RESENHA HISTÓRICA No início de 1997, alguns oficiais da PSP constituem pequenos grupos que manifestam a sua preocupação pela falta de representatividade junto da hierarquia e tutela para resolução dos diversos problemas de que enfermava a classe de oficiais, como por exemplo a ausência de uma carreira única uma vez que, contrariamente ao que se passava nas demais forças de segurança onde existia apenas uma carreira de Oficiais, na altura a PSP tinha oficiais oriundos do Exército, oriundos dos Cursos de Promoção e oriundos do Curso de Formação de Oficiais. Nos dias de hoje o problema ainda perdura, uma vez que a carreira única ainda não existe e há que lutar por isso em nome da Instituição e do prestígio da classe. Se virmos bem, a nossa congénere, Guarda Nacional Republicana conseguiu unir numa só carreira os oficiais oriundos: do quadro permanente do exército; milicianos; dos cursos de promoção; da extinta Guarda-fiscal e também os oriundos da Academia Militar, o que lhes permite ter um oficialato unido e forte. Retomando a presente e breve resenha histórica, há a referir que em 21 de Abril de 1997 surgiu o primeiro manifesto escrito onde são elencados os problemas que afectavam a Polícia de Segurança Pública e que lesavam a dignidade profissional e social dos oficiais e tinham a ver, designadamente, com a sua progressão na carreira e com o reconhecimento das respectivas capacidades e competências. Colocava-se então a questão de se constituir ou não uma Associação de Oficiais que congregasse os oficiais oriundos da chamada carreira policial de base e dos integrados, provenientes do Exército, sem excluir os oficiais oriundos dos Cursos de Formação de Oficiais de Polícia, que muito embora tivessem o seu problema aparentemente resolvido1, não deixavam de ser considerados “Camaradas de Armas”. Como é bom de ver o espírito reinante era a união do oficialato, razão pela qual os Estatutos da ASOP, nunca tiveram nem têm cláusulas restritivas. Já então se anunciava a intenção de não se resolverem os problemas pela via do confronto, apostando-se, outrossim, no diálogo junto de quem de direito, como forma de satisfazer as justas aspirações e interesses dos oficiais. 1 Só os oficiais dos primeiros cursos, é que tiveram a sua situação de progressão na carreira garantida. Os jovens oficiais que agora saem do ISCPSI – Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, têm a sua progressão na carreira comprometida. 1 A 28 de Junho de 1997, em São Pedro de Moel, realiza-se uma reunião aberta a todos que nela quiseram participar. Dessa reunião resulta o Projecto dos Estatutos da Associação de Oficiais de Polícia (AOP/PSP). A 18 de Outubro de 1997, na cidade de Entroncamento, são aprovados em reunião plenária, os Estatutos da Associação de Oficiais de Polícia (AOP/PSP) e é eleita uma comissão instaladora constituída por José António Jorge Vaz Antunes, 2 Guilherme José Costa Guedes da Silva, Joaquim Milheiro Pêga, José Pereira Dias Ferreira e Júlio Manuel Santos Quitéria, iniciando-se o processo das primeiras inscrições de associados. A 17 de Novembro de 1997, os mesmos oficiais comparecem no Cartório Notarial de Salvaterra de Magos, onde é lavrada escritura da constituição da ASSOCIAÇÃO DE OFICIAIS DE POLÍCIA e respectivos Estatutos, com sede na Urbanização do Falcão, Lote 502, 1º Esq. Pontinha – Loures. Esta data, 17 de Novembro, passou a ser considerada pela actual Direcção como sendo “O DIA DA ASOP”, devendo, portanto, doravante, vir a ser alvo de reconhecida solenidade, por parte de todos os sócios e simpatizantes deste Sindicato. A 19 de Novembro de 1997, é publicada a acta da escritura na Ordem de Serviço nº 32 (I Parte – B), do Comando Geral da PSP. A 28 de Fevereiro de 1998, realiza-se na cidade de Entroncamento, a primeira Assembleia Geral da Associação, para eleição dos seus corpos gerentes que ficaram com a seguinte constituição: MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Presidente: José António Jorge Vaz Antunes Vice-Presidente: José Pereira Dias Ferreira Secretário: Francisco José Costa Ramos Vogais: Diamantino Eládio Rodrigues e Manuel Luís Fontes Vitorino Suplentes: Jorge Manuel Mateus Soares e José Abreu Domingues Pereira DIRECÇÃO Presidente: Diamantino da Cruz Jordão 2 Actual Director Nacional da PSP 2 Vice-Presidente: Paulo Augusto Machado da Silva Secretário: António José Teles São Matias Tesoureiro: Fernando Gomes Prata Vogal: Luís Filipe Caeiro Gancho Suplentes: Jorge Manuel Mateus Soares e José Abreu Domingues Pereira CONSELHO DE CARREIRAS Carlos Alberto Salgado Coelho Lima, 3Guilherme José Costa Guedes da Silva, Vítor Manuel Braga Domingues e Manuel Lopes Martins Suplentes: Hipólito Almeida Cunha e Joaquim Eduardo Gonçalves Santos CONSELHO FISCAL Presidente: José Gomes Pereira Secretário: Bento de Jesus Chanca Vogal: Júlio Manuel Santos Quitéria Suplentes: José Joaquim Baleia Ruivo e Alcino Marques Rebelo A 30 de Janeiro de 1999, realiza-se nova assembleia-geral, também no Entroncamento, onde é aprovado o logótipo da Associação e reconhecida a necessidade da cobrança de jóia a todos os associados. A 4 de Dezembro de 1999, reúne-se a assembleia-geral na EPP, em Torres Novas, para conhecimento e discussão de vários problemas. A 27 de Maio de 2000, reúne-se a assembleia-geral nas instalações da Colónia de Férias da PSP, em Vieira de Leiria, onde o presidente da direcção apresenta a sua demissão. Logo aqui foi decidido a continuação em funções do presidente demissionário, como representante e dirigente da Associação, até à realização de novas eleições, antecipadas para 30 de Setembro do mesmo ano de 2000. Constitui-se de imediato um grupo de trabalho que; a 22 de Julho, 2 de Setembro e 14 de Outubro desse mesmo ano, efectuam reuniões para estabelecer contactos e formar uma lista que pudesse ser submetida a sufrágio. A 28 de Outubro de 2000, e não em 30 de Setembro como se propusera a assembleia anterior, reúne-se a assembleia-geral na cidade de Entroncamento. 3 Actual Director Nacional da PSP. 3 Nos primeiros dois anos do cumprimento do seu mandato, em várias assembleias-gerais, promovem-se a revisão e alteração dos estatutos que permitem agilizar as estruturas directivas da Associação sem que haja alterações profundas na composição dos membros dos diversos órgãos, o que só veio a suceder na última alteração estatutária, de 2011. Com a entrada em vigor da Lei nº 14/2002, de 19FEV, reguladora do exercício da actividade sindical na PSP, dá-se início ao processo evolutivo da transformação da AOP/PSP em ASOP/PSP. A 2 de Março de 2002, reúne-se a assembleia-geral da AOP/PSP, na cidade de Lisboa, onde é aprovada, por unanimidade, a passagem da AOP a Associação Sindical e deliberado realizar uma assembleia-geral extraordinária na cidade do Porto, para alteração e aprovação dos respectivos estatutos. A 20 de Abril de 2002, tem lugar na cidade do Porto, a assembleia-geral extraordinária, onde são aprovados, por unanimidade, as alterações dos Estatutos, entretanto trabalhados e preparados pela direcção da AOP, transformando-se assim a Associação Profissional em Associação Sindical, verdadeiro sindicato em toda a sua plenitude, como universalmente é reconhecida nos dias de hoje. A 29 de Junho de 2002, são publicados no Boletim do Trabalho e Emprego nº 24, do Ministério da Segurança Social e do Trabalho, os novos Estatutos da Associação Sindical de Oficiais de Polícia (ASOP/PSP), até então designada por AOP/PSP e, por força da Lei 14/2202, os anteriores corpos gerentes darão continuidade ao seu trabalho até à realização de novas eleições a ter lugar em Outubro de 2003, altura em que termina o mandato para que foram eleitos. Na regularização das alterações entretanto verificadas e que são publicadas na OS nº 14 (I Parte B), de 28AGO2002, da DN/PSP, a constituição dos corpos gerentes da ASOP/PSP, cujos membros transitam dos anteriores órgão da AOP/PSP, é a seguinte: MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Presidente: José António Jorge Vaz Antunes Vice-Presidente: António Ferreira Almeida Secretário: João Duarte Martinho Rocha 1º Vogal: António Alberto Nunes 2º Vogal: José Luís Borges de Oliveira Suplentes: Jorge Alberto Sequeira Fonseca e Alcídio Reis Fernandes 4 DIRECÇÃO: Presidente: Manuel Lopes Martins Vice-Presidentes Zona Norte: João Evangelista Fernandes Zona Centro: Joaquim Manuel Oliveira Santos Zona Sul: Álvaro António de Jesus Secretário: Vítor Hugo Duarte Catulo Tesoureiro: Jorge Manuel Mateus Soares Vogal: Idalina Perpétua Cabrita Borralho Suplente: Manuel Rodrigues Faria CONSELHO NACIONAL: Composição constante do nº 1 do art.º 35.º dos Estatutos da ASOP/PSP que se transcreve: “o conselho nacional é constituído pelos membros efectivos da mesa da assembleia-geral, da direcção, do conselho fiscal e disciplinar e pelos delegados sindicais locais de cada uma das delegações e um representante designado pelos sócios aposentados”. CONSELHO FISCAL E DISCIPLINAR: Presidente: António Santos Castro Secretário: João Manuel Carvão Magarreiro Vogal: Maria Graça Ferrinho Vale Valente Loureiro Suplentes: Maria da Luz André Silva e Sérgio Francisco Fiel Bartolomeu Outras Direcções sucederam, tendo a actual tomado posse em 20 de Março de 2010. No dia 14 de Maio do mesmo ano, a ASOP aderiu à Federação Nacional dos Sindicatos de Polícia – FENPOL -, da qual continua a fazer parte. Em 3 de Outubro de 2011, na cidade de Torres Novas, na sede da ASOP, a actual Direcção elaborou o presente texto 4, ainda que sucinto, sempre permitirá ao 4 Inspirado no acervo histórico deste Sindicato. 5 leitor, “pela crista das ondas”, conhecer o historial do Sindicato mais representativo do oficialato da Polícia de Segurança Pública. O Secretário-geral 6