Um dos maiores especialistas em Concursos Públicos do País
EM
5
a
CONCURSOS
Edição
FCC
6.000
QUESTÕES
COMENTADAS
BÔNUS
ON-LINE
SUMÁRIO
1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
1
1.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ......................................................................................................................................1
2.
REDAÇÃO, COESÃO E COERÊNCIA .........................................................................................................................38
3.
CONCORDÂNCIA VERBAL E CONCORDÂNCIA NOMINAL..............................................................................49
4.
ANÁLISE SINTÁTICA ....................................................................................................................................................62
5.
QUESTÕES COMBINADAS ........................................................................................................................................73
2. RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICA
1.
88
ESTATÍSTICA..................................................................................................................................................................88
3. DIREITO CONSTITUCIONAL
92
1.
DEFESA DO ESTADO ...................................................................................................................................................92
2.
TRIBUTAÇÃO E ORÇAMENTO ..................................................................................................................................94
3.
ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA ....................................................................................................................98
4.
ORDEM SOCIAL ........................................................................................................................................................102
5.
FAMÍLIA, CRIANÇA, ADOLESCENTE E IDOSO ....................................................................................................107
6.
ÍNDIOS ........................................................................................................................................................................107
7.
OUTROS TEMAS E TEMAS COMBINADOS ..........................................................................................................108
4. DIREITO ADMINISTRATIVO
111
1.
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ......................................................................................................111
2.
OUTROS TEMAS E TEMAS COMBINADOS DE DIREITO ADMINISTRATIVO................................................113
3.
LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO ...........................................................................................................................114
5. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
115
1.
RECURSOS HUMANOS ............................................................................................................................................115
2.
GESTÃO E LIDERANÇA .............................................................................................................................................118
3.
FERRAMENTAS E TÉCNICAS GERENCIAIS ............................................................................................................119
4.
CULTURA E CLIMA ORGANIZACIONAL ..............................................................................................................120
5.
PROJETOS ....................................................................................................................................................................121
6.
GESTÃO DE QUALIDADE .........................................................................................................................................121
7.
COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO .......................................................................................................................121
8.
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS ..........................................................................................................................121
6. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
124
1.
PRINCÍPIOS E NORMAS GERAIS ............................................................................................................................124
2.
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – LDO ......................................................................................................125
3.
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL – LOA .......................................................................................................................125
4.
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA......................................................................................................125
5.
CRÉDITOS ADICIONAIS ..........................................................................................................................................126
7. ARQUIVOLOGIA
127
1.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE ARQUIVOLOGIA .........................................................................................127
2.
O GERENCIAMENTO DA INFORMAÇÃO E A GESTÃO DE DOCUMENTOS: DIAGNÓSTICOS;
ARQUIVO CORRENTE E INTERMEDIÁRIO; PROTOCOLOS; AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS;
ARQUIVOS PERMANENTES .....................................................................................................................................127
3.
TIPOLOGIAS DOCUMENTAIS E SUPORTES FÍSICOS: MICROFILMAGEM; AUTOMAÇÃO;
PRESERVAÇÃO; CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE DOCUMENTOS .......................................................127
IV
COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC – 5ª EDIÇÃO
8. CONTABILIDADE
128
1.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE .........................................................................................128
2.
CONTABILIDADE GERAL ..........................................................................................................................................128
3.
CONTABILIDADE COMERCIAL ...............................................................................................................................146
4.
CONTABILIDADE DE CUSTOS ................................................................................................................................149
5.
CONTABILIDADE PÚBLICA .....................................................................................................................................155
6.
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ...............................................................................................156
9. CONHECIMENTOS BANCÁRIOS E TEMAS CORRELATOS
160
1.
ABERTURA E MOVIMENTAÇÃO DE CONTAS ......................................................................................................160
2.
PESSOA FÍSICA E PESSOA JURÍDICA .....................................................................................................................160
3.
CHEQUE ......................................................................................................................................................................161
4.
SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO – SPB ..................................................................................................162
5.
ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL – SFN.............................................................................162
6.
SISTEMA DE SEGUROS PRIVADOS ........................................................................................................................165
7.
MERCADO FINANCEIRO – MERCADO MONETÁRIO E DE CRÉDITO ............................................................167
8.
MERCADO DE CAPITAIS ..........................................................................................................................................169
9.
MERCADO DE CÂMBIO ...........................................................................................................................................173
10. PRODUTOS BANCÁRIOS.........................................................................................................................................174
11. ATENDIMENTO ..........................................................................................................................................................180
12. LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA DO BANCO CENTRAL ...............................................................................................185
13. QUESTÕES COMBINADAS E OUTROS TEMAS ...................................................................................................185
10. DIREITO FINANCEIRO
190
1.
PRINCÍPIOS E NORMAS GERAIS ............................................................................................................................190
2.
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – LDO E PLANO PLURIANUAL – PPA ................................................190
3.
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL – LOA .......................................................................................................................192
4.
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL – LRF ............................................................................................................193
5.
RECEITAS......................................................................................................................................................................195
6.
DESPESAS ....................................................................................................................................................................197
7.
EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA, CRÉDITOS ADICIONAIS ..................................................................................199
8.
OPERAÇÕES DE CRÉDITO, DÍVIDA PÚBLICA......................................................................................................200
9.
PRECATÓRIOS ............................................................................................................................................................200
10. CONTROLE, FISCALIZAÇÃO, TRIBUNAIS DE CONTAS .....................................................................................200
11. DIREITO ECONÔMICO
201
1.
ORDEM ECONÔMICA NA CONSTITUIÇÃO. MODELOS ECONÔMICOS ...................................................201
2.
INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO ...........................................................................202
3.
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL .......................................................................................................................202
4.
SISTEMA BRASILEIRO DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA – SBDC. LEI ANTITRUSTE ...................................203
5.
QUESTÕES COMBINADAS E OUTROS TEMAS ...................................................................................................203
12. DIREITO PREVIDENCIÁRIO
204
1.
PRINCÍPIOS E NORMAS GERAIS ............................................................................................................................204
2.
CUSTEIO ......................................................................................................................................................................205
3.
SEGURADOS DA PREVIDÊNCIA E DEPENDENTES ..............................................................................................206
4.
BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS ............................................................................................................................208
5.
ACUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS ............................................................................................................................210
6.
PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS ......................................................................................................210
7.
ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO ............................................................................................................211
8.
PREVIDÊNCIA PRIVADA COMPLEMENTAR ..........................................................................................................212
9.
ASSISTÊNCIA SOCIAL E SAÚDE .............................................................................................................................212
SUMÁRIO
13. DIREITO INTERNACIONAL E DIREITOS HUMANOS
V
213
1.
NACIONALIDADE ......................................................................................................................................................213
2.
COMPETÊNCIA INTERNACIONAL .........................................................................................................................213
3.
EXTRADIÇÃO ..............................................................................................................................................................214
4.
TEORIA GERAL E DOCUMENTOS HISTÓRICOS .................................................................................................214
5.
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS.................................................................................................214
6.
SISTEMA GLOBAL DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS ......................................................................215
7.
SISTEMA GLOBAL DE PROTEÇÃO ESPECÍFICA DOS DIREITOS HUMANOS ................................................217
8.
SISTEMA REGIONAL DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS .................................................................221
9.
DIREITOS HUMANOS NO BRASIL .........................................................................................................................232
14. DIREITO AGRÁRIO
246
1.
CONCEITOS E PRINCÍPIOS DO DIREITO AGRÁRIO .........................................................................................246
2.
CONTRATOS AGRÁRIOS .........................................................................................................................................246
3.
USUCAPIÃO ESPECIAL RURAL ...............................................................................................................................246
4.
AQUISIÇÃO E USO DA PROPRIEDADE E DA POSSE RURAL ............................................................................247
5.
DESAPROPRIAÇÃO PARA A REFORMA AGRÁRIA ...............................................................................................247
6.
TERRAS DEVOLUTAS .................................................................................................................................................247
7.
TERRAS INDÍGENAS .................................................................................................................................................248
15. DIREITO URBANÍSTICO
249
1.
NORMAS CONSTITUCIONAIS...............................................................................................................................249
2.
ESTATUTO DAS CIDADES E INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA ..........................................................249
3.
TEMAS COMBINADOS E OUTROS TEMAS ..........................................................................................................250
16. FORMAÇÃO HUMANÍSTICA
252
1.
SOCIOLOGIA GERAL E JURÍDICA..........................................................................................................................252
2.
FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA ...............................................................................................................................254
17. AUDITORIA
259
18. LEGISLAÇÃO SOBRE AGÊNCIAS REGULADORAS
267
1.
TEMAS BÁSICOS DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO ........................................................................................267
19. DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL
270
1.
PRINCÍPIOS ................................................................................................................................................................270
2.
OBJETO E FINALIDADE DOS REGISTROS PÚBLICOS ........................................................................................270
3.
FUNÇÃO E FÉ PÚBLICA REGISTRÁRIA ..................................................................................................................270
4.
DELEGAÇÃO E ASPECTO INSTITUCIONAL DOS SERVIÇOS DE REGISTROS PÚBLICOS. .........................271
5.
DEONTOLOGIA: DIREITOS E DEVERES DE TABELIÃES, OFICIAIS DE REGISTRO E SEUS
PREPOSTOS. DIREITOS E DEVERES PERANTE O CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. DEVERES
DE LEITURA, ATUALIZAÇÃO, INFORMAÇÕES E DECLARAÇÕES. ...................................................................271
6.
TABELIONATO DE PROTESTO .................................................................................................................................272
7.
REGISTRO DE IMÓVEIS ............................................................................................................................................273
8.
PESSOAS NATURAIS..................................................................................................................................................273
9.
REGISTRO CIVIL.........................................................................................................................................................274
10. REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS ...........................................................................................................274
11. TABELIONATO DE NOTAS .......................................................................................................................................274
12. TEMAS COMBINADOS DE REGISTROS PÚBLICOS ...........................................................................................275
20. PRINCÍPIOS E ATRIBUIÇÕES INSTITUCIONAIS DA DEFENSORIA PÚBLICA
276
1.
FUNÇÕES E PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS ........................................................................................................276
2.
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DA DEFENSORIA PÚBLICA.............................................................................277
3.
PRERROGATIVAS ........................................................................................................................................................282
VI
COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC – 5ª EDIÇÃO
4.
INFRAÇÕES DISCIPLINARES ..................................................................................................................................283
5.
DEFINIÇÃO DE NECESSITADO E DIREITOS DOS ASSISTIDOS .......................................................................283
6.
JUSTIÇA GRATUITA – LEI 1.060/1950.......................................................................................................................284
7.
COMBINADAS E OUTROS TEMAS ........................................................................................................................284
21. CONHECIMENTOS GERAIS
287
1.
TEMAS LITERÁRIOS, COMBINADOS E DIVERSOS .............................................................................................287
2.
POLÍTICA INTERNACIONAL....................................................................................................................................287
3.
ECONOMIA ................................................................................................................................................................287
4.
POLÍTICA BRASILEIRA ..............................................................................................................................................288
22. LÍNGUA ESTRANGEIRA
290
1.
LÍNGUA INGLESA ......................................................................................................................................................290
2.
LÍNGUA ESPANHOLA ...............................................................................................................................................299
23. ECONOMIA
301
1.
MICROECONOMIA ..................................................................................................................................................301
2.
MACROECONOMIA E ECONOMIA BRASILEIRA ................................................................................................301
3.
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ......................................................................................................................304
24. REGIMENTO INTERNO E LEGISLAÇÃO LOCAL
309
1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
Eloy Gustavo de Souza, Fernanda Franco, Henrique Subi, Magally Dato e Rodrigo Ferreira de Lima*
Cada um fala como quer, ou como pode, ou como acha
que pode. Ainda ontem me divertiu este trechinho de
crônica do escritor mineiro Humberto Werneck, de seu
livro Esse inferno vai acabar:
“– Meu cabelo está pendoando – anuncia a prima, apalpando as melenas.
Tenho anos, décadas de Solange, mas confesso que ela,
com o seu solangês, às vezes me pega desprevenido.
– Seu cabelo está o quê?
– Pendoando – insiste ela, e, com a paciência de quem
explica algo elementar a um total ignorante, traduz:
– Bifurcando nas extremidades.
É assim a Solange, criatura para a qual ninguém morre,
mas falece, e, quando sobrevém esse infausto acontecimento, tem seu corpo acondicionado num ataúde,
num esquife, num féretro, para ser inumado em alguma
necrópole, ou, mais recentemente, incinerado em crematório. Cabelo de gente assim não se torna vulgarmente
quebradiço: pendoa.”
Isso me fez lembrar uma visita que recebemos em casa, eu
ainda menino. Amigas da família, mãe e filha adolescente
vieram tomar um lanche conosco. D. Glorinha, a mãe,
achava meu pai um homem intelectualizado e caprichava
no vocabulário. A certa altura pediu ela a mim, que estava
sentado numa extremidade da mesa:
– Querido, pode alcançar-me uma côdea desse pão?
Por falta de preparo linguístico não sabia como atender a
seu pedido. Socorreu-me a filha adolescente:
– Ela quer uma casquinha do pão. Ela fala sempre assim
na casa dos outros.
A mãe ficou vermelha, isto é, ruborizou, enrubesceu, rubificou, e olhou a filha com reprovação, isto é, dardejou-a
com olhos censórios.
Veja-se, para concluir, mais um trechinho do Werneck:
“Você pode achar que estou sendo implicante, metido
a policiar a linguagem alheia. Brasileiro é assim mesmo,
adora embonitar a conversa para impressionar os
outros. Sei disso. Eu próprio já andei escrevendo sobre
o que chamei de ruibarbosismo: o uso de palavreado
rebarbativo como forma de, numa discussão, reduzir
ao silêncio o interlocutor ignaro. Uma espécie de gás
paralisante verbal.”
(Cândido Barbosa Filho, inédito)
No contexto, as frases “Meu
cabelo está pendoando” e “pode alcançar-me uma côdea
desse pão” constituem casos de
(Analista – TRT/1ª – 2012 – FCC)
(A) usos opostos de linguagem, já que a completa infor-
malidade da primeira contrasta com a formalidade da
segunda.
(B) usos similares de linguagem, pois em ambas o intento
é valorizar o emprego de vocabulário pouco usual.
(C) intenção didática, já que ambas são utilizadas para
exemplificar o que seja uma má construção gramatical.
(D) usos similares de linguagem, pois predomina em
ambas o interesse pela exatidão e objetividade da
comunicação.
(E) usos opostos de linguagem, pois a perfeita correção
gramatical de uma contrasta com os deslizes da outra.
A: incorreta. O uso da linguagem nos dois trechos é idêntico, focado
exclusivamente na formalidade; B: correta. Nos respectivos contextos,
os dois personagens querem demonstrar o domínio do vocabulário; C:
incorreta. As construções estão gramaticalmente perfeitas; D: incorreta.
O uso de palavras pouco conhecidas traz prejuízos à objetividade da
comunicação, porque aumenta o risco do receptor não compreender
a mensagem; E: incorreta. Mais uma vez, as construções atendem a
todos os preceitos da gramática.
Gabarito “B”
1. INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
(Analista – TRT/1ª – 2012 – FCC) A mãe ficou vermelha, isto é,
ruborizou, enrubesceu, rubificou, e olhou a filha com
reprovação, isto é, dardejou-a com olhos censórios.
A expressão isto é, nos dois empregos realçados na frase
acima,
(A) introduz a conclusão de que o significado das falas corri-
queiras se esclarece mediante uma elaborada sinonímia.
(B) inicia a tradução adequada de um enunciado anterior
cuja significação se mostrara bastante enigmática.
(C) funciona como os dois pontos na frase Cabelo de gente
assim não se torna vulgarmente quebradiço: pendoa.
(D) introduz uma enumeração de palavras que seriam
evitadas pela prima Solange, levando-se em conta o
que diz dela o cronista Werneck.
(E) inicia uma argumentação em favor da simplificação
da linguagem, de modo a evitar o uso de palavreado
rebarbativo.
A: incorreta. A expressão “isto é” foi utilizada para indicar a correção,
a retificação pelo autor do uso de uma palavra comum, enumerando
os sinônimos rebuscados que as personagens usariam; B: incorreta. O
enunciado anterior é bastante claro. Na verdade, trata-se de uma brincadeira do autor consistente em transformar um texto claro, com palavras
usuais, nas construções complexas utilizadas pelas personagens; C:
correta. Realmente, os dois-pontos têm a mesma função da expressão
* Eloy Gustavo de Souza comentou as questões de Redação; Henrique Subi comentou as questões dos seguintes concursos: Analista
TRT/2012, BB – Escriturário, CEF – Técnico Bancário e Agente de Polícia; Magally Dato comentou as questões dos seguintes concursos: Auditor fiscal, Auditor Tributário, Agente Fiscal, Fiscal de Tributos, Tribunais Técnico e Tribunais Analista; Fernanda Franco
e Rodrigo Ferreira Lima comentaram as questões dos seguintes concursos: Analista ANS, Analista Bacen, Técnico Bacen e Técnico
Legislativo; Fernanda Franco e Eloy Gustavo de Souza comentaram as questões do concurso para Oficial de Chancelaria.
ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
Gabarito “C”
Há uma relação de causa e
efeito entre estas duas formulações:
(Analista – TRT/1ª – 2012 – FCC)
(A) Cada um fala como quer e ou como acha que pode.
(1º parágrafo)
(B) para ser inumado em alguma necrópole e incinerado
em crematório. (7º parágrafo)
(C) visita que recebemos em casa e eu ainda menino. (8º
parágrafo)
(D) achava meu pai um homem intelectualizado e capri-
chava no vocabulário. (8º parágrafo)
(E) olhou a filha com reprovação e dardejou-a com
A: incorreta. A relação é de alternância (uma coisa ou outra); B: incorreta. A relação é de adição (uma coisa e outra); C: incorreta. A relação
é de temporalidade (a segunda oração indica o momento em que a
primeira aconteceu); D: correta. Realmente, a personagem “caprichava
no vocabulário” porque achava o outro intelectualizado; E: incorreta. A
relação é de sinonímia (as palavras têm sentido equivalente).
Gabarito “D”
Economia religiosa
Concordo plenamente com Dom Tarcísio Scaramussa, da
CNBB, quando ele afirma que não faz sentido nem obrigar
uma pessoa a rezar nem proibi-la de fazê-lo. A declaração
do prelado vem como crítica à professora de uma escola
pública de Minas Gerais que hostilizou um aluno ateu que
se recusara a rezar o pai-nosso em sua aula.
É uma boa ocasião para discutir o ensino religioso na rede
pública, do qual a CNBB é entusiasta. Como ateu, não
abraço nenhuma religião, mas, como liberal, não pretendo
que todos pensem do mesmo modo. Admitamos, para
efeitos de argumentação, que seja do interesse do Estado
que os jovens sejam desde cedo expostos ao ensino religioso. Deve-se então perguntar se essa é uma tarefa que
cabe à escola pública ou se as próprias organizações são
capazes de supri-la, com seus programas de catequese,
escolas dominicais etc.
A minha impressão é a de que não faltam oportunidades
para conhecer as mais diversas mensagens religiosas, onipresentes em rádios, TVs e também nas ruas. Na cidade
de São Paulo, por exemplo, existem mais templos (algo
em torno de 4.000) do que escolas públicas (cerca de
1.700). Creio que aqui vale a regra econômica, segundo
a qual o Estado deve ficar fora das atividades de que o
setor privado já dá conta. Outro ponto importante é o
dos custos. Não me parece que faça muito sentido gastar
recursos com professores de religião, quando faltam os
de matemática, português etc. Ao contrário do que se dá
com a religião, é difícil aprender física na esquina.
Até 1997, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
acertadamente estabelecia que o ensino religioso nas
escolas oficiais não poderia representar ônus para os
cofres públicos. A bancada religiosa emendou a lei para
empurrar essa conta para o Estado. Não deixa de ser um
caso de esmola com o chapéu alheio.
(Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 06/04/2012)
(Analista – TRT/6ª – 2012 – FCC) No
que diz respeito ao ensino
religioso na escola pública, o autor mantém-se
(A) esquivo, pois arrola tanto argumentos que defendem a
obrigatoriedade como o caráter facultativo da implementação desse ensino.
(B) intransigente, uma vez que enumera uma série de
razões morais para que se proíba o Estado de legislar
sobre quaisquer matérias religiosas.
(C) pragmático, já que na base de sua argumentação contra o ensino religioso na escola pública estão razões
de ordem jurídica e econômica.
(D) intolerante, dado que deixa de reconhecer, como ateu
declarado, o direito que têm as pessoas de decidir
sobre essa matéria.
(E) prudente, pois evita pronunciar-se a favor da obrigatoriedade desse ensino, lembrando que ele já vem
sendo ministrado por muitas entidades.
Sobre o tema, o autor prefere manter uma posição pragmática, determinada a partir de sua opção de não usar argumentos pessoais baseados em seu ateísmo. Sua visão é de natureza objetiva e mensurável,
valendo-se de argumentos econômicos (custos e administração da
receita pública) e jurídicos (direito à liberdade religiosa).
(Analista – TRT/6ª – 2012 – FCC) Atente
para estas afirmações:
I.
Ao se declarar um cidadão ao mesmo tempo ateu
e liberal, o autor enaltece essa sua dupla condição
pessoal valendo-se do exemplo da própria CNBB.
II. A falta de oportunidade para se acessarem mensagens
religiosas poderia ser suprida, segundo o autor, pela
criação de redes de comunicação voltadas para esse fim.
III. Nos dois últimos parágrafos, o autor mostra não
reconhecer nem legitimidade nem prioridade para a
implementação do ensino religioso na escola pública.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em
(A) I, II e III.
(B) I e II, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) I e III, apenas.
(E) III, apenas.
I: incorreta. Para tentar não macular sua análise, o autor pretende afastar
essas condições, principalmente o ateísmo, de sua argumentação; II:
incorreta. O autor expõe a profusão de mensagens religiosas que nos
bombardeia, não sendo necessária sua expansão; III: correta. Trata-se
da ideia principal defendida pelo autor: não cabe ao Estado custear o
ensino religioso, muito menos diante da situação deficitária de outras
áreas, como português e matemática.
Gabarito “E”
“isto é”, já debatida nos comentários anteriores; D: incorreta. As palavras enumeradas são aquelas que seriam utilizadas pelas personagens
que preferem o palavreado rebuscado; E: incorreta. O efeito é justamente
o inverso: as palavras enumeradas são mais complexas do que aquelas
usadas anteriormente, causando uma complicação da linguagem.
Gabarito “C”
2
(Analista – TRT/6ª – 2012 – FCC) Pode-se inferir, com base numa
afirmação do texto, que
(A) o ensino religioso demanda profissionais altamente
qualificados, que o Estado não teria como contratar.
(B) a bancada religiosa, tal como qualificada no último
parágrafo, partilha do mesmo radicalismo de Dom
Tarcísio Scaramussa.
(C) as instituições públicas de ensino devem complementar o que já fazem os templos, a exemplo do que
ocorre na cidade de São Paulo.
(D) o aprendizado de uma religião não requer instrução
tão especializada como a que exigem as ciências
exatas.
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
liberais, buscam favorecer o setor privado na implementação do ensino religioso.
A: incorreta. O autor não entra no critério da qualificação dos professores de religião, apenas aponta que sua contratação não pode
ser prioridade; B: incorreta. Em sua fala, Dom Tarcísio mostrou-se
ponderado, reconhecendo o direito ao ateísmo. Não há nada de radical
em suas palavras; C: incorreta. O autor defende exatamente o oposto:
que o ensino religioso fique adstrito aos templos, que já se encontram
em maior número do que as escolas públicas na cidade de São Paulo;
D: correta. É o que se depreende da passagem: “Ao contrário do que
se dá com a religião, é difícil aprender física na esquina”; E: incorreta.
Não se pode confundir os religiosos com os liberais e, além disso,
segundo o autor, os primeiros conseguiram alterar a legislação para
criar a obrigação do Estado custear o ensino religioso.
Gabarito “D”
(Analista – TRT/6ª – 2012 – FCC) Considerando-se o contexto,
traduz-se adequadamente um segmento em:
(A) A declaração do prelado vem como crítica (1º pará-
grafo) = o pronunciamento do dignitário eclesiástico
surge como censura
(B) Admitamos, para efeitos de argumentação (2º parágrafo) = Consignemos, a fim de especulação
(C) sejam desde cedo expostos ao ensino religioso (2º
parágrafo) = venham prematuramente a expor-se no
ensino clerical
(D) onipresentes em rádios (3º parágrafo) = discriminadas
por emissoras de rádio
(E) não poderia representar ônus (5º parágrafo) = implicaria que se acarretasse prejuízo
A: correta. Todos os sinônimos atribuídos traduzem perfeitamente o
trecho original; B: incorreta. “Especulação”, nesse caso, é sinônimo
de “afirmação sem fundamento”, o que se contrapõe diretamente a
“argumentação”; C: incorreta. “Prematuro” não é sinônimo de “cedo”,
é aquilo que veio antes do tempo programado, antes de estar maduro
(“pré + maturidade”); D: incorreta. “Onipresente” é aquilo que está
em todos os lugares. “Discriminado” é sinônimo de “especificado”;
E: incorreta. “Ônus” é sinônimo de “dever”, não está necessariamente
relacionado a “prejuízo”.
Gabarito “A”
Fora com a dignidade
Acho ótimo que a Igreja Católica tenha escolhido a saúde
pública como tema de sua campanha da fraternidade deste
ano. Todas as burocracias – e o SUS não é uma exceção –
têm a tendência de acomodar-se e, se não as sacudirmos
de vez em quando, caem na abulia. É bom que a Igreja use
seu poder de mobilização para cobrar melhorias.
Tenho dúvidas, porém, de que o foco das ações deva ser
o combate ao que dom Odilo Scherer, numa entrevista,
chamou de terceirização e comercialização da saúde. É
verdade que colocar um preço em procedimentos médicos
nem sempre leva ao melhor dos desfechos, mas é igualmente claro que consultas, cirurgias e drogas têm custos
que precisam ser gerenciados. Ignorar as leis de mercado,
como parece sugerir dom Odilo, provavelmente levaria o
sistema ao colapso, prejudicando ainda mais os pobres.
Para o religioso, é “a dignidade do ser humano” que
deve servir como critério moral na tomada de decisões
relativas a vida e morte. O problema com a “dignidade”
é que ela é subjetiva demais. A pluralidade de crenças e
preferências do ser humano é tamanha que o termo pode
significar qualquer coisa, desde noções banais, como não
humilhar desnecessariamente o paciente (forçando-o,
por exemplo, a usar aqueles horríveis aventais vazados
atrás), até a adesão profunda a um dogma religioso (há
confissões que não admitem transfusões de sangue).
Numa sociedade democrática não podemos simplesmente apanhar uma dessas concepções e elevá-la a
valor universal. E, se é para operar com todas as noções
possíveis, então já não estamos falando de dignidade,
mas, sim, de respeito à autonomia do paciente, conceito
que a substitui sem perdas.
(Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, março/2012)
(Analista – TRT/6ª – 2012 – FCC) Ao mesmo tempo em que reconhece a importância de a Igreja Católica ter escolhido a
saúde como tema da campanha da fraternidade, o autor
NÃO aprova que o foco das ações deva ser, como propõe
dom Odilo Scherer,
(A) o apoio às iniciativas que valorizem sobretudo os
serviços terceirizados no campo da saúde.
(B) a franca resistência às iniciativas comerciais que
subordinam as questões da saúde às leis do mercado.
(C) a transferência de responsabilidades na área da saúde,
de modo a privilegiar as empresas mais habilitadas.
(D) a estatização dos serviços essenciais, a fim de harmo-
nizar o interesse público e as leis do livre mercado.
(E) a clara demarcação entre o que compete ao Estado e
o que compete à iniciativa privada, na área da saúde.
O autor condena a posição do clérigo de atacar a “terceirização e comercialização da saúde”. Isso significa que, para a Igreja, os serviços de
saúde não podem ser transferidos para a iniciativa privada, porque não
deveriam se submeter às leis do mercado. Para Dom Odilo Scherer, o
princípio norteador da saúde pública deve ser unicamente a dignidade
da pessoa, critério combatido pelo articulista.
Gabarito “B”
(E) os membros da bancada religiosa, sobretudo os
3
(Analista – TRT/6ª – 2012 – FCC)
Atente para as seguintes afir-
mações:
I.
O título do texto é inteiramente irônico, pois ao longo
dele o autor valoriza, exatamente, o que costuma ser
definido como “a dignidade do ser humano”.
II. A despeito da pluralidade de crenças religiosas, o
autor acredita que a base de todas elas está no que se
pode definir como respeito à autonomia do paciente.
III. O conceito de dignidade é questionado pelo autor,
que não o acolhe como uma concepção bem determinada e de valor universal.
Em relação ao texto, está correto APENAS o que se
afirma em
(A) I
(B) II
(C) III
(D) I e II
(E) II e III
I: incorreta. Não há ironia. O autor pretende justamente afastar o
conceito vago de “dignidade da pessoa” e reconhecer a autonomia do
paciente para tomar as suas decisões; II: incorreta. Muito ao contrário,
o autor critica a pluralidade religiosa sob o argumento de que cada
uma delas estabelece um conceito de “dignidade” e pretende elevá-lo
ao patamar de verdade absoluta. Como remédio, sugere o critério da
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autonomia do paciente, que não é mencionado por nenhuma crença;
III: correta. É precisamente sobre esse ponto que se assenta a argumentação do autor.
Gabarito “C”
(Analista – TRT/6ª – 2012 – FCC) A frase em que se afirma uma
posição inteiramente contrária às convicções do autor
do texto é:
(A) Em virtude de se apoiar na subjetividade humana,
o conceito de dignidade não se determina de modo
claro e insofismável.
(B) A variedade das reações e interdições que as crenças
impõem a tratamentos de saúde indica a pluralidade
dos valores subjetivos.
(C) Os mais pobres seriam os mais prejudicados, caso se
levasse a efeito alguma proposta baseada na posição
de dom Odilo Scherer.
(D) Ignorar todas as leis de mercado, na área da saúde,
redunda na impossibilidade de funcionamento do
sistema.
(E) Numa sociedade democrática, o gerenciamento de
custos na área da saúde não pode levar em conta as
leis do mercado.
Todas as alternativas são paráfrases do texto, expressando ideias que
nele são defendidas pelo autor, com exceção da letra “E” (que deve ser
assinalada). O autor defende que, dada a impossibilidade de se reconhecer
um critério universal sobre a dignidade, cabe ao paciente determinar de
forma autônoma como, quando e com quem quer se tratar, impondo-se
ao setor da saúde o respeito às leis da oferta e da demanda.
(C) Uma ótima conclusão não é simplesmente obtida em
favor de se haver afixado um preço aos procedimentos
médicos.
(D) A despeito de se estipular um preço para procedimentos médicos, não é usual que cheguem a um termo
satisfatório.
(E) Pela razão de se taxar procedimentos médicos não
redunda automaticamente no melhor dos benefícios.
A: incorreta. Houve alteração de sentido na paráfrase. O trecho original
é mais amplo, fala da precificação dos procedimentos médicos de forma
geral, enquanto a alternativa é mais restrita, fala do tratamento com
uma determinada finalidade; B: correta. A paráfrase, além de preservar
o sentido original, atende a todos os preceitos gramaticais; C: incorreta.
A redação está incoerente, ela não faz sentido; D: incorreta. Houve
alteração de sentido na paráfrase. A locução conjuntiva “a despeito de”
tem valor concessivo, ideia que não está presente no trecho original; E:
incorreta. A redação está incoerente aqui também. Melhor seria dizer:
“A taxação de procedimentos médicos não redunda...”.
Gabarito “B”
4
(Analista – TRT/6ª – 2012 – FCC) No
contexto do 4º parágrafo, o
segmento conceito que a substitui sem perdas deve ser
entendido mais explicitamente como:
(A) A dignidade é substituída, sem perdas, pelo conceito
de autonomia do paciente.
(B) A dignidade substitui, sem perdas, o conceito de
autonomia do paciente.
(C) A autonomia do paciente deve ser substituída, sem
perdas, pela dignidade dele.
Gabarito “E”
(D) Substituem-se, sem perdas, tanto o conceito de dig-
(Analista – TRT/6ª – 2012 – FCC) Considerando-se o contexto,
traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:
(E) A autonomia do paciente só será substituída sem
reiteram uma conciliação
(B) nem sempre leva ao melhor dos desfechos (2º pará-
grafo) = amiúde vai ao encontro dos seus objetivos
(C) têm custos que precisam ser gerenciados (2º parágrafo)
= há os ônus que requerem ratificação
(D) adesão profunda a um dogma (3º parágrafo) = plena
aceitação de um rígido preceito
(E) elevá-la a valor universal (4º parágrafo) = reconhecê-la
como plenamente aceitável
A: incorreta. “Reiterar” é sinônimo de “repetir”; B: incorreta. “Amiúde”
é sinônimo de “frequentemente”; C: incorreta. “Ratificação” é sinônimo
de “confirmar”, “atestar”; D: correta. Os sinônimos estão perfeitamente
empregados; E: incorreta. “Elevar” e “reconhecer” não são propriamente
sinônimos. Porém, em sentido conotativo, a substituição proposta
manteria o sentido do trecho original a nosso ver. Assim, entendemos
que ela também deve ser considerada correta.
Gabarito “D”
(Analista – TRT/6ª – 2012 – FCC) É verdade que colocar um preço
em procedimentos médicos nem sempre leva ao melhor
dos desfechos.
O sentido essencial e a correção da frase acima mantêm-se na seguinte construção:
(A) Nem sempre é certo que a melhor finalidade se
alcança através de procedimentos médicos aos quais
incorre um determinado preço.
(B) Nada garante, de fato, que estipular um pagamento
por procedimentos médicos implique a melhor solução de um caso.
perdas no caso de haver nele dignidade.
O trecho em destaque indica que, para o autor, a autonomia do paciente
traz mais vantagens para esse do que a amplitude da dignidade. Portanto, a segunda deve ser substituída pela primeira.
Gabarito “A”
(A) têm a tendência de acomodar-se (1º parágrafo) =
nidade como o de autonomia do paciente.
O mito napoleônico baseia-se menos nos méritos de
Napoleão do que nos fatos, então sem paralelo, de sua
carreira. Os homens que se tornaram conhecidos por
terem abalado o mundo de forma decisiva no passado
tinham começado como reis, como Alexandre, ou patrícios, como Júlio César, mas Napoleão foi o “pequeno
cabo” que galgou ao comando de um continente pelo
seu puro talento pessoal. Todo homem de negócios daí
em diante tinha um nome para sua ambição: ser − os
próprios clichês o denunciam − um “Napoleão das finanças” ou “da indústria”. Todos os homens comuns ficavam
excitados pela visão, então sem paralelo, de um homem
comum maior do que aqueles que tinham nascido para
usar coroas. Em síntese, foi a figura com que todo homem
que partisse os laços com a tradição podia se identificar
em seus sonhos.
Para os franceses ele foi também algo bem mais simples:
o mais bem-sucedido governante de sua longa história.
Triunfou gloriosamente no exterior, mas, em termos
nacionais, também estabeleceu ou restabeleceu o mecanismo das instituições francesas como existem hoje. Ele
trouxe estabilidade e prosperidade a todos, exceto para
os 250 mil franceses que não retornaram de suas guerras, embora até mesmo para os parentes deles tivesse
trazido a glória. Sem dúvida, os britânicos se viam como
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
Ele destruíra apenas uma coisa: a Revolução de 1789, o
sonho de igualdade, liberdade e fraternidade, do povo se
erguendo na sua grandiosidade para derrubar a opressão.
Este foi um mito mais poderoso do que o dele, pois, após
a sua queda, foi isto e não a sua memória que inspirou as
revoluções do século XIX, inclusive em seu próprio país.
(Adaptado de Eric. J. Hobsbawm. A era das revoluções − 17891848. 7ª ed. Trad. de Maria Tereza Lopes Teixeira e Marcos
Penchel. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989, p.93-4)
(Analista – TRT9 – 2012 – FCC)
Segundo o autor,
(A) a figura de Napoleão passou a exercer forte apelo no
campo do imaginário, servindo de modelo de inaudita
superação da condição social.
(B) os franceses descartam assumir Napoleão como
modelo, buscando valorizar tão somente a sua participação na revolução de 1789.
(C) os parentes dos milhares de franceses mortos nas guerras napoleônicas relevaram a perda dos familiares em
função da grande prosperidade trazida por Napoleão.
(D) a Revolução de 1789 foi um mito menos relevante do
que o de Napoleão, pois as obras deste permanecem
vivas e aquela não teria sido mais que um sonho.
(E) os méritos pessoais de Napoleão nada têm a ver com
o mito que se criou em torno de sua figura, surgido
apenas de sua trajetória casualmente vitoriosa.
A: correta. A ideia principal do texto é refletir sobre as razões de Napoleão ter se tornado um mito. Segundo o autor, isso se deu por força
da origem humilde do líder corso, que superou essa condição para se
tornar comandante de todo o continente; B: incorreta. Para os franceses,
Napoleão foi o mais bem-sucedido governante de sua história; C: incorreta. O texto não fala em perdão dos parentes, diz apenas que mesmo
para os mortos nas guerras Napoleão trouxe a glória; D: incorreta. O
último parágrafo do texto diz exatamente o inverso; E: incorreta. O autor
defende que Napoleão teve méritos em suas conquistas, porém esses
não foram a parcela determinante dos resultados.
“Instituição”, sinônimo de “entidade”, não se confunde com “instituto”,
sinônimo de “ato”, “procedimento”.
Gabarito “D”
lutadores pela causa da liberdade contra a tirania; mas
em 1815 a maioria dos ingleses era mais pobre do que
o fora em 1800, enquanto a maioria dos franceses era
quase certamente mais rica.
Em outubro de 1967, quando Gilberto Gil e Caetano
Veloso apresentaram as canções Domingo no parque e
Alegria, Alegria, no Festival da TV Record, logo houve
quem percebesse que as duas canções eram influenciadas pela narrativa cinematográfica: repletas de cortes,
justaposições e flashbacks. Tal suposição seria confirmada pelo próprio Caetano quando declarou que fora
“mais influenciado por Godard e Glauber do que pelos
Beatles ou Dylan”. Em 1967, no Brasil, o cinema era o
que havia de mais intenso e revolucionário, superando
o próprio teatro, cuja inquietação tinha incentivado os
cineastas a iniciar o movimento que ficou conhecido
como Cinema Novo.
O Cinema Novo nasceu na virada da década de 1950
para a de 1960, sobre as cinzas dos estúdios Vera Cruz
(empresa paulista que faliu em 1957 depois de produzir
dezoito filmes). “Nossa geração sabe o que quer”, dizia o
baiano Glauber Rocha já em 1963. Inspirado por Rio 40
graus e por Vidas secas, que Nelson Pereira dos Santos
lançara em 1954 e 1963, Glauber Rocha transformaria,
com Deus e o diabo na terra do sol, a história do cinema
no Brasil. Dois anos depois, o cineasta lançou Terra em
Transe, que talvez tenha marcado o auge do Cinema
Novo, além de ter sido uma das fontes de inspiração do
Tropicalismo.
A ponte entre Cinema Novo e Tropicalismo ficaria mais
evidente com o lançamento, em 1969, de Macunaíma,
de Joaquim Pedro de Andrade. Ao fazer o filme, Joaquim
Pedro esforçou-se por torná-lo um produto afinado com
a cultura de massa. “A proposição de consumo de massa
no Brasil é algo novo. A grande audiência de TV entre nós
é um fenômeno novo. É uma posição avançada para o
cineasta tentar ocupar um lugar dentro dessa situação”,
disse ele.
Incapaz de satisfazer plenamente as exigências do mercado, o Cinema Novo deu os seus últimos suspiros em
fins da década de 1970 − período que marcou o auge
das potencialidades comerciais do cinema feito no Brasil.
Gabarito “A”
(Analista – TRT9 – 2012 – FCC) Considerando-se o contexto, o
segmento cujo sentido está adequadamente expresso em
outras palavras é:
(A) partisse os laços com a tradição = quebrasse o condão
sagrado
(B) galgou ao comando de um continente = sobrelevou
o ordenamento europeu
(C) pela causa da liberdade contra a tirania = pelo motivo
da insubmissão versus rigorismo
(D) os próprios clichês o denunciam = os próprios lugares-comuns o evidenciam
(E) o mecanismo das instituições francesas = a articulação
dos institutos galeses
A: incorreta. Melhor seria “histórico” no lugar de “sagrado”; B: incorreta. “Sobrelevar” é sinônimo de “suplantar”, “vencer”, ao passo que
“galgar” é sinônimo de “subir”; C: incorreta. “Tirania” é o governo
autoritário de uma só pessoa, o que não se confunde com o rigor,
maior ou menor, com o qualquer governo pode tratar seus súditos; D:
correta. Os sinônimos estão perfeitamente empregados; E: incorreta.
5
(Adaptado de Eduardo Bueno. Brasil: uma história.
Ed. Leya, 2010. p. 408)
(Analista – TRT9 – 2012 – FCC)
Depreende-se corretamente do
texto:
(A) A estética do Cinema Novo, que marcou época no
Brasil, contribuiu para que surgisse, na cena musical,
o movimento conhecido como Tropicalismo.
(B) Embora o Cinema Novo não tenha conseguido atingir
suas metas comerciais, a qualidade estética de suas
obras era superior à das obras produzidas pelo cinema
comercial.
(C) A ampliação da televisão no Brasil, cuja audiência
foi sempre maior do que a do cinema, teve papel
determinante na derrocada do Cinema Novo.
(D) Como seus integrantes estavam comprometidos com
os problemas sociais e políticos do país, o Cinema
Novo suscitou polêmicas que levaram à volta da
censura.
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(E) O Tropicalismo, movimento liderado por dissidentes
do Cinema Novo, se desenvolveu concomitantemente
à decadência do teatro nacional.
A: correta. Podemos extrair essa conclusão principalmente do trecho “a
ponte entre o Cinema Novo e o Tropicalismo”, figura que indica a ligação
entre os dois movimentos; B: incorreta. Essa conclusão não pode ser
retirada do texto. O autor nada menciona sobre a qualidade dos filmes
comerciais; C: incorreta. Como o autor não aborda a televisão em seu
texto, essa conclusão não é válida; D: incorreta. Nada se diz sobre a
censura ou a atividade política dos integrantes do “Cinema Novo”; E:
incorreta. O Tropicalismo, segundo o autor, não é uma dissidência do
“Cinema Novo”, mas um movimento musical que dele sofreu influência.
ideia está contida na letra “C”, que deve ser assinalada, ressaltando o
fio condutor do texto.
Gabarito “C”
No contexto do último parágrafo, a referência aos vários níveis de percepção de uma
fotografia remete
(Analista – TRT/11ª – 2012 – FCC)
(A) à diversidade das qualidades intrínsecas de uma foto.
(B) às diferenças de qualificação do olhar dos observadores.
(C) aos graus de insensibilidade de alguns diante de uma
foto.
(D) às relações que a fotografia mantém com as outras
artes.
Gabarito “A”
(E) aos vários tempos que cada fotografia representa em
Fotografias
si mesma.
Toda fotografia é uma espécie de espelho da Alice
do País das Maravilhas, e cada pessoa que mergulha
nesse espelho de papel sai numa dimensão diferente e
vivencia experiências diversas, pois o lado de lá é como
o albergue espanhol do ditado: cada um só encontra
nele o que trouxe consigo. Além disso, o significado de
uma imagem muda com o passar do tempo, até para o
mesmo observador.
Variam, também, os níveis de percepção de uma fotografia. Isso ocorre, na verdade, com todas as artes: um
músico, por exemplo, é capaz de perceber dimensões
sonoras inteiramente insuspeitas para os leigos. Da mesma
forma, um fotógrafo profissional lê as imagens fotográficas
de modo diferente daqueles que desconhecem a sintaxe
da fotografia, a “escrita da luz”. Mas é difícil imaginar
alguém que seja insensível à magia de uma foto.
(Adaptado de Pedro Vasquez, em Por trás daquela foto. São
Paulo: Companhia das Letras, 2010)
(Analista – TRT/11ª – 2012 – FCC) O
segmento do texto que ressalta a ação mesma da percepção de uma foto é:
(A) A câmara fotográfica é uma verdadeira máquina do
Ao comparar o olhar do fotógrafo com o ouvido do músico, o autor quer
destacar que, dependendo do conhecimento técnico do observador,
o resultado da interpretação da imagem é diferente porque saber as
nuances da imagem que outros não enxergam permite aprofundar-se
mais em seu significado.
(Analista – TRT/11ª – 2012 – FCC)
Atente para as seguintes
afirmações:
I.
Ao dizer, no primeiro parágrafo, que a fotografia
congela o tempo, o autor defende a ideia de que a
realidade apreendida numa foto já não pertence a
tempo algum.
II. No segundo parágrafo, a menção ao ditado sobre o
albergue espanhol tem por finalidade sugerir que o
olhar do observador não interfere no sentido próprio
e particular de uma foto.
III. Um fotógrafo profissional, conforme sugere o terceiro
parágrafo, vê não apenas uma foto, mas os recursos
de uma linguagem específica nela fixados.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma
SOMENTE em
(A) I e II.
(B) II e III.
(C) I.
(D) II.
(E) III.
I: incorreta. Para o autor, o instante captado pela fotografia pertence,
imediatamente, ao passado; II: incorreta. A ideia é exatamente inversa:
afirmar que as peculiaridades de cada observador são determinantes na
interpretação da imagem; III: correta. O conhecimento técnico, segundo
o autor, permite uma análise mais profunda da fotografia do que aquela
observada somente por leigos.
Gabarito “E”
Toda fotografia é um portal aberto para outra dimensão: o passado. A câmara fotográfica é uma verdadeira
máquina do tempo, transformando o que é naquilo que
já não é mais, porque o que temos diante dos olhos é
transmudado imediatamente em passado no momento
do clique. Costumamos dizer que a fotografia congela o
tempo, preservando um momento passageiro para toda
a eternidade, e isso não deixa de ser verdade. Todavia,
existe algo que descongela essa imagem: nosso olhar. Em
francês, imagem e magia contêm as mesmas cinco letras:
image e magie. Toda imagem é magia, e nosso olhar é a
varinha de condão que descongela o instante aprisionado
nas geleiras eternas do tempo fotográfico.
Gabarito “B”
6
Discriminar ou discriminar?
tempo.
(B) a fotografia congela o tempo.
(C) nosso olhar é a varinha de condão que descongela o
instante aprisionado.
(D) o significado de uma imagem muda com o passar do
tempo.
(E) Mas é difícil imaginar alguém que seja insensível à
magia de uma foto.
Os dicionários não são úteis apenas para esclarecer o
sentido de um vocábulo; ajudam, com frequência, a iluminar teses controvertidas e mesmo a incendiar debates.
Vamos ao Dicionário Houaiss, ao verbete discriminar, e
lá encontramos, entre outras, estas duas acepções: a)
perceber diferenças; distinguir, discernir; b) tratar mal
ou de modo injusto, desigual, um indivíduo ou grupo de
indivíduos, em razão de alguma característica pessoal,
cor da pele, classe social, convicções etc.
O autor argumenta que o olhar do observador é a única coisa capaz de
“descongelar o tempo” tornado estático pela fotografia. Essa mesma
Na primeira acepção, discriminar é dar atenção às
diferenças, supõe um preciso discernimento; o termo
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
7
transpira o sentido positivo de quem reconhece e considera o estatuto do que é diferente. Discriminar o certo
do errado é o primeiro passo no caminho da ética. Já na
segunda acepção, discriminar é deixar agir o preconceito,
é disseminar o juízo preconcebido. Discriminar alguém:
fazê-lo objeto de nossa intolerância.
(Analista – TRT/11ª – 2012 – FCC) Considerando-se o contexto,
traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:
Diz-se que tratar igualmente os desiguais é perpetuar
a desigualdade. Nesse caso, deixar de discriminar (no
sentido de discernir) é permitir que uma discriminação
continue (no sentido de preconceito). Estamos vivendo
uma época em que a bandeira da discriminação se apresenta em seu sentido mais positivo: trata-se de aplicar
políticas afirmativas para promover aqueles que vêm
sofrendo discriminações históricas. Mas há, por outro
lado, quem veja nessas propostas afirmativas a forma mais
censurável de discriminação... É o caso das cotas especiais
para vagas numa universidade ou numa empresa: é uma
discriminação, cujo sentido positivo ou negativo depende
da convicção de quem a avalia. As acepções são inconciliáveis, mas estão no mesmo verbete do dicionário e se
mostram vivas na mesma sociedade.
(C) disseminar o juízo preconcebido (2º parágrafo) =
(Analista – TRT/11ª – 2012 – FCC) A afirmação de que os dicionários podem ajudar a incendiar debates confirma-se, no
texto, pelo fato de que o verbete discriminar
(A) padece de um sentido vago e impreciso, gerando por
isso inúmeras controvérsias entre os usuários.
(B) apresenta um sentido secundário, variante de seu
sentido principal, que não é reconhecido por todos.
(C) abona tanto o sentido legítimo como o ilegítimo que
se costuma atribuir a esse vocábulo.
(D) faz pensar nas dificuldades que existem quando se
trata de determinar a origem de um vocábulo.
(E) desdobra-se em acepções contraditórias que corres-
pondem a convicções incompatíveis.
Segundo o autor, a partir do momento em que a mesma palavra possui
sentidos completamente opostos, seu uso intensifica as controvérsias
sobre o tema, já que, ao menos junto ao dicionário, ambos têm razão.
Gabarito “E”
Diz-se que tratar igualmente
os desiguais é perpetuar a desigualdade.
(Analista – TRT/11ª – 2012 – FCC)
Da afirmação acima é coerente deduzir esta outra:
(A) Os homens são desiguais porque foram tratados com
o mesmo critério de igualdade.
(B) A igualdade só é alcançável se abolida a fixação de
um mesmo critério para casos muito diferentes.
(C) Quando todos os desiguais são tratados desigual-
mente, a desigualdade definitiva torna-se aceitável.
(D) Uma forma de perpetuar a igualdade está em sempre
tratar os iguais como se fossem desiguais.
(E) Critérios diferentes implicam desigualdades tais que
os injustiçados são sempre os mesmos.
A dedução possível é aquela que percebe a crueldade da aplicação de
critérios idênticos para pessoas em situações diferentes. Escorar-se
exclusivamente na igualdade formal (tratamento igual para todos,
indistintamente) é fugir da justiça, que se baseia na busca pela igualdade
real (tratamento diferenciado para corrigir desigualdades anteriores).
posições dubitativas.
(B) um preciso discernimento (2º parágrafo) = uma arrai-
gada dissuasão.
dissuadir o julgamento predestinado.
(D) a forma mais censurável (3º parágrafo) = o modo mais
repreensível.
(E) As acepções são inconciliáveis (3º parágrafo) = as
versões são inatacáveis.
A: incorreta. “Iluminar” foi usado como sinônimo de “clarear”, “destacar”. “Amainar” é sinônimo de “tornar manso”; B: incorreta. “Preciso”
é sinônimo de “exato”, “objetivo”, e “discernimento” é sinônimo de
“compreensão”, “raciocínio”. Já “arraigada” é sinônimo de “enraizada”,
“estabelecida”, e “dissuasão” significa “convencer alguém a desistir”; C:
incorreta. “Disseminar” é sinônimo de “difundir”, “espalhar”, que não se
confunde com “dissuadir”, verbo relativo a “dissuasão”, vocábulo que
já exploramos na alternativa anterior; D: correta. Todos os sinônimos
foram usados corretamente; E: incorreta. “Inconciliáveis” são coisas que
não podem conviver. “Inatacável” é aquilo que não pode ser atacado,
que não pode ser atingido.
Gabarito “D”
(Aníbal Lucchesi, inédito)
(A) iluminar teses controvertidas (1º parágrafo) = amainar
Atenção: para responder as duas questões seguintes,
considere o texto abaixo.
Nas décadas de 1930 e 40, enquanto eu crescia, o desenhista de quadrinhos ocupava um lugar na hierarquia
cultural não muito inferior àquele ocupado pelo ator de
cinema e pelo inventor. Walt Disney, Al Capp, Peter Arno
– quem, agora, poderia conquistar tanta fama apenas com
uma caneta de pena e um tinteiro?
(John Updike. “A mágica dos quadrinhos”. serrote: uma revista
de ensaios, ideias e literatura. n. 2, jul 2009. São Paulo:
Instituto Moreira Salles, p. 17)
Obs.: Al Capp e Peter Arno foram cartunistas americanos
contemporâneos de Walt Disney.
(TRT/4ª – 2011 – FCC)
No excerto acima, o autor
(A) manifesta que, embora com poucos recursos, os
desenhistas de quadrinhos de sua infância fascinavam
o público.
(B) vale-se de uma pergunta retórica para expressar sua
crença: atualmente, quem não domina a alta tecnologia não consegue distrair a plateia.
(C) critica o lugar de destaque que, no século passado,
era concedido aleatoriamente a atores de cinema e
inventores.
(D) favorece as lembranças de sua infância em prejuízo
de considerações sobre os quadrinhos.
(E) recorre ao ator de cinema e ao inventor para demonstrar como desenhistas de quadrinhos foram sempre
desconsiderados na cultura americana.
Em resumo, o texto fala que na infância do autor (décadas de 1930 e
40), os cartunistas com recursos simples (“apenas com uma caneta de
pena e um tinteiro”) conseguiam ocupar uma boa posição na hierarquia
cultural. A: é exatamente o que o autor diz em sua pergunta retórica
“quem, agora, poderia conquistar tanta fama apenas com uma caneta de
pena e um tinteiro”; B: não se pode inferir que a crença dele seja: “quem
não domina a alta tecnologia não consegue distrair a plateia”, como a
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Gabarito “B”
8
ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
alternativa diz; C: não existe essa crítica, apenas a observação; D: ao
contrário do afirmado, nesse excerto o autor favorece as considerações
sobre os autores de quadrinhos e não suas lembranças de infância; E: é
o aposto do que se afirma nessa alternativa, o autor recorre ao ator de
cinema e ao inventor para mostrar a consideração que os cartunistas
tinham na cultura americana.
mente, mas arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se
eu fosse escrever como falo, ninguém me lia.
Então Paulo Honório põe mãos à obra do seu jeito,
“escreve como fala” e resulta o romance S. Bernardo,
um clássico de Graciliano Ramos.
Gabarito “A”
correto afirmar:
(A) Walt Disney, Al Capp, Peter Arno é sequência que
descreve a hierarquia cultural citada, do posto mais
elevado para o menos elevado.
(B) tanta caracteriza a reputação dos desenhistas citados,
tal como percebida pelo autor.
(C) apenas denota que o autor deprecia a produção de
muitos desenhistas de quadrinhos.
(D) Nas décadas de 1930 e 40 equivale a “Nas décadas
precedentes”.
(E) enquanto eu crescia marca o início da ação de “ocupar”.
A: não se trata de uma hierarquia, apenas de uma enumeração; B:
o autor valoriza a reputação dos desenhistas citados e usa o termo
tanta para intensificar o substantivo “fama”; C: o advérbio apenas não
deprecia. Tem as acepções: exclusivamente, somente; D: seria “Nas
décadas precedentes” se no texto houvesse menção à década de 50.
Não há. Então, a alternativa está incorreta. E: “enquanto eu crescia”
indica a circunstância do verbo ocupar, que tem como sujeito “o
desenhista de quadrinhos”.
Gabarito “B”
[Entre falar e escrever]
Antigamente os professores de ginásio* ensinavam a
escrever mandando fazer redações que puxavam insensivelmente para a grandiloquência, o preciosismo ou a
banalidade: descrever uma floresta, uma tempestade, o
estouro da boiada; comentar os males causados pelo
fumo, o jogo, a bebida; dizer o que pensa da pátria, da
guerra, da bandeira. Bem ou mal, íamos aprendendo,
sobretudo porque naquele tempo os professores tinham
tempo para corrigir os exercícios escritos (o meu chegava
a devolver os nossos com igual número de páginas de
observações e comentários a tinta vermelha; que Deus o
tenha no céu dos bons gramáticos). Mas o efeito podia ser
duvidoso. Lembre-se por analogia o começo do romance
S. Bernardo, de Graciliano Ramos. O rústico fazendeiro
Paulo Honório quer contar a própria vida, mas sendo
homem sem instrução, imagina um método prático:
contaria os fatos ao jornalista local e este redigiria. No
entanto... Leiamos:
O resultado foi um desastre. Quinze dias depois do
nosso primeiro encontro, o redator do jornal apresentou-me dois capítulos datilografados, tão cheios de
besteiras que me zanguei: – Vá para o inferno, Gondim.
Você acanalhou o troço. Está pernóstico, está safado,
está idiota!
Há lá ninguém que fale dessa forma!
O jornalista observa então que “um artista não pode
escrever como fala”, e ante o espanto de Paulo Honório,
explica:
– Foi assim que sempre se fez. A literatura é literatura, seu
Paulo. A gente discute, briga, trata de negócios natural-
(Adaptado de Antonio Candido, O albatroz e o chinês)
*
Ginásio: antiga denominação de período escolar,
que hoje corresponde às quatro últimas séries do ensino
fundamental.
(Analista – TRT/20ª – 2011 – FCC) O autor do texto deixa ver
que seus professores no ginásio acabavam valorizando,
numa redação,
(A) formas concisas de expressão e ousada inventividade
linguística.
(B) ostentação retórica e correta abordagem de temas
educativos e cívicos.
(C) valores morais edificantes e expressões em nível
bastante coloquial.
(D) rigorosa correção ortográfica e originalidade na con-
dução de temas polêmicos.
(E) o cultivo do pensamento autocrítico e discrição
quanto ao estilo praticado.
Reler o trecho: “ensinavam a escrever mandando fazer redações que
puxavam insensivelmente para a grandiloquência, o preciosismo ou
a banalidade: descrever uma floresta, uma tempestade, o estouro da
boiada; comentar os males causados pelo fumo, o jogo, a bebida; dizer
o que pensa da pátria, da guerra, da bandeira.”
(Analista – TRT/20ª – 2011 – FCC) Ao lembrar que o efeito podia
ser duvidoso, o autor do texto está aventando a hipótese
de que, nas redações,
(A) as banalidades decorriam do fato de os alunos não
terem aceitado as orientações dos professores.
(B) alguns fracassos originavam-se do fato de que os temas
eram por demais complexos para a faixa etária dos
alunos.
(C) expressavam-se muitas dúvidas quanto a ser mais
desejável a grandiloquência do que o despojamento
da linguagem.
(D) nem sempre era muito positivo o saldo final das atividades exercidas pelos mestres e pelos alunos.
(E) o que parecia ser um defeito ou uma impropriedade
era, na verdade, o resultado de um excessivo domínio
da língua.
A alternativa mais correta é “nem sempre era muito positivo”. Primeiro
Antonio Candido escreve: “ensinavam a escrever mandando fazer
redações que puxavam insensivelmente para a grandiloquência, o preciosismo ou a banalidade” e em seguida: “o efeito podia ser duvidoso”.
Infere-se que o saldo final das atividades nem sempre era positivo.
Gabarito “D”
Sobre o que se tem no excerto, é
Gabarito “B”
(TRT/4ª – 2011 – FCC)
(Analista – TRT/20ª – 2011 – FCC)
Atente para as seguintes
afirmações:
I.
Os dois trechos citados de S. Bernardo ilustram
posições antagônicas quanto a atributos que devem
marcar a linguagem literária.
II. A linguagem do primeiro trecho citado de S. Bernardo
não satisfaz os requisitos preciosistas impostos pelos
antigos professores de ginásio.
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Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
linguagem direta e simples, havendo mostrado um
estilo “pernóstico” apenas para atender o gosto pessoal de Paulo Honório.
Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se
afirma em
Releia o último período: “O documento afirma que Moscou deve
trabalhar com outras nações para preservar a “paz e a estabilidade”
na Antártida, mas salienta que o país tem de se posicionar para tirar
vantagem dos recursos naturais caso haja um desmembramento
territorial do continente.”
Gabarito “A”
III. Deduz-se que o jornalista Gondim é um adepto da
9
Há exemplos de palavras ou
expressões empregadas no texto para retomar outras já
utilizadas sem repeti-las literalmente, como ocorre em:
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
(Analista – TRE/TO – 2011 – FCC)
Gabarito “D”
De volta à Antártida
A Rússia planeja lançar cinco novos navios de pesquisa
polar como parte de um esforço de US$ 975 milhões
para reafirmar a sua presença na Antártida na próxima
década. Segundo o blog Science Insider, da revista
Science, um documento do governo estabelece uma
agenda de prioridades para o continente gelado até 2020.
A principal delas é a reconstrução de cinco estações
de pesquisa na Antártida, para realizar estudos sobre
mudanças climáticas, recursos pesqueiros e navegação
por satélite, entre outros. A primeira expedição da extinta
União Soviética à Antártida aconteceu em 1955 e, nas
três décadas seguintes, a potência comunista construiu
sete estações de pesquisa no continente. A Rússia herdou
as estações em 1991, após o colapso da União Soviética,
mas pouco conseguiu investir em pesquisa polar depois
disso. O documento afirma que Moscou deve trabalhar
com outras nações para preservar a “paz e a estabilidade”
na Antártida, mas salienta que o país tem de se posicionar
para tirar vantagem dos recursos naturais caso haja um
desmembramento territorial do continente.
(Pesquisa Fapesp, dezembro de 2010, no 178, p. 23)
(Analista – TRE/TO – 2011 – FCC) Em “paz e a estabilidade”, na
última frase do texto, o emprego das aspas
(A) indica que esse segmento é transcrição literal do
documento do governo russo mencionado no início
do texto.
(B) sugere a desconfiança do autor do artigo com relação
aos supostos propósitos da Rússia de manter a paz na
Antártida.
(C) revela ser esse o principal objetivo do governo russo
ao reconstruir estações de pesquisa na Antártida que
datam do período soviético.
(D) aponta para o sentido figurado desses vocábulos, que
não devem ser entendidos em sentido literal, como o
constante dos dicionários.
(E) justifica-se pela sinonímia existente entre paz e estabilidade, o que torna impensável a existência de uma
sem a outra.
o continente gelado – a Antártida
Moscou – a Rússia
a revista Science – o blog Science Insider
a potência comunista – a União Soviética
Atende corretamente ao enunciado da questão o que
está em
(A) I e III, apenas.
(B) I e IV, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) I, II e IV, apenas.
(E) I, II, III e IV.
I e III: “na Antártida na próxima década. Segundo o blog Science Insider,
da revista Science [o blog é da revista, não se pretende retomar um
termo já utilizado], um documento do governo estabelece uma agenda
de prioridades para o continente gelado até 2020.”; II: “O documento
afirma que Moscou deve trabalhar com outras nações”; IV: “A primeira
expedição da extinta União Soviética à Antártida aconteceu em 1955
e, nas três décadas seguintes, a potência comunista construiu sete
estações de pesquisa no continente.”
Gabarito “D”
I: há o antagonismo entre “arranjar palavras com tinta” e “escreve
como fala”; II: os antigos professores “ensinavam a escrever mandando
fazer redações que puxavam insensivelmente para a grandiloquência,
o preciosismo”. O primeiro trecho citado de S. Bernardo diz: “– Vá
para o inferno, Gondim. Você acanalhou o troço. Está pernóstico, está
safado, está idiota!”; III: deduz-se que a linguagem de Paulo Honório
é direta e simples.
I.
II.
III.
IV.
Atenção: para responder próximas questões, considere
o texto abaixo.
1
5
10
15
20
25
Esta é uma história da Bossa Nova e dos
rapazes e moças que a fizeram, quando eles tinham
entre quinze e trinta anos. É também um livro que se
pretende o mais factual e objetivo possível. Evidente
que, tendo sido escrito por alguém que vem ouvindo
Bossa Nova desde que ela ganhou este nome (e que
nunca se conformou quando o Brasil começou a trocá-la
por exotismos), uma certa dose de paixão acabou se
intrometendo na receita − sem interferir, espero, pró ou
contra, na descrição da trajetória de qualquer personagem.
Os seres humanos, assim como os LPs, têm
lados A e B, e houve um esforço máximo para que
ambos fossem mostrados.
Para compor essa história, as informações foram
buscadas em primeira mão, entre os protagonistas,
coadjuvantes ou figurantes de cada evento aqui descrito,
citados na lista de agradecimentos. Toda informação
importante foi checada e rechecada com mais de
uma fonte. A natureza de certas informações torna
impossível que sejam especificadas como “entrevista
realizada no dia X, na cidade Y, com Fulano de Tal”,
porque isto seria a quebra de um preceito ético de
proteção à fonte. No caso de fontes que não se furtaram
a ser identificadas, estas são mencionadas no corpo do
texto. As histórias aqui incluídas levaram em conta
apenas a importância que tiveram no desenvolvimento
ou na carreira deste ou daquele artista ou da Bossa
Nova em conjunto.
(Ruy Castro, “Introdução e agradecimentos”. Chega de saudade: a história e as histórias da Bossa Nova.
São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 15)
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ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
(Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC) O
autor do texto
(A) advoga para seu relato a condição de “história”, por
cumprir o protocolo científico: absoluta fidelidade na
descrição dos fatos, dados definitivos e cabal objetividade.
(B) emprega simultaneamente história e histórias, o que
libera a obra do compromisso com o constatável,
como o ratifica o uso das palavras típicas da ficção
personagem, protagonistas, coadjuvantes e figurantes.
(C) explicita a perspectiva adotada na produção da
obra referindo-se a si próprio predominantemente
em terceira pessoa, sem deixar, entretanto, em dado
momento, de assumir diretamente sua voz.
(D) define o foco da pesquisa que deu origem ao livro: a
reação de pessoas entre quinze e trinta anos diante
do desenvolvimento da Bossa Nova.
(E) assume ter pretendido escrever uma história apaixonada sobre a Bossa Nova, o que o leva a pedir a
indulgência do leitor quanto às inadequações decorrentes dessa intenção.
Reveja trecho: “Esta é uma história da Bossa Nova e dos rapazes e
moças que a fizeram, quando eles tinham entre quinze e trinta anos.
É também um livro que se pretende o mais factual e objetivo possível.
Evidente que, tendo sido escrito por alguém [‘a perspectiva adotada
na produção da obra referindo-se a si próprio predominantemente em
terceira pessoa’] que vem ouvindo Bossa Nova desde que ela ganhou
este nome (e que nunca se conformou quando o Brasil começou a
trocá-la por exotismos), uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na receita − sem interferir, espero [‘sem deixar, entretanto, em
dado momento, de assumir diretamente sua voz’], pró ou contra, na
descrição da trajetória de qualquer personagem.”
Gabarito “C”
(Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC)
do texto:
Compreende-se corretamente
(A) a caracterização de entrevista (linhas 20 e 21) prepara
o leitor para a decodificação de certas informações
que são tratadas de modo cifrado no livro.
(B) as histórias que compõem o livro (linha 25) não possuem
relevo próprio, merecendo presença na obra unicamente
por tangenciarem a trajetória da Bossa Nova.
(C) a comparação entre LPs e seres humanos (linha 11)
se fundamenta no traço comum “caráter bifronte”.
(D) ao fazer referência a um esforço máximo (linha 12), o
autor expressa sua concepção de que a volubilidade
torna os seres humanos indecifráveis.
(E) ao referir-se a informações em primeira mão (linha
15), o autor informa que os eventos que compõem a
história escrita por ele jamais tinham vindo a público.
A: as informações não serão tratadas de modo cifrado. Trata-se de um
exemplo do que não se pretende fazer: “impossível que sejam especificadas como ‘entrevista realizada no dia X, na cidade Y, com Fulano de Tal’;
B: veja trecho: “Evidente que, tendo sido escrito por alguém que vem
ouvindo Bossa Nova desde que ela ganhou este nome (...), uma certa
dose de paixão acabou se intrometendo na receita”; C: é exatamente
o “caráter bifronte” que se quer mostrar: “Os seres humanos, assim
como os LPs, têm lados A e B, e houve um esforço máximo para que
ambos fossem mostrados.”; D: não se pode inferir isso; E: apenas
sabemos que o autor conseguiu as informações diretamente da fonte. “
Gabarito “C”
(Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC) No primeiro parágrafo do texto,
(A) os parênteses (linhas 6 a 8) acolhem explicação sobre
o que ocorreu com a Bossa Nova quando o Brasil
começou a trocá-la por exotismos.
(B) a frase quando eles tinham entre quinze e trinta anos
(linhas 2 e 3) delimita o período da concomitância
entre a vivência dos jovens e o ato de escrita da obra.
(C) Esta (linha 1) e a (linha 2) são pronomes que se antecipam ao elemento a que cada um deles se refere.
(D) o segmento introduzido pelo travessão (linha 9)
expressa um julgamento que traz as marcas de uma
presunção.
(E) foram empregados com sentido equivalente os segmentos uma história da Bossa Nova (linha 1), um livro
(linha 3) e escrito (linha 5).
A: os parênteses em “alguém que vem ouvindo Bossa Nova desde que
ela ganhou este nome (e que nunca se conformou quando o Brasil
começou a trocá-la por exotismos)” expressa uma impressão do autor;
B: trata-se apenas da idade dos jovens e não se trata do ato de escrita
da obra: “Esta é uma história da Bossa Nova e dos rapazes e moças que
a fizeram, quando eles tinham entre quinze e trinta anos.” D: o autor
deixa clara sua opinião: “− sem interferir, espero, pró ou contra, na
descrição da trajetória de qualquer personagem”; E: “história da Bossa
Nova” e “livro” se equivalem, porém “escrito” é, nesse contexto, verbo
no particípio e não substantivo.
Gabarito “D”
10
Da timidez
Ser um tímido notório é uma contradição. O tímido tem
horror a ser notado, quanto mais a ser notório. Se ficou
notório por ser tímido, então tem que se explicar. Afinal,
que retumbante timidez é essa, que atrai tanta atenção?
Se ficou notório apesar de ser tímido, talvez estivesse se
enganando junto com os outros e sua timidez seja apenas
um estratagema para ser notado. Tão secreto que nem ele
sabe. É como no paradoxo psicanalítico: só alguém que
se acha muito superior procura o analista para tratar um
complexo de inferioridade, porque só ele acha que se
sentir inferior é doença.
Todo mundo é tímido, os que parecem mais tímidos são
apenas os mais salientes. Defendo a tese de que ninguém
é mais tímido do que o extrovertido. O extrovertido faz
questão de chamar atenção para sua extroversão, assim
ninguém descobre sua timidez. Já no notoriamente tímido
a timidez que usa para disfarçar sua extroversão tem o
tamanho de um carro alegórico.
Segundo minha tese, dentro de cada Elke Maravilha*
existe um tímido tentando se esconder, e dentro de cada
tímido existe um exibido gritando: “Não me olhem! Não
me olhem!”, só para chamar a atenção.
O tímido nunca tem a menor dúvida de que, quando
entra numa sala, todas as atenções se voltam para ele e
para sua timidez espetacular. Se cochicham, é sobre ele.
Se riem, é dele. Mentalmente, o tímido nunca entra num
lugar. Explode no lugar, mesmo que chegue com a maciez
estudada de uma noviça. Para o tímido, não apenas todo
mundo mas o próprio destino não pensa em outra coisa
a não ser nele e no que pode fazer para embaraçá-lo.
* Atriz de TV muito extrovertida, identificada pela
maquiagem e roupas extravagantes. (Luís Fernando
Veríssimo, Comédias para se ler na escola)
Na abordagem da timidez, o
autor se vale de contradições e paradoxos para demonstrar que
(Analista – TRT/2ª – 2008 – FCC)
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
(A) o comportamento dos extrovertidos revela seu desejo
de serem notados.
(B) as atitudes de um tímido derivam de seu complexo
de superioridade.
(C) a timidez e a extroversão não podem ser claramente
distinguidas.
(D) o tímido opõe-se ao extrovertido porque assim ninguém o reconhece.
(E) os extrovertidos são habitualmente reconhecidos
como tímidos notórios.
A: é o oposto, segundo o autor “O extrovertido faz questão de chamar
atenção para sua extroversão, assim ninguém descobre sua timidez”; B:
o autor se refere ao complexo de superioridade não como causadores
das atitudes do tímido, mas para caracterizar aquele que “procura o
analista para tratar um complexo de inferioridade”; C: o autor, divertidamente, confunde as figuras do tímido e do extrovertido; D: segundo
o autor, o tímido quer mesmo é ser notado, pois “dentro de cada tímido
existe um exibido gritando: ‘Não me olhem! Não me olhem!’, só para
chamar a atenção.”; E: o autor não afirma isso, mas apenas que “Ser
um tímido notório é uma contradição”.
Gabarito “C”
(Analista – TRT/2ª – 2008 – FCC) Considerando-se o contexto do
primeiro parágrafo, deduz-se da frase só ele acha que se
sentir inferior é doença que, na opinião do autor,
(A) a timidez leva ao complexo de inferioridade.
(B) o sentimento de inferioridade não é uma anomalia.
(C) o complexo de inferioridade não tem tratamento.
(D) o sentimento de inferioridade é próprio dos tímidos.
(E) a timidez é um disfarce para os muito extrovertidos.
A frase indica que o sentimento de inferioridade é algo normal, a que as
pessoas comuns não dão maior importância, pois “só alguém que se
acha muito superior (...) acha que se sentir inferior é doença.”
11
Outro dia reencontrei-o, depois de muitos anos. É juiz
de direito numa grande comarca, e parece satisfeito com
a profissão.
Hesitei em lhe perguntar sobre o gosto pela poesia, e
ele, parecendo adivinhar, confessou que havia publicado
alguns livros de poemas – “inteiramente despretensiosos”,
frisou. Ficou de me mandar um exemplar do último, que
havia lançado recentemente.
Hoje mesmo recebi o livro, trazido em casa por um
amigo comum. Os poemas são muito bons; têm uma
secura de estilo que favorece a expressão depurada de
finos sentimentos.
Busquei entrever naqueles versos algum traço bacharelesco,
alguma coisa que lembrasse a linguagem processual. Nada.
Não resisti e telefonei ao meu amigo, perguntando-lhe
como conseguiu elidir tão completamente sua formação
e sua vida profissional, frequentando um gênero literário
que costuma impelir ao registro confessional. Sua resposta:
− Meu caro, a objetividade que tenho de ter para julgar os
outros comunica-se com a objetividade com que busco
tratar minhas paixões. Ser poeta é afinar palavra justas e
precisos sentimentos. Justeza e justiça podem ser irmãs.
E eu que nunca tinha pensado nisso...
(Ariovaldo Cerqueira, inédito)
(Analista – TRT/2ª – 2008 – FCC) O argumento em favor da
plena compatibilidade entre a linguagem da poesia e a
das práticas jurídicas está formulado na seguinte frase:
(A) É juiz de direito numa grande comarca, e parece
satisfeito com a profissão.
Gabarito “B”
(B) Apesar de reconhecer essa diferença, eu o animava,
(Analista – TRT/2ª – 2008 – FCC)
Reconhece-se como em si
mesma paradoxal a seguinte expressão do texto:
(C) (...) têm uma secura de estilo que favorece a expressão
(A) retumbante timidez.
(B) Todo mundo é tímido.
(C) maciez estudada.
(D) tem horror a ser notado.
(E) faz questão de chamar atenção.
(D) (...) conseguiu elidir tão completamente sua formação
Gabarito “A”
Atenção: as questões seguintes referem-se ao texto
abaixo.
Duas linguagens
depurada de finos sentimentos.
e sua vida profissional (...)
(E) Justeza e justiça podem ser irmãs.
A: essa frase não faz referência à poesia; B: o autor expõe, nessa frase,
dúvida quanto à compatibilidade entre as linguagens jurídica e poética;
C: a frase refere-se aos poemas do juiz, sem referência à linguagem
jurídica; D: o autor refere-se à dúvida quanto ao afastamento da influência jurídica sobre a obra poética (não se refere à compatibilidade entre
as linguagens, portanto); E: “Justeza” refere-se à poesia, enquanto
“Justiça” à linguagem jurídica. A fraternidade (podem ser irmãs) indica
a compatibilidade entre as linguagens poética e jurídica.
Gabarito “E”
O paradoxo é pensamento ou argumento que contraria os princípios
básicos que costumam orientar o pensamento humano, ou desafia a
opinião compartilhada pela maioria. A palavra retumbante tem a acepção
daquilo que se reflete com estrondo, grande barulho. Esse significado
é paradoxal em relação à acepção da palavra timidez.
sem muita convicção (...)
(Analista – TRT/2ª – 2008 – FCC) Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de um segmento do texto em:
(A) não lhes travava o talento = não ia ao encontro de seu
Na minha juventude, tive um grande amigo que era
estudante de Direito. Ele questionava muito sua vocação para os estudos jurídicos, pois também alimentava
enorme interesse por literatura, sobretudo pela poesia, e
não achava compatíveis a linguagem de um código penal
e a frequentada pelos poetas.
Apesar de reconhecer essa diferença, eu o animava, sem
muita convicção, lembrando-lhe que grandes escritores
tinham formação jurídica, e esta não lhes travava o
talento literário.
potencial.
(B) “inteiramente despretensiosos”, frisou = “em nada
intencionais”, aludiu.
(C) têm uma secura de estilo = manifestam uma esterilidade.
(D) como conseguiu elidir = como logrou obliterar.
(E) impelir ao registro confessional = demover o plano
das confissões.
A: ir “ao encontro” é harmonizar-se, enquanto ir “de encontro” é confrontar. “Travava o talento” tem o sentido de impedir, confrontar, ir de
encontro (não ao encontro); B: o termo “despretensiosos” indica que
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ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
Gabarito “D”
(Analista – TRT/6ª – 2006 – FCC) Penso também nas nadadoras.
Elas me assustam. Aqueles ombros enormes.
As três frases acima estão rearticuladas de forma correta
e coerente no seguinte período:
(A) Me assustam também, quando penso nas nadadoras,
cujos os ombros são enormes.
(B) Por serem de ombros enormes, penso também naque-
las nadadoras, quando me assusto.
(C) Assusto-me com aquelas nadadoras, onde os ombros
são enormes, quando também penso nelas.
(D) Assustam-me as nadadoras, quando passo a pensar
nelas, com seus ombros enormes.
(E) Me assustam ainda os ombros enormes daquelas
nadadoras, ao pensar neles.
Observe, inicialmente, os elementos das três frases: 1) o sujeito do
verbo pensar é desinencial (1ª pessoa do singular – “eu”); 2) o objeto do
verbo pensar é “nas nadadoras”; 3) o sujeito do verbo assustar é “elas”
(as nadadoras). A: o sujeito do verbo assustar não está claro; B: o autor
se assusta quando pensa nas nadadoras e nos seus ombros enormes.
Não é o susto que faz pensar nelas (as nadadoras é que causam o susto,
não o contrário); C: “onde os ombros são enormes” não faz sentido; D:
“Assustam-me as nadadoras” – o sujeito do verbo assustar é nadadora.
O objeto é “me”; “quando passo a pensar nelas” – o sujeito de “passo
a pensar” corresponde à primeira pessoa do singular. Essas relações
correspondem à informação fornecida pelas frases originais; E: “os
ombros” não corresponde ao sujeito do verbo assustar.
Gabarito “D”
(Analista – TRT/6ª – 2006 – FCC) São os subterfúgios ilusórios
que nos levam a admirar a imagem nossa construída
pelos outros.
Uma outra forma clara e correta de se redigir o que
expressa a frase acima é:
(A) É a imagem que os outros constroem para nós com
subterfúgios ilusórios que nos levam a admirar.
(B) Haja vista dos ilusórios subterfúgios, levam-nos os
outros a admirar como foi que se construiu a nossa
imagem.
(C) Levam-nos a admirar nossa própria imagem, do modo
como se construiu os subterfúgios ilusórios dos outros.
(D) Deve-se aos subterfúgios ilusórios que sejamos
levados à admiração da imagem nossa que os outros
construíram.
(E) Tendo os outros construído nossa imagem, são com
subterfúgios ilusórios que fazem com que lhe sejamos
levados a admirar.
Na oração original, o sujeito do verbo levar é o pronome relativo que.
Esse pronome tem como referente “os subterfúgios ilusórios”. O objeto
direto do verbo levar é “nos” e o objeto indireto é “a admirar a imagem
nossa construída pelos outros.”
Gabarito “D”
(Analista – TRT/3ª – 2005 – FCC) A frase cuja redação está inteiramente clara e correta é:
(A) A jovem repórter causou alguma incompreensão tão
logo ao referir-se a um termo que a todos pareceu ter
um sentido além do que ele pretendia.
(B) O autor não hesita em concluir que, diante das entusiasmadas adesões à utilização da informática e da
linguagem que lhe corresponde, o computador já faz
parte do nosso cotidiano.
(C) Os programadores de computador, que costumam
serem mais jovens, provavelmente não lhes fica
claro aquilo que já significou a expressão fazer um
programa, desde que o sentido fosse outro.
(D) O autor sublinha com razão que é comum que os
mais velhos reajam com desassosego, porque, diante
do que é mais novo, surge-lhes quase sempre como
se fosse uma ameaça.
(E) Quando ele diz que dança quem não souber o que é
BBS, o verbo que o autor lança mão aqui é um termo
de gíria, ao qual é mais costumeiro na linguagem dos
jovens.
Seguem orações corrigidas. A: “A jovem repórter causou incompreensão ao se referir a um termo que a todos pareceu ter um sentido
além do que se pretendia.”; B: está clara a redação; C: “Não fica claro
aos programadores de computador, normalmente mais jovens, que
a expressão fazer um programa já teve outro sentido.”; D: “O autor
sublinha, com razão, que é comum os mais velhos reagirem com desassossego, porque, aquilo que é novo, surge quase sempre como se fosse
uma ameaça.”; E: “Quando ele diz que dança quem não souber o que é
BBS, o sentido do verbo que o autor utiliza (dançar) é informal, trata-se
de uma gíria. Seu uso é mais costumeiro na linguagem dos jovens.”
(Analista – TRT/11ª – 2005 – FCC) Está inteiramente clara e correta
a redação da seguinte frase:
(A) Segundo a versão oficial, as entradas forçosas da
polícia em escritórios de advocacia não constituem
abuso de autoridade, uma vez que são determinadas
por ordem judicial.
(B) Os escritórios de advogado aonde funcionam sedes
de empresas, não configuram um caso de sigilo profissional, uma vez que se prestam ao exercício de uma
função estranha à sua finalidade.
(C) Havendo constrangimento do advogado ao informar
fatos que só dizem respeito aos seus clientes, traindo
sua confiança, fica impossível exercerem a profissão
que lhes compete.
(D) A menos que seja previsto como um caso de exercício diverso da advocacia, as situações regulares dos
escritórios de advogados impõem o respeito ao direito
de sigilo.
(E) Note-se que na jurisprudência, do âmbito do Supremo
Tribunal Federal, tem sido resguardado o sigilo na
apreensão de documentos, entendida como fraglante
abuso de autoridade.
Seguem as demais reescritas corretamente. B: “Os escritórios de
advogado onde funcionam sedes de empresas”; C: “Havendo constrangimento do advogado ao informar fatos que só dizem respeito aos
seus clientes, traindo a confiança desses, fica impossível o exercício da
profissão que lhes compete.”; D: “A menos que sejam previstas como
um caso de exercício diverso da advocacia, as situações regulares dos
escritórios de advogados impõem o respeito ao direito de sigilo.”; E:
“tem sido resguardado o sigilo na apreensão de documentos, entendida
como flagrante abuso de autoridade.”
Gabarito “A”
o autor das poesias procura mostrar humildade, o que não significa
falta de “intenção”; C: “secura de estilo” parece indicar um texto claro,
fluido, sem exageros, o que não significa “esterilidade”, ausência de
criatividade ou de valor literário; D: “elidir” e “obliterar” têm o mesmo
significado, no contexto, de excluir, eliminar; E: “impelir ao registro
confessional” significa conduzir, sugerir, levar o autor a expressar
seus sentimentos íntimos, o que é o oposto de “demover”, afastar
esse ímpeto confessional.
Gabarito “B”
12
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
A: “comunica-se” indica que há similitude, não identidade (não são
conceitos idênticos); B: “objetividade para julgar” opõe-se à ideia de
que o julgamento possa ser permeado, influenciado, orientado por
sentimentos, pela subjetividade; C: a afirmação não indica oposição
entre as situações, mas similitude; D: a linguagem confessional refere-se
à poesia, não à atividade jurisdicional; E: essa é a ideia passada pelo
uso do termo “objetividade”, comum às linguagens poética e jurídica.
Gabarito “E”
Televisão e formação
O aparelho de televisão está na sala, no quarto, na cozinha de pelo menos 92% dos lares brasileiros, segundo
dados do Ibope. Se a criança é educada por essa mídia
– já que passa diante dela em média três horas e meia
diárias –, a melhora na qualidade da programação se
impõe como uma obrigação ética de toda a sociedade.
Em estudo feito pela Unesco, o tempo que as crianças
gastam assistindo à televisão é, pelo menos, 50% maior
que o tempo dedicado a qualquer outra atividade do
cotidiano, como ler a lição e casa, ajudar a família, brincar, ficar com os amigos, ler. A programação transmitida
pela TV acaba tornando-se um ponto de referência na
organização da família, está sempre a disposição, sem
exigir nada em troca, alimentando o imaginário infantil
com todo tipo de fantasia.
A pesquisa brasileira sobre influência da mídia eletrônica
na formação da criança e do adolescente está, no entanto,
bastante focada nas áreas de educação e psicologia,
e acaba por contribuir muito pouco como elemento
de interferência direta na qualidade da produção dos
programas voltados para a criança. A orientação para
os produtores e programadores de TV vem, em geral,
das pesquisas de mercado, que medem a aceitação do
público. No exterior, a pesquisa acadêmica esta mais
focada na qualidade das produções e se envolve mais
diretamente com a produção artística. É um exemplo a
ser imitado: não basta criticar a distância as distorções da
relação criança/TV; é preciso que os estudiosos aprendam
a interferir na criação mesmo dos programas, passando,
assim, a ter responsabilidade direta na qualidade dessa
mídia onipresente.
(Adaptado de Wanda Jorge. Ciência e Cultura. Revista da
SBPC. São Paulo: Imprensa Oficial, ano 56, número 1, 2004,
pp. 55_56)
A questão
central tratada nesse texto está resumida na seguinte frase:
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC)
(A) Os critérios em que se baseiam os profissionais da
TV na produção de programas infantis refletem a
crescente influência dos pesquisadores acadêmicos.
A autora pretende criticar a forma como as pesquisas sobre a influência
da mídia sobre as crianças são conduzidas no Brasil, ao anotar que elas
estão focadas exclusivamente em critérios de mercado. Com isso, deixam
de prestar qualquer colaboração para a melhora da qualidade da programação apresentada. Correta, portanto, a alternativa “D”. As ideias expostas
nas demais alternativas não podem ser corretamente inferidas do texto.
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC) Atente
para
as seguintes afirmações:
I.
A frase “se impõe como uma obrigação ética de toda
a sociedade” indica que esse texto assume um caráter
crítico e opinativo.
II. No texto, legitima-se e justifica-se a preocupação que
orienta os produtores da programação infantil da TV.
III. No texto, recusa-se a ideia de que as pesquisas e mercado consigam medir o interesse que tem o público
pelos programas de TV.
Está correto o que se afirma somente em
(A) II e III.
(B) I.
(C) II.
(D) III.
(E) I e II.
I: correta. O texto pode ser classificado como dissertativo-argumentativo, porque expõe objetivamente uma questão relevante (dissertativo),
permeado de opiniões e críticas pessoais do autor (argumentativo);
II: incorreta. Ao contrário, o texto faz uma crítica à atuação desses
profissionais; III: incorreta. Na verdade, o texto anota que as pesquisas
voltadas unicamente à medição da aceitação dos programas pelo público
não contribui para a evolução dos programas apresentados.
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC) No
contexto
em que surge, a frase “Se a criança é educada por essa
mídia” deve ser compreendida como:
(A) a fim de que a criança seja educada por essa mídia.
(B) ainda que a criança fosse educada por essa mídia.
(C) no caso de a criança vir a ser educada por essa mídia.
(D) quando a criança for educada por essa mídia.
(E) uma vez que a criança é educada por essa mídia.
No contexto apresentado, a conjunção “se” tem função causal e pode ser
substituída sem alteração de sentido por “uma vez que”, sendo o trecho
iniciado por “a melhora na qualidade...” a consequência necessária para
dar coerência ao texto.
Gabarito “E”
amente.
(D) a linguagem confessional serve a ambas as situações.
(E) a busca de precisão é indispensável nos dois casos.
junto às crianças é grande, e se empenham de todas
as formas para melhorar a programação.
(C) A Unesco está alarmada com o fato e que o imaginário
infantil está sendo excessivamente estimulado pelas
fantasias da TV.
(D) Os estudiosos brasileiros da programação de TV
destinada à criança ainda não oferecem contribuição
efetiva para a melhoria desses programas.
(E) As estatísticas do Ibope comprovam que o tempo da
criança está-se dividindo cada vez mais em múltiplas
atividades, entre elas a concentração diante da TV.
Gabarito “B”
(A) não há distinção visível entre as duas atividades.
(B) um julgamento é permeado pelos puros sentimentos.
(C) a oposição entre ambas as situações reforça-as mutu-
(B) No Brasil, os adultos reconhecem que a força da TV
Gabarito “D”
A afirmação feita pelo juiz de
que a objetividade para julgar alguém comunica-se com
a objetividade poética na expressão das paixões salienta
sua convicção de que
(Analista – TRT/2ª – 2008 – FCC)
13
Ciência e tecnologia nos jogos olímpicos
Na Grécia antiga, os esportes olímpicos surgiram
como desdobramento da preparação para as guerras.
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Modalidades como corridas, arremesso de peso, saltos,
entre outras, eram praticadas para simularem as condições dos campos de batalha. Nos tempos modernos,
o esporte perdeu essa característica para associar-se à
melhoria da saúde e do físico, socialização, à diversão
e, evidentemente, ao jogo e à competição. Na sociedade
contemporânea, é este o aspecto mais marcante: as competições, onde centésimos de segundo ou insignificantes
centímetros podem separar a glória do fracasso.
Essa busca pelo aperfeiçoamento máximo, já presente
nas primeiras olimpíadas modernas, em 1896, jamais
cessou. Hoje, equipamentos e treinamentos avançam
sobre seus limites, usando a tecnologia e a ciência onde o
corpo humano já alcançou, aparentemente, o auge de seu
desempenho físico. Os atletas olímpicos são preparados
para desafiar as restrições provenientes da gravidade, do
tempo e da distância. Encontram suporte nas pesquisas
aplicadas na área da fisiologia e da medicina esportiva,
bem como no avanço das técnicas de treinamento e dos
equipamentos. A ciência permite “construir” um atleta
para ser recordista olímpico, maximizando suas potencialidades físicas por meio do profundo conhecimento da
fisiologia do movimento. E quando o homem esportivo
chega ao limite, com o corpo humano no máximo da
sua capacidade, entra em campo a alta tecnologia dos
equipamentos e dos materiais a seu serviço como na
corrida espacial, também as olimpíadas servem para
avaliar os avanços científicos que acabam por significar
um progresso para a sociedade em geral.
(Vera Toledo Camargo. Ciência e Cultura. Revista da SBPC. São
Paulo: Imprensa Oficial, ano 56,
n. 2, 2004. p. 12)
Analisando-se a evolução
dos jogos olímpicos, desde sua origem, na Grécia antiga,
até os nossos dias, verifica-se que eles
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC)
(A) se modificaram quanto ao esforço exigido dos atletas,
agora minimizado em razão da tecnologia esportiva.
(B) conservaram as características primitivas, apenas
incorporando algumas conquistas da ciência e da
tecnologia.
(C) se modificaram muito no que diz respeito às modalidades, mas conservaram a finalidade primitiva.
(D) perderam a agressividade inicial, pois competir foi-se
tornando mais importante do que vencer.
(E) perderam a característica de treinamento bélico para
virem a se tornar disputas de máxima competitividade.
O texto trata da mudança de finalidade dos esportes olímpicos, antes
usados como treinamento para os campos de batalha e hoje ligados
ao bem-estar, à saúde e à competição. Sobre esse aspecto, a autora
comenta o avançado nível tecnológico usado na preparação de atletas
de alto nível, indicando que, se de um lado os jogos perderam sua razão
bélica, de outro vincularam-se à extrema competitividade.
técnicas aprendidas nos combates.
(D) simularem as condições = disfarçarem as operações.
(E) maximizando suas potencialidades = aproveitando-se
de sua força.
Correta a alternativa “B”, por ser a única que apresenta uma correspondência que mantém a coerência do texto. Nas demais, os sinônimos
utilizados não refletem o sentido que as expressões foram utilizadas.
Várias famílias percorrem dez ou mais quilômetros com
destino à Serra da Cantareira, mais precisamente à Chácara do Frade, com seus dezessete hectares tomados por
alface, rúcula, pepino, cenoura e dezenas de outras hortaliças. As pessoas caminham entre os canteiros, trocam
informações sobre o plantio, escolhem o que comprar
e levam produtos fresquinhos, jamais “batizados” por
agrotóxicos.
Cada vez mais hortas instaladas perto da capital estão
abrindo suas portas aos visitantes. O proprietário, José
Frade, lucra com a venda direta. O consumidor, por sua
vez, garante a qualidade do que está comendo.
Na Europa, isso é muito comum. Desde a Idade Média,
durante a época da colheita, as plantações dos vilarejos
vizinhos às cidades se transformam em verdadeiras feiras
livres. Por aqui, a onda está apenas começando. Num raio
de cem quilômetros da capital já existem pelo menos nove
sítios e chácaras que trabalham nesse sistema.
(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC)
Considere as seguintes
afirmações:
I.
Muitos consumidores das cercanias de São Paulo
passaram a cultivar hortas domésticas, em que podem
colher verduras não contaminadas.
II. Um hábito da Idade Média inspirou várias famílias
que, morando nas cercanias da Serra da Cantareira,
resolveram fazer das hortas comunitárias autênticas
feiras livres.
III. A venda de hortaliças diretamente do produtor para o
consumidor traz, para aquele, vantagens financeiras
e, para este, a garantia de produtos mais saudáveis.
Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se
afirma em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
I: incorreta. Os consumidores não passaram a produzir as próprias
hortaliças, mas a deslocar-se para adquiri-las de quem o faz; II:
incorreta. A passagem da Idade Média é contada no texto a título de
ilustração. O autor deixa claro que o hábito é incipiente no Brasil, em
nada se comparando a feiras livres; III: correta.
Gabarito “E”
Gabarito “C”
Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de uma expressão
do texto em:
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC)
(A) restrições provenientes da gravidade = injunções
atribuídas à gravidade.
(B) avançam sobre seus limites = vão além do máximo já
alcançado.
(C) desdobramento da preparação, para as guerras =
Gabarito “B”
14
Os velhos das cidadezinhas do interior parecem muito
mais plenamente velhos que os das metrópoles. Não
se trata da idade real de uns e outros, que pode até ser
a mesma, mas dos tempos distintos que eles parecem
habitar. Na agitação dos grandes centros, até mesmo
a velhice parece ainda estar integrada na correria; os
velhos guardam alguma ansiedade no olhar, nos modos,
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
Na cidade grande, há um quadro que se repete mil vezes
ao dia, e que talvez já diga tudo: o velhinho, no cruzamento perigoso, decide-se, enfim, a atravessar a avenida,
e o faz com aflição, um braço estendido em sinal de pare
aos motoristas apressados, enquanto amiúda o que pode
o próprio passo. Parece suplicar ao tempo que diminua
seu ritmo, que lhe dê a oportunidade de contemplar mais
demoradamente os ponteiros invisíveis dos dias passados,
e de sondar com calma, nas nuvens mais altas, o sentido
de sua própria história.
Há, pois, velhices e velhices – até que chegue o dia em
que ninguém mais tenha tempo para de fato envelhecer.
Celso de Oliveira
(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC) A frase “Os velhos das
cidadezinhas do interior parecem muito mais plenamente
velhos que os das metrópoles” constitui uma
(A) impressão que o autor sustenta ao longo do texto, por
(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC)
Indique a afirmação
INCORRETA em relação ao texto.
(A) Roupas, canivetes, árvores e campanário são aqui
utilizados como marcas da velhice.
(B) O autor julga que, nas cidadezinhas interioranas, a
vida é bem mais longa que nos grandes centros.
(C) Hábitos como o de picar fumo de corda denotam rela-
ções com o tempo que já não existem nas metrópoles.
(D) O que um velhinho da cidade grande parece suplicar
é que lhe seja concedido um ritmo de vida compatível
com sua idade.
(E) O autor sugere que, nas cidadezinhas interioranas, a
velhice parece harmonizar-se com a própria natureza.
A única alternativa que traz uma conclusão que não pode ser inferida
do texto é a letra “B”, porque o autor não pretende comparar a longevidade das pessoas. Ao contrário, deixa claro que as idades podem ser
as mesmas, mas ainda assim veremos diferenças marcantes entre os
velhos da metrópole e do campo.
Gabarito “B”
Vejam-se as roupas dos velhinhos interioranos: aquele
chapéu de feltro manchado, aquelas largas calças de
brim cáqui, incontavelmente lavadas, aquele puído dos
punhos de camisas já sem cor – tudo combina admiravelmente com a enorme jaqueira do quintal, com a generosa
figueira da praça, com as teias no campanário da igreja.
E os hábitos? Pica-se o fumo de corda, lentamente, com
um canivete herdado do século passado, enquanto a
conversa mole se desenrola sem pressa e sem destino.
I: correta. O exemplo das roupas remete à passagem do tempo; II:
incorreta. O autor anota exatamente o contrário: o velho na metrópole
sente-se fora de compasso, como se a lentidão do seu corpo não
combinasse com o ambiente em que está inserido; III: correta, por
deixar claro que o gesto realizado traz uma vontade íntima de também
parar o tempo para poder contemplar a velhice.
Gabarito “D”
na lentidão aflita de quem se sente fora do compasso. Na
calmaria das cidades pequeninas, é como se a velhice
de cada um reafirmasse a que vem das montanhas e dos
horizontes, velhice quase eterna, pousada no tempo.
15
(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC) O
sentido do último parágrafo do texto deve ser assim entendido:
(A) Do jeito que as coisas estão, os velhos parecem não
ter qualquer importância.
(B) Tudo leva a crer que os velhos serão cada vez mais
escassos, dado o atropelo da vida moderna.
meio de comparações.
(B) impressão passageira, que o autor relativiza ao longo
do texto.
(C) falsa hipótese, que a argumentação do autor demolirá.
(D) previsão feita pelo autor, a partir de observações feitas
nas grandes e nas pequenas cidades.
(E) opinião do autor, para quem a velhice é mais opressiva
nas cidadezinhas que nas metrópoles.
(C) O prestígio do que é novo é tão grande que já ninguém
A comparação entre os velhos do interior e o velho das metrópoles é
uma opinião que o autor pretende demonstrar por meio de exemplos ao
longo de todo o texto, sendo a velhice, para ele, mais calma e tranquila
longe dos grandes centros.
O autor defende que a velhice é a fase do descanso, da contemplação,
da ausência de estresse e correrias. Com o avanço das grandes cidades
e de seu ritmo alucinado, chegará o dia em que ninguém mais poderá
aproveitar dessas vantagens da terceira idade, tentando manter-se
sempre jovem mesmo contra as limitações do corpo.
Gabarito “A”
Considere as seguintes
I.
Também nas roupas dos velhinhos interioranos as
marcas do tempo parecem mais antigas.
II. Na cidade grande, a velhice parece indiferente à
agitação geral.
III. O autor interpreta de modo simbólico o gesto que
fazem os velhinhos nos cruzamentos.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma
SOMENTE em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e III.
(E) II e III.
niosa que um dia ninguém mais sentirá o próprio
envelhecimento.
(E) No ritmo em que as coisas vão, a própria velhice talvez
não venha a ter tempo para tomar consciência de si
mesma.
Gabarito “E”
(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC)
afirmações:
repara na existência dos velhos.
(D) A velhice nas cidadezinhas do interior é tão harmo-
No início do século XX, a afeição pelo campo era uma
característica comum a muitos ingleses. Já no final do século
XVIII, dera origem ao sentimento de saudade de casa tão
característico dos viajantes ingleses no exterior, como William
Beckford, no leito de seu quarto de hotel português, em
1787, “assediado a noite toda por ideias rurais da Inglaterra.”
À medida que as fábricas se multiplicavam, a nostalgia do
morador da cidade refletia-se em seu pequeno jardim, nos
animais de estimação, nas férias passadas na Escócia, ou
no Distrito dos Lagos, no gosto pelas flores silvestres e a
observação de pássaros, e no sonho com um chalé de fim
de semana no campo. Hoje em dia, ela pode ser observada
na popularidade que se conserva daqueles autores conscientemente “rurais” que, do século XVII ao XX, sustentaram o
mito de uma arcádia campestre.
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(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC) Ao mencionar, no primeiro
parágrafo do texto, a inclinação dos ingleses pelo espaço
rural, o autor
(A) busca enfatizar o que ocorre no século XX, em que
a afeição pelo campo lhe parece ser realmente mais
genuína.
(B) a caracteriza em diferentes momentos históricos,
tomando como referência distintas situações em que
ela se manifesta.
(C) cita costumes do povo inglês destruídos pela aceleração do crescimento das fábricas, causa de sua
impossibilidade de volta periódica ao campo.
(D) refere autores que procuraram conscientemente manter
sua popularidade explorando temas “rurais” para mostrar como se criou o mito de um paraíso campestre.
(E) particulariza o espaço estrangeiro visitado pelos ingleses – Portugal – para esclarecer o que os indivíduos
buscavam e não podia ser encontrado na sua pátria.
A proposta do autor é ressaltar a afeição do povo inglês ao campo e
esclarecer que tal sentimento possui origens antigas. Ao longo de sua
explanação, ele contextualiza o contato do inglês com as terras rurais
em diferentes momentos históricos e em situações distintas entre si,
mas que sempre realçam o amor pela natureza e a qualidade de vida
fora das cidades.
Gabarito “B”
Leia com atenção as
afirmações abaixo sobre o segundo parágrafo do texto.
(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC)
I.
Em confronto com o primeiro parágrafo, o autor
apresenta um outro matiz da relação do espírito inglês
com o espaço rural.
por G.M. Trevelyan para comprovar a ideia universalmente aceita de que o contato com a natureza é
importante para o espírito.
III. O historiador inglês revela pessimismo, a cujos fundamentos ele não faz nenhuma referência no texto.
São corretas:
(A) I, somente.
(B) III, somente.
(C) I e III, somente.
(D) II e III, somente.
(E) I, II e III.
I: correta. Os fatos narrados no primeiro e no segundo parágrafos do
texto tem características diferentes, mas ambos ressaltam a afeição que
dois ingleses tinham pela natureza; II: incorreta. Os pensamentos de G.
M. Trevelyan traduzem a preocupação deste em preservar a natureza,
impedindo o crescimento desenfreado das cidades; III: incorreta. Não
há pessimismo na fala do autor, mas nostalgia: a sensação de que, no
passado, o respeito à natureza vigorava plenamente entre os homens.
(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC) As indagações presentes
no terceiro parágrafo representam, no texto,
(A) pontos relevantes sobre os quais a humanidade ainda
não refletiu.
(B) perguntas que historiadores faziam às pessoas para
convencê-las da importância do culto à natureza.
(C) os pontos mais discutidos quando se falava do pro-
gresso na Inglaterra, terra da afeição pelo campo.
(D) questões possivelmente levantadas pelos que pro-
curassem entender a razão de muitas pessoas não
considerarem a agricultura um bem em si.
(E) aspectos importantes sobre a relação entre a natureza
e o homem, úteis como argumentos a favor da ideia
defendida por Trevelyan.
A pergunta proposta reflete um provável argumento de um defensor
da manutenção da agricultura e demais atividades rurais quando questionado sobre sua importância se comparada ao avanço das cidades.
Trata-se da defesa da vida campesina, demonstrando que o trabalho
desenvolvido é essencial para a própria constituição da civilização.
No último parágrafo do
texto, o comentário sobre os ingleses seiscentistas foi
feito como
(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC)
(A) denúncia dos falsos argumentos utilizados por aqueles
que ocupam territórios indígenas.
(B) exemplo do caráter pioneiro dos ingleses na tarefa de
colonização do território americano.
(C) maneira de evidenciar a árdua tarefa dos que acre-
ditavam na força da agricultura para o progresso da
civilização.
(D) confirmação de que terras incultas são entraves que,
há séculos, subtraem ao homem o direito de progredir.
(E) comprovação de que, há poucos séculos, o cultivo da
terra era entendido como sinônimo de civilização.
A colonização de Massachusetts teve como argumento para avançar
sobre as terras indígenas, segundo o autor, justamente o fato destes
não utilizarem-na para o cultivo de alimentos, demonstrando que, para
os ingleses, a agricultura era uma atividade essencial para a constituição
de uma nação civilizada e, sem ela, os homens que ali habitavam só
poderiam ser vistos como selvagens.
Gabarito “E”
Há apenas poucos séculos, a mera ideia de resistir à
agricultura, ao invés de estimulá-la, pareceria ininteligível.
Como teria progredido a civilização sem a limpeza das
florestas, o cultivo do solo e a conversão da paisagem
agreste em terra colonizada pelo homem? A tarefa do
homem, nas palavras do Gênesis, era “encher a terra e
submetê-la”. A agricultura estava para a terra como o cozimento para a carne crua. Convertia natureza em cultura.
Terra não cultivada significava homens incultos. E quando
os ingleses seiscentistas mudaram-se para Massachusetts,
parte de sua argumentação em defesa da ocupação dos
territórios indígenas foi que aqueles que por si mesmos
não submetiam e cultivavam a terra não tinham direito
de impedir que outros o fizessem.
II. O autor assinala os pontos mais relevantes referidos
Gabarito “D”
Em alguns ingleses, no historiador G.M. Trevelyan, por
exemplo, o amor pela natureza selvagem foi muito além
desses anseios vagamente rurais. Lamentava, em um dos
seus textos mais eloquentes, de 1931, a destruição da
Inglaterra rural e proclamava a importância do cenário da
natureza para a vida espiritual do O fragmento transcrito
foi retirado do prefácio de um livro, conforme se nota na
referência bibliográfica. Nele, a autora do trecho demonstra que homem. Sustentava que até o final do século XVIII
as obras do homem apenas se somavam às belezas da
natureza; depois, dizia, tinha sido rápida a deterioração.
A beleza não mais era produzida pelas circunstâncias
econômicas comuns e só restava, como esperança, a conservação do que ainda não fora destruído. Defendia que
as terras adquiridas pelo Patrimônio Nacional, a maioria
completamente inculta, deveriam ser mantidas assim.
Gabarito “A”
16
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(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC)
Assinale a afirmação
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) De
17
acordo com o texto,
INCORRETA.
(A) a realização pessoal que geralmente faz parte da vida
(A) Infere-se do texto que as palavras do Gênesis foram
humana, como o sucesso no trabalho, costuma ser
percebida como sinal de plena felicidade.
(B) as atribuições sofridas podem comprometer o sentimento de felicidade, pois superam os benefícios de
conquistas eventuais.
(C) o sentimento de felicidade é relativo, porque pode vir
atrelado a circunstâncias diversas da vida, ao mesmo
tempo que deve apresentar constância.
(D) as condições da vida moderna tornam quase impossível a alguma pessoa sentir-se feliz, devido às roti-neiras situações da vida.
(E) muitos pais se mostram despreparados para fazer com
que seus filhos planejem sua vida no sentido de que
sejam, realmente, pessoas felizes.
A única alternativa que não apresenta conclusão validamente inferida do
texto é a letra “C”. Com efeito, o amor à natureza selvagem foi usado,
na verdade, como argumento para a manutenção de espaços naturais
intocados, com vistas a impedir o avanço desmedido das cidades.
O autor expressa a dificuldade de se definir a felicidade e de se alcançá-la
de forma plena, considerando que as diferentes sensações experimentadas pelas pessoas implicam em momentos felizes ou tristes, com
grande variação. Porém, a permanência da alegria é imprescindível
para se falar em felicidade.
Gabarito “C”
entendidas por muitos como estímulo a derrubar
matas, lavrar o solo, eliminar predadores, matar
insetos nocivos, arrancar parasitas, drenar pântanos.
(B) O paralelo estabelecido entre o cultivo da terra e
o cozimento dos alimentos é feito para se pôr em
evidência a ação do homem sobre a natureza.
(C) O texto mostra que o amor pela natureza selvagem
está na base da relação que se estabelece entre cultivo
da terra e civilização.
(D) O texto mostra que o amor à natureza selvagem, considerado como barbárie, permitiu que certos povos se
dessem o direito de apoderar-se dela.
(E) O Gênesis foi citado no texto porque o crédito dado
às palavras bíblicas explicaria o desejo humano de
transformar a natureza selvagem pensando no bem-estar do homem.
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) A afirmativa correta, em relação
Gabarito “C”
ao texto, é:
Será a felicidade necessária?
(A) A expectativa de muitos, ao colocarem a felicidade
Nesse processo, depara-se com armadilhas. Caso se tenha
ganhado um aumento no emprego no dia anterior, o
mundo parecerá belo e justo; caso se esteja com dor de
dente, parecerá feio e perverso. Mas a dor de dente vai
passar, assim como a euforia pelo aumento de salário,
e se há algo imprescindível, na difícil conceituação de
felicidade, é o caráter de permanência. Uma resposta
consequente exige colocar na balança a experiência
passada, o estado presente e a expectativa futura. Dá
trabalho, e a conclusão pode não ser clara.
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que
os filhos sejam felizes. É uma tendência que se impôs ao
influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante
que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco
dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão. O
que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes.
Ora, felicidade é coisa grandiosa. É esperar, no mínimo,
que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida.
Se não for suficiente, que consiga cumprir todos os
desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for
pouco, que atinja o enlevo místico dos santos. Não dá
para preencher caderno de encargos mais cruel para a
pobre criança.
(Trecho do artigo de Roberto Pompeu de Toledo. Veja.
24 de março de 2010, p. 142)
acima de quaisquer outras situações da vida diária,
leva à frustração diante dos pequenos sucessos que
são regularmente obtidos, como, por exemplo, no
emprego.
(B) Sentir-se alegre por haver conquistado algo pode
significar a mais completa felicidade, se houver uma
determinação, aprendida desde a infância, de sentir-se
feliz com as pequenas coisas da vida.
(C) As dificuldades que em geral são encontradas na
rotina diária levam à percepção de que a alegria é
um sentimento muitas vezes superior àquilo que se
supõe, habitualmente, tratar-se de felicidade absoluta.
(D) A possibilidade de que mais pessoas venham a sentir-se felizes decorre de uma educação voltada para a
simplicidade de vida, sem esperar grandes realizações,
que acabam levando apenas a frustrações.
(E) Uma resposta provável à questão colocada como
título do texto remete à constatação de que felicidade
é um estado difícil de ser alcançado, a partir da própria complexidade de conceituação daquilo que se
acredita ser a felicidade.
Valem aqui os mesmos comentários dispostos para a questão anterior,
indicando a impossibilidade de se vincular o conceito de felicidade ou
infelicidade a apenas um ou outro acontecimento respectivamente bom
ou ruim. Conclui-se, então, que a busca pela felicidade como entidade
plena mais atrapalha do que ajuda, diante da dificuldade até mesmo
de defini-la basicamente. Não é fácil procurar por uma coisa que não
sabemos exatamente como é.
Gabarito “E”
Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas
felicidade é pesada. Diante da pergunta “Você é feliz?”,
dois fardos são lançados às costas do inquirido. O primeiro é procurar uma definição para felicidade, o que
equivale a rastrear uma escala que pode ir da simples
satisfação de gozar de boa saúde até a conquista da
bem-aventurança. O segundo é examinar-se, em busca
de uma resposta.
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) O que espero, eis a resposta
correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. (3º parágrafo)
Com a palavra grifada, o autor
(A) retoma o mesmo sentido do que foi anteriormente
afirmado.
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ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
(B) exprime reserva em relação à opinião exposta na
afirmativa anterior.
(C) coloca uma alternativa possível para a afirmativa feita
anteriormente.
(D) determina uma situação em que se realiza a probabilidade antes considerada.
(E) estabelece algumas condições necessárias para a
efetivação do que se afirma.
No contexto, “ora” tem função de interjeição, demonstrando uma
sensação de dúvida, de reserva sobre o que se afirmou anteriormente.
Gabarito “B”
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) Nos pares de frases abaixo, é correto afirmar que o sentido expresso na frase I está sendo
retomado com outras palavras na frase II APENAS em:
(A) I. O primeiro [fardo] é procurar uma definição para
felicidade...
II. ...que importante é que os filhos sejam felizes.
(B) I. O segundo [fardo] é examinar-se, em busca de uma
resposta.
II. O que espero, eis a resposta correta, é que sejam
felizes.
(C) I. Nesse processo, depara-se com armadilhas.
II. ...colocar na balança a experiência passada...
(D) I. ... até a conquista da bem-aventurança.
II. Se ainda for pouco, que atinja o enlevo místico dos
santos.
(E) I. ... felicidade é coisa grandiosa.
II. ...que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da
vida.
O único par de expressões que se relacionam corretamente é o trazido
pela alternativa “D”. “Bem-aventurança” é um termo religioso, utilizado
para definir cada etapa do processo de elevação do espírito e a prática
dos ensinamentos do messias. O alcance pleno das bem-aventuranças
é típico dos homens tidos por santos.
artesanato, casas de farinha, criação de galinha caipira,
produção de rapadura ou de cachaça até às atividades
mais novas da apicultura, piscicultura, fruticultura. Nas
grandes cidades, na reciclagem, nos espaços de inclusão
digital e nas rádios comunitárias, entre outras atividades,
milhares de pessoas desenvolvem empreendimentos
econômicos e solidários, dos quais muitos contam com
a parceria da Fundação Banco do Brasil.
(Adaptado de artigo de Jacques de Oliveira Pena. http://www.
fbb.org.br/portal/pages/publico/expandir.fbb?cod ConteudoLog=8577, acessado em 15 de janeiro de 2011)
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) O
texto afirma que
(A) as áreas rurais, por suas características, têm recebido
maior número de propostas direcionadas para seu
desenvolvimento.
(B) projetos de desenvolvimento urbano são em número
reduzido por serem essas áreas já consideradas em
desenvolvimento.
(C) as atividades artesanais que se baseiam no saber popular nem sempre geram emprego e renda na quantidade
necessária para as comunidades carentes.
(D) as atividades econômicas, cujo objetivo está no auxílio
a comunidades carentes, devem estar vinculadas a
instituições financeiras.
(E) projetos de geração de trabalho e renda surgem em
todo o país, de acordo com as características e necessidades do lugar onde são desenvolvidos.
O texto afirma que os investimentos devem ser realizados igualmente
na área urbana e na área rural, porque ambas são potencialmente
geradoras de desenvolvimento, guardando, cada uma, suas próprias
características.
Gabarito “E”
18
(BB – Escriturário – 2011 – FCC)
A afirmativa correta, segundo
Gabarito “D”
o texto, é:
Desde o início da evolução humana, buscamos formas alternativas para o nosso desenvolvimento, seja por meio da fala,
de ferramentas ou de associações para superar barreiras. Nos
últimos tempos, nos acostumamos à expressão Tecnologia
Social, sem compreender exatamente o que isso significa.
(A) A organização de grupos voltados para melhorias
Muitas experiências foram desenvolvidas no Brasil, nos
últimos anos, tendo como perspectiva a construção do
desenvolvimento local, com sustentabilidade. Nesse
processo, o objetivo é, ao mesmo tempo, dinamizar as
potencialidades locais e desbloquear aqueles entraves
que impedem esse potencial de se realizar. Grupos e
comunidades organizadas, ou em organização, presentes
em todo o país, buscam levar adiante projetos de geração
de trabalho e renda nas mais diversas realidades, seja no
campo, seja nas pequenas, médias e grandes cidades.
Nos povoados com características do mundo rural, esses
projetos aparecem em atividades tradicionais que vão do
Correta a alternativa “B”, visto que o parágrafo esclarece completamente
o conceito de “tecnologia social”, que é o fundamento das ações da
fundação tratada no texto. As demais alternativas apresentam conclusões que não podem ser extraídas dos relatos apresentados, por não
guardarem com eles a necessária correspondência lógica.
Gabarito “B”
Para a Fundação Banco do Brasil, o conceito de Tecnologia
Social percorre as experiências desenvolvidas nas comunidades urbanas e rurais, nos movimentos sociais, nos centros
de pesquisa e nas universidades − que podem produzir
métodos, técnicas ou produtos que contribuam para a
inclusão e a transformação social, em particular quando
desenvolvidas em um processo no qual se soma e se compartilha o conhecimento científico com o saber popular.
das atividades econômicas esbarra na ausência de
formação de seus componentes.
(B) O 2º parágrafo explica claramente o significado da
expressão Tecnologia Social e seu papel no desenvolvimento sustentável de comunidades.
(C) É difícil determinar, com clareza, quais formas alternativas seriam necessárias para o desenvolvimento de
comunidades.
(D) A indefinição sobre o que seja conhecimento científico
ou saber popular torna difícil a aplicação de um ou
de outro nas comunidades mais pobres.
(E) Nem sempre as experiências programadas para determinados lugares apresentam resultados satisfatórios, devido
à resistência contra inovações no modo de vida local.
...que impedem esse potencial
de se realizar. (3º parágrafo)
(BB – Escriturário – 2011 – FCC)
A expressão grifada acima retoma, considerando-se o
contexto, o sentido de
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
(A) busca de formas alternativas. (1º parágrafo)
(B) compartilhamento do saber científico. (2º parágrafo)
(C) conceito de Tecnologia Social. (2º parágrafo)
(D) construção do desenvolvimento local. (3º parágrafo)
(E) espaço de inclusão digital. (4º parágrafo)
“Esse” é pronome demonstrativo que, exercendo função anafórica,
retoma, no contexto, o termo “construção do desenvolvimento local”.
19
III. Há no poema clara oposição entre o frio silencioso
da madrugada e o sol que surge e traz o calor do dia.
Está correto o que consta em
(A) I, II e III.
(B) I, apenas.
(C) III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I e II, apenas.
Gabarito “D”
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) Nesse processo, o objetivo é,
ao mesmo tempo, dinamizar as potencialidades locais e
desbloquear aqueles entraves que impedem esse potencial de se realizar. (3º parágrafo)
I: correto. O poema trata das coisas simples da vida no campo; II:
correto. O texto é eminentemente descritivo; III: incorreta. Tal oposição
não está clara, mas implícita, sendo inferida a leitura do poema.
Os dois segmentos grifados acima podem ser substituídos,
mantendo-se o mesmo sentido, na ordem, por:
(BB – Escriturário – 2011 – FCC)
(A) ao ambiente natural existente em toda a aldeia.
(B) à queima da lenha no fogão da casa.
(C) ao costumeiro hábito de atear fogo às florestas.
(D) ao nascer do sol, que aquece as frias vidraças.
(E) à colheita de frutas, no quintal da casa.
A “lembrança das árvores” é o que restou delas, ou seja, seus troncos e
galhos que, uma vez cortados, servem de lenha para o fogão da cozinha.
Gabarito “B”
“Dinamizar” é sinônimo de “incentivar”, “acelerar”; “desbloquear”
remete a “afastar”, “retirar”; “entrave” é equivalente a “obstáculos”,
“empecilhos”. Correta, portanto, a alternativa “B”, que anota os sinônimos corretos para as duas expressões destacadas.
Gabarito “E”
(A) reduzir -equacionar os problemas
(B) incentivar -afastar os obstáculos
(C) desconsiderar -libertar os fatores
(D) diversificar -identificar os empecilhos
(E) valorizar -perceber as dificuldades
O verso com lembrança das
árvores ardendo remete
Gabarito “B”
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) A afirmativa INCORRETA,
considerando-se o que dizem os versos, é:
Madrugada na aldeia
(A) As cabras e os peixes são considerados animais ben-
(Cecília Meireles. Mar absoluto, in Poesia completa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994, p.311)
fazejos, por constituírem a base da alimentação dos
moradores.
(B) A velhinha e o pescador oferecem seus produtos ainda
bastante cedo aos moradores, recém-acordados.
(C) O silêncio que impera durante a madrugada pode ser
visto como guardião do sono das pessoas aconchegadas em suas camas.
(D) O último verso deixa evidente o fato de que o pescador trazia peixes que havia acabado de pescar.
(E) A repetição da palavra orvalho acentua a sensação de
frio e de umidade característicos de uma madrugada
de inverno.
Todas as conclusões estão corretas, com exceção da alternativa “A”.
“Animais benfazejos” é expressão utilizada em sentido conotativo
(figurado) para representar os cobertores que protegem as pessoas do
frio, em referência às peles dos animais das quais são feitos.
Gabarito “A”
Madrugada na aldeia nervosa,
com as glicínias escorrendo orvalho,
os figos prateados de orvalho,
as uvas multiplicadas em orvalho,
as últimas uvas miraculosas.
O silêncio está sentado pelos corredores,
encostado às paredes grossas,
de sentinela.
E em cada quarto os cobertores peludos
envolvem o sono:
poderosos animais benfazejos, encarnados
e negros.
Antes que um sol luarento
dissolva as frias vidraças,
e o calor da cozinha perfume a casa
com lembrança das árvores ardendo,
a velhinha do leite de cabra desce as pedras da rua
antiquíssima, antiquíssima,
e o pescador oferece aos recém-acordados
os translúcidos peixes,
que ainda se movem, procurando o rio.
A multiplicação de desastres naturais vitimando populações inteiras é inquietante: tsunamis, terremotos, secas
e inundações devastadoras, destruição da camada de
ozônio, degelo das calotas polares, aumento dos oceanos,
aquecimento do planeta, envenenamento de mananciais,
desmatamentos, ocupação irresponsável do solo, impermeabilização abusiva nas grandes cidades. Alguns desses
fenômenos não estão diretamente vinculados à conduta
humana. Outros, porém, são uma consequência direta
de nossas maneiras de sentir, pensar e agir.
É aqui que avulta o exemplo de Hans Jonas.
(BB – Escriturário – 2011 – FCC)
Considere as afirmativas
seguintes:
I.
O assunto do poema reflete simplicidade de vida,
coerentemente com o título.
II. Predominam nos versos elementos descritivos da
realidade.
Em 1979 ele publicou O Princípio Responsabilidade. A
obra mostra que as éticas tradicionais – antropocêntricas
e baseadas numa concepção instrumental da tecnologia – não estavam à altura das consequências danosas
do progresso tecnológico sobre as condições de vida
humana na Terra e o futuro das novas gerações. Jonas
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ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
propõe uma ética para a civilização tecnológica, capaz
de reconhecer para a natureza um direito próprio. O
filósofo detectou a propensão de nossa civilização para
degenerar de maneira desmesurada, em virtude das forças
econômicas e de outra índole que aceleram o curso do
desenvolvimento tecnológico, subtraindo o processo de
nosso controle.
Tudo se passa como se a aquisição de novas competências tecnológicas gerasse uma compulsão a seu aproveitamento industrial, de modo que a sobrevivência de
nossas sociedades depende da atualização do potencial
tecnológico, sendo as tecnociências suas principais forças produtivas. Funcionando de modo autônomo, essa
dinâmica tende a se reproduzir coercitivamente e a se
impor como único meio de resolução dos problemas
sociais surgidos na esteira do desenvolvimento. O paradoxo consiste em que o progresso converte o sonho de
felicidade em pesadelo apocalíptico – profecia macabra
que tem hoje a figura da catástrofe ecológica. [...]
Jonas percebeu o simples: para que um “basta” derradeiro não seja imposto pela catástrofe, é preciso uma
nova conscientização, que não advém do saber oficial
nem da conduta privada, mas de um novo sentimento
coletivo de responsabilidade e temor. Tornar-se inventivo
no medo, não só reagir com a esperteza de “poupar a
galinha dos ovos de ouro”, mas ensaiar novos estilos de
vida, comprometidos com o futuro das próximas gerações.
(B) o destemor diante do progresso tecnológico e a valo-
rização de suas aplicações na vida humana.
(C) a ocorrência natural dos fenômenos climáticos habi-
tuais e a responsabilidade humana determinante para
seu agravamento.
(D) os direitos humanos apoiados no uso benéfico da
tecnologia e as exigências impostas pela natureza,
como seu próprio direito.
(E) a confiança irrestrita nos avanços tecnológicos como
solução dos problemas do homem e a tendência para
a destruição do ambiente natural.
“Paradoxo” é sinônimo de “contradição”, a ocorrência de um resultado
diferente daquele deduzido pelas regras da lógica. Segundo o autor, o
ser humano depositou todas a sua confiança no fato de que o avanço
tecnológico resolveria os problemas da humanidade, porém, (paradoxalmente) ao mesmo tempo que ele traz soluções, poderá implicar a extinção da raça humana por conta das consequentes catástrofes naturais.
Gabarito “E”
20
(BB – Escriturário – 2010 – FCC) antropocêntricas e baseadas numa
concepção instrumental da tecnologia – (3º parágrafo)
O sentido da afirmativa acima está corretamente reproduzido, com outras palavras, em:
(A) voltadas para o homem e fundamentadas na tecnolo-
gia como meio de atingir determinados fins.
(B) preocupadas com a relação entre homem e natureza,
atualmente imposta pela tecnologia.
(C) determinadas pelo homem e expostas às comodidades
trazidas a todos pelo progresso tecnológico.
(Adaptado de Oswaldo Giacoia Junior. O Estado de S.
Paulo,A2 Espaço Aberto, 3 de abril de 2010)
(D) direcionadas para o bem-estar da humanidade e
A conclusão do texto propõe,
(E) centralizadas nos avanços tecnológicos, mas preocu-
(A) o respeito aos inúmeros benefícios oferecidos às
“Antropocêntrico” é aquilo que coloca o homem (“antropo”) como
a medida mais importante a ser considerada, o centro do raciocínio;
“concepção instrumental” significa usar a tecnologia como instrumento,
como ferramenta para atingir determinados objetivos.
em outras palavras,
condições de vida moderna pelos avançados recursos
decorrentes da tecnologia.
(B) uma atitude comunitária voltada para a prevenção e
disposta a alterações no modo de vida na Terra para
evitar a ocorrência de catástrofes ecológicas.
(C) procedimentos conjuntos entre órgãos oficiais e a
sociedade civil como solução para a correta aplicação
dos avanços tecnológicos.
(D) uma preocupação mais ampla com o emprego da tecnologia em algumas áreas do conhecimento humano,
para evitar os atuais abusos.
(E) uma visão otimista centrada na resolução dos problemas oriundos do progresso tecnológico, por serem
eles relativamente simples.
Parafraseando o autor, ele conclui que a sociedade deve alterar suas
concepções sobre a prioridade do avanço tecnológico no contexto
da preservação ambiental. As ideologias então vigentes acabarão por
causar desastres ecológicos cada vez maiores se não forem substituídas
por uma nova percepção coletiva da importância do meio ambiente
seguida de alterações significativas no nosso modo de vida de forma
a garantir o bem-estar das gerações vindouras.
Gabarito “B”
(BB – Escriturário – 2010 – FCC) O paradoxo assinalado no 4º
parágrafo se estabelece entre
(A) o desenvolvimento pleno da tecnologia e as infinitas
possibilidades de seu uso na melhoria das condições
de vida no planeta.
determinadas pelos avanços tecnológicos.
padas com a vida humana na Terra.
Gabarito “A”
(BB – Escriturário – 2010 – FCC)
(BB – Escriturário – 2010 – FCC) Considerando-se a organização
do texto, a afirmativa INCORRETA é:
(A) O autor toma como base os diversos desastres naturais
que vêm ocorrendo em todo o planeta para discutir
aspectos ligados à questão ambiental.
(B) A retomada das ideias do filósofo Hans Jonas constitui
a base da argumentação necessária para que o autor
do texto fundamente suas próprias ideias.
(C) O título da obra O Princípio Responsabilidade remete
à necessária tomada de consciência dos homens
sobre os abusos que vêm cometendo contra o meio
ambiente.
(D) A relação de catástrofes ambientais apresentada no 1°
parágrafo tem por objetivo demonstrar a impossibilidade de deter o progresso tecnológico, cujos avanços
são os principais causadores desses desastres.
(E) Todo o texto se desenvolve a partir da constatação de
que o modo de vida atual, voltado para o uso abusivo
da tecnologia, leva o planeta a uma catástrofe ecológica.
Todas as conclusões podem ser corretamente inferidas do texto, exceto
a constante na alternativa “D”. O autor não reputa impossível prosseguir
com o avanço tecnológico, apenas sugere, baseado na doutrina de Hans
Jonas, que ele seja buscado respeitando-se o meio ambiente, valendo
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
Gabarito “D”
(BB – Escriturário – 2010 – FCC)
A ideia central do texto está
explicitada em:
(A) Impotência da natureza contra os abusos decorrentes
da tecnologia.
(B) Proposição de uma nova ética para a civilização
tecnológica.
(C) Aceitação das inevitáveis consequências do atual
progresso tecnológico.
(D) Uso limitado dos recursos tecnológicos na vida
moderna.
(E) Práticas abusivas contra o meio ambiente, apesar das
tecnociências.
Ideia central do texto é o argumento principal que o autor quer transmitir. É o objeto fundamental da argumentação, do qual todos os demais
dados, citações e alegações são circunstâncias. No caso, o ponto central
do texto é ressaltar que a humanidade precisa adotar uma nova postura
ética frente ao avanço da tecnologia, diante dos riscos crescentes de
calamidades naturais suportados pela civilização.
Gabarito “B”
(BB – Escriturário – 2010 – FCC)
Identifica-se noção de causa
no segmento:
(A) ... sobre as condições de vida humana na Terra e o
futuro das novas gerações.
(B) ... capaz de reconhecer para a natureza um direito
próprio.
(C) ... em virtude das forças econômicas e de outra índole
...
(D) ... para que um “basta” derradeiro não seja imposto
pela catástrofe ...
(E) ... comprometidos com o futuro das próximas gerações.
Causa é o fato que, se não ocorrer, não ocorrerá também o resultado.
Dentre os excertos do texto apresentados, o único que traz uma causa
é “em virtude das forças econômicas e de outra índole”, cujo resultado
é a degeneração “de maneira desmesurada” do meio ambiente. Para o
autor, não havendo essas forças, não teríamos degradado tão amplamente os recursos naturais.
Gabarito “C”
“O folhetim é frutinha de nosso tempo”, disse Machado
de Assis numa de suas deliciosas crônicas. E volta ao
assunto na crônica seguinte.
“O folhetinista é originário da França [...] De lá espalhou-se pelo mundo, ou pelo menos por onde maiores proporções tomava o grande veículo do espírito moderno;
falo do jornal.” E Machado tenta “definir a nova entidade
literária”, procura esmiuçar a “organização do novo
animal”. Mas dessa nova entidade só vai circunscrever
a variedade que se aproxima do que hoje chamaríamos
crônica. E como na verdade a palavra folhetim designa
muitas coisas, e, efetivamente, nasceu na França, há que
ir ver o que o termo recobre lá na matriz.
De início, ou seja, começos do século XIX, “le
feuilleton”designa um lugar preciso do jornal: “o rez-de-chaussée” - rés-do-chão, rodapé -, geralmente o da
primeira página. Tinha uma finalidade precisa: era um
espaço vazio destinado ao entretenimento. E pode-se já
antecipar, dizendo que tudo o que haverá de constituir
a matéria e o modo da crônica à brasileira já é, desde a
origem, a vocação primeira desse espaço geográfico do
jornal, deliberadamente frívolo, oferecido como chamariz
aos leitores afugentados pela modorra cinza a que obrigava
a forte censura napoleônica. (“Se eu soltasse as rédeas da
imprensa”, explicava Napoleão ao célebre Fouché, seu
chefe de polícia, “não ficaria três meses no poder.”)
(MEYER, Marlyse, Folhetim: uma história. 2 ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2005, p. 57)
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
No fragmento acima,
(A) nota-se que o autor, reconhecendo a autoridade de
Machado de Assis, acata sua observação explícita de
que os fundamentos do folhetim devem ser pesquisados na própria cultura francesa.
(B) fica evidente que Machado de Assis, nas crônicas
citadas, trata de assunto relevante - o jornal de sua
época -, comparando sua organização à estrutura
original do grande veículo de comunicação de massa
francês.
(C) Machado de Assis é citado porque as crônicas desse
escritor brasileiro constituem o tema central do texto,
especialmente o caráter recorrente de seus assuntos.
(D) o autor vale-se das palavras de Machado de Assis
para introduzir o assunto que pretende desenvolver,
ressaltando a necessidade de ampliar a perspectiva
assumida pelo cronista no texto citado.
(E) está claro que Machado de Assis revela entusiasmo
pelo jornal e procura definir o que seria “o artigo de
fundo” do novo meio de comunicação de seu tempo.
O texto trata do folhetim, uma forma de publicação de textos, geralmente
em forma de crônicas. Machado de Assis tratou do folhetim em uma
de suas crônicas, por isso é citado na introdução, valendo-se o autor
do renome do escritor para atrair a atenção do leitor. Não obstante, o
texto em análise vai além, reconhecendo que o termo “folhetim” pode
assumir diversos significados, anota que seu estudo deve partir de
uma percepção histórica, mais abrangente do que aquela proposta
por Machado de Assis.
Gabarito “D”
um como o contrapeso do outro, para que não sejamos vítimas de
catástrofes naturais cada vez mais violentas.
21
Em todo o continente americano, a colonização europeia
teve efeito devastador. Atingidos pelas armas, e mais ainda
pelas epidemias e por políticas de sujeição e transformação que afetavam os mínimos aspectos de suas vidas,
os povos indígenas trataram de criar sentido em meio à
devastação. Nas primeiras décadas do século XVII, índios
norte-americanos comparavam a uma demolição aquilo
que os missionários jesuítas viam como “transformação
de suas vidas pagãs e bárbaras em uma vida civilizada
e cristã.” (Relações dos jesuítas da Nova França, 1636).
No México, os índios comparavam seu mundo revirado a
uma rede esgarçada pela invasão espanhola. A denúncia
da violência da colonização, sabemos, é contemporânea
da destruição, e tem em Las Casas seu representante
mais famoso.
Posterior, e mais recente, foi a tentativa, por parte de
alguns historiadores, de abandonar uma visão eurocêntrica da “conquista” da América, dedicando-se a retraçá-la
a partir do ponto de vista dos “vencidos”, enquanto outros
continuaram a reconstituir histórias da instalação de
sociedades europeias em solo americano. Antropólogos,
por sua vez, buscaram nos documentos produzidos no
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ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
período colonial informações sobre os mundos indígenas
demolidos pela colonização.
A colonização do imaginário não busca nem uma coisa
nem outra.
(Adaptado de PERRONE-MOISÉS, Beatriz, Prefácio à edição
brasileira de GRUZINSKI, Serge, A colonização do imaginário:
sociedades indígenas e ocidentalização no México espanhol
(séculos XVI-XVIII).
(BB – Escriturário – 2006 – FCC) A autora cita as comparações
feitas pelos indígenas norte-americanos e mexicanos
(A) como recurso para comprovar que a ruína dos povos
indígenas tinha sido provocada pela ação das armas
dos colonizadores espanhóis.
(B) para beneficiar-se, na argumentação, de pontos de vista
divergentes sobre o mesmo processo de colonização.
(C) como recurso para mostrar como a colonização
europeia agiu de forma distinta em relação a povos
distintos.
(D) como exemplificação da tentativa dos indígenas de
compreender o que lhes acontecera pela presença
dos colonizadores.
(E) para evidenciar que, em épocas distintas, os nativos só
poderiam conceber de modo diverso as aproximações
entre a sua cultura e a do colonizador.
As citações pretendem demonstrar que, a despeito de ocorrerem em
momentos e com povos diferentes, as colonizações impuseram aos
povos originários dos territórios explorados uma completa desestruturação de seus costumes e de seu povo, obrigando-os a tentar entender
as razões e os resultados das interferências a que se viam submetidos.
Gabarito “D”
Considerado corretamente o
3° parágrafo, o segmento grifado em A colonização do
imaginário não busca nem uma coisa nem outra deve
ser assim entendido:
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
(A) não tenta investigar nem o eurocentrismo, como o faria
um historiador, nem a presença das sociedades europeias em solo americano, como o faria um antropólogo.
(B) não quer reconstituir nada do que ocorreu em solo
americano, visto que recentemente certos historiadores, ao contrário de outros, tentam contar a história do
descobrimento da América do modo como foi visto
pelos nativos.
(C) não pretende retraçar nenhum perfil - dos vencidos
ou dos vencedores - nem a trajetória dos europeus na
conquista da América.
(D) não busca continuar a tradição de pesquisar a estrutura
dos mundos indígenas e do mundo europeu, nem
mesmo o universo dos colonizadores da América.
(E) não se concentra nem na construção de uma sociedade europeia na colônia - quer observada do ponto
de vista do colonizador, quer do ponto de vista dos
nativos -, nem no resgate dos mundos indígenas.
O segmento grifado destaca que aquilo que se chama de “colonização do
imaginário” está estruturado no estudo da colonização sob um ponto de
vista diferente, que se afasta tanto daqueles usados pelos historiadores
(a óptica dos vencidos ou dos europeus) quanto dos escolhidos pelos
antropólogos (a compreensão das sociedades indígenas através dos
documentos da época).
Considere mais especificamente o segmento em que são citadas as comparações
estabelecidas pelos dois grupos indígenas e analise as
afirmações que seguem.
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
I.
As expressões que estabelecem o paralelismo efetuado
pelos índios norte-americanos são “uma demolição” e
“aquilo”, que remete ao que aconteceu à população
indígena no processo de aculturação a que foram
submetidos.
II. A expressão “uma rede esgarçada” é imagem adotada
pelos índios mexicanos para expressar os vazios de seu
tecido social, do qual se retiraram traços significativos.
III. “demolição” e “transformação de suas vidas pagãs e
bárbaras em uma vida civilizada e cristã” expressam
o mesmo efeito que o processo de colonização traz
para diferentes povos.
É correto o que se afirma APENAS em
(A) I.
(B) II.
(C) I e II.
(D) II e III.
(E) I e III.
I: correta. Tais expressões indicam a comparação realizada pelos índios
ao tentar entender o processo de colonização; II: correta. A imagem
de uma rede esgarçada, ou seja, da qual foram retiradas fibras do
tecido e, portanto, este ficou frouxo e inelástico, transmite exatamente
a noção que os índios tiveram da colonização pela extirpação de seus
costumes milenares; III: incorreta. As expressões denotam os efeitos
opostos que a colonização trouxe aos povos nativos: para estes, uma
destruição; para os colonizadores, a transformação dos selvagens em
pessoas civilizadas.
Gabarito “C”
22
O exercício da memória, seu exercício mais intenso e
mais contundente, é indissociável da presença dos velhos
entre nós. Quando ainda não contidos pelo estigma de
improdutivos, quando por isso ainda não constrangidos
pela impaciência, pelos sorrisos incolores, pela cortesia
inautêntica, pelos cuidados geriátricos impessoais, pelo
isolamento, quando então ainda não calados, dedicam-se os velhos, cheios de espontaneidade, à cerimônia da
evocação, evocação solene do que mais impressionou
suas retinas tão fatigadas, enquanto seus interesses e
suas mãos laborosas participavam da norma e também
do mistério de uma cultura.
(GONÇALVES FILHO, José Moura, “Olhar e memória”. IN: O
olhar. NOVAES, Adauto (org.). 10a reimpressão. São Paulo:
Companhia das Letras, 2003, p. 97)
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
No fragmento acima, o autor
considera que
(A) a memória é exercício restrito aos velhos, cuja pre-
sença entre os mais jovens é bastante intensa.
(B) improdutivos é termo que, denotando “o que já pro-
duziu”, expressa o reconhecimento do valor dos que
concluíram sua fecunda ação na sociedade.
(C) a impaciência e a descortesia são atributos legítimos
dos mais velhos, que já participaram da construção
da cultura de seu país.
(D) o silêncio dos velhos é uma marca salutar dos que
espontaneamente resolveram dedicar-se ao culto do
passado.
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
Gabarito “E”
1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
O texto destaca a importância dos velhos na manutenção da memória
da sociedade, diante de suas diversas experiências. Apesar de passarem a ser tachados de improdutivos e por isso serem tratados com
impaciência e descortesia, enquanto não reduzidos pelo tratamento
adverso dos mais jovens tendem a fazer do resgate das memórias uma
cerimônia, uma celebração.
Gabarito “E”
Observe atentamente os segmentos ainda não contidos pelo estigma de improdutivos e ainda não constrangidos pela impaciência. No
contexto, eles
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
(A) expressam ideias que estão unicamente justapostas,
sem nenhuma outra relação entre elas.
(B) expressam, respectivamente, uma causa e uma consequência.
(C) estão em relação de alternância.
(D) expressam dois desejos, por isso estão associados
como se estivessem unidos pela conjunção e.
(E) expressam comparação entre dois fatos.
Os trechos expressam uma causa (a estigmatização dos velhos como
improdutivos) e uma consequência (o constrangimento dos velhos pela
impaciência com que são tratados), tanto que são ligados no texto por
uma locução adverbial causal (“por isso”).
Gabarito “B”
Transformando-se para a voz passiva a frase As pesquisas de
mercado vêm medindo a aceitação do público, a forma
verbal resultante será:
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC)
(A) Vem sendo medida.
(B) é medida.
(C) têm medido.
(D) estará sendo medida.
(E) mediu-se.
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC) É preciso que
os estudiosos aprendam a interferir na criação mesma dos
programas, passando, assim, a ter responsabilidade direta
na qualidade dessa mídia onipresente.
Caso se construa o período acima, iniciando-o com a
frase “Os estudiosos passariam a ter responsabilidade
direta na qualidade dessa mídia onipresente”, uma frase
que o conclua de forma coerente será
(A) para que aprendessem a interferir na qualidade mesma
dos programas.
(B) caso seja preciso aprender a interferir na criação
mesma dos programas.
(C) Uma vez que aprendessem a deixar de interferir na
criação mesma dos programas.
(D) Se aprendessem a interferir na criação mesma dos
programas.
(E) A menos que aprendessem a interferir na qualidade
mesma dos programas.
O futuro do pretérito do indicativo, tempo verbal em que se encontra
o vocábulo “passariam”, tem valor de condicional. Assim, em consagração à coerência, a oração subordinada que completa a proposição
deve também ter natureza condicional. A preposição “se” indica essa
função na alternativa “D”, que, além disso, está construída corretamente.
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC)
I. Os gregos antigos criaram as olimpíadas.
II. As olimpíadas ganharam força nos tempos modernos.
III. Nos tempos modernos, a tecnologia é uma aliada dos
atletas.
Essas afirmações articulam-se de modo correto e coerente
no período:
(A) Nos tempos modernos as olimpíadas ganharam força,
Gabarito “A”
Está clara,
coerente e correta a redação da frase:
(A) Quando houver real participação dos pesquisadores
na programação infantil, é possível que a qualidade
dos programas atinja um nível bastante aceitável.
(B) A mídia eletrônica, com sua onipresença, é necessário
ter sua qualidade controlada, sobretudo quando diz
respeito a programação dirigida às crianças.
(C) Tem muita força o que as pesquisas de mercado influem
na programação infantil, ocupando assim o lugar das
preocupações verdadeiramente educacionais.
(D) Não obstante os especialistas em educação se preocupam com a qualidade da programação infantil, ficam
à distância, praticamente sem interferir-lhe.
(E) É com a responsabilidade da participação direta que
os pesquisadores se poderão sentir envolvidos com o
nível em que desejam melhorar os programas infantis.
Todas as alternativas apresentam graves problemas de redação: falta
de clareza e coerência, não se podendo entender seu sentido, concordância e regência verbal e nominal, entre outros. A única integralmente
apesar de criarem os gregos antigos, e agora a tecnologia aliou-se aos atletas.
(B) Ganharam força as olimpíadas criadas pelos gregos
antigos nos tempos modernos, porque com a tecnologia atual os atletas têm uma aliada.
(C) Uma vez criadas pelos gregos antigos, as olimpíadas
ainda assim ganharam força nos tempos modernos,
onde uma aliada de seus atletas é a tecnologia.
(D) As olimpíadas, criadas pelos gregos antigos, ganharam
força nos tempos modernos, quando a tecnologia veio
a ser uma aliada dos atletas.
(E) Criadas pelos antigos gregos, as olimpíadas nos
tempos modernos ganharam força, ainda que sendo
a tecnologia uma aliada dos atletas.
A única construção correta e coerente é a alternativa “D”. As demais
não fazem sentido ou apresentam incorreções gramaticais.
Gabarito “D”
A transposição correta para a voz passiva seria: “A aceitação do público
vem sendo medida pelas pesquisas de mercado”.
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC)
correta é a letra “A”, que respeita o padrão culto da língua e as melhores
técnicas de redação.
Gabarito “D”
ências que mais os comoveram no passado é uma
verdadeira celebração.
Gabarito “A”
(E) o resgate a que se consagram os velhos das experi-
23
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC) Transpondo-se
para a voz
ativa a frase “Os atletas olímpicos são preparados”, a
forma verbal resultante será
(A) estão sendo preparados.
(B) preparou-se.
(C) prepararam-se.
(D) preparam.
(E) têm preparado.
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24
ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
A voz ativa correta é formada da seguinte forma: “Preparam os atletas
olímpicos”.
Gabarito “D”
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC)
Está clara e correta a
redação da frase:
(A) Já se fala em “construir” um atleta, a tal ponto chegou
a otimisação que passou a representar para o atleta o
auxílio das ciências, bem como da tecnologia.
(B) Nas olimpíadas modernas, a diferença entre o sucesso
e o fracasso pode estar em pequenas frações de tempo
ou de espaço, em razão da alta competitividade.
(C) As diversas modalidades esportivas eram competidas
na Grécia antiga tais e quais se fossem movimentos
dos guerreiros praticados nos combates.
(D) Hoje é muito mais competitivo nas olimpíadas do que
costumavam ser, a tendência é se explorar todos os
limites humanos, contando ainda com a tecnologia.
(E) Não há nada de mal em que a ciência interfira nos
esportes, desde que preserve-se a saúde dos atletas e
não se esqueça os aspectos da socialização.
A: incorreta. Há problemas de coerência e ortografia (otimização); B:
correta; C: incorreta. A construção correta seria “tal e qual fossem”; D:
incorreta. Há problemas de coerência; E: incorreta. O pronome reflexivo
“se” deveria estar anteposto ao verbo “preservar” e o verbo “esquecer”
deveria estar no plural.
Gabarito “B”
É grave o quadro atual do ensino superior. A greve de
professores paralisa boa parte das universidades federais.
As universidades públicas estão amargando uma espécie
de êxodo de seus melhores profissionais.
Têm cada vez menos condições de competir com os
salários pagos pelas instituições privadas.
Indique o período que
resume, de forma clara e exata, as informações do texto,
e que não apresenta incorreção gramatical alguma.
(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC)
(A) Devido a pagarem mal os professores, estão havendo
greves nas universidades federais, em que os melhores
profissionais procuram as instituições privadas.
(B) Os professores do ensino superior oficial estão
fazendo greve, ou mesmo êxodo para as particulares,
já que seus salários não são competitivos.
(C) Como os salários que pagam estão cada vez mais baixos, as universidades públicas estão sofrendo greves
e o êxodo de seus melhores professores.
(D) As universidades particulares atraem os professores
das oficiais, em virtude dos salários que pagam, e que
chegam a provocarem greves.
(E) Há êxodo ou greve dos professores das universidades
federais para as particulares, onde os salários as tornam muito mais competitivas.
A: incorreta. Além da falta de clareza, a locução verbal “estão havendo”
deveria estar no singular (“está havendo”); B: incorreta. Há vício gramatical e falta de clareza em “ou mesmo êxodo para as particulares”;
C: correta; D: incorreta. A parte final não faz sentido (“e que chegam
a provocarem greves”); E: incorreta, por não reproduzir as ideias do
texto (porque êxodo e greve têm razões diferentes).
Gabarito “C”
No início do século XX, a afeição pelo campo era uma
característica comum a muitos ingleses. Já no final do
século XVIII, dera origem ao sentimento de saudade de
casa tão característico dos viajantes ingleses no exterior,
como William Beckford, no leito de seu quarto de hotel
português, em 1787, “assediado a noite toda por ideias
rurais da Inglaterra.” À medida que as fábricas se multiplicavam, a nostalgia do morador da cidade refletia-se
em seu pequeno jardim, nos animais de estimação, nas
férias passadas na Escócia, ou no Distrito dos Lagos, no
gosto pelas flores silvestres e a observação de pássaros,
e no sonho com um chalé de fim de semana no campo.
Hoje em dia, ela pode ser observada na popularidade que
se conserva daqueles autores conscientemente “rurais”
que, do século XVII ao XX, sustentaram o mito de uma
arcádia campestre.
Em alguns ingleses, no historiador G.M. Trevelyan, por
exemplo, o amor pela natureza selvagem foi muito além
desses anseios vagamente rurais. Lamentava, em um dos
seus textos mais eloquentes, de 1931, a destruição da
Inglaterra rural e proclamava a importância do cenário
da natureza para a vida espiritual do homem. Sustentava
que até o final do século XVIII as obras do homem apenas se somavam às belezas da natureza; depois, dizia,
tinha sido rápida a deterioração. A beleza não mais era
produzida pelas circunstâncias econômicas comuns e só
restava, como esperança, a conservação do que ainda
não fora destruído. Defendia que as terras adquiridas pelo
Patrimônio Nacional, a maioria completamente inculta,
deveriam ser mantidas assim.
Há apenas poucos séculos, a mera ideia de resistir à
agricultura, ao invés de estimulá-la, pareceria ininteligível.
Como teria progredido a civilização sem a limpeza das
florestas, o cultivo do solo e a conversão da paisagem
agreste em terra colonizada pelo homem? A tarefa do
homem, nas palavras do Gênesis, era “encher a terra e
submetê-la”. A agricultura estava para a terra como o cozimento para a carne crua. Convertia natureza em cultura.
Terra não cultivada significava homens incultos. E quando
os ingleses seiscentistas mudaram-se para Massachusetts,
parte de sua argumentação em defesa da ocupação dos
territórios indígenas foi que aqueles que por si mesmos
não submetiam e cultivavam a terra não tinham direito
de impedir que outros o fizessem.
(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC) Leia
com atenção as frases
que se seguem.
I.
Iniciou-se a luta pela conservação da natureza ainda
não deteriorada pelo homem.
II. Durante séculos a atividade humana complementou
as belezas naturais.
III. Chegou o tempo em que a atividade humana começou
a degradar as belezas naturais.
Assinale a alternativa em que as frases acima estão em
correta relação lógica, de acordo com o texto.
(A) Chegou o tempo em que a atividade humana come-
çou a degradar as belezas naturais, mesmo tendo
acontecido de, antes, complementá-las, logo que se
iniciou a luta pela conservação da natureza ainda não
deteriorada pelo homem.
(B) Iniciou-se a luta pela conservação da natureza ainda
não deteriorada pelo homem, quando ocorreu o
tempo de a atividade humana começar a degradar
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
Gabarito “E”
Será a felicidade necessária?
Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas felicidade é pesada. Diante da pergunta “Você é feliz?”, dois
fardos são lançados às costas do inquirido. O primeiro é
procurar uma definição para felicidade, o que equivale a
rastrear uma escala que pode ir da simples satisfação de
gozar de boa saúde até a conquista da bem-aventurança.
O segundo é examinar-se, em busca de uma resposta.
Nesse processo, depara-se com armadilhas. Caso se tenha
ganhado um aumento no emprego no dia anterior, o
mundo parecerá belo e justo; caso se esteja com dor de
dente, parecerá feio e perverso. Mas a dor de dente vai
passar, assim como a euforia pelo aumento de salário,
e se há algo imprescindível, na difícil conceituação de
felicidade, é o caráter de permanência. Uma resposta
consequente exige colocar na balança a experiência
passada, o estado presente e a expectativa futura. Dá
trabalho, e a conclusão pode não ser clara.
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que
os filhos sejam felizes. É uma tendência que se impôs ao
influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante
que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco
dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão. O que
espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora,
felicidade é coisa grandiosa. É esperar, no mínimo, que
o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não
for suficiente, que consiga cumprir todos os desejos e
ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que
atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher
caderno de encargos mais cruel para a pobre criança.
(Trecho do artigo de Roberto Pompeu de Toledo. Veja.
24 de março de 2010, p. 142)
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) O segmento cujo sentido original
está reproduzido com outras palavras é:
(A) dois fardos são lançados às costas do inquirido = sérios
embates se apresentam à questão.
(B) a rastrear uma escala = a estabelecer um novo cami-
nho.
enormes.
(D) assim como a euforia pelo aumento de salário = tendo
em vista um pagamento maior.
(E) ao influxo das teses libertárias = sob a influência das
ideias em defesa da liberdade.
A: incorreta. “Fardo” é usado no sentido de “peso”, “dificuldade”; B:
incorreta. “Escala” é usada no sentido de “hierarquia”; C: incorreta.
Por “armadilhas” devemos entender “obstáculos”; D: incorreta.
Apesar de equivalente, a substituição proposta alteraria o sentido do
texto; E: correta.
Considere as alterações feitas
nos segmentos abaixo grifados.
(BB – Escriturário – 2011 – FCC)
I.
Dá trabalho, e a conclusão pode não ser clara. Dá
trabalho, e a conclusão não pode ser clara.
II. Nesse processo, depara-se com armadilhas. Depara-se
com armadilhas nesse processo.
III. Não dá para preencher caderno de encargos mais
cruel para a pobre criança. Não dá para preencher
caderno de encargos mais cruel para a criança pobre.
Com as modificações feitas na 2ª frase, altera-se o sentido
do que foi afirmado na 1ª frase em
(A) II, apenas.
(B) III, apenas.
(C) I e II, apenas.
(D) I e III, apenas.
(E) I, II e III.
I: o sentido é alterado. “Pode não ser clara” indica a possibilidade de
não se chegar a uma conclusão definida, enquanto “não pode ser clara”
impõe a certeza de que não se chegará a uma conclusão determinada;
II: não há alteração no sentido, porque deslocamos apenas a locução
adverbial para seu lugar na ordem direta; III: há o sentido é alterado.
A posição do adjetivo opera uma mudança semântica na expressão.
“Pobre criança” é o infanto que em situação que gera piedade, ao passo
que “criança pobre” é aquela em situação financeira desfavorável.
Gabarito “D”
Com exceção da letra “E”, todas as alternativas apresentam redações
com falhas em sua estrutura lógica pela utilização equivocada das
conjunções, tornando-as sem sentido.
(C) depara-se com armadilhas = as interferências são
Gabarito “E”
as belezas naturais, visto que, durante séculos, a
atividade humana complementou as belezas naturais.
(C) Assim que chegou o tempo de a atividade humana
começar a degradar as belezas naturais, iniciou-se a
luta pela conservação da natureza ainda não deteriorada pelo homem, à proporção que, durante séculos, a
atividade humana complementou as belezas naturais.
(D) Iniciou-se a luta pela conservação da natureza ainda
não deteriorada pelo homem, embora a atividade
humana tivesse, durante séculos, complementado as
belezas naturais, quando chegou o tempo de degradá-las.
(E) Apesar de, durante séculos, a atividade humana ter
complementado as belezas naturais, chegou o tempo
em que ela começou a degradá-las, por isso iniciou-se a luta pela conservação da natureza ainda não
deteriorada pelo homem.
25
A média universal do Índice de Desenvolvimento
Humano aumentou 18% desde 1990. Mas a melhora
estatística está longe de animar os autores do Relatório de
2010. Eles argumentam que, embora os números reflitam
avanços em determinadas áreas, o mundo continua a
conviver com problemas graves, que exigem uma nova
perspectiva política.
O cenário apresentado pelo Relatório não é animador.
O documento adverte que, nestes 20 anos, parte dos
países enfrentou sérios problemas, sobretudo na saúde,
anulando em alguns anos os ganhos de várias décadas.
Além disso, o crescimento econômico tem sido desigual.
Os padrões de produção e consumo atuais são considerados inadequados.
Embora não queira apresentar receitas prontas, o Relatório traça caminhos possíveis. Entre eles, o reconhecimento
da ação pública na regulação da economia para proteger
grupos mais vulneráveis. Outro aspecto ressaltado é a
necessidade de considerar pobreza, crescimento e desigualdade como temas interligados. “Crescimento rápido
não deve ser o único objetivo político, porque ignora a
distribuição do rendimento e negligencia a sustentabilidade do crescimento”, informa o texto.
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
(Adaptado de Lígia Formenti. O Estado de S. Paulo,
A30 Vida, 5 de novembro de 2010)
(BB – Escriturário – 2011 – FCC)
De acordo com o texto, o
Relatório de 2010
(A) aponta vários problemas de saúde da população
mundial, com as medidas a serem adotadas para
resolvê-los.
(B) deixa de lado a avaliação das causas do crescimento
econômico desigual, que ocorre no mundo todo.
(C) mostra preocupação com a persistência de problemas
no mundo, apesar da constatação de alguns avanços,
desde 1990.
(D) assinala algumas divergências, entre os autores do
documento, em relação às conclusões possíveis a
partir de seus dados.
(E) reconhece a importância da intervenção da ação
pública no controle permanente da economia.
O relatório de que trata o texto, apesar de apontar um aumento geral
na média mundial do Índice de Desenvolvimento Humano, que mede a
qualidade de vida em cada país, grande parte dos problemas enfrentados
permanecem, indicando ainda alguns caminhos possíveis para a solução
gradual dessas vicissitudes. Dentre eles, a intervenção pública apenas
em áreas mais sensíveis e de forma pontual.
Gabarito “C”
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) O texto informa claramente que
(A) muitas ações voltadas para a melhoria das condições
de vida em situação precária se valem de expedientes bastante simples, como a adoção de hábitos de
higiene.
(B) alguns dados estatísticos sobre desenvolvimento
humano vêm melhorando desde 1990, realçando os
indiscutíveis avanços em todo o mundo.
(C) os atuais índices encontrados a respeito de desenvolvimento humano demonstram que os problemas mais
sérios já estão solucionados.
(D) os grandes investimentos financeiros necessários para
a solução de problemas mundiais, como as crises
econômicas, ainda não têm sido suficientes.
(E) os ganhos em crescimento econômico, cujos resultados foram comprovados pelo recente Relatório, foram
bastante expressivos nas últimas décadas.
A única informação que consta expressamente no texto é a letra “A”,
como se lê no último parágrafo. As demais não podem ser inferidas
dos fatos descritos pelo autor, não guardando com eles qualquer
correspondência lógica.
Gabarito “A”
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) Analise:
(1) Atendendo à solicitação contida no expediente acima
referido, vimos encaminhar a V. Sa. as informações
referentes ao andamento dos serviços sob responsabilidade deste setor.
(2) Esclarecemos que estão sendo tomadas todas as
medidas necessárias para o cumprimento dos prazos
estipulados e o atingimento das metas estabelecidas.
A redação do documento acima indica tratar-se
(A) do encaminhamento de uma ata.
(B) do início de um requerimento.
(C) de trecho do corpo de um ofício.
(D) da introdução de um relatório.
(E) do fecho de um memorando.
Considerando que o texto indica a existência de um documento anterior,
que estaria em epígrafe, solicitando o encaminhamento de informações
sobre serviços e as medidas que vêm sendo tomadas em certo caso,
notadamente estamos falando de um ofício, que foi redigido em resposta
a outro anteriormente recebido.
(BB – Escriturário – 2010 – FCC) A respeito dos padrões de redação de um ofício, é INCORRETO afirmar que:
(A) Deve conter o número do expediente, seguido da sigla
do órgão que o expede.
(B) Deve conter, no início, com alinhamento à direita, o
local de onde é expedido e a data em que foi assinado.
(C) Deverá constar, resumidamente, o teor do assunto do
documento.
(D) O texto deve ser redigido em linguagem clara e direta,
respeitando-se a formalidade que deve haver nos
expedientes oficiais.
(E) O fecho deverá caracterizar-se pela polidez, como por
exemplo: Agradeço a V. Sa. a atenção dispensada.
Nos termos do Manual de Redação Oficial da Presidência da República,
o fecho do ofício deve limitar-se a “Respeitosamente”, quando dirigido
a autoridades superiores, ou “Atenciosamente”, quando destinado a
autoridades de mesma hierarquia ou inferiores.
Gabarito “E”
Um aspecto importante revelado pelo Relatório é que
muitas das ações para melhoria da saúde e da educação
não necessitam de grande investimento financeiro. Isso
está mais presente sobretudo onde os indicadores são
ruins. “Numa primeira etapa, medidas simples como
inclusão do soro caseiro e lavagem das mãos já trazem
impacto relevante”, avalia Flávio Comim, economista do
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
Gabarito “C”
26
“O folhetim é frutinha de nosso tempo”, disse Machado
de Assis numa de suas deliciosas crônicas. E volta ao
assunto na crônica seguinte.
“O folhetinista é originário da França [...] De lá espalhou-se pelo mundo, ou pelo menos por onde maiores proporções tomava o grande veículo do espírito moderno;
falo do jornal.” E Machado tenta “definir a nova entidade
literária”, procura esmiuçar a “organização do novo
animal”. Mas dessa nova entidade só vai circunscrever
a variedade que se aproxima do que hoje chamaríamos
crônica. E como na verdade a palavra folhetim designa
muitas coisas, e, efetivamente, nasceu na França, há que
ir ver o que o termo recobre lá na matriz.
De início, ou seja, começos do século XIX, “le feuilleton”
designa um lugar preciso do jornal: “o rez-de-chaussée”
- rés-do-chão, rodapé -, geralmente o da primeira página.
Tinha uma finalidade precisa: era um espaço vazio
destinado ao entretenimento. E pode-se já antecipar,
dizendo que tudo o que haverá de constituir a matéria
e o modo da crônica à brasileira já é, desde a origem,
a vocação primeira desse espaço geográfico do jornal,
deliberadamente frívolo, oferecido como chamariz aos
leitores afugentados pela modorra cinza a que obrigava
a forte censura napoleônica. (“Se eu soltasse as rédeas
da imprensa”, explicava Napoleão ao célebre Fouché,
seu chefe de polícia, “não ficaria três meses no poder.”)
(MEYER, Marlyse, Folhetim: uma história. 2 ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2005, p. 57)
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
Uma nova redação para a frase acima, que não prejudica o sentido original e está em conformidade com o
padrão culto, é:
(A) Sendo espalhado [o folhetinista] de lá para o mundo,
ou a considerar minimamente onde o grande veículo
do espírito moderno tomava maiores proporções.
(B) O grande veículo do espírito moderno ganhava boa
importância pelo mundo e de lá [o folhetinista] estava
se espalhando, pelo menos por esses certos lugares.
(C) [O folhetinista] Espalhou-se, de lá, pelo mundo todo,
ou, quando menos, pelos lugares onde o grande veículo do espírito moderno adquiria mais força.
(D) Salvo os lugares que o grande veículo do espírito
moderno ganhou terreno, [o folhetinista] chegou a
se espalhar, de lá, pelo mundo.
(E) De lá não para o mundo todo, talvez, mas os espaços
cobertos pelo grande veículo do espírito moderno,
nestes [o folhetinista] se espalhou.
As alternativas apresentam, todas, vícios de coerência, não guardando
sentido com a expressão original. A única exceção é a alternativa “C”,
que deve ser assinalada, por parafrasear correta e coerentemente o
trecho do enunciado.
Gabarito “C”
Em todo o continente americano, a colonização europeia
teve efeito devastador. Atingidos pelas armas, e mais ainda
pelas epidemias e por políticas de sujeição e transformação que afetavam os mínimos aspectos de suas vidas,
os povos indígenas trataram de criar sentido em meio à
devastação. Nas primeiras décadas do século XVII, índios
norte-americanos comparavam a uma demolição aquilo
que os missionários jesuítas viam como “transformação
de suas vidas pagãs e bárbaras em uma vida civilizada
e cristã.” (Relações dos jesuítas da Nova França, 1636).
No México, os índios comparavam seu mundo revirado a
uma rede esgarçada pela invasão espanhola. A denúncia
da violência da colonização, sabemos, é contemporânea
da destruição, e tem em Las Casas seu representante
mais famoso.
Posterior, e mais recente, foi a tentativa, por parte de
alguns historiadores, de abandonar uma visão eurocêntrica da “conquista” da América, dedicando-se a retraçá-la
a partir do ponto de vista dos “vencidos”, enquanto outros
continuaram a reconstituir histórias da instalação de
sociedades europeias em solo americano. Antropólogos,
por sua vez, buscaram nos documentos produzidos no
período colonial informações sobre os mundos indígenas
demolidos pela colonização.
A colonização do imaginário não busca nem uma coisa
nem outra.
(Adaptado de PERRONE-MOISÉS, Beatriz, Prefácio à edição
brasileira de GRUZINSKI, Serge, A colonização do imaginário:
sociedades indígenas e ocidentalização no
México espanhol (séculos XVI-XVIII).
(BB – Escriturário – 2006 – FCC) A autora do fragmento transcrito
(A) vale-se de estrutura narrativa para apresentar a obra
que considera polêmica porque seu autor se afasta
dos procedimentos de análise consagrados.
(B) utiliza-se de linguagem didática para esclarecer certos
fatos históricos que serão, na obra que ela mostra ao
público, negados pelo autor.
(C) descreve o embate entre distintas culturas para introduzir o tema da obra que ela divulga como tendo sido
produzida por enfoque impreciso, embora legítimo.
(D) expõe uma série de ideias que lhe permitem chamar
a atenção para a originalidade da perspectiva adotada
pelo autor na obra que ela apresenta.
(E) elabora uma argumentação consistente, construída de
passagens descritivas pontuadas de exemplos extraídos da obra apresentada, para atestar sua familiaridade
com o texto.
O fragmento transcrito foi retirado do prefácio de um livro, conforme
se nota na referência bibliográfica. Nele, a autora do trecho demonstra
que o escritor do livro (que se chama “A colonização do imaginário) foi
além das perspectivas normalmente utilizadas para estudar o processo
de colonização da América pelos europeus, afastando-se das percepções
históricas e antropológicas já consagradas.
(Analista – ANS – 2007 – FCC)
Compreende-se corretamente
do texto que
(A) a Norma explora um persistente problema político da
Itália – o da sua independência e unificação nacional
–, seja considerando a relação entre o país e a Gália
na Antiguidade, seja transferindo para o quadro de
dominação austríaca do século XIX esse confronto
entre o pátrio e o estrangeiro.
(B) uma parcela considerável das óperas italianas do
século XIX – inclusive a Norma – organiza-se em torno
de uma tensão, verificada tanto no âmbito pessoal
quanto no coletivo, entre o avançado e o retrógrado.
(C) o caráter trágico das óperas italianas contemporâneas
à Norma advém do embate entre grupos progressistas
e reacionários, ativado, na maioria das vezes, pela
emergência de uma causa revolucionária para a
época.
(D) a Traviata, tanto quanto as Vespri siciliani e o Trovatore,
obedece ao modelo recorrentemente encontrado nas
composições dramático-musicais do período, isto é,
apresenta um enredo que incita à irrupção do que
existe de mais reacionário numa sociedade.
(E) as causas avançadas defendidas em óperas italianas,
por estarem circunscritas a grandes temas políticos
(como os conflitos de classes e a luta pela soberania
política das nações emergentes), impedem a consideração dos dramas e das tragédias individuais.
A única alternativa que analisa corretamente o texto é a B. O centro da
estrutura da ópera no conflito entre retrógrado e avançado está explicitado no trecho. O conflito se dá em dois planos, o social e o pessoal.
Consideremos os equívocos das alternativas incorretas: A: incorreta,
pois a Norma é ambientada na Gália como metáfora para o panorama
da Itália à época da produção. O texto não estabelece nenhuma relação
direta entre eles; C: incorreta, pois o texto caracteriza a representação
das óperas como um elemento sutil de análise social. Não há qualquer
referência a embates reais ou causas políticas que as obras defendam;
D: incorreta, pois as ópera buscam apresentar o conflito entre o retrógrado e o avançado. Segundo o texto, não há objetivo em privilegiar o
retrógrado; E: incorreta, pois, segundo o texto, é justamente no drama
individual que está a força narrativa das óperas. O conflito pessoal é
correspondente ao social.
Gabarito “B”
pelo mundo, ou pelo menos por onde maiores proporções
tomava o grande veículo do espírito moderno.
Gabarito “D”
(BB – Escriturário – 2006 – FCC) De lá [o folhetinista] espalhou-se
27
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ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
(Analista – ANS – 2007 – FCC)
O texto autoriza afirmar que
(A) o tratamento da oposição entre o bem e o mal, o
revolucionário e o retrógrado, é insuficiente para
imprimir dramaticidade a uma ópera.
(B) a Norma, ao tematizar fatos cronologicamente distantes, exime-se do compromisso com as questões
políticas que lhe são contemporâneas.
(C) o caráter trágico dos textos dramáticos mencionados é
gerado pela cumplicidade estabelecida entre atores e
plateia.
(D) o específico poder de comoção das óperas mencionadas emerge da contradição que os protagonistas passam
a viver entre suas convicções e sua condição pessoal.
(E) o dever cívico e o desejo pessoal exercem forças
equivalentes sobre os indivíduos, motivo de as óperas
citadas enfatizarem a necessidade de equilíbrio entre
um e outro.
A partir da leitura, é possível inferir que os personagens buscam socialmente exatamente o oposto daquilo que são, como afirma o item D, e
como vemos nos exemplos “o herói libertador dos sicilianos nas Vespri
é na verdade filho ilegítimo do governador francês, o trovador, na ópera
homônima, é o irmão perdido de seu próprio perseguidor e aqui, na
Norma, a sacerdotiza suprema dos gauleses é amante do chefe romano.”.
A abordagem dual dos conflitos é o principal elemento da dramaticidade,
o texto, portanto, nega a análise feita no item A, em que o texto ainda
afirma que “É isso o que dilacera a alma, tanto do ator-cantor como
do expectador-ouvinte, e confere a essas óperas seu caráter trágico”.
Diferentemente do que afirma o item C, portanto, a relação entre o ator e
a plateia é consequência da dramaticidade e não sua causa. Os exemplos
mostram ainda que os personagens são comprometidos com aquilo que
defendem e funcionam como alegorias de um certo pensamento, o que
mostra que o item B aborda injustamente as óperas como despretensiosas. Sobre o item E, deve-se notar que o texto analisa as óperas como
textos de conflito, e não de equilíbrio entre opostos.
Gabarito “D”
Atenção: As próximas três questões referem-se ao texto
transcrito abaixo.
1
5
10
15
20
25
Vários historiadores têm procurado entender a
originalidade da monarquia brasileira vinculando-a à
chegada da família real ao Brasil em 1808. De fato, é no
mínimo inusitado pensar numa colônia sediando a capital
de um império. Chamada por Maria Odila Leite da Silva
Dias de a “internacionalização da metrópole”, a instalação
no Brasil da corte portuguesa, que fugia das tropas
napoleônicas, significou não apenas um acidente fortuito,
mas um momento angular da história nacional e de um
processo singular de emancipação. Fuga ou golpe político,
o fato é que com D. João e sua família, e contando com a
ajuda inglesa, transferiram-se para o país a própria corte
portuguesa — cujo número estimado de pessoas chegava a
20 mil, sendo que a cidade do Rio possuía apenas 60 mil
almas — e várias instituições metropolitanas. Mas não era
só: comerciantes ingleses e franceses, artistas italianos e
naturalistas austríacos vinham junto com os baús. Difícil
imaginar choque cultural maior.
Transformado em reino unido já em 1815, o Brasil
passou a distanciar-se, aos poucos, de seu antigo estatuto
colonial, ganhando uma autonomia relativa jamais
conhecida naquele contexto. A partir de então, o Rio de
Janeiro tornou-se capital de Portugal e de suas possessões
na África e na Ásia, e os portos brasileiros se abriram ao
comércio britânico (seguindo o acerto feito com a Inglaterra,
que assegurou o transporte da corte, mas o trocou por esse
acordo comercial). Tais fatos alteraram radicalmente a
situação da colônia portuguesa na América.
(Adaptado de SCHWARCZ, Lilia Moritz. As barbas do
imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo:
Companhia das Letras, 1999, p. 35-36.)
(Analista – ANS – 2007 – FCC) Quanto à organização, afirma-se
corretamente que o texto
(A) mescla narração e dissertação, mas dá relevo àquela,
uma vez que, para a autora, devem ser destacados os
acontecimentos e não os comentários avaliativos que
eles suscitaram.
(B) descreve o modelo administrativo e a organização
hierárquica da corte que se transferiu para o Brasil,
oferecendo detalhado panorama dos aspectos burocráticos que redundaram no específico feitio da nação
brasileira.
(C) se restringe à narração do episódio da fuga da família
real para a América, destacando suas causas, os meios
pelos quais se efetivou e seu impacto sobre a pátria
que aqui se formara.
(D) reúne as datas e os acontecimentos tomados como
mais relevantes no processo de emancipação do
país, para defender a ideia de que, na configuração
de um dado quadro político, o mais importante são
os antecedentes históricos imediatos.
(E) mobiliza dados históricos e outros trabalhos que se
debruçaram sobre o tema, com o fito de comprovar a
hipótese apresentada sobre a formação da monarquia
brasileira.
A: incorreta, pois a tipologia predominante no texto é a argumentativa.
A autora privilegia a análise dos fatos e suas causas e consequências
a uma descrição minuciosa de como os acontecimentos se deram,
privilegiando as informações relevantes para a formação de sua análise;
B: incorreta, pois não há no texto qualquer referência ao funcionamento
burocrático da corte, mas sim do choque entre a chegada dela ao
Brasil; C: incorreta, pois como afirmado no item A, o texto privilegia
a análise dos fatos à sua mera narração; D: incorreta, pois o texto
analisa e reconhece a relevância do fato descrito para a formação da
história nacional, no entanto, não apresenta especificamente datas e
fatos, mas sim um panorama geral, cultural e social, da mudança. Mais
do que o fato em si, são seus entornos que configuraram a mudança
política; E: correta, pois a autora retoma a análise de Maria Odila Leite
da Silva Dias e refere-se a “historiadores” como ponto de partida para
sua análise. Para a defesa de seu ponto de vista, a autora apresenta
também o panorama dos acontecimentos da época.
Gabarito “E”
28
(Analista – ANS – 2007 – FCC) De acordo com o texto, é correto
afirmar que
(A) a transferência da sede do império para o Brasil se con-
figurou como experiência insólita e sem precedentes,
tanto por propiciar o surgimento de um papel político
inédito, quanto por produzir mudanças concretas em
diferentes esferas do ambiente colonial.
(B) a condição administrativa inicial do Brasil se conservou mesmo após a fixação do Rio de Janeiro como
capital de Portugal, mas o comércio, as artes e as
ciências finalmente se tornaram autossuficientes.
(C) o número de almas preexistentes no Rio de Janeiro
é avaliado, em si mesmo, como bastante expressivo,
embora, em face da quantidade de migrantes que para
lá se dirigiram, pareça ínfimo.
(D) a internacionalização da metrópole carioca – isto é, a
vinda de portugueses, franceses, ingleses e austríacos
– foi decisiva para a configuração de um processo de
independência que assumiria características genuínas
entre as colônias lusitanas.
(E) a originalidade da monarquia brasileira deve ser creditada a contingências históricas exclusivas, como a
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
Gabarito “A”
(Analista – ANS – 2007 – FCC)
Infere-se corretamente do texto
que,
(A) para preparar a expansão de seu prestígio político
pelo Brasil, a Inglaterra impôs, ainda na Europa, seu
colonialismo à coroa portuguesa.
(B) antes da chegada da corte, o comércio, as artes e
as ciências não faziam parte do cotidiano cultural
brasileiro.
(C) embora não haja certezas, existe interpretação plausível para as causas da originalidade da monarquia
brasileira.
(D) mais do que 1808, 1815 é uma data decisiva para o
Brasil, pois, apenas quando se torna um reino unido,
ele se distancia plenamente do estatuto colonial.
(E) para a autora, o contexto brasileiro não suportou
as mudanças sociais e administrativas geradas pela
transferência da corte.
Inferir significa deduzir por meio de raciocínio algo novo a partir das
informações apresentadas. Para se inferir algo do texto é necessário
que o texto traga indícios do que os itens apresentam, mesmo que de
maneira sutil. A: incorreta, pois o texto não comenta a relação entre
Portugal e Inglaterra anterior à vinda da corte; B: incorreta, pois não
há informações suficientes sobre a situação anterior do Brasil. O texto
apenas diz que a presença de comerciantes, artistas e cientistas causou
choque cultural, talvez pela ausência anterior dessas práticas, talvez pela
diferença de como se fazia; C: correta, pois é justamente uma dessas
interpretações sem consenso (como mostra o primeiro período) que
o texto discute; D: incorreta, pois o texto diz que a situação da colônia
mudou em decorrência de todos os fatos. Não estabelece uma data e
tampouco afirma que o Brasil e distanciou ali plenamente do estatuto
colonial; E: incorreta, pois a autora apenas afirma que houve choque
social, cultural e administrativo. Não é tão categórica em dizer que
não suportou.
Gabarito “C”
Atenção: As duas questões a seguir baseiam-se no texto
apresentado abaixo.
Não é sem motivos que o comércio decidiu alongar os
prazos de pagamento neste fim de ano para enfrentar a
concorrência do comércio popular, que vende itens de
baixo valor. Em novembro, a taxa de crescimento das
consultas para vendas à vista superou a expansão do
crediário, o que não ocorria desde abril.
Para o Presidente da ACSP, a mudança preocupa por
indicar uma receita menor para as lojas, já que as vendas financiadas geralmente são as de maior valor. Na
análise do Presidente, o forte movimento registrado nas
ruas de comércio popular com grande presença de itens
importados reflete com clareza duas variáveis que estão
desajustadas na economia: o juro alto e o câmbio baixo.
(Adaptado de O Estado de S. Paulo, B4 Economia,
4 de dezembro de 2005)
(Técnico – BACEN – 2006 – FCC)
A ideia principal do texto está
expressa em:
(A) O final de ano garante habitualmente maior volume
de vendas, tanto à vista quanto a prazo.
(B) A oferta mais ampla de crediários busca concorrer
com o comércio popular, identificado com as vendas
de menor valor.
(C) Negócios realizados a prazo caracterizam as vendas
específicas de final de ano.
(D) Comerciantes dispensam consultas para a concessão
de créditos, por serem baixos os valores das compras.
(E) Cai o volume de vendas, à vista ou a crédito, neste
final de ano, em comparação com o anterior.
Ao ampliar os crediários, o comércio proporciona ao cliente a compra de
itens com valor mais alto, de modo que pode competir com o comércio
popular, que possui itens de menor valor.
(Técnico – BACEN – 2006 – FCC) Infere-se corretamente do texto
que, com a expansão do crédito,
I.
há riscos maiores de ocorrer inadimplência de consumidores.
II. a venda de itens de maior valor passa a ser equivalente
ao volume dos mais acessíveis à população.
III. com o aumento das vendas à vista diminui a receita
no comércio, pois o crédito contempla compras de
maior valor.
Está correto o que se afirma SOMENTE em
(A) I.
(B) II.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) II e III.
D: correto, pois, ao ampliar a possibilidade de crediários, o comércio
sofre com o aumento do índice de inadimplência. Além disso, os crediários diminuem a receita de vendas à vista no comércio, já que esses
crediários são empregados para a aquisição de itens de maior valor.
Gabarito “D”
A: correta, pois o texto coloca como “inusitada” a colônia como sede
da capital. O ponto principal do texto é levantar as consequências dessa
transferência, políticas e sociais; B: incorreta, pois o texto afirma que
o Rio de Janeiro tornou-se a capital de Portugal foi parte crucial do
processo de emancipação do país e alterou completamente a situação
da colônia na política e administração. Ressalta o choque cultural com
a arte, ciência e comércio, mas não afirma autossuficiência em nenhum
dos campos; C: incorreta, pois o número de novas almas no Rio de
Janeiro representa mais de 30% da população original. Apesar de
reforçar a grande quantidade de pessoas que chegaram com a corte, o
texto ressalta que a cidade tinha, anteriormente, uma população pouco
expressiva; D: incorreta, pois a internacionalização do Rio de Janeiro foi
além da presença de estrangeiros. Trata-se de uma nova participação
da cidade, e do país, em um panorama internacional; E: incorreta, pois
a condição imposta pela Inglaterra para ajudar os portugueses, era
que os portos brasileiros estivessem abertos ao comércio inglês. Não
houve apoio incondicional.
No mês passado, o número de consultas para vendas
quitadas com cheque à vista e pré-datado cresceu 6,1%
em relação ao mesmo período de 2004, segundo pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Enquanto isso, o volume de consultas para negócios a
prazo aumentou em ritmo menor: 3,9% em novembro,
na comparação anual.
Gabarito “B”
incondicional ajuda britânica concedida a Portugal
desde o momento da fuga da Europa.
29
Atenção: As duas questões a seguir baseiam-se no texto
apresentado abaixo.
As sementes do impulso fundamental da indústria de
agronegócio nacional foram lançadas quando um núcleo
de sete especialistas da Embrapa debruçou-se sobre o
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Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
desafio de tropicalizar a soja. Planta de origem asiática,
ela só se adaptava bem nos estados mais ao sul do país.
“Do Paraná para cima, a planta atingia no máximo 15
centímetros, um sexto de sua altura normal”, afirma um
dos engenheiros agrônomos que fez parte do grupo que
tratou do problema em meados da década de 70.
Foram necessários anos de pesquisas num banco genético com informações sobre mais de 8.000 tipos de soja
até se chegar à planta capaz de evoluir bem em regiões
mais quentes. O impacto da inovação foi formidável.
De pouco mais de 300.000 toneladas produzidas em
1973, o Brasil saltou para 53 milhões de toneladas da
safra atual.
(Exame, 23 de novembro de 2005, p. 32)
(Técnico – BACEN – 2006 – FCC) As sementes do impulso fundamental da indústria de agronegócio nacional foram lançadas quando um núcleo de sete especialistas da Embrapa
debruçou-se sobre o desafio de tropicalizar a soja.
O sentido da frase inicial do texto está expresso com
clareza e correção, em outras palavras, da seguinte forma:
(A) As possibilidades de desenvolvimento da produção
agrícola brasileira concretizaram-se quando especialistas voltaram-se para as tentativas de adaptar a soja
ao clima tropical.
(B) Foram vários os tipos de sementes utilizados por pesquisadores para descobrir o melhor meio de aumentar
a importância do agronegócio na região tropical.
(C) A soja é o produto mais valorizado do agronegócio
brasileiro por apresentar diversidade de tipos de
sementes que o trópico conseguiu desenvolver.
(D) Especialistas da Embrapa consideram impossível
resolver o impasse da soja para ser tropicalizada,
no importante aumento da indústria do agronegócio
nacional.
(E) A indústria nacional de agronegócio cujas as sementes
foram plantadas para conseguir a tropicalização da
soja, feitas no desafio dos especialistas da Embrapa.
A: pois apresenta a importância das pesquisas realizadas pelos especialistas da Embrapa para o desenvolvimento da produção agrícola
brasileira.
Gabarito “A”
(Técnico – BACEN – 2006 – FCC) O segmento abaixo que indica
uma razão para a afirmativa que, no texto, se segue a
ele – segmento –, é:
(A) As sementes do impulso fundamental da indústria de
agronegócio nacional foram lançadas ...
(B) ... quando um núcleo de sete especialistas da Embrapa
debruçou-se ...
(C) Planta de origem asiática ...
(D) ... a planta atingia no máximo 15 centímetros, um
sexto de sua altura normal ...
(E) Foram necessários anos de pesquisas num banco
genético ...
C: pois o segmento “Planta asiática” é precedido de uma explicação:
“ela só se adaptava bem nos estados mais ao sul do país” acerca de
sua dificuldade de cultivo em outras regiões do Brasil que não as do
estados do sul.
Atenção: A questão a seguir baseia-se no texto apresentado abaixo.
Não há, com relação a doces, nem com relação a guisados,
um gosto que, apenas fisiológico, seja especificamente universal: do Homem e não de homens situados; da sociedade
humana e não de uma sociedade; de todas as sociedades
e não de umas tantas sociedades. O que Marx impugnou
em Hegel com relação à Ideia – que seria um princípio
metafísico ou uma essência – poderia impugnar ao teórico
do Paladar que o considerasse expressão de um princípio apenas fisiológico, independente de circunstâncias,
em vez de expressão, principalmente, de um “princípio
social”. Machado acertou. Revelou-se um sociólogo dos
que opõem à tirania do essencial a validade do existencial.
Pois a verdade parece ser realmente esta: a das nossas
preferências de paladar serem condicionadas, nas suas
expressões específicas, pelas sociedades a que pertencemos, pelas culturas de que participamos, pelas ecologias
em que vivemos os anos decisivos da nossa existência.
(Gilberto Freyre, Açúcar. Coleção Canavieira n. 2.
Divulgação do Ministério da Indústria e do Comércio,
Instituto do Açúcar e do Álcool, 1969, p. 44)
(Técnico – BACEN – 2006 – FCC)
O autor, no texto em questão,
(A) discute conceitos filosóficos amplamente debatidos
em todas as sociedades, como a noção de verdade.
(B) ignora a existência de certos princípios norteadores
da vida social e das diversidades culturais.
(C) nega as possíveis influências que os alimentos possam
exercer no desenvolvimento de uma cultura.
(D) condena a preocupação de certos pensadores em
reduzir a preferência por certos alimentos, como os
doces, a um hábito social.
(E) defende uma opinião pessoal, tomando como base
ideias expostas por filósofos e escritores anteriores a ele.
Trata-se de uma dissertação na qual o autor pretende defender um
ponto de vista a partir de argumentos que comprovem sua opinião.
Gabarito “E”
30
O segredo da acumulação
primitiva neoliberal
Numa coluna publicada na Folha de São Paulo, o jornalista Elio Gaspari evocava o drama recente de um navio
de crianças escravas errando ao largo da costa do Benin.
Ao ler o texto – que era inspirado -, o navio tornava-se
uma metáfora de toda a África subsaariana: ilha à deriva,
mistura de leprosário com campo de extermínio e reserva
de mão de obra para migrações desesperadas.
Elio Gaspari propunha um termo para designar esse
povo móvel e desesperado: “os cidadãos descartáveis”.
“Massas de homens e mulheres são arrancados de seus
meios de subsistência e jogados no mercado de trabalho
como proletários livres, desprotegidos e sem direitos.” São
palavras de Marx, quando ele descreve a “acumulação
primitiva”, ou seja, o processo que, no século XVI, criou
as condições necessárias ao surgimento do capitalismo.
Para que ganhássemos nosso mundo moderno, foi
necessário, por exemplo, que os servos feudais fossem,
à força, expropriados do pedacinho de terra que podiam
cultivar para sustentar-se. Massas inteiras se encontraram,
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
Gabarito “C”
1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
Simples continuação ou repetição? Talvez haja uma
diferença – pequena, mas substancial – entre as massas
do século XVI e os migrantes da globalização: as primeiras foram arrancadas de seus meios de subsistência, os
segundos são expropriados de seu lugar pela violência da
fome, por exemplo, mas quase sempre eles recebem em
troca um devaneio. O protótipo poderia ser o prospecto
que, um século atrás, seduzia os emigrantes europeus:
sonhos de posse, de bem-estar e de ascensão social.
As condições para que o capitalismo invente sua versão
neoliberal são subjetivas. A expropriação que torna essa
passagem possível é psicológica: necessita que sejamos
arrancados nem tanto de nossos meios de subsistência,
mas de nossa comunidade restrita, familiar e social, para
sermos lançados numa procura infinita de status (e, hipoteticamente, de bem-estar) definido pelo acesso a bens e
serviços. Arrancados de nós mesmos, deveremos querer
ardentemente ser algo além do que somos.
Depois da liberdade de vender nossa força de trabalho,
a “acumulação primitiva” do neoliberalismo nos oferece
a liberdade de mudar e subir na vida, ou seja, de cultivar
visões, sonhos e devaneios de aventura e sucesso. E, desde
o prospecto do emigrante, a oferta vem se aprimorando. A
partir dos anos 60, a televisão forneceu os sonhos para que
o campo não só devesse, mas quisesse, ir para a cidade.
O requisito para que a máquina neoliberal funcione é
mais refinado do que a venda dos mesmos sabonetes
ou filmes para todos. Trata-se de alimentar um sonho
infinito de perfectibilidade e, portanto, uma insatisfação
radical. Não é pouca coisa: é necessário promover e
vender objetos e serviços por eles serem indispensáveis
para alcançarmos nossos ideais de status, de bem-estar e
de felicidade, mas, ao mesmo tempo, é preciso que toda
satisfação conclusiva permaneça impossível.
Para fomentar o sujeito neoliberal, o que importa não é lhe
vender mais uma roupa, uma cortina ou uma lipoaspiração;
é alimentar nele sonhos de elegância perfeita, casa perfeita
e corpo perfeito. Pois esses sonhos perpetuam o sentimento
de nossa inadequação e garantem, assim, que ele seja parte
inalterável, definidora, da personalidade contemporânea.
Provavelmente seria uma catástrofe se pudéssemos, de
repente, acalmar nossa insatisfação. Aconteceria uma
queda total do índice de confiança dos consumidores. Bolsas e economias iriam para o brejo. Desemprego, crise, etc.
Melhor deixar como está. No entanto, a coisa não fica bem.
Do meu pequeno observatório psicanalítico, parece que
o permanente sentimento de inadequação faz do sujeito
neoliberal uma espécie de sonhador descartável, que corre
atrás da miragem de sua felicidade como um trem descontrolado, sem condutor, acelerando progressivamente por
inércia – até que os trilhos não aguentem mais.
(Contardo Calligaris, Terra de ninguém.
São Paulo: Publifolha, 2002)
(Analista – BACEN – 2005 – FCC)
Considere as seguintes afir-
mações:
I.
Tomando como ponto de partida um comentário de
outro jornalista sobre um fato recente da época, o autor
dispõe-se a compreender esse fato à luz de uma expressão de Marx - “cidadãos descartáveis” -, que já previa o
processo migratório de trabalhadores no século XX.
II. A expressão “acumulação primitiva” é considerada
pelo autor como inteiramente anacrônica, incapaz,
portanto, de sugerir qualquer caminho de análise do
neoliberalismo contemporâneo.
III. Acredita o autor que na base do mundo moderno, do
ponto de vista econômico, está o fim do feuda-lismo,
está a transformação dos servos feudais em trabalhadores que precisavam vender sua força de trabalho.
Em relação ao texto está correto SOMENTE o que se
afirma em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
O autor destaca a mudança dos servos feudais para os trabalhadores
que precisaram vender sua força de trabalho para não sucumbir à
fome, assim como para realizar suas ambições de uma vida melhor.
O específico segredo a que se
refere o autor no título do texto representa-se conceitualmente em vários momentos de sua argumentação, tal
como ocorre na seguinte frase:
(Analista – BACEN – 2005 – FCC)
(A) Massas inteiras se encontraram, assim, paradoxal-
mente livres da servidão, mas obrigadas a vender seu
trabalho para sobreviver.
(B) O navio tornava-se uma metáfora de toda a África
subsaariana: ilha à deriva, mistura de leprosário com
campo de extermínio e reserva de mão de obra para
migrações desesperadas.
(C) Para que ganhássemos nosso mundo moderno, foi
necessário, por exemplo, que os servos feudais fossem, à força, expropriados do pedacinho de terra que
podiam cultivar para sustentar-se.
(D) Ao que parece, o século XX pediu uma espécie de
segunda rodada, um ajuste: a criação de sujeitos
descartáveis globais para um capitalismo enfim global.
(E) Trata-se de alimentar um sonho infinito de perfectibilidade e, portanto, uma insatisfação radical.
A expressão “sonho infinito de perfectibilidade” é representada pelo
conceito de “insatisfação radical”, ou seja, não há como saciar o anseio
pela perfeição senão desejando por algo mais.
Gabarito “E”
Quatro ou cinco séculos mais tarde, essa violência não
deveria ter acabado? Ao que parece, o século XX pediu uma
espécie de segunda rodada, um ajuste: a criação de sujeitos
descartáveis globais para um capitalismo enfim global.
Nota: O autor desse texto, Contardo Calligaris, é psicanalista e foi professor de estudos culturais na New School
de Nova York. Faz parte do corpo docente do Institute for
the Study of Violence, em Boston. É também colunista
da Folha de S. Paulo.
Gabarito “C”
assim, paradoxalmente livres da servidão, mas obrigadas
a vender seu trabalho para sobreviver.
31
(Analista – BACEN – 2005 – FCC) A afirmação de que As condições para que o capitalismo invente sua versão neoliberal
são subjetivas tem sua coerência respaldada no desenvolvimento do texto, já que o autor
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ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
se apoiar em aspectos da vida privada dos indivíduos
típicos da era industrial.
(B) mostra como as exigências de satisfação pessoal
vêm sendo progressivamente atendidas, desde que o
homem passou a se identificar com seu status.
(C) analisa o funcionamento da máquina liberal e a considera uma tributária direta do conhecido processo
da acumulação primitiva.
(D) localiza na permanência do sentimento de nossa
inadequação um requisito com que vem contando o
neoliberalismo.
(E) entende que o neoliberalismo assenta sua base no
princípio de que os sonhos dos cidadãos descartáveis
devem ser excluídos do pragmatismo produtivista.
O sentimento de inadequação, na verdade, é um dos principais instrumentos do sistema neoliberal para que os trabalhadores continuem
em busca de uma felicidade que jamais irão alcançar, como o próprio
autor sugere ao denominar essa inadequação como “sonho infinito
de perfectibilidade”.
perfeição – que jamais poderá ser alcançada por estar em constante
transformação –, os indivíduos tornam-se vítimas de um processo que
irá despersonalizá-los.
Na frase Massas inteiras se
encontraram, assim, paradoxalmente livres da servidão,
mas obrigadas a vender seu trabalho para sobreviver, o
emprego do termo paradoxalmente justifica-se quando se
atenta para a relação nuclear que entre si estabelecem,
no contexto, os elementos
(Analista – BACEN – 2005 – FCC)
(A) massas e livres.
(B) vender e obrigadas.
(C) livres e obrigadas.
(D) viver e vender.
(E) vender e sobreviver.
O autor pretende demonstrar a situação paradoxal existente entre os
trabalhadores (que se julgam livres) e a obrigatoriedade do trabalho
para a sobrevivência.
Gabarito “C”
(A) descarta a análise de processos históricos, para melhor
Gabarito “A”
32
Gabarito “D”
(Analista – BACEN – 2005 – FCC) Para que ganhássemos o mundo
Quatro ou cinco séculos mais
tarde, essa violência não deveria ter acabado?
moderno, foi necessário que os servos feudais fossem, à
força, expropriados do pedacinho de terra que podiam
cultivar para sustentar-se.
No contexto em que formula a pergunta acima, o autor,
implicitamente, está questionando a tese de que os processos históricos ocorreriam
(A) como atualização de providências já verificadas no
passado.
(B) numa escala de progressivo aperfeiçoamento social.
(C) alternando ganhos e perdas na qualidade de vida dos
cidadãos.
(D) de modo a recompensar o esforço das classes dirigentes.
(E) de modo a tornar cada vez mais nítidas as aspirações
de cada classe social.
O autor questiona se essa violência seria um mal necessário para
o aperfeiçoamento social, entretanto, como podemos observar no
decorrer do texto, essa violência sofreu um “ajuste”, o qual o autor
define como “a criação de sujeitos descartáveis globais para um
capitalismo enfim global”.
Gabarito “B”
(Analista – BACEN – 2005 – FCC)
No contexto em que ocorre a
afirmação de que
(A) deveremos querer ardentemente ser algo além do que
somos, o autor acusa o processo de despersonalização
acionado pela máquina neoliberal.
(B) a “acumulação primitiva” do neoliberalismo nos
oferece a liberdade de mudar e subir na vida, o autor
concede em que há uma vantagem real nesse caminho
econômico.
(C) Provavelmente seria uma catástrofe se pudéssemos (...)
acalmar nossa insatisfação, o autor mostra o quanto os
neoliberais subestimam a força da nossa subjetividade.
(D) é melhor deixar como está, o autor está tomando
como pior a situação representada por um trem descontrolado, sem condutor.
(E) esses sonhos perpetuam o sentimento de nossa inadequação, o termo sonhos está representando um
caminho alternativo para as práticas neoliberais.
A máquina neoliberal utiliza-se de artifícios para convencer os indivíduos sobre a possibilidade de perfeição, no entanto, ao buscar essa
Conserva-se, numa outra construção correta, o sentido
do trecho sublinhado na frase acima, em:
(A) foi preciso que houvesse a expropriação, à força,
do pedacinho de terra que os servos feudais podiam
cultivar para seu sustento.
(B) fez-se necessário que o pedacinho de terra, cultivado
para o sustento dos servos feudais, tivesse sido expropriado à força.
(C) foi preciso que se expropriassem dos servos feudais,
à força, do pedacinho de terra que cultivavam para
sustentar-se.
(D) houve a necessidade de se expropriar do pedacinho
de terra, à força, que os servos feudais cultivavam para
seu sustento.
(E) houve a necessidade do pedacinho de terra ser expropriado, à força, na qual os servos feudais cultivavam
para sustentarem-se.
A frase mantém o sentido do trecho original, pois o encadeamento das
ideias ocorre da mesma maneira em ambas as orações.
Gabarito “A”
(Analista – BACEN – 2005 – FCC)
(Analista – BACEN – 2005 – FCC) A expropriação que torna essa
passagem possível é psicológica: necessita que sejamos
arrancados nem tanto de nossos meios de subsistência,
mas de nossa comunidade restrita, familiar e social.
Na frase acima, e no contexto do parágrafo que ela
integra,
(A) a ação expressa em necessita deve ser atribuída a essa
passagem.
(B) a expressão sejamos arrancados tem sentido equiva-
lente ao de nos arranquemos.
(C) a expressão arrancados nem tanto de nosso meios de
subsistência, mas de (...) , tem sentido equivalente a
arrancados, menos do que de nossos meios de subsistência, de (...).
(D) o complemento verbal de necessita é expresso por
nossa comunidade restrita, familiar e social.
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
tido, ser substituído por vírgula, seguida da expressão
por conseguinte.
A expressão equivalente ao período original expressa a mesma ideia:
de que somos “arrancados” muito mais de nossa comunidade do que
de nossos meios de subsistência.
Gabarito “C”
Leia o texto abaixo para responder às questões a seguir.
A população sertaneja é e será monarquista por muito
tempo, porque no estádio inferior da evolução social em
que se acha, falece-lhe a precisa capacidade mental para
compreender e aceitar a substituição do representante
concreto do poder pela abstração que ele encarna, pela
lei. Ela carece instintivamente de um rei, de um chefe,
de um homem que a dirija, que a conduza e, por muito
tempo ainda, o Presidente da República, os presidentes
dos Estados, os chefes políticos locais serão o seu rei,
como, na sua inferioridade religiosa, o sacerdote e as
imagens continuam a ser os seus deuses. Serão monarquistas como são fetichistas, menos por ignorância do
que por um desenvolvimento intelectual, ético e religioso,
insuficiente ou incompleto.
(Raimundo Nina Rodrigues, As Coletividades
Anormais, S. Paulo, 1939.)
(Analista – BACEN – 2002 – FCC) Julgue se as proposições 1, 2 e
3 expressam a leitura correta do texto, reproduzindo as
ideias nele contidas sem distorcer e desvirtuar a significação textual. Marque, a seguir, a opção correta.
1. Dada a situação de repúdio às relações sociais do
homem sertanejo, falece-lhe a capacidade mental
responsável pelo pensamento abstrato.
2. No aspecto religioso, a população sertaneja padece
da mesma inferioridade que demonstra ter em relação
à representação política.
3. Menos por ingenuidade e mais por ignorância, a população do interior adere instintivamente e se submete
passivamente ao ideário monarquista.
(A) Está correta apenas a proposição 1.
(B) Todas as proposições estão incorretas.
(C) Estão incorretas as proposições 1 e 3.
(D) Todas as proposições estão corretas.
(E) Estão corretas as proposições 1 e 2.
A proposição 1 está correta, já que, segundo o autor, o sertanejo não
possui a capacidade mental para aceitar a substituição do representante
pela abstração que ele encarna.
Gabarito “C”
Assinale o parágrafo que, ao
dar continuidade ao trecho de Raimundo Nina Rodrigues,
produz uma ruptura na linha de argumentação e de
desenvolvimento das ideias do texto.
(Analista – BACEN – 2002 – FCC)
(A) Consequentemente, o que predomina soberana é a
vontade, são os sentimentos ou os interesses pessoais
dos chefes, régulos ou mandões, diante dos quais as
maiores garantias da liberdade individual ou se transformam em recurso de perseguição contra inocentes,
se desafetos, ou se anulam em benefício de criminosos
quando amigos.
(B) O que é pueril é exigir que essas populações compreendam que a federação republicana é a condição, a
garantia da futura unidade política de um vasto país
que não pode oferecer a centralização governamental
da Monarquia.
(C) Todas as grandes instituições que, na civilização deste
fim de século, garantem a liberdade individual e dão o
cunho da igualdade dos cidadãos perante a lei são mal
compreendidas, sofismadas e anuladas por essa gente.
(D) Seria ingênuo esperar que pudesse ser outro o sentimento político do sertanejo; seria preciso negar a evolução política e admitir que os povos mais atrasados
e incultos podem, sem maior preparo, compreender,
aceitar e praticar as formas de governo mais liberais
e complicadas.
(E) O que não se pode exigir delas é que perfilem entre
os que estão de posse do poder e os que disputam
essa posse, capitaneados por verdadeiros régulos de
que os jagunços representavam apenas o exército, a
força material.
Há uma ruptura na linha de argumentação ao sugerir que a população
sertaneja é ignorante por causa da opressão dos indivíduos que estão no
poder, quando, na verdade, a ignorância decorre de uma falta de capacidade de abstração acerca da substituição dos representantes no poder.
Gabarito “E”
(E) o sinal de dois pontos pode, sem prejuízo para o sen-
33
(Analista – BACEN – 2002 – FCC) Os trechos abaixo constituem
um texto, mas estão desordenados. Ordene-os e assinale
a opção que apresenta a sequência que organiza o texto
de forma coesa e coerente.
( ) O sucesso está baseado em alguns outros pilares,
entre os quais está o atendimento sem privilégios,
que rompe com a cultura do clientelismo e da intermediação.
( ) Entre 98% e 99% dos usuários classificaram os serviços oferecidos nessas centrais como bons ou muito
bons nas unidades de funcionamento, que reúnem,
num mesmo espaço, diversos órgãos públicos de
diferentes esferas de governo, iniciativa privada,
concessionários de serviços públicos, associações e
entidades da sociedade civil.
( ) A expressão “trata-se de um serviço de primeiro
mundo” se tornou comum após a criação das centrais de atendimento ao cidadão em todo o país, por
diversos governos estaduais e municipais, com os mais
diferentes nomes.
( ) Esse funcionamento eficiente e contínuo da central
requer um treinamento especializado dos servidores,
a rapidez na confecção de documentos e a ausência
de exigências burocráticas como os velhos formulários
de papel comprados nas papelarias, agora substituídos
pelo preenchimento direto dos dados nas telas de
computador.
( ) O acesso direto a tais serviços – que funcionam ininterruptamente durante 12 horas por dia de segunda a
sexta, e seis horas aos sábados – diminui o tempo e
os custos para o cidadão.
(Gestão empreendedora: inovar para vencer as dificuldades,
09/08/2002, www.planejamento.gov.br)
(A) 5º,
(B) 1º,
(C) 3º,
(D) 2º,
(E) 4º,
2º, 1º, 4º, 3º
5º, 4º, 2º, 3º
5º, 2º, 1º, 4º
1º, 4º, 5º, 3º
3º, 5º, 1º, 2º
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ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
A: (5) O acesso direto a tais serviços – que funcionam ininterruptamente
durante 12 horas por dia de segunda a sexta, e seis horas aos sábados
– diminui o tempo e os custos para o cidadão. (2) Entre 98% e 99%
dos usuários classificaram os serviços oferecidos nessas centrais como
bons ou muito bons nas unidades de funcionamento, que reúnem, num
mesmo espaço, diversos órgãos públicos de diferentes esferas de
governo, iniciativa privada, concessionários de serviços públicos, associações e entidades da sociedade civil. (1) O sucesso está baseado em
alguns outros pilares, entre os quais está o atendimento sem privilégios,
que rompe com a cultura do clientelismo e da intermediação. (4) Esse
funcionamento eficiente e contínuo da central requer um treinamento
especializado dos servidores, a rapidez na confecção de documentos e
a ausência de exigências burocráticas como os velhos formulários de
papel comprados nas papelarias, agora substituídos pelo preenchimento
direto dos dados nas telas de computador. (3) A expressão “trata-se
de um serviço de primeiro mundo” se tornou comum após a criação
das centrais de atendimento ao cidadão em todo o país, por diversos
governos estaduais e municipais, com os mais diferentes nomes.
Em (5) o termo tais funciona como denotativo para o substantivo
serviços; em (4) o pronome esse explica o funcionamento eficiente
demonstrado em (1) e (2); a expressão que inicia (3) retoma o treinamento especializado dos servidores citado em (4).
Gabarito “A”
Ordene os trechos, de modo
a comporem um único texto que obedeça à seguinte
ementa:
(Analista – BACEN – 2002 – FCC)
I.
Considerações preliminares a respeito da imprecisão
conceitual de “direitos humanos”; necessidade da
efetivação dos direitos humanos.
II. Considerações acerca do significado que se deve
atribuir ao termo “direitos humanos”.
III. A emergência dos direitos humanos e a influência do
contexto ideológico na sua caracterização.
IV. Confusão conceitual vigente no tratamento terminológico do tema; diferenciação dos termos.
V. Concepção de direitos humanos diante da norma
jurídica e da ordem política.
( ) Tendo surgido num cenário em que o pano de fundo
era o surgimento da classe burguesa, os direitos
humanos foram alvo da crítica marxista, que os acusou
de serem a manifestação dos interesses e do ideário
burguês. Não sem razão, a assim chamada primeira
geração dos direitos humanos, erigida pelo pensamento liberal, constitui-se em direitos individuais,
como os direitos de participação política, as garantias
processuais e o direito de propriedade. Objetiva e
efetivamente, essa primeira geração fundamenta-se
em um sistema de valoração com cariz individualista.
( ) Não raras vezes, encontramos a expressão “direitos
fundamentais” como sinônimo de “direitos humanos”.
Há uma tendência doutrinária em definir e denominar os direitos humanos como aqueles positivados
nas declarações e convenções internacionais. Já a
terminologia “direitos fundamentais” se aplicaria
aos positivados internamente por um País. Diante de
tantas definições, destacamos que os direitos humanos
ultrapassam o sentido estrito de uma ordem jurídica
escrita; encontram-se numa dimensão superior que
lhes empresta validade universal e objetiva.
( ) A problemática dos direitos humanos está presente
em diversos momentos da nossa vida social contemporânea. Mobilizado em várias circunstâncias
e conclamado sob as mais diversas razões, o termo
“direitos humanos” tem sido empregado sob o signo
da confusão que se faz entre sua dimensão conceitual
e seu fundamento. Tal ocorrência, entretanto, não
diminui e tampouco debilita a luta, inexoravelmente
séria e comprometida, a ser empreendida quotidianamente pela sua real efetivação.
( ) Reconhecemos que os direitos humanos assumem
a posição de princípios ético-normativos. Portanto,
transcendem ao normativismo-dogmático, alicerçando e instituindo materialmente a juridicidade.
Outrossim, configuram-se como elementos legitimadores da ordem política e fundamentadores da
normatividade jurídica. Advogamos que os direitos
humanos constituem postulados éticos, forjados a
partir da era moderna, componentes da existência
do homem como pessoa.
( ) Preliminarmente, temos que os direitos humanos
referem-se a uma proteção mínima que possa conduzir o ser humano a viver dignamente. Constituem
uma esfera essencialmente indisponível, existente
em torno do indivíduo, que objetiva o respeito mais
profundo à pessoa humana. Isso implica que toda e
qualquer autoridade, todo e qualquer poder político
tem a obrigatoriedade de os garantir e adimplir.
Ressalte-se, demais disso, que há de se proteger o
indivíduo de qualquer tipo de arbítrio, inclusive, mas
não unicamente, o estatal.
(Baseado em Plínio Melgaré, Direitos humanos: uma perspectiva
contemporânea – para além dos reducionismos tradicionais)
A sequência correta é:
(A) V, II, III, IV, V
(B) I, II, III, IV, V
(C) V, I, IV, II, III
(D) III, V, I, II, IV
(E) II, V, I, III, IV
O item III discute as considerações iniciais acerca dos direitos humanos;
o item V estabelece um significado ao conceito de direitos humanos;
o item I destaca a emergência dos direitos humanos na sociedade e a
influência do ideário burguês na sua caracterização; o item II destaca
o equívoco entre “direitos fundamentais” e “direitos humanos”; o item
IV estabelece uma concepção dos direitos humanos diante das normais
jurídicas e da ordem política.
Gabarito “D”
34
Leia o texto abaixo para responder às questões a seguir.
No Sistema de Pagamentos Brasileiro, a
tecnologia se toma variável crítica e o executivo
de negócios e planejamento precisa encarar este
risco sob a mesma ótica que encara os riscos
5 de crédito e mercado. Doravante um problema
tecnológico pode interferir diretamente na questão
da liquidez da instituição, mesmo que por
poucos momentos. Trata-se de uma questão de
continuidade de negócios.
10 As interrupções no processamento da informação,
ou a degradação nos sistemas de informação
fazem parte da rotina nas estruturas de
tecnologia de qualquer empresa, seja ela financeira
ou não. Esses são eventos programados
15 que visam atender a demandas ocasionais do
negócio ou da tecnologia.
O que deve preocupar os executivos de uma instituição
financeira são as interrupções não programadas.
Problemas que afetam diretamente
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
(Analista – BACEN – 2001 – FCC)
Em relação às ideias do texto,
assinale a opção correta.
(A) A tecnologia constitui um risco insignificante se com-
parado ao risco natural do mercado e do crédito.
(B) Nenhuma instituição pode apresentar interrupções no
processamento da informação, mesmo que programadas, pois significam perdas irrecuperáveis.
(C) As interrupções não programadas, que afetam a infraestrutura rotineira da empresa, no Serviço de Pagamentos Brasileiro, restringem-se à própria empresa.
(D) O custo decorrente de acidentes é calculado a partir
do valor das informações perdidas e do volume de
negócios interrompidos pelo acontecimento.
(E) No Serviço de Pagamentos Brasileiro, as perdas de
informação ocorridas em uma empresa circunscrevem-se a ela apenas, sem afetar outras empresas que
com ela tenham negócios.
O texto destaca a importância da tecnologia e, por conseguinte, o
valor das informações perdidas, assim como o valor dos negócios
interrompidos durante quaisquer imprevistos que afetem a rede de
dados de uma instituição.
Gabarito “D”
(Analista – BACEN – 2001 – FCC) Assinale
a opção que constitui
uma continuação coesa e coerente para o texto.
(A) Em consonância com essas diretrizes, uma profunda
transformação tecnológica será promovida nos bancos
brasileiros para que eles se adaptem às normas determinadas pelo Banco Central (BC), que preveem a reestruturação do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
(B) Para tanto, os ambientes de armazenamento/processamento da informação serão responsáveis pela integridade das operações de uma instituição financeira,
pois, mesmo hoje, as operações de bancos de varejo
dependem fundamentalmente destas estruturas, que
são extremamente diversificadas, heterogêneas e
interdependentes.
(C) Por outro lado, um ambiente consolidado através da
implementação de uma infraestrutura de informação,
com objetivos de proteção, compartilhamento e
Ao destacar a fragilidade das instituições no âmbito tecnológico, é
fundamental a criação de um método de proteção para as informações
e para o bom funcionamento dos negócios.
Leia o seguinte texto:
A evolução dos fundamentos ao longo de 1999 não ratificou as expectativas pessimistas formuladas ao início do
ano, quando o impacto da crise financeira internacional
sob a economia brasileira determinou a reordenação
dos principais condicionantes internos, com o objetivo
de possibilitar que a condução da política econômica
preservasse a estabilidade econômica e as condições
necessárias ao processo do crescimento sustentado.
(Banco Central do Brasil, RELATÓRIO ANUAL 1999,
vol. 35, p. 9, com adaptações.)
(Analista – BACEN – 2001 – FCC) Marque a opção que dá uma
continuidade coerente e gramaticalmente correta ao texto.
(A) Nesse contexto, a introdução de alterações institucio-
nais relevantes marcam, no que se refere à política
cambial e à política monetária, de forma paralela à
continuação no empenho governamental na realização de efetivo ajuste de contas públicas.
(B) Dessa maneira, assinale-se que a introdução de alterações institucionais significativas, paralelamente à
continuidade do esforço governamental na promoção
de eficaz ajuste das contas públicas, no que refere à
política cambial e monetária.
(C) Assim, assinalar a introdução de alterações institucionais relevantes marcam, no que tange à política
tanto cambial quanto monetária, de forma paralela
à solução de continuidade no empenho do governo
com respeito ao efetivo ajuste das contas públicas.
(D) Assim, deve-se assinalar a introdução de alterações
significativas institucionais que, no paralelismo entre
políticas cambiais e políticas monetárias no ajuste
efetivo da promoção de contas públicas refere-se ao
empenho do governo.
(E) Nesse contexto, assinale-se a introdução de alterações institucionais significativas, no que se refere às
políticas cambial e monetária, paralelamente à continuidade do empenho governamental na promoção
de efetivo ajuste das contas públicas.
As alterações institucionais – políticas, cambiais e monetárias – visam
à estabilidade econômica citada no texto original e, por isso, garantem
uma continuação coerente e gramaticalmente correta.
Gabarito “E”
(Adaptado de BANCO HOJE, março de 2001, p. 63.)
gerenciamento da informação assegurou uma série
de benefícios.
(D) Diante de tais evidências, uma metodologia que proteja
a informação e garanta a continuidade das atividades
e negócios com um mínimo de impacto, que seja
independente da arquitetura de sistemas, deixa de ser
um desejo e passa a ser uma necessidade imperativa.
(E) Entra em vigor em outubro, quando já deve estar
funcionando a transferência de grandes valores com
liquidação bruta em tempo real e o monitoramento on
line de contas reservas bancárias mantidas no BC, que
se livrará da obrigação de cobrir os saldos negativos
deixados pelos bancos nas operações do dia a dia.
Gabarito “D”
20 a i n f r a e s t r u t u r a t e c n o l ó g i c a . S ã o f a l h a s d e
hardware e/ou sistema operacional, conflitos de
aplicações; sabotagem; desastres (incêndio,
inundação etc.); falha humana; corrupção de
dados; vírus etc. Estes acidentes causam maior
25 impacto por serem de maior dificuldade de identificação
e recuperação. O seu custo é proporcional
ao valor da informação afetada e ao volume
de negócios interrompidos pelo evento. Dependendo
da situação, a recuperação da estrutura
30 operacional pode levar algumas horas e, no
caso do SPB, afetar não só a instituição como
eventuais parceiros. É importante o planejamento
e a implementação de uma solução de continuidade
de negócios.
35 Os riscos não são desprezíveis. Um estudo feito
p e l a U n i v e r s i d a d e d o Te x a s c o m e m p r e s a s
que sofreram uma perda catastrófica de dados
concluiu que 43% jamais voltaram a operar, 51%
faliram em dois anos e apenas 6% sobreviveram.
40 Entre as empresas vítimas do primeiro atentado
a bomba no World Trade Center (New York),
50% das que não possuíam um plano de contingência
faliram em menos de 2 anos.
35
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
36
ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
Leia o texto.
Nas duas últimas décadas, os Bancos Centrais
do mundo todo têm desempenhado um papel
importante no sistema de pagamento dos seus
países em consequência da globalização, do
5 crescimento das atividades financeiras e da rápida
evolução tecnológica.
Por ser a base da infraestrutura necessária para
suportar as atividades econômicas do país e um
veículo crítico de penetração em outros mercados,
10 o Banco Central do Brasil tem se empenhado
em desenvolver um sistema nacional de
pagamentos que possa, de uma maneira segura
e eficiente, tratar as transferências de grandes
volumes financeiros. Estamos no caminho
15 certo e não podemos ficar isolados do resto do
mundo.
(BANCO HOJE, março de 2001, p. 64. )
(Analista – BACEN – 2001 – FCC)
Em relação ao texto acima,
assinale a opção correta.
(A) Depreende-se do texto que globalização e evolução
tecnológica constituem duas importantes consequências do crescimento das atividades financeiras dos
bancos centrais.
(B) A expressão “têm desempenhado”(l. 2) pode ser substituída, sem prejuízo para a correção gramatical do
período, por vem desempenhando.
(C) Infere-se do texto que os bancos centrais têm contado
com um declínio em sua importância econômico-social, paralelamente ao seu incremento tecnológico.
(D) A articulação entre as ideias dos dois parágrafos pode
se realizar inserindo-se no início do segundo parágrafo
a expressão: Em consonância com esta evidência e
por...
(E) As formas verbais do último período sintático do
texto, “Estamos” (l. 14) e “podemos” (l. 15), estão
sendo utilizadas como reforço estilístico para inserir
todos os países que têm bancos centrais no esforço
da globalização.
A expressão Em consonância com esta evidência retoma o papel fundamental dos bancos no cenário socioeconômico dos países e relaciona
tais instituições como suporte dos países para o desenvolvimento das
atividades econômicas.
Gabarito “D”
Atenção: As questões a seguir baseiam-se no texto apresentado abaixo.
Nas formas de vida coletiva podem assinalar-se dois
princípios que se combatem de morte e regulam diversamente as atividades dos homens. Esses dois princípios
encarnam-se nos tipos do aventureiro e do trabalhador. Já
nas sociedades rudimentares manifestam-se eles, segundo
sua predominância, na distinção fundamental entre os
povos caçadores ou coletores e os povos lavradores.
Para uns, o objeto final, a mira de todo esforço, o ponto
de chegada, assume relevância tão capital, que chega a
dispensar, por secundários, quase supérfluos, todos os
processos intermediários. Seu ideal será colher o fruto
sem plantar a árvore.
Esse tipo humano ignora as fronteiras. No mundo tudo
se apresenta a ele em generosa amplitude e onde quer
que se erija um obstáculo a seus propósitos ambiciosos,
sabe transformar esse obstáculo em trampolim. Vive dos
espaços ilimitados, dos projetos vastos, dos horizontes
distantes.
O trabalhador, ao contrário, é aquele que enxerga primeiro a dificuldade a vencer, não o triunfo a alcançar. O
esforço lento, pouco compensador e persistente que, no
entanto, mede todas as possibilidades de esperdício e
sabe tirar o máximo proveito do insignificante, tem sentido
bem nítido para ele. Seu campo visual é naturalmente
restrito. A parte maior que o todo.
Existe uma ética do trabalho, como existe uma ética
da aventura. Assim, o indivíduo do tipo trabalhador só
atribuirá valor moral positivo às ações que sente ânimo
de praticar e, inversamente, terá por imorais e detestáveis
as qualidades próprias do aventureiro - audácia, imprevidência, irresponsabilidade, instabilidade, vagabundagem
-, tudo, enfim, quanto se relacione com a concepção
espaçosa do mundo, característica desse tipo.
Por outro lado, as energias e esforços que se dirigem a
uma recompensa imediata são enaltecidos pelos aventureiros; as energias que visam estabilidade, paz, segurança
pessoal e os esforços sem perspectiva de rápido proveito
material passam, ao contrário, por viciosos e desprezíveis
para eles. Nada lhes parece mais estúpido e mesquinho
do que o ideal do trabalhador.
Entre esses dois tipos não há, em verdade, tanto uma
oposição absoluta como uma incompreensão radical.
Ambos participam, em maior ou menor grau, de múltiplas combinações e é claro que, em estado puro, nem o
aventureiro, nem o trabalhador, possuem existência real
fora do mundo das ideias. Mas também não há dúvida
que os dois conceitos nos ajudam a situar e a melhor
ordenar nosso conhecimento dos homens e dos conjuntos
sociais. E é precisamente nessa extensão superindividual
que eles assumem importância inestimável para o estudo
da formação e evolução das sociedades.
Na obra da conquista e da colonização dos novos
mundos coube ao espírito do trabalho, no sentido aqui
compreendido, papel muito limitado, quase nulo. A época
predispunha aos gestos e façanhas audaciosos, galardoando bem os homens de grandes voos. E não foi fortuita
a circunstância de se terem encontrado neste continente,
empenhadas nessa obra, principalmente as nações onde o
tipo do trabalhador, tal como acaba de ser discriminado,
encontrou ambiente menos propício.
(Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil. 2ª ed. Rio de
Janeiro: José Olympio, 1948, p. 36-39.)
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
É correto
concluir do texto que
(A) os ideais de vida cultivados por diferentes tipos sociais
contribuem para a dificuldade de se justificar o predomínio de certos valores morais em determinadas
épocas e atividades.
(B) os valores éticos surgem como consequência da
evolução das sociedades, já que são desnecessários
em povos primitivos, que se organizam em torno de
um único ideal.
(C) as noções divergentes a respeito da ética social impelem alguns tipos humanos a posições radicais, de
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
oposição a valores cultuados pelos demais, em uma
mesma sociedade.
(D) a organização social vigente no mundo contemporâneo impede a existência real de certos tipos, especialmente daqueles que buscam o sucesso rápido, por
meio de façanhas e de aventuras.
(E) o comportamento ético das pessoas é pautado por sua
própria visão de mundo, admitindo-se, no entanto,
relações mútuas de convivência e da sua existência
entre os diversos tipos sociais.
A partir da distinção entre o homem aventureiro e o homem trabalhador,
é possível concluir que são visões de mundo diferentes uma da outra,
pautada por uma ética singular, mas que se relacionam entre os mais
diversos tipos sociais.
Gabarito “E”
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) Resume-se
37
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) A organiza-
ção textual baseia-se nas relações sintático-semânticas de
(A) tempo e espaço, na indicação dos vários modelos de
sociedade, desde o início da evolução humana.
(B) causas e as consequências resultantes da formação
das sociedades, ao longo do tempo.
(C) similitude entre organizações sociais, desde as mais
rudimentares, quanto às formas de evolução.
(D) simultaneidade entre ações decorrentes de valores
vigentes em determinada época, em um conjunto
social.
(E) oposição entre dois polos divergentes, que marcam
as atitudes humanas na vida em sociedade.
Ao distinguir os indivíduos em dois grandes grupos – trabalhadores
e aventureiros –, o autor destaca uma série de oposições acerca das
condutas e visões de mundo desses tipos de Homem.
corretamente o texto da seguinte maneira:
Gabarito “E”
(A) A organização social estrutura-se a partir de con-
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) Esse tipo
humano ignora as fronteiras. (início do 2º parágrafo)
A expressão do texto que reproduz o sentido da frase
acima é:
Gabarito “A”
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
O texto
desenvolve-se como
(A) estudo psicológico dos motivos que levam pessoas a
agir de determinada forma, a reconhecer determinados valores e os meios escolhidos para atingir seus
objetivos.
(B) apresentação de certos aspectos evolutivos de sociedades diversas, cuja discussão se baseia em informações
de cunho científico.
(C) análise de cunho sociológico dos papéis desempenhados por certos tipos que marcaram a história das
sociedades ao longo do tempo.
(D) visão utópica da formação de uma sociedade, com
os papéis vividos por tipos considerados ideais, para
permitir a evolução do todo social.
(E) informação, com base em dados antropológicos, a
respeito da evolução dos grupos humanos, desde os
mais rudimentares, até o aparecimento da agricultura.
O texto é um estudo sociológico que analisa os tipos de visões de mundo
e conduta dos indivíduos no decorrer dos séculos nas sociedades.
Ambas as passagens estão relacionadas à visão de mundo do tipo
aventureiro e, por isso, reproduzem uma ética e conduta desse tipo
de indivíduo.
Considere
as afirmativas a respeito das frases iniciais do 1º e do 6º
parágrafos:
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
I.
há evidente incoerência entre ambas, pois no 6º
parágrafo o autor desmente o que foi afirmado no 1º.
II. o 6º parágrafo retoma o núcleo do que foi dito no 1º,
de forma articulada, dando continuidade à explanação textual.
III. a afirmativa do 1º parágrafo pressupõe, desde o início do texto, o que foi explicitado no 6º, como sua
repetição enfática.
Está correto o que se afirma SOMENTE em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
I: incorreta, pois o autor não desmente a presença de dois tipos de
indivíduos, mas ameniza qualquer radicalismo que os diferencie; II:
correto; III: incorreto, pois a conceituação desses dois tipos, ao contrário do que o leitor possa pensar, só existe no plano das ideias, visto
que tal análise só funciona para demonstrar as diferenças de conduta
e ética dos indivíduos dentro da sociedade.
Gabarito “B”
Ao conceituar o Homem em dois tipos – trabalhadores e aventureiros
–, o autor visa a estruturar a organização social a partir das visões de
mundos desses tipos de indivíduos, destacando que, mesmo divergentes, relacionam-se em diversos níveis sociais.
(A) a mira de todo esforço. (1º parágrafo)
(B) todos os processos intermediários. (1º parágrafo)
(C) as qualidades próprias do aventureiro. (4º parágrafo)
(D) a concepção espaçosa do mundo. (4º parágrafo)
(E) uma recompensa imediata. (5º parágrafo)
Gabarito “D”
cepções éticas específicas, mesmo que sejam elas
individuais e aparentemente divergentes.
(B) O elevado ônus decorrente das aventuras de conquista
de novos mundos só poderia ser assumido por algumas nações, orientadas pela ética do trabalho.
(C) A descoberta de novos mundos tornou-se possível
numa época de oposição entre valores éticos vigentes
nas sociedades em que havia predomínio do espírito
do trabalho.
(D) A época das conquistas realizadas por algumas nações
mundo afora colocou em oposição os ideais de luta
e perseverança em oposição ao tipo do aventureiro.
(E) O espírito aventureiro surgiu em circunstâncias
históricas específicas, consequência da necessária
adaptação às condições de vida em mundos novos e
desconhecidos.
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) A época
predispunha aos gestos e façanhas audaciosos, galardoando bem os homens de grandes voos. (último parágrafo)
O sentido contextual do segmento grifado acima está
reproduzido abaixo, EXCETO em:
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Gabarito “C”
38
ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
(A) premiando os sujeitos voltados a feitos heroicos.
(B) valorizando as pessoas capazes de superar obstáculos.
(C) identificando os que enfrentavam enormes distâncias.
(D) distinguindo com honrarias os que ultrapassam limites.
(E) recompensando grandemente os autores de atos
excepcionais.
que essa tecnologia poderia causar em um projeto
educacional.
(E) como defensor do desenvolvimento tecnológico,
propõe uma educação voltada especificamente para
a indústria da informática, base da integração social.
Gabarito “C”
A internet demonstrou ser um instrumento fundamental para o
desenvolvimento de projetos educacionais. Além disso, a implantação
de internet na rede de escolas proporciona à comunidade estudantil
a possibilidade de uma melhor qualidade de ensino, bem como maior
eficiência na pesquisa acadêmica.
Atenção: As questões a seguir baseiam-se no texto apresentado abaixo.
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
Não é função da indústria pensar a educação. A missão
de qualquer empresa é lutar com todas as suas forças
para crescer e se perpetuar. Mesmo quando isso vai de
encontro aos interesses da comunidade em que ela está
inserida. Ela jamais poderá pensar com a devida isenção
numa plataforma de serviços focada em educação.
Por isso mesmo, nenhum representante da indústria de
tecnologia poderia ter sido pioneiro num projeto de educação fundamentado nas profundas e dramáticas mudanças que a cibernética tem trazido para as nossas vidas.
(Trecho do artigo do jornalista Rodrigo Lara Mesquita.
O Estado de S. Paulo, A2, 4 de maio de 2007.)
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
É correto
inferir do texto que seu autor,
(A) como jornalista que é, questiona a importância do
livro e do jornal no mundo contemporâneo, como
instrumentos essenciais para a divulgação do conhecimento.
(B) ao apontar a importância de algumas inovações tecnológicas do mundo moderno, reconhece a importância
da cibernética para os projetos educacionais.
(C) pensando em um projeto de educação eficaz, afasta
qualquer possibilidade de envolvimento de empresas,
a despeito do interesse que elas possam demonstrar.
(D) ao reconhecer a inoperância do empresariado, especialmente na área da cibernética, ignora o impacto
(A) eram temidos em razão da possibilidade de dissemi-
nação de conhecimentos antes reservados e restritos
a uma classe privilegiada.
(B) representavam o pensamento e, portanto, o modo de
vida da época, com os valores de uma classe ascendente, a burguesia.
(C) eram utilizados pela classe dominante para divulgarem as novidades que surgiam, no contexto histórico
daquele momento.
(D) deram início a uma série de inovações tecnológicas
que possibilitaram o avanço social e econômico
durante o século XVI.
(E) foram e ainda permanecem como símbolos das
desigualdades sociais, especialmente decorrentes da
incapacidade de leitura no mundo contemporâneo.
Livros e jornais eram temidos por viabilizarem a disseminação de
novos conhecimentos que eram restritos a apenas uma parcela da
população. Tais meios de comunicação eram vistos como subversivos,
pois ameaçavam a ordem vigente.
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) Está
INCORRETA a afirmação que se faz a respeito dos parágrafos do texto:
(A) O 1º parágrafo traça, de maneira rápida e sintética, um
painel histórico e cultural existente numa determinada
época.
(B) Observa-se, especialmente no 2º parágrafo, emprego
de palavras que adquirem sentido particular, percebido no contexto em que se encontram.
(C) O 3º parágrafo constitui, em síntese, um argumento
que justifica a opinião que vem exposta no 4º parágrafo.
(D) A articulação sintático-semântica que se estabelece
entre o 3º e o 4º parágrafos é de causa e consequência.
(E) No 4º parágrafo o autor defende a ideia de que a
indústria se torne responsável também por projetos
educacionais voltados para o desenvolvimento social.
O autor demonstra que a indústria não se responsabilizará por projetos
educacionais, pois visa sempre ao crescimento e ao lucro.
Gabarito “E”
A prensa de Gutenberg estava entre as inovações tecnológicas que contribuíram para a ascensão do mundo
burguês. E os seus principais produtos - o livro e o jornal
- foram entendidos durante muitos anos pela ordem
dominante como ferramentas subversivas. Esta subversão
gestou e gerou o mundo em que vivemos. Um mundo
onde a iniquidade social ainda incomoda e assusta, mas
no qual todas as barreiras para a geração de riqueza e
de conhecimento foram derrubadas, num processo que
também gerou a onda de inovação que estamos vivendo
e a possibilidade de darmos o próximo salto.
E os seus
principais produtos - o livro e o jornal - foram entendidos
durante muitos anos pela ordem dominante como ferramentas subversivas. (2º parágrafo) É correto afirmar, a
respeito da expressão grifada acima, que o livro e o jornal
Gabarito “A”
A cultura, e consequente organização social, política e
econômica dominante na sociedade contemporânea,
ainda é aquela que começou a nascer no século XVI,
quando um conjunto de inovações tecnológicas num
contexto histórico favorável contribuiu para o início
do enterro do Antigo Regime, no qual a Terra estava
no centro do universo, a ordem social era imutável e a
Igreja, junto com o poder absolutista, tinha o monopólio
da informação.
Gabarito “B”
O autor faz referência às Grandes navegações que ocorreram durante
o século XVI e identifica as grandes distâncias percorridas por esses
navegadores na procura de novas terras.
2. REDAÇÃO, COESÃO E COERÊNCIA
Cada um fala como quer, ou como pode, ou como acha
que pode. Ainda ontem me divertiu este trechinho de
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
“- Meu cabelo está pendoando – anuncia a prima, apalpando as melenas.
Tenho anos, décadas de Solange, mas confesso que ela,
com o seu solangês, às vezes me pega desprevenido.
- Seu cabelo está o quê?
- Pendoando – insiste ela, e, com a paciência de quem
explica algo elementar a um total ignorante, traduz:
- Bifurcando nas extremidades.
É assim a Solange, criatura para a qual ninguém morre, mas
falece, e, quando sobrevém esse infausto acontecimento,
tem seu corpo acondicionado num ataúde, num esquife,
num féretro, para ser inumado em alguma necrópole, ou,
mais recentemente, incinerado em crematório. Cabelo de
gente assim não se torna vulgarmente quebradiço: pendoa.”
Isso me fez lembrar uma visita que recebemos em casa, eu
ainda menino. Amigas da família, mãe e filha adolescente
vieram tomar um lanche conosco. D. Glorinha, a mãe,
achava meu pai um homem intelectualizado e caprichava
no vocabulário. A certa altura pediu ela a mim, que estava
sentado numa extremidade da mesa:
- Querido, pode alcançar-me uma côdea desse pão?
Por falta de preparo linguístico não sabia como atender a
seu pedido. Socorreu-me a filha adolescente:
- Ela quer uma casquinha do pão. Ela fala sempre assim
na casa dos outros.
A mãe ficou vermelha, isto é, ruborizou, enrubesceu, rubificou, e olhou a filha com reprovação, isto é, dardejou-a
com olhos censórios.
Veja-se, para concluir, mais um trechinho do Werneck:
“Você pode achar que estou sendo implicante, metido
a policiar a linguagem alheia. Brasileiro é assim mesmo,
adora embonitar a conversa para impressionar os
outros. Sei disso. Eu próprio já andei escrevendo sobre
o que chamei de ruibarbosismo: o uso de palavreado
rebarbativo como forma de, numa discussão, reduzir
ao silêncio o interlocutor ignaro. Uma espécie de gás
paralisante verbal.”
(Cândido Barbosa Filho, inédito)
A: incorreta. Além da falta de clareza e excesso de palavras para transmitir a ideia, há erro gramatical na colocação do acento grave antes de
“seu poder” (não ocorre crase antes de palavra masculina); B: correta.
A redação está clara, coerente e cumpre todas as regras gramaticais;
C: incorreta. A redação está obscura e incoerente. Ela não faz sentido
algum; D: incorreta. O excesso de pronomes torna o texto obscuro e
prolixo; E: incorreta. O uso de palavras em sentido conotativo, como em
“se apoderar de um alto vocabulário”, compromete a clareza da redação.
Gabarito “B”
crônica do escritor mineiro Humberto Werneck, de seu
livro Esse inferno vai acabar:
39
Economia religiosa
Concordo plenamente com Dom Tarcísio Scaramussa, da
CNBB, quando ele afirma que não faz sentido nem obrigar
uma pessoa a rezar nem proibi-la de fazê-lo. A declaração
do prelado vem como crítica à professora de uma escola
pública de Minas Gerais que hostilizou um aluno ateu que
se recusara a rezar o pai-nosso em sua aula.
É uma boa ocasião para discutir o ensino religioso na rede
pública, do qual a CNBB é entusiasta. Como ateu, não
abraço nenhuma religião, mas, como liberal, não pretendo
que todos pensem do mesmo modo. Admitamos, para
efeitos de argumentação, que seja do interesse do Estado
que os jovens sejam desde cedo expostos ao ensino religioso. Deve-se então perguntar se essa é uma tarefa que
cabe à escola pública ou se as próprias organizações são
capazes de supri-la, com seus programas de catequese,
escolas dominicais etc.
A minha impressão é a de que não faltam oportunidades
para conhecer as mais diversas mensagens religiosas, onipresentes em rádios, TVs e também nas ruas. Na cidade
de São Paulo, por exemplo, existem mais templos (algo
em torno de 4.000) do que escolas públicas (cerca de
1.700). Creio que aqui vale a regra econômica, segundo
a qual o Estado deve ficar fora das atividades de que o
setor privado já dá conta. Outro ponto importante é o
dos custos. Não me parece que faça muito sentido gastar
recursos com professores de religião, quando faltam os
de matemática, português etc. Ao contrário do que se dá
com a religião, é difícil aprender física na esquina.
Até 1997, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
acertadamente estabelecia que o ensino religioso nas
escolas oficiais não poderia representar ônus para os
cofres públicos. A bancada religiosa emendou a lei para
empurrar essa conta para o Estado. Não deixa de ser um
caso de esmola com o chapéu alheio.
(Analista – TRT/1ª – 2012 – FCC) Está clara e correta a redação
deste livre comentário sobre um aspecto do texto:
(Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 06/04/2012)
(A) Nem todas as pessoas que utilizam um vocabulário
(Analista – TRT/6ª – 2012 – FCC) Está clara e correta a redação
deste livre comentário sobre o texto: O articulista da
Folha de S. Paulo
rebuscado alcançam por isso qualquer ganho que se
possa atribuir à seu poder de comunicação.
(B) O autor do texto acredita que muita gente se vale de
um palavreado rebuscado para intimidar ou mesmo
calar os interlocutores menos cultos.
(C) Ficou evidente que D. Glorinha buscava ilustrar as
pessoas cujo vocabulário menos reduzido as deixasse
impressionadas com tamanho requinte.
(D) O termo “solangês”, tratando-se de um neologismo,
aplica-se aos casos segundo os quais quem fala de
modo rebarbativo parece aludir a tal Solange.
(E) Não é difícil encontrar, aqui e ali, pessoas cujo intento
é se apoderar de um alto vocabulário, tendo em vista
o propósito de vir a impressionar quem não tem.
(A) propugna de que tanto o liberalismo quanto o ateísmo
podem convergir, para propiciar a questão do ensino
público da religião.
(B) defende a tese de que não cabe ao Estado, inclusive
por razões econômicas, promover o ensino religioso
nas escolas públicas.
(C) propõe que se estenda à bancada religiosa a decisão
de aceitar ou rejeitar, segundo seus interesses, o ensino
privado da religião.
(D) argumenta que no caso do ensino religioso, acatado
pelos liberais, não se trata de ser a favor ou contra,
mas arguir a real competência.
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ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
(E) insinua que o ensino público da religião já se faz
a contento, por que as emissoras de comunicação
intentam-no em grande escala.
A: incorreta. O autor cita sua condição de ateu e liberal sem misturá-las:
a primeira serve para criticar o ensino religioso em si, a segunda para
afastar a obrigação do Estado de ministrá-lo; B: correta, nos termos do
comentário à alternativa anterior; C: incorreta. Não há qualquer proposta
nesse sentido no texto. Ademais, o autor critica o papel das bancadas
religiosas no Poder Legislativo; D: incorreta. O autor não afirma que os
liberais concordam com o ensino religioso. Ele mesmo, um liberal, é
contra a imposição dele pelo Estado; E: incorreta. O autor não insinua,
ele afirma. Defende abertamente que os meios de comunicação e os
próprios templos já cumprem o papel de expor todos, principalmente
as crianças, aos conceitos religiosos.
Gabarito “B”
Fora com a dignidade
Acho ótimo que a Igreja Católica tenha escolhido a saúde
pública como tema de sua campanha da fraternidade deste
ano. Todas as burocracias – e o SUS não é uma exceção –
têm a tendência de acomodar-se e, se não as sacudirmos
de vez em quando, caem na abulia. É bom que a Igreja use
seu poder de mobilização para cobrar melhorias.
Tenho dúvidas, porém, de que o foco das ações deva ser
o combate ao que dom Odilo Scherer, numa entrevista,
chamou de terceirização e comercialização da saúde.
É verdade que colocar um preço em procedimentos
médicos nem sempre leva ao melhor dos desfechos,
mas é igualmente claro que consultas, cirurgias e drogas
têm custos que precisam ser gerenciados. Ignorar as leis
de mercado, como parece sugerir dom Odilo, provavelmente levaria o sistema ao colapso, prejudicando ainda
mais os pobres.
Para o religioso, é “a dignidade do ser humano” que
deve servir como critério moral na tomada de decisões
relativas a vida e morte. O problema com a “dignidade”
é que ela é subjetiva demais. A pluralidade de crenças e
preferências do ser humano é tamanha que o termo pode
significar qualquer coisa, desde noções banais, como não
humilhar desnecessariamente o paciente (forçando-o,
por exemplo, a usar aqueles horríveis aventais vazados
atrás), até a adesão profunda a um dogma religioso (há
confissões que não admitem transfusões de sangue).
Numa sociedade democrática não podemos simplesmente apanhar uma dessas concepções e elevá-la a
valor universal. E, se é para operar com todas as noções
possíveis, então já não estamos falando de dignidade,
mas, sim, de respeito à autonomia do paciente, conceito
que a substitui sem perdas.
(Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, março/2012)
Está clara e correta a redação
deste livre comentário sobre o texto.
(Analista – TRT/6ª – 2012 – FCC)
(A) Presume-se que o autor não defenda a ideia de que
deva o Estado assumir inteira responsabilidade pela
prestação de quaisquer serviços públicos de alto custo.
(B ) Não seria possível, para o autor, que os serviços mais
onerosos aos cofres públicos compitam ao Estado
resolver com seus próprios meios.
(C) Uma vez que se atendam as leis do mercado, até
mesmo o Estado poderia precaver as ações na área
da saúde, sem desmerecer uma sociedade democrática.
(D) Entre o que se prega nas religiões e o que implica as
leis de mercado, as questões de saúde nada têm a
haver com a suposta dignidade humana.
(E) Apenas nas crenças que não operam restrições a
medidas de saúde, leva-se em conta o valor universal
da dignidade humana, para ser bem demonstrado.
A: correta. A redação está clara a atende a todos os preceitos gramaticais; B: incorreta. Falta clareza na redação. Melhor seria retirar o trecho:
“resolver com seus próprios meios”, que é redundante e não acrescenta
nada ao argumento; C: incorreta. O trecho é incoerente, porque a conclusão não decorre logicamente dos argumentos apresentados. Além
disso, os verbos “precaver” e “desmerecer” estão “soltos” no período,
não sendo possível compreender seu uso; D: incorreta. Mais uma vez,
a conclusão apresentada não guarda coerência com as premissas;
E: incorreta. Não há vírgula após “saúde” e deveria ser suprimida a
expressão “para ser bem demonstrado”, que está completamente
desvinculada do texto.
Gabarito “A”
40
O mito napoleônico baseia-se menos nos méritos de
Napoleão do que nos fatos, então sem paralelo, de sua
carreira. Os homens que se tornaram conhecidos por
terem abalado o mundo de forma decisiva no passado
tinham começado como reis, como Alexandre, ou patrícios,
como Júlio César, mas Napoleão foi o “pequeno cabo”
que galgou ao comando de um continente pelo seu puro
talento pessoal. Todo homem de negócios daí em diante
tinha um nome para sua ambição: ser − os próprios clichês o denunciam − um “Napoleão das finanças” ou “da
indústria”. Todos os homens comuns ficavam excitados pela
visão, então sem paralelo, de um homem comum maior
do que aqueles que tinham nascido para usar coroas. Em
síntese, foi a figura com que todo homem que partisse os
laços com a tradição podia se identificar em seus sonhos.
Para os franceses ele foi também algo bem mais simples:
o mais bem-sucedido governante de sua longa história.
Triunfou gloriosamente no exterior, mas, em termos
nacionais, também estabeleceu ou restabeleceu o mecanismo das instituições francesas como existem hoje. Ele
trouxe estabilidade e prosperidade a todos, exceto para
os 250 mil franceses que não retornaram de suas guerras, embora até mesmo para os parentes deles tivesse
trazido a glória. Sem dúvida, os britânicos se viam como
lutadores pela causa da liberdade contra a tirania; mas
em 1815 a maioria dos ingleses era mais pobre do que
o fora em 1800, enquanto a maioria dos franceses era
quase certamente mais rica.
Ele destruíra apenas uma coisa: a Revolução de 1789, o
sonho de igualdade, liberdade e fraternidade, do povo se
erguendo na sua grandiosidade para derrubar a opressão.
Este foi um mito mais poderoso do que o dele, pois, após
a sua queda, foi isto e não a sua memória que inspirou as
revoluções do século XIX, inclusive em seu próprio país.
(Adaptado de Eric. J. Hobsbawm. A era das revoluções − 17891848. 7ª ed. Trad. de Maria Tereza Lopes Teixeira e Marcos
Penchel. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989, p.93-4)
(Analista – TRT9 – 2012 – FCC) Todos os homens comuns ficavam
excitados pela visão [...] de um homem comum maior
do que aqueles que tinham nascido para usar coroas.
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
(A) Os homens comuns, quando viam que um homem
comum como eles era maior do que os nascidos para
usar coroas, não tendo como não ficar excitados.
(B) Ver os homens comuns que um homem também
comum era maior do que os nascidos para usar coroas
eram o que os deixavam excitados.
(C) A visão de um homem comum maior do que aqueles
nascidos para usar coroas, deixavam excitados todos
os homens que eram tão comuns como ele.
(D) Não havia homem comum que não ficasse excitado
pela visão de um homem também comum que se
tornara maior do que os nascidos para usar coroas.
(E) À medida em que via um homem comum maior do
que aqueles nascidos para usar coroas, todo homem
comum ficava excitado com a visão que tivesse.
A: incorreta. A redação, além de apresentar repetições desnecessárias
de termos, está incorreta no último trecho. Deveria constar “tinham”
em vez de “tenham”; B: incorreta. A redação está confusa. Além disso,
deveria constar “era” em vez de “eram”; C: incorreta. Não deveria haver
vírgula após “coroas” e o verbo deveria estar no singular (“deixava”); D:
correta. A redação está clara, mantém o sentido original do texto e respeita todos os preceitos gramaticais; E: incorreta. A redação está repleta
de repetições desnecessárias, tornando-a prolixa e um tanto confusa.
Gabarito “D”
Em outubro de 1967, quando Gilberto Gil e Caetano
Veloso apresentaram as canções Domingo no parque e
Alegria, Alegria, no Festival da TV Record, logo houve
quem percebesse que as duas canções eram influenciadas pela narrativa cinematográfica: repletas de cortes,
justaposições e flashbacks. Tal suposição seria confirmada pelo próprio Caetano quando declarou que fora
“mais influenciado por Godard e Glauber do que pelos
Beatles ou Dylan”. Em 1967, no Brasil, o cinema era o
que havia de mais intenso e revolucionário, superando
o próprio teatro, cuja inquietação tinha incentivado os
cineastas a iniciar o movimento que ficou conhecido
como Cinema Novo.
O Cinema Novo nasceu na virada da década de 1950 para
a de 1960, sobre as cinzas dos estúdios Vera Cruz (empresa
paulista que faliu em 1957 depois de produzir dezoito
filmes). “Nossa geração sabe o que quer”, dizia o baiano
Glauber Rocha já em 1963. Inspirado por Rio 40 graus e
por Vidas secas, que Nelson Pereira dos Santos lançara em
1954 e 1963, Glauber Rocha transformaria, com Deus e o
diabo na terra do sol, a história do cinema no Brasil. Dois
anos depois, o cineasta lançou Terra em Transe, que talvez
tenha marcado o auge do Cinema Novo, além de ter sido
uma das fontes de inspiração do Tropicalismo.
A ponte entre Cinema Novo e Tropicalismo ficaria mais
evidente com o lançamento, em 1969, de Macunaíma,
de Joaquim Pedro de Andrade. Ao fazer o filme, Joaquim
Pedro esforçou-se por torná-lo um produto afinado com
a cultura de massa. “A proposição de consumo de massa
no Brasil é algo novo. A grande audiência de TV entre nós
é um fenômeno novo. É uma posição avançada para o
cineasta tentar ocupar um lugar dentro dessa situação”,
disse ele.
Incapaz de satisfazer plenamente as exigências do mercado, o Cinema Novo deu os seus últimos suspiros em
fins da década de 1970 − período que marcou o auge
das potencialidades comerciais do cinema feito no Brasil.
(Adaptado de Eduardo Bueno. Brasil: uma história. Ed. Leya,
2010. p. 408)
(Analista – TRT9 – 2012 – FCC) Incapaz de satisfazer plenamente
as exigências do mercado, o Cinema Novo deu os seus
últimos suspiros em fins da década de 1970 − período
que marcou o auge das potencialidades comerciais do
cinema feito no Brasil.
Uma redação alternativa para a frase acima, em que
se mantêm a correção, a lógica e, em linhas gerais, o
sentido original, é:
(A) Como não fosse capaz de satisfazer plenamente as
exigências do mercado, o Cinema Novo acabou no
final da década de 1970: período que se destaca, as
potencialidades comerciais, do cinema feito no Brasil.
(B) Conquanto não pudesse satisfazer plenamente as
exigências do mercado, o Cinema Novo terminou
no final da década de 1970, período que, marcou o
auge das potencialidades comerciais do cinema feito
no Brasil.
(C) Como não pôde satisfazer plenamente as exigências
do mercado, o Cinema Novo acabou em fins da
década de 1970, período em que as potencialidades
comerciais do cinema feito no Brasil atingiram o seu
apogeu.
(D) O Cinema Novo, incapaz de satisfazer plenamente
as exigências do mercado não resistiu e terminou no
final da década de 1970, onde as potencialidades
comerciais do cinema feito no Brasil atingiria o seu
apogeu.
(E) O cinema feito no Brasil, atinge o seu potencial comercial máximo no final da década de 1970, quando,
não podendo satisfazer plenamente as exigências do
mercado terminava o Cinema Novo.
A: incorreta. O erro está no último trecho, onde deveria constar: “período
em que se destacam as potencialidades comerciais do cinema feito
no Brasil”; B: incorreta. “Conquanto” é sinônimo de “embora”, “não
obstante”, ou seja, tem valor concessivo. Seu uso indica que, após a
enunciação de um fato, falaremos de outro que lhe é contrário, que
aconteceu apesar dos obstáculos impostos pelo primeiro. No caso, o
fim do Cinema Novo é consequência de sua incapacidade de satisfazer
as exigências do mercado; C: correta. A redação está clara, coerente
e correta, mantendo o sentido original do texto; D: incorreta. Aqui, os
erros são gramaticais. Deveria haver vírgula após “mercado”, deveria
constar “quando” em vez de “onde” e o verbo “atingir” deveria estar
conjugado no plural; E: incorreta. Há também diversos erros gramaticais. Não deveria haver vírgula depois de “Brasil” e faltou o mesmo
sinal de pontuação após “mercado”.
Gabarito “C”
Uma nova redação para a frase acima, em que se preservam a correção e a clareza, está em:
41
Fotografias
Toda fotografia é um portal aberto para outra dimensão: o passado. A câmara fotográfica é uma verdadeira
máquina do tempo, transformando o que é naquilo que
já não é mais, porque o que temos diante dos olhos é
transmudado imediatamente em passado no momento
do clique. Costumamos dizer que a fotografia congela o
tempo, preservando um momento passageiro para toda
a eternidade, e isso não deixa de ser verdade. Todavia,
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Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
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Variam, também, os níveis de percepção de uma fotografia. Isso ocorre, na verdade, com todas as artes: um
músico, por exemplo, é capaz de perceber dimensões
sonoras inteiramente insuspeitas para os leigos. Da mesma
forma, um fotógrafo profissional lê as imagens fotográficas
de modo diferente daqueles que desconhecem a sintaxe
da fotografia, a “escrita da luz”. Mas é difícil imaginar
alguém que seja insensível à magia de uma foto.
(Adaptado de Pedro Vasquez,
em Por trás daquela foto. São
Paulo: Companhia das Letras, 2010)
(Analista – TRT/11ª – 2012 – FCC) No contexto do primeiro pará-
grafo, o segmento Todavia, existe algo que descongela
essa imagem pode ser substituído, sem prejuízo para a
correção e a coerência do texto, por:
(A) Tendo isso em vista, há que se descongelar essa ima-
gem.
(B) Ainda assim, há mais que uma imagem descongelada.
(C) Apesar de tudo, essa imagem descongela algo.
(D) Há, não obstante, o que faz essa imagem descongelar.
(E) Há algo, outrossim, que essa imagem descongelará.
“Todavia” é sinônimo de “mas”, “porém”, “contudo”, “não obstante”.
Essa informação é suficiente para identificar a alternativa “D” como
correta, porque todas as outras trazem conjunções que transmitem
ideias diferentes. Além disso, nas demais alternativas, a alteração
dos tempos verbais e da colocação dos termos da oração promoveu
mudanças de sentido.
Gabarito “D”
(Analista – TRT/11ª – 2012 – FCC) Está
clara e correta a redação
deste livre comentário sobre o texto:
(A) Apesar de se ombrearem com outras artes plásticas,
a fotografia nos faz desfrutar e viver experiências de
natureza igualmente temporal.
(B) Na superfície espacial de uma fotografia, nem se
imagine os tempos a que suscitarão essa imagem
aparentemente congelada...
(C) Conquanto seja o registro de um determinado espaço,
uma foto leva-nos a viver profundas experiências de
caráter temporal.
(D) Tal como ocorrem nos espelhos da Alice, as experiências físicas de uma fotografia podem se inocular em
planos temporais.
(E) Nenhuma imagem fotográfica é congelada suficientemente para abrir mão de implicâncias semânticas
no plano temporal.
(Analista – TRT/11ª – 2012 – FCC) É preciso reelaborar, para sanar
falha estrutural, a redação da seguinte frase:
(A) O autor do texto chama a atenção para o fato de que
o desejo de promover a igualdade corre o risco de
obter um efeito contrário.
(B) Embora haja quem aposte no critério único de julgamento, para se promover a igualdade, visto que
desconsideram o risco do contrário.
(C) Quem vê como justa a aplicação de um mesmo
critério para julgar casos diferentes não crê que isso
reafirme uma situação de injustiça.
(D) Muitas vezes é preciso corrigir certas distorções aplicando- se medidas que, à primeira vista, parecem em
si mesmas distorcidas.
(E) Em nossa época, há desequilíbrios sociais tão graves
que tornam necessários os desequilíbrios compensatórios de uma ação corretiva.
Todas as alternativas apresentam redações corretas e claras, com
exceção da letra “B”, que deve ser assinalada. Há falha na escolha das
conjunções, as quais tornam o texto incoerente, no uso da vírgula e na
obscuridade do fecho. Melhor seria redigir: “Aqueles que apostam no
critério único de julgamento para se promover a igualdade entendem
que não se pode desconsiderar o risco de prejuízo com o uso de
parâmetros diferenciados”.
(Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC) A frase redigida de modo claro
e condizente com o padrão culto escrito é:
(A) Não posso atribuir unicamente a precária condição
de acesso à Educação a apenas a condição de miscigenação dos que desejam ascender à sua dignidade.
(B) Os resultados da pesquisa científica levada a efeito
no ano passado deve ser aberta àquele núcleo que a
instigou, não devendo ficar restrito aos especialistas.
(C) A criação, coordenação e assessoria a cursos profissionalizantes está a cargo de ambos os formados na área,
de cujo conhecimento de ponta muito se depende.
(D) Advoguei junto ao chefe do rapaz que sua atuação
tanto profissional como em sociedade não deixava
nada à desejar, o que lhe ajudou bastante naquela
pendência.
(E) Ele era o único que espontaneamente se dignava de
ouvir-nos a todos, sem exceção, e consentia prazeroso
até o depoimento mais insosso ou desajeitado.
A: oração truncada, sem sentido. Há várias possibilidades de construção, dependendo do que o autor quer comunicar; B: “Os resultados da
pesquisa científica, levada a efeito no ano passado, devem ser abertos
àquele núcleo que a motivou. Os resultados não devem ficar restritos
aos especialistas.” Notem que nem sempre é possível omitir termos
e tornar a construção mais enxuta; C: “estão a cargo”. O sujeito do
verbo estar é composto: “A criação, coordenação e assessoria”; D:
um redação possível é “Advoguei junto ao chefe do rapaz. Quanto à
sua atuação, tanto profissional como em sociedade, não deixava nada
a [não ocorre a crase antes do verbo] desejar, fato que o [objeto direto
do verbo ajudar] ajudou bastante naquela pendência.”
Gabarito “E”
Toda fotografia é uma espécie de espelho da Alice
do País das Maravilhas, e cada pessoa que mergulha
nesse espelho de papel sai numa dimensão diferente e
vivencia experiências diversas, pois o lado de lá é como
o albergue espanhol do ditado: cada um só encontra
nele o que trouxe consigo. Além disso, o significado de
uma imagem muda com o passar do tempo, até para o
mesmo observador.
A: incorreta. O vocabulário excessivamente rebuscado e o uso das
palavras em sentido conotativo comprometem a clareza do texto; B:
incorreta. A prolixidade do trecho compromete sua clareza; C: correta. A
redação está clara e respeita todos os preceitos gramaticais; D: incorreta.
Há erro de concordância no trecho. Deveria constar “ocorre” em vez de
“ocorrem”; E: incorreta. O trecho chega a ser incoerente de tão confuso.
Não é possível discernir a mensagem que está sendo transmitida.
Gabarito “B”
existe algo que descongela essa imagem: nosso olhar. Em
francês, imagem e magia contêm as mesmas cinco letras:
image e magie. Toda imagem é magia, e nosso olhar é a
varinha de condão que descongela o instante aprisionado
nas geleiras eternas do tempo fotográfico.
Gabarito “C”
42
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
Uma cabeleira cor-de-rosa ou verde, um nariz de palhaço,
luvas de Mickey gigantescas, pouco importa. Eis que surge
numa esquina, e replica-se em outras dez, o personagem
mais solitário de nossas ruas, o homem-placa das novas
incorporações imobiliárias. Digo homem-placa, não porque
ele seja vítima do velho sistema de ficar ensanduichado entre
duas tábuas de madeira anunciando remédios ou espetáculos de teatro, nem porque, numa versão mais recente,
amarrem-lhe ao corpo um meio colete de plástico amarelo
para avisar que se compra ouro ali por perto. Ele é homem-placa porque sua função é mostrar, a cada encruzilhada
mais importante do caminho, a direção certa para o novo
prédio de apartamentos que está sendo lançado. Durante
uma época, a prática foi encostar carros velhíssimos, verdadeiras sucatas, numa vaga de esquina, colocando o anúncio
do prédio em cima da capota. O efeito era ruim, sem dúvida.
Como acreditar no luxo e na distinção do edifício Duvalier,
com seu espaço gourmet e seu depósito de vinho individual,
se todo o sonho estava montado em cima de um Opala 74
cor de tijolo com dois pneus no chão?
Eliminaram-se os carros-placa, assim como já pertencem
ao passado os grandes lançamentos performáticos do
mercado imobiliário. A coisa tinha, cerca de dez anos
atrás, proporções teatrais. Determinado prédio homenageava a Nova York eterna: mocinhas eram contratadas
para se fantasiarem de Estátua da Liberdade, com o rosto
pintado de verde, a tocha de plástico numa mão, o folheto
colorido na outra. Ou então era o Tio Sam, eram Marilyns
e Kennedys, que ocupavam a avenida Brasil, a Nove de
Julho, as ruas do Itaim.
Esses homens e mulheres-placa não se comparam sequer
ao guardador de carros, que precisa impor certa presença
ao cliente incauto. Estão ali graças à sua inexistência
social. Só que sua função, paradoxalmente, é a de serem
vistos; um cabelo azul, um gesto repetitivo apontando o
caminho já bastam.
(Adaptado de: Marcelo Coelho,
www.marcelocoelho.folha.blogspot.uol.com)
(Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC) É preciso corrigir, devido à má
estruturação, a redação da seguinte frase:
(A) Os homens-placa ficam ensanduichados entre tábuas
ou pranchas de metal, transportando-as pelas ruas
reduzidos à condições de suporte.
(B) Sensibilizou-se o autor do texto com a condição
humilhante desses homens e mulheres-placa, tratados
como se fossem coisas, destituídos de sua humanidade.
(C) Não se sabe a quem ocorreu a ideia, uma vez que
condomínios de luxo certamente não combinam com
sucata, de que usaram como base de anúncio.
(D) Alguém, num momento infeliz, teve a lamentável ideia
de usar carros velhos como suporte de propaganda
para a venda de imóveis de luxo.
(E) Definitivamente, quem procura imóvel com espaço
gourmet ou depósito de vinho individual não se
deixará atrair pela propaganda apoiada num velho
Opala de cor berrante.
Preste atenção em questões como essa. Logo na alternativa A encontramos erro quanto ao uso da crase (“reduzidos à condições”), porém
o que se pede é correção quanto à estruturação da redação. A: quanto
ao termo “ensanduichados”, embora não haja registro de sua ocorrência
em dicionários, certamente se trata de um neologismo que o autor do
texto criou. Nesse momento, ignorar o termo “ensanduichados”. Nessa
alternativa há necessidade de correção em “reduzidos a condições”. O
termo “reduzidos” exige preposição a, porém a palavra regida “condições” está no plural e não há o artigo definido feminino. A crase não
ocorre; B, D e E: redações corretas; C: a correlação entre as orações
está truncada. Não é possível identificar claramente os sujeitos a que os
verbos se referem, nem seus complementos. A redação não é inteligível.
(Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC) Está clara e correta a redação
deste livre comentário sobre o texto:
(A) Quando o corpo humano se reduz em suporte
exclusivamente material para qualquer coisa, nossa
dignidade deixa de ter preço.
(B) Requer-se de um guardador de carros, diferentemente
do que ocorre com um homem-placa, que tenha
iniciativa e presença.
(C) Há momentos onde o afã de se fazer propaganda não
mede esforços para lançar mão dos mais grotescos
recursos.
(D) Ainda se vê em grandes cidades as figuras antagônicas
de pobres entalados em cartazes nos quais se diz
venderem ouro.
(E) Muitos acreditam ter requinte em morar num edifício
de nome estrangeiro, além das novidades ligadas à
onda de gastronomia.
A: “Quando o corpo humano se reduz a um suporte”; B: redação
correta; C: “Há momentos em que [usar o pronome onde somente
quando há referência a lugar]”; D: “Ainda se veem (...) as figuras (...)
de pobres entalados em cartazes nos quais se diz vender ouro”; E:
“Muitos acreditam haver algum requinte em morar em um edifício de
nome estrangeiro”. O período “além das novidades ligadas à onda de
gastronomia”, parece fora de contexto.
Gabarito “B”
Os homens-placa
Gabarito “C”
Texto para as próximas duas questões.
43
Do homicídio*
Cabe a vós, senhores, examinar em que caso é justo privar
da vida o vosso semelhante, vida que lhe foi dada por
Deus. Há quem diga que a guerra sempre tornou esses
homicídios não só legítimos como também gloriosos.
Todavia, como explicar que a guerra sempre tenha sido
vista com horror pelos brâmanes, tanto quanto o porco
era execrado pelos árabes e pelos egípcios? Os primitivos
aos quais foi dado o nome ridículo de quakers** fugiram
da guerra e a detestaram por mais de um século, até o
dia em que foram forçados por seus irmãos cristãos de
Londres a renunciar a essa prerrogativa, que os distinguia
de quase todo o restante do mundo. Portanto, apesar de
tudo, é possível abster-se de matar homens.
Mas há cidadãos que vos bradam: um malvado furou-me um olho; um bárbaro matou meu irmão; queremos
vingança; quero um olho do agressor que me cegou;
quero todo o sangue do assassino que apunhalou meu
irmão; queremos que seja cumprida a antiga e universal
lei de talião.
Não podereis acaso responder-lhes: “Quando aquele que
vos cegou tiver um olho a menos, vós tereis um olho a
mais? Quando eu mandar supliciar aquele que matou
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É assim que se faz na Rússia há quarenta anos. Os criminosos que ultrajaram a pátria são forçados a servir à
pátria para sempre; seu suplício é uma lição contínua, e
foi a partir de então que aquela vasta região do mundo
deixou de ser bárbara.
(Voltaire – O preço da justiça. São Paulo: Martins Fontes,
2001, pp. 15/16. Trad. de Ivone Castilho Benedetti)
* Excerto de texto escrito em 1777, pelo filósofo iluminista francês Voltaire (1694-1778).
** Quaker – associação religiosa inglesa do séc. XVI,
defensora do pacifismo.
Deve-se CORRIGIR, por
deficiência estrutural, a redação deste livre comentário
sobre o texto:
(Analista – TRT/23ª – 2011 – FCC)
(A) O tratamento de vós, que hoje nos soa tão ceri-
monioso, ecoa uma época em que se aliavam boa
argumentação e boa retórica.
(B) Voltaire não hesita em lembrar as vantagens reais da
aplicação de penas que poupam a vida do criminoso
para que pague pelo que fez.
(C) Como sempre há quem defenda os castigos capitais,
razão pela qual Voltaire buscou refutá-los, através de
alternativas mais confiáveis.
(D) Note-se a preocupação que tem esse iluminista francês em escalonar as penas de modo a que nelas se
preserve adequada relação com o crime cometido.
(E) Na refutação aos que defendem a pena de talião,
Voltaire argumenta que o mal já causado não se sana
com um ato idêntico ao do criminoso.
Uma redação possível, menos truncada seria: “Como sempre há quem
defenda os castigos capitais, refutados por Voltaire, que defendia
alternativas a esses castigos.”
Gabarito “C”
Assim como os antigos moralistas escreviam máximas,
deu-me vontade de escrever o que se poderia chamar de
mínimas, ou seja, alguma coisa que, ajustada às limitações do meu engenho, traduzisse um tipo de experiência
vivida, que não chega a alcançar sabedoria mas que, de
qualquer modo, é resultado de viver.
Andei reunindo pedacinhos de papel em que estas
anotações vadias foram feitas e ofereço-as ao leitor, sem
que pretenda convencê-lo do que penso nem convidá-lo a repensar suas ideias. São palavras que, de modo
canhestro, aspiram a enveredar pelo avesso das coisas,
admitindo-se que elas tenham um avesso, nem sempre
perceptível mas às vezes curioso ou surpreendente.
C.D.A.
(Carlos Drummond de Andrade. O avesso das coisas [aforismos]. 5.ed. Rio de Janeiro: Record, 2007, p. 3)
(Analista – TRF/1ª – 2011 – FCC) ...admitindo-se que elas tenham
um avesso...
Respeitando a situação em que foi empregada a frase
acima, a ÚNICA reformulação INCORRETA para o segmento destacado é:
(A) no caso de se admitir que.
(B) caso se admita que.
(C) tomando-se como pressuposto que.
(D) visto que é patente que.
(E) aceitando como hipótese que.
Pelo contexto: “São palavras que, de modo canhestro, aspiram a
enveredar pelo avesso das coisas, admitindo-se que elas tenham um
avesso” vemos que trata-se de uma hipótese. A única alternativa que
não tem apresenta um termo condicional é “visto que é patente que“.
Atenção: a questão seguinte baseia-se no texto apresentado abaixo.
A correspondência oficial não dispensa nem os protocolos de rigor que lhe são próprios, nem a máxima objetividade no tratamento do assunto em tela. Não cabendo
o coloquialismo do tratamento na pessoa você, é preciso
conhecer o emprego mais cerimonioso de Vossa Senhoria e Vossa Excelência, por exemplo, para os casos em
que essas ou outras formas mais respeitosas se impõem.
Quanto à disposição da matéria tratada, a redação deve
ser clara e precisa, para que se evitem ambiguidades,
incoerências e quebras sintáticas.
(Diógenes Moreyra, inédito)
(Analista – TRT/16ª – 2009 – FCC) A
ocorrência de ambiguidade
e falta de clareza faz necessária uma revisão da seguinte
frase:
(A) Causa-nos revolta, a todos, o pouco interesse que
ele vem demonstrando na condução desse processo
– razão pela qual há quem peça a demissão dele.
(B) Conquanto ele nos haja dado uma resposta inconclusiva e protelado a decisão, há quem creia que nos
satisfará o desfecho deste caso.
(C) Inconformados com a resposta insatisfatória que nos
deu, reiteramos o pedido para que ele não deixe de
tomar as providências que o caso requer.
(D) Ele deu uma resposta insatisfatória à providência que
lhe solicitamos, em razão da qual será preciso insistir
em que não venha a repeti-la.
(E) Caso não sejam tomadas as providências cabíveis,
seremos obrigados a comunicar à Direção o menoscabo com que está sendo tratado este caso.
O referente do pronome feminino a em “repeti-la” não está claro. Trata-se da repetição da “resposta” ou da “providência”?
Gabarito “D”
vosso irmão, esse irmão será ressuscitado? Esperai alguns
dias; então vossa justa dor terá perdido intensidade; não
vos aborrecerá ver com o olho que vos resta a vultosa
soma de dinheiro que obrigarei o mutilador a vos dar;
com ela vivereis vida agradável, e além disso ele será vosso
escravo durante alguns anos, desde que lhe seja permitido
conservar seus dois olhos para melhor vos servir durante
esse tempo. Quanto ao assassino do seu irmão, será vosso
escravo enquanto viver. Eu o tornarei útil para sempre a
vós, ao público e a si mesmo”.
Gabarito “D”
44
Atenção: As próximas duas questões referem-se ao texto
transcrito abaixo.
1
5
Vários historiadores têm procurado entender a
originalidade da monarquia brasileira vinculando-a à
chegada da família real ao Brasil em 1808. De fato, é no
mínimo inusitado pensar numa colônia sediando a capital
de um império. Chamada por Maria Odila Leite da Silva
Dias de a “internacionalização da metrópole”, a instalação
no Brasil da corte portuguesa, que fugia das tropas
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
15
20
25
(Adaptado de SCHWARCZ, Lilia Moritz. As barbas do
imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos.
São Paulo: Companhia das Letras,
1999, p. 35-36.)
A: correta, pois a conjunção “ou” indica que ambas as possibilidades
seriam corretas, trata-se de uma conjunção coordenativa alternativa
inclusiva. A reescrita apresenta a mesma possibilidade; B: incorreta,
pois a forma do gerúndio para o verbo “ganhar” indica no contexto
que a autonomia relativa foi consequência da distância do estatuto
colonial. A conjunção “embora” estabelece relação de concessão, ou
seja, a distância do estatuto colonial não seria favorável à autonomia,
que mesmo assim se consolidou; C: incorreta, pois a vinculação entre
a originalidade da monarquia e a vinda da família real portuguesa é
argumentativa e necessariamente direta, sem aspectos temporais, como
indica a conjunção quando da reescrita; D: incorreta, pois a conjunção
“porquanto” tem valor semântico de explicação. No texto original, a
informação sobre a ajuda britânica é introduzida pela conjunção “e”,
de valor aditivo; E: incorreta, pois o pronome relativo “cujo” estabelece
entre as partes uma relação intermediada pela preposição “de” e substitui o termo que ela introduz e concorda em gênero e número com o
termo que acompanha (número). O significado do trecho é, em outras
palavras, “o número estimado de pessoas da corte chegava a 20 mil”. A
reescrita peca por não adequar a concordância dos termos. O pronome
relativo se refere à corte: “da qual o número estimado de pessoas”
Gabarito “A”
10
napoleônicas, significou não apenas um acidente fortuito,
mas um momento angular da história nacional e de um
processo singular de emancipação. Fuga ou golpe político,
o fato é que com D. João e sua família, e contando com a
ajuda inglesa, transferiram-se para o país a própria corte
portuguesa — cujo número estimado de pessoas chegava a
20 mil, sendo que a cidade do Rio possuía apenas 60 mil
almas — e várias instituições metropolitanas. Mas não era
só: comerciantes ingleses e franceses, artistas italianos e
naturalistas austríacos vinham junto com os baús. Difícil
imaginar choque cultural maior.
Transformado em reino unido já em 1815, o Brasil
passou a distanciar-se, aos poucos, de seu antigo estatuto
colonial, ganhando uma autonomia relativa jamais
conhecida naquele contexto. A partir de então, o Rio de
Janeiro tornou-se capital de Portugal e de suas possessões
na África e na Ásia, e os portos brasileiros se abriram ao
comércio britânico (seguindo o acerto feito com a Inglaterra,
que assegurou o transporte da corte, mas o trocou por esse
acordo comercial). Tais fatos alteraram radicalmente a
situação da colônia portuguesa na América.
Atenção: A próxima questão baseia-se no texto abaixo.
1
Levando em conta as relações
de sentido estabelecidas no texto, é correto dizer que
(Analista – ANS – 2007 – FCC)
(A) a expressão choque cultural (linha 18) faz referência
às diferenças de desenvolvimento verificáveis entre
portugueses e outros povos europeus à época.
(B) o segmento é no mínimo (linhas 3 e 4) equivale a “é
pelo menos” e empresta tom enfático à avaliação feita.
(C) o fragmento Mas não era só (linhas 15 e 16) é seguido
de esclarecimento que contradiz as afirmações anteriores.
(D) a conjunção mas (linha 9) pode ser substituída, sem
prejuízo do sentido e da correção do trecho em que
aparece, por “e sim”.
(E) o termo então (linha 22) tem como referência o ano
de 1808.
A: incorreta, pois o choque cultural é a aproximação das culturas europeia e brasileira com a chegada da corte portuguesa ao Brasil. (linhas
11 a 13); B: correta, pois a expressão indica que inusitado é apenas
uma parte do que se pode dizer dos fatos e enfatiza a estranheza dos
ocorridos; C: incorreta, pois não há contradição e sim complementação.
A expressão indica que não apenas chegou um grande número de
pessoas, mas também que essas pessoas eram representativas para
a mudança do cenário; D: incorreta, pois o mas em questão tem valor
adversativo, caráter não contemplado pela expressão “e sim”, com valor
alternativo exclusivo; E: incorreta, pois a referência temporal em questão
é 1815, ano em que o Brasil ganhou o estatuto de Estados Unidos.
45
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25
30
A Norma (1831) é claramente uma ópera que
encena, numa suposta rebelião gaulesa contra a tutela
romana na Antiguidade, a desejada libertação dos
italianos em face das potências estrangeiras – no caso,
certamente a Áustria – que lhes vedam a independência
e a unidade nacional. Como é de praxe em boa parte
das óperas italianas do século XIX, ao posicionamento
progressista nas grandes questões sociais ou nacionais
se opõe um lastro, geralmente ocultado, que é de
natureza mais propriamente pessoal, e serve de enorme
peso – inconsciente, posto que até então desconhecido –
contra aquela tomada de partido em favor [...] do “bem”
ou, pelo menos, da justiça e do progresso. Esse modelo
aparece, para citarmos apenas algumas óperas, nas
Vespri Siciliani e no Trovatore de Verdi; poder-se-ia
argumentar que a Traviata procede do mesmo modo.
Assim, um recorte se delineia inicialmente, a opor as
causas progressistas (a pátria livre, seja ela a Gália, a
Sicília ou qualquer outra; a defesa dos pobres; a união
de quem se ama) ao que existe de mais retrógrado;
porém, a dramaticidade não procederá do conflito, num
mesmo nível, entre progressistas e reacionários, mas da
irrupção, no âmago mesmo da causa revolucionária
avançada, de um elemento pessoal marcado pelo
acumpliciamento secreto, arcaico e culpável com o
inimigo. Dessa forma, o herói libertador dos sicilianos
nas Vespri é na verdade filho ilegítimo do governador
francês, o trovador, na ópera homônima, é o irmão
perdido de seu próprio perseguidor – e aqui, na Norma, a
sacerdotiza suprema dos gauleses é amante do chefe
romano. É isso o que dilacera a alma, tanto do ator-cantor
como do expectador-ouvinte, e confere a essas
óperas seu caráter trágico.
Acerca dos recursos de coesão
textual, é correto afirmar que
Gabarito “B”
Respeitado o contexto de
ocorrência, assinale o fragmento que está corretamente
entendido.
(Analista – ANS – 2007 – FCC)
(A) Fuga ou golpe político...(linha 10) = Fosse fuga, fosse
reporta-se a um tema, ou objeto de análise, tomado
como o mais relevante para a organização do texto.
(B) o expressão Dessa forma (linha 26) introduz um
comentário de caráter conclusivo, na medida em que
generaliza a afirmação feita anteriormente.
(C) o fragmento aquela tomada de partido em favor do
“bem” (linha 12) recupera, com o acréscimo de um
juízo de valor, o segmento a desejada libertação dos
italianos (linhas 3 e 4).
(Analista – ANS – 2007 – FCC)
golpe político.
(B) ...ganhando uma autonomia relativa... (linha 21) =
embora ganhasse uma autonomia relativa.
(C) ...vinculando-a... (linha 2) = quando a vinculam.
(D) ...e contando com a ajuda inglesa... (linhas 11 e 12)
= porquanto contavam com a ajuda inglesa.
(E) ...cujo número estimado de pessoas... (linha 13) = do
qual o número estimado de pessoas.
(A) o advérbio aqui (linha 29), mais que a um espaço,
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(D) o autor inicia o texto com constatações gerais e, em
seguida, empreende detalhada análise específica de
um caso.
(E) o pronome isso (linha 31) corresponde a uma síntese
de tudo o que se afirmou no texto sobre as óperas e
sua densidade dramática.
A: correta, pois o advérbio aqui retoma o raciocínio anterior do autor e não
se refere a um lugar no mundo. Essa função é legitimada como elemento
de coesão entre as partes do texto; B: incorreta, pois a expressão Dessa
forma é usada para introduzir exemplos das óperas que comprovem a
teoria apresentada no texto anterior à ela. A conclusão por generalização
é apresentada pela expressão “é isso” (Linha 31); C: incorreta, pois o
pronome demonstrativo aquela é usado para a retomada de trechos em
que há dois possíveis referentes no mesmo período, sendo que “aquele”
retoma o mais distante enquanto “esse” retoma o mais próximo. O trecho
retomado pelo pronome em questão é “o posicionamento progressista
nas grandes questões sociais ou nacionais”; D: incorreta, pois a estrutura argumentativa do texto parte de um exemplo específico, a ópera
Norma, para após sua breve análise estrutural estabelecer um padrão
na estrutura geral das óperas da época, e terminar com exemplos dos
conflitos pessoais e gerais em diversas óperas da época; E: incorreta,
pois o pronome tem função conclusiva, mas retoma especificamente o
conflito central das óperas e causa de sua grandiosidade: a oposição entre
situação pessoal dos personagens e sua convicção social.
Gabarito “A”
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC) Está clara, coerente e
correta a redação da seguinte frase:
(A) Conquanto seja impossível a adesão de todos em que
se cumpra os princípios de convívio social, ainda
assim há aqueles que relutam em aceitar tais esforços.
(B) À medida em que desceu Moisés com os mandamentos do monte Sinai, seus seguidores deram-se conta
de que alguns deles paltavam-se pelo princípio da
interdição.
(C) Para que se mantenha um mínimo equilíbrio nas
relações sociais, desde que não se pode permitir casos
de impunidade, onde os infratores ainda pousam de
vitoriosos.
(D) Não é mau auferir benefícios pessoais quando estes
não acarretam, de forma alguma, qualquer tipo de
prejuízo ou restrição ao pleno exercício dos direitos
alheios.
(E) Embora nem sempre seja de fácil aceitação, nem
sempre as sanções deixam de ser necessárias, já que
sem as mesmas correria-se o risco de se voltar ao
estado da barbárie.
A: o verbo transitivo direto concorda com “os princípios”: “em que
se cumpram os princípios de convívio social” (B) “À medida que [não
existe a expressão ‘à medida em que’] desceu Moisés (...) seus seguidores deram-se conta de que alguns deles pautavam-se [ortografia]
pelo princípio da interdição.”; C: “(...) não se pode permitir casos
de impunidade, cujos infratores ainda pousam de vitoriosos.”; D: a
oração da assertiva está correta; E: “Embora nem sempre seja de fácil
aceitação, nem sempre as sanções deixam de ser necessárias, já que,
sem as mesmas, correr-se-ia o risco (...)”.
Gabarito “D”
(Auditor Fiscal/PB – 2006 – FCC) Leia
I.
as frases abaixo:
O leitor perguntaria se as comissões são úteis e necessárias.
II. Com essa CPI, acabaria tudo em pizza, novamente?
III. Os abusos, embora lamentáveis, são frequentes na
vida pública, asseverou o colunista.
Elas se encontram, respectivamente, em discurso
I
II
III
(A)
direto
indireto livre
indireto
(B)
indireto livre
direto
indireto
(C)
indireto
indireto
livre direto
(D)
indireto
direto
indireto livre
(E)
direto
direto
indireto livre
O discurso direto apresenta o personagem em sua voz própria: “Os abusos, embora lamentáveis, são frequentes na vida pública”. O discurso
indireto informa objetivamente o leitor sobre o que o personagem teria
dito: “O leitor perguntaria se as comissões são úteis e necessárias.”
Já o discurso indireto livre aproxima narrador e personagem. A fala
surge no meio da narração sem aviso: “Com essa CPI, acabaria tudo
em pizza, novamente?”.
Gabarito “C”
46
O fiscal e o menino
Já pelos meus dez anos ocupava eu um posto na
Secretaria da Fazenda. A ocupação era informal, não
implicava proventos ou tempo para a aposentadoria,
mas o serviço era regular: acompanhava meu pai,
que era fiscal de rendas, em suas visitas rotineiras aos
comerciantes da cidade. Cada passada dele exigia duas
das minhas, e eu ainda fazia questão de carregar sua
pasta, pesada de processos. Tanto esforço tinha suas
compensações: nos bares ou padarias, o proprietário
lembrava-se de me agradar com doce, salgado ou
refrigerante – o que configurava, como se vê, uma
espécie de pacto entre interesseiros. Outra compensação encontrava eu em desfrutar, ainda que vagamente,
da sombra da autoridade que emana de um fiscal de
rendas. Para fazer justiça: autoridade mesmo meu
pai só mostrava diante desses grandes proprietários
arrogantes, que se julgam acima do bem, do mal e do
fisco. E ai de quem se atrevesse a sugerir um “arranjo”,
por conta da sonegação evidente...
Gostava daquele fiscal. Duro no trato com os filhos
e com a mulher, intempestivo e por vezes injusto ao
julgar os outros, revelava-se um coração mole diante
de um comerciante pobre e em débito com o governo.
Nessas situações, condescendia no prazo de regularização do imposto e instruía o pobre-diabo acerca da
melhor maneira de proceder. Ao dono de um botequim
da zona rural – homem viúvo, carregado de filhos
pequenos, em situação quase falimentar – ajudou
com dinheiro do próprio bolso, para a quitação da
dívida fiscal.
Meu estágio em tal ocupação também aumentou meu
vocabulário: conheci palavras como sisa, sonegação,
guarda-livros, estampilha, mora e outras tantas. A
intimidade com esses termos não implicava que lhes
conhecesse o sentido; na verdade, muitos deles continuam obscuros para mim até hoje. De qualquer modo,
não posso dizer que nunca me interessou a profissão de
fiscal de rendas.
(Júlio Pietrobon das Neves)
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
(A) Essa pequena crônica é reveladora do modo que guar-
damos as imagens mais intensas da infância, de cujos
encantos continuam a nos fascinar pelo tempo a fora,
sobretudo quando se tratam de relações familiares.
(B) Relatos como este vão de encontro à tese de que não
se perdem em nossas memórias aquilo que realmente
nos marcou, confirmando-se assim o poder seletivo
demonstrado pelas mais fortes lembranças.
(C) Uma das artimanhas da memória aqui se confirmam
por que somos capazes de guardar palavras e detalhes reveladores dos tempos da infância, onde nem
suspeitávamos de quão importantes viriam a ser os
mais simples elementos.
(D) Ao deter lembranças de seu pai e dele mesmo, o narrador enfatisa nos traços em que melhor se definia ele,
sem forçar qualquer idealização, uma vez que chega
a salientar no pai seus traços mais duros, de pouca
animosidade.
(E) Fica flagrante a admiração do menino pelo pai, conservada no tempo, capaz de estimular uma crônica
cujo sentimento básico é o de um antigo companheirismo, materializado numa rotina de trabalho.
A seguir, transcrevemos os trechos, com correções. A: “do modo pelo
qual guardamos”, “da infância, [sem o de] cujos encantos”, “tempo
afora”, “quando se trata”; B: “vão ao encontro da tese” [“de encontro”
significa contrariamente]; C: “Uma das artimanhas (...) aqui se confirma,”, “da infância, quando nem suspeitávamos quão importantes”;
D: “enfatiza os traços que melhor definiam-no” [sem o “se”]; E: correto.
Gabarito “E”
Uma outra redação
correta do que se afirma na frase Cada passada dele exigia
duas das minhas é:
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC)
(A) Duas das minhas passadas exigia cada uma das dele.
(B) Exigiam-se duas das minhas passadas cada uma das
dele.
(C) Era exigido, a cada passada dele, duas das minhas.
(D) Duas passadas minhas exigiam cada uma das dele.
(E) A cada passada dele exigia-se duas das minhas.
A oração “Cada passada dele exigia duas das minhas” está colocada
em ordem indireta preservando seu sentido na alternativa A. O sujeito
do verbo exigir é “cada passada dele” e o objeto direto é “duas das
minhas”. A inversão do objeto para antes do verbo não altera a flexão,
pois o verbo concorda, do mesmo modo, com o sujeito “Cada passada”:
“Duas das minhas passadas exigia cada uma das dele.”
Gabarito “A”
(Fiscal de Tributos/Santos-SP – 2005 – FCC)
Está clara e correta a
redação da seguinte frase:
(A) O cronista não postula a questão de honra como o
que tem algo a haver com a ferocidade da vida, à qual
obedece os ditames da nossa natureza e dos nossos
instintos.
(B) O legado de pais a filhos quase sempre constitue
objeto de descrença deles próprios, ocorrendo que
muitas vezes não se tem certeza diante da validade
real dos mesmos.
(C) Ao mesmo tempo que se refere ao delicado sentido
fúnebre do mandamento, o cronista deixa ver que aí
contém uma mensagem de quando eles já estiverem
mortos.
(D) À frieza e à indiferença dos filhos, que via de regra
abandonam os que os geraram, em vez de honrálos,
respondem os pais com a crueldade dos ensinamentos
inúteis.
(E) Fica evidente no texto, a pouca fé que manifesta o cronista do reconhecimento filial, embora nem todos estes
retruquem os pais com a dura resposta do abandono.
A: “O cronista não postula a questão de honra como o que tem algo a ver
com a ferocidade da vida, à qual obedece aos ditames da nossa natureza
e dos nossos instintos.”; B: a redação não está clara. Não se sabe a que
se refere o pronome deles; pode se referir tanto a pais quanto a filhos: “O
legado de pais a filhos quase sempre constitui [erro na grafia do verbo
constituir] objeto de descrença deles próprios, ocorrendo que muitas
vezes não se tem certeza diante da validade real do mesmo [‘o legado’].”;
C: “Ao mesmo tempo a que se refere ao delicado sentido fúnebre do
mandamento, o cronista deixa ver que aí há uma mensagem de quando
eles já estiverem mortos.”; D: “À frieza e à indiferença dos filhos, que via
de regra abandonam [sujeito subentendido: ‘filhos’] os que os geraram,
em vez de honrá-los, respondem [o verbo responder é transitivo direto
e indireto. Nessa oração o verbo possui como objeto indireto ‘à frieza e
à indiferença’. O objeto direto do verbo responder é ‘os pais´] os pais
com a crueldade dos ensinamentos inúteis.”; E: o pronome anafórico
estes não tinha referente na oração: “Fica evidente no texto, a pouca fé
que manifesta o cronista em relação ao reconhecimento filial, embora
nem todos retruquem os pais com a dura resposta do abandono.”
Gabarito “D”
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) Está clara e correta a
redação do seguinte comentário sobre o texto:
47
(Analista – BACEN – 2005 – FCC)
Leia atentamente o texto que
segue.
CONSTITUCIONALISMOS PERVERSOS
Na União Europeia, os franceses e os holandeses, recentemente, disseram não a um projeto constitucional mais
interessado em constitucionalizar o mercado do que a
democracia. Também os quenianos disseram não a um
projeto constitucional que nasceu como um dos mais
progressistas da África, mas que nos últimos anos fora
totalmente adulterado pelo presidente Kibaki para concentrar em si e no governo central poderes excessivos e
pouco susceptíveis de controle democrático. O fato de
ambas as tentativas terem falhado é, em si mesmo, animador. Significa que, quando o processo constitucional
é usado para virar a soberania do povo contra o povo e
o exercício da cidadania contra cidadania, dizer não à
Constituição é ato de afirmação democrática. Que isto
aconteça tanto na Europa como na África é sinal de que
a globalização dos mercados livres terá de conviver cada
vez mais com a globalização dos cidadãos livres.
(Boaventura de Sousa Santos, sociólogo e professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra) [http://agenciacartamaior. uol.com.br - 08/12/2005]
Redija uma dissertação, na qual você se posicione em
relação às ideias presentes no texto acima, dando relevo
às afirmações que nele se encontram sublinhadas.
A dissertação deverá ter uma extensão mínima de 20
linhas e máxima de 30 linhas.
Uma das funções de uma constituição é proteger o cidadão comum
contra o poder do Estado e de outros grupos de força, como os das
entidades econômicas. Quando um político com vocação para ditador
ou grupos com interesses contrariados pelas garantias constitucionais
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ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
podem suprimir essa proteção, nem todos hesitam em fazê-lo. Quando
condições várias não permitem essa saída radical, há ainda o recurso
de, por medidas constitucionais, descaracterizar a constituição nesse
aspecto: os abusos cobrem-se de uma roupagem legal. O sociólogo
comenta dois eventos, em que, segundo sua análise, essa tentativa ocorreu. Ele também comemora o desfecho positivo desses episódios: os
cidadãos chamados a votar para efetivar o arbítrio tiveram a percepção
necessária para derrotá-lo. Assim, o processo ardiloso da manipulação
da opinião revela seu aspecto positivo, em vez da resistência armada
que um golpe exigiria, nesse caso basta o discernimento do que de fato
vai ao encontro das aspirações democráticas, do que pode se tirar uma
conclusão que pode ser a tese da dissertação: a necessidade de cultura
política para se saber o que caracteriza uma democracia de fato. Não se
pode deixar de comentar que muitos dos grupos de interesse econômico
a partir da globalização se tornam internacionais e potencializam seu
poder de atuação desafiando direitos individuais e soberanias nacionais.
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
Considere
as informações abaixo:
O Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor,
Deputado Federal XYZ dos Reis, convocou reunião para
as 15:00 h do dia 04/06/07. Na data aprazada, contou
com a presença dos Deputados Federais A, B, C, D e E,
para tratar de questões referentes ao combate à pirataria.
última, frequentemente se observam preocupações
quanto ao custo social da provisão extra de atenção
requerida pelo paciente e quanto a sua eventual perda
de produtividade. Há, ainda, a questão da violência
associada a certos distúrbios. O temor da violência tem
sido, com efeito, usado como justificativa para a postura
favorável à internação de portadores de alguns tipos de
transtornos em estabelecimentos específicos.
(ZWARTES, Thaís. Transtornos
psiquiátricos e relações sociais.
Disponível em www.saudemental.com.br.
Acesso em 23 de janeiro de 2007).
Texto 2:
Não entendo por que é tão difícil conseguir os comprimidos. O governo gasta muito mais com a internação do que
gastaria com o fornecimento regular de medicamentos.
Com a internação, tem café da manhã, lanche, almoço às
11h, lanche, jantar às 17h, lanche. E ainda tem a despesa
com roupa de cama e isso e aquilo.
(Adaptado de FIGUEIREDO, João Antônio Pereira,
portador de esquizofrenia, em entrevista a O Estado
de São Paulo. São Paulo, 13 de fevereiro de 2007,
Caderno A, p. 14).
Assuntos abordados:
1) avaliação de resultados de medidas em andamento;
2) criação de campanha educativa;
3) apoio à tramitação de alterações legislativas relacionadas à apreensão de produtos pirateados.
A reunião foi encerrada duas horas e quinze minutos após
o início, com impasse surgido na discussão.
O Presidente determinou nova reunião, às 16:00 h do
próximo dia 14/06, e convocação do Diretor da Fundação
ICL – Instituto do Cidadão Legal, especialista no assunto,
para esclarecimentos necessários.
O Técnico Legislativo, Assistente Administrativo do apoio
legislativo, Senhor MNO dos Santos, foi designado para
elaborar o registro dos fatos.
Redija o documento apropriado, criando uma situação
compatível com o desenvolvimento da reunião, a partir
dos dados apresentados.
A redação deverá obedecer ao limite máximo de 30
linhas e respeitar o disposto no Manual de Redação da
Câmara dos Deputados.
Essa proposta é bastante trabalhosa. Em primeiro lugar, o candidato tem
que identificar, com base nos documentos administrativos elencados no
Manual de Redação da Câmara dos Deputados, qual deles é adequado
para o tipo de texto pedido: trata-se do relatório (8.3.11; pág. 293). Em
seguida, a partir do seu conhecimento sobre a questão da pirataria,
ele deve pensar num impasse possível para a reunião do dia 4 e no
tipo de esclarecimentos que o Diretor da Fundação ICL pode prestar à
Comissão de Defesa do Consumidor, que poderia ser uma solução para
o impasse. Depois deve elaborar os eventos que marcaram a reunião do
dia 14, principalmente se o impasse foi resolvido e quais as medidas
que terão de ser tomadas. Por fim, deve fazer a redação com o registro
desses eventos, de acordo com as orientações do modelo de relatório.
(Analista – ANS – 2007 – FCC) Leia atentamente os textos abaixo.
Texto 1:
Os transtornos psiquiátricos têm forte impacto sobre o
indivíduo, a família e a comunidade. Em relação a esta
Texto 3:
Nos casos de internação, acho que ela deveria ocorrer
nos hospitais gerais. O único paciente que é tratado em
um espaço separado é o que sofre de doença mental. É
importante quebrar esse estigma, que ainda é muito forte.
(BRASIL, Marco Antônio, psiquiatra e professor da UFRJ, em
entrevista a O Estado de São Paulo. São Paulo,
13 de fevereiro de 2007, Caderno A, p. 14).
Redija uma dissertação em que você exponha e defenda,
com argumentos pertinentes, um ponto de vista sobre o
tema comum aos textos acima.
Sua redação, em prosa, deve ter entre 20 e 30 linhas e
respeitar a norma culta da Língua Portuguesa.
A proposta é bastante ampla, permitindo abordagens diversas. Deve o
candidato, contudo, atentar para a identificação do tema comum aos três
textos da coletânea. Eles tratam da questão do tratamento dos transtornos psiquiátricos, sendo um tópico comum a questão da internação.
No primeiro, o autor informa, sem emitir claramente juízo de valor, que
o temor da violência associada a certos distúrbios mentais tem sido
usado como justificativa para a internação; no segundo, o depoimento
de um portador de esquizofrenia, há uma queixa quanto à falta de
remédios que seriam distribuídos pela rede pública, ele argumenta
que os custos com a internação superam em muito os da aquisição da
medicação; no terceiro, pede-se a quebra do estigma do tratamento
em espaço separado dos doentes mentais. Percebe-se, assim, sugerido
no primeiro parágrafo e francamente presente nos dois últimos, uma
postura crítica quanto ao tratamento por internação dos portadores de
distúrbio mental. Essa seria, portanto, uma boa tese para o concursando
adotar. Quanto aos argumentos, além do custo para a família e para
o Estado e da discriminação, poder-se-iam destacar questões como a
necessidade primeira, para se garantir a dignidade do indivíduo, de se
fazer um esforço de integração do paciente, do que se optar pelo mais
“fácil” que é a sua exclusão social; ou os abusos por vezes noticiados
na imprensa de famílias que recorrem à desculpa da doença mental
para se livrar, às vezes por interesse material, de um membro seu.
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
Já é abordável, não é mais um mistério total. Estamos
longe, porém, de poder interferir e prevenir facilmente,
sabendo que é muito cômodo tentarmos encapsular a
loucura dentro dos muros de um manicômio da mesma
forma que tentamos encapsular a marginalidade dentro
dos muros das prisões e tentamos, enquanto organizados
como estamos hoje, estabelecer uma espécie de cordão
sanitário protetor a respeito de um sem-número de assuntos, na ilusão de que somos capazes de remeter para uma
periferia remota questões absolutamente centrais.
A partir dos ensinamentos da psicanálise, já estamos relativamente habituados ao fato de que todos os fenômenos
ocorrem com todos. Eventualmente, varia um pouco o
grau de intensidade, claro que varia de acordo com as
capacidades, tendências e talentos individuais, mas não
há um fenômeno humano que se passe com determinado
homem que seja estranho a outro.
Assim, podemos deixar a proteção ilusória do cordão
sanitário.
Gostaria de realizar um esforço e tentar apreender o
fenômeno antes de analisá-lo; na medida do possível,
sem diminuí-lo ou exagerá-lo, mas numa tentativa de
observá-lo.
O tema nos toca emocionalmente, pois se refere inevitavelmente a um sofrimento, não a qualquer sofrimento,
talvez aos limites do sofrimento humano, quando se
resolve por uma morte mental num último esforço para
sobreviver antes de sucumbir também biologicamente.
Como vejo esse sofrimento? E de outra parte, como o
mundo me aparece a partir desse sofrimento?
(LANDA, Fábio. “Olhar louco”. In Adauto Novaes (org.).
O olhar. São Paulo: Companhia das letras,
1988, p. 425.)
É necessário que o candidato tenha bem claro para si que ele não deve
expressar suas opiniões sobre o assunto, o texto pedido é uma paráfrase e, portanto, o desafio é compreender bem o significado do texto
original e conseguir reproduzir com outras palavras o seu conteúdo.
Ao abordar o tema da loucura, o autor mostra que ela não é exclusiva
daqueles que são chamados de loucos, está disseminada por todos
os seres humanos, havendo apenas diferenças de grau. Pode-se ainda
explorar as questões do isolamento dos loucos como uma tentativa vã
de isolamento da própria loucura, já que, como dito, se reconhece que
ela está presente também nos considerados normais.
3. CONCORDÂNCIA VERBAL E CONCORDÂNCIA
NOMINAL
As normas de concordância
verbal estão plenamente observadas na frase:
(Analista – TRT/1ª – 2012 – FCC)
(A) Cabem a cada um dos usuários de uma língua escolher
as palavras que mais lhes parecem convenientes.
segundo lhe parecia certo, viessem a impressionar
os ouvidos de meu pai.
(C) As palavras que usamos não valem apenas pelo que
significam no dicionário, mas também segundo o
contexto em que se emprega.
(D) Muita gente se vale da prática de utilizar termos, para
intimidar o oponente, numa polêmica, que demandem uma consulta ao dicionário.
(E) Não convém policiar as palavras que se pronuncia
numa conversa informal, quando impera a espontaneidade da fala.
A: incorreta. Deveria constar “cabe” e “parece”, no singular, para concordar
com “cada um”; B: incorreta. Deveria constar “viesse”, no singular, para
concordar com “palavrório”; C: incorreta. Deveria constar “empregam” para
concordar com “palavras”; D: correta. As normas de concordância verbal
foram integralmente respeitadas no trecho; E: incorreta, Deveria constar
“pronunciam”, no plural, para concordar com “palavras”.
A concordância verbal está
plenamente observada na frase:
(Analista – TRT/6ª – 2012 – FCC)
(A) Provocam muitas polêmicas, entre crentes e materia-
listas, o posicionamento de alguns religiosos e parlamentares acerca da educação religiosa nas escolas
públicas.
(B) Sempre deverão haver bons motivos, junto àqueles
que são contra a obrigatoriedade do ensino religioso,
para se reservar essa prática a setores da iniciativa
privada.
(C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do texto,
contra os que votam a favor do ensino religioso na
escola pública, consistem nos altos custos econômicos
que acarretarão tal medida.
(D) O número de templos em atividade na cidade de São
Paulo vêm gradativamente aumentando, em proporção maior do que ocorrem com o número de escolas
públicas.
(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação como
a regulação natural do mercado sinalizam para as
inconveniências que adviriam da adoção do ensino
religioso nas escolas públicas.
A: incorreta. O verbo “provocar” deveria estar no singular (“provoca”)
para concordar com o sujeito “o posicionamento”; B: incorreta. “Haver”,
com sentido de existir, é impessoal e não se flexiona mesmo quando
acompanhado de verbo auxiliar. Com isso, o correto é “deve haver”; C:
incorreta. “Consistir” deveria permanecer no singular (“consiste”), para
concordar com a expressão “um dos (...)”; D: incorreta. O verbo “vir”
deve permanecer no singular (“vem”) para concordar com “o número”;
E: correta. Todos os verbos atendem aos preceitos da concordância
determinados pela gramática.
Gabarito “E”
Ao nos depararmos com o tema loucura, temos alguns
pontos de partida, algumas notas de abordagem, alguma
compreensão, mas por enquanto é um fenômeno que
nos aparece e se nos defronta com a máxima agudeza e
simplicidade, máxima intensidade e mínima mediação.
(B) D. Glorinha valeu-se de um palavrório pelo qual,
Gabarito “D”
Leia o
texto cuidadosamente, procurando captar suas ideias
essenciais, na progressão e no encadeamento em que
aparecem. Apresente, com suas próprias palavras, esses
pontos mais importantes.
(Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
49
(Analista – TRT/6ª – 2012 – FCC) O verbo indicado entre parênteses deve flexionar-se no plural para preencher corretamente a lacuna da seguinte frase:
(A) Nenhuma das concepções de dignidade, postuladas
por diferentes crenças, ...... (alcançar) uma validade
efetivamente universal.
(B) Não se ...... (atribuir) às burocracias, nesse texto, o
mérito de tomar a iniciativa de atender aos interesses
públicos.
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ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
dom Odilo Scherer, ...... (constituir) um profundo
desrespeito aos mais pobres.
(D) Raramente se ...... (dispensar) aos mais pobres o
mesmo cuidado médico das clínicas particulares.
(E) Quantas vezes já se ...... (aplicar) aos burocratas dos
serviços essenciais alguma sanção por sua negligente
abulia?
A: incorreta. O verbo “alcançar” deve ser flexionado no singular para
concordar com “nenhuma”; B: incorreta. O verbo “atribuir” deve ser conjugado no singular porque se trata de sujeito indeterminado; C: correta.
Com efeito, o verbo “constituir” vai para o plural para concordar com
“a terceirização e a comercialização”, sujeito composto; D: incorreta. A
oração está na voz passiva sintética, cujo sujeito é “o mesmo cuidado
médico” – singular, portanto; E: incorreta. “Aplicar” deve concordar
com “alguma sanção”, ou seja, fica no singular.
Gabarito “C”
(Analista – TRT9 – 2012 – FCC) A
frase em que todos os verbos
estão corretamente flexionados é:
(A) Quem se dispor a ler a obra seminal de Hobsbawm
sobre as revoluções do final do século XVIII à primeira
metade do XIX jamais protestará contra o tempo gasto
e o esforço despendido.
(B) As reflexões sobre a Revolução Francesa de 1789
requerem muito cuidado para que não se perca de
vista a complexidade que as afirmações categóricas
tendem a desconsiderar.
(C) Os revolucionários de 1789 talvez não previssem,
ou sequer imaginassem, o impacto que o movimento
iniciado na França teria na história de praticamente
toda a humanidade.
(D) Se as pessoas não se desfazerem da imagem que
cultivam de Napoleão, nunca deixarão de acreditar
que o talento pessoal é o principal ou mesmo a único
requisito para a obtenção do sucesso.
(E) Quando se pensa na história universal, nada parece
tão disseminado no imaginário popular, sobretudo no
ocidente, do que as imagens que adviram da Revolução Francesa de 1789.
A: incorreta. A conjugação da terceira pessoa do singular do verbo
“dispor” no futuro do subjuntivo é “dispuser”; B: correta. Todos os
verbos estão conjugados corretamente nesse período; C: incorreta. A
conjugação da terceira pessoa do plural do verbo “prever” no pretérito
imperfeito do subjuntivo é “previssem”; D: incorreta. A conjugação da
terceira pessoa do plural do verbo “desfazer” do futuro do subjuntivo
é “desfizerem”; E: incorreta. A conjugação da terceira pessoa do plural
do verbo “advir” no pretérito perfeito do indicativo é “advieram”.
Gabarito “B”
(Analista – TRT9 – 2012 – FCC) As normas de concordância estão
plenamente respeitadas na frase:
(A) Cada um dos filmes dirigidos por Glauber Rocha
apresentavam um caráter revolucionário único.
(B) A maioria dos integrantes do movimento conhecido
como Cinema Novo estava profundamente interessada
nos problemas sociais do país.
(C) Muitas expressões artísticas, como o neorrealismo italiano, contribuiu para o desenvolvimento do Cinema
Novo.
(D) A maior parte dos cineastas envolvidos com o Cinema
Novo integravam um grupo que tentavam novos
caminhos para o cinema nacional.
(E) O Tropicalismo, em que Caetano Veloso e Gilberto Gil
se projetou, e o Cinema Novo, cujo principal expoente
foi Glauber Rocha, se configura como movimentos
artísticos expressivos no século XX.
A: incorreta. O certo seria “apresentava”, para rimar com “cada um”;
B: correta. Todas as normas de concordância foram respeitadas no
período; C: incorreta. O certo seria “contribuíram”, para concordar
com “muitas expressões artísticas”; D: incorreta. O certo seria “tentava”, para concordar com “a maior parte”; E: incorreta. O certo seria
“configuram”, para concordar com “O Tropicalismo (...) e o Cinema
Novo” (sujeito composto).
As normas de concordância
verbal encontram-se plenamente observadas em:
(Analista – TRT/11ª – 2012 – FCC)
(A) A utilidade dos dicionários, mormente quando se
trata de palavras polissêmicas, manifestam-se nas
argumentações ideológicas.
(B) Não se notam, entre os preconceituosos, qualquer
disposição para discutir o sentido de um juízo e as
consequências de sua difusão.
(C) Não convém aos injustiçados reclamar por igualdade
de tratamento quando esta pode levá-los a permanecer
na situação de desigualdade.
(D) Como discernimento e preconceito são duas acepções
de discriminação, hão que se esclarecer o sentido
pretendido.
(E) Uma das maneiras mais odiosas de refutar os argumentos de alguém surgem na utilização de preconceitos
já cristalizados.
A: incorreta. Deveria constar “manifesta-se”, no singular, para concordar com “a utilidade”; B: incorreta. Deveria constar “nota”, no singular,
para concordar com “qualquer disposição”; C: correta. Todas as normas
de concordância verbal foram respeitadas no período; D: incorreta.
Deveria constar “há”, no singular, para concordar com “o sentido”; E:
incorreta. Deveria constar “surge”, no singular, para concordar com
o numeral “uma”.
Gabarito “C”
(C) A terceirização e a comercialização da saúde, para
Gabarito “B”
50
(Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC)
A redação correta é:
(A) Em se cuidando dessa doença no início, não existe
dúvidas de que haverá cura – é o que os Estados
Unidos, recentemente, provou ao mundo.
(B) Desejando intensamente alçar-se diretor e ele passou
a agir com zelo e discrição, não exitando em exceder
suas funções e o horário do fim do expediente.
(C) A regente insistiu junto à auxiliar que caberia à ela
falar com a imprensa e nós, não aquiecendo, impusemos que a mídia tem de lidar com nós mesmos, os
funcionários.
(D) Diz-se que o tio é mais bom do que preparado, mas o
convívio com a adolescente tem sido dulcíssimo, em
que lhe pesem os excessivos maus humores da jovem.
(E) Pai extremoso, ele soe ser o melhor conselheiro dos
filhos, salvo se o exacerbam os ânimos ao reincidirem
pela enésima vez no mesmo erro.
A: “não existem dúvidas (...) os Estados Unidos, recentemente,
provaram ao mundo”; B: “alçar-se a diretor (...) não hesitando”; C:
“que caberia a ela [não ocorre a crase. O verbo regente caber exige
a preposição a, porém não há artigo antes de pronome pessoal] (...)
não aquiescendo [não consentindo], impusemos que a mídia teria de
lidar”; D: note que o vocábulo bom está sendo usado como adjetivo na
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
Gabarito “D”
Estão plenamente observadas
as normas de concordância verbal na frase:
(Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC)
(A) Ao se revogarem o emprego de carros-placa na
propaganda imobiliária, poupou-se a todos uma
demonstração de mau gosto.
(B) Não sensibilizavam aos possíveis interessados em
apartamentos de luxo a visão grotesca daqueles velhos
carros-placa.
(C) Destinam-se aos homens-placa um lugar visível nas
ruas e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a
visibilidade social.
(D) As duas tábuas em que se comprimem o famigerado
homem-placa carregam ditos que soam irônicos,
como “compro ouro”.
(E) Não se compara aos vexames dos homens-placa a
exposição pública a que se submetem os guardadores
de carros.
A: “Ao se revogar o emprego”; “pouparam-se a todos”; B: “Não sensibilizava (...) a visão” - o sujeito do verbo transitivo direto sensibilizar
é “a visão”. Podemos reescrever a oração na ordem direta, facilitando
a compreensão: “A visão grotesca daqueles velhos carros-placa não
sensibilizava os [sem preposição] possíveis interessados”; C: “Destina-se
aos homens-placa [objeto indireto do verbo destinar] um lugar visível
[o verbo concorda com “um lugar visível”] nas ruas e nas praças”; D:
“em que o famigerado homem-placa se comprime”. O sujeito do verbo
comprimir é “famigerado homem-placa”, sujeito no singular, verbo no
singular. E: fica mais clara a oração da alternativa E se alterarmos a ordem:
“A exposição pública [a que os guardadores de carros se submetem] não
se compara aos vexames dos homens-placa.” Essa é a alternativa correta.
(Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para
preencher adequadamente a lacuna da frase:
(A) Agrada aos extremistas propagar que, a menos que se
...... (quebrar) ovos, nunca se fará uma omelete.
(B) Aos sádicos ...... (dever) agradar ouvir os ovos que-
brando- se, como preâmbulo de uma omelete.
(C) Os ovos de que se ...... (compor) a omelete ilustram
o caso em que a violência de um ato se justifica pela
causa a que serve.
(D) A todos os meios extremos ...... (costumar) corresponder, segundo os radicais, uma justificativa aceitável.
(E) Mesmo aos maiores sádicos ...... (poder) ocorrer
uma certa direção de argumentos para justificar seus
horrores.
A: em “a menos que se quebrem ovos”, o verbo transitivo direto quebrar
concorda no plural com o sujeito da passiva (“ovos sejam quebrados”);
B: o sujeito da locução verbal “deve agradar” é oracional: “ouvir os ovos
quebrando deve agradar”. O verbo deve permanecer no singular; C: em
“de que se compõe a omelete”, o verbo transitivo direto compor concorda no singular com o sujeito da passiva (“a omelete é composta”):
“Os ovos de que é composta a omelete ilustram (os ovos ilustram)”
ou “Os ovos de que se compõe a omelete ilustram”. O sujeito do verbo
ilustrar é “ovos”; D: “Uma justificativa aceitável costuma corresponder,
segundo os radicais, a todos os meios extremos”. A oração foi colocada
na ordem direta. Veja que o sujeito do verbo costumar é “Uma justificativa aceitável” e o objeto indireto é “a todos os meios extremos.”. O
verbo concorda, no singular, como sujeito; E: o sujeito da locução “pode
ocorrer” é “uma certa direção de argumentos”. O núcleo do sujeito é
singular, a locução verbal fica no singular.
Gabarito “A”
comparação “o tio é mais bom [bondoso] do que preparado”; E: o verbo
defectivo soer (“ele sói ser o melhor conselheiro”) tem a acepção de
“habituar, costumar”. É um verbo pouquíssimo usado hodiernamente.
51
As normas de concordância
verbal estão plenamente atendidas na frase:
(Analista – TRT/20ª – 2011 – FCC)
Gabarito “E”
(A) Interessava aos antigos professores de português suscitar
O crítico José Onofre disse uma vez que a frase “não se
faz uma omelete sem quebrar ovos” é muito repetida por
gente que não gosta de omelete, gosta do barulhinho
dos ovos sendo quebrados. Extrema esquerda e extrema
direita se parecem não porque amam seus ideais, mas
porque amam os extremos, têm o gosto pelo crec-crec.
A metáfora da omelete é “o fim justifica os meios”, em
linguagem de cozinha. O fim justificaria todos os meios
extremos de catequização e purificação, já que o fim é
uma humanidade melhor – só variando de extremo para
extremo o conceito de “melhor”.
Todos os fins são nobres para quem os justifica, seja
uma sociedade sem descrentes, sem classes ou sem
raças impuras. O próprio sacrifício de ovos pelo sacrifício de ovos tem uma genealogia respeitável, a ideia de
regeneração (dos outros) pelo sofrimento e pelo sangue
acompanha a humanidade desde as primeiras cavernas.
Ou seja, até os sádicos têm bons argumentos. Mas o fim
das ideologias teria decretado o fim do horror terapêutico,
do mito da salvação pela purgação que o século passado
estatizou e transformou no seu mito mais destrutivo.
O fracasso do comunismo na prática acabou com a desculpa, racional ou irracional, para o stalinismo. O tempo não
redimiu o horror, o fim foi só a última condenação dos meios.
(Adaptado de: Luis Fernando Verissimo,
O mundo é bárbaro)
nos alunos o gosto pelos efeitos de retórica nas redações.
(B) A nenhum dos professores do ginásio ocorreriam
imaginar que a linguagem falada pode ser um registro
de alto valor estético.
(C) Nos dois trechos citados de Graciliano Ramos
encontram-se elementos da linguagem falada a que
não faltam vivacidade.
(D) O autor faz votos de que aos bons gramáticos se reservem, por justas razões, acomodação privilegiada no céu.
(E) Graças às convicções de que Graciliano não abriam
mão, acabou produzindo uma obra-prima em estilo
seco e incisivo.
A: o sujeito do verbo interessar é oracional “suscitar nos alunos o gosto
(...) interessava aos antigos professores”. A concordância no singular
está correta; B: o verbo ocorrer deve ficar o singular, concordando com
“A nenhum dos professores” (sujeito); C: “a que não falta vivacidade”;
o sujeito do verbo faltar é “vivacidade”; D: “aos bons gramáticos se
reserve (...) acomodação privilegiada no céu”; o verbo reservar concorda
com o sujeito da passiva (“acomodação”), no singular; E: o sujeito do
verbo abrir é “Graciliano”. Sujeito singular, verbo no singular: “de que
Graciliano não abria mão”.
Gabarito “A”
Meios e fins
As normas de concordância
verbal estão plenamente respeitadas na frase:
(Analista – TRT/23ª – 2011 – FCC)
(A) Havendo quem vos pretendam convencer de que a
pena de morte é necessária, perguntem onde e quando
ela já se provou indiscutivelmente eficaz.
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52
ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
(B) Entre os cidadãos de todos os países nunca deixarão
de haver, por força do nosso instinto de violência, os
que propugnam pela pena de morte.
(C) Destaca-se, entre as qualidades de Voltaire, suas
tiradas irônicas e seu humor ferino, armas de que se
valia em suas pregações de homem liberal.
(D) Embora remontem aos hábitos das sociedades mais
violentas do passado, a pena de talião ainda goza de
prestígio entre cidadãos que se dizem civilizados.
(E) Opõe-se às ideias libertárias de Voltaire, um lúcido
pensador iluminista, a violência das penas irracionais
que se aplicam em nome da justiça.
A: “quem pretenda convencer [a vós] (...) pergunte”; B: deixará de
haver; C: “Destacam-se (...) suas tiradas”; D: “Embora [a pena de talião]
remonte”; E: o verbo opor concorda com “a violência”, no singular. O
verbo aplicar concorda com “penas irracionais”, no plural.
Gabarito “E”
As normas de concordância
verbal estão plenamente respeitadas na frase:
(Analista – TRT/24ª – 2011 – FCC)
(A) No passado, com as qualificações escrita, falada e
televisada pretendiam-se designar toda a abrangência
das formas de comunicação jornalística.
(B) A multiplicação de tantos autores anônimos de blogs
acabaram por representar uma séria concorrência para
os profissionais da comunicação.
(C) Em nossos dias, cabem a quaisquer cidadãos tomar a
iniciativa de criar um blog para neles desenvolverem
seus temas e pontos de vista.
(D) Já não se opõem, num blog, a instância do que seja de
interesse privado e a instância do que seja de interesse
público.
(E) Permitem-se aos seguidores de um blog levantar
discordância quanto às linhas de argumentação
desenvolvidas por seu autor.
A: “pretendia-se designar”; B: “A multiplicação (...) acabou por representar”; C: “tomar a iniciativa (...) cabe a quaisquer”; D: o sujeito do
verbo opor é composto “instância do (....) privado” e “instância do (...)
público”; E: “Permite-se (...) levantar”.
Gabarito “D”
(Analista – TRT/2ª – 2008 – FCC) As normas de concordância
verbal estão plenamente respeitadas em:
(A) Costumam haver nas pessoas extrovertidas traços
marcantes de timidez.
(B) Não se devem imputar aos muito tímidos a culpa por
sua notoriedade.
comuns. Todos nós reconhecemos que, em qualquer
atividade humana, a inexistência de parâmetros normativos implica o estado de barbárie, no qual prevalece a
mais dura e irracional das justificativas: a lei do mais
forte, também conhecida, não por acaso, como “a lei da
selva”. É nessa condição que vivem os animais, relacionando-se sob o exclusivo impulso dos instintos. Mas o
homo sapiens afirmou-se como tal exatamente quando
estabeleceu critérios de controle dos impulsos primitivos.
Variando de cultura para cultura, as regras de convívio
existem para dar base e estabilidade às relações entre
os homens. Não decorrem, aliás, apenas de iniciativas
reconhecidas simplesmente como humanas: podem
apresentar-se como manifestações da vontade divina,
como valores supremos, por vezes apresentados como
eternos. Os dez mandamentos ditados por Deus a Moisés são um exemplo claro de que a religião toma para
si a tarefa de orientar a conduta humana por meio de
princípios fundamentais. No caso da lei mosaica, um
desses princípios é o da interdição: “Não matarás”, “Não
cobiçarás a mulher do próximo” etc. Ou seja: está suposto
nesses mandamentos que o ponto de partida para a boa
conduta é o reconhecimento daquilo que não pode ser
permitido, daquilo que representa o limite de nossa
vontade e de nossas ações.
Nas sociedades modernas, os textos constitucionais e os
regulamentos de todo tipo multiplicam-se e sofisticam-se,
mas permanece como sustentação delas a ideia de que
os direitos e os deveres dizem respeito a todos e têm por
finalidade o bem comum. Para garantia do cumprimento
dos princípios, instituem-se as sanções para quem os
ignore. A penalidade aplicada ao indivíduo transgressor
é a garantia da validade social da norma transgredida.
Por isso, a impunidade, uma vez manifesta, quebra inteiramente a relação de equilíbrio entre direitos e deveres
comuns, e passa a constituir um exemplo de delito
vantajoso: aquele em que o sujeito pode tirar proveito
pessoal de uma regra exatamente por tê-la infringido.
Abuso de poder, corrupção, tráfico de influências, quando
não seguidos de punição exemplar, tornam-se estímulos
para uma prática delituosa generalizada. Um dos maiores
desafios da nossa sociedade é o de não permitir a proliferação desses casos. Se o ideal da civilização é permitir
que todos os indivíduos vivam e convivam sob os mesmos
princípios éticos acordados, a quebra desse acordo é a
negação mesma desse ideal da humanidade.
(C) Não deixam de ocorrer a um tímido as vantagens de
(Inácio Leal Pontes)
sua timidez.
(D) Interessam a certos extrovertidos encobrir aspectos de
sua timidez.
(E) O fato de serem tímidas não impossibilitam as pessoas
de serem notadas.
A: o verbo haver no sentido de existir é impessoal e permanece na 3ª
pessoa do singular: “Costuma haver”; B: “Não se deve imputar” concorda com “a culpa por sua notoriedade”, no singular; C: está correta:
a locução verbal concorda com “as vantagens” no plural; D: o sujeito
do verbo impossibilitar é singular: “O fato”.
Gabarito “C”
O homem ainda não encontrou uma forma de organização social que dispense regras de conduta, princípios
de valor, discriminação objetiva de direitos e deveres
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC) A
concordância verbal
estabelece-se plena e adequadamente em:
(A) Para que o cumprimento de todos os princípios fun-
damentais seja garantido, devem especificar-se as
sanções.
(B) No caso de que se infrinja as normas e os princípios,
hão de se lançar mão das sanções correspondentes.
(C) Constituem um dos exemplos de delitos vantajosos
o caso em que o detentor de um poder abuse de sua
autoridade.
(D) Não houvesse sido criadas quaisquer regras de convívio, estaríamos todos vivendo sob o comando de
nossos instintos mais primitivos.
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
A: a concordância verbal está corretamente estabelecida nessa assertiva;
B: o verbo infringir deve estar no plural para concordar com “as normas
e os princípios”. O pronome se é apassivador: “No caso de infringirem-se as normas e os princípios (...)”; C: o verbo constituir deve se manter
no singular e concordar com: “o caso em que o detentor de um poder
abuse de sua autoridade constitui um dos exemplos de delitos (...)”;
D: a locução verbal “não houvessem sido criadas” concorda com
o sujeito no plural: “Não houvessem sido criadas quaisquer regras
de convívio (...)”; E: o verbo impor concorda com a palavra que: “O
que nos mandamentos de Moisés se impõe como um dos princípios
fundamentais é a necessidade de reconhecimento dos nossos limites.
Gabarito “A”
(Auditor Fiscal/PB – 2006 – FCC) De
acordo com a norma culta,
a concordância verbal está correta APENAS na frase:
(A) O autor disse que existe comissões parlamentares
válidas e competentes.
(B) Haviam perguntas que não foram respondidas durante
o interrogatório.
(C) Em toda a parte do mundo podem haver políticos
corruptos.
(D) É necessário reconhecer que algumas atitudes que
fere os princípios éticos precisam serem punidas.
(E) Já faz cinco sessões que os deputados não votam
nenhuma proposta do governo.
A: O verbo concorda com o sujeito: “O autor disse que existem comissões
parlamentares válidas e competentes.”; B: Não há flexão do verbo haver no
sentido de existir. Nesse sentido, o verbo é impessoal e não tem sujeito,
por isso, fica sempre na 3ª pessoa do singular: “Havia perguntas que não
foram respondidas durante o interrogatório.”; C: Novamente aparece o
verbo haver na acepção de existir (impessoal): “Em toda a parte do mundo
pode haver políticos corruptos.”; D: Notar que o sujeito do verbo ferir é
o pronome relativo que (o pronome se refere a “algumas atitudes”). O
verbo cujo sujeito é o pronome relativo que deve sempre concordar com
o antecedente deste pronome: “É necessário reconhecer que algumas
atitudes que ferem os princípios éticos precisam ser punidas.”. Também
não há flexão do infinitivo ser; E: Nesta oração, o verbo fazer é impessoal
e permanece na 3ª Pessoa do singular: “Já faz cinco sessões que os
deputados não votam nenhuma proposta do governo.”
Gabarito “E”
A frase que está totalmente de acordo com o padrão culto da língua é:
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC)
(A) Todos reconheceram que Vossa Senhoria, a despeito
da exiguidade do vosso tempo, sempre recebeu os
estudiosos do assunto e lhes deu grande apôio.
(B) Sob a rubrica de “As grandes explorações”, o autor
leu muito do que lhe sucitou interesse pelo tema e
desejo de pôr em discussão algumas questões.
(C) Certas pessoas consideram ultrage a hesitação em
associar o início da modernidade à Descartes, mas a
questão não pára por aí: há pontos mais complexos
em discussão.
(D) As reflexões do iminente estudioso, insertas em texto
bastante acessível ao leigo, nada têm daquele teor
iracível e tendencioso que se nota em algumas obras
polêmicas.
(E) Disse adivinhar o que alguns detratores diriam acerca
de questões polêmicas como a de rever o significado
assente de fatos históricos: “é mera questão de querer
auferir prestígio”.
A: “(...) a despeito da exiguidade [sem trema de acordo com o novo
acordo ortográfico da Língua Portuguesa] do seu tempo (...) e lhes
deu grande apoio [sem acento].”; B: “(...) o autor leu muito do que
lhe suscitou [ortografia] interesse (...)”; C: “(...) ultraje [ortografia] a
hesitação em associar o início da modernidade a [não ocorre a crase]
Descartes, mas a questão não para [sem acento diferencial de acordo
com o novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa] por aí (...).” D:
“As reflexões do eminente [importante] estudioso (...) nada têm daquele
teor irascível [que se irrita com facilidade] (...)”; E: a frase está de acordo
com o padrão culto da língua.
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) A frase que respeita o
padrão culto no que se refere à flexão é:
(A) No caso de proporem um diálogo sem pseudodile-
mas teóricos, o professor visitante diz que medeia as
sessões.
(B) Chegam a constituir-se como clãs os grupos que defendem opiniões divergentes, como as que interviram no
último debate público.
(C) Ele era o mais importante testemunha do acalorado
embate entre opiniões contrárias, de que adviram os
textos de difusão que produziu.
(D) Em troca-trocas acalorados de ideias, poucos se atêem
às questões mais relevantes da temática.
(E) Quando aquele grupo de pesquisadores reaver a credibilidade comprometida nos últimos revés, certamente
apresentará com mais tranquilidade sua contribuição.
A: a oração da assertiva A respeita o padrão culto; B: “(...) como a que
intervieram no último debate público.”; C: Ele era a mais importante
testemunha [palavra feminina] do acalorado embate (...) de que
advieram os textos (...)”; D: “(...) poucos se atêm às questões (...)”; E:
“Quando aquele grupo de pesquisadores reouver [futuro do subjuntivo] a credibilidade comprometida nos últimos reveses [o plural de
revés], certamente apresentará com mais tranquilidade [sem trema
de acordo com o novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa] sua
contribuição.”
Gabarito “A”
um dos princípios fundamentais é a necessidade de
reconhecimento dos nossos limites.
Gabarito “E”
(E) O que nos mandamentos de Moisés se impõem como
53
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) A frase em que a concordância está em conformidade com o padrão culto é:
(A) Os advogados reclamaram da indecisão do depo-
ente, sem perceber que as perguntas que a ele eram
dirigidas lhes parecia obscura, difíceis de serem
compreendidas.
(B) Era intrincada a associação de ideias do promotor e
o apelo que fazia aos jurados, o que, consideradas
as circunstâncias, os conduziram a uma decisão
questionável.
(C) É sempre falível, a meu ver, os juízos que se fundamentam mais na verve do orador que no conteúdo de
seu discurso, mesmo quando os ouvintes lhe neguem
aquele predicado.
(D) Suponho que devem existir sérias razões para ele
ter-se comportado assim: todas as questões que lhe
eram postas ele julgava irrelevantes.
(E) O relatório, de cujo dados discordou-se, foi rejeitado
imediatamente, tendo sido sugerido, em caráter de
urgência, a sua plena revisão ou até mesmo sua
substituição.
A: “(...) as perguntas que a ele eram dirigidas lhe [ao depoente]
pareciam obscuras [as perguntas pareciam obscuras] (...)”; B: “Eram
[verbo no plural concorda com o sujeito composto que tem como
núcleos as palavras ‘associação’ e ‘apelo’] intrincadas a associação de
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ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
Gabarito “D”
Ou isto ou aquilo
Uma pesquisa da revista norte-americana The Economist,
promovida para saber se os latino-americanos continuam
acreditando na democracia, incluiu a seguinte pergunta:
“Em determinadas circunstâncias, um governo autoritário
pode ser preferível a um governo democrático?” Seria
lógico pensar assim: os sujeitos que não acreditam mais
nas virtudes exclusivas da democracia devem ser tentados por uma intervenção autoritária. Ou seja, quem não
acredita mais na democracia sonha com a volta de um
regime militar. Faz sentido.
Pois é, os brasileiros deram uma resposta para atrapalhar
o sono dos pesquisadores. Entre 1996 e hoje, 13% deixaram de acreditar na democracia como melhor sistema
de governo. Ora, o número dos que aceitariam uma
ditadura no lugar da democracia não aumentou de modo
correspondente, mas – surpresa – diminuiu 9%. Ou seja,
no Brasil há menos gente para acreditar na democracia,
mas também menos gente para esperar que os militares
resolvam a situação.
Aplausos para os brasileiros, que não se deixaram capturar
por uma alternativa forçada. Entendo assim a posição dos
entrevistados: a democracia não respondeu a nossas esperanças básicas, mas nem por isso entregaríamos o país ao
despotismo. Sobretudo, não aceitamos uma alternativa
excludente do tipo: “De um lado, há stalinistas, fascistas
ou militares e, do outro, a democracia. Olhe, escolha e
pule pra frente.” Os brasileiros pareceram responder: não
pulo coisa nenhuma, a escolha não é essa.”
Minha leitura (otimista) do resultado dessa pesquisa do
Economist é a seguinte: estamos cansados de ver o mundo
em preto-e-branco, com contraste máximo.
(Adaptado de Contardo Calligaris, Terra de ninguém. S. Paulo:
Publifolha, 2004, pp. 240-241.)
Considerando-se a flexão e a concordância verbais, a frase
plenamente correta é:
(Auditor Tributário/Jaboatão dos Guararapes-PE – 2006 – FCC)
(A) Há que se notar que não conveio aos brasileiros
confirmar a suposta coerência das opções excludentes
que lhes foram apresentadas.
(B) Os poucos que aceitariam uma ditadura como solução
não correspondeu ao índice percentual imaginado
pelos pesquisadores.
(C) Não se poupe aplausos aos brasileiros, que interviram na pesquisa de modo a confundir as simplórias
expectativas dos pesquisadores.
(D) Costumam haver, nas drásticas alternativas, opções
que se excluem e fazem imaginar que não podemos
criar uma terceira hipótese.
(E) Ainda quando não se alenta, numa democracia, as
esperanças básicas de um povo, a ditadura não deve
ser vista como solução.
A: “Há que se notar que não conveio [3ª pessoa do pretérito perfeito
do indicativo do verbo convir] aos brasileiros confirmar a suposta
coerência das opções excludentes que lhes foram apresentadas.”; B: “Os
poucos que aceitariam uma ditadura como solução não correspondia
[3ª pessoa do pretérito imperfeito do indicativo] ao índice percentual
imaginado pelos pesquisadores.”; C: “Não se [pronome apassivador]
poupem [o verbo concorda com ‘aplausos’] aplausos aos brasileiros,
que intervieram [3ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo
do verbo intervir] na pesquisa de modo a confundir as simplórias
expectativas dos pesquisadores.”; D: “Costuma haver [o verbo haver no
sentido de existir é impessoal. Não se flexiona nem mesmo seu auxiliar.
Não há sujeito, desse modo, o auxiliar fica na 3ª pessoa do singular],
nas drásticas alternativas, opções que se excluem e fazem imaginar
que não podemos criar uma terceira hipótese.”; E: “Ainda quando não
se alente [presente do subjuntivo. O verbo significa encorajar], numa
democracia, as esperanças básicas de um povo, a ditadura não deve
ser vista como solução.”
(Analista – TRT/4ª – 2006 – FCC) As normas de concordância
verbal e nominal estão plenamente atendidas na frase:
(A) Reservam-se os artistas o direito (ou privilégio?) de
escolherem o gênero e a forma que lhes pareçam os
mais adequados ao seu intento de expressão.
(B) Não se reconhecia na crônica, antes de Rubem Braga,
quaisquer méritos que pudessem alçá-la à altura dos
chamados grandes gêneros literários.
(C) Não cabem aos críticos ou aos historiadores da literatura estipular se o gênero de uma ou outra obra é
maior ou menor em si mesmos.
(D) Uma vez submetido ao poder de sedução de seu estilo
admirável, é possível que custassem aos leitores de
Rubem Braga ficar aguardando a crônica seguinte.
(E) Não lhe bastassem, além do estilo límpido, ter os
olhos de um grande fotógrafo, Rubem Braga ainda
frequentava as alturas da poesia lírica.
A: o sujeito do verbo reservar é “os artistas”; B: “Não se reconheciam”
– o sujeito do verbo reconhecer é “quaisquer méritos”; C: “Não cabe aos
críticos” – o sujeito do verbo caber é oracional (“estipular se o gênero
de uma ou outra obra é maior ou menor em si mesmos”); D: “que
custasse” – o sujeito do verbo custar é oracional (“ficar aguardando a
crônica seguinte”); E: “Não lhe bastasse” – (o sujeito do verbo bastar
é oracional (“ter os olhos de um grande fotógrafo”).
Gabarito “A”
ideias do promotor e o apelo que fazia aos jurados, o que, consideradas as circunstâncias, os conduziram a uma decisão questionável.”;
C: “São [verbo concorda com o sujeito ‘os juízos’] sempre falíveis
(...) os juízos que se fundamentam mais na verve do orador que no
conteúdo de seu discurso, mesmo quando os ouvintes lhe negam
aquele predicado.”; D: a concordância da oração está em conformidade
com o padrão culto; E: “O relatório, de cujo dados discordou-se, foi
rejeitado imediatamente, tendo sido sugerida, em caráter de urgência,
a sua plena revisão (...)
Gabarito “A”
54
(Analista – TRT/6ª – 2006 – FCC) As normas de concordância
estão plenamente respeitadas na frase:
(A) Costumam ser muito custosos, para todos os indiví-
duos, desviarem-se das tentações do conforto fácil e
do prestígio rápido.
(B) Quem aos valores dos outros se submetem sem pensar
acabam por não encontrar seus valores mais autênticos.
(C) Não são próprias das regiões mais sombrias do nosso
ser oferecer-nos as verdades cruas da nossa personalidade.
(D) O que fazem os homens desviar os olhos de sua imagem verdadeira são as facilidades de uma imagem
já fabricada.
(E) Em geral não nos apetece enfrentar os contornos duros
do nosso rosto verdadeiro, mais desconfortáveis que
os do construído.
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
(A) Têm havido dúvidas sobre a capacidade do sistema
de saúde cubano.
(B) Têm sido levantadas dúvidas sobre a capacidade do
sistema de saúde cubano.
(C) Será que o sistema de saúde cubano tem suscitado
dúvidas sobre sua eficácia?
(D) Que dúvidas têm propalado os adversários de Cuba
sobre seu sistema de saúde?
(E) A quantas dúvidas tem dado margem o sistema de
saúde de Cuba?
O verbo haver no sentido de existir é impessoal e permanece sempre
na 3ª pessoa do singular: “Tem havido dúvidas”.
Gabarito “A”
(Analista – TRT/3ª – 2005 – FCC) Levando-se em conta as normas
de concordância verbal e nominal, a única frase inteiramente correta é:
(A) Se se acrescentar à tribo dos micreiros as tribos dos
celuleiros, dos devedeiros etc., haverá de se incorporar
à língua portuguesa muitos outros neologismos.
(B) Como se não bastassem as dificuldades que muita
gente vêm demonstrando no uso do vocabulário tradicional, eis que novas aquisições se fazem necessárias
a cada momento, proveniente da tecnologia.
(C) A velocidade com que surgem palavras relacionadas
aos novos campos tecnológicos fazem com que
muitos desanimem, confessando-se inábeis para sua
utilização.
(D) Estão entre as características do texto a citação de
alguns neologismos e o divertido registro de algumas
situações em que ocorreu ambivalência de sentido,
testemunhadas pelo autor.
(E) É costume que se dissemine, sobretudo entre os mais
velhos, alguns preconceitos contra o universo dos
mais jovens, contra o vocabulário que entre estes se
propagam com mais facilidade.
A: “haverão de se incorporar” – o sujeito do verbo haver é “muitos
outros neologismos”; B: “vem demonstrando” – o sujeito do verbo vir
é “muita gente”; C: “A velocidade (...) faz” – o sujeito do verbo fazer é
“A velocidade”; D: “Estão” o sujeito do verbo estar tem dois núcleos:
“citação” e “divertido”; E: “É costume que se disseminem” – o sujeito
do verbo disseminar é “alguns preconceitos”.
Gabarito “D”
As normas de concordância
estão inteiramente respeitadas na frase:
(Analista – TRT/11ª – 2005 – FCC)
(A) Configura-se nas frequentes invasões dos escritórios
de advocacia o desrespeito a prerrogativas constitucionais.
(B) Não cabem às autoridades policiais valer-se de ordens
superiores para justificar a violência dessas invasões.
gimento, os advogados se vêm forçados a revelar
informações confidenciais de seus clientes.
(D) Tem ocorrido, de uns tempos para cá, inúmeras
entradas forçosas da polícia em escritórios de
advocacia.
(E) Se não lhes convêm cumprir determinadas medidas,
cabe aos advogados recorrer às instâncias superiores
da justiça.
A: o sujeito do verbo configurar é singular: “o desrespeito”; B: “Não cabe
(...) valer-se” – o sujeito do verbo caber é oracional “valer-se de ordens
superiores para justificar a violência dessas invasões”; C: “os advogados
se veem forçados” – o sujeito do verbo ver é plural (“advogados”); D:
“Têm ocorrido (...) inúmeras entradas” – o sujeito da locução é plural
(“inúmeras entradas”); E: “Se não lhes convém” – o sujeito do verbo
convir é oracional “cumprir determinadas medidas”.
(Analista – TRT/13ª – 2005 – FCC) Quanto à concordância verbal,
a frase inteiramente correta é:
(A) Não costumam ocorrer, em reuniões de gente interes-
sada na discussão de um problema comum, conflitos
que uma boa exposição dos argumentos não possam
resolver.
(B) Quando há desrespeito recíproco, as razões de cada
candidato, mesmo quando justas em si mesmas,
acaba por se dissolverem em meio às insolências e
aos excessos.
(C) O maior dos paradoxos das eleições, de acordo com
as ponderações do autor, se verificariam nos caminhos nada democráticos que se trilha para defender
a democracia.
(D) Quando se torna acirrado, nos debates eleitorais,
o ânimo dos candidatos envolvidos, é muito difícil
apurar de quem provém os melhores argumentos.
(E) Insatisfeitos com o tom maniqueísta e autoritário
de que se valem os candidatos numa campanha, os
eleitores franceses escolheram o que lhes pareceu
menos insolente.
A: “que uma boa exposição (...) não possa resolver”: o sujeito da
locução “possa resolver” é singular; B: “as razões (...) acabam” – o
sujeito verbo acabar é plural; C: “O maior de todos os paradoxos (...)
se verificaria” – o sujeito do verbo verificar é singular; D: “de quem
provêm os melhores argumentos” – o sujeito do verbo provir é “os
melhores argumentos”; E: o sujeito do verbo valer é “os candidatos”;
o sujeito do verbo escolher é “eleitores franceses”; o sujeito do verbo
parecer é a palavra que.
Gabarito “E”
Gabarito “E”
(Analista – TRF/1º – 2006 – FCC) Para que se respeite a concordância verbal, será preciso corrigir a frase:
(C) Submetido com frequência a esse tipo de constran-
Gabarito “A”
A: “Costuma ser muito custoso (...) desviar-se” – o sujeito da locução
“costumar ser” é oracional; B: “Quem (...) se submete” – o sujeito do
verbo submeter é o pronome quem; C: “Não é próprio (...) oferecer” – o
sujeito do verbo ser é oracional; D: “O que faz” – o sujeito do verbo
fazer é oracional “desviar os olhos...”; E: o sujeito do verbo apetecer
é “enfrentar os contornos...”; a palavra “desconfortáveis” concorda
com “contornos”. O pronome os se refere a “contornos” e o verbo
“construído” a “rosto”.
55
As normas
de concordância verbal estão inteiramente respeitadas
na frase:
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC)
(A) Não basta que se critique as distorções dessa progra-
mação, é preciso que se saibam corrigi-las.
(B) Apenas 8% dos lares brasileiros ainda não conta com
um aparelho de TV, a se darem crédito aos dados do
Ibope.
(C) A qualidade dos inúmeros programas de TV destinados
às crianças não alcança o nível que seria desejável,
na opinião dos que o avaliam.
(D) Repercutem mal, junto aos educadores e psicólogos,
o fato de que os critérios de avaliação dos programas
são estritamente comerciais.
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ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
A: incorreta. O sujeito é indeterminado, portanto o verbo “saber” deve
ficar no singular: “se saiba corrigi-las”; B: incorreta. O verbo “contar”
deve concordar com “lares”, indo para o plural, e a expressão correta é
“a se dar crédito”; C: correta; D: incorreta. O verbo “repercutir” concorda
com “fato”, que aparece depois da vírgula, e deve ficar no singular; E:
incorreta. Os verbos deveriam estar no singular: “deveria caber aos
estudiosos acadêmicos interferir mais...”.
Gabarito “C”
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC) As normas de concordância
verbal estão inteiramente respeitadas na frase:
(A) Não há nenhum absurdo em se aproximar uma olim-
píada de uma missão espacial, pois ambas estimulam
a pesquisa científica.
(B) Não houve nenhum, entre os limites já enfrentados,
que representassem uma barreira definitiva.
(C) A primeira manifestação das competições de que
derivam as modernas olimpíadas ocorreram na Grécia
antiga.
(D) Atualmente, contam-se não apenas com os melhores
atletas, mas com os mais avançados recursos tecnológicos.
(E) Os desafios que se deve enfrentar a cada olimpíada
representa um esforço sempre maior.
A: correta; B: incorreta. O verbo “representar” deveria estar no singular,
concordando com “nenhum”; C: incorreta. O verbo “ocorrer” deveria estar
no singular, concordando com “manifestação”; D: incorreta. O sujeito
indeterminado deixa o verbo impessoal e, portanto, “contar” não deve ser
conjugado, permanecendo na terceira pessoa do singular; E: incorreta. O
verbo “representar” deveria estar no plural, concordando com “desafios”.
Gabarito “A”
Várias famílias percorrem dez ou mais quilômetros com
destino à Serra da Cantareira, mais precisamente à Chácara
do Frade, com seus dezessete hectares tomados por alface,
rúcula, pepino, cenoura e dezenas de outras hortaliças. As
pessoas caminham entre os canteiros, trocam informações
sobre o plantio, escolhem o que comprar e levam produtos
fresquinhos, jamais “batizados” por agrotóxicos.
Cada vez mais hortas instaladas perto da capital estão
abrindo suas portas aos visitantes. O proprietário, José
Frade, lucra com a venda direta. O consumidor, por sua
vez, garante a qualidade do que está comendo.
Na Europa, isso é muito comum. Desde a Idade Média,
durante a época da colheita, as plantações dos vilarejos
vizinhos às cidades se transformam em verdadeiras feiras
livres. Por aqui, a onda está apenas começando. Num raio
de cem quilômetros da capital já existem pelo menos nove
sítios e chácaras que trabalham nesse sistema.
(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC) São
grandes as vantagens
que ...... da compra direta de hortaliças (ou dos ...... , em
geral); sabem disso aqueles que já se ...... e pensaram nos
males dos agrotóxicos.
Completam corretamente as lacunas do período acima:
(A) adviriam- hortifrutigranjeiros - detiveram
(B) adveriam - hortifrutigranjeiros - detiveram
(C) adviriam - hortisfrutisgranjeiros - deteram
(D) adveriam - hortisfrutisgranjeiros - deteram
(E) adviriam - hortifrutigranjeiros – deteram
“Advir”, na terceira pessoa do plural do futuro do pretérito do indicativo,
conjuga-se “adviriam”. A ortografia correta é “hortifrutigranjeiros”.
“Deter”, na terceira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo,
conjuga-se “detiveram”.
(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC) Assinale a alternativa que
apresenta ERRO de concordância.
(A) Não que os esteja considerando inválido, mas o
professor gostaria de conhecer os estudos de que se
retirou os dados mencionados no texto.
(B) Segundo alguns teóricos, deve ser evitada, o mais
possível, a agricultura em regiões de floresta; são áreas
tidas como adequadas à preservação de espécie sem
vias de extinção.
(C) Existem com certeza, ainda hoje, pessoas que defendem o cultivo incondicional da terra, assim como
deve haver muitos que condenam qualquer alteração
da paisagem natural, por menor que seja.
(D) Nem sempre são suficientes dados estatisticamente
comprovados para que as pessoas se convençam da
necessidade de repensarem suas convicções, trate-se
de assuntos polêmicos ou não.
(E) Faz séculos que filósofos discutem as relações ideais
entre os homens e a natureza, questão que nem sempre lhes parece passível de consenso.
A única alternativa que apresenta erro de concordância é a letra “A”.
Sua redação correta é: “Não que os esteja considerando inválidos, mas
o professor gostaria de conhecer os estudos de que se retiraram os
dados mencionados no texto”.
(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC) Assinale a alternativa que
NÃO apresenta erro algum de concordância.
(A) Já há muito tempo tinha sido feito por importante
estudioso previsões pessimistas quanto ao destino
das áreas rurais na Inglaterra, mas muitos não as
consideraram.
(B) Às vezes não basta alguns comentários sobre a importância do cenário da natureza para a vida espiritual
do homem no sentido de que se tentem evitar mais
prejuízos ao meio ambiente.
(C) Certos argumentos de G.M. Trevelyan tornaram vulnerável certas visões acerca do modo como deveriam
ser tratadas terras incultas.
(D) Segundo o que se diz no texto, os ingleses havia de
terem se preocupado com a legitimação de sua tarefa
de ocupação dos territórios indígenas.
(E) Quaisquer que sejam os rumos das cidades contemporâneas, sempre haverá os que lamentarão a perda
da vida em contato direto com a natureza.
A: incorreta (“tinham sido feitas por importante estudioso previsões
pessimistas”); B: incorreta (“às vezes não bastam alguns comentários”);
C: incorreta (“tornaram vulneráveis certas visões”); D: incorreta (“os
ingleses haviam de ter se preocupado”); E: correta.
Gabarito “E”
rem mais diretamente na qualidade da produção dos
programas infantis.
Gabarito “A”
(E) Deveriam caber aos estudiosos acadêmicos interferi-
Gabarito “A”
56
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) A frase em que a concordância
verbal e nominal está inteiramente respeitada é:
(A) Ainda não foi suficiente os investimentos na tentativa
de redução dos índices de pobreza verificados em
todo o mundo.
(B) Em relação ao poder aquisitivo, ainda se observa
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
A: incorreta (“não foram suficientes”); B: incorreta (“ainda se observam dados assustadores”); C: correta; D: incorreta (“deve ser levada
em conta” e “para que se garantam melhorias”); E: incorreta (“alguns
especialistas tendem a atribuir” e “que já tinham sido alcançados”).
Gabarito “C”
(BB – Escriturário – 2010 – FCC) A concordância verbal e nominal
está inteiramente correta na frase:
(A) Cada vez mais se tornam imprescindíveis medidas que
venham a alterar o relacionamento entre o homem e
a natureza.
(B) Quando entra em discussão nos países envolvidos
as questões sobre responsabilidade climática, dificilmente se chega a um acordo.
(C) Chegaram-se a impasses nas negociações sobre a
sustentabilidade do planeta pela impossibilidade de
determinar a responsabilidade de cada país.
(D) Foram detectadas, nas análises mais recentes, a presença de partículas de poluentes prejudiciais à saúde
humana.
(E) Estão havendo problemas nas negociações sobre o clima
por falta de consenso entre os países participantes.
A: correta; B: incorreta (“quando entram em discussão”); C: incorreta
(“chegou-se a impasses”); D: incorreta (“Foi detectada”); E: incorreta
(“Está havendo problemas”).
Gabarito “A”
“O folhetim é frutinha de nosso tempo”, disse Machado
de Assis numa de suas deliciosas crônicas. E volta ao
assunto na crônica seguinte.
“O folhetinista é originário da França [...] De lá espalhou-se pelo mundo, ou pelo menos por onde maiores proporções tomava o grande veículo do espírito moderno;
falo do jornal.” E Machado tenta “definir a nova entidade
literária”, procura esmiuçar a “organização do novo
animal”. Mas dessa nova entidade só vai circunscrever
a variedade que se aproxima do que hoje chamaríamos
crônica. E como na verdade a palavra folhetim designa
muitas coisas, e, efetivamente, nasceu na França, há que
ir ver o que o termo recobre lá na matriz.
De início, ou seja, começos do século XIX, “le feuilleton” designa um lugar preciso do jornal: “o rez-de-chaussée” - rés-do-chão, rodapé -, geralmente o da
primeira página. Tinha uma finalidade precisa: era um
espaço vazio destinado ao entretenimento. E pode-se já
antecipar, dizendo que tudo o que haverá de constituir
a matéria e o modo da crônica à brasileira já é, desde
a origem, a vocação primeira desse espaço geográfico
do jornal, deliberadamente frívolo, oferecido como
chamariz aos leitores afugentados pela modorra cinza
a que obrigava a forte censura napoleônica. (“Se eu
soltasse as rédeas da imprensa”, explicava Napoleão
ao célebre Fouché, seu chefe de polícia, “não ficaria
três meses no poder.”)
(MEYER, Marlyse, Folhetim: uma história. 2 ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2005, p. 57)
(BB – Escriturário – 2006 – FCC) E como na verdade a palavra
folhetim designa muitas coisas, e, efetivamente, nasceu na
França, há que ir ver o que o termo recobre lá na matriz.
Substituindo a palavra folhetim, na frase acima, por “as
palavras”, estará em conformidade com a norma padrão
culta a seguinte redação do segmento sublinhado:
(A) há que irem ver o que o termo recobre lá na matriz.
(B) há que ir verem o que o termo recobre lá na matriz.
(C) hão que ir ver o que os termos recobrem lá na
matriz.
(D) há que irem verem o que os termos recobre lá na
matriz.
(E) há que ir ver o que os termos recobrem lá na matriz.
A locução verbal “há que ir ver” indica a indeterminação do sujeito da
oração e, por isso, não se flexiona, sendo mantida na terceira pessoa
do singular. A concordância é realizada apenas com o objeto direto,
que retoma a expressão “as palavras”. Assim, temos: “(...) há que ir
ver o que os termos recobrem lá na matriz).
Gabarito “E”
da-dos assustadores quanto à miséria em que vivem
populações inteiras.
(C) São claras algumas implicações políticas na área do
desenvolvimento humano, pois é imprescindível a
ação do poder público na erradicação da miséria.
(D) Deve ser levado em conta a sustentabilidade do crescimento econômico, para que se garanta melhorias
efetivas das condições de vida da população.
(E) Alguns especialistas tende a atribuir à crise financeira
a principal razão do retrocesso nos resultados satisfatórios que já tinha sido alcançado.
57
Atenção: A próxima questão baseia-se no texto abaixo.
1
5
10
15
20
25
30
A Norma (1831) é claramente uma ópera que
encena, numa suposta rebelião gaulesa contra a tutela
romana na Antiguidade, a desejada libertação dos
italianos em face das potências estrangeiras – no caso,
certamente a Áustria – que lhes vedam a independência
e a unidade nacional. Como é de praxe em boa parte
das óperas italianas do século XIX, ao posicionamento
progressista nas grandes questões sociais ou nacionais
se opõe um lastro, geralmente ocultado, que é de
natureza mais propriamente pessoal, e serve de enorme
peso – inconsciente, posto que até então desconhecido –
contra aquela tomada de partido em favor [...] do “bem”
ou, pelo menos, da justiça e do progresso. Esse modelo
aparece, para citarmos apenas algumas óperas, nas
Vespri Siciliani e no Trovatore de Verdi; poder-se-ia
argumentar que a Traviata procede do mesmo modo.
Assim, um recorte se delineia inicialmente, a opor as
causas progressistas (a pátria livre, seja ela a Gália, a
Sicília ou qualquer outra; a defesa dos pobres; a união
de quem se ama) ao que existe de mais retrógrado;
porém, a dramaticidade não procederá do conflito, num
mesmo nível, entre progressistas e reacionários, mas da
irrupção, no âmago mesmo da causa revolucionária
avançada, de um elemento pessoal marcado pelo
acumpliciamento secreto, arcaico e culpável com o
inimigo. Dessa forma, o herói libertador dos sicilianos
nas Vespri é na verdade filho ilegítimo do governador
francês, o trovador, na ópera homônima, é o irmão
perdido de seu próprio perseguidor – e aqui, na Norma, a
sacerdotiza suprema dos gauleses é amante do chefe
romano. É isso o que dilacera a alma, tanto do ator-cantor
como do expectador-ouvinte, e confere a essas
óperas seu caráter trágico.
(Analista – ANS – 2007 – FCC)
Está correta a concordância
estabelecida em:
(A) Será necessário análises mais detidas de cada uma
das óperas mencionada.
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58
ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
(B) Diante das potências estrangeiras que nada lhes
(Analista – BACEN – 2001 – FCC)
poderiam facilitar, a Itália deixa manifesto na Norma
sua ânsia por liberdade.
(C) Nas óperas românticas, servem de pesos inconscientes, postos que até então desconhecidos, laços,
geralmente ocultados, de naturezas mais pessoais.
(D) Deveriam haver argumentos para sustentar que a
Traviata procede do mesmo modo que a Norma.
(E) Sempre se desejaram pátrias livres, fossem elas Gália
e Itália ou quaisquer outras.
assinale a opção incorreta.
Gabarito “E”
Leia o Texto.
A implementação do Sistema de Pagamentos
Brasileiro - SPB altera todo o processo de transferência de recursos através do sistema financeiro.
O Banco Central deixa de ser responsável
5 pela intermediação das ordens de pagamento,
transferindo essa atribuição para um conjunto
de câmaras de compensação e liquidação
(clearings), que passam a garantir a finalização
destas operações. Algumas destas câmaras já
10 existem há anos e são responsáveis pelas operações de liquidação e custódia de ações, ativos
e derivativos. No novo cenário, ganham autonomia
patrimonial, seguros e novos métodos
de gestão de risco.
15 O sistema financeiro estará interligado eletronicamente, operando, em alguns casos, em tempo
real. As operações precisam estar lastreadas
em reservas constituídas pelas instituições financeiras no Banco Central.
20 Todas essas transformações acarretam mudanças
não só na tecnologia dos bancos, mas também
em sua gestão de negócios, seus produtos
e seus controles.
(BANCO HOJE, março de 2001, p.54.)
(A) A articulação entre os dois primeiros períodos do texto
(l. 4) pode ser expressa pela ideia de já que.
(B) A forma verbal “transferindo”(l. 6) pode ser substituída,
sem prejuízo para a correção do período, por e transfere,
eliminando-se a vírgula após “pagamento”(l. 5 e 6).
(C) Na linha 8, “que” equivale a as quais.
(D) De acordo com o sentido do texto, a forma verbal
“ganham” (l. 12) refere-se a “câmaras” (l. 9).
(E) A coerência e a coesão do texto estariam prejudicadas se a expressão: “Todas essas transformações
acarretam...”(l. 20) estivesse no singular.
Se a expressão estivesse no singular Toda essa transformação acarreta
expressaria uma ideia generalizadora (apreende todas as transformações anteriores) das transformações citadas no texto.
Gabarito “E”
A: incorreta, pois o sujeito do predicado nominal “Será necessário” é o
substantivo feminino plural “análises”. Quando o sujeito não apresenta
determinante, expressões do tipo mantém-se no masculino singular.
A concordância nesse trecho está correta. Já o termo “mencionada”
deveria estar no plural para acompanhar o substantivo que determina,
óperas. O plural é necessário porque apesar de cada uma ter que ser
analisada individualmente (daí o uso do singular na expressão “cada
uma”), várias óperas foram mencionadas; B: incorreta, pois o pronome
pessoal oblíquo “lhes” tem como referente o termo “Itália”, singular.
O pronome deve concordar em gênero e número com o termo que
substitui (importante notar que o pronome “lhe” não admite flexão de
gênero). Outro erro incorre no termo “manifesto”, predicativo do objeto
que se refere à expressão “sua ânsia por liberdade”. O termo deve
ser acompanhar o seu referente, no feminino singular: “A Itália deixa
manifesta (...) sua ânsia por liberdade”; C: incorreta, pois a expressão
“posto que” é uma locução conjuntiva de forma fixa, que não possui
referente para concordância, e une as partes do texto estabelecendo uma
relação de causa entre o trecho anterior e o que introduz; D: incorreta,
pois a locução verbal “deveriam haver” tem como verbo principal o
verbo “haver” no sentido de existir, na forma nominal do infinitivo.
Trata-se de um verbo impessoal que não possui referente de sujeito e
deve manter-se sempre conjugado na terceira pessoa do singular. O
verbo auxiliar da locução, que apresenta as flexões de tempo, modo,
número e pessoa, deve ser conjugado de acordo com as regras que
orientam o principal. A forma correta seria “deveria haver argumentos”;
E: correta, pois o verbo “desejaram”, acompanhado da partícula “se”,
está na voz passiva e tem como sujeito a expressão no plural “pátrias
livres”, com que concorda corretamente. As flexões de número dos
termos “fossem” e “quaisquer” acompanham corretamente os seus
regentes “elas” e “outras”, respectivamente.
Em relação ao texto acima,
O segredo da acumulação primitiva neoliberal
Numa coluna publicada na Folha de São Paulo, o jornalista Elio Gaspari evocava o drama recente de um navio
de crianças escravas errando ao largo da costa do Benin.
Ao ler o texto – que era inspirado -, o navio tornava-se
uma metáfora de toda a África subsaariana: ilha à deriva,
mistura de leprosário com campo de extermínio e reserva
de mão de obra para migrações desesperadas.
Elio Gaspari propunha um termo para designar esse
povo móvel e desesperado: “os cidadãos descartáveis”.
“Massas de homens e mulheres são arrancados de seus
meios de subsistência e jogados no mercado de trabalho
como proletários livres, desprotegidos e sem direitos.” São
palavras de Marx, quando ele descreve a “acumulação
primitiva”, ou seja, o processo que, no século XVI, criou
as condições necessárias ao surgimento do capitalismo.
Para que ganhássemos nosso mundo moderno, foi
necessário, por exemplo, que os servos feudais fossem,
à força, expropriados do pedacinho de terra que podiam
cultivar para sustentar-se. Massas inteiras se encontraram,
assim, paradoxalmente livres da servidão, mas obrigadas
a vender seu trabalho para sobreviver.
Quatro ou cinco séculos mais tarde, essa violência não
deveria ter acabado? Ao que parece, o século XX pediu
uma espécie de segunda rodada, um ajuste: a criação
de sujeitos descartáveis globais para um capitalismo
enfim global.
Simples continuação ou repetição? Talvez haja uma
diferença – pequena, mas substancial – entre as massas
do século XVI e os migrantes da globalização: as primeiras foram arrancadas de seus meios de subsistência, os
segundos são expropriados de seu lugar pela violência da
fome, por exemplo, mas quase sempre eles recebem em
troca um devaneio. O protótipo poderia ser o prospecto
que, um século atrás, seduzia os emigrantes europeus:
sonhos de posse, de bem-estar e de ascensão social.
As condições para que o capitalismo invente sua versão
neoliberal são subjetivas. A expropriação que torna essa
passagem possível é psicológica: necessita que sejamos
arrancados nem tanto de nossos meios de subsistência,
mas de nossa comunidade restrita, familiar e social, para
sermos lançados numa procura infinita de status (e, hipo-
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
59
teticamente, de bem-estar) definido pelo acesso a bens e
serviços. Arrancados de nós mesmos, deveremos querer
ardentemente ser algo além do que somos.
(E) Ao nos agraciar com sonhos de perfectibilidade, a
Depois da liberdade de vender nossa força de trabalho,
a “acumulação primitiva” do neoliberalismo nos oferece
a liberdade de mudar e subir na vida, ou seja, de cultivar
visões, sonhos e devaneios de aventura e sucesso. E, desde
o prospecto do emigrante, a oferta vem se aprimorando. A
partir dos anos 60, a televisão forneceu os sonhos para que
o campo não só devesse, mas quisesse, ir para a cidade.
A forma do verbo dever está incorreta, pois, para indicar sujeito
indeterminado, é possível duas construções: verbo na 3ª pessoa do
singular + índice de indeterminação do sujeito (deve-se) ou verbo na
3ª pessoa do plural (devem).
máquina liberal inclui entre seus segredos estratégicos
o sentimento da insatisfação radical.
Gabarito “D”
(Analista – BACEN – 2001 – FCC) Assinale a opção incorreta a
respeito das estruturas linguísticas do texto abaixo.
O requisito para que a máquina neoliberal funcione é
mais refinado do que a venda dos mesmos sabonetes
ou filmes para todos. Trata-se de alimentar um sonho
infinito de perfectibilidade e, portanto, uma insatisfação
radical. Não é pouca coisa: é necessário promover e
vender objetos e serviços por eles serem indispensáveis
para alcançarmos nossos ideais de status, de bem-estar e
de felicidade, mas, ao mesmo tempo, é preciso que toda
satisfação conclusiva permaneça impossível.
5
10
Para fomentar o sujeito neoliberal, o que importa não é lhe
vender mais uma roupa, uma cortina ou uma lipoaspiração;
é alimentar nele sonhos de elegância perfeita, casa perfeita
e corpo perfeito. Pois esses sonhos perpetuam o sentimento
de nossa inadequação e garantem, assim, que ele seja parte
inalterável, definidora, da personalidade contemporânea.
Provavelmente seria uma catástrofe se pudéssemos, de
repente, acalmar nossa insatisfação. Aconteceria uma
queda total do índice de confiança dos consumidores. Bolsas e economias iriam para o brejo. Desemprego, crise, etc.
Melhor deixar como está. No entanto, a coisa não fica bem.
Do meu pequeno observatório psicanalítico, parece que
o permanente sentimento de inadequação faz do sujeito
neoliberal uma espécie de sonhador descartável, que corre
atrás da miragem de sua felicidade como um trem descontrolado, sem condutor, acelerando progressivamente por
inércia – até que os trilhos não aguentem mais.
(Contardo Calligaris, Terra de ninguém.
São Paulo: Publifolha, 2002)
15
Temos uma legislação processual com dispositivos que permitem ao devedor, a pretexto de
questionar uma cláusula contratual ou uma garantia dada em uma operação, deixar de pagar
o principal. O que isso traz de consequência?
Traz um aumento muito grande de inadimplência,
que se traduz em um aumento de custo para o
tomador. O prejuízo operacional sofrido pela instituição financeira, em decorrência dessa
inadimplência, faz com que os bons pagadores
acabem arcando com parte dessa conta, suportando uma taxa de juro maior e até
desestimulando outros tomadores, que gostariam de expandir ou crescer seus empreendimentos com apoio no crédito.
(Gabriel Jorge Ferreira, em entrevista à Resenha
BM&F, com adaptações.)
(A) A forma verbal “Temos”, ao iniciar o texto, indica que
autor e leitores partilham a situação que vem descrita
a seguir.
(B) A oração “deixar de pagar o principal” (l. 4 e 5), apesar
de não ter sujeito gramatical, refere-se semanticamente a “devedor”(l. 2).
(C) O pronome “que”(l. 7) refere-se a “inadimplência” (l. 6)
e constitui o sujeito da oração em que ocorre.
(D) A oração reduzida “sofrido pela instituição financeira”
(l. 8 e 9) corresponde à ideia que também pode ser
expressa pela oração que a instituição financeira
sofreu.
(E) “dessa inadimplência” (l. 9 e 10) constitui o sujeito da
oração que tem como predicado “faz”(l. 10).
Nota: O autor desse texto, Contardo Calligaris, é psicanalista e foi professor de estudos culturais na New School
de Nova York. Faz parte do corpo docente do Institute for
the Study of Violence, em Boston. É também colunista
da Folha de S. Paulo.
O sujeito do verbo “faz” é “prejuízo operacional”.
Na proposta de uma nova
redação para uma frase do texto, cometeu-se um deslize
quanto à concordância verbal em:
No México e no Chile, persistem expectativas de que a
distensão(1) característica de suas políticas monetárias
contribuam(2) para a sustentação do nível de atividade.
Na Argentina, a operação de troca da dívida exerceu
efeitos favoráveis sobre a percepção dos investidores, mas
ainda persistem(3) as incertezas em relação à capacidade
de retomada do crescimento econômico, para o qual(4)
não contribuirá o perfil retrativo(5) da política fiscal.
(A) Não teriam sido suficientes quatro ou cinco séculos
para que se extinguissem de vez as manifestações de
violência principiadas no século XVI?
(B) Fez-se necessária não só a criação, mas também a
multiplicação de sujeitos descartáveis para que se caracterizassem as condições de um capitalismo globalizado.
(C) Vendam-se os mesmos sabonetes ou filmes para todos,
o principal requisito dos procedimentos neoliberais
vai além disso, e atende a exigências que são de alta
sofisticação.
(D) Devem-se notar, comparando-se as massas do século
XVI e os migrantes da globalização, um quadro de
semelhanças que não exclui uma importante diferença.
Gabarito “E”
(Analista – BACEN – 2005 – FCC)
Assinale a opção em que o
termo sublinhado apresenta incorreção gramatical.
(Analista – BACEN – 2001 – FCC)
(Trecho adaptado do Relatório de Inflação – Banco Central do
Brasil, junho de 2001- volume 3, no 2, p. 91.)
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5
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A forma verbal correta deveria ser conjugada no singular (contribua), já
que seu sujeito está no singular (“distensão característica”).
Gabarito “B”
Assinale a opção em que o
trecho foi transcrito com erro de concordância verbal.
(Analista – BACEN – 2001 – FCC)
(A) Antes da criação do Banco Central, as autoridades
monetárias brasileiras eram a Superintendência da
Moeda e do Crédito - SUMOC, o Banco do Brasil BB e o Tesouro Nacional que, em conjunto, exerciam
funções típicas de um banco central, paralelamente
ao desempenho de suas atribuições próprias.
(B) A SUMOC, criada com a finalidade de exercer o
controle monetário e preparar a organização de
um banco central, fixava os percentuais de reservas
obrigatórias dos bancos, as taxas do redesconto e da
assistência financeira de liquidez, bem como os juros
sobre depósitos bancários.
(C) Além de receberem os depósitos compulsórios e
voluntários dos bancos comerciais, o Banco do Brasil,
por sua vez, desempenhava as funções de controlador das operações de comércio exterior, executor de
operações cambiais em nome de empresas públicas
e do Tesouro Nacional, executor das normas estabelecidas pela SUMOC e pelo Banco de Crédito Agrícola,
Comercial e Industrial.
(D) O Tesouro Nacional era o órgão emissor de papel-moeda, cujo processamento, por ser complexo,
acabava envolvendo diversos órgãos do governo. No
ato da criação do Banco Central, no entanto, não
ocorreu o seu completo aprimoramento institucional.
(E) Embora o Tesouro Nacional fosse o banco emissor,
realizava as emissões em função das necessidades do
Banco do Brasil e não detinha com exclusividade os
depósitos das instituições financeiras, que recolhiam
suas reservas voluntárias ao Banco do Brasil, além de
diversas outras disfunções.
(Trechos adaptados de http://www.bcb.gov.br – Histórico.)
O verbo receber tem como sujeito da oração “Banco do Brasil” e deve
concordar em número e pessoa com ele, de modo que sua reescrita
seria “Além de receber”.
Gabarito “C”
Assinale a opção em que o
texto foi transcrito com erro gramatical.
(Analista – BACEN – 2001 – FCC)
(A) Para praticar a política monetária através das reservas
compulsórias, a autoridade monetária exige que
algumas instituições financeiras — especificamente
bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira
comercial e caixas econômicas — sejam obrigadas a
manter uma parcela de seus recursos no Banco Central, constituindo as reservas bancárias compulsórias.
(B) Essa prática universal impede que as instituições
financeiras receptoras de depósitos possam emprestar
recursos ao público indefinidamente, exigindo que os
depósitos sejam um múltiplo de seus encaixes denominados reservas obrigatórias e reservas voluntárias.
(C) Os recolhimentos compulsórios sobre depósitos e
os recursos em trânsito de terceiros, depósitos sob
aviso, cobrança e arrecadação de tributos e cheques
administrativos representa o mais tradicional instrumento de política monetária, no que diz respeito à
modificação estrutural que provocam no nível global
das reservas bancárias.
(D) Esse instrumento decorre da exclusiva capacidade de
criar moeda escritural que têm as instituições financeiras captadoras de recursos ao conceder crédito em
conta-corrente a seus clientes.
(E) Ao realizar crédito em conta-corrente, uma instituição
bancária cria meios de pagamento que, ao serem
utilizados pelo tomador de crédito, geram depósito
em outra instituição financeira, que passa a dispor da
capacidade de gerar novo crédito a outro cliente, e
assim por diante.
(Trechos adaptados de http://www.bcb.gov.br – Histórico.)
O sujeito do verbo representar – “Os recolhimentos compulsórios sobre
depósitos e os recursos em trânsito de terceiros, depósitos sob aviso,
cobrança e arrecadação de tributos e cheques administrativos” – está
no plural, e, por isso, o verbo deve concordar em número e pessoa com
o sujeito, sendo corretamente reescrito em representam.
Gabarito “C”
60
Atenção: A questão a seguir baseia-se no texto apresentado abaixo.
Nas formas de vida coletiva podem assinalar-se dois
princípios que se combatem de morte e regulam diversamente as atividades dos homens. Esses dois princípios
encarnam-se nos tipos do aventureiro e do trabalhador. Já
nas sociedades rudimentares manifestam-se eles, segundo
sua predominância, na distinção fundamental entre os
povos caçadores ou coletores e os povos lavradores.
Para uns, o objeto final, a mira de todo esforço, o ponto
de chegada, assume relevância tão capital, que chega a
dispensar, por secundários, quase supérfluos, todos os
processos intermediários. Seu ideal será colher o fruto
sem plantar a árvore.
Esse tipo humano ignora as fronteiras. No mundo tudo
se apresenta a ele em generosa amplitude e onde quer
que se erija um obstáculo a seus propósitos ambiciosos,
sabe transformar esse obstáculo em trampolim. Vive dos
espaços ilimitados, dos projetos vastos, dos horizontes
distantes.
O trabalhador, ao contrário, é aquele que enxerga primeiro a dificuldade a vencer, não o triunfo a alcançar. O
esforço lento, pouco compensador e persistente que, no
entanto, mede todas as possibilidades de esperdício e
sabe tirar o máximo proveito do insignificante, tem sentido
bem nítido para ele. Seu campo visual é naturalmente
restrito. A parte maior que o todo.
Existe uma ética do trabalho, como existe uma ética
da aventura. Assim, o indivíduo do tipo trabalhador só
atribuirá valor moral positivo às ações que sente ânimo
de praticar e, inversamente, terá por imorais e detestáveis
as qualidades próprias do aventureiro - audácia, imprevidência, irresponsabilidade, instabilidade, vagabundagem
-, tudo, enfim, quanto se relacione com a concepção
espaçosa do mundo, característica desse tipo.
Por outro lado, as energias e esforços que se dirigem a
uma recompensa imediata são enaltecidos pelos aventureiros; as energias que visam estabilidade, paz, segurança
pessoal e os esforços sem perspectiva de rápido proveito
material passam, ao contrário, por viciosos e desprezíveis
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
para eles. Nada lhes parece mais estúpido e mesquinho
do que o ideal do trabalhador.
Entre esses dois tipos não há, em verdade, tanto uma
oposição absoluta como uma incompreensão radical.
Ambos participam, em maior ou menor grau, de múltiplas combinações e é claro que, em estado puro, nem o
aventureiro, nem o trabalhador, possuem existência real
fora do mundo das ideias. Mas também não há dúvida
que os dois conceitos nos ajudam a situar e a melhor
ordenar nosso conhecimento dos homens e dos conjuntos
sociais. E é precisamente nessa extensão superindividual
que eles assumem importância inestimável para o estudo
da formação e evolução das sociedades.
Na obra da conquista e da colonização dos novos
mundos coube ao espírito do trabalho, no sentido aqui
compreendido, papel muito limitado, quase nulo. A época
predispunha aos gestos e façanhas audaciosos, galardoando bem os homens de grandes voos. E não foi fortuita
a circunstância de se terem encontrado neste continente,
empenhadas nessa obra, principalmente as nações onde o
tipo do trabalhador, tal como acaba de ser discriminado,
encontrou ambiente menos propício.
61
- foram entendidos durante muitos anos pela ordem
dominante como ferramentas subversivas. Esta subversão
gestou e gerou o mundo em que vivemos. Um mundo
onde a iniquidade social ainda incomoda e assusta, mas
no qual todas as barreiras para a geração de riqueza e
de conhecimento foram derrubadas, num processo que
também gerou a onda de inovação que estamos vivendo
e a possibilidade de darmos o próximo salto.
Não é função da indústria pensar a educação. A missão
de qualquer empresa é lutar com todas as suas forças
para crescer e se perpetuar. Mesmo quando isso vai de
encontro aos interesses da comunidade em que ela está
inserida. Ela jamais poderá pensar com a devida isenção
numa plataforma de serviços focada em educação.
Por isso mesmo, nenhum representante da indústria de
tecnologia poderia ter sido pioneiro num projeto de educação fundamentado nas profundas e dramáticas mudanças que a cibernética tem trazido para as nossas vidas.
(Trecho do artigo do jornalista Rodrigo Lara Mesquita.
O Estado de S. Paulo, A2, 4 de maio de 2007.)
A forma
verbal de singular que também poderia ter sido empregada corretamente no plural está grifada na frase
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) Para uns, o
objeto final, a mira de todo esforço, o ponto de chegada,
assume relevância tão capital ... (1º parágrafo)
O verbo está flexionado no singular porque
(A) houve um deslize em relação ao que dispõe a norma
culta.
(B) pode ocorrer concordância com o predicativo do
sujeito, que está no singular.
(C) se excluíram os dois termos anteriores, que apresen-
tam sentido de oposição entre si.
(D) os termos que constituem o sujeito formam uma série
de expressões de sentido equivalente.
(E) um só termo pode sintetizar toda a frase, embora não
esteja explícito no contexto.
Segundo as regras de concordância verbal com sujeito composto,
sujeitos de sentido equivalentes podem ser considerados como sujeitos
simples, e, por isso, o verbo é flexionado no singular. Porém, nesse
tipo de oração, há outra possibilidade de concordância: verbo no plural
concordando com os núcleos do sujeito.
(A) ... a ordem social era imutável. ..
(B) ... e a Igreja, junto com o poder absolutista, tinha o
monopólio da informação.
(C) ... num processo que também gerou a onda de ino-
vação ...
(D) ... quando isso vai de encontro aos interesses da
comunidade...
(E) ... em que ela está inserida.
Quando o sujeito composto for ligado por com, o verbo fica ou no
singular ou no plural, dependerá da ênfase que se quer dar: ou a algum
dos núcleos do sujeito ou aos dois.
Gabarito “B”
(Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil. 2ª ed.
Rio de Janeiro: José Olympio, 1948, p. 36-39.)
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) A
concor-
dância está inteiramente correta na frase:
(A) Os efeitos do uso do computador na educação cresce
A cultura, e consequente organização social, política e
econômica dominante na sociedade contemporânea,
ainda é aquela que começou a nascer no século XVI,
quando um conjunto de inovações tecnológicas num
contexto histórico favorável contribuiu para o início
do enterro do Antigo Regime, no qual a Terra estava
no centro do universo, a ordem social era imutável e a
Igreja, junto com o poder absolutista, tinha o monopólio
da informação.
exponencialmente ao se ultrapassar as fronteiras da
escola, criando-se novas formas de interesse.
(B) Viagens virtuais simuladas em computador torna
possível às crianças sobrevoar regiões distantes do
planeta e perceber o interior de uma célula em detalhes microscópicos.
(C) Quando bem usados, os computadores têm contribuído de forma decisiva para despertar o interesse
pela leitura, com a inclusão de imagens animadas e
de recursos sonoros nos livros digitais.
(D) O efeito revolucionário do uso de computadores nas
salas de aula tornaram-no essenciais em projetos de
pesquisas que busca ultrapassar as fronteiras geográficas, reduzindo as distâncias.
(E) Com os computadores em rede, as etapas de uma
experiência de física pode ser dividida e também é
possível longos debates sobre assuntos diversificados.
A prensa de Gutenberg estava entre as inovações tecnológicas que contribuíram para a ascensão do mundo
burguês. E os seus principais produtos - o livro e o jornal
A: incorreta, pois o verbo crescer não está concordando com seu sujeito
efeitos do uso; B: incorreta, porque o verbo torna não concorda com
o sujeito Viagens virtuais; C: correta; D: incorreta, pois o verbo busca
Gabarito “D”
Atenção: As questões a seguir baseiam-se no texto apresentado abaixo.
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ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
não concorda com o sujeito projetos de pesquisas; E: incorreta, porque
o verbo pode não concorda com o sujeito etapas.
Gabarito “C”
4. ANÁLISE SINTÁTICA
(Analista – TRT/1ª – 2012 – FCC) É exemplo de construção na
voz passiva o segmento sublinhado na seguinte frase:
(A) Ainda ontem fui tomado de risos ao ler um trechinho
de crônica.
(B) A Solange toma especial cuidado com a escolha dos
vocábulos.
(C) D. Glorinha e sua filha não partilham do mesmo gosto
pelo requinte verbal.
(D) O enrubescimento da mãe revelou seu desconforto
diante da observação da filha.
(E) Lembro-me de uma visita que recebemos em casa,
há muito tempo.
Chama-se voz passiva a construção na qual o sujeito, ao invés de agir,
recebe a ação verbal. Ela está presente somente na alternativa “A”, que
deve ser assinalada. Note que o sujeito oculto “eu” não diz que “riu”
(praticando, assim, a ação verbal), mas que “foi tomado de risos”, ou
seja, recebeu a ação do verbo “tomar”. Em todas as demais, temos voz
ativa, isto é, o próprio sujeito praticando a ação (tomar cuidado, partilhar,
revelar). A letra “E” merece atenção, porque é voz ativa. O sujeito da oração
sublinhada está oculto (“nós”) e ele pratica a ação verbal de “receber”.
O Cinema Novo nasceu na virada da década de 1950 para
a de 1960, sobre as cinzas dos estúdios Vera Cruz (empresa
paulista que faliu em 1957 depois de produzir dezoito
filmes). “Nossa geração sabe o que quer”, dizia o baiano
Glauber Rocha já em 1963. Inspirado por Rio 40 graus e
por Vidas secas, que Nelson Pereira dos Santos lançara em
1954 e 1963, Glauber Rocha transformaria, com Deus e o
diabo na terra do sol, a história do cinema no Brasil. Dois
anos depois, o cineasta lançou Terra em Transe, que talvez
tenha marcado o auge do Cinema Novo, além de ter sido
uma das fontes de inspiração do Tropicalismo.
A ponte entre Cinema Novo e Tropicalismo ficaria mais
evidente com o lançamento, em 1969, de Macunaíma,
de Joaquim Pedro de Andrade. Ao fazer o filme, Joaquim
Pedro esforçou-se por torná-lo um produto afinado com a
cultura de massa. “A proposição de consumo de massa no
Brasil é algo novo. A grande audiência de TV entre nós é um
fenômeno novo. É uma posição avançada para o cineasta
tentar ocupar um lugar dentro dessa situação”, disse ele.
Incapaz de satisfazer plenamente as exigências do mercado, o Cinema Novo deu os seus últimos suspiros em
fins da década de 1970 − período que marcou o auge
das potencialidades comerciais do cinema feito no Brasil.
(Adaptado de Eduardo Bueno. Brasil: uma história.
Ed. Leya, 2010. p. 408)
Gabarito “A”
(Analista – TRT/6ª – 2012 – FCC) Transpondo-se para a voz passiva
(A) Terá havido sempre quem tem rejeitado que o Estado
interferisse nas questões religiosas.
(B) A interferência do Estado nas questões religiosas
sempre haverá de ser rejeitada por alguém.
(C) Sempre haverá de ter quem rejeite que o Estado inter-
ferisse nas questões religiosas.
(D) A interferência do Estado nas questões religiosas
sempre tem encontrado quem a rejeita.
(E) As questões religiosas sempre haverão de rejeitar que
o Estado venha a interferir nelas.
A transposição para a voz passiva é feita deslocando o sujeito da voz
ativa como agente da passiva; o complemento verbal da voz ativa se
torna o sujeito paciente; e o verbo na voz ativa é conjugado em seu
particípio composto ao lado de um verbo auxiliar. No nosso caso,
como a oração na voz ativa não tem sujeito, ao realizar a transposição ela pode ser facultativamente complementada por “alguém”: “A
interferência do Estado nas questões religiosas sempre haverá de ser
rejeitada (por alguém)”.
Em outubro de 1967, quando
Gilberto Gil e Caetano Veloso apresentaram as canções
Domingo no parque e Alegria, Alegria, no Festival da TV
Record, logo houve quem percebesse que as duas canções eram influenciadas pela narrativa cinematográfica ...
(Analista – TRT9 – 2012 – FCC)
Transpondo-se a primeira das frases grifadas acima para
a voz passiva e a segunda para a voz ativa, as formas
verbais resultantes serão, respectivamente:
(A) se apresentaram − influencia
(B) foi apresentado − se influenciaram
(C) eram apresentadas − influenciou
(D) foram apresentadas − influenciava
(E) são apresentadas − influenciou
Com a primeira oração na voz passiva, teremos: “As canções ‘Domingo
no parque’ e ‘Alegria, alegria’ foram apresentadas por Gilberto Gil e
Caetano Veloso no Festival da TV Record”. Com a segunda oração
na voz ativa, teremos: “A narrativa cinematográfica influenciava as
duas canções”.
Gabarito “D”
a frase Sempre haverá quem rejeite a interferência do
Estado nas questões religiosas, mantendo-se a correta
correlação entre tempos e modos verbais, ela ficará:
Gabarito “B”
(Analista – TRT/11ª – 2012 – FCC) Existe transposição de uma voz
Em outubro de 1967, quando Gilberto Gil e Caetano
Veloso apresentaram as canções Domingo no parque e
Alegria, Alegria, no Festival da TV Record, logo houve quem
percebesse que as duas canções eram influenciadas pela
narrativa cinematográfica: repletas de cortes, justaposições
e flashbacks. Tal suposição seria confirmada pelo próprio
Caetano quando declarou que fora “mais influenciado por
Godard e Glauber do que pelos Beatles ou Dylan”. Em
1967, no Brasil, o cinema era o que havia de mais intenso
e revolucionário, superando o próprio teatro, cuja inquietação tinha incentivado os cineastas a iniciar o movimento
que ficou conhecido como Cinema Novo.
verbal para outra em:
(A) Variam os níveis de percepção de uma fotografia =
São vários os níveis de percepção de uma fotografia.
(B) As fotografias são uma espécie de espelhos = As
fotografias tornam-se uma espécie de espelhos.
(C) A percepção de uma imagem muda com o passar do
tempo = O passar do tempo muda a percepção de
uma imagem.
(D) Os olhares hão de descongelar cada imagem = Cada
imagem há de ser descongelada pelos olhares.
(E) Certas fotos se assemelham a espelhos = Há espelhos
aos quais certas fotos se tornam semelhantes.
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
63
A, B e E: incorretas. Os verbos permaneceram na voz ativa. As alterações apenas substituíram verbos de ação por verbos de ligação, transformando os predicados verbais e nominais; C: incorreta. Houve apenas inversão dos elementos da oração; D: correta. No segundo trecho, o verbo
foi transposto para a voz passiva analítica.
Gabarito “D”
(Analista – TRT/20ª – 2011 – FCC) A
transposição para a voz ativa da frase Foi assim que sempre se fez a literatura tem como
resultado:
(A) Sempre foi assim que a literatura fez.
(B) Assim é que sempre foi feita a literatura.
(C) Terá sido feito sempre assim, a literatura.
(D) Foi sempre assim que a literatura tem feito.
(E) Foi assim que sempre fizeram a literatura.
Temos “se fez a literatura”. O verbo fazer é transitivo direto. O pronome se é apassivador. A oração está na voz passiva sintética. A voz passiva
analítica seria: A literatura foi feita [“por eles”]. O sujeito é indeterminado. A forma verbal “foi feita” está no pretérito perfeito do indicativo. Na
transposição da voz passiva para a ativa, o agente da passiva torna-se sujeito da ativa (nesse caso, será sujeito indeterminado); o sujeito da
passiva torna-se objeto da ativa. O verbo do sujeito indeterminado fica na 3ª. pessoa do plural. O verbo ficará no mesmo tempo e modo da oração
na passiva. Desse modo teremos: “fizeram [verbo no pretérito perfeito do indicativo] a literatura”.
Gabarito “E”
Veja a resolução esquematizada:
VOZ VERBAL
SUJEITO
VERBO TRANSITIVO DIRETO
Passiva analítica
A literatura
foi feita
(verbo ser no pretérito perfeito
do indicativo + particípio)
ATIVA
sujeito
indeterminado
Fizeram
(pretérito perfeito do indicativo na 3ª.
pessoa do plural)
a literatura
“que se fez” = fez-se
(pretérito perfeito do indicativo)
a literatura
Passiva sintética
(Analista – TRT/23ª – 2011 – FCC) Tanto
OBJETO DIRETO
AGENTE DA
PASSIVA
as fontes quanto a própria historiografia falavam a linguagem do poder ...
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:
(A) eram faladas.
(B) foi falada.
(C) se falaram.
(D) era falada.
(E) tinha-se falado.
O verbo falar em “falavam a linguagem do poder” está no pretérito imperfeito do indicativo. Ao transpor a oração para a voz passiva, a forma verbal
resultante ficará no mesmo tempo e modo: “A linguagem do poder era falada tanto pelas fontes quanto pela própria historiografia.”
Gabarito “D”
Veja a resolução esquematizada:
VOZ VERBAL
SUJEITO
VERBO TRANSITIVO DIRETO
Passiva analítica
A linguagem
do poder
era falada
(verbo ser no pretérito imperfeito
do indicativo + particípio)
ATIVA
sujeito
indeterminado
Falavam
(pretérito imperfeito do indicativo
na 3ª pessoa do plural)
OBJETO DIRETO
AGENTE DA
PASSIVA
a linguagem
do poder
(Analista – TRT/24ª – 2011 – FCC) Transpondo-se para a voz passiva a frase Hoje a autoria institucional enfrenta séria concorrência dos autores anônimos, obter-se-á a seguinte forma verbal:
(A) são enfrentados.
(B) tem enfrentado.
(C) tem sido enfrentada.
(D) têm sido enfrentados.
(E) é enfrentada.
Na transposição da voz ativa para a passiva, o sujeito da ativa (“a autoria institucional”) será o agente da passiva (“pela autoria institucional”) e o
objeto da ativa (“séria concorrência”) será o sujeito da passiva. O verbo auxiliar da passiva estará no mesmo tempo e modo que o verbo enfrentar
na ativa (presente do indicativo): “Hoje a séria concorrência dos autores anônimos é enfrentada pela autoria institucional”.
Gabarito “E”
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64
ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
Veja a resolução esquematizada:
VOZ VERBAL
SUJEITO
VERBO TRANSITIVO DIRETO
Passiva analítica
Séria
concorrência
é enfrentada
(verbo ser no presente
do indicativo + particípio)
ATIVA
A autoria
institucional
enfrenta
(presente do indicativo)
OBJETO DIRETO
AGENTE DA
PASSIVA
pela autoria
institucional
séria
concorrência
Com a substituição do segmento grifado pela expressão entre parênteses no final da transcrição, o verbo que deverá ser mantido no singular está em:
(Analista – TRE/TO – 2011 – FCC)
(A) ... um tema que se discuta nos bares ... (daqueles temas)
(B) ... o raciocínio conservacionista tem sido puramente contábil ... (o raciocínio dos conservacionistas)
(C) Mas, ainda que seja um assunto cada vez mais popular ... (assuntos cada vez mais populares)
(D) ... de quem está mergulhado nas decisões mais prosaicas do dia a dia. (daqueles que)
(E) ... nunca, na história do planeta, registrou-se um número tão grande de espécies ameaçadas. (tantas espécies
ameaçadas)
A: “daqueles temas que se discutiam nos bares”; B: o núcleo do sujeito [raciocínio] continua sendo singular; C: “ainda que sejam assuntos”; D:
“daqueles que estão mergulhando”; E: “tantas espécies foram registradas” (voz passiva analítica) ou “registraram-se tantas espécies”(voz passiva
sintética). Lembre que quando há o verbo transitivo direto + se, essa partícula é apassivadora. A oração está na voz passiva sintética. Assim, o
verbo concorda com o sujeito da passiva analítica que é igual ao objeto direto da passiva sintética ou da ativa.
Gabarito “B”
Veja a resolução esquematizada da alternativa E, com a opção no singular: “registrou-se um número tão grande de espécies ameaçadas”
VOZ VERBAL
SUJEITO
VERBO TRANSITIVO DIRETO
Passiva analítica
Um número tão
grande...
foi registrado
(verbo ser no pretérito perfeito
do indicativo + particípio)
ATIVA
sujeito
indeterminado
Registraram
(pretérito perfeito do indicativo na 3ª.
pessoa do plural)
um número tão
grande...
Registrou-se
(pretérito perfeito do indicativo + SE)
um número tão
grande...
Passiva sintética
OBJETO DIRETO
AGENTE DA
PASSIVA
Veja a resolução esquematizada da alternativa E, com a substituição sugerida: “tantas espécies ameaçadas”
VOZ VERBAL
SUJEITO
VERBO TRANSITIVO DIRETO
Passiva analítica
Tantas espécies
ameaçadas
foram registradas
(verbo ser no pretérito perfeito
do indicativo + particípio)
ATIVA
sujeito
indeterminado
Registraram
(pretérito perfeito do indicativo na 3ª.
pessoa do plural)
tantas espécies
ameaçadas
Registraram-se
(pretérito perfeito do indicativo + SE)
tantas espécies
ameaçadas
Passiva sintética
OBJETO DIRETO
AGENTE DA
PASSIVA
Assim como os antigos moralistas escreviam máximas, deu-me vontade de escrever o que se poderia chamar de mínimas, ou seja, alguma coisa que, ajustada às limitações do meu engenho, traduzisse um tipo de experiência vivida,
que não chega a alcançar sabedoria mas que, de qualquer modo, é resultado de viver.
Andei reunindo pedacinhos de papel em que estas anotações vadias foram feitas e ofereço-as ao leitor, sem que
pretenda convencê-lo do que penso nem convidá-lo a repensar suas ideias. São palavras que, de modo canhestro,
aspiram a enveredar pelo avesso das coisas, admitindo-se que elas tenham um avesso, nem sempre perceptível mas
às vezes curioso ou surpreendente.
C.D.A.
(Carlos Drummond de Andrade. O avesso das coisas [aforismos].
5.ed. Rio de Janeiro: Record, 2007, p. 3)
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
(Analista – TRF/1ª – 2011 – FCC)
65
...em que estas anotações vadias foram feitas...
Observando o contexto em que a frase acima foi empregada, a sua transposição para a voz ativa produz corretamente
a seguinte forma verbal:
(A) fizeram-se.
(B) tinha feito.
(C) fiz.
(D) faziam.
(E) poderia fazer.
Pelo contexto sabe-se que as anotações foram feitas pelo escritor. Veja trecho: “[Eu] Andei reunindo pedacinhos de papel em que estas anotações
vadias foram feitas e [eu] ofereço-as ao leitor”.
Gabarito “C”
Veja a resolução esquematizada:
VOZ VERBAL
SUJEITO
VERBO TRANSITIVO DIRETO
Passiva analítica
Estas anotações
vadias
foram feitas
(verbo ser no pretérito prefeito
do indicativo + particípio)
ATIVA
Eu
fiz
(pretérito perfeito do indicativo)
(Analista – TRT/16ª – 2009 – FCC) Verifica-se
OBJETO DIRETO
AGENTE DA
PASSIVA
por mim
estas anotações
vadias
correta transposição de uma para outra voz verbal no seguinte caso:
(A) Gravei (...) obras-primas (3º parágrafo) = tinham sido gravadas obras-primas.
(B) os livros continuam em minha biblioteca (3º parágrafo) = os livros têm continuado em minha biblioteca.
(C) podemos acessar os mesmos conteúdos = os mesmos conteúdos podem ser acessados.
(D) dedicou-se à questão (1º parágrafo) = a ela foi dedicada.
(E) se realizam estudos (1º parágrafo) = estudos sejam realizados.
A: “As obras-primas foram gravadas”; B: nessa oração o verbo continuar é intransitivo. Não é possível a transposição para a voz passiva; C: está correta
a assertiva; D: nessa oração o verbo dedicar-se é transitivo indireto. Não é possível a transposição para a voz passiva; E: “Estudos são realizados”.
Gabarito “C”
(Analista – TRE/PI – 2009 – FCC) O que se pode atestar com certeza é que essa transformação deu novo ânimo à economia
(...). Mantém-se corretamente a voz passiva do verbo grifado acima, respeitando seu sentido original, caso seja feita
a substituição por:
(A) pode ser atestado.
(B) é possível atestar.
(C) se havia atestado.
(D) tem sido atestado.
(E) seria possível atestar.
Transpondo a oração para a voz passiva, teremos: “Que essa transformação deu novo ânimo à economia pode ser atestado com certeza.”
Gabarito “A”
Veja a resolução esquematizada:
VOZ VERBAL
SUJEITO
VERBO TRANSITIVO DIRETO
Passiva analítica
Que essa transformação deu novo
ânimo
pode ser atestado
(verbo ser no infinitivo + particípio
do principal)
o que se pode atestar
(verbo principal no infinitivo)
Passiva sintética
(Analista – TJ/SE – 2009 – FCC) NÃO
OBJETO DIRETO
AGENTE DA
PASSIVA
que essa transformação deu novo
ânimo...
é possível transpor para a voz passiva a seguinte construção:
(A) Florença, com seu ciclo artístico, serve como exemplo.
(B) Isaac Newton não descobriu a lei da gravidade por causa de uma maçã.
(C) A pintura florentina ampliou os horizontes da arte.
(D) Gutenberg adaptou a prensa de vinho a uma nova função.
(E) O caso exemplifica uma reciclagem.
A: o verbo servir nessa oração é transitivo indireto predicativo e não admite transposição para a voz passiva; B: “A lei da gravidade não foi descoberta por Isaac Newton por causa de uma maçã.”; C: “Os horizontes da arte foram ampliados pela pintura florentina.”; D: “A prensa de vinha foi
adaptada por Gutenberg a uma nova função.”; E: “Uma reciclagem é exemplificada pelo caso.”
Gabarito “A”
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ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
(Analista – TRT/2ª – 2008 – FCC) Transpondo-se para a voz passiva o segmento ninguém descobre sua timidez, a forma verbal
resultante será:
(A) não
(B) não
(C) não
(D) não
(E) não
terá descoberto.
será descoberta.
terá sido descoberta.
é descoberta.
tem descoberto.
Na transposição da voz ativa para a passiva, o sujeito da ativa (ninguém) será o agente da passiva (por ninguém) e o objeto da ativa (“sua timidez”)
será o sujeito da passiva. O verbo auxiliar da passiva estará no mesmo tempo e modo que o descobrir na ativa (presente do indicativo): “Sua
timidez não é descoberta por ninguém.”.
Gabarito “D”
Veja a resolução esquematizada:
VOZ VERBAL
SUJEITO
VERBO TRANSITIVO DIRETO
OBJETO DIRETO
ATIVA
Ninguém
descobre
(presente do indicativo)
sua timidez
Passiva analítica
Sua timidez
não é descoberta
(verbo ser no presente
do indicativo + particípio)
AGENTE DA
PASSIVA
por ninguém
(Analista – TRT/19ª – 2008 – FCC) Transpondo-se para a voz passiva a frase Nesta visão, os valores morais dariam o balizamento
do agir, a forma verbal resultante deverá ser:
(A) seria dado.
(B) teriam dado.
(C) seriam dados.
(D) teriam sido dados.
(E) fora dado.
Na transposição da oração para a voz passiva, o sujeito da voz ativa (“os valores morais”) será o agente da passiva (“pelos valores morais”) e o
objeto direto (“o balizamento do agir”) da voz ativa será o sujeito da passiva: “Nesta visão, o balizamento do agir seria dado pelos valores morais.”
Gabarito “A”
Veja a resolução esquematizada:
VOZ VERBAL
SUJEITO
VERBO TRANSITIVO DIRETO
OBJETO
DIRETO
ATIVA
Os valores morais
dariam
(futuro do pretérito do indicativo)
o balizamento do
agir
Passiva analítica
O balizamento do
agir
seria dado
(verbo ser no futuro do pretérito do indicativo + particípio)
(A) A prova de que não somos uma coisa só está em cada
dia que amanhece.
(B) Outro dia recortei da Internet este fragmento de um
blog (...).
(C) A humanidade não tem jeito.
(D) O pessimista não é inimigo das idealizações, muito
pelo contrário.
(E) Nem tudo está perdido.
A: o verbo estar é intransitivo e não é possível a transposição para a
voz passiva; B: “Este fragmento de um blog foi outro dia recortado da
Internet por mim” – o verbo recortar é transitivo direto, de modo que
é possível a transposição para a voz passiva; C, D e E: os verbos ter,
ser e estar são verbos predicativos nessas orações. Não é possível a
transposição para a voz passiva.
Gabarito “B”
(Analista – TRT/23ª – 2007 – FCC)
É exemplo de construção
verbal na voz passiva:
(A) Como não concordar com a oportunidade da frase?
pelos valores
morais
(B) Se não transpõe o limite da queixa (...)
(C) (...) pautam sua vida por princípios de dignidade.
(D) (...) vêm sendo investigadas e punidas.
(E) (...) não indo além de um mero discurso ético.
Da forma verbal ativa [sujeito] vem investigando e punindo [objeto
direto no plural] obteve-se a voz passiva: “vêm sendo investigadas
e punidas”.
Gabarito “D”
(Analista – TRF/5ª – 2008 – FCC) A frase que admite transposição
para a voz passiva é:
AGENTE DA
PASSIVA
(Analista – TRE/MS – 2007 – FCC) NÃO admite transposição para
a voz passiva a seguinte construção:
(A) A orientação do nosso ensino deveria contemplar
nossa fecundidade indisciplinada.
(B) Uma revolução na orientação do ensino brasileiro
depende de uma combinação de múltiplas iniciativas.
(C) A leitura responsável de um texto sempre considerará
a possibilidade de seus múltiplos sentidos.
(D) A maioria dos professores considera tão somente uma
solução única para cada problema.
(E) O método dialético estimula, acima de qualquer
certeza dogmática, a valorização das contradições.
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
universo.
(B) A mensagem chegou com o título de “A Bela Azul”.
(C) O coração coloca as razões do amor no centro do
universo.
(D) Anunciam os cientistas a agonia de nossa Bela Azul.
(E) A presença da natureza por vezes nos desvia da leitura
de um livro.
A construção com verbo intransitivo (chegar) não permite a transposição da oração para a voz passiva.
Gabarito “B”
(Analista – TRE/SE – 2007 – FCC) NÃO
admite transposição para
a voz passiva a seguinte construção:
(A) O atual desequilíbrio climático certamente compro-
meterá nossos recursos.
(B) Nossos descendentes haverão de reconhecer esses
efeitos devastadores.
(C) Trata-se de uma consequência direta dos fundamentos
do cristianismo.
(D) Nossa própria cultura engendrou esse dilema de difícil
solução.
(E) Muitos sustentam a possibilidade de superação desse
nosso dilema.
Nessa oração o verbo tratar é transitivo indireto, a palavra se é índice
de indeterminação do sujeito. Não é possível a transposição para a
voz passiva.
Gabarito “C”
(Analista – TRF/2º – 2007 – FCC) Transpondo
a frase “os extraordinários acontecimentos pareciam dividir nitidamente o
mundo entre os defensores e os inimigos da liberdade e
do progresso social” para a voz passiva, a forma verbal
corretamente obtida é:
(Analista – TJ/PE – 2007 – FCC) Transpondo-se para voz passiva
o segmento Para alimentar nossa insatisfação, a forma
verbal resultante será
(A) seja alimentada.
(B) alimentemos.
(C) seria alimentada.
(D) tenha alimentado.
(E) fosse alimentado.
“Para que nossa insatisfação seja alimentada”: o objeto direto da voz
ativa torna-se o objeto da voz passiva.
A humanidade tem dominado
a natureza a fim de tornar a vida cada vez mais longa e
mais cômoda.
(Analista – TRE/SP – 2006 – FCC)
Na frase acima,
I.
a transposição para outra voz verbal implicará em
substituir-se tem dominado por tem sido dominada.
II. a substituição de A humanidade por Os homens
implicará, obrigatoriamente, alteração na voz verbal.
III. a expressão a fim de tornar a vida tem sentido equivalente ao de a fim de que a vida se torne.
Está correto o que se afirma SOMENTE em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) II e III.
(E) I e III.
I: a oração original está na voz ativa. Na transposição para a voz passiva,
o objeto direto passa a ser sujeito e o sujeito da ativa passa a ser o
agente da passiva: “A natureza tem sido dominada pela humanidade a
fim de tornar a vida cada vez mais longa e mais cômoda.”. Está correta
essa assertiva; II: a substituição não implicará alteração na voz verbal.
O agente da passiva “pela humanidade” seria substituído por “pelos
homens”. Essa assertiva é incorreta; III: a oração reduzida adverbial
final “a fim de tornar a vida” equivale à desenvolvida “a fim de que a
vida se torne”. A assertiva está correta.
Gabarito “E”
(A) Os astrônomos antigos colocaram-na no centro do
“O respeito de meus pais pelas ficções foi transmitido [por mim]”.
Gabarito “A”
Gabarito “B”
(Analista – TRE/PB – 2007 – FCC) A construção que NÃO admite
transposição para a voz passiva é:
(E) transmitiram-me.
Gabarito “C”
A: “A nossa fecundidade indisciplinada deveria ser contemplada pela
orientação do nosso ensino.”; B: o verbo depender é transitivo indireto
e não admite transposição para a voz passiva; C: “A possibilidade de
seus múltiplos sentidos sempre será considerada pela leitura responsável de um texto.”; D: “Uma solução única para cada problema é tão
somente considerada pela maioria dos professores.”; E: “A valorização
das contradições é, acima de qualquer certeza dogmática, estimulada
pelo método dialético.
67
(Analista – TRF/1º – 2006 – FCC) A frase que admite transposição
para a voz passiva é:
(A) parecia ser dividido.
(B) pareciam ter sido divididos.
(C) tinha sido dividido.
(D) tinha parecido dividir.
(E) pareciam dividirem.
(A) O país pode chegar a uma situação caótica.
(B) O editorial é um desrespeito à soberania cubana.
(C) A atenção do Estado cubano para com a saúde popular
“O mundo entre os defensores e os inimigos da liberdade e progresso
social parecia ser dividido nitidamente pelos extraordinários acontecimentos.”
(E) Cuba tem auxiliado países vítimas de catástrofes.
Gabarito “A”
a frase transmiti o respeito de meus pais pelas ficções, a
forma verbal resultante será
(A) fora transmitido.
(B) transmitiram-se.
(C) foi transmitido.
(D) terá sido transmitido.
revista.
Para que seja possível a transposição para a voz passiva, o verbo da
oração tem que ser transitivo direto.
Gabarito “E”
(Analista – TRF/4ª – 2007 – FCC) Transpondo-se para a voz passiva
é exemplo para todos.
(D) Houve indignação e protestos contra o editorial da
(Analista – TRT/4ª – 2006 – FCC) Transpondo-se para a voz passiva a frase tudo o que me importou na vida já escrevi,
ela ficará:
(A) Tudo o que me importou na vida já foi por mim escrito.
(B) Tudo o que a vida me importou já fora escrito por
mim.
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
(C) A vida já me importou em tudo o que escrevi.
(D) Já está escrito na vida tudo o que ela me importou.
(E) Tudo o que me importou na vida já tenho escrito.
O verbo é transitivo direto: escrever está na 1ª pessoa do singular do
pretérito perfeito. O sujeito é desinencial: eu. Na transposição da voz ativa
para a passiva, o sujeito da ativa (eu) será o agente da passiva (por mim)
e o objeto da ativa (“tudo o que me importou na vida”) será o sujeito
da passiva: “tudo o que me importou na vida já foi escrito por mim”.
Gabarito “A”
(Analista – TRT/6ª – 2006 – FCC) A
frase que NÃO admite transposição para a voz passiva é:
(A) (...) praticam hábitos saudáveis de vida.
(B) Penso também nas nadadoras.
(C) Elas olham para o placar.
(D) (...) é o tempo que elas amam.
(E) (...) não conseguiriam abraçar uma delas.
O verbo pensar na acepção de “procurar lembrar-se, imaginar” é transitivo indireto e não admite transposição para a voz passiva. É muito
importante saber que a transposição para a voz passiva somente é
possível quando o verbo da oração é transitivo direto.
(C) (...) a polícia tem apreendido papéis, a forma verbal
resultante será têm sido apreendidos.
(D) A advocacia exige qualificações específicas, a forma
verbal resultante será têm sido exigidas.
(E) (...) limitarei as anotações cabíveis aos campos da
Constituição e da lei vigente, a forma verbal resultante
será terei limitado.
Todos os verbos das assertivas (tipificar, ter praticado, ter apreendido,
exigir e limitar) são transitivos diretos. Desse modo, é possível a transposição para a voz passiva. A: “a atividade profissional é tipificada”; B:
“entradas forçosas têm sido praticadas (...) pela polícia”; C: “papéis têm
sido apreendidos pela polícia”; D: “qualificações específicas são exigidas
pela advocacia”; E: “as anotações cabíveis serão limitadas aos campos”.
Gabarito “C”
68
(Analista – TRT/13ª – 2005 – FCC) NÃO é possível a transposição
para a voz passiva do segmento sublinhado da frase:
(A) Aprecio uma reunião em que há o esforço de inventar
possíveis de convivência.
(B) O processo eleitoral parece ser o desmentido da
humildade necessária para o exercício da democracia.
Gabarito “B”
(C) Mitterrand perdeu as eleições por conta de uma
(Analista – TRT/24ª – 2006 – FCC) Transpondo-se
(D) As reuniões de moradores não obteriam êxito caso
(A) estão sendo criadas.
(B) são criadas.
(C) foram criadas.
(D) têm criado.
(E) têm sido criadas.
Reescrevendo a oração na voz ativa, teremos: “Os homens [sujeito]
criam instituições macabras [objeto direto no plural] (criam – lamentavelmente – contra sua própria humanidade)”. Na transposição para a
voz passiva, o objeto direto torna-se sujeito, e o sujeito da ativa será o
agente da passiva: “Instituições macabras são criadas pelos homens”.
Gabarito “B”
(Analista – TRT/3ª – 2005 – FCC) Não
declaração infeliz.
eles agissem como candidatos numa eleição.
(E) As promessas mirabolantes e a retórica vazia vêm
alimentando o discurso da maioria dos candidatos.
Não é possível a transposição para a voz passiva de oração que apresenta locução predicativa (“parecer ser”). É possível transpor para a
voz passiva orações que sejam desenvolvidas por verbo transitivo
direto. A: “Uma reunião é apreciada (por mim)”; C: “As eleições foram
perdidas por Mitterand”; D: “Êxito não seria obtido”; E: “O discurso
vem sendo alimentado”.
Gabarito “B”
para a voz passiva o segmento instituições macabras que os homens –
lamentavelmente – criam contra sua própria humanidade,
a forma verbal resultante será
Admite transposição para a
voz passiva o segmento sublinhado na seguinte frase:
(Analista – TRE/MG – 2005 – FCC)
(A) Esse modo de pensar opõe-se a todas as formas de
fundamentalismo.
é possível alterar a voz da
(B) (...) por provar que determinada linha de pesquisa
(A) A quantidade dos micreiros já constitui, de fato, uma
(C) Para os que lidam com a ciência, não há nada de
forma verbal da frase:
estava equivocada.
houve um divertido mal-entendido.
(C) Alguns velhos homens de letras olham com precon-
ceito essa tribo.
(D) A jovem repórter citada no texto tinha abortado uma
matéria, e não um filho.
(E) Recriações semânticas são feitas a partir de termos ou
expressões já antigos.
O verbo haver no sentido de existir é impessoal, não possui sujeito e
não permite a transposição de vozes.
excepcional nessa atitude (...)
(D) (...) se prepara para apresentar as devidas correções
diante de um plenário de cientistas.
(E) (...) a verdade reside congelada num passado remoto.
A: o verbo opor-se é transitivo indireto e não admite transposição para
a voz passiva; B: o verbo estar é predicativo e não admite transposição
para a voz passiva; C: o verbo lidar é transitivo indireto e não admite
transposição para a voz passiva; D: a oração admite transposição para
a voz passiva: “para as devidas correções serem apresentadas”; E: o
verbo residir é intransitivo e não admite transposição para a voz passiva.
Gabarito “D”
nação, mais do que uma simples tribo.
(B) No começo da informatização das redações de jornal,
Gabarito “B”
Transpondo-se para a voz
(Analista – TRE/RN – 2005 – FCC) NÃO admite transposição para
a voz passiva o seguinte segmento do texto:
(A) (...) alternativas diversas das que tipificam a atividade
(A) centenas de formigas devorando um lagarto.
(B) ao assistir a documentários sobre a violência do
(Analista – TRT/11ª – 2005 – FCC)
passiva a frase
profissional, a forma verbal resultante será são tipificadas.
(B) (...) a polícia tem praticado entradas forçosas em
escritórios de advocacia, a forma verbal resultante
será foram praticadas.
mundo animal.
(C) uma espécie de vespa cuja fêmea deposita seus ovos
dentro de lagartas.
(D) Predadores não sentem a menor culpa.
(E) quando matam as suas presas.
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
A: “Um lagarto sendo devorado por centenas de formigas”; B: o verbo
assistir nessa oração é transitivo indireto e não admite transposição
para a voz passiva; C: “Seus ovos dentro de lagartas são depositados
por uma espécie de vespa”; D: “A menor culpa não é sentida por
predadores.”; E: “Quando suas presas são mortas”.
Gabarito “B”
(Analista – TRE/BA – 2003 – FCC) A
única frase que NÃO admite
transposição para a voz passiva é:
(A) Podemos repetir uma experiência científica inúmeras
vezes.
(B) Os bons cientistas consideram o caminho traçado por
seus antecessores.
(C) Os melhores charlatões não resistem a um inquérito
verdadeiramente científico.
(D) Qualquer um de nós deseja compreender nosso vasto
e misterioso Universo.
(E) Que bom se conhecêssemos todas as forças responsáveis pela nossa existência...
A única frase que não admite a transposição para a voz passiva é a que
tem o verbo transitivo indireto (“resistir a”).
Gabarito “C”
E pode-se já antecipar, dizendo que tudo o que haverá
de constituir a matéria e o modo da crônica à brasileira
já é, desde a origem, a vocação primeira desse espaço
geográfico do jornal, deliberadamente frívolo, oferecido
como chamariz aos leitores afugentados pela modorra
cinza a que obrigava a forte censura napoleônica.
Considerado o contexto, é
correto afirmar que, no fragmento,
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
(A) a expressão do jornal (espaço geográfico do jornal)
pode ser substituída por “jornalístico”, sem prejuízo
do sentido original.
(B) trocando obrigava por “impunha”, o novo segmento
“pela modorra cinza a que impunha a forte censura”
continuaria adequado à norma padrão escrita.
(C) a expressão pela modorra cinza exerce a mesma
função sintática exercida pelo segmento assinalado
em “Corriam pela estrada solitária”.
(D) a expressão a forte censura napoleônica constitui o
objeto direto do verbo obrigava.
(E) a forma verbal obrigava denota que o fato ocorrido
no passado era habitual.
A: incorreta. O adjetivo “jornalístico” refere-se ao jornalismo como
atividade (o ato de publicar notícias e fatos), não ao jornal como meio
de publicação; B: incorreta. O verbo “impor” é transitivo direto, de forma
que a permanência da preposição “a” antes de “que” torna-se incorreta;
C: incorreta. No texto, “pela modorra cinza” exerce função sintática de
agente da passiva, ao passo que a oração traz, no termo sublinhado, um
adjunto adverbial de lugar; D: incorreta. “A forte censura napoleônica”
é sujeito do verbo “obrigava”; E: correta, por ser justamente a ideia
transmitida pelo pretérito imperfeito do indicativo.
Gabarito “E”
O segredo da acumulação
primitiva neoliberal
Numa coluna publicada na Folha de São Paulo, o jornalista Elio Gaspari evocava o drama recente de um navio
de crianças escravas errando ao largo da costa do Benin.
Ao ler o texto – que era inspirado -, o navio tornava-se
uma metáfora de toda a África subsaariana: ilha à deriva,
69
mistura de leprosário com campo de extermínio e reserva
de mão de obra para migrações desesperadas.
Elio Gaspari propunha um termo para designar esse
povo móvel e desesperado: “os cidadãos descartáveis”.
“Massas de homens e mulheres são arrancados de seus
meios de subsistência e jogados no mercado de trabalho
como proletários livres, desprotegidos e sem direitos.” São
palavras de Marx, quando ele descreve a “acumulação
primitiva”, ou seja, o processo que, no século XVI, criou
as condições necessárias ao surgimento do capitalismo.
Para que ganhássemos nosso mundo moderno, foi
necessário, por exemplo, que os servos feudais fossem,
à força, expropriados do pedacinho de terra que podiam
cultivar para sustentar-se. Massas inteiras se encontraram,
assim, paradoxalmente livres da servidão, mas obrigadas
a vender seu trabalho para sobreviver.
Quatro ou cinco séculos mais tarde, essa violência não
deveria ter acabado? Ao que parece, o século XX pediu
uma espécie de segunda rodada, um ajuste: a criação
de sujeitos descartáveis globais para um capitalismo
enfim global.
Simples continuação ou repetição? Talvez haja uma
diferença – pequena, mas substancial – entre as massas
do século XVI e os migrantes da globalização: as primeiras foram arrancadas de seus meios de subsistência, os
segundos são expropriados de seu lugar pela violência da
fome, por exemplo, mas quase sempre eles recebem em
troca um devaneio. O protótipo poderia ser o prospecto
que, um século atrás, seduzia os emigrantes europeus:
sonhos de posse, de bem-estar e de ascensão social.
As condições para que o capitalismo invente sua versão
neoliberal são subjetivas. A expropriação que torna essa
passagem possível é psicológica: necessita que sejamos
arrancados nem tanto de nossos meios de subsistência,
mas de nossa comunidade restrita, familiar e social, para
sermos lançados numa procura infinita de status (e, hipoteticamente, de bem-estar) definido pelo acesso a bens e
serviços. Arrancados de nós mesmos, deveremos querer
ardentemente ser algo além do que somos.
Depois da liberdade de vender nossa força de trabalho,
a “acumulação primitiva” do neoliberalismo nos oferece
a liberdade de mudar e subir na vida, ou seja, de cultivar
visões, sonhos e devaneios de aventura e sucesso. E,
desde o prospecto do emigrante, a oferta vem se aprimorando. A partir dos anos 60, a televisão forneceu os
sonhos para que o campo não só devesse, mas quisesse,
ir para a cidade.
O requisito para que a máquina neoliberal funcione é
mais refinado do que a venda dos mesmos sabonetes
ou filmes para todos. Trata-se de alimentar um sonho
infinito de perfectibilidade e, portanto, uma insatisfação
radical. Não é pouca coisa: é necessário promover e
vender objetos e serviços por eles serem indispensáveis
para alcançarmos nossos ideais de status, de bem-estar e
de felicidade, mas, ao mesmo tempo, é preciso que toda
satisfação conclusiva permaneça impossível.
Para fomentar o sujeito neoliberal, o que importa não é lhe
vender mais uma roupa, uma cortina ou uma lipoaspiração; é alimentar nele sonhos de elegância perfeita, casa
perfeita e corpo perfeito. Pois esses sonhos perpetuam o
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70
ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
sentimento de nossa inadequação e garantem, assim, que
ele seja parte inalterável, definidora, da personalidade
contemporânea.
nando-se sob o exclusivo impulso dos instintos. Mas o
homo sapiens afirmou-se como tal exatamente quando
estabeleceu critérios de controle dos impulsos primitivos.
Provavelmente seria uma catástrofe se pudéssemos, de
repente, acalmar nossa insatisfação. Aconteceria uma
queda total do índice de confiança dos consumidores. Bolsas e economias iriam para o brejo. Desemprego, crise, etc.
Variando de cultura para cultura, as regras de convívio
existem para dar base e estabilidade às relações entre os
homens. Não decorrem, aliás, apenas de iniciativas reconhecidas simplesmente como humanas: podem apresentar-se como manifestações da vontade divina, como valores
supremos, por vezes apresentados como eternos. Os dez
mandamentos ditados por Deus a Moisés são um exemplo
claro de que a religião toma para si a tarefa de orientar a
conduta humana por meio de princípios fundamentais. No
caso da lei mosaica, um desses princípios é o da interdição:
“Não matarás”, “Não cobiçarás a mulher do próximo” etc.
Ou seja: está suposto nesses mandamentos que o ponto de
partida para a boa conduta é o reconhecimento daquilo
que não pode ser permitido, daquilo que representa o
limite de nossa vontade e de nossas ações.
Melhor deixar como está. No entanto, a coisa não fica bem.
Do meu pequeno observatório psicanalítico, parece que
o permanente sentimento de inadequação faz do sujeito
neoliberal uma espécie de sonhador descartável, que corre
atrás da miragem de sua felicidade como um trem descontrolado, sem condutor, acelerando progressivamente por
inércia – até que os trilhos não aguentem mais.
(Contardo Calligaris, Terra de ninguém.
São Paulo: Publifolha, 2002)
Nota: O autor desse texto, Contardo Calligaris, é psicanalista e foi professor de estudos culturais na New School
de Nova York. Faz parte do corpo docente do Institute for
the Study of Violence, em Boston. É também colunista
da Folha de S. Paulo.
Para se evitar repetição de
palavras, expressões ou frases, pode-se recorrer a uma
elipse: embora não se represente de novo na frase, o
elemento oculto estará subentendido.
(Analista – BACEN – 2005 – FCC)
Considerando-se o contexto, há a elipse de
(A) na vida em (...) a acumulação primitiva nos oferece a
liberdade de mudar e subir na vida, ou seja, de cultivar
visões, sonhos e devaneios de aventura e sucesso.
(B) sonho infinito em trata-se de alimentar um sonho infinito de perfectibilidade e, portanto, uma insatisfação
radical.
(C) o que importa em (...) o que importa não é lhe vender
mais uma roupa, uma cortina, uma lipoaspiração; é
alimentar nele sonhos de elegância perfeita, casa
perfeita, e corpo perfeito.
(D) pudéssemos em provavelmente seria uma catástrofe se
pudéssemos, de repente, acalmar a nossa insatisfação.
(E) o sentimento em pois esses sonhos perpetuam o sentimento de nossa inadequação e garantem, assim, que
ele seja parte inalterável, definidora, da personalidade
contemporânea.
Há elipse (omissão de termo, expressão ou frase) na oração em: “(o que
importa) é alimentar nele sonhos”, de modo que a frase está omitida,
mas pode ser facilmente subtendida.
Nas sociedades modernas, os textos constitucionais e os
regulamentos de todo tipo multiplicam-se e sofisticam-se,
mas permanece como sustentação delas a ideia de que
os direitos e os deveres dizem respeito a todos e têm por
finalidade o bem comum. Para garantia do cumprimento
dos princípios, instituem-se as sanções para quem os
ignore. A penalidade aplicada ao indivíduo transgressor
é a garantia da validade social da norma transgredida.
Por isso, a impunidade, uma vez manifesta, quebra inteiramente a relação de equilíbrio entre direitos e deveres
comuns, e passa a constituir um exemplo de delito
vantajoso: aquele em que o sujeito pode tirar proveito
pessoal de uma regra exatamente por tê-la infringido.
Abuso de poder, corrupção, tráfico de influências, quando
não seguidos de punição exemplar, tornam-se estímulos
para uma prática delituosa generalizada. Um dos maiores
desafios da nossa sociedade é o de não permitir a proliferação desses casos. Se o ideal da civilização é permitir
que todos os indivíduos vivam e convivam sob os mesmos
princípios éticos acordados, a quebra desse acordo é a
negação mesma desse ideal da humanidade.
(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC) Transpondo para a voz
passiva a frase “Estão abrindo suas portas aos visitantes”,
a forma verbal resultante será ...... .
(A) serão abertas
(B) são abertas
(C) têm sido abertas
(D) têm aberto
(E) estão sendo abertas
A transposição correta para a voz passiva fica: “Suas portas aos visitantes estão sendo abertas”.
Gabarito “C”
Gabarito “E”
Da impunidade
(Inácio Leal Pontes)
O homem ainda não encontrou uma forma de organização social que dispense regras de conduta, princípios
de valor, discriminação objetiva de direitos e deveres
comuns. Todos nós reconhecemos que, em qualquer
atividade humana, a inexistência de parâmetros normativos implica o estado de barbárie, no qual prevalece a
mais dura e irracional das justificativas: a lei do mais
forte, também conhecida, não por acaso, como “a lei da
selva”. É nessa condição que vivem os animais, relacio-
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC) Expressa uma finalidade
a oração subordinada adverbial sublinhado em:
(A) (...) a religião toma para si a tarefa de orientar a con-
duta humana.
(B) (...) o sujeito pode tirar proveito pessoal de uma regra
por tê-la infringido.
(C) (...) o ponto de partida para a boa conduta é o
reconhecimento daquilo que não pode ser permitido.
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
(D) (...) as regras de convívio existem para dar base e
estabilidade às relações entre os homens.
(E) (...) o ideal da civilização é permitir que todos os
indivíduos vivam sob os mesmos princípios éticos
acordados.
A oração subordinada expressa finalidade na assertiva D: “as regras
(...) existem a fim de [para] dar base e estabilidade (...)”.
(E) Não se atribuem.
Somente na assertiva A a preposição de permaneceria. Nas outras
alternativas, haveria a necessidade de alteração ou exclusão da
preposição por exigência da regência verbal: A: “Não advêm apenas
de iniciativas”; B: “Não implicam apenas em iniciativas”; C: “Não têm
origem as iniciativas”; D: “Não se devem apenas às iniciativas”; E: “Não
se atribuem apenas às iniciativas”.
Gabarito “D”
Gabarito “A”
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC) Considerando-se o
contexto, deve-se entender que o sentido do elemento
sublinhado em
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC)
parágrafo) é equivalente ao de do mesmo modo.
(B) Não decorrem, aliás, apenas de iniciativas reconhecidas simplesmente como humanas (2º parágrafo) é
equivalente ao de por conseguinte.
(C) (...) a impunidade, uma vez manifesta, quebra
inteiramente a relação de equilíbrio (3º parágrafo) é
equivalente ao de quando.
(D) (...) um exemplo de delito vantajoso: aquele em que
o sujeito pode tirar proveito pessoal (3º parágrafo) é
equivalente ao de aonde.
(E) (...) a quebra desse acordo é a negação mesma desse
ideal da humanidade (3º parágrafo) é equivalente ao
de idêntica.
A: “como tal” indica o próprio homo sapiens, ou seja, o ser humano
afirmou-se como ser humano; B: “aliás” aponta para algo que o autor
lembrou durante o discurso argumentativo; um fundamento secundário,
paralelo; um reforço ao conceito anteriormente exposto; Não há ideia
de consequência a que se refere “por conseguinte”; C: a equiparação
é adequada; D: “aquele em que” remete ao “delito vantajoso”. “Aonde”
é advérbio que indica lugar de destino; E: embora “mesma” signifique,
usualmente, “idêntica”, no contexto tem a função de reforço da ideia
exprimida pela palavra “negação”. Poderia ser substituída por “é a
própria negação desse ideal”.
O termo sublinhado
constitui o sujeito da seguinte construção:
(A) Não se encontrou uma forma definitiva de organiza-
ção social.
(B) É nessa condição que vivem os animais.
(C) Tais delitos acabam tornando-se estímulos para a
banalização das transgressões.
(D) Ocorre isso por conta das reiteradas situações de
impunidade.
(E) Deve-se reconhecer na interdição um princípio da lei
mosaica.
O sujeito é o termo que pratica a ação verbal. A: a palavra se é pronome
apassivador. O sujeito da oração é “uma forma definitiva de organização
social”; B: a palavra condição é núcleo do complemento do verbo viver;
C: a palavra estímulos corresponde ao objeto direto do verbo; D: o
pronome demonstrativo isso é o sujeito do verbo ocorrer; E: a palavra
interdição corresponde a um complemento adverbial.
Gabarito “D”
(A) (...) mas o homo sapiens afirmou-se como tal (1º
71
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) Considere a seguinte
frase: A busca de distinção entre o que é “do bem” e o
que é “do mal” traz consigo um dilema (...). O verbo
trazer deverá flexionar-se numa forma do plural caso se
substitua o elemento sublinhado por
(A) O fato de quase todas as pessoas oscilarem entre o
bem e o mal (...).
(B) A dificuldade de eles distinguirem entre as boas e as
más ações (...).
Gabarito “C”
Transpondo-se para a
voz passiva a construção O homo sapiens estabeleceu
critérios de controle dos impulsos primitivos, a forma
verbal resultante será
(C) Muitas pessoas sabem que tal alternativa, nas diferen-
(A) foi estabelecido.
(B) são estabelecidos.
(C) tem estabelecido.
(D) têm sido estabelecidos.
(E) foram estabelecidos.
(E) As oscilações que todo indivíduo experimenta entre
Na transposição da voz ativa para a voz passiva teremos: “Os critérios
foram estabelecidos pelo homo sapiens”. Devemos observar que o sujeito
da ativa torna-se o agente da passiva e o objeto direto da ativa torna-se o
sujeito da passiva. O verbo estabeleceu no pretérito perfeito é modificado
para verbo ser no pretérito perfeito e o estabelecer no particípio.
Gabarito “E”
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC) Não decorrem, aliás,
apenas de iniciativas reconhecidas simplesmente como
humanas (...).
O elemento sublinhado na frase acima poderá permanecer o mesmo, caso substituamos Não decorrem por
(A) Não
(B) Não
(C) Não
(D) Não
advêm.
implicam.
têm origem.
se devem.
tes situações, (...).
(D) Essa divisão entre o bem e o mal, à medida que se
acentua nos indivíduos, (...).
o bem e o mal (...).
A: o sujeito é singular e tem como núcleo a palavra “fato”; B: o sujeito
é singular e tem como núcleo a palavra “dificuldade”; C: o sujeito é
singular e tem como núcleo a palavra “alternativa”; D: o sujeito é singular
e tem como núcleo a palavra “divisão”; E: o sujeito é plural e tem como
núcleo a palavra “oscilações”.
Gabarito “E”
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC)
A escolha do critério
de julgamento é sempre crítica e sofrida, quando responsável; dispensando-se, porém, a responsabilidade dessa
escolha, restará a terrível fatalidade dos dogmas. Mantêm-se o sentido e a correção da frase caso se substitua
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC)
(A) dispensando-se, porém por se dispensarem-se, ade-
mais.
(B) dispensando-se, porém por uma vez dispensado, no
entanto.
(C) quando responsável por desde que responsável.
(D) quando responsável por posto que responsável.
(E) quando responsável por conquanto seja responsável.
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Gabarito “C”
Na transposição de
uma voz verbal para outra, ocorre uma impropriedade
no seguinte caso:
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC)
(A) a necessidade que temos de estabelecer algum juízo
de valor = a necessidade que temos de que houvesse
sido estabelecido algum juízo de valor.
(B) passa a classificar países inteiros = países inteiros
passam a ser classificados.
(C) segundo o critério da religião que este professa =
segundo o critério da religião que por este é professada.
(D) que constituiriam o “eixo do bem” = o “eixo do bem”
que seria constituído.
(E) comprometemos de vez a dinâmica = a dinâmica é
por nós de vez comprometida.
Na transposição da voz ativa para passiva, o objeto direto da ativa
será o sujeito da passiva e o sujeito da ativa será o agente da passiva.
Somente na assertiva A isso não foi respeitado. A oração na voz ativa:
“a necessidade que temos de estabelecer algum juízo de valor” fica
na passiva: “a necessidade de estabelecer algum juízo de valor é
tida (por nós)”.
Gabarito “A”
Ou isto ou aquilo
Uma pesquisa da revista norte-americana The Economist,
promovida para saber se os latino-americanos continuam
acreditando na democracia, incluiu a seguinte pergunta:
“Em determinadas circunstâncias, um governo autoritário
pode ser preferível a um governo democrático?” Seria
lógico pensar assim: os sujeitos que não acreditam mais
nas virtudes exclusivas da democracia devem ser tentados por uma intervenção autoritária. Ou seja, quem não
acredita mais na democracia sonha com a volta de um
regime militar. Faz sentido.
Pois é, os brasileiros deram uma resposta para atrapalhar
o sono dos pesquisadores. Entre 1996 e hoje, 13% deixaram de acreditar na democracia como melhor sistema
de governo. Ora, o número dos que aceitariam uma
ditadura no lugar da democracia não aumentou de modo
correspondente, mas – surpresa – diminuiu 9%. Ou seja,
no Brasil há menos gente para acreditar na democracia,
mas também menos gente para esperar que os militares
resolvam a situação.
Aplausos para os brasileiros, que não se deixaram capturar
por uma alternativa forçada. Entendo assim a posição dos
entrevistados: a democracia não respondeu a nossas esperanças básicas, mas nem por isso entregaríamos o país ao
despotismo. Sobretudo, não aceitamos uma alternativa
excludente do tipo: “De um lado, há stalinistas, fascistas
ou militares e, do outro, a democracia. Olhe, escolha e
pule pra frente.” Os brasileiros pareceram responder: não
pulo coisa nenhuma, a escolha não é essa.”
Minha leitura (otimista) do resultado dessa pesquisa do
Economist é a seguinte: estamos cansados de ver o mundo
em preto-e-branco, com contraste máximo.
(Adaptado de Contardo Calligaris, Terra de ninguém. S. Paulo:
Publifolha, 2004, pp. 240-241.)
(Auditor Tributário/Jaboatão dos Guararapes-PE – 2006 – FCC) A correta transposição da voz ativa para a passiva conserva a
equivalência de sentido entre as seguintes construções:
(A) os brasileiros deram uma resposta / uma resposta tem
sido dada pelos brasileiros
(B) nem por isso entregaríamos o país ao despotismo / nem
por isso o país seria entregue por nós ao despotismo
(C) que os militares resolvam a situação / que os militares
venham a resolver a situação
(D) aceitariam uma ditadura / uma ditadura teria sido
aceita
(E) entendo assim a posição dos entrevistados / tenho
assim entendido a posição dos entrevistados
Na transposição da voz ativa para a passiva, observar: 1) o sujeito da voz
ativa passará a ser o agente da passiva; 2) o objeto direto da voz ativa
passará a ser o sujeito da passiva; 3) o verbo auxiliar da passiva estará
no mesmo tempo e modo do verbo transitivo direto da ativa; 4) na voz
passiva, o verbo transitivo direto fica no particípio. A: “uma resposta
fora dada pelos brasileiros”; B: está correta. O sujeito da voz ativa (nós)
é o agente da passiva (por nós); o objeto direto da voz ativa (“o país”) é o
sujeito da passiva; o verbo auxiliar da passiva (seria – futuro do pretérito
do indicativo) está no mesmo tempo e modo do verbo transitivo direto
da ativa (entregaríamos – futuro do pretérito do indicativo); C: “que a
situação seja resolvida pelos militares”; D: “uma ditadura teria sido aceita
por eles”; E: “a situação dos entrevistados tem sido entendida por mim”.
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC)
I.
Antigamente, os esportes olímpicos mantinham relação direta com as técnicas da guerra.
II. Há quem não goste das competições esportivas, que
levam os atletas ao máximo do sacrifício.
III. É evidente que os jogos olímpicos alcançaram repercussão internacional, em nosso tempo.
A exclusão da vírgula altera o sentido do que está dito em
(A) II e III, somente.
(B) I, II e III.
(C) II, somente.
(D) III, somente.
(E) I e II, somente.
I: não haverá alteração, porque a separação por vírgula do advérbio
é facultativa; II: haverá alteração, porque a vírgula tem a função de
diferenciar a segunda oração subordinada adjetiva em explicativa (como
no caso proposto) ou restritiva (se retirada a vírgula); III: não haverá
alteração, pelas mesmas razões do item I.
Gabarito “C”
A conjunção adverbial quando pode ser substituída por outra de igual
valor: “A escolha do critério de julgamento é sempre crítica e sofrida,
desde que responsável”.
Gabarito “B”
72
A média universal do Índice de Desenvolvimento
Humano aumentou 18% desde 1990. Mas a melhora
estatística está longe de animar os autores do Relatório de
2010. Eles argumentam que, embora os números reflitam
avanços em determinadas áreas, o mundo continua a
conviver com problemas graves, que exigem uma nova
perspectiva política.
O cenário apresentado pelo Relatório não é animador.
O documento adverte que, nestes 20 anos, parte dos
países enfrentou sérios problemas, sobretudo na saúde,
anulando em alguns anos os ganhos de várias décadas.
Além disso, o crescimento econômico tem sido desigual.
Os padrões de produção e consumo atuais são considerados inadequados.
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
Um aspecto importante revelado pelo Relatório é que
muitas das ações para melhoria da saúde e da educação
não necessitam de grande investimento financeiro. Isso
está mais presente sobretudo onde os indicadores são
ruins. “Numa primeira etapa, medidas simples como
inclusão do soro caseiro e lavagem das mãos já trazem
impacto relevante”, avalia Flávio Comim, economista do
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento.
(Adaptado de Lígia Formenti. O Estado de S. Paulo,
A30 Vida, 5 de novembro de 2010)
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) O
trecho colocado entre aspas,
no final do 3º parágrafo, indica que se trata de
(A) comentário pessoal do autor do texto sobre dados do
Relatório.
(B) insistência na correção dos dados apresentados pelo
Relatório.
(C) repetição desnecessária de informação já citada no
texto.
(D) transcrição exata do que consta no texto do Relatório
de 2010.
(E) resumo do assunto principal constante do Relatório
de 2010.
As aspas foram utilizadas para indicar uma citação literal de parte do
texto do relatório.
Gabarito “D”
Atenção: A questão a seguir baseia-se no texto apresentado abaixo.
A cultura, e consequente organização social, política e
econômica dominante na sociedade contemporânea, ainda
é aquela que começou a nascer no século XVI, quando um
conjunto de inovações tecnológicas num contexto histórico
favorável contribuiu para o início do enterro do Antigo
Regime, no qual a Terra estava no centro do universo, a
ordem social era imutável e a Igreja, junto com o poder
absolutista, tinha o monopólio da informação.
A prensa de Gutenberg estava entre as inovações tecnológicas que contribuíram para a ascensão do mundo
burguês. E os seus principais produtos - o livro e o jornal
- foram entendidos durante muitos anos pela ordem
dominante como ferramentas subversivas. Esta subversão
gestou e gerou o mundo em que vivemos. Um mundo
onde a iniquidade social ainda incomoda e assusta, mas
no qual todas as barreiras para a geração de riqueza e
de conhecimento foram derrubadas, num processo que
também gerou a onda de inovação que estamos vivendo
e a possibilidade de darmos o próximo salto.
Não é função da indústria pensar a educação. A missão
de qualquer empresa é lutar com todas as suas forças
para crescer e se perpetuar. Mesmo quando isso vai de
encontro aos interesses da comunidade em que ela está
inserida. Ela jamais poderá pensar com a devida isenção
numa plataforma de serviços focada em educação.
Por isso mesmo, nenhum representante da indústria de
tecnologia poderia ter sido pioneiro num projeto de educação fundamentado nas profundas e dramáticas mudanças que a cibernética tem trazido para as nossas vidas.
(Trecho do artigo do jornalista Rodrigo Lara Mesquita.
O Estado de S. Paulo, A2, 4 de maio de 2007.)
Não é
função da indústria pensar a educação. (início do 3º
parágrafo)
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
A função sintática da oração grifada acima é a mesma
do termo, também grifado, na frase:
(A) ... no qual a Terra estava no centro do universo ...
(B) ... que contribuíram para a ascensão do mundo bur-
guês.
(C) ... num processo que também gerou a onda de ino-
vação ...
(D) ... e a possibilidade de darmos o próximo salto.
(E) ... nenhum representante da indústria de tecnologia
poderia ter sido pioneiro ...
Pensar na educação e a Terra possuem função de sujeito nas respectivas orações.
Gabarito “A”
Embora não queira apresentar receitas prontas, o Relatório traça caminhos possíveis. Entre eles, o reconhecimento
da ação pública na regulação da economia para proteger
grupos mais vulneráveis. Outro aspecto ressaltado é a
necessidade de considerar pobreza, crescimento e desigualdade como temas interligados. “Crescimento rápido
não deve ser o único objetivo político, porque ignora a
distribuição do rendimento e negligencia a sustentabilidade do crescimento”, informa o texto.
73
5. QUESTÕES COMBINADAS
Cada um fala como quer, ou como pode, ou como acha
que pode. Ainda ontem me divertiu este trechinho de
crônica do escritor mineiro Humberto Werneck, de seu
livro Esse inferno vai acabar:
“- Meu cabelo está pendoando – anuncia a prima, apalpando as melenas.
Tenho anos, décadas de Solange, mas confesso que ela,
com o seu solangês, às vezes me pega desprevenido.
- Seu cabelo está o quê?
- Pendoando – insiste ela, e, com a paciência de quem
explica algo elementar a um total ignorante, traduz:
- Bifurcando nas extremidades.
É assim a Solange, criatura para a qual ninguém morre,
mas falece, e, quando sobrevém esse infausto acontecimento, tem seu corpo acondicionado num ataúde,
num esquife, num féretro, para ser inumado em alguma
necrópole, ou, mais recentemente, incinerado em crematório. Cabelo de gente assim não se torna vulgarmente
quebradiço: pendoa.”
Isso me fez lembrar uma visita que recebemos em casa, eu
ainda menino. Amigas da família, mãe e filha adolescente
vieram tomar um lanche conosco. D. Glorinha, a mãe,
achava meu pai um homem intelectualizado e caprichava
no vocabulário. A certa altura pediu ela a mim, que estava
sentado numa extremidade da mesa:
- Querido, pode alcançar-me uma côdea desse pão?
Por falta de preparo linguístico não sabia como atender a
seu pedido. Socorreu-me a filha adolescente:
- Ela quer uma casquinha do pão. Ela fala sempre assim
na casa dos outros.
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
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74
ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
A mãe ficou vermelha, isto é, ruborizou, enrubesceu, rubificou, e olhou a filha com reprovação, isto é, dardejou-a
com olhos censórios.
Veja-se, para concluir, mais um trechinho do Werneck:
“Você pode achar que estou sendo implicante, metido
a policiar a linguagem alheia. Brasileiro é assim mesmo,
adora embonitar a conversa para impressionar os outros. Sei
disso. Eu próprio já andei escrevendo sobre o que chamei
de ruibarbosismo: o uso de palavreado rebarbativo como
forma de, numa discussão, reduzir ao silêncio o interlocutor
ignaro. Uma espécie de gás paralisante verbal.”
(Cândido Barbosa Filho, inédito)
(Analista – TRT/1ª – 2012 – FCC)
Atente para as seguintes afir-
mações:
I.
Na frase “Isso me fez lembrar uma visita que recebemos em casa, eu ainda menino”, o segmento sublinhado pode ser corretamente substituído por aonde
eu ainda era menino.
II. Transpondo-se para a voz passiva a frase “Socorreu-me
a filha adolescente”, a forma verbal resultante será
tendo-me socorrido.
III. No contexto, a expressão “Brasileiro é assim mesmo”
é um caso típico de generalização abusiva, como a
que também ocorre em os alemães são pragmáticos.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
I: incorreta. A justaposição da preposição “a” com o advérbio “onde”
(a+onde) indica o movimento de um lugar para outro. A expressão
sublinhada no texto exerce função de adjunto adverbial de tempo, ou
seja, refere-se ao momento em que o fato aconteceu, não onde ele aconteceu; II: incorreta. A voz passiva analítica ficaria: “Eu fui socorrido pela
filha adolescente”; III: correta. A generalização excessiva, desprovida
de fundamentos, é uma falha na argumentação.
Gabarito “C”
“Ruibarbosismo” é um neologismo do qual se valeu o autor do texto para lembrar o
estilo retórico pelo qual se notabilizou o escritor baiano.
(Analista – TRT/1ª – 2012 – FCC)
Não haverá prejuízo para a correção da frase acima ao se
substituírem os segmentos sublinhados, na ordem dada, por:
(A) a que recorreu - que fez notável.
(B) do qual incorreu - com que se afamou.
(C) a cujo recorreu - o qual celebrizou.
(D) em que fez uso - em cujo deu notabilidade.
(E) em cujo incorreu - com o qual se propagou.
A: correta. Os pronomes relativos referem-se ao mesmo termo da oração, respeitam as normas de regência verbal e as palavras substituídas
são efetivamente sinônimas; B: incorreta. “Incorrer” significa “cometer”,
“incidir”, “ficar compreendido”; C: incorreta. “Cujo” é pronome relativo
que indica posse, relação que não se estabelece no trecho destacado;
D: incorreta. Há erro de regência na alternativa na primeira substituição (deveria constar “de que”) e, na segunda, “cujo” remete a posse,
propriedade, ideia que não está contida no texto original; E: incorreta.
Os mesmos erros relativos a regência, “cujo” e “incorrer” já analisados
nas alternativas anteriores aparecem aqui.
Economia religiosa
Concordo plenamente com Dom Tarcísio Scaramussa, da
CNBB, quando ele afirma que não faz sentido nem obrigar
uma pessoa a rezar nem proibi-la de fazê-lo. A declaração
do prelado vem como crítica à professora de uma escola
pública de Minas Gerais que hostilizou um aluno ateu que
se recusara a rezar o pai-nosso em sua aula.
É uma boa ocasião para discutir o ensino religioso na rede
pública, do qual a CNBB é entusiasta. Como ateu, não
abraço nenhuma religião, mas, como liberal, não pretendo
que todos pensem do mesmo modo. Admitamos, para
efeitos de argumentação, que seja do interesse do Estado
que os jovens sejam desde cedo expostos ao ensino religioso. Deve-se então perguntar se essa é uma tarefa que
cabe à escola pública ou se as próprias organizações são
capazes de supri-la, com seus programas de catequese,
escolas dominicais etc.
A minha impressão é a de que não faltam oportunidades
para conhecer as mais diversas mensagens religiosas, onipresentes em rádios, TVs e também nas ruas. Na cidade
de São Paulo, por exemplo, existem mais templos (algo
em torno de 4.000) do que escolas públicas (cerca de
1.700). Creio que aqui vale a regra econômica, segundo
a qual o Estado deve ficar fora das atividades de que o
setor privado já dá conta. Outro ponto importante é o
dos custos. Não me parece que faça muito sentido gastar
recursos com professores de religião, quando faltam os
de matemática, português etc. Ao contrário do que se dá
com a religião, é difícil aprender física na esquina.
Até 1997, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
acertadamente estabelecia que o ensino religioso nas
escolas oficiais não poderia representar ônus para os
cofres públicos. A bancada religiosa emendou a lei para
empurrar essa conta para o Estado. Não deixa de ser um
caso de esmola com o chapéu alheio.
(Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 06/04/2012)
(...) ele afirma que não faz
sentido nem obrigar uma pessoa a rezar nem proibi-la
de fazê-lo.
(Analista – TRT/6ª – 2012 – FCC)
Mantém-se, corretamente, o sentido da frase acima substituindo- se o segmento sublinhado por:
(A) nem impor a alguém que reze, nem impedi-la de fazer
o mesmo.
(B) deixar de obrigar uma pessoa a rezar, ou lhe proibir
de o fazer.
(C) seja obrigar que uma pessoa reze, ou mesmo que o
deixe de o praticar.
(D) coagir alguém a que reze, ou impedi-lo de o fazer.
(E) forçar uma pessoa para que reze, ou não fazê-la de
modo algum.
A: incorreta. A maioria dos gramáticos condena o uso do advérbio
“mesmo” como um pronome. Melhor seria, segundo eles, “fazê-lo”.
Além disso, o pronome “alguém” é masculino, o que determina o uso
do pronome oblíquo “o” em “impedi-lo”; B: incorreta. “Proibir” é verbo
transitivo direto, portanto determina o uso do pronome oblíquo “a”,
não “lhe”. Mais ainda, “deixar de obrigar” não tem o mesmo sentido
exposto no trecho transcrito no enunciado; C: incorreta. O pronome
oblíquo “o” está desnecessária e erroneamente repetido. Bastaria dizer:
“ou mesmo que deixe de fazê-lo”; D: correta. Os sinônimos empregados
e a colocação pronominal estão perfeitos; E: incorreta. O advérbio de
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Gabarito “A”
1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
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A Norma (1831) é claramente uma ópera que
encena, numa suposta rebelião gaulesa contra a tutela
romana na Antiguidade, a desejada libertação dos
italianos em face das potências estrangeiras – no caso,
certamente a Áustria – que lhes vedam a independência
e a unidade nacional. Como é de praxe em boa parte
das óperas italianas do século XIX, ao posicionamento
progressista nas grandes questões sociais ou nacionais
se opõe um lastro, geralmente ocultado, que é de
natureza mais propriamente pessoal, e serve de enorme
peso – inconsciente, posto que até então desconhecido –
contra aquela tomada de partido em favor [...] do “bem”
ou, pelo menos, da justiça e do progresso. Esse modelo
aparece, para citarmos apenas algumas óperas, nas
Vespri Siciliani e no Trovatore de Verdi; poder-se-ia
argumentar que a Traviata procede do mesmo modo.
Assim, um recorte se delineia inicialmente, a opor as
causas progressistas (a pátria livre, seja ela a Gália, a
Sicília ou qualquer outra; a defesa dos pobres; a união
de quem se ama) ao que existe de mais retrógrado;
porém, a dramaticidade não procederá do conflito, num
mesmo nível, entre progressistas e reacionários, mas da
irrupção, no âmago mesmo da causa revolucionária
avançada, de um elemento pessoal marcado pelo
acumpliciamento secreto, arcaico e culpável com o
inimigo. Dessa forma, o herói libertador dos sicilianos
nas Vespri é na verdade filho ilegítimo do governador
francês, o trovador, na ópera homônima, é o irmão
perdido de seu próprio perseguidor – e aqui, na Norma, a
sacerdotiza suprema dos gauleses é amante do chefe
romano. É isso o que dilacera a alma, tanto do ator-cantor
como do expectador-ouvinte, e confere a essas
óperas seu caráter trágico.
A respeito da estrutura e do uso
de palavras no texto, é correto afirmar que
(Analista – ANS – 2007 – FCC)
(A) a forma citarmos (linha 14), empregada na primeira
pessoa do plural, inclui o autor e os leitores.
(B) a forma poder-se-ia (linha 15) confere ao trecho em
que se insere o caráter de afirmação improvável.
(C) expectador-ouvinte (linha 32), tal como ator-cantor,
é palavra composta, cujo plural é “expectadores
ouvinte”.
(D) a forma procederá (linha 21), não obstante o tempo
empregado, refere-se a um fato já verificável no
momento de produção do texto.
(E) o segmento as causas progressistas (linhas 17 e 18) é
equivalente, no contexto, à forma pronominal “lhes”.
A: incorreta, pois a forma na primeira pessoa do singular propõe uma
aproximação entre autor e leitor, no entanto, o faz de maneira a generalizar o agente da ação. Não se trata de uma inclusão do leitor como
agente óbvio da análise; B: incorreta, pois o uso do futuro do pretérito
na forma verbal indica que a informação apresentada é um elemento
novo, mas que cumpre absolutamente com os critérios argumentativos
do texto; C: incorreta, pois o plural de palavras compostas por hífen, em
que os dois termos são substantivos é feito nos dois termos. O resultado
seria expectador-ouvintes e atores-cantores; D: correta, pois o uso do
tempo futuro do presente é recurso estilístico do autor, com objetivo
de criar uma cronologia textual nos elementos analisados. No entanto,
é claro pela argumentação que o elemento é analisado anteriormente;
E: incorreta, pois o uso do pronome pessoal oblíquo “lhes” é adequado
quando o termo a ser substituído é introduzido por uma preposição,
(Agente de Polícia/MA – 2006 – FCC) Há palavras escritas de modo
INCORRETO na frase:
(A) O desrespeito aos objetos que testemunham o pro-
gresso cultural da humanidade culminou com saques
e contrabando de obras raríssimas.
(B) O caos provocado por situações e conflito entre países atinge seu ápice quando se destrói um acervo de
importantes documentos históricos.
(C) Autores de relevo foram perseguidos em todas as
épocas, acusados de disseminar ideias revolucionárias
contra o sistema vigente.
(D) Tropas invasoras nem sempre agem com a sencibilidade necessária quando se trata de preservar tezouros
culturais da humanidade.
(E) Obras valiosas foram destruídas em imensas fogueiras
ateadas por líderes, cegos pelo radicalismo de suas
convicções.
A única alternativa que traz palavras grafadas incorretamente é a letra
“D”, pois o certo é “sensibilidade” e “tesouros”.
(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC)
A frase corretamente
construída é:
(A) Alface, rúcula, pepino e outros legumes espalham-se
aos dezessete hectares na Chácara do Frade.
(B) As pessoas preferem os legumes de cujo risco de
agrotóxicos seja evitado.
(C) Foi na Idade Média onde começou a surgir a venda
direta do plantio ao consumidor.
(D) Os agrotóxicos, com que estão contaminados os legu-
mes nos supermercados, são evitados pelo produtor
José Frade.
(E) Comprar hortaliças do próprio produtor é uma providência de que muitas pessoas já começaram a se
habituar.
A: incorreta. “Espalham-se pelos dezessete hectares...”; B: incorreta.
“Cujo risco” e não “de cujo”; C: incorreta. O pronome “onde” indica
lugar e a Idade Média é um período histórico. Deve ser substituído por
“que” ou “quando”; D: correta; E: incorreta. “providência que muitas
pessoas...”, não “de que”.
Gabarito “D”
1
Gabarito “D”
Gabarito “D”
Atenção: A próxima questão baseia-se no texto abaixo.
exigida pelo termo regente. A expressão em questão é objeto direto
do verbo opor (opor as causas progressistas à outra) e, portanto, não
apresenta preposição. O pronome correto seria “as” (na reescrita,
com as adaptações fonéticas necessárias, teríamos a forma opô-las).
Gabarito “D”
negação “não” determina a próclise, além de o pronome oblíquo estar
errado, porque ele não se refere a “pessoas”, mas ao verbo “fazer”. O
correto seria: “ou não o fazer de modo algum”.
75
E pode-se já antecipar, dizendo que tudo o que haverá
de constituir a matéria e o modo da crônica à brasileira
já é, desde a origem, a vocação primeira desse espaço
geográfico do jornal, deliberadamente frívolo, oferecido
como chamariz aos leitores afugentados pela modorra
cinza a que obrigava a forte censura napoleônica.
Considerado o contexto, é
correto afirmar que, no fragmento acima,
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
(A) o advérbio já (em pode-se já) indica um grau relativo,
tal como se nota em “Se resolver umas duas das várias
pendências, já me dou por satisfeito”.
(B) o emprego da expressão haverá de constituir é
revelador de que a ocorrência referida já é de pleno
conhecimento da autora.
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76
ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
(C) o pronome o (em tudo o que) é do mesmo tipo do
(Analista – ANS – 2007 – FCC) Assinale a alternativa que contém
encontrado na frase “Procurei o livro o dia todo, mas
não o encontrei”.
(D) a forma verbal dizendo equivale a “caso se possa
dizer”.
(E) o emprego do verbo “ser” no singular justifica-se
porque o sujeito da frase é a crônica.
parágrafo redigido em conformidade com a norma culta
da Língua Portuguesa.
Gabarito “B”
O exercício da memória, seu exercício mais intenso e
mais contundente, é indissociável da presença dos velhos
entre nós. Quando ainda não contidos pelo estigma de
improdutivos, quando por isso ainda não constrangidos
pela impaciência, pelos sorrisos incolores, pela cortesia
inautêntica, pelos cuidados geriátricos impessoais, pelo
isolamento, quando então ainda não calados, dedicam-se os velhos, cheios de espontaneidade, à cerimônia da
evocação, evocação solene do que mais impressionou
suas retinas tão fatigadas, enquanto seus interesses e
suas mãos laborosas participavam da norma e também
do mistério de uma cultura.
(GONÇALVES FILHO, José Moura, “Olhar e memória”. IN: O
olhar. NOVAES, Adauto (org.). 10a reimpressão. São Paulo:
Companhia das Letras, 2003, p. 97)
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
É correto afirmar que
(A) o pronome seu refere-se aos velhos.
(B) os prefixos das palavras intenso e indissociável expres-
sam sentido de negação.
(C) então está empregado com o mesmo sentido encon-
trado na frase “Então, vamos lá, diga a que veio”.
(D) o autor, ao empregar ainda, demonstra julgar inevi-
tável que os velhos, em dado momento, cheguem a
se sentir “contidos”, “constrangidos” e “calados”.
(E) a substituição do segmento grifado em dedicam-se os
velhos (...) à cerimônia da evocação por “relembrar”,
exigiria a manutenção do acento indicativo da crase,
em respeito ao padrão escrito culto.
A: incorreta, pois equivale a “memória”; B: incorreta. Apenas o prefixo em “indissociável” expressa negação (aquilo que não pode ser
dissociado, separado). “Intenso” vem do latim intensus, ou seja, não
é formada por prefixo + raiz; C: incorreta. No texto, “então” tem valor
de advérbio de tempo, indicando o momento em que os velhos ainda
não estão calados. Na alternativa, “então” é usado como conjunção
conclusiva; D: correta, diante do valor temporal do advérbio “ainda”;
E: incorreta, porque o verbo “relembrar” é transitivo direto, ou seja,
não rege preposição. Logo, não haveria crase.
sucumbiu à um parto prematuro, o que contribuiu
ainda mais para a construção popular da imagem do
príncipe como mártir da nação, cuja a mãe morria de
tristeza e em consequência dos maltratos do marido.
(B) Pedro Plancher apressou-se ao vincular à data do
nascimento de D. Pedro IIà sorte eminente do país,
dizendo: que a anarquia morreu na França num 2 de
dezembro, data aquela que também Carlos Magno
vingou os atroses insultos feitos aos netos de Henrique
IV.
(C) A política antiliberal do império brasileiro não
resumiu-se, porém, no plano interno. No âmbito
externo, os monarcas manteram a postura expansionista de Portugal, que pretendia extender as fronteiras
meridionais do Brasil até às margens do Prata.
(D) Com D. João VI, entraria no Brasil toda uma agenda
de festas que, nos trópicos, ganhou um colorido mais
que especial. Vêm com a burocracia lusitana, com
efeito, os te-déuns, as missas de ação de graças, as
embaixadas, as grandes cerimônias das cortes católicas européias.
(E) As interpretações variam quando se tratam dos eventos
que garantiram a homogenidade política e a unidade
territorial do Brasil, mas convergem no sentido de
ressaltar a importância da opção premeditada pela
monarquia.
A: incorreta. Ao pronome “cuja” não se segue artigo (cuja mãe morria).
A forma correta do substantivo é maus-tratos, substantivo masculino
composto plural; B: incorreta. A regência do verbo vincular é de objeto
direto e indireto (vincular algo a algo – a data de nascimento à sorte). A
crase que introduz o objeto “data do nascimento de D. Pedro II” é excessiva, já que não há preposição. O uso dos dois-pontos indica a introdução
de um discurso direto, enquanto a conjunção “que” indica o discurso
indireto. Os dois-pontos são desnecessários e constituem um excesso.
A grafia correta da palavra é atrozes; C: incorreta. O verbo resumir, no
contexto pronominal e com acepção de limitar-se, rege complemento com
preposição “a”. A escrita correta seria “não se resumiu, porém, ao plano
interno). A conjugação do verbo manter na 3ª p.pl. do pretérito perfeito
do indicativo é mantiveram. A grafia correta do verbo é “estender”; D:
correta. A alternativa está correta. De acordo com a nova ortografia, ainda
não vigente à época, o termo é agora grafado sem acento: europeia; E:
incorreta, pois o verbo tratar é transitivo indireto e tem sujeito indeterminado e objeto introduzido pela preposição de “eventos”. Para indicar a
ausência de determinante do sujeito, foi acompanhado da partícula “se”
e deve ser conjugado na 3ª p.s. – quando se trata de eventos. A grafia
correta da palavra é homogeneidade.
Gabarito “D”
A: incorreta. O advérbio “já”, no texto, tem natureza temporal, isto é,
refere-se ao momento em que a informação será transmitida; B: correta.
A expressão indica que “a matéria e o modo da crônica à brasileira” já
foram estudados pela autora, que está antecipando a informação a ser
detalhada mais adiante em seu texto; C: incorreta. No texto, o pronome
tem função catafórica, ou seja, refere-se a algo que ainda vai ser dito
(“a matéria e o modo da crônica”). Na oração sugerida na alternativa,
o pronome tem função anafórica, resgatando um termo que já ocorreu
no texto anteriormente (“livro”); D: incorreta. “Dizendo” indica certeza,
convicção na informação transmitida, ao passo que “caso se possa
dizer” traz o verbo conjugado no presente do subjuntivo, tempo verbal
relacionado a um evento incerto; E: incorreta. O núcleo do sujeito da
oração é “vocação” (na ordem direta, a oração é escrita: “A vocação
primeira desse espaço (...) é tudo o que haverá de constituir a matéria
e o modo da crônica (...)”).
(A) Lenda ou não, o fato é que a mãe de D. Pedro II
Texto para responder à questão a seguir.
A indústria cultural não é simplesmente mais
um ramo da produção na diversificada produção
capitalista, ela foi concebida e reorganizada
para preencher funções sociais específicas,
5 antes preenchidas pela cultura burguesa,
alienada de sua base material. A nova
produção cultural tem a função de ocupar o
espaço do lazer que resta ao operário e ao
trabalhador assalariado depois de um longo
10 dia de trabalho, a fim de recompor suas forças
para voltar a trabalhar no dia seguinte,
sem lhe dar trégua para pensar sobre a realidade
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Gabarito “D”
1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
(Analista – BACEN – 2002 – FCC) Julgue as afirmações a respeito
do texto como verdadeiras (V) ou falsas (F), para marcar
a opção a seguir.
(1) Subentende-se que a cultura burguesa não preenchia
(2)
(3)
(4)
(5)
(6)
funções sociais específicas porque estava alienada de
sua base material.
Pelo desenvolvimento da argumentação do texto,
infere-se que a cultura burguesa é mais crítica que
sua sucedânea, a indústria cultural.
De acordo com as ideias do texto, a preposição
“antes”(l. 5) pode ser substituída pela expressão até
então, sem prejudicar a coerência textual ou a correção gramatical.
Pelos laços de coesão textual, o pronome “lhe”(l. 12)
corresponde a “nova produção cultural”(l. 6 e 7), por
isso admite a substituição por a ela.
Segundo a argumentação do texto, a forma verbal de
gerúndio “fazendo”(l. 19) corresponde a e faz e está
sendo empregada com o valor de causa.
Considerando os sentidos textuais, a preposição
“Com”(l. 22), ao iniciar o último período sintático do
texto, introduz um objetivo para a ideia expressa na
oração anterior.
A sequência correta obtida é:
(A) V, V, V, F, V, F
(B) F, V, F, F, V, F
(C) V, F, F, V, F, V
(D) F, V, V, F, F, F
(E) V, F, V, V, F, V
1: Falso, pois a cultura burguesa preenchia funções sociais especificas; 2:
Verdadeiro; 3: Verdadeiro; 4: Falso, pois lhe refere-se a operário (a ele); 5:
Falso, pois indica ação durativa; 6: Falso, pois preposição “Com” indica que
junto à “dissolução da obra de arte e da cultura no cotidiano” extinguem-se
as promessas de um futuro melhor, ou seja, sugere uma ideia de causa.
Gabarito “D”
Leia o texto.
O Programa de Estímulo à Reestruturação e ao
Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional
- Proer está dando lucro para os cofres públicos,
não prejuízo, como se ouve apregoar desde
5 que os bancos falidos foram submetidos a
essa reestruturação. Descobriu-se que os 16
bilhões de reais que o governo colocou nos bancos
que estavam na corda bamba estão calçados
por garantias que hoje valem 16,8 bilhões
10 de reais, ou seja, há um ganho de 800 milhões
de reais.
(Revista Veja, 12/9/2001, p.122)
Em relação ao texto acima,
I.
Mantém-se o significado e a correção do texto ao
substituir a expressão “se ouve apregoar”(l. 4) por
houve-se dizer.
II. Pelo sentido textual, a vírgula entre “públicos” e
“não”(l. 3 e 4) admite a substituição pela conjunção
embora.
III. “foram submetidos” (l. 5) e “Descobriu-se”(l. 6) representam duas maneiras diferentes de expressar a voz
passiva.
IV. Uma maneira de evitar a repetição do “que”(l. 6,7 e 8)
e tornar o texto mais correto e formal, mantendo as
relações de significação, é reescrevendo: Descobriu-se que os 16 bilhões de reais colocados pelo governo
nos bancos em dificuldades...
Estão corretos somente os itens
(A) I e II
(B) I e III
(C) II e III
(D) II e IV
(E) III e IV
I: a mudança do verbo “ouve” (ouvir) para houve (existir) alterará
o sentido do texto; II: não é possível a substituição da vírgula pela
conjunção embora (ideia de concessão), pois alteraria o sentido da
oração; III: correto; IV: correto.
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC) Está
correta a grafia de
todas as palavras na frase:
(A) Não constitui uma primasia dos animais a satisfação
dos impulsos instintivos: também o homem regozija-se
em atender a muitos deles.
(B) As situações de impunidade infligem sérios danos à
organização das sociedades que tenham a pretenção
da exemplaridade.
(C) É difícil atingir uma relação de complementaridade
entre a premênsia dos instintos naturais e a força da
razão.
(D) Se é impossível chegarmos à abstensão completa da
satisfação dos instintos, devemos, ao menos, procurar
constringir seu poder sobre nós.
(E) A dissuasão dos contraventores se faz pela exemplaridade das sanções, de modo que a cada delito
corresponda uma justa punição.
Assinaladas as palavras em que há erro quanto à grafia: A: Não constitui uma primazia dos animais (...); B: “(...) sociedades que tenham
a pretensão da exemplaridade.”; C: “É difícil atingir uma relação de
complementaridade entre a premência dos instintos naturais e a força
da razão.” D) Se é impossível chegarmos à abstenção completa (...)”;
E: alternativa correta.
Gabarito “E”
(Barbara Freitag, A Teoria Crítica Ontem e Hoje,
pp.72-73, com adaptações.)
(Analista – BACEN – 2001 – FCC)
analise os seguintes itens:
Gabarito “E”
miserável em que vive. A indústria cultural,
além disso, cria a ilusão de que a felicidade
15 n ã o p r e c i s a s e r a d i a d a p a r a o f u t u r o ,
por já estar concretizada no presente – basta
lembrar o caso da telenovela brasileira. E,
finalmente, ela elimina a dimensão crítica
ainda presente na cultura burguesa, fazendo
20 as massas que consomem o novo produto da
indústria cultural esquecerem sua realidade
alienada. Com a dissolução da obra de arte e
da cultura no cotidiano, extinguem-se a remessa
para o futuro e a promessa de felicidade,
25 inerentes à obra de arte burguesa.
77
(Auditor Fiscal/PB – 2006 – FCC) A
frase inteiramente de acordo
com a norma culta é:
(A) De fato, punições seriam-lhe impostas, caso não se
provasse sua inocência em relação às graves denúncias.
(B) Os relatórios foram-lhe entregues pelos representantes
da bancada ruralista.
(C) O povo vota à muito tempo sob a influência das elites
e dos chefes partidários.
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
as repercuções das últimas votações nos processos de
cassação.
(E) Apenas 20% dos deputados estão dispostos à respeitar
as conclusões dos relatores dos processos.
A: “De fato, punições ser-lhe-iam [mesóclise – o verbo está no futuro
do pretérito] impostas, caso não se provasse sua inocência em relação
às graves denúncias.”; C: “O povo vota há [verbo haver] muito tempo
sob a influência das elites e dos chefes partidários.”; D: “A Câmara dos
Deputados ficou meio [advérbio] preocupada com as repercussões
[ortografia] das últimas votações nos processos de cassação.”; E:
“Apenas 20% dos deputados estão dispostos a [preposição] respeitar
as conclusões dos relatores dos processos.”
Gabarito “B”
A educação é uma função tão natural e universal da
comunidade humana que, pela própria evidência, leva
muito tempo a atingir a plena consciência daqueles que a
recebem e praticam, sendo, por isso, relativamente tardio
o seu primeiro vestígio na tradição literária. O seu conteúdo, aproximadamente o mesmo em todos os povos, é ao
mesmo tempo moral e prático. Também entre os Gregos foi
assim. Reveste, em parte, a forma de mandamentos, como
honrar os deuses, honrar pai e mãe, respeitar os estrangeiros; consiste, por outro lado, numa série de preceitos sobre
a moralidade externa e em regras de prudência para a vida,
transmitidas oralmente pelos séculos afora; e apresenta-se
ainda como comunicação de conhecimentos e aptidões
profissionais a cujo conjunto, na medida em que é transmissível, os Gregos deram o nome de techné. Os preceitos
elementares do procedimento correto para com os deuses,
os pais e os estranhos foram mais tarde incorporados à lei
escrita dos Estados. E o rico tesouro da sabedoria popular,
mesclado de regras primitivas de conduta e preceitos de
prudência enraizados em superstições populares, chegava
pela primeira vez à luz do dia, através de uma antiquíssima tradição oral, na poesia rural gnômica de Hesíodo.
As regras das artes e ofícios resistiam naturalmente, em
virtude da sua própria natureza, à exposição escrita dos
seus segredos, como esclarece, no que se refere à profissão
médica, a coleção dos escritos hipocráticos. Da educação,
neste sentido, distingue-se a formação do Homem por
meio da criação de um tipo ideal intimamente coerente
e claramente definido. Essa formação não é possível sem
se oferecer ao espírito uma imagem do homem tal como
ele deve ser. A utilidade lhe é indiferente ou, pelo menos,
não essencial. O que é fundamental nela é o kalón, isto
é, a beleza, no sentido normativo da imagem desejada,
do ideal. A formação manifesta-se na forma integral do
Homem, na sua conduta e comportamento exterior e na
sua atitude interior. Nem uma nem outra nasceram do
acaso, mas são antes produtos de uma disciplina consciente. Já Platão a comparou ao adestramento de cães de
raça. A princípio, esse adestramento limitava-se a uma
reduzida classe social, a nobreza.
Obs: gnômico = sentencioso
(Adaptado de Werner Jaeger, Paideia: a formação do homem
grego. Trad. Artur M. Parreira, 4.ed., São Paulo: Martins Fontes,
2001, pp. 23-24.)
Nem uma nem outra
nasceram do acaso, mas são antes produtos de uma disciplina consciente. Já Platão a comparou ao adestramento
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC)
de cães de raça. A princípio, esse adestramento limitava-se a uma reduzida classe social, a nobreza.
Considere as afirmações que seguem sobre o fragmento
transcrito, respeitado sempre o contexto.
I.
A conjunção mas pode ser substituída, sem prejuízo
do sentido original, por “entretanto”.
II. O advérbio Já introduz a ideia de que mesmo Platão
percebera a similaridade que o autor comenta, baseado na comparação feita pelo filósofo entre “cães de
raça” e “nobreza”.
III. A expressão A princípio leva ao reconhecimento de
duas informações distintas na frase, uma das quais
está subentendida.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
I: a conjunção mas após uma negativa estabelece a verdade sobre
determinado assunto. Ao substituir por entretanto somente a ideia
adversativa teria sido preservada; II: o advérbio já, nesse contexto,
indica um grau relativo, uma segunda opinião.
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) A frase Platão a comparou ao adestramento de cães de raça está corretamente
transposta para a voz passiva em:
(A) O adestramento dos cães de raça é comparado a ela
por Platão.
(B) A comparação entre ela e o adestramento de cães
tinha sido feito por Platão.
(C) Comparou-se o adestramento de cães e ela, feito por
Platão.
(D) Ela foi comparada por Platão ao adestramento de cães
de raça.
(E) Haviam sido comparados por Platão o adestramento
de cães de raça e ela.
Na transposição da voz ativa para a voz passiva teremos: “Ela foi
comparada por Platão ao adestramento de cães de raça”. Devemos
observar que o sujeito da ativa torna-se o agente da passiva e o objeto
direto da ativa torna-se o sujeito da passiva. O verbo comparou no
pretérito perfeito é modificado para: verbo ser no pretérito perfeito e
o comparar no particípio.
Gabarito “D”
(D) A Câmara dos Deputados ficou meia preocupada com
Gabarito “C”
78
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) A
afirmativa correta é:
(A) Em A educação é uma função tão natural e universal
da comunidade humana que, pela própria evidência, leva muito tempo a atingir a plena consciência
daqueles que a recebem e praticam, sendo, por isso,
relativamente tardio o seu primeiro vestígio na tradição literária, os termos destacados remetem ao mesmo
referente.
(B) Em O seu conteúdo, aproximadamente o mesmo em
todos os povos, é ao mesmo tempo moral e prático,
se o termo destacado fosse substituído por “A sua
essência”, a palavra mesmo, nas duas ocorrências,
não precisaria sofrer nenhuma alteração, para que
fosse mantida a correção da frase.
(C) Em As regras das artes e ofícios resistiam naturalmente,
em virtude da sua própria natureza à exposição escrita
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
A: correta; B: se o termo destacado fosse substituído por um no
feminino, a palavra mesmo concordaria no feminino; C: se a palavra
naturalmente estivesse entre vírgulas, em vez de um adjunto adverbial de
modo, teríamos um aposto. Nesse caso, seria a intenção do autor opinar
acerca da naturalidade da resistência das regras das artes e ofícios. D:
o acento gráfico grave não apareceria, pois não ocorreria a crase, uma
vez que não haveria a contração da preposição a e do artigo definido
feminino. É por esse motivo que nunca há crase antes de verbos; E: as
duas construções apresentam as mesmas informações.
Gabarito “A”
Quando começa a modernidade? A escolha de uma data ou
de um evento não é indiferente. O momento que elegemos
como originário depende certamente da ideia de nós mesmos que preferimos, hoje, contemplar. E vice-versa: a visão
de nosso presente decide das origens que confessamos (ou
até inventamos). Assim acontece com as histórias de nossas
vidas que contamos para os amigos e para o espelho: os inícios estão sempre em função da imagem de nós mesmos de
que gostamos e que queremos divulgar. As coisas funcionam
do mesmo jeito para os tempos que consideramos “nossos”,
ou seja, para a modernidade. Bem antes que tentassem me
convencer de que a data de nascimento da modernidade
era um espirro cartesiano (...), quando era rapaz, se ensinava
que a modernidade começou em outubro de 1492. Nos
livros da escola, o primeiro capítulo dos tempos modernos
eram e são as grandes explorações. Entre elas, a viagem de
Colombo ocupa um lugar muito especial. Descidas Saara
adentro ou intermináveis caravanas por montes e desertos
até a China de nada valiam comparadas com a aventura do
genovês. Precisa ler “Mediterrâneo” de Fernand Braudel para
conceber o alcance simbólico do pulo além de Gibraltar, não
costeando, mas reto para frente. Precisa, em outras palavras,
evocar o mar Mediterrâneo – este pátio comum navegável e
navegado por milênios, espécie de útero vital compartilhado
− para entender por que a viagem de Colombo acabou e
continua sendo uma metáfora do fim do mundo fechado,
do abandono da casa materna e paterna.
(Contardo Calligaris, “A Psicanálise e o sujeito colonial”. In:
Psicanálise e colonização: leituras do sintoma social no Brasil.
Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1999, pp.11-12.)
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) ...para entender por
que a viagem de Colombo acabou e continua sendo
uma metáfora...
No que se refere à grafia, para estar de acordo com o
padrão culto, a frase que deve ser preenchida com forma
idêntica à destacada acima é:
(A) Alguém poderá perguntar: – O autor citou Braudel,
...?
(B) Gostaria de saber ...... ele se interessou especifi-
camente por essa obra de Braudel acerca do mar
Mediterrâneo.
(C) Quem sabe o ...... da citação da obra de Braudel?
(D) Referências são sempre interessantes, ...... despertam
curiosidade acerca da obra.
(E) ... foi a obra que mais o teria impressionado sobre o
assunto, respondeu alguém quando indagado sobre
o motivo da citação.
A: por quê?; B: por que (preposição e pronome relativo); C: o porquê
(substantivo); D: porque (conjunção explicativa); E: porque (conjunção
explicativa).
Gabarito “B”
dos seus segredos, se outra vírgula fosse posta antes de
naturalmente, o sentido original não sofreria alteração.
(D) Em resistiam naturalmente, em virtude da sua própria
natureza à exposição escrita, na substituição do
segmento destacado por “expor na escrita”, o acento
indicativo da crase deveria permanecer, conforme o
padrão culto da língua.
(E) A frase O seu conteúdo, aproximadamente o mesmo
em todos os povos, é ao mesmo tempo moral e prático
está clara e corretamente reescrita assim: “Confrontando os povos, vê-se que o mesmo conteúdo é bem
próximo, sendo simultâneos o moral e o prático”.
79
Ou isto ou aquilo
Uma pesquisa da revista norte-americana The Economist,
promovida para saber se os latino-americanos continuam
acreditando na democracia, incluiu a seguinte pergunta:
“Em determinadas circunstâncias, um governo autoritário
pode ser preferível a um governo democrático?” Seria
lógico pensar assim: os sujeitos que não acreditam mais
nas virtudes exclusivas da democracia devem ser tentados por uma intervenção autoritária. Ou seja, quem não
acredita mais na democracia sonha com a volta de um
regime militar. Faz sentido.
Pois é, os brasileiros deram uma resposta para atrapalhar
o sono dos pesquisadores. Entre 1996 e hoje, 13% deixaram de acreditar na democracia como melhor sistema
de governo. Ora, o número dos que aceitariam uma
ditadura no lugar da democracia não aumentou de modo
correspondente, mas – surpresa – diminuiu 9%. Ou seja,
no Brasil há menos gente para acreditar na democracia,
mas também menos gente para esperar que os militares
resolvam a situação.
Aplausos para os brasileiros, que não se deixaram capturar
por uma alternativa forçada. Entendo assim a posição dos
entrevistados: a democracia não respondeu a nossas esperanças básicas, mas nem por isso entregaríamos o país ao
despotismo. Sobretudo, não aceitamos uma alternativa
excludente do tipo: “De um lado, há stalinistas, fascistas
ou militares e, do outro, a democracia. Olhe, escolha e
pule pra frente.” Os brasileiros pareceram responder: não
pulo coisa nenhuma, a escolha não é essa.”
Minha leitura (otimista) do resultado dessa pesquisa do
Economist é a seguinte: estamos cansados de ver o mundo
em preto-e-branco, com contraste máximo.
(Adaptado de Contardo Calligaris, Terra de ninguém. S. Paulo:
Publifolha, 2004, pp. 240-241.)
(Auditor Tributário/Jaboatão dos Guararapes-PE – 2006 – FCC)
Atentando-se para o emprego de ambas as expressões
sublinhadas, está inteiramente correta a redação da frase:
(A) Os termos de que se compõe a alternativa apresentada
induzem o pesquisado a uma determinada e previsível
resposta.
(B) Do que os pesquisadores não contavam foi a maneira
por que os brasileiros responderam à alternativa.
(C) A democracia, cujos méritos ninguém duvida, tem
também alguns defeitos, aos quais muitas pessoas se
mostram intolerantes.
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ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
tantas atrocidades, costumam caluniar a democracia,
regime que a nada os favorece.
(E) Dado o caráter excludente da alternativa com a qual
nos impuseram os pesquisadores, supunha-se de que
caíssemos em sua armadilha.
A: “Os termos de que se compõe [o verbo compor no sentido de constituir-se exige a preposição de] a alternativa apresentada induzem [verbo
transitivo direto e indireto. O sujeito desse verbo é plural: “Os termos”]
o pesquisado a uma determinada e previsível resposta [o objeto indireto
é: ‘a uma determinada e previsível resposta’]; B: “Com o que [o verbo
regente contar exige preposição com] os pesquisadores não contavam
foi a maneira por que [uso correto. preposição por e pronome relativo
que] os brasileiros responderam à alternativa; C: “A democracia, de
cujos méritos ninguém duvida [o verbo regente duvidar exige preposição
de: ‘de cujos métodos’], tem também alguns defeitos, aos quais [uso
correto. A palavra regente intolerante exige preposição a] muitas pessoas
se mostram intolerantes.”; D: “Os tiranos e os déspotas, em cujo arbítrio
derivam tantas atrocidades, costumam caluniar a democracia, regime que
em nada os favorece [o verbo regente favorecer exige preposição em].”;
E: “Dado o caráter excludente da alternativa com a qual nos impuseram
os pesquisadores, supunha-se [verbo transitivo direto] que caíssemos
em sua armadilha.”
Gabarito “A”
Atenção: O texto abaixo, para as próximas cinco questões, foi extraído de correspondência do renomado
escritor norte-americano Norman Mailer endereçada ao
crítico literário Peter Balbert.
1º de fevereiro de 1998
Caro Peter,
1
Entre as coisas que temos em comum está a depressão
cultural. Reflito sobre a minha vida, especialmente
depois de ter completado cinquenta anos de literatura, e
sinto que todas as coisas pelas quais trabalhei e lutei estão
5 em decadência. O que antes eu via como o inimigo e, com
grande otimismo, como o inimigo que haveria de ser
derrotado, acabou na verdade por nos vencer. [...]
A questão diante de nós dois é: onde está a culpa?
Estava em nós? Por nunca termos feito o suficiente, por
10 mais que achássemos que sim? Ou estará na abstração
que chamamos de “natureza humana”? Teremos ajustado
as nossas crenças a um conceito de homens e mulheres
que não se adequava aos fatos rasteiros?
Às vezes me pergunto se isso não será puro elitismo
15 de minha parte, e se a verdadeira premissa da democracia,
a de que os sem-banho tenham acesso a sabonete
barato, desodorante e roupas de plástico, como um dos
degraus da escalada a um nível mais alto, não seria o que
está acontecendo. Ou se, como temo, estaremos caindo
20 numa sociedade do homem e da mulher medíocres
onipresentes, governados por altas mediocridades. [...]
Tudo de bom,
Norman Mailer.
(Adaptado de Cartas Políticas, O mundo nas cordas, revista
Piauí, 27, p.32)
A alternativa que acolhe
comentário condizente com as características da carta é:
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC)
(A) Registra inconveniente intimidade nas saudações
inicial e final, as quais, uma vez substituídas por
“Prezado” e “Sem mais”, respectivamente, restituiriam
ao texto a formalidade que seu tema requer.
(B) Focaliza a atuação profissional dos interlocutores,
especialmente no que diz respeito aos modos como
conceberam e trataram homens e mulheres ao produzirem textos literários.
(C) Por explorar temática sociocultural, ultrapassa os
limites da subjetividade e transforma as queixas
do remetente em afirmações categóricas acerca da
necessidade de engajamento político da elite.
(D) Preservando tom subjetivo, expõe reflexões acerca do
impacto de atitudes individuais sobre cenários mais
amplos, revelando dupla apreensão: com específico
sentimento de culpa e com o futuro da sociedade.
(E) Em discretos matizes, como a indicação do destinatário pelo prenome e do remetente por nome e sobrenome, insinua a existência de relação hierárquica
entre o escritor e o crítico.
A: (Interpretação) A informalidade é cabível devido à intimidade entre
os interlocutores.
B: (Interpretação) O questionamento do autor não diz respeito à sua
atuação profissional ou, pelo menos, apenas a ela, ele questiona sua
atuação na luta contra seu inimigo, sem especificar claramente em
que ela consistiu.
C: (Interpretação) Mais do que afirmações categóricas, o texto expressa
as dúvidas do seu autor, inclusive quanto à suficiência das ações por
ele cometidas. É, portanto, um texto de natureza reflexiva, não contendo
um apelo ao engajamento.
E: (Interpretação) Nada na carta permite a conclusão da existência de
uma relação hierárquica entre eles. O prenome com o adjetivo “caro”
indica, ao contrário, proximidade entre esses interlocutores.
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC)
O excerto demonstra que
o autor
(A) considera-se culpado das mazelas sociais, seja por
não ter agido nos momentos graves, seja por operar
com crenças contraditórias e demasiadamente abstratas.
(B) compartilha com o interlocutor a sensação de estar
declinando culturalmente, apesar dos diversos anos
dedicados a atividade intelectual nobre.
(C) acredita ter contribuído, em outras épocas, para o
real aprimoramento de homens e mulheres, poste
riormente submetidos à universal mediocridade.
(D) hesita em relação à possibilidade de preceitos democráticos estarem sendo postos em prática na época em
que escreve a carta.
(E) concorda com a premissa de que os desfavorecidos
devam receber o necessário para a manutenção da
dignidade: sabonete barato, desodorante e roupas de
plástico.
A: (Interpretação) O autor questiona se tem culpa pela decadência de
“todas as coisas” pelas quais ele trabalhou e lutou.
B: (Interpretação) O declínio são das “coisas” caras aos interlocutores
e não necessariamente deles.
C: (Interpretação) Ele questiona a validade da sua luta, portanto não
se pode afirmar que ele acredita ter contribuído para aprimoramento
de homens e mulheres.
D: (Interpretação) Nas linhas 18 e 19, a pergunta “não seria o que está
acontecendo” questiona se a melhoria das condições de vida que estava
ocorrendo seria um preceito democrático sendo colocado em prática,
ou seja, ele não tem certeza disso.
E: (Interpretação) Não somente não há uma afirmação clara de que ele
concorde com isso, mas também ele se questiona se isso apenas pode
manter a dignidade de um ser humano.
Gabarito “D”
(D) Os tiranos e os déspotas, em cujo arbítrio derivam
Gabarito “D”
80
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
(A) Na linha 19, Ou se, por introduzir conteúdo adi-
cional à sequência de questionamentos que inicia
o parágrafo, pode ser substituído por “E, ainda, se”,
preservando o sentido original.
(B) Os fragmentos por nos vencer (linha 7) e por altas mediocridades (linha 21) exercem idêntica função sintática.
(C) Na linha 10, por remeter a termos antecedentes, sim
pode dar lugar a “era o suficiente”.
(D) A ordem dos termos na coordenação do homem e da
mulher (linha 20) expõe restrições do autor quanto à
igualdade entre os gêneros.
(E) Em O que antes eu via (linha 5) como o inimigo, os
itens destacados indicam que o autor havia se equivocado em sua percepção anterior, isto é, que não se
tratava de um inimigo.
A: (ASPC: orações coordenadas) A conjunção “ou” não pode ser
substituída pela “e”, pois introduz uma resposta ao questionamento,
que se opõe à resposta anterior como uma outra opção, ou seja, o seu
valor é alternativo.
B: (ASPS: identificação de função sintática) “por nos vencer”: o
“por vencer” é parte de uma locução verbal (acabou por vencer) e
o pronome “nos” é o seu objeto direto // “por altas mediocridades”:
agente da passiva.
D: (Interpretação) A mera ordem dos termos não permite essa conclusão.
E: (Interpretação) O que mudou é a percepção de que o inimigo em
questão poderia ser vencido.
Gabarito “C”
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC) A
(B) No segundo parágrafo, a incerteza acerca do tempo,
expressa pela alternância entre está, estava e estará,
reforça o sentido de dúvida presente no trecho.
(C) A correlação entre as orações Reflito sobre a minha vida
(linha 2) e depois de ter completado cinquenta anos
de literatura (linha 3) expressa que a vida anterior ao
aniversário mencionado não é objeto de meditação.
(D) O emprego da forma será (linha 14) torna o enunciado
mais assertivo do que o seria se a forma escolhida
fosse “é”.
(E) O segmento acabou... por nos vencer (linha 7) indica
finalização recente da ação nele descrita.
A: (Verbo: emprego dos modos e tempos verbais) A substituição
intensificaria o valor hipotético da frase.
C: (Interpretação) O advérbio “especialmente” dá a ideia de que a
reflexão é anterior aos cinquenta anos.
D: (Vocabulário) Embora a substituição mantenha a coerência do texto,
o sentido não permanece o mesmo.
E: (Interpretação) No contexto, a locução verbal “acabou por vencer”
indica que a vitória foi definitiva (no fim o inimigo nos venceu), não
que ela seja necessariamente recente.
Gabarito “B”
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC) Tendo em vista o contexto,
a alternativa correta acerca de recurso linguístico explorado na carta é:
Atenção: As próximas quatro questões referem-se ao
texto que segue.
1
5
alternativa correta sobre
expressões do texto é:
(A) O segmento com grande otimismo (linhas 5 e 6), de
10
caráter apositivo, qualifica o termo o inimigo.
(B) Nas linhas 8 e 9, o contraste entre nós dois e nós
explicita que, apenas na primeira ocorrência, o autor
refere-se a si e ao seu interlocutor.
(C) As formas alto (linha 18) e altas (linha 21) têm exatamente o mesmo significado, embora ocupem posições
diferentes em relação aos substantivos e correspondam a diferentes flexões do adjetivo.
(D) Reflito (linha 2) e sinto (linha 4) podem ser permutados, respectivamente, por “conscientizo-me” e
“lamento”, sem prejuízo do sentido original.
(E) Quanto ao significado, crenças (linha 12) inclui abstração (linha 10) e opõe-se a fatos rasteiros (linha 13).
A: (ASPS: identificação de função sintática) Trata-se de um adjunto
adverbial de modo.
B: (Coesão) Em ambos os casos, o referente do pronome é o emissor
e o seu receptor.
C: (Adjetivo: posição e valor) No primeiro caso, alto refere-se a altura;
no segundo caso, a grau.
D: (Vocabulário) Embora a substituição mantenha a coerência do texto,
o sentido não permanece o mesmo.
Gabarito “E”
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC) A alternativa correta acerca
do uso de tempos verbais na carta é:
(A) A substituição da forma Teremos (linha 11) por “Teríamos” atenuaria o valor hipotético da frase.
81
15
20
25
Humes observou certa vez que a civilização
humana como um todo subsiste porque “uma geração
não abandona de vez o palco e outra triunfa, como
acontece com as larvas e as borboletas”. Em algumas
guinadas da história, porém, em alguns picos críticos,
pode caber a uma geração um destino parecido com o
das larvas e borboletas. Pois o declínio do velho e o
nascimento do novo não são necessariamente
ininterruptos; entre as gerações, entre os que, por uma
razão ou outra, ainda pertencem ao velho e os que
pressentem a catástrofe nos próprios ossos ou já
cresceram com ela [...] está rompida a continuidade e
surge um “espaço vazio”, espécie de terra de ninguém
histórica, que só pode ser descrita em termos de “não
mais e ainda não”. Na Europa, essa absoluta quebra de
continuidade ocorreu durante e após a Primeira Guerra
Mundial. É essa ruptura que dá um fundo de verdade a
todo o falatório dos intelectuais, geralmente na boca dos
“reacionários”, sobre o declínio necessário da civilização
ocidental ou a famosa geração perdida, tornando-se,
portanto, muito mais atraente do que a banalidade do
pensamento “liberal”, que nos apresenta a alternativa de
avançar ou recuar, a qual parece tão desprovida de
sentido justamente porque ainda pressupõe uma linha
de continuidade sem interrupções.
(ARENDT, Hannah. “Não mais e ainda não”. In Compreender:
formação, exílio e totalitarismo. Ensaios (1930-1954). São
Paulo: Companhia das Letras;
Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2008, p. 187)
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC)
Na organização do texto,
a autora
(A) toma como tema certo pensamento de Humes, que
detalha para convencer o leitor sobre esta compreensão que ela tem do que seja a civilização: “A natureza
não dá saltos”.
(B) vale-se de Humes como argumento de autoridade,
considerando irretorquível o pensamento citado.
(C) tira proveito da constatação de Humes, de caráter
universal, para ratificá-la no plano mais particular
que ela aborda no seu discurso.
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
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ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
(D) cita Humes porque a comparação que ele faz entre
os homens e os animais se aplica, ipsis litteris, à
concepção que ela tem acerca do que ocorre com
gerações em momentos críticos.
(E) refere comentário do filósofo Humes e o desconstrói,
pois o desfaz para reconstruí-lo em outras bases.
A autora parte de uma observação de Hume, mas em seguida (como
revela a locução adverbial “em algumas guinadas da história” e
a conjunção “porém”) mostra que nem sempre o que o filósofo
afirmou ocorre.
Gabarito “E”
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC) Pois o declínio do velho e
o nascimento do novo não são necessariamente ininterruptos;
Entre as gerações, entre os que, por uma razão ou outra,
ainda pertencem ao velho e os que pressentem a catástrofe nos próprios ossos ou já cresceram com ela [...] está
rompida a continuidade...
Considerado o fragmento acima, em seu contexto, é
correto afirmar:
(A) ”entre os que” estabelece relação de estrita colate-
ralidade entre os segmentos “os que pressentem a
catástrofe nos próprios ossos” e “[os que] já cresceram
com ela”.
(B) a expressão “não são necessariamente ininterruptos”
equivale a “é prescindível que ocorram de modo
contínuo”.
(C) justificam-se as duas contíguas ocorrências da
preposição “entre” porque introduzem termos que
remetem a dois aspectos, semântica e sintaticamente
distintos.
(D) a conjunção “ou” estabelece uma relação de simultaneidade entre os dois termos que conecta.
(E) a expressão “os que”, em suas duas ocorrências,
remete aos mesmos seres.
A: (Interpretação) A colateralidade estabelecida pela estrutura em
questão se faz entre os elementos desses dois segmentos (os que
pressentem e os que cresceram) e os que pertencem ao velho.
B: (Vocabulário) “prescindível” significa “não necessário”.
C: (ASPS) O segundo “entre” introduz um aposto enumerador do substantivo “gerações” introduzido pelo primeiro “entre”. Não há, portanto,
distinção semântica entre aquilo que introduzem.
D: (Interpretação) A conjunção tem valor de exclusão.
E: (Coesão) Na primeira ocorrência, ela remete à geração que pertence
ao passado; na segunda, à que vivencia o presente.
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC) Quando
(A) toma-o como ponto fraco do ideário “liberal”, que,
equivocadamente, entende essa espécie de terra de
ninguém histórica como o momento crucial para a
decisão de avançar ou recuar.
(B) busca exprimir a ideia de que, mesmo diante de acontecimentos nefastos, há espaço para o acolhimento
do novo, para inovadora ordem social, proposta por
geração recém-surgida.
(C) caracteriza-o com expressões que deixam entrever
a dificuldade que sente para conceituá-lo, dada sua
natureza indefinida ou ambígua, área sobre a qual as
gerações em confronto não têm controle.
(D) caracteriza-o lançando mão da história, meio de
exprimir sua visão de que a ação humana, suspensa
nesse oco, provocou os acontecimentos da Primeira
Guerra Mundial.
(E) entende-o como ponto que legitima de modo pleno
a verve dos grupos ditos “reacionários” quando
defendem a necessidade do declínio da civilização
ocidental.
As expressões são “espécie de terra de ninguém” e “não mais”, “ainda
não”. Trata-se de um momento histórico em que os conceitos anteriores
não mais se aplicam, e os novos e adequados à nova situação ainda
não foram forjados.
Atenção: As próximas seis questões referem-se ao texto
que segue.
1
5
10
15
Gabarito “B”
20
O segmento que, no contexto, exprime uma consequência é:
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC)
(A) (linhas 12 e 13) e surge um “espaço vazio”.
(B) (linhas 24 e 25) ainda pressupõe uma linha de conti-
nuidade sem interrupções.
(C) (linhas 23 e 24) a qual parece tão desprovida de
sentido.
(D) (linhas 15 e 16) essa absoluta quebra de continuidade
ocorreu.
(E) (linhas 14 e 15) só pode ser descrita em termos de
“não mais e ainda não”.
O surgimento de um espaço vazio é consequência do que vem expresso
antes: o rompimento da continuidade.
a autora refere-se
ao “espaço vazio”,
Gabarito “C”
82
25
O ataque cético à cientificidade das narrações históricas
insistiu em seu caráter subjetivo, que as assimilaria
às narrações ficcionais. As narrações históricas
não falariam da realidade, mas sim de quem as construiu.
In ú ti l o b j e ta r q u e u m e l e m e n to co n str u ti vo e stá
presente em certa medida até nas chamadas ciências
“duras”: mesmo estas foram objeto de uma crítica análoga
[...]. Falemos, então, de historiografia. Que ela
[tem] um componente subjetivo [...] é sabido; mas as
conclusões radicais que os céticos tiraram desse dado
concreto não levaram em conta uma mudança fundamental
mencionada por Bloch nas suas reflexões metodológicas
póstumas. “Hoje [1942-3]..., até mesmo nos
testemunhos mais resolutamente voluntários”, escrevia
Bloch, “aquilo que o texto nos diz já não constitui o
objeto preferido de nossa atenção.” As Mémoires de
Saint-Simon ou as vidas dos santos da alta Idade Média
nos interessam (continuava Bloch) não tanto por suas
referências aos dados concretos, volta e meia inventados,
mas pela luz que lançam sobre a mentalidade de
quem escreveu esses textos. “Na nossa inevitável
subordinação ao passado, nós nos emancipamos, ao
menos no sentido de que, embora permanecendo condenados
a conhecê-lo exclusivamente com base em
seus rastros, conseguimos, todavia, saber bem mais a
seu respeito do que ele resolvera nos dar a conhecer”.
E concluía: “Olhando bem, trata-se de uma grande revanche
da inteligência sobre o mero dado concreto”.
(GINZBURG, Carlo. O fio e os rastros: verdadeiro, falso, fictício (Introdução). São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 9)
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC) É correta paráfrase do
primeiro período do texto − O ataque cético à cientificidade das narrações históricas insistiu em seu caráter
subjetivo, que as assimilaria às narrações ficcionais. − o
que se lê em:
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Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
Gabarito “A”
1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
A: (Interpretação) No período, questiona-se se a história de fato é
científica; B: (Interpretação) No período, não se afirma que o ceticismo
nutre a ciência nem que todo relato possui um matiz subjetivo; C:
(Interpretação) No período, questiona-se se a história de fato é
científica; E: (Interpretação) No período, não se trata do relato das
ciências naturais.
Gabarito “D”
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC) Considerada a totalidade do
excerto, é correto afirmar:
(A) (linhas 7 e 8) A referência a uma crítica análoga impõe
que se entenda o emprego das aspas, em “duras”,
como indicador de tom pejorativo.
(B) (linha 4) O emprego do verbo “falar” no tempo e modo
adotados sinaliza que o entendimento sobre a natureza da história expresso na frase deve ser atribuído
aos que desferiram o citado ataque (linha 1).
(C) (linhas 4 e 5) Escrevendo de outro modo a frase mas
sim de quem as construiu, o sentido e a correção
originais estarão preservados se a nova formulação
for “mas sim daqueles que a construíram”.
(D) (linhas 3 e 4) Na frase As narrações históricas não
falariam da realidade está implícita a ideia de que a
história deveria rever o viés metodológico tradicionalmente adotado.
(E) (linha 5) A expressão um elemento construtivo remete à
ideia de cientificidade referida anteriormente (linha 1).
A: (Interpretação) O termo “duro” para as ciências da natureza e “mole”
para as humanas são consagrados e não expressam juízo de valor.
B: (Verbo: emprego dos tempos e modos) O emprego do futuro do
pretérito no trecho mostra que o autor do texto está expressando uma
conclusão que não é a sua sobre o que foi afirmado anteriormente.
C: (Coesão) A mudança do pronome “as” para o singular “a” altera
o seu antecedente de “narrativas” para “realidade”, o que modifica
substancialmente o sentido.
D: (Interpretação) A crítica não se dirige a um método que gera subjetividade, mas ao caráter incontornavelmente subjetivo das narrativas
históricas.
E: (Coesão) A expressão “um elemento construtivo” remete à ideia de
falta de cientificidade
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC) A expressão que está corretamente entendida, considerada a situação de uso no
excerto, é:
(A) (linhas 27 e 28) grande revanche da inteligência /
descomedida vingança da perspicácia.
(B) (linha 5) Inútil objetar / é desaconselhável admitir.
(C) (linhas 12 e 13) reflexões metodológicas póstumas /
confissões de erros de método legadas aos pósteros.
(D) (linha 14) testemunhos mais resolutamente voluntários
/ depoimentos rigorosamente fortuitos.
(E) (linhas 21 e 22) Na nossa inevitável subordinação ao
passado / Na sujeição ao passado, à qual não podemos
nos furtar.
A: (Vocabulário) O termo “descomedido” tem um valor pejorativo que
“grande”, no contexto, não possui.
B: (Vocabulário) “objetar” = criticar, opor-se
C: (Vocabulário) Os trechos possuem por inteiro significados distintos,
“reflexões”, por exemplo, não é o mesmo que “confissões”.
D: (Vocabulário) “fortuito” = por acaso, casual.
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC)
excerto,
É correto afirmar que, no
(A) o enunciado “aquilo que o texto nos diz já não constitui
o objeto preferido de nossa atenção” (linhas 15 e 16)
contém pressuposto introduzido pelo advérbio já.
(B) o autor deixa que o leitor tenha acesso à voz de Saint-Simon, ao lado da sua própria e da de Bloch.
(C) as ideias de Bloch vêm exclusivamente incorporadas
à voz de Carlo Ginzburg, que não permite ao leitor
entrar em contato direto com as formulações do
estudioso que ele cita.
(D) o enunciado Falemos, então, de historiografia (linha
8) revela que o autor, por carência de um único argumento que seja, não ousa debater em outro campo
que não o da história.
(E) o enunciado Que ela tem um componente subjetivo é
sabido (linhas 8 e 9) é exemplo de frase truncada, em
que faltam elementos sintáticos essenciais à expressão
de um sentido completo, só apreensível com o apoio
do contexto.
A: (Interpretação) O advérbio “já” gera o pressuposto que antes o que
o texto dizia constituía o objeto preferido da atenção.
B: (Interpretação) Os trechos entre aspas que constituem transcrições
são exclusivamente de Bloch.
C: (Interpretação) Os trechos entre aspas que constituem transcrições
de Bloch.
D: (Interpretação) O termo “então”, no trecho em que foi empregado,
sugere que o autor já abordou outro campo do conhecimento.
E: (ASPC) Não há truncamento, o que ocorreu foi a anteposição da
oração subordinada à sua principal.
Gabarito “A”
característico da história, e, quando se insistiu em que
deveria assumir o viés subjetivo, suas semelhanças
com as narrativas ficcionais avultaram.
(B) O ceticismo que nutre a ciência dá às narrativas,
inclusive às de cunho histórico, um matiz subjetivo, o
que foi apontado pelos críticos como um fator inerente
a qualquer tipo de relato.
(C) O que caracteriza o relato de fatos históricos é sua
natureza científica; se esse traço fosse minimizado e
abrisse espaço para a subjetividade − dizem certos
críticos −, esse tipo de relato estaria próximo das
narrativas ficcionais.
(D) A acusação dos que não acreditavam no caráter
científico das narrações históricas enfatizava o seu
caráter subjetivo, traço que as tornaria semelhantes
às narrações ficcionais.
(E) O que sempre se enfatizou como determinante de um
texto é o seu cunho particular, fator de subjetividade
que sempre irmanou os relatos, os científicos (como
os históricos) e os ficcionais (inventados pelo autor),
como reconhecem até os mais severos ataques.
Gabarito “E”
(A) A credulidade abalada gerou ataques ao cientificismo
83
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC)
abaixo.
I.
Considere as afirmações
A mudança fundamental citada refere-se ao fato de
que a historiografia acabou adotando uma perspectiva
oblíqua no seu modo de conhecimento: passou a
considerar como mais significativo para a apreensão
de uma época não o que uma possível testemunha
conscientemente informe sobre “dados concretos”,
mas aquilo que seu modo de contar possa deixar
entrever, até mesmo à sua revelia, sobre o espírito
que concebeu tal relato.
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Gabarito “B”
84
ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
II. Na exposição do seu raciocínio, o autor da frase final
do excerto faz uso da expressão Olhando bem (linha
27) para chamar a atenção sobre ideia que corrige
outra anteriormente enunciada por ele.
III. O autor julgou necessário interferir no discurso alheio
por meio dos colchetes, na linha 9, para direcionar a
leitura, oferecendo ponto de referência pedido pelo
advérbio Hoje, que remete ao momento em que um
dado locutor está elaborando seu discurso.
Está correto o que se afirma em
e protestantes desejam consolidar a expansão de sua fé,
nos séculos XVI e XVII.
O interesse político pôde ser o companheiro de todas
essas formas de cruzadas. [...] O interesse econômico
surge bem antes da denominada era imperialista, e afirma-se sobretudo quando, com os Atos de Navegação (1651),
a expansão ultramarina é considerada um monopólio de
toda a nação inglesa − e não apenas o interesse de seus
comerciantes.
(FERRO, Marc. História das colonizações: das
conquistas às independências – séculos XIII a XX.
São Paulo: Companhia das Letras, 1996)
(A) I e III, somente.
(B) I, somente.
(C) I e II, somente.
(D) II, somente.
(E) I, II e III.
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC)
Afirmação II: Como o verbo dicendi que introduz o excerto já revela, o
trecho constitui-se duma conclusão do que foi dito antes.
(A) A colonização − fruto, efetivamente, do desejo de domí-
nossa inevitável subordinação ao passado, nós nos emancipamos, ao menos
no sentido de que, embora permanecendo condenados
a conhecê-lo exclusivamente com base em seus rastros,
conseguimos, todavia, saber bem mais a seu respeito do
que ele resolvera nos dar a conhecer”.
Ao desenvolver suas ideias no período acima, o autor
(A) adotou o tempo e modo presentes na forma verbal
resolvera porque considerou eventual o fato expresso.
(B) utilizou a expressão no sentido de com o mesmo valor
observável na frase “No sentido de ajudá-lo, propus
ampliar o prazo do contrato”.
(C) cometeu um deslize quanto ao padrão culto escrito,
que exige o emprego de uma vírgula depois da palavra
respeito.
(D) se valeu de uma proposição paradoxal (“Na nossa
inevitável subordinação ao passado, nós nos emancipamos...”) e, na argumentação, minimizou a contradição entre as ideias que a constituem.
(E) empregou o pronome “o” (em conhecê-lo) porque
se referia a passado; se estivesse se referindo a uma
pessoa, o padrão culto escrito exigiria o “lhe” (“conhecer- lhe”).
A: (Verbo: emprego de tempos e modos) O mais-que-perfeito do
indicativo indica que a noção expressa pelo verbo “resolver” é anterior
à expressa pelos verbos “emancipar” e “conseguir”.
B: (Interpretação) No texto, a expressão serve para indicar uma delimitação de significado. Na frase da alternativa, ela indica finalidade.
C: (Pontuação) A virgulação da oração subordinada adverbial posposta
é facultativa.
E: (Emprego dos pronomes) O pronome oblíquo “lhe(s)” só pode ser
empregado como complemento verbal, se este for um objeto indireto.
Gabarito “D”
Atenção: As próximas duas questões referem-se ao texto
que segue.
Nas diversas épocas da história, a colonização assumiu
formas que podem ter sido diferentes, mas que também
se superpuseram umas às outras. Dominar outros povos
foi de fato o motor da expansão, qualquer que tenha sido
o motivo declarado desse “imperialismo”, religioso no
tempo dos árabes, religioso ainda nas expedições cristãs
contra os infiéis, religioso mais uma vez quando católicos
nio − realizou-se de maneiras possivelmente distintas,
mas também associadas: apresentou-se, em muitos
momentos, sob o signo da religião, convivendo com
a motivação política; a motivação econômica firma-se no século XVII, quando a expansão ultramarina é
considerada privilégio de toda uma nação (a inglesa).
(B) É passível que as colonizações sejam diferentes, mas
se entrelacem, pois seu objetivo é igual − dominar
povos; o imperialismo religioso dos árabes, dos
católicos e protestantes, companheiro dos interesses
político e econômico posterior a 1651, antes da “era
imperialista”, acaba no monopólio com a Inglaterra
sobre a expansão ultramarina.
(C) A colonização, como a história mostra, é uma forma
de cruzada, assumida de modo semelhante em alguns
momentos − como no caso das várias religiões −,
mas sempre significando domínio de outros povos;
as expedições religiosas conviveram bem com o jogo
político das nações, e que tardou com os interesses
econômicos: estes dependeram da chegada de 1651
para surgir com vigor, sob o domínio inglês.
(D) Alternando, a colonização foi, nas etapas históricas,
assumindo procedimentos distintos e camuflando a
sua verdadeira causa: várias vezes de ordem religiosa,
outra política e outra econômica;
Esta é resultado dos interesses que passaram dos
comerciantes para a nação inglesa como um todo,
antes de surgir o imperialismo propriamente dito.
(E) O domínio dos outros povos gerou a expansão da
colonização que variou de forma, inclusive superpondo causas: das diferentes religiões, que o poder
político acompanhou até o surgimento do interesse
econômico, em 1651, quando a navegação, direito
dos comerciantes, passou a ser da Inglaterra.
Um erro comum a todas as alternativas, com exceção da A, é que
elas afirmam ter o interesse econômico surgido a partir de 1651. A
alternativa A, ao contrário, afirma que ela se firmou no século XVI, ou
seja, já existia anteriormente.
Gabarito “A”
Gabarito “A”
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC) “Na
O fragmento acima está
sintetizado de maneira clara e correta em:
O segmento do texto que,
transformado, mantém-se em consonância com o padrão
culto escrito é:
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC)
(A) surge quando mau se havia cumprido os primeiros
cinquenta anos do século XVII.
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
(B) formas acerca de cuja eficácia ninguém tem dúvida.
(C) reações a domínio, em sua também diversidade,
igualmente se superpõe uns à outros.
(D) quaisquer que, naquele momento, possa terem sido
as razões.
(E) quando desejam consolidar a expansão de sua fé, grupos
religiosos distintos degladiam-se um contra o outro.
A: (Emprego de certas palavras / Concordância) surge quando mal se
haviam cumprido os primeiros cinquenta anos do século XVII.
C: (Concordância / Crase) reações a domínio, em sua também diversidade, igualmente se superpõem uns a outros.
D: (Concordância / Emprego de infinitivo) quaisquer que, naquele
momento, possam ter sido as razões.
E: (Ortografia) quando desejam consolidar a expansão de sua fé, grupos
religiosos distintos digladiam-se uns contra os outros.
Caracterização de Walter Benjamin
1
5
10
15
Gabarito “B”
A frase estruturada de
maneira clara e em total conformidade com o padrão
culto escrito é:
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC)
20
(A) A discussão sobre questões pertinentes aos vários
A: (Concordância / Regência) A discussão sobre questões pertinentes
aos vários temas dos grupos inscritos demandou muita organização,
que ninguém questionou porque se fazia necessária, tendo em vista
que a reflexão necessita de serenidade e se deu com ela.
B: (Ortografia) Entre tais e tão tristes casos reportados nos jornais de
hoje, como as enchentes, os desastres rodoviários e os regimes de
exceção, o que mais me comoveu foi ter lido sobre a falta de assistência
a desprotegidos.
D: (Concordância / Emprego de certas palavras / Regência) Já havia
muito por que se atormentar, por isso tentava esquecer, e o fazia com
muita persistência, as notícias que pareciam ter chegado há pouco,
mas já eram conhecidas por todos.
E: (Concordância) Não tinham sequer levantado hipótese de que
fossem feitos, e pelo coordenador, reparos ao texto definitivo, e ainda
mais extemporaneamente, inclusive porque tinha havido já muitos
comentários positivos para o grupo, vindos de renomado especialista.
Gabarito “C”
Atenção: As próximas sete questões referem-se ao texto
que segue.
25
O nome do filósofo, que acabou com sua própria
vida durante a fuga ante os esbirros de Hitler, foi
ganhando uma aura nos mais de vinte anos que desde
então transcorreram, e isso apesar do caráter esotérico
dos seus primeiros trabalhos e fragmentário dos
últimos. A fascinação de sua pessoa e oeuvre só
deixou a alternativa da magnética atração ou da
rejeição horrorizada. Sob o olhar de suas palavras –
onde quer que ele caísse −, tudo se metamorfoseava,
como se tivesse se tornado radioativo. A capacidade
de incessantemente projetar novos aspectos − não
tanto mediante a ruptura crítica de convenções quanto
pela maneira, dada pela organização intrínseca, de se
comportar em relação ao objeto, como se as
convenções não tivessem poder sobre ele −
dificilmente conseguirá também ser captada pelo
conceito de originalidade. Nenhuma das intuições
desse pensador inesgotável apresentava-se como
mera intuição. O sujeito, a quem pessoalmente cabiam
todas as experiências fundantes que a filosofia oficial
contemporânea apenas discute de modo formal,
parecia ao mesmo tempo não ter nenhuma
participação nelas, mesmo porque a sua maneira,
sobretudo a arte da formulação instantânea − definitiva
−, também se despojou do que, no sentido tradicional −
é espontâneo e esfuziante. Ele não dava a impressão
de ser alguém que criava a verdade ou a adquiria ao
pensar, mas de que a citava pelo pensamento como
um refinado instrumento de conhecimento, no qual
imprimia a sua marca.
(ADORNO, Theodor. Caracterização de Walter Benjamin.
Prismas: crítica cultural e sociedade.
São Paulo: Ática, 2001, p. 223-224)
Obs.: oeuvre: obra.
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC)
autor do excerto
É correto afirmar que o
(A) julga o refinado pensamento do filósofo não como
original ou espontâneo, mas como verdadeiro.
(B) oferece precisa caracterização do filósofo e de sua
obra, valendo-se de conceitos que lhes são aplicáveis
com justeza.
(C) expõe os artifícios formais de que se valeu o filósofo
para, apropriando-se dos achados da tradição, requisitar autenticidade para seu trabalho.
(D) aponta inconsistência nas formulações do filósofo,
que, pouco amadurecidas mas perenes, se despegaram do necessário aporte empírico da filosofia.
(E) atribui força transformadora ao modo como o filósofo
concebia e expressava seus pensamentos.
A: (Interpretação) Embora o texto faça um elogio do pensamento de
Benjamin, ele se dirige sobretudo ao modo como é elaborado e não se
pode pressupor disso que considera sempre como verdadeiro.
B: (Interpretação) O texto é muito curto e trata apenas de um aspecto da
obra de Benjamim para que se possa falar em “precisa caracterização”.
C: (Interpretação) O texto não menciona artifícios formais.
D: (Interpretação) O texto não menciona qualquer tipo de inconsistência.
Gabarito “E”
temas dos grupos inscritos demandaram muita organização, que ninguém questionou porque se fazia
necessário, tendo em vista que a reflexão necessita,
e se deu, com serenidade.
(B) Entre tais e tão tristes casos reportados nos jornais de
hoje como as enchentes, os desastres rodoviários e os
regimes de excessão, o que mais me comoveu foi de
ter lido sobre a falta de assistência a desprotegidos.
(C) Eles estavam ali conversando sei lá de quê; não
certamente de dinheiro, como alguns imaginaram,
ainda que falassem de “títulos”; mas não existem só
títulos “bancários”, também os há acadêmicos, como
cheguei a comentar com os mexeriqueiros.
(D) Já tinha muito porque se atormentar, por isso tentava
esquecer, e o fazia com muita persistência, das notícias que pareciam ter chegado a pouco, mas já eram
conhecidas por todos.
(E) Não tinham sequer levantado hipótese de que fosse
feito, e pelo coordenador, reparos ao texto definitivo,
e ainda mais extemporaneamente, inclusive porque
tinham havido já muitos comentários positivos para
o grupo, vindos de renomado especialista.
85
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC) O excerto autoriza a seguinte
afirmação:
(A) as constantes inovações do filósofo acompanharam- se
de desveladas críticas às convenções vigentes.
(B) o filósofo e sua obra adquiriram, com o tempo, unâ-
nime aprovação, atribuível à comoção gerada por seu
suicídio.
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86
ELOY GUSTAVO DE SOUZA, FERNANDA FRANCO, HENRIQUE SUBI, MAGALLY DATO E RODRIGO FERREIRA DE LIMA
(C) a natureza dos trabalhos iniciais e finais do filósofo
(C) A reflexividade observada no segmento acabou com
não obscurece sua personalidade e sua obra, impactantes sob qualquer julgamento.
(D) a infinidade de novos aspectos inseridos nas análises
do filósofo tornou-as tão herméticas que não podem
ser captadas por espíritos menos originais.
(E) as inéditas ideias do filósofo devem ser creditadas
aos seus métodos, fundamentados em experiências
da filosofia oficial.
sua própria vida é exatamente do mesmo tipo da
encontrada em “Machucaram-se muito com as ofensas
recíprocas”.
(D) A presença da preposição durante contamina a frase
articulada em torno do verbo “acabar”, conferindo-lhe
aspecto durativo e frequentativo.
(E) A preposição ante tem mesmo valor do segmento
grifado em “antiamericano”.
A: (Interpretação) Afirma-se que o filósofo agia como se as convenções
não tivessem poder sobre ele, não que ele as criticava.
B: (Interpretação) Não se afirma que o filósofo e a obra tenham aprovação unânime nem que ela se deva ao seu suicídio.
D: (Interpretação) Embora haja menção à dificuldade de compreensão
da obra em questão, não se afirma que ela não possa ser captada por
espíritos menos originais.
E: (Interpretação) Ao contrário, o método do filósofo provém de uma
liberdade frente às discussões formais da filosofia oficial.
A: (Concordância) Uma vez que o verbo “passar” não é impessoal,
ele deve concordar com o seu sujeito. No caso, o sujeito é o relativo
“que”, o que faz com que a concordância se faça com o antecedente:
“os mais de vinte anos”.
B: (Pontuação: vírgula na oração adjetiva) A presença da vírgula confere
valor explicativo à oração adjetiva, o que é possível pelo fato de o título
já restringir o termo “filósofo”, ou seja, indica de que filósofo se trata.
C: (Emprego dos pronomes) No primeiro caso, a reflexividade indica
que a ação praticada pelo sujeito recai sobre si mesmo; no segundo
caso, que a ação é trocada entre os indivíduos que constituem o sujeito,
é o que se chama também de reciprocidade.
D: (Verbo: aspecto) A preposição “durante” confere a ideia de aspecto
durativo (a ação possui uma certa duração) à ação que é expressa pelo
substantivo “fuga”. A locução verbal “acabou por se matar” tem aspecto
pontual. O frequentativo é o aspecto das ações que se repetem como o
que aparece no verbo “saltitar” devido ao sufixo “it”.
E: (Interpretação) “ante” tem valor locativo: em frente a, diante de;
“anti” tem valor de oposição.
(A) o sujeito é destituído da função central que tinha na
filosofia anterior, na medida em que esse filósofo opta
por não se fazer notar em seus escritos.
(B) a verdade é apenas tangenciada, já que o filósofo cita
concepções já aceitas como inquestionáveis, mas não
ousa nelas interferir.
(C) o diálogo com a filosofia oficial engendra-se na arte
da formulação instantânea, que pressupõe o descarte
de conceitos tradicionais.
(D) o modo de presença da intuição gera uma subjetividade da qual emerge não o espontâneo, mas o
particular.
(E) a originalidade do pensamento, derivada da organização que lhe é intrínseca, carece de vivacidade e
autenticidade, tal como as entendemos.
A: (Interpretação) Não há informação que permita a inferência de que
não se faz notar em seus escritos.
B: (Interpretação) Ao contrário, como diz o texto, o filósofo tem uma
capacidade de projetar incessantemente novos aspectos sobre aquilo
que analisa.
C: (Interpretação) Não há informações que permitam a inferência de
que ocorre o descarte de conceitos tradicionais.
E: (Interpretação) Se, como se afirma no final do texto, o filósofo
imprimia sua marca na verdade que expressava, não se pode afirmar
que lhe falta autenticidade.
Gabarito “D”
O nome do filósofo, que
acabou com sua própria vida durante a fuga ante os
esbirros de Hitler, foi ganhando uma aura nos mais de
vinte anos que desde então transcorreram, e isso apesar
do caráter esotérico dos seus primeiros trabalhos e fragmentário dos últimos.
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC)
Considerado o período acima, em seu contexto, é correto
afirmar:
(A) Substituindo “transcorrer” por “se passar”, a frase man-
tém a correção gramatical com a forma “se passou”.
(B) O título do texto é determinante para que a frase que
acabou com sua própria vida tenha valor explicativo,
e não restritivo.
O nome do filósofo [...]
foi ganhando uma aura [...], apesar do caráter esotérico
dos seus primeiros trabalhos e fragmentário dos últimos.
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC)
Em redação clara e totalmente em concordância com
o padrão culto escrito, o sentido da frase acima está
preservado em:
(A) Foi ganhando uma aura o filósofo, que já tinha nome,
ainda que seus trabalhos sejam de caráter esotérico e
fragmentário, respectivamente os primeiros e últimos.
(B) Ainda que os primeiros trabalhos do filósofo padecessem de caráter esotérico e os últimos fragmentários,
seu nome foi ganhando uma aura.
(C) Embora se considerem o caráter esotérico e fragmentário dos primeiros e últimos trabalhos, seu nome de
filósofo foi recebendo aura.
(D) A despeito de os primeiros trabalhos do filósofo terem
caráter esotérico e os últimos, fragmentário, seu nome
foi ganhando uma aura.
(E) Seu nome de filósofo foi ganhando aura mesmo sendo
esotérico nos primeiros trabalhos, e tendo caráter
fragmentário nos últimos.
A: (Interpretação) O nome do filósofo é que foi ganhando uma aura.
Deve-se colocar “o” antes de “último” para se manter o paralelismo.
B: (Interpretação) O emprego do verbo “padecer” confere um tom de
crítica ausente na redação original. O trecho “últimos fragmentários”
não está inserido de modo favorável sintaticamente no período.
C: (Interpretação) Dá-se a entender que os primeiros e últimos trabalhos
do filósofo eram ambos esotéricos e fragmentários.
E: (Interpretação) O trecho “seu nome de filósofo” dá a entender que
ele possui um nome só para a atividade de filósofo; além disso, é feita
a afirmação de que ele é esotérico tem caráter fragmentário, já o texto
original atribui essas características ao seu trabalho.
Gabarito “D”
É correto afirmar que, na
obra de Benjamin,
Gabarito “B”
Gabarito “C”
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC)
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1. LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO
87
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC)
O segmento do texto que
está corretamente entendido é:
(A) A expressão ao pensar (linhas 27 e 28) traduz uma
(A) como se tivesse se tornado radioativo / à semelhança
(B) O emprego de só, na linha 6, traz implícita uma ideia
mento que elidia criador e criatura.
(C) magnética atração / fascínio emitido de forças internas
inexploradas.
(D) rejeição horrorizada / desdém que provoca pânico
coletivo.
(E) tudo se metamorfoseava / o entorno adquiria formas
que se sucediam ininterruptamente.
B: (Vocabulário) elidir = eliminar, retirar.
C: (Interpretação) O trecho “forças internas inexploradas” não se justifica.
D: (Interpretação) O trecho “provoca pânico coletivo” não se justifica.
E: (Interpretação) Apenas “adquiria formas” tem alguma relação com
o trecho original.
Gabarito “A”
(Oficial de Chancelaria - 2009 - FCC) Considerado
correto o que se afirma em:
o contexto, é
de exclusão.
(C) O advérbio mesmo, em mesmo porque (linha 23),
introduz retificação acerca do afirmado anteriormente.
(D) Em onde quer que ele caísse (linha 9), onde está
empregado em conformidade com o padrão culto
escrito, assim como o está em: “Se ele insistir, é onde
direi que tenho dele as piores impressões”.
(E) Ao acolherem termo sinônimo de formulação instantânea, sem nada lhe acrescentar, os travessões (linhas
24 e 25) justificam-se como recurso para dar ênfase à
expressão que caracteriza a arte (linha 24).
A: (ASPC: orações reduzidas) Ela traduz a ideia de tempo.
C: (ASPC) Ele introduz uma ratificação do que foi afirmado anteriormente.
D: (ASPC: emprego do “onde”) Ele só pode ser empregado com valor
adverbial de “lugar”.
E :(ASPS) O termo “definitiva” não é um qualificador do termo “formulação”.
Gabarito “B”
de algo que adquirisse propriedade de emanar energia.
(B) fascinação de sua pessoa e oeuvre / forte encanta-
condição.
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2. RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICA
André Fioravanti e Enildo Garcia*
1. ESTATÍSTICA
1.1. ESTATÍSTICA DESCRITIVA: GRÁFICOS,
TABELAS, MEDIDAS DE POSIÇÃO E DE
VARIABILIDADE
(BB – Escriturário – 2006 – FCC) O histograma de frequências
absolutas abaixo demonstra o comportamento dos salários dos 160 empregados de uma empresa em dezembro
de 2005:
60
50
40
30
20
10
0
500
1 000
1 500
2 000
2 500
Valores (R$)
3 000
Com relação às medidas de posição deste levantamento
tem-se que o valor da
(A) média aritmética é igual ao valor da mediana.
(B) média aritmética supera o valor da moda em R$
125,00.
(C) moda supera o valor da mediana em R$ 500,00.
(D) mediana supera o valor da média aritmética em R$
25,00.
(E) média aritmética é igual à metade da soma da mediana
e a moda.
(A) 6,25%.
(B) 12,50%.
(C) 18,75%.
(D) 31,25%.
(E) 32,00%.
A média aritmética é (10 × 0,75 + 20 × 1,25 + 40 × 1,75 + 50 × 2,25 +
30 × 2,75 + 10 × 3,25 / 160 = 2,0625. Dessa forma, a média pertence
a faixa entre 2,0 e 2,5, e a probabilidade de se escolher aleatoriamente
alguém da faixa é 50 / 160 = 0.3125.
Gabarito “D”
(Auditor Fiscal/RO – 2010 – FCC) Em uma cidade é realizado um
levantamento referente aos valores recolhidos de determinado tributo estadual no período de um mês. Analisando
os documentos de arrecadação, detectou-se 6 níveis de
valores conforme consta no eixo horizontal do gráfico
abaixo, em que as colunas representam as quantidades
de recolhimentos correspondentes.
Xi
Fi
Xifi
Freq. Acumulada
500
30
15 000
30
1 000
50
50 000
80
1 500
60
90 000
140
2 000
30
60 000
170
2 500
20
50 000
190
3 000
10
30 000
200
Soma
-
295 000
-
Mediana está na posição 200/2 = 100 = > mediana = 1 500
Média = soma (xifi)/soma(fi) = 295 000/2 000 = 1 475
Gabarito “D”
Utilizando as informações nele contidas, calculou-se a
média aritmética dos valores dos salários destes empregados, considerando que todos os valores incluídos num
certo intervalo de classe são coincidentes com o ponto
médio deste intervalo. Escolhendo aleatoriamente um
empregado da empresa, a probabilidade dele pertencer
ao mesmo intervalo de classe do histograma ao qual
pertence a média aritmética calculada é
moda = 1500
Instruções: Para responder à questão a seguir utilize,
dentre as informações abaixo, as que julgar adequadas.
Se Z tem distribuição normal padrão, então:
P(0< Z < 1) = 0,341 , P(0< Z < 1,6) =
0,445 , P(0< Z < 2) = 0,477
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) Considerando as respectivas definições e propriedades relacionadas às medidas
de posição e de variabilidade, é correto afirmar:
* André Fioravanti comentou as questões de Bancários e Enildo Garcia comentou as demais questões.
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2. RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICA
A: Errado, porque var(k . x) = k2 . var(x).
B: Errado, pois se CV = DP/média, então var/ média2 = (DP)2 /
média2 = CV 2
C: Certo, porque var(k + x) = var (x) e, consequentemente, o desvio-padrão.
D: Errado, porque var(x/k) = ( 1/k2 ) x.
E: Errado, pois na distribuição normal, por exemplo, Md = Mo e a
diferença entre as duas é zero.
Gabarito “C”
1.2. PROBABILIDADES: CONCEITO, AXIOMAS
E DISTRIBUIÇÕES (BINOMINAL, NORMAL,
POISSON, QUI-QUADRADO, ETC.)
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC) A
tabela abaixo apresenta
dados parciais sobre a folha de pagamento de um Banco
Faixa salarial, em reais
Número de empregados
300 – 500
52
500 – 700
30
700 – 900
25
900 – 1100
20
1100 – 1300
16
1300 – 1500
13
Total
156
Um desses empregados foi sorteado para receber um
prêmio. A probabilidade desse empregado ter seu salário
na faixa de R$ 300,00 a R$ 500,00 é
livros numerados de 1 a 9. Depois, ela recolocou aleatoriamente os livros na prateleira. É claro que ela pode
tê-los colocado na ordem normal, ou seja, 1, 2, 3 etc.
No entanto, a chance de isso ocorrer é apenas uma em
(A) 16 660.
(B) 40 320.
(C) 362 880.
(D) 368 040.
(E) 406 036.
A chance de todos os elementos estarem ordenados é 1 / (9!), onde
9! = 9 x 8 x 7 x ... x 3 x 2 x 1 é a função fatorial. Tal valor pode ser
calculado como 9! = 362880.
Suponha que, para sacar
certa quantia de sua conta em um caixa eletrônico, um
correntista do Banco do Brasil deve lembrar-se de uma
senha numérica de seis dígitos e de um código de três
letras. Florêncio, cliente do Banco do Brasil, pretendia
usar o caixa eletrônico para fazer um saque, entretanto,
lembrava-se apenas de algumas características de sua
senha numérica e do respectivo código de letras:
(BB – Escriturário – 2011 – FCC)
– os três primeiros dígitos eram 455 e os três últimos
correspondiam a um número ímpar de três algarismos
distintos entre si.
– o código de letras era composto das letras H, J e K,
não necessariamente nessa ordem.
O total de senhas que têm essas características é:
(A) menor que 1 000.
(B) ímpar.
(C) quadrado perfeito.
(D) divisível por 7.
(E) maior que 2 000.
Em se tratando do código numérico, existem 5 possibilidades para
o último dígito, 9 para o penúltimo e 8 para o antepenúltimo. Dessa
forma, 360 possibilidades. Com relação ao código de letras, existem
3! = 6 possibilidades para o ordenamento das letras dadas. Assim, o
total de senhas possíveis é 360 x 6 = 2160.
Gabarito “E”
dos empregados de uma empresa, tem-se também que
a respectiva variância fica multiplicada por 1,10.
(B) Definindo coeficiente de variação (CV) como sendo o
quociente da divisão do desvio-padrão pela respectiva
média aritmética (diferente de zero) de uma sequência
de valores, tem-se então que CV também poderá ser
obtido dividindo a correspondente variância pelo
quadrado da média aritmética.
(C) Subtraindo um valor fixo de cada salário dos funcionários de uma empresa, tem-se que o respectivo
desvio-padrão dos novos valores é igual ao valor do
desvio-padrão dos valores anteriores.
(D) Dividindo todos os valores de uma sequência de
números estritamente positivos por 4, tem-se que o
respectivo desvio-padrão fica dividido por 2.
(E) Em qualquer distribuição de valores em estudo, a
diferença entre a mediana e a moda é sempre diferente
de zero.
Gabarito “C”
(A) Concedendo um reajuste de 10% em todos os salários
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) Para disputar a final de um
torneio internacional de natação, classificaram-se 8
atletas: 3 norte-americanos, 1 australiano, 1 japonês,
1 francês e 2 brasileiros. Considerando que todos os
atletas classificados são ótimos e têm iguais condições
de receber uma medalha (de ouro, prata ou bronze), a
probabilidade de que pelo menos um brasileiro esteja
entre os três primeiros colocados é igual a:
(A) 1/3.
(B) 2/5.
(C) 1/2.
(A)
5
.
4
(B) 3 .
(D) 3/5.
7
(E) 7/10.
A probabilidade é dada pelo número de empregados que tem salário
entre 300 e 500 reais (52 empregados) dividido pelo total de empregados (156). Dessa forma, p = 52/156 = 1/3.
Gabarito “A”
Desejando limpar uma
prateleira, a arrumadeira retirou de lá uma coleção de
(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC)
89
(C) 4 .
7
(D) 9 .
14
(E) 5 .
7
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ANDRÉ FIORAVANTI E ENILDO GARCIA
A probabilidade de ao menos um brasileiro ganhar a medalha é igual a 1
menos a probabilidade de nenhum brasileiro ganhar medalha. Portanto,
P = 1 – (6/8) x (5/7) x (4/6) = 1 – (5/14) = 9/14.
Gabarito “D”
(BB – Escriturário – 2010 – FCC) Em um banco, qualquer funcio-
nário da carreira de Auditor é formado em pelo menos um
dos cursos: Administração, Ciências Contábeis e Economia. Um levantamento forneceu as informações de que
I.
50% dos Auditores são formados em Administração,
60% são formados em Ciências Contábeis e 48% são
formados em Economia.
II. 20% dos Auditores são formados em Administração
e Ciências Contábeis.
III. 10% dos Auditores são formados em Administração
e Economia.
Temos que a média dos salários de todos os funcionários, xbarra = 1 600
Então
xbarra = (Sh + Sm)/(h + m)
1 600 = (1 800h + 1 500m)/(h + m)
(Simplificar por 100)
16(h + m) = 18h + 15m
16h + 16m = 18h + 15m
m = 2h
(O número de homens é o dobro do número de mulheres)
Então, a proporção do número de mulheres em relação ao total de
funcionários vale
m / (m + h) = 2h/(2h + h) = 2/3
Gabarito “E”
90
1.3. INFERÊNCIA: INTERVALOS DE CONFIANÇA.
TESTES DE HIPÓTESES PARA MÉDIAS E
PROPORÇÕES
Os valores dos salários dos
empregados de determinado ramo de atividade apresentam uma distribuição normal com média R$ 2.000,00
e variância igual a 62.500 (R$)2. Considere os valores
das probabilidades P(0 ¡U Z ¡U z) para a distribuição
normal padrão:
(Auditor Fiscal/RO – 2010 – FCC)
IV. 30% dos Auditores são formados em Ciências Contá-
beis e Economia.
Escolhendo aleatoriamente um Auditor deste banco, a
probabilidade de ele ser formado em pelo menos dois
daqueles cursos citados é
(A) 58%.
(B) 56%.
(C) 54%.
(D) 52%.
(E) 48%.
Seja n(A), n(B) e n(C) o número de Auditores formados em Administração, Ciências Contábeis e Economia, respectivamente (e em
porcentagem). Temos que: n(A ∪ B ∪ C) = n(A) + n(B) + n(C) – n(A ∩
B) – n(A ∩ C) – n( B ∩ C) + n(A ∩ B ∩ C). Como qualquer funcionário
é formado em um desses cursos, n(A ∪ B ∪ C) = 100%. Do problema,
temos que n(A) + n(B) + n(C) = 50% + 60% + 48% = 158%, n(A ∩ B)
+ n(A ∩ C) + n(B ∩ C) = 20% + 10% + 30% = 60%, portanto n(A ∩ B ∩
C) = 2%. Logo n(A ∩ B) + n(A ∩ C) + n(B ∩ C) + n(A ∩ B ∩ C) = 52%.
Gabarito “B”
(Auditor Fiscal/RO – 2010 – FCC) A média aritmética de todos
os salários dos funcionários em uma repartição pública
é igual a R$ 1.600,00. Os salários dos funcionários
do sexo masculino apresentam um desvio-padrão de
R$ 90,00 com um coeficiente de variação igual a 5%. Os
salários dos funcionários do sexo feminino apresentam
um desvio-padrão de R$ 60,00 com um coeficiente de
variação igual a 4%. Escolhendo aleatoriamente um
funcionário desta repartição, a probabilidade dele ser
do sexo feminino é igual a
(A) 1/2.
(B) 1/3.
(C) 3/4.
(D) 3/5.
(E) 2/3.
z
0,25
0,52
0,84
1,28
P(0 ≤ Z ≤ z)
0,10
0,20
0,30
0,40
Então, a porcentagem dos empregados que ganham
salários inferiores a R$ 1.790,00 ou salários superiores a
R$ 2.320,00 é igual a
(A) 30%.
(B) 40%.
(C) 50%.
(D) 60%.
(E) 70%.
s = sqrt(62 500) = 250 (desvio-padrão)
X ~ N(2 000,250)
Deseja-se P(X < 1 790)
z padronizado = (XI – 2 000)/250
xi = 1 790, temos
z = (1 790 – 2 000)/250 = -210/250 = -0,84 e, pela tabela, ´p = 0,3.
= 30 %
Para ou P(X > 2320),
para xi = 2 320,
z = (2 320 – 2 000)/250 = 320/250 = 1,28 , pela tabela, ´p = 0,40 = 40%
Então a área entre 1 790 e 2 320 vale 30% + 40% = 70%, ie, há 70%
dos salários entre 790 e 2 320.
Portanto, a porcentagem dos empregados que ganham salários inferiores a R$ 1.790,00 ou salários superiores
a R$ 2.320,00 vale 1 (100%) - 70% = 30%,
Gabarito “A”
(Auditor Fiscal/RO – 2010 – FCC) Em uma pesquisa realizada numa
xbarra = 1 600 sH = 90 CvH = 5% sM = 60 CvM = 4%
Como xbarraH = sH/CVh, temos xbarraH = 90/0,05 = 1 800 e
xbarraM = Cvm/sM = >
xbarraM = 60/0,04 = 1 500.
Mas xbarraH = Sh/h
(Média salário homens = soma salários dos
homens/h, h:número de homens)
0u 1 800 = Sh/h, ie, Sh = 1 800h e
1 500 = Sm/m ou Sm = 1 500m
grande região, apurou-se que 90% dos habitantes eram
favoráveis à implantação de uma indústria. O tamanho da
amostra desta pesquisa foi de 1.600 e considerou-se normal
a distribuição amostral da frequência relativa dos habitantes
da região a favor desta implantação. O intervalo de confiança de 95,5% encontrado para a proporção foi igual a
[88,5% ; 91,5%]. Caso o tamanho da amostra tivesse sido
de 2.500 e apurando-se a mesma proporção anterior, tem-se
que a amplitude do intervalo de 95,5% seria de
(A) 1,2%.
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2. RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICA
91
(B) 2,4%.
(C) 3,6%.
(D) 4,8%.
(E) 6,4%.
a 1,4. A média aritmética dos valores de yt de 2000 até
2009 apresentou um valor igual a 3,6. O valor de (yt +
–yt) para t > 0, considerando a função encontrada pelo
1
método dos mínimos quadrados, é uma constante igual a
Amplitude encontrada = 91,5 – 88,5 = 3% = > E(erro) = 0,03
Como n = z2p(1-0)/E2, temos
1 600 = z2.p(1 -p)/(0,0009)
z2,p(1-p) = 1 600x0,0009 = 1,44 (manter-se-ão IC de 95,5% e
proporção)
Se aumentarmos n para 2.500, o novo E será
2 500 = z2p(1-p)/E2
E2 = z2p(1-p)/2 500
E2 = 1,44/2 500 = 0,000576
E = 0,024 = 2,4%
(A) 0,55.
(Auditor Fiscal/RO – 2010 – FCC) Considere que as vendas anuais,
em milhões de reais, de um produto são estimadas por
meio do modelo yt = α + βt + εt, t = 1, 2, 3, . . . em que
yt representa o valor das vendas no ano (1999+t). α e β
são parâmetros desconhecidos e εt é o erro aleatório com
as respectivas hipóteses consideradas para o modelo de
regressão linear simples. Com base nas informações anuais de 2000 até 2009 e utilizando o método dos mínimos
quadrados obteve-se a estimativa para α como sendo igual
(D) 0,36.
(E) 0,30.
ybarra = 3,6 e n = 10 (de 2 000 a 2 009)
ybarra = 3,6 = soma(yi)/10 - > soma(yi) = 36
Mas
t
yi
B = beta
1 1,4 + B
2 1,4 + 2B
3 1,4 + 3B
…. ......
…..
10 1,4 + 10B
---------------------tot. soma(yi) = 10x1,4 + B(10x11)/2
36 = 14 + 55B
55B = 36 – 14 = 22
B = 22/55 = 0,40 = > yi = 1,4 + 0,40 t
y(i+1) – yi = 1,4 + 0,4(i+1) – (1,4 + 0,4i) = 0,40
Gabarito “C”
Gabarito “B”
1.4. ANÁLISE DE REGRESSÃO
(B) 0,50.
(C) 0,40.
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3. DIREITO CONSTITUCIONAL
Bruna Vieira, Fábio Tavares Sobreira, Felipe Maciel, Georgia Renata Dias, Henrique Subi,
Ivo Shigueru Tomita, Licínia Rossi, Teresa Melo*
(Analista – TRT/20ª – 2011 – FCC) No caso de comoção grave de
repercussão nacional, o Presidente da República pode
solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar
o estado de sítio mediante prévia oitiva do
(A) Procurador-Geral da República.
(B) Conselho Nacional de Justiça e do Ministério da Defesa.
(C) Conselho Nacional de Justiça e do Congresso Nacional.
(D) Conselho da República e do Conselho de Defesa
Nacional.
(E) Senado Federal.
As hipóteses de cabimento da decretação do estado de sítio estão
previstas nos incisos I e II do art. 137 da CF e são: comoção grave de
repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia
de medida tomada durante o estado de defesa e declaração de estado de
guerra ou resposta a agressão armada estrangeira. Nas duas hipóteses
o Presidente da República, antes de solicitar ao Congresso Nacional
autorização para a decretação do estado de sítio, ouve o Conselho da
República e o de Defesa Nacional.
Gabarito “D”
(Auditor Tributário/Jaboatão dos Guararapes-PE – 2006– FCC) De acordo
com disposição expressa da Constituição Federal, compete igualmente ao Conselho da República e ao Conselho
de Defesa Nacional pronunciar-se sobre:
(A) iniciativas necessárias para garantir a independência
nacional.
(B) declaração de guerra e celebração de paz.
(C) critérios para a utilização de áreas indisponíveis à
segurança do território.
(D) intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio.
(E) condições de uso de áreas relacionadas com a explo-
ração de quaisquer recursos naturais.
A: incorreta. Atribuição apenas do Conselho de Defesa Nacional (art.
91, § 1º, IV, da CF); B: incorreta. Atribuição apenas do Conselho de
Defesa Nacional (art. 91, § 1º, I, da CF); C: incorreta. Atribuição apenas
do Conselho de Defesa Nacional (art. 91, § 1º, III, da CF); D: correta.
Atribuição conjunta dos dois Conselhos, conforme texto dos arts. 90, I,
e 91, § 1º, II, ambos da CF; E: incorreta. Atribuição apenas do Conselho
de Defesa Nacional (art. 91, § 1º, III, da CF).
Gabarito “D”
(Auditor Tributário/Jaboatão dos Guararapes-PE – 2006– FCC) É previsão
constitucional comum ao estado de sítio e ao estado de defesa
(A) o acompanhamento e a fiscalização da execução de
suas medidas por Comissão composta por membros
do Congresso Nacional.
(B) a necessidade de autorização prévia dos Conselhos da
República e de Defesa Nacional para sua decretação.
(C) a submissão do decreto respectivo à ratificação do
Congresso Nacional dentro de 24 horas, sob pena de
nulidade da decretação.
(D) a possibilidade de restrição relativa à liberdade de
locomoção, consistente na obrigação de permanência
em localidade determinada.
(E) a irresponsabilidade por eventuais ilícitos cometidos
pelos respectivos executores ou agentes, diante da
excepcionalidade das medidas autorizadas pela
Constituição.
A: correta. A Mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de cinco de seus membros
para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes ao
estado de defesa e ao estado de sítio (art. 140 da CF); B: incorreta. De
acordo com os arts. 136 (Estado de Defesa) e 137 (Estado de Sítio)
da CF, os Conselhos da República e de Defesa Nacional são apenas
órgãos de consulta do Presidente da República, cujas manifestações
não têm caráter vinculante. A Constituição tampouco exige autorização
prévia desses Conselhos para a decretação de Estado de Defesa ou
de Estado de Sítio, devendo apenas serem ouvidos; C: incorreta.
Medida prevista apenas para o Estado de Defesa (art. 136, § 4º, da
CF); D: incorreta. Medida prevista apenas para o Estado de Sítio (art.
139, I, da CF); E: incorreta. A responsabilização dos agentes pelas
medidas ilícitas é comum aos Estados de Defesa e de Sítio, conforme
prescrição do art. 141 da CF.
Gabarito “A”
1. DEFESA DO ESTADO
A Constituição Federal de
1988 trata da segurança como direito fundamental (art.
5º, caput e art. 6º, caput) e da segurança pública como
dever do Estado (art. 144), que deve garantir a preservação
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio. Especifica órgãos responsáveis atribuindo-lhes competências próprias e vinculação diferenciada
aos entes componentes da federação. Nesse arranjo
(Defensor Público/PR – 2012 – FCC)
(A) as altas taxas de criminalidade apontam para a
necessidade do uso intensivo e extensivo das forças
militares como instrumento governamental privilegiado de intervenção no meio urbano. Dessa forma,
constitucionais as políticas públicas municipais de uso
de policiais militares para fiscalização do comércio
ambulante informal;
(B) não há competências estanques e isoladas não
havendo impedimento constitucional para que todos
os entes da federação trabalhem no sentido de garantir
a segurança das pessoas estabelecendo políticas de
* Bruna Vieira comentou as questões dos seguintes concursos: Delegado, Analista 2011 e 2012; Fábio Tavares Sobreira comentou as
questões dos seguintes concursos: Ministério Público Estadual, MAG/RR/08, MAG/PE; Georgia Renata Dias comentou as questões dos
seguintes concursos: Analista: TRT/2ª/14, TRT/16ª/14, TRT/19ª/14, TRF/3ª/14, TRT/12ª/13, TRT/18ª/13; Ivo Shigueru Tomita comentou
as questões dos seguintes concursos: Técnico: TRT/2ª/14, TRT/19ª/14, TRF/3ª/14, TRT/12ª/13, TRT/18ª/13; Licínia Rossi comentou as
questões dos seguintes concursos: Analista: TRT/2ª/08, TRT/18ª/08, TRT/15ª/09, TRT/19ª/08, TRT/24ª/11, TRT/23ª/11; Teresa Melo
comentou as questões dos seguintes concursos: Magistratura Estadual, Defensoria, Procuradoria, Cartório, demais de Analista; Bruna
Vieira e Teresa Melo comentaram as questões dos concursos Trabalhistas e Tribunais Técnico; Fábio Tavares e Licínia Rossi comentaram
as questões do concurso para Policiais; Felipe Maciel, Henrique Subi e Teresa Melo comentaram as questões do concurso Fiscais.
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
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3. DIREITO CONSTITUCIONAL
Gabarito “D”
A segurança
pública é um dever do Estado, direito e responsabilidade
de todos, conforme artigo 144 da Constituição Federal.
Neste contexto,
(Procurador do Município/Teresina-PI – 2010 – FCC)
(A) cada Município deve instituir órgão policial de segu-
rança própria nos termos de sua Lei Orgânica.
(B) os Municípios podem constituir guardas municipais
destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, exclusivamente.
(C) os Municípios que tiverem capacidade econômica
adequada podem estruturar as guardas municipais
com equipes especiais de polícia judiciária para
apurar infrações penais, exceto as militares.
(D) as guardas municipais têm o dever de realizar o policiamento ostensivo para preservar a ordem pública,
além de proteger os bens, serviços e instalações de
propriedade do Município.
(E) nas áreas municipais onde houver necessidade, a
guarda municipal pode exercer as funções de polícia
marítima ou de fronteira.
Art. 144, § 8º, da CF.
Gabarito “B”
(Procurador do Estado/SP – FCC – 2009) Alistado para o serviço militar, jovem recusa-se a cumprir atividades de caráter militar.
Alega que, professando orientação marxista-leninista, tem
a convicção de que o Estado utiliza violência para oprimir
a classe trabalhadora e que as Forças Armadas são um
poder a serviço dessa opressão. A alternativa que expressa
a correta solução constitucional para esse conflito é:
(A) A Constituição não admite em qualquer hipótese
escusa fundamentada em convicção política por ferir
o princípio da isonomia.
militar somente por motivos religiosos, mas impõe
cumprimento de prestação alternativa fixada em lei.
(C) Escusa fundamentada em convicção política não
acarreta sanção se ocorrer em tempo de paz e for
cumprida prestação alternativa fixada em lei.
(D) A Constituição admite em tese a escusa, mas neste
caso a convicção política alegada contraria a ordem
democrática e não pode ser aceita, acarretando
necessariamente perda dos direitos políticos.
(E) Escusa fundamentada em convicção política não
acarreta sanção se for cumprida prestação alternativa
fixada em lei, mesmo em caso de guerra declarada.
A chamada “escusa de consciência” encontra-se prevista no art. 143,
§ 1º, da CF, cujo texto refere-se apenas ao tempo de paz e estabelece
a prestação de serviço alternativo. A negativa em prestar serviço alternativo gera perda de direitos políticos, na forma do art. 15, IV, da CF.
(Procurador do Município/Manaus-AM – 2006 – FCC)
Quanto ao
estado de defesa, é correto afirmar que
(A) será decretado em caso de declaração de estado de
guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
(B) o tempo de sua duração não será superior a quarenta
e cinco dias, podendo ser prorrogado, pelo período
em que persistirem as razões que justificaram a sua
decretação.
(C) o Presidente da República, dentro de quarenta e oito
horas, submeterá o ato com a respectiva justificação
ao Senado Federal, que decidirá por maioria absoluta.
(D) a Mesa da Câmara dos Deputados, ouvidos os líderes
partidários, designará Comissão composta de três de
seus membros para acompanhar e fiscalizar a medida.
(E) na sua vigência é vedada a incomunicabilidade do preso.
A: Hipótese de decretação de estado de sítio (art. 137, I, da CF); B:
Duração, em regra, de 30 dias (art. 136, § 2º, da CF); C: O PR submete
o ato dentro de 24 horas ao Congresso Nacional (art. 136, § 4º, da CF);
D: Mesa do Congresso Nacional e comissão de 5 membros (art. 140
da CF); E: Art. 136, § 3º, IV, da CF.
Gabarito “E”
A: Errada. A fiscalização do comércio informal não é de competência da
polícia militar, pois a esta cabe a polícia ostensiva e a preservação da
ordem pública. (art. 144, § 5º, da CF), cabendo às guardas municipais
– onde houver (art. 144, § 8º, da CF); B: Errada. As competências são
especificadas por órgão, conforme disposto no art. 144 da CF; C: Errada.
Rol exaustivo; D: Correta. Art. 144, §§ 4º, 5º e 8º, da CF; E: Errada. As
competências das Forças Armadas encontram-se no art. 142 da CF. A
polícia federal exerce o policiamento ostensivo nas fronteiras (art. 144,
§ 1º, III, da CF).
(B) A Constituição admite escusa de prestação de serviço
Gabarito “C”
segurança pública numa sociedade em que a violência
e a insegurança são avassaladoras;
(C) as competências são meramente indicativas nada
impedindo que outras sejam acrescidas por legislação
infraconstitucional. Assim, não há que se falar em
inconstitucionalidade de guarda municipal que tenha
por atribuição garantir a incolumidade dos munícipes;
(D) compete às polícias militares, a polícia ostensiva e a
preservação da ordem pública, às polícias civis, as
funções de polícia judiciária e a apuração das infrações penais e às guardas municipais a proteção dos
bens, serviços e instalações dos municípios;
(E) a atribuição de atividades de policiamento ostensivo e
de preservação da ordem pública às Forças Armadas,
com a possibilidade de revistar pessoas, veículos,
embarcações e detenção de indivíduos suspeitos
em áreas de fronteira não podem ser consideradas
inconstitucionais diante do efetivo absolutamente
insuficiente da polícia federal.
93
(Procurador do Estado/SE – FCC – 2005) Em Estado constituído sob
a forma de República presidencialista e regime democrático, grupos guerrilheiros nacionais promovem atentado
na posse do novo Presidente da República, deixando
centenas de mortos e feridos. Com vistas a combater a
atuação de referidos grupos, o Presidente da República
decreta estado de exceção, com prazo de vigência de
90 dias, prorrogável por mais dois períodos de até 90
dias cada. Por meio do Decreto que instaura o estado
de exceção, suspendem-se temporariamente algumas
garantias constitucionais, permitindo-se a detenção
de pessoas ou a realização de buscas sem mandados
judiciais, a requisição de bens e a interceptação de
conversas telefônicas.
Imaginando que situação semelhante ocorresse no Brasil,
o Presidente da República poderia
(A) decretar estado de defesa, ouvidos os Conselhos da
República e de Defesa Nacional, estabelecendo as
mesmas restrições às garantias constitucionais de
direitos fundamentais.
(B) decretar estado de sítio, por tempo indeterminado,
após oitiva do Congresso Nacional, sendo vedado,
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
BRUNA VIEIRA, FÁBIO TAVARES, FELIPE MACIEL, GEORGIA DIAS, HENRIQUE SUBI, IVO TOMITA, LICÍNIA ROSSI, TERESA MELO
Gabarito “E”
2. TRIBUTAÇÃO E ORÇAMENTO
(Técnico Judiciário – TRT/23ª – 2011 – FCC) Em relação aos indícios
de despesas não autorizadas e entendendo o Tribunal de
Contas da União irregular a despesa, a Comissão, se julgar
que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão
à economia pública, proporá sua sustação ao
(A) Presidente do Tribunal de Contas da União.
(B) Presidente da República.
(C) Congresso Nacional.
(D) Superior Tribunal de Justiça.
(E) Supremo Tribunal Federal.
O art. 72 da CF trata da hipótese de indícios de despesas não autorizadas
e eventuais providências a serem tomadas. O parágrafo 2º do mesmo
dispositivo determina que se o Tribunal entender irregular a despesa, a
Comissão, julgando que o gasto possa causar dano irreparável ou grave
lesão à economia pública, proporá ao Congresso Nacional sua sustação.
Gabarito “C”
(Técnico Judiciário – TRT/22ª – 2010 – FCC) Em tema de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração
direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia
de receitas, estabelece a Constituição Federal, dentre
outras hipóteses, que
(A) as decisões do Tribunal de Contas da União, de que
resulte cancelamento de débito ou multa terão eficácia
de título executivo judicial.
(B) será exercido pelo Tribunal de Contas da União, integrado por onze Ministros nomeados pelo Presidente
da República, aprovada a escolha pela Câmara dos
Deputados.
(C) os Ministros do Tribunal de Contas da União serão
nomeados dentre brasileiros natos ou naturalizados,
com mais de trinta e menos de sessenta anos de idade
e mais de cinco anos de atividade profissional.
(D) o auditor, quando em substituição a Ministro do Tribunal de Contas da União, terá as mesmas garantias
e impedimentos do titular e, quando no exercício
das demais atribuições da judicatura, as de juiz de
Tribunal Regional Federal.
(E) será exercida pela Câmara dos Deputados, mediante
controle interno, e pelo sistema de controle externo
de cada Poder, devendo encaminhar ao Chefe do
Executivo, trimestral e anualmente, relatório de suas
atividades.
(Técnico Judiciário – TRT/9º – 2010 – FCC) A
fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da
União e de suas entidades, exercida pelo Congresso
Nacional e por parte de cada Poder NÃO abrange
aspectos de
(A) economicidade.
(B) aplicação de subvenções.
(C) instituição de tributos.
(D) legitimidade.
(E) renúncia de receitas.
Todas as alternativas encontram fundamento no caput do art. 70 da
CF. Dentre os aspectos mencionados, o único que está fora é o que diz
respeito à instituição de tributos.
No que
se refere aos orçamentos, em consonância com a Carta
Magna de 1988, é certo que
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
(A) o Poder Executivo publicará, até sessenta dias após o
encerramento de cada bimestre, relatório resumido
da execução orçamentária.
(B) os recursos que, em decorrência de rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas
correspondentes poderão ser utilizados, conforme o
caso, mediante créditos especiais ou suplementares,
com prévia e específica autorização legislativa.
(C) caberá a uma Comissão formada exclusivamente por
Senadores examinar e emitir parecer sobre as contas
apresentadas anualmente pelo Presidente da República.
(D) a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro
é expressamente vedada, ainda que haja prévia autorização legislativa.
(E) as emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias poderão ser aprovadas ainda quando sejam
incompatíveis com o plano plurianual.
A: errada. De acordo com o art. 165, § 3º, da CF, o Poder Executivo
publicará, até trinta dias (e não sessenta) após o encerramento de cada
bimestre, relatório resumido da execução orçamentária; B: correta (art.
166, § 6º, da CF); C: errada. Conforme o art. 166, § 1º, I, da CF, cabe
a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre
as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;
D: errada. De acordo com o art. 167, VII, é proibida a transposição,
o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria
de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia
autorização legislativa; E: errada. Conforme o art. 166, § 3º, I, da CF,
as emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias só poderão
ser aprovadas caso sejam compatíveis com o plano plurianual e com
a lei de diretrizes orçamentárias.
Gabarito “B”
Art. 137, I, primeira parte e art. 139, II e V, ambos da CF. Note-se, entretanto, que o art. 138, § 1º, da CF estabelece período máximo de 30 dias.
A: errada (art. 71, § 3º, da CF) B: errada. O Tribunal de Contas da União
é composto por nove ministros e não onze, como mencionado (art.
73, caput, da CF); C: errada. O art. 73,§ 1º, IV, exige mais de dez anos
de exercício de função ou de efetiva atividade profissional; D: correta
(art. 73, § 4º, da CF); E: errada. O caput do art. 70 determina que a
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à
legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Gabarito “C”
contudo, estabelecer restrições relativas ao sigilo das
comunicações telefônicas.
(C) solicitar autorização ao Congresso Nacional para
decretar estado de defesa, por prazo não superior
a trinta dias, prorrogável por iguais períodos, até o
restabelecimento da normalidade da situação.
(D) solicitar autorização dos Conselhos da República e de
Defesa Nacional para decretar estado de sítio, por todo
o tempo que perdurasse a situação de anormalidade.
(E) solicitar autorização ao Congresso Nacional para
decretar estado de sítio, podendo determinar que
fossem tomadas as mesmas medidas restritivas de
garantias de direitos fundamentais.
Gabarito “D”
94
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3. DIREITO CONSTITUCIONAL
(A) do Município de Bragança Paulista.
(B) do Estado de São Paulo.
(C) do Estado do Rio de Janeiro.
(D) da União.
(E) do Município de Niterói.
A fiscalização dessa operação financeira cabe à União. Segundo a
Constituição, o IOF – Imposto sobre operações financeiras – é da
competência da União e está relacionado às operações de crédito,
câmbio, seguro e relativas a títulos e valores mobiliários (art. 153,
V, da CF).
(D) serão admitidas emendas de iniciativa parlamentar,
desde que apresentadas por um terço, no mínimo, dos
membros da Câmara dos Deputados ou do Senado
Federal.
(E) quando incompatíveis com o plano plurianual, as
emendas somente podem ser aprovadas pelo voto
favorável da maioria absoluta dos membros da Câmara
dos Deputados e do Senado Federal.
A: correta. Art. 166, § 3º, III, “b”, da CF; B e C: incorretas, pois não refletem o disposto no art. 166, § 2º, da CF; D: incorreta, pois essa limitação
existe para as propostas de emenda à Constituição Federal (art. 60, I, da
CF); E: incorreta, pois não reflete o disposto no art. 166, § 3º, I, da CF.
Gabarito “A”
O Banco Ouro S/A, sediado
no Município de Bragança Paulista, Estado de São Paulo,
iniciou operação de natureza financeira, concedendo crédito ao Banco Níquel S/A, cuja sede está estabelecida no
Município de Niterói, Estado do Rio de Janeiro. Segundo
a Constituição Federal, a fiscalização dessa operação de
natureza financeira é de competência
(Analista – TRT/23ª – 2011 – FCC)
95
(Analista – TRE/PE – 2004 – FCC) Quanto às normas gerais que
regem as finanças públicas, é INCORRETO afirmar que
(A) o Banco Central não pode conceder, direta ou indi-
retamente, empréstimos ao Tesouro Nacional.
Gabarito “D”
(B) a concessão de garantias pelas entidades públicas é
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá
exceder os limites estabelecidos em lei ordinária.
(B) cabe à lei complementar dispor sobre o exercício
financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes
orçamentárias e da lei orçamentária anual.
(C) o Poder Executivo publicará, até sessenta dias após o
encerramento de cada bimestre, relatório resumido
da execução orçamentária.
(D) caberá a uma Comissão permanente de Senadores
examinar e emitir parecer sobre os planos e programas
nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização
orçamentária.
(E) as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou
aos projetos que o modifiquem podem ser aprovadas
ainda que não sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.
A: incorreta, pois os limites são estabelecidos em lei complementar (art.
169 da CF); B: correta. Art. 165, § 9º, I, da CF; C: incorreta, pois o prazo
é de até trinta dias (art. 165, § 3º, da CF); D: incorreta. A comissão é
mista (art. 166, § 1º, II, da CF); E: incorreta, pois contraria o disposto
no art. 166, § 3º, I, da CF.
Gabarito “B”
O processo de elaboração da
lei orçamentária anual apresenta algumas peculiaridades
em relação às emendas oferecidas ao respectivo projeto.
Assim é que,
(Analista – TRT/3ª – 2005 – FCC)
(A) para se evitarem os chamados “pingentes orçamen-
tários”, não serão aprovadas emendas que não se
relacionem com dispositivos do texto do projeto.
(B) somente podem ser propostas emendas pelo Presidente da República, a quem compete a iniciativa de
enviar o projeto ao Congresso Nacional.
(C) caberá a uma Comissão mista de Senadores e Deputados examinar as emendas, dispensando-se o exame
do Plenário das duas Casas do Congresso Nacional, se
receberem parecer favorável no âmbito da Comissão.
depositadas no Banco Central.
(D) as regras para fiscalização das instituições financeiras
podem ser dispostas por uma lei ordinária.
(E) o Banco Central pode comprar e vender títulos de
emissão do Tesouro Nacional, com o objetivo de
regular a oferta de moeda.
A: correta. Art. 164, § 1º, da CF; B: correta. Art. 163, III, da CF; C:
correta. Art. 164, § 3º, da CF; D: incorreta, devendo ser assinalada,
pois a alteração da redação do art. 163, V, da CF não implicou a desnecessidade de lei complementar para regular a matéria. A exigência
de lei complementar para o sistema financeiro nacional (que inclui a
fiscalização das instituições financeiras) encontra-se prevista, de modo
amplo, no art. 192 da CF; E: correta. Art. 164, § 2º, da CF.
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC) É vedado aos Municípios
instituir imposto territorial e predial urbano sobre
(A) templos de qualquer culto, mesmo que o imóvel não
seja destinado às finalidades da entidade religiosa a
que pertence.
(B) imóveis de propriedade da União Federal, dos Estados-membros e de Municípios, ainda que os bens se
prestem ao exercício de atividade econômica regida
pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados.
(C) imóveis de propriedade de partidos políticos, mesmo
que o imóvel não seja destinado às suas finalidades
essenciais.
(D) imóveis de propriedade das instituições de educação
e de assistência social, ainda que estas tenham fins
lucrativos.
(E) o patrimônio de autarquias, quando vinculado a suas
finalidades essenciais ou delas decorrentes, salvo se
relacionado ao exercício de atividade econômica
regida pelas normas aplicáveis a empreendimentos
privados.
A: incorreta. A imunidade dos templos (art. 150, VI, “b”, da CF) só
beneficia os imóveis relacionados com as finalidades essenciais das
entidades (art. 150, § 4º, da CF); B: incorreta. A imunidade recíproca
(art. 150, VI, “a”, da CF) não alcança os bens destinados à exploração
econômica (art. 150, § 3º, da CF); C e D: incorretas. Não refletem o
disposto no art. 150, § 4º, da CF; E: correta. Art. 150, § 2º, da CF.
Gabarito “E”
(A) a despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos
assunto de que uma lei complementar deve cuidar.
(C) as disponibilidades de caixa da União devem ser
Gabarito “D”
(Analista – TRT/23ª – 2007 – FCC) No que concerne aos orçamentos, de acordo com a Constituição Federal de 1988
é certo que
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BRUNA VIEIRA, FÁBIO TAVARES, FELIPE MACIEL, GEORGIA DIAS, HENRIQUE SUBI, IVO TOMITA, LICÍNIA ROSSI, TERESA MELO
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC) Segundo a Constituição
Federal, compete aos Municípios a instituição de
(A) taxa em razão do serviço público de gás canalizado
por eles prestado diretamente.
(B) empréstimo compulsório para atender as despesas
extraordinárias decorrentes de calamidade pública.
(C) imposto sobre a transmissão inter vivos, a qualquer
título, por ato oneroso, de bens imóveis.
(D) imposto sobre a propriedade territorial rural.
(E) imposto sobre a transmissão causa mortis e doação,
de quaisquer bens ou direitos.
A: incorreta. Não há norma constitucional nesse sentido; B: incorreta.
Art. 148, I, da CF (competência tributária da União); C: correta. Art. 156,
II, da CF (competência tributária municipal); D: incorreta. Art. 153, VI,
da CF (competência tributária da União); E: incorreta. Art. 155, I, da CF
(competência tributária dos estados e do Distrito Federal).
Gabarito “C”
(Defensoria/SP – 2009 – FCC) Orçamento.
(A) Em face do princípio constitucional da programação
orçamentária não é permitido aos parlamentares a
apresentação de emendas aos projetos de leis orçamentárias.
(B) Segundo a Constituição Federal é possível a concessão de vantagem ou aumento de remuneração,
a criação de cargos ou alteração de estrutura de carreiras sem autorização especifica da lei de diretrizes
orçamentárias, que é apenas uma recomendação
administrativa.
(C) O plano plurianual, de iniciativa do executivo, designa
um plano relativo às despesas de capital naqueles
programas de duração continuada que excedam o
orçamento anual em que foram iniciadas.
(D) O princípio constitucional da anualidade exige que o
orçamento seja executado em um período financeiro
determinado, que segundo a Constituição Federal
deve coincidir com o ano civil.
(E) A Defensoria Pública goza constitucionalmente de
autonomia funcional e administrativa, mas no que
tange ao seu orçamento, diferentemente do Ministério
Público e da Magistratura, não poderá elaborar sua
proposta orçamentária.
A: incorreta. O art. 63, I, da CF, proíbe a apresentação de emendas que
impliquem aumento de despesa em projetos de lei de iniciativa privativa
do Poder Executivo, salvo no caso do art. 166, §§ 3º e 4º, da CF. Por
sua vez, o art. 166, § 3º, da CF, trata dos requisitos indispensáveis para
a aprovação de emenda parlamentar nas leis orçamentárias anuais:
precisarão ser compatíveis com o plano plurianual e com a lei de
diretrizes orçamentárias (art. 166, § 3º, I), e devem indicar os recursos
necessários para cobrir a despesa (art. 166, § 3º, II); B: incorreta, pois
não reflete o disposto no art. 169, § 1º, I e II, da CF; C: correta (art. 165,
§ 1º, da CF); D: incorreta. A CF não consagrou o princípio da anualidade,
mas o da anterioridade tributária (art. 150, III, b e c, da CF); E: incorreta,
pois não reflete o disposto no art. 134, § 2º, da CF.
Gabarito “C”
(Ministério Público/CE – 2009 – FCC) É vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
(A) exigir tributo com base em fato gerador presumido,
ainda que a presunção se realize.
(B) instituir isenções de tributos da competência uns dos
outros, inclusive, no que se refere à União, em sede
de tratados internacionais.
(C) utilizar tributo com efeito confiscatório, efeito esse
cuja identificação deve ser feita em função da totalidade da carga tributária, mediante verificação da
capacidade de o contribuinte suportar a incidência
de todos os tributos que ele deverá pagar, dentro de
determinado período, à mesma pessoa política que
os houver instituído.
(D) instituir tributos sobre patrimônio, renda ou serviços,
uns dos outros.
(E) instituir tributos sobre livros, jornais, periódicos e o
papel destinado a sua impressão, o que abrange outros
insumos como tintas, filmes ou papéis fotográficos
necessários àquelas publicações.
A: incorreta. A substituição tributária para frente apoia-se no conceito
de fato gerador presumido; B: incorreta. O art. 151, III, da CF veda
expressamente a isenção heterônoma (heterotópica), ou seja, aquela
concedida por outro ente, que não o titular da competência tributária;
C: correta, art. 150, IV, da CF; D: incorreta. A imunidade recíproca
refere-se apenas a impostos e não a todo e qualquer tributo (art. 150,
VI, a, da CF); E: incorreta, art. 150, VI, d, da CF. Súmula 657 do STF:
“A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da CF, abrange os filmes e
papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos”.
O STF também já decidiu que a imunidade do papel de impressão não
abrange as tintas.
Gabarito “C”
96
(Ministério Público/CE – 2009 – FCC) De acordo com as normas
constitucionais atinentes à matéria orçamentária, inclusive segundo compreendidas pela jurisprudência mais
recente do Supremo Tribunal Federal,
(A) o Ministério Público exerce iniciativa legislativa direta
ao Congresso Nacional ou à respectiva Assembleia
Legislativa, conforme o caso, relativamente ao seu
orçamento anual, em razão da autonomia financeira
a ele assegurada pela Constituição.
(B) compete ao Supremo Tribunal Federal verificar a
imprevisibilidade ou não de um crédito orçamentário para o fim de julgar a possibilidade ou não de
ele constar como crédito extraordinário em medida
provisória, dado que essa espécie normativa não pode
veicular nenhum outro tipo de crédito orçamentário.
(C) os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às
diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos
créditos adicionais são apreciados pelas duas Casas
do Congresso Nacional em sessões bicamerais e
separadas.
(D) o Presidente da República não pode enviar mensagem
ao Congresso Nacional para propor modificação
nos projetos de lei relativos ao plano plurianual, às
diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos
créditos adicionais, ainda que não tenha sido iniciada
a votação, em Comissão mista, da parte cuja alteração
seria pretendida.
(E) é constitucional a lei estadual que prevê reajuste
automático de vencimentos dos servidores do Estado
membro vinculado ao incremento da arrecadação do
ICMS e a índice de correção monetária.
A: incorreta. Não reflete o disposto no art. 127, §§ 3º e 4º, da CF; B: correta.
V. ADIn 4048, Rel. Min. Gilmar Mendes: “Controle abstrato de constitucionalidade de normas orçamentárias. Revisão de jurisprudência. O Supremo
Tribunal Federal deve exercer sua função precípua de fiscalização da
constitucionalidade das leis e dos atos normativos quando houver um tema
ou uma controvérsia constitucional suscitada em abstrato, independente
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
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3. DIREITO CONSTITUCIONAL
matéria de finanças
públicas, a Constituição da República veda
(A) ao banco central conceder, direta ou indiretamente,
empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão
ou entidade que não seja instituição financeira.
(B) a inclusão na lei orçamentária anual de dispositivo
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa,
compreendida na proibição a autorização para contratação de operações de crédito.
(C) a instituição de fundos de qualquer natureza.
(D) a transposição, o remanejamento ou a transferência
de recursos de uma categoria de programação para
outra ou de um órgão para outro.
(E) a abertura de crédito suplementar ou especial sem
indicação dos recursos correspondentes, salvo na
hipótese de haver prévia autorização legislativa.
A: Art. 164, § 1º, da CF; B: Exceção no art. 165, § 8º, da CF; C: Permite-se, desde que haja autorização legislativa prévia (art. 167, IX, da CF);
D: Permite-se, desde que haja autorização legislativa prévia (art. 167,
VI, da CF); E: Só podem ser abertos se houver indicação de recursos
correspondentes e prévia autorização legislativa (art. 167, V, da CF).
Em relação à
matéria orçamentária, é correto afirmar:
(A) Não é possível a apresentação de emendas ao projeto de
lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem.
(B) A sessão legislativa tem duração de 2 de fevereiro a
17 de julho e de 1 de agosto a 22 de dezembro, não
podendo ser interrompida sem a aprovação do projeto
lei de diretrizes orçamentárias.
(C) Pelo princípio universal, a iniciativa da lei do plano
plurianual é sempre do Congresso Nacional.
(D) Lei ordinária deve dispor sobre o exercício financeiro,
a vigência, os prazos, a elaboração e a organização
do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias
e da lei orçamentária anual.
(E) A lei orçamentária anual compreende exclusivamente
o orçamento da seguridade social, abrangendo todas
as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta.
A: Podem ser aprovadas na forma do art. 166, § 3º, I e II, da CF; B: Art.
57, caput e § 2º, da CF. Legislatura é o período de quatro anos (art. 44,
parágrafo único, da CF), sessão legislativa é o ano parlamentar (art. 57
da CF), que pode ser dividido em dois períodos: de 2 de fevereiro a 17
de julho (primeiro período de sessão legislativa) e de 1º de agosto a 22
de dezembro (segundo período de sessão legislativa); C: É do Poder
Executivo (art. 165, I, da CF); D: Hipótese de lei complementar (art. 165,
§ 9º, I, da CF); E: Não reflete o disposto no art. 165, § 5º, I a III, da CF.
Na repartição
das receitas tributárias, NÃO compete aos Municípios
(Procurador do Município/Manaus-AM – 2006 – FCC)
(A) cinquenta por cento do produto da arrecadação do
imposto da União sobre a propriedade territorial rural,
relativamente aos imóveis neles situados, caso não
opte pela totalidade, na forma de lei.
(B) o produto da arrecadação do imposto da União sobre
a renda e proventos de qualquer natureza, incidente
na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título,
por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem ou mantiverem.
(C) trinta por cento do produto da arrecadação do imposto
do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados.
(D) vinte e cinco por cento do produto da arrecadação
do imposto do Estado sobre prestações de serviços
de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação.
(E) vinte e cinco por cento do produto da arrecadação
do imposto do Estado sobre operações relativas à
circulação de mercadorias.
Art. 158, I a IV, da CF.
Gabarito “C”
Gabarito “B”
(Procurador do Estado/MT – FCC – 2011) Em
(Procurador do Município/Teresina-PI – 2010 – FCC)
Gabarito “B”
do caráter geral ou específico, concreto ou abstrato de seu objeto. Possibilidade de submissão das normas orçamentárias ao controle abstrato
de constitucionalidade. III. Limites constitucionais à atividade legislativa
excepcional do poder executivo na edição de medidas provisórias para
abertura de crédito extraordinário. Interpretação do art. 167, § 3º c/c o
art. 62, § 1º, inciso I, alínea ‘d’, da Constituição. Além dos requisitos de
relevância e urgência (art. 62), a Constituição exige que a abertura do
crédito extraordinário seja feita apenas para atender a despesas imprevisíveis e urgentes. Ao contrário do que ocorre em relação aos requisitos
de relevância e urgência (art. 62), que se submetem a uma ampla margem
de discricionariedade por parte do Presidente da República, os requisitos
de imprevisibilidade e urgência (art. 167, § 3º) recebem densificação
normativa da Constituição. Os conteúdos semânticos das expressões
‘guerra’, ‘comoção interna’ e ‘calamidade pública’ constituem vetores
para a interpretação/aplicação do art. 167, § 3º c/c o art. 62, § 1º, inciso
I, alínea ‘d’, da Constituição. ‘Guerra’, ‘comoção interna’ e ‘calamidade
pública’ são conceitos que representam realidades ou situações fáticas de
extrema gravidade e de consequências imprevisíveis para a ordem pública
e a paz social, e que dessa forma requerem, com a devida urgência, a
adoção de medidas singulares e extraordinárias. A leitura atenta e a análise
interpretativa do texto e da exposição de motivos da MP n. 405/2007
[convertida na Lei 11.658/2008] demonstram que os créditos abertos
são destinados a prover despesas correntes, que não estão qualificadas
pela imprevisibilidade ou pela urgência. A edição da MP n. 405/2007
[convertida na Lei 11.658/2008] configurou um patente desvirtuamento
dos parâmetros constitucionais que permitem a edição de medidas
provisórias para a abertura de créditos extraordinários”; C: incorreta. Os
projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias,
ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas
Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum (art. 166
da CF); D: incorreta. O Presidente da República poderá enviar mensagem
ao Congresso Nacional para propor modificações enquanto não iniciada a
votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta (art. 166,
§ 5º, da CF); E: incorreta. “Reajuste automático de vencimentos vinculado
à arrecadação do ICMS e a índice de correção monetária. Inconstitucionalidade. Lei Complementar 101/1993 do Estado de Santa Catarina. (...).
Ofensa ao disposto nos arts. 37, XIII; 96, II, b, e 167, IV, da Constituição
do Brasil. Recurso extraordinário conhecido e provido para cassar a
segurança, declarando-se, incidentalmente, a inconstitucionalidade da Lei
Complementar 101/1993 do Estado de Santa Catarina.” (RE 218.874, Rel.
Min. Eros Grau).
97
A imunidade recíproca
consiste em vedação constitucional de que a União, os
Estados e os Municípios
(Procurador do Estado/RR – 2006 – FCC)
(A) instituam tratamento desigual entre contribuintes que
se encontrem em situação equivalente.
(B) utilizem tributo com efeito de confisco.
(C) instituam impostos sobre patrimônio, renda ou servi-
ços dos partidos políticos.
(D) cobrem tributos no mesmo exercício financeiro em
que publicada a lei que os aumentou.
(E) instituam impostos sobre patrimônio, renda ou servi-
ços, uns dos outros.
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Gabarito “A”
BRUNA VIEIRA, FÁBIO TAVARES, FELIPE MACIEL, GEORGIA DIAS, HENRIQUE SUBI, IVO TOMITA, LICÍNIA ROSSI, TERESA MELO
Gabarito “E”
(Procurador do Estado/RR – 2006 – FCC) A lei orçamentária anual,
de acordo com a Constituição Federal,
(A) estabelecerá, de forma regionalizada, as metas e
prioridades da administração pública federal para as
despesas de capital e outras dela decorrentes e para
as relativas aos programas de duração continuada.
(B) compreenderá as metas da administração pública
federal para o exercício financeiro subsequente,
disporá sobre as alterações na legislação tributária e
orientará a elaboração do plano plurianual.
(C) não compreenderá o orçamento da seguridade social
e das entidades e órgãos a ela vinculados, nem os
fundos e fundações instituídos pelo Poder Público,
por se tratarem de dotações autônomas.
(D) não conterá dispositivo estranho à previsão da receita
e à fixação da despesa, excluindo-se da proibição a
autorização para abertura de créditos suplementares
e contratação de operações de crédito.
(E) estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento, os programas de duração
continuada, além das despesas de capital e das diretrizes,
objetivos e metas da administração pública federal.
A: a assertiva refere-se ao Plano Plurianual, não ao orçamento anual – art.
165, § 1º, da CF; B: a assertiva reflete parcialmente as disposições da Lei
de Diretrizes Orçamentárias, exceto que a LDO orienta a elaboração da Lei
Orçamentária Anual (não o PPA); C: A LOA abarca o orçamento da seguridade social e esses fundos – art. 165, § 5º, III, da CF; D: art. 165, § 8º, da
CF; E: a assertiva refere-se ao PPA e à LDO – art. 165, §§ 1º e 2º, da CF.
Gabarito “D”
3. ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA
(Analista – TRT/20ª – 2011 – FCC) Como agente normativo e
regulador da atividade econômica, o Estado exercerá,
na forma da lei,
(A) em regra, a exploração da atividade econômica, sendo
determinante ao setor privado.
(B) o planejamento, sendo determinante para o setor
privado.
(C) a fiscalização, sendo determinante para o setor privado.
(D) as funções de fiscalização, incentivo e planejamento,
sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
(E) a fiscalização intensiva sobre o setor privado, assumindo,
em regra, a exploração direta da atividade econômica.
Conforme o art. 174, caput, da CF, o Estado exercerá, como agente normativo e regulador da atividade econômica, na forma da lei, as funções
de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para
o setor público e indicativo para o setor privado.
ciários da distribuição de imóveis rurais pela reforma
agrária serão conferidos ao homem ou à mulher, ou
a ambos, independentemente do estado civil, nos
termos e condições previstos em lei.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) II e III.
(B) I e III.
(C) III.
(D) II.
(E) I.
I: Não reflete o disposto no art. 185, I, da CF; II: Art. 184, § 2º, da CF;
III: Art. 183, § 1º, da CF.
No tocante aos princípios
gerais da atividade econômica, considere as seguintes
assertivas:
(Analista – TRE/AL – 2010 – FCC)
I.
A lei disciplinará, com base no interesse do Presidente
da República, os investimentos de capital estrangeiro,
incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa
de lucros.
II. A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado, o
qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento.
III. A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras
formas de associativismo.
IV. O Estado impedirá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, mesmo não havendo risco ao
meio ambiente.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I, II e IV.
(C) II e III.
(D) II, III e IV.
(E) III e IV.
I: Não reflete o disposto no art. 172 da CF; II: Art. 174, § 1º, da CF; III:
Art. 174, § 2º, da CF; IV: Não reflete o disposto no art. 174, § 3º, da CF.
(Analista – TRE/AL – 2010 – FCC) Com relação à política de
desenvolvimento urbano, é correto afirmar que a
propriedade urbana cumpre sua função social quando
atende às exigências fundamentais de ordenação da
cidade expressas
(A) no Plano Diretor.
(B) nos critérios do chefe do Executivo.
(C) nas diretrizes do Governador do Estado.
(D) nas Portarias Ministeriais.
(E) nas resoluções dos respectivos Tribunais de Contas.
Gabarito “D”
Art. 182, § 2º, da CF.
relação à política agrícola
e fundiária e da reforma agrária, analise:
A pequena e média propriedade rural, assim definida
em lei, ainda que seu proprietário não possua outra,
também é suscetível de desapropriação para fins de
reforma agrária.
II. O decreto que declarar o imóvel como de interesse
social, para fins de reforma agrária, autoriza a União
a propor a ação de desapropriação.
Gabarito “A”
(Analista – TRE/AC – 2010 – FCC) Em
I.
III. O título de domínio e a concessão de uso aos benefi-
Gabarito “C”
A assertiva E descreve a imunidade recíproca prevista no art. 150,
VI, a, da CF.
Gabarito “A”
98
O sistema financeiro nacional,
estruturado de forma a promover o desenvolvimento
equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo
as cooperativas de crédito, será regulado por
(Analista – TRE/AL – 2010 – FCC)
(A) Leis Ordinárias.
(B) Leis Complementares.
(C) Leis Delegadas.
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3. DIREITO CONSTITUCIONAL
Gabarito “B”
(Analista – TRE/AL – 2010 – FCC) No tocante à Política Agrícola e
Fundiária e à Reforma Agrária é INCORRETO afirmar que:
(A) A política agrícola será planejada e executada levando
em conta apenas os instrumentos creditícios e fiscais,
os preços compatíveis com os custos de produção e
a garantia de comercialização.
(B) São insuscetíveis de desapropriação para fins de
reforma agrária a pequena e média propriedade rural,
assim definida em lei, desde que seu proprietário não
possua outra e a propriedade produtiva.
(C) A função social é cumprida quando a propriedade
rural atende, simultaneamente, segundo critérios e
graus de exigência estabelecidos em lei, os requisitos,
além de outros previstos na Constituição Federal, de
aproveitamento racional e adequado.
(D) A função social é cumprida quando a propriedade
rural atende, simultaneamente, segundo critérios e
graus de exigência estabelecidos em lei, os requisitos,
além de outros previstos na Constituição Federal, de
utilização adequada dos recursos naturais disponíveis
e preservação do meio ambiente.
(E) A política agrícola será planejada e executada na
forma da lei, com a participação efetiva do setor de
produção, envolvendo produtores e trabalhadores
rurais, bem como dos setores de comercialização, de
armazenamento e de transportes.
A: Não reflete o disposto no art. 187, caput, I a VIII, da CF; B: Art. 185,
I, da CF; C e D: Art. 186, I a IV, da CF; E: Art. 187, caput, da CF.
Gabarito “A”
(Auditor Fiscal – São Paulo/SP – FCC – 2012) Considerados os princípios constitucionais da ordem econômica, lei municipal
que impedisse a instalação de estabelecimentos comerciais
do mesmo ramo em determinada área do Município seria
(A) incompatível com a Constituição da República, por
ofensa ao princípio do tratamento favorecido às
empresas de pequeno porte.
(B) incompatível com a Constituição da República, por
ofensa ao princípio da livre concorrência.
(C) incompatível com a Constituição da República, por
ofensa ao princípio da soberania nacional.
(D) compatível com a Constituição da República, em
virtude do princípio da função social da propriedade.
(E) compatível com a Constituição da República, em
virtude do princípio da busca do pleno emprego.
Nos termos da Súmula 646 do STF, tal diploma normativo seria inconstitucional por ofensa ao princípio da livre concorrência.
Gabarito “B”
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC) Considerada a disciplina
constitucional da ordem econômica, é INCORRETO
afirmar que
(A) a lei disciplinará, com base no interesse nacional, os
investimentos de capital estrangeiro, incentivará os
reinvestimentos e regulará a remessa de lucros.
(B) o Estado exercerá, na forma da lei, como agente
normativo e regulador da atividade econômica, as
funções de fiscalização, incentivo e planejamento,
A: correta. Art. 172 da CF; B: correta. Art. 174 da CF; C: correta. Art. 173,
§ 4º, da CF; D: incorreta, devendo ser assinalada, pois ressalvam-se os
casos previstos na CF (art. 173 da CF); E: correta. Art. 174, § 1º, da CF.
Sobre os princípios que informam a ordem econômica na Constituição brasileira, é
INCORRETO afirmar que:
(Auditor Fiscal/PB – 2006 – FCC)
(A) se admite tratamento diferenciado conforme o
impacto ambiental dos produtos e serviços oferecidos
a consumo, com vistas à defesa do meio ambiente.
(B) é assegurada a liberdade de iniciativa, sendo vedado
a órgãos públicos exigir autorização para o exercício
de atividade econômica, salvo nos casos previstos em
lei.
(C) em decorrência do princípio da função social da
propriedade, não se considera a propriedade privada
como princípio geral da atividade econômica na
Constituição.
(D) a livre concorrência, a busca do pleno emprego e a
redução das desigualdades regionais e sociais estão
arroladas como princípios constitucionais da ordem
econômica.
(E) se permite tratamento favorecido para empresas de
pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e
que tenham sua sede e administração no país.
A: correta. Art. 170, VI, da CF; B: correta. Art. 170, parágrafo único, da
CF; C: incorreta, devendo ser assinalada, pois não reflete o disposto no
art. 170, II, da CF; D: correta. Art. 170, IV, VII e VIII, da CF; E: correta.
Art. 170, IX, da CF.
Gabarito “C”
Art. 192 da CF.
sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
(C) a lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise
à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
(D) a exploração direta de atividade econômica pelo
Estado somente será admitida quando necessária aos
imperativos da segurança nacional ou a relevante
interesse coletivo, conforme definidos em lei.
(E) a lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento
do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual
incorporará e compatibilizará os planos nacionais e
regionais de desenvolvimento.
Gabarito “D”
(D) Medidas Provisórias.
(E) Resoluções.
99
(Magistratura/RR – 2008 – FCC) Relativamente à desapropriação
por interesse social, para fins de reforma agrária, prevê a
Constituição da República que
(A) a ela se sujeitam os imóveis rurais que não estiverem
cumprindo sua função social, cujo atendimento deve
observar as exigências fundamentais de ordenação da
cidade, expressas no plano diretor.
(B) cabe à lei estadual específica estabelecer procedimento contraditório especial, de rito sumário, para o
processo judicial de desapropriação.
(C) não se sujeitam à desapropriação para esse fim a
pequena e a média propriedade rural, assim definidas
em lei, que lhes assegurará tratamento especial e fixará
normas para o cumprimento dos requisitos relativos à
sua função social.
(D) essa se dá mediante prévia e justa e indenização, em
títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação
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BRUNA VIEIRA, FÁBIO TAVARES, FELIPE MACIEL, GEORGIA DIAS, HENRIQUE SUBI, IVO TOMITA, LICÍNIA ROSSI, TERESA MELO
do valor real, resgatáveis no prazo de dez anos, a partir
do ano subsequente ao de sua emissão.
(E) são isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis
desapropriados para fins de reforma agrária.
A: incorreta, pois em se tratando de desapropriação de imóveis rurais, não
há que se falar em plano diretor, que é obrigatório para cidades (imóveis
urbanos) com mais de vinte mil habitantes. Nesse caso, os imóveis rurais
sujeitos a desapropriação por interesse social que não estejam cumprindo
sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida
agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de
até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização
será definida em lei, conforme art. 184, da CF; B: incorreta, pois cabe
à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial, de
rito sumário, para o processo judicial de desapropriação. A Referida Lei
Complementar é a de n. 76, de 6 de julho de 1993, alterada pela Lei Complementar n. 88, de 23 de dezembro de 1996 que em ambos os casos são
leis federais; C: incorreta, pois a única exigência é que o proprietário não
possua outra propriedade, nos termos do art. 185, I, da CF; D: incorreta.
Como mencionado na alternativa “A”, os títulos serão resgatáveis no prazo
de vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização
será definida em lei, nos termos do art. 184, segunda parte, da CF; E:
correta, réplica do Art. 184, § 5º, da CF. Apenas por amor ao debate e em
homenagem aos pretensos candidatos, devemos deixar registrado que o
dispositivo abriga impropriedade terminológica cometida pelo constituinte
de 1988, que reproduziu a imprecisão originariamente incorrida no texto
do § 5º do art. 161 da Emenda Constitucional n. 1, de 17.10.1969, já
que se trata efetivamente não de isenção, mas de IMUNIDADE incidente
exclusivamente sobre a transferência, ao patrimônio da União, de imóvel
rural desapropriado por interesse social para fins de reforma agrária.
De idêntico defeito se ressente, sob este aspecto particular, a regra do
art. 26 da Lei n. 8.629, de 25.02.1993, que regulamenta os dispositivos
constitucionais relativos à reforma agrária. Por fim, o candidato não pode
se esquecer que o STF já teve a oportunidade de proclamar repetidamente,
sem sede de recurso extraordinário, a impossibilidade de extensão do
benefício constitucional ao terceiro, que adquire os títulos de reforma
agrária ao expropriado, considerando que a imunidade é concedida em
virtude do princípio constitucional da justa indenização, estritamente
para reposição, tanto quanto possível, do valor real do bem excluído
do patrimônio do expropriado, princípio que não pode sofrer nenhuma
restrição não expressamente autorizado pelo texto constitucional, sob
pena de lesão à própria cláusula de garantia constitucional do direito
fundamental à propriedade, inserta no inciso XXII do art. 5º, da CF.
Gabarito “E”
É princípio da
ordem econômica na Constituição de 1988
(Magistratura do Trabalho – 11ª Região – 2007 – FCC)
(A) o tratamento favorecido às empresas de pequeno
porte, sendo vedada a distinção entre aquelas constituídas sob as leis brasileiras, com sede e administração
no país, e aquelas que não o sejam.
(B) a defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental
dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
(C) o exercício pelo Estado, na forma da lei, das funções
de fiscalização, incentivo e planejamento da atividade
econômica, sendo este obrigatório para os setores
público e privado.
(D) a função social da propriedade, em detrimento da
propriedade privada e da liberdade de iniciativa.
(E) a sujeição das empresas públicas ao regime jurídico
próprio das empresas privadas, exceto quanto aos
direitos e obrigações trabalhistas e tributários.
Art. 170, I a IX, da CF.
Considere as seguintes afirmações sobre a disciplina constitucional da regulação e
exploração da atividade econômica pelo Estado:
(Magistratura/AL – 2007 – FCC)
I.
Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções
de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este
determinante para os setores público e privado.
II. A exploração direta de atividade econômica pelo
Estado somente será permitida quando necessária
aos imperativos da segurança nacional ou a relevante
interesse coletivo, conforme definidos em lei.
III. A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais de energia hidráulica
somente poderão ser efetuados mediante autorização
ou concessão da União, não podendo ser cedidas
ou transferidas, total ou parcialmente, sem prévia
anuência do poder concedente.
IV. Constituem monopólio da União a pesquisa, a lavra,
o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios e minerais nucleares e
seus derivados, com exceção dos radioisótopos cuja
produção, comercialização e utilização poderão ser
autorizadas, sob regime de permissão, nas hipóteses
previstas na Constituição.
SOMENTE estão corretas
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e III.
(D) II e IV.
(E) III e IV.
I: o planejamento estatal é determinante apenas para o setor público,
sendo indicativo para o setor privado – art. 174 da CF; II: o art. 173 da
CF ressalva expressamente os casos previstos na própria Constituição
Federal; III: art. 176, §§ 1º e 3º, da CF; IV: art. 177, V, da CF.
Gabarito “E”
100
Relativamente ao exercício de
atividade econômica, a Constituição da República
(Defensoria/MA – 2009 – FCC)
(A) assegura a todos o livre exercício de qualquer ativi-
dade econômica independentemente de autorização
de órgãos públicos, sem ressalvas.
(B) garante tratamento favorecido para as empresas de
pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e
que tenham sua sede e administração no País.
(C) estabelece que a lei disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de capital estrangeiro
e incentivará os reinvestimentos, vedando a remessa
de lucros para o exterior.
(D) autoriza a exploração de atividade econômica pelo
Estado apenas quando necessário aos imperativos da
segurança nacional.
(E) prevê que o Estado exercerá funções de fiscalização,
incentivo e planejamento da atividade econômica, sendo
o último determinante para os setores público e privado.
A: incorreta. Salvo nos casos previstos em lei (art. 170, parágrafo único,
da CF); B: correta (art. 170, IX, da CF); C: incorreta. “A lei disciplinará,
com base no interesse nacional, os investimentos de capital estrangeiro, incentivará os reinvestimentos e regulará a remessa de lucros”
(art. 172 da CF); D: incorreta. “Ressalvados os casos previstos nesta
Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado
só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei”
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Gabarito “B”
3. DIREITO CONSTITUCIONAL
nal do direito à propriedade,
(A) devem ser confiscadas as glebas onde forem locali-
zadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas.
(B) é vedado o confisco de bens de valor econômico
apreendidos em decorrência do tráfico ilícito de
entorpecentes.
(C) é vedada a desapropriação fundada em interesse
social, estando revogada a legislação ordinária pertinente ao tema.
(D) é vedado ao poder público municipal impor sanções
ao proprietário do solo urbano não edificado, não
utilizado ou subutilizado.
(E) o imóvel urbano que atenda à sua função social, nos
termos do plano diretor da cidade, não pode ser objeto
de desapropriação.
A: correta. A desapropriação confiscatória encontra-se prevista no art.
243 da CF. Ao interpretar o dispositivo, o Supremo Tribunal Federal
entendeu que “glebas” correspondem à totalidade da propriedade em
que realizado o cultivo de plantas psicotrópicas, e não apenas à área
específica em que a plantação é encontrada. Dessa forma, ainda que o
plantio ilegal se encontre em 10% da propriedade, toda a sua extensão
será expropriada; B: incorreta. “Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins será confiscado e reverterá em benefício de instituições
e pessoal especializados no tratamento e recuperação de viciados e
no aparelhamento e custeio de atividades de fiscalização, controle,
prevenção e repressão do crime de tráfico dessas substâncias” (art.
243, parágrafo único, da CF); C: incorreta, pois não reflete o disposto
no art. 184, caput e § 2º, da CF; D: incorreta, pois não reflete o disposto
no art. 182, § 4º, da CF; E: incorreta. Não há essa regra para o imóvel
urbano. Para o imóvel rural, v. art. 184, caput, da CF.
(Procurador do Município/Teresina-PI – 2010 – FCC) A ordem econô-
mica é fundada na valorização do trabalho humano e na
livre-iniciativa, observados os princípios da
(A) função social da propriedade e da busca do pleno
emprego.
(B) defesa do consumidor e do paralelismo.
(C) livre concorrência e da concessão de garantias pelas
entidades públicas.
(D) hierarquização e da verticalidade.
(E) indivisibilidade e da independência.
Art. 170, I a IX, da CF.
Gabarito “A”
Gabarito “B”
(Defensoria/MT – 2009 – FCC) Segundo a disciplina constitucio-
privado, nos termos do art. 173, § 2º, da CF; B: correta, literalidade do
art. 177, § 4º, II, “c”, da CF; C: incorreta, pois, ressalvados os casos
previstos na Constituição Federal, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos
imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo,
conforme definidos em lei, como determina o art. 173 da CF; D:
incorreta, conforme prevê o art. 176 da CF: “as jazidas, em lavra ou
não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica
constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração
ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário
a propriedade do produto da lavra”. § 1º “A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se refere o caput
deste artigo somente poderão ser efetuados mediante autorização ou
concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa
constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e administração
no País, na forma da lei, que estabelecerá as condições específicas
quando essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou
terras indígenas”; E: incorreta, pois a União poderá contratar com tais
empresas. Senão vejamos: “A União poderá contratar com empresas
estatais ou privadas a realização das atividades previstas nos incisos
I a IV deste artigo observadas as condições estabelecidas em lei”, nos
termos do art. 177, § 1º, da CF.
Gabarito “B”
(art. 173 da CF); E: incorreta, pois é apenas indicativo para o setor
privado (art. 174, caput, da CF).
101
A ordem econômica tem por fim assegurar a todos existência digna,
observado, dentre outros, o seguinte princípio:
Gabarito “A”
(Procurador do Município/Manaus-AM – 2006 – FCC)
(A) as empresas públicas e sociedades de economia mista
poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às
do setor privado.
(B) os recursos arrecadados com a contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades
de importação ou comercialização de petróleo e
seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool
combustível serão destinados, entre outras finalidades,
ao financiamento de programas de infraestrutura de
transportes.
(C) a exploração direta de atividade econômica pelo Estado
somente é permitida quando necessária aos imperativos
da segurança nacional, conforme definidos em lei.
(D) o aproveitamento de potenciais de energia hidráulica
somente poderá ser efetuado mediante autorização ou
concessão da União, o que se aplica inclusive a potenciais de energia renovável de capacidade reduzida.
(E) as atividades a serem exploradas em regime de monopólio pela União não admitem sua contratação com
empresas estatais ou privadas.
A: incorreta, as empresas públicas e sociedades de economia mista
não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor
(A) livre exercício de qualquer atividade econômica, asse-
gurado, somente, a quem obtiver a prévia autorização
dos órgãos públicos.
(B) tratamento favorecido para as empresas de pequeno
porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham
sua sede e administração no País.
(C) gozo, em regra, de privilégios fiscais não extensivos às
do setor privado, às empresas públicas e às sociedades
de economia mista.
(D) vedação aos órgãos públicos, na atividade garimpeira,
de qualquer tratamento prioritário às cooperativas na
autorização ou concessão para pesquisa e lavra dos
recursos e jazidas minerais.
(E) monopólio da União a refinação do petróleo estrangeiro, salvo o nacional, sendo vedada a contratação
de empresas privadas para a sua realização.
Art. 170, I a IX, da CF.
Gabarito “B”
(Ministério Público/CE – 2011 – FCC) Relativamente à atuação
do Estado no domínio econômico, prevê a Constituição
da República que
A função social da
propriedade rural é cumprida, conforme a Constituição
Federal, pela observância simultânea, segundo critérios
e graus de exigências estabelecidos em lei, dos seguintes
requisitos:
(Procurador do Estado/RR – 2006 – FCC)
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trificação rural e irrigação, observância das disposições
que regulam as relações de trabalho, utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação
do meio ambiente, e atendimento das normas constantes
do plano diretor do município em que esteja situada.
(B) observância das normas de habitação para o trabalhador rural, exploração que favoreça o bem-estar dos
proprietários e dos trabalhadores, utilização adequada
dos recursos naturais disponíveis e proteção do meio
ambiente, a prática de preços compatíveis com os
custos de produção e a garantia de comercialização,
o incentivo à pesquisa e à tecnologia.
(C) aproveitamento racional e adequado, utilização dos
recursos naturais disponíveis e preservação do meio
ambiente, observância das disposições que regulam
as relações de trabalho, exploração que favoreça o
bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
(D) observância das normas de habitação para o trabalhador rural, existência de eletrificação rural e irrigação,
exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários
e trabalhadores, preservação do meio ambiente e uso
racional e adequado da propriedade.
(E) incentivo à assistência técnica e à extensão rural,
prática de atividades extensivas e semiextensivas
continuamente, utilização adequada dos recursos
naturais disponíveis e preservação do meio ambiente,
exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários
e dos trabalhadores.
Somente a assertiva em C reproduz os requisitos do art. 186 da CF.
(E) as receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni-
cípios destinadas à seguridade social constarão dos
respectivos orçamentos, não integrando o orçamento
da União.
A e B: Art. 195 da CF; C: Não reflete o disposto no art. 195, § 5º, da CF;
D: Art. 195, § 7º, da CF; E: Art. 195, § 1º, da CF.
(Analista – TRE/PE – 2004 – FCC)
Considere:
I.
II.
III.
IV.
Universalidade da cobertura e do atendimento.
Irredutibilidade do valor dos benefícios.
Diversidade da base de financiamento.
Equidade na forma de participação no custeio.
Quanto aos objetivos da seguridade social, são corretos
os itens
(A) I, II, III e IV.
(B) I, II e III, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II, III e IV, apenas.
(E) II e IV, apenas.
Art. 194, parágrafo único, I a VII, da CF.
Gabarito “A”
(A) aproveitamento racional e adequado, existência de ele-
Gabarito “C”
102
(Cartório/ES – 2007 – FCC)
NÃO é considerado um objetivo
da seguridade social:
(A) diversidade da base de financiamento.
(B) equidade na forma de participação no custeio.
(C) diversidade dos benefícios e serviços às populações
urbanas e rurais.
(D) seletividade e distributividade na prestação dos bene-
Gabarito “C”
fícios e serviços.
4. ORDEM SOCIAL
(E) universalidade da cobertura e do atendimento.
(Analista – TRE/AL – 2010 – FCC) A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos
Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar
os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência
social, sendo que compete ao Poder Público, nos termos
da lei, organizar a seguridade social, com base, dentre
outros, nos seguintes objetivos:
Art. 194, parágrafo único, I a VII, da CF.
Art. 194, parágrafo único, I a VII, da CF.
Gabarito “D”
(Analista – TRT/15ª – 2009 – FCC)
Quanto à seguridade social é
INCORRETO que
(A) a sua fonte de financiamento abrange os recursos pro-
venientes dos orçamentos da União, do Distrito Federal
e dos Municípios, além de contribuições sociais.
(B) será financiada por toda a sociedade, de forma direta
e indireta, na forma da lei.
(C) os benefícios e os serviços da seguridade social poderão ser criados, majorados ou estendidos, na forma da
lei, ainda que sem a correspondente fonte de custeio.
(D) são isentas de contribuição para a seguridade social
as entidades beneficentes de assistência social que
atendam às exigências estabelecidas em lei.
(A) dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência
e à assistência social.
(B) dos Poderes Públicos, mas não da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à
previdência e à assistência social.
(C) da sociedade, e não dos Poderes Públicos, destinadas
a assegurar somente os direitos relativos à assistência
social.
(D) dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência,
à assistência social e à educação.
(E) dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência,
à assistência social, à educação e à cultura.
Art. 194 da CF.
Gabarito “A”
às populações urbanas e rurais.
(C) redução gradativa do valor dos benefícios.
(D) universalidade da cobertura e do atendimento.
(E) igualdade da base de financiamento.
Gabarito “C”
(A) heterogeneidade na forma de participação no custeio.
(B) diversidade de formas e dos benefícios e dos serviços
A seguridade social
compreende um conjunto de ações
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC)
A seguridade social
é financiada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, mediante recursos provenientes
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC)
(A) somente das contribuições admitidas pela Constitui-
ção Federal, mas não de recursos provenientes dos
orçamentos da União Federal, Estados-membros,
Distrito Federal e Municípios.
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3. DIREITO CONSTITUCIONAL
Art. 195, caput, I a IV, da CF.
Gabarito “D”
Em relação ao regime
geral de previdência social, a Constituição da República
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC)
(A) estabelece que lei disporá sobre sistema especial de
inclusão previdenciária para atender a todos os trabalhadores de baixa renda ou sem renda própria que
se dediquem, com exclusividade ou não, ao trabalho
doméstico.
(B) veda a adoção de critérios diferenciados para a concessão de aposentadorias, ressalvados, entre outros
que indica, os casos em que se tratar de segurados
portadores de deficiência, nos termos definidos em
lei complementar.
(C) admite, excepcionalmente, a filiação ao regime geral,
na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.
(D) prevê que o regime de previdência privada terá caráter
complementar e será organizado de forma autônoma
em face do regime geral, bem como será facultativo
e regulado por lei ordinária.
(E) proíbe, para efeito de aposentadoria, a contagem
recíproca do tempo de contribuição na administração
pública e na atividade privada, rural e urbana.
A: incorreta. Não reflete o disposto no art. 201, § 12, da CF; B: correta.
Art. 201, § 1º, da CF; C: incorreta. Não reflete o disposto no art. 201,
§ 5º, da CF; D: incorreta. Não reflete o disposto no art. 202 da CF; E:
incorreta. Não reflete o disposto no art. 201, § 9º, da CF.
Gabarito “B”
(Auditor Fiscal/PB – 2006 – FCC) Nos termos da Constituição da
República, a assistência social;
(A) integra a seguridade social, ao lado dos direitos à
saúde, previdência social e educação.
(B) atenderá à cobertura dos eventos de doença, invalidez,
morte e idade avançada.
(C) tem por objetivo a garantia de um Salário mínimo
mensal de renda ao trabalhador em situação de
desemprego involuntário.
(D) será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social.
(E) é organizada com base na centralização político
administrativa, cabendo a coordenação das atividades
à esfera federal.
A: incorreta. Não reflete o disposto no art. 194 da CF; B: incorreta. O art.
201, I, da CF refere-se à previdência social e não à assistência social;
C: incorreta. O seguro-desemprego é prestação da previdência social
(art. 201, III, da CF); D: correta. Art. 203 da CF; E: incorreta. Não reflete
o disposto no art. 204, I, da CF.
Gabarito “D”
(Auditor Tributário/Jaboatão dos Guararapes-PE – 2006– FCC) Sobre as
atribuições constitucionais dos Municípios na promoção
da educação, é INCORRETO afirmar que:
(A) os Municípios atuarão prioritariamente no ensino
fundamental e na educação infantil, ficando a cargo
dos Estados e do Distrito Federal a atuação prioritária
no ensino fundamental e médio.
(B) nos 10 primeiros anos da promulgação da Emenda
Constitucional nº 14, de 1996, os Municípios destinarão não menos de 60% dos recursos vinculados
à educação na manutenção e desenvolvimento do
ensino fundamental.
(C) na organização de seus sistemas de ensino, os Municípios definirão formas de colaboração com os Estados,
de modo a assegurar a universalização do ensino
obrigatório.
(D) os Municípios aplicarão, anualmente, no mínimo, 25%,
da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção do ensino.
(E) é vedada a destinação de recursos a bolsas de estudo
para o ensino fundamental, na medida em que o Poder
Público municipal está obrigado a investir, prioritariamente, na expansão de sua rede.
A: correta. Art. 30, VI, c/c art. 211, § 2º, ambos da CF (atuação municipal
na educação), e art. 211, § 3º, da CF (atuação dos estados e do Distrito
Federal); B: correta. A alternativa reflete a redação anterior do art. 60 do
ADCT, que foi modificado em dezembro de 2006. À época da aplicação
da prova esse item estava correto; C: correta. Art. 211, § 4º, da CF; D:
correta. Art. 212 da CF; E: incorreta, devendo ser assinalada, pois não
reflete o disposto no art. 213, § 1º, da CF.
(Magistratura/GO – 2009 – FCC) Na forma da Constituição, NÃO
compete ao Sistema Único de Saúde:
(A) colaborar na proteção do meio ambiente, nele com-
preendido o do trabalho.
(B) executar as ações de vigilância sanitária e epidemio-
lógica, bem como as de saúde do trabalhador.
(C) fornecer medicamentos experimentais, mormente
quando não registrados no órgão ou entidade de
vigilância sanitária competente.
(D) participar da formulação da política e da execução
das ações de saneamento básico.
(E) participar do controle e fiscalização da produção,
transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos.
Art. 200, I a VIII, da CF.
Gabarito “C”
Estados-membros e Distrito Federal, e das contribuições admitidas pela Constituição Federal.
(C) somente do orçamento da União Federal e das contribuições admitidas pela Constituição Federal.
(D) dos orçamentos da União Federal, Estados-membros,
Distrito Federal, e Municípios, e de contribuições
admitidas pela Constituição Federal.
(E) somente dos impostos federais, estaduais e municipais
destinados, constitucionalmente, ao seu financiamento.
Gabarito “E”
(B) somente dos orçamentos da União Federal e dos
103
Sobre a aplicação de recursos
públicos na educação, estabelece a Constituição da
República que
(Magistratura/RR – 2008 – FCC)
(A) União, Estados, Distrito Federal e Municípios apli-
carão, anualmente, nunca menos de 25% da receita
resultante de impostos na manutenção e no desenvolvimento do ensino.
(B) a parcela da arrecadação de impostos transferida pela
União aos Estados, Distrito Federal e Municípios será
considerada receita do governo federal, para efeito do
cálculo do mínimo constitucional de destinação de
recursos para a educação.
(C) as cotas estaduais da arrecadação da contribuição
social do salário-educação serão distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados
na educação básica na respectiva rede de ensino.
(D) os recursos públicos serão destinados às escolas
públicas, podendo ser dirigidos a escolas comuni-
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BRUNA VIEIRA, FÁBIO TAVARES, FELIPE MACIEL, GEORGIA DIAS, HENRIQUE SUBI, IVO TOMITA, LICÍNIA ROSSI, TERESA MELO
A: incorreta, pois a União aplicará anualmente, nunca menos de 18%, e
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 25%, no mínimo, da receita
resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino, nos termos do art. 212, da CF.
É pertinente ressaltar, que o art. 76, do ADCT, indica 20% da arrecadação
da União de impostos, contribuições sociais e de intervenção no domínio
econômico, todavia, o dispositivo ora mencionado, para efeito do cálculo
dos recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino é nulo; B:
incorreta, na exata medida que não é considerada, para efeito do cálculo
previsto no art. 212, da CF, quais sejam 18% em se tratando da União
e 18% para os demais entes da federação, receita do governo que a
transferir, conforme art. 212, § 1º, da CF. Sem mencionar, que a União
intervirá nos Estados e no Distrito Federal, para assegurar a observância
dos princípios constitucionais sensíveis, ou seja, assegurar a aplicação do
mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento
do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde (inteligência do art.
34, VII, “e”, da CF); C: correta, literalidade art. 212, § 6º, da CF. A utilização
da receita do salário-educação, antes limitada ao ensino fundamental,
alcança agora toda a educação básica pública. A contribuição social do
salário-educação prevista no art. 212, § 6º, da CF é arrecada pela União
e corresponde a 2, 5% da folha salarial das empresas, sendo certo, que
o critério de repartição das cotas da arrecadação o número de alunos
matriculados na rede pública; D: incorreta, pois o art. 213, I, II, § 1º, da
CF, reza o inverso, já que recursos públicos poderão ser destinados a
bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para
os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de
vagas e cursos regulares da rede pública na localidade da residência do
educando, ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente
na expansão de sua rede na localidade; E: incorreta, pois compete à
lei estabelecer o plano nacional de educação e não ao Presidente da
República por Decreto. Sem prejuízo, devemos memorizar que a distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das
necessidades do ensino obrigatório, no que ser refere a universalização,
garantida de padrão de qualidade e equidade, nos termos do supra citado
plano nacional de educação (Lei 10.172/2001), nos termos dos arts. 212,
§ 3º, c\c 214, da CF.
Gabarito “C”
A Constituição Federal
reconhece aos índios os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União
demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens,
prescrevendo ainda que:
(Defensor Público/AM – 2013 – FCC)
I.
São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as
por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis
à preservação dos recursos ambientais necessários a
seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física
e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
II. As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios
destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes
o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e
dos lagos nelas existentes.
III. O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos
os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das
riquezas minerais em terras indígenas só podem ser
efetivados com autorização do Presidente da Repú-
blica, ouvidas as comunidades afetadas, que não
poderão participar nos resultados da lavra.
IV. As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são
inalienáveis e indisponíveis, mas os direitos sobre elas
são passíveis de prescrição, na forma da lei.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I, II e III.
(B) II, III e IV.
(C) I e II.
(D) II e III.
(E) III e IV.
I: Correta. Art. 231, § 1º, da CF; II: Correta. Art. 231, § 2º, da CF; III:
Errada, pois necessita de autorização do Congresso Nacional, e não do
Presidente da República. Art. 231, § 3º, da CF; IV: Errada. Os direitos
sobre as terras são também imprescritíveis (art. 231, § 4º, da CF).
(Defensor Público/AM – 2013 – FCC) Suponha que um indivíduo
obtenha prescrição médica para uso de medicamento
nacional, registrado na ANVISA (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária), que não é disponibilizado pelo
Sistema Único de Saúde – SUS. Nessa situação, pretendendo obter judicialmente o medicamento do Poder
Público, o interessado
(A) poderá propor medida judicial contra União, Estado
e Município, em regime de solidariedade.
(B) poderá propor medida judicial contra a União ou
Estado ou Município, não cabendo o ajuizamento
da demanda contra todos esses entes em regime de
solidariedade.
(C) deverá propor medida judicial contra o Município
e contra o Estado, em regime de solidariedade, não
cabendo o ajuizamento de demanda contra a União.
(D) deverá propor medida judicial apenas contra a União,
que, sendo o caso, adotará as medidas processuais
cabíveis em relação ao Estado ou Município, na
medida de suas responsabilidades.
(E) deverá propor medida judicial apenas contra o Município que, sendo o caso, adotará as medidas judiciais
cabíveis em relação à União ou ao Estado, na medida
de suas responsabilidades.
Segundo o STF, todos os entes federativos (União, Estados, DF e Municípios) têm responsabilidade passiva solidária quanto ao fornecimento
de medicamentos (RE 607.381 AgR, DJ 17.06.11).
Gabarito “A”
tárias, confessionais ou filantrópicas, sendo vedada,
contudo, sua destinação a bolsas de estudos.
(E) a distribuição de recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das necessidades do ensino
obrigatório, nos termos do plano nacional da educação, a ser definido por Decreto do Presidente da
República, de duração trienal.
Gabarito “C”
104
(Defensor Público/PR – 2012 – FCC)
Quanto ao direito à saúde,
é correto afirmar:
(A) A existência de um Sistema Único de Saúde pressupõe
a definição das obrigações de cada um dos entes que
a compõem, não havendo solidariedade entre União,
Estados e Municípios no dever de fornecer ou prestar
determinado serviço ou medicamento.
(B) Os serviços públicos de saúde serão prestados preferencialmente aos que comprovarem insuficiência de
recursos para custear um tratamento privado.
(C) O direito à saúde impõe a União, Estados e Municípios
o dever de prestar assistência terapêutica, inclusive
farmacêutica, sugerindo-se a adoção de políticas
profiláticas.
(D) Estão excluídas do campo de atuação do Sistema
Único de Saúde a vigilância sanitária e a fiscalização e
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
3. DIREITO CONSTITUCIONAL
(A) o fato do serviço não estar disponível apenas nos meses
de janeiro e julho não ofende diretamente a Constituição e deve ser interpretado em conjunto com o direito
constitucional de educação básica, obrigatória e gratuita
dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade;
(B) não pode haver interrupção do serviço, pois é dever do
Estado garantir a educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade, bem
como é direito social das trabalhadoras assistência
gratuita aos filhos desde o nascimento em creches e
pré-escolas;
(C) a Constituição garante expressamente o dever do Estado
de prover educação básica, obrigatória e gratuita apenas dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade. A
existência de creches e pré-escolas que atendam desde
o nascimento é liberalidade do Poder Público;
(D) haveria um conflito aparente de normas constitucionais, pois se de um lado há o direito de creche como
um direito social dos trabalhadores, de outro há o
direito de todos à educação básica, obrigatória e
gratuita apenas a partir dos 4 (quatro) anos de idade;
(E) a interpretação sistemática da Constituição resolve a
situação já que é dever constitucional dos pais assistir,
criar e educar os filhos menores. O Estado providencia
educação básica, obrigatória e gratuita a partir dos 4
(quatro) anos de idade e os pais exercem em janeiro
e julho seu dever sem colaboração direta do Poder
Público.
1. Informativo 579 do STF.
(A) A publicação de veículo impresso de comunicação
depende de licença de autoridade pública federal,
que, nos termos de lei complementar, deve estar ligada
ao Ministério das Comunicações.
(B) Além de dispositivos esparsos no texto constitucional,
a proteção constitucional às pessoas com deficiência
foi reforçada pela incorporação, nos termos do artigo
5º, § 3º, da Constituição da República Federativa do
Brasil, da Convenção Internacional sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência.
(C) A Constituição da República Federativa do Brasil
garante aos maiores de sessenta anos a gratuidade
dos transportes coletivos urbanos.
(D) O Supremo Tribunal Federal, em decisão proferida
na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) n. 130/DF, declarou não recepcionada
a Lei federal n. 5.250/1967, com exceção de seus
dispositivos relacionados aos crimes de imprensa.
(E) A ordem constitucional brasileira vigente, apesar de
versar de forma generosa sobre o direito ao meio
ambiente, não faz referência ao estudo prévio de
impacto ambiental.
A: Errada. Viola o art. 220, § 6º, da CF: “A publicação de veículo impresso
de comunicação independe de licença de autoridade”; B: Correta; C:
Errada. O art. 230, § 2º, da CF garante o direito aos maiores de 65 anos;
D: Errada. A ADPF 130 foi totalmente julgada procedente, para o efeito
de declarar como não recepcionada toda a Lei 5.250/1967; E: Errada.
Houve referência expressa no art. 225, IV, da CF.
(Defensoria/MT – 2009 – FCC) Considerando-se as normas
constitucionais a respeito da seguridade social, é correto
afirmar que
(A) a assistência social deve ser prestada a quem dela
necessitar, mediante contribuição à seguridade social,
paga nos termos da lei.
(B) a pessoa portadora de deficiência que comprove não
possuir meios de prover à própria manutenção ou
de tê-la provida por sua família, nos termos da lei,
tem direito ao recebimento de um salário mínimo de
benefício mensal.
(C) o acesso ao sistema único de saúde depende de
contribuição à seguridade social, nos termos da lei.
(D) é inconstitucional norma estadual que vincule cinco
décimos por cento de sua receita tributária líquida a
programa de apoio à inclusão e promoção social.
(E) asseguram o direito público subjetivo à educação
fundamental.
A: incorreta. Independe de contribuição (art. 203, caput, da CF); B:
correta. (art. 203, V, da CF); C: incorreta. Não depende de contribuição
(v. art. 198, § 1º, da CF); D: incorreta, pois não reflete o disposto no
art. 204, parágrafo único, da CF; E: incorreta. O art. 208, I e IV, da CF
garante a educação básica e a infantil.
Gabarito “B”
Gabarito “E”
(Defensor Público/PR – 2012 – FCC) A Defensoria Pública recebe
a demanda de algumas mães que têm filhos pequenos
em creches municipais que fecham, todos os anos, em
janeiro e julho e que enfrentam sérias dificuldades para
cuidar de seus filhos nessa época do ano sem deixar de
trabalhar. Ao analisar a situação conclui-se que
(Defensor Público/SP – 2012 – FCC) Sobre os direitos previstos na
ordem constitucional social brasileira, é correto afirmar:
Gabarito “B”
A: incorreta, pois é competência comum dos entes da Federação cuidar
da saúde (art. 23, II, da CF/1988) e também respondem solidariamente
nas ações de saúde. Nesse sentido, transcreve-se acórdão do STF:
“Suspensão de Segurança. Agravo Regimental. Saúde pública. Direitos
fundamentais sociais. Art. 196 da Constituição. Audiência Pública.
Sistema Único de Saúde – SUS. Políticas públicas. Judicialização do
direito à saúde. Separação de poderes. Parâmetros para solução judicial
dos casos concretos que envolvem direito à saúde. Responsabilidade
solidária dos entes da Federação em matéria de saúde. Fornecimento
de medicamento: Zavesca (miglustat). Fármaco registrado na ANVISA.
Não comprovação de grave lesão à ordem, à economia, à saúde e à
segurança públicas. Possibilidade de ocorrência de dano inverso.
Agravo regimental a que se nega provimento.” (STF, AgRg na STA 175,
Tribunal Pleno, j. 17.03.2010, rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 30.04.2010,
Ementário 2399-1)1 (grifo nosso); B: incorreta, pois a saúde é direito
de todos, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu
pleno exercício (art. 196 da CF/1988 c.c art. 2º da Lei 8.080/1990); C:
incorreta, pois a lei não sugere adoção de políticas profiláticas (art.
6º, I, d, da Lei 8.080/1990); D: incorreta, pois trata-se de atribuição
do Sistema Único de Saúde (art. 200, VI, da CF/1988); E: correta (art.
199, § 1º, da CF/1988 e art. 4º, § 2º, da Lei 8.080/1990).
Art. 7º, XXV, da CF: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,
além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XXV
– assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até
5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas.”
Gabarito “B”
inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo
humano, de responsabilidade da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária.
(E) A iniciativa privada pode participar do Sistema Único
de Saúde em caráter complementar.
105
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a seguridade social seja financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, mediante recursos
provenientes dos orçamentos da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, bem como das
contribuições previstas na Constituição Federal e
legislação com ela conforme.
(B) universalidade da cobertura e do atendimento, o
que significa que todas as ações abrangidas pela
seguridade social independem de contraprestação
do beneficiário.
(C) uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços
entre as populações urbanas e rurais, ainda quando o
sistema de contribuição de cada qual seja distinto.
(D) irredutibilidade do valor dos benefícios, de modo
que os índices de atualização monetária dos valores
das contribuições devem também ser aplicados aos
valores dos benefícios.
(E) criação, majoração ou extensão de benefício ou
serviço da seguridade social independentemente de
indicação da correspondente fonte de custeio total.
Art. 194, parágrafo único, I a VII, da CF.
Gabarito “A”
(Defensoria/PA – 2009 – FCC) Dentre as normas constitucionais
que asseguram o direito à educação prestada pelo Poder
Público encontra-se aquela que prevê
(A) a prestação do ensino religioso, de matrícula obriga-
tória no ensino fundamental.
(B) o ensino fundamental obrigatório e gratuito, salvo para
aqueles que a ele não tiveram acesso na idade própria.
(C) o atendimento educacional especializado aos porta-
dores de deficiência, preferencialmente fora da rede
regular de ensino.
(D) o atendimento ao educando, no ensino fundamental,
através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
(E) progressiva universalização do ensino fundamental
em período integral.
Art. 208, I a VII, da CF.
Gabarito “D”
(Procurador do Estado/MT – FCC – 2011) Em capítulo dedicado à
comunicação social, a Constituição da República veda
(A) a participação de capital estrangeiro nas empresas jor-
nalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens.
(B) que haja o cancelamento da concessão ou permissão
para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e
imagens, antes de vencido o prazo.
(C) alterações de controle societário nas empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens,
sem o prévio consentimento do Congresso Nacional.
(D) que se atribuam a gestão das atividades e o estabelecimento do conteúdo da programação de empresas
jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens a quem não seja brasileiro nato ou naturalizado
há mais de dez anos.
(E) a publicação de veículo impresso de comunicação
sem a prévia licença de autoridade competente, nos
termos da lei.
(Procurador do Estado/MT – FCC – 2011) Ao disciplinar os papéis
de Estado e sociedade na garantia do direito à educação,
a Constituição da República estabelece que
(A) a educação é direito de todos, dever exclusivo do
Estado e será promovida e incentivada com a colaboração da família do educando.
(B) a coexistência de instituições públicas e privadas é
princípio do ensino, cuja gratuidade é assegurada em
estabelecimentos oficiais e particulares, observadas
neste caso as condições estabelecidas em lei.
(C) o ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as
condições de cumprimento das normas gerais da
educação nacional e autorização e avaliação de
qualidade pelo Poder Público.
(D) os recursos públicos serão destinados às escolas
públicas, cabendo à lei definir as hipóteses em que
poderão ser dirigidos à iniciativa privada.
(E) os recursos públicos poderão ser destinados a bolsas
de estudo para o ensino médio e superior, quando
houver falta de vagas e cursos regulares da rede
pública na localidade da residência do educando.
Arts. 205; 209, I e II; 213, I e II, todos da CF.
(Procurador do Estado/RO – 2011 – FCC)
social é correto afirmar:
Quanto à seguridade
(A) É um conjunto integrado de ações que visa agregar
os sistemas de saúde, previdência e assistência social
através do sistema único de saúde.
(B) O regime geral da previdência social tem caráter
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial,
abrangendo os que participam de regime próprio de
previdência.
(C) O sistema de saúde deve definir diretrizes com a
participação da comunidade.
(D) O sistema de saúde deve ser organizado de forma
centralizada, com direção única, e regionalizada, de
modo a permitir que gestores locais admitam agentes comunitários de saúde e agentes de combate às
endemias por meio de processo seletivo público.
(E) Assistência social é responsável pela cobertura do
risco de acidente do trabalho.
A: De acordo com o art. 194 da CF, “a seguridade social compreende
um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e
da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à
previdência e à assistência social”; B: Errada. V. art. 201, caput e § 5º,
da CF; C: Art. 198, III, da CF; D: Não reflete o disposto no art. 198, I,
da CF. V., tb, o § 4º do mesmo artigo; E: Não reflete o disposto no art.
203, I a V, da CF. V., tb., art. 201, § 10, da CF.
Gabarito “C”
(A) diversidade da base de financiamento, de modo que
A: É permitida na forma da lei (art. 222, § 4º, da CF); B: Se houver
decisão judicial (art. 223, § 4º, da CF); C: O Congresso Nacional só
precisa ser comunicado (art. 222, § 5º, da CF); D: Art. 222, § 1º, da CF;
E: Independe de licença (art. 220, § 6º, da CF).
Gabarito “C”
(Defensoria/PA – 2009 – FCC) Dentre os princípios da Seguridade
Social encontra-se o da
Gabarito “D”
106
(Procurador do Município/Recife-PE – 2008 – FCC) Ao tratar do direito
à educação, a Constituição Federal
(A) estabelece que o ensino fundamental é de competên-
cia exclusiva dos Estados e Municípios.
(B) exclui a competência dos Municípios para prestar o
ensino médio e o superior.
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3. DIREITO CONSTITUCIONAL
cação infantil.
(D) estabelece o dever de atendimento educacional
especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.
(E) atribui ao ensino médio e gratuito o status de direito
público subjetivo.
A: Competência dos municípios (art. 30, VI, da CF); B: O art. 211, § 2º,
da CF não impede os Municípios de prestarem ensino médio e superior;
C: O art. 211, § 3º, da CF não impede os Estados de prestarem ensino
infantil; D: Art. 208, III, da CF; E: O acesso ao ensino obrigatório e
gratuito é direito público subjetivo (art. 208, § 1º, da CF).
Gabarito “D”
Considerando a
disciplina constitucional dada ao meio ambiente, bem
como a jurisprudência a respeito do tema, considere as
afirmações abaixo.
(Procurador do Município/Recife-PE – 2008 – FCC)
I. O meio ambiente é bem de uso comum do povo.
II. São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas
pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias
à proteção dos ecossistemas naturais.
III. Incumbe ao Poder Público definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais a serem especialmente protegidos, sendo vedada sua supressão.
IV. As usinas que operem com reator nuclear deverão ter
sua localização definida em lei federal, sem o que não
poderão ser instaladas.
V. São vedadas práticas que submetam os animais a
crueldade, tais como as “brigas de galo”.
Está correto o que se afirma em
(A) I, II, III, IV e V.
(B) I, II, IV e V, somente.
(C) II, III e IV, somente.
(D) II, III e V, somente.
(E) IV e V, somente.
I: Correta. Art. 225 da CF; II: Correta. Art. 225, § 5º, da CF; III: Errada.
Não reflete o disposto no art. 225, § 1º, III, da CF; IV: Correta. Art. 225,
§ 6º, da CF; V: Correta. Art. 225, § 1º, VII, da CF.
Gabarito “B”
(Procurador do Estado/RR – 2006 – FCC) Dentre os princípios constitucionais da seguridade social encontra-se o princípio
(A) o cancelamento da concessão ou permissão, antes de
vencido o prazo, depende de decisão judicial.
(B) o Congresso Nacional apreciará o ato de outorga em
60 dias do recebimento da mensagem enviada pelo
Executivo, prorrogáveis por igual período.
(C) o ato de outorga ou renovação somente produzirá
efeitos legais após deliberação do Congresso Nacional.
(D) a não renovação dependerá de aprovação de, no
mínimo, dois quintos dos membros do Congresso
Nacional, em votação nominal.
(E) o prazo será de 10 anos para as emissoras de rádio e
de 15 anos para as emissoras de televisão.
A: Art. 223, § 4º, da CF; B: Não reflete o disposto no art. 223, § 1º, da CF;
C: Art. 223, § 3º, da CF; D: Art. 223, § 2º, da CF; E: Art. 223, § 5º, da CF.
Gabarito “B”
(C) exclui a competência dos Estados para prestar a edu-
107
5. FAMÍLIA, CRIANÇA, ADOLESCENTE E IDOSO
Considere as
seguintes afirmações sobre a tutela constitucional da
criança e do adolescente:
(Magistratura do Trabalho – 11ª Região – 2007 – FCC)
I.
O direito à proteção especial abrangerá o estímulo
do Poder Público, através de assistência jurídica,
incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao
acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou
adolescente órfão ou abandonado.
II. O Estado promoverá programas de assistência integral
à saúde da criança e do adolescente, observada a aplicação de percentual dos recursos públicos destinados
à saúde na assistência materno-infantil.
III. A lei punirá severamente o abuso, a violência e
a exploração sexual da criança e do adolescente,
observados, no entanto, os princípios da excepcionalidade e do respeito à condição peculiar da pessoa
em desenvolvimento, na aplicação de penas restritivas
de liberdade a seus infratores.
É correto o que se afirma APENAS em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
(A) da proporcionalidade do valor dos benefícios.
(B) da individualidade da cobertura e do atendimento.
(C) do caráter contributivo dos benefícios, serviços e
I: correto (Art. 227, § 3º, VI, da CF); II: correto (Art. 227, § 1º, I, da
CF); III: incorreto. O art. 227, § 4º, da CF, não estabelece exceções.
(D) do caráter democrático e descentralizado, mediante
6. ÍNDIOS
Gabarito “D”
cobertura.
gestão tripartite nos órgãos colegiados.
(E) da seletividade e distributividade na prestação dos
benefícios e serviços.
(Magistratura do Trabalho – 11ª Região – 2007 – FCC)
A: não há disposição constitucional acerca da proporcionalidade dos
benefícios; B: há previsão de universalidade (não individualidade) da
cobertura e do atendimento – art. 194, parágrafo único, I, da CF; C: o
caráter contributivo não se refere à toda seguridade social (aplica-se à
previdência e inexiste no caso da assistência social) – arts. 201, caput,
e 203, ambos da CF; D: a gestão da seguridade social é quadripartite
(trabalhadores, empregadores, aposentados e Governo) – art. 194, VII,
da CF; E: art. 194, parágrafo único, III, da CF.
(A) são assim consideradas as terras pelos índios habitadas
Gabarito “E”
(Procurador do Estado/SE – FCC – 2005) Relativamente à concessão
e permissão para serviço de radiodifusão sonora e de sons
e imagens, é INCORRETO afirmar que
Considerada
a disciplina constitucional relativa às terras tradicionalmente ocupadas pelos índios é INCORRETO afirmar que
em caráter permanente, bem como as necessárias a
sua reprodução física e cultural, segundo seus usos,
costumes e tradições.
(B) se destinam à posse permanente dos índios, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos
rios e lagos nelas existentes.
(C) são inalienáveis, indisponíveis e os direitos sobre elas,
imprescritíveis.
(D) possuem legitimidade para a defesa em juízo dos
direitos originários sobre essas terras os índios, suas
comunidades e organizações.
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(E) é vedada a remoção dos grupos indígenas de suas
terras, salvo, após deliberação do Congresso Nacional,
em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco
sua população.
A: correta (Art. 231, § 1º, da CF); B: correta (Art. 231, § 2º, da CF); C:
correta (Art. 231, § 4º, da CF); D: correto (Art. 232 da CF); E: incorreta.
Não reflete o disposto no art. 231, § 5º, da CF.
Gabarito “E”
7. OUTROS TEMAS E TEMAS COMBINADOS
(Técnico – TRT/2ª Região – 2014 – FCC) Considerando os dispositivos constitucionais referentes à Administração pública,
é correto afirmar:
(A) A proibição de acumular cargos, prevista na CF, não
se estende aos empregos e funções das empresas
públicas e sociedades de economia mista.
(B) As autarquias serão criadas por decreto presidencial
específico, que será submetido ao Congresso Nacional
para apreciação.
(C) São imprescritíveis os ilícitos que causem prejuízo ao
erário,bem como as respectivas ações de ressarcimento.
(D) Os vencimentos dos cargos do Poder Judiciário e do
Poder Executivo não poderão ser superiores aos pagos
pelo Poder Legislativo.
(E) Os atos de improbidade importarão, dentre outras
penas, suspensão dos direitos políticos, a perda da
função pública e o ressarcimento ao erário.
A: Incorreta, pois a proibição se estende a empregos e funções e
abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades
de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas,
direta ou indiretamente, pelo poder público (art. 37, XVII, da CF);
B: Incorreta, pois, conforme o art. 37, XIX, da CF, somente por lei
específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de
sua atuação; C: Incorreta, uma vez que "a lei estabelecerá os prazos
de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor
ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas
ações de ressarcimento" (art. 37, § 5º, da CF); D: Incorreta, pois os
vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário
não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo (art. 37,
XII, da CF); E: Correta, conforme o art. 37, § 4º, da CF.
Gabarito “E”
(Técnico – TRT/11ª – 2012 – FCC) Considere as seguintes normas
constitucionais:
I.
A República Federativa do Brasil buscará a integração
econômica, política, social e cultural dos povos da
América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
II. A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo
em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
III. É direito dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social,
o piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho.
IV. É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que
a lei estabelecer.
São normas de eficácia limitada os preceitos indicados
SOMENTE em
(A) I, II e III.
(B) I e III.
(C) I e IV.
(D) II e IV.
(E) III e IV.
Segundo a teoria clássica (José Afonso da Silva), as normas constitucionais, quanto à eficácia, podem ser classificadas em: plena, contida
e limitada. As de eficácia plena são aquelas que, por si só, produzem
todos os seus efeitos no mundo jurídico e de forma imediata. As de
eficácia contida são aquelas que produzem efeitos e aplicabilidade
imediata, mas que deixam em aberto a possibilidade de outra norma
restringir esses efeitos. Por fim, as de eficácia limitada são as que para
produzirem a plenitude de seus efeitos, dependem da atuação do legislador infraconstitucional, necessitam de regulamentação. Tais normas
possuem aplicabilidade postergada, diferida ou mediata. O item I é tido
como norma de eficácia limitada. O art. 4º, parágrafo único, da CF traz
um comando no sentido de que o Brasil deve buscar a integração da
comunidade latino-americana de nações. Um exemplo de concretização
do tal norma é a criação do MERCOSUL; O item II é considerado norma
de eficácia plena (art. 5º, II, da CF); O item III, previsto no art. 6º, V, da
CF, é tido como norma limitada, pois depende da interposição do legislador. De acordo com a LC 103/2000, é dada autorização aos Estados e
ao Distrito Federal para instituírem o piso salarial mencionado; O item
IV trata da do direito à liberdade de profissão. O Supremo, ao decidir
pela constitucionalidade do exame de ordem (RE 603583), reafirmou
a natureza contida da norma prevista no art. 5º, XIII, da CF.
Gabarito “B”
108
No ano de 2002, foi
criado, por lei do Município, o Conselho Municipal de
Habitação de São Paulo. O Conselho é composto, entre
outros, por representantes de órgãos e entidades públicos
municipais, estaduais e federal, todos designados, e por
representantes de entidades comunitárias e de organizações populares ligados à habitação, eleitos de forma
direta. O Conselho Municipal de Habitação tem caráter
deliberativo, fiscalizador e consultivo e possui como
objetivos básicos o estabelecimento, acompanhamento,
controle e avaliação da política municipal de habitação.
(Auditor Fiscal – São Paulo/SP – FCC – 2012)
A criação do referido Conselho, nesses termos,
(A) atende às determinações da Lei Orgânica do Município
quanto à articulação e integração de ações entre governo
e sociedade na política municipal de habitação, mas não
no que se refere à composição do Conselho.
(B) não pode ser feita por lei, representando ingerência
do Poder Legislativo nas atribuições do Executivo
municipal, em afronta à separação de Poderes adotada
pela Lei Orgânica do Município.
(C) fere as normas de participação popular nas decisões do
Poder Municipal estabelecidas pela Lei Orgânica do
Município, uma vez que os Conselhos criados com esse
fim não podem ter membros designados, apenas eleitos.
(D) atende às diretrizes estabelecidas na Lei Orgânica
do Município, quanto à participação popular nas
decisões do Poder Municipal e à articulação e integração de ações entre governo e sociedade na política
municipal de habitação.
(E) excede às previsões contidas na Lei Orgânica do
Município sobre participação popular nas decisões
do Poder Municipal, pois os Conselhos não podem
ter função de fiscalização, mas apenas consultiva e
de acompanhamento.
A e C: incorretas. A composição paritária do Conselho, com a presença
de representantes eleitos e designados, atende ao disposto no art. 8º
da Lei Orgânica do Município de São Paulo; B: incorreta. O art. 8º da
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3. DIREITO CONSTITUCIONAL
(A) apresentação de declaração pública de bens, trinta
dias antes do ato da posse e até trinta dias após o
desligamento de todo dirigente da administração
direta e indireta.
(B) os órgãos de direção da administração indireta serem
compostos por um colegiado, com a participação de,
no mínimo, um diretor eleito entre os servidores e
empregados públicos, na forma da lei.
(C) constituição de comissões internas visando à prevenção de acidentes, quando assim o exigirem suas
atividades, na forma da lei.
(D) constituição de Comissões de Representantes dos
servidores dentre eles eleitos, gozando estes de estabilidade no cargo ou emprego, até dois anos após o
término do mandato, ainda que suplentes.
(E) aprovação prévia em concurso público de provas ou
provas e títulos para investidura em qualquer cargo
ou emprego público.
A: incorreta. A declaração de bens deve ser apresentada no ato da posse e
de desligamento (art. 83, V, da Lei Orgânica do Município de São Paulo);
B: correta, nos termos do art. 83, II, da Lei Orgânica do Município de São
Paulo; C: incorreta. A criação das comissões internas de prevenção de
acidentes é obrigatória (art. 83, VI, da Lei Orgânica do Município de São
Paulo); D: incorreta. A estabilidade, nesses casos, é garantida por um ano
(art. 83, § 2º, da Lei Orgânica do Município de São Paulo); E: incorreta. A
investidura em cargos ou empregos públicos em comissão independe de
prévio concurso (art. 83, VII, da Lei Orgânica do Município de São Paulo).
Gabarito “B”
(Auditor Fiscal – São Paulo/SP – FCC – 2012) A Lei Orgânica do Muni-
cípio de São Paulo assegura ao servidor público municipal
(A) o percebimento da sexta-parte dos vencimentos inte-
grais, concedida aos quinze anos de efetivo exercício
no serviço público, que se incorporará aos vencimentos para todos os efeitos.
(B) a realização de reajuste da remuneração sempre na
mesma data, podendo ser adotados índices diferenciados
entre a administração direta, autárquica e fundacional.
(C) a gratificação de distância pelo exercício de atividade
em unidades de trabalho consideradas de difícil acesso,
restrita ao ocupante de cargo efetivo, na forma da lei.
(D) a dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário
para realização de, no mínimo, oito consultas médicas
e demais exames complementares, sem prejuízo de
vencimentos e demais vantagens do cargo ou emprego.
(E) o percebimento do adicional por tempo de serviço
público, concedido por quinquênio, que se incorporará aos vencimentos para todos os efeitos, não sendo
computado nem acumulado para fins de concessão de
acréscimos ulteriores sob o mesmo título ou idêntico
fundamento.
A: incorreta. A sexta-parte dos vencimentos será concedida após 20
anos de efetivo exercício de serviço público (art. 97 da Lei Orgânica do
Município de São Paulo); B: incorreta. Os critérios de correção devem
(Auditor Fiscal – São Paulo/SP – FCC – 2012) Considere as seguintes
afirmações sobre o Programa de Metas da Administração
Pública municipal, em conformidade com o disposto na
Lei Orgânica do Município de São Paulo:
I.
O Prefeito, eleito ou reeleito, apresentará o Programa
de Metas de sua gestão, até noventa dias após sua
posse, observando, no mínimo, as diretrizes de sua
campanha eleitoral e os objetivos, diretrizes, ações
estratégicas e demais normas da lei do Plano Diretor
Estratégico.
II. O Poder Executivo divulgará semestralmente os
indicadores de desempenho relativos à execução
dos diversos itens do Programa de Metas, que serão
elaborados e fixados conforme critérios estabelecidos
na Lei Orgânica do Município, dentre os quais o atendimento das funções sociais da cidade com melhoria
da qualidade de vida urbana.
III. O Prefeito poderá proceder a alterações programáticas
no Programa de Metas sempre em conformidade com
a lei do Plano Diretor Estratégico, justificando-as por
escrito e divulgando-as amplamente por meio eletrônico, pela mídia impressa, radiofônica e televisiva e
publicação no Diário Oficial da Cidade.
Está correto o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) I e II, apenas.
(C) I, II e III.
(D) I e III, apenas.
(E) II, apenas.
I: correta, nos termos do art. 69-A, caput, da Lei Orgânica do Município
de São Paulo; II: correta, nos termos do art. 69-A, § 3º, da Lei Orgânica
do Município de São Paulo; III: correta, nos termos do art. 69-A, § 4º,
da Lei Orgânica do Município de São Paulo.
Gabarito “C”
Gabarito “D”
Para a organização da
administração pública, a Lei Orgânica do Município de
São Paulo estabelece a obrigatoriedade de
(Auditor Fiscal – São Paulo/SP – FCC – 2012)
ser os mesmos para a Administração Direta e Indireta (art. 92, IV, da
Lei Orgânica do Município de São Paulo); C: incorreta. A gratificação
é garantida a todos os servidores, ocupantes de cargo efetivo ou em
comissão (art. 95 da Lei Orgânica do Município de São Paulo); D:
incorreta. A garantia é dada para, no mínimo, seis consultas médicas
(art. 98, II, da Lei Orgânica do Município de São Paulo); E: correta, nos
termos do art. 97 da Lei Orgânica do Município de São Paulo.
Gabarito “E”
Lei Orgânica do Município de São Paulo estabelece a obrigatoriedade
de tais Conselhos serem criados por lei; D: correta, nos termos dos
arts. 8º e 168 da Lei Orgânica do Município de São Paulo; E: incorreta.
A função de fiscalização desses Conselhos é assegurada pelo art. 9º,
II, da Lei Orgânica do Município de São Paulo.
109
(Defensor Público/SP – 2012 – FCC) Já há algum tempo, pelo
menos desde o julgamento da Ação de Descumprimento
de Preceito Fundamental (ADPF) nº 45, de relatoria do Min.
Celso de Mello, no ano de 2004, no âmbito do Supremo
Tribunal Federal, a questão da “judicialização” dos direitos fundamentais sociais tem sido pautada na atuação do
Poder Judiciário brasileiro, tendo o STF, inclusive, realizado
audiência pública para tratar das ações judiciais na área da
saúde. A audiência pública, convocada pelo Presidente do
STF à época, Ministro Gilmar Mendes, “ouviu 50 especialistas, entre advogados, defensores públicos, promotores e
procuradores de justiça, magistrados, professores, médicos,
técnicos de saúde, gestores e usuários do sistema único
de saúde, nos dias 27, 28 e 29 de abril, e 4, 6 e 7 de
maio de 2009”. A partir de tais considerações, com base
na jurisprudência constitucional brasileira e na doutrina
especializada sobre o tema, é correto afirmar:
(A) A intervenção do Poder Judiciário em políticas públi-
cas, por exemplo, nas áreas da saúde e da educação,
deve se dar de forma subsidiária, ou seja, quando
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BRUNA VIEIRA, FÁBIO TAVARES, FELIPE MACIEL, GEORGIA DIAS, HENRIQUE SUBI, IVO TOMITA, LICÍNIA ROSSI, TERESA MELO
A: correta. Nesse sentido, transcreve trecho da ADPF 45 MC/DF: “Não
obstante a formulação e a execução de políticas públicas dependam
de opções políticas a cargo daqueles que, por delegação popular,
receberam investidura em mandato eletivo, cumpre reconhecer que
não se revela absoluta, nesse domínio, a liberdade de conformação do
legislador, nem a de atuação do Poder Executivo. É que, se tais Poderes
do Estado agirem de modo irrazoável ou procederem com a clara intenção de neutralizar, comprometendo-a, a eficácia dos direitos sociais,
econômicos e culturais, afetando, como decorrência causal de uma
injustificável inércia estatal ou de um abusivo comportamento governamental, aquele núcleo intangível consubstanciador de um conjunto
irredutível de condições mínimas necessárias a uma existência digna e
essenciais à própria sobrevivência do indivíduo, aí, então, justificar-se-á,
como precedentemente já enfatizado – e até mesmo por razões fundadas
em um imperativo ético-jurídico –, a possibilidade de intervenção do
Poder Judiciário, em ordem a viabilizar, a todos, o acesso aos bens cuja
fruição lhes haja sido injustamente recusada pelo Estado”2; B: incorreta,
pois recentemente o Ministro Gilmar Mendes, em seu voto proferido
no julgamento do AgRg na STA 175, Tribunal Pleno, j. 17.03.2010,
DJe 30.04.2010, ratificou o caráter fundamental dos direitos sociais,
destacando que, diversamente do que ocorre em outros países, a Carta
Magna de 1988 não deu a estes regime jurídico distinto de outros
direitos fundamentais, senão vejamos: “A Constituição brasileira não
só prevê expressamente a existência de direitos fundamentais sociais
(art. 6º), especificando seu conteúdo e forma de prestação (arts. 196,
201, 203, 205, 215, 217, entre outros), como não faz distinção entre
os direitos e deveres individuais e coletivos (Capítulo I do Título II) e os
direitos sociais (Capítulo II do Título II), ao estabelecer que os direitos e
garantias fundamentais têm aplicação imediata (art. 5º, § 1º, CF/1988).
Vê-se, pois, que os direitos fundamentais sociais foram acolhidos pela
Constituição Federal de 1988 como autênticos direitos fundamentais.
Não há dúvida – deixe-se claro – de que as demandas que buscam a efetivação de prestações de saúde devem ser resolvidas a partir da análise
de nosso contexto constitucional e de suas peculiaridades”; C: incorreta,
pois a Defensoria Pública deve promover, prioritariamente, a solução
extrajudicial dos litígios (art. 4º, II, da Lei Complementar 80/1994); D:
incorreta. Vide explicação da alternativa “A”; E: incorreta, pois conflita
com o disposto nos arts. 1º e 108 da Lei Complementar 80/1994).
(Defensor Público/RS – 2011 – FCC) É
correto afirmar:
(A) As normas do ADCT não podem ser alteradas por meio
de emendas constitucionais, pois são de natureza
transitória.
(B) O preâmbulo da Constituição Federal, ao referir-se
expressamente ao pacto federativo, está a indicar a
intenção do constituinte em instituir um Estado Democrático e, por isso, deve ser considerado quando da
interpretação das normas.
(C) São objetivos fundamentais da República Federativa
do Brasil previstos e assim descritos no artigo 3º da
Constituição Federal, construir uma sociedade livre,
justa e pluralista, garantir o desenvolvimento regional,
erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e locais, promover o bem de
todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação.
(D) São fundamentos da República Federativa do Brasil
a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa
humana, a livre concorrência, o voto direto e secreto
e o pluralismo político.
(E) Os direitos sociais estão expressamente referidos no
preâmbulo da Constituição Federal de 1988, assim
como os direitos fundamentais e o pluralismo político.
A: incorreta. Como normas constitucionais, podem sofrer alteração
via emenda; B: incorreta, pois não há referência expressa ao pacto
federativo, mas ao Estado Democrático; C: incorreta (art. 3º, I a IV, da
CF); D: incorreta (art. 1º, I a V, da CF); E: correta. “Nós, representantes
do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para
instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos
direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o
desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma
sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia
social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução
pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a
seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”.
Gabarito “E”
verificada situação concreta de omissão ou atuação
insuficiente dos Poderes Legislativo e Executivo, em
respeito ao princípio da separação dos poderes.
(B) Conforme entendimento doutrinário majoritário e consagrado na jurisprudência do STF, os direitos sociais
devem ser tratados exclusivamente como direitos
difusos, sob pena de, admitindo-se o ajuizamento
individual de ações para pleitear direitos sociais,
subverter-se o princípio da igualdade.
(C) A atuação da Defensoria Pública, com base no
inciso II do art. 4º, da Lei Complementar nº 80/1994,
não deve privilegiar a atuação extrajudicial no tocante
ao controle de políticas públicas, buscando sempre,
de forma preferencial, a resolução dos conflitos por
intermédio do Poder Judiciário.
(D) A fundamentação jurídico-constitucional que legitima
a intervenção judicial em matéria de direitos sociais,
tanto em sede individual quanto coletiva, está alicerçada no direito-garantia fundamental ao mínimo
existencial, consagrado de forma expressa na Lei Fundamental de 1988, cabendo ao Estado-Juiz assegurar
tais condições materiais mínimas indispensáveis a
uma vida digna, de modo a suprimir as omissões do
Estado-Legislador e do Estado-Administrador.
(E) A atuação da Defensoria Pública em matéria de direitos fundamentais sociais esgota-se no ajuizamento
de ações judiciais, uma vez que não se encontra na
legislação qualquer embasamento normativo para
práticas extrajudiciais tal como a conscientização e
educação em direitos.
Gabarito “A”
110
2. Recomenda-se a leitura do Informativo 345 do STF.
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4. DIREITO ADMINISTRATIVO
Georgia Renata Dias, Ivo Shigueru Tomita, Flavia M. Barros Fabre, Henrique Subi,
Sebastião Edilson Gomes e Wander Garcia*
1. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Está correto o que se afirma APENAS em
1.1. CONTROLE DO LEGISLATIVO E DO TRIBUNAL
DE CONTAS
(Analista – TRT/14ª – 2011 – FCC) O controle legislativo da
Administração é
(A) I.
(B) I e II.
(C) II.
(D) II e III.
(E) III.
A: incorreta, pois o Legislativo tem independência para realizar esse
controle, previsto na Constituição Federal (arts. 70 e 71); B: incorreta,
pois, se o controle é legislativo, ele é da competência do Legislativo, que,
diga-se passagem, recebe o auxílio dos Tribunais de Contas (art. 71 da
CF); C: correta, conforme o disposto no art. 70 da CF; D: incorreta, pois
o controle legislativo controla a legalidade (além da legitimidade e da
economicidade), sendo incorreto dizer que é um controle só de mérito,
ou seja, de aspectos de conveniência e oportunidade; E: incorreta, pois
não é qualquer ato do Executivo que está sujeito a controle; há questões
de mérito administrativo que não podem ser controladas pelo Legislativo.
Gabarito “C”
(Analista – TRT/20ª – 2011 – FCC) Analise as seguintes assertivas
acerca do Controle da Administração Pública, especificamente sobre o Controle Legislativo:
I.
O controle que o Poder Legislativo exerce sobre a
Administração Pública tem que se limitar às hipóteses
previstas na Constituição Federal.
II. As Comissões Parlamentares de Inquérito têm poderes
de investigação próprios das autoridades judiciais, além
de outros, como, por exemplo, o poder sancionatório.
III. O Controle Legislativo envolve dois tipos de controle:
o político e o financeiro; o controle político, como
a própria nomenclatura evidencia, abrange apenas
aspectos de mérito, e não de legalidade.
I: correta (art. 70 da CF); II: incorreta, pois as CPIs não tem poder de
aplicar sanções, mas apenas de investigação (art. 58, § 3º, da CF);
III: incorreta, pois o controle legislativo controla a legalidade (além
da legitimidade e da economicidade), sendo incorreto dizer que é um
controle de mérito, e não de legalidade.
(Analista – TRT/8ª – 2010 – FCC) O controle legislativo dos atos
do Poder Executivo, em matéria contábil, financeira e
orçamentária, é exercido pelo Poder Legislativo
(A) por meio de seus auditores.
(B) com autorização do Poder Judiciário.
(C) com auxílio do Tribunal de Contas.
(D) com auxílio do Ministério Público.
(E) por meio de comissões parlamentares de inquérito.
Art. 71, caput, da CF.
Gabarito “C”
ou legitimado devendo ser submetido previamente ao
Judiciário para fins de questões referentes à legalidade.
(B) próprio do Poder Público, visto seu caráter técnico e,
subsidiariamente, político, com abrangência em todas
as situações e sem limites de qualquer natureza legal.
(C) um controle externo e político, motivo pelo qual
pode-se controlar os aspectos relativos à legalidade
e à conveniência pública dos atos do Poder Executivo
que estejam sendo controlados.
(D) sempre um controle subsequente ou corretivo, mas
restrito à conveniência e oportunidade dos atos do
Poder Executivo objetos desse controle e de efeitos
futuros.
(E) exercido pelos órgãos legislativos superiores sobre
quaisquer atos praticados pelo Poder Executivo, mas
vedado o referido controle por parte das comissões
parlamentares.
Gabarito “A”
(A) exercido sempre mediante provocação do cidadão
(Analista – TRT/9ª – 2010 – FCC) No que diz respeito ao controle
da Administração, é CORRETO afirmar:
(A) Controle administrativo é o poder de fiscalização
e correção que a Administração Pública exerce
sobre sua própria atuação, assim ocorrendo apenas
mediante provocação do administrado.
(B) O controle legislativo é exercido, no âmbito estadual,
pela Assembleia Legislativa, vedada a instituição de
Comissão Parlamentar de Inquérito.
(C) O mandado de injunção tem recebido nova interpretação constitucional, não se limitando à declaração
da existência da mora legislativa para a edição da
norma regulamentadora, admitindo-se ao Judiciário
assegurar, concretamente, o exercício do direito
individualizado pela falta da norma.
(D) A Constituição atribuiu à CPI poderes de investigação,
como convocar e obrigar testemunhas a comparecerem para depor e ordenar a quebra de sigilo bancário,
fiscal e telefônico, esta última (quebra do sigilo telefônico) sujeita à prévia autorização judicial.
(E) É cabível mandado de segurança contra atos de gestão
comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedades de economia mista e de
concessionárias de serviço público.
* Georgia Renata Dias comentou as questões dos seguintes concursos: Analista: TRT/2ªREG/14, TRT/16ªREG/14, TRT/19ªREG/14,
TRF/3ªREG/14, TRT/12ª/13, TRT/18ª/13; Ivo Shigueru Tomita comentou as questões dos seguintes concursos: Técnico: TRT/2ªREG/2014,
TRF/3ªREG/2014, TRT/19ªREG/2014, TRT12/13, TRT18/13; Flavia M. Barros Fabre comentou as questões do concurso: Cartório;
Sebastião Edilson Gomes comentou as questões do concurso: Agente de Polícia; Wander Garcia comentou as questões dos seguintes
concursos: Procuradorias, Magistraturas, Ministério Público Estadual, Tribunais Técnico, Defensoria, Analista, MPU, Delegado,
Advogado; Henrique Subi e Wander Garcia comentaram as questões do concurso: Fiscais.
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112
GEORGIA DIAS, IVO TOMITA, FLAVIA M. FABRE, HENRIQUE SUBI, SEBASTIÃO GOMES E WANDER GARCIA
A: incorreta, pois o controle administrativo interno deve se dar de modo
permanente e de ofício pela própria Administração; B: incorreta, pois as
CPIs também podem ser instaladas nas esferas estadual e municipal;
C: correta, pois, atualmente, o STF vem adotando posição concretista;
um exemplo disso foi o que aconteceu com relação à greve e à aposentadoria especial dos servidores públicos; em vez de simplesmente
declarar a mora legislativa, o STF, nos mandados de injunção relativos a
esses dois casos, resolveu dizer que os direitos poderiam ser aplicados
imediatamente, adotando-se como regulamentação as leis que tratam
desses institutos para os trabalhadores da esfera privada, até que
sobrevenha uma lei específica para esses dois casos: D: incorreta, pois
a quebra de sigilo, desde que devidamente motivada, pode ser feita por
uma CPI, que tem poderes instrutórios de uma autoridade judiciária; E:
incorreta, pois tais atos não são considerados atos de autoridade para
fins de cabimento de mandado de segurança.
Gabarito “C”
Consoante jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório
e a ampla defesa
(Magistratura/PE – 2011 – FCC)
(A) desde que demanda idêntica seja levada, concomi-
tantemente, pelo interessado, à apreciação judicial.
(B) quando da decisão puder resultar anulação de ato
administrativo que beneficie o interessado, sem exceções, mas excluídas as hipóteses de revogação de ato.
(C) quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado,
excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.
(D) quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado,
sem exceções.
(E) em quaisquer procedimentos.
Vide a Súmula Vinculante 3 do STF: “Nos processos perante o Tribunal
de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa
quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão”.
apreciar os aspectos reservados à apreciação subjetiva
da Administração pública, conhecidos como mérito
(oportunidade e conveniência).
III. Há invasão do mérito do ato administrativo quando
o Poder Judiciário analisa os motivos alegados para a
prática do ato.
IV. Os atos políticos estão sujeitos à apreciação jurisdicional, desde que causem lesão a direitos individuais
ou coletivos.
No que concerne ao controle judicial dos atos administrativos, está correto o que consta APENAS em
(A) II,III e IV.
(B) I, II e III.
(C) II e III.
(D) I e IV.
(E) I.
I: correta, quanto ao controle dos atos vinculado, não existe restrição.
Quanto ao controle dos atos discricionários, “o Poder Judiciário pode
apreciar os aspectos da legalidade e verificar se a administração não
ultrapassou os limites da discricionariedade” (DI PIETRO, Maria Sylvia
Zanella. Direito administrativo. 25. ed. São Paulo: Atlas, 2012. p. 224); II:
incorreta, “não pode o poder judiciário invadir esse aspecto reservado,
pela lei, ao administrador, pois, caso contrário, estaria substituindo, por
seus próprios critérios de escolha, a opinião legítima feita pela autoridade
competente com base em razões de oportunidade e conveniência que
ela, melhor do que ninguém, pode decidir diante do caso concreto (Idem,
ibidem); III: incorreta, “quando a Administração indica os motivos que a
levaram a praticar o ato, este somente será válido se os motivos forem
verdadeiros. Para apreciar esse aspecto, o Judiciário terá que examinar
os motivos, ou seja, os pressupostos de fato e a prova de sua ocorrência”
(Idem, p. 225); IV: correta, “a doutrina já se pacificou no sentido de que
mesmo tais atos são sujeitos a controle pelo Judiciário quando ofendem
direitos individuais ou coletivos, por estarem eivados de algum vício de
legalidade ou constitucionalidade. Aqui o problema não diz respeito ao
conteúdo e ao motivo dos atos, mas sim a elementos que não podem deixar
de ser fiscalizados, porque nesse caso preleva o princípio da legalidade e da
supremacia da constituição (CARVALHO FILHO, José dos Santos, Vicente.
Manual de Direito Administrativo. 27 ed. São Paulo: Atlas, 2014. p. 1081).
Gabarito “C”
Gabarito “D”
(Auditor Fiscal/Jaboatão dos Guararapes-PE – 2006 – FCC) Considere:
I. As contas anuais prestadas pelo Chefe do Poder Executivo.
II. As contas dos administradores da Administração
Indireta.
III. A legalidade dos atos de admissão de pessoal.
O controle exercido pelo Tribunal de Contas sobre I, II e
III, respectivamente, possui natureza
(A) opinativa, decisória e decisória.
(B) decisória, decisória e decisória.
(C) opinativa, opinativa e opinativa.
(D) opinativa, opinativa e decisória.
(E) decisória, decisória e opinativa.
I: o Tribunal de Contas deve “apreciar” o que equivale a “opinar” (art. 71,
I, da CF/1988); II: o Tribunal de Contas deve “julgar” o que equivale a
“decidir” (art. 71, II, da CF/1988); III: o Tribunal de Contas deve “apreciar,
para fins de registro” o que equivale a “decidir” (art. 71, III, da CF/1988).
Gabarito “A”
1.2. CONTROLE PELO JUDICIÁRIO
(Analista – TRT/19ª Região – 2014 – FCC) Considere:
I.
II. Em situações excepcionais, o Poder Judiciário poderá
O Poder Judiciário pode examinar os atos da Administração pública, de qualquer natureza, mas sempre
sob o aspecto da conformidade ao Direito.
(Analista – TRT/6ª – 2012 – FCC) Um dos instrumentos existentes
para o exercício do controle judicial da atividade administrativa é a ação popular, sendo correto afirmar que
(A) determina a integração obrigatória, no polo passivo
da lide, da pessoa jurídica de direito público da qual
emanou o ato impugnado.
(B) determina a integração obrigatória, no polo ativo da
lide, da pessoa de direito público da qual emanou o
ato impugnado.
(C) pressupõe a comprovação da lesão ao patrimônio
público, não sendo suficiente a lesão à moralidade
administrativa.
(D) somente pode ser intentada por cidadão no gozo dos
direitos políticos.
(E) pode ser intentada por qualquer cidadão brasileiro,
nato ou naturalizado, e pelo Ministério Público.
A: incorreta, pois a pessoa jurídica cujo ato seja objeto de impugnação
poderá abster-se de contestar o pedido (ou seja, não se integrar ao polo
passivo da lide) ou poderá atuar ao lado do autor (ou seja, integrar-se
ao polo ativo da lide), nos termos do art. 6º § 3º, da Lei 4.717/1965; B:
incorreta, pois a pessoa jurídica poderá ficar no polo passivo (polo da
qual, a princípio, constará – art. 6º, caput, da Lei 4.717/1965), poderá se
abster de integrar da lide e, como terceira opção, poderá integrar o polo
ativo da lide (art. 6º, caput, da Lei 4.717/1965); C: incorreta, pois cabe
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4. DIREITO ADMINISTRATIVO
(A) Os atos interna corporis, em regra, são apreciados
pelo Poder Judiciário.
(B) Os atos políticos não são passíveis de apreciação pelo
Poder Judiciário.
(C) Ambos podem ser apreciados pelo Poder Judiciário
se causarem lesão a direitos individuais ou coletivos.
(D) Apenas os atos políticos podem ser apreciados pelo
Poder Judiciário, desde que causem lesão a direitos
individuais ou coletivos.
(E) Apenas os atos interna corporis podem ser apreciados pelo Poder Judiciário, desde que causem lesão a
direitos individuais ou coletivos.
Como regra, os atos políticos e os atos interna corporis, como as decisões de Casas Legislativos relativas ao seu regimento interno, não são
passíveis de controle pelo Judiciário, face à grande discricionariedade
existente e também ao princípio da separação dos poderes. Todavia,
quando tais decisões puderem causar lesão a direitos individuais ou
coletivos, caberá controle judicial, em virtude do princípio da inafastabilidade da jurisdição (art. 5º, XXXV, da CF).
Gabarito “C”
O mandado de segurança,
como instrumento de controle judicial da Administração,
tem cabimento, dentre outras hipóteses, contra
(Analista – TRE/AC – 2010 – FCC)
(A) coisa julgada, pois é remédio constitucional para
assegurar direito líquido e certo.
(B) lei em tese, inclusive decretos, regulamentos, instru-
ções normativas ou atos equivalentes.
(C) ato de que caiba recurso administrativo com efeito sus-
pensivo, mesmo que o interessado o tenha interposto.
(D) atos ou condutas ilegais atribuídas ao Poder Público
ou a agentes de pessoas jurídicas privadas, no exercício de função delegada.
(E) atos interna corporis, em qualquer hipótese, porque
nenhuma lesão ou ameaça a direito pode ser subtraída
da apreciação do Poder Judiciário.
A: incorreta (art. 5º, III, da Lei 12.016/2009); B: incorreta (Súmula 266
do STF); C: incorreta (art. 5º, I, da Lei 12.016/2009); D: correta (art. 1º,
§ 1º, parte final, da Lei 12.016/2009); E: incorreta, pois os atos interna
corporis, que são aqueles que dizem respeito à mera regulamentação
interna de certos órgãos, não são, como regra, passíveis de qualquer
controle pelo Judiciário, inclusive o controle por mandado de segurança.
Gabarito “D”
(Procurador do Município/Teresina-PI – 2010 – FCC) No que diz
respeito ao Controle Judicial da Administração, é correto
afirmar:
(A) Consoante prescreve a Lei da Ação Civil Pública,
sociedade de economia mista não detém legitimidade
para a propositura de ação civil pública.
(B) Não é sujeito passivo de habeas data entidade particular que detém dados sobre determinada pessoa,
destinados a uso público, como, por exemplo, a que
mantém cadastro de devedores.
assumir a defesa do ato impugnado.
(D) Equiparam-se às autoridades coatoras, para os efeitos
da Lei do Mandado de Segurança, os órgãos de partidos políticos.
(E) Os direitos protegidos pelo mandado de segurança
coletivo são somente os coletivos, assim entendidos
os transindividuais, de natureza indivisível, de que seja
titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou
com a parte contrária por uma relação jurídica básica.
A alternativa “D” indica o previsto no art. 1º, § 1º, da Lei do Mandado
de Segurança (12.016/2009).
2. OUTROS TEMAS E TEMAS COMBINADOS DE
DIREITO ADMINISTRATIVO
Diante de real demanda
de pessoal na Administração direta e indireta, o Chefe do
Executivo de determinado ente federado editou decreto
criando número bastante relevante de cargos os quais
deveriam ser preenchidos por meio de concurso público,
regra expressa da Constituição Federal.
(Técnico – TRT/2ª Região – 2014 – FCC)
A conduta adotada pelo Governador
(A) não é compatível com a norma constitucional, que
exige lei para criação de cargos, por meio da qual são
definidas as atribuições e padrões de remuneração
dessas unidades de poderes e deveres estatais.
(B) é regular e válida desde que tenham sido especificadas
as atribuições e padrões de remuneração para cada
natureza de função a ser desenvolvida.
(C) não é compatível com a norma constitucional,
que exige convalidação por medida provisória que
demonstre a disponibilidade de recursos e o interesse
público na conduta.
(D) é inconstitucional, tendo em vista que a atividade de
criação de cargos depende de autorização legislativa
ou de autorização judicial, mediante provocação do
Chefe do Executivo.
(E) é regular e válida, caso reste demonstrada a disponibilidade orçamentária para esse incremento de
A Constituição Federal estabelece que são de iniciativa privativa do
Presidente da República as leis que disponham sobre a criação de
cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração. Conclui-se, portanto, que a
conduta do Governador não é compatível com a norma constitucional,
uma vez que o Decreto não é o meio normativo correto para a criação
de cargos, devendo, assim, o candidato assinalar a alternativa "A".
Gabarito “A”
Gabarito “D”
Sobre o Controle Judicial,
especificamente no que diz respeito aos atos políticos e
aos atos interna corporis, é correto afirmar:
(Analista – TRT/20ª – 2011 – FCC)
(C) Na ação popular, é facultado ao Ministério Público
Gabarito “D”
ação popular em quatro casos (lesão ao patrimônio público, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural),
cada caso suficiente por si só para que ingresse com ação popular (art.
5º, LXXIII, da CF); D: correta (art. 1º, caput e § 3º, da Lei 4.717/1965); E:
incorreta, pois só pode ser intentada por cidadão com gozo dos direitos
políticos, não podendo ser intentada pelo Ministério Público.
113
O princípio da vinculação ao
instrumento convocatório
(A) aplica-se somente aos licitantes, vez que estes não
podem deixar de atender os requisitos do instrumento
convocatório.
(B) é princípio básico das licitações, no entanto, sua
inobservância não enseja a nulidade do procedimento
licitatório.
(C) tem por objetivo evitar que a Administração Pública
descumpra as normas e condições do edital, ao qual
se acha estritamente vinculada.
(D) permite à Administração Pública, excepcionalmente,
aceitar proposta com eventual inobservância às condições estabelecidas no edital, desde que mais favorável
ao interesse público.
(Técnico – TRE/CE – 2012 – FCC)
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
GEORGIA DIAS, IVO TOMITA, FLAVIA M. FABRE, HENRIQUE SUBI, SEBASTIÃO GOMES E WANDER GARCIA
(E) não está expressamente previsto na Lei de Licitações
(Lei 8.666/1993), porém caracteriza-se como um dos
mais importantes princípios das licitações.
A: incorreta, pois a Administração também é vinculada ao edital; B:
incorreta, pois, violado o princípio, tem-se caso de nulidade, valendo
lembrar que a violação de um princípio é mais grave que a violação de
uma regra; C: correta, valendo salientar que o princípio está previsto
no art. 3º, caput, da Lei 8.666/1993; D: incorreta, pois o edital deve
ser rigorosamente obedecido; E: incorreta, pois está expressamente
previsto no art. 3º, caput, da Lei 8.666/1993.
Gabarito “C”
(Analista – TRT9 – 2012 – FCC) O Poder Público adquiriu um
imóvel para instalação de diversas repartições públicas,
vinculadas a distintas Secretarias de Estado. Haverá
grande fluxo de servidores e de administrados no local.
No térreo do imóvel funcionava uma lanchonete, que
tinha contrato firmado com o antigo proprietário. O dono
desse estabelecimento pretende manter a exploração no
local, razão pela qual propôs ao administrador responsável pelo prédio que fosse firmado vínculo contratual
diretamente com o ente público. A proposta
(A) não poderá ser atendida porque a contratação preten-
dida dependeria de licitação, salvo se o ente público
proprietário do imóvel for empresa pública, dispensada da observância desse procedimento porque se
submete a regime jurídico de direito privado.
(B) poderá ser atendida até o término do contrato que
vigia entre o dono do estabelecimento e o antigo proprietário, uma vez que o novo adquirente do imóvel
deve respeitar os contratos em curso.
(C) poderá ser atendida, na medida em que a prorrogação
do vínculo com o estabelecimento atende ao interesse
público, representado pelo grande número de servidores e
de administrados que frequentará o local, demandando a
disponibilização de serviços de suporte a essa ocupação.
(D) não poderá ser atendida, na medida em que o ente
público está obrigado a licitar o uso dos espaços
públicos, ciente de que seria possível estabelecer
competição entre os diversos interessados na exploração da atividade.
(E) poderá ser atendida, uma vez que o adquirente do
imóvel sub-roga-se integralmente nos direitos do
antigo proprietário do imóvel, podendo, no entanto,
promover a alteração do contrato, que passa a ser
regido pelo regime jurídico de direito público.
A: assertiva incorreta, pois a licitação é de rigor no caso, inclusive em se
tratando de imóvel de empresa estatal, pois esta, em relação às contratações relacionadas à sua atividade-meio, é obrigada a celebrar certame
licitatório; B: assertiva incorreta, pois a supremacia do interesse público
sobre o privado e o caráter de aquisição originária da propriedade quando
se tem desapropriação fazem com que o Poder Público tenha direito
de não respeitar o contrato em curso, sem prejuízo de eventualmente
ter de pagar uma indenização por conta da perda do ponto comercial,
face à responsabilidade objetiva estatal; C: assertiva incorreta, pois,
em que pese ser verdade que há conveniência na manutenção de um
estabelecimento dessa natureza no local, os princípios da isonomia,
da legalidade e da moralidade impõem a realização de licitação para a
escolha da empresa que fará tal exploração de atividade econômica no
local; D: assertiva correta, nos termos do comentário à alternativa anterior; E: assertiva incorreta, pois, de um lado, tem-se, na desapropriação,
aquisição originária da propriedade, a afastar do bem qualquer tipo de
vínculo anteriormente existente, e, de outro, tem-se o dever de licitar no
caso, face aos princípios da isonomia, da legalidade e da moralidade.
(Defensor Público/AM – 2013 – FCC) A Emenda Constitucional nº
19, de 4 de junho de 1998, trouxe uma série de alterações
nos dispositivos constitucionais referentes à Administração Pública, no bojo do que veio a ser alcunhado de
Reforma Administrativa, baseada no chamado Modelo
Gerencial de Administração Pública. Trata-se de medida
introduzida por essa Emenda:
(A) previsão de órgão regulador para os serviços de tele-
comunicação que sejam explorados por terceiros,
mediante autorização, concessão ou permissão.
(B) flexibilização do monopólio estatal do petróleo,
permitindo a contratação de empresas estatais ou
privadas para exercer as atividades regidas pelo regime
de monopólio, sob as condições previstas em lei e
mediante regulação de órgão específico.
(C) fim da chamada paridade entre proventos aposentados
e pensionistas e vencimentos de servidores em atividade, determinando o reajustamento dos benefícios,
conforme critérios estabelecidos em lei, visando a
manutenção do seu valor real.
(D) atribuição de competência privativa ao Presidente
da República para, mediante decreto, dispor sobre
a organização e funcionamento da administração
federal, quando não implicar aumento de despesa
nem criação ou extinção de órgãos públicos.
(E) flexibilização da estabilidade dos servidores titulares
de cargo efetivo, com a previsão de perda do cargo em
decorrência de avaliação periódica de desempenho, na
forma de lei complementar, assegurada a ampla defesa.
A: incorreta, pois não há tal previsão na EC 19/1998; B: incorreta, pois não
há tal previsão na EC 19/1998; esse assunto foi regulado pela EC 9/1995
(art. 177, § 1º e § 2º da CF); C: incorreta, pois tal assunto foi regulado na
EC 41/2003, conforme art. 40, § 8º, da CF; D: incorreta, pois a autorização
para o Prefeito dispor sobre essa material por decreto não permite que
tal se dê em caso de aumento de despesa ou criação ou extinção de
órgãos públicos (art. 84, VI, da CF); E: correta (art. 41, § 1º, III, da CF).
Gabarito “E”
114
3. LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO
(Procurador Legislativo – Câmara de Vereadores de São Paulo/SP – 2014 – FCC)
A Lei de Acesso à Informação − Lei Federal nº 12.527/2011
– exige a divulgação sponte propria, pelos órgãos públicos,
de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas, o que vem sendo denominado de
“transparência ativa”. O art. 8º da Lei estabelece um rol de
informações que obrigatoriamente devem ser divulgadas,
independentemente de requerimento. Dentre as informações mencionadas nesse rol, NÃO consta:
(A) registros das despesas.
(B) registros de quaisquer repasses ou transferências de
recursos financeiros.
(C) respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.
(D) informações concernentes a procedimentos licitató-
rios, inclusive os respectivos editais e resultados, bem
como a todos os contratos celebrados.
(E) informações sobre os procedimentos disciplinares instaurados, concluídos e punições aplicadas a agentes
públicos.
A: incorreta, pois consta nesse rol (art. 8º, § 1º, III, da Lei 12.527/2011);
B: incorreta, pois consta nesse rol (art. 8º, § 1º, II, da Lei 12.527/2011);
C: incorreta, pois consta nesse rol (art. 8º, § 1º, VI, da Lei 12.527/2011);
D: incorreta, pois consta nesse rol (art. 8º, § 1º, IV, da Lei 12.527/2011);
E: correta, pois não consta nesse rol, na Lei 12.527/2011.
Gabarito “E”
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Gabarito “D”
5. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Robinson Sakiyama Barreirinhas
1.1. SELEÇÃO, RECRUTAMENTO, ADMISSÃO
(Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) Uma organização está passando por uma profunda revisão de sua
missão, em função de uma nova visão do futuro, gerada
pela avaliação da direção de que sua área de atuação vai
sofrer grandes transformações no médio prazo. Isto implicará em uma reestruturação das carreiras e cargos, além
de uma ampla revisão das competências requeridas. São
modelos de recrutamento e de seleção mais adequados
para as necessidades dessa organização, respectivamente,
(A) externo e de colocação.
(B) interno e de seleção.
(C) interno e de classificação.
(D) o misto e de classificação.
(E) externo e situacional.
Os meios de recrutamento são (a) interno, dentre os funcionários da
própria organização, (b) externo, com candidatos de fora da organização, e (c) misto, abrangendo pessoas de dentro e de fora. Os modelos
de seleção são (i) colocação, quando há apenas um candidato para a
única vaga, (ii) seleção, com vários candidatos para a mesma vaga e
(iii) classificação, quando há diversos candidatos para cada vaga e
várias vagas para cada candidato (Chiavenato). A assertiva indica o
meio e o modelo mais amplos, considerando a grande reformulação
da organização, de modo que a alternativa “D” é a correta.
Gabarito “D”
1.2. TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
O treinamento tem como objetivo a preparação das pessoas para a
execução imediata de diversas tarefas peculiares à organização. Somente um diagnóstico preciso das necessidades
da organização pode indicar qual tipo de treinamento é o
mais adequado. No caso de uma organização que precisa
desenvolver de forma integrada a competência técnica,
administrativa e comportamental de seus funcionários, o
tipo de treinamento recomendável é
(Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
(A) o comportamental.
(B) o técnico-operacional.
(C) o organizacional.
(D) o gerencial.
(E) de integração.
O treinamento de integração é oferecido aos novos trabalhadores, que
ingressam na organização. O treinamento técnico-operacional busca a
capacitação específica para atuação no cargo. O treinamento gerencial
busca a capacitação para a gestão da organização, com desenvolvimento
das competências técnica, administrativa e comportamental. O treinamento comportamental visa a aprimorar as relações humanas, interpessoais na organização. Por essas razões, a alternativa “D” é a correta.
Gabarito “D”
1.3. AVALIAÇÃO E GESTÃO DE DESEMPENHO
(Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) A gestão
de desempenho faz parte de um processo maior de gestão
organizacional visando a continuidade e a sustentabili-
dade da organização em ambientes dinâmicos e turbulentos. Pode-se, então, dizer que a gestão de desempenho:
(A) envolve todos os funcionários num processo contínuo
de mútua avaliação entre os níveis hierárquicos e,
mesmo, entre membros da organização e seus clientes.
(B) compreende a definição de metas financeiras, a
atribuição individualizada de responsabilidades aos
funcionários e a cobrança periódica de resultados.
(C) consiste em um processo contínuo e integrado de
atividades que compreende a definição de metas
e objetivos; recursos necessários e indicadores de
desempenho; o acompanhamento das atividades e a
avaliação dos resultados.
(D) consiste na análise integrada dos pontos fortes e fracos
da organização, das oportunidades e das ameaças
externas, resultando na elaboração de um cenário dentro do qual é avaliado o desempenho da organização.
(E) tem como objetivo avaliar o desempenho da organização em relação a quatro fatores: o financeiro,
os clientes, os processos internos e o aprendizado e
crescimento.
A assertiva “C” descreve adequadamente a gestão de desempenho.
Gabarito “C”
1. RECURSOS HUMANOS
(Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) A departamentalização funcional tende a transferir todas as
decisões para o topo da hierarquia, resultando em concentração de responsabilidades e lentidão. O trabalho
em equipe tem sido utilizado frequentemente como
recurso para tornar mais ágil e eficaz o desempenho em
organizações de todos os tipos. Assinale a alternativa
que identifica corretamente características do trabalho
em equipe.
(A) O trabalho em equipe exige elevada disciplina, senso
de hierarquia e disposição de sacrifício dos membros
em relação às decisões do líder.
(B) Uma equipe de trabalho eficaz baseia-se na confiança
de cada um em sua competência individual. Quando
cada um faz o que considera mais adequado, o trabalho tende a se harmonizar de forma espontânea, sem
a necessidade de uma liderança forte.
(C) No trabalho em equipe, as habilidades de cada um
são complementares, os conflitos são resolvidos pelo
diálogo e a liderança se afirma pela confiança dos
demais na sua competência para conduzir a equipe.
(D) O elemento central do trabalho em equipe é o planejamento, a capacidade de se antecipar a todas as
possibilidades. O verdadeiro líder de equipe é aquele
que controla todas as variáveis internas, evitando os
conflitos e externas, eliminando as incertezas.
(E) O trabalho em equipe só funciona quando o líder
compreende as necessidades de cada membro e
procura satisfazê-las. Isto evita insatisfações, conflitos
internos e o surgimento de competição em torno da
liderança.
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116
ROBINSON SAKIYAMA BARREIRINHAS
A: incorreta, pois hierarquia, disciplina e subordinação ao líder não são
caracterizadoras do trabalho em equipe; B: incorreta, pois é preciso
coordenação, o que vai contra afirmação de que cada membro da
equipe faz o que considera mais adequado; C: correta, pois indica
adequadamente as características ideais de uma equipe de trabalho;
D: incorreta, pois líder nenhum consegue controlar todas as variáveis
internas e externas, muito menos antecipar todas as possibilidades;
E: embora essas características do líder sejam desejáveis, é incorreto
afirmar que o trabalho só funciona nessas condições, até porque o foco
deve se a coordenação e atingimento dos objetivos.
(A) aprendizagem em equipe.
(B) domínio pessoal.
(C) visão compartilhada.
(D) modelos mentais.
(E) pensamento sistêmico.
Peter Senge é famoso pela definição de “modelos mentais”, como
pressupostos arraigados, generalizações que orientam nossa percepção do mundo e o modo como agimos. Por essa razão, a alternativa
“D” é a correta.
Gabarito “C”
Gabarito “D”
1.4
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
a) Fisiológicas
I. atividades esportivas, laser e
associativismo.
b) Segurança
II. treinamento e reconhecimento
profissional.
c) Social
III. participação nas decisões e
autonomia.
d) Estima
IV. estabilidade no emprego e
aposentadoria.
e) Autorrealização
V. salário e benefícios.
Assinale a opção que apresenta a correlação correta
entre as colunas.
(A) a-V; b-IV; c-I; d-II; e-III.
(B) a-V; b-I; c-IV; d-II; e-III.
(C) a-IV; b-V; c-II; d-I; e-III.
(D) a-V; b-I; c-IV; d-III; e-II.
(E) a-I; b-V; c-IV; d-II; e-III.
A alternativa “A” indica a correlação correta, conforme a seguinte tabela:
Níveis de necessidades Maslow
Fatores motivacionais Herzberg
Fisiológicas
salário e benefícios
Segurança
estabilidade no emprego e aposentadoria
Social
atividades esportivas, laser e associativismo
Estima
treinamento e reconhecimento profissional
Autorrealização
participação nas decisões e autonomia
Gabarito “A”
1.5. OUTROS TEMAS DE RECURSOS HUMANOS
No processo de aprendizagem organizacional de Peter Senge,
crenças, atitudes e percepções a respeito de clientes,
produtos, ambiente, funcionários e outros aspectos da
organização são denominados:
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
Likert
definiu que as variáveis que refletem o estado interno
da organização e do seu pessoal e caracterizam a identificação dos recursos humanos com a organização são
denominadas
(A) estratégicas.
(B) causais.
(C) finais.
(D) culturais.
(E) intervenientes.
Esse fatores interferem no clima organizacional, nos resultados finais,
razão pela qual Likert os denominou variáveis intervenientes. Por essa
razão, a alternativa “E” é a correta.
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) De acordo
com Etzioni, cada tipo de organização é definido pelo
tipo de poder exercido sobre as pessoas. O tipo de
organização onde se exerce o poder manipulativo é
denominado:
(A) utilitário.
(B) coercitivo.
(C) normativo.
(D) dual compliance.
(E) compliance.
A classificação de Etzioni, pelo critério do poder exercido sobre as
pessoas, indica organizações (a) coercitiva (alienatório), cujo poder
é imposto pela força e punições, (b) utilitárias (poder manipulativo),
baseada no controle dos incentivos econômicos, especialmente a
remuneração, e (c) normativas (moral), cujo poder parte de consenso
sobre objetivos e métodos. Por essa razão, a alternativa “A” é a correta.
Gabarito “A”
Sabe-se
que motivação para o trabalho gera sentimento de realização e, portanto, comprometimento com os objetivos
da organização. Pesquisas indicam que funcionários com
baixos níveis de motivação mobilizam menos de 10% de
sua capacidade produtiva. Na coluna da esquerda estão
identificadas a necessidades essenciais a serem satisfeitas,
segundo a Teoria da Hierarquia das Necessidades de
Maslow e na da direita os fatores motivacionais, segundo
a Teoria da Motivação-Higiene de Herzberg.
Gabarito “E”
MOTIVAÇÃO
(Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
Assinale,
entre as alternativas abaixo, aquela que define a diretriz
mais adequada para uma política de recursos humanos
de caráter estratégico.
(Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
(A) Introdução da gestão por competências, visando a
especialização funcional e o fortalecimento dos níveis
hierárquicos da organização.
(B) Alinhamento e integração da política de RH ao planejamento estratégico da organização.
(C) Implantação de uma estratégia de gestão de pessoas,
onde cada um será incentivado a desenvolver seu
potencial individual, independente de um planejamento estratégico comum a toda a organização.
(D) Fortalecimento do RH, através da especialização do
setor de recrutamento e seleção, tornando-o menos
dependente do setor financeiro.
(E) Descentralização da política de RH, visando atribuir
o máximo de autonomia na gestão de pessoas para
cada departamento da organização.
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5. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
do Estado da Bahia instituiu recentemente um modelo
gerencial de recursos humanos que estabelece a remuneração variável como princípio básico da remuneração
dos servidores públicos e de ascensão nas carreiras.
Este modelo pressupõe a definição de um conjunto de
conhecimentos, habilidades e atitudes indispensáveis
ao exercício de um cargo ou função, definidas a partir
da visão estratégica de estado, da análise do cargo e
mapeamento desses atributos, assim como a sistemática
de evolução na carreira, mediante comprovação de que
o ocupante efetivamente as possui.
Neste caso, trata-se da aplicação de um modelo de:
(A) Downsizing.
(B) Gestão de Qualidade Total.
(C) Job Enrichment.
(D) Empowerment.
(E) Gestão por Competências.
A assertiva descreve caso de gestão por competências, com identificação daquelas importantes para cada cargo ou função e também
identificação e qualificação das pessoas para ocupá-lo. Por essa razão,
a alternativa “E” é a correta.
Gabarito “E”
Toda
organização baseia suas atividades em uma determinada
estrutura de cargos. Se uma organização iniciar um
processo de reestruturação de suas atividades, ela será
obrigada a desenhar novos cargos adequados a esse novo
perfil de atividades.
(Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
Assinale sequencialmente se falsa (F) ou verdadeira (V) as
seguintes afirmativas sobre o desenho de cargos e marque
a alternativa correta.
– No desenho de um cargo devemos distinguir as tarefas,
as atribuições e as funções que o compõem.
– Desenho de cargos é um processo que consiste em
enumerar as tarefas ou atribuições que o compõem
e que o tornam distinto de todos os outros existentes
na organização.
– Desenho de cargos deve incluir a definição do conteúdo, dos métodos e processos de trabalho, assim como
as relações de subordinação e supervisão associadas
ao cargo.
– Desenho de um cargo é a última etapa de um processo
que inclui, em primeiro lugar, a descrição do cargo e,
em segundo lugar, a análise do impacto desse novo
cargo no organograma da organização.
– No desenho de um cargo devemos levar em conta,
em primeiro lugar, a remuneração desejada, depois a
qualificação exigida e, por último, a sua posição no
organograma da organização.
1: correta, considerando que (a) tarefa e atribuição são atividades
individualizadas, (b) função é um conjunto sistematizado de tarefas
ou atribuições realizadas reiteradamente, e (c) cargo é o conjunto de
funções com posição definida na estrutura organizacional; 2: incorreta,
pois pode haver diversos cargos com as mesmas características na
organização (não são necessariamente distintos); 3: correta, indicando
adequadamente características do desenho do cargo; 4: incorreta, pois o
desenho do cargo abrange sua descrição e a análise do impacto no organograma; 5: incorreta, pois o desenho do cargo inicia-se com a definição
do seu conteúdo (quais as tarefas ou atribuições correspondentes).
(Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) As primei-
ras tentativas de solucionar o problema da remuneração
fixa em ambientes dinâmicos ocorreram na década de
1970. A principal mudança na forma de remuneração
teve como base
(A) a transferência do foco de análise do cargo para as
pessoas, resultando no pagamento por habilidades
quando se trata de atividades de nível operacional e
o pagamento por competências no caso de atividades
não operacionais.
(B) a priorização da estrutura de carreiras e cargos e não
das pessoas, criando uma sistemática de remuneração
hierarquizada e estável.
(C) o foco na produtividade individual, tendo como
resultado a substituição das formas de remuneração
fixas pela remuneração variável.
(D) o foco nas qualificações pessoais de cada funcionário,
gerando uma estrutura matricial de remuneração com
a eliminação das hierarquias e níveis de especialização funcional.
(E) a reengenharia de processos, o que resultou na
descentralização e fragmentação da estrutura de
remuneração baseada em cargos.
A assertiva “A” indica corretamente a evolução da remuneração pelos
cargos para aquela individualizada. Importante ressaltar que, mais
modernamente, a foco na produtividade, com atingimento de metas,
é bastante relevante.
Gabarito “A”
Gabarito “B”
(Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) O Governo
(A) V, F, V, F e F.
(B) F, V, V, F e F.
(C) V, V, F, V e F.
(D) F, F, V, V e F.
(E) V, V, F, F e V.
Gabarito “A”
A: incorreta, pois a gestão por competências não implica fortalecimento de níveis hierárquicos; B: correta, pois a gestão estratégica dos
recursos humanos deve ser integrada ao planejamento estratégico da
organização; C: incorreta, conforme comentário à alternativa anterior;
D: incorreta, pois o ideal é a interação e colaboração entre os setores
da organização; E: embora a afirmação seja adequada (a gestão do
pessoal é responsabilidade de linha e função de staff), a alternativa
“B” é mais adequada, pois diretamente relacionada ao planejamento
estratégico, objeto da questão.
117
(Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) Com
relação ao conceito de carga de trabalho, assinale a
alternativa correta.
(A) Conjunto de variáveis presentes na situação de
trabalho que agem de modo combinado, exigindo
do sujeito um esforço permanente de regulação e
adaptação.
(B) Conjunto de atribuições e funções que cabem a um
profissional exercer durante seu expediente.
(C) Conjunto de tarefas físicas rotineiras a que estão
submetidos trabalhadores.
(D) Carga de trabalho mede o excesso de funções desenvolvidas por um profissional em qualquer ramo de
atividade.
(E) Conjunto mínimo de atividades que um profissional
deve executar ao longo de um dia de trabalho.
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ROBINSON SAKIYAMA BARREIRINHAS
Gabarito “A”
A Área
de Desenvolvimento de Recursos Humanos é uma das
que mais tem sofrido mudanças dentro das empresas nos
últimos tempos. Assinale a alternativa que define corretamente as características de um Sistema de Informações
de Recursos Humanos (SIRH) que forneça suporte a uma
estratégia de gestão de pessoas eficaz.
(Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
(A) O SIRH deve ser uma arquitetura aberta e acessível a
todos; cada profissional é responsável pelo preenchimento das informações que considerar relevante; só
os próprios funcionários podem alterar dados sobre
seu perfil profissional.
(B) O SIRH deve conter informações precisas sobre as
tarefas, atribuições e funções de cada cargo; a responsabilidade pela alimentação do sistema é exclusivamente do setor de RH; o acesso a suas informações
deve ser controlado pelo próprio setor de RH.
(C) O SIRH deve conter informações detalhadas sobre
competências, habilidades e a experiência de cada
profissional; essas informações devem ser acessíveis
a todos os níveis hierárquicos; podem ser constantemente atualizadas pelos próprios profissionais, assim
como seus superiores.
(D) O SIRH deve ser um instrumento estratégico para
a gestão de folha de pagamento; deve ser portanto,
construído pelo setor de RH em conjunto com o setor
financeiro; suas informações devem ser sigilosas.
(E) O SIRH deve comportar um banco de talentos alimentado exclusivamente pelo setor de RH; os seus
dados só devem ser consultados pelo setor de RH; a
atualização do banco cabe aos profissionais de RH
da organização.
amplamente adotados no treinamento e desenvolvimento organizacional;
D: essa é a melhor alternativa, pois, de fato, a falta de continuidade nos
programas pode minar sua eficácia; E: incorreta, pois cursos noturnos
ampliam, em princípio, a possibilidade de acesso aos programas.
Assinale
a alternativa que indica as qualidades valorizadas pelo
modelo das competências aplicado ao campo da educação profissional.
(Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
(A) Especialização; Portabilidade; Segmentação; Orien-
tação a Objetivos.
(B) Laboriosidade; Focalização; Customização; Transpa-
rência.
(C) Humanização; Comunicabilidade; Interatividade;
Operabilidade.
(D) Extensão; Intercambiabilidade; Objetividade; Facilitação.
(E) Flexibilidade; Transferibilidade; Polivalência; Empre-
gabilidade.
Flexibilidade, transferibilidade, polivalência e empregabilidade são
apontados como noções estruturantes do modelo da competências
no mercado de trabalho, de modo que a alternativa “E” é a correta.
Gabarito “E”
A assertiva “A” indica a definição mais aceita de carga de trabalho
(Laurell e Noriega).
Gabarito “D”
118
2. GESTÃO E LIDERANÇA
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
Considere
a figura abaixo.
A, D e E: incorretas, pois o SIRH não é totalmente aberto, nem, por
outro lado, sigiloso, sendo que suas informações podem ser alterados
pelo próprio profissional e por seus superiores; B: incorreta, pois
suas informações podem ser alterados pelo próprio profissional e por
seus superiores. Ademais, seu foco não está nas tarefas, atribuições
e funções de cada cargo, mas sim nas competências, habilidades e
experiências de cada profissional; C: correta, conforme comentários
à alternativas anteriores.
Gabarito “C”
(Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) A educação
corporativa é um recurso muito utilizado nos modelos
atuais de aprendizagem organizacional. No entanto, ele
não está livre de problemas. Um dos principais problemas
que afeta a eficácia de projetos de educação corporativa é
(A) o custo elevado e o pouco retorno em termos de
produtividade.
(B) um programa com conteúdo humanístico.
(C) a utilização de recursos de ensino à distância.
(D) a falta de continuidade dos programas.
(E) a presença de cursos noturnos.
A: incorreta, pois, embora a afirmação de custo elevado seja genérica, é
incorreto afirmar que há pouco retorno em termos de produtividade; B:
incorreta, pois não há qualquer problema em conteúdos humanísticos, até
porque boa parte dos projetos de treinamento e desenvolvimento referem-se a competências interpessoais; C: incorreta, pois os recursos de ensino
a distância ampliam o acesso à educação, reduzem o custo e têm sido
Segundo Reddin, os estilos gerenciais classificam-se pela
orientação às tarefas e aos relacionamentos, conforme
ilustração acima. Um gerente que enfatiza: as pessoas
na organização; promove o desenvolvimento pessoal;
apresenta comportamentos de informalidade, tranquilidade, simpatia, criando uma atmosfera de segurança,
enquadra-se
(A) no quadrante 1.
(B) nos quadrantes 1 e 4.
(C) no quadrante 2.
(D) nos quadrantes 2 e 3.
(E) no quadrante 3.
É comum a abordagem da liderança centrada nas tarefas, em contraposição à liderança centrada nas pessoas (relacionamento). O estilo
centrado nas tarefas refere-se à preocupação com a execução dessas
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5. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Líder centrado nas tarefas
Líder centrado nas pessoas
– preocupa-se com os métodos
de trabalho das pessoas;
– define claramente os padrões
de trabalho a serem desenvolvidos pelas pessoas;
– atribui as responsabilidades de
acordo com a tarefa desenvolvida pelas pessoas;
– focaliza a produtividade e a
qualidade das atividades das
pessoas;
– monitora os resultados do
desempenho das pessoas;
– expõe os objetivos do
trabalho para as pessoas;
–atua como apoio e retaguarda para as pessoas;
– respeita os sentimentos
das pessoas;
– procura ensinar as tarefas
e desenvolver as pessoas;
– demonstra confiança nas
pessoas;
– preocupa-se com as metas
mais do que com os métodos.
Aproveitamos para apresentar esta outra tabela, com atitudes típicas
de três tipos de personalidade de líderes executivos, conforme
Richard W. Wallen, o Batalhador, o Auxiliador e o Crítico (gabarito
da FCC):
Características
Batalhador
Julga os outros
Poder
por:
Auxiliador
Afetividade
Crítico
Aptidão cognitiva
Influencia os
Intimidação Compreensão Argumentação
outros pela:
Receia:
DependênRejeição
cia
Emoções
Necessita de:
Afeto
Conscientização
de sentimentos
Firmeza
(D) Da produção segmentada e diversificada à produção
em massa para o mercado globalizado.
(E) Da gestão burocrática à gestão mais participativa.
A: incorreta, pois o modelo tradicional é que se caracterizava pela especialização funcional. A qualificação multifuncional favorece a flexibilidade
organizacional; B: incorreta. Mais uma vez, a automação flexível é que
favorece, evidentemente, a flexibilização organizacional a que se refere
a questão; C: incorreta, pois o modelo tradicional é que prestigiava a
alta hierarquização e complexidade organizacional; D: incorreta, pois a
produção em massa (não especificada, segmentada ou diversificada)
caracteriza o modelo tradicional; E: correta, pois os modelos mais
modernos prestigiam a gestão mais participativa, menos centralizada.
Gabarito “E”
tarefas e com o atingimento dos resultados, adotando-se métodos pré-estabelecidos de trabalho. O líder centrado nas tarefas tende a planejar
e definir quem realizará e como cada colaborador realizará suas tarefas,
além de monitorar seu desempenho. O estilo centrado nas pessoas
refere-se à preocupação com as características e competências dos
subordinados, com ênfase no trabalho em equipe e nas metas a serem
atingidas, mais do que nos métodos. O líder centrado nas pessoas busca
apoiar os subordinados, respeitando suas características, necessidades
e privilegia as relações interpessoais. Perceba que a descrição no
problema indica apenas enfoque nos relacionamentos, sem menção a
tarefas, de modo que o quadrante é o 2 e a alternativa correta é a “C”.
Veja a seguinte tabela, com características desses dois estilos de
liderança (gabarito da CESPE):
119
Estudos
sobre o papel da liderança destacaram a distinção entre
gerência e liderança. Assinale a alternativa que identifica
corretamente essa distinção.
(Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
(A) Enquanto a boa gerência preocupa-se com o bom
funcionamento da organização, a liderança define-se
pela orientação para a inovação e a mudança.
(B) A gerência se orienta em primeiro lugar para a construção de novas identidades e metas organizacionais;
a liderança se preocupa em garantir bons resultados
a partir dos recursos já existentes na organização.
(C) A gerência baseia seu poder no carisma, isto é, na
rotinização do seu papel hierarquicamente superior; a
liderança depende exclusivamente do conhecimento
técnico e administrativo.
(D) A gerência está mais orientada para a realização
das mudanças no presente, enquanto a liderança se
afirma unicamente pela capacidade de antecipação
das tendências futuras e da montagem de cenários
estratégicos.
(E) Um bom gerente atua sempre a partir de metas consensualmente estabelecidas; a liderança deve recorrer
sempre a sua posição hierarquicamente superior para
impor suas ideias aos membros da organização.
A: correta, indicando características da distinção muitas vezes feita
entre gerência e liderança; B: incorreta, pois as características estão
invertidas; C: incorreta, pois carisma não significa rotinização do papel
hierarquicamente superior. Ademais, a liderança não depende apenas do
conhecimento técnico administrativo; D: incorreta, pois a liderança não
se restringe ao nível estratégico, mas também ao tático e ao operacional;
E: incorreta, pois a ideia de imposição não se coaduna com a liderança,
que pressupõe legitimidade, compromisso e não coação.
Gabarito “A”
Gabarito “C”
A partir
dos anos 80 as empresas brasileiras, privadas e públicas,
começaram a sofrer pressões competitivas tanto por
parte do mercado internacional globalizado como pela
insatisfação dos consumidores e cidadãos com o padrão
de qualidade de produtos e serviços oferecidos por essas
organizações. Assinale a alternativa abaixo que indica
corretamente as características do modelo tradicional e
as correspondentes mudanças no sentido da flexibilização
organizacional das empresas.
(Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
(A) Da qualificação multifuncional do trabalhador à
especialização funcional.
(B) Da automação flexível à automação rígida.
(C) Da baixa hierarquização e complexidade à elevação dos
níveis hierárquicos e de complexidade organizacional.
3. FERRAMENTAS E TÉCNICAS GERENCIAIS
(Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) O planejamento estratégico é um processo gerencial que permite
otimizar a relação entre a organização e seu ambiente,
levando em conta tanto as condições internas como
externas à empresa e sua evolução esperada. Como
uma das principais ferramentas desse processo, a análise
SWOT permite:
(A) identificar se o clima organizacional constitui um
fator favorável ou desfavorável à adaptação da organização ao seu ambiente, subsidiando o processo de
planejamento estratégico.
(B) elaborar uma análise do cenário externo, identificando
forças e fraquezas que podem favorecer ou dificultar
o planejamento estratégico.
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ROBINSON SAKIYAMA BARREIRINHAS
(C) operacionalizar a visão estratégica da organização
através da fixação de objetivos e de indicadores de
acompanhamento que estabelecem o alinhamento entre
o planejamento estratégico e o desempenho alcançado.
(D) analisar em conjunto os pontos fortes e fracos da organização em sua interação com oportunidades e ameaças
produzidas pelo ambiente, fornecendo informações
para a elaboração do planejamento estratégico.
(E) alinhar a Visão da organização com a sua Missão, de
forma a tornar mais coerente o processo de planejamento estratégico.
A Matriz SWOT é ferramenta de análise do ambiente interno, no que se
refere às forças (Strenghts) e às fraquezas (Weaknesses) da organização, e do ambiente externo, quanto às oportunidades (Opportunities)
e às ameaças (Threats). Por essa razão, a alternativa “D” é a correta.
Gabarito “D”
(Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) O Balanced Scorecard foi desenvolvido por Kaplan e Norton no
início da década 90, a partir da constatação de que os
métodos tradicionais de acompanhamento do desempenho das organizações não eram suficientes para atender
ao grau de complexidade e ao dinamismo do ambiente
empresarial contemporâneo. Os vetores considerados na
avaliação de desempenho do Balanced Scorecard são:
(A) o financeiro, os clientes, os processos internos e o
aprendizado e crescimento.
(B) no âmbito interno, as forças e as fraquezas da orga-
nização e, no âmbito externo, as oportunidades e as
ameaças ao sucesso da organização.
(C) o explicativo, o normativo, estratégico e o táticooperacional.
(D) a visão e a missão atribuídas à organização, a análise
do ambiente externo e interno, a formulação de metas,
objetivos e estratégias e a implementação.
(E) o financeiro, o comportamental, o cultural e o educacional.
O balanced scorecard – BSC é um método de avaliação da performance
organizacional e também uma ferramenta de gestão estratégica. Por
meio do BSC é possível verificar e alinhar as operações da organização à
estratégia definida pela alta administração, sua missão e visão. São adotados indicadores financeiros e não financeiros para fins de comparação
da realidade da organização com determinadas metas. O modelo mais
disseminado abrange quatro perspectivas (dimensões): (1) Financeira,
(2) Clientes, (3) Negócio interno e (4) Inovação e aprendizagem. Por
essa razão, a alternativa “A” deve ser indicada.
A cultura
organizacional é um conceito essencial à construção
das estruturas organizacionais. Quanto ao conceito de
cultura organizacional está correto o que se afirma em:
(Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
(A) A cultura organizacional resulta de um pacto formal
entre líderes e subordinados. Geralmente, esses pactos
se expressam em documentos escritos que vinculam
todos os membros da organização ao seu cumprimento rígido.
(B) A cultura organizacional refere-se ao conjunto de
competências, atribuições e tarefas que se expressam
em normas e regulamentos e definem o tipo de visão,
missão e estratégias de uma organização.
(C) A cultura organizacional é expressão dos valores,
crenças e estilos de ação dos líderes. A incorporação
desses valores e crenças pelos subordinados caracteriza
uma cultura organizacional dinâmica e inovadora.
(D) A cultura organizacional assume o papel de legitimadora do sistema de valores, expressos através de
rituais, mitos, hábitos e crenças comuns aos membros
de uma organização, que assim produzem normas de
comportamento genericamente aceitas por todos.
(E) Uma cultura organizacional resulta de um longo
processo de adaptação às influências ambientais.
As mudanças na cultura da organização dependem
apenas de mudanças no fatores externos.
A: incorreta, pois a cultura organizacional, suas crenças, valores,
símbolos aproximam-se dos valores que orientam a estrutura informal,
ou seja, aquela formada espontaneamente pelas relações interpessoais;
B: incorreta, pois a assertiva traz elementos da estrutura formal da
organização, de seus cargos e de seu planejamento estratégico, não
da cultura organizacional; C: incorreta, pois a cultura organizacional
não parte dos líderes, surgindo e consolidando-se naturalmente ao
longo do tempo; D: correta, referindo-se adequadamente à cultura
organizacional; E: incorreta, pois as mudanças na cultura organizacional
são influenciadas diretamente por fatores internos, especialmente pelas
pessoas que integram a organização.
Gabarito “D”
120
Assinale
como falsa (F) ou verdadeira (V) as afirmações sobre o
conceito de clima organizacional.
(Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
-
Gabarito “A”
4. CULTURA E CLIMA ORGANIZACIONAL
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) A organização informal compreende os grupos, normas, cultura,
percepções e sentimentos em relação à realidade objetiva
da organização formal. O produto dos sentimentos individuais e grupais em relação a esta realidade denomina-se:
(A) cultura organizacional.
(B) clima organizacional.
(C) desenvolvimento organizacional.
(D) individualidade dos sentimentos.
(E) identidade da cultura.
A assertiva descreve o clima organizacional do ponto de vista dos
colaboradores, das influências humanas que moldam o ambiente
interno da organização, razão pela qual a alternativa “B” é a correta.
-
-
-
A pesquisa de clima organizacional permite ligar as
variáveis psicológicas às organizacionais através da
dimensão transacional das organizações, ou seja,
como as pessoas avaliam recompensas e todas as
diferentes formas de reconhecimento que estão recebendo da organização pelas contribuições que estão
prestando ao exercer diferentes funções.
As pesquisas de clima organizacional procuram
estimular os valores, normas e crenças mobilizados
pelos membros da organização em suas relações com
as lideranças.
As pesquisa de clima organizacional incluem as
seguintes dimensões: comunicação, integração entre
as diferentes áreas funcionais, estilo de gerência,
administração de recursos humanos (principalmente
salários, benefícios e carreira), modelo de gestão adotado pela organização, natureza do trabalho realizado,
relacionamento interpessoal, grau de identificação
com a organização e clareza de objetivos.
As pesquisas de clima organizacional envolvem avaliações de todos os membros da organização, além
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Gabarito “B”
5. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Gabarito “C”
5. PROJETOS
(Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) Segundo o
modelo de gerência de projetos do Project Management
Institute (PMI), a gestão de um projeto compreende
(A) duas grandes áreas de gestão: gerência de integração
e gerência de custos.
(B) três gerências: planejamento, administração e finan-
ças.
7. COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO
(Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) O tipo de
relacionamento interpessoal é crucial para a construção
de um bom clima organizacional. Neste sentido, os
fluxos direcionais de informação que mais fortalecem a
coordenação e integração dentro de uma organização
são os fluxos
(A) recorrentes.
(B) ascendentes.
(C) descendentes.
(D) laterais ou horizontais.
(E) intermediários.
Os fluxos de comunicação são classificados em (a) descendente,
quando a informação vem de cima para baixo na estrutura hierárquica, abrangendo ordens, instruções, avisos etc.; (b) ascendente,
de baixo para cima, incluindo relatórios, respostas, esclarecimentos,
sugestões, solicitações; (c) horizontal, entre membros do mesmo nível
hierárquico, favorecendo a coordenação do trabalho, a integração, o
compartilhamento de informações, a solução de problemas interdepartamentais; e (d) diagonal, entre gestores e empregados de outros
departamentos, buscando simplificar o acesso à informação, sem
percorrer desnecessariamente a estrutura formal. Por essas razões, a
alternativa “D” é a correta.
Gabarito “D”
Clima organizacional refere-se ao ambiente de trabalho, mais especificamente aos fatores ambientais que influenciam o grau de satisfação
(motivação, portanto) e o comportamento dos integrantes da organização. Pode também ser definido como reflexo desse grau de satisfação e
motivação dos integrantes da organização, do seu estado de ânimo. 1 e
3: corretas, pois se referem à análise do grau de satisfação e motivação
dos colaboradores decorrente do ambiente interno da organização; 2:
incorreta, pois pesquisas não se prestam a estimular algo, mas sim a
captar informações; 4 e 5: incorretas, pois clima organizacional refere-se
ao ambiente interno, não envolvendo, em princípio, análise de fatores
externos, clientes e parceiros.
A melhoria contínua na gestão da qualidade remete ao Ciclo PDCA,
de Shewhart ou de Deming, que parte do planejamento, passa pela
execução, pelo controle do que foi executado e, por fim, pelas ações
corretivas e realimentação do círculo, para que as próximas ações
sejam aprimoradas. O ciclo PDCA indica quatro passos, correspondendo a cada quadrante do círculo: Planejar (Plan), Executar
(Do), Verificar (Check) e Agir (Act). Por essa razão, a alternativa
“A” é a correta.
Gabarito “A”
de parceiros e clientes. Nestes casos, todos se avaliam
mutuamente levando em conta o nível de satisfação
com a atuação das lideranças.
- As pesquisas de clima organizacional levam em
consideração fatores externos, enquanto ameaças
e oportunidades, e fatores internos, como forças e
fraquezas da organização na avaliação das relações
cotidianas entre lideranças e colaboradores.
(A) V; V; F; F; V.
(B) F; F; V; F; F.
(C) V; F; V; F; F.
(D) V; F; F; V; F.
(E) V; F; V; F; V.
(C) quatro áreas de gestão: criação, execução, controle
8. ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
e avaliação.
(D) cinco gerências: de iniciação, de planejamento, de
execução, de controle e de encerramento.
(E) nove gerências: de integração, de escopo, de tempo,
de custo, de qualidade, de recursos humanos, de
comunicações, de riscos e de suprimentos.
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
A alternativa “E” indica as nove áreas de conhecimento (gerências) no
gerenciamento de projetos, conforme o PMI.
Gabarito “E”
6. GESTÃO DE QUALIDADE
Um dos
princípios da gestão para a qualidade é o método de
melhoria contínua. Este método compreende:
Considere
as etapas abaixo descritas, referentes ao processo de
compras de materiais:
I. cotação de preços;
II. seguimento de compra;
III. baixa de pedidos;
IV. pedido de compra;
V. requisição de materiais;
VI. cadastramento de fornecedores;
VII.desenvolvimento de fornecedores;
VIII.escolha do fornecedor.
(Analista Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
A sequência correta das etapas ocorre em:
(A) um ciclo de atividades que envolve sequencialmente:
(A) I, VII, V, VI, VIII, IV, II, III.
(B) I, VII, VIII, VI, V, II, III, IV.
(C) V, VII, VI, I, VIII, IV, II, III.
(D) VII, VI, V, I, VIII, IV, III, II.
(E) VII, VI, V, I, VIII, IV, II, III.
o planejamento, a execução, a verificação e a ação.
(B) um conjunto de práticas que implicam em: prever,
planejar, organizar e agir.
(C) um ciclo de seminários para incentivar os funcioná-
rios a cuidar continuamente de seu desenvolvimento
pessoal e profissional.
(D) uma série de testes com os profissionais da organização para avaliar o nível de compromisso com as
metas definidas.
(E) uma sequência de processos que envolve necessariamente: definição de visão, metas, estratégias e
avaliação contínua dos resultados.
121
A sequência correta é indicada na alternativa “E”, conforme a seguinte
tabela:
1º desenvolvimento de fornecedores
2º cadastramento de fornecedores
3º requisição de materiais
4º cotação de preços
5º escolha do fornecedor
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122
ROBINSON SAKIYAMA BARREIRINHAS
Com base nos dados da tabela, a aquisição na Administração Pública deve ser feita junto ao:
6º pedido de compra
7º seguimento de compra
(A) fornecedor que ofereça o menor preço para cada tipo
8º baixa de pedidos
de material.
(B) fornecedor que não tenha tido problema com atrasos
Gabarito “E”
Um
comprador obteve os seguintes preços para os materiais
indicados na tabela abaixo.
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
Material
Inexistindo ganho para a administração na compra conjunta, deve se
prestigiar o critério de menor preço para cada material, conforme a
alternativa “A” – ver Lei 8.666/1993.
C
1.200,00
400,00
2.500,00
4.100,00
Gabarito “A”
Quantidade Fornecedor
A
B
Caneta
5.000
1.000,00 800,00
Borracha 1.000
500,00
800,00
Tonner
40
2.100,00 2.000,00
Total:
3.600,00 3.600,00
no fornecimento.
(C) fornecedor A.
(D) fornecedor B.
(E) fornecedor C.
Considere
o diagrama abaixo relativo ao comportamento de estoque
de um determinado item.
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
A correta conceituação para as posições indicadas ocorre em:
I
II
III
IV
(A) Estoque máximo
Estoque médio
Estoque de segurança
Tempo de reposição
(B)
Ponto de pedido
Estoque de segurança
Tempo de atendimento
(C) Estoque máximo
Estoque de segurança
Estoque mínimo
Tempo de reposição
(D) Ponto de reposição
Estoque de segurança
Estoque mínimo
Tempo de atendimento
(E)
Ponto de pedido
Estoque mínimo
Tempo crítico
Estoque máximo
Lote de compra
A linha I indica o estoque máximo, a partir do qual a capacidade de armazenamento é atingida, ou o custo total torna ineficiente aquisições
suplementares. A linha III indica o nível mínimo do estoque (= estoque de segurança), quantidade necessária de a organização em um período
estabelecido, acrescida da margem de segurança (há quem indique o ponto de pedido como estoque mínimo, entretanto). Por essa razão, a linha
IV indica o tempo de atendimento do pedido de reposição (ou tempo de reposição). Conjugando o significado das linhas III e IV, percebe-se que
a linha II indica o ponto em que o pedido de reposição deve ser feito (= ponto de pedido). Por essas razões, a alternativa “B” é a correta.
Gabarito “B”
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5. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
123
Considere a seguinte distribuição de materiais no estoque:
Código Item
Quantidade
Quant.
Acumulada
Participação
do Total
123
50
50
3,0%
124
125
175
10,4%
125
160
335
126
163
498
127
190
128
129
Valor
Unitário
Valor Total
Valor
Acumulado
Participação
do Total
1.000,00
50.000,00
50.000,00
21,9%
500,00
62.500,00
112.500,00
49,2%
20,0%
440,00
70.400,00
182.900,00
80,0%
29,7%
80,00
13.040,00
195.940,00
85,7%
688
41,1%
70,00
13.300,00
209.240,00
91,5%
184
872
52,0%
50,00
9.200,00
218.440,00
95,5%
174
1046
62,4%
40,00
6.960,00
225.400,00
98,6%
130
200
1246
74,3%
10,00
2.000,00
227.400,00
99,4%
131
210
1456
86,9%
5,00
1.050,00
228.450,00
99,9%
132
220
1676
100,00%
1,00
220,00
228.670,00
100,0%
totais
1676
228.670,00
Tendo em vista o conceito de classificação ABC, classificam-se como A APENAS os itens:
(A) 123 e 124.
(B) 124 e 125.
(C) 123, 124 e 125.
(D) 131 e 132.
(E) 123, 124, 125 e 126.
A classificação ABC parte da premissa de que os itens de maior valor nos estoques apresentam-se em quantidade relativamente pequena (classe
A), enquanto itens de menor valor compõe parcela numericamente maior do total (classe C). Entre essas duas classes (A e C) encontram-se os
itens de valor e quantidade intermediários (classe B). Por exemplo, em determinado estoque, os itens da classe A representam 20% da quantidade,
mas 80% do valor, enquanto os itens da classe B representam 30% da quantidade e 15% do valor e, finalmente, os itens da classe C representam
50% da quantidade, mas apenas 5% do valor. Considerando que a classificação como A refere-se aos produtos que representam 80% do valor
total, apenas os três primeiros itens (123, 124 e 125) serão considerados, de modo que a alternativa “C” é a correta.
Gabarito “C”
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6. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
E ORÇAMENTÁRIA
Robinson Sakiyama Barreirinhas
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) Em relação
aos princípios orçamentários, é correto afirmar:
(A) De acordo com o princípio da universalidade, é
vedada a vinculação de receita de impostos a órgãos,
fundos ou despesas.
(B) O princípio da anualidade enfatiza que o orçamento
deve conter as receitas e as despesas referentes aos
três poderes da União.
(C) O princípio da especificação estabelece que a lei
do orçamento não deve consignar dotações globais
destinadas a atender despesas de naturezas diversas.
(D) O princípio da exclusividade estabelece que o conteúdo orçamentário deve ser divulgado por meio de
veículos oficiais de comunicação, para conhecimento
público e para a eficácia de sua validade.
(E) O princípio da não afetação afirma que o orçamento
não conterá dispositivo estranho à previsão da receita
e fixação da despesa.
A: incorreta, pois a assertiva refere-se ao princípio da não afetação ou
não afetação das receitas dos impostos – art. 167, IV, da CF; B: incorreta,
pois a assertiva indica um dos aspectos do princípio da unidade – art.
165, § 5º, da CF; C: essa é a assertiva correta, nos termos do art. 167,
VII, da CF e do art. 5º da Lei 4.320/1964; D: incorreta, pois o princípio
da exclusividade veda, na Lei Orçamentária Anual – LOA, disposições
estranhas à previsão de receita e à fixação de despesa – art. 165, § 8º,
da CF; E: incorreta, pois esse é o princípio da exclusividade, conforme
comentário à alternativa anterior.
Gabarito “C”
1. PRINCÍPIOS E NORMAS GERAIS
Veja a seguinte tabela com os princípios orçamentários mais pedidos em exames:
Princípios orçamentários
Anualidade
A lei orçamentária é anual (LOA), de modo que suas dotações orçamentárias referem-se a um único
exercício financeiro – art. 165, § 5º, da CF.
Universalidade
A LOA inclui todas as despesas e receitas do exercício – arts. 3º e 4º da Lei 4.320/1964.
Orçamento bruto
As receitas e as despesas devem constar na LOA pelos seus totais, vedadas quaisquer deduções – art.
6º da Lei 4.320/1964. Refere-se ao princípio da universalidade
Unidade
A LOA refere-se a um único ato normativo, compreendendo os orçamentos fiscal, de investimento e da
seguridade social – art. 165, § 5º, da CF e art. 1º da Lei 4.320/1964. Ademais, cada esfera de governo
(União, Estados, Distrito Federal e Municípios) terá uma única LOA para cada exercício, o que também
é indicado como princípio da unidade.
Exclusividade
A LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, admitindo-se a
autorização para abertura de créditos suplementares e para contratação de operações de crédito – art.
165, § 8º, da CF.
Equilíbrio
Deve haver equilíbrio entre a previsão de receitas e a autorização de despesas, o que deve também ser
observado na execução orçamentária. Isso não impede a realização de superávits – art. 48, b, da Lei
4.320/1964 e art. 31, § 1º, II, da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF (Lei Complementar 101/2000).
Especificação, especialização
ou discriminação
Deve haver previsão pormenorizada de receitas e despesas, não cabendo dotações globais ou ilimitadas
– art. 167, VII, da CF e art. 5º da Lei 4.320/1964.
Unidade de tesouraria
As receitas devem ser recolhidas em caixa único, sendo vedada qualquer fragmentação para criação
de caixas especiais – art. 56 da Lei 4.320/1964.
Não afetação ou não vinculação
da receita dos impostos
É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, com as exceções previstas
no art. 167, IV, da CF.
(A) os tributos nele efetivamente lançados.
(B) as receitas nele efetivamente arrecadadas.
(C) as receitas a ele relativas, ainda que não arrecadadas.
(D) as despesas legalmente empenhadas e pagas em seu
decorrer.
(E) as despesas pagas em seu decorrer.
Nos termos do art. 35 da Lei 4.320/1964, pertencem ao exercício
financeiro as receitas nele arrecadadas e as despesas nele legalmente
empenhadas. Assim, a receita é contabilizada somente quando efetivamente realizada (quando o dinheiro entra no caixa do poder público
– regime de caixa), enquanto a despesa já é contabilizada no ano em
que há empenho (ainda que o pagamento seja feito no futuro ou não
venha a ser realizado – regime de competência). Por essa razão, a
alternativa “B” é a correta.
Gabarito “B”
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) No Brasil,
pertencem ao exercício financeiro, que coincide com
o ano civil,
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
6. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
(A) sua vigência coincide com o mandato do Presidente
da República.
(B) somente os investimentos cuja execução ultrapasse
um exercício financeiro poderão ser iniciados sem
prévia inclusão no plano plurianual.
(C) nele são estabelecidas de forma regionalizada as diretrizes, objetivos e metas para as despesas de capital
da União.
(D) deve ser encaminhado pelo Presidente da República
para apreciação do Poder Legislativo depois de completado o primeiro exercício financeiro de sua gestão.
(E) é apreciado apenas no Senado Federal, uma vez que
a participação dos Estados da Federação nessa casa
legislativa é paritária.
A: incorreta, pois o projeto de PPA é enviado ao Poder Legislativo no
primeiro ano do mandato do chefe do Poder Executivo e aplica-se ao
segundo exercício do mandato até o primeiro exercício do mandato
subsequente; B: incorreta, pois nenhum investimento cuja execução
ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia
inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob
pena de crime de responsabilidade – art. 167, § 1º, da CF; C: correta,
conforme o art. 165, § 1º, da CF; D: incorreta, conforme comentário
à alternativa “A”.
a maioria do capital social com direito a voto; e (iii) o orçamento da
seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. Por essa razão,
a alternativa “D” é a correta.
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
É caracte-
rística do orçamento-programa:
(A) classificação institucional das despesas.
(B) ênfase nos aspectos contábeis da gestão.
(C) decisão considerando as necessidades financeiras das
unidades organizacionais.
(D) elaboração empírica.
(E) controle da execução com ênfase em avaliar a efici-
ência e a eficácia do gasto.
O orçamento-programa é um instrumento de planejamento, focando
os objetivos a serem atingidos pelo Governo Federal – art. 2º da Lei
4.320/1964. Nesse sentido, a alternativa “E” é realmente a melhor,
embora o orçamento-programa seja caracterizado pelo controle dos
resultados.
Gabarito “E”
Sobre o
Gabarito “D”
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
Plano Plurianual (PPA), é correto afirmar que
125
4. EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) O empenho
(A) é a diligência com que o responsável pela despesa a
Gabarito “C”
executa.
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
NÃO faz
parte da Lei das Diretrizes Orçamentárias:
(A) Anexo de Riscos Fiscais.
(B) Despesas de capital para o exercício financeiro sub-
sequente.
(C) Anexo de Metas Fiscais.
(D) Orçamento de Investimento das empresas estatais.
(E) Dispositivos sobre as alterações da legislação tributária.
A: o Anexo de Riscos Fiscais integra a Lei de Diretrizes Orçamentárias
– LDO – art. 4º, § 3º, da LRF; B e E: a LDO inclui as despesas de capital
para o exercício seguinte e dispõe sobre as alterações da legislação
tributária, conforme o art. 165, § 2º, da CF; C: o Anexo de Metas
Fiscais compõe a LDO – art. 4º, § 1º, da LRF; D: essa é a alternativa
a ser indicada, pois a LDO não contém orçamento, apenas orienta a
elaboração da LOA – art. 165, § 2º, da CF. É a LOA que compreende
o orçamento de investimento das empresas em que a União detenha,
direta ou indiretamente, a maioria do capital com direito a voto – art.
165, § 5º, II, da CF.
(B) pode exceder o limite dos créditos concedidos no
orçamento público.
(C) deve ser verificado após a realização da despesa.
(D) nunca poderá ser feito por estimativa, por ser ato que
demanda exatidão absoluta.
(E) emana de ato de autoridade competente que cria para
o Estado a obrigação de pagamento.
Conforme a literalidade do art. 58 da Lei 4.320/1964, o empenho de
despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o
Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de
condição. Por essa razão, a alternativa “E” é a correta.
Gabarito “E”
2. LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – LDO
Nas situações em que o Poder Público deva efetivar despesas
contratuais e outras, sujeitas a parcelamento, é permitida
a utilização do empenho
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
3. LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL – LOA
(A) global.
(B) normal.
(C) ordinário.
(D) corrente.
(E) por estimativa.
Na Lei
Orçamentária Anual do Governo Federal estão estimadas
as receitas e despesas referentes aos orçamentos
É permitido o empenho global de despesas contratuais e outras, sujeitas
a parcelamento – art. 60, § 3º, da Lei 4.320/1964. A alternativa correta,
portanto, é a “A”.
(A) das empresas estatais, monetário e fiscal.
(B) monetário, fiscal e de investimentos.
(C) monetário, fiscal e da seguridade social.
(D) fiscal, da seguridade social e de investimentos.
(E) das empresas estatais e monetário.
Nos termos do art. 165, § 5º, da CF, a LOA compreenderá: (i) o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos
e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público; (ii) o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha
Gabarito “A”
Gabarito “D”
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
Sobre a
despesa pública e seus estágios, é correto afirmar:
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
(A) Em casos especiais, previstos em legislação específica,
será dispensada a emissão da nota de empenho.
(B) A liquidação da despesa é o despacho exarado por
autoridade competente, determinando que a despesa
seja paga.
(C) Poderá ser feito por estimativa o empenho de despesas de
caráter rotineiro cujo montante possa ser determinado.
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ROBINSON SAKIYAMA BARREIRINHAS
(D) O pagamento da despesa consiste na verificação do
direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos
e documentos comprobatórios.
(E) É permitido o suprimento de fundos para despesa cujo
montante não se possa determinar.
A: assertiva correta, conforme o art. 60, § 1º, da Lei 4.320/1964; B:
incorreta, pois a assertiva refere-se à ordem de pagamento – art. 64 da
Lei 4.320/1964; C: incorreta, pois o empenho por estimativa somente
é possível excepcionalmente, no caso de despesas cujos montantes
não possam ser determinados de imediato – art. 60, § 2º, da Lei
4.320/1964; D: incorreta, pois a assertiva refere-se à liquidação – art.
63 da Lei 4.320/1964; E: incorreta, pois o valor empenhado é sempre
determinado, correspondendo ao montante entregue ao servidor – art.
68 da Lei 4.320/1964 e art. 45, § 1º, do Decreto 93.872/1986.
Gabarito “A”
5. CRÉDITOS ADICIONAIS
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) Os créditos
adicionais extraordinários
(A) devem ser autorizados por lei.
(B) independem da prévia existência de recursos para
custeá-los.
(C) podem ser autorizados na própria lei orçamentária.
(D) destinam-se ao atendimento de despesas imprevistas,
mas sem caráter de urgência.
(E) destinam-se ao reforço de dotação já existente no
orçamento em vigor.
A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para
atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes
de guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o
disposto no art. 62 da CF (relativo às Medidas Provisórias) – art.
167, § 3º, da CF. São abertos por decreto do Poder Executivo, que
dele dará imediato conhecimento ao Poder Legislativo – art. 44 da
Lei 4.320/1964. Diferentemente dos suplementares e especiais, a
abertura de créditos extraordinários não exige comprovação prévia
de disponibilidade de recursos – art. 43 da Lei 4.320/1964. Por essas
razões, a alternativa “B” é a correta.
Gabarito “B”
126
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7. ARQUIVOLOGIA
Elson Garcia
suporte.
(B) fundo, grupo, subgrupo, série, subsérie e item docu-
mental.
(C) tipo, espécie, gênero, forma, série e suporte.
(D) técnica de registro, forma, gênero, formato, tipo e
espécie.
(E) série, item documental, formato, suporte, tipo e
gênero.
Espécie – documentos que se classificam por uma mesma estruturação da informação (ex: Lei, Carta, memorando, decreto etc.); tipo – é
uma divisão da espécie. Pode se dizer que é uma espécie documental
qualificada (ex: Decretos-Lei, Portaria; técnica de registro – forma
de registro (ex: impresso); formato – é o formato de um documento
em seu aspecto físico, independente da informação armazenada (ex:
Livro, caderno, cartão, folder, folha etc.); gênero – configuração que
assume um documento de acordo com o sistema de signos utilizado
na comunicação de seu conteúdo (ex: documento textual); suporte – é
o local onde a informação é registrada. CD’s, Papel, audiovisuais etc.
Gabarito “A”
2. O GERENCIAMENTO DA INFORMAÇÃO E A
GESTÃO DE DOCUMENTOS: DIAGNÓSTICOS;
ARQUIVO CORRENTE E INTERMEDIÁRIO;
PROTOCOLOS; AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS;
ARQUIVOS PERMANENTES
Na classificação dos documentos de arquivo, o método funcional
é preferível ao estrutural porque
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
(A) está mais próximo dos adotados na catalogação
bibliográfica.
(B) faz uso de descritores e palavras-chave.
(C) distribui as unidades de descrição em 10 (dez) grandes
classes hierárquicas.
(D) corresponde a atividades rotineiras e estáveis da
instituição.
(E) facilita as futuras operações de microfilmagem e
digitalização.
A publicação: “Como fazer e como classificar e ordenar os documentos
de arquivo” de Gonçalves, Janice; Divisão de Arquivo do Estado de
São Paulo-1998 esclarece que a opção pela classificação “estrutural”
é, tradicionalmente, mais aceita e adotada. Apresenta, porém, inconvenientes - quando não há estruturas que digam respeito à totalidade
das funções e atividades do organismo; quando, eventualmente, as
estruturas existentes são confusas, misturando indevidamente funções;
quando as estruturas sofrem alterações constantes. De modo geral, e
A transferência e o recolhimento de documentos de arquivo, de
acordo com seu ciclo de vida, sucedem as operações de
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
(A) descrição.
(B) avaliação.
(C) notação.
(D) automação.
(E) arranjo.
A lista das atividades de gestão de documentos de arquivo é: produção,
classificação, registro, tramitação, arquivamento, preservação, empréstimo, consulta, expedição, avaliação, transferência e recolhimento ou
eliminação de documentos de arquivo e ao acesso e às informações
neles contidas. Como se vê após a avaliação segue as etapas de transferência e recolhimento.
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) A autuação
de documentos é atividade típica do
(A) arquivo corrente.
(B) arquivo central.
(C) protocolo.
(D) arquivo intermediário.
(E) arquivo setorial.
A autuação é uma atividade típica do Protocolo, pela qual um documento
passa a constituir processo.
3. TIPOLOGIAS DOCUMENTAIS E SUPORTES
FÍSICOS: MICROFILMAGEM; AUTOMAÇÃO;
PRESERVAÇÃO; CONSERVAÇÃO E
RESTAURAÇÃO DE DOCUMENTOS
Dentre os
fatores que concorrem para a conservação preventiva de
documentos é correto citar
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC)
(A) a exposição à luz natural.
(B) o emprego de solventes e cera na limpeza dos pisos.
(C) a plastificação das folhas avulsas.
(D) a aplicação de fita adesiva nas áreas mutiladas do
papel.
(E) o monitoramento da temperatura e da umidade rela-
tiva do ar.
O monitoramento da temperatura e da umidade relativa do ar são os
fatores que concorrem para a conservação preventiva dos documentos.
Gabarito “E”
(A) espécie, tipo, técnica de registro, formato, gênero e
Gabarito “C”
de nomeação, impresso, folha, documento textual e papel
são, respectivamente, exemplos de
Gabarito “B”
(Técnico Legislativo – Câmara dos Deputados – 2007 – FCC) Lei, portaria
salvaguardadas as exceções de praxe, a autora entende que a opção
pela classificação estritamente “funcional”, apesar de menos frequente
e tecnicamente mais complexa, costuma atender melhor as exigências
da classificação arquivística. No entanto, cabe ao profissional de
arquivo examinar cada situação e decidir pelo que se apresentar como
tecnicamente mais correto.
Gabarito “D”
1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE
ARQUIVOLOGIA
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8. CONTABILIDADE
Fabrício Barros
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC) Em relação ao princípio
contábil da Competência, é correto afirmar que
(A) o reconhecimento de despesas deve ser efetuado
quando houver o efetivo desembolso financeiro por
parte da pessoa jurídica que efetuou o gasto.
(B) uma despesa é considerada incorrida quando há um
surgimento de um ativo, sem o concomitante desaparecimento de um passivo.
(C) as perdas involuntárias de ativos por razões fortuitas
ou por força maior não devem ser computadas na
apuração do resultado do exercício, porque não estão
correlacionadas com a realização de receitas.
(D) as receitas são consideradas realizadas, nas transações
com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento.
(E) a extinção, mesmo que parcial, de um passivo, sem o
desaparecimento concomitante de um ativo, de valor
igual ou maior, é considerada realização de receita.
A resolução CFC Nº 750/93 foi atualizada pela resolução CFC Nº
1.282/2010, deixando de elencar as situações que definiam o momento
que as receitas seriam consideradas realizadas as receitas e incorridas
as despesas. Sendo assim, a nova redação da resolução, apresentada
a seguir, não mais permite a resposta da questão.
“Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das
transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se
referem, independentemente do recebimento ou pagamento.
Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas.”
Gabarito “E”
(Auditor Fiscal/PB – 2006 – FCC) O princípio contábil que impõe
a escolha de hipótese que resulte menor patrimônio
líquido, quando se apresentarem opções igualmente
aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais
da Contabilidade, é o Princípio da
(A) Oportunidade.
(B) Competência.
(C) Entidade.
(D) Continuidade.
(E) Prudência.
Segundo o artigo 10 da resolução CFC Nº 750/93 “o Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do
ativo e do maior valor para os do passivo, sempre que se apresentem
alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações
patrimoniais que alterem o patrimônio líquido”.
Gabarito “E”
2. CONTABILIDADE GERAL
(Auditor Fiscal – São Paulo/SP – FCC – 2012) Em relação à avaliação
dos elementos patrimoniais, considere:
I.
O valor contábil de um terreno de R$ 300.000,00,
cujo teste de impairment indicou valor justo líquido da
despesa de venda de R$ 290.000,00 e valor em uso de
R$ 280.000,00, deve ser reduzido em R$ 20.000,00.
II. As obrigações de curto prazo com fornecedores devem
ser ajustadas ao seu valor presente, quando houver
efeito relevante.
III. Uma patente adquirida que expira em 10 anos e com
valor residual igual a zero gera despesa de amortização de 10% do seu valor de aquisição em cada ano,
se a empresa utilizar o método linear de amortização.
IV. O investimento em controlada, que representa participação no capital votante de 60% e no capital social
de 50%, deve ser aumentado em R$ 60.000,00 se
a investida tiver apurado lucro no exercício de R$
100.000,00.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) III e IV.
(B) I e II.
(C) I, II e III.
(D) II e III.
(E) II, III e IV.
I: Incorreto. O CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de ativos –
define o valor recuperável como o maior valor entre o preço líquido de
venda do ativo e o seu valor em uso. Caso um desses valores exceda o
valor contábil do ativo, não haverá desvalorização nem necessidade de
estimar o outro valor; II: Correto. O CPC 12 – Ajuste a Valor Presente –
define que “os elementos integrantes do ativo e do passivo decorrentes
de operações de longo prazo, ou de curto prazo quando houver efeito
relevante, devem ser ajustados a valor presente com base em taxas
de desconto que reflitam as melhores avaliações do mercado quanto
ao valor do dinheiro no tempo e os riscos específicos do ativo e do
passivo em suas datas originais”; III: Correto. Se a empresa amortizar
10% ao ano ao final de 10 anos o valor residual será igual a zero; IV:
Incorreto. O capital social é dividido entre capital votante (com direito a
voto) e capital sem direito a voto. No exemplo dado pela questão o valor
a ser aumentado na participação será de R$ 50.000,00 (equivalente à
participação de 50% no capital social).
Gabarito “D”
1. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE
CONTABILIDADE
(Auditor Fiscal – São Paulo/SP – FCC – 2012) Na
Demonstração de
Resultados do Exercício,
(A) o custo dos produtos vendidos contém o valor da
depreciação de máquinas da fábrica alocado à produção vendida no período.
(B) o Imposto Predial e Territorial Urbano é classificado
como Despesas Financeiras.
(C) os custos de transação da emissão de ações subscritas
e integralizadas reduzem o resultado do exercício.
(D) o Imposto sobre Produtos Industrializados é classificado como Despesas com Vendas.
(E) o valor da receita bruta corresponde à entrada de caixa
referente às vendas da empresa no período.
A: Correto, pois no “custo dos produtos vendidos” estão incluídos todos
os gastos de produção alocados aos produtos vendidos; B: Incorreta,
pois o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) será classificado pelas
Despesas Tributárias; C: Incorreto. Segundo o CPC 08, “os custos de
transação incorridos na captação de recursos por intermédio da emissão
de títulos patrimoniais devem ser contabilizados, de forma destacada,
em conta redutora de patrimônio líquido, deduzidos os eventuais
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8. CONTABILIDADE
efeitos fiscais, e os prêmios recebidos devem ser reconhecidos em
conta de reserva de capital”; D: Incorreto. O Impostos sobre Produtos
Industrializados (IPI) será classificado em conta dedutora da receita de
venda; E: Incorreto. A Receita Bruta não necessariamente representa
entrada de caixa visto que parte das vendas podem ser realizadas a
prazo, ou seja, sem entrada de caixa.
129
(D) valores de liquidação.
(E) custos históricos.
Segundo o CPC 15 – Combinação de Negócios –, o adquirente deve
mensurar os ativos identificáveis adquiridos e os passivos assumidos
pelos “respectivos valores justos da data da aquisição”.
Gabarito “A”
Gabarito “B”
(Auditor Fiscal – São Paulo/SP – FCC – 2012) Considere os itens
patrimoniais, a seguir, de uma sociedade anônima de
capital aberto:
(Auditor Fiscal/RO – 2010 – FCC) Com base nas informações
apresentadas, o Ativo da Cia. Participações, em 31/12/
X9, era, em reais,
I.
Ações de outras empresas em que não há intenção de
vendas.
II. Ações adquiridas de sua própria emissão.
III. Financiamento a ser pago em 15 meses após a data
do Balanço Patrimonial.
(A) 250.000,00
(B) 255.000,00
(C) 256.000,00
(D) 259.000,00
(E) 261.000,00
I, II e III são classificados, respectivamente, como
Das contas apresentadas na questão, as seguintes compõem o ativo
da Cia. Participações:
(A) ativo não circulante – aplicação financeira, ativo não
circulante − investimentos e passivo não circulante.
(B) ativo circulante, ativo não circulante − aplicação
financeira e passivo não circulante.
(C) ativo não circulante − investimentos, patrimônio
líquido e passivo não circulante.
(D) ativo não circulante − investimentos, patrimônio
líquido e passivo circulante.
(E) ativo realizável a longo prazo, ativo não circulante −
investimentos e passivo não circulante.
Conta-contábil
Valor
Disponível
20.000,00
Títulos e Valores Mobiliários
23.000,00
Clientes
40.000,00
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
(2.000,00)
Impostos a Recuperar
9.000,00
Marcas e Patentes
3.000,00
Depósitos em Garantia
10.000,00
Estoques de Mercadorias
40.000,00
Investimentos em Controladas
44.000,00
Gabarito “C”
Veículos
75.000,00
No reconhecimento
inicial, NÃO compõe o custo de um item do ativo imobilizado os
Depreciação Acumulada de Veículos
(7.000,00)
TOTAL DO ATIVO
255.000,00
(Auditor Fiscal – São Paulo/SP – FCC – 2012)
(A) custos com a promoção de produtos gerados por tal
ativo.
Gabarito “B”
I: classificada como investimento permanente, visto que não há
intenção de venda; II: classificada como conta redutora do patrimônio
líquido, ações em tesouraria; III: classificada passivo não circulante,
considerando que a obrigação não vencerá dentro do exercício seguinte.
Em 31/12/X9, o Patrimônio
Líquido da Cia Participações era, em reais,
(Auditor Fiscal/RO – 2010 – FCC)
(B) impostos não recuperáveis sobre a compra.
(C) custos de fretes e manuseio.
(D) custos de montagem.
(E) custos de preparação do local de instalação.
O CPC 27 – Ativo Imobilizado – define que o custo de um item do
ativo imobilizado compreende: a) seu preço de aquisição, acrescido
de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a
compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos;
b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local
e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma
pretendida pela administração;e c) a estimativa inicial dos custos de
desmontagem e remoção do item e de restauração do local (sítio) no
qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que
a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência
de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes da
produção de estoque durante esse período.
(A) 217.000,00
(B) 219.000,00
(C) 225.000,00
(D) 227.000,00
(E) 237.000,00
Das contas apresentadas na questão, as seguintes compõem o patrimônio líquido da Cia. Participações:
Conta-contábil
Valor
Despesas Administrativas
(3.000,00)
Despesas Financeiras
(8.000,00)
Receitas Financeiras
6.000,00
Custo das Mercadorias Vendidas
(80.000,00)
Gabarito “A”
Reserva Legal
8.000,00
Na combinação de
negócios, o adquirente deve mensurar os ativos identificáveis adquiridos pelos seus respectivos
Abatimento sobre Vendas
(1.500,00)
Receita de Vendas
200.000,00
(A) custos históricos corrigidos na data de aquisição.
(B) valores justos da data de aquisição.
(C) valores justos do último balanço patrimonial anterior
Capital Social
110.000,00
Receita de Equivalência Patrimonial
6.500,00
Ações em Tesouraria
(4.000,00)
(Auditor Fiscal – São Paulo/SP – FCC – 2012)
à aquisição.
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130
FABRÍCIO BARROS
Despesas de Depreciação de Veículos
(4.000,00)
Ajuste de Avaliação Patrimonial (devedor)
(9.000,00)
Despesas com Vendas
(2.000,00)
TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
219.000,00
X9 o cliente não pagou a duplicata, a empresa, nesta
data, debitou
(A) Duplicatas Descontadas e creditou Disponível, no
valor de R$ 28.000,00.
(B) Duplicatas Descontadas e creditou Clientes, no valor
de R$ 30.000,00.
Gabarito “B”
(C) Perdas com Clientes e creditou Clientes, no valor de
R$ 28.000,00.
Demonstração dos Fluxos
de Caixa, são itens classificados como fluxo de caixa das
atividades de financiamento
(D) Duplicatas Descontadas e creditou Disponível, no
(A) os pagamentos de caixa a fornecedores de merca-
(E) Disponível e creditou Duplicatas Descontadas no
Nas atividades de financiamento são registradas as transações que se
relacionam com os empréstimos de credores e investidores à entidade.
Dentre os itens elencados na questão, apenas os pagamentos de caixa
para resgatar ações da entidade e para reduzir o passivo relativo a
arrendamento mercantil financeiro relacionam-se a atividades de
financiamento.
Gabarito “C”
(Auditor Fiscal/RO – 2010 – FCC) Sobre os ativos intangíveis
gerados internamente pode-se afirmar que
(A) os gastos da empresa, tanto na fase de pesquisa quanto
na fase de desenvolvimento, devem ser reconhecidos
no ativo da entidade.
(B) as atividades destinadas à obtenção de novos conhecimentos devem ser reconhecidas no ativo pelo valor
do custo.
(C) os gastos com o projeto devem ser considerados
como incorridos apenas na fase de desenvolvimento,
quando a entidade não conseguir diferenciar a fase
de pesquisa da fase de desenvolvimento.
(D) os gastos na fase de desenvolvimento, em qualquer
situação, devem ser reconhecidos no resultado.
(E) a entidade pode, durante a fase de desenvolvimento
e em alguns casos, identificar um ativo intangível e
demonstrar que o mesmo gerará prováveis benefícios
econômicos futuros.
Segundo o artigo 179 da lei 6.404/76 devem ser registrados no ativo
intangível “os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade,
inclusive o fundo de comércio adquirido”. Para registrar um ativo como
intangível é necessário que ele apresente expectativa de gerar benefícios.
Gabarito “E”
Em 01/06/X9, a empresa
Dara efetuou o desconto de duplicatas no valor de R$
30.000,00, cujo vencimento era 31/07/X9, à taxa de juros
de 2,5% a.m. (juros simples). As despesas cobradas pelo
banco foram de R$ 500,00. Sabendo que no dia 31/07/
(Auditor Fiscal/RO – 2010 – FCC)
valor de R$ 28.000,00.
Ao descontar uma duplicata, a empresa continua responsável pelo
resgate do título no vencimento. Como o cliente não pagou a duplicata,
a empresa deverá pagá-la, e neste caso deve creditar o disponível (pelo
pagamento da dívida) e debitar duplicatas descontadas (retirando o
título do desconto).
(Auditor Fiscal/RO – 2010 – FCC) Ao contabilizar os dividendos
distribuídos por controladas, a controladora debita Caixa/
Contas a Receber e credita
(A) Receita Eventual.
(B) Receita de Dividendos.
(C) Investimentos.
(D) Outras Receitas.
(E) Receita de Equivalência Patrimonial.
O investimento em empresas controladas é contabilizado pelo método
de equivalência patrimonial. Sendo assim, a controladora deverá registrar a variação do valor do investimento pelos resultados apresentados
pelas controladas e os dividendos devem ser distribuídos contra a
conta de investimentos.
Gabarito “C”
dorias e serviços e o caixa recebido pela emissão de
instrumentos patrimoniais.
(B) os recebimentos de caixa decorrentes de royalties,
honorários, comissões e outras receitas e a amortização de empréstimos e financiamentos.
(C) os pagamentos de caixa para resgatar ações da entidade e para reduzir o passivo relativo a arrendamento
mercantil financeiro.
(D) o caixa recebido proveniente da emissão de debêntures e os pagamentos para aquisição de ações ou
instrumentos de dívida de outras entidades.
(E) os pagamentos de caixa para aquisição de ativo
intangível e o pagamento de dividendos.
valor de R$ 30.000,00.
Gabarito “D”
(Auditor Fiscal/RO – 2010 – FCC) Na
Uma empresa adquiriu uma
máquina, em 01/01/X1, pelo valor de R$ 240.000,00
para utilização em suas operações. A vida útil econômica, estimada pela empresa, para esta máquina foi de
6 anos, sendo que a empresa esperava vendê-la por R$
60.000,00 ao final deste prazo. No entanto, no início do
segundo ano de uso, a empresa reavaliou que a vida útil
remanescente da máquina era de três anos e o valor estimado de venda ao final deste período era R$ 45.000,00.
A empresa utiliza o método das quotas constantes e, no
final de X1, não houve ajuste no valor do ativo pelo teste
de recuperabilidade.
(Auditor Fiscal/RO – 2010 – FCC)
Sendo assim, os valores das despesas de depreciação
nos anos X1 e X2, em relação a essa máquina, foram,
respectivamente, e em reais,
(A) 30.000,00
(B) 30.000,00
(C) 40.000,00
(D) 40.000,00
(E) 45.000,00
e 55.000,00
e 65.000,00
e 40.000,00
e 70.000,00
e 50.000,00
Ano 1: No primeiro ano de uso do bem o valor depreciável considerado
foi de R$180.000,00 (R$240.000,00 – R$60.000,00), o que implica uma
despesa de depreciação de R$30.000,00 (valor depreciável dividido
pelos anos de vida útil).
Ano 2: No início do segundo ano o valor contábil do bem era de
R$210.000,00 (custo histórico de R$240.000,00 deduzido da depreciação do primeiro ano). Sendo assim, o valor depreciável do bem passou
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8. CONTABILIDADE
Gabarito “A”
Uma empresa adquiriu um
veículo por arrendamento mercantil financeiro que será
pago em 48 prestações mensais de R$ 1.000,00 cada. O
valor presente das prestações é de R$ 30.673,00 e a taxa
de juros compostos implícita no arrendamento mercantil
é de 2% ao mês. No momento da aquisição, a empresa
deve reconhecer, em reais,
(Auditor Fiscal/RO – 2010 – FCC)
(A) um ativo de 30.673,00.
(B) um passivo de 48.000,00.
(C) um ativo de 48.000,00 e uma receita financeira de
17.327,00.
(D) um ativo de 30.673,00 e uma despesa financeira de
17.327,00.
(E) um ativo de 30.673,00 e uma despesa financeira de
613,46.
Por se tratar de um arrendamento mercantil financeiro, cujas características se assemelham a uma aquisição a prazo, no momento da
aquisição a empresa registrará um ativo, pelo direito de uso do bem,
e um passivo, pelas obrigações a pagar pela operação, no valor de
R$30.673,00, que é o valor presente da operação.
Gabarito “A”
(Auditor Fiscal/RO – 2010 – FCC) Compete
ao Conselho Fiscal:
I.
fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos
administradores e verificar o cumprimento dos seus
deveres legais e estatutários.
II. denunciar, por qualquer de seus membros, aos órgãos
de administração e, se estes não tomarem as provi-
dências necessárias para a proteção dos interesses da
companhia, à Assembleia Geral, os erros, fraudes ou
crimes que descobrir e sugerir providências úteis à
companhia.
III. analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e
demais demonstrações financeiras elaboradas periodicamente pela companhia.
IV. fornecer ao acionista, ou grupo de acionistas que
representem, no mínimo, 20% do capital social,
sempre que solicitadas, informações sobre matérias
de sua competência.
Está correto o que se afirma em
(A) IV, apenas.
(B) III e IV, apenas.
(C) II e IV, apenas.
(D) I, II e III, apenas.
(E) I, II, III e IV.
I: competência elencada no artigo 163 da lei 6.404/76; II: competência
elencada no artigo 163 da lei 6.404/76; III: competência elencada no
artigo 163 da lei 6.404/76; IV: o § 6º do artigo 163 da lei 6.404/76
define que “o conselho fiscal deverá fornecer ao acionista, ou grupo
de acionistas que representem, no mínimo 5% (cinco por cento) do
capital social, sempre que solicitadas, informações sobre matérias de
sua competência”.
Gabarito “D”
a ser R$165.000,00 (R$210.000,00 – R$45.000,00), o que implica uma
despesa de depreciação de R$55.000,00 (valor depreciável dividido
pelos anos de vida útil remanescente).
131
(Auditor Fiscal/RO – 2010 – FCC) A Cia. Exatos, empresa de
consultoria contábil, iniciou suas atividades em 01/12/
X9, com um capital social de R$ 100.000,00, sendo R$
60.000,00 integralizados em dinheiro e R$ 40.000,00 a
serem integralizados no mês de janeiro. Durante o mês de
dezembro de X9, ocorreram os seguintes fatos contábeis:
Aquisição, a prazo, de material de consumo........................................................................................ R$ 6.000,00
Pagamento de assinatura de jornal em 31/12/X9.................................................................................. R$ 1.000,00
Compra de equipamentos para pagamento em 35 dias sem juros ....................................................... R$ 40.000,00
Pagamento a fornecedores de material de consumo ............................................................................ R$ 2.000,00
Recebimento de adiantamento de clientes por serviços contratados a serem prestados em 40 dias..... R$ 36.000,00
Reconhecimento da despesa com salários e pró-labore para pagamento em janeiro de X10 ...............R$ 48.000,00
Aplicação financeira em 31/12/X9...................................................................................................... R$ 20.000,00
Serviços prestados a clientes para recebimento em 60 dias ................................................................ R$ 85.000,00
Reconhecimento e pagamento de despesas gerais............................................................................... R$ 5.000,00
Obtenção de empréstimos bancários de longo prazo.......................................................................... R$ 28.000,00
Compra à vista de um imóvel.............................................................................................................. R$ 75.000,00
O valor total do Ativo da Cia. Exatos, em 31/12/X9 era, em reais,
(A) 220.000,00
(B) 248.000,00
(C) 269.000,00
(D) 288.000,00
(E) 296.000,00
A seguir está apresentada a movimentação decorrente das operações da empresa em dezembro de X9:
Ativo
Passivo
Saldo inicial
60.000,00
Aquisição, a prazo, de material de consumo
6.000,00
Pagamento de assinatura de jornal em 31/12/X9
movimentação de contas do ativo
Compra de equipamentos para pagamento em 35 dias sem juros
40.000,00
Patrimônio Líquido
60.000,00
6.000,00
40.000,00
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132
FABRÍCIO BARROS
Pagamento a fornecedores de material de consumo
-2.000,00
-2.000,00
Recebimento de adiantamento de clientes por serviços contratados a
36.000,00
serem prestados em 40 dias
36.000,00
Reconhecimento da despesa com salários e pró-labore para pagamento
em janeiro de X10
48.000,00
-48.000,00
Aplicação financeira em 31/12/X9
Serviços prestados a clientes para recebimento em 60 dias
85.000,00
85.000,00
Reconhecimento e pagamento de despesas gerais
-5.000,00
-5.000,00
Obtenção de empréstimos bancários de longo prazo
28.000,00
Compra à vista de um imóvel
movimentação de contas do ativo
Saldo final
248.000,00
28.000,00
156.000,00
92.000,00
Gabarito “B”
I.
O terreno onde funciona o estacionamento para os
funcionários da empresa é um Ativo Imobilizado.
II. Os títulos do tesouro nacional com vencimento em
oito anos, mas disponíveis para venda pela empresa,
devem ser classificados no Ativo Circulante.
III. As ações de outras empresas, cuja intenção da
administração é vendê-las em até 3 anos, devem ser
classificadas em Investimentos.
IV. O valor do adiantamento a fornecedores de matéria-prima pode ser classificado como Ativo Circulante.
V. As subvenções governamentais para investimentos
são consideradas Reserva de Capital.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I, II e IV.
(C) II, III e IV.
(D) II, IV e V.
(E) III e V.
(B) a constituição da reserva legal.
(C) o aumento do capital social.
(D) o lucro líquido do exercício.
(E) a reversão da reserva para contingências.
O artigo 186 da lei 6.404/76 define que a demonstração de lucros ou
prejuízos acumulados discriminará: o saldo do início do período, os
ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial,
as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício e as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao
capital e o saldo ao fim do período. O § 2º do mesmo artigo define ainda
que a demonstração deverá indicar o montante do dividendo por ação
do capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações
do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia. Dadas
as características da demonstração, apenas o aumento do capital social
não seria evidenciado.
Gabarito “C”
Para atender às necessidades
de informações dos usuários da contabilidade, o Balanço
Patrimonial possui uma estrutura própria em que as contas
contábeis são classificadas em grupos e subgrupos. Em
relação a este assunto, considere:
(Auditor Fiscal/RO – 2010 – FCC)
(Auditor Fiscal/RO – 2010 – FCC) Considere os dados extraídos
da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
da empresa A referentes ao exercício financeiro de X1:
Descrição ..........................................................R$ (mil)
AUMENTO DE CAPITAL SOCIAL
Com Lucros e Reservas .................................. 13.000,00
I: Correta, pois o fato de ser utilizado pelos funcionários representa uma
utilização na atividade da empresa; II: Correta, apesar do vencimento
dos títulos ocorrerem no longo prazo, a intenção da empresa é manter
os títulos para venda a qualquer tempo, devendo portanto registrá-los
no ativo circulante; III: Incorreta, as ações registradas em investimentos
são aquelas cuja intenção da empresa é manter investimentos permanentes. Investimentos com intenção de venda devem ser registrados
no circulante ou não circulante, a depender do prazo que se pretende
realizar o investimento; IV: Correta, o adiantamento a fornecedores deve
ser registrado no ativo circulante, representando o valor a receber do
fornecedor em mercadorias; V: Incorreta, pois a partir da edição da lei
11.638/2007, as subvenções passaram a ser contabilizadas de duas
maneiras: a) Doações e subvenções recebidas de forma incondicional
(sem que nenhuma obrigação reste à empresa) – serão registradas
diretamente no resultado; b) Doações e subvenções que para se efetivarem dependem de eventos futuros – serão registradas no passivo
para apropriação ao resultado quando do cumprimento das obrigações.
Gabarito “B”
(Auditor Fiscal/RO – 2010 – FCC) NÃO se evidencia na Demons-
tração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
(A) a distribuição de dividendos.
Por subscrição realizada ................................ 17.000,00
REVERSÃO DE RESERVAS
De Contingências ........................................... 3.000,00
De Lucros a Realizar ....................................... 1.080,00
AQUISIÇÃO DE AÇÕES ..................................... 280,00
LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO ............... 14.000,00
PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO DE DESTINAÇÃO
DO LUCRO:
Transferências para reservas
Reserva Legal ....................................................... 700,00
Reserva Estatutária ............................................ 5.150,00
Reserva de Lucros a Realizar ............................... 150,00
Distribuição de Dividendos ............................. 12.080,00
A variação no total do Patrimônio Líquido foi, em milhares de reais,
(A) 18.640,00
(B) 18.920,00
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8. CONTABILIDADE
(C) 30.720,00
(D) 32.640,00
(E) 66.440,00
133
(E) Perdas de créditos.
Dentre os dados apresentados, alguns alteram o valor do patrimônio e
outros representam movimentação de valores entre as próprias contas
do patrimônio líquido. Dentre as operações elencadas pela questão, as
apresentadas a seguir alteram o valor do patrimônio líquido:
Operações
Valores
A conta duplicatas descontadas é redutora do ativo (credora). Isso
porque quando do desconto da duplicata a empresa continua a ter
responsabilidade sobre o título, que não pode ser baixado de sua
contabilidade. Ao descontar a duplicata entrará o dinheiro referente
à operação no caixa (débito) e a conta duplicatas descontadas será
creditada, anulando o efeito do título descontado na contabilidade, mas
mantendo seu registro. Quando uma duplicata é devolvida pelo banco,
significa que este não conseguiu resgatá-la. Nesse caso, o banco irá
descontar da empresa emitente do título esse valor, que ocorrerá à
crédito da conta caixa e débito de duplicatas descontadas, fazendo com
o valor do título volte a figurar no ativo da empresa.
Aumento de capital por subscrição
17.000,00
Aquisição de ações
(280,00)
Lucro líquido do exercício
14.000,00
Gabarito “D”
Distribuição de dividendos
(12.080,00)
TOTAL
18.640,00
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC) Uma companhia contratou, em 01.09.2005, um seguro contra incêndio para
sua fábrica, com prazo de três anos e vigência imediata,
tendo pago, pela respectiva apólice, a importância de R$
115.200,00. Em 31.12.2005, deverá constar no grupo do
Ativo Circulante, do Balanço Patrimonial da companhia,
como despesa do exercício seguinte, a importância correspondente a, em R$:
empresas de capital aberto
são obrigadas a publicar e divulgar um conjunto de
informações contábeis. Sobre este assunto, considere:
I.
As demonstrações serão complementadas por notas
explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento da
situação patrimonial e dos resultados do exercício.
II. O relatório anual da administração deve relacionar os
investimentos da companhia em sociedades coligadas
e controladas e mencionar as modificações ocorridas
durante o exercício.
III. As notas explicativas devem divulgar as informações
exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil
que não estejam apresentadas em nenhuma outra
parte das demonstrações financeiras.
IV. As notas explicativas devem indicar os ônus reais
constituídos sobre elementos do ativo, as garantias
prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes.
V. A realização de auditoria das demonstrações contábeis e emissão de parecer sobre sua adequação quanto
às normas e práticas contábeis adotadas no Brasil é
de competência do conselho fiscal.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) III e V.
(B) II, IV e V.
(C) I, III e IV.
(D) I, II e IV.
(E) I, II, III e IV.
(A) 38.400,00
(B) 32.000,00
(C) 25.600,00
(D) 19.200,00
(E) 12.800,00
Trata a questão da contabilização de uma despesa antecipada. Nesse
caso, o ativo “despesa antecipada” será baixado à medida que o tempo
do contrato transcorrer. Com base no valor total do contrato, é possível
concluir que mensalmente será lançado para o resultado R$3.200
(R$115.200 ÷ 36 meses). Como ficará contabilizado no curto prazo,
o montante que será realizado até o final do exercício subsequente
(12 meses), temos um total de R$38.400 (R$3.200 x 12 meses) a ser
lançado no ativo circulante.
Gabarito “A”
Gabarito “A”
(Auditor Fiscal/RO – 2010 – FCC) As
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC)
É uma conta redutora
do Ativo Permanente a provisão
(A) para créditos de liquidação duvidosa.
(B) de ajuste de bens ao valor de mercado.
(C) para perdas prováveis na alienação de investimentos.
(D) para férias.
(E) para contingências.
A: redutora do ativo circulante ou realizável a longo prazo; B: redutora
do ativo circulante ou realizável a longo prazo; C: redutora da conta
investimentos, subgrupo do ativo permanente; D: conta do passivo;
E: conta do passivo.
Gabarito “E”
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC) A devolução pelo
banco de uma duplicata descontada, cujo pagamento
não foi honrado pelo devedor, deve ser contabilizada
na escrituração da empresa emitente a débito da conta
(A) Bancos Conta Movimento.
(B) Duplicatas a Receber.
(C) Duplicatas a Pagar.
(D) Duplicatas Descontadas.
Gabarito “C”
I: Correta, de acordo com o § 4º do artigo 176 da lei 6.404/76; II: Correta,
de acordo com o artigo 243 da lei 6.404/76; III: Correta, de acordo com
o § 5º do artigo 176 da lei 6.404/76; IV: Correta, de acordo com o § 5º
do artigo 176 da lei 6.404/76; V: Incorreta, pois a emissão de parecer
é de responsabilidade dos auditores independentes.
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC) A Cia. Santo Amaro
possui 80% das ações com direito a voto de sua controlada, a Cia. Santa Maria, que representam 40% do total
do capital social da investida. No exercício de 2005, a
Cia. Santa Maria vendeu um lote de mercadorias para
a investidora por R$ 400.000,00, auferindo um lucro
de R$ 100.000,00 na transação. Sabendo-se que, em
31.12.2005, o Patrimônio Líquido da controlada era de
R$ 750.000,00 e que a investidora mantinha integralmente o referido lote de mercadorias em seus estoques,
a participação societária, avaliada pelo método da
equivalência patrimonial na contabilidade da Cia. Santo
Amaro, corresponderá a, em R$:
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FABRÍCIO BARROS
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC) A Cia. Amsterdã é proprietária de um imóvel, cujo valor contábil estava assim
escriturado em sua contabilidade, no dia 02.04.2005:
(A) 175.000,00
(B) 200.000,00
(C) 260.000,00
(D) 400.000,00
(E) 520.000,00
Custo de aquisição............................. R$ 580.000,00
Valor da participação antes dos ajustes (40%
de R$750.0000)
300.000,00
Ajuste desconsiderando o lucro não realizado
entre controladora e controlada
100.000,00
Valor final da participação
200.000,00
Gabarito “B”
O recebimento de
dividendos de participações societárias avaliados pelo
custo deve ser registrado, na escrituração da empresa
investidora, a crédito de conta representativa
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC)
(A) de
(B) de
(C) de
(D) da
(E) de
receita operacional.
receita não operacional.
resultado da equivalência patrimonial.
própria participação societária.
deságio na aquisição de investimentos.
As receitas decorrentes de participações societárias são consideradas
como operacionais, pois no grupo de resultado não operacional são
registradas apenas operações decorrentes do lucro ou prejuízo na venda
ou baixa de bens do ativo permanente.
Gabarito “A”
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC) É uma reserva de capital
a Reserva
(A) para Dividendos Obrigatórios Não Distribuídos.
(B) Estatutária.
(C) para Contingências.
(D) Legal.
(E) de Subvenções para Investimento.
O gabarito deu como correto o item “e”, subvenções para investimento,
pois quando da realização da prova, esse item ainda fazia parte das
reservas de capital. No entanto, a lei 11.638/2007 revogou o inciso
que trazia a opção de contabilização das subvenções para investimento
nesse grupo. Atualmente contabilizam-se como reserva de capital,
conforme os parágrafos 1º e 2º apresentados a seguir:
§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que
registrarem:
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal
e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive
nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;
§ 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da
correção monetária do capital realizado, enquanto não capitalizado.
(A) 4.350,00
(B) 5.950,00
(C) 7.650,00
(D) 10.200,00
(E) 12.000,00
A questão trata de reavaliação de ativos, técnica que foi abolida da lei
6.404/76 desde a edição da lei 11.638/2007. Como ainda existem valores
reavaliados que permanecerão nos ativos da empresas até sua completa
baixa, apresentamos a seguir o cálculo da resolução da questão:
Valor original 116.000,00 5.800,00
Total do primeiro ano
(depreciação x 9 meses)
40%
Depreciação mensal
% de participação no patrimônio líquido da
investida
Nessa mesma data, a Assembleia Geral da companhia
aprovou um laudo de reavaliação do referido imóvel,
cujo valor de mercado foi estimado em R$ 320.000,00,
e o restante de sua vida útil, em 20 anos, tendo sido
efetuada a contabilização correspondente do ajuste no
valor do imóvel e da respectiva reserva de reavaliação.
No final do exercício, foi lançada uma despesa de depreciação de R$ 12.000,00, relativa ao imóvel reavaliado.
Supondo-se a inexistência de impostos e contribuições
sobre o lucro, a companhia deve considerar que a
reserva de reavaliação foi realizada parcialmente no
valor de, em R$:
Depreciação anual
750.000,00
(=) Valor contábil ................................ R$ 116.000,00
Contabilidade
Patrimônio líquido da investida
(-) Depreciação acumulada.............. (R$ 464.000,00)
483,33
4.350,00
Reavaliação
204.000,00 10.200,00 850,00
7.650,00
TOTAL
320.000,00 16.000,00 1.333,33 12.000,00
Como pode ser observado do total depreciado no período, R$7.650,00
refere-se à reavaliação.
Uma pessoa jurídica
aliena ações em tesouraria, obtendo um resultado positivo. A contrapartida credora do lançamento contábil
respectivo será efetuada em conta de
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC)
(A) resultado não operacional.
(B) resultado operacional.
(C) ajustes de exercícios anteriores.
(D) patrimônio líquido.
(E) ágio na alienação de investimentos.
As ações em tesouraria são registradas no Patrimônio líquido em conta
redutora (devedora). A alienação dessas ações exigirá um crédito na
conta de ações em tesouraria e débito na conta caixa.
Gabarito “D”
Quando da apuração do valor de uma participação societária, é necessário que se exclua as operações dentro do grupo que não representam a
realização de lucro. É o caso das empresas apresentadas na questão, que
realizaram uma operação dentro do grupo e cujo lucro não foi realizado
pelo fato de a empresa adquirente da mercadoria manter em estoque o
produto. A seguir está o resumo da apuração do valor a ser contabilizado
como investimento da Cia. Santo Amaro na Cia. Santa Maria:
Gabarito “C”
134
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC) Considere as seguintes
informações extraídas da contabilidade da Cia. Moinho
de Ouro, relativas ao exercício findo em 31.12.2005:
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
Gabarito “E”
8. CONTABILIDADE
135
Lucro líquido do exercício
340.000,00
Resultado positivo na equivalência
patrimonial
(C) Constituição de reserva de reavaliação de bens imóveis.
(D) Empréstimos efetuados a empresas coligadas ou
169.000,00
(E) Aquisição de investimentos permanentes com paga-
Lucro com realização financeira a
ocorrer em 2007
13.000,00
controladas.
mento de ágio.
(A) 1.000,00
(B) 4.500,00
(C) 8.000,00
(D) 16.500,00
(E) 21.000,00
Do total de R$340.000 de lucro, R$182.000 (R$169.000 + R$13.000)
não se realizou financeiramente, restando R$158.000 (R$340.000
– R$182.000) de lucros realizados. Os lucros realizados serão distribuídos como dividendos, restando R$8.000 para completar o total de
R$166.000 de dividendo obrigatório que necessitam ser registrados
como reserva de lucros a realizar para futura distribuição.
Gabarito “C”
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC) A Cia. Iguaçu alienou
em 31.01.2006, uma máquina de seu Ativo Imobilizado
por R$ 49.500,00. A máquina havia sido adquirida em
15.09.2001 por R$ 77.000,00 e colocada imediatamente
em funcionamento nas atividades operacionais da companhia. O valor residual da máquina foi estimado em R$
5.000,00. Sabendo-se que a sociedade adota a taxa de
depreciação linear de 10% ao ano, lançada mensalmente,
foi auferido na operação um ganho de capital de, em R$:
(A) 4.300,00
(B) 4.900,00
(C) 5.500,00
(D) 9.300,00
(E) 9.900,00
Gabarito “C”
Se o dividendo obrigatório da companhia, calculado de
acordo com o disposto na Lei das Sociedades por Ações,
for de R$ 166.000,00, ela poderá constituir reserva de
lucros a realizar no valor de, em R$:
As transações evidenciadas na demonstração das mutações do patrimônio líquido são aquelas que envolvem as contas do patrimônio líquido.
Dentre as opções da questão, apenas a conta de reserva de reavaliação
atende essa característica.
A Cia. Vértice vendeu
mercadorias à sua controlada no valor de R$ 250.000,00,
obtendo um lucro de 25% sobre o preço de custo. No
final do exercício, a investidora mantinha em estoque
20% do referido lote, tendo vendido o restante a terceiros
obtendo um lucro de R$ 150.000,00. A controladora
possui 60% das ações da investida. Na apuração do
Balanço Patrimonial consolidado, o montante do lucro
não realizado nessas transações, a ser deduzido do valor
dos estoques da controlada, correspondeu a, em R$:
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC)
(A) 6.000,00
(B) 7.500,00
(C) 8.000,00
(D) 10.000,00
(E) 12.500,00
Ao definir que venda entre as empresas no valor de R$250.000 obteve
um lucro igual a 25% do preço de custo, a questão impõe que a única
possibilidade de demonstração do resultado é a apresentada a seguir:
Receita
250.000
(-) CMV
(200.000)
(=) Lucro
50.000
Se a empresa controlada não houvesse vendido ainda as mercadorias
adquiridas, todo o valor do lucro deveria ser excluído no momento da
apuração da consolidação. Como a empresa ficou com apenas 20%
das mercadorias, é esse percentual que será aplicado sobre o lucro
para apurar o valor da exclusão, que no caso será igual a R$10.000
(R$50.000 x 20%)
Gabarito “D”
Apresentamos a seguir o quadro demonstrando o ganho com a venda
do ativo:
Valor depreciável (R$77.000 - R$5.000)
72.000,00
Depreciação mensal
(R$72.000 ÷ 10 anos ÷ 12 meses)
600,00
Valor depreciado de 15/9/2001 a 31/1/2006
(depreciação mensal x 53 meses)
31.800,00
Valor líquido do ativo no momento da venda
(R$77.000 - R$31.800)
45.200,00
Valor do ganho com a venda
4.300,00
(R$49.500 - R$45.200)
O período depreciado de 53 meses considera o mês de setembro de
2001 no cálculo, pois o bem foi adquirido dentro da primeira quinzena
do mês.
Gabarito “A”
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC) É transação evidenciada
na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido:
(A) Alienação de bens do ativo permanente com resultado
não operacional nulo.
(B) Compra de bens do ativo imobilizado financiada por
empréstimo a longo prazo.
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC) A
Cia. Novo Horizonte
elabora a demonstração do fluxo de caixa pelo método
direto. São dadas as seguintes informações extraídas
de sua contabilidade, referentes ao exercício de 2005,
em R$:
Saldo inicial da conta Fornecedores
200.000,00
Saldo final da conta Estoque de Mer400.000,00
cadorias
Custo das mercadorias vendidas
950.000,00
Saldo inicial da conta Estoque de Mer380.000,00
cadorias
Saldo final da conta Fornecedores
260.000,00
O valor pago pela companhia a fornecedores no exercício
de 2005 correspondeu a, em R$:
(A) 950.000,00
(B) 910.000,00
(C) 890.000,00
(D) 870.000,00
(E) 840.000,00
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Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
136
FABRÍCIO BARROS
Com base nos dados apresentados pela questão, é possível montar a seguinte movimentação entre as contas contábeis:
Estoque
Fornecedores
Saldo inicial
380.000,00
200.000,00
Saldo inicial
(2)
970.000,00
950.000,00
(1)
970.000,00
(2)
Saldo final
400.000,00
260.000,00
Saldo final
910.000,00
(3)
CMV
(1)
(3)
910.000,00
Caixa
950.000,00
Lançamento 1 – é o registro a débito do custo da mercadoria vendida, cujo crédito é a baixa do estoque.
Lançamento 2 – é o registro a débito no estoque que fará o saldo final da conta atingir o valor final de R$400.000. Esse lançamento representa as
mercadorias adquiridas no período, e seu crédito será efetuado à conta Fornecedores, representando o valor a pagar.
Lançamento 3 – é o registro do débito na conta Fornecedores que fará o saldo final da conta atingir o valor de R$260.000. Esse lançamento
representa o pagamento de fornecedores, e ocorrerá a crédito da conta caixa.
Gabarito “B”
(Auditor Fiscal/PB – 2006 – FCC) É
INCORRETO afirmar:
(A) A situação de passivo a descoberto ocorre quando o
valor do passivo exigível da sociedade é superior ao
montante dos bens e direitos que compõe o seu ativo.
(B) No balanço patrimonial as contas do ativo são classificadas em ordem crescente do grau de liquidez,
enquanto as contas do passivo são classificadas em
ordem crescente do grau de exigibilidade.
(C) A diferença entre o valor total do ativo circulante e o
valor total passivo circulante de uma entidade representará o montante do capital circulante líquido.
(D) O objeto e o campo de aplicação da contabilidade
são respectivamente o patrimônio e a azienda.
(E) Os investimentos relevantes em sociedades controladas, ou coligadas com participação mínima de 20%
no capital social ou que tenha influência na administração, serão avaliados pelo método da equivalência
patrimonial.
A incorreção do item “b” está no fato de que o § 1º do artigo 178 da
lei 6.404/76 define que “no ativo, as contas serão dispostas em ordem
decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados”. Os
demais itens estão corretos.
Gabarito “B”
Instruções: Considere os componentes da Demonstração
de Resultados do Exercício de 31/12/2005 da empresa
Equipamentos Modernos S.A., para responder às questões
de números 3 e 4.
Receita Operacional Bruta de Vendas
R$ 1.600.000,00
Descontos Incondicionais Concedidos
R$ 40.000,00
Devolução de Vendas
R$ 60.000,00
ICMS sobre Vendas
R$ 270.000,00
Demais Impostos Incidentes sobre
Vendas
R$ 138.750,00
Custo das Mercadorias Vendidas –
CMV
R$ 391.250,00
Despesas Operacionais (Vendas e
Administrativas)
R$ 300.000,00
Descontos Financeiros Obtidos
R$ 36.000,00
Descontos Financeiros Concedidos
R$ 16.000,00
Variações Monetárias Ativas
R$ 64.000,00
Resultado Positivo em Participações
Societárias
R$ 220.000,00
Reversão de Provisões
R$ 40.000,00
Ganho de Capital na Venda de Bens
Permanentes
R$ 65.250,00
PIS Despesa Operacional
R$ 1.650,00
COFINS Despesa Operacional
R$ 7.600,00
Provisão para Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido
R$ 120.000,00
Provisão para o Imposto de Renda
R$ 180.000,00
(Auditor Fiscal/PB – 2006 – FCC) Os valores da receita operacional líquida (vendas líquidas), do lucro operacional
líquido e do lucro líquido do exercício da empresa
Equipamentos Modernos S.A., em 31/12/2005, nessa
ordem, foram, em R$, de:
(A) 1.022.000,00;
(B) 1.050.500,00;
(C) 1.091.250,00;
(D) 1.100.250,00;
(E) 1.195.250,00;
680.000,00 e 350.000,00
700.000,00 e 405.000,00
734.750,00 e 500.000,00
785.750,00 e 655.555,00
845.250,00 e 755.555,55
A organização dos dados da questão na forma de Demonstração do
Resultado do Exercício permite identificar que a receita operacional
líquida é R$1.091.250,00, o lucro operacional líquido é R$734.750,00
e o lucro líquido é R$500.000,00, conforme apresentado a seguir:
Receita Operacional Bruta de Vendas
1.600.000,00
Descontos Incondicionais Concedidos
-40.000,00
Devolução de Vendas
-60.000,00
ICMS sobre Vendas
-270.000,00
Demais Impostos Incidentes sobre Vendas
-138.750,00
Receita líquida
1.091.250,00
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8. CONTABILIDADE
Custo das Mercadorias Vendidas – CMV
-391.250,00
Lucro bruto
700.000,00
Despesas Operacionais (Vendas e Administrativas)
-300.000,00
Descontos Financeiros Obtidos
36.000,00
Descontos Financeiros Concedidos
-16.000,00
Variações Monetárias Ativas
64.000,00
Resultado Positivo em Participações Societárias
220.000,00
Reversão de Provisões
40.000,00
PIS Despesa Operacional
-1.650,00
COFINS Despesa Operacional
-7.600,00
Lucro operacional líquido
734.750,00
Ganho de Capital na Venda de Bens Permanentes
65.250,00
Lucro antes do IR e CS
800.000,00
Provisão para o Imposto de Renda
-180.000,00
Provisão para Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido
-120.000,00
Lucro líquido
500.000,00
Gabarito “C”
(Auditor Fiscal/PB – 2006 – FCC) Sabendo-se
que:
− não havia saldo nas contas de Reservas de Capital;
− valor do capital social integralizado é de R$
1.000.000,00;
− a conta Reserva Legal, antes da destinação do resultado apurado no exercício apresentava um saldo
credor de R$ 185.000,00.
O valor a ser destinado à constituição da reserva legal no
referido exercício social, segundo as disposições legais
vigentes, é, em R$, de
(A) 10.750,00
(B) 15.000,00
(C) 25.000,00
(D) 25.250,00
(E) 28.750,00
ELEMENTOS
01
Saldo credor da conta Lucros ou
Prejuízos Acumulados no início
do ano-calendário de 2005
60.000,00
02
Ajuste credor do ano-calendário
anterior (excesso da provisão para
o imposto de renda)
25.000,00
03
Reversão de saldo das contas de
reservas de lucros
75.000,00
04
Constituição da Reserva Legal em
31/12/2005
8.000,00
05
Constituição das demais Reservas
de Lucros em 31/12/2005
42.000.00
06
Dividendos creditados aos acionistas em 31/12/2005
150.000,00
07
Resultado Líquido do Exercício
encerrado em 31/12/2005
?
08
Saldo credor da conta Lucros
ou Prejuízos Acumulados em
31/12/2005
60.000,00
Com base nos dados apresentados, é correto afirmar que
o valor do Resultado Líquido do Exercício, apurado na
Demonstração do Resultado do Exercício levantada em
31/12/2005, em R$, foi de:
(A) 100.000,00
(B) 98.000,00
(C) 90.000,00
(D) 85.500,00
(E) 60.000,00
O exercício apresenta uma série de lançamentos que afetam o saldo da
conta Lucros/Prejuízos Acumulados, dentre elas o Resultado Líquido
do Exercício, cujo saldo não é apresentado. Demonstramos a seguir
como cada lançamento interfere no saldo final da conta Lucros/Prejuízos
Acumulados, lembrando que algumas operações irão aumentar seu
saldo e outras reduzir:
Elementos
Valores
1
Saldo credor da conta Lucros ou Prejuízos
Acumulados no início do ano-calendário 60.000,00
de 2005
2
Ajuste credor do ano-calendário anterior
(excesso da provisão para o imposto de 25.000,00
renda)
3
Reversão de saldo das contas de reservas
75.000,00
de lucros
4
Constituição da Reserva Legal em 31/12/2005 - 8.000,00
5
Constituição das demais Reservas de Lucros
- 42.000,00
em 31/12/2005
6
Dividendos creditados aos acionistas em
- 150.000,00
31/12/2005
7
Resultado Líquido do Exercício encerrado
100.000,00
em 31/12/2005
8
Saldo credor da conta Lucros ou Prejuízos
60.000,00
Acumulados em 31/12/2005
Gabarito “B”
Considere os dados relativos
à Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
da Cia. Marte Equipamentos Solares, levantada em
31/12/2005:
(Auditor Fiscal/PB – 2006 – FCC)
VALORES
(em R$)
Nº
Nº
O artigo 193 da lei 6.404/76 define que “do lucro líquido do exercício, 5%
(cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra destinação,
na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por
cento) do capital social”. O § 1º do mesmo artigo completa dizendo que
“a companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em
que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital
de que trata o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por cento) do
capital social”. Ao aplicarmos o percentual de 5% sobre o lucro líquido
obteríamos R$25.000,00 (5% de R$500.000,00). No entanto, somando
os R$25.000,00 à reserva legal existente obteríamos o valor total de
R$210.000,00 (R$185.000,00+R$25.000,00), o que ultrapassaria 20%
do capital social (20% de R$1.000.000,00), que é igual a R$200.000,00.
Sendo assim, mesmo tendo apurado R$25.000 de reserva no período, o
valor a ser constituído é de R$15.000,00, que somado à reserva existente
(R$185.000,00) atingiria o valor máximo da reserva.
137
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138
FABRÍCIO BARROS
O único valor de lucro líquido que faria o saldo da conta Lucro ou Prejuízos Acumulados atingir o valor final de R$60.000,00 é R$100.000,00.
Gabarito “A”
A Companhia Paraíba de
Cimentos apresenta em 31/12/2005, a seguinte situação
patrimonial:
04
Devolução de Compras
180.000,00
05
Descontos Incondicionais Obtidos
90.000,00
06
Descontos Incondicionais Concedidos
80.000,00
07
Impostos Incidentes
sobre Vendas
2.725.000,00
08
IPI sobre Vendas
1.000.000,00
09
Fretes sobre as Compras
de Mercadorias
40.000,00
10
Fretes sobre as Vendas
de Mercadorias
100.000,00
11
Seguro sobre as Compras
de Mercadorias
60.000,00
12
Seguro sobre as Vendas
de Mercadorias
100.000,00
13
Estoque Inicial de
Mercadorias (saldo de
31/12/2004)
325.000,00
14
Estoque Final de
Mercadorias (saldo em
31/12/2005)
475.000,00
15
Descontos Financeiros
Obtidos
63.000,00
16
Descontos Financeiros
Concedidos
19.000,00
17
Devolução de Vendas de
Exercícios Anteriores
75.000,00
(Auditor Fiscal/PB – 2006 – FCC)
−
Provisão para o Imposto de
Renda de 31/12/2005, sobre
o valor do Lucro Real
R$ 450.000,00
−
Saldo devedor da conta patrimonial denominada Lucros
ou Prejuízos Acumulados
R$ 150.000,00
−
Participações nos lucros prevista no estatuto da companhia: Administradores 10%,
Empregados 10%, Debêntures 10%.
R$ 2.600.000,00
Os valores da participação dos administradores e do lucro
líquido do exercício em 31/12/2005 foram, respectivamente, em R$, de:
(A) 600.000,00
(B) 420.000,00
(C) 300.000,00
(D) 200.000,00
(E) 162.000,00
e 1.400.000,00
e 1.350.000,00
e 1.470.000,00
e 1.570.000,00
e 1.608.000,00
O artigo 190 da lei 6.404/76 define que “as participações estatutárias de empregados, administradores e partes beneficiárias serão
determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros
que remanescerem depois de deduzida a participação anteriormente
calculada”. O artigo 201 completa definindo que antes do pagamento de
participações é necessário compensar o prejuízo acumulado existente.
Sendo assim, a base de cálculo pagamento das participações será
R$2.000.000,00 (R$2.600.000,00 – R$450.000,00 – R$150.000,00).
Seguindo a ordem de pagamentos definida pelo artigo 190, teremos a
seguinte memória de cálculo de cada participação:
Valor da
participação
Base de cálculo das participações
Saldo
2.000.000,00
debenturistas
200.000,00
1.800.000,00
empregados
180.000,00
1.620.000,00
administradores
162.000,00
1.458.000,00
Gabarito “E”
Instruções: Considere os dados abaixo da Cia. Maranhense de Máquinas Industriais em 31/12/2005, para
responder à questão seguinte.
Nº
ELEMENTOS
VALORES (em R$)
01
Receita Bruta de Vendas
10.280.000,00
02
Devolução de Vendas
200.000,00
03
Compras de Mercadorias
4.270.000,00
(Auditor Fiscal/PB – 2006 – FCC) Os valores da receita operacional bruta (vendas brutas) e da receita operacional líquida
(vendas líquidas) da Cia. Maranhense de Máquinas Industriais em 31/12/2005, nessa ordem, foram, em R$, de:
(A) 9.986.000,00 e 6.981.000,00
(B) 10.061.000,00 e 7.000.000,00
(C) 10.186.000,00 e 7.056.000,00
(D) 10.280.000,00 e 7.275.000,00
(E) 11.280.000,00 e 7.275.000,00
A receita operacional líquida é apurada retirando da receita bruta suas
deduções, conforme apresentado a seguir:
(=) Receita bruta
10.280.000,00
(-) Devoluções de vendas
(200.000,00)
(-) Vendas Canceladas
-
(-) Abatimentos sobre vendas
-
(-) Descontos incondicionais (comerciais)
concedidos
(80.000,00)
(-) Impostos e contribuições sobre vendas
(2.725.000,00)
(=) Receita operacional líquida
7.275.000,00
Sendo assim, é possível concluir que a receita operacional bruta foi dada pela
questão sob o título “receita bruta de vendas”, cujo valor é R$10.280.000,00.
A receita operacional líquida apurada é de R$7.275.000,00.
Gabarito “D”
−
Lucro Líquido do Exercício
(sem o valor da provisão para
Imposto de Renda)
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8. CONTABILIDADE
139
Instruções: Para responder às duas questões seguintes, observe os saldos das contas do Razão da Cia. Imperial do
Nordeste em 31/12/2005 e as informações adicionais, antes da contabilização da Equivalência Patrimonial e da
Apuração do Resultado do Exercício de 2005.
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO EM 31/12/2005
SALDOS (em R$)
CONTAS
DEVEDORES
CREDORES
Caixa
2.000,00
−
Bancos conta Movimento
25.000,00
−
Clientes
90.000,00
−
Estoques (Estoque Final)
108.000,00
−
Ativo Realizável a Longo Prazo (ARLP)
9.000,00
−
Participação Societária – Cia. América
60.000,00
−
Imobilizado
270.000,00
−
Depreciação Acumulada
−
45.000,00
Passivo Circulante (PC)
−
157.500,00
Passivo Exigível a Longo Prazo (PELP)
−
45.000,00
Capital Social
−
135.000,00
Lucros Acumulados
−
27.000,00
Receita de Vendas
−
469.500,00
Devoluções de Vendas
15.000,00
−
Impostos Incidentes sobre Vendas
75.000,00
−
Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)
135.000,00
−
Despesas Administrativas
36.000,00
−
Despesas com Vendas
30.000,00
−
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
24.000,00
−
TOTAIS
879.000,00
879.000,00
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
– Valor do Patrimônio Líquido da investida Cia. América no Balanço Patrimonial, levantado em 31/12/2005, somava
o valor total de R$ 210.000,00.
– O percentual de participação da Investidora Cia. Imperial do Nordeste no patrimônio líquido de sua investida
(Cia. América) em 31 de dezembro de 2005 é de 60%.
– A participação societária da investidora no capital da investida Cia. América é considerada relevante e influente.
– O valor da Provisão para o Imposto de Renda a ser contabilizado em 31 de dezembro de 2005 (apurado sobre o
valor do Lucro Real) é de R$ 20.500,00.
(Auditor Fiscal/PB – 2006 – FCC) O lucro líquido do exercício apurado na Demonstração do Resultado do Exercício levantada
em 31/12/2005 foi, em R$, de:
(A) 134.000,00
(B) 180.500,00
(C) 194.560,00
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140
FABRÍCIO BARROS
(D) 200.000,00
(E) 266.000,00
Os únicos valores ainda considerados no Balancete de Verificação para a apuração do lucro líquido são o resultado na participação de outras
sociedades e o imposto de renda, sendo que o último foi dado na questão. Quanto ao resultado na participação de outras sociedades, é possível
verificar que o valor que devia estar registrado no investimento é de R$126.000, pois esse é valor resultante do investimento de 60% sobre o patrimônio líquido de R$210.000 da empresa América. Como o registrado era de R$60.000, o lucro apurado é de R$ 66.000 (R$126.000 – R$60.000).
A seguir está apresentada a Demonstração do Resultado do Exercício da Cia Imperial do Nordeste:
Receita de Vendas
469.500,00
(-) Devoluções de Vendas
-15.000,00
(-) Impostos Incidentes sobre Vendas
-75.000,00
(=) Receita líquida
379.500,00
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)
-135.000,00
(=) Lucro bruto
244.500,00
(-) Despesas Administrativas
-36.000,00
(-) Despesas com Vendas
-30.000,00
(+) Lucro na participação de outras sociedades
66.000,00
(-) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
(CSLL)
-24.000,00
(-) Imposto de Renda
-20.500,00
(=) Lucro líquido
200.000,00
Gabarito “D”
(Auditor Fiscal/PB – 2006 – FCC) Os valores correspondentes ao total do ativo, do passivo circulante e do patrimônio líquido
no Balanço Patrimonial da Cia. Imperial do Nordeste, levantado em 31/12/2005, nessa ordem, foram, em R$, de:
(A) 585.000,00;
(B) 669.000,00;
(C) 670.000,00;
(D) 700.675,00;
(E) 785.550,00;
178.000,00 e 362.000,00
187.000,00 e 326.000,00
190.000,00 e 375.000,00
200.555,00 e 400.555,00
202.550,00 e 402.250,00
Com base nos dados apresentados pela questão e nos apurados na questão anterior é possível montar o Balanço Patrimonial apresentado a seguir,
lembrando que o valor do Passivo Circulante é o saldo anterior (R$157.500) somado imposto de renda a pagar (R$20.500) e o Lucro Acumulado
é o saldo anterior (R$27.000) somado ao lucro líquido do exercício (R$200.000).
ATIVO
PASSIVO
Caixa
2.000,00
Passivo Circulante (PC)
178.000,00
Banco conta Movimento
25.000,00
Passivo Exigível a Longo Prazo (PELP)
45.000,00
Clientes
90.000,00
Estoques (Estoque Final)
108.000,00
Ativo Realizável a Longo Prazo (ARLP)
9.000,00
Participação Societária – Cia América
126.000,00
PL
362.000,00
Imobilizado
270.000,00
Capital Social
135.000,00
Depreciação Acumulada
(45.000,00)
Lucros Acumulados
227.000,00
TOTAL
585.000,00
TOTAL
585.000,00
Gabarito “A”
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8. CONTABILIDADE
(A) contabilizar a variação cambial e os juros em conta
de resultado específica a cada variação de moeda
ocorrida.
(B) registrar em conta destacada no mesmo grupo do ativo
que lhe deu origem, evidenciando a sua natureza.
(C) apropriar todos os encargos financeiros em conta
específica do ativo diferido e transferido para o resultado, no prazo de retorno do projeto.
(D) lançar, de acordo com a competência de exercício,
os juros e a variação cambial, de acordo com sua
ocorrência, até a quitação final do financiamento.
(E) incorporar ao ativo imobilizado os juros pagos ou
creditados, no decorrer do projeto, e registrar no
resultado as variações cambiais ocorridas.
O gabarito da questão indicou que a contabilização dos encargos financeiros deveria ocorrer em conta específica do ativo diferido. Esse grupo
existia à época da realização da prova, no entanto, a lei 11.941/2009
revogou todas as referências ao diferido na lei 6.404/76. Sendo assim,
atualmente, a contabilização dos encargos financeiros deve ocorrer
diretamente ao resultado do exercício.
Gabarito “B”
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) Em relação ao processo
de consolidação das demonstrações contábeis considere
as seguintes afirmações:
I.
A Consolidação das Demonstrações do Valor Adicionado de um conglomerado é elaborada com base no
somatório simples das demonstrações de cada uma
das empresas do conjunto consolidado.
II. A controladora deve consolidar as demonstrações
contábeis das entidades controladas a partir da data em
que assume seu controle, individual ou em conjunto.
III. As demonstrações contábeis das entidades controladas, para fins de consolidação, devem ser obrigatoriamente levantadas na mesma data das demonstrações
contábeis da controladora, de modo que reflitam
todos os eventos relevantes ocorridos nas empresas
consolidadas.
IV. O conjunto das demonstrações contábeis consolidadas compreende o balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício e a demonstração das
origens e aplicações de recursos, complementado
por notas explicativas e outros quadros analíticos
necessários ao esclarecimento da situação patrimonial
e dos resultados consolidados.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) II e IV.
(E) III e IV.
I: incorreta, como toda demonstração consolidada é preciso, também para
a DVA, efetuar as exclusões das operações realizadas dentro do grupo;
II: correta, as demonstrações contábeis elaboradas após a aquisição do
controle devem demonstrar essa situação através da consolidação; III:
incorreta, segundo o § 4º do artigo 250 da lei 6.404/76 “as sociedades
controladas, cujo exercício social termine mais de 60 (sessenta) dias antes
da data do encerramento do exercício da companhia, elaborarão, com
observância das normas desta Lei, demonstrações financeiras extraordinárias em data compreendida nesse prazo”; IV: correta, o item estava
correto à época da aplicação da prova. No entanto, a lei 11.638/2007
retirou da lei 6.404/76 da DOAR como demonstração obrigatória, substituindo pela Demonstração dos Fluxos de Caixa.
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) São
classificados como
Resultados não Operacionais:
(A) a baixa dos gastos incorridos na pesquisa e o desen-
volvimento de novos produtos por inviabilidade
econômica do projeto.
(B) somente os resultados positivos obtidos com participações societárias após a avaliação pelo método de
equivalência patrimonial.
(C) os lucros e prejuízos de participações em outras
sociedades e a realização da Reserva de Reavaliação.
(D) as participações estatutárias de empregados e administradores e a remuneração de debêntures emitidas.
(E) as depreciações de equipamentos e de instalações
utilizados no desenvolvimento de pesquisas com
novos produtos.
O grupo de resultados não operacionais limita-se a um pequeno número
de operações, sendo essas aquelas referentes ao lucro ou prejuízo com
a venda ou baixa de bens do permanente. Dentre as operações descritas
na questão, apenas a letra “a” se enquadra como não operacional.
Gabarito “A”
execução de projeto de expansão de sua planta industrial,
contrai um financiamento de 90 milhões de dólares,
com prazo de 6 anos, juros de 1% ao mês, amortizações
semestrais, após 24 meses de carência. O financiamento
destina-se à construção das novas instalações industriais
e à aquisição de máquinas e equipamentos, fabricadas
sob encomenda, com tecnologia de ponta, necessárias
para a empresa implementar sua produção e aumentar em
20% a sua participação no mercado ao final de dois anos,
quando o novo empreendimento entrará em operação.
O tratamento contábil dado aos encargos financeiros
incidentes sobre esse financiamento deve ser
Gabarito “D”
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) A empresa Alvorada, na
141
O estatuto social da
Cia. Amarilis prevê direito à participação nos lucros de
empregados, administradores e as debêntures emitidas, a
base de 10% cada uma. Em um determinado período, o
valor do Lucro após o Imposto de Renda e Contribuições
foi de R$ 1.500.000,00 e, no mesmo período, a empresa
apresenta um saldo de prejuízos acumulados no valor de
R$ 450.000,00.
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC)
Com base nessas informações e de acordo com o estabelecido no artigo 187 da Lei no 6.404/76, é correto afirmar
que, nesse período,
(A) o valor a ser transferido para o Patrimônio Líquido é
de R$ 984.150,00.
(B) o lucro líquido apurado no exercício é de R$
900.000,00.
(C) a provisão para participação dos Administradores foi
R$ 150.000,00.
(D) a provisão para participações a empregados é de R$
94.500,00.
(E) a provisão para participação de debêntures é de R$
76.545,00.
O artigo 190 da lei 6.404/76 define que “as participações estatutárias de empregados, administradores e partes beneficiárias serão
determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros
que remanescerem depois de deduzida a participação anteriormente
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FABRÍCIO BARROS
calculada”. Além disso, antes do cálculo das participações, devem ser
compensados com o lucro apurado os prejuízos acumulados, ficando
a base de cálculo das participações igual a R$1.050.000 (R$1.500.000
– R$450.000). Apresentamos a seguir o cálculo das participações:
Valor da
participação
Base de cálculo das participações
Saldo
1.050.000,00
Debenturistas
(10% de R$1.050.000)
105.000,00
945.000,00
Empregados
(10% de R$945.000)
94.500,00
850.500,00
Administradores
85.050,00
765.450,00
(10% de R$850.500)
Com base no quadro, é possível verificar que apenas o item “d” está
correto.
Gabarito “D”
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) A quitação de um passivo circulante com incidência de juros de mora e multa
é um evento que
(A) não afeta a situação líquida.
(B) permuta valores na situação líquida.
(C) afeta negativamente a situação líquida.
(D) gera um lançamento de crédito na situação líquida.
(E) altera positivamente a situação líquida.
O pagamento de um passivo sem a incidência de juros de mora não
afetaria o Patrimônio Líquido (situação líquida), visto que representaria
uma simultânea redução do Ativo e do Passivo. No entanto, a incidência
de juros de mora representa a existência de uma despesa, que afeta
o Patrimônio Líquido.
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) Em
relação à Demonstração do Valor Adicionado, é correto afirmar:
(A) Nos valores dos materiais consumidos e incluídos no
custo dos produtos, apresentados no grupo de insumos
adquiridos de terceiros, devem ser considerados na
aquisição apenas os tributos recuperáveis.
(B) A demonstração do valor adicionado deve ser consistente com a demonstração do resultado e conciliada
em registros auxiliares mantidos pela entidade.
(C) No item relativo à distribuição do valor adicionado,
deve constar apenas os valores pagos aos acionistas,
a título de juros sobre o capital próprio ou dividendos.
(D) Como são demonstrações de publicação opcional não
estão sujeitas a revisão de auditoria, como aquelas que
são de caráter obrigatório, mesmo que a entidade seja
uma companhia aberta.
(E) As informações contábeis contidas na Demonstração
do Valor Adicionado são de responsabilidade técnica
do Conselho de Administração da empresa.
A NBC T 3.7/2005, que trata de regras para elaboração da Demonstração do Valor Adicionado, define que a DVA deve “ser consistente
com a demonstração do resultado e conciliada em registros auxiliares
mantidos pela entidade”, o que torna correto o item “b” da questão.
Gabarito “B”
142
Instruções: Das demonstrações publicadas da Cia. Poente
foram extraídas algumas informações organizadas na
tabela abaixo. Com base nesses dados, identifique os
valores, em (R$), solicitados nas três questões seguintes.
Itens
2.003
2.004
110.000
208.000
Gabarito “C”
Estoques
Uma empresa controlada ao proceder a reavaliação de seus bens gera como
consequência, em sua investidora,
Fornecedores
125.000
232.000
Clientes
228.000
450.000
CMV
1.200.000
2.600.000
Despesas c/Créditos de
Liquidação Duvidosa
6.600
13.500
Perdas com Clientes
–––
1.400
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC)
(A) um lançamento de crédito no grupo das receitas
não operacional, de ganhos com ativos permanentes
investimentos.
(B) o reconhecimento do fato na proporção da sua participação quando do cálculo da equivalência patrimonial.
(C) o lançamento do fato a crédito da conta lucros de
participações em outras sociedades, quando do
encerramento do período.
(D) um reconhecimento de ganhos com investimentos
na medida em que a investida realizar sua reserva de
reavaliação.
(E) o registro de um débito em participações societárias
e um crédito em Reservas de Reavaliação de ativos
de controladas.
A reavaliação dos ativos de uma empresa implica o aumento de seu
Patrimônio Líquido, como consequência do aumento dos ativos permanentes objeto da reavaliação. Se essa empresa for uma controlada, o
impacto desse aumento no patrimônio implicará um aumento no valor
registrado como investimento na empresa controladora, e respectivo
aumento no patrimônio para tê-lo atualizado com base no novo valor do
Patrimônio Líquido da investida. Só que a contrapartida desse aumento
é também contra uma reserva de reavaliação reflexa, que especificará
que se trata de reavaliação de ativos da empresa investida.
Cabe ressaltar que a lei 11.638/2007 retirou da lei 6.404/76 todas
as referências sobre reavaliação, impedindo a realização deste procedimento.
Vendas
2.500.000
3.300.000
Despesas Antecipadas
24.000
36.000
Contas a Pagar
15.000
26.000
Provisão p/Créditos em
Liquidação Duvidosa
6.600
13.500
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC)
Valor das compras de
estoques efetuadas em 2004:
(A) 2.932.000,00
(B) 2.906.000,00
(C) 2.808.000,00
(D) 2.725.000,00
(E) 2.698.000,00
A fórmula apurar o Custo da Mercadoria Vendida é: CMV = Estoque
inicial + Compras – Estoque final. Substituindo na fórmula os dados fornecidos pela questão para CMV, estoque inicial e estoque final é possível
apurar o valor das compras no período, conforme apresentado a seguir:
2.600.000 = 110.000 + Compras – 208.000
Compras = 2.600.000 – 110.000 + 208.000
Compras = 2.698.000
Gabarito “E”
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Gabarito “E”
8. CONTABILIDADE
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC)
Valor pago aos forne-
cedores no último período:
contabilizado.
errado.
Está correto o que se afirma APENAS em
Fornecedores
125.000
Saldo inicial
2.698.000
Compras
232.000
Saldo final
De posse da informação sobre as compras, apurada na questão anterior,
é possível concluir que o débito necessário para fazer a conta terminar
com saldo de R$232.000 é igual a R$2.591.000.
Gabarito “A”
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) Valor
dos ingressos de
caixa gerados pelas receitas de vendas:
(A) 3.068.000,00
(B) 3.070.000,00
(C) 3.106.000,00
(D) 3.294.600,00
(E) 3.289.400,00
Apresentamos a seguir um quadro resumo do ingresso de caixa
decorrente da receita de vendas
Receita de vendas
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) II e IV.
(E) III e V.
I: correta, pois se o estoque estava a maior em 2003, precisou ser
ajustado em 2004. Esse ajuste implicou necessariamente em lançar
para o resultado através do CMV o excesso de estoque, superavaliando
o CMV; II: incorreta, pois a receita com mercadorias é movimentada
independente do estoque e do CMV; III: incorreta, pois, se o estoque
apresentou um valor maior que o correto, indica que o CMV foi menor
do que deveria ter sido, apurando, portanto, um resultado maior que
o real; IV: incorreta, pois a receita com mercadorias é movimentada
independente do estoque e do CMV; V: incorreta, pois o exercício em
que for efetuado o ajuste também estará errado.
Gabarito “A”
A conta fornecedores movimenta a débito pelo pagamento a fornecedores e a crédito pelas compras do período, conforme apresentado
a seguir:
2.591.000
IV. Em 2004, o valor real do RCM é menor do que o
V. Somente o exercício de 2003 tem o CMV apurado
(A) 2.591.000,00
(B) 2.698.000,00
(C) 2.725.000,00
(D) 2.808.000,00
(E) 2.906.000,00
Pagamento a
fornecedores
143
Instruções: Considere as informações abaixo para responder às três questões seguintes.
Em 2004, a Empresa Comercial Apolo, para melhorar o
processo de atendimento dos caixas de seus supermercados,
investe em tecnologia de automação dos caixas, negociando,
na mesma data, seu antigo sistema de máquinas registradoras, por 40% de seu valor contábil líquido. Os dados, em R$,
da movimentação desses itens foram os seguintes:
Valor de aquisição das máquinas ante200.000
riores
3.300.000,00
Percentual depreciado até a baixa
90%
(-) Aumento da conta clientes
(222.000,00)
Novos investimentos
1.200.000
(-) Perdas com clientes
(1.400,00)
Data da nova aquisição 01.12.2004
(-) Perdas decorrentes dos créditos de liquidação duvidosa
(6.600,00)
Valor dos ingressos de caixa
3.070.000,00
O aumento da conta clientes indica que nem toda receita ocorreu à
vista, devendo esta variação ser excluída do total da receita para fins
de apuração do ingresso de caixa.
As perdas com clientes indicam que a empresa baixou no período
contas a receber incobráveis.
As perdas decorrentes dos créditos de liquidação duvidosa no valor de
R$6.600,00 foram deduzidas do valor do ingresso de caixa visto que a
despesa com créditos de liquidação duvidosa em 2004 foi de R$13.500,
valor igual ao saldo da conta de provisão. Isso indica que toda a provisão
anteriormente constituída foi baixada pela perda de valores a receber.
Taxa de depreciação estimada
10 anos
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) Essas operações geraram,
no resultado líquido final apurado, em dezembro de 2004,
(A) um ganho operacional de 8.000,00.
(B) um ganho líquido final de 12.000,00.
(C) uma despesa operacional de 10.000,00.
(D) uma perda líquida não operacional de 20.000,00.
(E) uma receita operacional de 20.000,00.
Apresentamos a seguir um quadro resumo com os principais dados
fornecidos pela questão:
Valor de aquisição
200.000,00
Gabarito “B”
Depreciação (90% do valor de aquisição)
(180.000,00)
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) A Empresa Comercial
Stelar está revendo seus procedimentos contábeis dos
exercícios de 2003 à 2005, em razão de exigência da Cia.
Lunática, com quem está negociando sua incorporação.
Nesse processo, é identificado que o inventário final de
2003 da empresa, a ser incorporada, foi contabilizado a
maior. Com relação a esse fato, afirma-se que
Valor contábil líquido
20.000,00
Valor da venda do equipamento antigo
8.000,00
Ganho na venda do equipamento antigo
12.000,00
Valor da depreciação mensal do novo equipamento (R$1.200.000 ÷ 10 anos ÷ 12 meses)
10.000,00
Considerando que a venda do equipamento antigo gera para a empresa
um resultado não operacional, é possível concluir que o único item
correto na questão é a letra “c”.
Gabarito “C”
I. O valor do CMV de 2004 está superavaliado.
II. Todos os valores de RCM nesse período estão errados.
III. O resultado apurado em 2003 foi menor que o real.
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FABRÍCIO BARROS
(A) adicionar às origens de recursos o valor de 20.000,00.
(B) adicionar ao resultado um ajuste de 120.000,00.
(C) realizar uma aplicação líquida de recursos de
1.000.000,00.
(D) subtrair do resultado um ajuste total de 12.000,00.
(E) evidenciar uma origem de recursos de 8.000,00.
Ainda com base nos dados apresentados na questão 82, é possível
concluir que o único item correto é a letra “e”, visto que os R$8.000
obtidos com a venda do equipamento antigo representará para a
empresa uma origem de recursos.
Gabarito “E”
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) Na elaboração do fluxo
de caixa pelo método direto,
(A) adicionar ao resultado do exercício ajustes no valor
de 20.000,00.
(B) evidenciar no financiamento uma origem de caixa de
1.000.000,00.
(C) demonstrar uma saída de caixa nos investimentos no
valor de 1.200.000,00.
(D) evidenciar nos investimentos um ingresso de caixa no
valor de 24.000,00.
(E) subtrair do resultado de exercícios um ajuste no valor
de 8.000,00.
A aquisição do novo equipamento representará no fluxo de caixa uma
saída no valor de R$1.200.000.
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) A
classe das variações
patrimoniais que somente modifica a natureza dos componentes patrimoniais sem repercutirem no montante do
Patrimônio Líquido são denominadas
(A) modificativas ou qualitativas.
(B) relativas ou qualitativas.
(C) permutativas ou modificativas.
(D) qualitativa ou permutativas.
(E) quantitativas ou relativas.
As variações patrimoniais que não afetam o Patrimônio Líquido são
chamadas de permutativas ou qualitativas. Quando a variação patrimonial afeta o Patrimônio Líquido, é chamada de modificativa, e pode
ser aumentativa ou diminutiva.
Gabarito “D”
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) Na elaboração da
Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos, a
empresa deverá
Gabarito “C”
144
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) Uma
Empresa, inserida
em um contexto de economia inflacionária em que os
preços são sempre crescentes ao longo dos períodos, tem
o movimento de seus estoques conforme os dados abaixo.
Datas
Operação
Quantidade
Saldo
Valor Unitário de Compra
01.xx.06
Entrada
2.000
2.000
R$ 10.00
05.xx.06
Entrada
2.500
4.500
R$ 12.00
07.xx.06
Saída
(3.000)
1.500
10.xx.06
Entrada
500
2.000
R$ 13.00
12.xx.06
Entrada
1.200
3.200
R$ 15.00
20.xx.06
Saída
(1.800)
1.400
23.xx.06
Entrada
1.000
2.400
25.xx.06
Saída
(1.200)
1.200
26.xx.06
Entrada
700
1.900
30.xx.06
Saída
(1.300)
600
R$ 20.00
R$ 25.00
Com base nessas informações, em qual dos critérios de
avaliação dos estoques o Resultado Bruto Operacional
será maior?
operacional. Sendo assim, o critério de avaliação de estoques a ser
adotado deve ser o PEPS (primeiro que entra primeiro que sai).
(A) Média ponderada móvel.
(B) Último que entra primeiro que sai.
(C) Primeiro que entra primeiro que sai.
(D) Média ponderada fixa.
(E) Método de preço específico.
(Auditor Tributário/Jaboatão dos Guararapes-PE – 2006 – FCC) Em uma
empresa cujo valor total do passivo é superior em 20%
ao total do ativo, identifica-se
Gabarito “C”
O fato do total do passivo ser superior ao total do ativo indica a inexistência de Patrimônio Líquido. Essa situação é chamada de passivo
a descoberto.
Gabarito “E”
A resolução da questão não exige a realização de cálculos. O maior
resultado bruto operacional será apresentado pela metodologia que
levar para o resultado o menor custo das mercadorias vendidas (CMV).
Ao observar que o valor unitário das compras é crescente, é possível
concluir que se as primeiras unidades adquiridas forem as primeiras
a serem lançadas no resultado, o CMV terá o menor valor possível,
consequentemente a empresa apresentará o maior resultado bruto
(A) a inexistência de Capital Social.
(B) uma situação líquida positiva.
(C) um capital de terceiros negativo.
(D) uma situação líquida de equilíbrio.
(E) um passivo a descoberto.
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8. CONTABILIDADE
em que foram registradas.
(B) o fato gerador da perda ou despesa que lhe deu origem
já ter incorrido.
(C) dar cobertura a ocorrência de prejuízos potenciais
futuros, cujo fato gerador ainda não aconteceu.
(D) a sua constituição não influencia na apuração do
resultado líquido do exercício em que ocorrer o
evento.
(E) representa uma segregação da parcela do lucro líquido
que seria distribuído na forma de dividendos.
A: a contrapartida da provisão é um débito no resultado, afetando,
portanto, o resultado do exercício; B: ao identificar que o fato ocorreu,
a empresa efetuará o registro da provisão passiva; C: se o fato gerador
ainda não ocorreu, não há que se falar em provisão, cabendo apenas a
constituição de uma reserva para contingências no Patrimônio Líquido;
D: influencia, pois por se tratar de um valor não conhecido, o evento
poderá ser maior ou menor que a provisão constituída, sendo essa
diferença contabilizada no resultado do exercício; E: a reserva para
contingência que representa uma segregação de parcela do lucro.
Gabarito “B”
(Auditor Tributário/Jaboatão dos Guararapes-PE – 2006 – FCC) Na apuração do resultado líquido do exercício da Cia Serrado é
identificado um resultado líquido positivo de 150.000. Os
estatutos da empresa determinam que os lucros líquidos
devam ser distribuídos de acordo com os seguintes parâmetros: 40% para acionistas, 10% para Reservas Estatutárias e a Reserva Legal conforme determina a legislação.
Nos livros da empresa, antes dos registros da distribuição
do resultado do exercício, foram identificados nas contas
a seguir, os seguintes saldos: (Valores em R$)
Contas
Saldos
Capital Social
Capital a Integralizar
Reserva Legal
Reservas Estatutárias
Reserva de Reavaliação
Lucro/Prejuízos Acumulados
450.000
80.000
70.000
30.000
100.000
24.000
O valor a ser registrado na Reserva Legal é
(A) 20.000
(B) 15.000
(C) 7.500
(D) 4.000
(E) 2.500
A reserva que a questão trata é a legal, que segue as regras de constituição definidas no artigo 193 da lei 6.404.
Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva
legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social.
§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício
em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de
capital de que trata o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por
cento) do capital social.
§ 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital
social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou
aumentar o capital.
Existem, portanto, duas regras a serem observadas quando do cálculo
da Reserva Legal. A primeira é o limite de 20% do Capital Social. Na
Com
relação às ações emitidas em substituição àquelas integralmente amortizadas é correto afirmar que,
(Auditor Tributário/Jaboatão dos Guararapes-PE – 2006 – FCC)
(A) desde que respeitado o estatuto ou a assembleia
geral que deliberar a amortização, estas podem ser
substituídas por ações de fruição.
(B) desde que respeitado o estabelecido no estatuto da
companhia, podem ser trocadas por ações com direito
a voto exclusivo.
(C) por se constituírem em ações totalmente reembolsadas, o valor apurado na operação é registrado em
Reservas de Lucros.
(D) por formarem ações representativas de capital, possuem o direito a voto limitado de acordo com contrato
social da empresa.
(E) respeitado o contrato social e a reunião geral ordinária
dos acionistas, podem ser substituídas por ações em
tesouraria.
O § 5º do artigo 44 da lei 6.404/76 define que “as ações integralmente
amortizadas poderão ser substituídas por ações de fruição, com as
restrições fixadas pelo estatuto ou pela assembleia geral que deliberar
a amortização; em qualquer caso, ocorrendo liquidação da companhia,
as ações amortizadas só concorrerão ao acervo líquido depois de
assegurado às ações não a amortizadas valor igual ao da amortização,
corrigido monetariamente”.
(Auditor Tributário/Jaboatão dos Guararapes-PE – 2006 – FCC) O valor
recebido por conta da alienação de itens do ativo imobilizado representa
(A) um aumento de ativo imobilizado.
(B) uma aplicação de recursos.
(C) um crédito em conta de resultado operacional.
(D) um débito em valores a receber.
(E) um crédito em conta de resultado não operacional.
As operações decorrentes do lucro ou prejuízo na venda ou baixa de
bens do ativo permanente são as únicas registradas no grupo resultado
não operacional. Seu valor será a crédito por representar uma receita
para a empresa.
Gabarito “E”
(A) não afetar o valor do resultado líquido no exercício
questão, esse limite seria de R$74.000,00 (20% de R$370.000,00),
o que permitiria que se continuasse constituindo a Reserva Legal até
esse limite. O valor de R$370.000,00, utilizado para o cálculo do limite
sobre o capital, é apurado deduzindo-se do total do Capital Social
(R$450.000,00) o valor ainda não integralizado (R$80.000,00).
Como o lucro da empresa foi de R$150.000,00, o valor da Reserva
Legal seria de R$7.500,00 se aplicássemos o percentual de 5% sobre
o lucro. Como a empresa já possui na Reserva Legal R$70.000,00, o
valor da reserva no período será de R$4.000,00, atingindo assim o teto
de 20% sobre o Capital Social.
Gabarito “A”
entre as características das provisões para contingências:
Gabarito “D”
(Auditor Tributário/Jaboatão dos Guararapes-PE – 2006 – FCC) Inclui-se
145
Os
encargos cobrados pela instituição financeira, quando
do registro inicial de uma operação de desconto de
duplicatas, devem ser contabilizados a
(Auditor Tributário/Jaboatão dos Guararapes-PE – 2006 – FCC)
(A) crédito de conta do passivo.
(B) débito de conta do ativo.
(C) crédito da conta clientes.
(D) débito de conta de despesa.
(E) crédito de conta do resultado.
O desconto de duplicatas ocorrerá a crédito da conta de duplicatas e
débito de caixa. Esse lançamento fará com que o efeito do valor do título
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FABRÍCIO BARROS
descontado seja anulado na contabilidade. As deduções ao valor pago
pelo título, encargos cobrados pela instituição financeira, por exemplo,
ocorrerão a débito desta conta.
Gabarito “B”
(Auditor Tributário/Jaboatão dos Guararapes-PE – 2006 – FCC) O
valor
positivo identificado entre o valor de mercado, apontado
por laudo pericial, e o custo histórico do imobilizado
deve ser
(A) considerado como conta de receita operacional.
(B) provisionado em conta de patrimônio líquido.
(C) contabilizado a crédito de reserva de reavaliação.
(D) lançado em conta de reserva de capital.
(E) registrado a crédito de conta de provisão no ativo.
A conta de Reserva de Reavaliação, por ser uma conta dentro do
Patrimônio Líquido, tem natureza credora e representa a diferença
entre o laudo pericial e o valor do bem registrado na contabilidade. Cabe
ressaltar, no entanto, que desde a edição da lei 11.638/2007 todas as
referências à reavaliação na lei 6.404/76 foram revogadas, não sendo
possível sua realização pelas empresas.
Gabarito “C”
3. CONTABILIDADE COMERCIAL
(Auditor Fiscal/RO – 2010 – FCC) Em janeiro, uma empresa adqui-
riu mercadorias no valor de R$ 90.000,00, tendo pago
60% à vista. O restante do pagamento dessas mercadorias
foi realizado em março. Em março, a empresa vendeu
estas mercadorias por R$ 190.000,00 e recebeu 50% à
vista (o restante das vendas foi recebido em agosto). O
lucro bruto obtido pela empresa no mês de março, com
a venda das mercadorias foi, em reais,
(A) 5.000,00
(B) 59.000,00
(C) 100.000,00
(D) 136.000,00
(E) 154.000,00
CMV = Estoque inicial + Compras – Estoque final.
O valor das compras que deve compor o saldo do estoque é dado da
seguinte forma:
Compras brutas
(+) Fretes
(+) Seguros
(-) Deduções (Devolução de compras, abatimentos sobre compras,
impostos recuperáveis e descontos incondicionais obtidos)
Sendo assim, o valor das compras a ser considerado no estoque da
empresa em questão é dado da seguinte forma:
Compra de mercadorias
800,00
(+) Fretes
50,00
(+) Seguros
34,00
(-) Abatimentos
(50,00)
(-) Impostos recuperáveis
(150,00)
Total a ser registrado no estoque
684,00
Sendo assim, as sungas entraram no estoque ao custo unitário de
R$6,84 cada (R$684,00/100). O resultado da venda está a seguir
apresentado:
Unitário
70 unidades vendidas
Receita
15,00
1.050,00
(-) CMV
(6,84)
(478,80)
(=) Lucro bruto
8,16
571,20
Gabarito “D”
O custo das mercadorias vendidas na mencionada operação de venda foi
igual a, em R$:
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC)
O lucro obtido com a venda das mercadorias foi R$100.000,00
(R$190.000,00 – R$90.000,00). As informações sobre a forma de
pagamento afetam apenas a análise em relação ao fluxo de caixa da
empresa e não se refletem no resultado do exercício.
Gabarito “C”
(Auditor Fiscal/RO – 2010 – FCC) A empresa Beira Mar, comercial
de trajes de praia, adquiriu um lote de 100 sungas no valor
faturado de R$ 800,00. Pagou, também, frete no valor
de R$ 50,00 e seguros no valor de R$ 34,00. Quando
do recebimento do produto, percebeu que as cores das
sungas não estavam de acordo com o pedido de compra
e o vendedor concedeu-lhe um abatimento de R$ 50,00.
O ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e
Prestação de Serviços) foi R$ 144,00 sobre a compra de
sungas e R$ 6,00 sobre o frete. Sabendo que a empresa
vendeu 70 sungas ao preço líquido de vendas unitário
de R$ 15,00, o lucro bruto apurado com a venda desta
mercadoria foi, em reais,
(A) 466,20
(B) 536,20
(C) 567,00
(D) 571,20
(E) 630,00
O primeiro passo para resolver a questão é apurar o Custo da Mercadoria
Vendida (CMV), que é dado pela seguinte fórmula:
(A) 143.400,00
(B) 145.500,00
(C) 166.780,00
(D) 171.400,00
(E) 200.000,00
Sabendo que o ICMS, PIS e COFINS incidem sobre receita bruta, é
possível apurar a seguinte demonstração do resultado do exercício:
Receita bruta
280.000,00
(-) ICMS (18% da receita bruta)
(50.400,00)
(-) PIS (1,65% da receita bruta)
(4.620,00)
(-) COFINS (7,6% da receita bruta)
(21.280,00)
(=) Receita líquida
203.700,00
(-) CMV
(145.500,00)
(=) Lucro bruto
58.200,00
Gabarito “B”
146
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC) O valor pago pela companhia ao fornecedor, ao efetuar a referida aquisição, foi
equivalente a, em R$:
(A) 400.000,00
(B) 342.800,00
(C) 333.560,00
(D) 328.000,00
(E) 291.000,00
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8. CONTABILIDADE
Pelo fato da empresa ser contribuinte do PIS e COFINS pelo regime não
cumulativo, ao adquirir mercadoria, parte da compra será contabilizada
como um crédito desses tributos. Esse crédito é registrado de forma
idêntica ao ICMS, como um ativo a ser compensado com o imposto a
recolher. Sendo assim, ao adquirir a mercadoria, a empresa desmembrará o valor pago conforme apresentado a seguir:
72.000,00
PIS (1,65% de R$400.000)
6.600,00
COFINS (7,6% de R$400.000)
30.400,00
CMV
291.000,00
TOTAL
400.000,00
Sendo assim, o valor das compras a ser considerado no estoque da
empresa em questão é dado da seguinte forma:
Compra de mercadorias
200.000
(+) Armazenagem de mercadorias
22.000
(+) Frete
35.000
(-) Devolução de compras
(15.000)
(=) Total a ser registrado no estoque
242.000
Colocando os dados na fórmula do CVM, temos:
CMV = 10.000 + 242.000 – 62.000 = 190.000
Gabarito “C”
ICMS (18% de R$400.000)
147
(Auditor Tributário/Jaboatão dos Guararapes-PE – 2006 – FCC) Vendas
Gabarito “A”
Instruções: Para responder às três questões seguintes,
considere as informações abaixo e, com base nelas, indique o valor solicitado em cada questão. (Valores em R$)
Ao final do exercício contábil de 2005, os estoques finais da
Cia. Germânica foram avaliados em 62.000 e de seu livro
razão foram extraídos os saldos finais das contas a seguir.
líquidas
(A) 340.000
(B) 315.000
(C) 310.000
(D) 290.000
(E) 285.000
Itens
Valores
Abatimentos sobre Vendas
10.000
Armazenagem de Mercadorias Compradas
22.000
Compras de Mercadorias
200.000
Despesas Administrativas
40.000
Despesas Financeiras
15.000
Devoluções de Compras
15.000
As vendas líquidas (receita líquida) são apresentadas a partir da
seguinte fórmula:
Faturamento bruto
(-) IPI
(=) Receita bruta
(-) Devoluções de vendas
(-) Vendas Canceladas
(-) Abatimentos sobre vendas
(-) Descontos incondicionais (comerciais) concedidos
(-) Impostos e contribuições sobre vendas
(=) Receita líquida
Estoque Inicial
10.000
Sendo assim, segue a resolução da questão:
Estoque Final
62.000
Receita bruta
350.000,00
Outras Despesas de Vendas
20.000
(-) Abatimentos sobre vendas
(10.000,00)
Seguros de Mercadorias Vendidas
25.000
(=) Receita líquida
340.000,00
Transportes de compras
35.000
Transportes de Mercadorias Vendidas
30.000
Gabarito “A”
Vendas Brutas Totais
(Auditor Tributário/Jaboatão dos Guararapes-PE – 2006 – FCC) Compras
líquidas do período
350.000
(Auditor Tributário/Jaboatão dos Guararapes-PE – 2006 – FCC) CMV
−
Custo de Mercadorias Vendidas
(A) 242.000
(B) 200.000
(C) 190.000
(D) 180.000
(E) 150.000
(A) 262.000
(B) 257.000
(C) 247.000
(D) 242.000
(E) 210.000
Conforme já apresentado na questão 82, segue o cálculo do valor das
compras líquidas:
Compras brutas
(+) Fretes
(+) Seguros
(+) Armazenagem de mercadorias compradas
(-) Deduções (Devolução de compras, abatimentos sobre compras e descontos incondicionais obtidos)
200.000
(+) Armazenagem de mercadorias
22.000
(+) Frete
35.000
(-) Devolução de compras
(15.000)
(=) Compras líquidas
242.000
Gabarito “D”
O Custo da Mercadoria Vendida (CMV) é dado pela seguinte fórmula:
CMV = Estoque inicial + Compras – Estoque final.
O valor das compras é dado da seguinte forma:
Compra de mercadorias
Instruções: Considere os dados abaixo da Cia. Maranhense de Máquinas Industriais em 31/12/2005, para
responder à questão seguinte.
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148
FABRÍCIO BARROS
Nº
O Custo da Mercadoria Vendida (CMV) é dado pela seguinte fórmula:
CMV = Estoque inicial + Compras – Estoque final.
O valor das compras é dado da seguinte forma:
VALORES
(em R$)
ELEMENTOS
01
Receita Bruta de Vendas
10.280.000,00
Compras brutas
02
Devolução de Vendas
200.000,00
(+) Fretes
03
Compras de Mercadorias
4.270.000,00
(+) Seguros
04
Devolução de Compras
180.000,00
05
Descontos Incondicionais
Obtidos
90.000,00
06
Descontos Incondicionais
Concedidos
80.000,00
07
Impostos Incidentes sobre
Vendas
2.725.000,00
08
IPI sobre Vendas
1.000.000,00
09
Fretes sobre as Compras de
Mercadorias
40.000,00
10
Fretes sobre as Vendas de
Mercadorias
100.000,00
11
Seguro sobre as Compras de
Mercadorias
60.000,00
12
Seguro sobre as Vendas de
Mercadorias
100.000,00
13
Estoque Inicial de Mercadorias
(saldo de 31/12/2004)
325.000,00
14
Estoque Final de Mercadorias
(saldo em 31/12/2005)
475.000,00
15
Descontos Financeiros Obtidos
63.000,00
16
Descontos Financeiros Concedidos
19.000,00
17
Devolução de Vendas de Exercícios Anteriores
75.000,00
(-) Deduções (Devolução de compras, abatimentos sobre compras e descontos incondicionais obtidos)
Sendo assim, o valor das compras a ser considerado no estoque da
empresa em questão é dado da seguinte forma:
Compra de mercadorias
4.270.000,00
(+) Frete sobre compras
40.000,00
(+) Seguro sobre compras
60.000,00
(-) Descontos incondicionais obtidos
(90.000,00)
(-) Devolução de compras
(180.000,00)
(=) Total a ser registrado no estoque
4.100.000,00
Colocando os dados na fórmula do CVM, temos:
CMV = 325.000 + 4.100.000 – 475.000 = 3.950.000
Conforme demonstrado no cálculo acima o Custo da Mercadoria
Vendida é de R$3.950.000.
O lucro bruto é apurado deduzindo-se da receita operacional líquida
(apurado na questão anterior) o valor do custo da mercadoria, conforme
apresentado a seguir:
(=) Receita operacional líquida
7.275.000,00
(-) CMV
(3.950.000,00)
(=) Lucro líquido
3.325.000,00
Gabarito “C”
(Fiscal de Tributos/Santos-SP – 2005 – FCC) A Cia. Comercial Estrela
do Norte fez as seguintes operações com mercadorias no
mês de início de suas atividades:
• Compra de 3 000 unidades a R$ 40,00 cada uma
• Compra de 5 000 unidades a R$ 44,00 cada uma
• Venda de 4 200 unidades a R$ 100,00 cada uma
Os valores do custo das mercadorias vendidas (CMV) e do lucro operacional bruto
(Lucro Bruto) da Cia. Maranhense de Máquinas Industriais
em 31/12/2005, nessa ordem, foram, em R$, de:
(Auditor Fiscal/PB – 2006 – FCC)
(A) 3.837.500,00 e 3.437.500,00
(B) 3.887.000,00 e 3.485.000,00
(C) 3.950.000,00 e 3.325.000,00
(D) 3.950.000,00 e 4.325.000,00
Após essas operações, o estoque de mercadorias no
final do mês foi avaliado em R$ 161 500,00. O método
utilizado pela companhia para avaliar os seus estoques foi
(A) o PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai).
(B) o UEPS (último que entra, primeiro que sai).
(C) a média ponderada móvel.
(D) o do preço específico.
(E) o do preço de reposição.
A única metodologia de controle de estoques que apuraria o saldo
final apresentado é a média ponderada móvel, conforme apresentado
a seguir:
(E) 4.000.000,00 e 4.131.000,00
Entradas
Saídas
Qt
Preço unitário (R$)
Total (R$)
3.000
40,00
5.000
44,00
Qt
Qt
Preço unitário (R$)
Total (R$)
120.000,00
3.000
40,00
120.000,00
220.000,00
8.000
42,50
340.000,00
3.800
42,50
161.500,00
4.200
Preço unitário (R$)
Saldo
42,50
Total (R$)
178.500,00
Gabarito “C”
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8. CONTABILIDADE
R$ 500 000,00
– Impostos incidentes sobre venda
R$ 360 000,00
– Vendas canceladas
R$ 40 000,00
– Descontos incondicionais obtido
R$ 20 000,00
– Descontos incondicionais concedidos
R$ 30 000,00
– Custo das Mercadorias Vendidas
R$ 570 000,00
– Fretes sobre Vendas
R$ 50 000,00
A receita bruta de vendas da companhia nesse exercício
correspondeu a (em R$ ):
(A) 1
(B) 1
(C) 1
(D) 1
(E) 1
540 000,00
500 000,00
490 000,00
470 000,00
440 000,00
Os dados apresentados pela questão permitem encontrar o valor da
receita bruta a partir do lucro bruto, montando uma demonstração do
resultado em sentido inverso, conforme apresentado a seguir:
Receita bruta
1.500.000,00
(-) Devoluções de vendas
(-) Vendas Canceladas
(40.000,00)
(-) Abatimentos sobre vendas
(-) Descontos incondicionais (comerciais)
concedidos
(30.000,00)
(-) Impostos e contribuições sobre vendas
(360.000,00)
(=) Receita líquida
1.070.000,00
(-) CMV
(570.000,00)
(=) Lucro bruto
500.000,00
Os dados sobre descontos incondicionais obtidos e fretes sobre vendas
não entram no cálculo pois referem-se a deduções das compras e
despesas de vendas, respectivamente.
Gabarito “B”
4. CONTABILIDADE DE CUSTOS
(Auditor Fiscal/RO – 2010 – FCC) Para que se possa determinar os
custos de produtos, serviços, atividades e outros objetos
de custeio é imprescindível que se conheça conceitos,
nomenclaturas, terminologias e classificações aplicadas
à Contabilidade de Custos. Em relação a este assunto,
considere:
I.
A aquisição de matéria-prima, a prazo, para ser utilizada posteriormente no processo produtivo de uma
empresa é um investimento.
II. O custo variável unitário de um produto não tem seu
valor alterado por variações no volume de produção
e o custo fixo total pode sofrer variações de valor.
III. A produção por ordem reside na elaboração de
produtos padronizados ou na prestação dos mesmos
serviços de forma ininterrupta por um longo período
de tempo.
na relação entre montante total do custo e oscilações
no volume de produção.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) II e IV.
(E) III e IV.
I: correto, pois do ponto de vista econômico a aquisição de um bem
representa um investimento; II: correto, pois o custo variável varia
proporcionalmente à variação da quantidade produzida, mantendo
seu valor unitário sem alterações. Quanto ao custo total, este poderá
sofrer aumentos quando a indústria atingir sua capacidade produtiva
máxima; III: incorreto, a produção em ordem consiste na elaboração
de produtos sob encomenda; IV: incorreto, a segregação entre custos
diretos e indiretos consiste na vinculação do custo ao produto.
(Auditor Fiscal/RO – 2010 – FCC) A empresa Utilidades é produtora de vasilhas plásticas. Para sua linha de baldes de 10
litros, foi estabelecido um padrão de consumo de 600
gramas de matéria-prima a um preço de R$ 3,00/Kg para
cada unidade de balde produzida. Em determinado mês,
apurou-se que, para cada balde foram usados 650 gramas
de matéria-prima a um preço de R$ 2,80 cada quilo. Na
comparação entre padrão e real, a empresa apura três
tipos de variações: quantidade, preço e mista. Sendo
assim, pode-se afirmar que a variação de quantidade da
matéria-prima, em reais, foi
(A) 0,01
(B) 0,12
(C) 0,14
(D) 0,14
(E) 0,15
favorável.
favorável.
desfavorável.
favorável.
desfavorável.
A análise da variação da quantidade consiste na identificação de quanto
a quantidade variou em relação ao padrão estabelecido, e o uso de 50
gramas a mais em matéria-prima, ao preço de R$3,00/Kg, representa uma
variação de R$0,15 no gasto com esse item de custo, o que representa
uma situação desfavorável para a empresa em relação ao padrão definido.
Gabarito “E”
– Lucro bruto
IV. A segregação entre custos diretos e indiretos baseia- se
Gabarito “A”
Dados extraídos da
contabilidade da Cia. Catarinense de Papel num determinado exercício social:
(Fiscal de Tributos/Santos-SP – 2005 – FCC)
149
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC)
Considere os dados
a seguir:
Estoque inicial de materiais diretos
60.000,00
Estoque final de produtos em elaboração
68.000,00
Compras de materiais diretos
160.000,00
Estoque inicial de produtos acabados
20.000,00
Mão de obra direta
15.000,00
Estoque final de produtos acabados
16.000,00
Custos indiretos de fabricação
53.000,00
Estoque final de materiais diretos
77.000,00
Estoque inicial de produtos em elaboração
42.000,00
Despesas administrativas
22.000,00
Despesas com vendas
18.000,00
Despesas financeiras líquidas
4.000,00
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Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
150
FABRÍCIO BARROS
Considerando apenas essas informações, extraídas da contabilidade da Cia. Rio Negro, o Custo dos Produtos Vendidos,
no período, correspondeu a, em R$:
(A) 145.000,00
(B) 167.000,00
(C) 185.000,00
(D) 189.000,00
(E) 211.000,00
Apresentamos a seguir um quadro com o total de estoque inicial e final:
Materiais diretos
Estoque inicial
Estoque final
Variação do estoque
60.000,00
77.000,00
17.000,00
Produtos em elaboração
42.000,00
68.000,00
26.000,00
Produtos acabados
20.000,00
16.000,00
(4.000,00)
TOTAL
122.000,00
161.000,00
39.000,00
O quadro a seguir demonstra o total de custos incorridos no período:
Compra materiais diretos
160.000,00
Mão de obra direta
15.000,00
Custos indiretos de fabricação
53.000,00
Total de custos incorridos no período
228.000,00
Do total de R$228.000 de custos incorridos no período, R$39.000 ficou no estoque, representando um total de R$189.000 (R$228.000 – R$39.000)
de custo dos produtos vendidos.
Gabarito “D”
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) Para um ponto de equilíbrio financeiro de 2.000 unidades serão necessários, na
sequência, custos e despesas variáveis, custos e despesas fixas, preço unitário de venda, depreciação:
(A) R$700,00
(B) R$725,00
(C) R$650,00
(D) R$600,00
(E) R$750,00
unitário; R$ 4.000.000,00; R$ 1.200,00 unitário; R$800.000,00.
unitário; R$ 2.500.000,00; R$ 1.500,00 unitário; R$950.000,00.
unitário; R$ 3.900.000,00; R$ 1.225,00 unitário; R$625.000,00.
unitário; R$ 2.600.000,00; R$ 1.350,00 unitário; R$750.000,00.
unitário; R$ 1.400.000,00; R$ 1.050,00 unitário; R$845.000,00.
Como a depreciação não representa uma saída de recursos da empresa, seu valor não deve ser considerado no ponto de equilíbrio financeiro.
Apresentamos a seguir o resultado gerado por cada item da questão, estando correto aquele que apresentar movimentação financeira igual a zero:
Receita total
(2.000 unidades x preço
unitário de venda)
Custo total
(2.000 unidades x
custos e despesas
variáveis + custos e
despesas fixas)
Lucro líquido
(receita total - custo
total)
Depreciação
Movimentação financeira
(lucro líquido - depreciação)
a)
2.400.000,00
5.400.000,00
(3.000.000,00)
(800.000,00)
(2.200.000,00)
b)
3.000.000,00
3.950.000,00
(950.000,00)
(950.000,00)
-
c)
2.450.000,00
5.200.000,00
(2.750.000,00)
(625.000,00)
(2.125.000,00)
d)
2.700.000,00
3.800.000,00
(1.100.000,00)
(750.000,00)
(350.000,00)
e)
2.100.000,00
2.900.000,00
(800.000,00)
(845.000,00)
45.000,00
Gabarito “B”
Instruções: Considere as informações abaixo para responder às duas questões que seguem.
Uma empresa inicia suas operações no mês de março de 2006. No final do mês produziu 12.100 unidades, sendo que
8.500 foram acabadas e 3.600 não foram acabadas. Os custos de matéria-prima foram R$ 3.200.450,00. Os custos de
mão de obra direta foram R$ 749.920,00 e os custos indiretos de fabricação foram R$ 624.960,00. A produção não acabada recebeu os seguintes custos: 100% da matéria-prima, 2/3 da mão de obra e 3/4 dos custos indiretos de fabricação.
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8. CONTABILIDADE
151
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) Aplicando-se a técnica do equivalente de produção, o custo médio unitário do mês é:
(A) R$
(B) R$
(C) R$
(D) R$
(E) R$
544,80
455,20
410,25
389,10
355,20
A técnica do equivalente de produção consiste em considerar que as unidades em acabamento estão 100% acabadas na quantidade proporcional
ao total já recebido de custos. O quadro a seguir calcula o custo unitário de cada produto com base no equivalente de produção:
Proporção
de custos
recebidos
Quantidade de
produtos não
acabados
Equivalente de
produção para os
produtos não acabados (quantidade x
proporção de custos
recebidos)
Quantidade total de
produtos (produtos
acabados + equivalente de produção
para produtos não
acabados
Custo
unitário
(custo total
÷ quantidade
total)
Custo total
Matéria-prima
100%
3.600
3.600
12.100
3.200.450,00
264,50
Mão de obra
2/3
3.600
2.400
10.900
749.920,00
68,80
Custos indiretos
de fabricação
3/4
3.600
2.700
11.200
624.960,00
55,80
TOTAL
389,10
Gabarito “D”
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) O
(A) R$
(B) R$
(C) R$
(D) R$
(E) R$
valor total da produção em processo no final do mês será:
1.125.432,00
1.267.980,00
1.380.444,00
1.400.760,00
1.525.740,00
Para apurar o total dos produtos não acabados, basta multiplicar a quantidade equivalente de produção pelo custo unitário, conforme apresentado
a seguir:
Equivalente de produção para os produtos não acabados Custo unitário (custo total
Custo total
(quantidade x proporção de custos recebidos)
÷ quantidade total)
Matéria-prima
3.600
264,50
952.200,00
Mão de obra
2.400
68,80
165.120,00
Custos indiretos de fabricação
2.700
55,80
150.660,00
VALOR TOTAL DOS PRUDUTOS NÃO ACABADOS
1.267.980,00
Gabarito “B”
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) Uma empresa calcula os custos de seus produtos utilizando dois métodos: o método
do custeio por absorção e o método do custeio variável. Os Estoques iniciais eram “zero”, a produção do mês foi de
8.000 unidades totalmente acabadas, foram vendidas no mês 6.000 unidades. No fechamento do mês foram apurados
os seguintes resultados líquidos finais: Lucro de R$ 348.750,00 no custeio por absorção, e lucro de R$ 345.000,00
no custeio variável. Para atingir esses valores de resultado, a empresa manteve os custos variáveis correspondentes a
40% do preço de venda praticado. Desse modo, os valores correspondentes ao preço de venda unitário, aos custos
variáveis unitários e aos custos fixos totais foram, respectivamente, em R$,
(A) 100,00;
(B) 120,00;
(C) 130,00;
(D) 125,00;
(E) 150,00;
40,00; 15.000,00
48,00; 14.000,00
52,00; 12.000,00
50,00; 14.000,00
52,00; 17.000,00
A diferença entre o custeio por absorção e o custeio variável está no fato de que o custeio por absorção soma ao estoque todos os custos (fixos
e variáveis), enquanto o custeio variável soma ao estoque apenas os custos variáveis, lançando diretamente ao resultado todo o custo fixo. A
diferença apresentada no lucro apurado pelas duas metodologias é justamente o valor do custo fixo referente às 2.000 unidades não vendidas, que
é na questão igual a R$3.750. É possível concluir que para as 8.000 unidades o custo fixo é de R$15.000 (R$3.750 x 4). A seguir está apresentada
a Demonstração do Resultado do Exercício para as duas metodologias:
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152
FABRÍCIO BARROS
Custeio por absorção
Custeio variável
Receita
600.000,00
(-) Custos Variáveis
(240.000,00) (-) Custos Variáveis
Receita
600.000,00
(240.000,00)
(-) Custos Fixos
(11.250,00)
(=) Margem de contribuição
360.000,00
(=) Lucro
348.750,00
(-) Custos Fixos
(15.000,00)
(=) Lucro
345.000,00
Gabarito “A”
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) Uma
empresa utiliza em sua contabilidade o sistema de Custo Padrão. Ao final do
mês, apurou uma variação de ociosidade de mão de obra direta.
Itens
Custo padrão
Capacidade instalada
15.000 horas
Consumo de horas p/unidade
3 horas
2,5 horas
Taxa horária
R$ 4,00
R$ 5,50
Produção planejada
5.000 unidades
Produção real
Custo real
4.000 unidades
Total de gastos planejados
R$ 60,000,00
Total de gastos reais
R$ 55.000,00
Tomando como base as informações contidas no quadro acima, o valor da variação de ociosidade, em R$, foi
(A) 5.000 positiva.
(B) 5.000 negativa.
(C) 10.000 negativa.
(D) 15.000 negativa.
(E) 20.000 negativa.
A capacidade utilizada pela empresa foi de 10.000 horas (4.000 unidades x 2,5 horas por unidade), 5.000 horas a menos que o definido no custo
padrão. Como a taxa horária do custo-padrão é de R$4,00, a ociosidade foi de R$20.000,00 (5.000 horas x R$4,00).
Gabarito “E”
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) Na
terminologia de custos, são custos de conversão ou de transformação:
(A) mão de obra direta e indireta.
(B) mão de obra direta e materiais diretos.
(C) mão de obra direta e custos indiretos de fabricação.
(D) matéria Prima, mão de obra direta e custos indiretos de fabricação.
(E) custos primários e custos de fabricação fixos.
Custo de Transformação é a soma de todos os custos de produção, exceto a matéria-prima e outros elementos adquiridos, ou seja, é o custo do
esforço realizado pelas empresas.
Gabarito “C”
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) Considere
que uma empresa aloca custos departamentais aos produtos, utilizando-
-se do método “Direto”.
Departamentos de Serviços
Controle de
qualidade
Custos de fabricação alocados
R$350.000,00
diretos aos departamentos
Departamentos Produtivos
Manutenção
Maquinário
Montagem
R$200.000,00
R$400.000,00
R$300.000,00
Horas máquinas incorridas
50.000
Horas mão de obra direta
Horas de serviços:
– de controle qualidade
– manutenção
7.000
10.000
Total
R$1.250.000,00
50.000
25.000
25.000
21.000
7.000
35.000
18.000
12.000
40.000
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8. CONTABILIDADE
Unidades
produzidas
Produtos
Consumo horas
máquinas
153
Consumo horas
MOD
A
5.000
6.0
3.0
B
4.000
5.0
2.5
Com base nos dados contidos no quadro acima, o custo unitário, em R$, dos produtos A e B são, respectivamente,
(A) 120,00
(B) 125,00
(C) 149,00
(D) 145,00
(E) 150,00
e 162,50
e 156,25
e 126,25
e 135,00
e 125,00
O primeiro passo para a resolução da questão é ratear os custos diretos dos departamentos produtivos. O custo do departamento de maquinário
será rateado pelo total de horas/máquinas utilizadas em cada produto e o custo do departamento de montagem será rateado pelo total de horas
de mão de obra utilizadas em cada produto. Apresentamos a seguir o total de horas máquina e mão de obra direta de cada produto com base na
informação de quantidade produzida de cada produto:
Critério
Produto A
Produto B
TOTAL
Horas máquina
30.000
20.000
50.000
Mão de obra direta
15.000
10.000
25.000
Utilizando o quadro acima, é possível distribuir na mesma proporção os custos dos departamentos produtivos, conforme apresentado a seguir:
Produto A
Produto B
TOTAL
Maquinário
240.000,00
160.000,00
400.000,00
Montagem
180.000,00
120.000,00
300.000,00
Total de custos diretos
420.000,00
280.000,00
700.000,00
Proporção
60%
40%
100%
Os custos dos departamentos de serviços serão rateados a cada produto na mesma proporção dos custos diretos. O quadro a seguir demonstra
o custo de cada departamento rateado por produto, que quando dividido pela quantidade produzida apresentará o custo unitário.
Produto A
Produto B
Controle de qualidade
210.000,00
140.000,00
350.000,00
TOTAL
Manutenção
120.000,00
80.000,00
200.000,00
Maquinário
240.000,00
160.000,00
400.000,00
Montagem
180.000,00
120.000,00
300.000,00
Custo total
750.000,00
500.000,00
1.250.000,00
Quantidade produzida
5.000
4.000
Custo unitário (custo total ÷ quantidade produzida)
150,00
125,00
Gabarito “E”
Cia. Capricórnio tem
planejado para o exercício 2007 os seguintes dados na
área de produção: Horas Máquinas projetadas anual
240.000,00, mão de obra direta unitária R$ 22,00, Gastos
indiretos de fabricação anual projetado R$ 3.600.000,00,
Gastos indiretos de fabricação unitário projetado de R$
10,00. A empresa aplica Gastos indiretos de fabricação
baseados nas horas máquinas. A Taxa de aplicação de
gastos indiretos de fabricação para o exercício 2007
será, em R$,
(A) 15,00
(B) 17,00
(C) 19,00
(D) 21,50
(E) 22,00
Aplicar os gastos indiretos de fabricação baseado nas horas/máquinas
significa dizer que cada hora/máquina que o produto utilizar fará com
que seja alocada uma fração dos gastos indiretos de fabricação. Dividindo o total de gastos indiretos (R$3.600.000) pelo total de horas
máquina (240.000), é possível apurar quanto de gastos indiretos será
alocado para cada hora máquina, que no caso será R$15,00.
Gabarito “A”
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) A
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) A diferença entre o preço
de venda e o custo variável constitui
(A) a Receita operacional bruta.
(B) a Receita líquida.
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FABRÍCIO BARROS
(C) o Ponto de equilíbrio.
(D) a Margem de contribuição.
(E) a Análise custo-volume-lucro.
Itens
O conceito de margem de contribuição é a diferença entre o preço de
venda e o custo variável. O valor apurado nesse cálculo irá contribuir
para o pagamento dos custos fixos.
Gabarito “D”
Instruções: Considere as informações abaixo para responder às duas questões seguintes.
A Cia. Atenas utiliza duas unidades de matéria-prima para
cada unidade acabada. Ao fazer seu planejamento, para o
ano fiscal de 2.006, estabelece como meta os seguintes saldos:
Saldo Inicial
em unidades
Itens
Saldo Final
em unidades
Matéria-prima
30.000
40.000
Produtos em processo
10.000
10.000
Produtos acabados
70.000
40.000
Se a empresa planeja
produzir 400.000 unidades, no período, o número de
unidades de matéria-prima que deverá adquirir será:
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC)
(A) 1.020.000
(B) 1.010.000
(C) 1.000.000
(D) 990.000
(E) 810.000
Saldo Final
Unidades acabadas
125.000
117.000
Unidades em processo
235.000
251.000
Matéria-prima
134.000
124.000
II. Movimentos ocorridos no período (valores em R$):
Itens
Valor
Compra de matéria-prima
191.000
Mão de obra direta utilizada
300.000
Custos indiretos de fabricação ocorridos
175.000
III. Informações adicionais:
A empresa aplica Custos indiretos de fabricação a uma
taxa de 60% da Mão de obra direta. Os excessos ou subaplicação dos CIF serão apropriados no final do exercício.
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) Custos primários no mês:
(A) 501.000
(B) 499.000
(C) 489.000
(D) 201.000
(E) 199.000
Os custos primários são matéria-prima e mão de obra. O cálculo da
matéria-prima consumida no processo de produção está apresentado
a seguir:
Matéria-prima
Gabarito “E”
Para que a empresa
venda 480.000 unidades durante o ano fiscal de 2006, a
quantidade de unidades que deverá produzir no decorrer
desse período é:
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC)
(A) 440.000
(B) 450.000
(C) 460.000
(D) 480.000
(E) 520.000
O planejamento da empresa indica que do estoque inicial de 70.000
serão vendidas 30.000 unidades, visto que o estoque final será de
apenas 40.000 unidades. Se a empresa pretende vender 480.000
unidades, será necessário produzir apenas 450.000, que somadas às
30.000 unidades totalizaram 480.000 unidades.
Gabarito “B”
Instruções: Considere as informações abaixo para responder às três questões que seguem.
No mês de janeiro de 2006, dos relatórios de produção
da Cia. Albion foram extraídas as seguintes informações:
Valor dos inventários de início e final do mês (valores
em R$):
Saldo inicial
134.000,00
Entradas
191.000,00
Saídas
(201.000,00)
Saldo final
124.000,00
As saídas de matéria-prima representam a matéria-prima consumida,
que somada à mão de obra representa R$501.000.
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) Total
de custos de pro-
dução no mês de janeiro:
(A) 501.000
(B) 665.000
(C) 673.000
(D) 681.000
(E) 743.000
Apesar de o gabarito indicar que o total de custos de produção no
período foi de R$681.000 (letra “d”), não é possível encontrar tal
valor como resposta. A resposta correta seria R$660.000, conforme
apresentado a seguir:
Variação do total de estoques matéria-prima e
unidades em processo no período (saldo inicial
R$369.000 - saldo final R$375.000)
(6.000,00)
Matéria-prima
191.000,00
Mão de obra
300.000,00
Custos indiretos de fabricação
175.000,00
Custo total de produção
660.000,00
Gabarito “D”
Considerando que cada unidade de produto acabado utiliza duas unidades de matéria-prima é possível concluir que 800.000 unidades de
matéria-prima, seriam suficientes para produzir as 400.000 do produto.
No entanto, o planejamento da empresa prevê que o estoque final de
matéria-prima será maior em 10.000 unidades quando comparada ao
estoque inicial, o que implica a necessidade de aquisição dessas 10.000
unidades de matéria-prima, que somadas às 800.000 totalizam 810.000
unidades de matéria-prima adquiridas no período.
I.
Saldo Inicial
Gabarito “A”
154
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8. CONTABILIDADE
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC)
Custo das unidades
vendidas em janeiro:
(Auditor Fiscal – São Paulo/SP – FCC – 2012)
155
As insubsistências
passivas são
(A) 697.000
(B) 681.000
(C) 673.000
(D) 657.000
(E) 665.000
(A) mutações patrimoniais entre elementos do ativo e do
passivo.
(B) variações patrimoniais ativas resultantes da execução
orçamentária.
(C) variações patrimoniais passivas independentes da
Variação do total de estoques no período (saldo
inicial R$494.000 - saldo final R$492.000)
2.000,00
Matéria-prima
191.000,00
Mão de obra
300.000,00
Custos indiretos de fabricação
175.000,00
Custo total das unidades vendidas
668.000,00
execução orçamentária.
(D) variações patrimoniais ativas independentes da exe-
cução orçamentária.
(E) mutações patrimoniais entre elementos do ativo.
As superveniências e insubsistências são ditas passivas quando promovem diminuição da situação líquida patrimonial. A insubsistência passiva
é uma conta de despesa, portanto de natureza devedora.
Gabarito “D”
Apesar de o gabarito indicar que o total de custos das unidades vendidas
no período foi de R$673.000 (letra “c”), não é possível encontrar tal
valor como resposta. A resposta correta seria R$668.000, conforme
apresentado a seguir:
(Auditor Fiscal – São Paulo/SP – FCC – 2012) Considere as classes do
Plano de Contas a ser adotado pelos entes da federação,
obrigatoriamente, a partir de 2013:
1 − Ativo
Gabarito “C”
2 − Passivo e Patrimônio Líquido
5. CONTABILIDADE PÚBLICA
3 − Variações Patrimoniais Diminutivas
(Auditor Fiscal – São Paulo/SP – FCC – 2012) Em relação ao que
determina a Lei nº 4.320/1964 sobre a contabilidade
aplicada às entidades públicas governamentais, considere:
4 − Variações Patrimoniais Aumentativas
Os serviços de contabilidade serão organizados de
forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição
patrimonial, o levantamento dos balanços gerais, a
análise e a interpretação dos resultados econômicos
e financeiros.
II. As autarquias devem, dentro do prazo que a legislação
fixar, remeter seus balanços para os órgãos centrais de
contabilidade para fins de incorporação dos resultados, salvo disposição legal em contrário.
III. O resultado da execução orçamentária deve ser apurado com base nas receitas lançadas e nas despesas
liquidadas em um dado exercício financeiro.
IV. A contabilidade manterá registro sintético dos bens
móveis e imóveis, sendo que a identificação dos
agentes responsáveis pela sua guarda e administração
será realizada por meio de registros extracontábeis.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) III e IV.
(C) II, III e IV.
(D) II e III.
(E) I, II e III.
6 − Controles da Execução do Planejamento e Orçamento
7 − Controles Credores
8 − Controles Devedores
O registro da arrecadação de uma receita tributária,
quanto à natureza orçamentária da informação, utiliza
APENAS
(A) as classes 6, 7 e 8.
(B) as classes 1 e 3.
(C) as classes 5 e 6.
(D) as classes 1, 3, 5 e 6.
(E) a classe 6.
Como a questão especificou que a análise seria apenas quanto à
natureza orçamentária da informação, é possível concluir que apenas a
classe 6 registrará tal movimentação. No entanto, a entrada do recurso
arrecadado no âmbito do ente implicará lançamentos contábeis nas
classes 1 e 4 também.
Gabarito “E”
I.
5 − Controles da Aprovação do Planejamento e Orçamento
De acordo com
a Lei nº 4.320/1964 e suas alterações pela Portaria
STN nº 665/2010, considere as afirmações sobre o
Balanço Patrimonial e a Demonstração das Variações
Patrimoniais.
(Auditor Fiscal – São Paulo/SP – FCC – 2012)
I.
I: Correto. Conforme artigo 85 da Lei 4.320/1964; II: Correto. Conforme
parágrafo único do artigo 110 da Lei 4.320/1964; III: Incorreto. O artigo
35 da Lei 4.320/1964 define que pertencem ao exercício financeiro as
receitas nele arrecadadas e as despesas nele legalmente empenhadas.
IV: Incorreto. O artigo 95 da Lei 4.320/1964 define que a contabilidade
manterá registros sintéticos dos bens móveis e imóveis. No entanto, o
artigo 94 define que “haverá registros analíticos de todos os bens de
caráter permanente, com indicação dos elementos necessários para a
perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis
pela sua guarda e administração”.
Os ativos e passivos no Balanço Patrimonial são classificados nos grupos circulantes e não circulantes, sendo
que tal classificação segrega os itens patrimoniais pela
necessidade ou não de autorização legislativa para sua
movimentação.
II. O Resultado Patrimonial do Período corresponde
à diferença entre o valor total das variações patrimoniais aumentativas e o valor total das variações
patrimoniais diminutivas de um dado período, sendo
que tais variações podem ser quantitativas ou qualitativas.
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Gabarito “A”
156
FABRÍCIO BARROS
III. A depreciação de um imóvel é uma despesa orça-
mentária que reduz o valor do ativo imobilizado e o
resultado patrimonial do exercício.
IV. O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil
que evidencia, qualitativa e quantitativamente, a
situação patrimonial da entidade pública em um
dado momento, por meio de contas de ativo, passivo
e patrimônio líquido, além das contas de compensação.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) IV.
(C) III e IV.
(D) II.
(E) II e III.
I: Incorreto. A Lei 4.320/1964 não define classificação entre circulante e
não circulante para os itens patrimoniais. II: Incorreto. As variações que
afetam o resultado serão apenas quantitativas. III: Incorreto. Por não
representar um desembolso, a depreciação não figura no orçamento.
IV: Correto. Conforme artigo 105 da Lei 4.320/1964.
valor do Patrimônio Líquido, este último corresponde
a, em R$:
(A) 1.373.000,00
(B) 1.250.000,00
(C) 1.050.000,00
(D) 750.000,00
(E) 500.000,00
Sabe-se que o somatório do Patrimônio Líquido e Passivo Exigível
será igual ao total de bens e direitos da empresa. Sendo assim, ao
somarmos as frações informadas na questão teremos que o somatório
do Passivo Exigível (2/5 do Patrimônio Líquido) e o Patrimônio Líquido
(5/5 do Patrimônio Líquido) representam 7/5 do Patrimônio Líquido,
e é equivalente ao total do ativo. Apresentamos a seguir o cálculo do
valor do Patrimônio Líquido:
Ativo = 7/5 Patrimônio Líquido
R$1.750.000 = 7/5 Patrimônio Líquido
Patrimônio Líquido = 5/7 x R$1.750.000
Patrimônio Líquido = R$1.250.000
O balanço patrimonial da empresa em questão está assim apresentado:
Ativo
Gabarito “B”
Bens e direitos
6. ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A Cia. Beta possui
bens e direitos no valor total de R$ 1.750.000,00, em
31.12.2005. Sabendo-se que, nessa mesma data, inexistem Resultados de Exercícios Futuros e que o Passivo
Exigível da companhia representa 2/5 (dois quintos) do
Passivo
1.750.000,00
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC)
1.750.000,00
500.000,00
Patrimônio
líquido
1.250.000,00
TOTAL
1.750.000,00
Gabarito “B”
(Auditor Fiscal/São Paulo-SP – 2007 – FCC) A
TOTAL
Passivo exigível
Cia. Aresta registrou as seguintes transações em sua contabilidade num determi-
nado exercício (em R$):
Venda à vista de bem do ativo imobilizado
70.000,00
Venda a curto prazo de mercadorias
790.000,00
Custo das mercadorias vendidas
440.000,00
Resultado da equivalência patrimonial
110.000,00
Constituição da provisão para créditos de liquidação duvidosa
60.000,00
Incorporação de reservas de lucro ao capital
80.000,00
Obtenção de empréstimos de longo prazo
30.000,00
Pagamento de dividendos não provisionados
240.000,00
Considerando apenas essas informações, é correto concluir que o efeito das transações no aumento do capital circulante líquido da companhia foi, em R$:
(A) 340.000,00
(B) 260.000,00
(C) 230.000,00
(D) 210.000,00
(E) 150.000,00
Apresentamos a seguir a movimentação decorrente das operações descritas na questão em cada grupo de contas:
Ativo
circulante
Venda à vista de bem do ativo imobilizado
70.000,00
Ativo não
circulante
Passivo
circulante
Passivo não
circulante
Patrimônio
líquido
(70.000,00)
Venda a curto prazo de mercadorias
790.000,00
790.000,00
Custo das mercadorias vendidas
(440.000,00)
(440.000,00)
Resultado da equivalência patrimonial
110.000,00
110.000,00
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8. CONTABILIDADE
Ativo
circulante
Constituição da provisão para créditos de liquidação
duvidosa
Ativo não
circulante
Passivo
circulante
Passivo não
circulante
(60.000,00)
157
Patrimônio
líquido
(60.000,00)
Incorporação de reservas de lucro ao capital
Obtenção de empréstimos de longo prazo
30.000,00
Pagamento de dividendos não provisionados
(240.000,00)
TOTAL
150.000,00
30.000,00
(240.000,00)
40.000,00
-
30.000,00
160.000,00
Como o capital circulante líquido é a diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante, é possível concluir que esse indicador aumentou
R$150.000, equivalente ao aumento do Ativo Circulante.
Gabarito “E”
(Fiscal de Tributos/Santos-SP – 2005 – FCC) São dados os seguintes
índices de liquidez da Cia. Santista, calculados a partir
de suas demonstrações contábeis:
Provisões 13º Salário e Férias
1.200
1,5
Contas a Receber 90 dias
2.500
– Índice de liquidez seca
1,2
Empréstimos de Curto Prazo
1.500
Empréstimos a Controladas
2.500
Contas a receber por Venda de Imobilizado
2.500
Estoques
3.000
Impostos a Pagar
900
000,00 e 300 000,00
000,00 e 300 000,00
000,00 e 400 000,00
000,00 e 500 000,00
000,00 e 600 000,00
Tendo como base somente essas informações, a necessidade de capital de giro da empresa é em R$
Ativo circulante
Liquidez corrente =
Passivo circulante
O índice de liquidez seca é dado pela seguinte fórmula:
Ativo circulante - Estoques
Liquidez seca =
Passivo circulante
A liquidez corrente ser igual a 1,5 significa dizer que o ativo circulante
é igual a 1,5 x passivo circulante. Substituindo essa informação na
fórmula da liquidez seca, teremos:
(1,5 x Passivo Circulante) – 150.000
Passivo circulante
(1,2 x Passivo circulante) – (1,5 x Passivo circulante) = -150.000
0,3 x Passivo circulante = 150.000
Passivo circulante = 150.000÷0,3 = 500.000
Se o ativo circulante é igual a 1,5 vezes o passivo circulante, então o
ativo circulante é igual a R$750.000.
Gabarito “D”
A Cia. Estrela possui
as seguintes contas patrimoniais, dentre outras, com
valores em reais:
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC)
(A) 1.200,00
(B) 1.600,00
(C) 1.900,00
(D) 2.100,00
(E) 2.500,00
A necessidade de capital de giro é dada pela seguinte fórmula: Necessidade de capital de giro = Ativo Circulante Operacional – Passivo Circulante Operacional. O Ativo Circulante Operacional e o Passivo Circulante
Operacional são compostos de valores que mantêm estreita relação com
a atividade operacional da empresa. Na questão, as contas do Ativo
Circulante Operacional são contas a receber e estoques, e as contas
do Passivo Circulante Operacional são fornecedores, provisão para 13º
salário e férias e impostos a pagar. Sendo assim, é possível concluir
que a necessidade de capital de giro da empresa é de R$1.900,00.
Gabarito “C”
O índice de liquidez corrente é dado pela seguinte fórmula:
1,2 =
1.500
– Índice de liquidez corrente
Sabendo-se que o valor dos estoques da companhia era
de R$ 150 000,00 no final do exercício, o Ativo Circulante
e o Passivo Circulante correspondem, respectivamente,
a (em R$ ):
(A) 360
(B) 450
(C) 600
(D) 750
(E) 900
Fornecedores
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) A Cia. ITA possui,
no final de 2004, os dados identificados a seguir, com
valores em reais:
I.
Saldos finais no rol das contas listadas a seguir:
Contas a Receber
25.000
Contas a Pagar
15.000
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158
FABRÍCIO BARROS
Fornecedores
18.000
Itens
Valores em R$
Contas a Receber
24.000
Vendas do Período
360.000
Estoques
16.000
Empréstimos obtidos de Curto Prazo
50.000
Estoques
17.500
Ativo Permanente Total
25.000
Custo dos Produtos Vendidos
252.000
Empréstimos a Controladas
23.000
Fornecedores
24.000
Compras do Período
288.000
II. Um Patrimônio Líquido com valor médio no período
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC)
de R$ 55.625,00.
III. O índice de rentabilidade do Ativo é 2,5%.
Recebimento das Vendas é
Para alcançar este índice, o Lucro Líquido do Período,
deve ter sido de R$
(A) 28
(B) 26
(C) 24
(D) 22
(E) 19
(A) 1.410,00
(B) 1.450,00
(C) 1.955,00
(D) 2.000,00
(E) 2.225,00
O prazo médio de
dias.
dias.
dias.
dias.
dias.
O prazo médio de recebimento de vendas é dado pela seguinte fórmula:
Conta
Valor
Contas a Receber
25.000,00
Estoques
16.000,00
Empréstimos a Controladas
23.000,00
Ativo Permanente Total
25.000,00
Total do ativo
89.000,00
Aplicando sobre esse ativo o percentual de rentabilidade informado
(2,5%), encontramos o valor de R$2.225,00.
Gabarito “E”
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC)
O índice de rentabili-
dade do Patrimônio Líquido é
(A) 4,0%
(B) 3,7%
(C) 3,5%
(D) 3,0%
(E) 2,5%
Prazo médio de recebimento
de vendas
Gabarito “A”
A Cia. Vila Isabel possui os seguintes saldos contábeis ao
final de um exercício, com valores em reais:
Vendas do período
X 360
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC)
O prazo médio de
rotação dos estoques é
(A) 25
(B) 20
(C) 19
(D) 14
(E) 10
dias.
dias.
dias.
dias.
dias.
O prazo médio de rotação dos estoques é dado pela seguinte fórmula:
Estoques
=
Custo dos produtos
vendidos
X 360
Substituindo os valores na fórmula encontraremos um prazo médio
de rotação dos estoques igual a 25 dias (R$17.500 ÷ R$252.000
x 360).
Gabarito “A”
Instruções: Para responder às três questões seguintes,
considere SOMENTE as seguintes informações:
Contas a receber
Substituindo os valores na fórmula encontraremos um prazo médio de
recebimento de vendas igual a 24 dias (R$24.000 ÷ R$360.000 x 360).
Prazo médio de rotação
dos estoques
A rentabilidade do Patrimônio Líquido é encontrada dividindo o Lucro
Líquido pelo Patrimônio Líquido. Se o Lucro Líquido da empresa
é de R$2.225,00, conforme demonstrado na questão anterior, a
rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido será de 4,0% (R$2.225,00
÷ R$55.625,00).
=
Gabarito “C”
O total do ativo da empresa é R$89.000,00, conforme apresentado
no quadro a seguir:
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) O
prazo de pagamento
das compras é
(A) 25
(B) 27
(C) 28
(D) 30
(E) 35
dias.
dias.
dias.
dias.
dias.
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8. CONTABILIDADE
O prazo médio de pagamento das compras é dado pela seguinte fórmula:
=
Fornecedores
Compras do período
do KP.
X 360
Substituindo os valores na fórmula encontraremos um prazo médio
de pagamento das compras igual a 30 dias (R$24.000 ÷ R$288.000
x 360).
Gabarito “D”
(Agente Fiscal de Rendas/SP – 2006 – FCC) Com relação à estrutura
e à participação do Capital Próprio (KP) e do Capital de
Terceiros (KT) é correto afirmar que
(A) a participação do KT é crescente ao longo dos anos.
(B) a participação do KP é 39% no terceiro ano.
(C) o aumento do KP justifica-se apenas por presença de
lucros.
(D) a participação do KT no primeiro ano é menor que a
(E) a dependência do KT é crescente ao longo dos anos.
A: o capital de terceiros é o somatório do Passivo Circulante e Exigível a
Longo Prazo. Apesar do capital de terceiros ser crescente ao longo dos
anos (R$340.000 no ano I, R$470.000 no ano II e R$490.000 no ano III),
a participação percentual desse valor em relação ao total do ativo reduziu
ao longo dos anos (68% no ano I, 67% no ano II e 61% no ano III); B:
o Capital Próprio é representado pelo patrimônio, sua participação em
relação ao total de ativos é de 32% no ano I, 33% no ano II e 39% no ano
III; C: o aumento do Patrimônio Líquido pode ter ocorrido também pelo
aumento no Capital Social; D: conforme demonstrado nos itens “a” e “b”,
a participação do capital de terceiros no ano I é maior que a participação
de capital próprio; E: conforme observado no item “a”, a dependência
de capital de terceiros se reduz ao longo dos três anos.
Gabarito “B”
Prazo médio de pagamento
das compras
159
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9. CONHECIMENTOS BANCÁRIOS E
TEMAS CORRELATOS
Henrique Subi, Tatiana Subi e Wander Garcia*
(C) do ponto de vista legal, as empresas podem organizar-
dizer que:
Está correto
(A) a transformação de conta conjunta em individual é
feita mediante a solicitação de um dos titulares.
(B) Para abertura de uma conta corrente junto a uma
instituição financeira é necessário apenas carteira de
identidade.
(C) Para encerrar uma conta corrente Junto a uma instituição financeira é necessário primeiramente verificar
se todos os cheques emitidos foram compensados
para não evitar a inclusão do nome no cadastro de
emitentes de cheques sem fundo.
(D) Abrir uma conta corrente só é permitido aos maiores
de 18 anos e aos menores, com idade entre 16 e 18
anos incompletos, desde que representados ou assistidos pelo responsável legal e aos emancipados.
(E) Os menores emancipados não podem movimentar
uma conta corrente.
Art. 1º, §1º, da Resolução BACEN nº 2.025/1993.
Gabarito “D”
Quando concorrerem
para a abertura de conta ou movimentação de recursos
sob nome falso, respondem como coautores por crime
de falsidade, o
(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC)
(A) beneficiário da conta, que irregularmente a abriu.
(B) gerente e o administrador.
(C) gerente que irregularmente identificou o correntista.
(D) funcionário que irregularmente identificou o corren-
tista.
(E) funcionário que irregularmente identificou o corren-
tista, o gerente e o administrador.
Art. 64 da Lei nº 8.383/1991.
Gabarito “B”
2. PESSOA FÍSICA E PESSOA
JURÍDICA
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC) A constituição
das empresas tem aspectos técnicos, administrativos,
legais e de mercado. Está correto afirmar que
(A) as cooperativas são conglomerados de associações de
bairro.
(B) os aspectos técnicos e administrativos relacionam-se
às atividades-fim da empresa, podendo ser classificadas em instituições financeiras; empresas privadas,
comerciais, industriais e prestadoras de serviços;
empresas e órgãos públicos, organizações sem fins
lucrativos.
A: incorreta. Cooperativas são sociedades não empresárias constituídas por
pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços
para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem
objetivo de lucro (art. 1º da Lei nº 5.764/1971); B: correta, tendo cada uma
dessas atividades regras próprias a serem observadas durante a constituição da empresa; C: incorreta. Os tipos societários são: nome coletivo,
comandita simples, limitada, comandita por ações e sociedade por ações;
D: incorreta. A responsabilidade do empresário é ilimitada e é exatamente
por isso que todos os seus bens pessoais podem ser executados para
pagamento de dívidas da empresa; E: incorreta. Cabe ao contrato social
definir as participações, os direitos e as responsabilidades de cada sócio.
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC) Podem ser titulares de conta
corrente, pessoas físicas ou domiciliadas no Brasil, maiores de 18 anos; menores com idade entre 16 e 18 anos
incompletos (representados ou assistidos pelo responsável
legal) e emancipados. Em relação á comprovação da
emancipação, considere as afirmativas:
I.
Escritura de Emancipação, por concessão do detentor
do pátrio poder ou por sentença do juiz.
II. Certidão de Nascimento com averbação de emancipação.
III. Certidão de Casamento.
IV. Pelo efetivo exercício de emprego público, por nomeação publicada no Diário Oficial.
V. Diploma de Curso de Nível Médio.
Destas afirmativas estão corretas
(A) I, II e IV, apenas.
(B) I e III, apenas.
(C) I, II III, IV e V.
(D) I, II. III e IV, apenas.
(E) III, IV e V, apenas.
Dispõe o art. 5º, parágrafo único, do Código Civil que a emancipação
ocorre: I – por concessão dos pais, mediante instrumento público; II – pelo
casamento; III – pelo exercício de emprego público efetivo; IV – pela colação
de grau em curso de ensino superior; V – pelo estabelecimento civil ou
comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função
deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.
Logo, dentre os listados, o único documento que não é hábil a comprovar
a emancipação é o diploma de conclusão de curso de nível médio.
Gabarito “D”
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC)
-se com firma limitada, sociedade individual e sociedade por ações.
(D) na empresa individual a responsabilidade do proprietário é limitada, respondendo por todas as dívidas da
empresa com seus bens pessoais.
(E) nas empresas limitadas os sócios estabelecem um
contrato social que define a participação de cada um,
mas não suas responsabilidades.
Gabarito “B”
1. ABERTURA E MOVIMENTAÇÃO
DE CONTAS
* Henrique Subi e Wander Garcia comentaram as questões do capítulo 11 (Atendimento); Tatiana Subi comentou as questões do
capítulo 12 (Legislação Específica) e Henrique Subi comentou as demais questões.
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9. CONHECIMENTOS BANCÁRIOS E TEMAS CORRELATOS
A personalidade civil do
(A) começa do nascimento com vida.
(B) aos 14 anos.
(C) aos 16 anos.
(D) aos 21 anos.
(E) aos 24 anos, quando universitário ou cursando escola
de 2º grau.
Art. 2º do Código Civil.
Gabarito “A”
(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC) Os ausentes, para serem
considerados absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil, devem
(A) encontrar-se em lugar incerto e não sabido.
(B) encontrar-se nessa situação por mais de 12 meses
(C) ser declarados como tais por ato do juiz.
(D) ser declarados como tais por autoridade policial da
jurisdição de seu domicílio.
(E) encontrar-se nessa situação por mais de 24 meses.
Art. 22 do Código Civil.
Gabarito “C”
(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC) Quando os estatutos
das pessoas jurídicas não o designarem, estas serão
representadas, ativa e passivamente nos atos judiciais e
extrajudiciais, pelos seus
(A) executivos.
(B) diretores.
(C) executivos categorizados.
(D) administradores comerciais.
(E) gerentes administrativos.
Art. 12, VI, do Código de Processo Civil.
Gabarito “B”
Quando os estatutos de
uma pessoa jurídica de direito privado não elegerem
domicílio especial, pelo código civil, será considerado
como sendo o do local onde funcionarem as respectivas
(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC)
(A) atividades fins.
(B) atividades industriais, se este for seu objeto.
(C) atividades mercantis, se este for seu objeto.
(D) diretorias e administrações.
(E) atividades de prestação de serviços, se este for seu objeto.
Art. 75, IV, do Código Civil.
Gabarito “D”
(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC) A sociedade comercial em
que a responsabilidade de todos os sócios é ilimitada é a
(A) em comandita simples.
(B) anônima.
(C) em comandita por ações.
(D) em nome coletivo.
(E) de capital e indústria.
Art. 1.039 do Código Civil.
crédito, bancos múltiplos e caixas econômicas, o que
os configura como instituições financeiras monetárias.
É a chamada captação a custo zero. Assim, o depósito à
vista para o banco é um dinheiro gratuito. Em relação à
conta corrente e sua movimentação pode-se afirmar que:
(A) no cheque, a quantia a ser paga é determinada sempre
pela cifra e nunca pelo extenso, mesmo em caso de
divergência entre um e outro.
(B) a conta corrente é o produto básico da relação entre o
cliente e o banco, pois através dela são movimentados,
via depósito, cheques, ordens de pagamento ou doc,
os recursos do cliente.
(C) os valores depositados em conta corrente em cheque
só podem ser movimentados no mesmo dia, via cheque, caso não sejam da mesma praça; caso contrário,
darão origem a um “saque sobre valor bloqueado”.
(D) Os cheques acima de R$ 100,00 devem, obrigatoriamente, serem nominativos, caso contrário, serão
devolvidos e o nome do eminente incluído no Cadastro de Eminentes de Cheques sem Fundos.
(E) Os cheques cruzados, assim com os cheques administrativos, são movimentados com se fossem dinheiro.
Uma vez que podem ser descontados.
A: incorreta. Em caso de divergência, prevalece o valor por extenso; B:
correta, sendo essas as principais formas de movimentação da conta
correta pelo cliente; C: incorreta. A movimentação de numerário via cheque passa sempre pelo serviço de compensação bancária e, portanto,
o valor fica disponível, na melhor das hipóteses, no dia seguinte; D:
incorreta. O nome do beneficiário poderá ser preenchido no momento
do depósito. Se isso não ocorrer, o cheque será devolvido sem a inclusão no CCF; E: incorreta. As duas modalidades de cheque não podem
ser descontados em dinheiro no caixa, devendo obrigatoriamente ser
depositados em conta corrente.
Gabarito “B”
(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC)
homem,
161
Cheque
cruzado é aquele que apresenta duas linhas paralelas no
anverso do título. Em relação ao cruzamento do cheque
está correto afirmar que
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC)
(A) admite-se o cruzamento em preto para cruzamento
em branco.
(B) o cruzamento especial, qualificado ou em preto,
contém na entrelinha o nome do banco a que deve
ser pago.
(C) o cruzamento em branco, ou simples, contém na
entrelinha o nome do banco.
(D) o cheque cruzado pode ser depositado ou sacado em
espécie.
(E) O acolhimento com cruzamento especial de outro
banco é permitido desde que esteja provido de
endosso-mandato.
A: incorreta. Uma vez cruzado em preto (identificando o banco a ser
depositado), não se permite a conversão para cruzamento em branco;
B: correta, sendo esse o conceito de cruzamento em preto; C: incorreta, por contrariar o disposto na alternativa anterior; D: incorreta. O
cheque cruzado somente pode ser depositado em conta; E: incorreta. O
endosso-mandato é ato do titular do crédito, não do banco sacado, que
não pode acolher cheque com cruzamento em preto de outro banco.
Gabarito “D”
Gabarito “B”
3. CHEQUE
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC)
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC) A captação e
para devolução de cheque:
depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade
típica e distinta dos bancos comerciais, cooperativas de
(A) cheque rasurado ou rasgado, cheque sem assinatura,
São considerados motivos
cheque com 90 dias decorridos da data de emissão.
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HENRIQUE SUBI, TATIANA SUBI E WANDER GARCIA
(B) cheque pertencente a talão roubado, roubo de malo-
tes, cheque da mesma praça com 60 dias decorridos
da data de emissão.
(C) falta de provisão de fundos, conta encerrada, prática
espúria, divergência ou insuficiência de assinatura,
sustação ou contra ordem.
(D) falta de provisão, de fundos quando da terceira apresentação, cheques inferiores a R$ 100,00 emitidos ao
portador, cheque bloqueado.
(E) contraordem, inoperância temporária de transporte,
cheques grafados em reais.
Conforme a legislação vigente, dentre outras, são razões para a
devolução do cheque pelo banco sacado a falta de provisão de fundos
(motivo 11), conta encerrada (motivo 13), prática espúria (motivo 14),
divergência ou insuficiência de assinatura (motivo 22) e sustação ou
contraordem (motivo 21).
A única alternativa incorreta é a letra “C”. O SPB não foi implantado
em 22.04.2002. Nesta data, ele passou pela maior modernização de
sua história, possibilitando a transferência de fundos interbancária em
tempo real, em caráter irrevogável e incondicional, o que resultou na
redução dos riscos sistêmicos.
Gabarito “C”
5. ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO
NACIONAL – SFN
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) O Conselho Monetário Nacional
(CMN) é integrado pelo Ministro da Fazenda,
(A) Presidente do Banco Central do Brasil e Presidente da
Comissão de Valores Mobiliários.
(B) Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão e
Presidente do Banco Central do Brasil.
(C) Presidente do Banco Central do Brasil e membros do
Comitê de Política Monetária.
Gabarito “C”
(D) Presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento
(A) emitente.
(B) endossante ou os endossantes.
(C) primeiro endossante.
(D) último endossante.
(E) o avalista
Art. 30, parágrafo único, da Lei nº 7.357/1984.
Gabarito “A”
4. SISTEMA DE PAGAMENTOS BRASILEIRO – SPB
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC) Um sistema de pagamentos
sistematicamente importante pressupõe que além da
adoção de todos os princípios efetivos também e, mais
especificamente, ele esteja adequadamente suportado
por câmaras de compensação -clearings, que viabilizem
a qualquer tempo, o registro da compensação e a liquidação eficiente e segura desses pagamentos, independente
de seu meio e forma. NÃO é correto afirmar que
(A) as novas clearings não incluem em seus mecanismos
as regras de repartição de perdas nos casos de inadimplência.
(B) a estruturação das clearings com novos mecanismos
de redução dos riscos e de contingência adequados
inclui o estabelecimento de limites bilaterais pelos
participantes.
(C) o SPB – Sistema de Pagamentos Brasileiro foi implantando a partir de 22/04/2002, pelo Banco Central,
tendo em vista a redução da possibilidade de materialização do risco sistêmico.
(D) na construção do SPB, o Banco Central exigiu a adoção dos princípios efetivos de um sistema de pagamentos sistematicamente importante para permitir a
transferência consentida de riscos do Banco Central
aos participantes do mercado e com o máximo de
segurança nas liquidações e na minimização dos
riscos de inadimplência das contrapartes.
(E) as novas clearings, adotadas ou criadas, devem ter
agilidade e flexibilidade, necessárias e suficientes
para gerir as garantias aos participantes, de forma
a assegurar a liquidação das operações, mesmo na
ocorrência da inadimplência de uma contraparte,
enfatizar o trabalho em equipe e ao mesmo tempo a
iniciativa individual. O marketing de relacionamento
Econômico e Social (BNDES) e Presidente do Banco
Central do Brasil.
(E) Presidente do Banco do Brasil e Presidente da Caixa
Econômica Federal.
Art. 8º da Lei nº 9.069/1995.
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) O Conselho de Recursos do
Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) é um órgão colegiado, integrante da estrutura do Ministério da Fazenda,
que julga recursos
I. em segunda e última instância administrativa.
II. em primeira instância, de decisões do Banco Central
do Brasil relativas a penalidades por infrações à legislação cambial.
III. de decisões da Comissão de Valores Mobiliários
relativas a penalidades por infrações à legislação de
capitais estrangeiros.
Está correto o que consta em
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) I e III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
Art. 1º do Decreto nº 91.152/1985.
Gabarito “A”
(CEF – Técnico Bancário – 2000 – FCC) Se o aval de um cheque
não indicar o avalizado, considera-se como tal o
Gabarito “B”
162
(BB – Escriturário – 2011 – FCC)
As cooperativas de crédito se
caracterizam por
(A) atuação exclusiva no setor rural.
(B) retenção obrigatória dos eventuais lucros auferidos
com suas operações.
(C) concessão de crédito a associados e ao público em
geral, por meio de desconto de títulos, empréstimos
e financiamentos.
(D) captação, por meio de depósitos à vista e a prazo,
somente de associados, de empréstimos, repasses e
refinanciamentos de outras entidades financeiras e de
doações.
(E) captação, por meio de depósitos à vista e a prazo, de
associados, de entidades de previdência complementar e de sociedades seguradoras.
Cooperativas de crédito são instituições financeiras sujeitas à fiscalização do CMN e do BACEN que se caracterizam pela captação de
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9. CONHECIMENTOS BANCÁRIOS E TEMAS CORRELATOS
Organizado de Ativos e Derivativos.
(B) substituiu o Sistema de Pagamentos Brasileiro − SPB.
(C) tem como participantes, exclusivamente, a Secretaria
do Tesouro Nacional e bancos múltiplos.
(D) impossibilita a realização de operações compromis-
sadas, ou seja, a venda ou compra de títulos com o
compromisso de recompra ou revenda.
(E) se destina à custódia de títulos escriturais de emissão
do Tesouro Nacional, bem como ao registro e à liquidação de operações com esses títulos.
Segundo o site do BACEN na Internet (www.bcb.gov.br), o SELIC é o
depositário central dos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo
BACEN e nessa condição processa a emissão, o resgate, o pagamento
dos juros e a custódia desses títulos.
Gabarito “E”
(BB – Escriturário – 2011 – FCC)
O Fundo Garantidor de Cré-
ditos (FGC):
I. proporciona garantia a depósitos judiciais.
II. cobre créditos de cada pessoa contra a mesma ins-
tituição associada, ou contra todas as instituições
associadas do mesmo conglomerado, até o valor limite
de R$ 70.000,00.
III. tem o custeio da garantia prestada feito com recursos
provenientes do Banco Central do Brasil.
Está correto o que consta em
(A) II e III, apenas.
(B) I e III, apenas.
(C) II, apenas.
(D) I, apenas.
(E) I, II e III.
Dentre as listadas, a única característica do Fundo Garantidor de Crédito
é a responsabilidade por cobrir créditos limitados a R$70.000,00 de
cada pessoa junto a instituições financeiras que estejam depositados
em determinadas carteiras, como a caderneta de poupança.
Gabarito “C”
(BB – Escriturário – 2010 – FCC) De acordo com as normas
do Conselho Monetário Nacional – CMN, os bancos
múltiplos devem ser constituídos com, no mínimo, duas
carteiras, sendo uma delas obrigatoriamente de
(A) investimento.
(B) crédito, financiamento e investimento.
(C) crédito imobiliário.
(D) câmbio.
(E) arrendamento mercantil.
Art. 7º da Resolução CMN nº 2.099/1994.
Gabarito “A”
(BB – Escriturário – 2010 – FCC) A CETIP S.A. tem por finalidade
(A) garantir a liquidação financeira de transações de títu-
los privados entre instituições bancárias no Mercado
de Balcão.
A CETIP – Central de Custódia e Liquidação Financeira de Títulos Públicos – é uma entidade privada, sem fins lucrativos, criada em parceria da
ANBID com instituições financeiras com o escopo de garantir a liquidez,
a segurança e a transparência das operações financeiras realizadas entre
quaisquer participantes do mercado financeiro.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES tem dentre
seus objetivos o de
(BB – Escriturário – 2010 – FCC)
(A) promover o desenvolvimento integrado das atividades
agrícolas, industriais e de serviços.
(B) controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantindo
o correto funcionamento do mercado cambial.
(C) promover o crescimento e a diversificação das impor-
tações.
(D) adquirir e financiar estoques de produção exportável.
(E) executar, por conta do Banco Central, a compensação
de cheques e outros papéis.
A: correta; B: incorreta. Tal atribuição é do Banco Central; C: incorreta.
A atribuição é do BNDES é de promover as exportações; D: incorreta.
Tal atribuição não cabe a nenhum dos integrantes do Sistema Financeiro
Nacional; E: incorreta. Tal atribuição é do Banco do Brasil.
(BB – Escriturário – 2010 – FCC) O Comitê de Política Monetária
− COPOM tem como objetivo:
(A) Reunir periodicamente os ministros da Fazenda e do
Planejamento, Orçamento e Gestão e o presidente do
Banco Central do Brasil.
(B) Coletar as projeções das instituições financeiras para
a taxa de inflação.
(C) Divulgar mensalmente as taxas de juros de curto e
longo prazos praticadas no mercado financeiro.
(D) Promover debates acerca da política monetária até que
se alcance consenso sobre a taxa de juros de curto
prazo a ser divulgada em ata.
(E) Implementar a política monetária e definir a meta da
Taxa SELIC e seu eventual viés.
Art. 1º do Anexo à Carta Circular BACEN nº 2.900/1999.
Gabarito “E”
(A) é operado em parceria com a CETIP S.A. Balcão
operações diárias do Sistema de Pagamentos Brasileiro
– SPB.
(C) atuar internacionalmente, em tempo real, tendo como
participantes bancos, corretoras, distribuidoras, fundos de investimento, seguradoras e fundos de pensão.
(D) assegurar que as operações somente sejam finalizadas caso os títulos estejam efetivamente disponíveis
na posição do vendedor e os recursos relativos a
seu pagamento disponibilizados integralmente pelo
comprador.
(E) dispensar a supervisão e normatização da Comissão
de Valores Mobiliários para os casos de administração
de carteiras e custódia de valores mobiliários.
Gabarito “A”
Gabarito “D”
O Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC), do Banco Central do Brasil, é
um sistema informatizado que
(BB – Escriturário – 2011 – FCC)
(B) operar como substituta no caso de interrupção das
Gabarito “D”
recursos e concessão de créditos somente a associados, podendo
receber recursos de outras instituições financeiras e pessoas jurídicas
(art. 2º, §1º, da Lei Complementar nº 130/2009).
163
(BB – Escriturário – 2010 – FCC) O Fundo Garantidor de Crédito
– FGC é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que
administra o mecanismo de proteção aos correntistas,
poupadores e investidores, contra instituições financeiras em caso de intervenção, liquidação ou falência. São
cobertos limitadamente pela garantia
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164
HENRIQUE SUBI, TATIANA SUBI E WANDER GARCIA
(A) Notas Promissórias Comerciais.
(B) Letras Hipotecárias.
(C) Depósitos Judiciais.
(D) Letras Financeiras do Tesouro.
(E) Fundos de Investimentos Financeiros.
(BB – Escriturário – 2006 – FCC) Os depósitos interfinanceiros
(DI) constituem um mecanismo ágil de transferência
de recursos entre instituições financeiras. As operações
para liquidação no dia seguinte ao da negociação são
registradas
Art. 2º, VIII, da Resolução BACEN nº 3.400/2006 (revogada pela Res.
4.087/2012).
(A) na Bolsa de Mercadorias & Futuros.
(B) no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia –
Art. 4º, VIII, da Lei nº 4.595/1964.
Gabarito “C”
(BB – Escriturário – 2006 – FCC) NÃO se refere a uma competência do Banco Central do Brasil:
(A) exercer a fiscalização das instituições financeiras.
(B) executar os serviços do meio circulante.
(C) emitir moeda-papel e moeda metálica.
(D) receber os recolhimentos compulsórios.
(E) fixar as diretrizes e normas da política cambial.
A única que não representa uma competência do BACEN é a alternativa
“E”. Tal atribuição é do CMN (art. 4º, V, da Lei nº 4.595/1964).
Gabarito “E”
Em sua existência, o Sistema
Especial de Liquidação e de Custódia – SELIC consolidou
sua função de registro, custódia e liquidação de títulos.
Como uma de suas principais características, é correto
afirmar que
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
(A) as operações nele registradas são liquidadas em bloco,
ao final de cada dia.
(B) é o depositário central dos títulos da dívida pública
federal interna emitidos pelo Tesouro Nacional e
Banco Central.
(C) os títulos depositados no Sistema não podem ser
escriturais, ou seja, emitidos sob a forma eletrônica.
(D) é gerido pela Associação Nacional das Instituições do
Mercado Financeiro – ANDIMA e é operado exclusivamente pelo Banco Central.
(E) é um sistema informatizado que se destina apenas ao
registro e à custódia de títulos escriturais de emissão
do Banco Central do Brasil, bem como à liquidação
de operações com os referidos títulos.
A: incorreta. As operações são liquidadas em tempo real; B: correta.
Essa é uma das funções principais do SELIC; C: incorreta. Os títulos
são emitidos apenas na forma escritural, não mais trabalhando
com títulos em papel; D: incorreta. O SELIC é operado por todas as
instituições financeiras participantes; E: incorreta. Cabe ao SELIC o
registro e a custódia de todos os títulos públicos, não só os emitidos
pelo BACEN.
As operações devem ser registradas na CETIP.
(BB – Escriturário – 2006 – FCC) NÃO contém apenas créditos
cobertos pela garantia do FGC:
(A) depósitos de poupança, letras hipotecárias e letras de
crédito imobiliário.
(B) letras de câmbio, letras hipotecárias e letras imobili-
árias.
(C) depósitos em conta investimento, depósitos de pou-
pança e letras hipotecárias.
(D) depósitos à vista, letras de câmbio e depósitos em
conta investimento.
(E) depósitos à vista, depósitos judiciais e depósitos de
poupança.
Depósitos judiciais não são protegidos pelo Fundo Garantidor de
Crédito.
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC)
Assinale a
afirmativa correta.
(A) O Banco do Brasil é uma sociedade anônima de
capital fechado, cujo controle acionário é exercido
pela União.
(B) O Conselho Monetário Nacional é um órgão normativo, desempenhando atividade executiva. Processa
todo o controle do sistema financeiro, influenciando
as ações de órgãos normativos.
(C) O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e
Social define as regras, limites e condutas das instituições financeiras, além de ser considerado formulador
de toda a política de moeda e do crédito.
(D) Uma das atribuições do Conselho Monetário Nacional
é fixar diretrizes e normas da política cambial, visando
ao controle da paridade da moeda e o equilíbrio do
balanço de pagamentos.
(E) Dentre as principais atribuições de competência do
Banco Central destaca-se efetuar o controle do crédito
de capitais estrangeiros e executar os serviços de
compensação.
Art. 4º, V, da Lei nº 4.595/1964.
Gabarito “D”
de que possam funcionar no país.
(B) efetua o controle dos capitais estrangeiros.
(C) regula a constituição, o funcionamento e a fiscalização das instituições financeiras.
(D) fiscaliza o mercado cambial.
(E) recebe os recolhimentos compulsórios das instituições
financeiras.
CBLC.
(D) na Câmara de Custódia e Liquidação – CETIP.
(E) na Câmara Interbancária de Pagamentos – CIP.
Gabarito “E”
(A) concede autorização às instituições financeiras, a fim
SELIC.
(C) na Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia –
Gabarito “D”
Gabarito “B”
O Conselho Monetário Nacional constitui a autoridade maior na estrutura do sistema
financeiro nacional. Dentre as suas competências, é
correto afirmar que
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
Em relação
ao subsistema de intermediação está correto afirmar que
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC)
(A) os Bancos de Desenvolvimento apoiam formalmente
o setor público da economia por meios de operações
e financiamentos às empresas governamentais.
(B) Os bancos comerciais são instituições financeiras
constituídas obrigatoriamente sob a forma de socie-
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Gabarito “B”
9. CONHECIMENTOS BANCÁRIOS E TEMAS CORRELATOS
Assinale a afirmativa correta.
(A) O Sistema Financeiro Nacional envolve dois grandes
subsistemas: de Intermediação e Financeiro.
(B) O Sistema Financeiro Nacional é composto por um
conjunto de instituições financeiras e instrumentos
financeiros que visam transferir recursos dos agentes
superavitários para os deficitários.
(C) O Sistema Financeiro Nacional não permite a existência de conglomerados financeiros.
(D) O mercado financeiro pode ser considerado como
elemento estático no processo de crescimento econômico, uma vez que permite a elevação das taxas
de poupança.
(E) As instituições financeiras podem ser classificadas
como bancárias e bancarizadas.
O Sistema Financeiro Nacional é composto por instituições financeiras
voltadas à normatização e fiscalização da Política Monetária, buscando,
nos termos da Lei nº 4.595/1964, o progresso econômico e social do
país. Para tanto, indispensável a manutenção da higidez do sistema
financeiro, garantindo-se a liquidez das instituições financeiras públicas
e privadas.
Gabarito “B”
6. SISTEMA DE SEGUROS PRIVADOS
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) Sobre operações de resseguro
e retrocessão realizadas no País, a legislação brasileira
em vigor prevê
(A) a possibilidade de contratação de Ressegurador Even-
tual sediado em paraísos fiscais.
(B) a possibilidade de contratação por meio de Ressegu-
rador Local, Admitido ou Eventual.
IRB-Brasil Re (antigo Instituto de Resseguros do Brasil).
(E) a dispensa, às companhias seguradoras nacionais, de
repassar risco, ou parte dele, a um ressegurador.
A: incorreta (art. 4º, § 1º, da Lei Complementar nº 126/2007); B:
correta (art. 4º da Lei Complementar nº 126/2007); C: incorreta (art.
5º da Lei Complementar nº 126/2007); D: incorreta (art. 8º da Lei
Complementar nº 126/2007); E: incorreta. A operação de resseguro
consiste, justamente, no repasse do risco da seguradora para uma
entidade resseguradora.
As Entidades Abertas de Previdência Complementar caracterizam-se por
(BB – Escriturário – 2011 – FCC)
(A) terem como órgão responsável a Superintendência
Nacional de Previdência Complementar − PREVIC.
(B) não permitirem a portabilidade da provisão matemá-
tica de benefícios a conceder.
(C) proporcionarem planos com benefício de renda por
sobrevivência, renda por invalidez, pensão por morte,
pecúlio por morte e pecúlio por invalidez.
(D) aceitarem contratação de planos previdenciários
exclusivamente de forma individual.
(E) oferecerem planos destinados apenas a funcionários
de uma empresa ou grupo de empresas.
A: incorreta. Nos termos da Lei nº 12.154/2009, a PREVIC fiscaliza apenas as entidades fechadas de previdência complementar. As abertas são
de responsabilidade da SUSEP; B: incorreta. É possível a portabilidade
(art. 27 da Lei Complementar nº 109/2001); C: correta, sendo esses os
benefícios oferecidos pelas entidades abertas de previdência complementar segundo a SUSEP; D: incorreta (art. 26, II, da Lei Complementar
nº 109/2001); E: incorreta (art. 36 da Lei Complementar nº 109/2001).
(BB – Escriturário – 2010 – FCC) As entidades fechadas de previdência complementar, também conhecidas como fundos
de pensão, são organizadas sob a forma de
(A) fundos PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre.
(B) fundos VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre.
(C) empresas vinculadas ao Ministério da Fazenda e fis-
calizadas pela SUSEP – Superintendência de Seguros
Privados.
(D) planos que devem ser oferecidos a todos os colaboradores e que também podem ser adquiridos por pessoas
que não tenham vínculo empregatício com a empresa
patrocinadora.
(E) fundação ou sociedade civil, sem fins lucrativos e
acessíveis, exclusivamente, aos empregados de uma
empresa ou grupo de empresas.
Art. 31 da Lei Complementar nº 109/2001.
Gabarito “E”
Gabarito “A”
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC) A necessidade de conhecimento do Sistema Financeiro Nacional é crescente ao
longo do tempo, pela importância que exerce na economia
e no segmento empresarial de um país. O SFN é composto
por um conjunto de instituições financeiras públicas e
tuição financeira.
(D) que sejam contratadas exclusivamente por intermédio do
Gabarito “C”
A: correta. Consideram-se bancos de desenvolvimento as instituições
públicas voltadas ao fornecimento de crédito às empresas governamentais; B: incorreta. Os bancos comerciais dedicam-se, basicamente, à
captação de depósitos à vista para a concessão de serviços financeiros;
C: incorreta. As atividades de microcrédito não caracterizam os bancos
múltiplos; D: incorreta. Bancos de investimento são instituições privadas. O conceito trazido é de banco de desenvolvimento; E: incorreta. Os
bancos múltiplos fundamentam-se na redução de custos operacionais
ao permitir-se a reunião de carteiras distintas, antes vinculadas a
instituições financeiras diferentes, dentro do mesmo banco.
(C) que o Ressegurador Local seja controlado por insti-
Gabarito “B”
dades anônimas e executam operações comerciais,
isto é, de compra e venda de títulos.
(C) bancos múltiplos têm sua formação com base nas
atividades de quatro instituições: banco comercial,
banco de investimento e desenvolvimento, sociedade
de crédito, financiamento e investimento e sociedade
de microcrédito.
(D) Os Bancos de Investimento constituem-se em instituições públicas de âmbito estadual, que visam promover
investimentos na área de desenvolvimento urbano da
região onde atuam.
(E) a criação de bancos múltiplos surgiu como reflexo da
própria evolução das cooperativas e crescimento do
mercado.
165
(BB – Escriturário – 2010 – FCC)
Sobre o mercado de seguros
no Brasil, considere:
I.
O Instituto de Resseguros do Brasil (hoje IRB-Brasil Re)
tem seu capital controlado integralmente pela União.
II. A Lei Complementar no 126/2007 abriu o mercado
brasileiro de resseguros e possibilitou a instalação e
funcionamento de outras companhias no setor.
III. A Superintendência de Seguros Privados – SUSEP é
responsável pelo controle e fiscalização dos mercados
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
HENRIQUE SUBI, TATIANA SUBI E WANDER GARCIA
de seguro, previdência privada aberta, capitalização
e resseguro.
IV. As seguradoras são organizadas sob a forma de sociedades anônimas, não estando sujeitas a falência nem
podendo impetrar concordata, embora possam ser
liquidadas, voluntária ou compulsoriamente.
V. O seguro garantia é destinado exclusivamente aos
órgãos públicos da administração direta e indireta
federais, estaduais e municipais.
São características do mercado de seguros no Brasil o
que se afirma APENAS em
(A) I, II e III.
(B) I, II e IV.
(C) I, III, IV e V.
(D) II, III e IV.
(E) II, IV e V.
(B) estão impedidas de utilizar os resultados de loterias
oficiais para a geração dos seus números sorteados,
sendo obrigadas a realizar sorteios próprios com
ampla e prévia divulgação aos titulares.
(C) poderão apropriar-se da provisão matemática dos
títulos suspensos ou caducos por inadimplência dos
pagamentos.
(D) somente podem colocar títulos com uma única taxa
de juros ao longo de sua vigência.
(E) podem estabelecer um percentual de desconto
(penalidade), não superior a 10%, nos casos em que
o resgate for solicitado pelo titular antes de concluído
o período de vigência.
Art. 24, § 1º, do Anexo I da Circular SUSEP nº 365/2008.
Gabarito “E”
I: incorreta. O IRB-Brasil é uma companhia aberta; II: correta (art. 4º
da Lei Complementar nº 126/2007); III: correta (art. 36 do Decreto-lei
nº 73/1966); IV: correta (arts. 24, 26 e 96 do Decreto-lei nº 73/1966);
V: incorreta. Serve o seguro-garantia ao mesmo propósito da fiança
bancária, sendo também destinado a instituições privadas.
Gabarito “D”
Compete, privativamente, ao
Conselho Nacional de Seguros Privados, em relação às
entidades de previdência privada,
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
(A) processar os pedidos de autorização para fins de
constituição, funcionamento, fusão, incorporação,
grupamento, transferência de controle e reforma dos
estatutos das entidades abertas.
(B) estabelecer as normas gerais de contabilidade, atuária
e estatística a serem observadas por essas entidades.
(C) proceder à liquidação das entidades abertas que
tiverem cassada a autorização para funcionar no País.
(D) autorizar a movimentação e a liberação de bens e
valores obrigatoriamente inscritos em garantia do
capital, das reservas técnicas e dos fundos especiais
das entidades abertas de previdência privada.
(E) proceder à inscrição dos corretores de planos previdenciários, de entidades abertas de previdência
privada; fiscalizar suas atividades e aplicar as penas
cabíveis.
Art. 32, V, do Decreto-lei nº 73/1966.
Gabarito “B”
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
As sociedades seguradoras
(A) devem ter patrimônio líquido inferior ao valor do seu
passivo não operacional.
(B) são autorizadas a funcionar através de Portaria do
Ministro da Fazenda.
(C) têm autonomia completa para decidir ou não aceitar
resseguros.
(D) estão impedidas de explorar qualquer outro ramo de
comércio ou indústria.
(E) têm autonomia para distribuir lucros ou quaisquer
fundos correspondentes às suas reservas patrimoniais.
Art. 73 do Decreto-lei nº 73/1966.
(BB – Escriturário – 2006 – FCC) Em relação às entidades de
previdência privada abertas, é correto afirmar:
(A) O balanço e os balancetes deverão ser enviados ao
Banco Central para exame técnico das reservas e
provisões constituídas.
(B) É permitida a realização de operações comerciais e
financeiras com seus diretores e membros dos conselhos consultivos, administrativos, fiscais ou assemelhados, desde que as operações sejam aprovadas pela
assembleia geral.
(C) Os bens garantidores das reservas técnicas, fundos e
provisões serão registrados na SUSEP e não poderão
ser alienados, prometidos alienar ou de qualquer
forma gravados sem sua prévia e expressa autorização.
(D) Os estatutos das entidades sem fins lucrativos não poderão estabelecer distinção entre associados controladores e simples participantes dos planos de benefícios.
(E) Nas entidades sem fins lucrativos, as despesas administrativas não poderão exceder os limites fixados
anualmente pela Comissão de Valores Mobiliários.
Art. 28 da Lei Complementar nº 109/2001.
Gabarito “C”
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
Os corretores de seguros
(A) têm de responder civilmente pelos prejuízos que
causarem por omissão, imperícia ou negligência no
exercício da profissão.
(B) devem habilitar seu registro perante a Fundação
Nacional de Seguros-FUNENSEG por meio de prova
de capacitação promovida pela Superintendência de
Seguros Privados-SUSEP.
(C) recebem comissão sobre seus serviços, cuja percentagem independe do ramo do seguro e da companhia
seguradora.
(D) são profissionais de vendas vinculados às companhias
seguradoras para comercializar exclusivamente os
produtos da empresa contratante.
(E) são simples intermediários entre as seguradoras e os
segurados, não sendo sua responsabilidade esclarecer
dúvidas sobre carências, coberturas ou validade do
contrato.
Gabarito “D”
Art. 126 do Decreto-lei nº 73/1966.
(BB – Escriturário – 2006 – FCC) As
sociedades de capitalização
(A) não podem prever, nas condições gerais dos títulos,
participação dos titulares nos lucros da empresa.
Gabarito “A”
166
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC) Após o dano
ou perda de um bem e graças ao pagamento antecipado
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9. CONHECIMENTOS BANCÁRIOS E TEMAS CORRELATOS
Em relação ao Sistema Nacional de Seguros Privados
pode-se afirmar que
(A) as Seguradoras são responsáveis pela regulação das
operações de seguros e pela fixação das condições
das apólices, dos planos de operação e valores das
tarifas.
(B) As Companhias Seguradoras são instituições administradoras de riscos, isto é, agências de ratings.
(C) a SUSEP – Superintendência de Seguros Privados – é
uma autarquia pública federal e tem como uma de
suas principais atribuições fiscalizar a constituição,
organização e funcionamento das sociedades do
mercado segurador brasileiro, além de atuar em defesa
dos interesses dos consumidores do mercado.
(D) O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)
controla e fiscaliza os mercados de seguros, resseguros, capitalização e previdência privada.
(E) as propostas de seguro podem ser encaminhadas
às Seguradoras por qualquer cidadão que se achar
competente para fazê-lo.
A: incorreta. Tal atribuição cabe à SUSEP; B: incorreta. Agências
de ratings são aquelas que avaliam os riscos de investimento em
determinado mercado ou país; C: correta. A SUSEP foi criada pelo
Decreto-lei nº 73/1966 e tem natureza de autarquia federal vinculada ao
Ministério da Fazenda. Dentre as suas funções previstas no Decreto-lei,
destacam-se a de fiscalizar as atividades das sociedades seguradoras,
atuando em defesa dos consumidores e defendendo a correta aplicação
da legislação; D: incorreta. Tal atribuição cabe à SUSEP; E: incorreta.
As propostas devem ser encaminhadas necessariamente por corretor
de seguros habilitado.
da Lei Complementar nº 109/2001; D: incorreta. A adesão à previdência
complementar é facultativa (art. 202 da Constituição Federal); E: incorreta. As parcelas mensais são livremente pactuadas entre a entidade
e o consumidor, com base nos valores que estarão disponíveis para
resgate após o prazo fixado pelas partes.
Gabarito “C”
de uma quantia que representa pequena parcela desse
bem, é possível receber uma indenização que permita a
sua reposição integral.
Em relação aos tipos de
seguros existentes, está correto afirmar que
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC)
(A) há dois tipos de seguros de automóveis: pelo valor
contratado e pelo valor de mercado. O seguro pelo
valor de mercado prevê a indenização pelo valor de
um veículo zero km.
(B) os seguros patrimoniais sempre exigem carência.
(C) os seguros podem ser classificados em duas grandes
modalidades: pessoal e não pessoais. Os seguros
de pessoas incluem os seguros de danos materiais
(patrimoniais) e de prestação de serviços.
(D) o seguro de vida tem por finalidade garantir determinado pagamento a um beneficiário indicado em caso
de acidente fatal ou não.
(E) o seguro de incêndios cobre danos causados por
incêndios, quedas de raios, explosão de botijão de
gás doméstico podendo ainda cobrir adicionalmente
incêndios causados por vendaval, tornado e queda de
avião.
A: incorreta. Valor de mercado, no caso, é o valor pago por um veículo
nas mesmas condições do segurado no momento do sinistro; B: incorreta. Há diversas espécies de seguros patrimoniais que não exigem
carência, como o seguro sobre automóveis; C: incorreta. Os seguros
pessoais protegem infortúnios que ponham em risco a vida ou a integridade física da pessoa, cobrindo os eventos morte, invalidez etc.; D:
incorreta. O seguro de vida será pago apenas em caso de acidente fatal;
E: correta. O seguro contra incêndios tem proteção ampla, abrangendo
todos os infortúnios listados.
Gabarito “C”
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC) A previdência
Gabarito “E”
privada é uma alternativa de aposentadoria complementar à previdência social. É classificada como um seguro
de renda, oferecendo diversos planos de benefícios de
aposentadoria, morte e invalidez, todos lastreados no
pecúlio formado por seus participantes. Em relação à
previdência privada pode-se afirmar que
7. MERCADO FINANCEIRO – MERCADO
MONETÁRIO E DE CRÉDITO
aposentadoria oficial paga ao Instituto Nacional de
Seguridade Social.
(B) Pode constituir-se como uma sociedade fechada ou
aberta. A sociedade de previdência privada aberta,
ou fundo de pensão, é formada geralmente dentro
do ambiente de uma empresa.
(C) os benefícios podem ser contratados para serem
vitalícios, por tempo determinado ou de uma só vez.
(D) a sua principal característica é que sua adesão não
é operacional mas apresenta um caráter público e
obrigatório.
(E) as parcelas mensais que devem ser pagas são calculadas com base na renda de seu primeiro emprego
corrigida pela TR.
A: incorreta. Sociedade de previdência privada fechada são aquelas
acessíveis exclusivamente a determinado grupo de pessoas, também
conhecidas como “fundos de pensão” (art. 31 da Lei Complementar nº
109/2001); B: incorreta. “Fundos de pensão”, já se disse, é sinônimo de
sociedade de previdência privada fechada; C: correta, conforme art. 36
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) Sobre as operações no mercado
a termo de ações realizadas na BM&FBovespa é correto
afirmar:
(A) A taxa de juros é pós-fixada.
(B) O prazo máximo é de 120 dias.
(C) Todos os direitos e proventos distribuídos pela empresa
emissora das ações são creditados ao financiador.
(D) O depósito de garantia exigido do comprador pode
ser representado por carta de fiança bancária.
(E) Não é permitida a liquidação antecipada do contrato.
Conforme esclarecimentos ofertados no site www.bmfbovespa.com.
br, no mercado a termo os juros são prefixados, não há prazo máximo
para a operação, os proventos pertencem ao comprados e é permitida,
mediante acordo, a liquidação antecipada do contrato. As garantias
são exigidas e, dentre várias possibilidades, encontramos a carta de
fiança bancária.
Gabarito “D”
(A) a sociedade de previdência privada fechada é a
167
(BB – Escriturário – 2010 – FCC) Sobre os Fundos de Investimento
em Direitos Creditórios – FIDC é correto afirmar:
(A) É requerida a existência de uma Sociedade de Propó-
sito Específico.
(B) Suas cotas podem ser adquiridas por todos os tipos
de investidores.
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HENRIQUE SUBI, TATIANA SUBI E WANDER GARCIA
elaborado por agência de classificação de risco.
(D) A aplicação mínima é de R$ 25 mil por investidor.
(E) Não há incidência de imposto de renda na fonte.
Art. 3º, IV, da Instrução CVM nº 356/2001.
Gabarito “D”
(BB – Escriturário – 2010 – FCC) As operações para financiamento
do capital de giro das empresas vêm sendo preferencialmente formalizadas por meio de Cédula de Crédito
Bancário – CCB, que proporciona
(A) a promessa de pagamento mediante conferência de bens.
(B) a efetividade processual de um título executivo judicial.
(C) a garantia do Fundo Garantidor de Crédito − FGC.
(D) a dispensa de custódia do título na respectiva institui-
ção financeira.
(E) a negociabilidade do certificado no mercado secundário.
Cédulas de Crédito Bancário são títulos de crédito estruturados como
promessa de pagamento em dinheiro em favor de uma instituição
bancária por conta de uma operação de crédito. Nos termos do art.
29, § 1º, da Lei nº 10.931/2004, são transferíveis por endosso em
preto, o que equivale dizer que são negociáveis no mercado secundário.
Gabarito “E”
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC) As operações
de mercado aberto (open market) funcionam como um
instrumento bastante ágil de política monetária a fim de
melhor regular o fluxo monetário da economia e influenciar os níveis das taxas de juros a curto prazo.
Está correto afirmar que
(A) para uma expansão no volume dos meios de paga-
mento da economia, de forma a elevar sua liquidez
e reduzir as taxas de juros, as autoridades monetárias
intervêm no mercado resgatando títulos públicos em
poder dos agentes econômicos.
(B) para uma retração no volume dos meios de pagamento
da economia, as autoridades devem resgatar os títulos
públicos em poder dos agentes econômicos.
(C) para elevação das taxas de juros vigentes a curto
prazo, a postura assumida é aquisição dos títulos
públicos em poder dos agentes econômicos.
(D) Em termos de política monetária, a grande contribuição das operações de mercado aberto deve-se à sua
rigidez.
(E) para redução das taxas de juros, a postura assumida é
colocar em circulação novos títulos da dívida pública.
As operações de mercado aberto constituem, grosso modo, na intervenção do Banco Central no mercado financeiro mediante a compra ou
a venda de títulos públicos, injetando, em curtíssimo prazo, mais moeda
em circulação, no primeiro caso, ou recolhendo moeda, no segundo.
Gabarito “A”
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC)
Assinale a
alternativa correta.
(A) A taxa de juros que precifica os ativos do Governo no
mercado é denominada taxa limite.
(B) Quanto mais baixa se situar a taxa de juros, menor
se apresenta a atratividade dos agentes econômicos
para novos investimentos, selecionando os de maior
maturidade.
(C) O Governo tem poder sobre a fixação da taxa de
juros, pois não controla certos instrumentos de política
monetária como o mercado aberto.
(D) A taxa de juros que precifica os ativos do governo no
mercado é denominada taxa pura, constituindo-se na
taxa de juros mais alta do sistema econômico.
(E) A taxa de juros estabelecida livremente pelo mercado
é taxa referencial a ser comparada com os retornos
oferecidos pelos investimentos com risco.
A: incorreto. Os títulos públicos podem estar sujeitos a taxas de juros
nominal ou real ou a um prêmio; B: incorreta. A diminuição da taxa de
juros pelo governo atinge todos os investimentos que nela se fundam,
independentemente de sua idade; C: incorreta. O governo controla as
operações de mercado aberto (compra e venda de títulos públicos
pelo BACEN); D: incorreta, conforme comentários à alternativa “A”;
E: correta. O mercado fixa as taxas de juros cobradas nas operações
financeiras com base nos riscos assumidos.
Associe as afirmativas
abaixo com as Políticas Monetária e Econômica.
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC)
I.
Executada pelo Banco Central de cada país, o qual
possui poderes e competência próprios para controlar
a quantidade de moeda na economia.
II. Ações do governo no sentido de controlar e regular a
atividade econômica.
III. São seus instrumentos, o conjunto de ações e medidas
à disposição do governo para a regulação da atividade
econômica.
IV. Quatro tipos de instrumentos: Política Monetária,
Política Fiscal, Política Cambial e Política de Rendas.
V. São seus instrumentos clássicos de controle: recolhimentos compulsórios, open market, redesconto
bancário e empréstimos de liquidez.
VI. Diz-se que é restritiva quando as autoridades monetárias promovem reduções dos meios de pagamento da
economia retraindo a demanda agregada (consumo e
investimento) e a atividade econômica.
Política
Monetária
Política
Econômica
(A)
II
V
VI
I
III
IV
(B)
I
II
III
IV
V
VI
(C)
III
IV
V
I
II
VI
(D)
I
V
VI
II
III
IV
(E)
I
III
V
II
IV
VI
Política Econômica pode ser definida como o conjunto de intervenções
dos poderes públicos na economia. Política Monetária, por sua vez, é
um dos instrumentos da Política Econômica, caracterizada pela atuação
das autoridades competentes na regulação da quantidade de moeda
em circulação, crédito e taxas de juros, que pode ser expansiva ou
restritiva. Assim, temos: I: política monetária; II: política econômica;
III: política econômica; IV: política econômica; V: política monetária;
VI: política monetária.
Gabarito “D”
(C) É facultativa a contratação e divulgação de relatório
Gabarito “E”
168
É objetivo possível de ser
alcançado pelas operações de mercado aberto:
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC)
(A) criação de liquidez para os títulos públicos, motivando
as negociações com todos os demais títulos.
(B) controle diário da moeda, em decorrência do controle
dos gastos do governo.
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
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9. CONHECIMENTOS BANCÁRIOS E TEMAS CORRELATOS
Através das operações de mercado aberto, o BACEN intervém no mercado
para comprar ou vender títulos públicos. Ao comprá-los, busca ampliar
a quantidade de moeda em circulação e, assim, cria liquidez aos títulos
que estão nas mãos dos agentes econômicos, que se sentem motivados
a fazer circular a riqueza negociando com outros títulos mais atrativos.
Gabarito “A”
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC) A taxa de juro é apropriadamente identificada como o preço do crédito, refletindo
uma dimensão temporal. O juro exprime o preço de troca
de ativos disponíveis em diferentes momentos do tempo.
É correto afirmar que a taxa de juros
(A) é formada, admitindo-se um mercado livre, com base
nas taxas preferenciais temporais dos agentes econômicos que demandam recursos e no retorno esperado
daqueles possuidores de recursos para empréstimos.
(B) é consequência da estagnação cultural do país.
(C) é o resultado das interações das ações de mercado
executadas pelos agentes econômicos, servindo de
balizador de suas decisões entre consumo e poupança.
(D) é uma taxa de referência do processo decisório, isto
é, decisões financeiras são consideradas atraentes se
houver uma expectativa de que o retorno da aplicação
não ultrapasse a taxa de juros do dinheiro utilizado.
(E) não está vinculada ao conceito de taxa preferencial
temporal dos agentes econômicos envolvidos.
As taxas de juros, formadas livremente pelo mercado, porém com
influência das decisões econômicas publicadas pelo Governo, servem
como medida dos incentivos para poupar ou gastar: quanto maiores os
juros pagos, mais interessante o investimento em fundos financeiros,
tirando o dinheiro de circulação; quanto menores os juros pagos, maior
o incentivo ao consumo, porque pouco se ganhará com o investimento.
(B) guarda dos títulos que compõem a carteira de inves-
timento.
(C) auditoria das demonstrações financeiras periódicas.
(D) apuração e divulgação do valor da cota.
(E) exclusividade da distribuição das cotas.
Art. 68, I, da Instrução CVM nº 409/2004.
O titular de uma debênture
conversível em ações assume temporariamente um direito
que se compara com a
(BB – Escriturário – 2011 – FCC)
(A) compra de uma call (opção de compra).
(B) compra de uma put (opção de venda).
(C) aluguel de uma ação.
(D) venda de uma put (opção de venda).
(E) venda de uma call (opção de compra).
A debênture conversível em ações é um título que garante ao seu
titular, no prazo de vencimento, o direito de trocá-la por um determinado número de ações. Adquirir a debênture, portanto, pode ser
comparado à aquisição de uma opção de compra, chamada de call no
mercado financeiro.
Gabarito “A”
que a liquidez da economia não seja adequada à
programação monetária.
(D) liberalização das taxas de juros a curto prazo em
decorrência do volume da oferta da moeda.
(E) proibição às instituições para utilização de suas disponibilidades monetárias ociosas em aplicações de
curto e curtíssimo prazo.
Gabarito “D”
(C) controle diário do volume de oferta de moeda, para
169
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) Caracteriza-se como ato de
distribuição pública de valores mobiliários em operação
de underwriting a:
I. utilização de listas ou folhetos, destinados ao público,
por qualquer meio ou forma.
II. negociação feita, em loja ou estabelecimento aberto ao
público, destinada, no todo ou em parte, a subscritores.
III. liderança por um banco comercial e sua rede de
agências.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I.
(B) II.
(C) I e III.
(D) II e III.
(E) I e II.
8. MERCADO DE CAPITAIS
O underwriting é uma forma de oferta pública de ações em mercado
primário intermediada por uma instituição autorizada pela CVM. As
características dessa oferta estão elencadas na Instrução CVM nº
400/2003, art. 3º.
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) O produto financeiro denominado nota promissória comercial (commercial paper), no
mercado doméstico, apresenta
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) Para o lançador, quando uma
opção de compra é exercida, representa
(A) o direito de compra.
(B) o compromisso de compra.
(C) a obrigação de venda.
(D) o direito de venda.
(E) a possibilidade de repactuação com o titular.
O exercício de uma opção de compra, por definição, implica o dever de
venda por parte do lançador.
Gabarito “C”
ção financeira.
(B) ausência de risco de crédito, quando analisadas por
agência de rating.
(C) garantia por parte do respectivo banco mandatário.
(D) elevado risco de mercado, quando emitidas por prazo
superior a 360 dias.
(E) obrigatoriedade de registro na Comissão de Valores
Mobiliários.
Gabarito “E”
Gabarito “C”
(A) baixo risco de liquidez, quando emitidas por institui-
(BB – Escriturário – 2010 – FCC) Compete à Comissão de Valores
Art. 20 da Instrução CVM nº 134/1990.
Mobiliários – CVM disciplinar as seguintes matérias:
Gabarito “E”
I.
II.
III.
IV.
V.
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) O administrador de um fundo de
investimento aberto tem como responsabilidade legal a
(A) negociação dos ativos, respeitada a política de inves-
timento do respectivo regulamento.
registro de companhias abertas.
execução da política monetária.
registro e fiscalização de fundos de investimento.
registro de distribuições de valores mobiliários.
custódia de títulos públicos.
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
HENRIQUE SUBI, TATIANA SUBI E WANDER GARCIA
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I, II e III.
(B) I, II e IV.
(C) I, III e IV.
(D) II, III e V.
(E) III, IV e V.
As debêntures, segundo a Lei
nº 6.404/1976, são títulos nominativos ou escriturais
emitidos por sociedades por ações. Asseguram ao seu
titular direito de crédito contra a companhia emissora e
(BB – Escriturário – 2010 – FCC)
(A) devem ser registradas para negociação em Bolsa de
Valores.
Gabarito “C”
(BB – Escriturário – 2010 – FCC) A BM&FBOVESPA S.A. é carac-
terizada como
(A) espaço em que exclusivamente são negociadas ações
de emissão de empresas brasileiras.
(B) empresa cujo capital é controlado por sociedades
corretoras por meio de títulos patrimoniais.
(C) entidade sem fins lucrativos, com autonomia admi-
nistrativa, financeira e patrimonial.
(D) empresa constituída para possibilitar a negociação de
ações por meio do sistema home broker.
(E) companhia aberta cujas ações são transacionadas em
seu próprio ambiente de negociação.
A BM&F BOVESPA é uma sociedade anônima de capital aberto, cujo
objetivo é proporcionar aos interessados um ambiente de negociação
de valores mobiliários. Por ser uma companhia aberta, ela mesma
emite valores mobiliários admitidos a negociação, que se desenrolará
em seu próprio espaço.
Gabarito “E”
(BB – Escriturário – 2010 – FCC) Os contratos negociados nos
mercados futuros são caracterizados
(A) pelas diferenças de preços ajustadas diariamente.
(B) pelas cláusulas redigidas de acordo com a conveni-
ência das partes.
(C) pela padronização quando as partes são instituições
financeiras.
(D) pela dispensa da prestação de garantias pelas partes.
(E) pelas diferenças de preços ajustadas no vencimento.
Mercado futuro é aquele em que as partes assumem um compromisso de compra e venda de determinado ativo financeiro em data
futura mediante contratos padronizados. Sua principal característica
é o ajuste diário do valor dos contratos, conforme as oscilações do
mercado.
cional.
(D) podem ser emitidas pelo prazo máximo de 360 dias.
(E) têm as suas garantias, se houver, especificadas na
escritura de emissão.
Art. 61 da Lei nº 6.404/1976.
(BB – Escriturário – 2006 – FCC) O mercado de capitais pode
atuar positivamente para o crescimento econômico. Para
que esse mercado cumpra seu papel, dentre as condições
necessárias, é correto mencionar:
(A) assegurar a observância de práticas comerciais equita-
tivas no mercado de valores mobiliários, o que constitui uma função da Comissão de Valores Mobiliários.
(B) fiscalizar e inspecionar as companhias abertas, o que
constitui uma função do Banco Central do Brasil.
(C) fiscalizar permanentemente as atividades e os serviços
do mercado de valores mobiliários, o que constitui
uma função da Superintendência de Seguros Privados.
(D) apurar e punir condutas fraudulentas no mercado de
valores mobiliários, o que constitui uma função do
Tesouro Nacional.
(E) prevenir ou corrigir situações anormais do mercado,
inclusive com a suspensão da negociação de determinado valor mobiliário, o que constitui função do
Conselho Monetário Nacional.
Art. 4º, VII, da Lei nº 6.835/1976.
Gabarito “A”
Conforme o art. 8º da Lei nº 6.385/1976, estão corretas as afirmações I,
III e IV. A execução da política monetária compete ao CMN e a custódia
de títulos públicos ao SELIC.
(B) podem ser emitidas por bancos de investimento.
(C) são adquiridas por investidores no mercado interna-
Gabarito “E”
170
(BB – Escriturário – 2006 – FCC) No mercado acionário pode-se
identificar as ações preferenciais e as ações ordinárias.
As preferenciais se diferenciam por
(A) não serem adquiridas por pessoas físicas.
(B) concederem àqueles que as possuem o poder de voto
nas assembleias deliberativas da companhia.
(C) não permitirem o recebimento de dividendos.
(D) terem sua negociação vedada em bolsas de valores.
(E) oferecerem preferência na distribuição de resultados
ou no reembolso do capital em caso de liquidação
da companhia.
Gabarito “A”
(BB – Escriturário – 2010 – FCC) Dentre as diversas modalidades
de operações com derivativos, a aquisição de uma opção
de compra (Call)
Art. 17 da Lei nº 6.404/1976.
(A) exige o depósito de garantia em títulos.
(B) obriga o titular a permanecer no mercado até o ven-
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
A opção de compra se caracteriza pelo pagamento de uma parcela do
valor do ativo à vista para garantir seu preço final e a preferência no
momento da compra.
Gabarito “E”
cimento.
(C) possibilita investimento no ativo objeto por uma fração
de seu preço no mercado à vista.
(D) impede a aquisição de mais de uma série do mesmo
ativo objeto.
(E) expõe o titular a chamadas de margem em dinheiro.
Dentre os valores mobiliários
negociados no Brasil encontram- se as debêntures, que
são títulos
(A) representativos do capital social da empresa emitente.
(B) cujos direitos, garantias e demais cláusulas e con-
dições da emissão estão contidos na escritura de
emissão.
(C) cujo prazo limite é de cinco anos.
(D) que não se submetem ao processo de underwriting.
(E) que podem ter garantia real disponível para negociação.
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
Gabarito “C”
9. CONHECIMENTOS BANCÁRIOS E TEMAS CORRELATOS
Gabarito “B”
A companhia aberta desempenha um papel estratégico no mercado de capitais. No
Brasil, ela se caracteriza como aquela companhia
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
(A) com capital social representado por ações negociáveis
apenas fora das bolsas e do mercado de balcão.
(B) cuja emissão de valores mobiliários é sujeita à prévia
autorização do Banco Central do Brasil.
(C) cujos valores mobiliários são admitidos à negociação
na bolsa ou no mercado de balcão.
(D) cujos lucros não são distribuídos aos proprietários.
(E) cujos ativos são representados por valores mobiliários.
(BB – Escriturário – 2006 – FCC) A operação de arbitragem de
câmbio tem como objetivo
(A) buscar vantagens em função de diferenças de preços
nos diversos mercados.
(B) uniformizar as diferentes taxas de câmbio entre os
diversos países.
(C) comprar moeda estrangeira para financiar operações
Art. 4º da Lei nº 6.404/1976.
de importação de mercadorias.
O underwriting firme prescinde de registro na Comissão de Valores Mobiliários.
II. No underwriting stand-by a empresa emitente recebe
imediatamente os recursos dos valores mobiliários
colocados à negociação.
III. Em um underwriting, há instituições financeiras que
atuam como agentes da companhia emissora.
É correto o que consta em
(A) III, apenas.
(B) II e III, apenas.
(C) II, apenas.
(D) I, apenas.
(E) I, II e III.
I: incorreta. Toda operação de underwriting deve ser registrada na CVM;
II: incorreta. No stand-by, o intermediador compromete-se a pagar pelos
títulos não colocados no mercado após certo prazo contratados entre
ele e o emissor; III: correta. A operação de underwriting caracteriza-se
justamente pela presença de um intermediário a negociar os títulos da
companhia emissora.
Gabarito “A”
No mercado acionário, uma
negociação à vista requer que as ações sejam entregues
pelo vendedor
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
(A) até o segundo dia após a negociação – D+2.
(B) no dia da negociação – D zero.
(C) até o primeiro dia após a negociação – D+1.
(D) até o terceiro dia após a negociação – D+3.
(E) até o quarto dia após a negociação – D+4.
das exportações.
(E) comprar moeda no mercado cujo preço está alto e
vender a mesma moeda no mercado cujo preço está
baixo.
A operação de arbitragem de câmbio, segundo a BOVESPA, baseia-se na procura de diferenças de preços da moeda ou commodities
pelo operador para auferir vantagens sobre essa variação. O agente
econômico compra o ativo em determinada praça e vende em outra,
por exemplo, para lucrar com a variação de preço.
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
A contratação do câmbio de
exportação
(A) deve ser feita obrigatoriamente após o embarque da
mercadoria para o exterior.
(B) fixa o valor da taxa de câmbio para esse contrato.
(C) pode ser feita antes do embarque da mercadoria para
o exterior, mas somente de forma parcial.
(D) deve ser feita obrigatoriamente antes do embarque da
mercadoria para o exterior, de forma a possibilitar ao
exportador obter financiamento com base no contrato.
(E) equivale a uma compra e venda mercantil efetuada
entre o banco e a empresa exportadora.
A taxa de câmbio a ser utilizada na operação da exportação é aquela
estabelecida na data da assinatura do contrato.
Gabarito “B”
Analise:
I.
(D) vender moeda estrangeira para assegurar a liquidez
Gabarito “A”
Gabarito “C”
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
Agente que demanda divisa estrangeira é aquele que precisa comprar
moeda de outro país para fazer frente a um pagamento devido. Dentre
os elencados, o único que precisa adquirir moeda de outro país é a filial
de empresa estrangeira para remeter lucros para a matriz, pois esta
somente receberá o montante na expressão monetária de sua própria
economia. É preciso ter cuidado com a alternativa “C”, porque, nesse
caso, a empresa estrangeira quer abrir filial no Brasil e, portanto, deve
converter sua moeda em reais para poder cumprir as obrigações em
território nacional.
Gabarito “E”
As debêntures conferem créditos contra as companhias emissoras,
cujas características, garantias e demais cláusulas devem constar da
escritura de emissão e, se houver, do respectivo certificado (art. 52
da Lei nº 6.404/1976).
171
Os custos de operação do Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX) são
financiados por
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
Atualmente, o prazo para entrega das ações ao comprador é de três dias
após a negociação (D+3), por conta do processo de liquidação delas.
(A) uma parcela da arrecadação do Imposto de Importa-
Gabarito “D”
(B) um fundo constituído pela cobrança de selos nos
(A) a empresa brasileira que recebe empréstimo do exterior.
(B) o exportador.
(C) a empresa estrangeira que está abrindo filial no Brasil.
(D) o investidor estrangeiro que quer adquirir ações na
Bolsa de Valores de São Paulo.
(E) a filial de empresa estrangeira que deseja remeter
lucros para a matriz.
cigarros produzidos no Brasil.
(C) recursos angariados pelo leilão de mercadorias sujei-
tas à pena de perdimento.
(D) uma taxa de utilização do sistema, que é administrada
pela Secretaria da Receita Federal.
(E) recursos provenientes da arrecadação do Imposto
sobre Operações Financeiras.
Art. 3º da Lei nº 9.716/1998.
Gabarito “D”
(BB – Escriturário – 2006 – FCC) É agente econômico que demanda
divisa estrangeira no mercado de câmbio brasileiro
ção.
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HENRIQUE SUBI, TATIANA SUBI E WANDER GARCIA
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
papers, analise:
Em relação aos commercial
I.
São títulos de curto prazo emitidos por instituições
financeiras e negociáveis em mercado secundário.
II. A colocação desse título deve ser feita por uma instituição integrante do sistema de distribuição de valores
mobiliários.
III. O investidor que compra um commercial paper pode
vendê-lo antes do vencimento, transferindo a sua
titularidade.
IV. Trata-se de uma operação que permite a obtenção de
recursos sem o pagamento de IOF.
É correto o que consta APENAS em
(A) I, II e III.
(B) I e III.
(C) II, III e IV.
(D) III e IV.
(E) I, II e IV.
(D) a expressão call, no mercado, refere-se a uma opção
de venda, e a expressão put refere-se a uma opção
de compra.
(E) prêmio é o valor recebido pelo vendedor da opção
como contrapartida à sua exposição ao risco.
A: incorreta. O lançador da call (opção de compra) tem o dever de vender
o ativo caso o comprador exerça seu direito. Já o titular da put (opção
de venda) tem apenas o direito de vender o ativo pelo preço combinado; B: incorreta. Tal característica é exclusiva do modelo europeu; C:
incorreta. Preço de exercício é o valor final pelo qual o titular da opção
pode exercer seu direito; D: incorreta. Os conceitos estão invertidos; E:
correta. No mercado de opções, denomina-se “prêmio” a remuneração
do vendedor pelo risco assumido.
Gabarito “E”
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC) Associe as
afirmações abaixo aos Mercados Primário e Secundário.
I.
Gabarito “C”
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
O contrato a termo é
(A) um acordo entre as partes, por meio do qual elas se
obrigam a trocar, em data certa, fluxos de caixa futuros
atrelados a indicadores econômicos predefinidos.
(B) um acordo entre as partes, por meio do qual, em
uma data definida, uma delas se obriga a entregar
certa quantidade de determinado produto e a outra se
compromete a pagar um preço previamente acordado
entre as partes.
(C) uma aplicação financeira de renda fixa, destinada a
grandes investidores, pessoa física ou jurídica, ambos
com interesses no mercado agrícola.
(D) um acordo entre as partes, por meio do qual elas
adquirem o direito de trocar, em data certa, fluxos
de caixa futuros atrelados a indicadores econômicos
predefinidos.
(E) um acordo entre as partes, por meio do qual, em uma
data definida, uma delas adquire o direito de entregar
certa quantidade de determinado produto e, caso esse
direito seja exercido, a outra se compromete a pagar
um preço predeterminado.
Contrato a termo é uma espécie de derivativo, que está corretamente
conceituado na alternativa “B”. Há de se ter cuidado para não confundi-lo
com a opção de venda, definida na letra “E”, porque nesta última existe
o poder de uma das partes de não concluir o negócio.
Gabarito “B”
(BB – Escriturário – 2006 – FCC) No que diz respeito aos derivativos denominados opções, é correto afirmar que
(A) o lançador de uma call e o titular de uma put assu-
mem os mesmos compromissos em relação às suas
contrapartes.
(B) tanto opções europeias quanto opções americanas só
podem ser exercidas em uma data predeterminada.
(C) preço de exercício é o valor pago pelo comprador de
uma opção de venda para obter o direito de comprar
o ativo objeto da opção.
Considera-se mercado primário a venda de valores mobiliários diretamente do emitente para o primeiro adquirente. Mercado secundário são
as transações entre aqueles que adquiriram os valores em mercados
primários e outros interessados, servindo como fonte de financiamento
das carteiras de investimentos.
Em relação
às sociedades por ações pode-se afirmar que
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC)
(A) para os efeitos da lei, a companhia é aberta ou fechada
conforme sua atuação comercial, no atacado ou
varejo.
(B) são também chamadas de sociedades anônimas,
podendo apenas ser de capital aberto.
(C) a Lei das Sociedades Anônimas data de 1976 sem que
nunca tenha sofrido qualquer reformulação.
(D) as sociedades anônimas de capital fechado têm as
ações nas mãos de pessoas físicas e jurídicas determinadas, mas são comercializadas em bolsas de valores.
(E) a companhia ou sociedade anônima tem o capital
dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios
ou acionistas é limitada ao preço das ações subscritas
ou adquiridas.
A: incorreta. A companhia é aberta ou fechada confirme seus valores
mobiliários estejam ou não admitidos a transação no mercado de valores
mobiliários (art. 4º da Lei nº 6.404/1976); B: incorreta. As companhias
podem ser de capital aberto ou fechado; C: incorreta. Foram várias e
profundas as alterações promovidas na Lei das Sociedades Anônimas
desde sua promulgação; D: incorreta. Nas companhias fechadas, os
valores mobiliários não estão admitidos a negociação no mercado; E:
correta (art. 1º da Lei nº 6.404/1976).
Gabarito “E”
I: incorreta. Os commercial papers são emitidos por sociedades anônimas; II: correta (art. 20 da Instrução CVM nº 134/1990); III: correta.
Os commercial papers são livremente negociáveis no mercado secundário, sendo transferíveis via endosso; IV: correta. Sobre a emissão de
commercial papers não incide IOF, sendo, por isso, uma opção mais
barata para captação de recursos.
Negociação direta entre o emitente dos títulos e seus
adquirentes.
II. As colocações dos títulos públicos costumam desenvolver-se por meio de leilões periódicos coordenados
pelo banco Central.
III. Transferência para terceiros dos títulos adquiridos em
leilão.
IV. Importante fonte de financiamento das carteiras de
aplicações formadas pelas instituições financeiras.
(A) Mercado Primário: II e IV; Mercado Secundário: I e III
(B) Mercado Primário: I e II; Mercado Secundário: III e IV
(C) Mercado Primário: I e III; Mercado Secundário: II e IV
(D) Mercado Primário: II e III; Mercado Secundário: I e IV
(E) Mercado Primário: I e IV; Mercado Secundário: II e III
Gabarito “B”
172
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9. CONHECIMENTOS BANCÁRIOS E TEMAS CORRELATOS
173
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC)
Commercial
papers são títulos de créditos emitidos visando a captação
pública de recursos para o capital de giro das empresas.
Está correto dizer que
incorreta. As ações são negociáveis no mercado de valores mobiliários;
D: incorreta. Os conceitos estão invertidos; E: incorreta. As ações
ordinárias não concedem nenhum direito específico ao seu titular.
(A) a colocação de Commercial papers junto a investido-
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC)
é uma economia, mais ativo é o seu mercado de capitais,
o que se traduz em mais oportunidades para as pessoas,
empresas e instituições aplicarem suas poupanças. Ao
abrir seu capital, uma empresa encontra uma fonte de
captação de recursos financeiros permanentes. A plena
abertura de capital acontece quando a empresa lança suas
ações ao público, ou seja, emite ações e as negocia nas
Bolsas de Valores. Assinale a afirmativa correta.
(A) Na distribuição de dividendos, as ações preferenciais
recebem 30% a mais que as ordinárias, caso o estatuto
da companhia não estabeleça um dividendo mínimo.
(B) Os dividendos correspondem à parcela de lucro
líquido, distribuída aos acionistas, na proporção da
quantidade de ações detida, ao fim de cada exercício
social. A companhia deve distribuir, no mínimo, 25%
de seu lucro líquido ajustado.
(C) Ações são títulos nominativos não negociáveis que
representam, para quem as possui, uma fração do
capital social de uma empresa.
(D) As ações podem ser preferenciais, que concedem
àqueles que as possuem o poder de voto nas assembleias deliberativas da companhia; ou ordinárias, que
oferecem preferência na distribuição de resultados ou
no reembolso do capital em caso de liquidação da
companhia, não concedendo o direito de voto, ou
restringindo-o.
(E) Ações ordinárias concedem a quem as possui o direito
a uma participação maior no payout.
A: incorreta. O percentual adicional é de 10% (art. 17, § 1º, I, da Lei
nº 6.404/1976); B: correta (art. 202, §2º, da Lei nº 6.404/1976); C:
Está correto afirmar que
(A) o objetivo básico do lbovespa é refletir o desempenho
exato dos negócios ocorridos nos pregões da Bolsa de
Valores de São Paulo.
(B) o IGC Índice de Governança Corporativa foi criado
pela Bovespa com o objetivo de diminuir o desempenho de uma carteira de ações de empresas com
práticas de governança corporativa.
(C) o Ibovespa é o mais importante indicador do desempenho das cotações de ações negociadas no mercado
brasileiro.
(D) as ações seguem, normalmente, o comportamento
geral do mercado, impossibilitando que se compreenda a oscilação de uma ação a partir do desempenho
estabelecido pelo mercado como um todo.
(E) a composição da carteira deve priorizar as ações que
tenham pequena representatividade nos negócios
realizados na Bolsa de Valores.
A única alternativa válida sobre o mercado de ações é a letra “A”. As
demais apresentam informações que não condizem com a realidade
do mercado de valores mobiliários.
A Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) é uma autarquia vinculada ao poder
executivo (Ministério da Fazenda), que age sob a orientação do Conselho Monetário Nacional. Sua atuação
abrange três importantes segmentos do mercado:
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC)
(A) Banco do Brasil. Entidades Filantrópicas e Organiza-
ções não Governamentais.
(B) autarquias, Instituições Financeiras e Seguradoras.
(C) firmas individuais, Retpvs e Banco do povo.
(D) Sociedades por Quotas de Participação. Sociedades
de Capital Fechado e Imobiliárias.
(E) Companhias de Capital Aberto, Instituições do Mer-
cado de Capitais e Investidores.
A CVM, nos termos da Lei nº 6.385/1976, regulamenta a atividade de
fiscaliza a atuação de todos os participantes do mercado de capitais, o
que abrange as companhias de capital aberto, as instituições operadoras
do mercado de capitais e os próprios investidores.
Gabarito “E”
Gabarito “D”
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC) Quanto mais desenvolvida
O Índice de Bolsa de
Valores é um valor que mede o desempenho médio dos
preços de uma suposta carteira de ações, refletindo o
comportamento do mercado em determinado intervalo
de tempo. O valor absoluto do Índice da carteira expressa
o valor de mercado da carteira de ações negociada na
Bolsa de Valores, sendo as variações verificadas de um
período para o outro entendidas como sua lucratividade.
Gabarito “A”
A: incorreta. Os commercial papers podem ser negociados por agentes
intermediários do mercado financeiro, conhecidos como dealers; B:
incorreta. Os commercial papers são consubstanciados em títulos (documentos em papel); C: incorreta. Juros recebidos não são despesas, mas
sim receitas. Nos commercial papers as empresas emitentes pagam juros;
D: correta, advindo dessa operação o ganho financeiro do comprador; E:
incorreta, pois tais títulos podem vir acompanhados de fiança bancária.
Gabarito “B”
res de mercado jamais poderá ser feita através de um
dealer.
(B) a vantagem da utilização de Commercial papers em
relação às operações convencionais de empréstimos é
o baixo custo financeiro e a maior agilidade em tomar
recursos no mercado, explicados pela eliminação
da intermediação bancária uma vez que não exige
nenhum documento formal.
(C) Além dos juros recebidos, a empresa emitente incorre
também em despesas de emissão, tais como registro
na CVM, publicações etc.
(D) Commercial papers são negociados no mercado
por um valor descontado chamado deságio, sendo
recomprados pela empresa emitente pelo seu valor
de face, valor nominal.
(E) Commercial papers são negociados sem garantia real
e não podem oferecer garantia de fiança bancária.
9. MERCADO DE CÂMBIO
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) No regime de câmbio flutuante,
o Banco Central do Brasil atua no mercado de câmbio,
(A) nele intervindo com o objetivo de evitar oscilações
bruscas nas cotações.
(B) desvalorizando a taxa de câmbio com o objetivo de
reduzir o cupom cambial.
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174
HENRIQUE SUBI, TATIANA SUBI E WANDER GARCIA
incentivar as exportações.
(D) fixando a taxa de câmbio com o objetivo de estimular
captações externas.
(E) livremente, dentro da banda cambial por ele estabelecida e divulgada.
No regime de câmbio flutuante, o Governo deixa ao mercado a fixação
da taxa de câmbio, de acordo com a oferta e a demanda da moeda.
Todavia, especulações, crises externas e conjunturas econômicas
podem implicar alterações bruscas e prejudiciais à economia nacional na
taxa de câmbio. Nesses momentos, o BACEN pode intervir no mercado,
através de instrumentos de política cambial, para evitar ou anular os
efeitos dessas alterações.
Gabarito “A”
(BB – Escriturário – 2010 – FCC) No mercado de câmbio no Brasil
são realizadas operações
(A) no mercado à vista apenas por pessoa jurídica.
(B) pelos agentes autorizados pelo Banco Central do
Brasil.
(C) dispensadas da regulamentação e fiscalização pelo
Banco Central do Brasil.
(D) no segmento flutuante, relativas a importação e expor-
tação de mercadorias e serviços.
(E) de troca de moeda nacional exclusivamente pelo dólar
norte-americano ou vice-versa.
A: incorreta. O mercado de câmbio é aberto também a pessoas físicas;
B: correta, cabendo ao BACEN regulamentar o mercado de câmbio; C:
incorreta, por contrariar o quanto exposto no comentário anterior; D:
incorreta. Tais operações dizem respeito ao comércio internacional; E:
incorreta. O câmbio envolve qualquer moeda estrangeira autorizada a
circular no país.
Gabarito “B”
Analise:
Preenchem correta e respectivamente as lacunas I, II e
III acima:
I
II
III
(A)
valorização
vender
long
(B)
valorização
comprar
short
(C)
desvalorização
vender
short
(D) desvalorização
comprar
long
(E)
vender
long
O mercado futuro se baseia em um contrato que passa por reajustes
diários para equilibrar as variações da taxa de câmbio. No caso proposto,
o importador teme pela desvalorização do real (porque, se isso ocorrer,
ele terá de pagar mais reais pelo mesmo valor em moeda estrangeira),
então ela compra contratos futuros e assume a posição chamada long.
Chama-se short a posição do vendedor do ativo.
Gabarito “D”
As empresas ABC e XYZ negociaram um contrato de swap e pactuaram as seguintes
condições:
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
I.
Valor de principal: R$ 1 000 000,00.
(A) ABC terá um ganho líquido de R$ 16 000,00.
(B) XYZ terá um ganho líquido de R$ 16 000,00.
(C) ABC terá um ganho líquido de R$ 20 000,00.
(D) XYZ terá um ganho líquido de R$ 20 000,00.
(E) XYZ terá um ganho bruto de R$ 20 000,00.
Precisamos calcular a situação do fluxo de cada empresa de acordo com
os dados. A empresa ABC sofre com 10% de desvalorização cambial,
mais 6% de juros no mesmo período de um ano (0,5& ao mês em
capitalização simples). Não podemos perder de vista que a desvalorização e a taxa de juros devem ser consideradas conjuntamente na
forma composta. Temos, portanto, para a empresa ABC: SitABC = [(1 +
10%) x (1 + 6%) – 1] x 1.000.000 = [1,166 – 1] x 1.000.000 = 166.000.
Já a empresa XYZ está passiva no DI em 18,6% apenas, então sua
situação é: SitXYZ = [(1 + 18,6%) – 1] x 1.000.000 = 186.000.
Sendo assim, deveria haver um fluxo de capital de XYZ para ABC no
valor de R$20.000,00. Mas cuidado! Há a taxação de 20% de imposto
de renda, portanto ABC terá um ganho líquido de apenas R$16.000,00.
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC) No mercado de câmbio, a
moeda estrangeira é uma mercadoria e como tal está sujeita
às forças de oferta e procura. Está correto afirmar que
(A) se a taxa de câmbio sobe, ficando acima das expec-
Um importador de produtos eletrônicos, temendo “I”
do real, deve “II” contratos futuros de dólar na BM&F,
assumindo uma posição “III” no mercado futuro.
desvalorização
cambial, acrescida de juros de 0,5% a.m., sob o
regime de capitalização simples.
III. A empresa XYZ ficou passiva na taxa acumulada de
Depósitos Interbancários – DI.
IV. O contrato tem vencimento em 1 ano. Sabe-se que,
no período, a taxa de câmbio desvalorizou 10%, a
taxa acumulada dos Depósitos Interbancários foi de
18,6% e que nesta operação incide imposto de renda
à alíquota de 20%.
É correto afirmar que a empresa
tativas oficiais, o Banco Central compra os estoques
de divisas do mercado.
(B) a intervenção do Banco Central pode ser feita sobre o
estoque de moeda: se a taxa de câmbio cai, ficando
abaixo do nível desejado o governo, compra o excesso
de divisas.
(C) a taxa cambial é a relação de valor entre duas moedas,
isto é, a correspondência de preço da moeda de um
determinado país em relação ao salário mínimo.
(D) no atual mercado de câmbio brasileiro, a taxa cambial
é livre ou flutuante, não sofrendo nenhuma influência
ou limitação oficial.
(E) a taxa de câmbio não tem nenhuma relação com o
risco país.
Como a moeda estrangeira é vista como uma mercadoria, vinculada
à lei da oferta e da demanda, quanto mais moeda estrangeira no mercado, menor seu preço, diante da grande oferta. Com isso, se a taxa de
câmbio está abaixo das expectativas oficiais (ou seja, o real está muito
valorizado), o Banco Central intervém comprando a moeda estrangeira.
Assim, diminui a oferta ao mercado e a taxa de câmbio tende a subir.
Gabarito “B”
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
II. A empresa ABC ficou passiva na taxa de variação
Gabarito “A”
(C) determinando a taxa de câmbio com o objetivo de
10.
PRODUTOS BANCÁRIOS
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) Conforme a legislação em vigor,
o arrendamento mercantil (leasing) é uma operação cujo
contrato
(A) não pode ser quitado antecipadamente.
(B) determina que o arrendatário é o proprietário do bem.
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
9. CONHECIMENTOS BANCÁRIOS E TEMAS CORRELATOS
(C) tem o prazo mínimo de 180 dias, na modalidade
denominada leasing operacional.
(D) contempla apenas bens novos.
(E) implica pagamento do Imposto Sobre Serviços (ISS).
Para o STF, o leasing é um serviço e não uma operação financeira,
diante de suas peculiaridades. Portanto, é passível de ser tributado
pelo ISS dos municípios e do DF. Ademais, o arrendamento mercantil
consta na lista de serviços do anexo da Lei Complementar nº 116/2003.
Gabarito “E”
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) Sobre operações de crédito rural
175
(BB – Escriturário – 2010 – FCC) Os depósitos a prazo feitos pelo
cliente em bancos comerciais e representados por RDB
(A) são títulos de crédito.
(B) são recibos inegociáveis e intransferíveis.
(C) contam com garantia do Fundo Garantidor de Crédito
− FGC até R$ 20.000,00.
(D) são aplicações financeiras isentas de risco de crédito.
(E) oferecem liquidez diária após carência de 30 dias.
Os Recibos de Depósito Bancário (RDB) são inegociáveis e intransferíveis, somente podendo ser resgatados na data pactuada.
é correto afirmar:
Gabarito “B”
(A) Podem ser utilizadas por produtor rural, desde que
(BB – Escriturário – 2010 – FCC) A fiança bancária é uma obrigação escrita prestada à empresa que necessita de garantia
para contratação de operação que envolva responsabilidade na sua execução e
Gabarito “C”
(BB – Escriturário – 2011 – FCC – Adaptada) O
Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social − BNDES financia
investimentos de empresas por meio do Cartão BNDES,
observando que
(A) uma empresa pode ter 4 cartões de bancos emissores
diferentes e somar seus limites em uma única transação.
(B) o faturamento bruto anual deve ser superior a R$ 90
milhões.
(C) o limite de crédito mínimo deve ser de R$ 1 milhão
por cartão, por banco emissor.
(D) o prazo máximo de parcelamento deve ser de 36 meses.
(E) as taxas de juros sejam pós-fixadas.
Conforme as instruções contidas no site www.cartaobndes.gov.br,
cada empresa pode ter até 05 cartões de bancos emissores diferentes
e somar seus limites em uma única transação. O faturamento bruto
da empresa não pode superar R$90 milhões, o limite de crédito será
de até R$1 milhão por banco emissor, o prazo de pagamento pode
chegar a até 48 meses com taxas de juros necessariamente prefixadas.
Gabarito “A”
Uma carta de fiança bancária,
garantindo uma operação de crédito, implica
(BB – Escriturário – 2011 – FCC)
(A) a impossibilidade de substituição do fiador.
(B) a responsabilidade solidária e como principal pagador,
no caso de renúncia do fiador ao benefício de ordem.
(C) a contragarantia ser formalizada por instrumento
público.
(D) o impedimento de compartilhamento da obrigação.
(E) a obrigatória cobertura integral da dívida.
A fiança garante ao fiador, como regra, o benefício de ordem que é
o direito de apenas ser chamado a pagar a dívida após a execução
do patrimônio do devedor principal. Caso o fiador expressamente
renuncie a esse direito, ele passa a ser considerado devedor solidário
com o devedor principal, podendo ser cobrado no mesmo momento
ou até antes dele.
estão depositados pela empresa na instituição financeira fiadora.
(B) pode ser concedida somente em operações relacionadas ao comércio internacional.
(C) substitui total ou parcialmente os adiantamentos em
dinheiro ao credor por parte da empresa.
(D) está sujeita à incidência de Imposto sobre Operações
Financeiras − IOF.
(E) não apresenta risco de crédito para a instituição
financeira.
A: incorreta. A fiança bancária é o compromisso de pagamento da
dívida pelo banco em caso de inadimplemento do devedor principal;
B: incorreta. Nada impede a concessão de fiança bancária em transações nacionais; C: correta, pois já é garantia do pagamento da dívida,
dispensando-se os adiantamentos; D: incorreta. Incide IOF sobre a
fiança bancária; E: incorreta. Apresenta risco de inadimplemento do
devedor, razão pela qual o banco cobra pelo serviço.
As cadernetas de poupança
remuneram o investidor à taxa de juros de 6% ao ano
com capitalização
(BB – Escriturário – 2010 – FCC)
(A) mensal e atualização pelo Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo – IPCA.
(B) trimestral e atualização pela Taxa Referencial – TR.
(C) semestral e atualização pelo Índice Geral de Preços
– IGP.
(D) mensal e atualização pela Taxa Referencial – TR.
(E) diária e atualização pelo Índice Geral de Preços do
Mercado – IGP-M.
Art. 12 da Lei nº 8.177/1991.
Gabarito “D”
Art. 5º, §5º, VI, da Lei nº 9.138/1995 e art. 26 da Lei nº 4.829/1965.
(A) comprova que os recursos financeiros necessários
Gabarito “C”
pessoa física.
(B) Não podem financiar atividades de comercialização
da produção.
(C) É necessária a apresentação de garantias para obtenção de financiamento.
(D) Não estão sujeitas a Imposto sobre Operações de
Crédito, Câmbio e Seguro, e sobre Operações relativas
a Títulos e Valores Mobiliários − IOF.
(E) Devem ser apresentados orçamento, plano ou projeto
nas operações de desconto de Nota Promissória Rural.
(BB – Escriturário – 2010 – FCC) O arrendamento mercantil
(leasing) é uma operação com características legais
próprias, como
(A) cessão do uso de um bem, por determinado prazo,
mediante condições contratadas entre arrendador e
arrendatário.
(B) prazo mínimo de arrendamento de três anos para bens
com vida útil de até cinco anos.
(C) aquisição obrigatória do bem pelo arrendatário ao
final do prazo do contrato.
(D) destinação exclusivamente à pessoa jurídica.
(E) cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras – IOF.
Este Bônus On-line é parte integrante do livro COMO PASSAR EM CONCURSOS FCC 5ª ed. da Editora Foco.
Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
Gabarito “B”
HENRIQUE SUBI, TATIANA SUBI E WANDER GARCIA
Uma operação de factoring consiste na aquisição de
direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a
prazo.
II. Os títulos de crédito descontados por meio do factoring servem como garantia da operação, caso o
sacador não realize o pagamento da dívida no prazo
e na forma combinados.
III. O risco de crédito dos títulos que são objeto das operações de factoring é de responsabilidade da empresa
vendedora.
IV. Há incidência de IOF sobre os juros pagos em uma
operação de factoring.
É correto o que consta em
(A) I, apenas.
(B) I, II e III, apenas.
(C) III e IV, apenas.
(D) II, III e IV, apenas.
(E) I, II, III e IV.
I: correta. É a expressão mais comum do contrato de factoring; II:
incorreta. Os títulos não constituem garantia, mas sim têm sua titularidade transferida para a empresa de factoring, que se torna credora
deles; III: incorreta. Os riscos passam para a empresa faturizadora, que
considera esse fator no momento da estipulação de sua remuneração;
IV: incorreta. Não incide IOF sobre operações de factoring por se tratar
de uma operação comercial, não financeira.
Gabarito “A”
(BB – Escriturário – 2006 – FCC) Sobre cartões de crédito, analise:
I.
Permitem compatibilizar as necessidades de consumo dos titulares às suas disponibilidades de caixa,
à medida em que a data de vencimento da fatura
coincida com o crédito dos seus salários.
II. Oferecem aos titulares a possibilidade de parcelar o
pagamento de suas compras, concedendo-lhes um
limite de crédito rotativo.
III. Podem proporcionar benefícios adicionais aos titulares, à medida em que realizem parcerias com empresas reconhecidas no mercado (cartões cobranded).
É correto o que consta em
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
I: correta. O principal atrativo dos cartões de crédito é justamente
poder escolher a data de pagamento das obrigações assumidas; II:
correta, sendo que tal crédito rotativo somente pode ser fornecido por
instituições financeiras, nunca pela própria operadora do cartão; III:
correta, sendo um exemplo muito comum os programas de milhagem
de companhias aéreas.
Gabarito “E”
(BB – Escriturário – 2006 – FCC) Um cliente tem interesse em
aplicar recursos por 30 dias em CDB e quer que a sua
rentabilidade acompanhe a evolução diária da taxa de
O indexador vinculado à taxa básica de juros com remuneração diária
é o Certificado de Depósito Interbancário – CDI.
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
Analise:
Em uma operação de cobrança, o “I” registra os títulos no
“II”, que por sua vez encarrega-se de receber o pagamento
do “III” conforme as condições combinadas. Preenchem
correta e respectivamente as lacunas I, II e III acima:
I
II
III
(A)
sacado
cedente
titular
(B)
cedente
banco
sacado
(C)
titular
sacado
banco
(D)
emissor
banco
titular
(E)
sacado
banco
beneficiário
Ao contratar o serviço de cobrança bancária, uma determina empresa,
denominada “cedente”, registra e entrega os títulos para o “banco”
responsável pela cobrança, que irá buscar o pagamento junto ao
devedor, também denominado “sacado”.
(BB – Escriturário – 2006 – FCC) O hot-money é uma modalidade
de empréstimo que tem a finalidade de
(A) financiar a aquisição de bens e serviços por pessoas
físicas.
(B) atender às necessidades imediatas de caixa das empre-
sas.
(C) financiar a aquisição de bens de capital por parte das
empresas.
(D) financiar as vendas a prazo das empresas.
(E) refinanciar dívidas já existentes de pessoas físicas.
O hot money é uma operação de curtíssimo prazo que busca tirar
proveito das variações dos mercados nas taxas de juros ou diferenças
cambiais. No Brasil, o termo foi estendido e abrange também operações
de empréstimo sem complexidade contratadas com bancos comerciais
a curto prazo (01 a 29 dias) para atender a necessidades imediatas de
capital de giro das empresas.
(BB – Escriturário – 2006 – FCC) Dentre as modalidades de investimento abaixo, aquela que permite a dedução dos valores
investidos na Declaração de Ajuste Anual do Imposto de
Renda, até o limite de 12% da renda bruta do contribuinte, é
(A) o CDB.
(B) o VGBL.
(C) o Fundo de Investimento Referenciado DI.
(D) a Caderneta de Poupança.
(E) o PGBL.
A dedutibilidade do imposto de renda é uma característica do Plano
Gerador de Benefícios Livres – PBGL.
Gabarito “E”
Analise:
I.
(A) a TBF.
(B) uma taxa pré-fixada.
(C) o IGP-M.
(D) o CDI.
(E) o IPCA.
Gabarito “B”
Gabarito “A”
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
juros. Nesse caso, o indexador mais indicado para a
operação é
Gabarito “B”
A: correta. Trata-se do conceito clássico de leasing; B: incorreta. Nesse
caso, o prazo mínimo do leasing é de dois anos; C: incorreta. O leasing
estabelece uma opção de compra ao arrendatário ao final do prazo; D:
incorreta. O leasing também pode ser contratado por pessoas físicas;
E: incorreta. O leasing é considerado um serviço, não uma operação
financeira. Por isso, sobre ele incide ISS.
Gabarito “D”
176
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9. CONHECIMENTOS BANCÁRIOS E TEMAS CORRELATOS
Analise:
Preenchem correta e respectivamente as lacunas I, II e
III acima:
II
III
(A) leasing
I
utilização
propriedade
(B) vendor
fabricação
venda
(C) crédito direto ao
consumidor
utilização
compra
(D) cheque especial
aquisição
fabricação
(E)
utilização
compra
compror
A única combinação que preenche corretamente as lacunas é a disposta
na alternativa “A”. A frase fundamenta a razão do arrendamento mercantil: vale a pena pagar mensalmente pelo uso de um equipamento, por
exemplo, ao invés de comprá-lo, porque o lucro advém do uso do bem.
De nada adianta ser dono se o equipamento fica ocioso. De outro lado,
mesmo não sendo dono, havendo demanda, o pagamento de parcelas
mensais pode ser mais atrativo que a compra do equipamento, porque
o lucro gerado pelas vendas cobre esse custo operacional.
seus clientes com a instalação de um aparelho de ar condicionado. Para tanto, dirigiu-se a um banco e solicitou
um financiamento em nome de sua empresa. O gerente
do banco condicionou a concessão do financiamento à
assinatura de um contrato, em que o restaurante transferiria a posse de seu mobiliário para o banco, tornando-se
depositário dos bens dados em garantia do financiamento.
Essa condição de depositário seria revertida após a quitação do financiamento, ou o banco teria a posse definitiva
dos bens empenhados no caso de inadimplência. Nesta
operação, a garantia exigida pelo banco para conceder
o financiamento é denominada
(A) aval.
(B) penhor mercantil.
(C) fiança.
(D) hipoteca.
(E) caução.
Trata-se de um contrato de penhor mercantil, no qual os bens móveis
são dados em garantia sem a transferência da posse direta, mantendo-se
o devedor como fiel depositário.
Gabarito “B”
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
O princípio básico do “I” é o de que o lucro vem da “II”
de um bem e não da sua “III” .
177
(BB – Escriturário – 2006 – FCC) Em relação à alienação fiduciária, é correto afirmar que
Gabarito “A”
(A) o devedor não pode utilizar o bem dado em garantia
(BB – Escriturário – 2006 – FCC) No caso de investimentos feitos
às suas expensas e risco, sendo, ainda, obrigado a
zelar por sua conservação.
(B) a propriedade do bem dado em garantia é transferida
ao devedor, preservando-se a posse com o credor.
(C) o contrato conterá a descrição da coisa objeto da
transferência, com os elementos indispensáveis à sua
identificação.
(D) a dívida será considerada quitada, mesmo que o produto da venda do bem dado em garantia seja inferior
ao valor emprestado.
(E) deve ser celebrada por instrumento público ou
particular a ser registrado no Cartório de Títulos e
Documentos do domicílio do credor.
(A) trimestralmente, conforme a data de aniversário da
aplicação, e são isentos de tributação.
(B) a cada 30 dias, estando sujeitos ao recolhimento de
Imposto de Renda à alíquota de 20%.
(C) mensalmente, conforme a data de aniversário da
aplicação, e são isentos de tributação.
(D) mensalmente, conforme a data de aniversário da apli-
cação, estando sujeitos ao recolhimento de Imposto
de Renda à alíquota de 20%.
(E) trimestralmente, conforme a data de aniversário
da aplicação, estando sujeitos ao recolhimento de
Imposto de Renda à alíquota de 20%.
Os créditos da caderneta de poupança são realizados mensalmente, com
base na data de aniversário da aplicação, e são isentos de imposto de renda.
Gabarito “C”
(BB – Escriturário – 2006 – FCC) Uma pessoa gosta de participar
de sorteios, mas ao mesmo tempo sente a necessidade
de começar a economizar um pouco de dinheiro, uma
vez que dentro de alguns anos pretende aposentar-se.
Dentre as opções abaixo, o produto que melhor atende
às necessidades e expectativas dessa pessoa é
(A) o CDB.
(B) a Caderneta de Poupança.
(C) o Fundo de Renda Fixa.
(D) o Título de Capitalização.
(E) a Letra Hipotecária.
Dentre as opções, a única que traz a possibilidade de participação de
sorteios somada a um investimento de curto prazo e sem riscos é o
Título de Capitalização.
Gabarito “D”
O proprietário do restaurante
Kilu’s Cazeiro M.E. pretende oferecer mais conforto aos
(BB – Escriturário – 2006 – FCC)
A: incorreta. O devedor mantém a posse direta do bem, podendo
utilizá-lo por sua conta e risco; B: incorreta. O credor torna-se titular da
propriedade resolúvel, mantendo-se a posse direta com o devedor; C:
correta (art. 1º do Decreto-lei nº 911/1969); D: incorreta. Nesse caso,
o devedor continua obrigado pelo restante (art. 1º, § 5º, do Decreto-lei
nº 911/1969); E: incorreta. O contrato pode ser verbal, porém somente
pode ser provado por escrito mediante arquivo no Cartório de Registro
de Títulos e Documentos (art. 1º, § 1º, do Decreto-lei nº 911/1969).
Gabarito “C”
por pessoas físicas em cadernetas de poupança é correto
afirmar que seus rendimentos são creditados
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC) Um dos pro-
dutos mais importantes desenvolvido pelas instituições
financeiras nos últimos dez anos foi a cobrança bancária,
um serviço indispensável para qualquer banco comercial.
Está correto, então, dizer que
(A) a duplicata pode se considerada um instrumento de
protesto, mesmo sem aceite do sacado.
(B) A cobrança bancária é feita através de boletos que,
embora substituam duplicatas, promissórias, letras
de câmbio, recibos ou cheques, não têm o poder de
circular pela câmera de compensação.
(C) Pode-se citar a capilaridade da rede bancária como
uma vantagem para os cedentes dos títulos.
(D) O desconto de títulos é considerado um meio de
obtenção de capital de giro para o sacado, mas pouco
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HENRIQUE SUBI, TATIANA SUBI E WANDER GARCIA
Gabarito “C”
As modernas instituições financeiras criaram o conceito
da “mesa de operações”, onde centralizam a maioria das
operações de sua área de mercado, ou seja, suas operações comerciais que envolvam a definição de taxas de
juros e o conceito de spread, que é a diferença entre o
custo do dinheiro tomado e o preço do dinheiro vendido,
como, por exemplo, na forma de empréstimo.
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC) Em relação às
operações praticadas pelos bancos, está correto afirmar:
(A) O CDC – Crédito Direto ao Credor direto, é uma
modalidade na qual a instituição financeira assume
a carteira dos lojistas, mas não assume o risco dos
créditos concedidos.
(B) O CDC – Crédito Direto ao Consumidor – é uma
operação destinada a financiar aquisições de bens
e serviços por consumidores que sejam obrigatoriamente intermediários.
(C) O CDC – Crédito Direto ao Credor – com interveniência, representa crédito bancário concedido às
empresas para repasse a seus clientes, visando ao
financiamento de bens e serviços a serem resgatados
em prestações mensais.
(D) O CDC – Crédito Direto ao Consumidor – direto,
é uma modalidade na qual a instituição financeira
assume a carteira de lojista e, consequentemente,
todo o risco dos créditos concedidos.
(E) O CDC – Crédito Direto ao Credor – com interveniência, é uma modalidade de CDC em que a instituição
adquire os créditos comercias de uma loja, porém os
riscos não são assumidos pela própria loja.
CDC significa Crédito Direto ao Consumidor. Na modalidade direta, o
banco assume os riscos do inadimplemento dos clientes do empresário
que contrata a linha de crédito. Na modalidade “com interveniência”,
os riscos permanecem com o lojista.
Gabarito “D”
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC)
(A) Sobre a operações de Crédito Rotativo não incidem
juros e IOF.
(B) Operações Hot Money são operações de empréstimo
de curto e curtíssimo prazos, demandas para cobrir
as necessidades de longo prazo da empresa. O custo
dessas operações é baseado na taxa ao CDI do dia
mais o spread cobrado pelo banco.
(C) As operações Hot Money são referenciadas pelo CDI
– Certificado de Depósito Interfinanceiro – e as taxas
são repactuadas diariamente.
cos para financiamento de investimentos permanentes.
(E) As operações de Crédito Rotativo, por serem simples
de operar, não exigem garantias.
Operações de Hot Money são empréstimos de curtíssimo prazo referenciados pelo CDI e com taxas de juros diárias. Sobre as operações,
além dos juros, incide IOF. Já linhas de crédito rotativo são colocadas à
disposição dos clientes para fazer frente e necessidades emergenciais,
sendo possível a exigência de garantias.
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC)
(A) Nas operações de desconto bancário, o risco é assu-
mido pela instituição financeira.
(B) A operação de Desconto de Títulos diz respeito ao
adiantamento de recursos ao cliente, feito pelo banco,
como uma antecipação dos valores a pagar a seus
fornecedores.
(C) Na operação de Desconto de Títulos, o valor liberado
ao tomador é superior ao valor nominal (valor de
resgate) dos títulos, em razão do encargos financeiros
cobrados antecipadamente.
(D) Nas operações de desconto bancário, a responsabilidade final da liquidação do titulo negociado perante
a instituição financeira, caso o cedente não pague no
vencimento, é do tomador de recursos, ou seja, o sacado.
(E) A operação de Desconto de Títulos dá ao banco o
direito de regresso, caso o título não seja pago pelo
sacado.
A: incorreta. Caso o devedor não pague o título no vencimento, existe
o direito de regresso do banco contra o cedente; B: incorreta. O desconto é uma operação que adianta ao empresário valores que ele tem
a receber de seus clientes; C: incorreta. O valor será sempre inferior ao
valor nominal, porque o banco imediatamente deduz a taxa de desconto
(sua remuneração) e os tributos incidentes (como o IOF); D: incorreta.
Quem deve pagar o título é o sacado, o devedor. Caso ele não o faça, o
banco pode exigir o pagamento do cedente (seu cliente, que descontou
o título); E: correta, conforme comentários às alternativas “A” e “D”.
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC)
(A) O CDB é uma taxa que mede a inflação de um
determinado período e considerada a taxa prime do
mercado.
(B) O CDB – Certificado de Depósito Bancário – e o
RDB – Recibo de Deposito Bancário – são titulo de
captação de recursos pelos bancos
(C) A liberdade de prazo dos CDB – Certificado de Depósito Bancário – não permite que os bancos emitam
CDB com taxa pré-fixada, apenas pós -fixada.
(D) A principal diferença ente CDB e o RDB é a impossibilidade do certificado e depósito bancário ser transferido a outros investidores por endosso nominativo.
(E) O termo CDB quer dizer a mesma coisa que a antiga
CTN.
A: incorreta. CDB significa Certificado de Depósito Bancário e é uma
opção de investimentos financeiros; B: correta, conforme comentários
à alternativa anterior; C: incorreta. Os prazos no CDB não são livres,
devendo a data de seu resgate ser pactuada entre as partes, sendo
permitida a prefixação dos juros; D: incorreta. O CDB é transmissível
por endosso, diferentemente do RDB; E: incorreta. CTN é a sigla para
Código Tributário Nacional.
Gabarito “B”
A: incorreta. Instrumento de protesto é o documento lavrado pelo
Tabelião certificando a existência do protesto. A duplicata é um título
protestável; B: incorreta. Os boletos bancários circulam pela câmara de
compensação; C: correta, sendo uma das grandes vantagens oferecidas
pelo serviço de cobrança bancária; D: incorreta. O desconto de títulos
é uma das operações bancárias mais procuradas pelas empresas para
garantir capital de giro, por serem operacionalmente simples; E: incorreta. A duplicata é emitida pelo próprio cedente do título contra o sacado.
(D) Crédito Rotativo é uma linha de redito aberta pelos ban-
Gabarito “E”
utilizado pelas empresas devido à sua alta complexidade operacional.
(E) A duplicata é um titulo de crédito formal e nominativo
emitido pelo sacado de acordo com a fatura que lhe
deu origem contra o cedente, podendo ser transferida
por endosso.
Gabarito “C”
178
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9. CONHECIMENTOS BANCÁRIOS E TEMAS CORRELATOS
(A) cartão de crédito utilizado para aquisição de bens ou
serviços, alavanca as vendas dos estabelecimentos
credenciados.
(B) Estímulo ao consumo despertado pelo Cartão e Crédito é uma vantagem, mesmo quando o consumidor
deseja poupar.
(C) Desenvolvimento tecnológico tem restringido a utilização dos cartões magnéticos.
(D) Cartão de débito é uma garantia para o consumidor
apesar de não representar débito previamente aprovado.
(E) Cartão magnético é utilização para obtenção de
extrato de conta corrente, poupança mas não podem
ser utilizados para saques.
A única opção que representa as reais vantagens e características da
movimentação de numerário através de cartões magnéticos é a letra “A”.
As demais apresentam conceitos opostos ao que se verifica na realidade.
Gabarito “A”
NÃO é considerada uma vantagem da operação de leasing
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC)
(A) a alta carga tributária.
(B) A possibilidade de renovação periódica da maqui-
naria da empresa, atendendo assim às exigências do
desenvolvimento tecnológico e do próprio mercado.
(C) A minimização de problemas devido à imobilização,
reduzindo também o risco de empresa.
(D) A maior flexibilidade e dinamismo aos recursos financeiros da empresa, deixando os mesmos disponíveis
para outros investimentos e para a sustentação do
capital de giro.
(E) O prazo da operação compatível com a amortização
econômica do bem.
Todas as alternativas apresentam vantagens do leasing, com exceção
da alternativa “A”. Com efeito, alta carga tributária nunca pode ser
considerada uma vantagem em nenhuma operação financeira.
Gabarito “A”
Contrato
é o acordo duas ou mais vontades, na conformidade
da ordem jurídica, destinado a estabelecer uma regulamentação de interesse entre as partes com o escopo
de adquirir, modificar ou extinguir relações jurídicas
de natureza patrimonial, as operações de empréstimo
caracterizam-se por firmar em contrato condições definidas em negociação entre o emprestador e o tomador.
No contrato, devem estar expressos o valor da operação
de crédito (em moeda nacional), os custos da operação
(juros, comissões, taxa e tarifas cobradas pela instituição
financeira), os encargos tributários, os prazos da operação, a forma de cobrança e as garantias.
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC)
Em relação às garantias, assinale a alternativa correta.
(A) Carta de fiança – depósito feito para garantia de
pagamento de um empréstimo ou financiamento.
(B) Garantias são exigidas pelo emprestador de acordo com
o risco da operação e podem ser reais ou impessoais.
(C) Aval – característica de título de crédito que permite
que um terceiro, por sua aposição de assinatura,
aceite ser coobrigado em relação às obrigações do
avalizado.
(D) Aval – exige outorga uxória ou qualificação do avalista. O avalista não tem beneficio de ordem.
(E) Fiança – garantia constituída por contrato autônomo,
em que o fiador se compromete a cumprir as obrigações do afiançado perante o credor, não havendo
necessidade de formalização por instrumento escrito,
publico ou particular.
A: incorreta. Carta de fiança é o documento que comprova a existência
de um contrato de fiança entre fiador e afiançado; B: incorreta. As
garantias podem ser reais (hipoteca, penhor) ou fidejussórias (fiança);
C: correta. O avalista é garantidor do pagamento do título; D: incorreta.
Não é necessária a qualificação do avalista, bastando sua assinatura
no título; E: incorreta. A fiança demanda necessariamente contrato
escrito para se formalizar.
Gabarito “C”
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC) Existe hoje
uma série de alternativas de DINHEIRO DE PLÁSTICO,
que facilita o dia a dia das pessoas e representa um
enorme incentivo ao consumo, por representar uma alternativa de credito intermediada pelo mercado bancário
portanto, está correto afirmar que o
179
O princípio básico que
norteia uma operação de leasing é o de que o lucro na
produção de bens e serviços, não se origina no fato de
que, quem os produz, tenha a propriedade das máquinas
e equipamentos necessários para produzi-los, mas, sim,
da forma como elas são utilizadas na sua produção. Das
afirmativas abaixo considera-se verdadeira:
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC)
(A) A operação de leasing operacional é menos onerosa
para o arrendatário porque as prestações não amortizam o bem; caso o arrendatário queira adquirir o
bem terá que negociar com a empresa de leasing,
e a aquisição, se houver, será feita pelo valor de
mercado.
(B) O contrato de arrendamento mercantil, que estabelece
as condições da operação de leasing e os direitos/
obrigações de arrendador e arrendatário é simples e
sem nenhuma peculiaridade, dispensando até mesmo
exigência de garantias.
(C) Lease-back é uma operação de arrendamento mercantil praticada no mercado em que a empresa tomadora
de recursos é proprietária de, um bem e o arrenda para
a sociedade de leasing.
(D) Leasing operacional é a operação, regida por contrato, praticada diretamente entre o produtor de bens
(arrendatário) e seus usuários (arrendador), podendo o
arrendador ficar responsável pela manutenção do bem
arrendado ou por qualquer tipo de assistência técnica
que seja necessária para seu perfeito funcionamento.
(E) Leasing financeiro é uma operação de financiamento
sob a forma de locação particular, de médio a longo
prazo, com base em um contrato, de bens móveis ou
imóveis, onde não há necessidade de intervenção de
uma empresa arrendadora.
A: correta, nos termos do art. 6º do Anexo à Resolução CMN nº
2.309/1996; B: incorreta. O arrendamento mercantil é um contrato
complexo, extensamente regulamentado pela legislação, podendo
envolver garantias (art. 7º da Resolução CMN nº 2.309/1996); C:
incorreta. Ocorre o lease-back quando a empresa aliena um bem de
seu patrimônio para uma instituição arrendadora e, imediatamente, sem
deixar a posse direta do bem, constitui um arrendamento mercantil
sobre ele; D: incorreta. Arrendamento mercantil contratado diretamente
entre produtor somente pode ser na forma de leasing financeiro (art. 13
da Resolução CMN nº 2.309/1996); E: incorreta. O leasing financeiro se
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Não é permitida a sua venda, divulgação e qualquer forma de reprodução.
HENRIQUE SUBI, TATIANA SUBI E WANDER GARCIA
Gabarito “A”
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC) A evolução da tecnologia da
teleinformática permitiu um acelerado desenvolvimento
da troca de informações entre os bancos e seus clientes.
Os dois mais notáveis exemplos do estado da arte nesse
setor são o home banking e o EDI, apoiados pela filosofia
do remote banking. Assinale a afirmação correta.
(A) Como resultado da facilitação e agilização dos proces-
sos existe a contrapartida do aumento das reclamações
de clientes.
(B) O conceito de EDI ainda não está difundido no Brasil
e como consequência ainda não está sendo utilizado.
(C) O pagamento de contas atualmente pode ser feito nos
terminais de autopagamento, através de agendamento
prévio ou por fax.
(D) Os bancos fazem altos investimentos em instalações
de atendimento remoto tendo em vista a redução do
trânsito e das filas de clientes nas agências.
(E) O conceito de remote banking, embora esteja associado à ideia de um banco virtual, não possibilita a
diversificação dos canais de distribuição excedendo
os limites de espaço, tempo ou meio de comunicação.
A única alternativa que apresenta características e resultados atinentes
ao remote banking é a letra “D”. Com efeito, o investimento em canais
virtuais de atendimento implicam a redução de clientes nas agências.
Gabarito “D”
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC – Adaptada) A caderneta
de poupança é a aplicação mais simples e tradicional,
sendo uma das poucas, senão a única, em que se pode
aplicar pequenas somas e ter liquidez, apesar da perda
de rentabilidade para saques fora da data de aniversário
da aplicação. Está correto afirmar que
(A) as aplicações em caderneta de poupança de pessoas
físicas estão totalmente isentas de impostos.
(B) menores de 18 anos de idade não podem fazer apli-
cação em caderneta de poupança.
(C) a caderneta de poupança é remunerada pela TR do
último dia do mês seja qual for a data de aniversário.
(D) o número de cadernetas de poupança, por pessoa,
está limitado a uma por data de aniversário.
(E) os bancos, atualmente, em função da concorrência,
vêm criando alternativas e facilidades para a poupança, que viabilizem uma diminuição de liquidez e
facilidade de movimentação.
Art. 44, I, da Instrução Normativa RFB nº 1.022/2010.
Gabarito “A”
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC) O PGBL – Plano Gerador
de Benefícios Livres – é uma alternativa de aplicação
financeira direcionada para a aposentadoria das pessoas,
funcionando como um fundo de investimento, aplicando
os recursos recebidos no mercado financeiro e creditando
todos os rendimentos auferidos para os investidores.
Pode-se afirmar que
(A) os rendimentos gerados pelas aplicações são tributa-
dos a cada contribuição.
(B) contribuição variável é o valor fixo dos prêmios pagos.
(C) entre os principais atrativos de um PGBL está o bene-
fício fiscal, pois as contribuições periódicas podem
ser deduzidas do cálculo do imposto de renda até o
limite de 30% da renda bruta do investidor.
(D) um dos tipos de benefícios oferecidos pelo PGBL é
a renda vitalícia, em que o beneficiário recebe uma
renda durante toda a sua vida, a partir de 40 anos de
idade.
(E) a renda temporária refere-se aos benefícios pagos
a partir de certa idade e durante um determinado
número de anos pré-definido.
A: incorreta. Os rendimentos são tributados apenas no momento do
resgate; B: incorreta. Contribuição variável é aquela que ocorre em
valores e períodos flexíveis, conforme disposto no contrato; C: incorreta. A dedutibilidade do imposto de renda é limitada a 12% da renda
total tributável; D: incorreta. A renda vitalícia pode iniciar em qualquer
idade previamente determinada; E: correta, sendo seu início e duração
determinados no contrato.
Uma importante característica observada na dinâmica do sistema, financeiro
nacional é o destacado crescimento das operações
de captações financeiras por meio de títulos emitidos pelos próprios tomadores de recursos. Pode-se
afirmar que
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC)
(A) a Trustee efetua avaliações de desempenho mas não
aciona medidas necessárias visando proteger os interesses dos investidores por ser apenas prestadora de
serviço.
(B) o auditor presta serviços ao tomador de recursos, única
e exclusivamente.
(C) a securitização de recebíveis é uma alternativa de
investimento constituindo um mercado de emissão
indireta em que se estabelece a securitização da
carteira de recebíveis da empresa.
(D) na operação de securitização de recebíveis, a empresa
tomadora de recursos negocia sua carteira de recebíveis com uma empresa criada especialmente para essa
finalidade, a SPE – Sociedade de Propósito Especifico.
(E) na operação de securitização de recebíveis, um corretor é nomeado Trustee, com o objetivo de monitorar,
por meio de análise de relatórios financeiros e de
auditoria, a situação da SPE.
Segundo Alexandre Assaf Neto, “a securitização de recebíveis é realizada geralmente por empresas que apresentam uma carteira bastante
pulverizada de valores a receber, em que nenhum recebível represente
parcela relevante de seu total. A empresa tomadora de recursos negocia
sua carteira de recebíveis com uma empresa especialmente criada para
essa finalidade, denominada Sociedade de Fins Especiais” (Mercado
Financeiro, 5ª ed., São Paulo: Atlas, 2003, p. 129) ou sociedade de
propósito específico.
Gabarito “D”
assemelha a um contrato de financiamento, porque o valor das parcelas
pagas mensalmente é abatido do valor final do bem no momento da
opção de compra. Além disso, há necessidade, em regra, da intervenção
de uma sociedade arrendadora.
Gabarito “E”
180
11.
11.1.
ATENDIMENTO
DIREITO DO CONSUMIDOR
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) O Decreto nº 5.296/2004 dispõe
que os órgãos da administração pública direta, indireta
e fundacional, as empresas prestadoras de serviços
públicos e as instituições financeiras deverão dispensar
tratamento diferenciado em LIBRAS às pessoas portadoras
de deficiência
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9. CONHECIMENTOS BANCÁRIOS E TEMAS CORRELATOS
(A) mental.
(B) visual.
(C) física.
(D) auditiva.
(E) múltipla.
(E) parcial, exclusivamente, com redução proporcional
dos juros.
(A) 7 (sete) dias úteis.
(B) 10 (dez) dias úteis.
(C) 5 (cinco) dias úteis.
(D) 3 (três) dias úteis.
(E) 15 (quinze) dias úteis.
Art. 17, caput, do Decreto nº 6.523/2008.
Gabarito “C”
O consumidor cobrado em
quantia indevida tem direito à repetição do indébito,
acrescido de correção monetária e juros legais, salvo
hipótese de engano justificável, por valor igual
(BB – Escriturário – 2011 – FCC)
(A) ao quádruplo do que pagou em excesso.
(B) à metade do que pagou em excesso.
(C) ao triplo do que pagou em excesso.
(D) a 1/4 do que pagou em excesso.
(E) ao dobro do que pagou em excesso.
De fato, o consumidor terá esse direito (de repetição do indébito,
acrescido de correção monetária e juros legais) por valor igual ao
dobro do que pagou em excesso (art. 42, parágrafo único, do CDC).
Gabarito “E”
Constituem crimes contra as
relações de consumo fazer afirmação falsa ou enganosa,
ou omitir informação relevante sobre a natureza, característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho,
durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços,
atribuindo-se, além de multa, pena de detenção de
(BB – Escriturário – 2011 – FCC)
(três) meses a 1 (um) ano.
(três) meses a 2 (dois) anos.
(seis) meses a 1 (um) ano.
(seis) meses a 2 (dois) anos.
(nove) meses a 1 (um) ano.
De fato, o art. 66 do CDC estabelece, para o caso, pena de detenção de
3 meses a 1 ano, além de multa.
Gabarito “A”
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) As Instituições Financeiras, nas
operações de crédito pessoal e de crédito direto ao consumidor, realizadas com seus clientes, devem assegurar
o direito à liquidação antecipada do débito
(A) total ou parcial, sem redução proporcional dos juros.
(B) total ou parcial, mediante redução proporcional dos
juros.
(C) total, exclusivamente, mediante redução proporcional
dos juros.
(D) total, exclusivamente, sem redução proporcional dos
juros.
As Instituições Financeiras
devem estabelecer, em suas dependências, alternativas
técnicas, físicas ou especiais que garantam
(BB – Escriturário – 2011 – FCC)
(A) prestação de informações sobre seus procedimentos
operacionais exclusivas aos deficientes visuais.
(B) atendimento prioritário apenas para pessoas portado-
ras de deficiências sensoriais, idosos, com idade igual
ou superior a sessenta anos, gestantes e lactantes.
(C) acessibilidade aos guichês de caixa, ou aos terminais
de autoatendimento, para pessoas portadoras de deficiência física ou com mobilidade reduzida, unicamente,
acompanhadas de um funcionário da Instituição.
(D) atendimento prioritário para pessoas portadoras de
deficiências sensoriais, idosos com idade igual ou
superior a sessenta anos, gestantes e lactantes com
criança de colo mediante garantia de lugar na fila.
(E) facilidade de acesso para pessoas portadoras de deficiência física ou com mobilidade reduzida, temporária ou definitiva, observado o sistema de segurança
previsto na legislação e regulamentação em vigor.
Em primeiro lugar, é bom deixar claro que a Res. CMN/Bacen nº
2.878/2001 (Código de Defesa do Consumidor Bancário) foi revogada
pela Res. CMN/Bacen n. 3.694/2009. Todavia, esta última resolução
acabou não reproduzindo uma série de regras que estavam na resolução anterior, dentre estas a regra que possibilita a resposta à presente
pergunta. De qualquer maneira, a Resolução CMN/Bacen nº 2.878/2001
nada mais fazia do que explicitar normas decorrentes de outros diplomas normativos, de modo que, mesmo revogada, a resolução é uma
boa fonte de pesquisa. Essa resolução, em seu art. 9º, II, traz a exata
redação da alternativa “e” da presente questão, alternativa essa que
deve ser considerada como correta.
Gabarito “E”
Gabarito “D”
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) O art. 17 do Decreto nº
6.523/2008 dispõe que as informações solicitadas pelo
consumidor serão prestadas imediatamente e suas reclamações resolvidas, a contar do registro, no prazo máximo de
A alternativa “b” está correta, pois, segundo o art. 52, § 2º, do CDC,
“é assegurado ao consumidor a liquidação antecipada do débito, total
ou parcialmente, mediante redução proporcional dos juros e demais
acréscimos”.
Gabarito “B”
A LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais) é uma forma de comunicação baseada em gestos manuais voltada à comunicação de pessoas
com deficiência auditiva.
(A) 3
(B) 3
(C) 6
(D) 6
(E) 9
181
(BB – Escriturário – 2010 – FCC)
São direitos básicos do con-
sumidor:
I.
A educação e divulgação sobre o consumo adequado
dos produtos e serviços, não sendo asseguradas a
liberdade de escolha e a igualdade nas contratações.
II. A informação adequada e clara sobre os diferentes
produtos e serviços, com especificação correta de
quantidade, características, composição, qualidade
e preço, bem como sobre os riscos que apresentem.
III. A proteção contra a publicidade enganosa e abusiva,
métodos comerciais coercitivos ou desleais, exceto
contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no
fornecimento de produtos.
IV. A modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão
em razão de fatos supervenientes que as tornem
excessivamente onerosas.
V. A facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com
a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo
civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as
regras ordinárias de experiências.
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HENRIQUE SUBI, TATIANA SUBI E WANDER GARCIA
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I, II e III.
(B) I e III.
(C) I, III e V.
(D) II, IV e V.
(E) III e IV.
I: incorreta, pois a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações
são direitos básicos do consumidor previstos no art. 6º, II, do CDC; II:
correta; pois esses direitos estão previstos no art. 6º, III, do CDC; III:
incorreta, pois é, sim, direito básico do consumidor a proteção “contra
práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos
e serviços” (no art. 6º, IV, do CDC); IV: correta (art. 6º, V, do CDC); V:
correta (art. 6º, VIII, do CDC).
Gabarito “D”
O art. 20 dispõe que: O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade
que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam
o valor, assim como aqueles decorrentes da disparidade
com as indicações constantes da oferta ou mensagem
publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
(BB – Escriturário – 2010 – FCC)
I.
A reexecução dos serviços, com custo adicional e
quando cabível.
II. A restituição imediata da quantia paga, monetariamente
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos.
III. O abatimento proporcional do preço.
IV. A reexecução dos serviços, sem custo adicional e
quando cabível, pode ser confiada a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor.
V. A restituição imediata da quantia paga, isenta de
atualização monetária, sem prejuízo de eventuais
perdas e danos.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I, II e III.
(B) I e IV.
(C) II, III e IV.
(D) II, IV e V.
(E) III e V.
I: incorreta, pois, nesse caso, há direito a reexecução dos serviços,
mas sem custo adicional (art. 20, I, do CDC); II: correta (art. 20, II, do
CDC); III: correta (art. 20, III, do CDC); IV: correta (art. 20, I e § 1º, do
CDC); V: incorreta, pois a restituição imediata da quantia paga deve vir
acompanhada de atualização monetária (art. 20, II, do CDC).
por telefone ou a domicílio, a contar de sua assinatura ou
do ato de recebimento do produto ou serviço, no prazo de
(A) 7 dias.
(B) 14 dias.
(C) 21 dias.
(D) 28 dias.
(E) 56 dias.
A alternativa “a” está correta, pois, segundo o art. 49 do CDC, o
consumidor pode desistir do contrato no prazo de 7 dias a contar da
assinatura ou do ato de recebimento do produto ou do serviço, nas
compras feitas fora do estabelecimento comercial.
Gabarito “A”
(BB – Escriturário – 2010 – FCC) Tratando-se da Lei nº 10.048/2000
terão atendimento prioritário
(A) apenas as pessoas portadoras de deficiência com
idade igual ou superior a 65 (sessenta e cinco) anos,
as gestantes, as lactantes e as pessoas acompanhadas
por crianças de colo.
(B) apenas as pessoas portadoras de deficiência e os idosos
com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
(C) as pessoas portadoras de deficiência, os idosos com
idade igual ou superior a 65 (sessenta e cinco) anos,
as gestantes, as lactantes desde que acompanhadas
por crianças de colo.
(D) apenas os idosos com idade igual ou superior a 60
(sessenta) anos e pessoas acompanhadas por crianças
de colo.
(E) as pessoas portadoras de deficiência, os idosos com
idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as lactantes e as pessoas acompanhadas por
crianças de colo.
O art. 1º da Lei 10.048/2000 estabelece que terão atendimento prioritário as
seguintes pessoas: i) as portadoras de deficiência; ii) os idosos com idade
igual ou superior a 60 (sessenta) anos; iii) as gestantes; iv) as lactantes;
v) as pessoas acompanhadas por crianças de colo. Esse atendimento é
obrigatório às repartições públicas, às concessionárias de serviço público
e às instituições financeiras. Assim, a alternativa “a” é incorreta, pois a
idade do idoso está errada, já que é 60 anos ou mais, e não 65 anos ou
mais. A alternativa “b” está incorreta, pois não são APENAS essas pessoas
que têm prioridade. A alternativa “c” está incorreta, pois a idade do idoso
está errada e as lactantes não precisam estar acompanhadas de crianças de
colo. A alternativa “d” está incorreta, pois não são APENAS essas pessoas
que têm prioridade. E a alternativa “e” está correta, pois contempla todos
os casos em que há prioridade de atendimento.
Gabarito “C”
Gabarito “E”
(BB – Escriturário – 2010 – FCC) Tratando-se de fornecimento de
serviços e de produtos não duráveis, o direito de reclamar
pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em
(A) 30 dias.
(B) 90 dias.
(C) 120 dias.
(D) 180 dias.
(E) 360 dias.
A alternativa “a” está correta, pois o prazo para reclamar de vícios em
serviços ou produtos não duráveis é de 30 dias (art. 26, I, do CDC). Já
quanto aos duráveis, o prazo é de 90 dias (art. 26, II, do CDC).
Gabarito “A”
Tratando-se da proteção contratual, o consumidor pode desistir do contrato sempre
que a contratação de fornecimento de produtos e serviços
ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente
(BB – Escriturário – 2010 – FCC)
Nos termos da Lei nº
10.098/2000, a possibilidade e condição de alcance para
utilização, com segurança e autonomia, dos espaços,
mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações,
dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação,
por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade
reduzida denomina-se
(BB – Escriturário – 2010 – FCC)
(A) barreira visual.
(B) acessibilidade.
(C) equipamento de mobilidade.
(D) urbanização.
(E) sinalização urbana.
A alternativa “b” está correta, pois o conceito de acessibilidade, previsto
no art. 2º, I, da Lei 10.098/2000, é justamente o trazido no enunciado
da questão.
Gabarito “B”
182
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9. CONHECIMENTOS BANCÁRIOS E TEMAS CORRELATOS
Na segmen-
tação de mercado,
(A) o conhecimento do todo replica-se às partes, descon-
siderando-se os riscos envolvidos.
(B) concentra-se esforços de marketing em determinados
alvos, que a empresa entende como favoráveis para
serem anulados comercialmente, em decorrência de
sua capacidade de satisfazer a demanda dos focos,
de maneira mais adequada.
(C) conhece-se melhor as necessidades e desejos dos consumidores. Tal conhecimento se aprofunda à medida
que novas variáveis de segmentação são combatidas
entre si, proporcionando perda de conhecimento
individual do consumidor.
(D) apresentam-se as vantagens sinérgicas: domínio de
tecnologia capaz de produzir bens preferidos por certas
classes de compradores; maior proximidade ao consumidor final; possibilidades de oferecer bens e serviços
a preços altamente competitivos; disponibilidade de
pontos de venda adequados a seus produtos ou serviços;
existência de veículos de publicidade que se dirijam
direta e exclusivamente aos segmentos visados etc.
(E) a alocação de recursos de forma adequada não é um
dos pontos chaves da segmentação de mercado, diminuindo, com isso, os riscos associados ao desempenho
das atividades empresariais.
Segmentação de mercado é o instrumento de marketing que consiste em
dividir as diversas pessoas que compõem o grupo de clientes potenciais
em grupos, de acordo com alguns critérios (geográfico, demográfico,
psicológico ou comportamental). Com isso, pretende-se desenvolver
estratégias específicas para o grupo escolhido, oferecendo-lhe precisamente o produto ou serviço adequado às suas necessidades ou expectativas e criando as vantagens descritas na alternativa “D”. As demais
alternativas não apresentam características da segmentação de mercado.
Gabarito “D”
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC) A segmentação do mercado,
baseada na oferta de uma proposta de valor adequada
a cada perfil de cliente, constitui a primeira chave de
sucesso para o crescimento de um banco.
Está correto afirmar que
(A) a criação de marcas bancárias fortes, associadas
a cada segmento, não determina a fidelização do
cliente.
(B) a abordagem única atinge um número de clientes com
uma possibilidade de retorno maior que a abordagem
segmentada.
(C) após uma análise prévia em relação à atratividade e
rentabilidade de cada segmento, o banco que procurar
criar uma gama completa de produtos e serviços que
satisfaça às necessidades dos clientes que caracterizam cada segmento não conseguirá se apresentar ao
mercado através de uma marca própria e distintiva
para o cliente.
(D) a abordagem ao mercado baseada em uma proposta
de valor diferente para cada conjunto homogêneo de
clientes potenciais, pode conseguir obter níveis de
penetração elevados num curto espaço de tempo.
(E) uma abordagem sequencial a diferentes segmentos
de mercado constitui uma vantagem competitiva mas
não significativa face à concorrência.
A: incorreta. Se as marcas forem fortes e voltadas especificamente
a cada grupo, aumenta-se a fidelização; B: incorreta. A abordagem
única realmente atinge um número maior de clientes, porém pela
generalidade da oferta a taxa de retorno é sempre menor, na medida
em que não se procura atingir a necessidade de cada um; C: incorreta.
Se realizado o trabalho de análise completa de cada segmento do
mercado, com a criação de marcas e serviços distintivos, certamente
o banco participará do mercado de forma relevante; D: correta. A
especificidade da oferta, quando resultado de uma análise prévia
competente, potencializa a penetraçãono mercado, reduzindo a
margem de tempo; E: incorreta. A abordagem sequencial tende a se
traduzir em uma vantagem significativa na medida em que a ampla
distribuição e o foco em cada segmento de mercado criam vantagens
competitivas, baseada no desempenho sistematicamente superior ao
da concorrência.
Muitas empresas estão
procurando estabelecer a transição do marketing de
transação para o marketing de relacionamento. Elas
reconhecem que a equipe de vendas adquire importância
cada vez maior na conquista e manutenção dos clientes.
Para isso, necessitam revisar seus planos salariais, fixar
metas e formas de mensuração do rendimento, além de
enfatizar o trabalho em equipe e ao mesmo tempo a
iniciativa individual.
(CEF – Técnico Bancário – 2004 – FCC)
O marketing de relacionamento
(A) não exige nenhum preparo da equipe de vendas, pois
não reconhece que o bom desempenho da equipe de
vendas será, cada vez mais, a chave para conquistar
e manter clientes.
(B) enfoca as relações pessoais entre a equipe de vendas
e o cliente; tira proveito de informações referentes a
assuntos particulares.
(C) exige a formação de um compromisso de relacionamento, onde a empresa procura demonstrar ao cliente
que não possui as condições necessárias para atender
suas necessidades de maneira diferenciada.
(D) não é eficaz em todas as situações: é muito mais
indicado para trabalhar com clientes de vida curta,
como aqueles que compram produtos padronizados
e que podem escolher um entre vários fornecedores,
optando por aquele que lhe oferecer preços melhores.
(E) apresenta um ótimo retorno junto a clientes de vida
longa, ou seja, aqueles que estejam fortemente comprometidos com um sistema específico e esperam
serviços consistentes e na hora certa.
O marketing de relacionamento é uma estratégia voltada à fidelização
de clientes, fazendo com que estes se sintam como parte integrante
da atividade da empresa e mantendo-os como compradores no longo
prazo. Os instrumentos costumam adotar benefícios mútuos: ganham
os clientes que, por conta do relacionamento confiável e de longa data,
passam a ter acesso a produtos com preços mais acessíveis ou pacotes
de serviços exclusivos (e assim economizam); e ganha a empresa,
porque garante a lucratividade futura.
Gabarito “E”
MARKETING E TELEMARKETING
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC)
Gabarito “D”
11.2.
183
(BB – Escriturário – 2010 – FCC)
No telemarketing ativo
(A) a mensagem de relacionamento flui do cliente para a
empresa.
(B) a mensagem de venda, marketing e relacionamento
flui da empresa para o cliente.
(C) obrigatoriamente, utiliza-se técnicas específicas de
pesquisa de mercado para a construção de scripts.
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HENRIQUE SUBI, TATIANA SUBI E WANDER GARCIA
(A) merchandising.
(B) publicidade.
(C) promoção.
(D) marketing direto.
(E) propaganda.
A questão trata do marketing direto, ferramenta de marketing que
usa a interação empresa-cliente por diversas mídias para obter uma
posição direta deste que pode ser medida por aquela em termos de
custos e resultados.
Gabarito “D”
11.3.
VENDAS, SATISFAÇÃO E RETENÇÃO DE
CLIENTES
(CEF – Técnico Bancário/Norte e Nordeste – 2004 – FCC) Preparar-se para uma venda deve fazer parte dos hábitos de um
bom vendedor, isto quer dizer procurar conhecer melhor
seu cliente para saber adequar às suas necessidades os
melhores produtos ou serviços. São consideradas “Boas”
ações em relação a uma venda:
(A) nem sempre o cliente precisa saber exatamente o
que está comprando, por qual serviço está pagando.
Mantenha sigilo se ele nada perguntar a respeito do
que está sendo negociado.
(B) Pesquisa sobre a empresa para obter informações de
qualidade e em uma quantidade adequada; avaliar as
várias possibilidades de abordagem; fazer chantagem
emocional.
(C) Ponderar as possibilidades que surgirão e definir objetivos factíveis conforme o nível de seu interlocutor e
momento no ciclo de venda.
(D) não fazer perguntas que você já saiba as respostas.
Não é tão importante que seus clientes declarem
suas necessidades ao invés de você assumir o que ele
precisa, independentemente de você estar certo.
(E) defina limites, principalmente em fechamento de
negócios. Prometer e não entregar afeta o relacionamento com o cliente.
A: incorreta. O processo de venda eficaz é aquele em que o fluxo de
informações entre as partes é contínuo, sem descuidar, obviamente,
dos aspectos sensíveis do produto; B: incorreta. Chantagem emocional
não é uma técnica de venda recomendada, diante da pressão exercida
sobre o cliente, que tende a refutar a venda ao invés de ceder; C:
correta, representando a objetividade necessária para vislumbrar
as melhores oportunidades; D: incorreta. O vendedor deve buscar
identificar os interesses do cliente para apresentar-lhe a solução que
o convencerá a fechar o negócio; E: incorreta. Não é necessário impor
(A) mix marketing.
(B) valor para o cliente.
(C) benchmarking.
(D) publicidade.
(E) brand equity.
A: incorreta. “Mix marketing” é uma estratégia que se baseia em quatro
fatores (quatro P’s): preço, produto, praça e promoção; B: correta; C:
“Benchmarking” é o acompanhamento do processo de outra empresa
para comparação com o atualmente utilizado, visando ao aumento
do desempenho; D: “Publicidade” é a oferta do produto ou serviço
ao mercado; E: “Brand equity” é o valor adicional que se atribui a um
produto ou serviço, oriundo do valor da marca no mercado.
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) A avaliação dos serviços pelos
clientes quanto a disposição ou prontidão dos empregados ou profissionais a prestar o serviço é denominada
(A) responsividade.
(B) tangibilidade.
(C) confiabilidade.
(D) garantia.
(E) empatia.
O enunciado traz o conceito de responsividade.
A oferta de incentivos imediatos, de curto prazo, como brindes, descontos, prêmios
e bonificações, por um patrocinador identificado para
estimular a compra do produto, denomina-se
(BB – Escriturário – 2010 – FCC)
(A) venda direta.
(B) merchandising.
(C) publicidade institucional.
(D) propaganda.
(E) promoção de vendas.
As ofertas enumeradas no enunciado são todas exemplos de promoção
de vendas, estratégia voltada à concessão de benefícios e recompensas
para induzir os clientes a comprar.
11.4.
PROPAGANDA
(BB – Escriturário – 2011 – FCC) Maneira de se comunicar com o
mercado de forma impessoal, utiliza os meios de comunicação de massa ou eletrônicos, visa formar imagem e
construir a percepção desejada na mente do público-alvo,
e o anunciante da mensagem é conhecido. Trata-se de:
(A) marketing digital.
(B) promoção.
(C) relações públicas.
(D) propaganda.
(E) publicid
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