O Jardim da Memória da Ilha da Moçambique e o Fenómeno da escravatura Ana Fantasia – CEsA-UL Pedro Pereira Leite –CES-UC 9º Congresso Ibérico de Estudos Africanos Coimbra, CES, 11 de setembro 2014 Jardim da Memória da Ilha de Moçambique : 1. A génese dum problema 1. O silencio endurecedor das pedras da ilha 2. Contexto da Ilha de Moçambique 1. 2. 1. O que é 1. 2. o fenómeno da escravatura A ilha como mito (WHS) o Jardim da Memória Quem o fez sua configuração e significados 3. Questões para debate 1. Memorialização do silencio e esquecimento 2. O projeto memorial na “Rota do Escravo” Jardins da Memoria da Ilha de Moçambique 1 O SILENCIO ENDURECEDOR Investigação Ph. D (2008-2011) Casa Muss-amb-ike: O compromisso no processo museológico • Problemáticas • O espaço patrimonial • • • A memória social • • • A história oral Investigação ação Os resultados no terreno • Os silêncios dos interlocutores • • A herança negreira da ilha Os limites da oralidade • • • • A participação da comunidade e lugares de memória; Proposta Casa de Memórias Metodologias • • • A ilha como património mundial em 1992 O processo de conservação O problema geracional Os trabalhos com os contos Oficina narrativas biográficas Projecto Arvore das memórias Djabula Resultados • O embate com o silencio e o esquecimento • • O trabalho patrimonial dominante esquece historia O jardim da memória como excepção • • Uma memória resinificadas A questão da história e da memória 2. Jardins da Memoria da Ilha de Moçambique OS JARDINS DA MEMÓRIA O mundo islâmico no século XV O mundo aberto e o problema das monções novembro a abril junho a setembro Rede de relações Feitorias, fortalezas e o povoamento A costa do índico A relevância estratégica da Ilha A baía de Mossuril Espaço de aguada e descanso Uma fortaleza de apoio ao comércio e a administração A questão da escravatura O fenómeno da escravatura nas sociedades africanas O Fenómeno do tráfico negreiro e o comércio triangular • A relevância dos portos de Moçambique • • • • • Foz do Save Rio Zambeze - Quelimane Lumbo e Mossuril Ibo Os diferentes períodos • O comércio com a India • • O comércio com o Brasil • • Pondicheri Seculo XVII O Comércio com as Ilhas do Indico • Seculo XVIII e XIX Os Jardins da Memória • O projeto da UNESCO : – Roteiro dos Lugares de Memória para resgatar do esquecimento o tráfico negreiro • Projeto realizado entre 2004 e 2010 • Madagáscar, Reunião, Moçambique, Maurícias, Mayotte e Pondicheri – O Indico como mundo mestiço • Os movimentos das pessoas e bens • Os sofrimentos e a liberdade – Filme de Sudel Fuma » http://www.ces.uc.pt/myces/UserFiles/livros/1097_ciclocina maescravatura.pdf O jardim da Memória da Ilha de Moçambique Projeto: Ministério da Cultura de Moçambique e Associação Histoun da Ilha Reunião. 23AGO2007 Arquiteto Karl Kugel Conceito Gerador • As Danças Africanas • Danças de comunidade • • Danças de Iniciação • • Festa e sedução Grupos Danças de Transe • interioridade O lugar da comunidade • Espaço de Jardim – Lugar de encontros • Moringas das Ilha Reunião – Alcarazas – Espaço para eventos O Lugar da Iniciação e da História Doze bustos Escultura em madeira Manuel Rita (Makwa), Elia MUNGUS (Makonde), Sophie Banzin e Johary Ravalson ( Batiskav – Ilhas Madagáscar e Reunião Lugar da gente que procura o fundo de si • Doze Pontos Cardeais em frente ao vazio 2º fase do projeto • Em 2013 – Gestão do equipamento – exposição no MUSARTE • Mobilização das associações locais • Gabinete da Ilha de Moçambique – Ausência da cooperação portuguesa 3. Jardins da Memoria da Ilha de Moçambique O SILENCIO E O ESQUECIMENTO NO TRABALHO DO PATRIMÓNIO O Mito da Ilha de Moçambique • • • • • Capitania da África Oriental A colonização do Interior A emergência de Lourenço Marques (1897) A Criação de Nampula (1940) A Ilha como Ícone luso tropical (1959) • • O trabalho de Alexandre Lobato (1982) • • a ilha de moçambique em risco (FCG A Ilha como Património Mundial • • • a visita de Gilberto Freire A Ilha dos Portugueses Memorias contestadas O cluster de cooperação (2007) As danças da ilha (tufo) O dia 23 de Agosto Silencio e esquecimento • Que memorialismo ? – A História como tribunal • A narrativa e a explicação dos eventos – A memória ressignificada • Memória “suave” • Proposta de debate – O problema do reconhecimento do outro – O lugar dos enunciados: • o paradigma da participação das comunidades Obrigado pela atenção Ana Fantasia CEsA ([email protected]) Pedro pereira Leite (CES.UC ([email protected]) http://www.terracodasquitandas.com/