aspectos psicológicos e sociais do paciente e os custos são altamente favoráveis à carga imediata. 5.6. Análise e Resultados Estatísticos Na análise e nos resultados estatísticos, constatamos que 62,5% dos implantes utilizados têm diâmetro de 3,75mm e 36% tem diâmetro de 4,00mm, considerados ideais para uma boa estabilidade primária em carga imediata, 56 concordando com os estudos relatados por Randow et. al. (1999), Constantino (2004), Jiménez (2005). Todos os implantes utilizados em nossos estudos apresentavam comprimentos maiores que 10,00mm, o que favoreceu o alto índice de sucesso (100%), estando de acordo com Tarnow et. al. (1997), Grunder et. al. (1999), Jaffin et. al. (2000) e Neto et. al. (2004). 57 6. CONCLUSÃO De acordo, com a revisão bibliográfica e com a análise estatística descritiva em nossos estudos, concluímos que é necessário respeitar alguns aspectos fundamentais para o sucesso da carga imediata: • planejamento cirúrgico-protético prévio; • utilizar implantes maiores que 10mm de comprimento; • utilizar implantes com no mínimo 3,75mm de diâmetro; • estabilidade primária com torque de inserção de 45 N; • implantes esplintados com barra metálica; • qualidade óssea adequada, densidade DII; • a destreza manual do cirurgião-dentista. Concluímos ainda, que a carga imediata foi possível em 20% dos pacientes atendidos no Centro de Pós Graduação CIODONTO, na clínica CLIVO e que o diâmetro e o comprimento mais utilizados dos implantes foi de respectivamente 3,75mm e 13,00mm. 58 7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Amaral J.M.B.L., Duarte L.R., Peredo L.G., Lira H.G., Implantes com carga imediata em mandíbulas edêntulas. Rev. Bras. Implant., p.22-24, Jul-Set/2004. Becker W., et al., One-step surgical placement of Brånemark implants: A prospective multicenter clinical study. Int. J Oral Maxillofac Implants 1997;12:454462. Bianchini, M.A., Magini, R.S., Cardoso A.C., Cardoso D.F. RBO – v. 58, 400-402, n. 6, Nov/Dez, 2001. Bianchini M.A., O passo a passo cirúrgico na implantodontia da instalação à prótese. Ed. Santos 2008, cap.13, p.305-329. Boyan BD, Hummert TW, Dean DD, Schwartz Z. Role of material surfaces regulating bone and cartilage cell response. Biomaterials 1986;17(2):136-46. Campos J.L.G., Chagas J.F.S., Campos D.C.F., Carga imediata functional como alternative de tratamento. Innovations Implant Journal – Biomaterials and Esthetics v. 1, n. 2, Dez 2006. Castilho A.A., Oliveira S., Itinoche M.K., Marocho S.M.S., Pereira S.M.B., Bortoli Jr. N., A influência da osseocompressão na estabilidae de implantes: revisão de literatura. Implant News v. 3, n. 5, p 469-473, Set-Out/2006. Chiapasco M., Gatti C., Gatti F. Immediate loading of dental implants placed in severely resorbed edentulous mandibules reconstructed with autogenous calvarial grafts. Clin. Oral Impl. Res. 18, p.13-20, 2007. Constantino A. Osseocompressão. Otimizando a estabilidade primária para a ativação imediata de implantes. Implant News v.1, n.3, p.219-26, Mai/Jun 2004. 59 Corso M., et al., Clinical and radiographic evaluation of loaded free-standing dental implants with various coatings in beagle dogs. The journal of Prosthetic Dentistry, v.82,n.4, p. 428-435, 1999. Cruz R.M., Cunha H.A., Júnior W.M., Vieira I.B.. Carga imediata em mandíbula sem uso de barra metálica: Sistema IOL. Relato de caso clinic. Implant News 2007; 4(5):543-6. Curcio R., Perin G.L., Chilvarquer I., Borri M.L., Ajzen S., Planejamento reverse com estereolitografia em carga imediata em mandíbula edêntula: noata técnica. Implant News v.2, n.4, Jul-AGO/2005. Davies JE. In vitro modeling of the bone/implant interface. Anat Rec 1996;245(2):426-45. Degibi M, Piattelli A. Immediate functional and non-functional loading of dental implants: a 2-to 60-month follow-up study of 646 titanium implants. J Periodontal 2003;74(2):225-41. Esposito M., et. Al. Biological factors contributing to failures of osseointegrated oral implants (II). Etiopathogenesis. Eur J Oral Sci, v.106, n.3, p. 721-764, Jun 1998. Freire F.M., Vidigal Jr G.M., Manso M.C., Conz M.B., Estágio atual do tratamento do espaço entre a parede óssea e a superfície do implante em alveolos de extração: Revisão de literature. Rev. Bras. Implant. p.17-22, Out-Dez/2005. Gonçalves F., Soldani C., Gasparini J.L.B., Zanetti A.L., Overdenture – extração dentária e instalação de implantes temporaries, carga precoce e barra ajustável pré-fabricada. Relato de caso clinico. Rev. Bras. Implant. Abr-Jun/2006. Grunder U., et. al., A 3-year prospective multicenter follow-up report on the immediate and delayed-immediate placement of implants. Int J Oral Maxillofac Implants 1999; v.14, n.2, p.221-216. 60 Jaffin R.A., Kumar A., BermanC.L., Immediate loading of implants in partially and fully edentulous jaws: a series of 27 case reports. J. Periodontol v. 7, n.5, p. 833838, May 2000. Jiménez L.V. Carga ou função imediata em implantodontia. Cap. 1, p. 13-25, ed. Quintessence 2005. Júnior W.R. et al. Reabilitação fixa inferior implant-suportada com carga imediata utilizando sistema Ankilos-Syncone. Rev. Bras. Implant. p.6-8, Jul-Set/2004. Lenharo A., Cosso F., Carga imediata em um único element dental. Um protocol de duas horas. Implant News v.1, n.2, p. 145-152, Mar/Abr 2004. Manso M.C., Freire F.M., Harari N.D., Vidigal Jr. G.M., Fatores locais relacionados à instalação de implantes imediatos em alveolos de extração: Revisão de literature. Rev. Bras. Implant. p. 16-21, Jul-set/2006. Muller A., Silva A.C. B.R., Schmidt L.T.H., Implante unitário submetido a carga imediata. RGO, 52 (1): 27-30, Jan/Fev/Mar, 2004. Neto P.T., Camargo L.O.A., Veiga J.L. Critérios clínicos de estabilidade inicial e qualidade óssea para o carregamento imediato de implantes osseointegrados. Implant News v.1, n.1, p. 61-66, Jan/Fev 2004. Padovan L.E.M., Ayub E.A., Batista J.G., Thomé G., Munerato M.S., Neopronto®: um novo protocolo para reabilitação oral com implantes em carga imediata namandíbula. Relato de caso. Rev. ABO Nac. V.14, n.1, p. 25-30, Fev-Mar/2006. Pinto J.T., et al. Protocolo para instalação de um novo sistema de implantes com carga imediata. Relato de caso clinic. Rev. Bras. Implant. p.24-6, Out-Dez/2004. 61 Pinto J.T., Pinto K.C.A.T., Protocolo Theo® - Um novo conceito para implantes com carga imediata em pacientes edentulous totais. Relato de caso clinico. Rev. Bras. Implant. p. 19-22, Jan-Mar/2005. Randow K, Ericsson I, Nilner K, Petersson A, Glantz P.O. Immediate functional loading of Brånemark dental implants. A 18-month clinical follow-up study. Clin Oral implants Res 1999;10:8-15. Romanos G.E. et. al. Histologic and histomorphometric evaluation of peri-implant bone subjected to immediate loading: An experimental study with Macaca Fascicularis. The international Journal of Oral & Maxillofacial implants. v17, n.1, p. 44-51, 2002. Santos D.K., Machado R.O., Ribeiro N.R., Cunha V.P.P., Marchini L., Carga imediata sobre implantes dentários. Rev Bras Implant & protese sobre implantes, Curitiba v.10, n.37, p.19-23, 2003. Sartori I.A.M. Implantes osseintegrados e carga imediata – Abordagem protética. Implant News v.2, n.5, p.464-5, set-Out/2005. Schinitman PA, Wohrle PS, Rubenstein JE, Da Silva JD, Wang NH. Ten year results for Brånemark implants immediate loaded with fixed prostheses at implant placement. Int Oral Maxillofac implants 1997;12:495-503. Silva G.C.C., Cosso M.G., Mendonça J.A.G., Castilho G.A.A., Perspectivas atuais da restauração imediata em implantes unitários. Implant News v.3, n.1, p. 63-67, Jan-Fev/2006. Skalak R. A brief essay on the philosophy of a one-step versus a two-step procedure for osseointegrated fixture-supported dental prostheses. In: Brånemark, P.I. The Brånemark Novum protocol for same-day teeth-A global perspective. Berlin: Quintessence;2001. 62 Szmukler-Moncler S., Piattelli A., Favero G.A., Dubruille J-H. Considerations preliminary to the application of early and immediate loading protocols in dental implantolgy. Clin Oral Implant Res 2000: 11:12-25. Sotto Maior B.S., et al., Prótese total inferior implanto suportada com carga imediata. Rev. Bras. Implant. p.5-7, Out-Dez/2005. Souza J.R., Ramalho S.A., Mantesso A., Simone J.L., Instalação de implantes osseointegrados com carga imediata. RGO, 51 (4): 358-365, Out 2003. Souza A.A.F., Castro L.V.C., Carga imediata simultânea em maxila e mandíbula. Revista Implant News 2007; 4(5):523-7. Tarnow, D. P.; Emtiaz, S.; Classi, A. Immediate loading of threaded implants at stage 1 surgery in edentulous arches: ten consecutive case reports with 1 - to 5years data. Int. J. Oral Maxillofac. Implants, Chicago, v. 12, n. 3, p. 319-324, June 1997. Tehemar S.H., Classificação e modalidades de tratamento para implantes imediatos. Tecidos duros e condições dos tecidos moles. Rev.Bras.Implant. p. 2328, Jul-Set/2000. Thomé G. Fundamentação Biológica e opções da técnica para mandíbula. Implant News v.2, n.5, p.468-9, Set-Out/2005. Thomé G., Molinari A. R. D. M., Melo A. C. M. Carga imediata em mandíbulas edêntulas: Uma alternativa reabilitadora com barras pré-fabricadas. Descrição da técnica e caso clínica. Implant News, v.1, n.4, p.303-11, 2004. Thomé G., Bernardes S., Buche A., Ana Flávia. Jornal do ILAPEO, v. 1, ano 1, n. 3, p. 8-12, Jul/Ago/Set 2007. Tuler, R. F. Avaliação da aplicabilidade de prótese modificada em reabilitações totais inferiores tipo protocolo, implantossuportadas, em sistema de carga 63 imediata: estudo clínico e radiográfico. Bauru, p.2-122, 2002. Vasconcelos L.W., Petrilli G., Vasconcelos R.C.B., Kobayashi F., Carvalho R.S., Função imediata em mandíbula: simplificação da técnica. Implant News v.2, n.2, p.147-152, Mar-Abr/2005. Veronese R.M., Visioli A., Herrera E., Hasse P.N., Prótese total inferior implantsuportada com carga imediata – Protocolo cirúrgico protético. Implant News v.2, n.1, p.63-68, Jan/Fev 2005. Wolfinger G.L., Balshi T.J., Ranger B., Immediate functional loading of Brånemark System Implants in edentulous mandibles: clinical report of the results of developmental and simplified protocols. Int J Oral Maxillofac Implants 2003;18:250-257. Zorzal M.F.B., Vidigal Jr. G.M., Harari N.D., Manso M.C., Carga imediata e função precoce em implantes. Rev. Bras. Implant. p.13-16, Out-Dez/2005.