RELATÓRIO E CONTAS EXERCÍCIO DE 2012 Finibanco Vida – Companhia de Seguros de Vida, S.A. Rua Júlio Dinis, 166, 4050-318 Porto. Telef. 220004 200. Fax 220 004 201. E-mail: [email protected] Capital Social 7.500.000 Euros. Pessoa Colectiva N.º 507847598. Cons. Reg. Com. do Porto Matrícula N.º 507847598 Grupo Montepio ÍNDICE Relatório de Gestão .............................................................................................................................. 8 1. PREÂMBULO ................................................................................................................... 9 1.1. Factores Externos ou de Mercado ................................................................................ 9 1.2. Factores Internos ......................................................................................................... 10 2. O MERCADO SEGURADOR EM PORTUGAL – BREVE ABORDAGEM ..................... 11 3. A FINIBANCO VIDA EM 2012........................................................................................ 12 3.1. Receita Processada..................................................................................................... 12 3.2. Sinistralidade ............................................................................................................... 13 3.3. Carteiras de investimentos .......................................................................................... 14 3.3.1. Valorização das Reservas de Justo Valor ........................................................... 14 3.3.2. Redução da diferença entre valor de mercado e o valor a custo amortizado dos títulos classificados como “A deter até à maturidade” ................................................... 15 3.3.3. Imparidades .......................................................................................................... 15 3.4. Organização e Estrutura Interna ................................................................................. 16 3.5. Estrutura e Práticas de Governo Societário ................................................................ 16 3.5.1. Modelo de Governação ........................................................................................ 16 3.5.2. Competências e Modo de Funcionamento do Conselho de Administração e da Comissão Executiva ....................................................................................................... 17 3.5.3. Alteração da Composição do Conselho de Administração e do Modelo de Gestão da Seguradora ................................................................................................................ 18 3.6. Estrutura de Capital ..................................................................................................... 19 3.7. Recursos Humanos ..................................................................................................... 19 3.8. Política de Remunerações .......................................................................................... 20 3.8.1. Membros dos Órgãos Sociais .............................................................................. 20 3.8.2. Remunerações Atribuídas no Exercício aos Membros dos Órgãos Sociais ....... 20 3.8.3. Colaboradores ...................................................................................................... 20 3.9. Gestão de Riscos e Controlo Interno .......................................................................... 21 3.9.1. Risco Operacional ................................................................................................ 22 3.9.2. Monitorização global da exposição ao risco ........................................................ 22 3.9.3. Preparação para o novo regime de solvência (Solvência II) ............................... 22 3.10. Gestão das Reclamações ......................................................................................... 23 3.11. Sistema Informático ................................................................................................... 23 3.12. Tratados de Resseguro ............................................................................................. 25 3.13. Relacionamento com a Rede de Distribuição ........................................................... 25 3.14. Novos Produtos ......................................................................................................... 26 4. VOLUME DE PRÉMIOS ................................................................................................. 26 5. COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA ..................................................................................... 26 6. ESTRUTURA DA CARTEIRA ........................................................................................ 27 7. PROVISÕES MATEMÁTICAS DE CONTRATOS DE SEGURO E PASSIVOS FINANCEIROS DE CONTRATOS CLASSIFICADOS PARA EFEITOS CONTABILISTICOS COMO CONTRATOS DE INVESTIMENTO ........................................................................... 28 8. PRINCIPAIS INDICADORES ......................................................................................... 29 9. ACTIVIDADE FINANCEIRA ........................................................................................... 30 9.1. Gestão de Activos........................................................................................................ 30 9.2. Composição das carteiras ........................................................................................... 30 9.3. Performance ................................................................................................................ 31 9.4. Encargos Gerais .......................................................................................................... 32 10. PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS ...................................................................... 32 11. GARANTIAS FINANCEIRAS - MARGEM DE SOLVÊNCIA ...................................... 33 12. RESULTADOS DO EXERCICIO ............................................................................... 33 13. APLICAÇÃO DOS RESULTADOS ............................................................................ 33 14. CONCLUSÃO ............................................................................................................ 33 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS em 31 de Dezembro de 2012 .................................................. 35 Balanço ................................................................................................................................... 36 Conta de Ganhos e Perdas .................................................................................................... 38 Demonstração do Resultado Integral ..................................................................................... 41 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS em 31 de Dezembro de 2012 .............................. 42 1. INFORMAÇÕES GERAIS .............................................................................................. 43 2. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS .............................................................................. 44 2.1. Relato de resultados por segmentos....................................................................... 45 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – SEGUROS DE RISCO ......................................... 46 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – PRODUTOS DE CAPITALIZAÇÃO C/ PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS ................................................................................... 47 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – PRODUTOS DE CAPITALIZAÇÃO CLASSIFICADOS COM CONTRATOS DE INVESTIMENTO ................................................ 48 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – PRODUTOS DE SEGUROS LIGADOS ............... 49 3. BASES DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E DAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ............................................................................................ 50 3.1. Bases de apresentação ........................................................................................... 50 3.2. Informação comparativa .......................................................................................... 51 3.3. Políticas contabilísticas e critérios valorimétricos: .................................................. 52 3.3.1. Princípio da especialização de exercícios....................................................... 52 3.3.2. Caixa e equivalentes de caixa ......................................................................... 52 3.3.3. Investimentos financeiros ................................................................................ 52 3.3.4. Imparidades ..................................................................................................... 55 3.3.5. Derivados ........................................................................................................ 56 3.3.6. Justo valor ....................................................................................................... 56 3.3.7. Rendimentos ................................................................................................... 57 3.3.8. Outros Activos Tangíveis................................................................................. 57 3.3.9. Activos Intangíveis ........................................................................................... 58 3.3.10. Provisão matemática ................................................................................... 58 3.3.11. Provisão para sinistros ................................................................................ 58 3.3.12. Provisão para participação nos resultados atribuída .................................. 58 3.3.13. Provisão para participação nos resultados a atribuir .................................. 58 3.3.14. Provisões técnicas de resseguro cedido ..................................................... 59 3.3.15. Comissões de mediação ............................................................................. 59 3.3.16. Provisão para férias e subsídio de férias .................................................... 59 3.3.17. Provisão para pagamento de prémios e bónus de desempenho ............... 59 3.3.18. Substituição de Planos de Benefício Definido por Planos de Contribuição Definida….. ..................................................................................................................... 59 3.3.19. Planos de contribuição de definida ............................................................. 60 3.3.20. Operações em moeda estrangeira .............................................................. 60 3.3.21. Contratos de seguro .................................................................................... 61 3.3.22. Passivos financeiros .................................................................................... 61 3.4. 4. Alterações de políticas contabilísticas ..................................................................... 62 3.4.1. Alterações voluntárias de políticas contabilísticas .......................................... 62 3.4.2. Novas normas e interpretações aplicáveis ao exercício de 2012 ................... 62 NATUREZA E EXTENSÃO DAS RUBRICAS E DOS RISCOS RESULTANTES DE CONTRATOS DE SEGURO E ACTIVOS DE RESSEGURO ................................................ 62 5. 6. 4.1. Provisões Matemáticas ........................................................................................... 62 4.2. Provisão para sinistros ocorridos em exercícios anteriores .................................... 63 4.3. Provisão para participação nos resultados ............................................................. 63 4.3.1. Participação nos resultados distribuída ........................................................... 63 4.3.2. Provisão para participação nos resultados a atribuir ...................................... 64 4.4. Principais Rácios de Sinistralidade ......................................................................... 64 4.5. Informação qualitativa sobre a adequacidade de prémios e provisões .................. 67 4.6. Montante a recuperar de sinistros liquidados ......................................................... 67 PASSIVOS POR CONTRATOS DE INVESTIMENTO................................................... 67 5.1. Bases técnicas ........................................................................................................ 67 5.2. Quantias escrituradas.............................................................................................. 68 5.3. Evolução dos principais indicadores ....................................................................... 69 5.4. Rendimentos e gastos com contratos de investimento ........................................... 70 GESTÃO DE RISCOS .................................................................................................... 70 6.1. Monitorização e avaliação dos riscos resultantes dos instrumentos financeiros .... 71 6.2. Risco de crédito ....................................................................................................... 72 6.3. Risco de taxa de juro ............................................................................................... 74 6.4. Risco de mercado.................................................................................................... 74 6.5. Risco cambial .......................................................................................................... 74 6.6. Risco de liquidez ..................................................................................................... 75 6.6.1. Desagregação de títulos de dívida por escalões de duração modificada e rating…… ....................................................................................................................... 75 6.6.2. 6.7. Risco operacional .................................................................................................... 76 6.7.1. 6.8. Valor das responsabilidades por prazos de vencimento ................................. 76 Monitorização global da exposição ao risco.................................................... 77 Risco de seguro ....................................................................................................... 78 6.8.1. Desenho e tarifação de produtos .................................................................... 78 6.8.2. Provisionamento .............................................................................................. 79 6.8.3. Política de gestão de subscrição de riscos de contratos de seguros de vida risco…… ......................................................................................................................... 79 6.8.4. 6.9. 7. Resseguro ....................................................................................................... 80 Análise de sensibilidade .......................................................................................... 80 INSTRUMENTOS FINANCEIROS ................................................................................. 81 7.1. Inventário de participações financeiras ................................................................... 81 7.2. Empréstimos e contas a receber ............................................................................. 81 7.3. Reclassificações de instrumentos financeiros......................................................... 82 7.4. Activos financeiros detidos para negociação .......................................................... 83 7.5. Activos financeiros disponíveis para venda ............................................................ 84 7.6. Imparidades em activos financeiros disponíveis para venda .................................. 85 7.7. Títulos a deter até à maturidade ............................................................................. 87 7.8. Outros devedores .................................................................................................... 88 7.9. Política de investimentos e análise de risco dos instrumentos financeiros ............ 88 7.9.1. Principais referências sobre o perfil das carteiras de investimento ................ 88 8. INVESTIMENTOS EM FILIAIS E ASSOCIADAS........................................................... 90 9. CAIXA E EQUIVALENTES E DEPÓSITOS À ORDEM ................................................. 90 10. TERRENOS E EDIFÍCIOS ......................................................................................... 91 11. OUTROS ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS ................................................................... 91 12. AFECTAÇÃO DOS INVESTIMENTOS E OUTROS ACTIVOS ................................. 91 13. ACTIVOS INTANGÍVEIS ........................................................................................... 92 14. OUTRAS PROVISÕES E AJUSTAMENTOS DE CONTAS DO ACTIVO ................. 93 14.1. Política de reconhecimento de imparidades para prémios de seguros em dívida….. ............................................................................................................................. 93 15. PRÉMIOS DE CONTRATOS DE SEGUROS ............................................................ 94 16. COMISSÕES RECEBIDAS DE CONTRATOS DE SEGURO ................................... 94 17. RENDIMENTOS / RÉDITOS DE INVESTIMENTOS ................................................. 94 18. GANHOS E PERDAS REALIZADOS EM INVESTIMENTOS ................................... 95 19. GANHOS E PERDAS PROVENIENTES DE AJUSTAMENTOS DE JUSTO VALOR EM INVESTIMENTOS ............................................................................................................ 96 20. GANHOS E PERDAS EM DIFERENÇAS DE CÂMBIO ............................................ 97 21. CUSTOS DE FINANCIAMENTo ................................................................................ 97 22. GASTOS POR FUNÇÃO E NATUREZA ................................................................... 97 22.1. Gastos por funções ............................................................................................. 97 22.2. Encargos por natureza ........................................................................................ 97 23. GASTOS COM PESSOAL E HONORÁRIOS DA SROC .......................................... 98 23.1. Nº médio de trabalhadores por categorias Profissionais: ................................... 98 23.2. Composição dos custos com o pessoal: ............................................................. 98 23.3. Responsabilidades com pensões de reforma ..................................................... 99 23.4. Honorários por serviços de Revisão Oficial de Contas e afins ........................... 99 24. OBRIGAÇÕES COM BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS ....................................... 99 24.1. Descrição geral do plano de contribuição definida ............................................. 99 24.2. Contribuições do ano......................................................................................... 100 24.3. Veículo de financiamento .................................................................................. 101 24.4. Activos por benefícios de longo prazo .............................................................. 101 25. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO ................................................................... 101 25.1. Impostos correntes ............................................................................................ 101 25.2. Impostos diferidos ............................................................................................. 104 26. CAPITAL .................................................................................................................. 104 27. RESERVAS.............................................................................................................. 105 27.1. Rubricas de reservas nos capitais próprios ...................................................... 105 27.2. Movimentos nas reservas.................................................................................. 105 28. RESULTADOS POR ACÇÃO .................................................................................. 105 29. DIVIDENDOS POR ACÇÃO .................................................................................... 106 30. TRANSACÇÕES ENTRE PARTES RELACIONADAS............................................ 106 30.1. Identificação das partes relacionadas ............................................................... 106 30.2. Âmbitos das transacções com partes relacionadas .......................................... 106 31. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA ........................................................... 110 32. COMPROMISSOS ................................................................................................... 111 33. PASSIVOS CONTINGENTES ................................................................................. 111 34. CONCENTRAÇÕES DE ACTIVIDADES EMPRESARIAIS ..................................... 111 35. ELEMENTOS EXTRA PATRIMONIAIS ................................................................... 111 36. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO ............................................. 111 37. OUTRAS INFORMAÇÕES ...................................................................................... 112 37.1. Solvência ........................................................................................................... 112 37.2. Débitos à Segurança Social .............................................................................. 113 37.3. Normas e interpretações aplicáveis ao exercício de 2012 ................................ 113 37.3.1. Novas normas e interpretações já emitidas mas que ainda não são obrigatórias ................................................................................................................... 113 Anexo 1 ................................................................................................................................. 120 Inventário de títulos em 31 de Dezembro de 2012 .......................................................... 120 Anexo 2 ................................................................................................................................. 125 Desenvolvimento da provisão para sinistros relativa a sinistros ocorridos em exercícios anteriores e dos seus reajustamentos (correcções) ........................................................ 125 Anexo 3 ................................................................................................................................. 127 Outros activos tangíveis e intangíveis .............................................................................. 127 Relatório de Gestão RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCICIO DE 2012 1. PREÂMBULO A Finibanco Vida – Companhia de Seguros de Vida, S.A. completou em 2012 o seu sexto exercício de actividade. Não obstante as circunstâncias anómalas em que se desenvolveu este exercício, profundamente influenciado por factores externos e internos que condicionaram marcadamente a nossa actividade, a Finibanco Vida obteve um expressivo resultado líquido de 2.569.547,24 Euros, valor que evidencia a existência de uma carteira equilibrada, fruto de rigorosa selecção dos riscos assumidos, uma prudente definição e execução da política de investimentos e uma gestão criteriosa das suas despesas de funcionamento. Como acima referimos, o ano de 2012 caracterizou-se por um conjunto de factores externos e internos influenciadores da nossa actividade os quais passamos a enumerar resumidamente: 1.1. Factores Externos ou de Mercado O contexto negativo que caracterizou o ano de 2012, com o aprofundamento da crise económica e financeira, o crescente encerramento e falência de empresas e o preocupante crescimento do desemprego, conduziu inevitavelmente à continuada retracção da procura interna pública e privada. O reflexo deste contexto fez-se sentir, naturalmente, na actividade seguradora ao longo deste ano, como de resto já havia ocorrido no ano anterior. De acordo com os dados provisórios divulgados pela Associação Portuguesa de Seguradores, o volume de prémios processados sofreu uma queda de 7,10%, com maior expressão no Ramo Vida, onde atingiu os 8,80%, e as provisões matemáticas, reflectindo a manutenção de um volume elevado de resgates antecipados e a falta de novas aplicações para colmatar aquelas perdas, irão certamente sofrer uma redução expressiva. 9 Já quanto às carteiras de investimentos o ano de 2012 revelou-se bastante positivo. A evolução dos mercados de capitais, nomeadamente no segmento da dívida pública, levou a uma recuperação muito significativa dos activos no seu conjunto. Esta recuperação, beneficiando principalmente o Ramo Vida, reflectiu-se favoravelmente na rentabilidade das carteiras, nas reservas de reavaliação e, consequentemente, nos resultados esperados. 1.2. Factores Internos No seguimento do que já havia ocorrido no ano anterior, ao nível da Finibanco Vida a produção de novos contratos foi praticamente nula neste exercício em virtude da Rede de Balcões do ex-Finibanco, que constituía a principal Rede de Distribuição, ter sido integrada, em finais de 2010, na Caixa Económica – Montepio Geral e, como consequência, ter passado a dirigir toda a sua produção, através dos canais já estabelecidos, para a Lusitânia Vida e para a Futuro. O outro canal de aporte de produção nova, a Finicrédito (actualmente designada Montepio Crédito), manteve-se activo, embora com muito menor volume de subscrições que nos anos anteriores, continuando a produzir adesões aos seguros de grupo associados às suas operações de crédito e de leasing. Por outro lado, o exercício de 2012 foi também marcado pelo processo decorrente da negociação entre os accionistas, com vista à aquisição pelo Montepio Geral – Associação Mutualista da posição detida pela Mapfre Seguros Gerais de 50,00% do capital e do controlo de gestão da Seguradora, processo que se arrastou praticamente ao longo de todo o ano, tendo sido concluído no dia 14 de Dezembro, data em que o Montepio Geral – Associação Mutualista passou a deter o controlo integral da Finibanco Vida. Confrontados com um mercado marcadamente retraído, quer pela quebra da actividade económica e do rendimento das famílias, quer pela eliminação ou limitação dos benefícios fiscais associados a alguns produtos do Ramo Vida, nomeadamente os PPR, continuamos a pautar a nossa actuação do dia-a-dia por um redobrado rigor na gestão da carteira activa, uma maior atenção aos aspectos técnicos do negócio, um tratamento minucioso das cobranças e um especial enfoque na recuperação de contratos anulados. 10 Esta orientação, associada a um nível de serviço de excelência que sempre colocamos no relacionamento com os nossos clientes internos e externos, constituiu seguramente a chave do nosso sucesso neste exercício, que encerramos cumprindo todos os critérios de exigência legal, nomeadamente a cobertura das provisões técnicas e a margem de solvência, e com um resultado positivo. 2. O MERCADO SEGURADOR EM PORTUGAL – BREVE ABORDAGEM A instabilidade nos mercados financeiros mundiais, que tem vindo em crescendo desde o verão de 2007, passando posteriormente a transmitir os seus efeitos nefastos à economia e, mais recentemente, desencadeando a crise das dívidas soberanas na Europa, acabou por se reflectir na actividade seguradora portuguesa, de forma evidente, em 2011, com uma quebra de produção global da ordem dos 28,00% e uma deterioração sem precedentes das carteiras de investimentos representativas das suas provisões técnicas. No ano de 2012, o comportamento do mercado, no que diz respeito à receita processada de seguro directo, embora continuando a decrescer, apresentou uma perda menos acentuada do que a verificada em 2011, já que registou, em termos globais, uma queda da ordem dos 7,10%, influenciada essencialmente pelo Ramo Vida que perdeu cerca de 8,80% do seu volume de prémios. Os Ramos Não Vida tiveram uma performance negativa de 3,80%, menos expressiva que a do Ramo Vida, mas superior à verificada no ano anterior. Dentro do Ramo Vida e analisando mais em detalhe a receita processada, importa ainda realçar os seguintes aspectos: Os Seguros de Vida Risco registaram um volume de prémios inferior em cerca de 2,50% ao do ano anterior. Os Planos de Poupança Reforma (PPR) tiveram uma queda de produção da ordem dos 14,00% e os outros produtos de aforro e capitalização registaram uma perda menos acentuada, na casa dos 8,00%. Decompondo os produtos de capitalização entre “Ligados” e “Não Ligados” a Fundos de Investimento, temos que os “Ligados” apresentam um comportamento positivo, crescendo 3,40%, enquanto os “Não Ligados” decrescem 13,00%. Separando a produção global em função do Canal de Distribuição que esteve na sua origem, verifica-se que o canal Bancassurance foi o que registou maior 11 perda, da ordem dos 10,50%, enquanto na chamada Distribuição Tradicional (Produção Directa, Balcões Próprios e Mediadores) se manteve sensivelmente o mesmo volume de prémios do ano anterior. No que concerne aos resgates antecipados, apesar de o seu volume continuar a registar um nível muito elevado, verificou-se uma redução comparativamente com o ano anterior, quer em termos absolutos, quer na proporção das respectivas provisões matemáticas, o que constitui um factor positivo neste panorama. Quanto à evolução das carteiras de investimentos representativas das provisões técnicas e passivos financeiros das Seguradoras assistimos, ao longo do ano, a uma progressiva recuperação dos valores dos seus activos, com especial incidência nos títulos de rendimento fixo de estados soberanos e de empresas institucionais que representam grande parte das carteiras afectas ao Ramo Vida. Estima-se que a recuperação verificada terá recolocado os valores médios de mercado das carteiras de títulos de rendimento fixo detidas pelas Seguradoras Portuguesas ao nível dos valores que registavam no final do primeiro semestre de 2010, fase inicial da crise das dívidas soberanas europeias, com consequências muito favoráveis nas reservas de reavaliação, nos capitais próprios, nas margens de solvência e nos resultados das Seguradoras. 3. A FINIBANCO VIDA EM 2012 3.1. Receita Processada O montante de prémios processados pela Finibanco Vida no exercício foi de 6.336.697,00 Euros. Este valor representa uma redução de 20,90% face ao volume registado no ano anterior e justifica-se pela erosão normal da carteira devido à anulação e caducidade dos contratos num contexto de quase total ausência de produção nova face à descontinuidade da Rede Comercial do ex-Finibanco que, como antes referimos, constituía o nosso principal canal de distribuição. Esta queda no volume de receita processada teve uma maior evidência nas carteiras de produtos de poupança e capitalização, dada a sua natureza preponderante de prémios únicos, onde registamos um montante de 1.511.779,00 Euros, que compara com 2.147.535,00 Euros produzidos no ano anterior e representa uma redução da ordem dos 30,00%. 12 Já quanto à carteira de seguros de Vida Risco, não obstante o elevado índice de anulações verificado (de que destacamos, a título de exemplo, o cancelamento dos Seguros de Grupo não contributivos dos Colaboradores do ex-Finibanco e da exFinivalor que, só por si representavam prémios da ordem dos 140.000,00 Euros), foi atingido um volume de prémios significativo de 4.824.917,00 Euros, embora registando uma perda de 17,80% face ao processado no período homólogo do ano anterior. Este volume de receita foi possível pelo facto da carteira ser essencialmente constituída por produtos da modalidade Temporário Anual Renovável com prémios periódicos recalculados anualmente em função da idade actuarial de cada Pessoa Segura e, ainda, pela produção nova canalizada pela Finicrédito (actualmente designada Montepio Crédito), de contratos a prémio único e a prémios periódicos associados às suas operações de crédito e leasing. 3.2. Sinistralidade No conceito de sinistralidade dos seguros de vida estão misturadas duas realidades completamente distintas, quanto à sua natureza, que importa separar e tratar individualmente. Os sinistros propriamente ditos são as indemnizações decorrentes dos riscos de morte ou invalidez e respectivas coberturas complementares nos Seguros de Vida Risco. Neste capítulo, o comportamento da sinistralidade no ano de 2012 manteve-se muito favorável e em linha, de resto, com os níveis registados desde o início da actividade da Seguradora. Foram abertos e provisionados 59 processos cujo valor total das indemnizações previstas ascendeu a 1,221 milhões de Euros, ficando 12,00% abaixo do volume processado no ano anterior. O capital médio por sinistro foi de 20.700,00 Euros e o rácio de sinistralidade (sinistros sobre prémios emitidos líquidos de provisões) foi de 25,86%, claramente abaixo do rácio médio do mercado segurador, que se situou nos 42,30%. Os resgates de produtos de poupança e capitalização, a outra vertente dos sinistros, tiveram um comportamento semelhante ao verificado no ano anterior, mantendo-se a um nível muito elevado, embora com algum abrandamento no ritmo de crescimento. Foram registados 2.547 pedidos de resgate e um valor total liquidado de 9,625 milhões de Euros. 13 Por outro lado, ocorreram neste exercício os primeiros vencimentos de contratos PPR, tendo sido processados 925 termos com um montante total de 3,049 milhões de Euros. Em termos globais, os vencimentos e resgates de produtos de poupança e capitalização registados, somaram o número total de 3.472 processos e um valor global de indemnizações processadas de 12,674 milhões de Euros. Estes dados, comparativamente com o ano anterior, representam crescimentos de 14,60% em número de processos abertos e de 4,50% em volume de indemnizações processadas. O rácio de resgates e vencimentos sobre provisões matemáticas foi de 17,96%, sofrendo um agravamento de 1,5 pontos percentuais face ao exercício anterior. 3.3. Carteiras de investimentos Durante o exercício 2012, ocorreu uma valorização apreciável e generalizada de todas as carteiras de investimentos da Finibanco Vida, o que teve um impacto a vários níveis, desde logo no que concerne ao incremento patrimonial verificado nos activos financeiros da Seguradora, passando também pelo efeito positivo no tocante aos resultados obtidos, quer através dos rendimentos gerados, quer por via das maisvalias realizadas. Os aspectos essenciais a registar são os que se evidenciam de seguida. 3.3.1. Valorização das Reservas de Justo Valor As Reservas de Justo Valor passaram de -3.204.023,00 Euros, em 31 de Dezembro de 2011, para -210.260,00 Euros, em 31 de Dezembro de 2012. Como se poderá constatar pelo quadro abaixo, esse incremento foi patente em todas as classes de activos financeiros da Companhia: (Valores em Euros) RESERVAS DE JUSTO VALOR 2012 -36.742,00 RESERVAS DE JUSTO VALOR 2011 -412.916,00 -660.030,00 -1.481.333,00 Obrigações Corporate 363.335,00 -1.404.453,00 Fundos de Investimento 123.177,00 94.679,00 -210.260,00 -3.204.023,00 GRUPOS DE ACTIVOS Acções Dívida Pública TOTAL 14 3.3.2. Redução da diferença entre valor de mercado e o valor a custo amortizado dos títulos classificados como “A deter até à maturidade” A diferença fortemente negativa que existia em 31 de Dezembro de 2011 entre o valor de mercado e o valor de balanço dos títulos contabilisticamente classificados como “Investimentos a deter até à maturidade” (valorizados ao custo amortizado à taxa efectiva), sobretudo devido à forte desvalorização dos títulos de dívida pública Portuguesa que haviam sido reclassificados nessa categoria no início do ano 2011, foi totalmente recuperada, conforme se demonstra de seguida. (Valores em Euros) RUBRICAS 2012 2011 Valor de Balanço 31.360.803,00 30.893.012,00 Valor de Mercado 32.770.669,00 23.260.605,00 1.409.866,00 -7.632.407,00 Diferença 3.3.3. Imparidades As imparidades reconhecidas no exercício de 2011, no montante global de 2.677.659,00 Euros, estavam integralmente relacionadas com os títulos de dívida pública Grega que a Companhia tinha em carteira em 31 de Dezembro de 2011. Durante o 1º trimestre de 2012, após o acordo de troca de títulos celebrado entre o estado Grego e grande parte dos investidores privados internacionais detentores de dívida pública Grega, a Companhia decidiu, por sugestão dos gestores das suas carteira de investimentos, alienar a totalidade dos títulos de dívida pública Grega com que ficou após o aludido acordo de troca. O resultado global dessas operações traduziu-se numa recuperação de 127.461,00 Euros em relação ao valor das imparidades adjacentes a esses títulos, que tinham sido reconhecidas no exercício de 2011. Em 31 de Dezembro de 2012, as imparidades registadas em Balanço e reconhecidas neste exercício foram as seguintes: (Valores em Euros) TÍTULO VALOR Vivendi, SA 5.028,00 Enel – Societa, SPA 4.395,00 RWE AG 13.393,00 Total 22.816,00 15 3.4. Organização e Estrutura Interna A estrutura organizativa interna da Seguradora não sofreu qualquer alteração durante este exercício. Tratando-se de uma equipa flexível e polivalente, esta foi sendo progressivamente redireccionada para a pluralidade de tarefas a que foi necessário dar resposta. Nos ajustamentos efectuados foi dada importância primordial ao desenvolvimento de procedimentos e ferramentas informáticas que pudessem proporcionar ganhos ao nível da produtividade e do controlo. 3.5. Estrutura e Práticas de Governo Societário 3.5.1. Modelo de Governação O modelo de governação que vigorava na Finibanco Vida, no ano de 2012, incorporava, no essencial e tendo em conta a dimensão da Seguradora, os modernos princípios e recomendações sobre transparência e eficiência do governo societário contidos, nomeadamente, nas alterações ao Código das Sociedades Comerciais, através do Decreto-Lei n.º 185/2009, de 12 de Agosto, no Decreto-Lei n.º 2/2009, de 5 de Janeiro, na Norma Regulamentar nº. 5/2010-R, de 1 de Abril e na Circular n.º 5/2009, de 19 de Fevereiro, ambas do Instituto de Seguros de Portugal. Compreendia os seguintes Órgãos: Assembleia Geral – Cuja mesa é composta por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário; Conselho de Administração – Composto por um máximo de sete membros eleitos pela Assembleia Geral para mandatos de quatro anos, renováveis, que designa o seu Presidente e um Vice-Presidente. Comissão Executiva – Composta por três membros (um Presidente e 2 Vogais) designados pelo Conselho de Administração de entre os seus membros; Conselho Fiscal – Composto por três membros efectivos, um dos quais é o Presidente, e um Suplente, sendo que pelo menos um dos membros efectivos deverá possuir um curso superior adequado ao exercício das suas funções, ter conhecimentos em auditoria ou contabilidade e ser independente, nos termos definidos no Código das Sociedades Comerciais. Revisor Oficial de Contas – Função confiada a uma sociedade de Revisores Oficiais de Contas, eleita pela Assembleia Geral sob proposta do Conselho Fiscal. 16 3.5.2. Competências e Modo de Funcionamento do Conselho de Administração e da Comissão Executiva De acordo com o definido no Pacto de Accionistas, celebrado em 29 de Dezembro de 2010, o qual vigorou até ao final de 2012, a composição do Conselho de Administração e da Comissão Executiva realizava-se da seguinte forma: Um máximo de três Administradores designados pelo accionista não detentor do controlo de gestão, um dos quais o Vice-Presidente; Um máximo de quatro Administradores designados pelo accionista detentor do controlo de gestão, um dos quais o Presidente; De entre os membros do Conselho de Administração era designada a Comissão Executiva composta de três membros: Um “Chief Executive Officer” e um “Chief Financial Officer” de entre os Administradores designados pelo accionista detentor do controlo de gestão e um “Business Development Director” de entre os Administradores designados pelo accionista não detentor do controlo de gestão. As alterações aos estatutos são sujeitas a aprovação em Assembleia Geral sob proposta do Conselho de Administração. De acordo com os estatutos da Sociedade, compete ao Conselho de Administração, para além do mais consignado na lei: a) Definir as políticas gerais da Sociedade e aprovar os planos e orçamentos anuais e plurianuais, bem como os relatórios trimestrais de execução; b) Estabelecer a organização interna da Sociedade e delegar os poderes ao longo da cadeia hierárquica; c) Conduzir as actividades da Sociedade, praticando todos os actos que a lei ou os estatutos não reservem a outros órgãos sociais; d) Executar as deliberações da Assembleia Geral; e) Representar a Sociedade em juízo ou fora dele, comprometendo-se em arbitragens, propondo pleitos judiciais ou defendendo-se deles, podendo confessar, desistir ou transigir em quaisquer processos judiciais; f) Apresentar à Assembleia Geral, para apreciação e votação, nas épocas legalmente determinadas, os relatórios, balanços e contas dos exercícios sociais; 17 g) Adquirir, alienar e onerar quaisquer direitos ou bens, móveis ou imóveis, incluindo participações em outras sociedades e em agrupamentos complementares de empresas; h) Deliberar sobre a emissão de obrigações ou quaisquer outros títulos de dívida; i) Contratar e despedir empregados e prestadores de serviços; j) Constituir mandatários para a prática de determinados actos, definindo a extensão dos respectivos mandatos; k) Proceder, no caso de falta ou impedimento definitivos de algum Administrador, à sua substituição, por cooptação, dentro dos sessenta dias a contar da sua falta, submetendo essa cooptação a ratificação na primeira Assembleia Geral seguinte. l) Eleger os membros da Comissão Executiva, incluindo o seu Presidente. O Conselho de Administração reúne obrigatoriamente uma vez por trimestre e extraordinariamente sempre que for convocado pelo seu Presidente, por sua iniciativa ou a solicitação de dois administradores, e não poderá deliberar sem que esteja presente ou representada por outro administrador a maioria dos seus membros. As deliberações são tomadas pela maioria dos membros presentes ou representados, tendo o Presidente voto de qualidade em caso de empate nas votações. O Conselho de Administração delega a gestão dos negócios correntes da Sociedade à Comissão Executiva e define o seu modo de funcionamento, sendo os poderes delegados expressos em acta. A Comissão Executiva reúne obrigatoriamente todos os meses e extraordinariamente sempre que for convocada pelo Presidente, por sua iniciativa ou a solicitação de qualquer outro membro da Comissão. A Comissão não pode deliberar sem que esteja presente a maioria dos seus membros e as suas deliberações deverão ser tomadas por maioria dos membros presentes. 3.5.3. Alteração da Composição do Conselho de Administração e do Modelo de Gestão da Seguradora No seguimento do acordo accionista já mencionado, com efeito a partir do dia 14 de Dezembro de 2012, o Montepio Geral – Associação Mutualista passou a deter a totalidade das acções representativas do capital social da Finibanco Vida e, consequentemente, a exercer o controlo integral da sua gestão. 18 Assim, o Montepio Geral – Associação Mutualista, agora na qualidade de accionista único, solicitou a convocação de uma Assembleia Geral da Finibanco Vida, que veio a realizar-se no dia 26 de Dezembro de 2012, a qual registou as renúncias aos mandatos dos Administradores designados pela Mapfre Seguros Gerais e procedeu à eleição de 2 novos membros para o Conselho de Administração: Fernando Dias Nogueira (Presidente) e Maria Manuela Traquina Rodrigues (Vogal). Por sua vez, em Conselho de Administração realizado no dia 9 de Janeiro de 2013, foi decidido alterar o modelo de gestão anterior que previa a existência de uma Comissão Executiva, passando a gestão da Finibanco Vida a ser integralmente exercida pelo Conselho de Administração nos termos definidos nos Estatutos da Sociedade. 3.6. Estrutura de Capital O capital social da Finibanco Vida é constituído por 7.500.000 acções nominativas. Estas acções eram detidas, em partes iguais, pela Mapfre Seguros Gerais e pelo Montepio – Associação Mutualista que, por escritura celebrada em 30 de Março de 2011, adquiriu as acções e os direitos de voto à Finibanco Holding, SGPS,SA. Ainda que detendo em partes iguais o respectivo capital, foi atribuído o controlo da gestão da Seguradora ao accionista Mapfre Seguros Gerais, por Pacto de Accionistas celebrado em 29 de Dezembro de 2009. O controlo de gestão incluía expressamente a gestão das políticas financeiras, de exploração e a orientação geral da Seguradora. Pelo acordo celebrado entre os dois accionistas, com efeito a partir do dia 14 de Dezembro de 2012, o Montepio Geral – Associação Mutualista adquiriu à Mapfre Seguros Gerais os 50,00% do capital social da Finibanco Vida que eram detidos por esta entidade, passando o Montepio Geral – Associação Mutualista a ser o accionista único da Seguradora. 3.7. Recursos Humanos O quadro de Colaboradores da Finibanco Vida não registou qualquer alteração ao longo deste exercício, mantendo-se com um número total de 10 Colaboradores. A equipa actual tem uma composição de 40,00% de Colaboradores do sexo feminino e 60,00% do sexo masculino. Ao nível das habilitações académicas 80,00% dos Colaboradores tem grau de licenciatura e os restantes ensino médio. 19 3.8. Política de Remunerações 3.8.1. Membros dos Órgãos Sociais De acordo com o estabelecido no Pacto Social a política de remunerações dos Órgãos Sociais é aprovada pela Assembleia Geral mediante proposta apresentada pelo Conselho de Administração. No mandato actual está definida a seguinte orientação: Assembleia Geral – Atribuída apenas remuneração fixa mensal (12 vezes por ano) ao seu Presidente; Conselho Fiscal – Atribuída apenas remuneração fixa mensal (12 vezes por ano) aos seus membros efectivos; Conselho de Administração – Atribuída remuneração fixa mensal (14 vezes por ano) e variável, no máximo de 3 vencimentos mensais, em função do grau de cumprimento do resultado previsto para o ano em apreço, apenas ao Administrador em exclusividade de funções executivas. Os restantes membros não são remunerados. O montante máximo da remuneração variável não poderá exceder globalmente 10,00% do lucro líquido do exercício. Está atribuída ao colectivo dos membros do Conselho de Administração não remunerados a competência para definir o montante de remuneração variável a atribuir em cada exercício. 3.8.2. Remunerações Atribuídas no Exercício aos Membros dos Órgãos Sociais (Valores em Euros) FUNÇÕES 2011 2012 Presidente da Assembleia Geral 3.000,00 3.000,00 Presidente do Conselho Fiscal 6.000,00 6.000,00 Vogal do Conselho Fiscal 3.600,00 3.600,00 Vogal do Conselho Fiscal 3.600,00 3.600,00 131.904,00 127.497,00 148.104,00 143.697,00 Administrador em exclusividade de funções executivas 3.8.3. Colaboradores A política de remunerações dos Colaboradores é da competência do Conselho de Administração, sendo constituída por 3 componentes distintas: 20 Remuneração fixa mensal paga 14 vezes por ano, cujo montante inicial resultou de negociação individual com cada Colaborador no âmbito do processo de admissão, sendo as actualizações anuais posteriores efectuadas em consonância com o acordado em sede de negociação colectiva entre os Sindicatos do sector e a APS – Associação Portuguesa de Seguradores; Benefícios Sociais de atribuição obrigatória e generalizada previstos no Contrato Colectivo de Trabalho da Actividade Seguradora, nomeadamente, Complementos de Reforma por velhice ou invalidez, capitais em caso de morte e Seguro de Saúde. Facultativamente está instituída a inclusão dos cônjuges e filhos menores ou a cargo dos Colaboradores no Seguro de Saúde Grupo, cujo custo é integralmente suportado pela Seguradora; Prémios de produtividade – Montante variável, com um máximo de um mês de vencimento, determinado em cada ano em função do grau de cumprimento dos objectivos globais definidos para a Seguradora. A atribuição a cada Colaborador será determinada em função da avaliação do comportamento de três parâmetros distintos: o Grau de concretização dos resultados orçamentados o Grau de concretização dos objectivos de receita processada - 25,00%; o Avaliação individual do desempenho - 50,00%; - 25,00%; Dada a natureza variável desta remuneração não existe qualquer garantia quanto à sua atribuição nem quanto ao valor global a distribuir, que estão sempre dependentes de decisão casuística do Conselho de Administração. 3.9. Gestão de Riscos e Controlo Interno A função de Gestor de Riscos da Finibanco Vida esteve atribuída à Mapfre Seguros Gerais dada a sua qualidade de accionista com o controlo de gestão da Seguradora e uma vez que esta entidade tinha aquela função definida e autonomizada na sua estrutura através da Unidade de Gestão de Risco e Controlo Interno Neste âmbito, ao longo do exercício de 2012, foram desenvolvidos os seguintes aspectos: 21 3.9.1. Risco Operacional Foi levado a cabo um processo de levantamento de riscos operacionais, utilizando a ferramenta informática Riskm@p, desenvolvida pelo Grupo Mapfre. Este levantamento inclui 23 tipos de riscos, agrupados nas seguintes áreas: actuarial, jurídica, tecnológica, recursos humanos, procedimentos, informação, fraude, mercado e bens materiais. Para os riscos contidos em cada processo que apresentem um índice de criticidade superior a 75,00% é elaborado um plano de acção com o objectivo de os minimizar. Apesar de poderem existir alguns riscos com criticidade elevada, podemos concluir que tal não se verifica ao nível dos processos. 3.9.2. Monitorização global da exposição ao risco Todos os processos estudados garantem uma elevada consistência na gestão de risco da Companhia e são complementados por um sistema global de monitorização e quantificação da exposição. Tal sistema encontra-se sob a responsabilidade do Coordenador de Riscos, que assegura: a) A quantificação global da exposição aos riscos; b) A elaboração e implementação de planos de acção mitigadores dos riscos; c) O desenvolvimento de pontos de controlo de riscos; d) A implementação de um ambiente de gestão e controlo de riscos na organização. 3.9.3. Preparação para o novo regime de solvência (Solvência II) É conhecida a importância do Solvência II e que a sua implementação irá exigir às Seguradoras uma nova fórmula de cálculo de requisito de capital e uma melhor forma de o alocar de acordo com os riscos assumidos, tendo como objectivo principal a protecção dos Tomadores e Beneficiários de seguros. Depois de terem sido promovidos diversos estudos de impacto quantitativo, assim como a participação da Finibanco Vida na avaliação de futuros templates de reporte ao supervisor, torna-se agora necessário identificar as eventuais dificuldades ou constrangimentos para concretizar o objectivo principal que é preparar a Companhia para o Solvência II. 22 Para além do referido, destacamos: A participação nas acções de divulgação e debate promovidas pelo ISP e pela APS sobre esta temática; A realização do exercício de cálculo das provisões técnicas e dos requisitos de capital de solvência segundo critérios económicos; A realização, com periodicidade trimestral, do cálculo do capital económico e o RORAC (Return on Required Capital) com base no modelo da Standard & Poor’s. 3.10. Gestão das Reclamações A Norma Regulamentar n.º 10/2009R, publicada pelo Instituto de Seguros de Portugal, em 25 de Junho de 2009, veio estabelecer um conjunto de regras e deveres a observar pelas Seguradoras no relacionamento com os Tomadores de Seguros, Segurados ou Beneficiários, nomeadamente em matéria de tratamento de reclamações e prevenção, detecção e controlo de fraudes. Independentemente do legalmente estabelecido a Finibanco Vida sempre dedicou especial atenção ao tratamento das reclamações, ciente de que uma rápida e eficaz resolução das perturbações surgidas no relacionamento com os Clientes é vital para a sua satisfação e, consequentemente, para a sua fidelização. Corroborando o entendimento acima descrito e, ao mesmo tempo, dando cumprimento integral ao normativo legal vigente, a Finibanco Vida tem devidamente regulamentadas por instrução interna as orientações definidas sobre esta matéria e instituídas as funções autónomas de Gestor de Reclamações e de Provedor do Cliente. Ao longo do exercício de 2012, foram registadas 4 reclamações, canalizadas via Instituto de Seguros de Portugal, sendo uma delas encaminhada para o ISP através da DECO. O Provedor do Cliente não recebeu directamente qualquer reclamação. Todas as reclamações recebidas foram prontamente analisadas e tratadas com um tempo médio de resposta de 12 dias. 3.11. Sistema Informático A nível dos sistemas informáticos, o ano de 2012 foi um ano de estabilização e consolidação. 23 Tendo em conta a evolução da Seguradora, a capacidade instalada revelou total suficiência e eficiência de resposta, mesmo considerando um potencial aumento da exigência aos sistemas. De seguida, destacam-se os processos mais relevantes levados a cabo no ano transacto: Termo do contrato com a IBM Portuguesa, a nível da gestão dos sistemas e prestação de serviços, de acordo com as directrizes da nova política de gestão de sistemas do Grupo Montepio. Todos os sistemas da Finibanco Vida geridos pela IBM foram transferidos para as instalações da DSI - Direcção de Sistemas de Informação do Montepio Geral, nomeadamente em Lisboa (Alfragide) para os sistemas de produção e no Porto (Júlio Dinis) para os sistemas de testes e qualidade. Toda a migração dos sistemas teve como base a manutenção dos pressupostos e requisitos do anterior contrato, mantendo o foco na máxima disponibilidade do sistema e nas regras de segurança tradicionais em ambiente bancário. A manutenção e gestão dos sistemas da Finibanco Vida, no que respeita a infraestrutura de hardware e respectiva operação, passou a ser responsabilidade da DSI - Direcção de Sistemas de Informação do Montepio Geral. Foram definidos os contactos exclusivos de service management para ambas as partes. A gestão aplicacional dos sistemas migrados ficou a cargo da Finibanco Vida, com a colaboração do fornecedor de software das aplicações core (I2S Informática Sistemas e Serviços, S.A.). Na sequência da passagem dos sistemas da IBM para o Montepio Geral foi efectuada uma reformulação do processo de Disaster Recovery e sistemas de alta disponibilidade, no sentido de melhorar a relação custo/benefício sem comprometer os padrões e níveis de serviço estabelecidos. Este processo passou a ter como base o sistema de backup, cuja robustez permite o restauro completo do sistema num curto espaço de tempo e em caso de indisponibilidade física do sistema de produção (pólo principal), a política de rotação de tapes permite o restauro nas máquinas disponíveis no pólo informático secundário. Em termos de identidade digital e domínio, a Finibanco Vida abandonou o 24 anteriormente utilizado ("finibanco.pt"), registando o domínio "finibancovida.pt". Em 2012, o novo domínio ficou publicamente reflectido a nível do endereçamento dos contactos de e-mail. Foram efectuados esforços a nível da integração de informação com os sistemas do Montepio Geral, salientando-se o desenvolvimento dos processos de transacção de dados para alimentação dos extractos bancários integrados com informação das apólices em vigor na Finibanco Vida e o reporte mensal da evolução dos contratos de crédito, em termos de associação com a apólice de seguro e actualização do valor do capital seguro. 3.12. Tratados de Resseguro No que diz respeito ao Resseguro Cedido da carteira de Seguros de Risco, mantevese sem alteração sensível, o programa que já vigorava no ano de 2011 com a Mapfre Re (Madrid) nos termos do acordo global celebrado. Esta entidade resseguradora tem dado provas de uma elevada qualidade do serviço que presta, associada a uma boa solidez financeira (Notação de Rating A da S&P revisto para BBB+ em Outubro de 2012 no âmbito de uma revisão geral efectuada pela Standard & Poor’s ao sector segurador dos países da zona euro). O programa de resseguro manteve-se sem qualquer alteração: Tratado “Life Surplus Individual and Group” com Pleno de Retenção da Finibanco Vida de 60.000,00 Euros por Pessoa Segura; Cobertura “Excess of Loss for Catastrophic Events” para perdas superiores a 180.000,00 Euros e 3 vidas (inclusive) com uma responsabilidade máxima do Ressegurador de 2 Milhões de Euros por evento e 4 Milhões de Euros por contrato. 3.13. Relacionamento com a Rede de Distribuição A Finibanco Vida tinha como orientação estratégica, desde a sua fundação, trabalhar exclusivamente no universo do Grupo Financeiro em que estava inserida. Neste sentido, para além dos negócios institucionais, nomeadamente os Employee Benefits e as Rendas Vitalícias para os Colaboradores, a Rede de Distribuição Bancária assumia primordial importância na distribuição e na assistência pós-venda dos produtos da Seguradora. 25 Terminada esta ligação à Rede de Distribuição Bancária o fluxo de produção nova foi progressivamente abrandando, sendo praticamente nulo no exercício de 2012, conforme se pode observar no quadro seguinte: Produto Crédito Habitação Crédito Pessoal Protecção Vida Protecção Empresário PPR Capitalização TOTAIS 2010 2011 2012 470 2.589 1.007 712 4.720 1.503 11.001 189 1.261 55 40 250 12 1.807 25 4 2 1 237 10 279 Já no que diz respeito à componente de assistência pós-venda a colaboração da Rede de Balcões tem-se mantido nos moldes anteriores, proporcionando um serviço de excelente nível na interlocução entre Clientes e Seguradora. 3.14. Novos Produtos Pelos motivos já referidos, não foram desenvolvidos, ao longo do ano, quaisquer produtos novos para comercialização. 4. VOLUME DE PRÉMIOS O montante global da produção no ano de 2012 foi de 6.336.697,00 Euros, representando um decréscimo de 20,90% face ao ano anterior. Este montante respeita integralmente a prémios de produtos classificados como Contratos de Seguro, não se registando qualquer receita processada afecta a produtos classificados para efeitos contabilísticos como Contratos de Investimento. Deste total temos 4.824.918,00 Euros que respeitam a seguros de risco puro, 373.822,00 Euros a seguros de capitalização e 1.137.957,00 Euros são referentes a seguros PPR. 5. COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA A carteira constituída apresenta o seguinte perfil: 26 Apólices / Certificados Pessoas Seguras Capitais em Risco* Capitais Constituídos / Provisões* Produto Tipo Vida Crédito Pessoal Risco 5.875 8.833 69.156.232,00 N/A Vida Crédito Habitação Risco 4.359 7.206 395.446.726,00 N/A Vida Grupo Empresas Risco 235 235 1.620.000,00 N/A Protecção Vida Finibanco Risco 1.014 1.014 27.220.000,00 N/A Protecção Vida Empresário Risco 596 596 66.986.012,00 N/A Vida Finicrédito Risco 16.881 16.881 143.758.749,00 Rendas Vitalícias Risco 2 2 N/A 187.650,00 Capitalização Finibanco Cap. 2.573 2.573 N/A 11.379.693,00 Finigarantia Cap. 2.496 2.496 N/A 25.526.350,00 Investimento Finibanco (UNL) Cap. 345 345 N/A 1.628.199,00 PPR Cap. 10.297 10.297 N/A 32.025.094,00 TOTAIS 44.673 50.478 704.187.719,00 1.504.346,00 72.251.332,00 (* Valores em Euros) Comparando os valores atingidos em 2012 com os registados no ano anterior importa salientar a existência de uma significativa e preocupante erosão das carteiras cujos indicadores principais assinalamos: Uma perda de 6.828 apólices/adesões e 8.346 pessoas seguras, o que significa uma redução de carteira da ordem dos 14,00% quer quando analisada pela vertente das apólices/adesões, quer das pessoas seguras; Uma diminuição de 157 milhões de Euros, que corresponde a 18,00% da carteira, no montante dos capitais seguros dos produtos de risco; Um decréscimo de 8,50 milhões de Euros no volume das provisões matemáticas dos produtos de capitalização e investimento. 6. ESTRUTURA DA CARTEIRA Os prémios processados apresentam a seguinte distribuição por tipo de produto: 27 2011 Receita Processada* Tipo de Produto 2012 % da Receita % da Carteira Processada* Carteira Contratos de Seguro Seguros de Rendas 0,00 0,00% 0,00 0,00% 5.867.510,00 73,20% 4.824.918,00 76,10% 454.914,00 5,60% 373.822,00 5,90% 1.692.621,00 21,20% 1.137.957,00 18,00% 8.015.045,00 100,00% 6.336.697,00 100,0% Produtos de Capitalização 0,00 0,00% 0,00 0,00% Produtos UnitLinked 0,00 0,00% 0,00 0,00% Sub Total 0,00 0,00% 0,00 0,00% Total 8.015.045,00 100,00% 6.336.697,00 100,00% Seguros de Vida Risco Seguros de Capitalização PPR Sub Total Contratos de Investimento (* Valores em Euros) 7. PROVISÕES MATEMÁTICAS DE CONTRATOS DE SEGURO E PASSIVOS FINANCEIROS DE CONTRATOS CLASSIFICADOS PARA EFEITOS CONTABILISTICOS COMO CONTRATOS DE INVESTIMENTO O volume total de provisões matemáticas de Contratos de Seguro e Passivos Financeiros de Contratos de Investimento foi de 72.251.332,00 Euros registando uma redução de 10,50% face ao ano anterior, com a seguinte distribuição por tipo de produtos: 2011 Tipo de Produto Provisão Matemática* PPR 38.234.109,00 Seguros de Capitalização Contratos de Investimento UnitLinked (ICAE) Seguros Vida Rendas Seguros Vida Risco 2012 % Carteira Provisão Matemática* % da Carteira 47,30% 32.025.094,00 44,30% 13.350.327,00 16,50% 11.379.693,00 15,70% 25.949.008,00 32,20% 25.526.350,00 35,30% 1.648.376,00 2,00% 1.628.199,00 2,30% 194.846,00 0,30% 187.650,00 0,30% 1.383.000,00 1,7% 1.504.346,00 2,10% (* Valores em Euros) 28 8. PRINCIPAIS INDICADORES (Valores em Euros) Balanço 2011 2012 - Activo Líquido 89.365.546,00 87.480.662,00 - Capital Próprio 7.014.189,00 11.733.307,00 - Provisões Técnicas 54.169.696,00 46.324.775,00 - Passivos Financeiros de Contratos de Investimento 27.597.384,00 27.178.558,00 (Valores em Euros) Conta de Ganhos e Perdas: - Prémios Processados 2011 2012 8.015.045,00 6.336.697,00 - Rendimentos e Ganhos Líquidos da Actividade Financeira Não Técnica 72.050,00 - 26.094,00 - Rendimentos e Ganhos Líquidos da Actividade Financeira Técnica - 113.813,00 3.345.402,00 - 4.705.986,00 - 8.065.499,00 - Participação Resultados Seguro Directo 0,00 0,00 - Custos Sinistros Líquidos de Resseguro 9.624.617,00 11.993.633,00 - Resultado Líquido 353.102,00 2.569.547,00 Nº de Trabalhadores 2011 2012 10 10 - Provisões Matemáticas Seguro Directo Produtividade 2011 2012 - Nº Apólices / Nº Trabalhadores 5.150 4.467 - Nº Pessoas Seguras / Nº Trabalhadores 5.882 5.048 801.504,00 633.670,00 8.936.554,00 8.748.066,00 - Prémios / Nº de Trabalhadores * - Activos sob gestão / Nº Trabalhadores * * Valores em Euros 29 9. ACTIVIDADE FINANCEIRA 9.1. Gestão de Activos Em complemento dos aspectos realçados no ponto 3.3 deste relatório, destacam-se a ainda os seguintes factos no que concerne à actividade financeira da Seguradora no exercício de 2012: As estratégias, metodologias e processos de trabalho subjacentes à gestão ALM, tratamento administrativo, contabilístico e fiscal das operações financeiras não sofreram durante o ano 2012 qualquer alteração em relação ao que vinha sendo consolidado a este nível no ano anterior. Em concreto, a política de investimentos não registou alterações com significado e a gestão global de activos financeiros da Finibanco Vida continuou a ser efectuada em parceria com a Mapfre Inversión, à excepção da carteira de investimentos afecta ao Unit Linked (que representava, em 31.12.2012, 3,4% do total de activos financeiros da Companhia) que permaneceu sob gestão da MG Activos. 9.2. Composição das carteiras A distribuição da carteira de títulos da Finibanco Vida por categorias de activos sofreu algumas alterações ao longo do ano 2012, de entre as quais se realçam: Aumento em 11,00% da exposição a títulos de dívida pública. Diminuição do peso da dívida corporate em 13,00% em função do valor global de activos financeiros da Finibanco Vida. Estas alterações estão em parte relacionadas com um conjunto de operações de compra e venda de activos financeiros, concretizadas em Novembro de 2012, por motivos tácticos e de gestão ALM. Por categorias de títulos, em 31 de Dezembro de 2012, a carteira de investimentos da Finibanco Vida tinha a seguinte composição: (Valores em Euros) Categoria de Título Depósitos Dívida Pública Dívida Corporate Acções Fundos de Investimento Total Distribuição 3.800.603,00 52.711.548,00 22.982.094,00 874.174,00 6.114.455,00 86.482.873,00 30 Composição da Carteira de Investimentos 4,39% 1,01% 7,07% Depósitos 26,57% Dívida Pública Dívida Corporate 60,95% Acções Fundos de Investimento 9.3. Performance O desempenho positivo das carteiras de investimentos da Finibanco Vida no exercício 2012 teve origem nos seguintes aspectos: Na melhoria continua das perspectivas de recuperação dos países intervencionados pela troika, coadjuvada pela acção do Banco Central Europeu, sobretudo no 2º semestre de 2012, e das decisões do Conselho Europeu para estabilização da crise financeira de que a Europa tem vindo a padecer desde 2008, permitiu que os spreads da dívida pública dos países periféricos da zona euro se reduzissem bastante, implicando uma valorização generalizada, no mercado secundário, dos títulos de dívida pública desses países. Apesar da Finibanco Vida já não estar exposta a qualquer título de dívida Grega, mantém o nível de concentração a títulos de rendimento fixo Portugueses e Espanhóis. A injecção de liquidez nos sistemas monetários mundiais e a manutenção de taxas de desconto muito reduzidas por parte da grande maioria dos bancos centrais dos países ocidentais, levou a que as taxas de juro de mercado, nomeadamente as do mercado interbancário, atingissem valores historicamente baixos tendo, como consequência, levado a uma valorização de títulos de rendimento mais antigos, emitidos com taxas fixas. 31 Também os mercados de maior risco, como é o caso dos mercados accionistas, tiveram, no ano 2012, uma valorização bastante positiva. As rentabilidades líquidas dos activos financeiros da Finibanco Vida foram as seguintes: 8,60% nas carteiras que representam provisões técnicas e passivos financeiros de seguros de vida não ligados a fundos de investimento; 25,09% nas carteiras de investimentos afectas a seguros ligados; 9,33% na carteira de activos não afectos a provisões técnicas. De salientar que as rentabilidades indicadas reflectem, também, a valorização dos títulos de dívida pública Portuguesa a custo amortizado. 9.4. Encargos Gerais Os encargos gerais, incluindo gastos financeiros, despesas com pessoal, custos de aquisição, amortizações e outros encargos, registaram um montante de 1.405.709,00 Euros o que significa uma redução de 6,00% quando comparado com o ano anterior. As Despesas com Pessoal, incluídas nesta rubrica, cresceram 3,00%, atingindo o montante de 615.634,00 Euros, já considerando uma provisão estimada de 44.438,00 Euros para bónus de desempenho. 10. PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS As Taxas de Revalorização Efectivas (constituídas por taxa de participação somada à taxa de juro técnica) atribuídas às Apólices das modalidades com Fundos Autónomos de Investimento foram as seguintes: Taxa Técnica Taxa de Revalorização Efectiva PPR Finibanco 3,00% 3,00% PPR Garantido Finibanco 2,50% 2,50% Capitalização Finibanco 3,00% 3,00% Produto Nota: Não obstante a recuperação verificada no exercício, não houve lugar à atribuição de qualquer rendimento variável dada a existência de um saldo global negativo transitado de anos anteriores, nas carteiras que constituem os respectivos fundos autónomos. 32 11. GARANTIAS FINANCEIRAS - MARGEM DE SOLVÊNCIA O capital constitutivo disponível para o Fundo de Garantia e da Margem de Solvência é de 10.577.600,00 Euros quando o valor mínimo legalmente exigido face às responsabilidades da Seguradora é de 3.700.000,00 Euros. Assim verifica-se a existência de uma taxa de cobertura de 285,88%. 12. RESULTADOS DO EXERCICIO O resultado do exercício, antes de impostos, regista um valor global de 3.548.372,99 Euros. Este resultado é composto por: Resultado da exploração técnica: Resultado não técnico: 3.574.466,55 Euros; - 26.093,56 Euros. Após impostos o valor líquido ascende a 2.569.547,24 Euros. 13. APLICAÇÃO DOS RESULTADOS O Conselho de Administração propõe que os resultados líquidos obtidos, no montante de 2.569.547,24 Euros, tenham a seguinte aplicação: (Valores em Euros) Reserva Legal 256.954,70 Resultados Transitados 124.098,10 Reserva Livre 1.063.494,44 Dividendo ao Accionista MG-AM (0,15€ por acção) 1.125.000,00 14. CONCLUSÃO Da apreciação efectuada à actividade desenvolvida pela Finibanco Vida neste seu sexto exercício anual, apraz-nos registar que se tratou de um ano muito positivo quando analisado sob o prisma da recuperação da sua carteira de investimentos, da sua margem de solvência e dos seus resultados. Subsiste, porém, a necessidade de ser definido, por parte do accionista, o modelo de funcionamento futuro da Seguradora de modo a não ser comprometida a sua viabilidade a médio prazo. Estamos, no entanto, confiantes que, na sequência da 33 alteração do controlo accionista recentemente verificada, essa definição ocorrerá a muito breve prazo. Resta-nos agradecer aos Colaboradores da Finibanco Vida e das entidades accionistas que colocaram o melhor do seu esforço e empenhamento ao serviço da Seguradora, o que permitiu atingir resultados tão expressivos neste exercício. Apresentamos, também, os nossos agradecimentos aos Accionistas, ao Conselho Fiscal e a todas as entidades que directa ou indirectamente contribuíram para o desempenho alcançado, das quais destacamos: O Instituto de Seguros de Portugal; A Associação Portuguesa de Seguradores; Os nossos Resseguradores. Impõe-se, ainda, uma palavra de reconhecimento ao nosso Actuário Responsável e aos nossos Consultores e Auditores, pela colaboração prestada. Porto, Fevereiro de 2013 O Conselho de Administração Fernando Dias Nogueira (Presidente) Maria Manuela Traquina Rodrigues Armando Esteves Joaquim de Campos Afonso 34 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS em 31 de Dezembro de 2012 Balanço (Valores em Euros) Notas do Anexo Balanço Valor bruto Exercício Imparidade, deprec./ amort. ou ajustamentos Exercício anterior Valor Líquido ACTIVO 9 7.4 Caixa e seus equivalentes e depósitos à ordem Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Derivados de cobertura 24 0 0 3.709.027 0 3.709.027 3.982.106 0 0 0 0 0 0 52.665.796 3.315.994 0 3.315.994 0 0 0 0 0 3.315.994 0 3.315.994 0 Empréstimos concedidos 0 0 0 0 Contas a receber 0 0 0 0 Outros 0 0 0 0 31.360.803 0 31.360.803 30.893.012 Outros depósitos Investimentos a deter até à maturidade 0 0 0 0 Terrenos e edifícios de uso próprio 0 0 0 0 Terrenos e edifícios de rendimento 0 0 0 0 Outros activos tangíveis 218.891 151.624 67.267 87.133 Inventários 0 0 0 0 Goodwill 0 0 0 0 Outros activos intangíveis 889.085 858.379 30.706 84.819 Provisões técnicas de resseguro cedido 573.523 0 573.523 553.925 Provisão para prémios não adquiridos 0 0 0 0 Provisão matemática do ramo vida 0 0 0 0 Provisão para sinistros 187.427 0 187.427 300.102 Provisão para participação nos resultados 386.096 0 386.096 253.823 Provisão para compromissos de taxa 0 0 0 0 Provisão para estabilização de carteira 0 0 0 0 0 0 0 0 8.196 0 8.196 169.094 286.755 173.291 113.465 202.696 243.574 173.291 70.283 184.109 35.747 0 35.747 4.847 7.434 0 7.434 13.739 414.298 Outras provisões técnicas Activos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo Contas a receber por outras operações Activos por impostos 25.2 0 47.612.440 Outros devedores por operações de seguros e outras operações Contas a receber por operações de seguro directo 7.8 - 14 Contas a receber por outras operações de resseguro 7.8 7.8 0 0 Terrenos e edifícios 13 305.055 22.816 Depósitos juntos de empresas cedentes 11 484.609 0 Empréstimos e contas a receber 7.7 0 47.635.257 7.5- 7.6 Activos disponíveis para venda 7.2 484.609 197.181 0 197.181 Activos por impostos correntes 96.646 0 96.646 70.208 Activos por impostos diferidos 100.535 0 100.535 344.090 7.451 0 7.451 7.612 Outros elementos do activo 0 0 0 0 Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas 0 0 0 0 88.686.772 1.206.110 87.480.662 89.365.546 Acréscimos e diferimentos TOTAL ACTIVO 36 (Valores em Euros) Notas do Anexo 4.1 4.4 5 24 Balanço PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO PASSIVO Provisões técnicas Provisão para prémios não adquiridos Provisão matemática do ramo vida Provisão para sinistros De vida De acidentes de trabalho De outros ramos Provisão para participação nos resultados Provisão para compromissos de taxa Provisão para estabilização de carteira Provisão para desvios de sinistralidade Provisão para riscos em curso Outras provisões técnicas Passivos financeiros da componente de depósito de contratos de seguros e de contratos de seguro e operações considerados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento Outros passivos financeiros Derivados de cobertura Passivos subordinados Depósitos recebidos de resseguradores Outros Passivos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo Outros credores por operações de seguros e outras operações Contas a pagar por operações de seguro directo Contas a pagar por outras operações de resseguro Contas a pagar por outras operações Passivos por impostos Passivos por impostos correntes Passivos por impostos diferidos Acréscimos e diferimentos Outras Provisões Outros elementos do passivo Passivos de um grupo para alienação classificado como detido para venda TOTAL PASSIVO 26 19-27 27 Exercício anterior Exercício CAPITAL PRÓPRIO Capital (Acções Próprias) Outros instrumentos de capital Reservas de reavaliação Por ajustamentos no justo valor de activos financeiros Por revalorização de terrenos e edifícios de uso próprio Por revalorização de activos intangíveis Por revalorização de outros activos tangíveis Por ajustamentos no justo valor de instrumentos de cobertura em coberturas de fluxos de caixa Por ajustamentos no justo valor de cobertura de investimentos líquidos em moeda estrangeira De diferenças de câmbio Reserva por impostos diferidos Outras reservas Resultados transitados Resultado do exercício TOTAL CAPITAL PRÓPRIO TOTAL PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO 46.324.775 0 44.728.761 54.169.696 0 52.826.949 1.591.182 1.591.182 0 0 4.832 0 0 0 0 0 1.337.914 1.337.914 0 0 4.832 0 0 0 0 0 27.178.558 27.597.384 0 0 0 0 0 0 330.648 121.991 170.785 37.872 1.624.885 1.624.885 0 280.621 0 7.870 0 0 0 0 0 0 197.002 180.227 83.426 48.667 48.133 121.789 121.789 0 73.352 0 11.908 0 75.747.356 82.351.357 7.500.000 0 0 7.500.000 0 0 -210.260 -210.260 0 0 0 -3.204.023 -3.204.023 0 0 0 0 0 0 0 0 -34.345 2.032.462 -124.098 2.569.547 0 809.847 1.679.360 -124.098 353.102 11.733.307 87.480.662 7.014.189 89.365.546 37 Conta de Ganhos e Perdas Notas do Anexo Conta de Ganhos e Perdas 4.4-15 5.519.140 6.336.697 -817.557 0 0 7.076.418 8.015.045 -938.626 0 0 23.286 0 23.286 61.733 11.993.633 11.627.690 11.963.797 -336.108 365.943 253.268 112.675 0 -8.065.499 -8.065.499 0 0 1.317.543 565.496 -32.690 1.170.833 -386.096 3.667.679 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 333.552 11.993.633 11.627.690 11.963.797 -336.108 365.943 253.268 112.675 0 -8.065.499 -8.065.499 0 0 1.317.543 565.496 -32.690 1.170.833 -386.096 4.001.231 9.624.617 9.202.594 9.571.821 -369.227 422.023 549.023 -127.000 0 -4.705.986 -4.705.986 0 0 1.596.880 704.982 -107.290 1.253.011 -253.823 4.156.411 De juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas 3.551.543 0 330.057 3.881.599 4.019.108 De juros de passivos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas 0 0 0 0 0 Outros Gastos financeiros De juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas De juros de passivos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas 116.136 1.472.474 0 0 3.496 20.042 119.631 1.492.516 137.303 1.082.361 0 0 0 0 0 1.038.319 0 0 1.038.319 1.093.333 Outros Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros não valorizados ao justo valor através de ganhos e perdas 434.155 0 20.042 454.198 -10.972 738.029 0 -312.725 425.304 -421.377 738.029 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -312.725 0 0 0 0 425.304 0 0 0 0 -421.377 0 0 0 0 434.985 0 -26.878 408.107 -23.150 434.985 0 -26.878 408.107 -23.150 0 0 0 0 0 0 0 0 0 -39.893 0 0 0 0 0 22.816 22.816 0 0 0 -47 0 -67.637 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 22.816 22.816 0 0 0 -47 0 -67.637 2.677.659 2.677.659 0 0 0 0 0 -39.604 Prémios de resseguro cedido Provisão para prémios não adquiridos, parte resseguradores (variação) Comissões de contratos de seguro e operações considerados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento ou como contratos de prestação de serviços Custos com sinistros, líquidos de resseguro Montantes pagos 4.4 4.4 Montantes brutos Parte dos resseguradores Provisão para sinistros (variação) 4.4 4.4 Montante bruto Parte dos resseguradores Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro Provisão matemática do ramo vida, líquida de resseguro 4.1 Montante bruto Parte dos resseguradores 4.3 Participação nos resultados, líquida de resseguro Custos e gastos de exploração líquidos 22 Custos de aquisição Custos de aquisição diferidos (variação) 22 Gastos administrativos Comissões e participação nos resultados de resseguro Rendimentos 17 17 5.4 22 18 De activos disponíveis para venda De empréstimos e contas a receber De investimentos a deter até à maturidade De passivos financeiros valorizados a custo amortizado 18 - 19 De outros Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros valorizados ao justo valor através de ganhos e perdas Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros detidos para negociação 20 19 Ganhos líquidos de activos e passivos financeiros classificados no reconhecimento inicial ao justo valor através de ganhos e perdas Diferenças de câmbio Ganhos líquidos pela venda de activos não financeiros que não estejam classificados como activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais descontinuadas Perdas de imparidade (líquidas de reversão) De activos disponíveis para venda De empréstimos e contas a receber valorizados a custo amortizado De investimentos a deter até à maturidade De outros 14 Exercício anterior Total 0 0 0 0 0 Prémios brutos emitidos Provisão para prémios não adquiridos (variação) 16 Exercício Técnica Não Não-Vida Técnica Técnica Vida 5.519.140 6.336.697 -817.557 0 0 Prémios adquiridos líquidos de resseguro 15 (Valores em Euros) Outros rendimentos/gastos técnicos, líquidos de resseguro Outras provisões (variação) Outros rendimentos/gastos Goodwill negativo reconhecido imediatamente em ganhos e perdas 0 0 0 0 0 Ganhos e perdas de associadas e empreendimentos conjuntos contabilizados pelo método da equivalência patrimonial Ganhos e perdas de activos não correntes (ou grupos para alienação) classificados como detidos para venda 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 RESULTADO LÍQUIDO ANTES DE IMPOSTOS 3.574.467 1.012.378 -33.552 2.595.641 0 0 0 0 -26.094 0 0 -26.094 3.548.373 1.012.378 -33.552 2.569.547 534.900 155.090 26.708 353.102 25.1 Imposto sobre o rendimento do exercício - impostos correntes 25.2 Imposto sobre o rendimento do exercício - impostos diferidos RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 38 Reservas de Reavaliação Demonstração de Variações do Capital Próprio 2012 Balanço a 31 de Dezembro de 2011 (balanço de abertura) Por ajustamentos no justo valor de investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Acções próprias Capital 7.500.000 Por ajustamentos no justo valor de activos financeiros disponíveis para venda -3.204.023 Outras reservas Reserva por impostos diferidos 809.847 Reserva legal 312.004 Outras reservas 1.367.357 Resultados transitados Resultado do exercício -124.098 353.102 Correcções de erros (IAS 8) 7.014.189 0 Alterações políticas contabilísticas (IAS 8) Balanço de abertura alterado TOTAL 0 7.500.000 0 0 -3.204.023 809.847 312.004 1.367.357 -124.098 353.102 7.014.189 Aumentos/reduções de capital 0 Transacção de acções próprias 0 Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor de filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor de activos financeiros disponíveis para venda 0 2.993.762 2.993.762 Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorização de terrenos e edifícios de uso próprio 0 Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorizações de outros activos tangíveis 0 Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorizações de activos intangíveis 0 Ganhos líquidos por ajustamentos de instrumentos de cobertura em cobertura de fluxos de caixa 0 Ganhos líquidos por diferenças por taxa de câmbio 0 Ajustamentos por reconhecimento de impostos diferidos -844.192 Aumentos de reservas por aplicação de resultados -844.192 35.310 317.792 Distribuição de reservas 353.102 0 -353.102 -353.102 Distribuição de lucros/prejuízos 0 Alterações de estimativas contabilísticas 0 Total das variações do capital próprio 0 0 0 2.993.762 -844.192 35.310 317.792 0 Resultado líquido do período -353.102 2.149.570 2.569.547 2.569.547 2.569.547 11.733.307 Distribuição antecipada de lucros Balanço a 31 de Dezembro de 2012 0 7.500.000 0 0 -210.260 -34.345 347.314 1.685.148 -124.098 39 Reservas de Reavaliação Demonstração de Variações do Capital Próprio 2011 Balanço a 31 de Dezembro 2010 (balanço de abertura) Por ajustamentos no justo valor de investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Acções próprias Capital 7.500.000 Outras reservas Por ajustamentos no justo valor de activos financeiros disponíveis para venda -3.241.832 Reserva por impostos diferidos 799.866 Reserva legal Resultados transitados Outras reservas 160.075 Resultado do exercício -124.098 1.519.285 TOTAL 6.613.296 Correcções de erros (IAS 8) 0 Alterações políticas contabilísticas (IAS 8) 0 Balanço de abertura alterado 7.500.000 0 0 -3.241.832 799.866 160.075 0 -124.098 1.519.285 6.613.296 Aumentos/reduções de capital 0 Transacção de acções próprias 0 Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor de filiais, associadas e empreendimentos conjuntos Ganhos líquidos por ajustamentos no justo valor de activos financeiros disponíveis para venda 0 37.809 37.809 Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorização de terrenos e edifícios de uso próprio 0 Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorizações de outros activos tangíveis 0 Ganhos líquidos por ajustamentos por revalorizações de activos intangíveis 0 Ganhos líquidos por ajustamentos de instrumentos de cobertura em cobertura de fluxos de caixa 0 Ganhos líquidos por diferenças por taxa de câmbio 0 Ajustamentos por reconhecimento de impostos diferidos 9.981 Aumentos de reservas por aplicação de resultados 9.981 151.929 1.367.357 1.519.286 Distribuição de reservas -1.519.285 -1.519.285 Distribuição de lucros/prejuízos 0 Alterações de estimativas contabilísticas 0 Total das variações do capital próprio 0 0 0 37.809 9.981 151.929 1.367.357 0 Resultado líquido do período -1.519.285 47.791 353.102 353.102 353.102 7.014.189 Distribuição antecipada de lucros Balanço a 31 de Dezembro de 2011 0 7.500.000 0 0 -3.204.023 809.847 312.004 1.367.357 -124.098 40 Demonstração do Resultado Integral (valores em Euros) RUBRICAS 2012 2011 Resultado Líquido do exercício 2.569.547 353.102 Outro rendimento integral do exercício 2.993.762 37.809 3.396.249 3.136.846 -402.487 -3.099.037 -844.192 9.981 4.719.117 400.892 Activos financeiros disponíveis para venda -Ganhos e perdas líquidas do exercício -Reclassificação de ganhos e perdas para resultados do exercício Impostos Ganhos e perdas líquidas em diferenças cambiais Benefícios pós emprego Outros movimentos Total do rendimento integral 41 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS em 31 de Dezembro de 2012 ANEXO AO BALANÇO E À CONTA DE GANHOS E PERDAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 1. INFORMAÇÕES GERAIS A Finibanco Vida - Companhia de Seguros de Vida S.A., com sede na Rua Júlio Dinis nº166 na cidade do Porto, foi constituída em Janeiro de 2007 com Capital Social de 7.500.000,00 Euros, detido na sua totalidade pela Finibanco Holding – S.G.P.S., S.A., até 29 de Dezembro de 2009, data em que ocorreu a transmissão para a Mapfre Seguros Gerais, S.A. de 50% do seu capital social e o controlo da gestão da Companhia. Em Março de 2011, na sequência da Operação Púbica de Aquisição, lançada e concretizada em Dezembro de 2010 pelo Montepio Geral - Associação Mutualista à Finibanco Holding – S.G.P.S., S.A., foi vendida a participação de 50% do capital social da Finibanco Vida detida pela Finibanco Holding – S.G.P.S., S.A. ao Montepio Geral Associação Mutualista. Em 12 de Dezembro de 2012, a participação de 50% da Mapfre Seguros Gerais S.A. foi adquirida pelo Montepio Geral - Associação Mutualista, passando esta entidade, a partir dessa data, a deter a totalidade do capital social da Finibanco Vida A Finibanco Vida dedica-se exclusivamente ao exercício da actividade de seguros do Ramo Vida, para os ramos de seguros de vida risco, capitalização, seguros ligados e rendas, para os quais obteve a devida autorização por parte do Instituto de Seguros de Portugal. As notas que se seguem basearam-se nas International Accounting Standards (IAS) e nas International Financial Reporting Standards (IFRS) tendo-se também optado por seguir os exemplos ilustrativos previstos no Plano de Contas para as Empresas de Seguros, aprovado pela Norma Regulamentar nº 4/2007 - R, de 27 de Abril, com as alterações introduzidas pela Norma Regulamentar nº 20/2007 - R, de 31 de Dezembro, e pela Norma Regulamentar nº22/2010 – R, de 16 de Dezembro, publicadas pelo Instituto de Seguros de Portugal, excepto no que concerne à numeração dos anexos uma vez que atribuímos uma numeração sequencial própria. Por não serem aplicáveis ou por irrelevância em termos de materialidade de valores ou situações a reportar, algumas notas não são referidas neste Anexo. 43 As demonstrações financeiras foram aprovadas por deliberação do Conselho de Administração de 25 de Fevereiro de 2013 e serão submetidas para Aprovação da Assembleia Geral de accionistas. 2. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS A Companhia manteve, durante o exercício de 2012 relações comerciais exclusivas com clientes e entidades inseridas no Grupo Montepio, mais concretamente através da rede de balcões ex-Finibanco, cuja dinamização comercial ficou a cargo da Finisegur Sociedade Mediadora de Seguros S.A., cuja denominação social foi alterada em Dezembro de 2012 para Montepio Mediação – Sociedade Mediadora de Seguros S.A., também integralmente detida pelo Montepio Geral – Associação Mutualista. Os produtos desenvolvidos e comercializados pela Companhia foram especificamente concebidos para distribuição através do canal bancário e para bancário, quer na vertente de aumento da qualidade e das garantias dos produtos bancários subjacentes aos mesmos, quer no que concerne à captação de aforro através de produtos específicos e vocacionados para a poupança de médio e longo prazo, com um perfil de risco preferencialmente moderado e conservador. Como consequência da integração do ex-Finibanco no Grupo Montepio, no seguimento da Operação Pública de Aquisição supra mencionada e a exemplo do anterior exercício, o ano 2012 continuou a ser condicionado, para a Finibanco Vida, pela progressiva perda da sua única e natural rede de distribuição, a Rede Comercial do ex-Finibanco. Nessa conformidade, quer em termos comerciais quer ao nível de desenvolvimento de novos produtos e segmentos de mercado não houve nada de novo a registar, pelo que a actividade da seguradora se focalizou exclusivamente na manutenção e gestão da carteira de seguros em vigor à data da aludida Operação Publica de Aquisição. A única excepção a este cenário, deve-se ao facto da Finicrédito, S.A. (actualmente designada Montepio Crédito, S.A.), instituição financeira vocacionada para o crédito ao consumo a pequenas empresas e empresário em nome individual, ter continuado a colocar na Finibanco Vida os seguros de vida risco subjacentes aos seus novos contratos de crédito. Nos exercícios de 2011 e 2012 a actividade desenvolvida pela Companhia foi realizada, na sua totalidade, em território nacional, pelo que não é apresentada qualquer informação por sectores geográficos. 44 2.1. Relato de resultados por segmentos Apesar da estrutura da Companhia ser bastante ligeira e a sua pequena dimensão implicar uma grande polivalência funcional de todos os seus colaboradores, dificultando deste modo a adopção de regras de imputação dos reais custos de exploração a segmentos ou funções, foi possível implementar um modelo para elaboração deste relato com base na segregação da demonstração de resultados por quatro grandes linhas de negócio, que são: Produtos de vida risco, que têm por objectivo cobrir os riscos de morte, invalidez e longevidade; Produtos de capitalização, que conferem direito a participação nos resultados e classificados no âmbito da IFRS4 como contratos de seguro; Produtos de capitalização, classificados nos termos da IAS39 como contratos de investimento, a custo amortizado e a justo valor de mercado; Produtos financeiros, denominados por seguros ligados a fundos de investimento, em que o risco de investimento é assumido pelo tomador de seguro. Todavia, no que concerne ao Balanço desagregado pelas aludidas funções, não foi efectuada essa segregação por falta de um modelo coerente e sistematizado, a nível informático, que permitisse a obtenção e produção fidedigna desses dados. 45 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – SEGUROS DE RISCO (valores em Euros) Conta de ganhos e perdas por risco Exercício actual Exercício anterior Prémios adquiridos líquidos de resseguro 4.007.361 4.928.883 Prémios brutos emitidos 4.824.918 5.867.510 Prémios de resseguro cedido -817.557 -938.626 Custos com sinistros, líquidos de resseguro -1.104.942 -1.056.054 Montantes pagos -1.126.347 -540.909 Montantes brutos -1.462.455 -910.136 Parte dos resseguradores 336.108 369.227 Provisão para sinistros (variação) 112.973 -422.023 Montante bruto 225.648 -549.023 -112.675 127.000 -91.567 -93.122 Parte dos resseguradores Encargos de gestão com sinistros Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro 0 0 Provisão Matemática ramo vida, líquida de resseguro -114.150 -404.981 Montante bruto -114.150 -404.981 0 0 Parte dos resseguradores Participação resultados, líquida de resseguro 0 0 Custos e gastos de exploração líquidos -913.002 -1.150.955 Custos de aquisição -550.998 -676.804 Custos de aquisição diferidos (var.) 32.690 107.290 -780.790 -835.264 Comissões e participação resultados resseguro 386.096 253.823 Rendimentos 333.552 302.181 De juros activos financeiros não valorizados 330.057 280.749 Gastos administrativos Outros Gastos financeiros De juros passivos financeiros não valorizados 3.496 21.432 -20.042 -13.738 0 0 -20.042 -13.738 Ganhos líquidos activos e passivos financeiros -339.603 177.446 De activos disponíveis para venda -312.725 -33.796 Outros De investimentos deter à maturidade 0 0 -26.878 211.242 Ganhos líquidos activos e passivos financeiros classificados 0 0 Diferenças de câmbio 0 0 Ganhos líquidos venda activos financeiros não classificados 0 0 Perdas de imparidade líquidas reversões 0 -393.852 De activos disponíveis para venda 0 -393.852 Ganhos líquidos activos e passivos financeiros de negociação De outros Outros rendimentos/gastos Ganhos e perdas de activos não correntes RESULTADO LÍQUIDO ANTES DE IMPOSTOS Imposto sobre rendimento do exercício - Impostos correntes Imposto sobre rendimento do exercício - Impostos diferidos RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 0 0 -67.684 -39.604 0 0 1.781.490 2.349.327 -1.012.378 -155.090 33.552 -26.708 802.664 2.167.529 46 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – PRODUTOS DE CAPITALIZAÇÃO C/ PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS (valores em Euros) Conta de ganhos e perdas por risco Exercício actual Exercício anterior Prémios adquiridos líquidos de resseguro 1.511.779 2.147.535 Prémios brutos emitidos 1.511.779 2.147.535 Prémios de resseguro cedidos 0 0 Custos com sinistros, líquidos de resse. -10.881.249 -8.560.463 Montantes pagos -10.366.437 -8.519.594 Montantes brutos -10.366.437 -8.519.594 0 0 Provisão para sinistros (variação) -478.916 0 Montante bruto -478.916 0 Parte dos resseguradores Parte dos resseguradores Encargos de gestão com sinistros Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro 0 0 -35.896 -40.868 0 0 Provisão Matemática ramo vida, líquida resseguro 8.179.649 5.110.967 Montante bruto 8.179.649 5.110.967 Parte dos resseguradores 0 0 Participação resultados, líquida resseguro 0 0 -337.563 -376.829 -14.498 -28.177 Custos e gastos de exploração líquidos Custos de aquisição Custos de aquisição diferidos (var.) 0 0 -323.065 -348.652 0 0 Rendimentos 2.066.071 2.283.105 De juros activos financeiros não valorizados 2.066.071 2.283.105 Gastos administrativos Comissões e participação resultados resseguro Outros Gastos financeiros De juros passivos financeiros não valorizados 0 0 -41.848 -46.035 0 0 Outros -41.848 -46.035 Ganhos líquidos activos e passivos financeiros 687.429 -252.845 De activos disponíveis para venda 687.429 -252.845 De investimentos deter à maturidade 0 0 Ganhos líquidos activos e passivos financeiros de negociação 0 0 Ganhos líquidos activos e passivos financeiros classificados 0 0 Diferenças de câmbio 0 0 Ganhos líquidos venda activos financeiros não classificados 0 0 Perdas de imparidade (líquidas reversão) -22.816 -2.283.807 De activos disponíveis para venda -22.816 -2.283.807 De outros 0 0 Outros rendimentos/gastos 0 0 Ganhos e perdas de activos não correntes 0 0 1.161.451 -1.978.373 RESULTADO LÍQUIDO ANTES DE IMPOSTOS 47 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – PRODUTOS DE CAPITALIZAÇÃO CLASSIFICADOS COM CONTRATOS DE INVESTIMENTO (valores em Euros) Conta de ganhos e perdas por risco Comissões contratos seguros investimento Prémios brutos emitidos Prémios puros emitidos Exercício actual Exercício anterior 21.373 58.450 0 0 0 0 21.373 58.450 Perdas e gastos em Passivos Financeiros -1.044.809 -1.100.331 Juro efectivo -1.038.319 -1.093.333 -6.490 -6.998 Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro 0 0 Participação resultados, líquida de resseguro 0 0 -58.409 -59.696 Custos de aquisição 0 0 Custos de aquisição diferidos (var.) 0 0 -58.409 -59.696 Penalizações de resgate Encargos de gestão com sinistros Custos e gastos de exploração líquidos Gastos administrativos Comissões e participação resultados resseguro 0 0 Rendimentos 1.485.472 1.455.253 De juros activos financeiros não valorizados 1.485.472 1.455.253 0 0 -12.064 -11.096 Outros Gastos financeiros De juros passivos financeiros não valorizados 0 0 -12.064 -11.096 Ganhos líquidos activos e passivos financeiros 50.600 -168.531 De activos disponíveis para venda 50.600 -168.531 De investimentos deter à maturidade 0 0 Ganhos líquidos activos e passivos financeiros de negociação 0 0 Ganhos líquidos activos e passivos financeiros classificados 0 0 Diferenças de câmbio 0 0 Ganhos líquidos venda activos financeiros não classificados 0 0 Perdas de imparidade (líquidas reversão) 0 0 De activos disponíveis para venda 0 0 De outros 0 0 Outros rendimentos/gastos 0 0 Ganhos e perdas de activos não correntes 0 0 442.163 174.048 Outros RESULTADO LÍQUIDO ANTES DE IMPOSTOS 48 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS – PRODUTOS DE SEGUROS LIGADOS (valores em Euros) Conta de ganhos e perdas por risco Comissões contratos seguros investimento Prémios brutos emitidos Prémios puros emitidos Exercício actual Exercício anterior 1.913 3.283 0 0 0 0 1.913 3.283 Perdas e gastos em Passivos Financeiros -372.132 87.610 Juro efectivo -371.179 88.711 -952 -1.101 Outras provisões técnicas, líquidas de resseguro 0 0 Participação resultados, líquida de resseguro 0 0 -8.569 -9.399 Custos de aquisição 0 0 Custos de aquisição diferidos (var.) 0 0 -8.569 -9.399 Penalizações de resgate Encargos de gestão com sinistros Custos e gastos de exploração líquidos Gastos administrativos Comissões e participação resultados resseguro 0 0 Rendimentos 116.136 115.871 De juros activos financeiros não valorizados 116.136 115.871 0 0 -9.064 -6.870 Outros Gastos financeiros De juros passivos financeiros não valorizados Outros Ganhos líquidos activos e passivos financeiros 0 0 -9.064 -6.870 434.985 -200.596 De activos disponíveis para venda 0 0 De investimentos deter à maturidade 0 0 Ganhos líquidos activos e passivos financeiros de negociação 434.985 -200.596 Ganhos líquidos activos e passivos financeiros classificados 0 0 Diferenças de câmbio 0 0 Ganhos líquidos venda activos financeiros não classificados 0 0 Perdas de imparidade (líquidas reversão) 0 0 De activos disponíveis para venda 0 0 De outros 0 0 Outros rendimentos/gastos 0 0 Ganhos e perdas de activos não correntes 0 0 163.269 -10.101 RESULTADO LÍQUIDO ANTES DE IMPOSTOS 49 3. BASES DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E DAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 3.1. Bases de apresentação As demonstrações financeiras da Companhia, agora apresentadas, reportam-se aos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2012 e 2011 no âmbito do regime contabilístico aplicável às empresas de seguros sujeitas à supervisão do Instituto de Seguros de Portugal, estabelecido na Norma Regulamentar nº 4/2007 - R, de 27 de Abril, com as alterações introduzidas pela Norma Regulamentar nº 20/2007 - R, de 31 de Dezembro, e pela Norma Regulamentar nº 22/2010 – R, de 16 de Dezembro. Nesse sentido, este regime acolheu, em termos genéricos, as IAS e as IFRS adoptadas pela União Europeia nos termos do Regulamento (CE) Nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho de 2002, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005 com excepção da IFRS 4, da qual apenas foram adoptados os princípios de classificação do tipo de contratos celebrados pelas empresas de seguros, continuando a aplicar-se ao reconhecimento e mensuração dos passivos associados a contratos de seguros os princípios estabelecidos na legislação e regulamentação prudencial específica em vigor. As IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pela International Accounting Standards Board (IASB) e as interpretações do Internacional Financial Reporting Interpretation Comitee (IFRIC) O diferimento do financiamento das responsabilidades com compromissos relativos a planos de pensões com trabalhadores que, conforme constava na Norma Regulamentar do Instituto de Seguros de Portugal nº 5/2007 – R, de 27 de Abril, vinha a ser adoptado, no que concerne aos impactos de transição decorrentes da adopção da IAS19, nos termos previstos na aludida Norma Regulamentar deixou de ser aplicável, em virtude da entrada em vigor do novo Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) publicado no Boletim de Trabalho e Emprego nº 2, de 15 de Janeiro 2012 que substituiu, ao nível das responsabilidades futuras com pensões, o anterior plano de benefícios definido por um plano de contribuição definida para a generalidade dos trabalhadores. As demonstrações financeiras estão expressas em Euros e foram preparadas com base no custo histórico, exceptuando os activos financeiros detidos para negociação, 50 os activos e passivos ao justo valor através de resultados, os produtos derivados e os activos financeiros disponíveis para venda, que foram registados ao seu justo valor. Por sua vez, os activos a deter até à maturidade e os passivos financeiros foram valorizados ao custo amortizado à taxa efectiva, numa perspectiva de continuidade e de normal funcionamento da Companhia apesar da perda da única rede de distribuição da Finibanco Vida, a rede comercial do ex-Finibanco, decorrente do processo de integração do daquela instituição bancária na Caixa Económica Montepio Geral. Apesar de não ter sido ainda definido, por parte do accionista, o modelo de funcionamento futuro da Seguradora de modo a não comprometer a sua viabilidade a médio e longo prazo, a Administração está confiante que na sequência da alteração do controlo accionista recentemente verificada, essa definição ocorrerá a muito breve prazo. O método de custeio e inventário dos activos financeiros referidos no parágrafo anterior é o custo médio. Na preparação das demonstrações financeiras, foram efectuadas estimativas e previsões que afectam os activos, passivos, réditos e custos. Para a elaboração dessas estimativas foi utilizada a informação disponível à data de preparação das demonstrações financeiras. Consequentemente, os valores futuros efectivamente verificados podem diferir destas estimativas. Por sua vez, as políticas contabilísticas enunciadas nestes anexos foram aplicadas consistentemente para os dois exercícios objecto destas divulgações. 3.2. Informação comparativa A informação contida nas demonstrações financeiras do corrente exercício é comparável de forma integral e directa com a do exercício de 2011, visto que ambas estão expressas em IFRS e elaboradas com base nos princípios mencionados no item 3.1. No exercício de 2012 não ocorreu qualquer reclassificação contabilística de activos financeiros, ao contrário do que ocorreu no decurso do exercício de 2011. Os activos financeiros reclassificados no exercício 2011, da classe de disponíveis para venda para a deter até à maturidade mantiveram-se integralmente na posse da companhia, durante o ano 2012, tendo mantido o mesmo regime de valorização e contabilização previsto aquando da sua reclassificação. 51 3.3. Políticas contabilísticas e critérios valorimétricos: 3.3.1. Princípio da especialização de exercícios Os proveitos e os custos são reconhecidos contabilisticamente em função do período em que as transacções ocorreram, independentemente do momento do seu recebimento ou pagamento. Os critérios de imputação de custos por funções resultam da aplicação das seguintes premissas: Os encargos de aquisição relacionados com remunerações de mediação são directa e automaticamente imputados a cada modalidade. No que respeita a outros encargos de aquisição, após a sua classificação por natureza, é efectuada a sua imputação directa à respectiva modalidade. Os encargos com a gestão de investimentos são automaticamente distribuídos por cada uma das carteiras de investimento e fundos autónomos da Companhia. No que concerne aos restantes custos por natureza, uma vez que a Finibanco Vida é uma Companhia de pequena dimensão em que existe uma grande polivalência de todos os seus colaboradores, encontramos um rácio médio para imputar estes custos a gastos gerais e gastos com sinistros. Por sua vez, estes encargos foram imputados a cada um dos grupos de produtos, risco e financeiros, com base na ponderação obtida através do número médio de pessoas seguras ao longo do ano 2012 de cada uma das modalidades exploradas pela Finibanco Vida. 3.3.2. Caixa e equivalentes de caixa À rubrica de caixa e equivalentes de caixa correspondem a valores em caixa e saldos à ordem junto de instituições de crédito. 3.3.3. Investimentos financeiros Classificação A Companhia classifica os seus activos financeiros no momento da sua aquisição (o que não invalida a possibilidade de ocorrências de reclassificações futuras, sempre efectuadas no termos das IAS e IFRS) considerando a intenção que lhes está subjacente, de acordo com as seguintes categorias: 52 Activos Financeiros Detidos para Negociação Para além dos instrumentos financeiros derivados que não estejam ou não sejam enquadrados em políticas de cobertura, esta rubrica inclui os activos financeiros adquiridos com objectivo ou possibilidade de venda no curto prazo. Na valorimetria destes investimentos financeiros utilizou-se o critério do justo valor de mercado em que os ganhos ou perdas inerentes a revalorizações dos mesmos afectam os resultados do período. No que respeita aos instrumentos financeiros admitidos à negociação em bolsas de valores ou em mercados regulamentados, o valor actual de mercado corresponde à cotação de fecho ou ao preço de referência divulgado pela instituição gestora do mercado financeiro em que esses instrumentos se encontrem admitidos à negociação. Os títulos ou produtos financeiros não admitidos à negociação em mercados regulamentados, são valorizados de acordo com as ofertas de compra ou cotações difundidas para o mercado por entidades especializadas e reconhecidas para o efeito. Outros activos Financeiros ao Justo Valor através de Ganhos e Perdas Esta rubrica diz respeito aos activos irrevogavelmente classificados no seu reconhecimento inicial a justo valor de mercado por via de resultados. A Finibanco Vida não tinha classificado a 31 de Dezembro de 2012 qualquer título no âmbito desta classe. Activos Financeiros Disponíveis para Venda São classificados nesta categoria os instrumentos financeiros que podem ser alienados por motivos de necessidades de liquidez ou em virtude de directrizes definidas numa política de gestão de equilíbrio entre activos e passivos, que não foram classificados em qualquer uma das outras categorias de activos financeiros. São contabilizados pelo justo valor, sendo as revalorizações subsequentes reflectidas em rubrica específica de capital próprio até à sua venda, maturidade ou reconhecimento de perdas por imparidade, momento no qual são transferidos para resultados do exercício. Para os títulos de dívida enquadrados nesta classe, os juros são calculados de acordo com o método do custo amortizado à taxa efectiva sendo que os mesmos são reconhecidos em resultados, em rubrica específica de rendimentos de juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas. 53 É efectuada uma análise da existência de evidência de perdas por imparidade em activos financeiros disponíveis para venda, em cada data de referência das demonstrações financeiras. Activos Financeiros Detidos até à Maturidade Estes activos são valorizados pelo método do custo amortizado à taxa efectiva e foram adquiridos pela Companhia ou transferidos da carteira de activos financeiros disponíveis para venda com a firme intenção e capacidade de serem mantidos em carteira até à sua maturidade. Os juros apurados pelo referido método do custo amortizado são afectados por eventuais perdas de imparidade e são reconhecidos em resultados numa rubrica de rendimentos de juros de activos financeiros não valorizados ao justo valor por via de ganhos e perdas. Posteriormente à sua aquisição, estes activos são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa efectiva, aos quais são deduzidas eventuais perdas de imparidade. Empréstimos e contas a receber São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis não cotados num mercado activo, que não sejam activos adquiridos com intenção de alienação a curto prazo (detidos para negociação) ou não classificados como activos financeiros ao justo valor através de resultados no seu reconhecimento inicial. Transferências entre categorias de activos financeiros Em Outubro de 2008 o IASB emitiu a revisão da norma IAS 39 - Reclassificação de instrumentos financeiros (Amendements to IAS 39 Financial Instruments: Recognition and Measurement and IFRS 7: Financial Instruments Disclosures). Esta alteração veio permitir que, em circunstâncias excepcionais, uma entidade possa transferir activos financeiros ao justo valor através de resultados para as carteiras de activos financeiros disponíveis para venda, empréstimos e contas a receber ou para activos financeiros detidos até à maturidade, desde que esses activos financeiros obedeçam às características de cada categoria. As transferências de activos financeiros disponíveis para venda para as categorias de empréstimos e contas a receber e a deter até à maturidade são também permitidas, tendo em conta os mesmos condicionalismos. Com referência a 1 de Janeiro de 2011 a Companhia reclassificou, nos termos permitidos pela IAS39 e pela Norma Regulamentar nº 04/2011 – R, de 02 de Junho, do ISP que permite a eliminação da dedução na margem de solvência e no fundo de 54 garantia, com origem na legislação adoptada em 1995, referente aos activos financeiros mensurados pelo custo amortizado, a totalidade dos títulos de dívida pública portuguesa da categoria de Activos Financeiros Disponíveis para Venda para Activos Financeiros Detidos até à Maturidade. Os impactos desta reclassificação são divulgados em detalhe na nota 7.3. destes anexos. 3.3.4. Imparidades É global e periodicamente analisada a existência de eventuais evidências objectivas de imparidade em activos ou grupo de activos financeiros. Nos termos das IAS, um activo financeiro encontra-se em imparidade se existir evidência de que a ocorrência de um evento (ou eventos) possa ter um impacto mensurável nos fluxos de caixa futuros esperados desse activo ou grupo de activos. A existência de imparidade de um activo ou grupo de activos definido traduz-se na observação de eventos de perda, dos quais se destacam: Situações de incumprimento de contratos, nomeadamente atraso no pagamento de capital e/ou juros; Dificuldades financeiras significativas do devedor; Alteração significativa da situação patrimonial do devedor; Ocorrência de alterações adversas das condições e/ou capacidade de pagamento ou das condições económicas nacionais ou do sector económico relevante com correlação ao incumprimento de determinado activo. No que concerne aos instrumentos de capital em activos financeiros disponíveis para venda, estes são considerados em imparidade quando se verifica um significativo ou prolongado declínio nos seus justos valores, abaixo dos respectivos preços de custo. Neste contexto, foi definido que um declínio no justo valor de um instrumento de capital igual ou superior a 40% ou por mais de 18 meses é considerado significativo ou prolongado. No exercício de 2012, foram enquadrados neste âmbito as participações no capital das seguintes entidades, cujo impacto detalhado nas demonstrações financeiras da Companhia se apresenta no ponto 7.6 destes anexos: Vivendi, S.A.; Enel, SPA; 55 RwE; AG. Se for constatada a evidência de perda por imparidade num activo ou grupo de activos, o montante da perda é determinado pela diferença entre o valor desses activos e o valor actual dos seus fluxos de caixa futuros estimados (excluindo perdas de imparidade futuras ainda não incorridas), descontados à taxa de juro original do activo ou activos financeiros. O valor de balanço do activo ou dos activos é reduzido pela utilização de uma conta de perdas por imparidade e o montante reconhecido nos resultados do período. Após o reconhecimento inicial de uma imparidade num instrumento de capital classificado como disponível para venda, se for constatado que, em cada momento de relato posterior ao reconhecimento dessa imparidade, o seu justo valor de mercado for inferior ao seu valor de balanço líquido das imparidades já reconhecidas, o seu valor de balanço é novamente reduzido e reconhecida nova imparidade nos resultados desse período. 3.3.5. Derivados A Política de Investimentos da Finibanco Vida define que de uma forma geral podem ser utilizados produtos derivados tendo em vista a prossecução de uma política de Asset Liability Management que vise o hedging desses riscos. Não obstante, poderão contratar-se instrumentos derivados por motivos de oportunidade de investimento sempre que a perda máxima estimada não exceda 0,25% do valor global dos activos financeiros da Companhia. No decurso do exercício de 2012 a Finibanco Vida não celebrou qualquer contrato nem subscreveu qualquer produto passível de ser classificado como derivado. 3.3.6. Justo valor O critério adoptado para mensuração do justo valor dos activos e passivos financeiros foi o seguinte: Para os instrumentos financeiros transaccionados em mercados activos, líquidos e profundos, o justo valor corresponde ao montante da última oferta conhecida, usualmente denominada por bid price; Para instrumentos financeiros não transaccionados em mercados activos ou se esses mercados tiverem uma liquidez e uma profundidade diminuta (mercados ilíquidos), o justo valor é determinado por recurso a técnicas de valorização 56 amplamente difundidas e utilizadas nos mercados, nomeadamente por recurso a preços de transacções recentes para activos semelhante e outros métodos como o desconto de cash flows futuros, ou seja, o justo valor determina-se actualizando os fluxos financeiros futuros, incluindo o valor de reembolso, a taxas equivalentes às taxas de juro swaps em Euros, para maturidades idênticas, ponderando também a qualidade creditícia do respectivo emissor. 3.3.7. Rendimentos O rendimento das acções em carteira é contabilizado na altura da colocação à disposição dos dividendos atribuídos. Em relação a títulos de rendimento fixo, procede-se à especialização dos respectivos rendimentos e, para os que dentro desta categoria são classificados contabilisticamente como disponíveis para venda e a deter até à maturidade, os aludidos rendimentos reflectem a aplicação do método do custo amortizado à taxa efectiva. 3.3.8. Outros Activos Tangíveis Os Outros Activos Tangíveis encontram-se registados ao seu custo de aquisição, deduzidas das correspondentes amortizações acumuladas e eventuais perdas por imparidade. Todas as despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como custo, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. As amortizações destes activos são efectuadas linearmente em função do seu período de vida útil esperado que, em média e por grupos de activos tangíveis, correspondem aos apresentados na tabela que se segue: Outros Activos Tangíveis ANOS Equipamento administrativo 8 anos Máquinas e ferramentas 5 anos Equipamento Informático 4 anos Material de Transporte 4 anos Instalações Interiores 10 anos De referir que a Finibanco Vida não inclui nesta rubrica imóveis de uso próprio, uma vez que não tem nos seus activos qualquer imóvel dessa natureza. 57 3.3.9. Activos Intangíveis Estes activos estão registados ao custo de aquisição, deduzidas das correspondentes amortizações acumuladas e eventuais perdas por imparidade. As amortizações destes activos são efectuadas linearmente durante o seu período de vida útil estimado que, genericamente, são três anos. 3.3.10. Provisão matemática As provisões matemáticas do ramo vida têm como objectivo registar o valor actual das responsabilidades futuras da Companhia no que respeita a contratos de seguro. São calculadas para cada apólice de acordo com as bases actuariais aprovadas pelo Instituto de Seguros de Portugal. 3.3.11. Provisão para sinistros A provisão para sinistros corresponde aos custos com sinistros ocorridos e ainda por liquidar, bem como a uma estimativa das responsabilidades provenientes de sinistros já ocorridos mas não declarados à data de Balanço (IBNR). Apesar da ausência de dados históricos significativos, em virtude de ser ainda o sexto exercício efectivo da Seguradora, foi já possível estimar o tempo médio que decorre entre a ocorrência do sinistro e a data em que o mesmo é comunicado à seguradora, tendo em consideração os registos efectivos da Seguradora. A aludida provisão foi constituída segundo métodos estatísticos aplicáveis a este contexto e com base em princípios e regras de prudência. 3.3.12. Provisão para participação nos resultados atribuída Para as modalidades que prevêem participação nos resultados, com base nas taxas de rentabilidade dos investimentos afectos às respectivas provisões técnicas, o valor das provisões matemáticas a 31 de Dezembro de 2012 já reflecte a mencionada participação que foi distribuída, nessa data, a cada uma das apólices dessas modalidades. A excepção diz respeito aos contratos que foram anulados no decurso do exercício para os quais apenas foi avaliada e constituída a consequente provisão para participação nos resultados. 3.3.13. Provisão para participação nos resultados a atribuir Conforme o estipulado na Circular nº 03/2008, do ISP, os ganhos e perdas potenciais dos activos financeiros afectos a fundos autónomos subjacentes a contratos de seguro 58 e de investimento com participação nos resultados desses fundos que, no seu conjunto, sejam positivos, são atribuídas aos tomadores de seguro tendo por base a expectativa de que estes irão participar nesses resultados não realizados quando se tornarem efectivos, de acordo com as condições contratuais e regulamentares aplicáveis, através do reconhecimento de uma responsabilidade. 3.3.14. Provisões técnicas de resseguro cedido As provisões técnicas de resseguro cedido são determinadas através da aplicação dos critérios acima descritos para o seguro directo, tendo em atenção as percentagens de cessão, bem como outras cláusulas existentes nos tratados de resseguro em vigor. 3.3.15. Comissões de mediação As comissões de mediação representam a remuneração contratualmente outorgada aos mediadores pela angariação de contratos de seguro. As comissões de mediação são registadas como custos no momento da cobrança dos respectivos recibos de prémio e estorno. 3.3.16. Provisão para férias e subsídio de férias Os encargos com férias e subsídio de férias dos empregados são registados na rubrica de acréscimos e diferimentos do Passivo, reflectindo as responsabilidades futuras perante os empregados, no final do exercício de 2012, pelos serviços prestados até aquela data. 3.3.17. Provisão para pagamento de prémios e bónus de desempenho Os encargos futuros com eventuais pagamentos de prémios e/ou bónus de desempenho aos colaboradores da Companhia foram reconhecidos e valorizados tendo em consideração o montante máximo previsível a atribuir, a cada colaborador, no âmbito da Política de Remunerações da Companhia. Estas responsabilidades foram contabilisticamente registadas no Passivo na rubrica de acréscimos e diferimentos. 3.3.18. Substituição de Planos de Benefício Definido por Planos de Contribuição Definida Nos termos do novo Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) vigente para o sector segurador desde 01 de Janeiro de 2012, publicado no Boletim de Trabalho e Emprego nº 2, de 15 de Janeiro de 2012, a Companhia converteu os anteriores compromissos 59 de conceder aos seus colaboradores, admitidos na actividade seguradora até 22 de Junho de 1995, prestações pecuniárias nos termos do antigo CCT para complemento das pensões atribuídas pela Segurança Social com base na remuneração auferida por esses colaboradores à data de atribuição dessas pensões, num capital inicial constitutivo do novo plano de contribuição definida. O valor dessas responsabilidades por serviços passados foi calculado, individualmente para cada colaborador que se enquadrava no âmbito do anterior plano de benefício definido, com efeitos a 31 de Dezembro de 2011, através de uma avaliação actuarial, efectuada pelo actuário responsável da Seguradora, utilizando o método Unit Credit Projected e pressupostos actuariais considerados adequados. Os capitais acumulados nas apólices de seguro de capitalização que financiavam as responsabilidades assumidas à data de 31 de Dezembro de 2011, nos termos do anterior Plano de Benefício Definido, foram sendo parcialmente resgatados e o produto desses resgates aplicado na subscrição de novas apólices individuais – Planos Individuais de Reforma (PIR) - enquadráveis no âmbito do Anexo V do novo CCT da Actividade Seguradora, para financiamento das aludidas responsabilidades por serviços passados à data de 31 de Dezembro de 2011. 3.3.19. Planos de contribuição de definida Os colaboradores admitidos após 22 de Junho de 1995 que estejam em efectividade de funções com contrato de trabalho por tempo indeterminado, também passaram a beneficiar de um Plano Individual de Reforma (PIR). Para cumprimento dessas responsabilidades, a Finibanco Vida subscreveu apólices individuais para esses colaboradores, nos termos das Cláusulas 48º e 49º e do Anexo V do novo CCT. 3.3.20. Operações em moeda estrangeira Os activos em moeda estrangeira são convertidos para Euros com base no “fixing” indicativo para as operações à vista, divulgado pelo Banco de Portugal ou pelo Banco Central Europeu na data de encerramento do balanço. Na sequência das reavaliações cambiais efectuadas, os ganhos e perdas daí resultantes são registados como proveitos e custos do exercício. Quando aplicável, as mais e menos valias não realizadas decorrentes de revalorizações cambiais, são reflectidas nas Reservas de Reavaliação de Justo Valor nos termos das regras de movimentação dessas rubricas. 60 Os contratos celebrados com fixação de câmbio são revalorizados com base nas taxas de juro em vigor para as diferentes moedas e prazos residuais das operações, sendo as valias potenciais apuradas registadas nas contas de ganhos e perdas. 3.3.21. Contratos de seguro A Companhia pode emitir contratos que incluem risco financeiro, risco de seguro ou uma combinação de ambos. A classificação como contrato de seguro decorre dos critérios definidos na IFRS4, isto é, a existência de transferência de risco de seguro significativo entre partes não relacionadas e/ou para o qual exista participação nos resultados discricionária. Nos casos em que os contratos se enquadram nos requisitos acima definidos, estes são reconhecidos e mensurados contabilisticamente como contratos de seguro. Os activos financeiros detidos pela Companhia, para cobertura de responsabilidades decorrentes de contratos de seguro, são classificados e contabilizados da mesma forma que os restantes activos financeiros da Companhia. Os contratos de seguro e os contratos de investimento com participação nos resultados são reconhecidos e mensurados como se passa a explicitar: Os prémios brutos emitidos destes contratos são registados como proveitos no exercício a que respeitam, de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios. Os prémios de resseguro cedido são registados como custos no exercício a que respeitam também de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios. 3.3.22. Passivos financeiros A classificação destas responsabilidades decorre da existência de uma obrigação contratual e da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro. Os passivos financeiros não derivados incluem passivos de contratos de investimento, empréstimos, credores por operações de seguro directo e resseguro e outros passivos. Estas responsabilidades de carácter financeiro são inicialmente reconhecidas pelo seu justo valor deduzidas de custos de transacção suportadas. Após o registo inicial, são valorizadas ao custo amortizado, com base no método da taxa efectiva. 61 Na sequência da autorização concedida pelo Instituto de Seguros de Portugal para exploração de contratos de investimento em que o risco de investimento é suportado pelo tomador, a Companhia tem em vigor contratos dessa modalidade, sob a forma de seguros ligados. Os passivos financeiros subjacentes a esses contratos são registados ao justo valor. 3.4. Alterações de políticas contabilísticas 3.4.1. Alterações voluntárias de políticas contabilísticas Durante o exercício de 2012 não ocorreram alterações voluntárias de políticas contabilísticas face às consideradas na preparação da informação financeira relativa ao exercício anterior, apresentada nos comparativos, à excepção da já aludida alteração de metodologia no reconhecimento de provisões para prémios por desempenho dos colaboradores, conforme os princípios explicitados na nota 3.3.17. 3.4.2. Novas normas e interpretações aplicáveis ao exercício de 2012 Em resultado do endosso por parte da União Europeia (UE), verificaram-se emissões, revisões, alterações e melhorias nas normas e interpretações com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2012, as quais não tiveram impactos nas demonstrações financeiras da Companhia. Na nota 37.3 encontram-se sumarizadas as novas normas e interpretações aplicáveis ao exercício de 2012. 4. NATUREZA E EXTENSÃO DAS RUBRICAS E DOS RISCOS RESULTANTES DE CONTRATOS DE SEGURO E ACTIVOS DE RESSEGURO 4.1. Provisões Matemáticas As provisões matemáticas em 31 de Dezembro de 2012 para os contratos de seguro do Ramo Vida representam, no seu conjunto, as responsabilidades assumidas para com os segurados e foram determinadas segundo métodos actuariais prospectivos, tendo o cálculo sido efectuado contrato a contrato, nos termos das notas técnicas de cada uma das modalidades de seguro. No que respeita aos seguros de capitalização, as provisões matemáticas correspondem à totalidade dos prémios pagos, líquidos de encargos, capitalizados à taxa de juro técnica garantida para cada uma das modalidades sendo que, para os contratos que conferem direito a participação nos resultados do respectivo fundo autónomo, essa participação está já incluída nas respectivas provisões matemáticas, 62 uma vez que os resultados desses fundos foram distribuídos, nos termos que estão contratualmente definidos, pelas apólices dessas modalidades, em 31 de Dezembro de 2012. Tábuas de Mortalidade e Taxas Técnicas: TAXA TÉCNICA TÁBUA DE MORTALIDADE 3,00% GKM 80 2,50% GKM 80 Temporário anual renovável 3,00% GKM 80 Renda Vitalícia 3,00% GKF 95 PRODUTO PROVISÃO MATEMÁTICA Capital diferido com contrasseguro de prémios e com participação nos resultados Capital diferido com contrasseguro de prémios e com participação nos resultados Discriminado por modalidade, o valor das provisões matemáticas em balanço, tem a seguinte distribuição: (valores em Euros) RUBRICAS Montante Calculado Custos aquisição diferidos Valor de Valor de Balanço 2012 Balanço 2011 -Grupo contributivo Temporário Anual Renovável -Renda Vitalícia 1.504.346 368.023 187.650 1.136.323 1.047.667 187.650 194.846 -Capital diferido com contrasseguro de prémios e com participação nos resultados: .PPR Finibanco 32.025.094 32.025.094 38.234.109 .Capitalização Finibanco 11.306.283 11.306.283 13.298.715 73.410 73.410 51.612 44.728.761 52.826.949 .Capitalização Grupo TOTAL 45.096.783 368.023 4.2. Provisão para sinistros ocorridos em exercícios anteriores Ver Anexo 2. 4.3. Provisão para participação nos resultados 4.3.1. Participação nos resultados distribuída 63 Como já foi mencionado no ponto 4.1., a Finibanco Vida distribui a participação nos resultados dos fundos afectos às modalidades de seguros com participação nos resultados, na data de encerramento de cada exercício. A aludida distribuição é efectuada apólice a apólice, nos termos das condições contratuais de cada uma das modalidades que foram devidamente aprovadas pelo Instituto de Seguros de Portugal. (valores em Euros) PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS DISTRIBUIDA MODALIDADE 2012 2011 -PPR Finibanco 0 0 -Capitalização Finibanco 0 0 0 0 TOTAL 4.3.2. Provisão para participação nos resultados a atribuir (valores em Euros) PROVISÃO PARA PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS A ATRIBUIR MODALIDADE 2012 2011 -PPR Finibanco 0 0 -Capitalização Finibanco 0 0 0 0 TOTAL No que concerne aos fundos autónomos afectos a produtos que conferem direito a participação nos resultados, é constituída uma provisão para participação nos resultados a atribuir por contrapartida das reservas de justo valor afectas a esses fundos, desde que o valor global das reservas afectas a cada uma desses fundo seja positiva. Se essa situação se verificar, o princípio observado na valorização desta provisão é aplicar o coeficiente mínimo previsto para participação nos resultados a que os tomadores têm direito, nos termos contratuais de cada uma dos produtos subjacentes a essas reservas de justo valor. O valor desta provisão no final do exercício de 2012 era nulo porque as reservas de reavaliação de justo valor, desses fundos autónomos, tinham saldo negativo. 4.4. Principais Rácios de Sinistralidade 64 Contratos de Seguro de vida risco (sem rendas): (valores em Euros) RUBRICAS Prémios brutos emitidos líquidos de Provisões Matemáticas 2012 2011 4.721.692,62 5.502.019,83 817.552,74 938.626,48 1.446.539,94 894.220,67 -225.647,64 449.023,17 223.432,70 496.227,09 91.567,03 93.121,98 Rácio Bruto de Sinistralidade 25,9% 24,4% Taxa de Cedência 16,9% 17,1% Rácio Líquido de Sinistralidade 25,5% 18,6% 1,9% 1,7% 62,01% 51,39% Prémios de resseguro cedido Sinistros liquidados Variação das provisões para sinistros (não inclui IBNR) Parte dos Resseguradores nos Custos com Sinistros Encargos Gestão de Sinistros Rácio de despesas com sinistros Rácio Combinado Analisando a evolução dos montantes e indicadores que constam na tabela acima, salientam-se os seguintes factos: O decréscimo de 16,52% do volume de prémios emitidos líquidos de Provisões Matemáticas decorre, essencialmente, da extinção da relação comercial da Companhia com rede de balcões do ex-Finibanco ao nível da colocação de contratos de seguro novos; A taxa de cedência não registou qualquer alteração digna de nota uma vez que o Ressegurador principal manteve-se o mesmo o longo de todo ao ano e os próprios tratados de resseguro não sofreram qualquer alteração em termos de condições contratuais e tarifárias; Ao nível dos custos com sinistros, em termos absolutos, houve uma diminuição de 122.352 Euros. No entanto, devido ao decréscimo da receita processada de seguros de vida risco, o rácio bruto de sinistralidade aumentou 1,5 p.p.; Apesar da diminuição em 1.555 Euros dos encargos gerais imputados à função de sinistros, o rácio de encargos gerais com sinistros de seguros de vida risco teve também um ligeiro aumento, fruto da já mencionada queda dos prémios brutos emitidos destes produtos. Relativamente às modalidades de capitais diferidos com contrasseguro de prémios, os principais indicadores ao nível das Provisões Matemáticas e Sinistros são resumidos nos três gráficos abaixo: 65 Evolução das Provisões Matemáticas 45.000.000 40.000.000 35.000.000 Euros 30.000.000 25.000.000 P.M. PPR 20.000.000 15.000.000 P.M. CAP 10.000.000 5.000.000 0 Jan-11 Abr-11 Jul-11 Out-11 Jan-12 Abr-12 Jul-12 Out-12 Indemnizações/Resgates Liquidados 1.200.000 1.000.000 Euros 800.000 600.000 IND. PPR 400.000 IND. CAP 200.000 0 Jan-11 Abr-11 Jul-11 Out-11 Jan-12 Abr-12 Jul-12 Out-12 % Indemnizações e Resgates Mês/Provis. Matemáticas 4,00% 3,00% % MENSAL PPR % MENSAL CAP 2,00% 1,00% 0,00% Jan-11 Abr-11 Jul-11 Out-11 Jan-12 Abr-12 Jul-12 Out-12 66 4.5. Informação qualitativa sobre a adequacidade de prémios e provisões As tarifas e prémios subjacentes aos produtos comercializados pela Companhia estão de acordo com os formulários apresentados nas “Notas Técnicas” elaboradas pelo Actuário Responsável, onde constam, entre outras, as respectivas Tábuas de Mortalidade e taxas técnicas de juro aplicáveis. O processo adjacente à elaboração e desenho de novos produtos está sucintamente descrito no Ponto 6.8.1. destes anexos. Por outro lado, é efectuada anualmente uma análise exaustiva às bases técnicas, princípios, regras actuariais e tarifas relativas aos produtos em comercialização, para análise, dentro do que é possível prever e estimar, da adequação dos prémios praticados aos compromissos assumidos pela Companhia, decorrentes dos sinistros e outras responsabilidades associados aos seguros em causa. Essa análise consta do relatório anual elaborado pelo Actuário Responsável da Finibanco Vida e que também é submetido à apreciação do supervisor da actividade seguradora em Portugal. Para além dos princípios enunciados nos pontos 4 e 5 destes anexos para cálculo e apuramento das provisões técnicas e dos passivos financeiros, a Companhia efectua, mensalmente, de forma integral (apólice a apólice) ou por recurso a técnicas de amostragem, a validação desses montantes obtidos em sistema, através de cálculos efectuados fora do aludido sistema de gestão de seguros. Também com a mesma periodicidade, é analisado o grau de cobertura dessas responsabilidades pelos respectivos fundos autónomos e/ou carteiras de investimento. 4.6. Montante a recuperar de sinistros liquidados Relativamente a indemnizações liquidadas pela ocorrência de sinistros, não existe qualquer montante passível de ser reembolsado pela companhia. 5. PASSIVOS POR CONTRATOS DE INVESTIMENTO 5.1. Bases técnicas Os passivos financeiros por contratos de seguros contabilisticamente classificados como contratos de investimento, em 31 de Dezembro de 2012, representam as responsabilidades assumidas para com os segurados. Essas responsabilidades foram valorizadas ao custo amortizado à taxa efectiva dos respectivos contratos, para contratos com taxa fixa garantida, e a justo valor de mercado, para os contratos em que o risco de investimento é suportado pelo tomador de seguro. As principais características desses produtos são: 67 Tábuas de Mortalidade e Taxas Técnicas: PRODUTO TÁBUA DE MORTALIDADE TAXA TÉCNICA Capital diferido a prémio único, com contrasseguro de prémios, sem participação nos resultados, por 8 anos e 1 dia 4,50% GKM 80 Capital diferido a prémio único, com contrasseguro de prémios, sem participação nos resultados, por 5 anos e 1 dia 4,90% GKM 80 Capital diferido a prémio único, com contrasseguro de prémios, sem participação nos resultados, por 5 anos e 1 dia 3,90% GKM 80 Capital diferido a prémio único, com contrasseguro de prémios, sem participação nos resultados, por 8 anos e 1 dia 3,80% GKM 80 Capital diferido a prémio único, classificado como ICAE – Instrumento de Captação de Aforro Estruturado não normalizado Risco de investimento suportado pelo tomador de seguro GKM 80 5.2. Quantias escrituradas Discriminado o valor dos passivos financeiros em balanço, por modalidade, temos: (valores em Euros) RUBRICAS Montante Calculado Custos aquisição diferidos Valor de Balanço 2012 Valor de Balanço 2011 - Capital diferido com contrasseguro de prémios e sem participação nos resultados: .Finigarantia 2008 - 8.1 1ª série 4.229.992 4.229.992 4.298.659 .Finigarantia 2008 - 5.1 2ª série 4.101.996 4.101.996 4.235.031 .Finigarantia 2009 - 5.1 1ª série 8.470.704 8.470.704 8.892.092 .Finigarantia 2010 - 8.1 1ª série 8.723.658 8.723.658 8.523.226 1.628.199 1.628.199 1.648.376 27.154.549 27.597.384 - Seguros ligados s fundos de investimento (ICAE) .Investimento Finibanco 2010 8.1 1ª Série TOTAL 27.154.549 0 68 5.3. Evolução dos principais indicadores Evolução das Provisões Matemáticas 30.000.000 25.000.000 Euros 20.000.000 15.000.000 P.M. FNG 10.000.000 5.000.000 0 Jan-11 Abr-11 Jul-11 Out-11 Jan-12 Abr-12 Jul-12 Out-12 Indemnizações/Resgates Liquidados 800.000 700.000 600.000 Euros 500.000 400.000 IND. FNG 300.000 200.000 100.000 0 Jan-11 Abr-11 Jul-11 Out-11 Jan-12 Abr-12 Jul-12 Out-12 % Indemnizações e Resgates Mês/Provis. Matemáticas 8,00% 6,00% % MENSAL FNG 4,00% 2,00% 0,00% Jan-11 Abr-11 Jul-11 Out-11 Jan-12 Abr-12 Jul-12 Out-12 69 5.4. Rendimentos e gastos com contratos de investimento (valores em Euros) RUBRICAS Juros dos passivos financeiros a custo amortizado 2012 2011 1.409.498 1.004.621 Outros Gastos 95.548 95.162 Perdas realizadas em investimentos registados em resultados 26.368 583.000 1.601.608 1.571.125 511.953 213.872 23.286 61.733 Rendimentos Ganhos realizados em investimentos registados em resultados Outros ganhos 6. GESTÃO DE RISCOS Durante o exercício de 2012 foi dada continuidade a todo o trabalho iniciado já 2010, quando, numa lógica de integração de competências, se procedeu à transferência progressiva das funções de gestor de risco de uma entidade externa para a Unidade de Gestão de Riscos e Controlo Interno da Mapfre Seguros Gerais, que passou a assegurar formalmente essa função em 01 de Janeiro de 2011. Neste âmbito, ao longo do exercício de 2012, destacaram-se os seguintes aspectos: Avaliados e melhorados os fluxogramas de processos internos, elaborados no ano 2011, com identificação daqueles que têm maior importância em termos de probabilidade de ocorrência e nível de severidade com recurso ao aplicativo de gestão de riscos do Grupo Mapfre; Actualização do mapa de riscos com base em novo processo de levantamento de riscos, utilizando a já aludida aplicação informática do Grupo Mapfre; Elaboração de um Balance Scorecard desses riscos para efeitos da sua mensuração e possibilidade de desenvolvimento de planos de acção para o seu efectivo controlo; Definição de planos de acção para controlo e mitigação dos riscos aos quais a Seguradora se encontra mais exposta e que foram definidos como prioritários. A efectiva concretização de alguns planos de acção foi condicionada pela indefinição sobre a evolução futura da Finibanco da Vida, nomeadamente no que concerne à sua estrutura accionista e respectivo controlo de gestão; Continuação da elaboração trimestral do modelo de avaliação do capital económico da S&P. 70 6.1. Monitorização e avaliação dos riscos resultantes dos instrumentos financeiros As carteiras de investimento da Companhia são geridas em outsourcing, por entidades especializadas em gestão de fundos de investimento mobiliário e imobiliário. A gestão de activos financeiros da Finibanco Vida foi transferida em Agosto de 2010 para a Mapfre Inversión, sociedade de gestão de valores registada na Comissión Nacional del Mercado de Valores (CNMV). A gestão destas carteiras está consubstanciada em contratos do tipo “Mandatos de Gestão de Carteiras”. A única excepção verifica-se na carteira de investimentos afecta aos seguros ligados que é gerida pela Montepio Gestão de Activos, sociedade devidamente registada na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) como intermediário financeiro. De referir que a carteira de investimentos afectos a seguros ligados era, até 28 de Novembro de 2011, gerida pela Finivalor, S.A. tendo sido a gestão da mesma transferida para a Montepio Gestão de Activos, como consequência do processo de integração do ex-Grupo Finibanco no Grupo Montepio Geral. Nessa data foi celebrado novo mandato de gestão discricionária desta carteira de investimentos financeiros, em tudo semelhante ao que existia com a Finivalor S.A. sendo que, também ao nível operacional, não ocorreram alterações significativas uma vez que os processos existentes foram integralmente replicados com a nova gestora. As sociedades gestoras devem observar os princípios gerais de política financeira acima enunciados bem como o que está legalmente definido sobre a matéria, quer ao nível de legislação genérica, quer no que concerne ao respeito pelos princípios enunciados em Normas publicadas pelos organismos de supervisão. A monitorização e avaliação da evolução dos investimentos financeiros inerentes a cada carteira é efectuada, com periodicidades definidas consoante o âmbito do que se pretende analisar, com base nos seguintes princípios e regras: A Finibanco Vida envia informação semanal para a gestora de activos com o volume de prémios, resgates, vencimentos e rendas processadas e os valores disponíveis em contas correntes para efeitos de gestão da liquidez imediata; Em complemento da informação semanal, a Finibanco Vida envia, mensalmente, para a gestora de activos, informação detalhada com os valores das provisões matemáticas e passivos financeiros segregados por produto bem como os fluxos de vencimentos previsionais desses mesmos produtos. Esta 71 informação tem por objectivo tomar as medidas mais adequadas em termos de Asset Liability Management (ALM) e de representação das provisões técnicas. Mensalmente, a gestora de activos elabora um relatório com a composição global das carteiras de investimento da Finibanco, estando disponível a seguinte informação: o Desempenho em termos de performance de cada uma delas o Alocação de activos por classes de títulos o Informação detalhada da duração modificada de cada título o Exposição por grupos de notação de risco o Distribuição geográfica dos activos financeiros 6.2. Risco de crédito O risco de crédito da Finibanco Vida está essencialmente presente na carteira de investimentos. No que respeita aos produtos derivados – swaps e forwards - o risco de crédito consubstancia-se no risco de contraparte. Adicionalmente, o risco de crédito resulta da possibilidade de ocorrência de perdas financeiras decorrentes do incumprimento dos tomadores de seguros ou outras contrapartes relativamente às suas obrigações contratuais. No âmbito da Política de Investimentos da Companhia, aprovada pelo Conselho de Administração para o exercício de 2012, o risco de crédito a assumir era mitigado: Pelos limites de dispersão e diversificação legalmente estabelecidos Pelos limites aprovados pelo Comité de Riscos da Mapfre Inversión Por outro lado, de uma forma geral, a contratação de instrumentos derivados apenas se podia realizar por motivos de cobertura. Não obstante, podiam contratar-se instrumentos derivados por motivos de investimento sempre que a perda máxima estimada não excedesse 0,25% do valor dos activos financeiros. Devia evitar-se a aquisição de activos estruturados não negociados mas, caso tal viesse a ocorrer, deveriam cumprir-se os seguintes requisitos: Os limites de crédito aplicam-se aos activos incluídos no activo estruturado não negociado; 72 Os derivados que possam existir dentro do activo estruturado devem poder catalogar-se como derivados de cobertura, analisando o conjunto dos activos incluídos dentro do activo estruturado e os passivos a que estão afectos; Os activos incluídos no activo estruturado não negociado ou o próprio activo negociado estruturado no momento da sua aquisição deve ter a classificação de risco de crédito mínima de AA-; A aquisição deve ser aprovada pelo Comité de Riscos da Mapfre Inversión. A análise da distribuição do rating das carteiras de investimento da Finibanco Vida foi efectuada com base nos seguintes indicadores: Exercício de 2012: (valores em Euros) AAA GRUPO DE ACTIVOS Títulos de Dívida Pública detidos para negociação Títulos de Dívida Pública disponíveis para venda Títulos de Dívida Pública a deter até à maturidade Obrigações Corporate detidas para negociação Obrigações Corporate disponíveis para venda Obrigações Corporate a deter até à maturidade TOTAL AA A BBB BB 366.881 1.130.009 TOTAL 479.192 327.722 24.466.703 846.073 25.924.434 25.941.041 25.941.041 245.188 1.942.332 533.707 1.930.083 6.274.732 292.209 891.691 2.479.729 5.452.390 15.082.603 5.419.762 5.419.762 2.030.597 2.502.993 13.636.826 25.358.394 32.164.831 75.693.642 Nota: Esta tabela foi elaborada com base na notação de risco atribuída pela S&P sem as qualificações +/- sendo que, para os títulos cuja notação daquela empresa de rating não estava disponível, foi utilizada a notação da Moodys’s ou da Ficth consoante os casos. Os critérios de valorização subjacentes a este mapa reflectem os justos valores de mercado dos títulos que lhes estão subjacentes, à data de 31-12-2013. Exercício de 2011: (valores em Euros) GRUPO DE ACTIVOS AAA AA Títulos de Dívida Pública 343.481 detidos para negociação Títulos de Dívida Pública 3.256.825 10.384.828 disponíveis para venda Títulos de Dívida Pública a deter até à maturidade Obrigações Corporate detidas 1.008.479 para negociação Obrigações Corporate 2.453.609 9.191.714 disponíveis para venda Obrigações Corporate a deter até à maturidade TOTAL A BBB BB 297.158 2.639.343 1.026.206 9.237.246 2.365.961 5.348.775 CC TOTAL 640.640 730.006 17.011.001 25.544.238 25.544.238 431.484 2.466.168 4.447.441 27.695.972 5.348.775 6.053.915 20.585.021 15.612.227 5.005.304 30.720.321 730.006 78.706.793 73 6.3. Risco de taxa de juro Grande parte dos activos e passivos da Companhia, incluindo as provisões matemáticas, estão sujeitos ao risco de flutuações nas taxas de juro de mercado na medida em que os activos geradores de juros ou de outros rendimentos equiparados e os passivos também geradores de juros e outros rendimentos análogos, têm maturidades desfasadas no tempo ou são de diferentes montantes. As actividades de gestão do risco de taxa de juro têm como objectivo mitigar os efeitos inerentes a esse desfasamento, tendo em consideração os níveis das taxas de juro do mercado e a sua consistência com os objectivos estratégicos da Companhia. A monitorização e acompanhamento deste risco está definida e integrada nos princípios de análise e avaliação dos riscos resultantes dos instrumentos financeiros, conforme descrito na nota 6.1. 6.4. Risco de mercado O risco de mercado é constituído pelos movimentos adversos no valor dos activos da seguradora, originando um desfasamento entre activos e responsabilidades, relacionados com variações dos mercados de capitais, dos mercados cambiais, das taxas de juro, do valor do imobiliário e do uso de instrumentos financeiros derivados. Em termos genéricos, a gestão de risco de mercado é integrada no sistema de gestão de riscos e controlo interno da Companhia. A gestão corrente deste risco está também integrada e abrangida pelos princípios definidos na nota 6.1. 6.5. Risco cambial A Política de Investimentos da Finibanco Vida determina que os investimentos serão preferencialmente efectuados em Euros. Todo e qualquer investimento em outras moedas são definidos com base nos limites globais aprovados pelo Comité de Riscos da Mapfre Inversión. Em 31 de Dezembro de 2012, a Companhia não detinha activos em moeda externa. (valores em Euros) ACTIVOS 2012 2011 Activos financeiros detidos para negociação -Instrumentos de Capital 0 0 0 212.716 Activos financeiros disponíveis para venda -Instrumentos de Capital 74 6.6. Risco de liquidez Para além da análise do desfasamento entre activos e passivos e das respectivas maturidades, nos termos do que foi explicitado na nota relativa ao risco de taxa de juro (nota 6.3), a seguradora tem um plano de contingências geral onde consta um capítulo específico para o risco de liquidez. Em concreto, nesse plano de contingência enquadra-se e define-se o risco de liquidez, no âmbito da actividade da Companhia, e os objectivos desse plano. Para a gestão corrente são definidos níveis mínimos de liquidez para assegurar o normal funcionamento da Companhia. Além disso, para situações extremas que possam ocorrer, estabeleceram-se cenários possíveis e quais os recursos a mobilizar e níveis de competências para actuar face a cada um desses cenários. 6.6.1. Desagregação de títulos de dívida por escalões de duração modificada e rating TÍTULOS DE DÍVIDA PÚBLICA (valores em Euros) Rating <1 >1 AND <=5 AAA AA BBB BB TOTAL >5 AND <=10 >10 AND <= 20 Total 1.496.890 1.496.890 327.722 327.722 5.454.653 14.605.794 3.823.531 407.923 23.373.568 2.638.741 5.862.576 39.803.974 6.462.272 582.726 24.466.703 26.420.232 582.726 52.711.548 OUTROS TÍTULOS DE DÍVIDA (valores em Euros) Rating <1 AAA AA >1 AND <=5 >5 AND <=10 533.707 >10 AND <= 20 Total 533.707 155.288 1.741.679 278.303 2.175.271 A 4.538.378 8.210.297 888.152 13.636.826 BBB 3.664.788 1.787.602 292.209 5.744.599 525.629 366.063 891.691 12.798.913 1.824.727 22.982.094 BB TOTAL 8.358.454 Nota: As notações de rating têm por base as notações de risco atribuídas pela S&P (ou equiparáveis no caso de não existir notação de risco produzida por esta entidade) e os escalões de duração modificada são apresentados em anos. 75 6.6.2. Valor das responsabilidades por prazos de vencimento (valores em Euros) RUBRICAS Provisões matemáticas Passivos financeiros a custo amortizado Passivos financeiros detidos para negociação TOTAL 1 ano 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos > 5 anos TOTAL 2.027.593 2.961.629 4.623.357 2.632.226 4.505.359 48.355.959 65.106.123 4.245.103 9.015.409 0 4.904.080 0 10.820.723 28.985.315 0 0 0 0 0 1.628.198 1.628.198 6.272.696 11.977.038 4.623.357 7.536.306 4.505.359 60.804.880 95.719.636 Nota: Os valores apresentados reflectem os montantes acumulados nas datas de vencimento dos contratos subjacentes a cada uma destas rubricas. 6.7. Risco operacional A Finibanco Vida continuou a desenvolver e a consolidar, ao longo do ano 2012, o seu sistema de gestão de riscos e controlo interno, nomeadamente no que concerne ao Risco Operacional. A este nível, foi levado a cabo mais um processo de levantamento de riscos operacionais, utilizando a ferramenta informática Riskm@p, desenvolvida pelo Grupo Mapfre. Este levantamento inclui 23 tipos de riscos, agrupados nas seguintes áreas: actuarial, jurídica, tecnológica, recursos humanos, procedimentos, informação, fraude, mercado e bens materiais. Através desta ferramenta foram seleccionados 4 colaboradores, tendo em conta as suas funções e relevância, que responderam a 17 questionários, tendo em conta os tipos de risco já identificados e que foram posteriormente tratados pelo Coordenador de Riscos, obtendo-se um mapa em função da criticidade, resultante da importância e da probabilidade de ocorrência destes. Para os riscos contidos em cada processo que apresentem um índice de criticidade superior a 75% é obrigatoriamente elaborado um plano de acção, com o objectivo de os minimizar. Através do quadro seguinte podemos concluir que, apesar de poderem existir alguns riscos com criticidade elevada, tal não se verifica ao nível dos processos. 76 PROCESSO ÍNDICE DE CRITICIDADE ASSOCIADO Finibanco Vida 50,4 Desenvolvimento de produtos 53,2 Emissão 53,5 Sinistros 58,3 Gestão administrativa 56,1 Actividades comerciais 50,0 Recursos humanos 54,0 Comissões 20,3 Co-seguro/Resseguro 50,1 Provisões técnicas 53,2 Investimentos 55,7 Sistemas tecnológicos 48,8 Atendimento ao cliente 48,3 6.7.1. Monitorização global da exposição ao risco Todos os processos descritos garantem uma elevada consistência na gestão de risco da companhia e são complementados por um sistema global de monitorização e quantificação da exposição. Tal sistema encontra-se sob a responsabilidade do Coordenador de Riscos, que assegura: A quantificação global da exposição aos riscos: A estimação dos riscos é efectuada através de um modelo standard de factores fixos que quantifica os riscos financeiros, os riscos de crédito e os riscos de seguro, em articulação com os requisitos do projecto Solvência II. Esta estimação efectua-se, no mínimo, uma vez por ano, sendo objectivo que se realize duas vezes, O Grupo Mapfre possui uma política de capitalização e dividendos de forma a dotar, cada unidade, dos capitais necessários à cobertura dos riscos assumidos, segundo a qual, o capital disponível a cada momento nunca poderá ser inferior ao capital mínimo legal exigido, acrescido de uma margem de 10%. A elaboração e implementação de planos de acção mitigadores dos riscos: 77 Para os riscos com grau de criticidade elevada, o Coordenador de Riscos promove, em conjunto com as áreas envolvidas, a elaboração e implementação de planos de mitigação desses riscos. O desenvolvimento de pontos de controlo de riscos: Em função do tratamento das respostas aos questionários, o Coordenador de Riscos, sugere a implementação de pontos de controlo e acompanha a sua implementação na prática. A implementação de um ambiente de gestão e controlo de riscos na organização: Esta vertente é assegurada pela divulgação, a toda a empresa, da quantificação efectuada pelo envolvimento de toda a organização nos planos mitigadores e nos pontos de controlo, bem como através da promoção de diversas acções de formação. 6.8. Risco específico de seguros O risco específico de seguros compreende o desenho de produtos, a tarifação, a comercialização e marketing, a selecção e subscrição, o provisionamento de responsabilidades, o resseguro e a gestão de sinistros. 6.8.1. Desenho e tarifação de produtos A Companhia tem como objectivo definir um pricing adequado em termos de rentabilidade esperada, depois de cobertas todas as suas responsabilidades, as quais incluem sinistros a pagar, custos com gestão de sinistros, encargos de aquisição, encargos gerais e custo de capital. Os produtos, antes do seu lançamento, são analisados e discutidos pela Direcção Técnica, Financeira e pelo Actuário externo da Companhia, em consonância com as directrizes e recomendações definidas pela área de Marketing e Cross Selling do Grupo. Após este trabalho, os novos produtos são submetidos a aprovação do Conselho de Administração. Durante este processo os preços são testados recorrendo a técnicas de profit testing adequadas a cada produto a lançar. No que concerne ao risco de longevidade, que cobre a incerteza das perdas efectivas resultantes das pessoas seguras viverem mais anos que o esperado, relevante nas rendas vitalícias, apesar da Companhia ter iniciado a sua comercialização apenas no exercício de 2009, a sua gestão será efectuada através do preço, da política de 78 subscrição e duma revisão regular das tabelas de mortalidade usadas para definir os respectivos preços e constituir as adequadas provisões técnicas. Além disso, a Companhia não tem uma atitude de mercado pro activa na comercialização destes produtos. Durante o ano 2012 não foi criado qualquer produto novo, apenas foram desenvolvidas novas versões de produtos de seguros de vida grupo para a Finicrédito. 6.8.2. Provisionamento As provisões da Companhia são constituídas no âmbito dos seus passivos para sinistros, sendo segregados activos para representar essas provisões. A constituição de provisões para sinistros não declarados (IBNR) obriga à elaboração de estimativas com recurso a pressupostos que são avaliados regularmente, nomeadamente através de análises estatísticas de dados históricos internos e/ou externos. São também efectuadas análises semelhantes para verificar a adequação da política de preços em vigor. Estes estudos são efectuados no mínimo uma vez por ano e, sempre que desses estudos se conclua que as provisões técnicas não são suficientes para cobrir o valor actual dos cash-flows futuros esperados (sinistros, custos e comissões), essa insuficiência é imediatamente reconhecida através do reforço das respectivas provisões técnicas. 6.8.3. Política de gestão de subscrição de riscos de contratos de seguros de vida risco A Seguradora tem publicada uma instrução de serviço interna relativa à Política de Subscrição de Riscos que abrange: Regras de aceitação de riscos; Princípios tarifários; Competências de aceitação. Este modelo foi elaborado ao detalhe e está enquadrado no sistema de worklow de gestão integrada dos processos de selecção e análise do risco de subscrição, do qual faz parte a própria gestão do resseguro cedido, ao nível da acumulação de capitais seguros, passando pelos mecanismos de gestão do próprio resseguro facultativo. 79 6.8.4. Resseguro A política de resseguro é um instrumento fundamental para a Companhia gerir e adequar os limites de exposição ao risco de morte e invalidez, em função da sua capacidade de subscrição. No plano anual de resseguro existem actualmente três níveis principais em termos de actuação e contratação: Resseguro obrigatório, plasmado em Tratado de Resseguro de Excedente (Surplus), celebrado com a Mapfre Re, cuja notação de rating atribuída pela Standard & Poor's é BBB+ (de acordo com a revisão efectuada em 25 de Outubro de 2012), que abrange seguros de grupo e individuais. As características e os termos do novo tratado de Resseguro de Excedente firmado com a Mapfre Re, com data de efeito em 01 de Janeiro de 2012, são em tudo idênticos ao que existia até essa data e cuja contraparte era também a Mapfre Re. Quando o cúmulo de risco por pessoa segura ultrapassa os limites de subscrição do Tratado de Excedente, esse excedente é negociado casuisticamente, com o mesmo ressegurador, em resseguro facultativo. Dando seguimento à utilização do resseguro como forma de controlar e minimizar os limites da exposição ao risco, a Companhia tem em vigor um tratado complementar ao existente, para cobertura do excesso de perdas em eventos catastróficos (XL CAT). Este tratado, também celebrado com a Mapfre Re, cobre o risco de acumulação de perdas relevantes, em consequência de eventos catastróficos, funcionando a partir de 3 vidas (inclusive) e retenção até 180.000 Euros, com um limite de 2 milhões de Euros por evento e 4 milhões de Euros por anuidade. 6.9. Análise de sensibilidade No quadro abaixo apresentam-se indicadores relativos a análise de sensibilidade do impacto global máximo em Capitais Próprios e resultados futuros, em função de alterações em algumas variáveis económicas e financeiras chaves para a Companhia. Esta análise tem em consideração as características dos contratos de seguro e dos contratos investimento em vigor, a estrutura das carteiras de investimentos, a modified duration de cada uma dessas carteiras e o nível de encargos gerais da Companhia. 80 (valores em Euros) RUBRICAS 2012 Crescimento de 100 bp na taxa de juro sem risco -2.529.063 Decréscimo de 100 bp na taxa de juro sem risco 853.052 Valorização de 10% no valor de mercado de acções 87.417 Desvalorização de 10% no valor de mercado de acções -87.417 Crescimento de 5% na taxa de mortalidade -236.085 Crescimento de 10% nos encargos gerais -132.269 Notas: Os títulos contabilisticamente classificados como “A deter até maturidade” foram considerados, para efeitos deste estudo, como se estivesse m classificados como “Disponíveis para venda”. Não foi considerada nesta análise a carteira afecta ao Unit Linked em virtude do risco desse produto ser assumido pelos tomadores de seguro. A informação relativa aos impactos no Passivo decorrente de uma variação nos resgates não está ainda disponível. Todavia, irá ser incluída no relatório do Actuário externo da Companhia que faz parte da informação de reporte prudencial anual a enviar para o Instituto de Seguros de Portugal. 7. INSTRUMENTOS FINANCEIROS 7.1. Inventário de participações financeiras Ver Anexo 1. 7.2. Empréstimos e contas a receber A Companhia, desde o início da sua actividade, não concedeu qualquer empréstimo. No que respeita às contas a receber e outros depósitos, nos dois últimos exercícios, a natureza desses activos resume-se na seguinte tabela: (valores em Euros) RUBRICAS 2012 2011 Outros Depósitos - Depósitos a Prazo 3.315.994 0 TOTAL 3.315.994 0 81 7.3. Reclassificações de instrumentos financeiros Na sequência da publicação da Norma Regulamentar nº 4/2011-R, de 2 de Junho, do ISP, a Finibanco Vida reclassificou contabilisticamente, com efeitos a 01 de Janeiro de 2011, a totalidade dos seus títulos de Dívida Pública Portuguesa de “Activos Financeiros Disponíveis para venda” para “Investimentos a deter até à maturidade”. No quadro abaixo apresenta-se a desagregação dos valores desses títulos, por carteira, comparando os valores obtidos tendo em conta a sua classificação contabilística e os respectivos valores de mercado. 31-12-2012 TIPO DE CARTEIRA Carteira 1- Investimentos afectos a provisões técnicas e passivos financeiros de seguros de vida e operações de capitalização excluindo as provisões e passivos financeiros relativos a seguros e operações ligados a fundos de investimento e os enquadrados no regime de fundos de poupança. Carteira 2 - Investimentos afectos às provisões técnicas e passivos financeiros de seguros de vida enquadrados no regime de fundos de poupança excluindo os seguros ligados a fundos de investimento. Carteira 4 - Investimentos afectos a provisões e passivos financeiros de seguros e operações ligadas qualificados como "Não Normalizados Carteira 9 - Investimentos não afectos a Provisões Técnicas. Total da Carteira Valor de mercado dos Activos Reclassificados Valor a custo amortizado dos Activos Reclassificados % Activos Reclassificados a valor de mercado versus a custo amortizado VALOR DE BALANÇO VALOR DE MERCADO 16.256.390,48 16.766.754,79 9.404.919,04 9.827.714,24 0,00 0,00 279.731,13 291.176,48 25.941.040,64 26.885.645,51 26.885.645,51 25.941.040,64 103,64% 82 31-12-2011 TIPO DE CARTEIRA VALOR DE BALANÇO VALOR DE MERCADO Carteira 1- Investimentos afectos a provisões técnicas e passivos financeiros de seguros de vida e operações de capitalização excluindo as provisões e passivos financeiros relativos a seguros e operações ligados a fundos de investimento e os enquadrados no regime de fundos de poupança. Carteira 2 - Investimentos afectos às provisões técnicas e passivos financeiros de seguros de vida enquadrados no regime de fundos de poupança excluindo os seguros ligados a fundos de investimento. Carteira 4 - Investimentos afectos a provisões e passivos financeiros de seguros e operações ligadas qualificados como "Não Normalizados Carteira 9 - Investimentos não afectos a Provisões Técnicas. Total da Carteira Valor de mercado dos Activos Reclassificados Valor a custo amortizado dos Activos Reclassificados % Activos Reclassificados a valor de mercado versus a custo amortizado 16.020.561 10.883.908 9.249.484 6.821.522 0 0 274.193 206.400 25.544.238 17.911.831 17.911.831 25.544.238 70,12% Notas: Os valores apresentados incluem os juros decorridos. O agrupamento por carteiras apresentado é o mesmo que consta no reporte ao ISP relativamente à representação das provisões técnicas. 7.4. Activos financeiros detidos para negociação Nos termos da IFRS 7, os activos financeiros detidos para negociação podem estar valorizados ao justo valor de acordo com um dos seguintes níveis: Nível 1 – quando os investimentos são valorizados de acordo com valores obtidos em mercados activos ou fornecidos por providers e que essas cotações traduzam liquidez e profundidade na formação dessas cotações. Nível 2 – quando os activos financeiros são valorizados através de modelos internos de avaliação sustentados em variáveis de mercado observáveis. São incluídos neste nível as unidades de participação em fundos de investimento valorizadas pelo Net Asset Value divulgado pelas respectivas entidades gestoras. Nível 3 – quando os activos financeiros são valorizados com base em modelos internos de avaliação suportados por dados que não são sustentados em evidências de mercado. 83 (valores em Euros) TÍTULOS Instrumentos de Dívida De dívida pública Nível 1 Nível 2 Nível 3 De outros emissores Nível 1 Nível 2 Nível 3 Sub-total Instrumentos de capital Acções Nível 1 Nível 2 Nível 3 Outros instrumentos de capital e unidades de participação Nível 1 Nível 2 Nível 3 Sub-total Derivados a justo valor Nível 1 Nível 2 Nível 3 Sub-total Total 2012 2011 846.073 640.640 1.702.589 777.139 1.688.962 777.206 3.325.802 3.106.808 383.225 875.299 383.225 875.299 0 3.709.027 0 3.982.106 Nota: Os títulos incluídos nesta rubrica estão detalhados no anexo I. 7.5. Activos financeiros disponíveis para venda Nos termos da IFRS 7, os activos financeiros disponíveis para venda podem estar valorizados ao justo valor de acordo com um dos seguintes níveis: Nível 1 – quando os investimentos são valorizados de acordo com valores obtidos em mercados cotados ou fornecidos por providers e que essas cotações traduzam liquidez e profundidade na formação dessas cotações. Nível 2 – quando os activos financeiros são valorizados através de modelos internos de avaliação sustentados em variáveis de mercado observáveis. Nível 3 – quando os activos financeiros são valorizados com base em modelos internos de avaliação suportados por dados que não são sustentados em evidências de mercado. 84 (valores em Euros) TÍTULOS Instrumentos de Dívida De dívida pública Nível 1 Nível 2 Nível 3 De outros emissores Nível 1 Nível 2 Nível 3 Sub-total Instrumentos de capital Acções Nível 1 Nível 2 Nível 3 Instrumentos de capital e unidades de participação Nível 1 Nível 2 Nível 3 Sub-total Derivados a justo valor Nível 1 Nível 2 Nível 3 Sub-total Total 2012 Valor Bruto Imparidades 2011 Valor Bruto Imparidades 25.924.434 17.011.001 14.561.458 521.145 25.140.282 2.555.690 41.007.037 0 44.706.973 896.990 22.816 2.506.514 5.731.230 0 5.452.309 6.628.220 22.816 7.958.823 0 0 47.635.257 0 22.816 0 52.665.796 0 0 Nota: Os títulos incluídos nesta rubrica estão detalhados no anexo I. Para os títulos de dívida enquadrados nesta classe, os juros são calculados de acordo com o método do custo amortizado à taxa efectiva sendo que os mesmos são reconhecidos em resultados. 7.6. Imparidades em activos financeiros disponíveis para venda De acordo com o critério de reconhecimento de imparidades mencionado no ponto 3.3.4., foram apuradas imparidades para os seguintes título de rendimento variável: 85 (valores em Euros) TÍTULOS ISIN VALOR IMPARIDADES Rwe AG DE0007037129 13.393 Vivendi SA FR0000127771 5.028 Enel SPA IT0003128367 4.395 TOTAL 22.816 Os títulos de dívida pública da Grécia, cujas imparidades resultantes da diferença entre o seu valor de mercado, à data de 31 de Dezembro de 2011, e o respectivo valor ascenderam a um total 2.677.659 Euros, foram integralmente alienados após a realização de troca acordada entre o estado Grego e grande parte dos credores privados internacionais da Grécia. O resultado global dessa operação resultou numa recuperação de 126.411 Euros, em relação aos valores de Balanço de 31 de Dezembro de 2011, para além de que a Companhia deixou de estar exposta à dívida pública Grega desde 30 de Março de 2012. No que concerne a títulos de dívida pública de Espanha, Irlanda e Portugal reitera-se o nosso entendimento de há um ano atrás, ou seja, não há motivos para reconhecimento de imparidades, visto não ter ocorrido qualquer suspensão de pagamentos, nem existirem informações adicionais que objectivamente indiciem ou sejam uma forte evidência de potencial incumprimento por parte desses países. Além disso, durante o ano de 2012, ocorreu uma diminuição generalizada dos spreads da dívida pública emitida por esses três países, em relação à dívida pública Alemã, levando à concomitante valorização, no mercado secundário, de todos os títulos de dívida desses países que a Companhia tem nas duas carteiras de activos financeiros. Em 31 de Dezembro de 2012, a exposição geográfica da Finibanco Vida em termos de dívida pública era a constante do quadro seguinte: (valores em Euros) PAIS Espanha VALOR DE MERCADO 15.761.886 França 566.316 Irlanda 3.313.955 Itália 5.390.862 Holanda 277.773 Portugal 27.364.837 Entidades Supra Nacionais TOTAL 980.523 53.656.153 86 7.7. Títulos a deter até à maturidade (valores em Euros) 2012 Custo Justo Valor Amortizado TÍTULOS Instrumentos de Dívida De dívida pública Nível 1 Nível 2 Nível 3 De outros emissores Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total 2011 Custo Justo Valor Amortizado 25.941.041 26.885.646 25.544.238 17.911.831 5.419.762 5.885.023 5.348.775 5.596.643 31.360.803 32.770.669 30.893.012 23.508.474 Nota: Os títulos incluídos nesta rubrica estão detalhados no anexo I. Estes activos são valorizados pelo método do custo amortizado à taxa efectiva. O Justo valor foi determinado com base nas cotações divulgadas no sistema da Bloomberg (BGN) - Nível 1. Discriminando, os títulos incluídos nesta classificação contabilística são os seguintes: DATA VENCIMENTO ISIN EMISSOR VALOR NOMINAL 15/04/2021 15/10/2015 14/06/2019 15/06/2018 15/10/2016 15/10/2014 23/09/2013 25/10/2023 15/04/2021 15/10/2015 15/10/2014 15/04/2021 16/10/2017 15/10/2015 15/10/2014 05/08/2013 PTOTEYOE0007 PTOTE3OE0017 PTOTEMOE0027 PTOTENOE0018 PTOTE6OE0006 PTOTEOOE0017 PTOTEGOE0009 PTOTEAOE0021 PTOTEYOE0007 PTOTE3OE0017 PTOTEOOE0017 PTOTEYOE0007 PTOTELOE0010 PTOTE3OE0017 PTOTEOOE0017 XS0381268068 REPUBLICA DE PORTUGAL REPUBLICA DE PORTUGAL REPUBLICA DE PORTUGAL REPUBLICA DE PORTUGAL REPUBLICA DE PORTUGAL REPUBLICA DE PORTUGAL REPUBLICA DE PORTUGAL REPUBLICA DE PORTUGAL REPUBLICA DE PORTUGAL REPUBLICA DE PORTUGAL REPUBLICA DE PORTUGAL REPUBLICA DE PORTUGAL REPUBLICA DE PORTUGAL REPUBLICA DE PORTUGAL REPUBLICA DE PORTUGAL CREDIT SUISSE LONDON 50.000 250.000 1.480.000 7.725.000 2.000.000 2.000.000 400.000 2.400.000 300.000 1.000.000 200.000 300.000 2.400.000 4.500.000 2.700.000 2.000.000 05/08/2015 XS0226062981 CITIGROUP INC NEW YORK 3.500.000 87 7.8. Outros devedores No que respeita às contas a receber, elas reflectem o custo histórico à data de fecho de cada um dos exercícios. (valores em Euros) RUBRICAS 2012 2011 Contas a receber por operações de seguro directo .Tomadores 243.574 258.787 35.747 4.847 7.434 13.739 286.755 277.373 .Mediadores Contas a receber por outras operações de resseguro Contas a receber por outras operações TOTAL Os valores de imparidades e ajustamentos relativos às rubricas de outros credores apresentam a seguinte desagregação: (valores em Euros) RUBRICAS 2012 2011 Contas a receber por operações de seguro directo .Tomadores 173.291 74.677 173.291 74.677 .Mediadores Contas a receber por outras operações de resseguro Contas a receber por outras operações TOTAL 7.9. Política de investimentos e análise de risco dos instrumentos financeiros A política de investimentos segue os princípios, regras e orientações gerais definidas em Norma Interna relativa à política de investimentos da Companhia, tendo em conta o cumprimento dos normativos legais sobre a matéria, quer no que concerne à composição e avaliação dos activos e princípios prudenciais de dispersão e diversificação de carteira, tanto para os investimentos afectos às provisões técnicas e passivos financeiros, como para os investimentos não afectos. 7.9.1. Principais referências sobre o perfil das carteiras de investimento A gestão dos títulos de investimento da Finibanco Vida é efectuada com base em três tipos de carteiras com políticas de investimentos genéricas definidas para cada caso. 88 a) Carteiras casadas Compreendem as carteiras de investimento cuja finalidade é obter um matching, o mais perfeito possível, entre essas carteiras e os compromissos assumidos com os segurados. Dentro desta categoria incluem-se as carteiras cuja política de investimentos está orientada para conseguir um objectivo de rentabilidade para uma determinada duração e/ou maturidade. Dentro desta tipologia também se enquadram as carteiras afectas aos seguros Unit Link, apesar de neste caso o risco de investimento ser assumido pelos segurados. b) Carteiras com gestão activa condicionada Incluem as carteiras afectas a seguros de vida com participação nos resultados a atribuir aos segurados. Para esse efeito, estas carteiras de activos financeiros devem ser constituídas por títulos que proporcionem uma taxa de juro mínima garantida e, quando possível, uma participação suplementar de resultados, em função das características dos produtos de seguros subjacentes, nomeadamente em termos de prazos e rentabilidade assegurada. A estas carteiras aplicam-se os limites máximos de exposição aos riscos de mercado definidos na estrutura de referência, não obstante, para efeitos de política Asset Liabilility Management, quanto ao limite do risco bolsista e de investimentos imobiliários, a incidência destes no cálculo da participação de resultados, podem não se aplicar os limites mínimos de investimento em títulos de rendimento variável e em imóveis. c) Carteiras com gestão activa Incluem todas as carteiras destinadas a cobrir provisões técnicas que não estejam incluídas nas classificações anteriores. A estas carteiras aplicam-se os limites máximos de exposição de riscos de mercado definidos na estrutura de referência. d) Estrutura de referência geral 89 Tipo de Investimento Intervalo de referência Mínimo Máximo 74 % 85 % Rendimento fixo 83 % 97 % Rendimento variável 3% 17 % 15 % 25 % 0% 1% Mobiliário Imobiliário Participações Nota: A base de cálculo das percentagens corresponde a valores de mercado. e) Investimentos Mobiliários Consideram-se Investimentos Mobiliários aqueles que se materializem em títulos de rendimento fixo, variável e fundos de investimento (excluindo fundos de investimento imobiliário). Excluem-se os investimentos materializados em acções e/ou participações em entidades do grupo. Nas carteiras com gestão activa, a estrutura de Investimentos Mobiliários deve obedecer aos limites máximos de exposição a riscos de mercado (risco de bolsa, risco de taxa de juro e risco de taxa de câmbio dos activos). A carteira de referência resultante desses limites máximos aplica-se a todas as carteiras com gestão activa condicionada, salvo excepções derivadas de causas supervenientes ou de uma política de prudência. Nas carteiras casadas utilizam-se os métodos estabelecidos legalmente. 8. INVESTIMENTOS EM FILIAIS E ASSOCIADAS Não existem. 9. CAIXA E EQUIVALENTES E DEPÓSITOS À ORDEM O detalhe desta rubrica é discriminado na tabela abaixo: (valores em Euros) RUBRICAS Caixa 2012 2011 35 35 484.573 305.020 484.609 305.055 Depósitos à Ordem em Inst. Crédito -no país -no estrangeiro Total 90 10. TERRENOS E EDIFÍCIOS A Companhia não tem património imobiliário nem tem contratos que eventualmente lhe conferissem direitos especiais de propriedade sobre activos imobiliários. 11. OUTROS ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS Os movimentos de outros activos tangíveis ocorridos durante o exercício de 2012 estão espelhados no Anexo 3. 12. AFECTAÇÃO DOS INVESTIMENTOS E OUTROS ACTIVOS Exercício de 2012: (valores em Euros) RUBRICAS Caixa e equivalentes Seguros de vida com participação nos resultados Seguros de vida sem participação nos resultados 1.685 Seguros de vida e operações classificadas como contratos de investimento Seguro s não Não afectos vida 33.421 449.503 2.548.662 1.160.365 8.531.941 3.456.330 Terrenos e edifícios Investimentos em filiais e associadas Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial a justo valor por ganhos e perdas Derivados de cobertura Activos financeiros disponíveis para venda 35.624.169 Empréstimos concedidos e contas a receber 36.556 Investimentos a deter até à maturidade 12.889.101 3.279.439 18.191.971 279.731 Outros activos tangíveis 67.267 Outros activos Total 48.551.511 0 29.305.995 0 8.692.634 91 Exercício de 2011: (valores em Euros) RUBRICAS Seguros de Seguros de Seguros de vida e vida com vida sem operações Seguros participação participação classificadas não nos nos como vida resultados resultados contratos de investimento Caixa e equivalentes Não afectos 31.948 273.107 2.113.567 1.868.539 39.460.973 10.055.580 3.149.243 12.685.988 17.932.832 274.193 Terrenos e edifícios Investimentos em filiais e associadas Activos financeiros detidos para negociação Activos financeiros classificados no reconhecimento inicial a justo valor por ganhos e perdas Derivados de cobertura Activos financeiros disponíveis para venda Empréstimos concedidos e contas a receber Investimentos a deter até à maturidade Outros activos tangíveis 87.133 Outros activos Total 52.146.961 0 30.133.927 0 5.652.215 13. ACTIVOS INTANGÍVEIS Os Activos intangíveis da Finibanco Vida são representados por software e despesas conexas com a configuração e adaptação do mesmo à Finibanco Vida. Estão registados ao custo de aquisição, deduzidas das correspondentes amortizações acumuladas e eventuais perdas por imparidade. As amortizações destes activos são efectuadas linearmente durante o seu período de vida útil estimado que, genericamente, são três anos. Os movimentos dos activos intangíveis ocorridos durante o exercício de 2012 estão espelhados no Anexo 3. 92 14. OUTRAS PROVISÕES E AJUSTAMENTOS DE CONTAS DO ACTIVO Exercício de 2012: (valores em Euros) RUBRICAS SALDO INICIAL AUMENTO 490-Ajustamentos de recibos por cobrar De outros tomadores de seguro 74.677 98.614 491-Ajustamentos de créditos de cobrança duvidosa De outros tomadores de seguro REDUÇÃO SALDO FINAL 173.291 492-Outras provisões TOTAL 74.677 98.614 173.291 Exercício de 2011: (valores em Euros) RUBRICAS SALDO INICIAL AUMENTO 490-Ajustamentos de recibos por cobrar De outros tomadores de seguro 34.929 39.748 491-Ajustamentos de créditos de cobrança duvidosa De outros tomadores de seguro REDUÇÃO SALDO FINAL 74.677 492-Outras provisões TOTAL 34.929 39.748 0 74.677 14.1. Política de reconhecimento de imparidades para prémios de seguros em dívida As imparidades de prémios de seguro em dívida, independentemente do tratamento que venha ou não a ser adoptado ao nível de cobranças coercivas, são reconhecidas pela totalidade dos valores dos recibos em débito há mais de 30 dias, exceptuando-se os recibos respeitantes a valores que estejam eventualmente em débito por empresas do Grupo onde está inserida a Companhia. Este mecanismo, para além do evidente critério de prudência que lhe está subjacente, também tem em consideração os processos de tratamento automático implementado pela seguradora ao nível dos recibos de prémio com cobranças devolvidas. 93 15. PRÉMIOS DE CONTRATOS DE SEGUROS (valores em Euros) RUBRICAS 2012 2011 Prémios brutos emitidos de seguro directo -Relativos a contratos individuais 5.865.032 7.180.022 471.665 835.022 6.336.697 8.015.045 0 0 0 0 6.336.697 8.015.045 5.666.880 6.501.156 669.817 1.513.889 6.336.697 8.015.045 -De contratos sem participação nos resultados 4.845.054 5.904.977 -De contratos com participação nos resultados 1.491.643 2.110.068 817.557 938.626 -Relativos a contratos de Grupo Sub total -Contratos de Investimento -De contratos cujo risco de investimento é suportado pelo tomador Total -Periódicos -Não periódicos Total Prémios brutos emitidos de resseguro aceite Prémios de Resseguro Cedido 16. COMISSÕES RECEBIDAS DE CONTRATOS DE SEGURO As comissões reconhecidas contabilisticamente reflectem as condições contratuais das respectivas Apólices. Essas comissões estão incluídas nas rubricas de prémios adquiridos no caso dos contratos de seguro. Nas operações classificadas para efeitos contabilísticos como contratos de investimento, as comissões estão numa rubrica específica da demonstração de resultados. As comissões recebidas tiveram a seguinte distribuição: (valores em Euros) RUBRICAS 2012 2011 Contratos de seguro com participação nos resultados 201.493 289.835 Contratos de seguro sem participação nos resultados 534.099 655.982 23.286 61.733 Contratos de seguro e operações classificados para efeitos contabilísticos como contratos de investimento 17. RENDIMENTOS / RÉDITOS DE INVESTIMENTOS A política contabilística para reconhecimento dos réditos de investimentos foi descrita no ponto 3.3.7. 94 Nos quadros abaixo apresenta-se a distribuição dos réditos de investimentos: Exercício de 2012: (valores em Euros) RUBRICAS JUROS (1) Activos detidos para negociação DIVIDENDOS 119.543 TOTAL 119.543 Activos disponíveis para venda 2.302.881 Activos detidos até à maturidade 1.400.070 1.400.070 Empréstimos e contas a receber 65.994 65.994 88 88 Juros de depósitos à ordem TOTAL 112.654 3.888.576 112.654 2.415.535 4.001.231 (1) Incluindo valores decorrentes do custo amortizado à taxa efectiva Exercício de 2011: (valores em Euros) RUBRICAS JUROS Activos detidos para negociação (1) DIVIDENDOS 137.303 TOTAL 137.303 Activos disponíveis para venda 2.398.023 179.672 2.577.695 Activos detidos até à maturidade 1.435.054 1.435.054 6.358 6.358 Empréstimos e contas a receber Juros de depósitos à ordem TOTAL 3.976.739 179.672 4.156.411 (1) Incluindo valores decorrentes do custo amortizado à taxa efectiva 18. GANHOS E PERDAS REALIZADOS EM INVESTIMENTOS Os ganhos e perdas provenientes da alienação de investimentos durante os dois últimos exercícios podem ser detalhados nas tabelas abaixo: Exercício de 2012: (valores em Euros) RUBRICAS GANHOS Activos detidos para negociação Activos disponíveis para venda PERDAS VAL. LÍQUDIDO 68.939 -68.939 1.549.703 1.124.399 425.304 1.549.703 1.193.338 356.365 Activos detidos até à maturidade Empréstimos e contas a receber TOTAL 95 Exercício de 2011: (valores em Euros) RUBRICAS Activos detidos para negociação Activos disponíveis para venda GANHOS PERDAS VAL. LÍQUDIDO 3.017 76.650 -73.633 654.068 1.075.445 -421.377 Activos detidos até à maturidade 0 Empréstimos e contas a receber 0 TOTAL 657.085 1.152.094 -495.010 19. GANHOS E PERDAS PROVENIENTES DE AJUSTAMENTOS DE JUSTO VALOR EM INVESTIMENTOS As variações de justo valor com origem nas carteiras de investimento da Companhia foram as seguintes: Exercício de 2012: (valores em Euros) RUBRICAS Activos detidos para negociação Activos disponíveis para venda GANHOS PERDAS VAL. LÍQUDIDO 477.046 477.046 2.993.762 2.993.762 Activos detidos até à maturidade Empréstimos e contas a receber TOTAL 3.470.808 0 3.470.808 Exercício de 2011: (valores em Euros) RUBRICAS Activos detidos para negociação Activos disponíveis para venda GANHOS PERDAS VAL. LÍQUDIDO 321.654 271.171 50.482 2.656.907 2.619.098 37.809 2.978.560 2.890.269 88.292 Activos detidos até à maturidade Empréstimos e contas a receber TOTAL Os movimentos relativos a reconhecimento e/ou reversão de imparidades de activos financeiros, ocorridos no exercício de 2012, discriminam-se na tabela abaixo: 96 (valores em Euros) RUBRICAS IMPARIDADES REVERSÕES Activos detidos para negociação Activos disponíveis para venda 22.816 Activos detidos até à maturidade Empréstimos e contas a receber TOTAL 22.816 0 20. GANHOS E PERDAS EM DIFERENÇAS DE CÂMBIO Nos exercícios de 2012 e 2011 não foram registados quaisquer ganhos ou perdas cambiais. 21. CUSTOS DE FINANCIAMENTO A Companhia não registou nem recorreu, durante o exercício de 2012 a qualquer tipo ou veículo de financiamento. 22. GASTOS POR FUNÇÃO E NATUREZA 22.1. Gastos por funções Os diversos encargos imputados às respectivas funções resumem-se na seguinte tabela: (valores em Euros) RUBRICAS Encargos com gestão de sinistros 2012 2011 134.905 142.090 Encargos administrativos de aquisição 16.953 22.970 Encargos com investimentos 20.992 13.573 Encargos administrativos 1.170.833 1.253.011 TOTAL 1.343.683 1.431.644 22.2. Encargos por natureza Por natureza, os encargos diversos discriminam-se no seguinte quadro: 97 (valores em Euros) RUBRICAS 2012 2011 Custos com Pessoal 615.634 593.027 Outros Forn. e Serviços Externos 610.257 682.911 Impostos e Taxas 22.681 32.142 Amortizações 74.120 109.990 Comissões Diversas 20.992 13.573 1.343.683 1.431.644 TOTAL 23. GASTOS COM PESSOAL E HONORÁRIOS DA SROC 23.1. Nº médio de trabalhadores por categorias Profissionais: CATEGORIA PROFISSIONAL 2012 2011 Director Coordenador 1 1 Director de Serviços 2 2 Chefe de Serviços 1 1 Chefe de Secção 2 2 Técnico Grau II 1 1 Técnico Programador 1 1 Escriturário 2 2 10 10 TOTAL 23.2. Composição dos custos com o pessoal: (valores em Euros) RUBRICAS 2012 2011 Remunerações -dos Órgãos Sociais 145.099 148.104 -do Pessoal 322.130 333.396 -prémios por desempenho estimados Encargos Sobre Remunerações 44.438 90.036 91.373 Benefícios pós-emprego -Planos de contribuição definida -Planos de benefícios definidos Seguros Obrigatórios (1) Outros Custos com Pessoal TOTAL 6.453 13.474 1.999 457 11.702 615.634 593.027 (1) Incluem nesta rubricas os encargos com seguros os de Acidentes de Trabalho, Doença e Vida nos temos constituídos nos termos da legislação laboral em vigor e dos acordos colectivos de trabalho da actividade seguradora. 98 23.3. Responsabilidades com pensões de reforma A Companhia não tem qualquer responsabilidade, em matéria de pensões de reforma, para com antigos membros de Órgãos Sociais, nem tem créditos ou garantias concedidas a membros, actuais ou antigos, dos referidos Órgãos Sociais. 23.4. Honorários por serviços de Revisão Oficial de Contas e afins Os honorários contabilizados no exercício de 2012 que nos foram facturados pelos Revisores Oficiais de Contas têm a seguinte distribuição (valores sem IVA): (valores em Euros) RUBRICAS Serviços de Revisão Legal de Contas Serviços de garantia de fiabilidade - pareceres sobre o sistema de gestão de riscos e controlo interno e mapas prudenciais e estatísticos Consultoria Fiscal MONTANTES 28.000 4.100 3.863 24. OBRIGAÇÕES COM BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS 24.1. Descrição geral do plano de contribuição definida No início do ano 2012 entrou em vigor um novo Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) aplicável à Actividade Seguradora em Portugal que, em termos de benefícios dos empregados, atribui “a todos os trabalhadores no activo e em efectividade de funções, com contratos de trabalho por tempo indeterminado” um plano de contribuição definida para efeitos de complementos de reforma, denominado no aludido CCT por Plano Individual de Reforma (PIR). Este novo plano vem substituir o sistema de complementos de reforma previsto no anterior CCT, que se caracterizava por ser um plano de benefício definido. No âmbito deste novo regime há que distinguir, nesta fase inicial, três grupos de colaboradores: Os trabalhadores no activo, admitidos ou em exercício na actividade seguradora até 22 de Junho de 1995, abrangidos pelo plano de benefícios definido, nos termos do nº4 da cláusula 51.º do anterior CCT, cujas responsabilidades pelos serviços passados, à data de 31 de Dezembro de 2011, relativas a pensões de reforma por velhice foram convertidas em PIR. As novas contribuições anuais para os colaboradores enquadrados neste âmbito terão início no ano de 2015. 99 Os trabalhadores admitidos ou que iniciaram funções na actividade seguradora entre 22 de Junho de 1995 e 31 de Dezembro de 2009, passaram também a beneficiar, desde 01 de Janeiro de 2012, do mesmo PIR, conforme o estipulado no novo CCT, sendo que as respectivas contribuições anuais tiveram início em 2012. Para os trabalhadores admitidos após 01 de Janeiro de 2010, as contribuições para o PIR deverão ter início no ano seguinte aquele em completem dois anos de actividade na empresa com vínculo de efectividade. Nos termos do Anexo V do novo CCT da actividade seguradora, as contribuições serão apuradas com base nas percentagens indicadas na tabela abaixo que incidirão sobre os ordenados base dos colaboradores: 2012 % CONTRIBUIÇÃO PARA O PIR 1,00% 2013 2,25% 2014 2,50% 2015 2,75% 2016 3,00% 2017 e seguintes 3,25% ANO CIVIL 24.2. Contribuições do ano No que concerne aos colaboradores cuja data de admissão ou início de exercício na actividade seguradora foi anterior a 22 de Junho de 1995, foi elaborado um estudo actuarial, pelo Actuarial Consultadoria, em que se determinaram, para cada trabalhador enquadrado nesse âmbito, as responsabilidades pelos serviços passados à data de 31 de Dezembro de 2011, relativas a pensões de reforma por velhice. Essas responsabilidades ascendiam, nessa data, a 159.598 Euros. Como esse montante estava integralmente financiado através dos veículos de financiamento adjacentes ao antigo plano de benefícios definido, duas apólices de seguros de capitalização da própria Companhia, cujo saldo global em 31 de Dezembro de 2011 era de 169.094 Euros, o valor a constituir ao abrigo dos novos PIR foi obtido através do produto de resgates dessas duas apólices. As contribuições relativas aos PIR dos restantes colaboradores, ou seja, admitidos ou que iniciaram funções na actividade seguradora entre 22 de Junho de 1995 e 31 de Dezembro de 2009, no montante global de 1.126 Euros, foram também efectuadas por 100 recurso ao saldo remanescente dos veículos de financiamento adjacentes ao antigo plano de benefícios definido. Tendo em consideração a rentabilidade garantida das apólices de seguro de capitalização subjacentes ao PIR, em 31 de Dezembro de 2012, o total das responsabilidades com planos de contribuição definida ascendia a 170.393 Euros. 24.3. Veículo de financiamento Para cumprimento do estipulado no Anexo V do novo CTT, os veículos de financiamento dos PIR são constituídos por apólices de seguros de capitalização da Finibanco Vida, com capital e rentabilidade mínima garantida, sendo apenas e exclusivamente resgatáveis, a favor do Colaborador, em caso de Invalidez ou Reforma por Velhice concedidas pela Segurança Social, ou a favor dos beneficiários previamente designados por este ou dos seus herdeiros legais, em caso de morte. Sendo os veículos de financiamento apólices de seguro de capitalização da própria Companhia, as responsabilidades pelos compromissos assumidos por estes planos de contribuição definida estão incluídas nas provisões matemáticas da Finibanco Vida (ver nota 4.1). Os activos financeiros que representam essas responsabilidades, são parte dos activos afectos a essas provisões técnicas e estão presentes nas rubricas do activo referentes a investimentos e activos financeiros. 24.4. Activos por benefícios de longo prazo Em termos líquidos, em 31 de Dezembro de 2012, existia um saldo remanescente positivo, resultante da diferença entre o somatório dos saldos, nessa data, das apólices subjacentes aos PIR e o valor total das responsabilidades nos termos do novo plano de contribuição definida, no montante de 8.196 Euros. Esse montante foi reconhecido no balanço numa rubrica de activos por benefícios pós-emprego e outros benefícios de longo prazo. 25. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO 25.1. Impostos correntes O Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) é determinado com base em declarações de auto-liquidação, elaboradas de acordo com as normas legais vigentes, que ficam sujeitas a inspecção e eventual ajustamento pelas autoridades fiscais durante um período de quatro anos contado a partir dos exercícios a que respeitam. 101 A incidência do imposto sobre o rendimento foi a seguinte: Exercício 2012 (valores em Euros) DEMONSTRAÇÃO DE IMPOSTO CORRENTE Resultados antes de impostos GANHOS E PERDAS 3.548.373 Variação Patrimonial Positiva - Variação de justo valor dos activos financeiros afectos a carteiras com participação nos resultados (2012) Variação Patrimonial Negativa - Vida com participação nos resultados Total CAPITAL TOTAL 3.548.373 1.976.586 1.976.586 0 3.548.373 1.976.586 5.524.959 Acréscimo - IRC do ano e insuficiência de estimativa 0 Acréscimo - Benefícios de reforma e outros benf. pós emprego 0 Insuficiência de estimativa de impostos 7.067 7.067 Acréscimo - Aluguer de Viaturas sem condutor Acréscimo - Encargos não devidamente documentados 0 210.488 210.488 563 563 Acréscimo - Mais valias fiscais 454.229 454.229 Acréscimo - Crédito de imposto 19.506 19.506 Acréscimo - Multas e coimas Total 691.853 0 691.853 Dedução - Correcções relativas a períodos de tributação anteriores Dedução - Mais Valias Contabilísticas Dedução - Rest. de impostos não dedutíveis e excesso de estim. Dedução - Eliminação da dupla tributação económica dos lucros distribuídos (art.° 51.°) Dedução - Beneficios fiscais Dedução - Ajust. De transição com relevância fiscal (1/5) Total 454.229 91.147 0 103.539 103.539 5.324 5.324 97.552 97.552 660.644 0 660.644 3.579.582 1.976.586 5.556.169 IRC (25%) 894.896 494.147 1.389.042 Deduções (16.335) Lucro tributável/(Prejuízo fiscal) Reporte de prejuízos fiscais (16.335) Derrama municipal (1,5%) 53.694 29.649 83.343 Derrama estadual (3,0%) 78.396 43.289 121.685 Tributação autónoma Imposto sobre lucros a pagar/receber líquido 1.728 1.012.378 1.728 567.084 1.579.462 102 Exercício 2011 (valores em Euros) DEMONSTRAÇÃO DE IMPOSTO CORRENTE Resultados antes de impostos Variação Patrimonial Positiva - Vida com participação nos resultados (2011) Total GANHOS E PERDAS CAPITAL 534.900 534.900 TOTAL 534.900 528.083 528.083 528.083 1.062.983 Acréscimo - IRC do ano e insuficiência de estimativa 4.608 4.608 Acréscimo - Benefícios de reforma e outros benf. pós emprego 778 778 Insuficiência de estimativa de impostos Acréscimo - Aluguer de Viaturas sem condutor 0 700 700 Acréscimo - Encargos não devidamente documentados 0 Acréscimo - Multas não fiscais 0 Acréscimo - Menos-valias contabilísticas Acréscimo - Crédito de imposto Total Dedução - Correcções relativas a períodos de tributação anteriores 2.664.751 2.664.751 28.146 28.146 2.698.982 0 2.698.982 4.111 4.111 2.270.899 2.270.899 1.038 1.038 171.417 171.417 Dedução - Benefícios fiscais 12.406 12.406 Dedução - Ajust. De transição com relevância fiscal (1/5) 97.552 97.552 Dedução - Menos valias fiscais Dedução - Rest. de impostos não dedutíveis e excesso de estimativa Dedução - Eliminação da dupla tributação económica dos lucros distribuídos (art.° 51.°) Total Lucro tributável/(Prejuízo fiscal) 2.557.422 0 2.557.422 676.460 528.083 1.204.543 (859.541) (859.541) (82.865) 84.688 Reporte de prejuízos fiscais IRC (12,5% / 25%) 167.553 Deduções (24.464) Derrama (1,5%) 10.147 (24.464) 7.921 Derrama estadual (2,5%) Tributação autónoma Imposto sobre lucros a pagar/receber líquido 18.068 0 1.855 155.090 1.855 (74.943) 80.147 103 25.2. Impostos diferidos (valores em Euros) RUBRICAS Diferenças Temporárias Reserva de Reavaliação Valor Prejuízos Fiscais ACTIVO Justo Acréscimos de custos PASSIVO 41.131 CAPITAIS PRÓPRIOS -41.131 59.403 Total 100.535 0 -41.131 Apuramento do imposto diferido Saldo inicial Recuperação IRC Dec. Lei 237/08 (1) Reserva de Reavaliação Valor Acréscimos de custos RESULTADOS Justo Saldo Final 0 0 344.090 -318.239 -25.851 -25.851 -277.108 277.108 59.403 100.535 59.403 0 -41.131 33.552 (1) De acordo com o Dec. Lei nº237/08 de 15 de Dezembro, que estabeleceu o regime transitório de adaptação das regras de determinação do lucro tributável para as empresas de seguros, determinou que “os efeitos nos capitais próprios decorrentes da adopção pela primeira vez do Plano de Contas para empresas de seguros aprovado pela Norma Regulamentar n.º 4/2007-R, de 27 de Abril, na sua redacção actual, que sejam fiscalmente relevantes nos termos do Código do IRC com as adaptações previstas neste regime, resultantes do reconhecimento de activos ou passivos, ou de alterações na respectiva mensuração, concorrem, em partes iguais, para a formação do lucro tributável correspondente ao exercício iniciado em 2008 e aos quatro exercícios seguintes.” Esse efeito resultou num imposto diferido apurado em 2007 no montante de 129.257 Euros, que vai ser diferido por 5 exercícios e que, como tal, implicou no exercício de 2012, um abatimento um abatimento de 1/5 daquele valor, ou seja 25.851 Euros, aos activos por impostos diferidos de 2012. 26. CAPITAL O Capital Social da Finibanco Vida – Companhia de Seguros de Vida S.A. ascendia, em 31 de Dezembro de 2012, a 7.500.000 Euros e estava integralmente subscrito e realizado. O capital está dividido em sete milhões e quinhentas mil acções ordinárias nominativas, no valor de um Euro cada, que eram integralmente detidas pelo Montepio Geral – Associação Mutualista. Não existem outros títulos que configurem direitos específicos similares aos do capital social. 104 27. RESERVAS 27.1. Rubricas de reservas nos capitais próprios As reservas constantes nas rubricas de capitais próprios dizem respeito a: Reservas de reavaliação de justo valor de activos financeiros disponíveis para venda Reservas legais Reservas por impostos diferidos Reservas por impostos correntes 27.2. Movimentos nas reservas Os movimentos verificados nas reservas estão discriminados no mapa de demonstração de variações do capital próprio e dizem respeito a: Variações registadas no justo valor de activos financeiros classificados contabilisticamente como disponíveis para venda que, em termos globais, tiveram um elevado incremento no exercício de 2012. As reservas por impostos diferidos decorrem das variações no justo valor de activos financeiros classificados contabilisticamente como disponíveis para venda, afectos a produtos classificados como contratos de investimento. As reservas por impostos correntes são constituídas na sequência de variações nas reservas de justo valor de activos classificados contabilisticamente como disponíveis para venda, adjacentes a contratos de seguro com participação nos resultados. 28. RESULTADOS POR ACÇÃO Os resultados por acção fixaram-se em 0,343 Euros, que resultam do quociente entre o Resultado Líquido no montante de 2.569.547 Euros por 7.500.000 acções ordinárias representativas da Capital Social da Companhia. 105 29. DIVIDENDOS POR ACÇÃO Foi proposto pelo Conselho de Administração da Finibanco Vida a distribuição de dividendos no montante global de 1.125.000,00 Euros, o que equivale a 0,15 Euros por acção. 30. TRANSACÇÕES ENTRE PARTES RELACIONADAS Desde 16 de Dezembro de 2012, a Finibanco Vida passou a ser integralmente detida pela Montepio Geral – Associação Mutualista. As operações com empresas que estão inseridas no perímetro de consolidação da entidade supra mencionada resumem-se na tabela constante no final do ponto 30.2. destes anexos. A Finibanco Vida não tem qualquer participação no capital dessas instituições. 30.1. Identificação das partes relacionadas Accionistas: Montepio Geral - Associação Mutualista Membros do Conselho de Administração: António Manuel Cardoso Belo (Presidente) Armando Esteves Joaquim de Campos Afonso Maria de Lurdes Ferreira da Mata Soares Póvoas Pedro Ribeiro e Silva Vítor Manuel Silva Reis Membros da Comissão Executiva: António Manuel Cardoso Belo (Presidente) Joaquim de Campos Afonso Vítor Manuel Silva Reis 30.2. Âmbitos das transacções com partes relacionadas Montepio Geral - Associação Mutualista Não foram registadas operações com esta instituição. Caixa Económica Montepio Geral 106 As transacções comerciais entre a Caixa Económica Montepio Geral e a Finibanco Vida tiveram a seguinte natureza: 1. Prestação de serviços bancários diversos 2. Custódia de títulos 3. Contratação de seguros de vida grupo Finicrédito, S.A. (a designação social foi alterada para Montepio Crédito em Janeiro de 2013) Foram celebrados diversos contratos de seguros de vida risco subjacentes a operações de crédito ao consumo celebrados por esta instituição. Finisegur, S.A. (a designação social foi alterada para Montepio Mediação em Janeiro de 2013) As operações realizadas com esta entidade foram todas no âmbito da actividade de mediação de seguros. Finivalor S.A. Contratação de seguros de vida grupo Montepio Gestão de Activos, S.A. Operações de prestação de serviços enquadradas nos termos do contrato de gestão da carteira dos investimentos afectos ao unit link comercializado pela Finibanco Vida. Membros do conselho de administração As transacções com membros do Conselho de Administração estão apenas relacionadas com a celebração de contratos de seguros de vida comercializados pela Finibanco Vida. As operações com empresas do Grupo onde a Finibanco Vida está inserida e com os Membros do seu Conselho de Administração apresentam-se nos seguintes quadros: 107 Exercício de 2012 (valores em Euros) Rubricas Membros do Empresas do Conselho de grupo Administração Total Activos Depósitos Outros 3.800.313 3.800.313 56.663 56.663 119.476 119.476 Passivo Valores a Pagar Passivos Financeiros/Prov. Técnicas 1.238.644 122.771 1.361.414 Rendimentos Juros e rendimentos similares 66.083 66.083 484.367 484.367 Juros, Comissões e Outros Serviços 578.600 578.600 Sinistros e variação de provisões técnicas 198.563 Prémios brutos emitidos Encargos Remunerações processadas e estimadas 152.690 152.690 Extrapatrimoniais Diversos Pagamento de dividendos Exercício de 2011 (valores em Euros) Rubricas Empresas do grupo Membros do Conselho de Administração Total Activos Depósitos 272.732 272.732 Outros 610.135 610.135 144.571 144.571 Passivo Valores a Pagar Passivos Financeiros/Prov. Técnicas 81.550 35.521 117.071 Rendimentos Juros e rendimentos similares Prémios brutos emitidos 6.358 6.358 173.981 173.981 271.321 271.321 Encargos Juros, Comissões e Outros Serviços Remunerações 148.104 148.104 Extrapatrimoniais Diversos Pagamento de dividendos 108 Salientam-se também os seguintes aspectos no que concerne a operações com partes relacionadas: A Finibanco Vida não tem qualquer participação no capital das instituições que formam o Grupo de Empresas onde está inserida. As transacções com partes relacionadas foram todas efectuadas a preços e condições que reflectem o que é praticado no mercado para operações de natureza análoga. Durante os dois últimos exercícios não se registaram transacções com empresas associadas ou inseridas no mesmo perímetro de consolidação da seguradora, nem com os seus Órgãos Sociais, para além das evidenciadas nestes anexos. 109 31. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA (valores em Euros) Fluxos de caixa de actividades operacionais Resultado do exercício 2012 2011 2.569.547 353.102 74.120 109.990 -7.844.921 -4.264.253 -418.826 -2.654.989 -19.598 -156.782 -197.002 10.821 Variação nos activos afectos a benefícios pós-emprego 160.898 -40.781 Variação nos impostos diferidos 243.556 90.632 Depreciações e amortizações do exercício Variação das provisões técnicas relativas a contratos de seguro Variação dos passivos decorrentes de contratos de investimento Variação de outras provisões não técnicas Variação das provisões técnicas de resseguro cedido Variação das responsabilidades por benefícios pós emprego Variação dos activos e passivos financeiros detidos para negociação Variação dos activos financeiros disponíveis para venda Variação dos activos financeiros a deter até à maturidade 273.079 2.925.225 7.708.199 18.389.642 -467.790 -25.611.086 Variação de empréstimos e contas a receber -3.315.994 Imparidades em activos financeiros -2.654.843 2.677.659 -9.383 -149.570 Devedores e operações de seguro directo, de resseguro e outros Credores por operações de seguro directo, de resseguro e outros Variação nos impostos correntes Imparidades e ajustamentos em outros activos líquidas de reversões e recuperações Outros activos e passivos 150.421 -136.759 1.476.657 607.839 98.614 39.748 2.352.962 44.295 179.694 -7.765.266 -141 -308 Depósitos recebidos de resseguradores Fluxos das actividades operacionais Fluxos de caixa de actividades investimento Aumento em activos tangíveis Aumento em activos intangíveis -79.064 -141 -79.373 0 0 Variação líquida em caixa e equivalentes 179.553 -7.844.638 Caixa e equivalentes no início do período 305.055 8.149.693 Caixa e equivalente no fim do período 484.609 305.055 Fluxos das actividades de investimento Fluxos de caixa de actividades financiamento Subscrição do capital social Pagamento de juros Dividendos pagos Fluxos das actividades de financiamento Variação líquida de caixa e equivalentes 110 32. COMPROMISSOS Em 31 de Dezembro de 2012, os principais compromissos contratuais da companhia em termos de locação, dizem respeito a contratos de locação operacional e arrendamento de instalações, cujas responsabilidades se passam a descriminar: Os custos com arrendamento de instalações próprias ascenderam a 50.376 Euros; Contratos de locação operacional de viaturas que, em termos de alugueres anuais representaram um custo de 8.182 Euros; Contratos de locação operacional de outros equipamentos 684 Euros. 33. PASSIVOS CONTINGENTES Para além das provisões técnicas e contabilísticas constituídas e determinadas nos termos da legislação aplicável, a Companhia não reconheceu qualquer obrigação decorrente de acontecimentos passados que possam originar ocorrências futuras, de carácter incerto e que não dependam do controlo efectivo da empresa, por não existir, à data de encerramento das suas demonstrações financeiras, qualquer circunstância dessa natureza passível de gerar um ex-fluxo futuro para a mesma. 34. CONCENTRAÇÕES DE ACTIVIDADES EMPRESARIAIS A companhia não registou qualquer movimento enquadrável no âmbito de concentrações de actividades empresariais. 35. ELEMENTOS EXTRA PATRIMONIAIS A companhia não assumiu qualquer responsabilidade por garantias prestadas ou oferecidas a terceiros nem tem compromissos financeiros que não estejam reflectidos nas suas demonstrações financeiras. 36. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO Na sequência da aquisição por parte do Montepio Geral – Associação Mutualista dos 50% do Capital Social da Finibanco Vida que estavam na posse da Mapfre Seguros Gerais, S.A., os membros do Conselho de Administração da Companhia abaixo identificados apresentaram renúncia dos seus respectivos cargos: 111 António Manuel Cardoso Belo (Presidente) Maria de Lurdes Ferreira da Mata Soares Póvoas (vogal) Pedro Ribeiro e Silva (vogal) Vítor Manuel Silva Reis (vogal) Em Assembleia Geral realizada no dia 26 de Dezembro de 2012 na sede da Companhia, foram nomeados, com efeitos a 01 de Janeiro de 2013, dois novos administradores, incluindo o seu presidente. Assim, desde o primeiro dia do ano 2013, o Conselho de Administração da Finibanco Vida passou a ter a seguinte composição: Fernando Dias Nogueira (Presidente) Armando Esteves (Vogal) Joaquim de Campos Afonso (Vogal) Maria Manuela Traquina Rodrigues (Vogal) 37. OUTRAS INFORMAÇÕES 37.1. Solvência As seguradoras, no cumprimento da legislação vigente, devem ter uma margem de solvência e um fundo de garantia que representam valores mínimos estabelecidos. Em 31 de Dezembro de 2012, a Companhia mantinha a margem de solvência e o fundo de garantia acima dos mínimos exigidos legalmente. (valores em Euros) RUBRICAS 2012 2011 Capital 7.500.000 7.500.000 Reservas 1.787.857 -714.815 Resultados transitados -124.098 -124.098 Resultados do exercício 2.569.547 353.102 Valor dos dividendos a pagar -1.125.000 Total 10.608.307 7.014.189 -30.706 -69.246 Margem de solvência disponível 10.577.600 6.944.943 Margem de solvência a constituir 3.700.000 3.898.613 286% 178% Outros ajustamentos Taxa de cobertura da margem de solvência 112 37.2. Débitos à Segurança Social Nos termos do nº2 do Art.º 21 do Dec. Lei nº411/91 de 17 de Outubro informa-se que, em 31 de Dezembro de 2012, a Finibanco Vida não tinha qualquer débito vencido com Segurança Social. 37.3. Normas e interpretações aplicáveis ao exercício de 2012 37.3.1. Novas normas e interpretações já emitidas mas que ainda não são obrigatórias As normas e interpretações recentemente emitidas pelo IASB, relevantes para a Companhia, cuja aplicação é obrigatória apenas em períodos com início após 1 de Janeiro de 2012 e que a empresa/grupo não adoptou antecipadamente são as seguintes: Já endossadas pela UE: IAS 1 Apresentação de demonstrações financeiras (Emenda) A emenda à IAS 1 altera a agregação de itens apresentados na Demonstração do Rendimento Integral. Itens susceptíveis de serem reclassificados (ou “reciclados”) para lucros ou perdas no futuro (por exemplo na data de desreconhecimento ou liquidação) devem ser apresentados separados dos itens que não são susceptíveis de serem reclassificados para lucros ou perdas (por exemplo, reservas de reavaliação previstas na IAS 16 e IAS 38). Esta emenda não altera a natureza dos itens que devem ser reconhecidos na Demonstração de Rendimento Integral, nem se os mesmos devem ou não ser susceptíveis de serem reclassificados em lucros ou perdas no futuro. As alterações à IAS 1 serão aplicáveis para os exercícios iniciados após 30 de Junho de 2012, podendo ser antecipada desde que devidamente divulgada. A aplicação é retrospectiva. Da aplicação desta alteração à Norma não são esperados impactos nas demonstrações financeiras da Companhia. IAS 19 Benefícios dos empregados (Revista) A IAS 19 Benefícios de empregados (Revista), sendo as principais alterações as seguintes: 113 A eliminação da opção de diferir o reconhecimento dos ganhos e perdas actuariais, conhecida pelo “método do corredor”; Ganhos e Perdas actuariais são reconhecidos na Demonstração do Rendimento Integral quando os mesmos ocorrem. Os valores reconhecidos nos lucros ou prejuízos são limitados: ao custo corrente e de serviços passados (que inclui os ganhos e perdas nos cortes), ganhos e perdas na liquidação e custos (proveitos) relativos a juros líquidos. Todas as restantes alterações no valor líquido do activo (passivo) decorrente do plano de benefício definido devem ser reconhecidas na Demonstração do Rendimento Integral, sem subsequente reclassificação para lucros ou perdas. Os objectivos para as divulgações relativos a planos de benefício definido são explicitamente referidos na revisão da norma, bem como novas divulgações ou divulgações revistas. Nestas novas divulgações inclui-se informação quantitativa relativamente a análises de sensibilidade à responsabilidade dos benefícios definidos a possíveis alterações em cada um dos principais pressupostos actuariais. Benefícios de cessação de emprego deverão ser reconhecidos no momento imediatamente anterior: (i) a que compromisso na sua atribuição não possa ser retirado e (ii) a provisão por reestruturação seja constituída de acordo com a IAS 37. A distinção entre benefícios de curto e longo prazo será baseado na tempestividade da liquidação do benefício independentemente do direito ao benefício do empregado já ter sido conferido. As alterações à IAS 19 serão aplicáveis para os exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013, podendo ser antecipada desde que devidamente divulgada. A aplicação é retrospectiva. Da aplicação desta alteração à Norma não são esperados impactos nas demonstrações financeiras da Companhia. IFRS 7 (Emenda) Compensação de activos financeiros e passivos financeiros Esta emenda requer que as entidades divulguem informação sobre direitos de compensação e acordos relacionados (por exemplo Garantias colaterais). Estas divulgações providenciam informações que são úteis na avaliação do efeito líquido que esses acordos possam ter na Demonstração da Posição Financeira de cada entidade. 114 As novas divulgações são obrigatórias para todos os instrumentos financeiros que possam ser compensados tal como previsto pela IAS 32 Instrumentos Financeiros: Apresentação. As novas divulgações também se aplicam a instrumentos financeiros que estão sujeitos a acordos principais de compensação ou outros acordos similares independentemente de os mesmos serem compensados de acordo com o previsto na IAS 32. As alterações à IFRS 1 serão aplicáveis para os exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013. A emenda à IFRS 7 deverá ser aplicável retrospectivamente de acordo com a IAS 8. Contudo se a entidade decidir aplicar antecipadamente a IAS 32 Compensação de activos financeiros e passivos financeiros deve aplicar conjuntamente as divulgações previstas na IFRS 7. Da aplicação desta alteração à Norma não são esperados impactos nas demonstrações financeiras da Companhia. IFRS 13 Mensuração do justo valor A IFRS 13 estabelece uma fonte única de orientação para a mensuração do justo valor de acordo com as IFRS. A IFRS 13 não indica quando uma entidade deverá utilizar o justo valor, mas estabelece uma orientação de como o justo valor deve ser mensurado sempre que o mesmo é permitido ou requerido. O justo valor é definido como o “preço que seria recebido para vender um activo ou pago para transferir um passivo numa transacção entre duas partes a actuar no mercado na data de mensuração”. Esta norma é aplicável para exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013, a aplicação antecipada permitida desde que divulgada. A aplicação é prospectiva. Da aplicação desta Norma não são esperados impactos nas demonstrações financeiras da Companhia. IAS 12 Impostos sobre o rendimento A emenda à IAS 12 clarifica que a determinação de imposto diferido relativo a propriedades de investimento mensuradas ao justo valor, ao abrigo da IAS 40, deverá ser calculada tendo em conta a sua recuperação através da sua alienação no futuro. Esta presunção pode ser no entanto rebatível caso a entidade tenha um plano de negócios que demonstre que a recuperação desse imposto será efectuada através do uso das propriedades de investimento. 115 Adicionalmente, a emenda refere ainda que os impostos diferidos reconhecidos por activos fixos tangíveis não depreciáveis que sejam mensurados de acordo com o modelo de revalorização devem ser calculados no pressuposto de que a sua recuperação será efectuada através da venda destes activos. As alterações à IAS 12 serão aplicáveis para os exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2012, podendo ser antecipada desde que devidamente divulgada. A aplicação é retrospectiva. Da aplicação desta alteração à Norma não são esperados impactos nas demonstrações financeiras da Companhia. IAS 32 Instrumentos financeiros (Compensação de activos financeiros e passivos financeiros) A emenda clarifica o significado de “direito legal correntemente executável de compensar” e a aplicação da IAS 32 aos critérios de compensação de sistemas de compensação (tais como sistemas centralizados de liquidação e compensação) os quais aplicam mecanismos de liquidação brutos que não são simultâneos. O parágrafo 42 a) da IAS 32 requer que “um activo financeiro e um passivo financeiro devem ser compensados e a quantia líquida apresentada no balanço quando, e apenas quando, uma entidade tiver actualmente um direito de cumprimento obrigatório para compensar as quantias reconhecidas”. Esta emenda clarifica que os direitos de compensar não só têm de ser legalmente correntemente executáveis no decurso da actividade normal mas também têm de ser executáveis no caso de um evento de incumprimento e no caso de falência ou insolvência de todas as contrapartes do contrato, incluindo da entidade que reporta. A emenda também clarifica que os direitos de compensação não devem estar contingentes de eventos futuros. O critério definido na IAS 32 para a compensação de instrumentos financeiros requer que a entidade de reporte pretenda, ou liquidar numa base líquida, ou realizar o activo e liquidar simultaneamente o passivo. A emenda clarifica que só os mecanismos de liquidação pelo valor bruto que eliminam ou resultam em riscos de crédito e liquidez insignificantes em que o processo de contas a receber e a pagar é um único processo de liquidação ou ciclo podem ser, de facto, equivalentes a uma liquidação pelo valor líquido, cumprindo com efeito o critério de liquidação líquido previsto na norma. Esta norma é aplicável para exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2014. A emenda à IFRS 7 deverá ser aplicável retrospectivamente de acordo com a IAS 8. A 116 aplicação antecipada é permitida devendo divulgar este facto e cumprir com as divulgações previstas pela IFRS 7 Divulgações (Emenda) - Compensação de activos financeiros e passivos financeiros. Da aplicação desta alteração à Norma não são esperados impactos nas demonstrações financeiras da Companhia. Ainda não endossadas pela UE: IFRS 9 Instrumentos financeiros (Introduz novos requisitos de classificação e mensuração de activos e passivos financeiros) A primeira fase da IFRS 9 Instrumentos financeiros aborda a classificação e mensuração dos activos e passivos financeiros. O IASB continua a trabalhar e a discutir os temas de imparidade e contabilidade de cobertura com vista à revisão e substituição integral da IAS 39. A IFRS 9 aplica-se a todos os instrumentos financeiros que estão no âmbito de aplicação da IAS 39. As principais alterações são as seguintes: Activos Financeiros: Todos os activos financeiros são mensurados no reconhecimento inicial ao justo valor. Os instrumentos de dívida podem ser mensurados ao custo amortizado subsequentemente se: A opção pelo justo valor não for exercida. O objectivo da detenção do activo, de acordo com o modelo de negócio, é receber os cash-flows contratualizados. E Nos termos contratados os activos financeiros irão gerar, em datas determinadas, cash-flows que se consubstanciam somente no pagamento de reembolso de capital e juros relativos ao capital em dívida. Os restantes instrumentos de dívida são mensurados subsequentemente ao justo valor. Todos os investimentos financeiros de capital próprio são mensurados ao justo valor através da Demonstração de Rendimento Integral ou através de proveitos e perdas. Cada um dos instrumentos financeiros de capital próprio deve ser mensurado ao justo valor através de i) na Demonstração de Rendimento integral ou (ii) Proveitos e perdas (os instrumentos financeiros de capital próprio detidos para negociação devem ser 117 mensurados ao justo valor com as respectivas variações sempre reconhecidas através de proveitos e perdas). Passivos Financeiros: As diferenças no justo valor de passivos financeiros ao pelo justo valor através dos lucros ou prejuízos que resultem de alterações no risco de crédito da entidade devem ser apresentadas na Demonstração de rendimento integral. Todas as restantes alterações devem ser registadas nos lucros e perdas excepto se a apresentação das diferenças no justo valor resultantes do risco de crédito do passivo financeiro fossem susceptíveis de criar ou aumentar uma descompensação significativa nos resultados do período. Todas as restantes regras de classificação e mensuramento relativamente a passivos financeiros existentes na IAS 39 permanecem inalteradas na IFRS 9 incluindo as regras da separação de derivados embutidos e o critério para ser reconhecidos ao justo valor por proveitos e perdas. Esta norma é aplicável para exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2015. A aplicação antecipada é permitida desde que devidamente divulgada. A aplicação das disposições relativas aos passivos financeiros pode ser também antecipada desde que em simultâneo com as disposições relativas aos activos financeiros. Da aplicação desta norma são esperados impactos nas demonstrações financeiras da Companhia que ainda não foram quantificados. Melhorias anuais relativas ao ciclo 2009-2011 IAS 1 (Emenda) Apresentação de demonstrações financeiras Clarifica a diferença entre informação comparativa adicional e informação mínima comparativa. Geralmente, a informação comparativa mínima requerida corresponde ao período comparativo anterior. Uma entidade deve incluir informação comparativa nas notas às demonstrações financeiras quando voluntariamente divulga informação para além da informação mínima requerida. A informação adicional relativa ao período comparativo não necessita de conter um conjunto completo de demonstrações financeiras. Adicionalmente, o balanço de abertura do da posição financeira (terceiro balanço) deve ser apresentado nas seguintes circunstâncias: i) quando uma entidade aplica uma política contabilística retrospectivamente ou elabora uma reexpressão 118 retrospectiva de itens nas suas demonstrações financeiras;ou ii) quando reclassifica itens nas suas demonstrações financeiras e estas alterações são materialmente relevantes para a demonstração da posição financeira. O balanço de abertura deverá ser o balanço de abertura do periodo comparativo. Todavia, ao contrário da informação comparativa voluntária, não são requeridas notas para sustentar a terceira demonstração da posição financeira. IAS 16 Activos fixos tangíveis Clarifica que sobressalentes e equipamentos de serviço que cumprem com a definição de activos fixos tangíveis devem ser classificados como tal e não são inventários. IAS 32 Instrumentos financeiros Clarifica que o imposto sobre o rendimento que resultem de distribuições a accionistas deve ser contabilizado de acordo com a IAS 12 Impostos sobre o rendimento. IAS 34 Relato financeiro intercalar Clarifica que os requisitos da IAS 34 relativamente à informação por segmentos para o total de activos e passivos para cada segmento reportável, de forma a melhorar a consistência com a IFRS 8 Relato por segmentos. De acordo com esta emenda, o total de activos e passivos para cada um dos segmentos reportáveis só necessitam de ser divulgados quando os mesmos são regularmente providenciados aos gerentes de segmento. As melhorias às IFRS são aplicáveis para os exercícios iniciados em ou após 1 de Janeiro de 2013, podem ser aplicadas antecipadamente desde que devidamente divulgadas. A aplicação é retrospectiva. Da aplicação destas melhorias às Normas não são esperados impactos nas demonstrações financeiras da Companhia. 119 Anexo 1 Inventário de títulos em 31 de Dezembro de 2012 Identificação dos títulos Quantidade Código Designação Montante do % do valor valor nominal nominal Preço médio de aquisição Valor total de aquisição Valor de balanço (Euros) Unitário Total 1-TÍTULOS DE EMPRESAS DO GRUPO E ASSOCIADAS 1.1-Nacionais 1.1.1-Partes de Capital em empresas do grupo Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00 Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00 Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00 Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00 Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00 Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00 Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00 Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00 Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00 Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00 Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00 Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00 1.1.2-Obrigações de empresas do grupo 1.1.3-Outros títulos de empresas do grupo 1.1.4-Partes de Capital em empresas associadas 1.1.5-Obrigações de empresas associadas 1.1.6-Outros títulos em empresas associadas 1.2-Estrangeiras 1.2.1-Partes de Capital em empresas do grupo 1.2.2-Obrigações de empresas do grupo 1.2.3-Outros títulos de empresas do grupo 1.2.4-Partes de Capital em empresas associadas 1.2.5-Obrigações de empresas associadas 120 Identificação dos títulos Quantidade Designação Designação Montante do % do valor valor nominal nominal Preço médio de aquisição Valor total de aquisição Unitário Valor de balanço (Euros) Unitário Total 1.2.6-Outros títulos em empresas associadas Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00 Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00 Total 0,00 0,00 0,00 0,00 2-OUTROS TÍTULOS 2.1-Nacionais 2.1.1-Títulos de rendimento fixo 2.1.1.1-De dívida pública PTOTEMOE0027 BO. REP. PORTUGAL 4,75% 06/19 1.480.000,00 93,46% 1.383.221,53 92,79% 1.373.262,10 PTOTE3OE0017 BO. REP. PORTUGAL 3,35% 10/15 5.750.000,00 98,49% 5.663.030,00 94,83% 5.452.719,48 PTOTE6OE0006 BO. REP. PORTUGAL 4,2% 10/16 2.000.000,00 92,55% 1.851.000,00 94,96% 1.899.165,00 PTOTEAOE0021 BO. REP. PORTUGAL 4,95% 10/23 2.400.000,00 89,85% 2.156.376,00 86,84% 2.084.208,08 PTOTEGOE0009 BO. REP. PORTUGAL 5,45% 09/13 400.000,00 102,11% 408.432,00 101,98% 407.923,16 PTOTELOE0010 BO. REP. PORTUGAL 4,35% 10/17 2.400.000,00 95,91% 2.301.792,00 93,30% 2.239.192,41 PTOTENOE0018 BO. REP. PORTUGAL 4,45% 06/18 7.725.000,00 92,29% 7.129.376,99 92,36% 7.134.493,40 PTOTEOOE0017 BO. REP. PORTUGAL 3,6% 10/14 4.900.000,00 96,72% 4.739.169,50 97,87% 4.795.544,17 PTOTEYOE0007 BO. REP. PORTUGAL 3,85% 04/21 650.000,00 90,53% 588.415,00 85,31% 554.532,86 PTOTENOE0018 PGB 4.45% 15-06-2018 500.000,00 98,07% 490.345,00 95,84% 479.191,78 Sub-total 0,00 28.205.000,00 26.711.158,02 26.420.232,42 Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00 2.1.1.2-De outros emissores públicos 2.1.1.3-De outros emissores PTBLMGOM0002 EUROB. BANCO ESP.SANTO 5,625% 06/14 PTCG2YOE0001 CXGD 4.25% 27/01/20 PTFNI1OM0011 BONO FINIBANCO SA 7% 02/49 3.000.000,00 91,26% 2.737.920,00 104,79% 3.143.642,44 300.000,00 89,75% 269.253,00 97,40% 292.209,26 1.000.000,00 100,00% 1.000.000,00 52,11% 521.145,16 Sub-total 0,00 4.300.000,00 4.007.173,00 3.956.996,86 Sub-total 0,00 32.505.000,00 30.718.331,02 30.377.229,28 Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00 Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00 2.1.2-Títulos de rendimento variável 2.1.2.1-Acções 2.1.2.2-Títulos de Participação 121 Identificação dos títulos Quantidade Código Designação Montante do % do valor valor nominal nominal Preço médio de aquisição Valor total de aquisição 8,67979 1.371.718,70 Valor de balanço (Euros) Unitário Total 2.1.2.3-Unidades participação em fundos de investimento PTYHGGLM0080 FINIPREDIAL 158.036,00 Sub-total 9,58710 1.371.718,70 1.515.106,92 158.036,00 0,00 1.515.106,92 Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00 Sub-total 158.036,00 0,00 1.371.718,70 1.515.106,92 Total 158.036,00 32.505.000,00 32.090.049,72 31.892.336,20 2.1.2.4-Outros 2.2-Estrangeiros 2.2.1-Títulos de rendimento fixo 2.2.1.1-De dívida pública IE00B2QTFG59 BO. GOBIERNO DE IRLANDA 4,4% 06/19 EU000A1AJM31 EUROB. EUROPEAN COMUNITY 3,625% 04/16 3.200.000,00 98,33% 3.146.698,00 103,56% 750.000,00 101,07% 758.000,00 113,63% ES00000123B9 3.313.954,93 852.235,21 OB. EST. SEG 5,50% 04/21 1.650.000,00 98,88% 1.631.582,63 106,11% 1.750.871,37 ES0L01304192 LETRAS DEL TESORO 19/04/2013 2.500.000,00 93,28% 2.332.023,70 99,61% 2.490.229,10 NL0009819671 BO. REINO DE HOLANDA 2,5% 01/17 250.000,00 99,30% 248.250,00 111,11% 277.773,47 XS0589735561 EUROB. ICO 4,375% 03/14 1.250.000,00 99,68% 1.245.950,00 105,23% 1.315.318,63 XS0599993622 EUROB. ICO 6% 03/21 1.240.000,00 99,67% 1.235.883,20 108,18% 1.341.393,28 ES00000121A5 OB. EST. SEG. 4,10% 07/18 2.250.000,00 97,45% 2.192.610,00 100,77% 2.267.268,02 ES00000121G2 BO. EST. SEG. 4,8% 01/24 400.000,00 97,36% 389.456,00 99,11% 396.420,79 ES00000122E5 OB. EST. SEG. 4,65% 07/25 100.000,00 94,09% 94.090,00 93,42% 93.415,96 ES00000123C7 OB. EST. SEG. 5,9% 07/26 ES00000123L8 BO. EST. SEG. 4% 07/15 ES0000012932 OB. EST. SEG. 4,20% 01/37 ES0L01404166 LETRAS DEL TESORO 16/04/2014 FR0000187361 BO. REP. FRANCIA 5% 10/16 IT0004867070 BO. REP. ITALIA 3,5% 11/17 XS0083595636 FR0010670737 230.000,00 96,17% 221.191,00 104,97% 241.429,21 3.500.000,00 104,11% 3.643.850,00 103,82% 3.633.708,98 700.000,00 82,18% 575.260,00 83,25% 582.725,78 1.700.000,00 96,42% 1.639.174,00 97,01% 1.649.105,01 277.000,00 114,51% 317.187,16 118,31% 327.722,13 5.300.000,00 100,05% 5.302.544,00 101,71% 5.390.862,07 EIB 5.5% 15/02/18 100.000,00 119,25% 119.250,00 128,29% 128.287,77 FRTR 4.25% 25/10/18 200.000,00 110,73% 221.450,00 119,30% 238.593,56 Sub-total 0,00 25.597.000,00 25.314.449,69 26.291.315,27 Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00 2.2.1.2-De outros emissores públicos 122 Identificação dos títulos Quantidade Código Designação Montante do % do valor valor nominal nominal Preço médio de aquisição Valor total de aquisição Valor de balanço (Euros) Unitário Total 2.2.1.3-De outros emissores XS0299284876 EUROB. MAGNOLIA FUNDING FRN 06/17 1.000.000,00 100,00% 1.000.000,00 77,71% 777.139,49 XS0177601811 BO. ZURICH FINANCE INC 750.000,00 85,84% 643.762,50 104,72% 785.381,87 XS0412154378 EUROB. BASF FINANCE EUROP NV 5,125% 0615 150.000,00 104,15% 156.222,00 114,30% 171.450,40 XS0432069747 EUROB. PFIZER INC 3,625% 06/13 150.000,00 99,58% 149.364,00 103,53% 155.288,32 XS0435879605 EUROB. EDP FINANCE BV 4,75% 09/16 330.000,00 93,19% 307.521,50 105,02% 346.567,45 FR0010749598 EURO. CREDIT MUTUEL ARKEA 5,375% 04/14 250.000,00 100,43% 251.075,00 109,73% 274.321,07 XS0498717163 EUROB. SOCIETE GENERALE 3% 03/15 750.000,00 99,65% 747.397,50 106,70% 800.234,89 FR0010778928 EUROB. GEN.ELEC. SCF 3,75% 07/14 500.000,00 99,59% 497.965,00 106,74% 533.706,93 XS0441800579 EUROB. GE CAP EUR FUNDING 4,75% 07/14 300.000,00 102,76% 308.286,00 108,33% 324.986,74 XS0500187843 EUROB. INTESA SANPAOLO SPA 4,125% 04/20 350.000,00 99,13% 346.941,00 104,59% 366.062,57 ES0413211337 CED. HIP. BBVA 3% 10/14 250.000,00 99,91% 249.782,50 101,49% 253.723,07 ES0415309006 CED. HIP. KUTXA 11/14 800.000,00 99,84% 798.680,00 102,45% 819.590,38 XS0455928555 EUROB. NOMURA BANK INT. PLC 4% 10/14 750.000,00 99,00% 742.500,00 103,24% 774.315,61 FR0010814319 EUROB. CIF EUROMORTGAGE 3,75% 10/19 250.000,00 99,22% 248.057,50 111,32% 278.303,27 XS0457145430 EUROB. DEUTSCHE BAHN 3,625% 10/17 100.000,00 99,47% 99.468,00 113,32% 113.324,39 XS0270148793 EUROB. CITIGROUP INC 3,95% 10/13 1.400.000,00 96,07% 1.344.910,00 103,30% 1.446.189,97 XS0226062981 Citigroup 3.5%08/15 3.500.000,00 87,65% 3.067.750,00 96,46% 3.376.210,73 XS0381268068 CS 6,125% 05/08/2013 2.000.000,00 98,02% 1.960.440,00 102,18% 2.043.551,48 XS0301945860 EUROB. SHELL INTL FIN 4,6258% 05/17 200.000,00 112,55% 225.100,00 119,29% 238.589,70 XS0531257193 EUROB. SANTANDER INTL DEBT SA 08/14 400.000,00 94,90% 379.600,00 102,69% 410.757,64 XS0627188468 EUROB. GAS NATURAL CAP 5,375% 05/19 XS0831842645 EUROB. EDP FINANCE BV 5,75% 09/17 XS0731679907 EUROB. VOLKSWAGEN INT FIN 2,125% 01/15 XS0215823369 EUROB. BANK OF AMERICA 4% 03/15 FR0011318658 100.000,00 99,46% 99.460,00 114,87% 114.870,96 1.320.000,00 99,93% 1.319.010,00 109,17% 1.441.034,76 440.000,00 100,07% 440.308,00 104,80% 461.117,57 1.100.000,00 95,74% 1.053.140,00 109,57% 1.205.228,10 EUROB.ELECTRICITE DE FRANCE 2,75% 03/23 100.000,00 99,26% 99.261,00 102,77% 102.769,84 XS0366102555 MS 6.1/2 12/28/18 300.000,00 105,50% 316.509,00 120,29% 360.876,70 XS0365094811 FRTEL 5.625% 22/5/18 200.000,00 115,11% 230.228,00 124,07% 248.130,11 XS0361975443 GS 6.375% 02/05/18 250.000,00 107,24% 268.107,50 125,04% 312.591,61 XS0342783692 EDF 5 05/02/18 200.000,00 110,50% 221.000,00 122,59% 245.187,72 XS0302816672 CARGIL 4.875 29/5/17 100.000,00 108,68% 108.684,00 119,41% 119.406,29 123 Identificação dos títulos Quantidade Código XS0168881760 Designação VW 5.375% 22/05/18 Montante do % do valor valor nominal nominal 100.000,00 Preço médio de aquisição 112,08% Valor total de aquisição Valor de balanço (Euros) Unitário 112.080,00 124,19% Total 124.187,63 Sub-total 0,00 18.390.000,00 17.792.610,00 19.025.097,26 Sub-total 0,00 43.987.000,00 43.107.059,69 45.316.412,53 2.2.2-Títulos de rendimento variável 2.2.2.1-Acções ES0111845014 ABERTIS INFRAESTRUCTURAS S.A. 1.292,00 12,23770 15.811,11 12,42000 16.046,64 DE0007037129 RWE AG 1.885,00 38,34510 72.280,52 31,24000 58.887,40 ES0113211835 BANCO BILBAO VIZCAYA ARGENTARI 11.019,00 6,92921 76.352,99 6,96000 76.692,24 ES0113900J37 BANCO SANTANDER SA 17.283,00 6,43338 111.188,09 6,10000 105.426,30 ES0130960018 ENAGAS 1.057,00 14,44595 15.269,37 16,14000 17.059,98 ES0144580Y14 IBERDROLA S.A. 14.799,00 4,94295 73.150,70 4,19500 62.081,80 FR0000120271 TOTAL SA 1.739,00 42,14581 73.291,57 39,01000 67.838,39 ES0173093115 RED ELECTRICA DE ESPAÑA S.A. 5.708,00 36,86015 210.397,74 37,30000 212.908,40 FR0000127771 VIVENDI UNIVERSAL 2.710,00 18,80542 50.962,68 16,95000 45.934,50 IT0003128367 ENEL-SOCIETA PER AZIONI ES0167050915 ACS ACTIVIDADES DE CONST. Y SE 25.821,00 3,32036 85.735,14 3,13800 81.026,29 6.842,00 21,81993 149.291,94 19,04000 130.271,68 Sub-total 90.155,00 0,00 933.731,85 874.173,62 Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00 2.2.2.2-Títulos de Participação 2.2.2.3-Unidades participação fundos de investimento ES0138902038 FONDMAPFRE CORTO PLAZO F.I. 3.069,19 1494,31275 4.586.329,76 1.498,55427 4.599.347,77 Sub-total 3.069,19 0,00 4.586.329,76 4.599.347,77 Sub-total 0,00 0,00 0,00 0,00 Sub-total 93.224,19 0,00 5.520.061,61 5.473.521,39 Total 93.224,19 43.987.000,00 48.627.121,30 50.789.933,92 Total Geral 251.260,19 76.492.000,00 80.717.171,02 82.682.270,13 2.2.2.4-Outros 124 Anexo 2 Desenvolvimento da provisão para sinistros relativa a sinistros ocorridos em exercícios anteriores e dos seus reajustamentos (correcções) Exercício de 2012: (valores em Euros) RAMOS/GRUPOS DE RAMOS VIDA Provisões para sinistros em 31/12/2011 Custos com sinistros* montantes pagos no exercício Provisões para sinistros* em 31/12/2012 Reajustamentos (1) (2) (3) (3)+(2)-(1) 1.337.914 793.834 313.810 NÃO VIDA -230.270 0 Acidentes e doença 0 Incêndio e outros danos 0 Automóvel 0 -Responsabilidade Civil 0 -Outras coberturas 0 Marítimo aéreo e transportes Responsabilidade civil geral 0 0 Crédito e caução 0 Protecção jurídica 0 Assistência 0 Diversos 0 Sub-total 0 0 0 0 Total geral 1.337.914 793.834 313.810 -230.270 Nota: * Sinistros ocorridos no ano N-1 e anteriores 125 Exercício de 2011: (valores em Euros) RAMOS/GRUPOS DE RAMOS Provisões para sinistros em 31/12/2010 Custos com sinistros* montantes pagos no exercício (1) (2) VIDA 788.891 Provisões para Reajustamentos sinistros* em 31/12/2011 (3) 256.750 (3)+(2)-(1) 247.372 NÃO VIDA -284.769 0 Acidentes e doença 0 Incêndio e outros danos 0 Automóvel 0 -Responsabilidade Civil 0 -Outras coberturas 0 Marítimo aéreo e transportes 0 Responsabilidade civil geral 0 Crédito e caução 0 Protecção jurídica 0 Assistência 0 Diversos 0 Sub-total 0 0 0 0 Total geral 788.891 256.750 277.372 -254.769 Nota: * Sinistros ocorridos no ano N-1 e anteriores 126 Anexo 3 Outros activos tangíveis e intangíveis Saldo Inicial RUBRICAS Valor Bruto Aumentos Amortizações Aquisições Reavaliações Transferências Alienações e abates Amortizações do Exercício Reforço Regularizações Saldo Final (valor líquido) OUTROS ACTIVOS INTANGÍVEIS 0 Despesas de constituição e instalação 585.398 585.398 0 Despesas de investigação e desenvolvimento 0 Sistemas informáticos 303.687 218.868 54.113 30.706 Activos intangíveis em curso 0 Outros activos intangíveis 0 Sub-total 889.085 804.266 Equipamento administrativo 17.041 9.060 Equipamento informático e electrónico 41.879 38.578 158.812 83.434 0 0 0 0 54.113 0 30.706 OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS Instalações interiores Material de transporte 141 2.130 5.851 1.926 1.516 15.854 59.523 0 Outro equipamento 1.018 0 544 97 377 Activos tangíveis em curso 0 Sub-total 218.750 131.617 141 0 0 0 20.007 0 67.267 Total 1.107.835 935.883 141 0 0 0 74.120 0 97.973 127