abastecimento 40 • jul/ago 2013 a revista do varejo de vizinhança Edição 40 | jul/ago 2013 | ano 6 | R$ 13,90 | www.revistaabastecimento.com.br estratégia Como precificar os produtos de maneira correta, levando em conta todos os fatores Capa: o seu cliente é meu também | estratégia | oportunidades oportunidades Planeje o mix e as ações para aumentar as vendas durante a Copa do Mundo de Futebol de 2014 o SEU CLIENTE É MEU TAMBÉM Ao atender aos anseios do consumidor, Flávio Costa, presidente da Paulistana, distribuidora da Procter & Gamble em São Paulo, constrói uma relação ganha-ganha entre a indústria, o distribuidor, o varejista e o consumidor CAPA 40.indd 1 08.07.13 15:03:49 sumario abasteCiMento 40 • jul/ago 2013 s u m á r i o 6 Sua opinião a REvista do vaREjo dE vizinhança Espaço para o leitor Edição 40 | jul/ago 2013 | ano 6 | R$ 13,90 | www.revistaabastecimento.com.br 8 Portal estratéGia Como precificar os produtos de maneira correta, levando em conta todos os fatores O que você encontra na versão eletrônica da revista na internet oportunidades planeje o mix e as ações para aumentar as vendas durante a Copa do Mundo de Futebol de 2014 11 Produtos Capa: o seu Cliente é Meu taMbéM | estratéGia | oportunidades As novidades nas gôndolas do varejo foto: anderson souza o SEU CLIENTE É MEU TAMBÉM ao atender aos anseios do consumidor, Flávio Costa, presidente da paulistana, distribuidora da procter & Gamble em são paulo, constrói uma relação ganha-ganha entre a indústria, o distribuidor, o varejista e o consumidor CAPA 40.indd 1 60 Negócios Notícias sobre a economia e a cadeia de abastecimento 61 opinião Projetos limitam ou proíbem abertura do comércio aos domingos 08.07.13 15:03:22 Abastecimento 40 62 ponto de vista Gestão de sociedade deve ter plano de separação dos sócios 66 Ponto Final Horácio Balseiro, presidente da BIC, destaca as ações no Brasil 16 CAPA Dicas de Flávio Costa, da Paulistana, distribuidora da P&G, para gerar bons resultados entre todos os envolvidos nos negócios 24 oportunidades Tempo de planejar ações, mix e ambientação de loja para aproveitar as vendas na Copa do Mundo de Futebol em 2014 dreamstime 30 na prática Mel & Pimenta, loja com um checkout, em São Paulo, aposta no aprimoramento das seções para atrair os consumidores 36 pesquisa Os cinco maiores atacadistas distribuidores em todos os Estados, de acordo com o Ranking ABAD/Nielsen 2013 48 mercado Produtos infantis devem ser destacados no ponto de venda para receber tanto a atenção das mamães como a dos pequenos 52 gerenciamento por categorias As iniciativas que ajudam a aumentar a comercialização dos produtos de higiene oral no pequeno e médio varejo anderson souza 56 estratégia Os fatores que devem ser levados em conta para se determinar corretamente os preços de todos os itens vendidos na loja 64 evento A SIAL Brazil contou com mais de 15 mil visitantes, que conheceram as novidades do mercado de alimentação JUl/ago 2013 sumarioNOVO.indd 3 www.revistaabastecimento.com.br 3 08.07.13 16:45:20 carta ao leitor c a r t a a o l e i t o r Editora Brasileira do Comércio Rua Apeninos, 1.126 | 04104-021 | São Paulo - SP Fone: (11) 5572-1221 | Fax: (11) 5572-5335 /5572-1221 ramal 235 [email protected] | www.ebceditora.com.br Ações que valem a pena Diretor-Presidente Vicente Puerta: [email protected] Diretora-Editorial Claudia Rivoiro: [email protected] Diretor-Comercial Vladi Neutzling:[email protected] C ada vez mais, a indústria pede para que seus agentes de distribuição promovam a execução no ponto de venda. Isso faz parte de ações que a indústria está se empenhando em realizar no estabelecimento, as quais incluem a diligência em não deixar que o seu produto falte na gôndola e o seu esforço em oferecer uma solução completa da categoria para o cliente do varejo, em vez de, simplesmente, se restringir a vender a mercadoria. Por isso, a partir desta edição, vamos elaborar uma série de matérias com atacadistas, distribuidores, consultores e executivos das indústrias. O objetivo a que nos propomos abrange vários aspectos, entre os quais o de saber como está o trabalho no ponto de venda, o que a indústria busca dos seus parceiros, e o que o agente de distribuição entrega e o varejista oferece ao seu consumidor final em seus respectivos estabelecimentos. Para isso, em cada edição, vamos separar as matérias por cestas de produtos. Também escolheremos um representante dessa cadeia para que seja o entrevistado na matéria e nos ofereça um painel desse mercado. Um desses agentes é o distribuidor exclusivo por empresa, que divide o seu trabalho em uma determinada categoria de produto e em uma região específica. Na estreia da seção, teremos as dicas do distribuidor Flávio Costa, da Paulistana Distribuidora, em São Paulo, que distribui produtos da Procter & Gamble. Ele examinou, em entrevista exclusiva ao editor Cristiano Eloi, uma série de temas da maior importância para o setor, como a execução no ponto de venda, merchandising, organização, gestão de categorias e de cesta de produtos, sortimento, serviços, capacitação do profissional de vendas e bons resultados para todos os envolvidos nesse mercado. Imperdível! Embora a Copa do Mundo só aconteça no próximo ano, já antecipamos algumas ideias para o seu ponto de venda. Na seção Na Prática, um negócio inovador com apenas um checkout. Sim, a Mel & Pimenta inovou em grande estilo. Quer saber como? Leia na reportagem que também publicamos nesta edição. O que devemos levar em conta na hora de atribuir o preço a um produto? Também nesta edição, saiba quem são os cinco maiores atacadistas de cada Estado brasileiro e como eles podem ajudar os seus clientes. Aproveite bem o que preparamos para você, faça uma boa leitura e até setembro. Editor Cristiano Eloi: [email protected] Redação [email protected] Repórteres Vivian Ortiz: [email protected] Adriana Bruno (colaboradora) Revisão Newton Roberval Eichemberg Criação e Produção Fábio Geríbola: [email protected] Manoel Mendonça: [email protected] Produção Gráfica Ronaldo Secundo: [email protected] Portal newtrade Repórter Andréia Martins: [email protected] Webdesign Anderson Souza: [email protected] Mídias Digitais Gabriel Baldin: [email protected] www.publitrade.com.br gerência de Clientes Especiais Jorge Rodrigues: [email protected] José Paulo Basílio: [email protected] Marcos Monaco: [email protected] Representantes SP Interior: Tânia Nassif: [email protected] Rj/ES/PR/SC, Norte e Nordeste: Priscila Marinho: [email protected] relacionamento leitores/assinaturas/circulação Fernando Mendes: [email protected] Fale conosco: (11) 5572-1221 - (11) 5908-8390 [email protected] gerência administrativa/Financeira Simone Vargas: [email protected] jornalista Responsável Cristiano Eloi – MTb 38.052 claUDia riVoiro Diretora-editorial 4 www.revistaabastecimento.com.br cartaleitor.indd 4 ricardo bakker Periodicidade: bimestral - Circulação: nacional - Tiragem: 60.000 exemplares Distribuição dirigida - Impressão: Abril Gráfica Esta revista é destinada a proprietários, sócios e gerentes de pequenas e médias lojas do varejo independente, mercados com até dez checkouts. apoio Filiada ao jul/ago 2013 08.07.13 14:42:07 MATA TODOS OS TIPOS DE GERMES ChEGOU AO BRASIL VIM. Sucesso em 14 países, marca líder global da categoria.** Benefícios para o consumidor: • Maior aderência em superfícies verticais • Mais fácil de dosar, não respinga na roupa • Pode ser utilizado em toda a casa • Maior rendimento que a água sanitária Benefícios para o seu negócio: • Aumento do ticket médio • Desenvolvimento da categoria • Maior rentabilidade por m2 • Forte plano de comunicação * Teste realizado em vaso sanitário. **Nielsen through its retail index and scan track services for a period ranging from mat ending January 2012 to mat ending June 2012. A EVOLUÇÃO DA ÁGUA SANITÁRIA Anuncio Vim 20.5x27.5cm.indd 1 3/25/13 5:13 PM o p i n i ã o abastecimento 39 • mai/jun 2013 s u a a revista do varejo de vizinhança edição 39 | mai/jun 2013 | ano 6 | r$ 13,90 | www.revistaabastecimento.com.br A ABASTECIMENTO atende as nossas demandas e expectativas. jacob Cremasco – jundiaí/SP mercado single capa: as oportunidades do mercado singLe | entrevista: Luiz barretto, presidente do sebrae | bazar Fomos perguntar aos nossos leitores o que achavam da revista aBaSTECIMENTo. Seguem abaixo algumas das respostas, pelas quais agradeço a todos os que colaboraram. Claudia Rivoiro – diretora de Redação Famílias menores e número crescente de pessoas que moram sozinhas fazem com que o pequeno e médio varejo tenha de se preparar para atendê-los entrevista Luiz barretto, do sebrae, e o que é preciso para as micro e pequenas empresas se manterem competitivas bazar Acho uma revista ótima e bem dinâmica, com assuntos sempre atuais. Elessandra Pregardier – São Pedro do Sul/RS seção de utilidades, que gera compra por impulso, não pode ficar fora da loja CAPA 39.indd 1 É uma ótima fonte de materiais de pesquisa para o nosso negócio. Sidney Sardagna – joinville/SC AbAstecimento 39 mAi/jun de 2013 09.05.13 12:11:50 Muito boa para o público a que se destina. joão Maria goulart Dubus – São Paulo/SP Muito interessante e um excelente veículo para conhecimento em nossa área. Fabrizio josé dos Santos Zaqueo – Rio Branco/aC Uma importante fonte de informação do mercado. jair dos Santos – Blumenau/SC Sempre traz artigos de nosso interesse. Cláudio da Nova Bonato – Brasília/DF Ótima. É uma revista de muita importância para a nossa empresa. agnaldo auto da Silva – araçatuba/SP Traz sempre dados interessantes relacionados ao mercado, com abordagens interessantes e que nos ajudam na tomada de decisões. Nazareno alves – Criciúma/SC Capa Gostei muito da edição 39 da ABASTECIMENTO e fiquei feliz e surpresa com a minha foto na capa da revista. A reportagem está perfeita, suscinta e fala direto ao consumidor, com extrema clareza. Parabéns a toda a equipe! leila limp – São Paulo/SP ERRaTaS Na edição 38, mar/abr 2013, na matéria Festas Juninas “É Tempo de São João”, no segundo parágrafo da página 46 foi omitido o nome do fabricante Ducoco. A frase correta é: “Além dos produtos à base de coco, como o leite de coco e o coco ralado, a fabricante Ducoco também conta com uma linha de sobremesas lançada recentemente e composta por maria mole, nos sabores Coco e o exclusivo sabor Coco Queimado, quindim, manjar de coco com calda e brigadeirão com coco. Nas matérias de Transporte e Gerenciamento por Categorias, a autora é a jornalista Adriana Bruno, e não Jamille Menezes, como foi publicado na edição 39 da ABASTECIMENTO. 6 www.revistaabastecimento.com.br sua opiniaoNOVO.indd 6 FalE CoM a gENTE anuncie na revista e no site Mostre a sua empresa e o seu mix de produtos aos varejistas do setor mercearil de todo o Brasil anunciando na revista ABASTECIMENTO e no site www. revistaabastecimento.com.br. Entre em contato com o Departamento Comercial da EBC por carta, pelo fax (11) 5572-5335, pelo telefone (11) 5572-1221 ou pelo e-mail [email protected]. assinaturas individuais e corporativas Consulte a nossa área de Relacionamento para conhecer a tabela da EBC. Faça a sua assinatura agora mesmo e receba a AB já no próximo mês. Discuta as reportagens com sua equipe e envie comentários para a redação. Envie suas cartas e sugestões A revista ABASTECIMENTO quer conhecer a sua opinião. Envie suas críticas e sugestões para a revista ABASTECIMENTO, Rua Apeninos, 1.126, CEP 04104-021, São Paulo, SP, ou pelo e-mail ebc@ebceditora. com.br. Com a sua participação, faremos da AB uma revista cada vez mais útil para o mercado varejista. jul/ago 2013 08.07.13 14:43:13 Template_Anúncio.indd 1 08/07/2013 20:08:32 portal Pelo terceiro ano consecutivo, o País liderou o ranking dos mercados em desenvolvimento mais promissores para investimentos no comércio varejista, segundo estudo realizado pela consultoria norte-americana A. T. Kearney. O que sustentou o desempenho do Brasil foi o bom resultado do comércio varejista, que cresceu 8,5% no ano passado, segundo estudo realizado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. +acessadas A carga tributária é um desafio permanente para o avanço empresarial. A matéria, que conta com Carlos Mauro Benevides Filho, secretário da Fazenda do Ceará, aborda os avanços e os retrocessos tributários realizados nos últimos anos e o efeito do ICMS nos Estados. Confira. gabriel baldin Brasil lidera lista de varejos mais atrativos Diego Colicchio, gerente de Marketing de Limpadores da Unilever, apresenta o lançamento da empresa na linha Comfort e fala sobre a importância da categoria no mercado. “Agregar valor ao varejo é a nossa meta. Isso ajuda no desenvolvimento da categoria, que cresce dois dígitos ao ano.” reprodução paulo pepe p o r t a l As notícias campeãs de acesso do portal newtrade em junho Atacado Varejo Tecnologia fotos: divulgação Indústria Henkel terá novo gestor de logística Distribuidora investe em tecnologia GPA construirá seu primeiro shopping 235 bilhões de dólares em pagamentos André Oliveira é o novo gerente de Logística da companhia e será responsável por todas as unidades da empresa no Brasil, na Argentina e no Chile. O executivo terá como compromisso garantir o gerenciamento da movimentação de matériasprimas e de produtos acabados, além da gestão dos centros de distribuição e transportes das unidades Henkel no Mercosul. A Frismar, distribuidora de alimentos, bebidas e produtos pet no interior paulista, investiu em soluções tecnológicas da Target para padronizar procedimentos internos, aumentando a produtividade e o mix de serviços voltados para a indústria. Com isso, obteve 99% de eficiência nas operações, principalmente no setor de vendas, com a pronta disponibilidade e a boa qualidade das informações. O Grupo Pão de Açúcar deverá inaugurar um shopping no Rio de Janeiro. O empreendimento recebeu um investimento de 40 milhões de reais e terá 40 lojas e um Pão de Açúcar. Entre as redes de varejo, a Centauro, a Alô Bebê e a Pet Center Marginal deverão abrir unidades no local. O novo negócio, batizado de Conviva, pertence ao braço da varejista GPA Malls & Properties. O volume financeiro por meio do uso de dispositivos móveis como meio de pagamento (mobile payment) deverá alcançar 235,4 bilhões de dólares neste ano, globalmente, o que representa um crescimento de 44% em relação a 2012, quando foram movimentados 163,1 bilhões de dólares, segundo dados fornecidos pelo Gartner. O número de usuários deverá chegar a 245,2 milhões de dólares 8 www.revistaabastecimento.com.br ab portalnovo.indd 8 jul/ago 2013 08.07.13 14:43:48 Template_Anúncio.indd 1 07/05/2013 12:16:16 Template_Anúncio.indd 1 07/05/2013 12:16:59 produtos foto: divulgação p r o d u t o s Cereal BeNefíCIos da aveIa Um produto que combina os benefícios da aveia com os do cereal matinal. É o Cereal Mix, novidade que a PepsiCo lança em seu portfólio Quaker. Disponível em quatro sabores – Ameixa com Iogurte, Banana com Mel, Chocolate, e Frutas Vermelhas com Iogurte –, o produto é voltado para quem não abre mão da busca pela saúde logo pela manhã. Segundo Anna Teixeira, gerente de Marketing da marca, trata-se de algo inédito no mercado e no portfólio da marca, chegando para atender às necessidades dos consumidores “que priorizam uma alimentação rica e equilibrada sem abrir mão do sabor durante as manhãs”. Novidade MeNu INfaNtIl Marca pertencente ao portfólio da BRF, a Sadia lança no Estado de São Paulo a linha de pratos prontos Sadia Mini Chefs. Desenvolvidos especialmente para crianças entre três e nove anos, os produtos da linha vêm em quatro sabores: Risotinho de Frango, Escondidinho de Frango e Vegetais, Parafuso Colorido, e Macarrão com Bolinha. “A novidade combina qualidade, praticidade e nutrição em um único item. Com todas essas características, ele não poderia estar de fora dos mais importantes supermercados do Estado de São Paulo”, afirma Marcelo Assaf, gerente de Congelados da unidade de Carnes da BRF. limpeza fIBra de BaMBu Voltada para os consumidores que querem ter mais tempo livre, a 3M do Brasil apresenta sua nova linha Scotch-Brite de panos para limpeza e cuidados com o piso. Os lançamentos incluem panos de limpeza geral e mops para cuidados com o piso doméstico. Allan Amim, gerente de Desenvolvimento de Negócios, avalia que os lançamentos vão trazer inovação para o varejo por meio de itens diferenciados. “Com esses produtos, a marca vai desenvolver um segmento com alto potencial no mercado brasileiro e, com isso, proporcionar uma maior rentabilidade para o varejo na categoria de acessórios de limpeza”, diz. lanche Produto vItaMINado Marca de biscoitos e massas da M. Dias Branco, a Richester apresenta novos sabores da linha Gold Class: Azeite e Ervas, Integral, Queijo, e Clássico. Eles estão disponíveis nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e também no Rio de Janeiro. Tereza France, gerente de Trade Marketing, diz que as categorias de produtos precisam ser gerenciadas para que os consumidores encontrem com facilidade o que procuram. “A linha tem alta rentabilidade, oferecendo excelente oportunidade para aumento do tíquete médio dos pequenos e médios varejistas, pois as embalagens se destacam na gôndola e oferecem variados sabores e alta qualidade”, avalia. jul/ago 2013 lançamentos.indd 11 www.revistaabastecimento.com.br 11 08.07.13 16:49:02 produtos p r o d u t o s sobremesa reCeita Caseira A Lual Alimentos amplia sua linha de produtos prontos lançando a Goiabada 300 g, feita com ingredientes selecionados, garantindo a qualidade e o sabor característico da tradicional receita brasileira. Giuliano Renna, gerente de Marketing da empresa, diz que a goiabada, disponível em embalagens Flow Pack, já foi testada e aprovada por seus consumidores. “Ela não pode faltar no mix de nenhum varejista do País, pois, além do sabor e da qualidade comprovados, tem uma excelente condição comercial, superando as expectativas na sua categoria”, avalia. sustentável PaPel toalha Empenhada em lançar produtos que facilitem a vida de seus consumidores, a Santher traz ao mercado Snob Eco no formato dois rolos. Agora, a embalagem conta com o dobro de folhas, trazendo uma redução de 36% em filme plástico utilizado na embalagem, e também reduzindo 50% dos rolinhos (tubetes). Segundo Isabella Brumatti, gerente de Marketing Snob, “o novo formato traz muito mais praticidade, pois os megarrolos garantem menor frequência de reposição no suporte da cozinha, trazendo muito mais praticidade ao consumidor”. Chicletes CoNCeito de eNergia Chiclets, marca de goma de mascar da Mondelez Brasil, acaba de lançar no mercado uma edição especial com sabor desenvolvido especialmente para agradar o paladar da chamada geração Z, formada por adolescentes com idades entre 13 e 17 anos. Trata-se do Chiclets Power, com sabor energético frutal. “É uma edição com potencial para se tornar uma sensação entre os adolescentes, tanto pelo sabor de bebida energética como pelo preço acessível”, afirma Beatriz Paulino, gerente de Marketing do produto. Candies Nova versão A Perfetti Van Melle lança no mercado brasileiro os sabores Morango e Fresh Mint (menta) de Mentos UP2U, goma sem açúcar com duas camadas de sabor e que foi sucesso de vendas em 2012. O lançamento oferece ao consumidor a oportunidade de escolha entre as duas opções de sabores na mesma embalagem. “Com conceito único, inovador e de grande aceitação, ele agrega valor ao mix de produtos de pequenos e médios varejistas que atendem o consumidor de gomas de mascar, conhecido por buscar novidades frequentemente”, explica Elzilene de Moraes, diretora de Marketing. 12 www.revistaabastecimento.com.br lançamentos.indd 12 jul/ago 2013 08.07.13 14:44:42 Job: 20913-006 -- Empresa: Neogama -- Arquivo: 20913-006-RENAULT-VAREJO VU 2013-REV-DISTRIBUICAO-205X275_pag001.pdf Registro: 124703 -- Data: 18:03:34 25/06/2013 produtos p r o d u t o s Sopas Sabores regionais A Yoki aposta em sabores regionais para as novas versões da Linha Sopão da Kitano. As novidades oferecem sabores marcantes de três regiões do Brasil: Sopão Gostinho Mineiro, Sopão Gostinho Gaúcho e Sopão Gostinho Nordeste. A primeira une fubá, couve e linguiça, a versão Gostinho do Nordeste apresenta flocos de milho e pedaços de carne, e a união de lentilha e macarrão compõe o sabor Gostinho Gaúcho, acentuada com um marcante gosto de bacon. Para a empresa, com esses diferenciais, será possível ampliar o leque de escolhas para o consumidor e atrair pessoas que queiram experimentar os diferentes sabores. Inovação Design moderno Marca de cosméticos e de produtos para cuidados com a pele, a Davene relança no mercado sua linha de Sabonetes Líquidos, apresentando-os ao público em novas embalagens. A empresa buscou um recipiente que valorizasse o produto, permitindo que ele também funcionasse como elemento de decoração dos ambientes, como nos lavabos. Além disso, a disponibilização do refil causa menos impacto ambiental e proporciona mais economia para o consumidor. Os novos Sabonetes Líquidos podem ser encontrados em três novas versões – Limão, Siciliano, e Aveia e Lavanda – e nas já tradicionais Erva-Doce e Frutas Vermelhas. Tabletes Conveniência e portabilidade A Florestal Alimentos apresenta ao mercado o Brazilian Coffee, versão dropes da tradicional bala de café produzida pela empresa. Adriano Orso, gerente de Marketing, ressalta que o produto original tem 16 anos de história, consolidando-se como a bala com esse sabor mais vendida no Brasil. “Agora, com a inserção da empresa no mercado de dropes, vislumbramos uma excelente oportunidade para o varejo, uma vez que a marca apresenta alto reconhecimento pelos consumidores, além de se tratar de uma configuração exclusiva para o Brasil”, avalia o executivo. Sabores Frutas para beber Produtora da marca XTAPA, a KVA Alimentos aumentou seu portfólio de produtos lançando quatro novos sabores de sua linha de sucos prontos para beber: Uva, Laranja, Maracujá e Caju. Todos estão disponíveis em embalagens cartonadas Tetra Pak de 1 litro e na versão kids, de 200ml. De acordo com Eder Zicolau, responsável pelo Trade Marketing da empresa, a escolha de sabores foi baseada em pesquisas que procuraram descobrir o que os consumidores gostariam de provar. “Esse lançamento faz parte da estratégia da empresa de aumentar seu portfólio de produtos nos próximos meses”, explica. 14 www.revistaabastecimento.com.br lançamentos.indd 14 jul/ago 2013 08.07.13 14:45:18 amaciante Óleos essenCiais A Unilever apresenta os novos amaciantes concentrados Comfort Óleos Essenciais, com um investimento 21% maior em perfume e fragrâncias mais sofisticadas. A principal proposta é deixar que a sensação de relaxamento que começa e termina com as propriedades dos óleos essenciais acompanhe o dia a dia da família. “O lançamento reforça a agenda de inovação da companhia, agregando valor ao varejo. Essa é a nossa meta. Isso ajuda no desenvolvimento da categoria, que cresce dois dígitos ao ano. Há muito mais por vir”, afirma Diego Colicchio, gerente de Marketing de Limpadores da Unilever. Produtos congelados Massas Prontas A Perdigão, marca do portfólio da BRF, lança com exclusividade na Região Sul do País a linha Massas Perdigão. De acordo com Eduardo Bernstein, diretor de Marketing da unidade de carnes da BRF, a Região Sul foi escolhida para liderar esse lançamento por causa de sua tradição no consumo de produtos congelados. “De fevereiro de 2012 a janeiro de 2013, a região foi responsável por 20,3% do consumo nacional de pratos prontos, segundo dados fornecidos pela Nielsen Retail”, revela o executivo. A linha de Massas Perdigão inclui quatro novas opções: Fettuccine à Bolonhesa, Penne Quatro Queijos, Fusilli Calabresa e Fettuccine Peito de Peru e Bacon. Disponíveis em embalagens de 600 g, os pratos são para duas pessoas, e podem ser levados do congelador diretamente para o micro-ondas ou o forno convencional. Candies Brigadeiro e Beijo Com o intuito de ampliar seu portfólio, a Docile aposta em dois novos sabores para a linha de balas de gelatina, que já inclui 13 produtos. Um deles, o Doci Gummies Brigadeiro, é inspirado em um dos doces mais tradicionais dos brasileiros, e, além disso, vem com licor de cacau e é coberto por miçangas sabor Chocolate. O outro, o Doci Gummies Beijo, tem um leve toque de baunilha. Alexandre Heineck, diretor-comercial da empresa, ressalta que ambos são perfeitos para o atacadista distribuidor que atende o segmento de festas. “Os dois sabores estão sendo degustados e sua aceitação é unânime”, afirma. Bebês Fraldas A G&B Higiênicos lança as fraldas infantis Patati Patatá Ultra Proteção. Com formato anatômico, fecho ajustável e gel ultraabsorvente, o produto foi desenvolvido para proporcionar conforto aos bebês e segurança às mães, pois oferece barreiras impermeáveis que impedem o vazamento mesmo quando o fluxo de xixi é intenso. Segundo Rodrigo Zerbini, diretor da G&B, o projeto foi idealizado para criar um produto de alta performance e ótima relação custo/benefício. “As fraldas foram dermatologicamente testadas e são muito divertidas, apresentando estampas de personagens que todos adoram”, ressalta. jul/ago 2013 lançamentos.indd 15 www.revistaabastecimento.com.br 15 08.07.13 14:45:47 CAPA Parceria qualificada Na estreia da seção de boas práticas, que pretende mostrar ações que resultem em uma relação ganha-ganha entre todos os elos da cadeia de demanda (shopper–varejista–agente de distribuição–indústria, teremos as dicas do distribuidor da Procter & Gamble, em São Paulo, a Paulistana Distribuidora. O presidente da empresa, Flávio Costa (foto), explica sobre execução no ponto de venda, merchandising, sortimento e sobre o que gera bons resultados para todos os envolvidos nesse mercado Por Cristiano Eloi 16 www.revistaabastecimento.com.br entrevista.indd 16 JUL/AGO 2013 08.07.13 16:52:52 ANDERSON SOUZA Quem é • É formado em Economia pela Universidade Mackenzie • Tem 54 anos, é casado e tem três filhos • Com 22 anos, iniciou suas atividades profissionais como vendedor na Itaú Seguradora, passou pelo Café Pelé e foi intermediador de negócios • Atualmente, é diretor-presidente da Paulistana Distribuidora, que fundou há quase doze anos P ara se construir uma relação ganha-ganha e estabelecer diferenciais de distribuição e de comercialização no mercado para a indústria, o distribuidor, o varejista e o consumidor, é necessário que se tenha um abastecimento de qualidade. “Não se tem outro caminho.” Esta é opinião de Flávio Costa, diretor-presidente da Paulistana, distribuidora exclusiva da Procter & Gamble na capital paulista, no ABC, no litoral, no Vale do Paraíba e no Vale do Ribeira, nos estabelecimentos de um a dez checkouts, e da Ponto a Ponto, que atua como broker, operador logístico que realiza um trabalho de merchandising e comercial da P&G nos estabelecimentos de 10 a 30 checkouts no Estado de São Paulo. As duas empresas crescem 30% por ano em volume, sendo que a Paulistana é considerada a sua melhor parceira. Isso significa que ela desenvolve um trabalho de excelência dentro das categorias em que a P&G atua, sendo referência entre os distribuidores dentro dos parâmetros de cobertura com qualidade impostos pela companhia. “As nossas práticas de execução no ponto de venda são inovadoras e atendem aos anseios do consumidor final, que é o cliente do nosso cliente. Estamos trabalhando melhor o mix, o portfólio e a visibilidade com a equipe de merchandising”, diz. Nesse aspecto, o empresário, que tem uma média de 40 a 50 itens em vendas da P&G, maior empresa de bens de consumo de higiene, beleza e limpeza do mundo, por pedido, acredita que um mix melhor e com maior visibilidade resultam em volume para todos os envolvidos no processo. Quando, ao contrário, essa equação se inverte, o empresário alerta que se tem um problema. Uma de suas empresas, a Ponto a Ponto, foi a responsável pelo aumento de participação nas vendas de cremes dentais Oral-B na capital e no interior paulista em 2,2% no primeiro trimestre deste ano, de acordo com a Nielsen. “Temos os chamados power SKUs, que são itens direcionados para o mercado de até quatro checkouts, que são 15 itens. A partir daí, cabe a você prosseguir ampliando o portfólio. Cada vez que você amplia o portfólio, você fica com uma base maior, e, com uma base maior, fica menos exposto à concorrência”, afirma. A seguir, Costa fala sobre os passos para se construir uma relação ganha-ganha e sobre como estabelecer diferenciais de distribuição e de comercialização no mercado. juL/AGO 2013 entrevista.indd 17 www.revistaabastecimento.com.br 17 08.07.13 16:53:19 CAPA lume, mas não tem variedade, está fora do padrão ou dos anseios do consumidor final. Se o fornecedor dele ligar volume atrelado a preço, ele estará realizando uma ação prejudicial. Procter & Gamble É uma das indústrias pioneiras em desenvolver esse trabalho de transformação da relação entre compra, venda e preço, em um trabalho qualitativo no ponto de venda. A partir de julho de 2013, serão em número de 30 os distribuidores exclusivos (antes eram 15). A ampliação aconteceu porque a P&G quer uma política mais agressiva de execução no ponto de venda, de acordo com a sua história de liderança mundial. Mas eles dão todas as ferramentas e fazem o acompanhamento junto aos distribuidores. Fornecimento O pequeno tem uma estrutura menor, e, por isso, ele precisa incluir um fornecedor com mais qualidade e foco. Qual é o objetivo das distribuidoras? Não é só levar os produtos. Hoje, a distribuidora tem como missão levar o produto, fazer com que o profissional da área de vendas tenha um conhecimento amplo do produto que vende e do posicionamento dos produtos de mesma performance do concorrente. Ele precisa ter o conhecimento do layout. Ele precisa ser um gestor consultor, pois o ponto de venda menor não tem como fazer essa gestão. Importância A Procter é líder ou está entre as três em todas as 17 categorias em que atua, como as de absorvente, fralda, sabão em pó, xampu, tintura, escova dental, pasta dental, enxaguante, pilha e cuidados bucais. Ela precisa estar presente em todas as categorias da loja. Por ser um País tropical, a higiene pessoal é uma grande área de oportunidades, pois o brasileiro descobre a importância da sua aparência. Cabelo, barba, dente, roupa limpa. São produtos que independem do mercado de consumo, pois crescem naturalmente. Treinamento Variedade Reunião em uma das 35 salas de controle: metas e objetivos para o dia que se inicia cristiano eloi A compra de volume ligado a preço é prejudicial ao negócio do cliente porque o consumidor final quer mix e variedade, ele não quer volume, ele quer variedade. Se o ponto de venda tem vo- Investimos em pessoas e em treinamento para o profissional de vendas sobre produtos, concorrentes e layout. Temos um promotor que tira o produto do estoque e o põe na gôndola. Muitas vezes, o promotor da loja é generalista, ele faz de tudo. Então, vai colocar o produto de qualquer jeito. Ele não tem especialização em fazer layout e é preciso ter uma equipe de merchandising treinada para desenvolver esse trabalho. A junção do mix ideal por performance e layout e precificação, juntamente com a reposição do promotor dentro desse padrão, abastece a loja, e o consumidor final passa a enxergar a loja de periferia como se ela fosse do mesmo nível que a loja de grande rede. Então, o consumidor começa a efetuar a migração das compras, da reposição para abastecimento. Essa migração, aumentando o tíquete médio por compra cresce por quê? Porque a loja tem um fornecimento com qualidade, um abastecimento com qualidade. Tempo de trabalho Seis meses é o necessário. Temos contratos de reciprocidade com os clientes para desenvolvermos o nosso trabalho. Isso é bom para ambas as partes, não só para fidelizá-los, mas também para ajudar o ponto de venda a melhorar, pois há 18 www.revistaabastecimento.com.br entrevista.indd 18 JUL/AGO 2013 08.07.13 16:53:39 ANDERSON SOUZA tando com o tempo. É por isso que ele precisa de um fornecedor qualitativo, que lhe permita ter um abastecimento realizado com qualidade. Oportunidades A melhor oportunidade está no cliente de um a dez checkouts. Porém, ela é também o maior desafio cultural. Hoje, o consumidor quer ir à loja perto de sua casa, pois ela tem tudo o que ele quer. Esse é o objetivo. As lojas de periferia, de bairro, vão crescer muito nos próximos anos, mas apenas se tiverem um fornecedor cada vez mais bem preparado para o atendimento e que também os prepare para atender esse mercado. uma resistência muito grande no ponto de venda pequeno. Esse é um fato cultural. Eles se apegam muito a preço. E aí o consumidor vai ao estabelecimento e o problema não é o preço, pois lá você não encontra o produto que ele quer, e ele acaba migrando para uma loja maior. Cotação O que é importante, comprar 5% mais barato ou perder o cliente? O varejista começa a entender isso. Quando fazemos o abastecimento e ele paga um pouco mais caro – em algum momento – em alguns itens que são commodities, mas se mantém uma gôndola abastecida, sem que ela entre no efeito sanfona, tanto de preço como de produto, isso é bom para ele e para o consumidor. Onde você tem um abastecimento 100% vinculado em preço, você pode deixar de ter o produto e perder o consumidor. Resistência Fazemos um planejamento no qual mostramos a importância de cada categoria que representamos para esses clientes e a participação real, ditada pela Nielsen, e disponibilizamos toda a equipe de trabalho, e os profissionais das áreas comercial, de merchandising e de gerenciamento por categorias. Temos displays para agregar o espaço, se isso for necessário. Muitas vezes, o pequeno começa de qualquer jeito e vai se ajus- "Trabalho diferenciado exige acompanhamento diário" Segredo do sucesso Temos uma ferramenta chamada ficha de venda. Nela, registramos o histórico com as datas das vendas e com o que se vendeu. Ela tem seis datas de vendas. Então, fazemos o acompanhamento de cada SKU, verificando se ele está girando ou não. Quando relacionamos isso com a sistemática de merchandising e de reposição, podemos medir se a loja precisa vender mais ou menos. Graças a isso, podemos efetuar um giro de produtos saudável dentro da loja, apoiandonos nisso como ferramenta de argumentação para justificar o aumento das vendas ou para justificar sua não ocorrência. Ou então, para explicar a estagnação: não estou vendendo muito aqui, então aqui eu vou segurar, mas como aqui eu vendi quatro caixas e já acabou, vou vender cinco agora, e por aí afora. Reunião Temos uma equipe de merchandising por vendedor. São 250 vendedores. É um trabalho diferenciado e que exige acompanhamento diário. Temos 35 salas de planejamento em todas as regiões do ABC paulista, da Grande São Paulo, do litoral, do Vale do Paraíba e do Vale do Ribeira, no Estado de São Paulo. As salas de planejamento têm um aparelho de TV, uma mesa de reunião para dez pessoas e um supervisor. Reunimos a equipe diariamente, das 7 horas às 8 horas da manhã. juL/AGO 2013 entrevista.indd 19 www.revistaabastecimento.com.br 19 08.07.13 16:54:00 CAPA Salas de controle As reuniões começam com gritos de execução no ponto de venda. Logo depois, números do dia anterior de cada vendedor são passados, e se verifica se estão abaixo da meta – investigando-se os motivos para isso – e se estão acima da meta e por que (é importante saber o que está dando certo). Logo depois, tira-se um raio X para se ter uma visão da meta e dos objetivos do dia que começa e do mês. São destacadas e discutidas boas práticas de execução com vistas a se obter melhores vendas para a loja. Erros nas gôndolas são realçados, assim como acertos, o que é uma boa maneira de se disseminar essas informações e esses conhecimentos. Planejamento individual As salas surgiram há quatro anos, quando fazíamos reuniões nos supermercados e sentíamos a necessidade de contar com algo melhor, que integrasse a equipe e gerasse maior eficiência por parte dela no que se refere ao planejamento, ao detalhamento das vendas, à execução e à operação no dia a dia. A sala não fica a uma distância superior a 40 minutos da casa de cada profissional. Nela, são estabelecidos os objetivos de compra por vendedor, e são analisadas as fichas por cliente com número de SKUs comprados e valores faturados, sendo também estabelecida a quantidade de positivação e os objetivos para o dia. Todas as salas têm câmeras, ar-condicionado, fichário e televisor de 42 polegadas, o que requer um investimento por parte da distribuidora, que se propõe a realizar esse serviço. Desafios A concorrência das grandes redes sempre vai existir, só que aumentará cada vez mais depois que o mercadinho de bairro, em particular de periferia, começar a trabalhar o seu layout, que é onde o consumidor final vai tomar a decisão e gerar a sensação de conforto e bem-estar dentro desse determinado ponto de venda, porque lá chegou e encontrou tudo o que ele queria. Começa a ocorrer uma migração natural. Desta maneira, o consumidor tem facilidade, portfólio 20 www.revistaabastecimento.com.br entrevista.indd 20 e visibilidade, e então o preço começa a perder a força. Na loja grande, o cliente é apenas mais um. Na loja pequena, ele tem o reconhecimento do gerente, e o açougueiro corta a carne que ele pede do jeito que ele quer. O consumidor se sente em um ambiente mais acolhedor, ele se sente mais em casa. Isso o atrai. Agora, um grande problema que ocorre com as lojas de bairro é que elas não têm no mix um portfólio adequado. Produto Em cada ponto de venda, o ideal é que, em cada categoria, as três marcas líderes estejam na gôndola. É preciso haver adequação de layout, dos três líderes, de qual vende mais dentro da loja. Que pode não ser a mesma adotada por outra loja distante quatro quarteirões. Tudo é um trabalho de planejamento estratégico, que deve ser realizado pelo fornecedor especializado. Layout A primeira coisa que se deve fazer na loja é o layout, a escolha de quantas frentes se deve apresentar, e qual deverá ser a quarta marca, uma marca barata para o consumidor que quer levar o produto por preço. Ele vai precisar ter tudo isso. Orientamos para que ele tenha as três líderes e a quarta marca, mais barata, e as quatro precisam ficar verticalizadas na gôndola. A verticalização é a blocagem. Os produtos da categoria precisam estar todos juntos, blocados, não adianta separálos. Essa é a melhor maneira de distribuí-los, macarrão do lado do atomatado, certo, é a relação ideal. Também usamos muito a cross merchandising, que induz vendas por impulso, nas quais se agrega valor às vendas da loja. Ela põe em ação detalhes que ajudam nessas vendas. Centro de distribuição em Cotia/SP: organização ajuda na separação das mercadorias Mercado A inteligência está no ponto de venda, e o lojista precisa saber usar isso. Precisa saber montar o layout e entender suas potencialidades, e precisa fazer o acompanhamento do giro de cada item, decidindo sobre o que se precisa ser alterado, pois tudo é mutável, nada é definitivo. A loja vai ser montada de certo jeito, mas não vai continuar sendo sempre assim. O consumidor muda JUL/AGO 2013 08.07.13 16:54:19 ANDERSON SOUZA de hábitos, ele ganha ou perde massa salarial, a região muda o seu perfil de moradores e a loja precisa sempre acompanhar, analisando o que é preciso alterar. Com dinamismo, sem medo de errar. O dia a dia nos ensina. O mercado é dinâmico e o consumidor sempre quer coisas novas. giro. O cliente não pode estar com um inventário que inclua muitos produtos que giram pouco e com poucos que giram muito. Quem vai determinar essa dinâmica é o consumidor final. Esse processo também determina espaço da gôndola e determina gôndola. Espaço versus número de itens Boa execução No ponto de venda do canal alimentar, não se consegue trabalhar a parte de perfumaria como ela precisa ser trabalhada, pois há várias nuanças de textura, o que pode ser mais adequadamente trabalhado pelo canal de perfumaria. Então, sempre que estamos no ponto de venda, precisamos desenvolver o portfólio e aumentar paulatina e progressivamente as categorias. O vendedor precisa dar um impulso inicial nos clientes com os power SKUs de cada categoria que precisa entrar e, a partir daí, vai expandindo em quantidades iniciais pequenas, sentindo o O cliente do pequeno varejo vai sentir a melhoria no transcorrer do trabalho desse distribuidor. Por exemplo, nós os distribuidores da P&G vamos até lá, fazemos a leitura, verificamos quais são os produtos que giram mais, cuidamos da troca, introduzimos produtos com embalagens diferenciadas, e realizamos investimentos em promoções especiais. Ou seja, o cliente vai sentir a diferença oferecida por esse fornecedor e sua importância em comparação com os outros. Mas essa diferença é reconhecida no discurso de todos, embora não seja constatada na execução e na prática. juL/AGO 2013 entrevista.indd 21 www.revistaabastecimento.com.br 21 08.07.13 16:54:48 ricardo bakker CAPA Fornecimento quantitativo O grande desafio com que os distribuidores se defrontam atualmente é o de abastecer as lojas de bairro da melhor maneira possível. Desse modo, evitam que elas funcionem como prontos-socorros, onde o consumidor só vai comprar aquilo de que ele precisa de última hora ou de necessidade urgente. Mas ao ver a loja bem abastecida, o consumidor vai começar a enxergar que ela tem tudo e, assim, a aumentar o seu tíquete. Mas esse é um processo que precisa vir acompanhado de um fornecimento quantitativo. É um processo paulatino, progressivo, que não vai ocorrer do dia para a noite. É a grande oportunidade. É oportunidade para todos. Para o varejista crescer, tomar o faturamento dos maiores e melhorar a qualidade da sua loja. Isso é saudável para toda a cadeia. É bom para o trânsito e para o governo, é bom para todos. É a distribuição do consumo no mercado. É bom para tudo. Promotores em ação no ponto de venda: melhoria no layout e na exposição de produtos de atacado, que é uma coisa que está morrendo, e ele está morrendo. Ele não tem layout, ele não tem parceiros que façam o trabalho para a sua loja ganhar qualidade, para o cliente ficar habituado e aumentar o seu tíquete, e a loja continua uma bagunça, e ele só continua falando de preço e assim acaba morrendo. Mentalidade do varejista Distribuidores O varejista precisa fidelizar o fornecedor e escolher com quem ele quer se casar. Isso vai ser claramente perceptível quando ele começar a sentir que esse fornecedor está agregando faturamento para a loja dele, e que ele está abandonando a preocupação de ter de gerenciar suas contas, pois o fornecedor já está fazendo isso para ele, e já está abastecendo e gerenciando a gôndola dele. Ele precisa ter fornecedores com os quais não tenha de ficar preocupado com a necessidade de fazer cotação, pois todas as vezes em que ele está preocupado com o preço, a loja entra em ruptura. Ele tem de saber o que o cliente dele quer e deixar a execução nas mãos dos seus distribuidores e fornecedores. Dos distribuidores especializados, que têm contratos com as indústrias, que têm o comprometimento de trocar o produto quando necessário, de apresentar os lançamentos, de oferecer produtos que se encontram nas grandes redes. Isso ele vai encontrar nos parceiros das indústrias e não vai encontrar no atacado. Gôndola na mão de especializados Ele precisa determinar o espaço e esclarecer que não quer que o distribuidor avance mais do que isso. Pois, se ele deixar o distribuidor fazer o que ele quiser, o resultado será complicado. Ele precisa trabalhar dentro de um parâmetro. Aqui é o seu espaço. Vou lhe entregar. E ele (varejista) vai se preocupar com outras coisas, o que hoje não acontece porque ele ainda está enraizado em uma cultura de relação de compra e venda 22 www.revistaabastecimento.com.br entrevista.indd 22 Especificidades regionais Não podemos generalizar práticas de execução de um distribuidor dentro de São Paulo, capital, para o interior da Bahia ou de Pernambuco, pois há particularidades inerentes às regiões, e há também particularidades logísticas, como uma grande distância entre um ponto de venda e outro, e custos diferentes em locais diferentes. É claro que ele terá de manter uma estrutura um pouco diferente, mas o ponto de venda é essencialmente o mesmo, pois, como qualquer outro, requer mix, acompanhamento e qualidade de abastecimento. São as nuanças do atendimento que precisam ser analisadas caso a caso. JUL/AGO 2013 08.07.13 16:55:11 AF_Terra Brazilis_20,5X27,5.pdf 1 6/26/13 3:25 PM oportunidades fotolia o p o r t u n i d a d e s 24 www.revistaabastecimento.com.br copa do mundo.indd 24 jul/ago 2013 08.07.13 16:58:03 Rumo à Copa! Para não dar bola fora, os varejistas precisam planejar as ações que realizarão antes e durante o maior evento do futebol mundial, entre as quais a de investir no mix e, é claro, na ambientação das lojas Por adriana Bruno A expectativa diante dessa grande festa esportiva que é a Copa do Mundo de Futebol, que será realizada em junho de 2014, é grande em várias esferas da economia brasileira. Todos querem lucrar com o evento e os supermercados não podem ficar de fora dessa oportunidade. Uma pesquisa realizada pela Nielsen indicou que 75% dos entrevistados disseram que acompanharão os jogos em casa, com a família ou os amigos. “Possivelmente, teremos incremento em vendas em algumas categorias associadas a esse momento de confraternização, como as de cervejas, refrigerantes, salgadinhos, biscoitos e churrasco. Nos meses em que foi realizada a Copa do Mundo da África, em 2010, conseguimos mensurar a ocorrência de um incremento médio de 12% em volume de quatro categorias de consumo rápido (cervejas, refrigerantes, salgadinhos e chocolates) em relação ao ano anterior”, avalia Otávio Carvalho, analista de mercado da Nielsen Sports. O varejista deverá estar atento às categorias citadas, embora estudos globais realizados pela Nielsen também detalhem crescimento de outras cestas, pois as pessoas acabam re- cebendo amigos e suas famílias nas suas casas. “O investimento pode ser direcionado de acordo com o perfil do shopper, que busca os produtos em cada tipo de loja. Algumas categorias se tornam mais importantes nesse consumo vinculado ao esporte, dentro de certos perfis, quando comparadas ao seu consumo por outros perfis: assim, biscoitos parecem mais importantes para pessoas da classe D, e sucos para as classes B e C”, comenta. A pesquisa Nielsen também mostrou que 63,2% dos entrevistados consomem algum produto enquanto assistem a eventos esportivos. “Novamente, podemos dizer que as categorias que devem ser foco vão depender do tipo de loja e do shopper que frequenta os varejistas. Se estivermos analisando um varejo que os consumidores entendem como ‘destino’ para a compra de categorias de bebidas, o mais provável é que essa cesta de produtos receba incremento no mix, buscando não só atender à maior demanda por produtos/marcas de maior giro, mas também gerar vendas incrementais com a presença de uma maior variedade de produtos e marcas no PDV. jul/ago 2013 copa do mundo.indd 25 63,2% dos entrevistados consomem algum produto enquanto assistem a eventos esportivos, segundo pesquisa realizada pela Nielsen www.revistaabastecimento.com.br 25 08.07.13 16:58:27 oportunidades o p o r t u n i d a d e s fotos: divulgação “Um estudo sobre o sortimento, focado especificamente nesse período de realização da Copa das Confederações, pode ajudar varejistas e fabricantes a nortearem o planejamento de onde investir para potencializar as vendas em 2014, durante a Copa do Mundo”, diz Carvalho. Datas especiais exigem ações amplas e coordenadas, é o que lembra Rubens Batista, sócio da 2B Partners Consulting, consultoria de atacado e varejo. “O cuidado que se deve tomar é o de fazer algo harmonioso, que crie um ambiente festivo na loja. É claro que o ambiente é um meio de fazer com que os clientes sejam estimulados a entrar no clima de festa e a levar essa festa para sua casa. Os fornecedores estarão igualmente interessados em contribuir, não apenas financeiramente, mas também com ideias para a campanha. No entanto, o importante é não cair na armadilha de tornar a loja uma feira tomada por fornecedores. Por isso, é fundamental que a coordenação e a criação do projeto sejam realizados pelo varejista, mesmo que ouvindo os seus fornecedores”, diz. Para Batista, a campanha deve ser encarada como um projeto coordenado pela área de marketing e com participação das áreas comerciais e 26 www.revistaabastecimento.com.br copa do mundo.indd 26 de operação. “O marketing desenhará a campanha, as áreas comerciais irão buscar o apoio (recursos) dos fornecedores e as operações irão torná-la real no ponto de venda. A campanha poderá, ainda, explorar ‘subtemas’ para ampliar o tempo do projeto e evitar o cansaço. Afinal, 2014 será, até 13 de julho, o ano da Copa. Por isso, logo após as festividades do Natal, convém dar início a uma campanha específica para a Copa, inclusive com a criação de um calendário para incorporar a participação de vários fornecedores e a promoção de vários produtos. Há muitas áreas importantes a serem exploradas: estacionamento, entrada, corredor principal (promocional), e checkout. Além disso, o uniforme dos funcionários, a sinalização da loja, os peg-boards e as rail cards (etiquetas de preço) devem, igualmente, estar integrados à campanha”, comenta. planejamento O potencial de vendas existe, mas não adianta pensar nele quando restar apenas um mês até os jogos. Pelo contrário, a hora de planejar tanto as ações como os produtos ou categorias que serão destacadas durante o evento é agora. Para Roberto Nascimento de Oliveira, professor da ESPM, este é o momento de se negociar com fornecedores, e de conhecer o que eles podem oferecer e o suporte que darão ao varejista. “A regra é simples: quem pedir primeiro, ganhará primeiro. Planejando corretamente, o varejista executa bem a ação. Os fornecedores, principalmente a indústria, estão preparando grandes ações de marketing para a Copa e, a Como a Copa do Mundo envolve todo o Brasil, temos uma boa oportunidade para ambientar o PDV com o clima do evento e, assim, a loja deverá aproveitar toda a exposição que envolve o torneio Wagner de Freitas, fundador da Woli jul/ago 2013 10.07.13 18:21:49 É importante, depois de identificar os itens que irão compor um mix, agrupá-los e colocar uma comunicação visual ou decoração específica para que esses produtos sejam percebidos pelo cliente Kátia Bello, arquiteta e sócia-diretora da Opus Design partir do segundo semestre deste ano, já deveremos estar testemunhando o lançamento de produtos criados especialmente para a esperada ocasião. Por isso, quem demorar para planejar e para buscar parcerias com fornecedores terá menos chances de obter sucesso nas ações comerciais durante o evento. Aliás, 70% do sucesso de um negócio está no processo de preparação e de planejamento. Também vale a pena dizer que o varejo deverá receber um incremento de 30% nas vendas antes e durante o evento”, orienta. Para especialistas como Nuno Fouto, professor do Provar – Programa de Administração de Varejo, a Copa deve ser considerada como uma questão sazonal, pois, da mesma forma que o varejista se prepara durante todo o ano para as campanhas em datas especiais, ele também deverá fazê-lo com relação ao evento. “As ações para a Copa deverão começar até seis meses antes do evento para criar expectativa no consumidor. O varejista pode criar ambientes no ponto de venda que remetam ao evento, pois, independentemente do produto, o importante é ancorar o apelo visual com a informação. Aliás, a Copa pode ser aproveitada para incentivar o consumo de maneira geral, e não apenas com produtos correlacionados”, comenta. Para aqueles que pensam em realizar promoções durante o evento, Gilberto Strunck, sócio-diretor da agência DIA Comunicação, lembra que a comunicação deve ser diferenciada, em vez de ser realizada apenas nos pontos naturais dos produtos ou com as categorias que se pretende destacar. “A loja inteira precisa ser usada como mídia, e a sinalização para a promoção precisa estar espalhada no ponto de venda, e também fora dele. Se a loja imprime encartes de ofertas, eles devem ser distribuídos pelo bairro, aumentando o alcance da comunicação. Se houver uma campanha de prêmios, realizada, por exemplo, além da regulamentação legal da promoção, nas lojas em que houver investimento em ilhas da Copa, será conveniente expor os produtos que serão sorteados no local, estimulando o consumidor a participar”, diz. Como ainda há tempo para planejar, o varejista poderá soltar a imaginação e definir estratégias que promovam não apenas a venda, mas também a interação dos clientes com a loja. No entanto, para isso, vários aspectos devem ser levados em consideração. Para Wagner de Freitas, fundador da Woli, empresa de educação corporativa, um ponto de venda bem preparado é essencial, mas também é preciso dar atenção a todos os aspectos que envolvem a estratégia varejista, como comunicação, mix de produtos, política de preço compatível com o público-alvo e pessoal treinado. “As ações de PDV devem estar muito contextualizadas. Como a Copa do jul/ago 2013 copa do mundo.indd 27 www.revistaabastecimento.com.br 27 08.07.13 14:51:26 oportunidades o p o r t u n i d a d e s Mundo envolve todo o Brasil, temos uma boa oportunidade para ambientar o PDV com o clima do evento e, assim, o PDV deverá aproveitar toda a exposição que envolve o torneio. Como esse clima é de competição e disputa, uma boa sugestão, além da de decorar a loja com o tema, consiste em promover pequenas brincadeiras, jogos e disputas dentro da loja. Que tal colocar um videogame com jogos de futebol e criar uma disputa entre pais e filhos? Ou, mais simples ainda, criar uma disputa só de pênaltis em jogos disponíveis pela web? Jogos e brincadeiras no PDV conseguem manter os clientes por mais tempo nas lojas”, conta. dicas para lucrar com a Copa • Não adianta só entrar no clima da Copa se as ações não gerarem faturamento adicional. • Planeje com antecedência as ações promocionais. Realizar alguma ação, ainda que seja uma simples distribuição de tabelinhas da Copa, é uma chance de ser lembrado e de divulgar a sua marca. • Lembre-se de trabalhar em um planejamento de vários cenários possíveis. De acordo com a performance do time brasileiro, ele pode ficar até o final da Copa ou não. • Envolva os fornecedores para cooperar nas ações. • Pense em oferecer novidades para o cliente na ambientação da loja ao longo da Copa, altere configurações e adicione produtos... enfim, é preciso sempre oferecer uma novidade para gerar atratividade! Fonte: Wagner de Freitas Oliveira, fundador da Woli 28 www.revistaabastecimento.com.br copa do mundo.indd 28 Ambientar a loja é fundamental No pequeno e médio supermercado, nem sempre haverá espaços para montar ações temporárias, como ilhas temáticas. É por isso que Kátia Bello, arquiteta e sócia-diretora da Opus Design, afirma que é importante, depois de identificar os itens que irão compor um mix, agrupá-los e colocar uma comunicação visual ou decoração específica para que esses produtos sejam percebidos pelo cliente. “Mesmo que seja só uma ponta de gôndola, o espaço destinado à ação da Copa precisa se destacar dos demais, não podendo apresentar a mesma aparência que manifesta durante o restante do ano. A chave está na proporção do espaço dedicado a essa ação temporária: se o espaço for pequeno demais, ele corre o risco de nem ser notado pelo cliente, e se for grande demais, isso poderá inclusive prejudicar a performance dos outros itens, não sazonais, que foram ‘apertados’ ou que tiveram sua exposição reduzida para abrir espaço aos itens de destaque da Copa”, orienta a arquiteta. Pintar algumas paredes da loja com as cores da bandeira brasileira, uniformizar a equipe com camisetas, bonés ou até mesmo com botons alusivos à Copa ou à bandeira do Brasil são ações que não envolvem altos custos com a decoração, mas que também deixam a loja no clima adequado. Nas lojas onde houver espaço disponível para se criar ambientes específicos, a criatividade pode voar ainda mais longe. Na opinião de Roberto Nascimento, uma estratégia interessante consiste em montar uma sala de estar com direito a mesa com bebidas e guloseimas, sofá e aparelho de TV. “O recomendável é que esse ambiente seja aberto, que o cliente possa circular por ele, tendo contato com os produtos presentes, e associá-los ao seu desejo de consumo. Apesar de decorativo, esse ambiente é, essencialmente, um ambiente de vendas, pois até mesmo o televisor pode ser vendido”, indica. O professor Roberto Nascimento também lembra que um erro comumente cometido pelo varejo não deve ser repetido na Copa. “É comum encontrarmos barracas de festa junina que são, na verdade, apenas agrupamentos de produtos, que não têm vida nem inspiram interesse. Imagine como seria diferente se houvesse um promotor dentro da barraca, que interagisse com o cliente. O resultado em vendas seria outro. O mesmo vale para a Copa. Quem investir em um ambiente específico, não deverá jul/ago 2013 08.07.13 14:52:01 fazê-lo fechando-o. Deverá, em vez disso, promover, de alguma forma, a interação entre cliente e ambiente”, recomenda. É preciso lembrar que 85% das decisões de compra são tomadas no próprio ponto de venda. Portanto, quanto mais estímulos o consumidor receber, maiores serão as chances de que ocorram vendas. Atendimento ao cliente Bandeiras, apitos, camisetas, bonés, bolas, alimentos, bebidas, petiscos e até mesmo churrasqueiras podem fazer parte do mix da Copa. Tudo vai depender do perfil da loja, da disponibilidade de espaço e da negociação. “O primeiro ponto consiste em identificar, dentro do mix, todos os agrupamentos de produtos que têm força de atratividade para a Copa. Por exemplo, os hipermercados, além de oferecerem alimentos com apelo de consumo para a data, também podem oferecer desde camisetas ou bolas, passando por utilidades domésticas temáticas, até itens de maior valor agregado, como TVs. Em pequenos e médios supermercados, que ofereçam menos categorias, também é importante observar o mix de produtos, mas como a disponibilidade de opções pode ser menor, é importante focar mais. Por exemplo, dependendo do horário dos jogos, é possível focar uma solução para churrasco ou para café da manhã, ou para o lanche da tarde... Enfim, é possível evidenciar soluções de consumo condizentes com alterações da rotina e de alguns hábitos dos consumidores que a Copa propicia”, indica Kátia Bello. Por sua vez, Otávio Carvalho, analista de mercado da Nielsen Sports, avalia que as categorias que deverão aparecer como destaque por terem seu consumo aumentado são aquelas relacionadas ao ato de “assistir esporte”, ou seja, referem-se a alguns tipos de produtos de consumo rápido e de indulgência, que as pessoas preferem e acompanham a experiência de assistir aos jogos, como cervejas, refrigerantes, salgadinhos, biscoitos e churrasco. Para Rubens Batista, há os produtos de associação e os de consumo, que podem ser promovidos. Os de associação incluem os mais comuns, como bandeiras, camisetas alusivas, bolas, bonés, sandálias, tênis, cornetas e até mesmo roupas para pets. Por sua vez, os de consumo incluem desde os tradicionais, como as já citadas cervejas, refrigerantes, sucos, água, bebidas quentes e carnes, até pratos prontos (industriali- A loja inteira precisa ser usada como mídia, e a sinalização para a promoção precisa estar espalhada no ponto de venda, e também fora dele Gilberto Strunck, sócio-diretor da agência DIA Comunicação zados e de produção própria), salgadinhos, itens de bonbonnière e descartáveis. “Outra ideia é desenvolver ‘kits torcedor’, opções de cestas ou combinação de produtos, oferecendo, assim, soluções prontas para o cliente. O importante, no que diz respeito aos produtos, é tomar cuidado com os produtos de associação, pois errar em sua compra pode comprometer o capital de giro e a lucratividade. O ideal é negociar a compra de apenas um certo volume para esses produtos, e que nesse negócio seja acordada a possível devolução de uma parte”, orienta Batista. O executivo também indica a oferta de serviços de entrega de bebidas e de carne, e até mesmo de pratos prontos, antes do horário dos jogos. “Seria um serviço para o torcedor atrasado, que consistiria em receber por telefone a lista de pedidos (que poderia ser limitada a um determinado número de itens), fazer o picking e disponibilizá-lo para a sua retirada pelo cliente. Poderia, inclusive, cobrar-se uma taxa adicional por esse serviço. Um outro seria, igualmente por tempo determinado, o de fazer um acordo com uma empresa de entregas (motoqueiros) para realizar a entrega expressa de bebidas, salgados, carnes, carvão e gelo. Poder-se-ia, inclusive, definir um kit de produtos (equivalente a um pedido mínimo), para agilizar o processo e evitar acidentes”, finaliza. jul/ago 2013 copa do mundo.indd 29 www.revistaabastecimento.com.br 29 08.07.13 14:52:20 napratica n a p r á t i c a fotos: anderson souza 30 www.revistaabastecimento.com.br na pratica.indd 30 jul/ago 2013 08.07.13 17:00:36 Renovação constante Mel & Pimenta, loja de um checkout em São Paulo, completa 20 anos apostando no aprimoramento das seções e da ambientação da loja para atrair um consumidor atento à inovação Por Andréia Martins T Ao lado, o casal proprietário Roney Müller e Adriana Chalita. No destaque, o espaço diferenciado da loja odos os dias, Adriana Chalita sai cedo de casa e faz sua caminhada de cinco minutos até o Mel & Pimenta, varejo de vizinhança com um checkout localizado no bairro da Bela Vista, em São Paulo. Essa moradora escolheu um ponto comercial próximo de sua residência para instalar o mercado, que tem a grande demanda de suas vendas advinda de condomínios residenciais e de executivos que, diariamente, passam em frente ao local. Atualmente, o Mel & Pimenta atende mais de 1.000 clientes por mês e é conhecido pelos moradores de classe média e média alta da região pela excelência que oferece em qualidade e atendimento. Tudo começou há 20 anos, quando a empresária junto com o seu marido e sócio, Roney Müller, concebeu uma maneira de um consumidor evitar visitas ao supermercado para realizar pequenas compras. “Como essas visitas eram uma coisa chata para mim, também imaginei que seria para outros consumidores. Por isso, a ideia de ter um modelo de varejo especializado na entrega a domicílio criou vida e se tornou o nosso objetivo”, comenta. Imãs de geladeira com o telefone do Mel & Pimenta foram distribuídos aos frequentadores do bairro, e a divulgação do serviço agradou aos moradores da Bela Vista. “Em 30 minutos, no máximo, a entrega de um pedido é realizada. Sem acréscimo no valor cobrado pelos produtos e sem taxa de entrega. Sabemos que, em geral, o cliente tem urgência. Ele quer ter os itens em casa o mais rapidamente possível. Por isso, o nosso diferencial está em atendê-lo com eficiência, e o quanto antes”, explica Adriana. Uma saída para o pequeno varejo que não tem condições para disponibilizar estacionamento e espaço para os clientes é o investimento em entregas. “A pessoa está na cozinha e percebe que acabou o açúcar. Então ela nos liga e entregamos 1 kg do item se esse for o pedido dela. Se ela precisar de cinco itens, não vale a pena sair de casa para comprá-los. O serviço de entrega funciona muito bem, é o forte da casa. Temos um bom ponto, lógico, mas as vendas, em sua maioria, são feitas por telefone. Com esse costume de pedir sempre via telefone, a pessoa acaba fazendo conosco as compras do mês todo”, diz Adriana. A empresária prioriza a parceria com distribuidores de frutas, legumes e verduras frescas, que são abastecidas diariamente. Esse é um diferencial no modelo de pequeno varejo, que tem dificuldades para manter produtos sempre frescos na seção de hortifrútis. jul/ago 2013 na pratica.indd 31 www.revistaabastecimento.com.br 31 08.07.13 14:58:52 napratica n a p r á t i c a Ao longo dos anos, reformas e ampliações marcaram a expansão do negócio, que, apesar de ter forte atuação na entrega – que representa 65% das vendas mensais –, não deixa de lucrar com as compras realizadas pelas pessoas que passam em frente ao local. “Fizemos seis reformas e duas ampliações de espaço. O público pedia mais e aumentávamos mais”, conta a empresária. Formada em arquitetura, Adriana aproveitou o conhecimento que adquirira sobre a área para diversificar sua loja de 130 metros quadrados. A cada quatro meses, ela altera a disposições das gôndolas e das seções de produtos. Tudo isso para modernizar o ambiente e passar a ideia de que o estabelecimento acompanha as tendências de decoração para o varejo. “Não sei dizer se é uma particularidade, mas não queremos ficar desatualizados. O cliente gosta de mudanças e procuramos criar novos cenários dentro da loja para atraí-lo ainda mais.” Uma boa ideia que acompanha e facilita a mudança das cestas de produtos na prateleira é a data sazonal. Durante o ano, mais de sete eventos comemorativos marcam o calendário nacional, como a Páscoa, o Dia dos Namorados e o Natal, podendo atrair o cliente para lhe oferecer itens “as pessoas que não fazem parte de sentem essa suas compras habituais. facilidade. Indagada a respeito do Precisou, ligou, perfil de seus clientes, e resolvemos o Adriana afirma que não seu problema. a há um tipo específico entrega é feita em 30 minutos.” de consumidor que frequenta a loja. “Nosso cliente é muito eclético e, por isso, procuramos colocar um pouco de cada produto nas prateleiras para atender o gosto deles. Querem tudo o que é novidade e estamos atentos aos lançamentos da indústria.” Para comemorar seus 20 anos de atuação no varejo de vizinhança, o Mel & Pimenta criou um plano de fidelização para agradar e aproximar os mais de mil e duzentos clientes cadastrados e também os que passam diariamente em frente ao comércio. A promoção “Plano 20 Mais” começou em março deste ano e o cliente acumula pontos a cada compra, os quais podem ser posteriormente trocados por produtos. “Há três anos, criamos uma boutique na loja, e os pontos acumulados valem presentes dessa seção”, explica Adriana. 32 www.revistaabastecimento.com.br na pratica.indd 32 Beatriz tertuliano, cliente há 20 anos, aprova o local e os produtos ali vendidos SEMPrE PrESEnTE Relacionamento ultrapassou o profissional Beatriz Tertuliano acompanha a trajetória do Mel & Pimenta desde o seu início. Freguesa do local há 20 anos, a dona de casa aprovou o conceito da loja, que, com o passar dos anos, continua atendendo às suas necessidades. “Quando tinha filhos adolescentes em casa e quando precisávamos de coisas rápidas, corria ao Mel & Pimenta. Com o passar do tempo, o trabalho foi diminuindo e eles foram embora de casa. Hoje, eu já não preciso mais daquelas grandes compras, mas, mesmo assim, o atendimento se adequa ao meu estilo de vida.” Depois de tanto tempo, adriana sabe de cor as marcas preferidas de Beatriz no quesito limpeza. “Ela sabe todos os meus gostos, viramos amigas, é uma relação que passou do profissional para o social”, afirma Beatriz. a moradora da Bela Vista afirma que a encomenda via telefone é rápida e prática, e atende perfeitamente o cliente. Também cliente da boutique, Beatriz aprova o local e os produtos ali vendidos. “Todos os presentes que preciso dar e todas as joias que uso são daqui. ligo e falo: ‘adriana, preciso de um presente com tal característica’, e ela me chama para ver a peça. Espero que ela continue na região por muitos em muitos anos.” jul/ago 2013 08.07.13 14:59:03 CREMOSO LIMPEZA PROFUNDA * Manchas de sabão e gordura queimada, comparado com produtos similares do mercado. Imagens ilustrativas. DESCUBRA O NOVO Conheça a linha de CiF espeCialistas Anuncio Cif 20,5x27,5cm.indd 1 3/25/13 7:11 PM napratica n a p r á t i c a Mel & Pimenta • Localização: São Paulo/SP • Checkout: 1 • Área de Vendas: 130 m² • Seções mais rentáveis: produtos de limpeza • Colaboradores: 5 • Perfil dos clientes: Classes B e C • Sortimento: 1.000 itens Em 2010, Adriana resolveu colocar uma pequena vitrine com bijuterias finas para sentir o que os clientes achariam da novidade. O sucesso foi tamanho que, hoje, três anos depois, a empresária estuda a possibilidade de ampliar esse local, reservado para roupas, artigos e acessórios de moda. “A pessoa vem comprar tomate e pode levar um anel, um brinco. Nossas clientes adoraram a ideia”, comenta Adriana. A arquiteta estudou o ambiente e, mesmo sendo um local pequeno, conseguiu organizar o espaço de modo a agradar a clientela, que aprovou tanto a disposição como a variedade de itens. “Além disso, o valor é muito acessível. O sucesso é o preço, pois você não acha em shoppings nem em lojas de rua itens com esses valores.” A garantia e a assistência também são por conta da casa. Se uma pedrinha da joia comprada cair, a empresa se responsabiliza em arrumar. “A pessoa se sente segura e gosta desse tratamento diferenciado. A cliente chega aqui e me fala: ‘Eu tinha de comprar uma alface e saí feliz por ter comprado um brinco novo.’ Esse diferencial pe- 34 www.revistaabastecimento.com.br na pratica.indd 34 gou, é a nossa menina dos olhos”, completa. A forma de pagamento é facilitada, pois podem ser usados cartões de credito, de débito e até vale alimentação para as compras na boutique e para os outros itens em geral. Apesar do espaço reduzido, o ponto de venda é bem abastecido com marcas variadas Parceria Para escolher os melhores vinhos e alocá-los no espaço reservado a eles na loja, Adriana Chalita começou uma parceria com a Decanter, importadora de vinho com mais de 15 anos de mercado e 50 distribuidores espalhados por todo o País, além da rede de Enotecas Decanter. “Às vezes, encontramos muito mais bebidas na prateleira e nenhuma atrai nossos olhares, mas aqui elas são selecionadas. O nosso público pede a bebida e a colocamos na prateleira”, enfatiza a proprietária. Adriana conta que o segredo da loja é escutar o cliente, descobrir qual é o seu gosto e sua preferência para incluir nas gôndolas os seus produtos prediletos. “A gente faz de tudo para atender melhor o cliente.” Acesse newtrade.com.br e veja a matéria sobre Mel & Pimenta jul/ago 2013 08.07.13 14:59:18 pesquisa p e s q u i s a Com base no Ranking aBaD/Nielsen 2013, aB destacamos os cinco maiores atacadistas de cada Estado brasileiro, salientando como eles montam e oferecem o mix de produtos aos pontos de venda Da Redação Os campeões em serviço I nvestir na construção de um novo centro de distribuição, em sua equipe de vendas ou até mesmo na dinâmica da entrega no menor tempo possível é uma iniciativa que pode contar pontos para na hora de se destacar no mercado, informa o maior estudo sobre o setor atacadista distribuidor, o Ranking ABAD/ Nielsen, publicado anualmente e que já comemorou 20 edições. Estudo amplo, neste ano contou com 471 respondentes de todos os Estados brasileiros. Tendo 2012 como seu anobase, mostrou a evolução do segmento de um ano para cá. Pela primeira vez, a ABASTECIMENTO destacou os cinco maiores atacadistas de cada Estado, com base nesse estudo, e os serviços oferecidos por eles para o seu cliente, ou seja, o varejista de vizinhança. Fomos ouvir dirigentes e responsáveis pelas empresas, que revelaram as estratégias a que recorrem 36 www.revistaabastecimento.com.br 36 maiores atacadistas tabela maior.indd 36 para a conquista desse cliente. Os supermercados têm sentido uma mudança no padrão de consumo, a qual revelou sofisticação e maior grau de exigência, mas os atacadistas distribuidores também precisam estar atentos a essas mudanças que ocorrem em uma escala maior que a deles. Entre os canais que compõem o mercado de consumo, os supermercados grandes, ou hipermercados (20 checkouts ou mais) foram responsáveis por 92,6 bilhões de reais dos 344,1 bilhões registrados em 2012, obtendo um crescimento de 7,7%, de acordo com dados fornecidos pela Nielsen. Por sua vez, os supermercados médios (de 5 a 19 checkouts) faturaram 89,8 bilhões de reais, correspondentes a um incremento de 8,6%, enquanto os supermercados pequenos (de 1 a 4 checkouts) obtiveram 60,5 bilhões de reais, com crescimento de 8,8% no seu faturamento. jul/ago 2013 08.07.13 14:51:16 Faturamento (R$) acre 2012 70.107.000,00 70.105.000,00 Ecoacre 62.936.839,69 42.123.166,18 Frios Vilhena 43.356.926,00 36.808.741,20 Takigawa 23.571.877,72 22.034.486,61 Frigoacre 9.268.199,62 7.428.703,05 Karina Distribuidora 2011 logística para a distribuição de produtos refrigerados e frota própria são os pontos fortes da Frios Vilhena no atendimento semanal aos seus mais de 2.200 clientes ativos. 2012 alagoas Faturamento (R$) 2011 Asa Branca 324.519.199,95 286.385.067,28 Andrade Distribuidor 238.070.965,21 205.860.138,52 Vieira Distribuidor 154.584.458,75 127.074.318,00 Novo Brasil 104.138.456,00 91.290.133,00 Cunha Distribuidora 67.854.389,39 63.126.661,06 a asa Branca disponibiliza para os clientes uma central de televendas, que oferece ligação gratuita e tem por objetivo proporcionar a eles uma opção de conforto e comodidade de segunda-feira a sábado. Faturamento (R$) amazonas 2012 2011 Mercantil Nova Era 534.575.300,00 448.851.350,60 MM Distribuidora 13.220.477,17 11.024.020,56 “além de atender bem os nossos clientes, precisamos entender e conhecer os seus negócios, atualizá-los e alertálos quanto às mudanças diárias. Em suma, queremos melhorar continuamente sem perder o foco no consumidor” Luiz Gastaldi Júnior, presidente do Grupo Nova Era jul/ago 2013 36 maiores atacadistas tabela maior.indd 37 www.revistaabastecimento.com.br 37 08.07.13 14:51:04 pesquisa p e s q u i s a Faturamento (R$) amapá 2012 2011 Comercial Norte 34.093.759,47 30.807.403,92 Armazém Fortaleza 33.438.671,44 25.342.127,18 Distribuidora Timbiras 27.565.200,20 22.971.770,00 Distribuidora Equatorial 23.303.232,85 19.137.921,07 78.215.520,16 Armazém Brasil 74.427.362,27 garantir a presença de produtos nas mãos do consumidor foi um desafio que a armazém Brasil teve de vencer em um Estado muito distante do Sudeste. Faturamento (R$) bahia 2012 2011 Codical 253.371.807,72 226.280.969,79 Mix Ideal 195.394.799,00 139.843.567,00 Distribuidora São Roque 176.638.350,00 156.450.000,00 Lutan Distribuidora 151.626.950,00 123.246.847,00 572.416.057,00 Atakadão Atakarejo 478.919.280,00 atakadão atakarejo prima pelo seu cliente ao focar no preço dos 40 mil itens de sua bandeira. Segundo o seu presidente, Theobaldo luiz Costa, ninguém vende mais barato no Estado. Faturamento (R$) ceará 2012 Comercial Ibiapina 238.000.000,00 224.000.000,00 JA Comercial 161.900.482,23 152.768.122,03 RB Distribuidora 138.674.825,42 172.183.664,16 Jotujé Distribuidora 123.449.552,00 98.057.940,00 386.414.971,00 DAG 2011 330.070.983,00 a Dag j.Sleiman vem apostando nas mídias sociais nos últimos meses fornecendo notícias sobre lançamentos e dando dicas, além de realizar promoções com as marcas que distribui para seus clientes. 38 www.revistaabastecimento.com.br 36 maiores atacadistas tabela maior.indd 38 jul/ago 2013 08.07.13 14:50:54 Faturamento (R$) distrito federal 2012 2011 Santa Luzia 162.500.000,00 153.900.000,00 Disdal Distribuidora 159.823.300,00 142.974.500,00 Base Atacadista 143.827.004,55 121.218.130,00 Nova Amazonas Atacadista 137.063.297,14 124.968.417,05 Condor Atacadista 224.209.336,90 193.461.000,00 Referência em produtos para construção, a Condor atacadista oferece nove mil itens divididos em onze segmentos. Faturamento (R$) espírito santo 2012 2011 Newred Distribuidora 241.406.927,97 178.579.705,94 Millenium Comercial 113.299.020,64 96.097.976,10 Metalosa 79.720.525,11 73.031.191,30 Abrevo do Brasil 60.502.376,62 71.095.927,34 Unilider Distribuidora 498.606.175,30 526.541.285,45 a unilider, com apenas dez anos de atividade, já conta com 900 profissionais, funciona 24 horas e tem 100% de sua frota rastreada por satélite e monitorada por sistemas de controle. Faturamento (R$) goiás 2012 Real Distribuidora e Logística 540.477.422,75 448.593.062,35 Fonte Distribuidora 25.600.000,00 20.500.000,00 Distribuidora Rosa de Ouro 21.583.683,00 23.608.334,00 Decole Distribuidora 7.751.014,56 7.447.183,01 919.446.818,55 JC Distribuição 2011 780.868.415,94 a jC Distribuição prioriza a rapidez na entrega das mercadorias para os seus clientes. "Isso só é possível graças, principalmente, à manutenção de uma moderna frota de caminhões e utilitários, que roda mais de um milhão de quilômetros todos os meses" José Rodrigues da Costa Neto, presidente da JC Distribuição jul/ago 2013 36 maiores atacadistas tabela maior.indd 39 www.revistaabastecimento.com.br 39 08.07.13 14:50:45 pesquisa p e s q u i s a Faturamento (R$) maranhão 2012 2011 Armazém Rio Piranhas 212.384.395,07 212.249.315,50 Centro Elétrico 187.802.438,89 156.753.216,50 Distribuidora Medeiros 103.505.754,20 84.831.429,41 Doces São Luiz 42.642.572,50 28.371.855,38 321.397.589,00 Fribal Franchising 310.223.723,00 a Fribal atende mais de 1,4 milhão de clientes em mais de 60 lojas distribuídas nos Estados do Pará, Ceará e Maranhão, chegando a comercializar mais de 10 milhões de toneladas de carnes por mês, sendo o produto o carro-chefe da empresa, que é a maior do ramo no Norte e no Nordeste do País. Faturamento (R$) minas gerais 2012 2011 Tambasa 1.608.810.265,00 1.406.618.710,00 Megafort Distribuidora 1.268.022.408,38 1.176.767.713,00 Apoio Mineiro/Decminas/Daminas 900.824.262,13 668.647.566,00 Atacado Vila Nova 808.802.000,00 727.129.000,00 3.812.008.768,00 Martins 3.434.440.490,00 o grupo Martins apostou na descentralização da empresa e em trabalhar de maneira mais regional. “Hoje, o sistema está regionalizado, incluindo aí o mix, a gestão de categorias, o sistema e processo de gestão” Walter Faria, CEO do Grupo Martins Faturamento (R$) mato grosso do sul 2012 Bornholdt 78.653.264,62 83.433.681,08 Dismart Distribuição e Logística 24.438.921,15 21.465.301,44 JDF Alimentos 10.587.410,38 15.344.147,59 Acsi Distribuidora 6.000.000,00 5.000.000,00 Javali Distribuidora 99.691.263,57 2011 85.833.402,14 a javali Distribuidora deu origem ao grupo Forbras, que abriga 13 unidades de distribuição e mais de 30 mil itens em estoque, além de oferecer uma logística adequada para atender com agilidade e de maneira qualificada, e de contar com mais de 150 fornecedores. 40 www.revistaabastecimento.com.br 36 maiores atacadistas tabela maior.indd 40 jul/ago 2013 08.07.13 14:50:37 pesquisa p e s q u i s a Faturamento (R$) mato grosso 2012 2011 Casa Domingos 82.279.709,51 72.576.903,52 SE Uninorte Distribuidora 78.743.438,98 60.625.752,08 Sorpan Alimentos 69.890.162,59 55.779.113,26 Disnorte 49.505.266,52 47.482.037,38 105.814.623,39 Norte Sul Real 82.502.838,75 a Sorpan alimentos foi a primeira distribuidora do Estado a ter um centro técnico para melhorar a mão de obra nas padarias e sorveterias. o resultado foi o treinamento de milhares de profissionais. Faturamento (R$) pará 2012 2011 Belém Alimentos 211.393.356,75 167.635.187,37 Distribuidora Tocantins 163.030.653,00 142.924.000,00 Armazém 122.883.403,00 114.528.187,00 Distribuidora Okajima 85.788.269,71 84.880.427,79 333.431.884,00 Dismelo 286.319.307,00 Investir nos pontos de venda de seus clientes foi o foco da Dismelo. Profissionais especializados da empresa visitam e reorganizam a perfumaria e implementam novos produtos no mix. o resultado foi um crescimento de 20% no negócio. Faturamento (R$) paraíba 2012 Nordece 501.765.100,00 445.241.370,00 Almeida Comércio Distribuidor 128.750.981,00 136.800.144,00 Nordil 126.734.512,00 103.391.419,00 Armazém Galdino 117.267.852,57 97.373.249,02 713.211.056,48 Atacadão Rio do Peixe 2011 597.430.552,00 a construção de dois novos centros de distribuição vai facilitar o trabalho do armazém galdino com os seus clientes no Estado da Paraíba. 42 www.revistaabastecimento.com.br 36 maiores atacadistas tabela maior.indd 42 jul/ago 2013 08.07.13 14:50:30 Faturamento (R$) pernambuco 2012 2011 Compare Distribuidora 542.505.641,86 545.717.601,80 Grupo Pajeú 515.927.518,63 449.259.285,60 KarneKeijo Food Service 457.492.915,09 392.041.846,26 Recife Mercantil Distribuidora 243.846.914,74 211.952.876,26 Multi Distribuidora 608.446.773,85 512.679.515,34 a Compare Distribuidora ampliou filiais e abriu uma unidade em Caruaru/PE, mas vem enfatizando cada vez mais a qualidade, que é a prioridade dos clientes atendidos pela empresa. Faturamento (R$) piauí 2012 2011 Grupo Jorge Batista 333.256.046,94 273.269.614,69 Distribuidora Jorge Batista 188.019.770,00 167.641.493,00 P. da Silva 148.645.000,00 137.000.000,00 J. Monte Center 88.000.000,00 84.000.000,00 Carvalho Atacado 415.300.112,00 674.914.150,00 o grupo jorge Batista aumentou o número de vendedores e o tamanho da frota, e investiu em tecnologia, o que possibilitou um serviço mais rápido aos clientes. Faturamento (R$) paraná 2012 Frango Guibon 353.899.050,81 271.244.484,33 Aldo Componentes 288.900.491,51 269.150.775,19 Pennacchi 271.380.804,00 260.623.620,00 Stampa 141.315.041,71 145.028.243,07 Gazin 2.352.000.000,00 2011 2.061.226.000,00 a conclusão do seu novo centro de distribuição no ano passado, seus investimentos em logística e seu foco na prestação de serviços aos clientes são os pilares da Stampa Pet e Food. jul/ago 2013 36 maiores atacadistas tabela maior.indd 43 www.revistaabastecimento.com.br 43 08.07.13 14:50:23 pesquisa p e s q u i s a Faturamento (R$) rio de janeiro 2012 2011 Zamboni 873.735.167,56 750.308.000,00 Garcia Atacadista 318.886.641,17 296.881.116,11 Xapic Doces 116.698.964,86 103.592.342,00 Vila de Arouca 115.979.943,90 90.013.983,72 3.454.471.000,00 Profarma 3.232.352.000,00 a Profarma fortaleceu sua atuação junto aos clientes médios e pequenos, além de promover seu crescimento em categorias de produtos que ofereçam mais rentabilidade, como as de genéricos e de perfumes. Faturamento (R$) rio grande do norte 2012 2011 CDA Distribuidora 100.225.267,57 88.644.542,89 Casa Norte Atacado 82.805.000,00 74.501.000,00 Atacado Progresso 77.637.885,79 84.052.589,42 Multdia 67.043.452,59 62.996.109,53 Riograndense Distribuidora 245.907.828,67 228.204.859,00 a venda fracionada permite à empresa destinar um menor investimento em estoques, e sua maior variedade de produtos, bem como suas sistemáticas visitas personalizadas fazem parte das ações promovidas pela Riograndense Distribuidora aos seus clientes, informa seu presidente, Dorian Bezerra de Souza Morais. Faturamento (R$) rondônia 2012 Frios Aurora 60.387.639,83 60.717.069,37 M. S. Comercial 48.305.154,97 34.646.473,66 Friocenter 45.980.525,98 34.417.091,58 Friron 41.092.722,00 38.828.086,00 591.632.120,41 Distribuidora Coimbra 2011 562.397.332,69 a Distribuidora Coimbra desenvolveu o Padrão Coimbra, que trabalha com uma infraestrutura moderna e bem equipada, que garante os melhores indicadores de produtividade na área logística. além disso, os produtos são bem armazenados em suas prateleiras para permitir melhor manuseio e evitar avarias até chegarem ao consumidor final. 44 www.revistaabastecimento.com.br 36 maiores atacadistas tabela maior.indd 44 jul/ago 2013 10.07.13 18:20:24 pesquisa p e s q u i s a Faturamento (R$) roraima 2012 2011 Distribuidora Cavalcante 19.499.215,29 23.203.574,03 Fribom 18.967.057,67 18.870.303,43 DAM Distribuidora 10.455.774,00 10.044.280,00 Atacadão Matheus 9.507.494,97 11.554.694,09 25.563.096,70 Parima Distribuidora 23.893.636,48 Investir em merchandising e na equipe de vendas, e distribuir com exclusividade marcas como PepsiCo, Nissin e Bauducco é a receita de sucesso adotada pela Parima Distribuidora em Roraima. Faturamento (R$) rio grande do sul 2012 2011 Oniz Distribuidora 331.147.851,43 281.067.934,20 Unidasul 270.291.389,00 265.748.021,00 Fritz & Frida 200.769.305,00 181.649.485,00 Disjoi 136.098.857,00 118.114.859,00 Dimed 586.400.636,00 580.471.036,00 a empresa Fritz & Frida, do Rio grande do Sul, antenada com as novas tendências, apostou no segmento de marcas próprias e no de food service, informa lauro Carlos Fröhlich, diretor da companhia. Faturamento (R$) santa catarina 2012 Atacado Joinville 195.106.714,00 159.833.017,00 Distribuidora Sardagna 195.000.000,00 146.000.000,00 D.Müller 179.570.715,70 174.656.631,49 Disauto 62.500.000,00 56.249.000,00 296.986.544,11 Oesa 2011 242.078.073,28 a oesa, cujos clientes, em sua maior parte, são proprietários de bares e lanchonetes, e que tem como principal negócio a distribuição de refrigerados, não se descuida de manter seus produtos sob rígidos controles de qualidade. 46 www.revistaabastecimento.com.br 36 maiores atacadistas tabela maior.indd 46 jul/ago 2013 08.07.13 14:50:07 Faturamento (R$) sergipe 2012 2011 Megga 74.148.798,63 62.232.825,48 D. G. M. 70.525.031,10 26.542.111,34 Edivaldo Embalagens 29.619.990,91 26.692.485,67 Embalacenter Distribuidora 25.069.962,19 18.301.147,32 Fasouto 95.491.205,50 82.886.665,00 Manter uma equipe de vendas motivada para atender com excelência 1.500 clientes é o segredo da Edivaldo Embalagens para sustentar seu faturamento no Estado de Sergipe. Faturamento (R$) são paulo 2012 2011 Assaí 5.078.717.879,00 4.288.021.133,00 Tenda Atacado 1.643.730.000,00 1.439.774.000,00 Atacadista Roldão 1.426.436.188,00 1.154.965.256,00 Spani Atacadista 1.093.687.618,00 861.618.200,71 Makro 6.773.494.043,00 6.044.047.073,00 o Makro atacadista se apoia em três pilares para oferecer o que cliente quer: sortimento, precificação e logística, informa gustavo Delamanha, diretor de Marketing da empresa. Faturamento (R$) tocantins 2012 Doces Palmas 55.275.086,56 28.553.539,68 Destaque do Norte 54.530.119,73 52.135.663,54 Saborelle 24.543.866,02 22.064.136,36 Mix Alimentos 17.088.921,46 12.746.008,43 Filho Distribuição 81.224.841,61 2011 66.021.319,10 Expandir o seu raio de atuação, passando a atender em Tocantins, Pará, Maranhão e Bahia, e aumentar seu mix de 900 itens para 1.200 foram as principais medidas tomadas pela Filho Distribuição. jul/ago 2013 36 maiores atacadistas tabela maior.indd 47 www.revistaabastecimento.com.br 47 08.07.13 14:49:59 mercado m e r c a d o Para gente pequena As categorias de produtos infantis devem ser agrupadas e destacadas na loja para atrair tanto as mamães como os pequenos compradores Por Adriana Bruno N ão é à toa que o Brasil vem ganhando destaque mundial quando o assunto é o consumo de produtos de beleza. O País, que é o terceiro maior mercado consumidor de itens de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC), também ocupa a segunda posição na categoria infantis, ou seja, as crianças não deixam por menos e começam desde cedo a escolher suas marcas preferidas de xampus, sabonetes, loções, protetores solares e colônias, entre outros. Além disso, as mamães se preocupam em adquirir produtos que proporcionam bem-estar e cuidados com os seus pequenos. De acordo com o Instituto Euromonitor, o mercado de higiene pessoal infantil (baby e kids) é composto pelas categorias de cuidados com os cabelos, a pele e os efeitos do sol, e de produtos para o banho, fragrâncias, wipes (lenços umedecidos) e cremes antiassaduras, e apresenta crescimento anual da ordem de 15%. De maneira geral, nosso mercado costuma diferenciar as categorias de HPPC infantis em banho e pós-banho. Para Ornella Guzzo, gerente 48 www.revistaabastecimento.com.br infantil2.indd 48 de Toiletries da Kimberly Clark, a melhor maneira de trabalhar com essas categorias consiste em garantir que o mix de produtos esteja completo e que as principais marcas estejam presentes, sem descuidar da exposição. “O ideal é que as marcas sejam expostas de forma blocada e divididas entre produtos para banho e para pós-banho. E também que estejam nas proximidades da categoria de fraldas para que se possa expor a solução completa de cuidados com o bebê”, orienta. Produtos como sabonetes, pomadas, xampus e lenços umedecidos são considerados pelas consumidoras como indispensáveis para a higiene básica da criança. “Porém, apostar nos produtos de pós-banho, como colônias, hidratantes e protetor solar, pode ajudar a shopper a conhecer mais sobre o produto e a comprá-lo, aumentando assim o tíquete médio do varejista”, esclarece Patrícia Gimenes, gerente de Gerenciamento por Categorias da Johnson & Johnson. Ela também recomenda que os varejos de pequeno porte priorizem marcas líderes com portfólios completos em vez de jul/ago 2013 08.07.13 17:04:52 60% do volume de vendas do canal alimentar é importante como vitrine para lançamentos à criança, e que facilite para a a shopper o encontro das marcas de sua confiança e de uma boa variedade de produtos. “A criação de um ‘Cantinho do Bebê’ facilita a rotina de compra da shopper, permitindo-lhe interagir durante mais tempo com a categoria e proporcionando-lhe uma solução de compra mais completa, gerando satisfação da shopper e lealdade à loja e à seção, além de alavancar as vendas por impulso e a compra de produtos incrementais. Recomenda-se trabalhar o layout desse espaço, sinalizando as rotinas com materiais de ambientação e apresentando um mix de produtos adequado, pois a categoria deve ilustrar todo o envolvimento emocional que a mãe tem com a criança”, orienta. Ela também afirma que os produtos da categoria são divididos pelas mães conforme as necessidades de higiene do bebê/criança e o momento de uso. “Por isso, é estratégico colocar os produtos geradores de tráfego, como sabonetes, produtos para cuidados com o cabelo e lenços umedecidos, na extremidade final da exposição, e iniciá-la com produtos de menor penetração e maior valor agregado, como itens para o pós-banho, para aumentar a lucratividade da gôndola”, recomenda. O ideal é sempre expor a solução completa de compra, que contempla todas as categorias, incluindo fraldas, que geram tráfego na loja. “O canal alimentar representa 60% do volume de vendas e também é importante como vitrine para lançamentos. Em virtude disso, recomendamos que a categoria fraldas ocupe sempre um espaço extra, para que a consumidora possa encontrar todas as variáveis de que venha a necessitar”, recomenda Ana Bandle, gerente de Fraldas da Kimberly Clark. Para destacar uma categoria na loja, Ornella Guzzo, executiva da Kimberly Clark no Brasil, recomenda que o varejista disponha de, no mínimo, dois módulos, além de pontos extras e de divulgações em tabloides, que ajudam a aumentar o tíquete médio. “Os festivais de bebê também são boas opções para ativar a categoria como um todo”, completa Ornella Guzzo. dreamstime trabalhar com muitas marcas e poucas opções, visando proporcionar a sensação de loja completa. Gôndolas coloridas pelas próprias embalagens dos produtos, bem sinalizadas, limpas e organizadas por categorias e subcategorias são fundamentais para que a consumidora, seja a mamãe ou a própria criança, sinta-se à vontade para procurar o produto de sua preferência ou mesmo para varrer com os olhos a prateleira a fim de conhecer as novidades, lembrando que tanto os produtos indicados para bebês como os indicados para crianças devem ser agrupados em um mesmo ambiente. Na opinião de Patrícia Gimenes, para se criar uma experiência de compra agradável, recomenda-se que o ambiente da loja seja diferenciado, que reflita a habitual ternura associada ao bebê e jul/ago 2013 infantil2.indd 49 www.revistaabastecimento.com.br 49 08.07.13 17:04:39 mercado m e r c a d o SeparE os produtos por idade • Embalagens com imagens de bebês, “bichinhos” vestindo fraldas ou qualificados com a palavra baby/bebê são caracterizados como produtos para crianças com idades de zero a dois anos. • Produtos com cores mais fortes, formatos diferenciados ou com personagens conhecidos geralmente são destinados a uma idade mais avançada. • Depois, em cada bloco de idade, agrupe os produtos por marca. As marcas devem estar organizadas dentro de cada bloco de acordo com o preço, da mais cara para a mais barata. • Dentro dos grupos de marca, organize os produtos de pós-banho e depois os de banho na seguinte ordem: óleo, loção, colônia, repelente, protetor solar e linhas de produtos para os cabelos. • Dentro de cada variante de produtos para os cabelos, organize por tipo: gel para os cabelos, creme para pentear, condicionador e xampu. • Produtos de embalagens maiores devem ficar expostos antes da mesma variante de embalagem menor conforme o fluxo de pessoas. Separe os sabonetes por formato, líquido e barra, e coloque os sabonetes líquidos acima dos sabonetes em barra. Fonte: Patrícia Gimenes, gerente de Gerenciamento por Categorias e shopper da Johnson & Johnson Recomendamos que a categoria fraldas ocupe sempre um espaço extra para que a consumidora possa encontrar todas as variáveis de que venha a necessitar divulgação Ana Bandle, gerente de Fraldas da Kimberly Clark 50 www.revistaabastecimento.com.br infantil2.indd 50 Se o consumidor brasileiro está cada vez mais exigente com a compra de produtos para o seu uso pessoal, imagine a que nível essa exigência é capaz de chegar quando essa compra está destinada aos seus filhos. No entanto, além de aumentar, ela obedece à tendência pela busca de produtos que ofereçam melhor qualidade e melhor relação custo/benefício. “Cada vez mais, os produtos que proporcionam melhor performance e que tenham maior valor agregado ganham espaço dentro da categoria das fraldas, sendo possível perceber um aumento nas vendas de produtos desse segmento dentro da categoria como um todo”, avalia Rodrigo Padilha, gerente de Marketing da Pampers. Ainda segundo o executivo, um dos principais drivers de compra para os consumidores são esforços promocionais do tipo “leve 3, pague 2” ou “compre isso e, de brinde, ganhe aquilo”. “No caso de supermercados, é preciso acrescentar ‘pontos extras’ por meio de ilhas e displays para aumentar sua visibilidade no canal”, diz. A compra de produtos do universo infantil também é cercada de sentimentos e emoções. Por isso, se a mãe busca o melhor para o seu filho, a criança, por sua vez, quer o produto da moda, estampado pelo seu personagem preferido ou até mesmo pela embalagem que mais lhe atraia. Para estabelecer o mix e até mesmo o processo de gerenciamento dessa categoria, é preciso entender o perfil do consumidor e o seu comportamento durante as compras. Segundo Patrícia Gimenes, a partir desse estudo, é possível construir uma recomendação de exposição e expor um sortimento eficiente de acordo com o foco e a realidade de cada varejo, desenvolvendo oportunidades para melhorar a experiência de compra no ambiente de varejo e tornar o ponto de venda ainda mais rentável. “O mix de produtos deve ser adequado ao perfil do público da loja, e também deve considerar o tamanho do seu estabelecimento. É recomendável focalizar as principais marcas da categoria, privilegiando as extensões de linhas mais completas em detrimento de um grande número de marcas. Isso significa que é preferível ter poucas marcas que atuam em vários segmentos (xampu, condicionador, sabonete, colônia, lavanda, etc.) do que ter muitas marcas, uma em cada segmento diferente. Isso ajudará a transmitir à shopper a sensação de loja completa”, avalia. jul/ago 2013 08.07.13 17:04:21 Template_Anúncio.indd 1 28/06/2013 13:20:39 GERENCIAMENTOPOROCATEGORIAS G E R E N C I A M E N T O P O R C A T E G O R I A S fotolia A Sorrindo de ponta a ponta Mix variado, gôndola organizada e exposição bem feita formam o trio de ações que podem aumentar as vendas de itens de higiene oral no varejo Por Adriana Bruno 52 www.revistaabastecimento.com.br gerenciamento categoria.indd 52 preocupação do brasileiro com a saúde bucal vem transformando o mercado de produtos para higiene oral. Se, antigamente, a cesta de compras da categoria se restringia a escovas e cremes dentais, hoje o cenário é muito diferente. Há cremes indicados para as mais variadas funções e que se encaixam nos diferentes perfis de necessidade que podem existir em uma mesma família, como produtos para dentes sensíveis, para quem busca clareamento dos dentes, para tratar de problemas nas gengivas, itens específicos para crianças e white strips. Também fazem parte dessa mesma cesta os enxaguatórios bucais, os fios dentais e as fitas dentais. Em outras palavras, a família de produtos indicados para higiene oral cresceu muito, e a busca por eles também. Para cada marca, há hoje um bom número de variáveis e a loja precisa conhecer o perfil do consumidor para saber como planejar o mix, atendendo às necessidades do cliente e evitando rupturas na gôndola. Para se ter uma ideia de como o comportamento do consumidor vem mudando o mercado de oral care, basta dizer que o Brasil é o segundo maior mercado de cuidados bucais do planeta, com 9% de participação. Com isso, o País fica atrás apenas dos Estados Unidos, com 16%. A informação é de Renata Assunção, gerente de Marketing da Close Up. Ela também esclarece que o principal responsável pelo faturamento no mercado de higiene bucal são os cremes e os géis dentais. “Em 2010, esses itens responderam por 58,4% do faturamento total do mercado. Os produtos de maior valor agregado, bem como os branqueadores, definem uma vigorosa tendência de consumo. Apesar de esses produtos terem 98% de penetração nos lares brasileiros, ainda há muito espaço para se desenvolver esse mercado, pois o consumo médio do brasileiro ainda está abaixo do aconselhado. De acordo com recomendações das entidades de odontologia, o consumo médio per capita de creme dental deve ser de 12,2 tubos (80 g) por ano. Contudo, nas classes D e E, a média é de 6,2 tubos; na classe C, de 6,9 tubos; e, no topo da pirâmide, ou seja, nas classes A e B, as pessoas consomem apenas 7,3 tubos anualmente”, explica. O consumo ideal é o que permite realizar a escovação três vezes por dia. “Portanto, ainda há espaço para que o volume médio do brasileiro, que chega, no máximo, a duas escovações por dia, venha a jul/ago 2013 08.07.13 17:07:30 aumentar. Esse baixo consumo per capita no Brasil evidencia um grande potencial de crescimento”, completa Renata. A Hypermarcas ressalta que, de acordo com a Abihpec – Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, o segmento de oral care responde por 8,1% de todo o faturamento da indústria brasileira, ou seja, 2,4 bilhões de reais. O crescimento anualizado em valor, nos últimos cinco anos, está na casa dos 8%. Para garantir o sortimento adequado e planejar a organização da gôndola de modo que os olhos do consumidor se sintam atraídos a passear por ela, o varejo precisa de informação e isso é algo que a indústria tem muito a oferecer. “O conselho que damos aos supermercadistas é que usem e abusem da indústria. Temos muita informação e muitas ferramentas que podem ser usadas no varejo em exposição de produtos, mix e visibilidade, e todas essas ferramentas são desenvolvidas por meio de pesquisas sobre o comportamento do consumidor, o ambiente do varejo e o ambiente competitivo, entre outros fatores”, diz Danielle Panissa, diretora de Marketing da Oral-B. Para ela, o gerenciamento por categorias em oral care é essencial para guiar o comprador dentro da categoria, uma vez que a variedade de produtos é muito grande, e isso faz com que o comprador tenha dificuldade para escolher o produto adequado à sua necessidade. “A compra de um produto errado pode fazer com que o consumidor não fique satisfeito e passe a não usar mais a marca ou a fazer compras em outra loja. Além disso, em oral care, é importante que os produtos sejam organizados primeiramente junto com a sua categoria, e, em segundo lugar, distribuindo os produtos da categoria de modo que sua performance e sua qualidade estejam dispostos segundo uma sequência lógica. Além disso, é essencial que as escovas sejam colocadas no checkout e os promopacks recebam destaque em pontos extras”, orienta. Ainda segundo a executiva, é necessário inovar na exposição dos produtos. “Esse é um grande diferencial e torna a experiência de compra mais prazerosa e fácil para o consumidor, e para isso o ideal é que os supermercadistas se informem, solicitem às indústrias dicas sobre as melhores práticas, ferramentas e meios de exposição de produtos e comunicação”, indica. A falta de gerenciamento, muitas vezes em como expor com eficiência • Distribua os produtos por subcategorias, organizando-os na seguinte ordem, no sentido do fluxo do corredor: enxaguatórios bucais, fios dentais, escovas e cremes dentais. • Dê melhor visibilidade para os enxaguatórios e escovas, pois são subcategorias que geram menos lembranças e, por isso, entram com menos frequência no planejamento de compra, mas complementam a cesta da categoria, alavancando a lucratividade da seção. • É recomendável expor os cremes dentais na posição que faz frente ao fim do fluxo (gôndolas inferiores ou no último módulo), pois são geradores de tráfego da categoria. • Dentro de cada subcategoria, separe os produtos por marca, do maior para o menor valor agregado, para impulsionar a compra de itens de maior valor. • Nas subcategorias de enxaguatórios, cremes e fios, dentro de cada marca, separe os produtos que oferecem benefícios – por exemplo, os branqueadores e os cremes que combatem a gengivite – dos itens para uso convencional. Coloque os produtos com benefícios sempre acima, ou antes dos convencionais. • No caso de escovas, separe e privilegie a exposição dos produtos que oferecem tecnologia mais aprimorada e atributos diferenciados. • Coloque as embalagens maiores antes das embalagens menores. Quando houver pouco espaço, agrupe todas as embalagens maiores no local que inicia a exposição da marca. Fonte: Patrícia Gimenes, gerente de Gerenciamento por Categorias e shopper da Johnson & Johnson razão do menor nível de informação sobre a categoria, pode levar o supermercado a cometer erros, como o de oferecer um excessivo número de marcas e variantes, o que fatalmente reduzirá o espaço destinado às marcas de maior giro, aumentando a ocorrência de rupturas. De acordo com Patrícia Gimenes, gerente de Gerenciamento por Categorias e shopper da Johnson & Johnson, outros problemas ocasionados pela falta de GC em oral care são a superexposição de categorias já desenvolvidas, com alta penetração e baixas margens, como a de cremes dentais, o posicionamento incorreto de subcategorias que, se recebessem um destaque adequado, poderiam jul/ago 2013 gerenciamento categoria.indd 53 www.revistaabastecimento.com.br 53 08.07.13 14:47:52 GERENCIAMENTOPOROCATEGORIAS G E R E N C I A M E N T O P O R C A T E G O R I A S divulgação tendência de venda de produtos de maior valor agregado, que têm preços mais altos e, por isso, oferecem mais e melhores benefícios. “As escouma das vas são fabricadas com tecnologia mais aprimorazões que rada, que, por exemplo, permitem a remoção da confirmam a placa ou oferecem multibenefícios, como limtendência para padores de língua e massageadores de gengiva. o aumento Por sua vez, os cremes oferecem cuidados espeda compra cíficos para consumidores cada vez mais exigende produtos tes”, comenta. Uma das razões que confirmam premium a tendência para o aumento da compra de proestá no dutos premium está no crescimento do poder de crescimento consumo do brasileiro, concentrado muito nas do poder de classes D e C. “Isso beneficia a todos: os consuconsumo do midores, que têm acesso a produtos de melhor brasileiro, qualidade e, portanto, que têm uma saúde buconcentrado cal melhor, os varejistas, que têm mais margem muito nas com tais produtos, e as indústrias, que também classes D e C faturam mais”, avalia Panissa. Ainda segundo a Danielle Panissa, executiva da P&G, todas as subcategorias de oral diretora de Marketing care têm potencial de crescimento, mas a que da Oral-B proporciona mais impulso é a de escovas, que tem um crescimento estimado para os próximos gerar incremento de valor nas vendas, como as quatro anos de 56% em valor. Os enxaguatórios bucais, que também tivede fios e enxaguantes, e a ausência de SKUs importantes para o público que frequenta a loja. ram um boom de crescimento nos últimos anos, “Com as informações corretas, o varejista pode continuam ganhando destaque. Segundo Patríexplorar produtos que geram menos lembranças cia Gimenes, em 2012, observou-se um aumende que estão faltando no banheiro do consumi- to da penetração dessa categoria, que chegou a dor (fio dental) ou que são considerados de alta quase 40%. “Isso indica uma construção do háconveniência (embalagens menores) em áreas de bito de uso do enxaguatório bucal, indicada pelo grande fluxo de clientes, como na frente de caixa aumento de sua frequência de uso e pela difusão e ao lado dos próprios checkouts. Em pontas de do conhecimento sobre a importância dos três gôndola e em ilhas, é importante disponibilizar passos: escova, fio dental e enxaguatório”, diz. O pequeno e o médio varejo representam itens de maior valor agregado, como produtos 42% do faturamento da categoria de oral com benefícios especiais e/ou care, segundo relatório da Nielsen. Para embalagens maiores”, orienta. Renata Assunção, uma dificuldade está Gimenes completa afirmando Todas as subcategorias em conseguir levar produtos de maior que o sortimento mínimo que de oral care valor agregado para esses canais e cono pequeno varejista deve oferetêm potencial seguir com que os consumidores façam cer precisa incluir as principais de crescimento, um trade up, ou seja, deixem de commarcas exigidas pelo públicomas a que prar cremes dentais com benefícios báalvo de sua loja, bem como proporciona sicos e escolham por aqueles que ofereopções de médio e baixo preço. mais impulso é cem mais e melhores benefícios à saúde “E para manter o mix atualizaa de escovas, bucal. “Esse tipo de compra já acontece do, é essencial proceder a uma que tem um com muito mais frequência nas farmárevisão periódica do sortimento, crescimento cias, o que as diferencia do pequeno e a fim de introduzir lançamentos estimado para médio varejo. Ali, os consumidores busimportantes e de excluir itens os próximos cam cremes dentais que oferecem mais com baixa performance.” quatro anos de benefícios e estão dispostos a pagar mais Para Danielle Panissa, o mer56% em valor por um produto melhor”, relata. cado está apresentando uma 54 www.revistaabastecimento.com.br gerenciamento categoria.indd 54 jul/ago 2013 08.07.13 17:07:49 Template_Anúncio.indd 1 28/06/2013 13:24:56 estrategia anderosn souza e s t r a t é g i a O preço certo apesar de não ser a única variável a influenciar o poder de decisão do consumidor, este fator ainda é levado em consideração por ele e pode significar a diferença entre um cliente conquistado e outro perdido para a concorrência Por adriana Bruno A política de preços é uma estratégia fundamental, uma estratégia que define o que é a sua empresa, o que ela valoriza e o que ela negligencia, com quem ela quer se relacionar, seu posicionamento de mercado e, é claro, a percepção que os clientes têm dela. Definir essa política com critérios transparentes de valor, benefício e custo é uma das orientações aconselhadas por Mercedes P. Mosquera, proprietária do Madrid Supermercados, localizado em Santa Cecília, São Paulo. “A estratégia de preços precisa, e deve, abrir oportunidades para gerar valores capazes de promover mais satisfação e, portanto, mais vendas. O preço envia uma mensagem a respeito daquilo que a empresa quer e em que ela acredita, levando o cliente a se afastar ou envolvendo-o em um processo de geração de valores. E, ao afirmar uma 56 www.revistaabastecimento.com.br preços.indd 56 Preço é quanto um produto custa, somadas todas as despesas necessárias para se ressarcir, depois da venda, cada envolvido e se manter o negócio geração de valores mais consistente, obtida por meio do preço, também estamos criando mais satisfação, mais fidelidade e maior receita! Tudo isso exige do varejo muito mais do que meras ferramentas contábeis. O varejo deve construir seu preço com base no conhecimento que o consumidor possui ou que deseja atingir, e que pode ser obtido analisando-se a sua reação ao regime de serviços versus preço”, diz. O preço é um dos elementos da proposta de valor de qualquer negócio no varejo, e sua importância varia dependendo da ênfase dada aos outros elementos dessa proposta. É o que diz Rubens Batista, sócio da B2 Partners, consultoria e assessoria para atacado e varejo. “Os outros elementos podem ser, entre outros, o sortimento (a oferta de produtos), o serviço (a qualidade do atendimen- jul/ago 2013 08.07.13 14:46:35 Mercedes Mosquera, do Madrid Supermercados, em São Paulo: custos, demanda e concorrência são as variáveis utilizadas na formação Três abordagens da precificação • Baseada em custos: tem como objetivo principal preservar a lucratividade da empresa, gerando uma margem capaz de cobrir os custos operacionais e o lucro para o empreendedor. • Baseada em percepção de valor: sua preocupação maior é com o próprio cliente, independentemente dos custos dos produtos. • Baseada na concorrência: consiste no empenho em reforçar sua imagem junto aos seus clientes e, em alguns casos, em proteger seu território, evitando perder clientes para a concorrência. Essa abordagem é perigosa, pois pode causar uma “guerra de preços” na qual todos perdem. Fonte: Nelson Alexandre, consultor e diretor da Cooperativa de Ideias to, a rapidez na passagem pelos caixas, e o atendimento nas áreas de padaria, açougue e pratos prontos), a segurança alimentar, e a conveniência (localização/disponibilidade)”, esclarece. Ele também afirma que, atualmente, ocorre uma tendência de fortalecimento do pequeno varejo, que tanto pode ser de vizinhança como pode optar por uma localização privilegiada. “No varejo de vizinhança, o fator preço terá uma importância maior, pois se trata de uma relação continuada e em que a concorrência é outro varejista (‘big box’ ou, também, de vizinhança). No entanto, no outro tipo de loja (com grande tráfego ou situada em local de passagem), o fator preço é de menor importância, pois mostra que se trata de uma relação não continuada e baseada na conveniência”, avalia Batista. jul/ago 2013 preços.indd 57 www.revistaabastecimento.com.br 57 08.07.13 14:46:47 estrategia e s t r a t é g i a Valor é a "percepção" do quanto um produto vale. Envolve o conhecimento do quanto a marca impacta na vida do consumidor. o custo de um produto serve para definir o seu preço mínimo e não qualquer "preço máximo" que se queira atribuir a ele! divulgação Embora o preço não seja a única variável que afeta a decisão dos consumidores, ele continua a ter um peso significativo no processo decisório e, em muitas circunstâncias, é uma variável eliminatória, ou seja, dependendo da percepção que o consumidor venha a ter sobre os preços cobrados por um determinado supermercado, ele não o incluirá como alternativa para realizar suas compras. “Para definir ou remodelar a política de preços da empresa, é preciso, sempre, equilibrar rentabilidade e competitividade. E, para garantir rentabilidade adequada à operação da empresa, é preciso identificar a margem bruta média desejada, tendo-se em vista uma expectativa de receita para o exercício, a qual permitirá a geração de lucro bruto suficiente para cobrir os custos operacionais, bem como os custos de lojas, equipe, e assim por diante, bem O consultor rubens Batista: proposta de valor do negócio divulgação Josiane gomes, consultora de varejo: posicionamento de mercado é importante 58 www.revistaabastecimento.com.br preços.indd 58 como os custos administrativos e financeiros, além de deixar um lucro líquido suficiente para remunerar o capital e o risco do empresário”, orienta Alexandre Horta, sócio-sênior da GS&MD-Gouvêa de Souza. No entanto, segundo Horta, nem sempre é possível aplicar essa “margem” de maneira linear a todas as categorias e produtos, pois haverá o risco de, ao fazê-lo, não se respeitar o princípio da competitividade. “Ainda que a adoção da postura de ser competitivo não signifique oferecer o preço mais baixo em todos os produtos postos à venda no seu supermercado, é importante avaliar o quanto sua oferta permite criar uma imagem de preço justo em relação ao grupo de supermercados que podem ser considerados seus concorrentes diretos (cuidado para não expandir exageradamente esse grupo!). Para tanto, monitorar de maneira sistemática o preço de uma ‘cesta de produtos’ que sejam representativos e que ajudem na formação dessa imagem de preço justo é uma iniciativa fundamental”, completa. A primeira análise para definir o preço consiste em conhecer bem os custos da em- jul/ago 2013 08.07.13 14:47:00 10 dicas para você não Errar 1 Tenha uma estrutura de custos adequada, pois não haverá política de precificação que dê conta de uma estrutura de custos inchada. 2 Seja claro no seu posicionamento. Saiba qual é o público-alvo, quais os diferenciais que você pretende oferecer, quais são seus concorrentes diretos, e como o seu supermercado pretende regular os preços em relação à concorrência. 3 Defina como a estratégia de preço se traduzirá pelas categorias de produtos: quais serão os “produtos de combate", quais serão os que você oferecerá com "preços justos" e quais serão aqueles que você poderá oferecer a um preço mais elevado, pois o consumidor poderá resolver, apenas pela conveniência de completar sua lista de compras, incluir esses itens. 4 De posse de uma estratégia de preços bem definida, estruture o processo de monitoramento de preços, definindo a "cesta de produtos" e a "cesta de concorrentes". Além disso, faça um levantamento da frequência com que cada grupo de produtos deverá ser monitorado (os produtos mais "sensíveis" deverão ser monitorados semanalmente). 5 Defina as regras de alteração de preços em função das informações coletadas, considerando a necessidade de manter a Fontes: Alexandre Horta e Josiane Gomes competitividade, mas evite que os preços se alterem com muita frequência, pois isso acabará confundindo os consumidores mais fiéis e aqueles que são mais observadores da variação e da flutuação dos preços. 6 Crie regras de equilíbrio de preços dentro das linhas de produtos, de tal maneira que, quando ajustar um deles, altere os outros a fim de manter o equilíbrio no âmbito das categorias. 7 Tente entender o que é importante para o seu cliente. Na dúvida, visite a concorrência e identifique as categorias de produtos que mais vendem. Confirme suas conclusões com os vendedores da indústria. 8 Descubra ou escolha o produto ou a categoria que você pode diferenciar em meio a outros sem destaque (e promova essa diferenciação!). 9 Mantenha um relatório atualizado pelo menos a cada três meses. Ele deve conter o preço de venda, a margem objetiva do produto e os volumes vendidos. Isso é um instrumento importante para avaliar oportunidades de aprimoramento da precificação. 10 Não parta do pressuposto de que a precificação é algo estático, pois isso não é verdade. A precificação é um exercício que envolve análise, escolhas, apostas, medição e correção! presa, sejam eles fixos ou variáveis, e também o custo da própria mercadoria, sem se esquecer dos custos com transporte, armazenagem e manuseio, aluguel, folha de pagamento e propaganda. Abrange, enfim, todos os gastos necessários para fazer a loja funcionar. “No fim desse estudo, você obterá o quanto, de fato, custa o produto. A partir daí, você deve colocar a margem de lucro, calculando também qual é o imposto sobre a venda. Nesse momento da precificação, você precisa levar em conta duas informações importantes, que definirão o posicionamento que você quer ter no mercado: 1) você quer que a sua loja sirva a um público seleto, que não faz questão de preço baixo, ou 2) quer que a sua loja seja percebida como um local de preços baixos e de oportunidades de compra. Para os dois casos, é aconselhável que você mapeie a concorrência que oferece os produtos dela dentro do posicionamento que você deseja atribuir às suas faixas de preços para que eles não fiquem muito abaixo nem muito acima dos que você encontrará em sua análise comparativa”, orienta Josiane Gomes, consultora e sócia da Ametista Gestão de Varejo. O Madrid Supermercados adota várias ferramentas para realizar a precificação de seus produtos, as quais envolvem três análises: dos custos, da demanda e da concorrência. “Temos programas que nos permitem visualizar com clareza toda a matemática que engloba a formação e a composição dos custos diretos e indiretos sobre os preços. Sabemos que os objetivos são claros quando determinamos preços e também sabemos segmentar o nosso negócio por meio de uma clara determinação do perfil de nosso cliente e de nossa demanda real”, conta Mercedes. Ela ressalta que toda a metodologia adotada para a formação de preços tem por base a estratégia do negócio, pois entende que precificar não pode ser visto como uma conta do tipo: custo + margem + imposto. “Não consideramos a precificação como um trabalho mecânico, pois o valor não nasce na empresa e nem é propriedade da indústria ou do varejo, uma vez que, sem um cliente que esteja disposto a comprar, não há valor. Valor pressupõe compartilhamento, e partindo desse princípio, melhoramos a linguagem usada para nos comunicarmos com o cliente. E qual é essa linguagem? Ora, é o preço”, finaliza. jul/ago 2013 preços.indd 59 www.revistaabastecimento.com.br 59 08.07.13 14:47:09 negocios n e g ó c i o s Notícias da cadeia de abastecimento Cartaz da Abes: alerta aos varejistas Ação Campanha Antipirataria Alertar sobre os riscos de os varejistas usarem software ilegal em seus estabelecimentos. Este é o objetivo da Abes – Associação Brasileira das Empresas de Software, que ela espera realizar por meio de uma campanha nacional intitulada “Empreendedor Legal”, que a entidade lançou em parceria com outros grupos para informar sobre a importância de as empresas brasileiras passarem a atuar com suas licenças de software legalizadas. Rodrigo Paiva, coordenador do Comitê de Propriedade Intelectual da Abes, ressalta que o uso de software pirata é crime, o qual resulta em reclusão de 1 a 4 anos. “Há também uma multa de até três mil vezes o valor de cada software utilizado ou reproduzido ilegalmente. Por isso, é importante guardar a nota fiscal de compra para comprovar a propriedade e usar o software corretamente”, ressalta. Um estudo divulgado pela BSA (The Software Alliance) divulgou que a pirataria atinge 53% dos software brasileiros. 17 bilhões de reais é o valor da linha de crédito que o governo brasileiro vai conceder para os beneficiários do programa “Minha Casa, Minha Vida” adquirirem móveis e eletrodomésticos. O Grupo Pão de Açúcar, com as bandeiras Casas Bahia, Ponto Frio e Extra Hipermercados, participa da iniciativa. Com o estímulo, a companhia acredita que a medida irá impactar mais de 3,7 milhões de famílias. 60 www.revistaabastecimento.com.br Negocios.indd 60 Serviço Oportunidade esportiva Com o propósito de estimular micro e pequenas empresas e empreendedores individuais a se tornarem mais competitivos com as oportunidades oferecidas pelos megaeventos esportivos, especialmente pela Copa do Mundo de 2014, o Sebrae – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas criou o “Programa Sebrae 2014”. Realizado nas 12 cidades-sede do evento – Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo –, o programa tem base nos nove setores com maior possibilidade de gerar negócios, entre eles o comércio varejista e os setores de turismo e de serviços. As empresas ligadas ao programa também poderão fazer um diagnóstico, chamado Matriz de Competitividade, que lhes mostrará o seu nível de competitividade e fornecerá um plano de desenvolvimento para deixá-las mais preparadas para o mercado. Ideia Programa de benefícios A Acisa – Associação Comercial e Industrial de Santo André, na Grande São Paulo, fechou uma parceria com a Maxximo Fidelidade visando oferecer aos lojistas seu próprio programa de benefícios. O intuito é criar um canal de comunicação com novos consumidores, além de possibilitar ao comércio atuar de maneira adequada e segmentada com o seu público, obtendo informações mais precisas sobre o perfil dos consumidores. De acordo com Eduardo Peres, diretor-comercial de varejo da Maxximo, há parcerias similares em outros municípios brasileiros, como Campinas/SP e Belo Horizonte/MG. “Ao custo de 39,90 reais mensais, o comerciante define o desconto que vai oferecer aos clientes sem mexer em sua margem de lucro. Em contrapartida, deixamos os materiais de PDV, entre outras ações para ajudar na fidelização da clientela”, explica. jul/ago 2013 08.07.13 14:46:04 opiniao o p i n i ã o álvaro furtado, presidente do Sincovaga O domingo e o varejo de alimentos Projetos em várias cidades visam limitar ou proibir as atividades do comércio nesse dia O custo e as dificuldades para contratar que se explica pela necessidade das famílias, e manter mão de obra têm provocado cujos membros trabalham e que só têm o fim no varejo de alimentos muitas discus- de semana para as compras. O fenômeno se sões sobre o trabalho e o funcionamento aos repete na maioria das cidades médias e grandomingos e feriados. Além disso, aqui e ali des do interior, o que ficou comprovado em surgem projetos de lei em câmaras municipais recente reunião em Araras/SP. Os que defendem o fechamento querem que visam limitar as atividades do comércio de alimentos, impondo regras para os domin- que isso seja disciplinado em lei ou que se esgos vinculadas a convenções coletivas obriga- tabeleça regra que impeça o labor dos comertórias com os comerciários, discriminando o ciários nesses 52 dias do ano. Experiências anporte de lojas que podem abrir ou pretenden- teriores mostraram que isso leva à migração do proibir o funcionamento em seus municí- de consumidores de um município que proíbe para outro que não o faz, pios nesses dias. e também que, fechando Há mais de 80 anos, É preciso lembrar a missão as empresas com empreo Sincovaga – Sindicato da empresa comercial: servir gados, as familiares, de do Comércio Varejista a população, de acordo menor porte, abrem e do Estado de São Pau- com as suas necessidades aproveitam para atender lo defende a liberdade para o funcionamento e o trabalho em todos inclusive clientes estranhos. No mundo ideal, seria excelente que ninos dias, tendo como fundamento a defesa da livre iniciativa, além do papel do setor no guém trabalhasse aos domingos. Empresários e comerciários teriam o dia livre para o lazer atendimento das necessidades da população. Em face de projeto de lei enviado à Câma- e o descanso. Entretanto, é preciso lembrar a clara misra Municipal de São Paulo, que visa limitar o funcionamento do comércio aos domingos, são da empresa comercial e de seus colaboraao qual somos contrários, o Sincovaga en- dores: servir a população e estar sintonizada tendeu ser essencial saber a opinião de seus com suas necessidades. É por isso que o Sinrepresentados. A pesquisa mostrou que 88% covaga sente-se ainda mais confortável para dos empresários julgam necessário o trabalho a defesa de seu posicionamento, não só no aos domingos. O levantamento incluiu em- âmbito da sua representação, mas também no que se refere a todo o varejo alimentício brapresas da Capital de todos os portes. O domingo é o terceiro dia de maior mo- sileiro quanto ao funcionamento e trabalho vimento, seguindo o sábado e a sexta-feira, o aos domingos. jul/ago 2013 artigo alvaro.indd 61 www.revistaabastecimento.com.br 61 08.07.13 14:45:42 pontodevista divulgação p o n t o d e v i s t a Por José Carlos Ignácio* Quando a sociedade chega ao fim O planejamento da separação dos sócios também faz parte da gestão da sociedade S e há motivos a cujo respeito os sócios – Mudança de expectativas: se, por qualquer têm dificuldades de comentar e sobre os motivo, os sócios não estão mais sintonizados quais se esquivam a planejar regras, cer- quanto ao que esperam da empresa, as divertamente a separação é um deles. Afinal, é raro gências podem levar ao fim da sociedade. alguém montar uma sociedade, investir tempo, – Desentendimento gerado pela falta de energia e capital e, simultaneamente, levar em discussão anterior: quando não se permanece consideração como a mesma terminará. atento para o diálogo do dia a dia e se deixa que Normalmente, o assunto tende a ficar esque- se acumulem questões mal resolvidas, a soma cido ou a permanecer intacto em um canto qual- dos desentendimentos pode levar à separação. quer. Porém, por mais que os sócios evitem tocar – Esgotamento gerencial: quando um dos no assunto, a experiência tem mostrado que sua sócios gestores não tem condições de aproveitar separação ou o término da sociedade é parte im- as oportunidades da empresa e nem se dispõe a portante do relacionamento e deve ser tratada reciclar, insistindo na repetição do mesmo mocom seriedade e boa dose de planejamento. dus operandi adotado há anos, ocorre também Há vários motivos que o risco óbvio de atritos ou a levam à separação entre Em um sentido abrangente, necessidade de mudanças. sócios. Em um sentido podemos dizer que o – A falta de sucessores e a abrangente, podemos di- momento da separação aposentadoria também pozer que o momento da dem ser fatores cruciais para ocorre quando a sinergia separação ocorre quando a decisão de separação. desaparece ou quando o a sinergia desaparece ou equilíbrio na sociedade quando o equilíbrio na Precauções sociedade deixa de exis- deixa de existir Seja qual for o motivo da tir. É o momento em que separação, vale a pena destanão se consegue mais evitar conflitos por causa de car que as suas regras, tais como valorização da diferenças existentes entre os gestores. participação societária do sócio retirante, condiPara conseguir que uma sociedade seja equili- ções de pagamento, sucessão do cargo e outros brada e sinergética, é necessário trabalhar aspec- temas relacionados, devem estar previstas no tos como complementaridade funcional, planos Acordo de Cotistas ou Acionistas, evitando-se pessoais, plano de negócios, divisão de trabalho, assim a discussão de regras em momento inodivisão do capital, dedicação, estilo gerencial e portuno, ou seja, com o jogo em andamento. uma série de outros fatores que devem ser conRessalto a necessidade de elaboração do Plano ciliados de modo a gerar trabalho coordenado de Separação, o qual deve prever eventos e prazos, a favor de objetivos comuns e prevenção contra tais como transmissão do cargo, comunicado ao conflitos, isto é, equilíbrio e sinergia. público interno (funcionários) e externo (clientes, Por outro lado, quando esses fatores entram fornecedores, bancos e outros) de forma assertiva, em desequilíbrio (por razões variadas), podem provocando um efeito positivo de todo o processe transformar em motivos para a separação ou so e blindando as operações da empresa. a finalização da sociedade. O sintoma pode vir Por tudo isso, nunca se esqueça: o planejapor meio de um conflito interno na imprensa mento da separação dos sócios também faz parou por mudanças no curso da vida pessoal de te da gestão da sociedade. cada sócio. Independentemente do fato gerador, o resultado é a perda parcial de sinergia. Indícios Alguns sintomas são detectáveis e podem indicar uma tendência negativa para a sociedade: 62 www.revistaabastecimento.com.br artigo.indd 62 * José Carlos Ignácio é sócio-fundador da JCI Acquisition, é formado em Administração de Empresas, tem MBA e PósGraduação e é autor do livro Todo relacionamento entre sócios pode ser melhorado, recém-lançado pela Anadarco Editora jul/ago 2013 08.07.13 14:45:24 Template_Anúncio.indd 1 28/06/2013 13:26:55 evento e v e n t o O mundo em um só lugar Segunda edição da Sial Brazil, realizada em São Paulo, reuniu mais de 500 marcas expositoras nacionais e internacionais e recebeu 15 mil visitantes Por andréia Martins O Flávio Lemos, Ceo da Sial Brazil: união entre o mercado nacional e o internacional divulgação consumo de alimentos e de bebidas aumentará neste segundo semestre. É o que sugere uma projeção do Pyxis Consumo, ferramenta do Ibope Inteligência, ao apontar que o brasileiro deverá gastar, até o fim do ano, em média, 1.525,25 reais com alimentação no seu próprio domicílio. Para preparar o empresário varejista, a segunda edição da Sial Brazil reuniu empresas de vários países e teve como principal objetivo a apresentação de pro- 64 www.revistaabastecimento.com.br sial.indd 64 dutos inovadores. O evento aconteceu na última semana de junho e contou com 500 marcas expositoras espalhadas por mais de 20 corredores internacionais. Estima-se que o público visitante chegou à marca de 15 mil profissionais do setor varejista e do de serviços. “A Feira está voltada para os negócios e não tem um conceito apenas institucional. Ela não faz somente imagem, mas constrói parcerias”, afirma Flávio Lemos, CEO manager da Sial Brazil. Novidades marcaram a segunda edição do projeto vindo de Paris, onde é realizado desde 1964. “Devemos destacar a segunda edição da Sial Innovation, com mais de 50 empresas inscritas e 19 premiações aos produtos top em inovação”, diz Lemos. Nesta edição, a La Cuisine by Sial, área criada especialmente para demonstrações de chefs de cozinha, contou com demonstrações da culinária brasileira. “Ela se constituiu em uma proveitosa rodada de negócios e conferências com profissionais renomados, que trouxeram conteúdo ao evento ao falar sobre o desenvolvimento para o mercado de alimentos e bebidas para o setor varejista.” Neste ano, houve um aumento de 100 marcas expositoras em relação a 2012 e, além disso, ocorreu um aprimoramento do programa de inclusão de players importantes da América Latina. O executivo explica que as edições internacionais da Sial têm o mesmo lema, a inovação. “O mercado de alimentos e de bebidas tem de mostrar sempre o novo e as feiras internacionais fazem isso. No Brasil, a marca atrai mais empresas internacionais pelo fato de o mercado nacional ser muito atrativo. Mas temos o objetivo de trazer um número cada vez maior de empresas nacionais, aproveitando esse mercado, essa mútua oferta de produtos e esse movimento de união com o mercado internacional”, comenta Lemos. Durante os quatro dias de eventos, pro- jul/ago 2013 08.07.13 14:44:55 anderson souza dutores mundiais de alimentos congelados e semiprocessados, bebidas, conservas, laticínios, panificação, itens de mercearia, produtos orgânicos, massas, vinhos, distribuídos em linhas gourmet e premium, entre outros itens, puderam estreitar os relacionamentos com o pequeno e médio varejo brasileiro. “É uma feira voltada para esse tipo de comércio e acaba sendo interessante para ele porque realmente as empresas que chegam aqui estão interessadas em conquistar o consumidor brasileiro”, afirma o CEO. Ele também observa que os expositores internacionais já têm um bom relacionamento com supermercados e hipermercados brasileiros, e que por isso, no evento, deu-se um destaque especial ao visitante de pequenas mercearias. “Esse visitante teria de sair do País para buscar produtos inovadores e fontes de informação. A Feira apresentou toda uma grande variedade e um grande número de empresas que puderam atender em um mesmo local a essa expectativa.” Não é apenas o expositor internacional que aproveita a edição brasileira da Feira. Prova disso é a empresa de alimentos congelados Voitila, que dela participa desde a primeira edição, realizada em 2012. A fabricante sempre reserva novidades para o varejo que gosta de trabalhar com itens premium. “Produtos de elaboração mais refinada, não são itens de combate, mas são feitos para quem quer investir mais em alimentos de alto padrão e de melhor qualidade”, diz João Paulo Alves, responsável pelo Feira ampliou presença em 100 novas marcas na edição deste ano setor comercial da empresa. A Kranz, por sua vez, pega carona na salubridade e reforça a importância de seus produtos no ponto de venda. “Sucos com qualidade são comuns na Europa e pretendemos disseminar esse conceito por aqui. Com a fruta in natura, você vai beber a mesma coisa que beberia se estivesse ingerindo a fruta. A relação custo/benefício acaba sendo excelente, pois o consumidor procura um item de alta qualidade e o encontra nas prateleiras”, explica Walter Kranz, gerente-geral do Grupo Kranz, fabricante de sucos à base de maçã, de vinhos e de geleias. prestação de serviços Sem dúvida, o Brasil passa por um processo de adaptação aos próximos eventos de alcance internacional e que ocorrerão em solo nacional, como a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e as Olimpíadas em 2016. Uma série de eventos que chegarão ao País exige adequação do varejo e um preparo maior da qualidade da prestação de serviço. “Nesse caso, os pequenos e médios não serão demandados apenas pela Copa e pelas Olimpíadas. Isso porque, quando você tem um País onde é maior a abertura ao que vem de fora, você reconhecerá que, sem dúvida, essa participação em feiras internacionais, que oferecem informações importantes para o setor, traz uma leitura de opinião do segmento que é extremamente importante para o empresário que sabe absorvê-las para promover o desenvolvimento de seus negócios.” jul/ago 2013 sial.indd 65 www.revistaabastecimento.com.br 65 08.07.13 14:45:03 ponto final p o n t o f i n a l Horácio Balseiro Alta importância Qual a importância do varejo brasileiro para os negócios da empresa? O mercado brasileiro é muito atraente para a companhia, que está crescendo no ritmo de dois dígitos nos últimos anos. Por conta disso, geralmente lançamos nossos produtos primeiro no País e depois expandimos para outros. No início deste ano, apresentamos o barbeador recarregável BIC Flex 4 ao público masculino brasileiro e depois continuamos o trabalho com o restante dos mercados em que a empresa atua. Presente em 160 países, a BIC lança no Brasil suas mais importantes novidades para só depois lançá-las nos outros mercados Por Andréia Martins A o longo dos seus 68 anos, a BIC, fundada em 1945, se tornou sinônimo de produtos da cesta de Bazar. Atualmente, a empresa está presente em diversas categorias, como artigos de papelaria, acendedores, barbeadores, pilhas e colas instantâneas. Com sede mundial na França, a companhia atende mais de 160 países e escolheu o Brasil, onde atua desde 1956, ou seja há 57 anos, para apresentar, em primeira mão, o principal lançamento do ano, o barbeador recarregável masculino BIC Flex 4. “O País tem grande representatividade para a gente. Creio que o modelo tradicional do varejo brasileiro é adequado aos tipos de produtos que vendemos. Por isso, o escolhemos para esse grande lançamento”, afirma Horácio Balseiro, presidente da BIC Brasil. Existe algum canal de vendas mais importante para vocês? O varejo brasileiro é peculiar e está sempre se reformulando. Por exemplo, o atacarejo é um canal de vendas muito local. Em outros países, não tivemos essa apresentação de comércio tão forte. É um mercado com particularidades, como o tradicional, o pequeno varejo e a loja de conveniência, que comportam muito bem a categoria de isqueiros e também a de barbeadores. O varejo em geral é importante para a companhia, que adequa o seu portfólio a cada novo modelo ou formato varejista. ângelo dimitrie De que maneira se realiza a distribuição de produtos? O segredo de toda e qualquer venda é a distribuição uniforme em território nacional dos nossos produtos por intermédio de grandes empresas prestadoras de serviço para esse segmento. Nesse sentido, temos parceiros importantes, atacadistas e distribuidores, que atendem bares, padarias e o pequeno varejo distante. Horácio Balseiro: portfólio adequado ao formato varejista 66 www.revistaabastecimento.com.br ponto finalNOVO.indd 66 Quais deverão ser os resultados da companhia neste ano no Brasil? O ano passado foi muito difícil para a indústria por causa da economia instável. Tínhamos baixas expectativas e crescemos 4,5% no fim dos doze meses, resultado que já esperávamos. Neste ano não será diferente, estimamos apresentar o mesmo crescimento, mas estamos empenhados em inovar e apresentar ao mercado cerca de 30 novos produtos. jul/ago 2013 08.07.13 14:39:01 ARC000211A_AF_An_BoB_20.5x27.5cm.indd 1 3/21/13 3:59 AM Template_Anúncio.indd 1 08/07/2013 18:47:18