JORNAL JORNAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA DERMATOLÓGICA ANO VI – OUTUBRO/2001 – Nº 30 Evento e gestão marcados pelo sucesso A Cirurgia Dermatológica consolidou suas bases e ampliou seus horizontes. O Congresso Brasileiro, realizado no Rio, confirmou os avanços da especialidade. Diretoria da gestão 2000 / 2001, da esquerda para a direita: Dr. Yassunobu Utiyama, Dra. Carmélia dos Reis, Dra. Cleide Ishida, Dr. Francisco Le Voci, Dr. Sérgio Serpa e Dra. Beatriz Trope. www.sbcd.org.br 1 EDIÇÃO 30 Editorial Sumário Mensagem do Presidente Dedicamos este último número do jornal desta gestão ao XIII Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica, evento maior desta jovem sociedade que conta com a participação ativa de grande parte dos seus sócios. Apresentamos, também, as respostas de nossos experts ao último fórum publicado no número anterior sobre Preenchimentos Cutâneos, juntamente com as estatísticas das respostas enviadas. Procuramos, ao longo desta gestão, enriquecer nossos sócios com informações atuais e relevantes à especialidade. Embora o tempo tenha sido curto para um trabalho mais minucioso amadurecemos a idéia de que as futuras diretorias deverão criar condições técnicas e financeiras para o início da revista oficial da SBCD, pois esta conta com profissionais capacitados para desenvolver temas científicos relevantes e tentar, posteriormente, a indexação da mesma. Gostaríamos de deixar oficialmente nossos agradecimentos a Adriana Mello, da MedNews, pela colaboração, excelente qualificação profissional, estando sempre disponível e fornecendo opiniões sempre que solicitada. Agradecemos especialmente o apoio irrestrito de nossa Presidente, Cleide Eiko Ishida, sem a qual não poderíamos desenvolver com tranqüilidade nosso trabalho. Boas vindas a nova diretoria ! Rosane Orofino Costa Pág. 03 Congresso SBCD Balanço das atividades Pág. 04 Números do Congresso Pág. 07 Pôsteres premiados Pág. 08 Informações de destaque Pág. 10 Fórum off-line Estatísticas Pág. 11 Parecer do Fórum Considerações Pág. 12 Existe produto ideal? Pág. 12 Dicas Toxina botulínica Na web Pág. 14 Pág. 14 Eventos Parcerias Pág. 15 Workshop Pág. 15 Nova Diretoria Pág. 16 JORNAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA DERMATOLÓGICA Esta é uma publicação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. Av. Paulista, 2073 – Horsa I – 8º andar-cj.804 – São Paulo-SP – 01311-300 – Telefax: (11) 287-9106/288-8841 E-mail: [email protected] ou [email protected] – E-mail: [email protected] Presidente: Comissão Científica: Coordenação Editorial: MedNews Cleide Eiko Ishida Mauro Y. Enokihara, Emmanuel França Jornalista Responsável: Vice-presidente: Eugênio R. A. Pimentel, Hamilton O. Stolf, Maria Lúcia Mota Mtb 15.992 Carmélia Matos S. Reis Izelda Maria C. Costa, Marina Odo e Editoração Eletrônica: Comdesenho Secretários: Neide Kalil Gaspar Tiragem: 5.000 Exemplares Sérgio S. Serpa Editor Chefe: e Yassunobu Utiyama É permitida a reprodução de matérias, desde Rosane Orofino Costa Tesoureiros: que citada a fonte. A responsabilidade sobre Beatriz Moritz Trope Comissão Editorial: as mesmas, assinadas, é de seus autores. e Francisco Le Voci Nalu Iglesias Martins de Oliveira e www.sbcd.org.br Presidente-Eleito: Rogério Tércio Ranulfo Selma Cernea Normas para Publicação Enviar material em disquete ou impresso, com os seguintes itens: título, autor(es), instituição e bibliografia. Existem as seguintes formas de publicação: dicas cirúrgicas, relatos de casos, artigos de revisão ou investigação. Nos minicasos, enviar além do relato, as considerações. Nos trabalhos de investigação ou revisão, enviar introdução, pacientes e métodos, resultados e discussão. As fotos devem ser enviadas em papel ou por e-mail (neste caso verificar antes a compatibilidade de formato) para Jornal SBCD, endereço: Al. Barão de Piracicaba, 200 - São Paulo – SP, CEP 01216-010 Tel/Fax: (11) 3337-8350 - E-mail: [email protected] 2 Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica MENSAGEM DO PRESIDENTE Missão Cumprida O espírito de equipe da gestão 2000/2001, facilitou e dividiu a responsabilidade do cargo de presidente da SBCD. Chegamos ao final de nosso mandado após um ano de atividades à frente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da organização do XIII Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica, realizado no Rio de Janeiro, de 04 a 08 de julho deste ano. O espírito de equipe, constituída pelos membros da Diretoria, do SBCD Jornal, do site da SBCD, da Comissão Científica e da Secretaria da SBCD, da gestão 2000/2001, facilitou e dividiu a responsabilidade e a honra do cargo que assumi com total dedicação. Em relação às atividades desenvolvidas por nossa equipe, destacamos: 1) a aquisição de equipamentos para viabilizar o início oficial das atividades de secretaria na sede própria da nossa Sociedade; 2) aprovação de mudanças estatutárias: auditoria independente a ser realizada anualmente nas contas da SBCD e do Congresso de Cirurgia Dermatológica, a partir de 2001, inclusive; - eleição dos Membros Temporários do Conselho Deliberativo, por correspondência, pelos sócios quites com a anuidade; 3) filiação de 85 novos colegas fazendo com que a SBCD atinja a marca de 1208 sócios; 4) preparação cuidadosa do Anuário 2001 da SBCD, devido a inúmeras mudanças nos catálogos de telefones dos nossos associados. Quanto aos objetivos de ensino, aprimoramento e educação continuada, apoiamos duas Jornadas Regionais de Cirur- gia Dermatológica, e promovemos cursos práticos, cursos teóricos, fóruns on line através do site de Internet da SBCD e edições consistentes do SBCD Jornal. O XIII Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica, além de se distinguir por sua programação científica e social, foi um evento digno deste primeiro ano do novo milênio. O número total de 955 inscritos foi um recorde de participação nos Congressos da nossa Sociedade. Nos Cursos Pré-Congresso, 58 Cursos Práticos e 03 Cursos Teóricos, disponibilizamos 868 vagas e tivemos 81,80% das mesmas preenchidas. O Curso para Atendente de Consultório e o Curso de Capacitação na Internet foram gratuitos. Oferecemos para todos os participantes os Anais do XIII Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica, com todos os trabalhos enviados pelos autores, registrando a memória científica do Evento e também difundindo o conhecimento da Cirurgia Dermatológica. As atividades do Congresso foram filmadas e ficarão no acervo da SBCD, à disposição dos associados. Outro ponto alto do Congresso foi a homenagem marcada de emoção, com a aclamação de toda a platéia que se manifestou com carinho, agradecimento e reconhecimento ao mestre dos mestres da Cirurgia Dermatológica Brasileira, Prof. Ival Peres Rosa, quando da entrega do Prêmio Jovem Cirurgião Dermatológico "Ival Peres Rosa". Nesta oportunidade parabenizamos os coordenadores locais, os residentes e a todos os colegas dos Serviços Credenciados de Dermatologia do Rio de Janeiro que colaboraram na organização dos cursos pré-congresso e foram verdadeiros anfitriões, demonstrando a capacidade e a qualidade técnica da Cirurgia Dermatológica do Rio de Janeiro. Ressaltamos também a presença maciça dos colegas do Estado do Rio de Janeiro, que correspondeu a 42,19% dos participantes.Sentimo-nos felizes e honrados por todas essas demonstrações de união do Rio de Janeiro para sediar brilhantemente o XIII Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica, como também deixamos registrado que estamos orgulhosos de ver cumprida a nossa missão e o nosso objetivo de colocar o Rio de Janeiro no contexto da Cirurgia Dermatológica Brasileira. Agradecemos aos nossos parceiros, Expositores e Indústria Farmacêutica, pelo apoio recebido, e a todos os associados a confiança depositada na minha pessoa e na nossa equipe. Saudamos a nova Diretoria da SBCD, presidida pelo Dr. Rogério Ranulfo, com votos de uma feliz e profícua gestão frente à nossa Sociedade. Cleide Eiko Ishida Presidente da SBCD e do XIII Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica www.sbcd.org.br 3 Balanço das atividades XIII Congresso de Cirurgia Dermatológica, Rio de Janeiro, 4 a 8 de Julho A abertura solene do Congresso contou com nomes de expressão na cirurgia dermatológica nacional e internacional Anais do Congresso ✓ Esta foi a primeira edição do Congresso de Cirurgia Dermatológica a contar com a elaboração e distribuição dos Anais do evento, reunindo a grande maioria dos trabalhos e palestras apresentados, com exceção de apenas 4 resumos, que não foram enviados pelos respectivos autores. Apresentação dos finalistas para todos os congressistas ✓ Só foram aceitos trabalhos em pôsteres. Os finalistas selecionados foram apresentados em slides multimídia no anfiteatro principal para todos os congressistas. Homenagem aos coordenadores de cursos – Dra. Cleide e Dra. Isabel C. B. Succi, Chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto–UERJ 4 Reconhecimento ao empenho dos coordenadores ✓ Os coordenadores trabalharam arduamente para que os 58 cursos práticos e 3 teó- Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica ricos, em todos os hospitais de apoio, promovessem o maior aproveitamento dos participantes. A diretoria da SBCD prestou uma homenagem formal a eles e também realizou, pela primeira vez, o "encontro de coordenadores" destinados àqueles que sempre se sacrificam trabalhando na organização e não têm a oportunidade de assistir às aulas. O encontro ocorreu no primeiro dia dos workshops no HUCFF-UFRJ, com transmissão ao vivo, em tempo real, para 3 salas do centro cirúrgico, permitindo interatividade com os médicos. Os procedimentos selecionados foram realizados pelos convidados estrangeiros e convidados especiais do Congresso, com duração de 4 horas. Ampliação da área de pôsteres ✓ Foi necessária a ampliação da área destinada aos pôsteres para possibilitar a exposição de 130 trabalhos, e não os 80 planejados, em função da grande quantidade de trabalhos de boa qualidade recebidos. Nova modalidade de premiação ✓ Este ano, além do prêmio especial em reconhecimento a um dos maiores mestres da Cirurgia Dermatológica, o "Prêmio Jovem Cirurgião Dermatológico Ival Peres Rosa", e da avaliação dos pôsteres por um júri oficial, foi criada uma nova modalidade de premiação para os trabalhos apresentados, contando com a participação de um júri popular, premiando o mesmo número de trabalhos e com o mesmo valor em espécie, R$ 1.000,00 para o primeiro colocado e R$ 750,00 para o segundo. Todos os congressistas puderam votar no melhor trabalho. Leia os resumos dos trabalhos vencedores nas páginas 8 e 9. Destaques da gestão 2000-2001 Cerimônia de premiação dos pôsteres selecionados Presidente de Honra ■ Instituição de auditoria contábil anual para verificação das contas da Sociedade e do Congresso, já submetendo suas contas a auditoria. ■ Inauguração e funcionamento da nova sede, adquirida e reformada na gestão anterior, sob a presidência do Dr. Cássio Martins Villaça Neto, promovendo uma maior independência da Sociedade. ■ Promoção de uma gestão participativa, onde a Dra. Cleide soube dividir e delegar funções específicas aos vários membros da diretoria, que através de reuniões freqüentes puderam trocar informações, adotar uma mesma filosofia de trabalho e tornar suas decisões mais produtivas. Dr. James Spencer, um dos convidados estrangeiros muito esperado. Dra. Cleide e Dra. Bogdana Victoria Kadunk, presidente de honra do evento. ■ Independência ao trabalho do Jornal e do site na Internet, ambos elogiados por diversos membros da Sociedade. Presença maciça dos convidados ✓ Não houve contratempo com os palestrantes, todos os professores convidados compareceram e cumpriram totalmente a programação científica proposta. Êxito na área de exposição ✓ A área de exposição contou com comercialização de 96% dos 538m2 colocados à disposição das empresas. Algumas das quais utilizaram inclusive "cartões postais do Rio de Janeiro". A Stiefel utilizou o tema “Bondinho do Pão de Açúcar”, em stand www.sbcd.org.br 5 Número recorde de participantes ✓ O número de participantes foi recorde em relação aos eventos anteriores, 955 inscritos, sendo preenchidas mais de 80% das vagas oferecidas para os cursos teóricos e práticos. O evento contou com profissionais de quase todos os estados do Brasil e representantes de países como Chile, Estados Unidos e Argentina. A platéia das apresentações esteve constantemente lotada. Veja quadro com os números do Congresso. As aulas despertaram grande interesse, lotando sempre o auditório Momento de descontração ✓ O já “tradicional” campeonato de tênis promovido entre os congressitas, nas quadras do Hotel Intercontinental, mostrou que o pessoal não está afiado somente com seus bisturis mas também com suas raquetes. Integração nas atividades sociais ✓ As atividades sociais foram muito bem planejadas, fartas, elegantes, imperando o clima de amizade. Além do congraçamento, as atividades sociais propiciam o contato próximo e integração entre os profissionais de vários estados. Dr. Ival Peres Rosa (vencedor da Copa Galderma de tênis) e Dr. Yassunobu Utiyama A eterna Cidade Maravilhosa ✓ "O Rio de Janeiro continua lindo..." – os dias do evento foram brindados com uma lua cheia magnífica e dias ensolarados justificando o nome de Cidade Maravilhosa! A festa realizada no Iate Club foi muito elogiada. 6 Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica Números do Congresso O sucesso do evento pode ser confirmado também através de seus números, representando a participação recorde de inscritos Arg Vagas Ociosas Sócios SBD Sócios SBCD 18.20% 24,50% 50,26% Isentos/ Convidados Residentes Vagas Preenchidas 2,09% 23,14% 81.80% Inscritos por Categorias Cursos Pré-Congressos Estatística de inscritos por procedência UF Inscritos UF Inscritos UF Inscritos AL 6 MG 47 RJ 403 AM 13 MS 2 RN 4 AP 1 MT 5 RS 12 BA 17 PA 3 SC 16 CE 1 PB 2 SE 3 DF 10 PE 11 SP 295 ES 22 PI 2 GO 10 PR 14 NÃO ESPECIFICADOS Total de Inscritos em cursos por categorias 61,55% 80,00% 60,00% Residentes SóciosSBD 16,34% 40,00% Sócios SBCD 47 SUB-TOTAL 946 20,00% 22,11% Estrangeiros Inscritos Argentina 4 SUB-TOTAL USA 9 16 Chile TOTAL GERAL 12 955 00,00% ■ MOBILIÁRIO PARA CLÍNICA ■ CRIO CAUTÉRIO DE NITROGÊNIO LITRO (NITRO SPRAY) ■ BOTIJÃO P/ NITROGÊNIO LÍQUIDO 18 L ■ DERMATOSCÓPIO ■ VÍDEO DERMATOSCÓPIO ■ BISTURI DE RÁDIO FREQUÊNCIA /ALTA FREQUÊNCIA ■ LUPA MANUAL COM LÂMPADA DE WOOD ■ ESTUFAS E AUTOCLAVES ■ FOTÓFOROS, LUMINÁRIAS, FOCOS COM UM E TRÊS BULBOS ■ LUPA DE PALA, DE MESA, COM TRIPÉ E MANUAL Fábrica: Av. Otacílio Tomanik, 457 - Butantã - São Paulo - SP CEP 05363-000 - Tel/Fax: (011) 3735-4166 E-mail: [email protected] - www.yoshimoveis.com.br www.sbcd.org.br 7 Pôsteres premiados durante o Congresso Estudo comparativo da dermoabrasão a motor e lixa d’água para tratamento de cicatrizes de acne. (P128) Prêmio Ival Peres Rosa R$ 1. 500,00 Autores: Adriana Amorim Vanti, Bogdana Victoria Kadunc e Eliana Ayako Uchida. Instituição: Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo - HSPM. Introdução: A dermoabrasão, no tratamento de cicatrizes de acne deprimidas não distensíveis pode ser realizada através de motores equipados com lixas diamantadas ou manualmente com lixas d’água. Comparam-se os 2 diferentes métodos em relação a: 1. conforto do paciente durante o procedimento e no período pós-operatório; 2. segurança da equipe médica; 3. profundidade atingida; 4. uniformidade do nivelamento; 5. duração do ato cirúrgico; 6. quantidade de exsudato no pós-operatório; 7. tempo de reepitelização; 8. resultado final; 9. presença de hiperpigmentação pósinflamatória; 10. outras complicações. Material e métodos: 15 pacientes de fototipos II e VI de Fitzpatrick, com cicatrizes de acne, foram submetidos à dermoabrasão manual com lixa d’água n.100 (Nortonâ) na hemiface esquerda, seguida do uso de lixa diamantada (cilíndrica áspera), com motor de alta rotação, na hemiface direita, até o aparecimento de pontilhado sangrante abundante, sob as mesmas condições de anestesia e cuidados pré e pós-operatórios. As avaliações foram feitas através de: fotografias, medidas colorimétricas comparativas, observação dos autores e dos próprios pacientes. Resultados: Não ocorreram diferenças significativas entre os métodos utilizados com referência aos itens 3, 4, 6, 7, 8, 9 e 10. Quanto aos itens 1 e 2, o método com lixa d’água se apresentou superior e quanto ao item 5, o método com motor mostrou-se mais rápido. Conclusão: Os dois métodos levam ao mesmo grau de benefício no tratamento das cicatrizes de acne. A lixa d’água apresenta maior segurança para o médico. Cirurgia oncológica histologicamente controlada (PO4) Prêmio Júri Oficial 1º lugar – R$ 1.000,00 Instituição: Serviço de Dermatologia do professor Doutor Luiz Henrique Camargo Paschoal. Autores: Prof. Carlos Santos Machado Filho, Gilles Landman, Carla Pontes, Rosemery Gomes, Fabiana M. Pedreira de Área onde foram expostos os 130 trabalhos. 8 Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica Freitas, Samantha de Souza, João Chiu. Os autores apresentam um trabalho retrospectivo detalhando uma técnica nova e alternativa à técnica de MOHS. A análise de 80 pacientes com carcinoma basocelular, na região de sulcos nasogenianos, nasal, infraorbitais, frontal, supralabial, malares, temporais e membros superiores, submetidos à cirurgia oncológica histologicamente controlada, mostra a eficácia da técnica nos pacientes operados, com acompanhamento de até 6 anos. A técnica de cirurgia oncológica histologicamente controlada é de baixo custo e de fácil realização em serviços universitários, com o apoio direto de um Serviço de Anatomia Patológica, proporcionando resultados terapêuticos satisfatórios. Técnicas de preenchimento: complicações graves (P107) Prêmio Júri Oficial 2º lugar – R$ 750,00 Instituição: Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo/Centro de Estudos Dr. Edson Morimoto. Autores: Bogdana Victoria Kadunc, Samira Yarak, Yassunobu Utiyama, Ursula Metelmann, Solange C.G.P.D’Avila. Introdução: As técnicas de preenchimento têm sido muito utilizadas. Na realização utilizam-se materiais de diversas naturezas, aplicados na derme ou subcutâneo. Complicações com aspecto clínico variado têm sido progressivamente relatadas. Objetivo: Demonstrar casos de 1. injeção intravascular na glabela, 2. atrofia de subcutâneo na face. Caso 1: V.L.F.M, feminino, 43 anos, procedente de São Paulo, imediatamente após aplicação de microesferas de polimetilmetacrilato (PMMA) (MetacrillÒ) em região de glabela evoluiu com dor intensa, ptose de pálpebra superior direita, sem alteração da visão, fundo de olho normal. Após 24 horas, apresentou eritema, lesões pápulo-nodulares, irregulares, zosteriformes, em dorso, nariz, região frontal, Dra. Cleide Ishida, Dr. Ival P. Rosa e Dra. Adriana Vanti, ganhadora do prêmio Jovem Cirurgião Dermatológico glabela, com área de necrose. Biópsia da região frontal mostrou processo granulomatoso tipo corpo estranho, e da região da glabela, processo inflamatório crônico granulamatoso. Após 60 dias evoluiu satisfatoriamente sem seqüelas. Caso 2: G.B, feminino, 65 anos, procedente de São Paulo, 10 meses após aplicação de injeção intradérmica de polioxietileno e polioxipropileno (ProfillÔ) nas regiões orbicular e malar, apresentou notável atrofia do tecido subcutâneo, estável, com ausência de sinais inflamatórios. Biópsia mostrou granuloma de corpo estranho. A atrofia vem sendo tratada com sessões de lipoescultura. Discussão: A injeção intradérmica apresenta risco alto de necrose do tecido por injeção intravenosa ou compressão. Esta complicação depende da técnica e pode ocorrer com qualquer material. Por outro lado, a atrofia de subcutâneo, por utilização de materiais de preenchimento, é um fenômeno inédito, sem casos anteriores descritos, que tem sido observado em nosso meio (Brasil) há aproximadamente 18 meses. Provavelmente trata-se de necrose do subcutâneo por reação com o material injetado. Experiência clínica do uso de LASER Nd: YAG 1064 nm Q-Switched associado a pasta de carbono na remoção dos pêlos (Sistema SoftLigth). (P22) Prêmio Júri Popular 1º lugar – R$ 1.000,00 Instituição: Consultório Particular - RJ Autores: Aline Albuquerque Pinheiro, Márcia Linhares, Sandra Azevedo. Introdução: As autoras analisaram a eficácia clínica do LASER Nd. YAG nm Q-Switched associado a pasta de carbono na remoção dos pêlos (Sistema SoftLigth), em variadas localizações, em relação à redução em número, espessura e intervalo sem pêlos. Foram avaliados 78 pacientes, de ambos os sexos, entre 16 e 72 anos, com fototipos de pele segundo Fitzpatrick de II a VI, sem restrições à pele bronzeada ou coloração dos pêlos. Foram excluídas: mulheres grávidas, em período de amamentação, doenças metastáticas, uso de isotretinoína sistêmica, infecção ativa e patologias sistêmicas graves. Não houve critério de exclusão em relação a alterações hormonais, micropolicistose ovariana, hirsutismo, hipertricose. Todos os pacientes foram submetidos ao LASER Nd: YAG 1064 nm Q-Switched com fluência de 2,5 J/cm2, spot size de 7mm, 10 pps, freqüência de 10 Hz. Não foi necessária anestesia prévia. Foram feitas sessões com o LASER, com intervalos a cada 5 semanas, de acordo com as áreas tratadas, e em alguns casos com intervalos maiores, esperando-se o crescimento dos pêlos. Os pacientes relataram um afinamento dos pêlos, maior intervalo no crescimento, melhora da foliculite e pseudofoliculite. O método foi descrito segundo os pacientes como rápido, tolerável quanto à dor e seguro. Descubra qual é o carcinoma basocelular (P51) Prêmio Júri Popular 2º lugar – R$ 750,00 Instituição: Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP Autores: Hamilton O. Stolf, Daniela S. Milhetti. Luciana P.F. Abbade O objetivo do presente trabalho é demonstrar através da iconografia, a variabilidade clínica do carcinoma basocelular, incluindo aspectos morfológicos, dimensões e localizações que assemelhamse a outros diagnóstico. Assim os autores demonstram pacientes de notória dificuldade diagnóstica. A metodologia, utilizada para checar o conhecimento do examinador, consistirá em apresentações de fotos pareadas de carcinoma basocelular a afecções que compartilham as mesmas características clínicas. Desta maneira, o examinador poderá testar sua habilidade diagnóstica, e surpreender-se-á com os resultados obtidos. Material e métodos: Uma paciente, branca, 74 anos, há quatro anos com uma mácula de 2,5x1,0 centímetros, de crescimento progressivo e coloração acastanhada a enegrecida na pálpebra inferior direita cuja biópsia confirmou um melanoma maligno. Resultados: Após a exérese do melanoma maligno in situ na pálpebra inferior realizamos um retalho de transposição com enxertia de mucosa oral e cartilagem da orelha para reconstrução da conjuntiva palpebral e tarso. Conclusão: Obtivemos bons resultados estético e funcional apesar da localização e extensão do tumor. www.sbcd.org.br 9 Destaques das aulas apresentadas A Dra. Selma Cernea ressaltou informações comentadas pelos seguintes palestrantes: Dr. Carlos Santos Machado Filho Apresentou resultados muito interessantes com técnica que este autor desenvolveu de utilização de "papa de melanócitos" para a repigmentação de áreas de vitiligo. Seu estudo com PCR do RNA mensageiro de tirosinase também demonstrou a presença de melanócitos em áreas acrômicas, embora estes não tenham atividade. Dra. Ana Maria Pinheiro A autora demonstrou as diversas indicações para a utilização de silicone injetável e salientou serem cicatrizes distensíveis de acne a melhor indicação de silicone. A autora ressaltou que a formação de granulomas está ligada a impurezas no material, injeção de grandes volumes ou aplicação em plano inadequado. Dra. Bogdana Victoria Kadunc Fez uma boa revisão de quelóides e cicatrizes hipertróficas. A autora salientou as principais diferenças clínicas entre ambas. Foi citada a utilização do dye laser de 585nm (Flashlamp- pumped pulsed dye laser) com melhora de 57-83% após 1-3 sessões, esta terapia deve ser associada a pressão ou corticóide intralesional. Interferon alfa-2b também tem sido usado. Sua ação se dá por inibição de colágeno anormal e ativação de colagenase. Também foi citada a utilização de 5 FU 50mg/cc associado ou não à Triancinolona 1mg/cc em injeções intralesionais com freqüência 1-3x/semana. A Bleomicina intralesional também é uma opção em aplicações mensais. líquido em lesões de Sarcoma de Kaposi clássico. A autora mostrou que em lesões maiores a combinação de radiofrequência para retirada da lesão tumoral seguida de criocirurgia sobre o leito cruento levou a excelentes respostas. Também foi demonstrada a utilização de crio para o tratamento de angioblastomas. Dr. Elezer Turjansky Demonstrou uma boa experiência com a utilização de criocirurgia para o tratamento de tumores malignos Dr. Carlos Roberto Antonio Demonstrou os perigos de utilização de preenchedores na região glabelar. Tratase de ruga primariamente dinâmica, localizada em área de pobre vascularização, o que possibilita a oclusão de ramos terminais, predispondo a isquemia e necrose. Há também um risco aumentado de cegueira pela comunicação da vascularização da região glabelar com a retina, seguindo-se um bloqueio de artéria retiniana com conseqüente perda da visão no campo visual daquele olho. Dr. Cássio Martins Villaça Neto Demonstrou a evolução da técnica tumescente para a lipoaspiração. O autor mostrou a utilização de punchs de 1,5mm para fazer os orifícios na pele. A anestesia com solução tumescente é injetada com agulhas de raqui ligadas à bomba de infusão contínua. A aspiração da gordura é realizada com micro-cânulas de diâmetros de 1,2 a 1,6mm. Dr. Francisco Macedo Paschoal Apresentou a dermatoscopia digital, que através da adaptação de vídeo câmeras à cabeça do dermatoscópio permite a captura e visualização imediata de imagens no monitor do computador. Estas imagens podem ser armazenadas para posterior análise, dispensando os filmes fotográficos. Estes mesmo softwares apresentam sistemas de análise automática, que são muito úteis no monitoramento de lesões névicas. Dra. Esther Stolar Apresentou a utilização de criocirurgia em tratamento de diversas dermatoses. Vale ressaltar a aplicação de nitrogênio ANÚNCIO DYSPORT 10 Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica FÓRUM OFF-LINE Estatísticas do Fórum off-line de Preenchimento Cutâneo 1. O que você considera mais importante para indicar uma técnica de preenchimento? Apresentamos a seguir os índices de respostas das alternativas mais selecionadas, conforme a orientação: 1 para o mais importante e 5 para o menos importante. 1 2 3 4 5 2. Diante do lançamento de uma nova substância para preenchimento, você? 3. Para correção de rugas glabelares, qual a sua primeira opção? 4. Para preenchimento do sulco nasogeniano, qual a sua primeira opção? 5. Qual a sua 1ª opção para rugas periorais? www.sbcd.org.br 11 PARECER DO FÓRUM 6. Qual a sua preferência para o preenchimento de cicatrizes de acne distensíveis? Considerações sobre a escolha da substância ideal Izelda Maria Carvalho Costa (Brasília – DF) 7. Em que lugar pratica dermatologia? 8. Há quantos anos pratica dermatologia? 12 ■ O que considerar mais importante ao se indicar uma técnica de preenchimento, e diante do lançamento de uma nova substância para preenchimento, como proceder? Ao indicarmos uma técnica de preenchimento cutâneo vários critérios são importantes, e eu enfatizaria a área a ser tratada, assim como a experiência com o produto, os fatores mais importantes. Acho que as novidades são importantes, mas não devem ser utilizadas imediatamente. É importante uma boa base científica para comprová-las, pois desta maneira podemos evitar dissabores. Vários pacientes não apresentaram alteração imediata e após 6 meses ou mais, efeitos graves indesejáveis apareceram, fatos estes observados em alguns casos de preenchimentos cutâneos. Portanto, é preciso cautela com as novidades. Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica ■ Para preenchimento do sulco nasogeniano, para rugas periorais, e para o preenchimento de cicatrizes de acne distensíveis qual a sua primeira opção? Acho que é difícil tratar o sulco nasogeniano, o PMMA parece-me uma boa opção até agora, assim como o enxerto de gordura. As rugas periorais podem ser complementadas com preenchedores como o ácido hialurônico, mas a minha primeira opção nestes casos de rugas periorais é a dermoabrasão, com excelentes resultados. As cicatrizes distensíveis de acne podem ser melhoradas com subcision e posteriormente submetidas à dermoabrasão. ■ Para correção de rugas glabelares, qual a sua primeira opção? É importante lembrar que as rugas da glabela são rugas dinâmicas, portanto somente deverão ser tratadas com toxina botulínica. PARECER DO FÓRUM Preenchimento cutâneo, existe uma substância ideal? A busca pela substância ideal tem sido constante e mais intensa nos últimos anos. Veja a seguir algumas orientações Rosane Orofino Costa (Rio de Janeiro – RJ) A preocupação com correção de cicatrizes, imperfeições, rugas ou sulcos é muito antiga. O primeiro a tentar algum procedimento foi Neuber, em 1893 na Alemanha, utilizando a gordura do próprio paciente. Desde então, a busca pela substância ideal tem sido constante e mais intensa nos últimos anos. Com freqüência somos apresentados a novas substâncias que surgem no mercado, assim como temos conhecimento de outras que se encontram em fases diferentes de estudo para uso comercial futuro, aliás um mercado bastante promissor do ponto de vista financeiro. O jovem médico deve aguçar seu senso crítico, já parte de nossa profissão, pois o marketing de determinados lançamentos nem sempre tem respaldo científico, ficando médicos e pacientes sujeitos a problemas futuros, como já aconteceu a alguns. Àqueles que se iniciam nesse tipo de procedimentos aconselha-se: ✓ Conhecer a patogenia e a histopatologia do defeito a ser corrigido ✓ Conhecer a substância a ser utilizada, sua segurança a longo prazo, baseada em trabalhos científicos realizados por cientistas reconhecidos e publicados em revistas especializadas éticas ✓ Seguir a técnica recomendada para a utilização da substância em questão ✓ Conhecer os riscos e o tratamento dos possíveis efeitos adversos ✓ Saber indicar e contra-indicar ✓ Ter o reconhecimento das autoridades de Saúde para a utilização da mesma em território nacional ✓ Conhecer bem seu paciente e ter com ele bom relacionamento Aqui vão algumas dicas: ■ Cuidado com as rugas glabelares! Nessa região é possível usar a toxina botulínica e associá-la com peelings químicos, abrasão da pele ou laser. Diversos eventos adversos, mesmo com utilização de substância e técnica adequadas, já foram descritos por profissionais experientes. Relacionamos, a seguir, algumas das características da substância ideal, publicada por Orenstreich & Orenstreich, em 1988 ■ Cuidado com a correção dos lábios! Esta região é muito frouxa, o edema logo se instala e é possível que não se tenha a idéia exata da quantidade injetada. Portanto, é preferível corrigir em mais de uma sessão. Não esquecer que é nesse local onde a durabilidade dos produtos é maior e, consequentemente o excesso de correção também. ✓ Fácil de ser implantada ■ Cuidado com substâncias permanentes, sobretudo nas pacientes mais jovens. As complicações normalmente são tardias. Contudo, essas substâncias são especialmente úteis na correção de defeitos e cicatrizes provocadas por doenças ou traumatismos. ■ Dor é uma queixa individual. Ofereça ao seu paciente o máximo de conforto no procedimento, portanto, conheça bem as técnicas de boa analgesia da área a ser tratada. ■ Faça sempre documentação fotográfica antes. Sempre nos arrependemos nos casos em que não fizemos, pois em geral, são dos pacientes queixosos. ■ Fique sempre disponível para seu paciente. ■ Freqüente cursos teóricos e práticos, discuta com os colegas, troque opiniões. Nunca sabemos o suficiente... ✓ Fácil de ser obtida por pessoas qualificadas e a custo razoável ✓ Capaz de ser fabricada na forma desejada ✓ Provocar resposta fibroblástica auto-limitada ✓ Não ser modificada fisicamente pelo tecido receptor ✓ Ser quimicamente inerte ✓ Não provocar resposta inflamatória do tipo corpo estranho ✓ Não causar amaurose quando injetada na pele da face ✓ Não ser tóxica, carcinogênica ou teratogênica ✓ Não causar alergia ou reações de hipersensibilidade ✓ Ser capaz de resistir ao estiramento mecânico ✓ Consistência física do tecido tratado ser igual a do tecido normal ✓ Longa duração ✓ Não estar sujeita a alterações latentes degenerativas ou de calcificação ✓ Persistência no local originalmente tratado, com mínima ou sem absorção, mesmo com movimentação da área Depois de ler esses itens, o que você acha? Já encontramos a substância ideal? www.sbcd.org.br 13 DICAS Toxina botulínica e gravidez Embora as evidências apontem para a segurança do seu uso durante a gestação, não se deve aplicar toxina botulínica para uso cosmético em pacientes em idade fértil que não façam uso de contraceptivo seguro. Rosane Orofino Costa (Rio de Janeiro, RJ) A toxina botulínica para uso cosmético é segura e eficaz, desde que se sigam as recomendações de uso. Contudo é medicamento contra-indicado para gestantes e lactantes, pois não se conhecem os riscos reais. Muitas vezes o médico se vê frente a uma paciente que não sabia que estava grávida ao realizar o procedimento cosmético. Além de relatos verbais existem publicações a respeito: Eric Moser et al. publicaram na Neurology, 1997, 48 (3) supl 2:A399 resultados de questionários enviados a 900 médicos americanos e respondidos por 396. Destes apenas 12 injetaram a toxina botulínica em 16 pacientes (uso não cosmético). Foram 2 abortos e 14 partos a termo cujos recémnascidos não apresentaram problemas durante o período pós-natal (trabalho patrocinado pelo laboratório Allergan). Na revista Lancet, 1996, 20:348 José Pólo, Juan Martin e José Berciano publicaram o caso de uma mulher grávida que foi internada com botulismo adquirido através de alimento contaminado na 23ª semana de gestação. Esteve internada por três meses quando deu a luz, espontaneamente a feto normal. Embora as evidências apontem para a segurança do seu uso durante a gestação, não se deve aplicar toxina botulínica para uso cosmético em pacientes em idade fértil que não façam uso de contraceptivo seguro. O aconselhável é incluir na anamnese essa possibilidade e alertar a paciente, como em qualquer outro procedimento cosmético, que não deve realizá-lo se pretende engravidar, pois qualquer complicação, mesmo que não relacionada à toxina botulínica, não terá respaldo jurídico. CARTAS E INFORMES A próxima edição do Jornal SBCD contará com uma nova seção onde serão publicados serviços, queixas, alertas ou reclamações dos sócios da SBCD sobre empresas fornecedoras de materiais, convênios, etc. Contribua com informações que podem ajudar outros colegas através do: [email protected]. Já estamos recebendo emails para publicação na próxima edição. A semente está plantada... Pelas facilidades de comunicação que a Internet oferece, ela apresenta-se hoje como um excelente mecanismo de educação médica continuada, especialmente em um país como o Brasil, onde o deslocamento para congressos e reuniões científicas muitas vezes se torna inviável. A Dra. Cleide Ishida, desde o início de sua gestão, estabeleceu como uma de suas prioridades desenvolver o site da SBCD, reconhecendo nele a possibilidade de levar atualização científica para os membros da nossa sociedade, de uma forma ágil e com fácil acesso. Durante este ano, conseguimos transformar o site da SBCD em todos os seus aspectos: design, navegação, conteúdo e, principalmente, na utilização pelos sócios, que têm com- 14 parecido e participado das atividades desenvolvidas. Durante os Fóruns On Line, médicos de diferentes regiões do Brasil tiveram a oportunidade de "conversar" com expoentes da SBCD, aprendendo dicas cirúrgicas, trazendo suas dúvidas e também as suas experiências pessoais, o que dificilmente acontece em um congresso. A isto se chama difundir informação e conhecimento à distância, possíveis graças à comunicação instantânea que a Internet permite, conectando pessoas de norte a sul do país, e que, agora, já é uma realidade em nossa homepage. A ótima receptividade dos sócios que participaram das atividades "on line", elogiando o trabalho desenvolvido, mostrou que a semente foi bem plan- Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica NA WEB tada e que, se cultivada, ainda vai render bons frutos para os membros Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. Agradeço a oportunidade de ter participado desta revolução, confiante de que o site da SBCD se consolidará, em um futuro próximo, como uma fonte de atualização médica e troca de informações científicas sobre a Cirurgia Dermatológica, atingindo nosso objetivo inicial. Visite o site em www.sbcd.org.br e veja a transcrição completa dos últimos Fóruns On Line e algumas pérolas cirúrgicas extraídas deles. Roberto Barbosa Lima Coordenador de Internet da SBCD (2000/2001) EVENTOS A SBCD valorizando as parcerias Apresentando a nova sede ■ No dia 31 de maio, a diretoria da SBCD reuniu para um café da manhã em sua nova sede, Av. Paulista, 2073 – Horsa I – 8º andar, conjunto 804, em São Paulo, representantes da indústria farmacêutica, visando apresentar-lhes o espaço, em reconhecimento à importância da parceria das empresas da área com a SBCD. Foi aproveitada a ocasião para também colocar à disposição da diretoria e dos sócios a televisão cedida pela Biosintética, possibilitando assistir aos vídeos arquivados na sede. Workshop sobre o uso da toxina botulínica ■ Foi realizado em Goiânia, no dia 23 de junho, um workshop sobre o "Uso cosmético e Terapêutico da Toxina Botulínica", ministrado pela Dra. Nalu Iglesias e sob a coordenação do Capítulo de Goiânia da SBCD e patrocínio da Allergan. www.sbcd.org.br 15 NOVA DIRETORIA Mudanças nos Workshops ✓ O banco de professores-coordenadores será ampliado, sendo esses escolhidos entre profissionais detentores de conhecimento e destreza em áreas cirúrgicas específicas; ✓ Os valores cobrados serão diferenciados entre os sócios da SBCD e SBD e, ainda entre os cursos oferecidos, considerando a cobertura de despesas e lucro líquido para SBCD (Nacional e Capítulo); Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica Diretoria – 2001/2002 Rogério T. Ranulfo Presidente Francisco Le Voci Vice-Presidente Carmelia Reis Coordenadora Geral dos Workshops Humberto Ponzio Presidente eleito/2002 Os Workshops na gestão da nova diretoria da SBCD, sob a presidência do Prof. Rogério Tércio Ranulfo serão mantidos com algumas alterações: ✓ Serão oferecidos cursos básicos associados a cursos estéticos, sendo o primeiro pré-requisito para a participação no segundo; ✓ Os sócios que já tiverem pontuação adquirida em cursos básicos anteriores, serão dispensados e poderão participar somente dos cursos estéticos; ✓ Os cursos estéticos inseridos são: peelings, preenchimento com Ácido hialurônico e uso da toxina botulínica; ✓ Os cursos serão distribuídos sincronicamente em macro-regiões com temáticas iguais ✓ Os sócios do interior de São Paulo e Minas Gerais também serão beneficiados; 16 ✓ O patrocínio dos cursos será fechado com um laboratório de cada vez, favorecendo-lhe total primazia. A princípio será oferecido para os laboratórios distribuidores de produtos para preenchimentos, Botox e Dysport Legenda: CB (Cirurgia básica) CE (Curso estético) ■ CB 1- Cirurgia Básica: técnicas fundamentais na cirurgia dermatológica - cirurgia em pé de porco. ■ CB 2- Anatomia Facial Cirúrgica: curso prático em peças anatômicas. Conceitos em cirurgia cutânea. Estudo da musculatura facial e suas inervações. Distribuição topográfica. Projeções superficiais em estruturas anatômicas. Bloqueios de nervos: técnicas, indicações e contra-indicações. Estudo da irrigação da cabeça. Zonas críticas. ■ CB 3- Criocirurgia Básica: princípios fundamentais. Equipamentos. Criógenos. Técnicas de tratamento ■ CB 4- Eletrocirurgia Básica: fundamentos básicos. Aplicação dos diferentes tipos de ondas. Noções gerais. Técnicas de tratamento. ■ CB 5- Radioeletrocirurgia: fundamentos básicos. Tipos de correntes: corte puro, corte e coagulação simultâneas, coagulação e hemostasia, fulguração. Bipolar. ■ CB 6- Dermatoscopia Básica: fundamentos, instrumental e técnicas básicas. Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica ■ CE 1- Peelings Químicos: fundamentos básicos. Indicações. Tipos e técnicas. ■ CE 2- Toxina Botulínica: fundamentos básicos, indicações e técnicas de aplicação. ■ CE 3- Preenchimentos: Ácido Hialurônico – indicações e técnicas de aplicação. Os workshops serão sempre realizados em dois blocos – Cirurgia Básica e Cirurgia Estética ■ Os cursos CB 1 e CB 2 serão prérequisitos para os demais, entretanto, serão considerados cursos realizados durante eventos promovidos pela SBD e SBCD (programa de EMC, jornadas e Congresso Brasileiro) mediante comprovacão através de cópia do certificado, no ato da inscricão no evento ■ Os cursos estéticos deverão serão demonstrativos. Serão oferecidas até 04 vagas hand-on por curso, porém com valores diferenciados. Divulgação do evento e despesas com palestrantes – Responsabilidade da SBCD. A organização do evento estará a cargo do coordenador regional e presidente da regional, com suporte da Coordenadoria Nacional de Cursos Práticos. A partir da próxima edição Estaremos dedicando um espaço do Jornal para os sócios quites com a Sociedade divulgarem informações sobre compra e venda de materiais e aparelhos, espaço para profissionais, oportunidades, etc. Utilize este espaço enviando as suas informações para: [email protected]