PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL HABILITAÇÃO EM RELAÇÕES PÚBLICAS INTERNET COM O PROPÓSITO DE RELAÇÕES PÚBLICAS RENATO SCHUMACHER SANTA MARIA Orientadora: Profª Mestre Helaine Abreu Rosa Porto Alegre 2003 Dedico este trabalho ao meu pai, um mestre em vendas; à minha mãe, pela dedicação e amor dispensado durante todo meu curso; e, por fim, à minha amada Sil, que desde 1999 faz parte da minha vida. Agradecimentos Agradeço a minha amada Sil, que desde 1999 me acompanha em todas jornadas da minha vida. Sil, você sabe o quanto me ajudou nas empreitadas que peitamos. Nas gravações, nos carros, nos acampamentos, nas festas, nas contas, na nossa empresa e na nossa vida. Sem você nada disso seria possível. Te agradeço, também, pelos ensinamentos em informática e Internet, que não foram poucos. A partir da volta de Maceió você entrou para sempre no meu coração. Agradeço a toda minha família, pois através dela meus sonhos tornaram-se possíveis. Pai, você é meu grande mestre na arte de vender. Mãe, pela educação, ajuda financeira e caráter que me deu. Vinício, por toda ajuda que me dá e continua dando. Lúcio, pela iniciação na informática e na Internet. Cla, por ser a minha grande irmã e melhor amiga. Teca, pela companhia e dedicação que dá à Pepa, e, é claro, pelos inúmeros cafezinhos depois do almoço. Agradeço à minha sogra Sylvia, pela ajuda, compreensão e amizade; às minhas cunhadas Mariana e Cris, pelo companheirismo e amizade. E ao meu cunhado internacional Mike, que, um dia, conversará comigo em português. Agradeço à minha professora orientadora Mestre Helaine Abreu Rosa, pela atenção dispensada e dedicação na orientação deste trabalho. Agradeço aos meus professores e mestres, que me ajudaram a compreender as Relações Públicas. Glafira, seu carinho é inigualável, continue assim. Iara e Fernando, vocês são meus mestres em marketing. Ana Baseggio, aprendi muito sobre a profissão com você. Lauri, sua alegria é contagiante. Cláudia Moura, sua dedicação foi enorme. Por fim, agradeço a todos meus amigos e amigas, pelas festas, pela alegria, pela convivência, pela ajuda, pelos desabafos na mesa do bar, e por tudo que representaram e representam na minha vida. “Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos”. Autor desconhecido SUMÁRIO Introdução.....................................................................................................................7 Capítulo 1 – Relações Públicas..................................................................................12 1.1 – Conceitos e atividade de Relações Públicas..........................................12 1.2 – Públicos envolvidos no processo de Relações Públicas........................18 1.3 – Instrumentos tradicionais de Relações Públicas.................................... 21 Capítulo 2 – A Internet.............................................................................................. 24 2.1 – Histórico e evolução da Internet............................................................ 24 2.2 – Ferramentas da Internet........................................................................ 29 2.3 – A Internet atuando como meio de comunicação................................... 36 Capítulo 3 – Relações Públicas via Internet..............................................................42 3.1 – O profissional de Relações Públicas atuando via Internet.....................42 3.2 – Utilizando as ferramentas da Internet com o propósito de Relações Públicas..................................................................................................45 3.3 – Relações Públicas através das redes Intranets e Extranets...................54 3.4 – Algumas barreiras no uso da Internet.....................................................56 Considerações Finais..................................................................................................62 Referências Bibliográficas...........................................................................................66 Glossário.....................................................................................................................68 INTRODUÇÃO Até onde o profissional de Relações Públicas poderá contribuir com seus conhecimentos? Atualmente o mercado das Relações Públicas está em constante crescimento e proporcionando cada vez mais diferentes oportunidades para os profissionais da comunicação. O avanço cultural e tecnológico da Internet, especificamente, oferece uma camada do mercado ainda não explorada profundamente. Sabendo utilizar as ferramentas da Internet, a comunicação pode tirar proveito do seu alcance global. A Internet se transformou em nosso quarto meio de comunicação (imprensa, televisão e rádio), tão poderoso e abrangente como os meios tradicionais. Globalizou culturas e conectou os milhares de computadores ao redor do mundo. Atualmente, sua atuação na sociedade é tão expressiva e suas possibilidades tão grandes, que vários estudos vem sendo desenvolvidos, sobre a rede mundial de computadores. Após sua difusão dos meios acadêmicos para o público em geral, a Internet logo despertou interesse comercial. Várias empresas migraram para a Web ou simplesmente expandiram suas atividades através da rede. Seu poder de mercado é incalculável e é apontada como uma das principais formas de transições comerciais. Deste modo, a Internet hoje é uma realidade como poder de comunicação, oferecendo uma cultura própria e difundida comercialmente. Há cerca de dez anos surgiram as primeiras transações comerciais na rede. Foi o início da adesão humana em massa para a Internet. Formando cada vez mais comunidades virtuais de interesses, os usuários mostraram-se adeptos a este novo meio digital. Uma das principais diferenças da Internet para os meios tradicionais está na sua dirigibilidade e pré-segmentação dos públicos. Quem acessa a Internet está em busca de informações particulares e, portanto, o destino dos usuários pode ser distinto. Desta maneira, os profissionais de Relações Públicas podem moldar as comunidades virtuais de acordo com as preferências demonstradas pelos usuários e os objetivos pretendidos pelas organizações. O direcionamento e a segmentação dos públicos, tanto alvo como de interesse, tornam-se essenciais para as Relações Públicas diferenciarem e atenderem o cliente como ele deseja ser atendido. Na Internet não poderia ser diferente. A segmentação da Internet é uma das características proporcionadas pela rede. Estamos diante de mais um desafio e oportunidade para os profissionais de Relações Públicas. Novas tendências indicam crescente receptividade, uso e aceitação cada vez maior dos profissionais da comunicação na área da Internet. O tema apresentado é atual e de grande interesse, visto que o número de adeptos, tanto pessoas como empresas, está crescendo diariamente na rede. Estamos, talvez, diante do momento certo para a inserção das Relações Públicas no meio digital, pois é comum os profissionais da Internet provirem de diferentes áreas, muitas vezes sem ligação com a comunicação. O trabalho tem como problema saber como a Internet poderá servir de propósito para as Relações Públicas, visto que a rede mundial está cada vez mais globalizada e interligando pessoas de todas as partes do mundo. Os objetivos são analisar o uso das ferramentas da Internet servindo de instrumentos de Relações Públicas e demonstrar que estas ferramentas, quando bem trabalhadas e administradas, transformam-se em um excelente instrumento de Relações Públicas. O trabalho apresenta como hipótese a vantagem do uso da Internet nas atividades de Relações Públicas, através do prévio conhecimento de cada uma das ferramentas oferecidas pela rede. O trabalho é dividido em três capítulos, além de introdução, glossário e considerações finais. No primeiro capítulo, são abordados os diversos conceitos e as decorrentes atividades de Relações Públicas, os públicos envolvidos no processo organizacional e uma breve análise sobre os instrumentos tradicionais de Relações Públicas. Para este capítulo, utilizam-se, como principais autores, Roberto Porto Simões (Relações Públicas Função Política: 1995), Margarida Kunsch (Relações Públicas e Modernidade: 1997) e José Benedito Pinho (Relações Públicas na Internet: 2003). O segundo capítulo contém uma análise do histórico e evolução da Internet, das principais ferramentas oferecidas pela rede e uma perspectiva da Internet atuando como meio de comunicação. Como embasamento teórico para este capítulo, utilizam-se, como principal autor José Benedito Pinho (Publicidade e Vendas na Internet: 2000). O terceiro capítulo contém conceitos do modo como o profissional de Relações Públicas pode atuar na Internet, as maneiras pelas quais as ferramentas da Internet são utilizadas com propósito de Relações Públicas, o uso das Intranets e Extranets como instrumentos de Relações Públicas e uma breve análise de como construir relacionamentos com os públicos através da rede. Os principais autores utilizados, no terceiro capítulo, são Jose Benedito Pinho (Relações Públicas na Internet: 2003), Shel Holtz (Public Relations on the Net: 1999), Márcio Chleba (Marketing Digital: 1999) e John Hagel III e Arthur Armstrong (Vantagem competitiva na Internet: 1999). O método de pesquisa adotado neste trabalho é o monográfico, o tipo de pesquisa exploratório, e as técnicas apresentadas são a pesquisa bibliográfica e a documental. RELAÇÕES PÚBLICAS 1.1 Conceitos e atividade de Relações Públicas Para entender as atividades do processo de Relações Públicas, faz-se necessário, primeiramente, conhecer os seus diversos conceitos. Simões (1995: 87-88) coloca que “Relações Públicas são uma via de dupla mão” e “visam estabelecer e manter a compreensão mútua” entre a organização e seus diversos públicos: Esta proposição (via de dupla mão) quer significar que, para existir bom nível funcional de Relações Públicas, deve existir, entre a organização e seus públicos, um sistema que permita a fluência de informações nos dois sentidos, tanto de ida como de volta. A existência desse “canal” conduziria, de modo contínuo e desimpedido, a palavra dos públicos para junto do poder de decisão e deste para os públicos. Segundo Holtz (apud Pinho, 2003: 10): Relações Publicas é entendida como uma atividade de administração estratégica dos contatos e do relacionamento entre uma organização e os diferentes públicos que a constituem ou com ela se relacionam e interagem. Este autor adiciona ao conceito de Relações Públicas a interação entre as organizações e os públicos ligados a ela, reafirmando assim Simões (1995) em sua teoria da via de mão dupla. Garret (apud Andrade, 1962: 44) entende Relações Públicas como: Atividade fundamental do espírito, uma filosofia da administração que, deliberadamente e com um “egoísmo esclarecido”, considera antes de mais nada o interesse público em cada decisão que afete as operações da instituição. Assim como Garret, Cutlip, Scott e Center (apud Andrade, 1962: 44) definem as Relações Públicas como um processo de interesse dos públicos da organização: É a comunicação e a interpretação de informações, idéias e opiniões do público para a instituição num esforço sincero para estabelecer reciprocidade de interesses e assim proceder ao ajustamento harmonioso da instituição na sua comunidade. A Associação Brasileira de Relações Públicas – ABRP – define, oficialmente, as Relações Públicas como: Atividade e o esforço deliberado, planejado e contínuo, para estabelecer e manter a compreensão mútua entre uma instituição pública ou privada e os grupos de pessoas a que esteja direta ou indiretamente ligada. As definições e os conceitos variam de acordo com a percepção de cada autor, porém percebem-se pontos em comum entre todas elas: as Relações Públicas estão intimamente relacionadas com os públicos da organização. O núcleo das Relações Públicas continua sendo a organização e os públicos: (Relações Públicas) é um sistema social constituído pelas transações entre organização e seus públicos (...) o núcleo do sistema (social) é constituído por dois componentes materiais das Relações Públicas, ou sejam: a organização e os públicos. Simões (1995: 52-53) Pinho (2003) foca a atividade de Relações Públicas nas estratégias que visam melhorar a imagem da organização e facilitar a comunicação desta com seus diversos públicos de interesse. Os conceitos ajudam a entender as características das atividades de Relações Públicas. Todo o processo está voltado para o interesse dos públicos e os públicos de interesse, mais uma vez reafirmando a teoria de Simões (1995) da via de mão dupla. Conforme Simões (1995: 83): A atividade de Relações Públicas é a gestão da função política da organização (...) objetiva que, através de filosofia, políticas e normas, a atuação da organização e do que isso implica, anteriormente em decisões e, posteriormente, em produtos e serviços, ocorra e seja percebida como realizada em benefício dos interesses comuns que possui com seus públicos. É de interesse das Relações Públicas que a organização mantenha um excelente nível de comunicação com seus diversos públicos, conforme observado por Simões (1995). De acordo com o Conselho Regional de Relações Públicas da 4ª Região, as Relações Públicas se caracterizam pela aplicação de conceitos e técnicas de: • Comunicação estratégica, com o objetivo de atingir de forma planificada os objetivos globais e os macro-objetivos para a organização; • Comunicação dirigida, com o objetivo de utilizar instrumentos para atingir públicos segmentados por interesses comuns; • Comunicação integrada, com o objetivo de garantir a unidade no processo de comunicação com a concorrência dos variados setores de uma organização. Percebe-se, com a definição do Conrerp da 4ª Região, que o processo de Relações Públicas é amplo, atendendo a toda demanda da comunicação organizacional, abrangendo todos os níveis do sistema organização-públicos. O 1º parágrafo do 1º artigo da Resolução Normativa nº43 do Conselho Regional de Relações Públicas - Conrerp, de 24 de agosto de 2002, que define as funções e atividades privativas dos profissionais de Relações Públicas, diz que: Todas as ações de uma organização de qualquer natureza no sentido de estabelecer e manter, pela comunicação, a compreensão mútua com seus públicos são consideradas de Relações Públicas e, portanto, não se subordinam a nenhuma outra área ou segmento. O profissional de Relações Públicas visa atingir os objetivos de comunicação organizacional através das atividades a que se propõe. Durante a 1ª Assembléia Mundial de Associações de Relações Públicas, em 1978, no México, foram definidas as atividades de Relações Públicas: • Analisar as tendências da organização em relação às expectativas de interesses dos públicos, no contexto da conjuntura em que ambos estão inseridos; • Predizer a resultante do entrechoque da ação organizacional ante as expectativas dos públicos no âmbito da evolução da conjuntura; • Assessorar os líderes da organização, prevenindo-se das possíveis ocorrências de conflito e suas causas, apresentando sugestões de políticas e procedimentos que evitem e/ou resolvam o impasse; • Implementar programas e projetos planejados de comunicação para com os vários públicos. Foi aprovado, nesta Assembléia, por trinta e três Associações de Relações Públicas, um conceito que ajuda a entender as atividades do profissional da área: O exercício da profissão de Relações Públicas requer ação planejada, com apoio na pesquisa, comunicação sistemática e participação programada, para elevar o nível de entendimento, solidariedade e colaboração entre uma entidade, pública ou privada, e os grupos sociais a ela ligados, num processo de interação de interesses legítimos, para promover seu desenvolvimento recíproco e da comunidade a que pertencem. (Assembléia de Associações de Relações Públicas, 1978: México) A definição de Nielander, William e Miller, contribui para o entendimento da atividade de Relações Públicas como a maneira planejada de administrar estrategicamente os públicos da uma organização: Relações Públicas é uma arte aplicada. Inclui todas as atividades e processos operacionais que permanentemente objetivam determinar, guiar, incluir e interpretar as ações de uma organização, de maneira que a sua conduta se conforme, tanto quanto possível, ao interesse e bem-estar públicos. (apud Andrade, 1962: 42) As Relações Públicas estabelecem e gerenciam o relacionamento da organização e seus diversos públicos. Para tanto, utilizam o conhecimento pleno dos públicos envolvidos no processo organizacional, executando diversas atividades para alcançar seus objetivos. Harlow (apud Andrade, 1962: 191) descreve as inúmeras atividades de Relações Públicas como “um amplo termo que cobre um número enorme de atividades”. Existem ainda outros conceitos de Relações Públicas, porém é comum a todos o envolvimento das organizações com seus públicos. Para este trabalho, o foco principal da atividade se dá no sistema organização-públicos e suas conseqüentes estratégias para administração deste. 1.2 Públicos envolvidos no processo de Relações Públicas O conhecimento dos públicos torna-se fundamental para entender o processo de Relações Públicas dentro de uma organização. Andrade (apud Pinho 2003: 1314) explica que os públicos, em se tratando de Relações públicas, caracterizam-se por ser: O agrupamento espontâneo de pessoas adultas e/ou grupos sociais organizados, com ou sem contigüidade física, com abundância de informações, analisando uma controvérsia, com atitudes e opiniões múltiplas quanto à solução ou medidas a serem tomadas diante dela; com ampla oportunidade de discussão e acompanhando ou participando do debate geral, por meio da interação social ou dos veículos de comunicação, à procura de uma atitude comum, expressa em uma decisão ou opinião coletiva, que permitirá a ação conjugada. Simões (1995: 131) define os públicos como “os envolvidos, direta ou indiretamente, com a atividade de Relações Públicas”. Geograficamente, sua divisão se dá em interno, misto e externo. Define-se assim o distanciamento dos públicos em relação ao centro de poder da organização. Porém, esta divisão geográfica limita-se simplesmente à demarcação territorial dos públicos, sem considerar o “poder que possuem de influenciar os objetivos organizacionais, obstaculizando-os ou facilitando-os” (Simões, 1995: 131). O conceito de poder é identificado também em Ehling, White e Grunig (apud Kunsch, 1997: 127), que diz que públicos são “grupos de pessoas que se autoorganizam quando uma organização os afeta ou eles a afetam”. O termo afetar está relacionado ao poder exercido pelas organizações a seus públicos e vice-versa, através das diversas ações que desempenham no processo organizacional. Estas ações podem ser diferentes para cada ramo de atividade da organização. Conseqüentemente, pode haver diferente número e tipo de públicos entre duas ou mais instituições. Deste ponto de vista (Pinho, 2003), os números e o tipo de público de uma organização dependem de sua natureza e das circunstâncias relacionadas às suas operações. Porém, existem públicos em comuns presentes na maioria das organizações modernas. Certos públicos são comuns a todas as empresas – a mídia, os empregados, os consumidores, os investidores e acionistas, a comunidade, os fornecedores e distribuidores, o governo e os legisladores. (Pinho, 2003: 14) Pinho (2003: 14-16) divide os públicos em comum das organizações da seguinte maneira: • Mídia: A mídia é composta pelos veículos de comunicação: televisão, rádio, jornais e revistas. Todos podem influenciar, positiva ou negativamente, a opinião acerca da organização e do atendimento aos interesses da sociedade; • Empregados: Constituem em um dos mais importantes públicos de uma empresa ou instituição. Por esta razão, são classificados também como colaboradores. As Relações Públicas devem manter a compreensão mútua entre a alta administração e os funcionários da organização; • Consumidores: As organizações não existiriam se não houvesse os seus consumidores, constituídos de todos aqueles que compram ou usufruem dos serviços e produtos de uma instituição; • Investidores e Acionistas: Constituem na parcela de públicos que apresenta interesse em investir na organização. Fazem parte desta classificação os bancos, fundos de pensão, instituições financeiras, entre outros; • Comunidade: Consiste no conjunto de pessoas inseridas na mesma localidade da organização. Naturalmente apresentam interesse na instituição, e as Relações Públicas fazem o caminho inverso, demonstrando interesse na comunidade que está inserida; • Fornecedores e Distribuidores: Grupos de pessoas, empresas ou instituições que possibilitam a fabricação, produção ou execução de produtos e serviços oferecidos pela organização; • Governo e Legisladores: As empresas, reconhecidas pela sociedade como legítimas, perante as leis e costumes locais, relacionam-se, desta forma, aos governos e legisladores a que estão submetidas. Embora não estejam relacionados pelo autor, poderão ser identificados pelas Relações Públicas outros tipos de públicos envolvidos no processo organizaçãopúblicos. Assim como, dentre os públicos citados e não citados, alguns serão de mais interesse, sob ótica de Relações Públicas, para a organização, do que outros. Alguns autores entendem que o público é formado, e não apenas identificado, pelas Relações Públicas, conforme aponta Andrade (apud 1986: 47), quando afirma que “Relações Públicas é formadora de públicos”. Os públicos, através da opinião pública, formam tendências sociais, que devem ser consideradas e analisadas pelas Relações Públicas. “Busca-se conhecer as tendências sociais a fim de antecipar os acontecimentos aproximando-os aos objetivos da empresa”. (Peruzzo, 1986: 79) Como o “processo de Relações Públicas é contínuo e permanente dentro da organização” (Peruzzo, 1986: 80), a maturidade dos públicos é monitorada e acompanhada pelas Relações Públicas, proporcionando a busca constante pelo bem-estar social, através de ações visando os diferentes tipos de públicos da organização. Os públicos são a matéria-prima para o profissional e para a atividade de Relações Públicas. Torna-se fundamental conhecê-los e distingui-los, administrando o relacionamento entre eles e a organização. 1.3 Instrumentos tradicionais de Relações Públicas Percebe-se, na definição de Simões (1995) acerca dos instrumentos de Relações Públicas, que estes são os métodos disponíveis e aproveitados pelo profissional para exercer as atividades de Relações Públicas, objetivando a conquista de seus objetivos: Compreendem-se como instrumentos ou técnicas de Relações Públicas todos os recursos utilizados administrativamente como pertencentes à função de Relações Públicas e, como tal, variáveis intervenientes no processo do sistema social organização-público que servem para controlálo. Deve-se ressaltar que tal controle é para o benefício do sistema, segundo princípios éticos. (Simões, 1995: 159). Simões (1995: 159) divide os instrumentos em dois segmentos, onde o primeiro deles abrange todas as políticas, normas e programas característicos de ações organizacionais, dificilmente originárias da área de Relações Públicas. O segundo segmento “constitui-se de todos os instrumentos criados para levar e, supostamente ao mesmo tempo, trazer informações elaboradas pelas partes envolvidas”. Simões (1995: 162) destaca os diferentes tipos de instrumentos quanto ao fluxo de informação: instrumentos mistos, de saída e de entrada. O autor entende como instrumento misto aqueles que “permitem o intercâmbio de informações através de um mesmo canal”. Em relação aos instrumentos de saída, Simões (1995: 171) entende que “são aqueles que podem servir de veículos de informação da organização aos públicos”, enumerando as políticas e normas, os produtos e serviços, a identidade organizacional, a marca, a propaganda institucional e comercial, o balanço financeiro e social, os informativos, os brindes, o patrocínio e as correspondências, como exemplos de instrumentos de saída. Conforme Simões (1995: 182), os instrumentos que trazem, para análise, a informação para junto do setor de Relações Públicas é chamado de Instrumentos de Saída: Após este processo (trazer a informação para junto do setor de Relações Públicas), garantem a chegada da informação ao poder de decisão organizacional (...) criaram um elemento centralizador de todas as entradas de informação: um centro de informação. O autor coloca como exemplos de instrumentos de saída: pesquisas e levantamentos de expectativas, atitudes e opinião, clipping, relatórios, caixa de sugestões, ombudsman, auditoria social e reclamações. O profissional de Relações Públicas, na gestão de relacionamento do sistema organização-públicos, usufrui destes instrumentos para exercer sua atividade. Com o crescente avanço das tecnologias de informação, a criatividade do profissional proporciona o constante surgimento de novos instrumentos, entre eles, a Internet e suas ferramentas. Este capítulo teve como objetivo explicitar os conceitos e atividades de Relações Públicas, conhecendo os públicos envolvidos no processo organizacional e os instrumentos tradicionais utilizados para administrar o sistema organizaçãopúblicos. Para melhor compreensão da usabilidade das ferramentas da Internet com propósito de Relações Públicas, o próximo capítulo abordará o histórico e evolução da Internet e suas ferramentas atuais. A INTERNET 2.1 Histórico e evolução da Internet A conectividade entre computadores teve seu princípio durante a Guerra Fria. Em 1957, a antiga URSS colocou em órbita o seu primeiro satélite espacial artificial, o Sputnik. Quatro meses depois, em resposta à iniciativa soviética, o presidente norte-americano Dwight Eisenhower anunciou a criação da Advanced Research Projetcs Agency (ARPA), ligada do Departamento de Defesa. Sua missão era pesquisar e desenvolver alta tecnologia para aplicações militares. A Rand Corporation, empresa de consultoria para a indústria e governo americano, foi contratada em 1964 para auxiliar na solução de problemas decorrentes desta conectividade inicial de computadores. Através de uma série de estudos, chamados de “Sistemas Distribuídos”, a consultoria sugeriu a criação de um sistema de comunicação não-hierárquico, em substituição ao sistema tradicional. Com isso, seriam implementadas redes de comutação por pacotes, garantindo que o controle e o comando dos Estados Unidos pudessem sobreviver no caso de um ataque nuclear maciço, mesmo que este destruísse o Pentágono. O sistema tradicional de comunicação hierárquica é constituído de um elemento central, servindo como chefe do comando e do controle de todas as ações empreendidas. Caso este centro fosse destruído, a comunicação do sistema estaria arruinada, fazendo com que todo o sistema parasse de funcionar. O estudo da Rand Corporation subsidiou a ARPA no primeiro plano real de uma rede de comutação de pacotes, sem a necessidade de um elemento central. Posto em prática em 1969, surgiu assim rede chamada Arpanet, o embrião que deu origem à maior rede de comunicação do planeta Sua única finalidade inicial foi atender às demandas do Departamento de Defesa americano (DOD). A estrutura implementada permitia que todos os pontos (computadores conectados à rede) tivessem o mesmo status e o mesmo alcance. Os dados transcorreriam em qualquer sentido, em rotas intercambiáveis e inter-relacionadas. Durante a década de 70, as universidades começaram a estabelecer conexões com a Arpanet, formando assim as primeiras comunidades virtuais. Neste período, foram concebidos os principais protocolos e códigos de funcionamento da rede. O ano de 1988 pode ser considerado o momento zero da Internet no país. A iniciativa pioneira de buscar acesso à rede coube à Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (Fapesp), ligada à Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia. Em 1990, a Internet passou a contar com o World, primeiro provedor de acesso comercial do mundo, permitindo então que usuários comuns alcancem a grande rede via telefone. Neste mesmo ano, o desenvolvimento da World Wide Web (www), pelo engenheiro britânico Tim Bernes-Lee, acrescentou um novo aspecto gráfico à Internet, possibilitando que usuários leigos pudessem compartilhar informações através de websites, e-mails e outras formas que serão abordadas mais adiante. Durante os anos 90, a rede experimentou um gigantesco crescimento de uso e de aceitação, através da criação constante de websites, possibilitando a troca de informações de modo instantâneo. O uso do e-mail se estendeu das universidades para as pessoas em geral. Em 1992, o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), com sede no Rio de Janeiro, firmou um convênio com a Associação para o Progresso das Comunicações (APC), dando espaço às Organizações Não-Governamentais (ONGs) brasileiras na Rede Mundial. Em maio de 1995, com a publicação de uma portaria conjunta do Ministério das Comunicações e do Ministério da Ciência e Tecnologia, foi criada a figura do provedor de acesso à rede privada, liberando a operação comercial via Internet no Brasil. Desta forma, as empresas comerciais e instituições financeiras do Brasil aderiram ao uso da rede, possibilitando a usuários o compartilhamento de informações de interesse. A rede tornou-se um importante meio de comunicação com capacidade para difusão massiva e instantânea de informação. A evolução e sua adesão aconteceram de forma muito mais rápida que os demais meios de comunicação tradicionais. Conforme Pinho (2003), a imprensa teve seu tempo de aceitação estimado em quatrocentos anos, o telefone em setenta, o rádio em vinte e a televisão em vinte e cinco anos. Estes longos períodos são atribuídos aos custos e dificuldades tecnológicas apresentadas ao longo da história destes meios. Porém, a Internet, assim como a conhecemos hoje, levou apenas sete anos para ser aceita pela sociedade. A partir deste novo recurso multimídia disponível, passou-se então a contar com novas possibilidades de comunicação. Em 1999, as estatísticas indicavam que cerca de 250 mil servidores de acesso estavam em atividade no Brasil. Nesta ocasião, muitos deles conectavam outras centenas de instituições. Apenas a máquina da Fapesp - a eu.ansp.br agregava mais de 700 entidades de pesquisa, ensino, organizações governamentais e não-governamentais. Segundo Pinho (2000), a estimativa de usuários no Brasil ultrapassará a faixa de dezoito milhões de internautas até o final do ano de 2003. Nenhum estudo minucioso foi capaz de sugerir com exatidão para qual futuro está caminhando a rede. Estima-se que ultrapassa a marca de dez mil novos websites e usuários por dia no mundo todo. Pinho (2000) coloca muito bem, a dimensão tendenciosa para a qual a Internet está caminhando: A velocidade de crescimento e a diversificação da rede mundial dificultam qualquer previsão dos rumos que ela deverá tomar, embora seja possível identificar algumas tendências e mesmo obstáculos para seu efetivo alcance. A primeira tendência é a de transformar-se efetivamente na decantada super-estrada da informação, caso sejam melhoradas as taxas de transmissão de dados. A segunda é a Internet constituir-se no principal meio para transações comerciais, como pode ser observado pelo crescente aumento do volume de vendas on-line de produtos e serviços no mercado norte-americano e, em menor grau, no Brasil. (...) a terceira tendência é considerar a Internet como um novo e revolucionário meio de comunicação. (34-35) Embora não se pode confirmar, a rede mundial, através de seus usuários, continuará sua expansão, ganhando novas ferramentas e utilidades. É possível que sua velocidade de transmissão de dados seja aumentada, assim como a participação da comunidade em geral nas atividades on-line. 2.2 Ferramentas da Internet A Internet, com o passar dos anos, foi se configurando para oferecer aos seus usuários as mais variadas ferramentas de uso. Pinho (2000) enumerou oito ferramentas distintas que possibilitam maior interação: File Transfer Protocol (FTP), Telnet, Usenet, Internet Relay Chat, correio eletrônico (e-mail), listas de discussão (ou de distribuição), I Seek You (ICQ), World Wide Web (WWW), rede local Intranet e rede de longo alcance Extranet. • File Transfer Protocol O File Transfer Protocol (protocolo de transferência de arquivos), trata-se do meio pelo qual os usuários da Internet podem compartilhar e transferir arquivos de um computador para outro. Um computador, chamado de hosting (hospedeiro), armazena os arquivos e permite que outros usuários tenham acesso a estes dados. O FTP pode ser de uso público ou privado. Seu acesso é realizado por programas chamados de clientes de FTP. • Telnet A segunda ferramenta, chamada Telnet, permite ao computador do usuário desempenhar um papel de terminal, possibilitando que interaja com qualquer outro computador conectado à Internet. De uso mais industrial, faz com que possamos controlar as operações de um microcomputador que esteja do outro lado do mundo, desde que conectado à rede. • Usenet A Usenet, também chamada de newsgroups (grupos de notícias), consiste numa rede de usuários com interesses comuns buscando o mesmo tipo de notícia ou informação. Cada um contribui com suas mensagens e respostas em relação às dúvidas de outros usuários. Os grupos de notícias são divididos em categorias separadas de acordo com o conteúdo abordado em cada grupo. • A Internet Relay Chat quarta ferramenta, Internet Relay Chat, permite aos internautas conversarem entre si em tempo real (de forma instantânea). Após enviar a mensagem, o destinatário recebe a mensagem em poucos segundos. O Chat possibilita a participação de dezenas de usuários simultaneamente. As salas de bate-papo são separadas por assunto, formando assim verdadeiras conferências on-line. (Pinho, 2000). • Correio Eletrônico O correio eletrônico (e-mail), talvez seja hoje uma das ferramentas mais usadas entre os usuários da rede mundial. Sua funcionalidade se dá nos mesmos moldes do correio tradicional. Os usuários podem trocar mensagens através do uso de servidores de caixas postais. Por exemplo, de posse do endereço eletrônico de uma empresa, o cliente poderá contatá-la via e-mail a fim de obter suporte. Assim que um funcionário da empresa abrir a caixa postal e responder a questão, o cliente receberá de volta uma posição da organização. O uso do e-mail nas empresas aumentou consideravelmente nos últimos anos. Deixou de ser uma ferramenta opcional de aumento de produtividade para se transformar numa ferramenta simplesmente obrigatória para as atividades empresariais (Pinho, 2000). • Listas de discussão A combinação do correio eletrônico com grupos de notícias resultou na sexta ferramenta da Internet: mailing list (listas de discussão). Semelhante aos newsgrups, permitem interação entre usuários, porém utilizando o endereço eletrônico de cada participante. Ao contrário dos grupos de notícias, as listas de discussão distribuem as mensagens enviadas pelos participantes para os endereços eletrônicos dos demais assinantes da lista. • ICQ O ICQ (sigla de I Seek You – Procurando Você), criado em 1996 por quatro israelenses, permite interconectar usuários já previamente conectados à Internet. Consiste num programa, totalmente gratuito, com interface gráfica amigável e intuitiva. Dentre suas operações, destaca-se a possibilidade de usuários trocarem mensagens ou arquivos e participarem de salas de bate-papo sem necessidade de provedores de IRC (Pinho, 2000) Pinho (2000) afirma que o ICQ contava, em 1998, com vinte e cinco milhões de usuários registrados. Destes, onze milhões utilizam-no diariamente, e sua média de uso é duas horas e quarenta e cinco minutos a cada dia, contra a média de sete minutos que o internauta fica em um website. A partir da expansão do ICQ, surgiram inúmeros programas na rede com o mesmo propósito. Entre eles, o MSN Messenger e o Yahoo Messenger, possibilitando a conversa instantânea de usuários de qualquer lugar do mundo. • World Wide Web A oitava ferramenta, World Wide Web, também chamada simplesmente de Web, é o ambiente gráfico de protocolo próprio que permite a visualização, de forma multimídia, de arquivos hospedados em servidores conectados à Internet. Conforme explica Pinho (2000), da mesma forma que o e-mail, sua aceitação, e principalmente utilização, foi aprovada pelos internautas, que podem desfrutar atualmente de inúmeros sites espalhados pelos computadores do mundo todo. Sua principal funcionalidade é transformar, através do uso de programas browsers, os arquivos armazenados no servidor em um website informativo, podendo conter hipertextos, imagens, sons e vídeos, além de possibilitarem interação entre os usuários e destes com as diversas páginas do site. O uso acelerado do sistema Web produziu efeitos nos browsers, que permitem que sejam acessados os sites através dos protocolos da WWW. Assim, estes programas, geralmente gratuitos, estão cada vez mais se adaptando ao estilo de cada usuário, facilitando ainda mais a interação da Web. A nova tendência dos programas e sistemas em criação nas empresas e corporações é terem os browsers como a sua principal forma de acesso. As grandes empresas de software desenvolvem interfaces Web para as suas aplicações com o objetivo de permitir a capacidade de executar toda e qualquer função por meio de navegadores. Com isso, os programas de navegação devem tornar-se cada vez mais complexos e oferecer aos usuários uma ampla variedade de recursos para o acesso à quase totalidade das informações e dos serviços proporcionados pela rede mundial. (Pinho, 2000: 66) A crescente sofisticação da Web fez surgir sites oferecendo os mais variados serviços relativos a sua própria existência, contribuindo na adesão de usuários à Internet. Os mecanismos de buscas foram criados para facilitar a busca de sites de interesse do usuário. Os serviços grátis para hospedagem de páginas facilitaram o surgimento de milhares de sites na Internet. E, por fim, a criação comercial de domínios contribuíram para aumentar o número de adeptos da Web em relação às outras ferramentas da rede mundial. Atualmente, os websites, através do avanço tecnológico da Web, oferecem formas de utilizar as diversas ferramentas da Internet em seu próprio ambiente gráfico. Através de um site, o usuário pode transferir e armazenar arquivos, ler emails, participar de grupos de notícias e listas de discussão, conversar num Chat ou num sistema de conversação instantânea, como o ICQ. Para participar de um Chat, por exemplo, o usuário pode utilizar a ferramenta WWW, acessando um site de conteúdo e entrando no link correspondente ao Chat. Desta maneira, não se faz necessário o uso de Internet Relay Chat para conversar com outras pessoas na rede. Da mesma maneira, as mensagens postadas nos grupos de notícias podem ser visualizadas a partir de sites, que oferecem, atualmente, fóruns de discussão aos internautas baseados na ferramenta de newsgroups. Usando os mesmos protocolos da Web, a Intranet e a Extranet são ferramentas de redes locais e de longo alcance, respectivamente. Foram constituídas para interligar os computadores dos públicos internos de uma organização e desta com seus públicos externos. • Intranet A Intranet possibilita a interligação de todos computadores de diferentes departamentos de uma organização. Operando com protocolo Web, portanto, através de páginas Web, as intranets permitem aos usuários executar todas as ações oferecidas pelos websites, como navegar em hipertextos, visualizar imagens, participar de salas de bate-papo e grupos de notícias, entre outras. • Extranet Conforme explica Pinho (2003: 26), “as Extranets são redes de longo alcance exclusivas aos parceiros de negócios das organizações”. Ao contrário das Intranets, dirigidas ao público interno, a Extranet estende-se aos públicos geograficamente distantes da empresa, porém de grande interesse da organização. Operando também no ambiente gráfico World Wide Web, as extranets possuem todas as ferramentas disponíveis em qualquer site da rede mundial. Assim como a intranet, a extranet é controlada por senhas de acesso, que dão permissão de uso somente às pessoas previamente autorizadas pela organização. Considerando estas ferramentas as principais e mais utilizadas da rede, o profissional de Relações Públicas que dominá-las poderá tomar vantagem competitiva em relação aos demais profissionais que não possuem intimidade com a Internet. Porém, devido ao constante avanço tecnológico da Internet, surgirão cada dia novas ferramentas, cabendo aos profissionais se atualizarem periodicamente. 2.3 A Internet atuando como meio de comunicação Qualquer site hospedado na Internet pode ser acessado, em poucos segundos, de qualquer parte do mundo. Assim, os limites físicos não existem na rede. Todos os usuários possuem o mesmo status, garantido pelo protocolo TCP/IP. Porém o interesse dos usuários é diferente, cada um buscando para si o que for de sua apreciação. Desta maneira, a segmentação da Internet se dá pelos interesses de cada usuário, independentemente de sua nacionalidade, localidade ou posição sócio-econômica-cultural. Segundo Hagel III e Armstrong (1999), os usuários em busca do mesmo interesse na rede formam uma comunidade virtual constituída de pessoas que se inter-relacionam através da própria Internet. Geralmente, são formadas a partir dos conteúdos oferecidos pelos websites. Em se tratando de Relações Públicas, que utilizam os mais variados instrumentos de comunicação para relacionar-se com seus públicos, as organizações formam também suas comunidades virtuais. Este conceito é explicado por Hagel III e Armstrong (1999: 8): As comunidades virtuais terão um papel essencial nesse processo (de comunicação), organizando e orquestrando as capacidades de informação e transação que irão permitir aos usuários extrair cada vez mais valor dos fornecedores com os quais interajam. Em essência, as comunidades virtuais atuarão como agentes para seus integrantes, ajudando-os a obter maiores informações sobre produtos e serviços dos fornecedores, ao mesmo tempo em que atenderão a uma vasta gama de necessidades sociais de comunicação. Esta abordagem fica clara com as interpretações do estudo de Hagel III e Armstrong (1999), que explicam como funciona a formação de uma comunidade virtual de uma organização, e no que ela implica: (...) as organizações podem construir novos e mais profundos relacionamentos com esses clientes. Acreditamos que o sucesso organizacional na arena on-line será atingido por aqueles que organizarem comunidades virtuais que atendam a múltiplas finalidades sociais e comerciais. Criando comunidades virtuais sólidas, as empresas conseguirão formar um bom público voltado para seus interesses. (18) O crescimento comercial desenvolvido na Internet, nos últimos anos, está resultando no surgimento de novas comunidades virtuais. Com isso, a rede mundial tem deixado de ser apenas uma opção complementar para a divulgação de produtos e serviços, para transformar-se em uma importante alternativa para comunicação. Grande parte dos jornais tradicionais apresenta, atualmente, sua versão eletrônica. Os principais jornais brasileiros já estão na rede: O Globo (http://oglobo.globo.com), Folha de São Paulo (http://www.uol.com.br/fs), Estado de Minas (http://www.estaminas.com.br), Zero Hora (http://www.clicrbs.com.br), O Estado de São Paulo (http://www.estado.estadao.com.br), entre outros. Assim como os jornais, as revistas, as emissoras televisivas e as estações de rádio também estão representados na rede. Através de uma simples pesquisa no mecanismo de busca Google (http://www.google.com), verifica-se inúmeros endereços de sites: Revista Veja On-line (http://vejaonline.abril.com.br), Super Interessante On-line (http://super.abril.com.br) (http://www.zaz.com.br/istoe), entre outros. e Istoé On-line Além desta adesão à nova mídia, surgem a cada dia novos provedores de conteúdo na Internet, também chamados de portais. Geralmente apresentam inúmeras atividades relacionadas à rede, como acesso à Internet, endereço de correio eletrônico e FTP para armazenamento e transferência de arquivos, além de hospedarem os sites dos usuários. Muitas emissoras de televisão aderiram à Internet através dos portais de conteúdo, como foi o caso da TV Globo (http://www.globo.com) e do SBT (http://www.sbtonline.com.br). Além dos serviços referentes à Web, muitos portais funcionam como um centro de informação global, com notícias sobre diversas áreas e localidades. Talvez o mais conhecido dos portais de conteúdo seja o Universo On-line (http://www.uol.com.br), que conta hoje com dezenas de serviços, como classificados, jornais e revistas eletrônicas, Chat, mecanismos de buscas, informações e notícias de variadas áreas, etc. A demanda de informações na rede é muito grande, e cada vez mais faz-se necessário o uso de especialistas em clipagem eletrônica para fornecer as notícias precisas que circulam diariamente na rede. Consultorias de comunicação estão cada vez mais especializadas nesta garimpagem de conteúdo, a fim de poupar tempo das empresas na busca das informações. Percebe-se, assim, o surgimento de um novo meio de comunicação, totalmente interativo e de longo alcance. Segundo estudo de Pinho (2000), a Web, ambiente multimídia da Internet, apresenta vantagens exclusivas em relação aos meios de comunicação tradicionais – televisão, rádio, cinema, jornal e revista: Novo e emergente veículo de comunicação, a Web pode ser considerada relativamente pouco dispendiosa e rápida, transferindo a mensagem, com som, cor e movimento, para qualquer parte do mundo, a uma fração do custo de muitas outras mídias. (...) A presença de grandes organizações na Web reflete a crescente importância desse novo meio e o reconhecimento dos seus benefícios para a comunicação como um todo. Pinho (2000) afirma ainda que nenhum outro meio de comunicação proporciona a grande vantagem da Web, a interatividade. Nenhum outro permite que o agente da comunicação “clique” e navegue em hipertextos. Uma das grandes vantagens trazidas pela Web são as redes locais e de longo alcance. Através dos protocolos da Internet, estas redes adotaram o mesmo funcionamento da Web, a ferramenta mais interativa da Internet. A Intranet começou como uma interligação de computadores do ambiente interno das organizações e atualmente desempenha o papel da Comunicação Dirigida Interna das organizações. Entre suas finalidades, destaca-se o rompimento do espaço físico entre todos os departamentos organizacionais, proporcionando uma interatividade e integração nunca experimentada antes, conforme destacam Sherwin & Avila (apud Pinho, 2003: 24): As organizações reconhecem vantagens no uso das intranets sobre as tradicionais comunicações que empregam o suporte papel, destacando-se: maior segurança, maior largura de banda, melhoria nas comunicações internas, atualidade das informações, redução dos curtos de distribuição e maior participação. A Extranet (Pinho, 2003) facilita a interação entre o público externo de interesses e a organização. Após uma análise dos objetivos da rede externa, o ambiente Extranet pode facilitar a efetividade do planejamento comunicacional externo da empresa. Os consumidores já estão amparados com o website da organização. Ou seja, somados à Intranet e Extranet, atualmente é possível atender a todos os públicos envolvidos no processo de comunicação organizacional, desde, obviamente, que possuam acesso à rede. Conforme destaca Chleboa (1999: 24), a Internet se transformou no mais novo meio de comunicação existente: A Internet veio para ser um novo meio de comunicação, interagindo pessoas, empresas, clientes e fornecedores do mundo inteiro. É um recurso único para a obtenção rápida de grandes volumes de informação. Os principais benefícios da Internet são: dar acesso a páginas de informação localizadas em qualquer lugar do mundo, com possibilidade de entrada de dados; permitir o envio e o recebimento de mensagens e arquivos (...). A rede interliga milhões de computadores no mundo todo. Algumas redes são administradas por organismos governamentais, outras por universidades e outras por empresas comerciais. Desta maneira, podemos perceber que o uso da Internet não ficou restrito apenas a pessoas ligadas à informática, mas sim a pessoas que, através da informática, pretendem se interligar a outras pessoas que, assim por diante, interligar-se-ão com mais outras pessoas. Entretanto, apesar de ser reconhecida por alguns autores como meio de comunicação, muitas organizações não utilizam todo o potencial de comunicação da Internet. Pinho (2000) destaca, em estudos realizados, que diversas empresas ainda não possuem um site na Internet, e o uso do e-mail não é aproveitado como canal de comunicação. Porém, existem sinalizadores de que as organizações, notadamente aquelas com elevado grau de comunicação externa e interna, estão procurando utilizar a Internet como um meio de divulgação tão importante quanto as mídias tradicionais, seja pelos custos reduzidos ou pela capacidade de alcance da Internet. Daí provém a necessidade de aproveitamento e direcionamento da Comunicação na Internet, através dos instrumentos de Relações Públicas. Como na comunicação tradicional, conhecer os públicos, diferenciando e segmentando-os, é o ponto de partida para uma boa comunicação organizacional. RELAÇÕES PÚBLICAS VIA INTERNET 3.1 O profissional de Relações Públicas atuando via Internet As características próprias da Internet podem beneficiar as atividades de Relações Públicas. Com o objetivo de administrar as estratégias do relacionamento da organização com seus diversos públicos, o profissional de Relações Públicas podem usufruir a rede em vários aspectos: Os benefícios que a Internet pode trazer para os programas e para as estratégias de Relações Públicas decorrem, principalmente, de características e aspectos próprios. Entre eles, sua condição de mídia de massa e de ferramenta para a comunicação com a imprensa, a sua capacidade de localização do público-alvo, a presença em tempo integral, a eliminação das barreiras geográficas e as facilidades que permite para a busca da informação e administração da comunicação em situações de crise. (Pinho, 2003: 33). Pinho (2003: 35) considera a Internet “como uma mídia de massa”, que deve ser estudada pelo profissional antes de executar ações via rede mundial: A Internet é uma mídia com características distintas das apresentadas pelos meios de comunicação tradicionais. A presença da organização na Internet, sobretudo por meio de seu site na Web, deve ser explorada para oferecer conteúdos que tanto sejam de interesse de seus públicos como contribuam de maneira decisiva para atingir objetivos específicos de Relações Públicas. Atualmente, com uma capacidade de alcance mundial, a audiência da Internet está cada vez mais alta. Desta forma, um site na Web oferece acesso aos diversos públicos organizacionais presentes na rede. Assim, as informações sobre a empresa estarão disponíveis para todos que tiverem acesso à Internet. Amparados pelas modernas tecnologias, os websites oferecem hoje em dia um verdadeiro showroom da organização, contendo desde informações institucionais, navegação e enquetes sobre produtos, atendimento on-line e central do consumidor, até outras ferramentas para o relacionamento com os públicos. Este esforço tecnológico alcançado pelos sites é recompensado pela facilidade de localização do público-alvo através da rede. A quantidade de informação é tão grande que a tendência verificada na comunidade da rede mundial “é por si mesma organizar-se hierarquicamente em categorias distintas, divididas por interesses em comum” (Sherwin e Avila apud Pinho, 2003: 35). Este agrupamento natural facilita o trabalho das Relações Públicas em encontrar o público-alvo da organização: A localização de públicos-alvo na Internet é bastante facilitada pela segmentação de audiência. Mensagens de correio eletrônico podem ser mandadas a jornalistas e públicos com interesses comuns e específicos. Já as listas de discussão e os newsgroups estão divididos e organizados por determinados assuntos e tópicos. Por sua vez, os sites na Web contém um vasto conjunto de informações sobre dado assunto, bem como seus hipertextos ligam-se a outros sites de interesse direto ou aproximado. (Pinho, 2003: 35). Estes públicos, depois de identificados, têm a facilidade de visitar a organização, de forma on-line, no horário em que for apropriado. O site na Web, assim como o e-mail e as demais ferramentas da Internet, está disponível vinte e quatro horas por dia. A presença integral proporcionada pela rede, combinada com a facilidade de buscar informações e com o alcance global permitido, faz com que “inúmeras barreiras de comunicação enfrentadas hoje têm sido quebradas pela Internet” (Pinho, 2000: 36). As características próprias da Internet fazem dela um campo extenso de atuação de Relações Públicas. Por se tratar de um meio interativo, tanto as organizações como os públicos, em especial os clientes, são beneficiados pela rede. Os benefícios das comunidades virtuais revertem tanto para o cliente como para o fornecedor. Os benefícios para os clientes vêm da própria característica que define uma comunidade virtual. Os benefícios para os fornecedores relacionam-se às novas oportunidades de expansão dos respectivos mercados. (Hagel III e Armstrong, 1999: 8). Segundo Hagel III e Armstrong (1999: 13) o profissional de Relações Públicas, para usar corretamente as ferramentas da Internet como instrumentos de comunicação, deve “eliminar o abismo profundo entre a maneira pela qual os negócios tradicionais são administrados” e preparar-se para se deparar com um novo meio, conhecendo a maneira que as “comunidades virtuais serão formadas e administradas”. Assim, como qualquer outro profissional, o de Relações Públicas deve adaptar-se ao novo meio digital, conhecendo-o profundamente e elaborando planos de ação que condizem com as características da rede mundial. 3.2 Utilizando as ferramentas da Internet com o propósito de Relações Públicas A Internet é uma tecnologia emergente no mundo inteiro, com ferramentas próprias e distintas uma das outras. Conhecer a aplicação de cada uma delas, e o seu uso com propósito de Relações Públicas, pode tornar um profissional mais qualificado que outro. Assim, para que possa exercer plenamente suas atividades neste contexto moderno de comunicação, o profissional de Relações Públicas deve estar preparado para utilizar as ferramentas da Internet auxiliando-o no seu trabalho. • Correio Eletrônico (e-mail) Utilizando o e-mail com o propósito de Relações Públicas, podem-se alcançar os mais diversos públicos de interesse com uma comunidade direta, pessoa a pessoa. No caso das relações com a mídia, o e-mail pode ser empregado pelo profissional de Relações Públicas para o envio de press releases e newsletters eletrônicas (Pinho, 2003). Percebemos, através da literatura de Pinho (2003), que as vantagens oferecidas pelo e-mail dependem de seu uso responsável e funcionam melhor se ele for enviado às pessoas com as quais já foi mantido um contato anterior ou que concordaram previamente em recebê-lo. Pinho (2003: 46) destaca a maximização do uso do e-mail: O correio eletrônico pode ser usado na comunicação pessoal com variados propósitos, que vão desde alimentar um relacionamento com um repórter até se engajar em uma delicada negociação com o representante de um grupo ativista. Um e-mail pode informar os mais diversos públicos sobre atualizações no site da Web da companhia, divulgar aos prospects o lançamento de um novo produto ou mesmo comunicar aos consumidores e clientes os melhoramentos realizados em determinado produto. O serviço de atendimento ao consumidor pode ter no e-mail um dos melhores instrumentos para promover relações com os clientes da empresa. Assim, podem evitar ligações telefônicas extensas e a demora de espera enfrentada algumas vezes pelo cliente ao contatar os canais de comunicação tradicionais da organização, como o call center e até mesmo cartas. O e-mail é um recurso de comunicação tão eficiente, simples e rápido que muitos profissionais de Relações Públicas estão deixando de lado os contatos por telefone para utilizar cada vez mais essa nova ferramenta (Pinho, 2003: 47). O correto uso do e-mail pode ser percebido pela habilidade de escrever, presença de informação nas mensagens, textos personalizados e palavras que expressam com exatidão o pensamento do redator (Pinho, 2003). Em relação à imprensa, o profissional de Relações Públicas deve obedecer algumas regras para o envio de press releases. Sherwin & Avila (apud Pinho, 2003: 52-53) definem estas regras de acordo com o conteúdo das mensagens e o conhecimento do redator: Saiba o que é notícia: nem todo novo contratado de sua organização é motivo para um press release. (...) Cuidado com a gramática e a ortografia. (...) Conheça os prazos de fechamento dos editores. As revistas geralmente têm o material preparado cerca de dois a quatro meses antes da data de publicação. (...) Não incomode os repórteres e editores com cobrança. (...) Mantenha sua lista de endereços atualizada. (...) Nunca mande mais de uma cópia do mesmo release para ninguém. Cheque e recheque seu mailing list para verificar se existem repetições. Para reforçar ainda mais a construção de relacionamentos, o e-mail deve ser utilizado também para envio de newsletters. A Internet é vantajosa para este fim, “permitindo que a newsletter seja visualizada em qualquer computador que tenha conexão à rede” (Pinho, 2003: 55). • Usenet (Grupos de Notícias) e Mailing List (Listas de Discussão) Os grupos de notícias apresentam diversas oportunidades para que a organização estabeleça comunicação com públicos bastante específicos. Como os grupos de notícias são formados por pessoas que interagem sobre determinados assuntos em comum, a organização pode ser beneficiada pelo conhecimento das discussões via Usenet, através das concordâncias e divergências explícitas nas conversações dos usuários: Os grupos de notícia são também um local privilegiado para identificar e monitorar o que as pessoas dizem e pensam sobre empresas, produtos, serviços e marcas. Um caso exemplar aconteceu com a Intel em 1994. Tudo começou quando um professor de matemática da Virgínia, nos Estados Unidos, postou em um newsgroup sua descoberta de que o chip Pentium não conseguia efetuar cálculos com determinados números sem um pequeno erro. A notícia se espalhou na rede e a companhia, além de reagir tardiamente, entrou na discussão procurando subestimar a descoberta do professor. (Pinho, 2003: 66) Caso os grupos de notícias relacionados à informática estivessem sendo monitorados, o profissional de Relações Públicas da Intel poderia ter agido mais rapidamente, evitando que a notícia prejudicasse a imagem da empresa, ou ao menos minimizando os impactos causados pela descoberta da falha do chip. Por sua vez, as listas de discussão são formadas por grupos de pessoas que apresentam interesses comuns e estão altamente predispostas a estabelecer relacionamentos, formando assim “duas características que tornam esses públicos de grande importância para as Relações Públicas” (Pinho, 2003: 67). Além de identificar listas de discussão na Internet com interesses para a organização, as Relações Públicas podem utilizar-se de um mailing list próprio, formado, por exemplo, de jornalistas interessados em receber press releases ou consumidores esperando por promoções em produtos. • Internet Relay Chat, FTP e Telnet Em geral, as conversações nos canais de Chat têm um compromisso maior com o lazer e passatempo do que com informação. Seu uso, na maioria das vezes, é de esfera pessoal, ficando assim um pouco limitado ao uso de Relações Públicas. Porém, existem alguns poucos casos em que as áreas de Chat, tanto de IRC como de websites, podem ser uma ferramenta útil para as Relações Públicas: promover eventos interativos como uma entrevista com o presidente da empresa ou indicação de um especialista para participar de salas de bate papo com intuito de construir uma boa imagem da organização (Pinho, 2003). Os serviços de File Transfer Protocol, o FTP, são úteis para transferência de qualquer tipo de arquivo, como documentos, fotos, logotipos, informativos, etc. Seu uso com propósito de Relações Públicas foi definido por Pinho (2003: 77): Os sites FTP podem, por exemplo, dar acesso a arquivos com documentos que informem ou esclareçam a respeito de determinada posição da organização em face de políticas de comercialização ou questões ambientais. Empresas de previdência podem colocar à disposição de seus clientes planilhas que calculem o volume mensal de “x” anos, uma aposentadoria tranqüila. Ainda podem ser distribuídos softwares de jogos e de animações especialmente desenvolvidos para reforçar a identidade da marca corporativa ou da marca de produtos e serviços. O Telnet é mais indicado para consultas a grandes bases de dados e bibliotecas que são repositórios de informação sobre a maioria dos assuntos. Por esta razão, seu uso com propósito de Relações Públicas é limitado. • ICQ e Mensageiros Instantâneos Devido ao grande número de adeptos, os programas de envio e recebimento de mensagens eletrônicas, em especial o ICQ, permitem ao cliente obter atendimento on-line imediato da organização. O treinamento para organizar um departamento deste tipo é simples, realizado nos mesmos moldes do uso do e-mail. Muitas vezes, as pessoas demonstram impaciência para aguardar o retorno das mensagens via correio eletrônico ou sentem-se incomodadas em usar meios tradicionais de comunicação, como telefone e correio tradicional. Se bem planejado, o uso de programas mensageiros instantâneos, como o ICQ, facilitam o processo comunicacional entre a organização e seus públicos. • World Wide Web Os custos de formulação de um website são baixos, se comparados ao investimento necessário para uma organização abrir novas filiais. Os valores variam de acordo com o número de páginas e a tecnologia utilizada na construção do site. Atualmente, existem opções com investimento baixíssimo. A partir de trezentos e cinqüenta reais (http://www.raioz.com) é possível ter um endereço da Web. Os diferentes hostings existentes na Internet permitem hospedar um site gratuitamente (http://www.hpg.com.br) ou com tarifas baixas de dezenove reais e noventa centavos (http://www.raiozhost.com.br). Caso queira comprar um domínio na Web, a organização investirá sessenta reais no primeiro ano e posteriormente trinta reais a cada ano (http://www.registro.br) Desta forma, para qualquer organização, é viável economicamente ter um site na Web, podendo assim, fazer Relações Públicas através da rede. O principal modo para isto acontecer, é com a utilização dos websites. Muitas pessoas conectam a rede em busca de informações sobre determinada instituição ou determinado produto. Um prova disso é o surgimento acelerado de sites na Internet. Pinho (2003) destaca os websites como ferramentas muito influentes e de grande utilidade para a execução de todas as funções e atividades de Relações Públicas. A web pode melhorar bastante o desempenho da organização na implementação de estratégias de comunicação e na administração do relacionamento da companhia com seus diversos públicos. A tecnologia alcançada pela Web permite a participação dos diversos públicos nas atividades e execuções de ações dentro do próprio site, como assistir a animações, ouvir arquivos de áudio, participar das conversações mantidas nos fóruns de discussão, complementar formulários e submeter dados. Holtz (apud Pinho, 2003: 88-89) identifica outras grandes vantagens da Web, em especial para as organizações que queiram estabelecer uma comunicação efetiva com seus públicos: A Web é rápida. Assim que você tem uma nova informação, ela pode ser divulgada. Não há espera; ao contrário, logo que a informação fica disponível ela estará no site esperando por aqueles que a procuram. A web não tem limitações de espaço. (...) A Web permite atender ao caráter nãolinear da comunicação. Uma página principal típica de um site pode ser planejada e desenhada para ajudar o navegante a puxar a informação de que ele precisa. (...) A Web oferece a oportunidade de estabelecer a comunicação e o marketing one-to-one. Permite coletar informação das pessoas que visitam o site por meio de formulários e enquetes que podem ser preenchidos on-line. Os sites na Internet existem por objetivos determinados pela organização. Tendo em vista a economia de tempo e dinheiro, devem ser muito bem planejados para atingir as metas pré-definidas, evitando refazer páginas ou até mesmo o site inteiro. Pinho (2003: 92-93) destaca os objetivos mais comuns almejados pelos websites desenvolvidos sob a ótica das Relações Públicas: • Oferecer informações detalhadas e atualizadas da empresa; • Criar o conhecimento dos produtos e serviços da empresa; • Gerar mailing lists dos prospects da empresa; • Aumentar os lucros da empresa pelas vendas dos produtos e serviços na rede; • Criar um novo canal de venda para os produtos e serviços da empresa; • Distribuir os produtos e serviços da empresa de modo mais rápido e mais flexível; • Aumentar o interesse do público para seus produtos e serviços e despertar a atenção dos formadores de opinião: imprensa, outras empresas, instituições e mesmo pessoas; • Posicionar a empresa de forma estratégica como organização de alta tecnologia e firmar uma imagem empresarial intimamente associada a tudo que a Web representa; • Oferecer serviços ao consumidor; • Abrir um novo canal de comunicação interativo com o consumidor; • Reduzir custos de venda, distribuição e promoção; • Desenvolver conexões com empresas e pessoas que possam influenciar o sucesso de seus negócios; • Encontrar novos parceiros em todo o mundo. Analisando os objetivos definidos pelo autor (Pinho, 2003), percebe-se o relacionamento com os públicos presente em diversos deles. A atenção dos formadores de opinião, incluindo a imprensa e o próprio mercado, também é destacado em sua análise. Vale lembrar que estes objetivos, em grande parte, têm sido alcançados pelas empresas que se preocupam em construir relacionamentos através da Internet. Por outro lado, os sites que não são bem planejados e não possuem objetivos definidos, podem acarretar em prejuízos para a organização: Muitos sites, lançados sem prévio conhecimento das necessidades do público-alvo, acabam oferecendo apenas informações e serviços irrelevantes e causam inevitáveis prejuízos à imagem e à reputação da empresa. (Pinho, 2003: 93) Desta forma, verifica-se a importância da organização utilizar o website com o propósito de Relações Públicas. Pinho (2003) ajuda a entender esta questão na medida em que sugere o uso do site em substituição ou auxílio de pesquisas de opinião pública, através do uso de enquetes interativas. Percebe-se, desta maneira, a importância que a ferramenta WWW pode proporcionar às estratégias de Relações Públicas definidas pela organização. 3.3 Relações Públicas através das redes Intranets e Extranets As redes privadas fornecidas pela tecnologia da Internet podem ser muito úteis pela sua própria natureza, de encurtar caminhos entre as pessoas. O surgimento das Intranets teve como objetivo principal propiciar o vai-e-vem da cadeira de informações internas das organizações. Em contrapartida, as Extranets surgiram para oferecer esta mesma dinâmica de comunicação ao público externo organizacional, aproximando a empresa de seus fornecedores, distribuidores, imprensa, entre outros públicos externos de interesse (Pinho, 2003). A Intranet faz a ligação entre todos os computadores internos da organização, conectando os departamentos e setores da empresa, de forma instantânea e interativa. Desta maneira, a comunicação interna, embora possa e deva estar presente também pelos métodos tradicionais de comunicação dirigida, ganha rapidez e robustez, através de recursos como hipertextos, publicações de notícias on-line (em substituição ao mural), clipagem eletrônica e propiciando maior interação entre os colaboradores. O desempenho positivo das redes internas depende do aprofundamento de suas características, buscando melhorias na comunicação dos colaboradores e departamentos da organização. Um funcionário pode obter informações de qualquer departamento em apenas alguns segundos, evitando muitas vezes a burocracia tradicional causada pelo uso de memorandos e solicitações via papel. Em muitas ocasiões, a Intranet é usada para realizar conferências on-line, agrupando os departamentos da empresa numa mesma sala de bate-papo. Este recurso torna-se útil para solucionar crises internas, fortalecer a comunicação integrada e formar um ambiente harmonioso de trabalho. Se bem administrada pelo profissional de Relações Públicas, as redes Intranets tornam-se fundamentais para o desenvolvimento organizacional, uma vez que poupam tempo e dinheiro, fazendo a empresa economizar com os custos de papel e tinta de impressora. A Extranet objetiva os mesmos resultados da Intranet, porém direcionando sua atuação ao público externo da organização. O conteúdo das redes de longo alcance pode ser personalizado. Em relação à imprensa, é interessante abrir espaço na Extranet para os releases e logotipos da empresa. Em se tratando dos distribuidores, a Extranet pode oferecer um maior controle sobre o estoque de produtos, evitando sua escassez na rede de revenda (Pinho, 2000). O acesso às redes externas pode ser nivelado, através de controle de senha. Desta forma, as Extranets podem alcançar objetivos distintos com cada público ao mesmo tempo. O profissional de Relações Públicas, através do diagnóstico da relação organização-públicos, pode detectar os assuntos de interesse de cada segmento de público, maximizando os resultados das redes externas. A informação prestada na Extranet deve atender as expectativas de sua audiência. Se os fornecedores da organização dependem de números específicos do estoque, seu nível de acesso deve permitir a visualização destas informações na tela do computador. Assim, o estreitamento da relação organização-públicos tornase possível e benéfica à atividade organizacional. Os benefícios trazidos às Relações Públicas através das redes privadas, certamente dependem da criatividade do profissional de comunicação da organização. Não há estudos quantitativos sobre estas vantagens. O que percebese é o aumento gradativo destas redes com propósito explícito de Relações Públicas. 3.4 Algumas barreiras no uso da Internet A Internet, considerando suas características próprias, pode apresentar algumas limitações no seu uso como instrumento de Relações Públicas. O profissional de comunicação que estiver disposto a utilizá-la no auxílio de suas estratégias, deve conhecer estas limitações para não ter suas ações prejudicadas. Tecnologia e meio de comunicação ainda em desenvolvimento, a Internet apresenta limitações e restrições que têm de ser conhecidas para evitar que as estratégias de Relações Públicas enfrentem reveses na implementação de ações e programas criados para a rede mundial. (Pinho, 2003: 38) Sherwin & Avila (apud Pinho, 2003: 38-42) enumeram oito deficiências e fraquezas da Internet, possibilitando melhor o conhecimento das limitações impostas pela rede mundial: • A Internet não substitui o papel, o telefone ou uma visita: As formas de abordagem mais pessoal aumentam consideravelmente a possibilidade de a pessoa ou suas mensagens serem lembradas. Nunca se pode usar o e-mail sem sinergia com outras formas tradicionais de comunicação, como o press release em papel, o telefonema ou uma visitação. • A Internet não pode alcançar todos os públicos Embora o número de adeptos da rede mundial tenha crescido aceleradamente, o número de pessoas sem conexão à Internet ainda é muito grande. No Brasil, por exemplo, dados consolidados em julho de 2001 indicam que os internautas chegam a onze milhões, representando por volta de 7% da população brasileira (Pinho, 2003: 39). Por conseguinte, o uso da Internet com propósito de Relações Públicas exige o pleno conhecimento de todos os públicos envolvidos no processo organizacional, a fim de mapeá-los de acordo com sua presença na rede. Esta premissa evita ações para públicos que não estejam conectados, evitando desperdício de tempo e dinheiro. • A Internet pode ser complicada para muitas pessoas Muitas pessoas, embora conectadas à rede, apresentam dificuldades no uso da Internet, como navegar nos hipertextos, fazer download de arquivos, enviar mensagens instantâneas ou por e-mail, utilizar os serviços oferecidos pelo ICQ, entre outras funções. Esta limitação está ligada diretamente ao conhecimento de cada usuário em relação às ferramentas da rede mundial. O profissional de Relações Públicas deve obter o maior número de dados disponíveis dos públicos organizacionais, a fim de facilitar o uso da Internet para as pessoas leigas em informática. • A Internet pode ser dispendiosa no início Embora os investimentos iniciais para desenvolver um website são relativamente baixos (abordado no capítulo 3.2), a realidade financeira de muitas empresas impede a adesão ao meio digital. Como as Relações Públicas estão a serviço das organizações, cuja existência se dá na busca de lucro (exceto organizações não governamentais ou sem fins lucrativos), as ações e programas de comunicação não podem acarretar em prejuízos financeiros. • A Internet requer esforços contínuos A organização deve estar preparada para efetuar atualizações no website, assim como nas redes intranet e extranet. Uma equipe deve ser formada e treinada, evitando o abandono destas ferramentas. O envio de e-mails, o suporte on-line oferecido, os preços de produtos e o conteúdo das páginas, podem requerer atualizações semanais e até diárias. • A Internet tem problemas de segurança A segurança não foi uma prioridade para o desenvolvimento dos protocolos da Internet, causando problemas de todas espécies com relação a segurança e privacidade na rede mundial. Um computador é um verdadeiro diário com as páginas abertas. A vida de uma pessoa pode ser conhecida checando os e-mails enviados e recebidos, bisbilhotando as fotos e os arquivos de sites que vão sendo armazenados pela memória dos programas de navegação. Quando uma informação é enviada pela Internet, ela passa por diversos computadores antes de atingir seu destino e está sujeita a ser visto por outros internautas (Pinho, 2003: 41). Atualmente, foram criadas maneiras de permitir que dados sejam transmitidos pela rede com segurança, embora sejam comuns ações ilegais de hackers e internautas mal-intencionados. Os servidores de hospedagem de páginas oferecem recursos de segurança para os sites, tornando impossível a visualização por terceiros das mensagens transitadas pelo website na Internet. “Criptografia é um dos recursos adotados para manter confidenciais e invioláveis as mensagens e informações que circulam na rede mundial” (Pinho, 2003: 41). • Todas as vozes na Internet têm a mesma força Por se tratar de um sistema de comunicação não-hierárquico, todos usuários possuem o mesmo status e alcance na rede. Qualquer mensagem, mesmo aquelas sem fundamento, podem ser lidas pelos internautas. A natureza não moderada da rede também facilita a propagação de boatos maldosos espalhados pelos usuários da Internet. Os profissionais de Relações Públicas devem empregar esforços para observar as comunidades virtuais, evitando que reclamações ou criticas infundadas influenciem negativamente a imagem da organização perante a opinião pública. • A Internet é um recurso limitado Embora seja uma tecnologia de ponta, a Internet oferece baixa taxa de transmissão de dados, se comparada à velocidade dos satélites de telecomunicações. Através de um modem de 56 bps (cinqüenta e seis mil bits por segundo), o tempo de transmissão de um arquivo de 10 megabytes pode chegar a duas horas, inviabilizando o envio de apresentações multimídia extensas, como imagens de alta resolução em conferências on-line. O profissional de Relações Públicas deve conhecer as condições de uso dos públicos organizacionais, possibilitando que os recursos oferecidos pela organização na Internet sejam adequados para cada público. Estas fraquezas e limitações abordadas neste tópico devem ser levadas em consideração para o desenvolvimento de qualquer ação ou programa de Relações Públicas. Por conseqüência, cabe ao profissional de Relações Públicas estudar exaustivamente as possibilidades e limitações impostas pela rede para maximizar os resultados pretendidos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Conhecendo profundamente as possibilidades oferecidas pela Internet e utilizando-as corretamente, o profissional de Relações Públicas pode beneficiar-se no alcance de seus objetivos. Com a responsabilidade de administrar as estratégias de relacionamento da organização com seus diversos públicos, o profissional de Relações Públicas pode usar a rede como uma aproximação eficiente da empresa com as pessoas direta ou indiretamente ligadas a ela. Nenhum outro meio de comunicação possui a essência prometida pela Internet: a interatividade. Neste contexto que o profissional de comunicação deve estar inserido. Todas ações on-line devem estar embasadas na interação proporcionada aos usuários da rede. As características próprias da Internet fazem dela um campo extenso de atuação de Relações Públicas. Utilizando o e-mail com propósito de Relações Públicas, estabelece-se um relacionamento mais íntimo com os diversos públicos de interesse da organização (Pinho, 2003). Os custos relativamente baixos para desenvolver um site na Internet, se comparados a publicidade em outras mídias, permite que as Relações Públicas adotem em suas estratégias a utilização da rede mundial e de suas diversas ferramentas em busca da harmonia social. Desta forma, planejando a adesão da Internet como meio de comunicação, o profissional de Relações Públicas tende a melhorar o desempenho organizacional na implantação das ações e dos programas de comunicação visando o relacionamento da instituição com seus diversos públicos. As Relações Públicas podem atingir alguns objetivos específicos com o uso da Internet como instrumento para promover a relação organização-públicos: oferecer informações detalhadas e atualizadas, criar o conhecimento dos produtos e serviços, gerar mala-direta para clientes e prospects, aumentar o interesse do público para seus produtos e serviços e despertar a atenção dos formadores de opinião (imprensa, outras empresas, instituições e mesmo pessoas), oferecendo serviços ao consumidor, através deste novo canal de comunicação (Pinho, 2003). Desta forma, verifica-se a importância da organização utilizar o website e as demais ferramentas da Internet com propósito de Relações Públicas, posicionando a empresa, de forma estratégica, como organização de alta tecnologia, firmando então uma imagem intimamente associada a tudo que a Web representa. As redes privadas fornecidas pela tecnologia da Internet podem ser muito úteis pela sua própria natureza, pois foram idealizadas a partir da idéia de comunicação organizacional. O desempenho destas redes depende do aprofundamento de uso das características proporcionadas. A Intranet inicialmente serviu de interligação de computadores do ambiente interno das organizações e atualmente desempenha o papel da comunicação dirigida interna das organizações adeptas ao uso da Internet. A Extranet objetiva os mesmos resultados da Intranet, porém direcionando sua atuação ao público externo da organização. O conteúdo das redes de longo alcance pode ser personalizado. O profissional de Relações Públicas detecta os assuntos de interesse de cada segmento de público, oferecendo conteúdo estratégico, em busca de maximizar os resultados das redes externas. Os benefícios trazidos às Relações Públicas através das redes privadas, certamente dependem da criatividade do profissional de comunicação da organização. Quanto maior for a interação e inovação disponibilizada, maior será seu impacto positivo no processo de comunicação integrada da empresa. Embora seja uma ferramenta imprescindível de comunicação, a Internet pode apresentar algumas limitações no seu uso como instrumento de Relações Públicas. Por este motivo, o profissional de comunicação deve ter o conhecimento destas limitações antes de implantar estratégias on-line para a organização. A maior dificuldade está em entender que a Internet não substituirá a comunicação escrita nem interpessoal. Talvez o ápice de sua eficiência esteja em conseguir compartilhar todas os meios de comunicação disponíveis em busca de melhores resultados para as instituições. Assim, o profissional de Relações Públicas que incluir em sua gama de instrumentos as ferramentas da Internet, conhecendo suas utilizações e limitações, pode estar dando um passo à frente na conquista dos seus objetivos REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE, Teobaldo de Souza Andrade. Para entender Relações Públicas. São Paulo: Luzir, 1962. BIBLIOTECA Central Irmão José Otão, Setor de Referência. Guia para Apresentação de Trabalhos Acadêmicos, Teses e Dissertações. Disponível em: http://www.pucrs.br/biblioteca. Acesso em: 17 mar. 2003. Segundo a NBR 14724: Trabalhos acadêmicos - Apresentação: ago. 2002. ______. Modelo de Referências. Disponível em: http://www.pucrs.br/biblioteca. Acesso em: 17 mar. 2003. Inclui referências conforme ABNT - NBR 6023: ago. 2002 e sugestões de referências não previstas na NBR 6023. BRUNER, Rick E. Marketing On-line: Estratégias, Melhores Práticas e Estudos de Casos. São Paulo: Futura, 2001. CHLEBA, Márcio. 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Advanced Research Projects Agency Network (Arpanet) – Rede de longa distância criada em 1969 pela Advanced Research Projects Agency (ARPA, atualmente Defense Advanced Projects Research Agency, ou Darpa) em consórcio com as principais universidades e centros de pesquisa dos Estados Unidos, com o objetivo específico de investigar a utilidade da comunicação de dados em alta velocidade para fins militares. É conhecida como a rede-mãe da Internet de hoje e foi colocada fora de operação em 1990. Aplicação – Programa que faz uso de serviços de rede como transferência de arquivos, login remoto e correio eletrônico. Arpa – Ver Advanced Research Projects Agency. Arpanet – Ver Advanced Research Projects Agency Network. Arquivo – Em computadores trabalha-se fundamentalmente com arquivos. Os dados são armazenados em arquivos e todos os aplicativos ou programas utilizados são armazenados em arquivos. A Internet, por sua vez, tem como uma de suas principais tarefas transportar arquivos de um lugar para outro. Audiência – 1. O porcentual de usuários que visualizaram uma página ou um banner em determinado período de tempo. 2. Pessoas atingidas pelos veículos de comunicação. Bate-papo – um programa de software interligado em rede que permite que diversos usuários realizem “conversações” em tempo real entre si digitando mensagens no teclado de seus respectivos computadores e enviado-as por uma rede local ou pela Internet. Bit – Dígitos binários, do inglês binary digits. Bit é a menor unidade de informação. Cada bit representa um 1 ou um 0. Bits – Ver Bit Bits por segundo (bps) – uma medida de taxa de transferência real de dados de uma linha de comunicação, como um modem, dada em bits por segundo. Variantes ou derivativos importantes incluem Kbps (igual a 1.000 bps) e Mbps (igual a 1.000.000 bps). Bps – Ver bits por segundo Browser – É um cliente para extração de informação em um servidor Web ou gopher. Termo normalmente aplicado aos programas que permitem navegar na World Wide Web, como o Mosaic, Internet Explorer e o Netscape. Tipicamente, browser é o programa em um computador pessoal que acessa, por meio de uma linha telefônica, um servidor (isto é, um programa que atende à demanda de clientes remotos) que contém informações de interesse amplo, nele permitindo visualizar e procurar texto, imagens, gráficos e sons, de maneira aleatória ou sistemática. Bytes – Uma medida de tamanho de arquivo eletrônico equivalente a 8 bits. Caixa postal – Para o ambiente virtual, as caixas postais podem ser arquivos, diretórios ou uma área de espaço em disco rígido usados para armazenar mensagens de correio eletrônico. Call Center – Centro de atendimento ou suporte telefônico. Chat – Ver bate-papo Ciberespaço – 1. O conjunto de computadores, serviços e atividades que constituem a rede mundial Internet. 2. Mundo virtual, onde transitam as mais diferentes formas de informação e as pessoas (sociedade da informação) se relacionam virtualmente, por meios eletrônicos. 3. Termo cunhado em analogia com o espaço sideral explorado pelos astronautas, atribuindo-se sua invenção ao escritor de ficção científica William Gibson no romance Neuromance. Cliente – no contexto cliente/servidor, cliente é um programa que pede determinado serviço (como a transferência de um arquivo) a um servidor, outro programa ou computador. O cliente e o servidor podem estar em duas máquinas diferentes, sendo esta a realidade para a maior parte das aplicações que usam esse tipo de interação. É um processo ou programa que requisita serviços a um servidor. Conexão – ligação de um computador a outro computador remoto. Conteúdo – A soma do texto, figuras, dados ou outras informações apresentadas por um site da Web. Correio eletrônico – 1. Correio transmitido e recebido diretamente pelo computador, por meio0de um endereço Internet. Uma carta eletrônica contém texto (como qualquer outra carta) e eventualmente pode ter um ou mais arquivos anexados. 2. Um meio de comunicação que se baseia no envio e na recepção de textos, chamados de mensagens, por meio de uma rede de computadores. Criptografia – A técnica de converter (cifrar) uma mensagem ou mesmo um arquivo empregando um código secreto. Com o propósito de segurança, as informações nele não podem ser usadas ou lidas até serem decodificadas. A criptografia está disponível em duas formas: criptografia de software, amplamente utilizada apenas para instalar, e a criptografia de microchip, mais difícil de instalar, mas também mais rápida e mais difícil de decodificar. Domínio – Ver Nome de domínio Download – fazer o download de um arquivo é transferir o arquivo de um computador remoto para seu próprio computador (o arquivo recebido é gravado em disco no computador local), usando qualquer protocolo de comunicação. O computador de onde os dados são copiados é subentendido como “maior” ou “superior” segundo algum critério hierárquico, enquanto o computador para o qual os dados são copiados é subentendido como “menor” ou “inferior” na hierarquia. O sentido literal é, portando, “puxar para baixo”. E-mail – Ver Correio Eletrônico Extranet – uma rede baseada na tecnologia Internet que liga uma organização com seus principais públicos, como fornecedores, revendedores e distribuidores. File Transfer Protocol (FTP) – designa o principal protocolo de transferência de arquivos usado na Internet, ou então um programa que usa esse protocolo. Um protocolo padrão da Internet utilizado para transferência de arquivos entre computadores obtidos nos hosts chamados sites FTP. FTP – Ver File Transfer Protocol Gateway – Ver Porta de comunicação Grupo de discussão – Ver Grupo de Notícias Grupo de notícias – Em um grupo de notícia (ou newsgroups) escreve-se publicamente sobre o tema indicado pelo nome do grupo, estimando-se a existência de mais de 10 mil grupos ativos abrangendo praticamente todos os assuntos imagináveis. Hierarquia – Hierarquia de diretórios é o conjunto dos diretórios de determinado sistema de arquivos, que engloba a raiz e todos os subdiretórios. Os newsgroups também estão divididos em uma hierarquia, começando nos níveis de topo (início do nome do grupo: soc, comp, sci, rec, misc etc.) e subdivididos em vários temas, dentro de cada designação de topo. Hiperlink – Conexão, ou seja, elementos físicos e lógicos que interligam os computadores da rede. São endereços de páginas ponteiros (vínculo ou link) de hipertexto ou palavras-chave destacadas em um texto, que quando “clicadas” nos levam para o assunto desejado, mesmo que esteja em outro arquivo ou servidor. No WWW, uma palavra destacada indica a existência de um link, que é uma espécie de apontador para outra fonte de informação. Escolhendo esse link, obtém-se a página de informação que ele designava que pode, por sua vez, ter também vários links. Hipertexto – Texto eletrônico em um formato que oferece acesso instantâneo, por meio de links, a outro hipertexto dentro de um documento ou em outro documento. Host – 1. Computador ligado à Internet, também as vezes chamado de servidor ou nó. 2. Computador principal num ambiente de processamento distribuído. HTML – Ver Hypertext Markup Language HTTP – Ver Hypertext Transport Protocol Hypertext Markup Language – É a linguagem padrão para escrever páginas de documentos Web, que contenham informação nos mais variados formatos: texto, som, imagens e animações. Possibilita preparar documentos com gráficos e links para outros documentos para visualização em sistema que utilizam Web. Hypertext Transport Protocol – Protocolo que define como dois programas/servidores devem interagir, de maneira que transfiram entre si comandos ou informação relativos ao WWW. O protocolo HyperText Transfer Protocol (HTTP) possibilita aos autores de hipertextos incluir comandos que permitem saltos para recursos e outros documentos disponíveis em sistemas remotos, de forma transparente para o usuário. Internauta – um “viajante” na Internet, alguém que navega na Internet. Internet – 1. Com inicial maiúscula, significa a “rede das redes”, originalmente criada nos Estados Unidos, que se tornou uma associação mundial de redes interligadas em mais de 70 países, que utilizam protocolos da família TCP/IP. A Internet provê transferência de arquivos, login remoto, correio eletrônico, news e outros serviços. Os meios de ligação dos computadores dessa rede são variados, indo desde rádio, linhas telefônicas, ISDN, linhas digitais, satélite, fibras ópticas, etc. 2. Com inicial minúscula significa genericamente uma coleção de redes locais e/ou de longa distância, interligadas por pontes, roteadores e/ou gateways. Internet Explorer – Ver Browser Internet Protocol – Um dos protocolos mais importantes do conjunto de protocolos da Internet, Responsável pela identificação das máquinas e redes e pelo encaminhamento correto das mensagens entre elas. Protocolo responsável pelo roteamento de pacotes entre dois sistemas que utilizam a família de protocolos TCP/IP desenvolvida e usada pela Internet. Internet Relay Chat – 1. Serviço que possibilita a comunicação escrita on-line entre vários usuários pela Internet. É a forma mais próxima do que seria uma “conversa escrita” na rede. 2. Sistema que permite a interação de muitos usuários ao mesmo tempo, divididos por grupos de discussão. Ao contrário das news essa discussão é feita em diálogo direto textual. Os usuários desse sistema podem entrar num grupo já existente ou criar seu próprio grupo de discussão. 3. Área da Internet na qual é possível conversar, em tempo real, com uma ou mais pessoas. Intranet – Uma rede particular dentro de uma organização. As intranets utilizam com freqüência protocolos da Internet para entregar conteúdo. Elas são normalmente protegidas da Internet por servidores de segurança. IP – Ver Internet Protocol IRC – Ver Internet Relay Chat Lista de discussão – Ver Listas de discussão Lista de distribuição – Ver Listas de discussão Listas de discussão – Lista de assinantes que se correspondem por correio eletrônico. Quando um dos assinantes escreve uma carta para determinado endereço eletrônico (de gestão da lista) todos os outros a recebem, o que permite que se formem grupos (privados) de discussão pelo correio eletrônico. Listas de distribuição – Ver Listas de discussão Login – 1. Identificação de um usuário perante um computador. Fazer o login é dar sua identificação de usuário ao computador. 2. No endereço eletrônico, login é o nome que o usuário usa para acessar a rede. Quando o usuário entra na rede, precisa digitar seu login, seguido de uma senha. Mailing list – Ver Listas de discussão Mailing Lists – Ver Listas de discussão Megabytes – uma medida de tamanho de arquiv0o eletrônico equivalente a um milhão de bytes. Modem – Pequeno aparelho, sob a forma de uma placa interna de expansão ou uma caixa instalada no painel posterior, que permite ligar um computador à linha telefônica, para assim estar apto a comunicar com outros. Ele converte os pulsos digitais do computador para freqüências de áudio (analógicas) do sistema telefônico, e as frequências de volta para pulsos no lado receptor, daí o seu nome formado a partir de MOdulador – DEModulador. O modem ainda disca a linha, responde à chamada e controla a velocidade de transmissão, em bits por segundo (bps). Muitos modems são também capazes de realizar funções de fax. Sua aplicação mais importante consiste na ligação à Internet, por meio de um fornecedor de acesso. Mosaic – Ver Browser Navegação – Ato de conectar-se a diferentes computadores da rede distribuídos pelo mundo, usando as facilidades providas por ferramentas como browsers Web. O navegante da rede realiza uma “viagem” virtual explorando o ciberespaço, da mesma forma que o astronauta explora o espaço sideral. Cunhado por analogia ao termo empregado em Astronáutica. Navegador – Ver Browser Navegar – na Internet significa vaguear, passear, procurar informação, sobretudo na Web. O navegante da rede faz uma viagem virtual explorando o ciberespaço, assim como o astronauta explora o espaço sideral. Entre os mais radicais se diz surfar. Netscape – Ver Browser Network – Ver Rede Newsgroups – Ver Grupos de discussão Nó – qualquer dispositivo, inclusive servidores e estações de trabalho, ligado a uma rede. 2. Qualquer computador na Internet, um host. Nome de domínio – Na Internet, o nome de um computador ou grupo de computadores, utilizado para identificar o local eletrônico (e, às vezes, geográfico) do computador para transmissão de dados. É uma parte da hierarquia de nome de grupos ou hosts da Internet, que permite identificar as instituições ou o conjunto de instituições na rede. O nome de domínio contém com freqüência o nome de uma organização e inclui sempre um sufixo de duas ou três letras que designa o tipo de organização ou país do domínio. Por exemplo, no nome do domínio Microsoft.com, “Microsoft” é o nome da organização e “com” a abreviação de comercial, indica o segmentação do domínio. On-line – Por oposição a offline, on-line significa “estar em linha”, estar ligado em determinado momento à rede ou a outro computador. Para uma pessoa, na Internet, “estar on-line”, é necessário que nesse momento ela esteja usando a Internet e que tenha, portanto, efetuado o login em um computador específico da rede. Pacote – Dado encapsulado para transmissão na rede. Um conjunto de bits que compreende informação de controle, endereço, fonte e destino dos nós envolvidos na transmissão. Tudo circula pela Internet como um pacote. Ao enviar uma informação, por exemplo, ela é desmembrada em pacotes pelo computador emissor e depois recomposta em pacotes pelo computador receptor. Na verdade, essa divisão e posterior remontagem de pacotes é feita pelo protocolo TCP/IP. Página – Estrutura individual de conteúdo da World Wide Web, definida por um único arquivo HTML e referenciada por um único URL. Porta de comunicação – Computador ou material dedicado que serve para interligar duas ou mais redes que usem protocolos de comunicação internos diferentes, ou computador que interliga uma rede local à Internet (é, portanto, o nó de saída para a Internet). 1. Sistema que possibilita o intercâmbio de serviços entre redes com tecnologias completamente distintas. 2. Sistema e convenções de interconexão entre duas redes de mesmo nível e idêntica tecnologia, mas sob administrações distintas. 3. Roteador (na terminologia TCP/IP). Portal – Site que funciona como porta de entrada à Internet, oferecendo desde serviços como e-mail e bate-papo até links para sites de conteúdos diversos. Protocolo – Um acordo sobre um conjunto de regras que permite que os computadores ou programas se comuniquem e controle inúmeros aspectos da comunicação, como a ordem na qual os bits são transmitidos, as regras para abertura e manutenção de uma conexão, o formato de uma mensagem eletrônica. Constituindo uma descrição formal de formatos de mensagem e das regras a que dois computadores devem obedecer ao trocar mensagens, o protocolo é para os computadores o que uma linguagem (língua) e para os humanos. O protocolo básico na Internet é o TCP/IP. Provedor de acesso – Instituição que se liga à Internet, via um Ponto de Presença ou outro provedor, para obter conectividade IP e repassá-la a outros indivíduos e instituições, em caráter comercial ou não. O provedor de acesso torna possível ao usuário final a conexão à Internet mediante uma ligação telefônica local. Provedor de conteúdo – Instituição cuja finalidade principal é coletar, manter e/ou organizar informações on-line para acesso pela Internet por parte de assinantes da rede. Essas informações podem ser de acesso público incondicional, caracterizando assim um serviço comercial ou, no outro extremo, constituir um serviço comercial com tarifas ou assinaturas cobradas pelo provedor. Rede – Grupo de computadores e outros dispositivos conectados por canais de comunicação para possibilitar o compartilhamento de arquivos e outros recursos entre usuários. Rede local – Uma rede com dois computadores ou algumas dezenas deles que não se estende além dos limites físicos de um edifício ou de um conjunto de prédios da mesma instituição, estando limitada a distâncias de até 10 quilômetros. Normalmente utilizada nas empresas para interligação local de seus computadores. Várias tecnologias permitem a realização de uma rede local. Remoto – Desgina um host ou outro recurso da rede localizado em um computador ou em uma rede, em oposição ao host ou recurso local. Roteador – Dispositivo responsável pelo encaminhamento de pacotes de comunicação em uma rede ou entre redes. Tipicamente, uma instituição, ao se conectar à Internet, deverá adquirir um roteador para conectar sua rede local ao ponto de presença mais próximo. Salas de Bate-Papo – 1. Local onde dois ou mais usuários podem trocar mensagens simultaneamente. 2. Ver Bate-Papo Servidor – Um computador na Internet que oferece determinados serviços. 1. No modelo cliente/servidor, é o programa responsável pelo atendimento e determinado serviço solicitado por um cliente. 2. Referindo-se a equipamento, servidor é um sistema que provê recursos como armazenamento de dados, impressão e acesso a usuários de uma rede de computadores. Site – 1. No mundo virtual, um endereço cuja porta de entrada é sempre sua home page. 2. Um site da Internet é um dos nós/computadores existentes. 3. Uma instituição onde computadores são instalados e operados. 4. Um nó Internet. 5. Representação virtual de organizações. TCP – Ver Transmission Control Protocol TCP/IP – Ver Transmission Control Protocol /Internet Protocol Telnet – Protocolo/programa que permite a ligação de um computador a outro, funcionando o primeiro como se fosse um terminal remoto do segundo. O computador que “trabalha” é o segundo enquanto o primeiro apenas visualiza no monitor os resultados e envia os caracteres digitados (comandos) em seu teclado. Transferência – Processo de solicitar e transferir um arquivo de um computador remoto para um computador local e salvar o arquivo no computador local, geralmente via modem ou rede. Transferência de arquivos – Cópia de arquivos entre duas máquinas via rede. Na Internet, implantada e conhecida por File Transfer Protocol (FTP). Transmission Control Protocol (TCP) – Um dos protocolos Internet do conjunto TCP/IP, que implementa o nível 4 do modelo OSI, mediante o transporte de mensagens com ligação ótica. Transmission Control Protocol /Internet Protocol (TPC/IP) – Conjunto de protocolos da Internet, que define como se processam as comunicações entre os vários computadores. É a linguagem universal da Internet e pode ser implementada em virtualmente qualquer tipo de computador, pois é independente do hardware. Em geral, além dos protocolos TCP e IP (talvez os dois mais importantes), o nome TCP/IP designa também o conjunto dos restantes protocolos da Internet. Uniform Resource Locator (URL) – Localizador que permite identificar e acessar um serviço na Web. O URL pretende uniformizar a maneira de designar localização de determinado tipo de informação na Internet, seja ele obtido por HTTP, FTP, etc. Um URL consiste geralmente em quatro partes: protocolo, servidor (ou domínio), caminho e nome do arquivo, embora as vezes não haja um caminho ou nome de arquivo. URL – Ver Uniform Resource Locator Usenet – Sigla de User Network, ou seja, “rede de usuários”. 1. O conjunto de computadores e redes que compartilha artigos da Usenet. 2. Os grupos de discussão na hierarquia tradicional de grupos. Usuário – O que utiliza os serviços de um computador, normalmente registrado por meio de um login e uma senha. Web – Ver World Wide Web World Wide Web – Literalmente, teia de alcance mundial. Serviço que oferece acesso, por meio de hiperlinks, a um espaço multimídia da Internet. Responsável pela popularização da rede, que agora pode ser acessada por interfaces gráficas de uso intuitivo, como Netscape, Internet Explorer ou o Mosaic. A World Wide Web possibilita uma navegação mais fácil pela Internet.