CADERNO DE PROVAS PROCESSO SELETIVO 01/2013 PARA O CARGO DE Professor de Educação Básica - PEB I Aspásia - 27/01/2013 Nome: ............................................................................. RG ..................................... CADERNO DE PROVAS LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO ANTES DE INICIAR AS PROVAS 1. SOBRE A MARCAÇÃO DO CARTÃO DE RESPOSTA 1.1 Este caderno de provas é composto de 40 questões objetivas. 1.2 Em cada questão há apenas uma alternativa correta. Marque somente uma letra como resposta. 1.3 Use caneta esferográfica azul ou preta para cobrir de tinta a letra da alternativa correta. 2. CUIDADOS AO MARCAR A FOLHA DE RESPOSTA 2.1 O cartão de resposta não poderá ser substituído. 2.2 Marque sua resposta de modo que a tinta da caneta fique bem visível. 2.3 Ao terminar as provas, verifique cuidadosamente se passou todas as suas respostas para o respectivo cartão. 2.4 Depois de preenchido o cartão de resposta, entregue-o, junto com o caderno de questões, ao fiscal. 3. FATORES QUE ANULAM UMA QUESTÃO 3.1 Questão sem marcar; 3.2 Questão com rabisco, rasura ou manchas; e 3.3 Questão com mais de uma opção assinalada. 4. OUTRAS INFORMAÇÕES 4.1 As provas terão duração de 3 horas, já estando incluído o tempo de preenchimento do cartão de resposta. 4.2 Não é permitido fazer perguntas durante as provas. Caso necessite de esclarecimento, levante o braço e aguarde o fiscal. 4.3 Verifique se o caderno de provas contém 40 questões objetivas e uma proposta de redação (dissertação). Se o mesmo estiver incompleto ou apresentar qualquer outro defeito, solicite ao fiscal que tome as providências cabíveis. OBSERVAÇÕES: I. Os gabaritos oficiais das provas e listas de classificação serão afixados nos quadros de avisos da Prefeitura Municipal de Aspásia, bem como divulgados nos endereços eletrônicos www.aspasia.sp.gov.br e www.dreducacao.com.br. II. Não será permitido ao candidato levar consigo o caderno de provas. LÍNGUA PORTUGUESA 01. Considerando-se os elementos verbais e visuais da charge, conclui-se que o humor decorre do(a) a) crítica despropositada feita a um livro considerado um clássico da literatura universal. b) duplo sentido que a palavra “barata” adquire no contexto do último quadrinho da tirinha. c) ambiguidade do substantivo “impressão”, presente no segundo quadrinho. d) explícita referência intertextual que ocorre no primeiro quadrinho da tira. e) traço caricatural das personagens que as aproxima do conteúdo do livro mencionado. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 4 QUESTÕES A presidente Dilma ou a presidenta Dilma? Laércio Lutibergue Essa é a pergunta que mais temos recebido nos últimos dias por e-mail, pelas redes sociais (Twitter e Facebook) e mesmo pessoalmente. Há uma explicação para isso(I): a eleição da primeira mulher à Presidência da República, Dilma Rousseff. Já falamos deste assunto aqui(II), mas diante do acontecimento do domingo 31 de outubro e da avalanche de perguntas somos obrigados a retomá-lo. Gramaticalmente as duas formas estão corretas. Ou seja, pode ser “a presidente Dilma” e “a presidenta Dilma”. Neste momento, com base nas ocorrências na imprensa, inclusive no Jornal do Commercio, sem dúvida “a presidente” é a mais comum. E, se olharmos para o passado da língua, é a mais lógica. Palavras que vieram do particípio presente do latim, normalmente terminadas em -ante, -ente e -inte, são invariáveis. O que identifica o gênero delas é o artigo ou outro determinante: o/a amante, o/a gerente, meu/minha presidente. A língua, contudo, nem sempre é lógica. Muitas vezes ela foge do controle e revela uma face inventiva indiferente às regras. Isso ocorreu, por exemplo, com “comediante”, que ganhou o feminino “comedianta”; com “infante”, que ganhou “infanta”; com “parente”, que ganhou “parenta”; e com “presidente”, que ganhou “presidenta”. Certamente o extralinguístico atuou na formação desses femininos. A versão feminina de um nome de cargo destaca com mais força a presença da mulher na sociedade. Os mais velhos devem se lembrar do que ocorreu com a indiana Indira Gandhi. Começaram chamando-a de “o primeiroministro Indira Gandhi”; depois, passaram para “a primeiro-ministro”; e terminaram em “a primeira-ministra”. E hoje alguém tem dúvida de que uma mulher é “primeiraministra”? A favor de “presidenta” existe também o aspecto legal. A Lei Federal nº 2.749/56 diz que o emprego oficial de nome designativo de cargo público deve, quanto ao gênero, se ajustar ao sexo do funcionário. Ou seja, segundo a lei, os cargos, “se forem genericamente variáveis”, devem assumir “feição masculina ou feminina”. Por tudo isso(III), defendemos a adoção do feminino “a presidenta”. Apesar de neste momento a maioria, pelo que mostra a imprensa, preferir “a presidente”. Intuímos, porém, que ocorrerá no Brasil o mesmo(IV) que sucedeu com dois vizinhos nossos. Na Argentina, Cristina Kirchner começou sendo chamada de “la presidente” e hoje é “la presidenta”. O mesmo ocorreu com Michelle Bachelet, no Chile, que(V) terminou o mandato como “la presidenta”. O tempo dirá se nossa intuição estava certa. (Texto publicado na coluna "Com todas as letras", Jornal do Commercio do Recife, em 10/11/2010) 02. Releia o texto e observe as palavras numeradas em destaque. Assinale a alternativa que aponta corretamente as relações coesivas estabelecidas por esses termos. a) Em (I), o pronome demonstrativo “isso” retoma a pergunta polêmica realizada no título do artigo. b) Em (II), o advérbio de lugar “aqui” referese à coluna que o autor escreve no Jornal do Commercio. c) Em (III), a expressão “tudo isso” remete a todas as informações explicitadas pelo autor ao longo do texto. d) Em (IV), o pronome demonstrativo “mesmo” antecipa a mudança para o termo “presidenta” na imprensa brasileira. e) Em (V), o pronome relativo “que” retoma o termo antecedente “Chile”. 03. A respeito da polêmica linguística debatida no texto, o autor assume um posicionamento discursivo. Assinale a alternativa que indica corretamente sua posição. a) A forma “presidenta” assinala o uso de um registro informal da linguagem. b) O uso do termo “presidenta” é autorizado pela evolução histórica da língua. c) A imprensa ancora-se no fator extralinguístico ao fazer uso de “presidente”. d) O autor apoia o uso dos dois termos respaldando-se na gramática. e) A forma “presidenta” encontra respaldo na lei, na gramática e no uso. 04. Quanto aos tipos de argumentos utilizados pelo autor, analise as proposições abaixo. I. O argumento de exemplificação em todo o texto corrobora com a defesa do termo “presidenta”. II. O dispositivo legal e a gramática constituem, nesse contexto, argumentos de autoridade. III. A indicação de que outros países usam a forma “presidenta” é um argumento do senso comum. IV. O principal argumento que explica o uso de “presidenta” é o fator extralinguístico. V. A referência ao fato de a imprensa não usar o termo “presidenta” é um argumento por prova concreta. Estão corretas, apenas: a) I, II e V b) I, III e IV c) II e III d) II, IV e V e) I e IV 05. No que concerne ao valor semântico e à função sintática dos conectivos do texto, marque a alternativa incorreta. a) A conjunção integrante “se” (primeira linha do terceiro parágrafo) indica uma condição, uma hipótese para se defender o uso do termo presidenta. b) A conjunção adversativa “contudo” (primeira linha do quarto parágrafo) nega a visão de que a estrutura da língua é alicerçada apenas na lógica. c) A partícula explicativa “ou seja” (terceira linha do sexto parágrafo) introduz uma sequência sinônima ao período anterior. d) A conjunção concessiva “apesar” (primeira linha do sétimo parágrafo) introduz uma ideia oposta à da frase anterior, porém de menor valor argumentativo. e) A conjunção integrante “se” (última linha do sétimo parágrafo) atribui um valor hipotético quanto ao uso do termo “presidenta” pela imprensa brasileira. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 5 QUESTÕES Seria o fogo em minha casa? Correriam risco de arder todos os meus manuscritos, toda a expressão de toda a minha vida? Sempre que esta ideia, antigamente, simplesmente me ocorrera, um pavor enorme me fazia estarrecer. E agora reparei de repente, não sei já se com pasmo ou sem pasmo, não sei dizer se com pavor ou não, que me não importaria que ardessem. Que fonte – que fonte secreta mas tão minha – se me havia secado na alma? Fernando Pessoa: Barão de Teive: a educação do insólito. 06. As interrogações iniciais permitem, sem comprometer o sentido textual, a seguinte leitura ou compreensão: a) Quando o fogo fosse em minha casa, correriam risco de arder todos os meus manuscritos, toda a expressão de toda a minha vida. b) Se o fogo fosse em minha casa, correriam risco de arder todos os meus manuscritos, toda a expressão de toda a minha vida. c) Porque o fogo seria em minha casa, correriam risco de arder todos os meus manuscritos, toda a expressão de toda a minha vida. d) Mesmo que o fogo fosse em minha casa, correriam risco de arder todos os meus manuscritos, toda a expressão de toda a minha vida. e) Seria tanto fogo em minha casa, que correriam risco de arder todos os meus manuscritos, toda a expressão de toda a minha vida. 07. As reflexões do autor se identificam melhor com o seguinte posicionamento: a) Normalmente, a gente não para para pensar sobre a vida, porque ela nunca muda, e, quando alguma coisa muda, sempre sabemos quando ocorreu e o que ocasionou a alteração, visto que somos nós mesmos os agentes conscientes de tudo que se altera em nós. b) De repente, a gente para para pensar na vida, vê que tudo mudou, que não conseguimos mais concordar com nossas antigas opiniões, mas, se nos perguntarem, sempre sabemos explicar tudo sobre tais mudanças. c) Sem precisar de muitas explicações, o pensamento da gente começa a se fixar nas mudanças que alteram nossa vida, porque alteram nossa opinião sobre as coisas, e o melhor disso tudo é que somos sempre atentos a cada passo diferente e, por isso, somos capazes de dar explicações sobre os diversos aspectos em que as coisas mudaram. d) Todos os dias, a vida mostra com mais verdade que a gente nunca foi capaz de mudar qualquer opinião ou sentimento a respeito das coisas que nos são caras. e) Um belo momento na vida, a gente para para refletir e percebe que as coisas, mesmo as mais profundas das nossas particularidades, sempre mudam, embora nunca possamos voltar no tempo para contemplar o momento exato em que isso ocorreu, bem como nem sempre sabemos explicar as causas de tais mudanças. 08. O esquema frasal do texto, como se pode observar, é formado por duas interrogações sucedidas por duas declarações sucedidas por uma interrogação. Desse esquema, obtém-se uma estrutura em que se pode delimitar a) introdução (nas duas interrogações iniciais), desenvolvimento (nas declarações), conclusão (na interrogação final). b) introdução (na primeira interrogação), desenvolvimento (na segunda interrogação), conclusão (na interrogação final). c) introdução (nas duas interrogações iniciais), desenvolvimento (na primeira declaração), conclusão (na segunda declaração juntamente com a interrogação final). d) introdução (nas duas interrogações iniciais juntamente com a primeira declaração), desenvolvimento (na segunda declaração), conclusão (na interrogação final). e) introdução (na primeira interrogação), desenvolvimento (na segunda interrogação juntamente com as declarações), conclusão (na interrogação final). 09. A sequência do texto permite a seguinte compreensão em torno da ideia-problema que lhe é central: a) Antes de tudo, expõem-se as explicações que justificam o problema; depois, vêm as considerações sobre os rumos do problema; por fim, é apresentada uma possibilidade de problema. E a síntese da sequência deste texto é: exposição do problema (introdução); definição do problema (desenvolvimento); hipótese sobre o problema (conclusão). b) Antes de tudo, é apresentado o problema imaginário, seguido de sua circunstância; depois, vêm as explicações que justificam o problema; por fim, são tecidas considerações sobre os rumos do problema. E a síntese da sequência deste texto é: hipótese do problema (introdução); justificativas do problema (desenvolvimento); fechamento do problema (conclusão). c) Antes de tudo, é apresentada uma indagação decorrente das reflexões sobre o problema; depois, vêm as considerações sobre o problema; por fim, é revelada a circunstância e o problema propriamente dito. E a síntese da sequência deste texto é: decorrências do problema (introdução); análise do problema (desenvolvimento), apresentação circunstancial do problema (conclusão). d) Antes de tudo, é apresentada a circunstância em que o problema é gerado e qual é o problema gerado; depois, vêm as considerações sobre o problema a partir de suas relações com o tempo; por fim, é apresentada uma indagação decorrente das reflexões sobre o problema. E a síntese da sequência deste texto é: apresentação do problema (introdução); análise do problema (desenvolvimento); consequência das alterações do problema (conclusão). e) Antes de tudo, são apresentadas as mudanças de estado referentes ao problema; depois, vem a circunstância em que é gerado e qual é o problema; por fim, a busca da causa das alterações do problema. E a síntese da sequência deste texto é: estados do problema (introdução); apresentação do problema (desenvolvimento); causas do problema (conclusão). 10. As interrogações como autoquestionamento e o emprego da primeira pessoa do singular, de verbos no futuro do pretérito, elaborando hipóteses, são marcas textuais referentes a) a uma busca de testar a eficiência do canal de comunicação, medindo o nível do contato no ambiente comunicativo, e caracterizam a função fática da linguagem. b) ao apelo à atenção ou tentativa de persuasão dirigida ao decodificador da mensagem, e caracterizam a função conativa ou apelativa da linguagem. c) à emotividade ou à expressividade do enunciador da mensagem, e caracterizam a função emotiva ou expressiva da linguagem. d) à conceituação, à referência e à informação objetiva do elemento temático da mensagem, e caracterizam a função referencial da linguagem. e) a uma explicação, definição e análise dos elementos do código da mensagem, e caracterizam a função metalinguística da linguagem. CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS 11. Conforme Paulo Freire a prática formadora é de natureza eminentemente ética e nesse sentido o educador precisa intervir para aperfeiçoá-la. Ao afirmar que o “destino” não é um dado mas algo que pode ser feito e de cuja responsabilidade não se pode eximir, considera que é preciso: a) Assumir as responsabilidades sociais, insistir tanto na problematização do futuro como acreditar no determinismo. b) Assumir as responsabilidades sociais, insistir tanto na problematização do futuro como recusar a sua inexorabilidade. c) Assegurar a educação popular, mas considerar os determinantes políticos e o determinismo. d) Garantir os saberes necessários à prática educativa, mas ter clareza da força do determinismo. e) Assegurar as experiências sociais dos estudantes e a formação para operar as transformações necessárias na sociedade, sem esquecer os determinismos que nos move. 12. A prática educativa progressista requer o respeito aos saberes do educando, sobretudo os das classes populares, mas também discutir com eles a razão de ser de alguns desses saberes em relação com o ensino dos conteúdos. Nessa perspectiva, é necessário: a) Respeitar a promoção da ingenuidade que se faz automaticamente, a fim de assegurar a manutenção dos valores sociais que prevalecem na sociedade brasileira. b) Criar condições para que o educando estabeleça relações com o que ocorre em sua comunidade e na sociedade brasileira, assegurando a manutenção dos privilégios daqueles que coordenam as decisões. c) A repetição e a memorização dos fatos que ocorrem na sociedade brasileira, encarando os fatos de forma determinista. d) Garantir o senso comum dos estudantes como ponto de partida e chegada das aprendizagens, o que favorece a permanência do educando nos programas. e) O respeito ao senso comum no processo de sua necessária superação quanto o respeito e o estímulo à capacidade criadora do educando. 13. Há uma diferença entre autoridade e autoritarismo docente. Ao tomar decisões, orientar atividades, estabelecer tarefas, cobrar a produção individual e coletiva do grupo, o educador está: a) Exercendo a autoridade, cumprindo o seu dever. b) Exercendo suas funções com autoritarismo. c) Assumindo uma postura bancária. d) Exercendo a função policiadora. e) Utilizando as duas posições: como autoridade e com autoritarismo. 14. Conforme Paulo Freire o/a educador/a progressista deve estar atento/a à difícil passagem ou caminhada da heteronomia para a autonomia, atento/a à responsabilidade de sua presença que deve servir para testemunhar o direito de comparar, de escolher, de romper, de decidir e estimular a assunção deste direito por parte dos educandos. Assim sendo deve estar atento/a a que o seu trabalho possa: a) Estimular a ruptura necessária com algo defeituosamente assentado e à espera de superação. b) Impor mudanças mesmo que o educando não sinta que deve mudar. c) Significar um estímulo ao processo de ensino e de aprendizagem. d) Assegurar a manutenção da ordem vigente. e) Garantir a neutralidade dos conteúdos transmitidos. 15. A educação em instituições creditadas para oferecer propostas formativas deve constituir-se como uma ajuda intencional, planejada e continuada para crianças, jovens e adultos diferindo de processos educativos que ocorrem em outras instâncias como família, mídia e outros espaços de construção para o convívio social. Assim sendo deve ser priorizada: a) A importância do assistencialismo como fator preponderante para as necessárias transformações sociais. b) Como fator preponderante para a necessária manutenção da sociedade. c) A uniformização das turmas. d) A filosofia da instituição, programas, projetos e a sua importância na construção da democracia. e) A filosofia da instituição, programas, projetos e o seu papel para a transformação da sociedade. 16. A permanência dos alunos em programas e na escola pública embora tenha causas múltiplas, tem um fator que favorece a participação e manutenção dos seus usuários que é o reconhecimento da diversidade e a busca de formas de acolhimento que exige por parte da equipe gestora e docente: a) Disponibilidade, informações a respeito da clientela atendida, discussões, reflexões e algumas vezes ajudas externas. b) Ações assistencialistas haja vista as inúmeras carências presentes na clientela atendida. c) Apoio incondicional dos órgãos competentes e externos, condição básica para o sucesso dos alunos. d) Disponibilidade dos pais em ajudar ao programa, informações a respeito da clientela atendida pelos familiares, sem os quais é impossível a permanência dos alunos. e) Informações a respeito da clientela atendida, adquirida com os docentes anteriores e aceitação da expectativa negativa em torno dos alunos indisciplinados. 17. O relacionamento entre escola e comunidade deve ter como um dos objetivos: a) O apoio as manifestações artísticoculturais exclusivamente. b) A criação de ambientes culturais nos equipamentos comunitários que contribuam para a aprendizagem e formação para o trabalho. c) A formação dos alunos para o mercado de trabalho d) A criação de ambientes culturais diversificados que contribuam para o conhecimento e para a aprendizagem do convívio social. e) A inserção de todos os adolescentes no mercado de trabalho por meio de parcerias que garantam a empregabilidade dos mesmos. 18. As metodologias e recursos de ensino devem ser utilizados como meios para favorecer a produção e a utilização das diferentes linguagens, das expressões e dos conhecimentos históricos, sociais, científicos e tecnológicos, tendo em vista contribuir para: a) A manutenção da sociedade vigente e das relações sociais hierarquizadas. b) A construção da autonomia intelectual e moral do aluno, do poder de argumentação e do aprender permanente. c) Ações compensatórias que favorecem a construção de uma cidadania mitigada. d) Assegurar medidas de contenção social, materializadas por meio de ações compensatórias. e) Que as ações assistencialistas ocorram no processo educativo. 19. De acordo com o pensamento sóciohistórico crítico orientado à busca da igualdade social as medidas afirmativas só têm sentido quando acompanhadas de ações estruturantes, de maneira que se atenda aos que estão necessitando de ajuda imediata e pontual, sem perder de vista que a referência deve ser: a) A melhoria das condições de vida das pessoas carentes, tendo como base ações assistencialistas e episódicas. b) O atendimento diferenciado aos grupos populacionais que estão em condições socioeconômicas desfavoráveis, caracterizando-se como política de governo. c) O atendimento diferenciado aos grupos populacionais que estão em condições socioeconômicas desfavoráveis, por meio de ações compensatórias. d) A melhoria das condições de vida desses grupos e de toda a sociedade, convertendose em políticas públicas de estado. e) O atendimento diferenciado aos grupos populacionais que estão em condições socioeconômicas desfavoráveis, as quais devem ser caracterizadas como política de governo. 20. Na tendência sócio-histórico e crítica a Didática deve contribuir na formação do educador, com o seu comprometimento afetivo-ideológico, com a constante reflexão sobre a sua prática de forma que: a) Desenvolva as competências para operacionalizar as técnicas de ensino, como fins. b) Ele possa dedicar-se tão somente ao ensino de mecanismos pelos quais possa desenvolver o ensino-aprendizagem. c) Encontre os meios para atingir os fins. d) Sua prática educativa seja desenvolvida para o educador. e) Seja garantida a transmissão de uma carga de conteúdos moralizantes. MATEMÁTICA 21. Em uma determinada empresa, os trabalhadores devem se especializar em pelo menos uma língua estrangeira, francês ou inglês. Em uma turma de 76 trabalhadores, têm-se: • 49 que optaram somente pela língua inglesa; • 12 que optaram em se especializar nas duas línguas estrangeiras. O número de trabalhadores que optaram por se especializar em língua francesa foi a) 15. b) 27. c) 39. d) 44. e) 64. 22. A receita obtida pela venda de um determinado produto é representada pela função R(x) = – x2 + 100x, onde x é a quantidade desse produto. O gráfico da referida função é apresentado abaixo. É CORRETO afirmar que as quantidades a serem comercializadas para atingir a receita máxima e o valor máximo da receita são, respectivamente, a) 50 e 2.000. b) 25 e 2.000. c) 100 e 2.100. d) 100 e 2.500. e) 50 e 2.500. 23. As escalas de temperatura mais conhecidas são Célsius (ºC) e Fahrenheit (ºF). Nessas escalas, o ponto de congelamento da água corresponde a 0ºC e 32ºF, e o ponto de ebulição corresponde a 100ºC e 212ºF. A equivalência entre as escalas é obtida por uma função polinomial do 1º grau, ou seja, uma função da forma f(x) = ax + b, em que f(x) é a temperatura em grau Fahrenheit (ºF) e x a temperatura em grau Célsius (ºC). Se em um determinado dia a temperatura no centro do Recife era de 29ºC, a temperatura equivalente em grau Fahrenheit (ºF) era de: a) 84ºF b) 84,02ºF c) 84,1ºF d) 84,12ºF e) 84,2ºF 24. Um fluxo bem organizado de veículos e a diminuição de congestionamentos têm sido um objetivo de várias cidades. Por esse motivo, a companhia de trânsito de uma determinada cidade está planejando a implantação de rotatórias, no cruzamento de algumas ruas, com o intuito de aumentar a segurança. Para isso estudou, durante um certo período de tempo, o fluxo de veículos na região em torno do cruzamento das ruas Cravo e Rosa, que são de mão única. Na figura, os trechos designados por X, Y, Z e T representam a região de estudo em torno desse cruzamento, sendo que as setas indicam o sentido de tráfego. Considere que, no período de tempo do estudo, – pelo trecho X da rua Rosa transitaram 250 veículos; – pelo trecho Y da rua Rosa transitaram 220 veículos; – pelo trecho Z da rua Cravo transitaram N veículos, sendo N um número natural, e – pelo trecho T da rua Cravo transitaram 210 veículos. No período de tempo do estudo na região descrita, os técnicos observaram que os únicos veículos que transitaram são os citados no texto e que destes, só 15 ficaram estacionados no local. Assim sendo, no período de tempo do estudo, o número de veículos que transitou pelo trecho Z da rua Cravo foi a) 175. b) 180. c) 185. d) 190. e) 195. 25. Num mundo cada vez mais matematizado, é importante diagnosticar, equacionar e resolver problemas. Dada a equação 2(x + 5) – 3(5 – x) = 10, é CORRETO afirmar que o valor de x nessa equação é: a) Um múltiplo de nove. b) Um número inteiro negativo. c) Um número par. d) Um número composto. e) Um número natural. A imagem apresenta algumas ruas e avenidas de Mirassol, onde percebemos que a Av. Vitório Baccan, a Rua Romeu Zerati e a Av. Lions Clube/Rua Bálsamo formam uma figura geométrica que se aproxima muito de um triângulo retângulo, como representado no mapa. 26. Indique qual dos conjuntos abaixo é constituído somente de números racionais. a) {−1, 2, 2, π}. { c) { 1 2 b) −5, 0, , 9 −2, 0, π, d) 2 3 } } { 3, 64, π, 2} 1 e) ⎧⎨−1, 0, 3, ⎫⎬ 3 ⎭ ⎩ 27. Na figura abaixo, R, S e T são pontos sobre a circunferência de centro O. Se x é o número real, tal que a = 5x e b = 3x + 42° são as medidas dos ângulos RTS e ROS, respectivamente, pode-se dizer que a) a = 30° e b = 60°. b) a = 80° e b = 40°. c) a = 60° e b = 30°. d) a = 40° e b = 80°. e) a = 30° e b = 80°. TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES As ruas e avenidas de uma cidade são um bom exemplo de aplicação de Geometria. Um desses exemplos encontra-se na cidade de Mirassol, onde se localiza a Etec Prof. Mateus Leite de Abreu. Considere que – a Rua Bálsamo é continuação da Av. Lions Clube; – o ponto A é a intersecção da Av. Vitório Baccan com a Av. Lions Clube; – o ponto B é a intersecção da Rua Romeu Zerati com a Rua Bálsamo; – o ponto C é a intersecção da Av. Vitório Baccan com a Rua Romeu Zerati; – o ponto D é a intersecção da Rua Bálsamo com a Rua Vitório Genari; – o ponto E é a intersecção da Rua Romeu Zerati com a Rua Vitório Genari; – a medida do segmento AC é 220 m; – a medida do segmento BC é 400 m e – o triângulo ABC é retângulo em C. 28. Considere que o trecho DE da rua Vitório Genari é paralelo ao trecho AC da Av. Vitório Baccan. Sabendo que a medida do segmento DE é 120 m, então a medida do trecho CE da Rua Romeu Zerati é, em metros, mais próxima de a) 182. b) 198. c) 200. d) 204. e) 216. 29. Para resolver a questão, utilize a tabela abaixo. 26° sen 0,44 cos 0,90 tg 0,49 29° 0,48 0,87 0,55 41° 0,66 0,75 0,87 48° 0,74 0,67 1,11 62° 0,88 0,47 1,88 No triângulo ABC, o valor do seno do ângulo ˆ é, aproximadamente, ABC a) 0,44. b) 0,48. c) 0,66. d) 0,74. e) 0,88. 30. Num grupo de 142 pessoas, foi feita uma pesquisa sobre três programas de televisão A, B e C e constatou-se que: - 40 não assistem a nenhum dos três programas; - 103 não assistem ao programa C; - 25 só assistem ao programa B; - 13 assistem aos programas A e B; - O número de pessoas que assistem somente aos programas B e C é a metade do número de pessoas que assistem somente A e B; - 25 só assistem a 2 programas; - 72 só assistem a um dos programas. Pode-se concluir que o número de pessoas que assistem a) ao programa A é 30. b) aos programas A e C é 13. c) ao programa C é 39. d) aos programas A ou B é 63. e) aos três programas é 6. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 31. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº 9394/96 ressalta que, ao organizar o currículo da educação infantil, o Sistema Municipal deve garantir que a avaliação a ser empregada a) crie mecanismos para impedir o acesso do aluno ao nível subsequente caso só tenha seis anos de idade no início do ano letivo. b) não impeça o acesso dos alunos às etapas ou nível subsequente (ensino fundamental). c) impeça o acesso dos alunos ao ensino fundamental caso só tenha no início do ano letivo 5 anos e 11 meses. d) assegure as competências necessárias para que o aluno conclua a sua alfabetização aos 9 anos de idade. e) seja mediadora, ou seja, assegure estratégias que favoreçam a classificação dos alunos e organização das turmas, conforme o nível de aprendizagem. 32. A mudança conceitual da educação infantil acha-se claramente expressa na LDB 9394/96, tendo como objetivo o desenvolvimento integral da criança, com base na ideia da educação como processo contínuo, que se inicia a partir do nascimento da criança. Este dispositivo torna evidente o reconhecimento da educação infantil como a) um meio de suprir a privação cultural das crianças. b) uma forma de suprir as dificuldades das crianças das classes populares. c) uma forma de oferecer a educação compensatória e preparar a criança para ingressar na escola regular. d) a primeira etapa do ensino fundamental que visa o crescimento multidimensional da criança. e) primeira etapa da educação básica. 33. A principal prioridade do Sistema Municipal é garantir a oferta do ensino fundamental a todos, estabelecer estratégias de ampliação das quatro horas mínimas de atividades efetivas em sala de aula, bem como a formação básica por meio de um currículo que garanta conteúdos e metodologias compatíveis com as reais necessidades e interesses dos alunos, por intermédio de uma organização própria, onde o calendário escolar seja adequado às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas, assim como à natureza do trabalho escolar. Assim, dentre outros aspectos, os anos iniciais do ensino fundamental devem priorizar a) a difusão dos valores condizentes com as necessidades do mercado. b) a classificação dos alunos e a necessária distribuição em turmas homogêneas. c) a transferência de alunos fora de faixa para o ensino supletivo. d) o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo. e) a organização de turmas de acordo com o nível de alfabetização e a promoção dos automática dos alunos até o quinto ano. a) de caráter consultivo para que os dirigentes possam deliberar sobre os recursos financeiros existentes nas escolas. b) consultivo e deliberativo que visa encaminhar os alunos e funcionários indisciplinados para a SME. c) de discussão de caráter consultivo e deliberativo, como um dos mecanismos para a participação na gestão democrática de forma institucionalizada. d) que favorece o apoio necessário aos gestores tomarem decisões, mesmo sem concordância das partes. e) Nenhuma das respostas anteriores. 34. Na construção de uma escola democrática e de qualidade socialmente referenciada torna-se fundamental a participação ativa dos professores, como agentes indispensáveis ao processo educativo. Nesse sentido é necessário que os gestores proponham, incentivem e estabeleçam mecanismos para que seus docentes a) participem da elaboração e avaliação sistemáticas do Projeto Político Pedagógico – PPP da unidade escolar. b) cumpram o plano de trabalho planejado pela secretaria municipal, em sala de aula. c) zelem pela aprendizagem dos alunos interessados e encaminhem ao Conselho Escolar – CE a relação dos que necessitam ser transferidos. d) encaminhem os alunos e as estratégias para o reforço escolar que deve ser realizado apenas pelos profissionais que não estão em sala de aula. e) ministrem os dias letivos estabelecidos pela Secretaria de Educação Municipal – SME, e executem o planejamento elaborado de forma participativa pelos supervisores. 36. O planejamento participativo na escola é importante porque possibilita a) uma melhor aplicação dos recursos financeiros da escola, como também uma gestão mais transparente e democrática com reflexos no aperfeiçoamento do ensino e aprendizagem. b) a transmissão dos conteúdos e assim deve ser restrito à sala de aula garantindo o sucesso escolar dos alunos interessados. c) a seleção dos alunos mais aplicados e a redistribuição nas salas de aula, conforme o nível de aprendizagem o que favorece a homogeneização das turmas e o sucesso escolar. d) a assimilação de conhecimentos e habilidades o que tem valor em si mesmos por cumprir a real função social da escola . e) a elaboração de documentos executados nas diversas turmas, conforme a série, objetivando a autorização e reconhecimento escolar e a legalidade dos documentos expedidos pela escola. 35. Entre os mecanismos de participação que devem ser criados nas unidades escolares destacam-se: o Conselho Escolar – CE, o conselho de classe, Associação de pais e mestres e grêmio estudantil. O CE é uma instância colegiada, composta pelos vários segmentos da comunidades escolar e constitui-se como um espaço 37. A ação docente vai ganhando eficácia na medida em que o professor vai acumulando e enriquecendo experiências ao lidar com as situações concretas de ensino, estabelecendo as relações teoria e prática. Significa que para objetivar o fazer docente convém que o professor utilize o planejamento como a) um registro com meta clara que visa o sucesso escolar dos alunos interessados. b) um documento a ser seguido de forma inflexível a fim de assegurar a aprovação automática do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. c) um registro que tem uma ordem sequencial e uma lógica, não devendo inverter os passos previstos na prática educativa. d) uma oportunidade de reflexão e de fazer previsões fora da realidade dos alunos a fim de superar as condições de existência e o meio para favorecer a ascensão social dos alunos. e) um meio de reflexão e avaliação de sua prática, criando e recriando estratégias para aperfeiçoar o ensino e contribuir para a evolução da aprendizagem dos alunos. 38. Os jogos, as brincadeiras, a dança e as práticas esportivas na educação infantil devem ser influenciadas pela cultura local e pela cultura corporal de cada grupo social, constituindo-se em a) expressões faciais que devem ser planejadas, deixando transparecer desconfiança e ao que as crianças muito pequenas estão falando. b) fins em si mesmos ocupando todo o tempo e o espaço pedagógico haja vista que devem ser aproveitados pelo professor, pois a alfabetização deve ser remetida a educação básica. c) atividades privilegiadas nas quais o movimento é aprendido e significado. d) atividades exclusivas do período preparatório à alfabetização realizadas apenas no ensino fundamental. e) atividades privilegiadas que só devem ser utilizadas até os primeiros anos (iniciais) da educação básica. b) os deslocamentos, as conversas e as brincadeiras são exclusivas do momento do recreio. c) obedece as ordens dos adultos sem nenhum questionamento. d) obedece a todas as orientações dos adultos, calados e quietos. e) os seus vários componentes se encontram envolvidos e mobilizados pelas atividades propostas. 40. Ao planejar as atividades educativas a professora Margarida estabeleceu como um dos critérios da avaliação mediadora a produção de textos escritos e a utilização da leitura como uma das estratégias adequadas para aperfeiçoar esse processo de aprendizagem. Diante dessa intencionalidade e da operacionalização da proposta contida no PPP, a professora deverá utilizar a avaliação como a) uma maneira de aplicar os estudos de medidas educacionais, tais como a elaboração de testes. b) um controle que permite reagrupar os alunos em turmas fortes e fracas. c) Uma forma de manter a disciplina na turma, assegurar o silêncio e o avanço dos alunos interessados. d) uma prática sentenciva que possibilita a organização das turmas no início do período letivo. e) um meio de valorizar as dúvidas e como forma de aproximar quem educa e quem é educado. 39. Os Referenciais Curriculares de Educação Infantil – RCNEI nacionais conceitua um grupo disciplinado como aquele em que a) todos os componentes se mantêm calados e quietos e só se movimentam quando a/o professor/a autoriza. PROSPOSTA DE REDAÇÃO Por que a ideia de fim do mundo atrai e assusta? 21 de dezembro de 2012. Esse era para ser o dia do fim do mundo, segundo algumas interpretações do calendário maia. Isso, porém, não aconteceu e a data entrou para a vasta galeria das previsões apocalípticas que não se cumpriram. O medo do fim do mundo é uma constante na sociedade mundial de todas as épocas, é um tema que povoa o imaginário de gerações e já foi explorado na literatura, na canção popular, no cinema, na televisão. É difícil entender como, mesmo diante de várias previsões erradas, as polêmicas sobre o fim do mundo ainda provocam um sentimento tão forte em parte da população. Leia os textos da coletânea e depois discuta o tema em uma dissertação argumentativa de até 30 linhas. Você tinha acreditado na previsão? O que você pensa desse tipo de previsões? Por que isso mexe tanto com o imaginário do ser humano na sua opinião? ELABORE UMA DISSERTAÇÃO CONSIDERANDO AS IDEIAS A SEGUIR. O fim do mundo em 2012 Os planetas, as estrelas, o calendário maia e, é claro, uma superprodução de Hollywood reavivam a ideia aterrorizante do apocalipse e levantam uma questão: por que continuamos a acreditar em profecias finalistas apesar de todas elas terem fracassado redondamente? (...) No inventário dos fracassos humanos, talvez não haja aposta tão malsucedida quanto a de marcar data para o fim do mundo. Falhou 100% das vezes, mas continua a se espalhar, resistindo ao tempo, à razão e à ciência. As tentativas de explicar esse fenômeno são uma viagem fascinante pela alma, pela psique, pelo cérebro humano. Uma das explicações está no fato de que o nosso cérebro é uma máquina programada para extrair sentido do mundo. Assim, somos levados a atribuir ordem e significado às coisas, mesmo onde tudo é casual e fortuito. As constelações no céu, por exemplo, são uma criação mental para organizar o caos estelar. (...) A preponderância do aleatório sobre o determinado pode dar a sensação de desesperança, de que somos impotentes diante de todas as coisas. Talvez nisso residam a beleza e a complexidade da vida, mas o fato é que o cérebro está mais interessado em ordem do que em belezas complexas. Por isso, quando não vê significado nas coisas naturais, ele salta para o sobrenatural. "Nascemos com o cérebro desenhado para encontrar sentido no mundo", diz o psicólogo Bruce Hood, da Universidade de Bristol, na Inglaterra, autor de Supersense: Why We Believe in the Unbelievable (Supersentido: Por que Acreditamos no Inacreditável). "Esse desenho às vezes nos leva a acreditar em coisas que vão além de qualquer explicação natural." [André Petry, Revista Veja, 4 de novembro de 2009] E o mundo não se acabou Anunciaram e garantiram Que o mundo ia se acabar Por causa disso Minha gente lá de casa Começou a rezar... Acreditei nessa conversa mole Pensei que o mundo ia se acabar E fui tratando de me despedir E sem demora fui tratando De aproveitar... Assis Azevedo A passagem do cometa No texto abaixo (fragmentos), Cecília Meireles faz referência à passagem do cometa Halley, em 1910, pelas proximidades da Terra. O Fim do Mundo A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessava nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam, meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam. (...) Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez eu tenha ficado um pouco triste - mas que importância tem a tristeza das crianças? (...) Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de tornar a ver um cometa, para verificar se a lembrança que conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada pelo sono dos meus olhos naquela noite já muito antiga. Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna. (...) Ainda há uns dias a reflexão e o arrependimento: por que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em fevereiro, todos teremos fim, em qualquer mês... [Texto extraído do livro de Cecília Meireles "Quatro Vozes", Editora Record, Rio de Janeiro, 1998, pág. 73.] Observações Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa; Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa; Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração; A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas; Não deixe de dar um titulo à sua redação. REDAÇÃO OFICIAL ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________