anos
Brasil
Presbiteriano
O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial
da Igreja Presbiteriana do Brasil
Ano 55 nº 704 – Julho de 2013
O sistema de governo da IPB
A IPB tem um sistema de governo transparente e
funcional. Todos os membros da Igreja, de certa
forma, participam dele. PÁGINA 13
Mackenzie empossa novo chanceler
Rev. Davi Charles Gomes substitui o Rev. Augustus
Nicodemus Gomes Lopes, que ocupou o cargo por
dez anos. PÁGINA 7
e
s
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Sob
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c
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s
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manif
IBEL
e
O Instituto Bíblico Eduardo Lan
junho. PÁGINA 8
completou 80 anos no dia 2 de
Diante de algumas perguntas sobre as atuais
manifestações realizadas no país, o Rev. Augustus
Nicodemus fala sobre o assunto apresentando
um ponto de vista cristão-reformado. PÁGINA 4
Brasil
Presbiteriano
2
Julho de 2013
EDITORIAL
Brasil
Presbiteriano
A Marcha dos Alienados
V
i a matéria de uma emissora de televisão sobre
a Marcha para Jesus em sua
edição paulistana.
Os “evangélicos” agora
dão ibope, atraem anunciantes, e os repórteres e âncoras demonstram ao relatar o
evento um entusiasmo e uma
alegria quase tão grandes e
espontâneos como os exibidos
durante as coberturas futebolísticas. O enorme número
de participantes é destacado,
bem como o caráter absolutamente pacífico da manifestação. Algumas “rezas”
são colocadas ao alcance dos
microfones. O povo ajoelhado
no asfalto acompanhando a
oração do animador recebe
atenção especial. Para impressionar com o elevado número
de participantes, as câmeras tomam cuidado para não
incluir os buracos no meio da
massa humana.
Alguns manifestantes procuram mais ou menos discretamente aproveitar a onda
de civismo que varreu o país
(ainda varre, quando escrevo
este editorial), mas o viés é
mesmo o do hedonismo neoevangélico: todos curtem “se
dar bem” e é isso que estão
celebrando. As bênçãos cantadas e relatadas não são as
espirituais com que o bendito
Deus e Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo nos tem abençoado nas regiões celestiais
em Cristo. São celebrados
os benefícios de uma viagem segura e tranquila até
à marcha, o elevado número
de participantes e, é claro,
além de outras dádivas bem
temporais, um emprego que
a irmãzinha estava esperando
e para o qual foi chamada –
pasmem os incrédulos – em
pleno sábado!
Essa perspectiva temporal,
porém, não vai além dos respectivos umbigos. Enquanto
as manifestações em todo o
país clamaram pelo fim da
corrupção, a Marcha para
Jesus revelou-se a Marcha
dos Alienados. Entrevistado
pela simpática emissora, um
articulado e controvertido
líder dos peregrinos afirmou
que a Marcha era o meio de
os evangélicos mostrarem
que também são cidadãos
brasileiros.
Esse oportunismo beira
a velhacaria, mas isso não
é tudo. Acaba revelando-se
também uma confissão de que
esses evangélicos praticam o
isolacionismo e a alienação.
Deveriam ser sal da terra e luz
do mundo, mas recusam-se a
misturar-se com a sociedade
que deveriam salgar e acabam
usando a luz de outros faróis
para lhes iluminar o caminho.
Os evangélicos deixaram
Ano 55, nº 703
Junho de 2013
os sindicatos para os marxistas ateus e depois reclamam
que lá só tem... esquerdistas.
Deixaram as sociedades de
amigos do bairro, as associações de pais e mestres, as
reuniões de condomínio, os
partidos políticos e outras
formas de organização civil,
para os incrédulos, para reclamar depois que “lá só tem
incrédulos”. Agora evitam as
manifestações sociais para
organizar sua própria passeata, porque julgam-se muito
melhores do que a sociedade e
não podem se misturar. Como
se a bancada dos “evangélicos” fosse melhor do que
qualquer outra, em Brasília.
Honrando as lições da
Escritura e a herança da
Reforma, os evangélicos históricos e o presbiterianismo
em particular são desafiados
a fazer muito melhor do que
isso.
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Impressão
Folhagráfica
Brasil
Presbiteriano
Julho de 2013
3
ARTIGO
Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem
Leandro de Lima
Q
uem é Jesus Cristo
para você? Com certeza muitos já ouviram esse
tipo de pergunta. É claro que
as pessoas devem dar respostas de acordo com suas
convicções íntimas, mas a
pergunta principal, talvez,
não devesse ser “quem é
Jesus Cristo para mim”, e
sim “Quem é Jesus Cristo
nas Escrituras?”.
Jesus Cristo nas Escrituras é
Deus e é Homem. Verdadeiro
Deus e Verdadeiro Homem
como já dizia o antigo Credo
de Calcedônia (451 d.C.).
A divindade de Jesus
está muito clara no Novo
Testamento, pela aplicação
a Jesus de uma série de atributos que somente podem
ser aplicados a Deus. Jesus
usou expressões para si que
são conotativamente divinas.
Ele disse aos Judeus: “Antes
que Abraão existisse eu sou”
(Jo 8.58). Claramente essa é
uma referência a sua eternidade e somente Deus é eterno. A expressão “eu sou”,
dessa passagem, é um eco
do que Deus disse a Moisés
quando se revelou na sarça
ardente: “Eu sou o que sou”
(Êx 3.14). Outra declaração
surpreendente de Jesus foi:
“Assim como o Pai tem vida
em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si
mesmo” (Jo 5.26). Ele está
falando de uma autonomia
com relação a vida, e só
Deus pode ter isso. Jesus
disse ainda: “Toda autoridade me foi dada no céu e na
terra” (Mt 28.18), o que é
uma referência clara à sua
Onipotência. O mesmo pode
ser dito de sua Onipresença,
pois disse: “Eis que estou
convosco todos os dias até à
consumação do século” (Mt
28.20). Sua Onisciência, por
outro lado, pode ser vista
no fato de que ele conhecia
os pensamentos dos homens
(Mt 9.4; 12.25; 22.18; Lc
5.22; 6.8).
Somente Deus pode ser
adorado. Pedro, Paulo e
anjos recusaram adoração
(At 10.25-26; 14.14-15; Ap
22.8-9), mas Jesus aceitou
e até a incentivou (Jo 13.13;
ver Mt 14.33; Lc 5.8; 24.52;
Jo 4.10; 20.27-29). Dele é
dito em Hebreus 1.6: “...
novamente, ao introduzir o
Primogênito no mundo, diz:
E todos os anjos de Deus o
adorem”. Aquele que deve
ser adorado por anjos não
pode ser um mero homem.
A Escritura diz que diante
dele todo joelho se dobrará
e toda língua confessará que
ele é o Senhor (Fp 2.1011). Durante seu ministério,
várias vezes as pessoas, e
até seus discípulos, tiveram
atitudes de adoração perante
ele e não foram repreendidos (Mt 8.2; 9.18; 15.25;
Mc 5.6; Jo 9.38). Em João
20.28, Tomé reconheceu a
deidade de Jesus, chamandoo de “Senhor meu e Deus
meu”. Jesus não o repreendeu por isso. Ao contrário,
repreendeu sua demora em
reconhecer.
O Novo Testamento claramente chama Jesus de
Deus (theos). Em João 1.12, 18, Jesus é chamado de
o Verbo de Deus. Esses versos dizem que Jesus era o
Verbo (Logos) que desde o
princípio estava com Deus e
era Deus. A tradução “Novo
Mundo” das Testemunhas
de Jeová fez uma pequena
modificação no texto, afirmando que a palavra theos,
no verso primeiro que é aplicada a Jesus, está sem o artigo definido e que, portanto,
pode e deve ser lida como
“um deus”. Desse modo,
as Testemunhas de Jeová
referem-se a Jesus como
um deus menor do que o
Deus Supremo. A posição
dos Testemunhas de Jeová
é idolátrica. Eles crêem em
dois deuses, um maior (o
Pai) e outro menor (o Filho).
O cristianismo crê em apenas um Deus, que subsiste
em três pessoas (Pai, Filho e
Espírito Santo)
Em Romanos 9.5, Jesus
é chamado de “Deus bendito para todo o sempre”.
Em Tito 2.13, a tradução
mais comum do verso é:
“Aguardando a bendita esperança e a manifestação da
glória do nosso grande Deus
e Salvador Cristo Jesus”. Em
Hebreus 1.8-12, o Pai fala
com o Filho e lhe chama
de “Deus”. O mesmo pode
ser visto em 2Pedro 1.1 e
em 1João 5.20, onde Jesus
é chamado de “o verdadeiro
Deus e a vida eterna”.
Jesus é Deus. Mas a Bíblia
também diz que ele é homem.
Isso por sua vez nos conduz
ao maior mistério desta vida.
Por séculos os teólogos têm
debatido acerca do mistério cristológico e não têm
entendido suficientemente a
essência desse Deus que se
fez homem. Essa, porém, é
a essência do cristianismo:
Deus adentrou ao tempo e se
fez um de nós.
O homem Jesus não foi
constituído de uma nova
natureza humana, ele herdou
a natureza humana completa de sua mãe, por isso a
Bíblia diz que é o “nascido
da mulher” (Gl 4.4). Mateus
começa seu Evangelho
com a seguinte declaração:
“Livro da genealogia de
Jesus Cristo, filho de Davi,
filho de Abraão” (Mt 1.1).
Ele não poderia ser descendente de Davi e de Abraão se
tivesse recebido uma natureza inteiramente nova. Ele
possuía a natureza humana
normal e comum, exceto
pela diferença de ter sido
concebido sem pecado, e de
ser igualmente Deus. Jesus
sentia sede, fome, cansaço, tristeza, e muitos outros
tipos de sentimentos, necessidades e limitações que são
próprios de um homem. É
verdade que ele possuía o
poder de fazer o que quisesse
conforme sua divindade lhe
conferia, mas isso não anulava suas condições humanas.
Após os quarenta dias de
jejum no deserto, a Bíblia
simplesmente diz que Jesus
teve fome (Mt 4.2). Durante
sua viagem à Galiléia, João
o descreve como um viajante cansado que se aproxima dum poço com sede (Jo
4.6-8). Em outra ocasião, o
vemos profundamente adormecido na popa da embarcação durante uma tempestade
no mar, o que certamente
denotava esgotamento físico
(Mc 4.36-41). A maior prova
de suas limitações humanas, e que comprovam sua
humanidade, foi sua própria
morte. Ele realmente morreu, tendo padecido dores e
privações humanas antes e
durante a crucificação (Mt
26.38; Jo 19.28).
Quem é Jesus Cristo? O
próprio Senhor fez essa pergunta para seus discípulos
(Mt 16.15). Mateus relata
o que os discípulos responderam: “Uns dizem João
Batista; outros; Elias; e
outros: Jeremias, ou algum
dos profetas” (Mt 16.14). A
dúvida sempre pairou sobre
a verdadeira identidade do
homem de Nazaré. Os mesmos conceitos desencontrados vistos no seu tempo
podem ser vistos hoje, nas
mais diversas áreas da teologia, das ciências naturais ou
dos conceitos populares. A
resposta de Pedro é a única
digna de aprovação: “Tu és
o Cristo o Filho do Deus
vivo” (Mt 16.16). Em seguida Jesus revelou a verdadeira origem daquela resposta:
“Não foi carne ou sangue
quem to revelou, mas meu
Pai que está nos céus” (Mt
16.17). Entender quem é
Jesus não é coisa que se consiga seguindo simplesmente
pistas racionais ou sentimentos pessoais. Entender Jesus
é um milagre concedido
somente ao povo de Deus
por meio das Escrituras.
O Rev. Leandro Antônio
de Lima é membro do
Conselho Editorial do BP.
Brasil
Presbiteriano
4
Julho de 2013
EM PAUTA
Sobre os tumultos e manifestações recentes
Vejo como legítima a participação dos cristãos em
manifestações públicas que sejam ordeiras e pacíficas que não sejam tumultos e que tenham em mente
o bem da sociedade e não somente os privilégios dos
crentes e evangélicos.
Augustus Nicodemus
Lopes
O
s homens escarnecedores alvoroçam a cidade, mas os sábios desviam
a ira (Pv 29.8) Algumas
pessoas têm me perguntado o que acho das manifestações e protestos que
estão ocorrendo em todo o
país. Não me sinto em condição de oferecer uma análise político-social de tudo
isto, mas posso ao menos
tentar entender o assunto
em geral do ponto de vista
cristão-reformado. Para
começar, o Deus Altíssimo
está acima e governa soberanamente, de acordo com
seus propósitos insondáveis, os povos, as nações,
as multidões, as massas. É
esta a mensagem consistente de toda a Escritura.
O Salmo 2 descreve Deus
rindo e zombando das
manifestações das nações,
como se os povos pudessem, com sua fúria e rebelião, frustrar os planos do
Senhor (Sl 2.1-5). Isaias
se refere ao bramido das
nações e dos povos em
grande ira e de como o
Senhor as dispersa como
o vento leva a palha (Is
17.12-13).
Embora as manifestações em São Paulo e
outras cidades sejam contra o governo e não contra
os cristãos, manifestações
populares que geralmente acabavam em tumulto
foram usadas pelos inimigos de Deus para tentar
destruir a Cristo e a igreja
cristã nascente. Contudo,
pela providência soberana de Deus, os resultados
sempre concorreram para
o avanço do evangelho. As
massas em Jerusalém vieram ao palácio de Pilatos
se manifestar contra Jesus
e pedir a sua crucificação,
no que foram atendidos
(Mt 27.202-26). Ao fazer
isto, estavam cumprindo,
sem saber, a mais importante etapa do plano da salvação elaborado por Deus,
que era a morte do Filho de
Deus na cruz pelos pecados de seu povo. Em outra
ocasião, judeus e gentios
se juntaram em Icônio
para uma manifestação
contra ao apóstolo Paulo,
que terminou em tumulto.
O resultado foi que Paulo
saiu de lá e foi evangelizar
Listra e Derbe (At 14.5-7).
Noutra ocasião ele também foi alvo de uma manifestação popular, desta feita
organizada pelos santeiros
de Éfeso, revoltados com
a queda das vendas das
imagens da deusa Diana. O
tumulto acabou envolvendo as autoridades locais.
O resultado da manifestação foi a saída de Paulo
da cidade (At 19.23-40).
Todavia, de lá ele seguiu
para a Macedônia pregando e confirmando as igrejas. Mais tarde, os judeus
de Jerusalém organizaram
um tumulto contra Paulo, pedindo
a sua morte (At
21.27-31 e 22.2229). Mais uma
vez a polícia teve
de intervir. Paulo
escapou porque
era cidadão romano. Mas acabou
sendo
levado
preso para Roma,
cumprindo assim
o plano de Deus
-- foi da prisão em
Roma que Paulo
escreveu várias
das suas cartas:
Efésios,
Colossenses,
Filipenses e Filemon.
Ou seja, por mais que as
manifestações populares
pareçam um poder independente e soberano estão,
todavia, debaixo do governo divino. Por meio delas
Deus realiza seu propósito maior, que é promover a sua glória e o bem
do seu povo, ainda que,
no momento, não percebamos de que forma essas
coisas se materializam na
História.
Outro ponto a lembrar é
que manifestações violentas e tumultos são decorrentes das guerras e con-
tendas que procedem do
coração humano, corrompido pelo pecado. Ainda
que, por causa da graça
comum, existam por vezes
motivos justos para essas
manifestações, tais motivos são frequentemente
misturados com motivações obscuras e impuras
do alguém (Lc 23.19,25).
Protestos liderados por
Teudas e Judas, o galileu,
terminaram com a morte
deles pelos soldados romanos (At 5.36-37). Os líderes judeus viviam com
medo de serem esmagados pelos romanos caso
houvesse entre eles quem
(Tg 4.1-3). Elas expressam
o caos espiritual que há
nos corações sem Deus e
a desordem social e civil
que entrou na sociedade
humana pelo pecado de
Adão e pelo nosso próprio.
Como parte de seu governo sobre o mundo, Deus
por vezes usa as autoridades para reprimir e castigar
os baderneiros. As sedições e tumultos contra o
império romano no período neo-testamentário eram
reprimidos vigorosamente,
como no caso de Barrabás
que havia sido condenado
a morte por causa de liderar uma sedição e ter mata-
liderasse tumultos e protestos (At 19.40). Essas
manifestações e protestos
de judeus insatisfeitos com
o domínio romano tinham
um fundo escatológico,
decorrente de uma interpretação popular e equivocada quanto à natureza do
Reino de Deus. Por fim,
lembremos que as autoridades foram constituídas
por Deus. Conforme Paulo
nos ensina, elas são ministros de Deus para proteger os bons, castigar os
maus e promover o bem da
sociedade. Por isso, devem
ser respeitadas, temidas
e a elas devemos pagar
Brasil
Presbiteriano
Julho de 2013
5
www.ipbriopreto.org.br/efr
impostos.
A palavra que Paulo usa
para se referir à autoridade como “ministros”
de Deus é a palavra “diáconos”, bem conhecida
dos cristãos (Rm 13.1-7).
Pedro vai nessa mesma
linha (1Pe 2.13-14). Isso
não significa que devamos,
como cristãos, obediência
absoluta ao Estado. Nossa
consciência está cativa à
Palavra de Deus como instância última. Em casos
de conflito -- quando o
Estado exige de mim aquilo que a Palavra de Deus
proíbe -- devo obedecer a
Deus e não aos homens.
Pois ao colocar-se contra
os valores e princípios de
Deus, o Estado corrompe
seu papel dado por Deus
e suas leis são meras leis
“humanas” em contraste
com as divinas. Em casos
assim, cabe aos cristãos o
uso dos meios legítimos
para discordar, avisar e
alertar o Estado e, finalmente, estar prontos para
sofrer as consequências da
desobediência à estas leis,
como os primeiros cristãos fizeram ao recusarse a adorar o Imperador,
culto oficial e obrigatório
do império romano.
Diante do exposto acima,
imagino algumas conclusões práticas. Primeira,
não devemos jamais
temer o tumulto das massas -- Deus está no controle. Essa é a confiança
dos servos do Altíssimo.
Embora tumultos populares organizados tenham
sido sempre seja uma arma
dos inimigos do povo de
Deus para destruir a Igreja,
lembremos que Deus sempre reverteu o propósito
maligno em favor do seu
povo. Segundo, vejo como
legítima a participação
dos cristãos em manifestações públicas que sejam
ordeiras e pacíficas, que
não sejam tumultos e que
tenham em mente o bem
da sociedade e não somente os privilégios dos crentes e evangélicos.
Não faz sentido as igrejas se organizarem em passeatas e manifestações e
marchas para reivindicar
privilégios para os crentes.
Estas manifestações são
civis, expressões sociais e
não um culto. Por exemplo, ao protestarmos contra a aprovação da lei da
homofobia devemos fazêlo essencialmente porque
se trata de uma violação da
Constituição que garante
a todos -- e não somente
aos crentes -- o direito de
consciência e de expressão. Terceiro, não custa
lembrar que a maneira da
igreja influenciar e mudar
a sociedade é fundamentalmente pela pregação
do evangelho de Cristo,
chamando governantes e
governados ao arrependimento de seus pecados e
conversão, pela fé, a Jesus
Cristo. Não somente isto,
pelo procedimento e pelo
exemplo os cristãos se tornam sal e luz do mundo,
quando suas obras de
amor, arrependimento e fé
são vistas pelos incrédulos
(Mt 5.14-16).
O Rev. Augustus Nicodemus Gomes
Lopes é pastor presbteriano e membro
da APECOM.
São José do Rio Preto/SP
28 a 30 de agosto
Local: Igreja Presbiteriana Central de Rio Preto
Informações: Rua Prudente de Moraes, 2664
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Rev. Davi Charles Gomes
(Centro Presbiteriano de
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Rev. Misael B. Nascimento
(IPB Rio Preto)
Brasil
Presbiteriano
6
Julho de 2013
ARTIGO
O testemunho dos santos
João Neves Pereira
Q
uero
parabenizar
o Rev. Ageu Cirilo
de Magalhães pelo artigo
no mês maio: “Dez motivos para não participar
da Marcha para Jesus”.
Quando leio esse texto
lembro-me do famoso epigrama atribuído a um certo
Rupert Meldenius e citado
por Richard Baxter: “Em
coisas essenciais, unidade;
nas não-essenciais, liberdade; em todas as coisas,
caridade”.
Em recente encontro
com pastores e presbíteros do estado do Paraná,
realizado na cidade do
Turvo no dia 07 de junho
do corrente ano, tratouse dos seguintes tópicos:
1. Dízimo ao Supremo
Concílio 2.
Plantação
de igrejas 3. Unidade
teológica 4. Visibilidade
da igreja. Em palavra
oportuna, o Rev Roberto
Brasileiro manifestou que
a IPB tem sido firme em
mostrar sua posição, diante
dos temas mais conflitantes no presente momento da sociedade brasileira. Foi um tempo especial
de congraçamento entre
as lideranças das igrejas
paranaenses ali representadas. Dali nos retiramos e
segundo a palavra do vicepresidente do Supremo
Concílio, Rev Juarez
Marcondes Filho, aguardamos a “Carta do Paraná”,
como resumo e resultado
dos debates naquele local.
Como enfatiza em seu
texto,
“Cristianismo
Equilibrado”,
John
Stott diz que: “Estamos,
(...) separados uns dos
outros temporariamente.
Contudo, esquecemo-nos,
às vezes, de que Deus ama
a diversidade e tem criado
uma rica profusão de tipos
humanos, temperamentos
e personalidades. Além
disso, o nosso temperamento tem mais influência
na nossa teologia do que
geralmente imaginamos
ou admitimos. Embora
a nossa compreensão da
verdade bíblica dependa
da iluminação do Espírito
Santo, ela é inevitavelmente colorida pelo tipo
“Estamos, separados
uns dos outros temporariamente. Contudo, esquecemonos, às vezes, de que
Deus ama a diversidade e tem criado
uma rica profusão
de tipos humanos,
temperamentos e
personalidades”
de pessoa que somos, pela
época na qual vivemos e
pela cultura a que pertencemos. Alguns de nós, por
disposição e formação,
são mais intelectuais que
emocionais; outros, mais
emocionais que intelectuais. Repetindo, a disposição mental de muitos é
conservadora (detestam
mudanças e sentem-se
ameaçados),
enquanto
outros são, por natureza,
rebeldes à tradição (o que
eles detestam é monotonia,
considerando mudança
como algo próprio de sua
natureza). Questões como
essas surgem de diferenças
temperamentais básicas.
Porém, não devemos permitir que o nosso temperamento nos controle. Pelo
contrário, devemos deixar
que as Escrituras julguem
nossas inclinações naturais
de temperamento. Caso
contrário, acabaremos por
perder o nosso equilíbrio
cristão”.
Nesse sentido, reputo
como acertiva a iniciativa do texto do Rev. Ageu
Cirilo, acerca da manifestação “Marcha para Jesus”.
Penso até, que alguns que
não participam da tal marcha, se sintam um tanto
culpados, quando não participam de manifestações
desse nível. Contudo, se
assim acontece, devemos
reconhecer que temos nos
eximido da responsabilidade de lembrar ao povo
que por trás desse “movimento” está um esquema
de corrupção e motivação
política.
Algo sabido também é
que ele visa criar um espaço de promoção de artistas
do chamado mercado gospel. E há alguns que a definem como uma manifestação de fé do povo evangélico brasileiro, o que nos
lembra parte duma canção
popular que enfatizava o
que muitas vezes temos
diante de nós: “a arte de
viver da fé, só não se sabe
fé em que!”
Enquanto escrevo, lembro-me de um comentário
postado abaixo do vídeo
em que Marina Silva faz
seus comentários sobre os
protestos em São Paulo.
Um internauta comenta: “uma reflexão para a
igreja poderia ser: Quais
são as causas que estamos
abraçando e quais as que
realmente estão levando
as pessoas às ruas. Quem
são nossos “inimigos” que
fazem líderes carismáticos
reunirem 70.000 pessoas
e quais são as causas que
enchem as ruas com muito
mais gente do que isso?
Qual é nossa agenda?”
Acerca de eventos que
visam mobilizar um grande número de irmãos, precisamos lembrar o que nos
diz o apóstolo Judas em
sua carta no v. 4: “certos
homens, cuja condenação
já estava sentenciada há
muito tempo, infiltraramse dissimuladamente no
meio de vocês. Estes são
ímpios, e transformam a
graça de nosso Deus em
libertinagem e negam
Jesus Cristo, nosso único
Soberano e Senhor”.
Sei que alguns poderiam
se apressar, e citar o final
do verso 3 de Judas que
nos exorta a “batalhar, diligentemente, pela fé que
uma vez por todas
foi entregue aos
santos”.
Contudo, é preciso esclarecer que o testemunho dos
santos, mencionado por
Judas na segunda parte do
v.3, inicia com o vocábulo “Paracalon”, cuja
tradução é exortar, ganha
na língua original sentido
um pouco mais enfático,
ou seja: exortar é rogar,
encorajar. A expressão
era comumente usada em
discursos de líderes para
encorajar soldados que ao
mesmo tempo viam-se na
necessidade de encorajarse mutuamente.
“O encontro com
Cristo produz
mudanças no
comportamento, na
ética, na maneira de
ver o mundo. Fora
de Cristo, não existe
esperança para este
mundo”
Assim, em sua carta,
Judas é o líder que encoraja
os cristãos a viver pela “fé
batalhadora”. A linguagem
empregada aqui tem como
pano de fundo o Império
Romano que dominava a
Europa, Ásia Menor e o
Oriente Médio, e o vocábulo grego marturia é o
contexto da fé batalhadora,
diferente das motivações
que estão por trás dos idealizadores da tal marcha,
camuflada de farra gospel.
Para Judas, batalhar pela
Brasil
Presbiteriano
Julho de 2013
7
CERIMÔNIA
Mackenzie empossa novo chanceler
fé significa viver e testemunhar dando, se preciso
for, a vida pela causa. Com
isso, finalizamos com uma
das exortações de Jesus no
sentido de que devemos
ser sal e luz... Mas é certo
que isso não será por meio
da “marcha para Jesus”.
Assim, creio que é mais do
que necessário e urgente
que todos os cristãos comprometidos com a Palavra
de Deus recobrem o sentido da missão que nos foi
dada por Cristo. “Pregai o
evangelho”, disse ele.
Quando pessoas como
Zaqueu, a mulher samaritana, o centurião romano têm um encontro real
e verdadeiro com Cristo,
suas vidas são transformadas, seus valores são
mudados. O encontro com
Cristo produz mudanças
no comportamento, na
ética, na maneira de ver
o mundo. Fora de Cristo,
não existe esperança para
este mundo. Por isso,
fica para nós o desafio de
vivermos os valores de
Cristo de modo prático: no
trabalho sejamos honestos, em casa sejamos respeitosos, amáveis com os
vizinhos. Usemos bem as
portas abertas para testemunharmos que Cristo é o
Senhor e Salvador de todos
quantos se acheguem a ele.
Segundo a Escritura, “não
existe nenhum outro nome,
dado entre os homens, pelo
qual importa que sejamos
salvos”.
O Rev. João Neves Pereira é pastor
da IP em Tamarana, PR
N
o dia 3 de junho
de 2013 aconteceu no Auditório da
Escola Americana, do
campus Higienópolis da
Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), a
posse do novo Chanceler,
Rev. Davi Charles Gomes.
O Rev. Davi substitui o
Rev. Augustus Nicodemus
Gomes Lopes, que durante
dez anos foi o Chanceler.
O Rev. Augustus, que
agora está nos Estados
Unidos, fazendo o pósdoutorado na área de Novo
Testamento no Westminster
Theological Seminary, na
Filadélfia, declarou que
seu trabalho na chancelaria colaborou para a forte
implementação da confessionalidade na UPM, por
meio das devocionais nos
eventos, da distribuição da
literatura religiosa, da ocupação de espaço na televisão, etc.
Para o reitor da UPM,
Dr. Benedito Guimarães
Aguiar Neto, o trabalho do
Rev. Augustus foi muito
relevante. “Com ele pudemos expressar aquilo que
somos, o que fazemos e
a nossa preocupação em
exprimir todos os atos e
ações cristãos”. Ele ainda
completou dizendo que “o
trabalho do chanceler é progressivo e contínuo e, com
a capacidade e experiência
do reverendo David, será
muito bem executado “.
O novo chanceler,
Davi Charles, explica
Fotos: Wilson Camargo
O ex-chanceler, Augustus Nicodemus Gomes Lopes, dando posse
ao novo chanceler, Davi Charles Gomes
O chanceler com o presidente do Instituto Presbiteriano
Mackenzie, Mauricio Melo de Meneses
Chanceler com o reitor da Universidade Presbiteriana
Mackenzie, Benedito Guimarães Aguiar Neto
que “além de poder ser
um instrumento da graça
de Deus, quero manter o
bom relacionamento entre
a Igreja Presbiteriana e a
Universidade Presbite-riana
Mackenzie”.
Ao transferir o cargo,
Augustus
Nicodemus
salientou que Davi Charles
é uma pessoa extremamente preparada na sua
formação.”Seu doutorado
em teologia e sua experiência adquirida nos cargos
que já ocupou o habilitam a
assumir a chancelaria. Não
poderíamos ter um melhor
nome para preencher essa
vaga”, concluiu.
Em uma carta de agradecimento, o Rev. Augustus
ainda falou sobre os quase
dez anos de trabalho: “Em
13 de outubro de 2003,
quando eu era membro do
Conselho de Curadores do
Mackenzie por nomeação
do Supremo Concílio da IPB
2002, fui designado para
a honrosa função de décimo segundo Chanceler da
Universidade Presbiteriana
Mackenzie. São passados
agora quase dez anos de
muitas lutas, vitórias, acertos e erros. Apesar destes
últimos, acredito ter cumprido a missão que me foi
dada pela IPB, pelo que
agradeço o apoio que recebi
da IPB, do Mackenzie e de
todos com quem tive o privilégio de trabalhar”.
Informações:
Assessoria de Imprensa da UPM
Brasil
Presbiteriano
8
Julho de 2013
IBEL
Procura apresentar-te a Deus
José Carlos Piacente Júnior
A
história do Instituto
Bíblico Eduardo Lane
está associada às missões
norte-americanas enviadas
ao Brasil -- Missão Oeste
do Brasil. Os primeiros
missionários que alcançaram a cidade de Patrocínio/
MG foram o Rev. James
Robertson e D. Jessie
Woodson, em 1925. O Rev.
Robertson e sua esposa
foram os idealizadores de
um curso bíblico para a formação de obreiros. Na ocasião, o casal emprestou as
dependências de sua residência para receber os alunos. Logo colheram seus
frutos. Obtiveram êxito
na preparação e formação
de dois obreiros: Divino
José de Oliveira e Manoel
Antônio Coelho, os primeiros alunos do futuro IBEL.
Não muito tempo depois, o
Rev. Woodson e sua esposa foram transferidos para
Araguari/MG e em seu
lugar ficaram o Rev. Alva e
D. Kate Hardie. No entanto,
a consolidação do Instituto
Bíblico ocorreu sob a direção do Rev. Eduardo e D.
Mary Cook Lane, no ano
de 1933.
O casal Lane demonstrava empenho e capacitação
na formação educacional e
teológica dos alunos. Ao
mesmo tempo, tinha uma
ampla visão do trabalho
missionário. Porém, a piedade se destacava na vida
e no trabalho de ambos.
Certamente, o testemunho,
a sabedoria e o esforço do
casal Lane foram de úteis
nos propósitos de Deus
para o IBEL. De fato, logo
o IBEL começou a desempenhar influência sobre
a cidade de Patrocínio e
região, levando o evangelho aos lugares mais distantes. Desde o nascimento
do Instituto Bíblico, o propósito e motivação sempre visaram à capacitação
teológica e pessoal de seus
obreiros, para a abertura e
expansão de campos missionários inalcançados e
longínquos.
Certamente, os fundadores do IBEL não trabalharam sozinhos. Uma figura
marcante e de dedicação
sem igual foi Miss Frances
Hesser. Ela serviu incansavelmente por 40 anos,
até a sua aposentadoria
em 1973. Quem a conheceu relata a sua humildade, simplicidade e fé fer-
vorosa. Qualidades cristãs
que foram agregadas à sua
capacidade única com respeito à educação religiosa.
Também, recordamos dos
labores profícuos de Rev.
George e D. Hazel Hurst,
Rev. Donald e D. Geraldina
Kaller, Rev. Joseph e D.
Helen Martin, Rev. Olson
e D. Jean Pemberton
entre tantos outros, bem
como o atual diretor, Rev.
Roberto Brasileiro Silva
e D. Solange Tambelini
Brasileiro, que assumiu
a direção do IBEL há 25
anos, em 1988. Ademais, as
atividades do Rev. Roberto
no IBEL somam 38 anos.
A história do IBEL alcançou um marco memorável
em 2013, ao completar
80 anos, em 02 de junho,
dia do aniversário de Miss
Frances Hesser. Por isso,
parabenizamos a todos que
compõem o corpo docente e discente, assim como
Palestra durante a comemoração com o Dr. Pérsio
Culto de ação de graças 80 IBEL
seus diretores e funcionários. Agradecemos a Deus
por sua bondade e misericórdia. Tendo em vista essa
data marcante, cultos de
gratidão a Deus e solenidades foram realizados entre
maio e junho de 2013.
As comemorações dos 80
anos do IBEL iniciaramse com as conferências e
devocionais da Semana
Teológica Miss Francis
Hesser, entre 28 de maio
e 02 de junho de 2013. Na
ocasião, alunos de outrora foram convidados para
palestras e mensagens, entre
eles o Rev. Carlito Pereira
da Silva e sua esposa Maria
Madalena Silva, o Rev.
Lúcio dos Reis Oliveira e
o Rev. Edgar Gonçalves
das Chagas, presidente do
Sínodo Triângulo Mineiro.
Além desses convidados,
contamos com as palestras do Dr. Pérsio Ribeiro
Gomes de Deus.
O momento mais esperado foi o culto de ações
de graças e solenidades
de aniversário, os quais
aconteceram no dia 1º de
junho, às 10h30, na Igreja
Presbiteriana de Patrocínio,
tendo como pregador o
Rev. Edgar, presidente do
Conselho Deliberativo do
IBEL. O Rev. Edgar, por
fim, foi o mensageiro da
Palavra no domingo, dia 02
de junho, na IP do Bairro
Constantino, por ocasião
do culto de gratidão a Deus
Brasil
Presbiteriano
Julho de 2013
9
como obreiro aprovado...
e as celebrações de encerramento do aniversário do
IBEL. Na mesma ocasião,
agradecemos a Deus pelo
aniversário 62 anos do Rev.
Roberto Brasileiro Silva.
As solenidades e cultos foram inesquecíveis.
Contamos com as participações do coral do IBEL,
a leitura de mensagens de
felicitações enviadas por
irmãos na fé, brasileiros
e estrangeiros, com a presença de nossos preciosos
irmãos e irmãs. No culto
de aniversário, fomos honrados como a presença
marcante dos familiares do
Dr. Eduardo Lane, representados por seu filho John
Lane e sua neta Mary Lane,
professora do IBEL no
departamento de Educação
Infantil. Também, contamos com a presença de
representantes de diversos segmentos da Igreja
Presbiteriana do Brasil, que
vieram acompanhados de
familiares e amigos.
Os 80 anos de uma
Instituição de ensino religioso proclamam a história
vitoriosa do evangelho de
Jesus Cristo. É fato que
o IBEL dispõe da instrumentalidade de homens
e mulheres abnegados,
corajosos e leais. Assim,
na mesma ocasião em que
celebramos o seu octogésimo aniversário, reconhecemos o esforço dos servos
de Cristo que, tendo posto a
mão no arado, jamais olharam para trás (Lc 9.62). Na
verdade, é uma história cer-
cada de homens e mulheres
a serviço do reino de Deus.
Evidentemente, os nossos alunos escreveram essa
história memorável conosco. Nesses 80 anos, mais
de 1.500 obreiros formamse evangelistas. Além de
outros tantos, inumeráveis,
que cursaram um período ou dois no IBEL, e
os milhares de alunos que
participaram do CEIBEL -Curso Bíblico por Extensão
e por Correspondência --
tem como única meta servir, honrar e glorificar a
Deus, e fazer isso por meio
da preparação de obreiros.
Para tanto, seu lema é formar obreiros que sejam
aprovados no caráter cristão e no manuseio fiel da
Palavra da verdade (2Tm
2.15). Homens e mulheres
que não se envergonham
do testemunho de Cristo.
Capazes de plantar e fazer
multiplicar a igreja de
Cristo, bem como alcan-
Fachada do Instituto Bíblico Eduardo Lane
desde o seu surgimento
em 1969. No entanto, sem
Cristo nada podemos fazer
(Jo 15. 5). Por conseguinte,
se vivemos e nos movemos
é “porque dele, e por meio
dele, e para ele são todas as
coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!”
(Rm. 11. 36)
Aliás, quem conhece o
IBEL logo descobre que a
sua longa existência está
atrelada às marcas indeléveis de viver e praticar o
evangelho com simplicidade e piedade. O IBEL
çar campos missionários no
Brasil e no exterior.
Por isso, os traços fundamentais do IBEL são o
zelo pela sã doutrina do
evangelho, a simplicidade no modo de viver e a
formação integral de seus
alunos. Guarnecido com
a teologia reformada e a
tradição calvinista, e cônscio da identidade presbiteriana, o IBEL contribui
para equipar os discípulos
de Cristo. Devido ao seu
currículo, o IBEL capacita obreiros para todas as
faixas etárias. Com efeito,
são servos que conhecem
e atuam em todos os seguimentos da igreja de Cristo.
Na verdade, o seu regime
de internato e acompanhamento pastoral favorece o
largo contato dos alunos
com pastores experientes,
com a igreja e seu trabalho
prático. Da mesma forma,
seu currículo integra aprimoramento em música
sacra, línguas originais
e departamento infantil.
Enfim, tal formação prática, integral e intensiva faz
do IBEL uma Instituição
diferenciada.
Agora, ao completar 80
anos, podemos afirmar que
a história do IBEL ainda
não está completa. Seus
diretores, professores e
funcionários têm a plena
convicção de que “a seara é
grande, mas os trabalhadores são poucos” (Lc 10. 2).
Há muito a fazer! Ainda há
muito para colher. Por isso,
contamos com as orações e
o apoio daqueles que, juntamente com Paulo, ainda
afirmam: “Se anuncio o
evangelho, não tenho de
que me gloriar, pois sobre
mim pesa essa obrigação;
porque ai de mim se não
pregar o evangelho!” (1Co
9. 16).
José Carlos Piacente Júnior
é Pastor auxiliar da IP do Bairro
Constantino e
Professor do IBEL
Brasil
Presbiteriano
10
MÊS DE JULHO NA
Rev. Alderi Souza de Matos, historiador da IPB
2
1
● Organização da IP
de Curitiba, pelo Rev.
George Anderson
Landes (1888).
● Falecimento do
Rev. John Merrill Kyle,
fundador da IP de Nova
Friburgo (1918).
4
3
● Ordenação do Rev. Delfino dos Anjos
Teixeira (1841-1895), pelo antigo “Presbitério
de São Paulo”, da PCUS; pastor em Mogi-Mirim
e outros pontos da Mogiana (1882).
● Lançamento da pedra
fundamental do Internato
Masculino da Escola
Americana, em São Paulo;
a data foi sugerida por
Rui Barbosa, por ser
o dia da independência
americana (1885).
● Falecimento do
ex-padre Francisco
Rodrigues dos
Santos Saraiva,
famoso latinista
e professor do
Mackenzie College;
pai do presbítero
Eliézer dos Santos
Saraiva (1900).
● Última edição
do jornal pioneiro
Imprensa
Evangélica,
criado pelo Rev.
Ashbel Simonton
e alguns colegas
em 1864 (1892).
● Fundação da
Associação Cristã de Moços
(ACM) do Rio de Janeiro,
a primeira do país, pelo
presbiteriano Myron August
Clark (1893).
● Organização da IP de Paracatu (MG), pelos
Revs. Álvaro Reis e Caetano Nogueira Júnior,
do Presbitério de Minas (1893)
11
12
● Rev. Ashbel Green
Simonton lê o seu último
relatório pastoral, na 3ª
reunião do Presbitério do
Rio de Janeiro (1867).
● Falecimento do colportor
Bartolomeu Reviglio, em Lençóis
(SP); primeiro crente italiano a
fazer profissão de fé em São
Paulo, em 1867 (1901).
19
● Falecimento do Rev.
Edward Epes Lane, filho do
pioneiro Edward Lane e pai
do Dr. Eduardo Lane (1962).
● Organização da IP de
Londrina, Paraná (1936).
Julho de 2013
20
● Ordenação
do Rev. Modesto
Perestrello Barros
de Carvalhosa,
pelo Presbitério do
Rio de Janeiro; 2º
ministro ordenado
pela IPB (1871).
13
● Ordenação do Rev. Constâncio
Homero Omegna (1877-1927), em
Botucatu, pelo Presbitério Oeste de
São Paulo; grande educador, poeta e
músico (1902)
● Organização da IP
de Guareí (SP), pelo
Rev. Antônio Pedro de
Cerqueira Leite (1882).
● Organização da
IP de Palmares, em
Pernambuco, pelos
Revs. George Henderlite,
Martinho de Oliveira e
o presbítero Benjamim
Marinho (1903).
● Ordenação do Rev. Salomão Barbosa Ferraz, na
capital paulista, pelo Presbitério de São Paulo; mais tarde
tornou-se ministro episcopal e bispo católico (1902).
● Ordenação dos Revs. Baldomero Esteves Garcia e
Henrique Louro de Carvalho, pelo Presbitério do Rio de
Janeiro, na antiga capital federal (1902).
21
● George Whitehill
Chamberlain chega ao
Rio de Janeiro em caráter
particular, trazendo carta de
recomendação para o Rev.
Alexander Blackford (1862).
● Lançamento da
pedra fundamental do
Hospital Samaritano,
em São Paulo (1892).
● Ordenação dos Revs.
Manoel Alfredo Guimarães e
Martinho de Oliveira, na capital
da Paraíba, pelo Presbitério de
Pernambuco (1896)
● Ordenação do Rev.
Ernesto Luiz de Oliveira, em
Mogi-Mirim, pelo Presbitério de
Minas; um dos fundadores da
IPI (1901).
25
● Rev. Alexander
L. Blackford e sua
esposa Elizabeth
Simonton chegam
ao Rio de Janeiro
após demorada e
perigosa viagem
de navio (1860).
26
● Ordenação do Rev.
Júlio Sanguinetti, na
capital paulista, pelo
Presbitério de São
Paulo; último ministro
ordenado antes do cisma
presbiteriano (1903).
Brasil
Presbiteriano
Julho de 2013
11
HISTÓRIA DA IPB
7
● Licenciado Matatias
Gomes dos Santos chega
a Alto Jequitibá (MG);
primeiro obreiro presbiteriano
no leste de Minas (1901).
● Organização da IP de
Botafogo, no Rio de Janeiro
(1906).
● Falecimento do Rev.
Samuel Rhea Gammon, em
Barra Mansa-RJ; fundador
do Instituto Evangélico de
Lavras (1928).
● Eleição dos primeiros
presbíteros da IP do Rio
de Janeiro (e da IPB) –
William Richard Esher
e Pedro Perestrello da
Câmara; foram ordenados
dois dias depois (1866).
● Ordenação do Rev.
Francisco Lotufo, pelo
Presbitério de São Paulo;
pastor por muitos anos em
Botucatu (1896).
● Lançamento da pedra
fundamental do Seminário
Presbiteriano na Rua Maranhão,
em São Paulo (1898).
● Falecimento do Rev. Franklin
do Nascimento, no Rio de Janeiro,
um dos fundadores de O Puritano
(1919)
15
● Lançamento da pedra
fundamental do Hospital
Evangélico do Rio de
Janeiro; foi construído
pelo comendador Antônio
Jannuzzi (1896).
10
● George Whitehill Chamberlain é
ordenado na 2ª reunião do Presbitério
do Rio de Janeiro, na capital do
império (1866).
● Organização inicial
da IP de Campinas pelos
Revs. Edward Lane e
George Nash Morton,
da Igreja do Sul – PCUS
(1870).
● Organização da IP de Fortaleza,
Ceará, pelo Rev. DeLacey Wardlaw,
missionário da Igreja do Sul – PCUS
(1883).
14
● Lançamento da pedra
fundamental do Hospital
Evangélico do Rio de
Janeiro; foi construído
pelo comendador Antônio
Jannuzzi (1896).
8
● Presbítero Minervino
Ribeiro Pessoa Lins
é eleito presidente
do Presbitério de
Pernambuco, na capital
paraibana; primeiro
presbítero a presidir um
concílio da IPB (1896).
● Organização da IP de Pinheiros
(SP), pelos Revs. Modesto
Carvalhosa, Zacarias de Miranda e
Pbs. José Gomes Villela e Eliézer dos
Santos Saraiva (1906).
● Falecimento do Rev.
João Batista de Lima,
em Recife, vitimado
pela tuberculose; um
dos primeiros pastores
presbiterianos do
Nordeste (1893).
16
17
18
● Organização da
IP de Santa Luzia de
Goiás, atual Luziânia,
pelos Revs. Álvaro
Reis e Caetano
Nogueira Júnior; fruto
do trabalho do Rev.
John Boyle (1893).
● Ordenação dos
Revs. Laudelino
de Oliveira Lima e
Henrique Augusto
Vogel, em São João
da Boa Vista (SP),
pelo Presbitério de
Minas (1898).
● Organização da IP
de Ponta Grossa (PR),
pelos Revs. George
Landes e Tancredo
Costa (1915).
● Falecimento do
Rev. Henry John McCall,
missionário pioneiro na
Bahia (1960).
27
28
29
● Organização da
IP de Bela Vista de
Tatuí (Porangaba,
SP), pelo Rev.
Zacarias de Miranda
(1890).
● Falecimento do
Rev. Martinho de
Oliveira, em Palmares
(PE); fundador
do Seminário
Presbiteriano do
Norte (1903).
● Organização da IP de Castro (PR),
pelo Rev. George Landes, e da IP
de Tatuí (SP), pelo Rev. Zacarias de
Miranda (1888).
30
● Falecimento do Rev.
George Whitehill Chamberlain,
em Salvador (BA); grande
evangelista, fundador da Escola
Americana/Mackenzie College
(1902).
● Falecimento do Rev.
Herculano Ernesto de
Gouvêa, em Araraquara,
● “Cisma Presbiteriano”, na 6ª
aos 70 anos; pastor no
reunião do Sínodo, em São Paulo;
interior de São Paulo (1931). surgimento da Igreja Presbiteriana
Independente – IPI (1903).
● Falecimento do Rev. José
de Azevedo Granja, antigo
presbítero da IP do Rio de
Janeiro, em Ubatuba-SP (1905).
● Falecimento do Rev. James
Porter Smith, professor do
Seminário de Campinas e do
Seminário Union, filho do Rev.
John Rockwell Smith (1940).
Brasil
Presbiteriano
12
Julho de 2013
ARTIGO
O desafio de crescer como uma Igreja Presbiteriana
Fábio José Barbosa Correia
M
uito se tem falado
da “urgência” de
se pregar o evangelho ou
ainda de se fazer “qualquer” outra coisa para
“mudar” a situação da
IPB. Fala-se até em “salvar” a IPB da extinção. De
fato, algumas estatísticas
não são muito favoráveis.
A IPB, como ocorre com
outras igrejas tradicionais,
não tem o mesmo ritmo
de crescimento de igrejas
consideradas evangélicas.
Apesar disso, fala-se em
um crescimento astronômico dos evangélicos no
Brasil. Para onde afluiu
essa multidão senão para a
IPB e para as outras igrejas
tradicionais? As estatísticas
também revelam:
A Igreja Internacional
da Graça de Deus, em
1991, tinha 100.000 membros; em 2001 chegou a
270.000 membros, um
crescimento de 170%. A
Igreja Universal do Reino
de Deus, que em 1991 tinha
268.000 membros, em
2001 atingiu a “marca” de
2.000.000 membros; isso
representa um crescimento de 646,27%. A Igreja
Renascer em Cristo, em
1991 tinha apenas 10.000
membros e ao final de
2001 já “contabilizava”
120.000 membros, experimentando um astronômico
crescimento de 1.100%. E,
finalmente, a grande campeã: a Igreja Sara Nossa
Terra, que em 1991 tinha
3.000 membros, em 2001
alcançou 150.000 membros; representando um
espetacular crescimento de
4.900%. A Assembléia de
Deus cresceu 87,5%. Das
igrejas consideradas “tradicionais”, apenas a Igreja
Batista conseguiu um índice de crescimento “satisfatório”: cresceu, em dez
anos, 20%.
Os números acima são
responsáveis pelo surgimento de um novo e triste
espírito dentro da IPB: um
misto de inveja (das igrejas que estão “crescendo”),
amor (pela IPB, no sentido
de querer vê-la “grande”)
e ódio (pelos princípios
doutrinários e litúrgicos
da IPB, que supostamente
impedem seu crescimento).
Isso lembra uma situação
muito parecida com a registrada em 1Samuel 8.1-22,
quando o povo de Deus,
movido pela inveja a outros
povos, quis, igualmente,
ter um rei. Tal disposição
de coração “pareceu mal
aos olhos de Samuel” e
do Senhor: “Ouve a voz
do povo em tudo quanto
te dizem, pois não é a ti
que têm rejeitado, porém a
mim, para que eu não reine
sobre eles”. Mesmo com
essa desaprovação “o povo,
porém, não quis ouvir a
voz de Samuel; e disse:
Não, mas haverá sobre nós
um rei, para que nós também sejamos como todas as
outras nações”.
Acaso seria esse também o desejo do coração
de muitos membros, pastores, oficiais e líderes da
IPB? Será que, de fato,
queremos ser iguais a essas
igrejas que estão crescendo? Porque são elas que
são postas lado a lado com
a IPB para apontar-lhe a
falta de crescimento e os
defeitos. Será que realmente acreditamos que Deus
tem aprovado o crescimento de 646,27% da Igreja
Universal do Reino de
Deus? Os 1.100% da Igreja
Renascer? Os 4.900% da
Igreja Sara Nossa Terra?
Responder afirmativamente significa admitir que
Deus esteja aprovando uma
série de esquisitices que
são, notadamente, estranhas à Bíblia, como por
exemplo: “rosa ungida”,
“cair na unção”, “atos proféticos”, etc.
Crescimento numérico
não deve e não pode ser
um termômetro para medir
se a igreja é ou não de
Deus ou ainda se a igreja
está bem ou não. John. F.
MacArthur, em seu excelente artigo “Eu quero uma
Religião Show”, afirma:
O crescimento quantitativo pode ser enganador.
Pode não ser mais do que
a proliferação de um movimento social ou psicológico
mecanicamente induzido,
uma contagem numérica,
uma aglomeração de indivíduos ou grupos, um crescimento de um corpo sem o
desenvolvimento dos músculos e dos órgãos vitais.
E, isso, creiam, não é a
velha desculpa “o importante é a qualidade e não
a quantidade”. Você pode
afirmar: “sei de todos os
problemas doutrinários
dessas igrejas, porém,
o importante é que vidas
estão sendo ‘salvas’; jovens
estão saindo do mundo das
drogas”. Bem, não podemos negar a parte da “contribuição social”. Mas essa,
os Espíritas e Mórmons
também fazem. Contudo,
a alegação de que muitos
estão sendo salvos é bem
questionável, por conta da
alta rotatividade de membros dessas igrejas. São
igrejas predominantemente
de jovens. Eles não envelhecem? Isso revela o baixo
grau de firmeza de fé e
verdadeiras conversões,
conforme Mateus 13.3-7.
Entendemos que é uma
grande benção crescer,
inclusive numericamente.
Ninguém é louco o suficiente para afirmar que
crescimento numérico não
é importante. Contudo,
nossa principal preocupação não deve ser essa.
Não devemos nem mesmo
pensar em encher nossas
igrejas. Nosso dever é tão
somente pregar o puro,
simples e genuíno evangelho do Senhor Jesus. Se as
pessoas irão se converter
ou não, isso, caros irmãos,
não é de nossa competência
e sim do Espírito Santo.
Devemos pregar não
porque “almas estão indo
para o inferno, enquanto
estudamos nossa teologia”,
como afirmam alguns.
Aliás, essa também é uma
afirmação teológica. Estão
indo para o inferno aqueles
pelos quais Cristo derramou seu precioso sangue?
Isso equivale a dizer que
o sacrifício de Cristo não
foi eficaz. Devemos pregar porque Cristo mandou
pregar, sendo esse o meio
ordinário pelo qual Deus
decidiu chamar eficazmente seus eleitos.
Não nos interessa crescer de qualquer forma, com
uns membros atrofiados
e outros desproporcionalmente alongados, como
muitas igrejas “mutantes”
estão crescendo. Queremos
crescer “o crescimento que
procede de Deus” (Cl 2.19).
Só nos interessa crescer
como uma autêntica Igreja
Presbiteriana do Brasil.
Fábio José Barbosa Correia é
presbítero da 1ª IP de Jordão, Recife/
PE; Mestre em Filosofia pela UFPE;
Graduado em Filosofia pela Unicap
e em Educação Religiosa pelo SPN.
Professor de Filosofia e Ética da
Faculdade Decisão/PE.
Agradecimentos
Durante todo o mês de junho o BP recebeu mensagens de carinho pelos 55
anos completados no dia
8. Queremos agradecer a
todos que nos escreveram
nas redes sociais e enviaram e-mails parabenizando pelo trabalho realizado
nesses anos amparados e
abençoados com a graça do
nosso Senhor Jesus Cristo.
Brasil
Presbiteriano
Julho de 2013
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ORGANIZAÇÃO
O sistema de governo da IPB
Wellington Sabaini
U
ma pergunta interessante para os dias
atuais é a respeito do sistema de governo na Igreja
Presbiteriana do Brasil. Um
termo utilizado no meio
organizacional para isso é
“governança”, que representa um conjunto de regras
e procedimentos adotados
pelas organizações, visando
o controle e acompanhamento de sua gestão e dos
riscos, com o objetivo de
evitar erros, fraudes, roubos
e má gestão.
Nas organizações religiosas o tema tem sido igualmente debatido, pois, infelizmente, temos má gestão
também em igrejas das mais
variadas denominações. E
os formadores de opinião
contrários à religião aproveitam esses acontecimentos para criticar as igrejas
de uma forma geral, principalmente as “evangélicas”.
O sistema de governo da Igreja Presbiteriana
do Brasil está definido na
sua Constituição, data de
1950, o que inclui orientações para a administração
das igrejas locais, passando
pelos concílios e se estendendo até as autarquias e
órgãos da IPB.
A governança na IPB
começa na igreja local,
que é administrada por um
Conselho, composto por
Pastor(es) e Presbíteros,
um grupo de pessoas eleitas pela comunidade para
dirigir a igreja. Além
Membros da JPEF na Reunião Ordinária de 11 e 12/05/2012 – Brasília-DF. Na foto, da esquerda para a direita: Presb. Ortencio Rocha,
Presb. Clodoaldo Furlan, Pres. Wellinton Tesch Sabaini, Presb. João Marciano, Presb. Marco Túlio (atual Presidente da JPEF), Presb.
Renato Piragibe (então Tesoureiro do SC/IPB), Reverendo Roberto Brasileiro, Presb. José Alfredo (atual Tesoureiro do SC/IPB, então
Presidente da JPEF), Presb. Rui Griffo (Administrador de Patrimônio), Reverendo Eberson Gracino, Presb. Antonio Cellia, Presb.
Reginaldo Nunes, Reverendo Geraldo Silveira).
disso, existe uma comissão de exame de contas
(uma espécie de conselho
fiscal), composta por três
membros designados pelo
Conselho, que examinam
as contas trimestralmente e
dão o seu parecer. A governança na igreja local inclui
a realização (uma vez por
ano, pelo menos -- CI/IPB
art.9o) da Assembléia Geral
Ordinária, para “ouvir, para
informação, o relatório do
movimento da igreja, no
ano anterior e tomar conhecimento do orçamento para
o ano em curso; pronunciar-se sobre questões orçamentárias e administrativas,
quando isto lhe for solicitado pelo Conselho; eleger
anualmente um secretário
de atas” (Estatuto da igreja
local -- Capítulo III -- Da
Assembleia. §1o).
A governança continua
no Presbitério. Em sua reunião ordinária anual, esse
concílio examina todos os
atos registrados nas atas dos
Conselhos das igrejas de
sua jurisdição, aprovando
ou recomendando ajustes.
Dependendo do caso, o
Presbitério pode até intervir
no Conselho da igreja local.
Por sua vez, o Presbitério
é jurisdicionado pelo
Sínodo e este pelo Supremo
Concílio, na mesma sistemática: os atos dos
Presbitérios são analisados
e aprovados pelos Sínodos
e os atos dos Sínodos são
analisados e aprovados pelo
Supremo Concílio, tudo de
acordo com a Constituição
da IPB.
No âmbito nacional, a IPB
criou a Junta Patrimonial
Econômica e Financeira
(JPEF), composta por nove
membros titulares, entre
pastores e presbíteros, com
a finalidade de administrar
o seu patrimônio e examinar e supervisionar as contas (demonstrações financeiras) da IPB. A JPEF funciona como um conselho
fiscal e submete seus pareceres e relatórios para análise e aprovação do Supremo
Concílio ou da Comissão
Executiva.
A boa governança da IPB
se completa com a formação dos pastores que inte-
gram os quadros da Igreja,
que devem ter o curso de
Bacharel em Teologia realizados nos Seminários da
IPB, nos quais, além das
disciplinas teológicas, também estudam o funcionamento da Igreja e su as
normas legais/estatutárias.
A IPB tem um sistema de
governo transparente e funcional. Todos os membros
da Igreja, de certa forma,
participam dele. Se tudo for
feito conforme estabelecido
pela Constituição da IPB
teremos sempre uma boa
governança na nossa Igreja.
Wellinton Tesch Sabaini é presbítero
da IP em Mata da Praia (Vitória-ES) e
integra a Junta Patrimonial Econômica
e Financeira da IPB. Doutorando em
Administração pela Universidade
Presbiteriana Mackenzie.
Brasil
Presbiteriano
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Julho de 2013
EVANGELIZAÇÃO
A igreja em missões
Silas de Campos
N
os dias 31 de maio
a 2 de junho passados, reuniu-se a entidade
missionária Nossa Missão,
no templo da 1ª IP de Rio
Claro, SP, em cumprimento
às suas disposições estatutárias e eleição de sua nova
mesa.
Nossa Missão, em processo de reconhecimento
pela IPB, foi fundada pelo
Rev. Abelardo Nogueira
Jr, membro do Presbitério
de Rio Claro, promove a
evangelização com atenção especial a caminhoneiros, dependentes químicos,
prostitutas e outras pessoas
em situações assemelhadas,
com frutos positivos em
todas essas áreas.
Já publicou a Bíblia do
Caminhoneiro, com mais
de 15 mil exemplares distribuídos e a Bíblia Nossa
Rev. Abelardo e Miss. Dosanjos na Conferência Missionária
Missionários do Ministério Nossa Missão
Missão. Faz parcerias com
igrejas e presbitérios e vem
servindo por meio de seus
ministérios, aqui resumidamente citados como Projeto
redenção e Fé na estrada, bem como o Caminho
do nordeste, com serviços
prestados às igrejas e presbitérios do sul de Sergipe e
ali colabora na manutenção
dentistas voluntários.
Nossa Missão conta com
recursos de igrejas conveniadas e com a liberalidade
cristã de muitas pessoas que
realizam ofertas mediante
depósito bancário, ficando
a administração sediada na
cidade de Bauru.
A assembleia teve seu
encerramento com o culto
de obreiros e construção de
templos em locais carentes.
No mesmo estado promove,
em janeiro e julho, estudos e
palestras para líderes, especialmente no Acampamento
em Aracaju. Nos locais mais
carentes do interior, realiza
trabalhos de evangelização
com socorro aos necessitados, levando médicos e
ANIVERSÁRIO
46 anos de bênçãos
E
ntre os dias 20 a 27
de junho de 2013, a
IP do bairro Santo Elias,
realizou uma série de conferências alusivas ao seu
46º aniversário de organização. Entre os ilustres
pregadores, destacamos os
reverendos Carlos Vargas,
da IP de Honório Gurgel,
Jouberto Heringer, cape-
lão do Mackenzie Rio,
Luiz Carlos Correa, pastor
da IP de Cabo Frio e o Pb.
José Alfredo, tesoureiro da
IPB. O coral Maravilhas
do Amor de Deus, da igreja local, louvou ao Senhor
com alguns hinos. O Rev.
Isaías Maciel, pastor emérito da igreja, trouxe uma
palavra de incentivo. A
série de conferências recebeu visitantes, dentre os
quais destacamos o jornalista Mauro Vasconcellos
e sua esposa Alzira
Vasconcellos. Deus tem
abençoado a nossa igreja.
A luz de Deus resplandece
sobre nós!
Rev. Luiz Carlos dos
Santos, pastor da Igreja.
da noite em ações de graças
a Deus pelos 25 anos de
serviço do Rev. Abelardo,
sendo pregador o Rev. Silas
de Campos, ministro jubilado da IPB e conselheiro do
Nossa Missão.
A Deus toda honra, glória
e louvor.
Rev. Silas de Campos é membro
benemérito do Ministério Nossa Missão
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Presbiteriano
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REUPAS
Adolescentes levam amor e esperança à Santa Maria
Após 5 meses da tragédia, Santa Maria recebe a visita dos adolescentes Maicon Cidral (Vice Sul CNA) e
Marilise dos Santos (representante dos adolescentes
gaúchos) acompanhados pelo secretário presbiterial,
Rev. Carlos Eduardo Aranha.
O
apoio do Rev. César
Souza, pastor do campo
missionário da JMN/IPB
em Santa Maria, contribuiu
em muito para os contatos
e visitas realizadas. Apesar
do frio, a chegada em Porto
Alegre foi tranquila e a viagem a Santa Maria levou
3h30.
Já na cidade, começamos
andando pelo centro. A tristeza ainda se percebe no
ar. Era dia 25/06 e no dia
27/06 se completaria o 5º
mês da tragédia. Algumas
manifestações aconteceram
naquela tarde, inclusive
com invasão à Câmara de
Vereadores por causa da
CPI instalada e vista com
muita suspeita de “pizza”.
Visitamos no centro da
cidade uma tenda montada no calçadão, onde as
famílias se revezam todos
os dias, levando fotos dos
filhos, lista de abaixoassinados, banners, etc.. O
objetivo é que a tragédia
não caia no vazio sem a
devida punição aos responsáveis.
Era comovente conversar
com os pais e mães, que
contavam de seus filhos
mortos, idade, cursos, etc.
Vários deles sustentavam
suas famílias. Em seguida levamos nossa carta à
Câmara de Vereadores,
e na abertura da sessão
conversamos com o presidente, Marcelo Zappe
Bisogno, o vice João Kaus
e outros mais que nos
acompanharam, inclusive vereador João Chaves.
Logo em seguida nos reunimos com o Governador
Assistente do Rotary Club
Internacional Sr. Sérgio
Augusto, Distrito 4660, que
repassaria ao Distrito nossa
manifestação. No período
da noite estávamos com a
diretoria da Associação de
Familiares das Vítimas e
Sobreviventes da Tragédia
em Santa Maria (AVTSM),
da qual com o presidente
Adherbal Ferreira conversamos à tarde e com os
demais membros, no período da noite. Para eles deixamos nossa carta com as
assinaturas dos participantes do REUPAs-SUL.
No dia seguinte, visitamos a Universidade Federal
de Santa Maria, que perdeu 138 alunos (dentre os
242 mortos). Conversamos
com o Reitor Prof. Felipe
Martins Müller e com a
Chefa de Gabinete, Profª.
Maria Alcione Munhoz,
deixando a eles nossa
solidariedade. Ainda mantivemos contato com a
Prefeitura Municipal, OAB
e Jornal A Razão, que atra-
vés de seus representantes
nos receberam atenciosamente.
O propósito de que
fomos encarregados lá no
REUPAs foi cumprido.
Todos nos receberam com
imenso carinho e agradeceram a manifestação de
apoio, solidariedade e abraço. Pediram que transmitíssemos aos adolescentes
a gratidão. Nós afirmamos
a eles que nossas orações
continuam em favor de
todas as famílias, amigos
e cidade.
Para quem não teve
conhecimento, segue a
carta encaminhada, elaborada durante o REUPAs
Sul, que aconteceu entre
os dias 30/05 e 02/06, no
Pontal do Paraná:
“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o
amor, estes três; porém o
maior destes é o amor”
(1Co 13.13).
Nós, adolescentes da
Igreja Presbiteriana do
Brasil dos estados da região
sul – Paraná, Santa Catarina
e Rio Grande do Sul –
reunidos no REUPAS SUL
2013, manifestamos nossas condolências aos pais,
amigos e todos aqueles
sofreram perdas no incêndio da boate Kiss em Santa
Maria. Em circunstâncias
como essas as palavras nos
fogem, a compreensão não
é capaz de discernir uma
carga tão grande de sofrimento. Sabemos que eles
Adolescentes acompanhados pelo Secretário Geral, em frente ao
local da tragédia
eram jovens, estudantes,
pessoas que assim como
nós almejavam por um país
melhor, mais justo.
Não é possível substituir
a perda de um ente querido.
Cremos que Deus é o único
capaz de compreender a
dor que vocês sentem, afinal seu filho, Jesus Cristo,
padeceu inocentemente, e
é em seu nome que nos
irmanamos em solidariedade. O evangelho nos
ensina que “Deus amou ao
mundo de tal maneira que
deu o seu Filho unigênito,
para que todo o que nele
crê não pereça, mas tenha
a vida eterna” (Jo 3.16).
As vítimas de Santa
Maria deixam um legado
que jamais será esquecido. Elas ensinaram a todos
os brasileiros que atitudes
levianas não podem ser
toleradas. Todos devem
trabalhar diligentemente
para que possamos viver
e nos divertir em paz e
segurança. Existem responsáveis em todas as esferas
por este evento desastroso,
por isso apoiamos a busca
por justiça. Não admitimos
a impunidade.
Nesse espírito rogamos a
Deus para a que a força da
esperança possa sobrepujar
a dor. Jesus Cristo, o Deus
a quem servimos, acolherá
os que nele creem. Toda
nossa fé está depositada na
esperança da ressurreição.
Sabemos que várias pessoas contribuíram com
seus dons e talentos para
aliviar o sofrimento de
vocês e através desta carta
esperamos que todos sintam nossa solidariedade,
nossa fé, nossa esperança e principalmente nosso
amor. Pedimos que o grande amor e graça de Deus
sejam abundantes sobre
suas vidas, hoje e para
sempre.
Brasil
Presbiteriano
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Julho de 2013
INSTRUÇÃO
10 Mitos sobre
Mitos da educação teológica
O artigo do Rev. Ageu Magalhães revela, com clareza, o pensamento da Junta de Educação Teológica da
Igreja Presbiteriana do Brasil -- JET/IPB -- a respeito de
“conclusões” que se constituíram verdadeiros “mitos”,
em matéria de Educação Teológica em nossa Igreja.
Dentre os mitos apresentados pelo Rev. Ageu
Magalhães, faço destaque à questão da interpretação
do artigo 118 da Constituição da IPB (CI/IPB), visto
que muitos dos nossos Presbitérios fazem, equivocadamente, a aplicação da excepcionalidade contida no
parágrafo único do mencionado artigo.
Em rápidas palavras, o artigo 118 da CI/IPB regulamenta o encaminhamento de candidatos aos Seminários
oficiais de nossa Igreja e a ordenação/licenciatura de
candidatos, após a conclusão dos cursos de teologia.
São 02 (duas) situações nitidamente diferentes, embora os Presbitérios insistam em confundi-las.
A excepcionalidade contida no artigo 118 da CI/IPB
é aplicável, única e exclusivamente, no processo de
ordenação/licenciatura do candidato oriundo de um
Seminário não oficial da IPB. Tal excepcionalidade se
caracteriza pela possibilidade de aproveitamento da
carga horária e grade curricular do curso de teologia de
um Seminário que seja considerado idôneo.
A CE-SC/IPB, em resolução adotada nessa matéria,
determinou que os Presbitérios consultem à JET,
quanto à idoneidade dos Seminários nos quais os
candidatos a licenciatura/ordenação concluíram seus
cursos de teologia.
O Rev. Ageu Magalhães bem examinou a questão ao
afirmar que constitui-se “mito” pensar-se que o encaminhamento do candidato para cursar teologia pode
ser feito para outro seminário que não os oficiais da
IPB. Não há essa previsão na Constituição da IPB.
Feita tal observação, resta informar que a JET está
formulando, com a participação de todos os professores de todos os nossos Seminários, uma unificação do
conteúdo programático de nossa grade para permitir,
em essência, o mesmo curso de teologia na IPB.
Alimentamos a esperança de ter um único seminário
em 08 lugares, ou seja, termos o mesmo curso de
teologia em qualquer dos nossos 08 (oito) seminários
e não 08 (oito) cursos de teologia diferentes, 01 (um)
em cada Seminário nosso, espalhado pelo país.
Ajude-nos Deus a formar piedosos pastores presbiterianos, comprometidos com a confessionalidade de
nossa Igreja e com sua identidade, fiéis expositores da
Palavra de Deus.
ELI MEDEIROS - Presidente da JET/IPB
Ageu Magalhães
O
mito se enquadra bem
na definição de Joseph
Goebbels: “Uma mentira
repetida mil vezes torna-se
verdade”. De fato, algumas
afirmações equivocadas têm
sido ditas em nossos dias
quanto à educação teológica na IPB. Estes mitos são
repetidos tantas vezes que já
começam a parecer verdade.
Vejamos alguns:
1º Mito: A formação teológica atual não prepara o
ministro para um auditório mais capacitado.
A atual grade de disciplinas aprovada pelo Supremo
Concílio prepara o aluno
para qualquer tipo de auditório. O que pode ocorrer é
algum aluno pouco aplicado
obter aprovação no curso,
mas sair menos preparado.
Porém, na medida em que
os seminários são exigentes na formação de seus
estudantes, a grade atual
se encarrega de capacitar o
seminarista. É bem comum
encontramos alunos do 1º
ano, que já fizeram alguma
faculdade, estranhando o
peso do curso de Teologia.
Eu me recordo que na minha
época de estudante, fazendo
seminário e trabalhando em
um banco, acabei gerando
olhares surpresos ao contar
que mal dormia durante a
semana fazendo os trabalhos do Seminário.
2º Mito: Quanto mais alto
o grau acadêmico do ministro, melhor pastor ele será.
Com a oferta de pós-gra-
duações em Teologia, muitos acham que para serem
bons pastores devem ter
grau de mestrado e doutorado. Não é verdade. Às
vezes, ocorre justamente o
contrário. Os títulos fazem
com que o pastor, outrora humilde, passe a aceitar
convites de pastorado apenas em igrejas grandes.
Um grau acadêmico pode
ser bênção na vida do pastor
se ele, primeiro, continuar
dedicado no pastoreio das
ovelhas; segundo, não perder a humildade e continuar
disposto a pastorear aonde
quer que o Senhor o envie.
3º Mito: Os seminários da
IPB só formam teólogos.
Bem, a princípio, assim
como um curso de Medicina
forma médicos, um curso
de Teologia tem de formar
teólogos. Todavia, sabemos
que a palavra “teólogo” às
vezes é usada com sentido pejorativo. Intenciona-se
dizer que “ser teólogo” é
diferente de “ser pastor”.
Essa divisão é equivocada. Todo teólogo deve ser
pastor. E todo pastor deve
ser teólogo. O reformador
João Calvino, comentando
Tito 1.1, escreveu: “E assim
aprendemos que o homem
que mais progride na piedade é também o melhor discípulo de Cristo, e o único
homem que deve ser tido
na conta de genuíno teólogo
é aquele que pode edificar
a consciência humana no
temor de Deus”.
4º Mito: Jovens ministros
não têm responsabilidade.
Na Bíblia temos muitos
jovens que se portaram
com grande responsabilidade, não obstante suas idades: José do Egito, Davi,
Jonatas, Daniel, etc. Paulo
disse ao jovem Timóteo:
“Ninguém despreze a tua
mocidade...” (1Tm 4.12).
Responsabilidade independe de idade.
5º Mito: Os candidatos que
têm saído de nossos seminários são muito jovens.
Por causa das últimas resoluções do SC que exigem
pelo menos 3 anos de observação antes de o candidato
ser enviado ao Seminário,
hoje a maioria dos candidatos é madura. Muitos entram
no Seminário casados e boa
parte ingressa já possuindo
diploma de curso superior.
No ano passado, dos 322
inscritos para o vestibular
unificado, 65% estavam
casados e 55% possuíam
curso superior completo.
6º Mito: A grade de nossos seminários está desatualizada porque foi feita
em contexto rural e hoje
o Brasil é um país urbano.
Há erro em dizer que a
grade de nossos seminários está desatualizada. Ela
foi produzida em 2006 e
atualizada em 2010. Vem
sendo atualizada a cada SC.
Apresenta 87% de disciplinas obrigatórias a todos os
seminários e 13% de disciplinas eletivas, que contemplam as diferenças regionais de nosso país. Há erro
também em afirmar que o
Brasil é um país urbano,
Brasil
Presbiteriano
Julho de 2013
17
a Educação Teológica da IPB
pois passa a impressão de
que ele é totalmente urbano.
Segundo dados do IBGE, 30
milhões de pessoas vivem
em ambiente rural em nosso
país.
7º Mito: O sonho de
todo seminarista é ter curso
reconhecido pelo MEC e
Mestrado.
A generalização é precipitada. Pode ser que alguns
seminaristas sonhem com
isso, mas está longe de ser a
maioria. Minha experiência
no Seminário JMC é ver
alguns estudantes sonhando
com missões transculturais,
com plantação de igrejas e
com pastorado em regiões
difíceis. Tenho testemunhado o mesmo sentimento em
muitos alunos dos outros
seminários da IPB, na convivência que tenho com eles
em viagens missionárias.
8º Mito: Os cursos da
IPB seriam melhores com
o reconhecimento do MEC.
Desde 1999 esse assunto
tem sido debatido na IPB. A
última resolução que temos
é a de 2010. Na ocasião, o
Supremo Concílio aprovou
o parecer contrário quanto
ao credenciamento. Dentre
as razões constaram: “a fluidez das normas baixadas a
este respeito pelo MEC, fato
que representa insegurança
para a confessionalidade
dos Seminários” e “a desnecessidade do credenciamento junto ao MEC para o
exercício do pastorado junto
às igrejas da IPB”. (Doc.
LXXXIV)
É temerário submeter a
formação de nossos pastores a um órgão do governo
federal. Para sermos pastores, não necessitamos do
reconhecimento do MEC,
mas do reconhecimento de
Deus. Esse basta.
9º Mito: Um curso híbrido é o melhor para a formação teológica atual.
A proposta é parecida com
o que é praticado em seminários norte-americanos,
isto é, o candidato obrigatoriamente cursaria um bacharelado reconhecido pelo
MEC, e depois faria uma
complementação pastoral de
dois anos em um seminário
da IPB. A proposta é apenas
parecida, pois lá fora esses
dois anos são intensivos,
cursados em dois períodos,
manhã e tarde, por exemplo.
Apesar do mérito da proposta em o candidato fazer
um curso de seis anos, vejo
que teríamos mais a perder
do que a ganhar com essa
forma:
1) Na primeira etapa do
curso, reconhecida pelo
MEC, as disciplinas de cultura geral teriam a orientação
própria dos cursos seculares.
Em um parecer do Conselho
Nacional de Educação, do
MEC, de 06/05/2009, sobre
a questão, afirmou-se que
o estudo dessas disciplinas
deveria ser feito “respeitando o princípio da exclusão
da transcendência”. Isso significa estudar essas disciplinas sem qualquer menção a
Deus.
Em nosso currículo,
mesmo as disciplinas de
cultura geral contém o elemento da transcendência.
Psicologia e Sociologia, por
exemplo, devem ser estudadas à luz da teologia bíblicoreformada. Se a proposta do
modelo híbrido fosse aprovada, nós perderíamos esse
prisma cristão sobre várias
disciplinas.
2) Em um curso híbrido,
perderíamos o ambiente de
piedade e comunhão entre
futuros pastores. Qualquer
faculdade vinculada ao
MEC tem de ter vestibular
aberto a quaisquer interessados. Teríamos, portanto,
estudantes não interessados no ministério e, possivelmente, até não crentes
fazendo o curso.
3) Em um curso híbrido perderíamos também o
“currículo informal”, isto é,
o aprendizado a partir do
exemplo e da convivência
com professores, em sua
maioria, pastores. Em um
curso híbrido, reconhecido
pelo MEC, o corpo docente
não necessariamente seria
de pastores e os candidatos
perderiam com a falta desse
convívio.
10º Mito: Presbitérios
podem enviar seus candidatos a seminários que não
são da IPB
Não. Pelas nossas leis,
presbitérios não podem enviar candidatos a seminários
de fora da IPB. O artigo 118
diz: “Ninguém poderá apresentar-se para licenciatura
sem que tenha completado
o estudo das matérias dos
cursos regulares de qualquer dos seminários da Igreja Presbiteriana do Brasil.”
Observe: Ninguém pode se
apresentar sem ter completado as matérias dos cursos
regulares de qualquer dos
seminários da IPB. Esse artigo fecha as portas para alguém fazer outro seminário,
que não um dos oito seminários da IPB.
Mas, e o parágrafo 1º? Ele
não permite que um presbitério encaminhe aluno para
seminário não presbiteriano? Não permite. Ele diz: “§
1º. Em casos excepcionais,
poderá ser aceito para licenciatura candidato que tenha
feito curso em outro seminário idôneo ou que tenha feito
um curso teológico de conformidade com o programa
que lhe tenha sido traçado
pelo Presbitério”.
O artigo não afirma que,
em casos excepcionais poderá ser enviado para outro seminário. Mas fala do
candidato que está se apresentando para licenciatura
e já fez um curso em outro
seminário. Ele já está no
final do processo, com curso pronto. Os legisladores
vislumbraram a situação de
alguém que veio de outra
denominação com um curso concluído e agora quer
ser ordenado na IPB. Nesse
caso, de acordo com as últimas resoluções do Supremo
Concílio, o presbitério deve
juntar toda a documentação
do seminário desse candidato e enviá-la à JET para que
ela averigue a idoneidade do
Seminário. Mas, o envio do
candidato, no início do processo, deve ser a um seminário da IPB.
Note que o caput do Artigo 118 fala da regra: nin-
guém pode se apresentar
sem curso de seminário da
IPB. Ele abrange o envio
do candidato. Já o parágrafo 1º não trata do envio, mas
da excepcionalidade de se
receber alguém com curso
pronto, vindo de outra denominação. E isso não pode
anular a regra estabelecida
no caput. Na última reunião do SC, em 2010, foi
reafirmada a resolução da
CE-2008, justamente com
a interpretação dada acima:
“... 3. Responder que a competência para aferir a idoneidade dos seminários é da
JET, segundo decisões SC94-024 – Doc. CCXXVIII;
CE-SC/IPB-2000 – Doc.
CV; 4. Reafirmar a resolução SC-70-097 – Recomendar a todos os presbitérios
da IPB que encaminhem os
seus candidatos ao Sagrado
Ministério aos seminários
da Igreja Presbiteriana do
Brasil”. (Doc. CXLIII)
Louvado seja Deus, pois a
educação teológica de nossa
Igreja vai muito bem e tende a ficar melhor. A JET tem
feito um trabalho primoroso
na superintendência dos seminários e institutos bíblicos de nossa denominação
e está trabalhando agora na
padronização dos conteúdos
programáticos dos Seminários, para aprovação do
próximo SC. Isto fortalecerá
e consolidará a formação teológica de nossa Igreja.
Que o Senhor da Seara
continue enviando trabalhadores (Mt 9.38) e que nós,
conselhos, presbitérios e
seminários, sejamos zelosos
na preparação deles.
O Rev. Ageu Cirillo de Magalhães
Jr. é diretor do JMC e coordenador do
Vestibular Unificado e do Provão dos
Seminários.
Brasil
Presbiteriano
18
INAUGURAÇÃO
FALECIMENTOS
Portas abertas para a pregação
A
Primeira IP de São
Bernardo do Campo,
no Grande ABC, SP, abriu
as portas de mais uma congregação no último dia 30.
O novo ponto missionário, assim chamado pelo
pastor efetivo da igreja,
Rev. Donizeti Rodrigues
Ladeia, está localizado no
Jardim Orquídeas, um bairro um pouco afastado do
Centro no município.
Durante dois dias que
antecederam a abertura da
nova igreja folhetos foram
Julho de 2013
“Com certeza as últimas
manifestações em nosso
país causaram impactos
que ficarão registrados
nos anais da história. Mas,
nenhuma manifestação
humana, pode superar o
poder de mudança causado pelas manifestações da
pregação bíblica do evangelho. Nossa manifestação
não é nova, como as últimas realizadas no Brasil,
começou há muito tempo
atrás, com o mestre convocando 12 homens que
Pinheiro, sua esposa
Débora Zillner Pinheiro
e o filho Lucas Zillner
Pinheiro, estavam felizes
pelo empenho dos irmãos,
pois serão os responsáveis
pelos trabalhos a serem
realizados na nova igreja
apoiados pela junta diaconal, conselho e pastores da
igreja sede.
O proprietário do espaço adquirido declarou ao
final da inauguração que
é, para ele, um prazer abrir
as portas do seu salão para
José Venâncio
No dia 6 de outubro de 2012 faleceu José
Venâncio, da IP em Queimados, RJ, aos 90 anos
de idade. Homem pontual em todos os compromissos, tanto na igreja, como nos lares, assíduo
no exercício da mordomia cristã. Todos os dias 2
de novembro ia para o cemitério distribuir folhetos
para evangelizar.
Saturnino Rodrigues
No dia 2 de dezembro de 2012 faleceu Saturnino
Rodrigues de Matos, da IP em Queimados, RJ, aos
104 anos. Homem dinâmico, fiel, exemplar na igreja
e na família, cristão verdadeiro, estava presente em
todas as reuniões da UPH, gostava de tocar hinos
na gaita, e no serrote, por isso era considerado o
¨homem do serrote¨. Por sua eficiência, capacidade
e fidelidade, foi eleito merecidamente sócio emérito
pela UPH.
Sandra Maria de Lima Siggelkow
A nova Congregação, no jardim Orquídeas, em São Bernardo do Campo, teve o templo repleto de
irmãos e visitantes em seu culto de inauguração no dia 30 de junho
entregues na vizinhança,
uma faixa com informações
e carro de som foram utilizados para a divulgação do
culto. Com tanto trabalho,
não poderia ser diferente. A
vontade de Deus se fez presente ali e o culto de inauguração deixou o pequeno,
mas aconchegante espaço,
repleto de irmãos da igreja
sede que foram apoiar o
trabalho, além de contar
com a importante presença
de 16 visitantes que moram
próximo ao novo endereço.
deveriam sair de 2 em 2
pregando o reino de Deus
( Lc. 9)”, afirmou o pastor da igreja sobre a nova
frente de evangelização no
município.
Muita emoção tomou
conta dos corações daqueles que batalharam por
esse trabalho desde a procura de um local adequado, busca de equipamentos
para a congregação e organização do culto inaugural. Em especial, o presbítero Marcos Fernandes
que a Palavra de Deus seja
pregada.
Além do pastor efetivo,
Rev. Donizeti, também
esteve presente o Rev.
Daniel Piva, pastor auxiliar, e um dos corais da
igreja que apresentou três
cânticos.
A congregação já inaugura com Escola Dominical
aos domingos, pela manhã,
e culto à noite e estudo
bíblico às quartas-feiras.
Louvado seja o nome do
Senhor!
Nascida em 01 de agosto de 1957 em Campos,
RJ, casou-se com o Rev. Romoaldo Rebello
Siggelkow em 08 de abril de 1978, na IP de Niterói,
RJ. Teve uma filha, Renata Lima Siggelkow, nascida em Florianópolis, SC. Em 1982 formou-se em
pedagogia na UFSC e em agosto de 1982 começou
a trabalhar na Universidade do Estado de Santa
Catarina - UDESC, como Técnica em Educação e
trabalhou na Instituição por 30 anos e 6 meses.
Na IP de Florianópolis dedicou-se ao departamento
infantil da Escola Dominical, onde lecionou por
quase 30 anos. Foi atuante no ministério Encontro
de Casais com Cristo da mesma igreja desde 1994.
Colaborava no ministério de seu esposo, nas atividades dos grupos pequenos, com reuniões semanais de discipulado. Foi uma esposa dedicada, uma
mãe carinhosa e exemplar. Partiu de forma muito
rápida. A sua enfermidade arrebatou a nossa querida Sandra, vindo a falecer no dia 29 de maio, após
dois meses de muito sofrimento. Deixou saudade
no coração de seu esposo, de sua filha, seus familiares e amigos. O versículo que o casal escolheu
como lema de seu casamento é: “Fui moço, e já,
agora, sou velho, porém jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão”.
Sl.37:25
Até a ressurreição minha querida esposa!
Rev. Romoaldo Rebello Siggelkow
Brasil
Presbiteriano
Julho de 2013
19
Consultório Bíblico
“Meu irmão, universitário, me disse que a Bíblia é machista.
Como provar que não é?”
Odayr Olivetti
S
e seu irmão é inteligente, mas espiritualmente cego, duvido que a melhor argumentação o convença.
A Bíblia, sob a inspiração do Espírito Santo,
revela que Deus criou o homem, e criou a mulher como sua auxiliadora idônea, isto é, à altura
dele (Gn 2.20-22). A diferença é de funções.
A chefia atribuída ao homem na Bíblia não é
desonrosa – como não é desonrosa a submissão
da igreja cristã a Cristo. E este exerce sua chefia com amor sacrificial. Esse amor sacrificial
é exigido do marido cristão. Leia com atenção
Efésios 5.25 e 28.
Depois da entrada do pecado no mundo é que
o machismo prevaleceu, se bem que nem sempre, nem em toda parte. Existiram sociedades
matriarcais... E eu conheci mulheres machistas.
Todo esse desequilíbrio foi causado pelo pecado. Na Bíblia, apesar da distinção de funções
que dão a aparência de inferioridade da mulher,
na realidade a mulher é tratada com consideração e respeito. E quando surgiram mulheres
capazes, não foram impedidas de projetar-se na
sociedade. Exemplos disso vemos em Débora,
que governou Israel como juíza e autoridade
máxima (Jz 4.4,5); Abigail, que foi superior a
seu marido Nabal. Num impasse criado entre
Davi e Nabal, a prudência e a habilidade de
Abigail conquistaram a admiração de Davi e o
demoveram de destruir sua família (1Sm 25);
Ester, escrava judia, tornou-se rainha e arriscou
sua vida para impedir a destruição de seu povo
(Et 4 e 7); e Priscila, descrita como mulher
cristã, firme na fé e na doutrina, foi capaz de,
com seu marido, ensinar a um pregador melhor
doutrina (At 18.26). Ademais, com seu marido,
Priscila arriscou sua vida para proteger a do
apóstolo Paulo (Rm 16.3,4).
O feminismo exacerbado causa tanto mal
como o machismo e contribui para que este
seja mantido. Li um artigo de uma escritora
americana declarando que é uma ilusão pensar que não existe mais machismo. Esse pode
assumir outras formas, mas existe. Os grandes
problemas morais, sociais e interpessoais seriam resolvidos se as pessoas e os casais levassem a sério a Palavra de Deus. Só para citar
uma passagem, vejamos o que diz Efésios
5.15-24: “...vede prudentemente como andais,
não como néscios e sim como sábios. Por esta
razão, não vos torneis insensatos, mas procurai
compreender qual a vontade do Senhor. E não
vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito, falando
entre vós com salmos, entoando e louvando
de coração ao Senhor com hinos e cânticos
espirituais, dando sempre graças por tudo a
nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor
Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no
temor de Cristo.
Os machistas (homens ou mulheres) não
representam o vero e real cristianismo. O
marido machista, tirânico, perde o direito de
exercer a chefia do lar. Na igreja cristã fiel não
há machistas – não há tiranos. Nem entre os
pastores e demais oficiais, nem entre os demais
membros da igreja. Não se faz acepção, muito
menos ação desmoralizadora, entre homem e
mulher. Concluo transcrevendo Gálatas 3.28:
“...todos quantos fostes batizados em Cristo,
de Cristo vos revestistes.
Dessarte, não pode haver judeu nem grego;
nem escravo nem liberto,
nem homem nem mulher,
porque todos vós sois um em Cristo Jesus”.
O reverendo Odayr Olivetti é pastor presbiteriano, ex-professor de Teologia Sistemática do Seminário Presbiteriano de Campinas, escritor e tradutor. - [email protected]
Brasil
Presbiteriano
20
Boa Leitura
A carta aos Hebreus bem
explicadinha – Stuart Olyott
no final desse livro mostramlhe recursos bíblicos específicos para que possa fazê-lo.
O livro contém 184 páginas e
custa R$19,20.
Julho de 2013
Entretenimento e reflexão
Filmes para curtir e pensar
Apóstolo Pedro e a última ceia
EBF – A fórmula secreta
Todo cristão precisa compreender a carta aos Hebreus
sob pena de não conseguir entender o Antigo
Testamento, bem como Jesus
Cristo e a sua obra em favor
do crente, a que ele já consumou e a que realiza ainda
agora. Ao longo dos anos,
uma pilha de livros foi escrita sobre Hebreus, mas poucos tendo em vista o crente
comum. Esse livro não pretende ser a “palavra final”,
mas, talvez, para alguns, seja
uma útil “palavra inicial”.
O livro contém 144 páginas e
custa R$23,20.
Armstrong, John Gerstner,
John MacArthur e RC Sproul.
O livro contém 144 páginas e
custa R$16,00.
Abaixo a ansiedade – John
MacArthur
Quando orientarmos nossa
opinião sobre a ansiedade a
partir do que Deus diz na
Bíblia, seremos pessoas diferentes. Estaremos prontos
para aplicar a sua preciosa
Palavra em nossos corações.
Justificação pela fé somente
– Organizado por Don Kistler
A fé bíblica só pode existir
na presença da verdade
bíblica. Não temos apenas
de acolher essas verdades,
mas também fazer oposição
a qualquer erro que diminua
a glória da doutrina da salvação conforme revelada na
Bíblia. Fazer uma coisa sem
a outra é não fazer nenhuma
das duas.
Autores: Joel Beeke, John
Não somente saberemos que
não devemos ficar ansiosos
como teremos confiança e
êxito em comprovar isso.
Vamos atacar a ansiedade.
Cada capítulo e um apêndice
Josué é um menino curioso, cheio de imaginação e
que deseja ser um grande
cientista. Junto com o seu
tio Marcelo, ele participa de
várias experiências e acaba
aprendendo a fórmula que
até então era secreta para ele:
Jesus! Nesse material você
encontra um programa completo para Escola Bíblica de
Férias: Manual do líder com
as funções das diferentes
equipes, como divulgação,
secretaria, decoração, teatro,
lanche, som, etc. Roteiros
para as quatro oficinas:
história bíblica, atividades,
criatividade e brincadeiras,
kit visual com cartazes e CD
com música tema, power
point das histórias, arquivos
para cada equipe (certificado,
crachá, ficha de inscrição,
cartaz, etc) e modelos para
as oficinas de criatividade e
atividades.
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O ano é 67 d.C. Os romanos
continuam a perseguir os adeptos do cristianismo, acusados de
conspiração contra o Império.
Nesse momento, dois carcereiros
da prisão Mamertina prendem o
apóstolo Simão Pedro da Galileia
(Robert Loggia), já ancião. Em um
emocionante relato, o discípulo e
amigo de Jesus relembra a sua
forte amizade com o Salvador,
os seus atos de bondade e os
momentos de ensino. O apóstolo
conta em detalhes um dos fatos
mais importantes da história
da humanidade, a Última Ceia,
na qual Jesus repartiu o pão,
compartilhou o vinho, lavou os
pés dos presentes e anunciou a
traição de um dos apóstolos.
Um Pouco de Fé
Depois de receber do rabino
Albert Lewis o pedido para fazer
seu discurso fúnebre, Mitch passa
a visitá-lo nos fins de semana. Ao
mesmo tempo que mergulha de
volta no mundo de fé que havia
deixado para trás, conhece Henry
Covington, um ex-traficante e exdependente químico que se tornou pastor e agora tenta manter
em Detroit uma igreja em ruínas
e um projeto de assistência a
moradores de rua. Um Pouco de
Fé é a trajetória de um homem
em busca da crença superior que
nos une, uma história sobre o
sentido da vida, sobre a perda da
fé e sobre ser resgatado por ela.
Vida de Oração
Com a ajuda de sua esposa religiosa, de seu cunhado especializado em computadores e de
um executivo lutando com sua
consciência, um advogado está
tentando provar a inocência de
sua cliente em uma acusação de
fraude. Conforme vai descobrindo mais e mais detalhes sobre a
trama, o advogado percebe que
a mulher foi envolvida em uma
teia de assassinato e chantagem, tudo conectado ao mercado
asiático. E no meio do processo,
ele ainda vai redescobrir a sua
fé -- que será fundamental para
limpar o nome de uma pessoa
totalmente inocente.
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Brasil Presbiteriano Julho 2013