O CONSOLADOR
ÍNDICE
Prefácio
13
I - A Inconsciência dos homens
19
II - Mente, um objeto pensante totalmente identificado
III - É crime omitir a Verdade
63
IV - “Não é pela crença que serão salvos”
83
V - A Força que Age
39
93
VI - Conscientização da Verdade Suprema
102
VII - O poder da Meditação e da Devoção Iniciática 115
VIII - Os Mestres
139
IX - O Consolador Prometido
157
X - O supremo dever do discípulo
172
XI - As três bestas segundo o Apocalipse
193
XII - A grande transformação dos ciclos evolutivos 205
XIII - Brasil, a Terra Prometida
237
XIV - A opção é sua
248
XV - Alerta
262
Prefácio
Vivemos em uma época extremamente conturbada, porém uma rápida olhada pela
história da humanidade nos mostrará que o homem sempre esteve envolvido em grandes
problemas e sempre correu atrás de soluções. Porém, tudo o que ele fez foi podar as folhas
de suas inquietações, sem nunca chegar até a raiz de seus males. Isso só fez com que suas
angústias se tornassem mais fortes e viçosas.
A raiz dos males está fixada em terra ruim e dela se nutre. Isso aumenta mais e mais a
distorção na forma de se perceber a realidade. As pessoas crêem que o ilusório e o mutável
sejam reais. Pior que isso: querem que o ilusório não se dissipe e que o mutável seja
permanentemente o mesmo. Crêem na maior das ilusões, que são o ego e a mente pensante.
Nesta época, em meio a tantas confusões, surge o Consolador, que aclara os caminhos,
que aponta firme e decididamente os rumos seguros para a resolução de tantos conflitos.
Porém ele adverte: “Ande com seus próprios passos no caminho que você escolher. A opção é
sua. Fique com a dor ou caminhe em direção à paz. Você decide e assume o resultado.”
Todos devem ficar atentos, pois “está entre nós o Consolador Prometido, o Ancião dos
Dias. Ele está em todo o seu esplendor de Ser. E o Livro da Vida está aberto diante dele, e
com ele, todas as potências dos céus, como está explícito nas profecias.” Os ensinamentos do
Consolador “são de alegria e sabedoria suprema e são revelados aos mansos e puros de
coração, aos justos e sábios. Quem segui-los encontrará a conscientização do divino. Neles
estão as regras de conduta moral e espiritual dos verdadeiros adeptos da Verdade.”
O Consolador não veio para exaltar os valores emocionais, nem mesmo os psicológicos,
tão ao gosto desta época, mas para mostrar o verdadeiro enfoque que devemos dar em nossa
percepção do mundo. Veio para nos ensinar a perceber claramente as imagens distorcidas por
valores enganosos, que vêm sendo acumulados e transmitidos de geração a geração.
Consolar as pessoas não é apresentar-lhes sugestões agradáveis ou paliativas, mas trazer a
solução definitiva dos problemas gerados pela grande distorção de que os homens são
vítimas.
O que o Consolador apresenta é a proposta de todos os Grandes Mestres, uma vez que
essa proposta sempre foi a mesma: a autoconscientização. Os homens, porém, preferiram
perder-se em histórias irrelevantes, em explicações teóricas, confusas e misteriosas a
respeito desses seres que passaram pelo planeta Terra, pois pareceu-lhes mais fácil entender
mentalmente tais propostas que senti-las. Isso foi fatal para o desenvolvimento desta
humanidade, pois a Verdade Suprema não é para ser analisada, mas simplesmente sentida.
O Consolador vê na escuridão, escuta onde não há ruído, ouve a voz sem som. Pode
levar a Luz nas profundezas das trevas. No vácuo ele percebe a música das esferas. Pode ir
aos aparentes planos, estar em contato com todos os seres. O grande é pequeno para ele. O
longe é perto, e todas as distâncias lhe são próximas.
O Consolador arranca os mal-entendimentos e faz aflorarem as virtudes supremas,
obrigando as pessoas a nascerem como as fontes: de dentro para fora. Ensina a renúncia:
não aquela que deixa as pessoas com a aparência abatida, definhada, não aquela no cume da
qual as pessoas se colocam para se exaltarem como bondosas ou como vítimas, mas a
renúncia aos frutos das ações, a renúncia que não coloca uma marca visível de “renunciado”,
porque ela é imperceptível aos olhos físicos, ela está no coração.
Ele traz a paz. Sua paz não é a paz das armas depostas, mas a serenidade perene, que
dele irradia, e que habita o coração de todas as pessoas em sua luta quotidiana pela
sobrevivência, nas fábricas, no comércio, no campo arado ou no campo de batalha. Sua paz
não se liga a condições externas da manifestação, mas à conscientização do Ser Supremo.
Ela afasta dúvidas e inconsciências, desfazendo para sempre as sombras do egoísmo.
Nos momentos apocalípticos por que passamos, o Consolador tem a palavra certa: “O
futuro da humanidade não é negro. Nem branco. É luminoso, radiante como o Sol, radiante
como a Essência que todos nós devemos conscientizar.” Ele ensina que não há fim de tempos
que possa desesperar quem está conscientizado de sua própria essência, pois esse tem a real
dimensão dos valores: discerne o que é eterno e o que é ilusório.
O Consolador sabe que os homens estão ensurdecidos e cegos para a voz e a harmonia
do Universo, embrutecidos e, por isso, incapacitados de sentirem a si próprios, em sua
Essência Divina, mas, ainda assim, não deixa de ensiná-los amorosamente, de indicar-lhes o
caminho que os conduz para longe da dor. Para isso, o Consolador traz a palavra sábia, o
ensinamento preciso no momento certo, o bálsamo para todos os males, que conforta os que
sofrem, reanima os cansados, alegra os tristes, ampara os aflitos, os atirados ao chão,
dando-lhes esperança, exalta os pequenos, fazendo-os existir. Traz o som harmonioso de ser,
expresso através da Param Bhakti, a devoção cósmica. Esse som amansa o coração
embrutecido dos homens, tornando-os receptivos às sutis vibrações da Força Crística,
fazendo-os entender que toda a manifestação está impregnada pelo amor divino, que se
constitui no único meio de se conhecer a Vida, no único meio de elevar-se acima da podridão
das lutas quotidianas egoístas e mesquinhas pela sobrevivência.
O Consolador traz uma proposta de conquista da felicidade perfeita, através da
desomissão da Verdade, da dissolução dos mistérios com que os ensinamentos espirituais
foram encobertos. Resgata os ensinamentos de todos os tempos, retira-lhes os envoltórios
complexos e exóticos. Adverte que, desta vez, não mais serão profanados nem alterados,
pois a Verdade permanecerá para sempre, simplesmente por ser ela absoluta, eterna e
presente.
I
A inconsciência dos homens
Os homens estarão em estado natural quando olharem para os rios e sentirem-se parte
deles, sentirem-se como a água que corre para o mar; quando olharem as flores dos
campos e perceberem nelas mais que o perfume e as cores, perceberem nelas um
oceano de paz, uma porta para se integrarem conscientemente com a Verdade; quando
ouvirem o canto dos pássaros e compreenderem o que eles dizem sobre a sabedoria
manifestadora do Sol, a benevolência das chuvas e a vasta natureza do Universo.
SMKS
Através dos séculos, a maioria das pessoas têm sido programadas pelos falsos valores
sociais que incentivam o egoísmo, os vícios, as competições, que exaltam o ego e humilham o
semelhante, transformando até mesmo a caridade em motivo de ostentação e orgulho. Esses
valores distorcidos geram o total desconhecimento da Verdade Suprema. É por isso que se vê
o homem tratando com indiferença seu próprio semelhante. Nesse estado de desregramento
ele consegue aniquilar um número incalculável de espécies de seres, consegue poluir o
planeta inteiro, causando danos irreparáveis. Fabrica armas capazes de destruir o mundo
todo, mostrando assim a falta de amor e a irreverência às leis divinas.
Esta humanidade deixou-se contaminar pelo vírus da autodestruição, indo contra todos
os princípios divinos. Os valores estão todos invertidos. O que parece civilizado já não o é. O
homem ataca e expulsa os seres que ele imagina serem primitivos. Ele ataca, destrói e se diz
civilizado. Se o mundo vive momentos difíceis, são os homens mesmos que sofrem as
conseqüências, pois foram eles que semearam a desarmonia, a destruição. Tudo aquilo que
provocaram está agora recaindo sobre eles mesmos.
Guiados por idéias preestabelecidas, os homens organizam suas vidas baseando-se somente
em bens materiais. Deixam-se hipnotizar pelo mundo ilusório, não utilizam o discernimento, a
intuição pura, que fazem parte do seu estado natural, e tornam-se inconscientes dessas
virtudes. Aqueles que assim vivem afirmam existirem muitas verdades. Cuidado com essa
blasfêmia. A Verdade é una. Quem tenta adaptar a Verdade Absoluta a seus interesses
pessoais criando para si uma verdade particular é mentiroso e usurpador.
Os homens mentem a si mesmos. Criam conflitos internos e muitas desculpas para não
se conscientizarem da Verdade que provém do Cristo de todos os tempos. Eles enganam-se
constantemente fazendo de conta que são incapazes de se identificarem com a fonte suprema
da verdadeira vida. Insistem em ver somente através dos olhos e ouvir apenas com os
ouvidos. Menosprezam a Essência Divina e dessa forma vivem limitados pelo corpo, pelos
pensamentos, pela ignorância espiritual.
Por ser inconsciente de sua unidade com o Ser Supremo, o homem tornou-se o pior
inimigo de si mesmo. Ele age exclusivamente pelo raciocínio mental e, como a mente é
desarmonizada, o resultado de suas ações só pode ser desarmonioso. Assim surgem
sofrimentos que são totalmente inúteis. Aquele que nutre pensamentos indignos, que vê a
natureza apenas como um jogo de forças, que acredita somente nas coisas materiais, vive
hipnotizado pela dualidade do mundo ilusório e por isso permanece ignorante do
conhecimento supremo. É enganado por sua vaidade, deixando-se dominar pelo egoísmo,
pela brutalidade, pelo apego ao sofrimento. É constantemente movido pelos gostos e
desgostos, simpatias e antipatias, e suas esperanças concentram-se em coisas supérfluas.
O grande problema desta humanidade é ter esquecido as leis divinas. Tudo é feito
visando a interesses particulares, cada um vendo apenas o que é melhor para si mesmo, não
se importando se prejudica seus semelhantes. Ao invés de se utilizarem os meios disponíveis
para sempre progredir no processo evolutivo, o que se faz é transgredir as leis universais,
afastando-se cada vez mais da Verdade Suprema. Isso tudo reflete a inconsciência espiritual
que predomina entre os homens da Terra.
Por estarem sob o domínio da ilusão, grande parte das pessoas são doentes
psiquicamente. Possuem acúmulos psíquicos em todos os aspectos, pois têm a mente
sobrecarregada por suas ações passadas. Autoprogramam-se erroneamente. Foi criado um
sistema que obriga a maioria das pessoas a usufruir o máximo possível daquilo que aprendeu,
visando só a ganância e aos poderes materiais. Os homens estão de tal forma hipnotizados
pela matéria, pelos grandes empreendimentos, pelos estudos das coisas ilusórias, que não
lhes sobra tempo para se dedicarem aos sagrados ensinamentos trazidos pelo Consolador
Prometido. A época atual é de trevas, de desesperos, de quebra total das estruturas, de
ruptura brusca de valores, e as pessoas não se apercebem da necessidade de seguirem um
caminho espiritual capaz de levá-las a uma condição melhor de existência. Elas aprendem a
atingir apenas a materialidade do mundo e aceitam a vida física como a única existente.
Falam em grandes empreendimentos e teorias de toda espécie. Vangloriam-se até pelo fato
de a espiritualidade não exercer o papel de guia em suas vidas.
Vítimas da ignorância espiritual, os homens, ao invés de se libertarem espiritualmente,
criam laços que os escravizam, como o desejo de possuir coisas, emaranhando-se cada vez
mais na corrente infindável dos desejos. Aceitam a decadência como algo muito bom, pois
confundem-na com progresso, com evolução. Enquanto insistirem nessa falsa idéia,
continuarão presos pelos sofrimentos e lhes será muito dificultoso tornarem-se conscientes da
Verdade Suprema. Quem vive na ignorância espiritual atrai para si os pensamentos
negativos, e com eles aparecem a desarmonia, a inveja, a cobiça, a obscenidade, o ódio. É
muito sutil a Essência Divina, e ela não pode ser sentida por quem está iludido pelos
envoltórios grosseiros do ego profano. A solução para os problemas está em a pessoa
pesquisar-se internamente e conscientizar-se, assim, do Ser Supremo. Nesse ponto ela
encontra a solução para seus sofrimentos. É uma procura interna e nada pode interferir nela.
E assim o homem conscientiza-se de sua unidade com a Verdade Absoluta.
A maioria das pessoas pensam existir apenas para usufruir os prazeres mundanos,
iludidas por uma felicidade momentânea a aparente. Quando imaginam encontrar a felicidade
seguindo o caminho dos prazeres, distanciam-se cada vez mais da perfeita felicidade, porque
estão fugindo de si mesmas, vivendo de maneira contrária à sua própria essência, a divina.
Aquele que está dominado pelo desejo jamais poderá expressar as virtudes divinas,
porque se identifica com as coisas dos sentidos e está em desacordo com as leis universais. O
corpo e a mente pensante causam os desejos, as emoções, e o homem fica preso em seus
poderes, impedido de sentir a Força Suprema, afastado de sua verdadeira identidade e
condenado a longos períodos de sofrimento. O homem, sendo o Ser Supremo, tem poder
sobre tudo isso e deve, portanto, não se deixar invadir por essas forças usurpadoras. Ele deve
viver livre das convenções do mundo da matéria, que se mostram irrelevantes quando
devidamente examinadas.
A maioria dos homens deste planeta dificilmente entende a necessidade de se estar aos
Pés do Sat Guru Deva, isto é, de ser submisso à Vontade Suprema, de se deixar orientar pelo
Consolador para se viver de acordo com as leis universais, deixando fluir em si mesmo a
Força que Age. É preciso que se compreenda que este planeta é apenas uma escola, onde se
pode aprender como se libertar de todos os laços que prendem o homem ao infindável ciclo
de nascimentos e mortes. Esse ciclo é ilusório, mas aquele que não se liberta dessa miragem
permanece neste mundo de ilusão por tempo indeterminado. Os ciclos de nascimentos e
mortes existem pelo fato de o homem atribuir realidade àquilo que é irreal. Esse falso
posicionamento é produto da mente pensante, que provoca a identificação com o corpo e
desperta o desejo pelos objetos dos sentidos.
O ser humano dá especial importância à especulação mental e intelectual, criando uma
infinidade de desculpas, dizendo que é incapaz de identificar-se com o Ser Supremo. Vive
sempre em argumentações, em especulações, em concordância ou discordância em relação
àquilo que considera certo ou errado. Cria seus valores próprios e assim nunca encontra a
realização do objetivo de sua vinda à Terra. O intelecto também provém da ignorância
espiritual. Ele não é de nenhuma utilidade para quem tem como objetivo a plenitude do
conhecimento, uma vez que este é sentido pela intuição pura, sendo, por isso, impossível de
ser analisado ou aprendido pelas faculdades mentais. Iludida pelo intelecto, a pessoa poderá
envolver-se inutilmente com um amontoado de literatura a respeito da divina conscientização,
pensando que sua erudição possa determinar sabedoria.
Muitos não compreendem por que o conhecimento do mundo exterior de nada vale
quando se pretende conscientizar-se da Verdade Suprema. Ficam desapontados quando têm
que desaprender aquilo a que muitas vezes estão apegados. Porém ignoram que cada coisa
aprendida com a mente pensante e com o intelecto é como se fosse um nó na mente que a
pessoa tivesse dado. Cada nó é um limite que ela se impõe. É preciso desatar cada nó e
libertar-se das limitações. Só assim a intuição pura aparecerá e possibilitará viver a
verdadeira sabedoria. O conhecimento adquirido através da meditação iniciática provém da
Verdade Suprema e nada tem a ver com aquilo que se aprende do mundo ilusório. Esta é a
razão da necessidade de se desaprender aquilo que é irreal. É impossível conciliar a sabedoria
adquirida no caminho espiritual com as idéias obtidas pelos processos mentais.
A maioria dos homens confunde sabedoria com conhecimento intelectual. Aqueles que
apenas conhecem intelectualmente o mundo distraem-se com a ilusão, e de seu
conhecimento nada se aproveita no caminho da autoconscientização. A mente pensante, o
intelecto, quando não transformados em veículos espirituais, ocultam a Verdade Suprema.
Somente quando essa Verdade é conscientizada é que ocorre a destruição do falso
conhecimento. De nada serve ao homem ocupar-se de questões misteriosas, obscuras, pois
essas teorias são inúteis ao conhecimento do Ser Supremo. O sinal de sabedoria, de perfeição
é conhecer a si mesmo.
As pessoas estão sempre dispostas a adquirir conhecimentos do mundo exterior.
Preferem algo obtido com muito esforço, que no final redundará em nada, pois é evidente que
todo o conhecimento adquirido através da mente pensante, por maior que pareça, não pode
ser a essência do saber. O homem, intoxicado por esse tipo de informação, torna-se vítima
das expressões de sua própria mente. O maior erro de qualquer ser humano é insistir em
ignorar as leis divinas.
A ignorância espiritual faz parte do ego, da mente, e apenas quem vive no estado
natural de meditação não é afetado por ela. Enquanto não se eliminar de vez a sensação de
se viver através da mente pensante, a ignorância espiritual persistirá, por mais que se queira
provar o contrário. Pela ignorância as pessoas se esquecem de que são o Ser Supremo e por
isso vivem constantemente em erro. Gostam daquilo que é misterioso e difícil de ser
alcançado, porém rejeitam o caminho direto que as conduz ao pleno conhecimento de si
mesmas. Insistem em ser enganadas pela mente pensante, pela ignorância espiritual. Esse é
um comportamento anormal, de uma doença que ataca a maioria dos habitantes da Terra, os
quais estão de posse de uma mente analítica, de um intelecto desenvolvido que não lhes
permite conscientizar-se da Verdade Absoluta.
DESAPEGANDO-SE DO EFÊMERO
Jamais se deve dar vazão à mente analítica, mas sim refugiar-se nos ensinamentos do
Consolador. Só assim é possível viver a suprema paz e a perfeita sabedoria que provêm do
estado natural de meditação. Muitos são atraídos pelos mistérios do mundo e se recusam a
seguir sinceramente aquilo que os Sagrados Mestres trazem como meio de libertação das
dores. Os Mestres lhes propõem a consciência do divino, mas os homens preferem viver
assediados pela escravidão de querer coisas, envolvendo-se em conversas frívolas, como o
falar e pensar a respeito daquilo que amam ou que os contraria, vangloriando-se como heróis
e fortes ou colocando-se como vítimas inocentes e injustiçadas diante das situações
quotidianas da vida. Desconhecem, no entanto, que a causa da miséria humana é o apego
aos objetos, é a sua ambição e a sua sensualidade. Vivem apenas para satisfazer seus
instintos e assim acumulam em si mesmos toda espécie de negatividade. O intenso desejo é a
causa de seus sofrimentos; sua tristeza e medo nascem pela afeição que têm ao mundo
ilusório. Eles não conseguem perceber que o prazer e a dor fazem parte do jogo de
expressões da mente pensante e do ego profano e por isso tornam-se incapacitados para se
desapegarem deles.
Aquele que vive à procura de prazeres confunde a falsidade com a Verdade. Ocupa-se
apenas em alimentar o corpo e está sempre em desacordo com as supremas leis universais.
Não se esforça para libertar-se da ignorância espiritual e lamenta-se muito quando cai vítima
de sua própria displicência. Passa a vida toda observando o mal de seus semelhantes e não
se empenha em eliminar suas próprias distorções. Procura agir sempre de acordo com as
tendências passageiras de cada época, com pensamentos futuristas, mas nunca vive o eterno
presente. Segue modelos de comportamento baseados em outras pessoas, nas quais se
inspira: um artista, um escritor, ou alguém que admira. Está sempre imitando aquilo que os
outros fazem e dificilmente age por si mesmo. Cultua formas, espaços, tempos inexistentes e
vacila em despertar para a Verdade Suprema, preferindo viver inconsciente de sua real
identidade. Está constantemente à procura de algo que chama de felicidade. Porém, confunde
felicidade com prazer, ou com a felicidade efêmera, que depende de algo exterior.
Os prazeres que o mundo oferece, por maiores que sejam, nada têm a ver com a
felicidade perfeita. Essa é a razão de o homem estar constantemente em busca de algo que
ele imagina haver perdido, e que lhe pertence, ou que é a sua verdadeira natureza. Por isso
vive lamentando-se, reclamando de tudo o que lhe acontece ou do que não lhe acontece.
Experimenta apenas uma ilusão daquilo que pensa ser a felicidade que procura. Ao invés de
sentir-se feliz, harmonizado, cria cada vez mais infelicidade para si mesmo. Perturba-se e
atormenta-se pela falta que sente de algo que faz parte de sua própria razão de ser. Quando
se depara com um Mestre, ataca-o com milhares de perguntas para poder aliviar o peso dos
sofrimentos causados por uma vida totalmente contrária aos ideais divinos. Porém, não é raro
que, ao invés de aprender a harmonizar-se com a paz e sabedoria que o Mestre transmite,
analisa-o, critica-o e deixa passar a oportunidade discernimento de aprender com ele a
resolver definitivamente seus problemas.
Somente se sintonizando com o Ser Supremo é que o homem começa a ter uma
concepção exata da Eterna Consciência do Cosmo, porém jamais conseguirá obtê-la enquanto
cultivar sua pequena personalidade. É preciso afirmar o Cristo Universal no lugar do ego
profano. Isso é conseguido pelas técnicas da meditação e devoção iniciáticas que o
Consolador bondosamente revela aos homens. Aquele que se dedica sinceramente a esse
sagrado caminho encontra a harmonia e a paz que estão além da compreensão humana. É
preciso que cada um adquira a coragem par afastar os falsos personagens que lhe roubam a
chance de sentir a felicidade perfeita, a qual não provém das emoções do ego, mas sim da
sua condição de Ser Supremo.
O homem deve despojar-se da mente pensante, das presunções intelectuais e da idéia
de personalidade individual. Se ele insistir no caminho dual deverá, após estar nele por algum
tempo, retornar ao ponto de partida e iniciar sua jornada em direção à divina conscientização.
E quanto mais rapidamente conseguir desaprender aquilo que lhe é inútil, maior será a sua
capacidade de adquirir a verdadeira sabedoria. Com o poder da sabedoria é possível destruir
todas as dúvidas que provêm da ignorância espiritual e firmar-se na Verdade Absoluta. Quem
se conscientizar dessa Verdade estará em plenitude de conhecimento universal, que consome
todos os efeitos das ações negativas.
Sem a meditação iniciática, o que se praticar serão meros exercícios ou palavras, que
não servem em absoluto para a autoconscientização. Os textos sagrados que os Mestres
deixaram estimulam os homens a colocarem em prática a essência de cada ensinamento, mas
a preocupação maior das pessoas é apenas ler, decorar, repetir, esquecer, ler novamente. É a
mesma coisa que ler a receita dada pelo médico mas não tomar o medicamento. Dessa forma
ninguém se cura da ignorância espiritual.
Somente se dedicar à leitura de livros que falam sobre o divino não traz a sabedoria
suprema. Ela é conseguida pela prática da meditação e da devoção iniciáticas, orientada por
um Mestre que já tenha conscientizado essa Verdade em si mesmo. Se a pessoa desatar os
nós mentais provocados pelo falso conhecimento, se tiver confiança total no Mestre e colocar
em prática os sagrados ensinamentos, terá a chance de permanecer no estado natural de
meditação, onde somente a paz e a harmonia são encontradas.
As indagações mentais, as teorias intelectuais, não são importantes no caminho direto
da conscientização espiritual. Importante é a prática da meditação e da devoção. Este é o
verdadeiro treino que conduzirá ao conhecimento da Verdade Suprema. A meditação não é
apenas um exercício a ser praticado. Com ela, recebe-se muita força, Luz, bênçãos e, com
perseverança, pode-se permanecer no estado de sahaya, isto é, de meditação natural.
Quem experimenta o sagrado efeito da meditação iniciática vive na paz suprema, na
perfeição, na essência da Luz. Porém aqueles que cultivam a mente pensante jamais
encontrarão sossego onde quer que estejam. Se o homem não se conscientizar do divino, sua
vida física nunca terá repouso, por mais que ele pratique atividades benéficas ou ações
caridosas. Tudo o que ele tem a fazer é conscientizar-se da Verdade Suprema e não se
envolver com as expressões da mente pensante e das emoções. Todos devem viver no estado
natural de meditação e jamais trocá-lo pela escravidão da mente, dos sentidos, dos desejos.
A manifestação é temporária. Ela aparece e desaparece e por isso não é real. Somente
o Ser Supremo, que é eterno e presente, vale a pena ser vivido. Ao se conscientizar do Ser,
realizam-se todas as virtudes divinas e entra-se em grande harmonia com os semelhantes e
com as leis imutáveis do Universo. Os seres encarnados fazem parte da manifestação, mas
eles não são a parte manifestada, isto é, o corpo, a mente, os sentidos. Eles são a Essência
Divina. O mundo físico é temporário e, por isso, os desejos que despertam ilusões mundanas
estão condenados a desfazer-se. É somente pelo controle dos desejos que a mente pensante
é aniquilada. Somente com a ausência da mente é possível viver em harmonia com todos os
seres do Universo. A sintonização constante com a Eterna Consciência do Cosmo é o principal
objetivo na vida e ninguém poderá viver em perfeita felicidade se não se harmonizar com
tudo que o cerca.
ESPIRITUALIDADE E TRABALHO
Se a pessoa segue o caminho da conscientização espiritual, ela deve fazer um
paralelismo nas suas ações. Nada pode ser feito de mais nem de menos. Tudo deve ser
equilibrado para se evitarem as desarmonias. Aquele que se ocupa apenas com a
espiritualidade externa age com desequilíbrio, movido apenas por fanatismo, e pode vir a
deixar de trabalhar. Isso é ruim, porque o trabalho é a eterna ação, e não pode deixar de
existir. A espiritualidade, quando for externa apenas, é perigosa. Num caminho espiritual, o
ritual externo e as disciplinas são úteis à pessoa, mas quando se transformam num fim em si
mesmos há problemas. A pessoa nada mais faz além disso, não provê seu próprio sustento e
por isso abusa da boa fé alheia, pedindo aos demais que a sustentem, ou então morre de
inanição.
A Índia, por exemplo, é, aos olhos do mundo, bastante desapegada dos valores
materiais. Muitos pensam ser ela um país essencialmente espiritual. No entanto, infinidade de
pessoas apenas se arrastam de um lugar a outro, nos ashrams e lugares considerados
sagrados. Passam a maior parte do tempo fazendo isso e não trabalham. Muitos não têm o
que comer e por isso carecem do equilíbrio orgânico. A verdadeira espiritualidade não está
em a pessoa arrastar-se para esse ou aquele local sagrado. O local sagrado é no lado direito
do peito, pois é onde o divino se reflete. Pode-se considerar que um ashram é um lugar
sagrado. Todos os lugares onde se medita e devociona são sagrados. Não é necessário que se
vá a locais especiais para se adquirir algum tipo de espiritualidade.
Perguntavam a Bhagavan Sri Ramana se banhos no rio Ganges, defumação, pintura na
testa e outros sinais externos de espiritualidade trazem a autolibertação. E Ramana sempre
respondia que isso não liberta o homem da ignorância espiritual, mas pode ajudar na jornada
rumo à conscientização do divino. Um sábio como Bhagavan Sri Ramana não iria discordar de
um povo que é altamente ritualístico em sua tradição a respeito do caminho espiritual.
Nenhum Mestre interfere no caminho que as pessoas trilham, por mais estranho que esse
caminho pareça ser. Ele só orienta e responde àquilo que lhe é perguntado. É evidente que é
muito mais valioso meditar e devocionar que ficar com um rosário fazendo novenas. Porém
há pessoas que nem novenas fazem. Na Índia, por exemplo, há algumas técnicas como a de
usar uma rudra de cento o oito contas e com ela recitam-se cento e oito vezes os mantras,
por infinidades de vezes. Isso realmente ocupa a mente, acalmando-a, mas é uma
espiritualidade externa. É uma disciplina, uma espécie de penitência. Isso não é totalmente
infrutífero. Pode ajudar, como disse Bhagavan Sri Ramana, mas não traz a conscientização da
Verdade Suprema.
Todas as práticas são sagradas se a pessoa é sincera na busca espiritual, já que ela
tem si mesma o lugar sagrado, ou seja, todas as práticas, embora externas, devem ter
origem no lado direito do peito. Só assim serão frutíferas. Porém, se forem simplesmente
repetidas para outras pessoas verem, ou porque esse é um caminho adotado por ser, talvez,
o mais fácil, não significa que a pessoa se conscientizará um dia do Ser Supremo.
Bhagavan Sri Ramana e Mahatma Gandhi trouxeram para os homens, e em especial
para o povo da Índia, a idéia de que se deve praticar o paralelismo nas ações. Só a
espiritualidade ou só o trabalho não funciona. Porém, o trabalho sempre dignifica e a falsa
espiritualidade danifica. Entre uma falsa espiritualidade e o trabalho, é preferível o trabalho,
porque a falsa espiritualidade faz com que o homem minta para si mesmo e também para os
outros, causando-lhes muito mal. Com o trabalho isso não acontece, pois ele é a força
dinâmica que flui do Eterno Criador. Ele contribui para que o homem mantenha o equilíbrio,
superando os estados de desânimo, fraqueza e ociosidade. O homem é infeliz quando se
recusa a trabalhar. Se todos trabalhassem naturalmente, jamais existiriam desarmonias e
nunca se ouviria falar em guerras ou rumores de guerras. A paz vem da vontade de
trabalhar, pois através dela o homem adquire a sabedoria, o discernimento e é impelido a
procurar o divino em si mesmo. O trabalho é um processo natural de autolibertação,
ajudando o homem a viver na consciência pura, no amor universal e na felicidade perfeita.
É imprescindível que a pessoa aja sempre com equilíbrio. No Brasil isso acontece. O
povo brasileiro segue um caminho espiritual e também trabalha. Não se pode querer apenas
espiritualizar-se e abandonar o trabalho. É preciso manter tudo em equilíbrio. Se se seguir
apenas o materialismo ou o espiritualismo haverá problemas. Muita matéria é ruim. A falsa
espiritualidade também é ruim. No Ocidente acontece, geralmente, o extremo materialista.
Há muitos prédios, muita poluição, cidades muito cimentadas, a luta violenta pela
sobrevivência. Há, de fato, grandes problemas. Acredita-se que nesta época exista muito
progresso, muita tecnologia. O que existe nessa área é ridículo, pois tudo está impregnado
pela desarmonia humana. Está tudo poluído. Não existe quase nada no campo tecnológico
que possa ser usado positivamente. O homem não tem evolução para isso. De que adianta se
ter um grande computador se as pessoas agem com maldade? O ser humano pensa que é
evoluído, mas isso não passa de uma ilusão, de um pensamento apenas.
É necessário trabalhar, meditar e devocionar, viver naturalmente. O homem do campo
vive em estado natural. É preciso aprender com ele. Hoje em dia, quem tem uma enxada está
melhor que aquele que diz viver no progresso, com muita tecnologia, pois o mundo está
sendo aniquilado por esse pseudo-progresso. Se o homem do campo deixar de plantar, como
os que moram nas cidades sobreviverão? Fala-se muito em desenvolver tecnologia, mas do
que realmente o ser humano necessita é o alimento que o sustenta. Não se come o
computador, os transístores, os cabos, os bancos de dados. O homem criou uma situação
muito estranha para si mesmo. Dá valor às coisas supérfluas e esquece o que lhe possibilita a
própria sobrevivência. Ele se esquece de que aquilo que lhe permite sobreviver vem do
campo, dos animais, como a vaca, por exemplo, que lhe doa o leite e que se sacrifica para
que ele coma a sua carne. Muitos se esquecem disso. Aquele que não aprender a plantar
como o homem do campo faz, não sobreviverá na Terra. Não há tecnologia que o faça
sobreviver. Ele comerá o quê? Grandes usinas? Aquele que pensa que possui grande
tecnologia deve observar que ela não serve para nada no momento em que ele precisa
comer, beber. Se o homem do campo deixasse de produzir os alimentos, aqueles que moram
em cidades em pouco tempo ficariam possessos devido à fome.
O homem é levado a acreditar que precisa de toda essa tecnologia. Nesse ponto ele
começa a vender idéias, um para o outro, e aí iniciam-se todos os problemas e o afastamento
do caminho natural, espiritual. As pessoas começam a comprar idéias veiculadas pela
televisão, pela propaganda, e imaginam que precisam de muitas coisas. Todas deveriam
aprender a produzir sua própria alimentação, aquela que hoje em dia comodamente compram
no supermercado. Tecnologia nenhuma evitará as catástrofes que estão profetizadas e que já
estão acontecendo. Nenhuma tecnologia será capaz de parar os maremotos, os terremotos,
as erupções vulcânicas, os vendavais. Nenhuma tecnologia será capaz de parar a
verticalização do eixo da Terra ou afastar o planeta intruso que dela se aproxima. O homem
sabe explodir bombas sobre seres inocentes. Isso ele faz muito bem com a sua tão cultuada
tecnologia. Essa mesma tecnologia ele usa nos hospitais para salvar vítimas.que possuam
muito dinheiro. Será que alguém que seja pobre usufrui do mesmo progresso tecnológico
num hospital? Então a tecnologia não serve para nada. O que falta no planeta Terra é amor
entre as pessoas. É preciso que devocionemos bastante para que se abra um canal e, através
dele, essa virtude divina volte e tocar os corações dos homens.
AUTOCONSCIENTIZAÇÃO
Aquele que insiste em viver na ignorância espiritual nunca se liberta do sofrimento. É
preciso que o homem sinta que ele e o Ser Supremo são um só. O conceito de dualidade deve
ser dissolvido. Isso pode ser conseguido pelas constantes práticas da meditação e devoção
iniciáticas. Quando há a conscientização da unidade com o Ser Supremo todos os resultados
das ações praticadas durante os longos ciclos de nascimentos e mortes são aniquilados. Os
que seguem os ensinamentos do Consolador libertam-se de todos os apegos; eles renunciam
aos prazeres, são perfeitamente controlados, são pacíficos. Da firme convicção de se ter como
verdadeira identidade o Ser Universal nasce o conhecimento supremo. Somente assim a
ignorância espiritual é destruída. O êxito, porém, depende essencialmente do praticante, que
deverá seguir, sem restrições, toda orientação dada pelo Mestre.
No caminho direto da autoconscientização o homem permanece livre da ignorância
espiritual. Ele aprende a controlar seus pensamentos, suas ações e sua vida. Só a pureza, a
Verdade e a beleza acham lugar em seu coração, pois não mais é atraído pelas coisas
mundanas, pelos falsos ensinamentos, pelos pseudomestres. Vive em harmonia constante
consigo mesmo e com todas as coisas da criação. À medida que avança nesse sagrado
caminho sente uma liberdade de palavras e ações que surge como uma atitude automática
através das práticas iniciáticas que o Consolador lhe ensina. Essa liberdade existe em cada
homem, e vem à tona quando ele deixa de viver enclausurado pelo mundo das convenções
ortodoxas daqueles que dirigem a humanidade. É preciso viver sempre no silêncio que traz a
sabedoria suprema e estabelecer-se no eterno, sem sentimento de individualidade, e jamais
se deixar envolver por qualquer sensação de prazer ou dor, bem ou mal, tristeza ou alegria.
Deve-se estar sempre em plenitude de conhecimento supremo e saber que nada mais existe
além do Divino Ser Universal.
Quem se conscientizou da Verdade Absoluta está livre de coisas mutáveis, pois
transcendeu todo falso conhecimento através da intuição pura despertada pelas técnicas
espirituais iniciáticas. Com o pleno conhecimento o homem pode perceber que todo erro, todo
mal e seus conseqüentes sofrimentos não têm outra origem senão a mente pensante.
É preciso retornar ao estado natural, agir em harmonia com toda a manifestação. É
fácil observar a grande harmonia da natureza. As plantas, por exemplo, vivem nesse estado.
Elas nascem, crescem, florescem e dão o seu fruto. As pessoas, porém, esqueceram-se de
que são divinas em essência e de que devem viver naturalmente e esforçar-se para
transcencer a parte ilusória. A mente, o corpo e os sentidos são ilusórios, servem apenas
como meios para se viver consciente da verdadeira natureza, a divina, que é a única
realidade existente. Agora, mais do que nunca, os homens devem trazer à tona os seus reais
valores; devem deixar que a intuição pura tome o lugar da mente pensante através da
meditação silenciosa.
Agora todos podem conscientizar-se da Verdade Suprema, pois o Consolador já está
presente na Terra. Depende de cada pessoa procurá-la em si mesma. Para isso basta iniciarse no caminho direto da auto-conscientização. Dessa maneira não mais haverá guerras no
mundo, pois o importante não é vencer a outra pessoa, mas os falsos personagens que estão
no seu próprio psiquismo. Aquele que toma consciência dessa Verdade vence a ignorância
espiritual.
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O CONSOLADOR ÍNDICE Prefácio 13 I