UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
COMO A PSICOMOTRICIDADE PODE FACILITAR A
APRENDIZAGEM DO JIU-JITSU POR CRIANÇAS ENTRE
DOIS ANOS E MEIO E QUATRO ANOS DE IDADE?
ANDRÉ CARVALHO PINTO
ORIENTADORA
Mª. DINA LÚCIA CHAVES ROCHA
Rio de Janeiro
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
COMO A PSICOMOTRICIDADE PODE FACILITAR A
APRENDIZAGEM DO JIU-JITSU POR CRIANÇAS ENTRE
DOIS ANOS E MEIO E QUATRO ANOS DE IDADE?
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em
Psicomotricidade.
Por: ANDRÉ CARVALHO PINTO
Rio de Janeiro
2010
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AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por me
capacitar em todas as minhas vitórias. Agradeço a
Professora Helena Daniel, que através do Colégio MOPI
me impulsionou em direção a novos horizontes, ao
Grande Mestre Francisco Mansor por me transmitir, ao
longo de 20 anos de convivência, as mais ricas
experiências psicomotoras e a todos os Professores que
tornaram o curso de Pós-Graduação em Psicomotricidade
da Universidade Candido Mendes agravável e muito
proveitoso.
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DEDICATÓRIA
Este trabalho é dedicado aos meus filhos,
Kayla e Korey e a todos os meus alunos, por serem os
melhores professores com quem um educador pode
aprender.
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RESUMO
O que se pretende com este trabalho é tornar notória a riqueza psicomotora do
Jiu-Jitsu e atrelar valores entre a prática e a ciências na tentativa de se
esclarecer condutas que dêem aos profissionais de Jiu-Jitsu condições de
melhorar suas aulas, tornando-as adequadas às necessidades de seus alunos,
respeitando suas individualidades de acordo com sua faixa etária e grau de
desenvolvimento, tendo como proposta principal atender crianças entre 2 anos
e meio e 4 anos de idade, preparando-os em suas bases psicomotoras para a
prática do Jiu-Jitsu.
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METODOLOGIA
O presente trabalho tem o compromisso de pesquisar, investigar,
verificar, comparar e demonstrar a importância da Psicomotricidade, como
facilitadora, na aprendizagem do jiu-jitsu. Esta pesquisa se desenvolveu de
uma forma, não apenas baseada na literatura encontrada, mas também,
tentando transmitir ao leitor todo sentimento, experiência e vivência do
Pesquisador com o jiu-jitsu, nos mais de 20 anos de convivência com a prática
do jiu-jitsu, dentro e fora da Academia Kioto.
Entre os autores pesquisados, estão: Oliveira, Mansor, Machado,
Nunes, entre outros, pois demonstraram profundo conhecimento dos efeitos
que psicomotricidade exerce sobre o comportamento humano não só sobre os
aspectos das atividades corporais, mas cognitivas e afetivas integrando um ser
biofisicopsicoemocional e sociohistórico.
Foram realizadas entrevistas, com o grande Mestre Mansor e
conversas não formais com o Grande Mestre Hélio Gracie, quando vivo.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1
A PSICOMOTRICIDADE
CAPÍTULO 2
O JIU-JITSU
CAPÍTULO 3
A PSICOMOTRICIDADE DO JIU-JITSU
CAPÍTULO 4
ATIVIDADES PSICOMOTORAS PARA DESENVOLVER O APRENDIZADO
DO JIU-JITSU EM CRIANÇAS ENTRE 2 ANOS E MEIO E 4 ANOS.
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
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INTRODUÇÃO
No decorrer de mais de cem anos, estudos vêm sendo elaborados e
consequentemente vão chegando as mais variadas conclusões, que em alguns
momentos se completam e em outros divergem. Estas pesquisas têm em
comum buscar respostas sobre o funcionamento dos mecanismos da
psicomotricidade, como estes podem ou devem ser trabalhados para a
produção de resultados cada vez melhores na sua aplicação no processo
educativo, na reeducação psicomotora ou ainda para o acompanhamento ou
monitoramento das fases de desenvolvimento.
É notório e tradicionalmente relevante que a prática desportiva
contribua para o desenvolvimento psicomotor da criança, principalmente
quando se leva em conta a necessidade da realização de uma infinidade de
movimentos, específicos ou não, que são exigidos durante o transcorrer de tais
atividades. Contudo, que esporte escolher? Com que idade se deve introduzir
a criança à prática desportiva? E como esta atividade deve ser apresentada de
forma a atingir não só as suas expectativas, mas também as suas
necessidades psicomotoras?
Sabe-se que as artes marciais, e em particular o Jiu-Jitsu, em
consequência das exigências motoras relacionadas às suas técnicas e
movimentos
diferenciados
promovem
vantagens
ao
desenvolvimento
psicomotor daqueles que o praticam. No Brasil, esta modalidade vem sendo
praticada desde o inicio do século 20, mas só foi introduzida oficialmente ao
publico infantil em 1965, pelo então professor Francisco Mansor considerado
por muitos, na época, um “louco” por seu feito.
Ainda se discute muito a idade mínima recomendada para o início de
sua prática dada complexidade e especialização de seus movimentos, ou ainda
pelas dificuldades apresentadas, pelos profissionais da área, em alcançar as
necessidades de crianças com menos de 4 anos. Por isso, um olhar mais
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atento pretende unir os conhecimentos e as ferramentas da Psicomotricidade
e a extraordinária riqueza de movimentos do Jiu-Jitsu permitindo assim, que
crianças a partir dos 2 anos e meio possam ter seus primeiros contatos com os
benefícios desta arte.
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CAPÍTULO 1
PSICOMOTRICIDADE
Define-se
como
psicomotricidade
a
ciência
que
estuda
os
movimentos humanos a partir de suas projeções psíquicas, ou ainda como a
ciência que estuda a relação entre os pensamentos e os movimentos humanos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Psicomotricidade – SBP (1999),
“A psicomotricidade está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo
é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas”.
1.1 O que é Psicomotricidade?
O termo mencionado por Dupré na primeira década do século XX,
pretende tornar, ainda mais evidente, a impossibilidade de se estudar ou de se
avaliar os movimentos humanos separando-os dos atos cognitivos, quer seja
como estimulo, quer seja como resposta, principalmente ao se constatar uma
estreita relação entre as anomalias psicológicas e as anomalias motrizes
denominadas por Dupré como “debilidade motriz”.
1.2 Objetivos da Psicomotricidade
A psicomotricidade não se limita, a um simples olhar avaliador sobre
os processos de aprendizagem, ou na simples busca pela harmonização entre
o sentir e o fazer. Muito, além disso, sob os olhares atentos dos mais
conceituados estudiosos, esta ciência vem evoluindo através do tempo e
transpondo os continentes em busca de criar e recriar instrumentos que atuem
como agentes facilitadores do desenvolvimento em sua essência.
11
Aristóteles já possuía um pensamento psicomotor, ao defender a
pratica da ginástica para preparar o corpo e o espírito bem como a escolha da
pratica adequada ao indivíduo, afim de que esta lhe proporcionasse melhores
resultados.
Harrow (1972) observa os desafios da vida primitiva e sinaliza que a
luta pela sobrevivência esta ligada ao desenvolvimento motor, através das
necessidades evidentes nas atividades básicas como caça, pesca, colheita e
até autodefesa.
Hoje o homem ainda necessita dessas habilidades, embora tenha
se aperfeiçoado, em função de melhor se adaptar ao meio em que vive,
buscando um melhor domínio corporal, boa percepção áudio-visual, orientação
espaço-temporal, percepção de forma, tamanho, número, coordenação fina,
global, equilíbrio e outras faculdades.
1.3 Áreas de Atuação da Psicomotricidade
1.3.1 Estimulação Psicomotora
A estimulação psicomotora segundo Bueno (1998, p. 83):
É o programa que envolve contribuições para o
desenvolvimento harmonioso da criança no começo de sua
vida, caracterizando-se por atividades que se preocupam e vão
ao encontro das condições que o individuo apresenta acima de
tudo na sua capacidade maturacional, procurando despertar o
corpo e a afetividade por meio de movimentos e jogos e
buscando a harmonia constante. Estimulação quer dizer
despertar, desabrochar o movimento. Dirigir-se prioritariamente
a recém-natos e pré-escolares.
Neste momento, tudo o que se passa ao redor da criança é
percebido por ela e influenciará diretamente na forma como tais estímulos
serão absorvidos e principalmente como serão interpretados, fazendo parte de
suas atitudes e na formação de seu caráter e personalidade.
Piaget (1987) faz menção sobre a importância de se identificar e de
se acompanhar as fases tanto do desenvolvimento motor quanto cognitivo,
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frente à integralidade entre estas, afim de que se possam perceber suas
recíprocas influências.
Piaget (apud Oliveira, 1997, p.31) menciona que o desenvolvimento
mental, se constrói paulatinamente, passo a passo, “É uma equilibração
progressiva, uma passagem contínua de um estado de menor equilíbrio para um
estado de equilíbrio superior”. Este equilíbrio para Piaget (op. cit.) significa “[...] uma
resposta do sujeito frente às perturbações exteriores ou interiores”.
Os desafios do meio podem acarretar perturbações e provocar um
desequilíbrio. Em resposta, o individuo vai procurar novas formas de equilíbrio
no sentido de maior adaptação ao meio e com isso atinge um maior
desenvolvimento. O desafio então é o estimulo que provoca a necessidade da
adaptação.
1.3.2 Educação Psicomotora
O ser humano esta apto a se desenvolver e a aprender a partir de
sua concepção até o momento de sua morte. Por meio das percepções
vivenciadas, sejam estas direcionadas ou não, especializadas, cotidianas,
condicionadas, arbitrarias as suas vontades ou ainda que por vontade própria.
A humanidade vem sendo educada a se adaptar ao meio em que vive e isso
ocorre a todo instante.
Conforme Bueno (1998, p. 84) “A educação psicomotora abrange
todas as aprendizagens da criança, processando-se por etapas progressivas e
especificas conforme o desenvolvimento geral de cada individuo”.
De acordo com Le Boulch (1982, p. 24), diz:
A educação psicomotora deve ser considerada como uma
educação de base na escola primária. Ela condiciona todos os
aprendizados escolares; leva a criança a tomar a consciência
de seu corpo, da lateralidade, a situar-se no espaço, a dominar
seu tempo, a adquirir a coordenação de seus movimentos.
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Vayer (apude Beuno, 1998, p. 84) coloca que. “Do ponto de vista
educativo, o papel e o lugar da educação psicomotora na educação geral
corresponderá, naturalmente, as diferentes etapas de desenvolvimento da
criança”.
Lapierre (apude Bueno, 1998, p.84) relata que a educação
psicomotora “É uma ação psicopedagógica que utiliza os meios da educação
física, com a finalidade de normalizar ou melhorar o comportamento do
indivíduo”.
1.3.3 Reeducação Psicomotora
Quando
indivíduos
sofrem
com
perturbações
ou
distúrbios
psicomotores, entra em ação a reeducação psicomotora. Esta tem como
objetivo retomar as vivências anteriores, identificando e recuperando suas
falhas.
A atribuição da reeducação psicomotora está contida nas mais
diversas áreas profissionais: pedagogia, educação física, fonoaudiologia,
fisioterapia, terapia educacional, psicologia e psicomotricistas entre outros.
De Fontaine ( in Bueno,1998, p.85) diz:
A reeducação psicomotora embasa sua eficiência no fato de
que se remonta às origens, aos mecanismos de base que
estão na origem da vida mental, controle gestual e do
pensamento, controle das reações tônico-emocionais,
equilíbrio, fixação na atenção, justa preensão do tempo e do
espaço.
1.3.4 Terapia Psicomotora
A diferença entre terapia e reeducação psicomotora esta no enfoque
do problema e nos ambientes em que estas são realizadas. Segundo Bueno
(1998, pg. 85).
A terapia psicomotora envolve crianças com quadro de
hipercinese associado a outras dificuldades do tipo:
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agressividade acentuada, punções motoras incontroladas,
deficiências neurológicas, dificuldades de relacionamento,
transtornos psicomotores associados com transtornos de
personalidade e que por isso mesmo deve ser desenvolvida em
centros médicos psicopedagógicos, em hospitais psiquiátricos,
em clinicas terapêuticas, ou estabelecimentos especializados
em psicomotricidade.
Além disso, é essencial que a qualidade do relacionamento corporal e da
comunicação afetiva entre terapeuta e paciente seja ritmada de acordo com o “time”
daquele que esta sendo tratado.
1.4 Psicomotricidade Funcional
São áreas da psicomotricidade funcional, como: esquema corporal;
lateralidade; equilíbrio; coordenação motora global; coordenação motora fina;
estruturação espacial; estruturação temporal, ritmo.
Para um melhor entendimento, serão citados alguns autores e suas
compreensões sobre cada área supracitada.
Segundo Oliveira (1997, p. 47) o conceito de esquema corporal se
traduz na idéia de que “O corpo é uma forma de expressão da individualidade.
A criança percebe-se e percebe as coisas que a cercam em função de seu
próprio corpo. [...] Ela passa a distingui-lo em relação aos objetos”.
Percebe-se a importância de se conhecer o próprio corpo, e daí
partir para novas descobertas a fim de relacionar este corpo com o que se
passa ao seu redor, quando observamos o que dizem Machado e Nines (2010,
p. 30). “É de fundamental importância que se estimule o reconhecimento do
corpo da criança, pois sem o desenvolvimento dessa função psicomotora,
provavelmente as outras que se seguirão ficarão comprometidas”.
Quanto à lateralidade, se sabe que todos nós possuímos um lado
do corpo que se destaca em relação ao outro quando precisamos realizar
alguma atividade corporal. Este lado é chamado de dominante e chamamos de
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destros as pessoas que utilizam seu lado direito e de canhotos os que se
utiliza do lado esquerdo.
É sabido, no entanto, que mesmo em se tratando de um atributo
neurológico desenvolvido durante nossa formação intra-uterina, muitas
pessoas acabam sendo obrigadas a desenvolverem seu lado direito mesmo
sendo canhotas, por questões de crendice e tabus.
O equilíbrio segundo Machado e Nines (2010, p. 31) “É um tipo de
resposta acionada para contrapor-se às forças que tendem a gerar o
desequilíbrio causado por toda e qualquer atividade motora realizada”.
Ainda conforme Machado e Nines (2010), existem dois tipos de
equilíbrio, o equilíbrio estático que ocorre, por exemplo, quando precisamos
nos manter em equilíbrio ao andarmos de skate ou surfarmos, e o equilíbrio
dinâmico que ocorre durante a marcha humana ou ao salto em distancia.
Mesmo ao estarmos em pé e imóveis o corpo busca uma tentativa
de equilíbrio constante em relação às forças da gravidade.
A coordenação motora global é tida por Almeida (2006, p. 43),
como “O trabalho que vai apurar os movimentos dos membros superiores e
inferiores”. Na verdade esta relacionada às diversas atividades do nosso
cotidiano e a outras áreas da psicomotricidade funcional já mencionadas, e as
que ainda serão discutidas neste capitulo.
Tanto as atividades mais simples como andar, sentar-se e levantarse, levar um copo com água à boca ou vestir e tirar uma camisa fechada, assim
também as mais complexas como dirigir um carro mecânico, tocar piano ou
executar um salto triplo são ações neuromusculares que requerem uma
combinação de varias áreas psicomotoras.
Segundo Oliveira (2000, p. 42), “Uma criança desde cedo pratica
atividades que lhes propiciam certa coordenação global de seus movimentos”.
De fato quanto mais natural e de fácil execução for um movimento, menor
serão o esforço e consequentemente o dispêndio de energia para a realização
16
do mesmo. Logo a destreza com que este seja realizado pode interferir em
seu resultado final.
Já a coordenação motora fina requer mais destreza e habilidade,
principalmente a manual, sendo as mãos as principais ferramentas utilizadas
por nós seres humanos para a realização das mais variadas tarefas cotidianas.
Sabe-se ainda, a importância da Educação Física Escolar no auxílio
do desenvolvimento desta coordenação, haja vista que Machado e Nines
(2010, p. 33), revelam “Mudanças consideráveis no gestual motor fino da
criança, auxiliando no desenvolvimento da escrita”.
Em Almeida (2006, p. 49), “Esta coordenação diz respeito aos
trabalhos mais finos, aqueles que podem ser executados com o auxilio das
mãos e dedos, especificamente aqueles com importância entre olhos e mãos”.
A estruturação espacial é aquela em que, segundo Meur e Staes
(apud Machado e Nines 2010, pg. 33), “A criança deve conhecer o espaço
imediato em que vive e nele se movimentar sem esbarrar nos móveis, ir
sozinho de um lugar para o outro”.
Segundo Oliveira (2000, p. 74),
A estruturação espacial é essencial para que vivamos em
sociedade, É através do espaço e das relações espaciais que
nos situamos no meio em que vivemos, em que estabelecemos
relações entra as coisas, em que fazemos observações,
comparando-as, vendo as semelhanças e diferenças entre
elas. Nesta comparação entre os objetos constatamos as
características comuns a eles ( e as não comuns também).
Através de um verdadeiro trabalho mental, selecionamos,
comparamos os diferentes objetos, extraímos, agrupamos,
classificamos seus fatores comuns e chegamos aos conceitos
destes objetos e as categorizações.
Quando se fala em estruturação temporal, Oliveira (2000, p. 85),
diz que:
“As noções de corpo, espaço e tempo têm que estar
intimamente ligadas se quisermos entender o movimento
humano. O corpo coordena-se, movimenta-se continuamente
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dentro de um espaço determinado, em função do tempo, em
relação a um sistema de referência”.
É possível que se analise o funcionamento da estruturação temporal
de uma pessoa quando esta, por exemplo, narra uma história. A organização
dos fatos, o nível de eloqüência e do ritmo da fala na coordenação entre a fala
e os gestos. No entanto para se afirmar que alguém tem um distúrbio em sua
estrutura temporal, bem como de quaisquer uma das outras coordenações já
mencionadas
neste
trabalho
é
preciso
que
sejam
realizados
testes
psicomotores específicos.
Quanto ao ritmo, este estará sempre presente em qualquer
atividade motora, ainda que indiretamente, e quando solicitado como ação
motora principal ditará o “andamento” do evento estando diretamente
relacionado com o tempo e com o espaço.
De acordo com Machado e Nines (2010, pg. 34 apude Conceição
2003), ritmo “é a organização constante e periódica de um ato motor. É forma
de se deslocar no espaço obedecendo a uma determinada seqüência de sons
ou musicas. Para ter ritmo é preciso ter organização espacial”.
1.5 Psicomotricidade Relacional
Como o próprio termo sugere a psicomotricidade relacional esta
baseada nas relações entre os indivíduos, ou seja, nas trocas de informações
geradas por suas vivencias práticas que vão sendo passadas reciprocamente
entre adultos e crianças e entre as próprias crianças.
Conforme Machado e Nines (2010, pg. 28), “A brincadeira faz parte
do cotidiano da criança. Com isso esta atuação relacional utiliza-se do brincar
como recurso motivador”. É evidente então que a brincadeira se tornou uma
ferramenta indispensável para o “estimulo da exteriorização corporal” daquilo
que se esta aprendendo ou desenvolvendo.
18
Para Lapierre (apude, Machado e Nines 2010, pg. 28) a base da
psicomotricidade relacional consiste em:
Criar um espaço de liberdade propicia aos jogos e brincadeiras.
O objetivo é fazer a criança manifestar seus conflitos
profundos, vivê-los simbolicamente. No âmbito educativo, esse
tipo de atuação servira de precaução contra o surgimento de
distúrbios emocionais, motores e de comunicação que
dificultem a aprendizagem.
Para Lapierre (1984), O ser que sente, age e reage diante dos
acontecimentos a sua volta é o reflexo de sua construção psicomotoras a partir
de suas experiências, aprendizagens a desenvolvimentos adquiridas nas
diferentes fases de sua vida.
Em suma, pode-se refletir sobre a importância da psicomotricidade
relacional acontecer de forma gradual e natural, mas para que suas
contribuições
sejam,
realmente,
atuantes
e
facilitadoras
para
o
desenvolvimento geral da criança, é preciso um mediador atento e ativo quanto
às necessidades eminentes durante a contextualização da aprendizagem e
ainda que estas ações sejam continuadas em casa pela família.
19
CAPÍTULO 2
O JIU-JITSU
2.1 História do Jiu-Jitsu
De acordo com o site da Confederação Brasileira de Jiu-Jítsu, esta
modalidade que traduzida quer dizer arte suave foi criada ao norte da Índia a
algumas milhas acima de Benares em 2.500 a.C. quando então nascia o
príncipe Sidhartha Gautama (Buda).
Em virtude da necessidade de se ausentarem dos monastérios,
tanto para o comércio quanto para a disseminação da religião, os monges eram
constantemente abordados por salteadores que usavam de violência física
para tomar seus pertences e até mesmo matá-los.
Com sua essência, baseada em conhecimentos sobre o corpo
humano e princípios tais como: equilíbrio, momento de força, sistemas de
alavancas, inércia etc., o Jiu-Jitsu surgiu como o mais completo sistema de
defesa pessoal do mundo, possuindo naquela época 113 estilos, dos quais
somente 64 são conhecidos em nossos dias.
2.1.1 Jiu-jitsu no Brasil
No Brasil, esta arte marcial foi introduzida no início do século XX por
Mituio Maeda (Conde de Koma), e difundida pelos irmãos Gracie, em especial
pelo Grande Mestre Hélio Gracie.
Contado pelo próprio Mestre Hélio Gracie, sua primeira façanha em
relação ao jiu-jitsu foi aos 12 anos de idade quando surpreendeu a todos
quando decidiu dar aula a um aluno de seu irmão mais velho, Mestre Carlos
Gracie, que se atrasou para o inicio da mesma e ao chegar foi comunicado
20
pelo então aluno, que dali por diante este só faria aulas com seu irmão mais
novo.
Em depoimentos a revistas e canais esportivos de televisão Hélio
Gracie contou que se considerava um “papagaio”, ou seja, somente imitava o
que via seus irmãos fazendo, mas por se tratar de um garoto doente e frágil, de
pouca força física e nenhum preparo atlético teve que adaptar os movimentos
da luta para que os pudesse realizar com êxito.
Tamanha foi a surpresa, quando se observou que tais adaptações
transformaram o Jiu-Jitsu que tradicionalmente exigia muito das qualidades
físicas em uma arte marcial que pudesse ser praticada por qualquer pessoa e
mais, se tornou mundialmente conhecido como Jiu-Jitsu brasileiro.
Hoje, é um esporte muito praticado pelos brasileiros que detêm a
hegemonia mundial, tanto no âmbito esportivo quanto profissional e
educacional.
2.2 O Grande Mestre Francisco José Mansor
Em
seu
livro,
A
BÌBLIA
DO
BRAZILIAN JIU JITSU editado em 2006, O
Grande Mestre Francisco Mansor relata fatos
conhecidos
e
particularidades
que
transcorreram a história do jiu-jitsu no Brasil.
A
grande
maioria
desses
eventos
foi
presenciada pelo Grande Mestre Mansor, que
os vivenciou ativamente. Ele conta que a
pesar de toda tradição o jiu-jitsu não era
ensinado para crianças, pelo menos não nas
academias. Somente os mais íntimos dos
professores tinham contato com o esporte,
por vivenciarem-no em âmbito familiar.
21
Em meados dos anos 50 ele saiu de Minas Gerais e chegou ao
Rio de Janeiro onde teve seu primeiro contato com o jiu-jitsu aos 16 anos de
idade. Ele mesmo conta que era metido à valente e foi até a academia do
Mestre Hélio Gracie para provar sua valentia. Resultado... Apanhou, mas
registrou seus valores aos olhos do mestre que lhe ofereceu uma bolsa para
treinar em sua academia. Mais tarde veio a se tornar um dos cinco homens fora
da família Gracie que recebeu o diploma de faixa preta do amigo e Grande
Mestre Hélio Gracie.
É membro fundador da Federação de Jiu-Jitsu do Estado do Rio de
Janeiro e da Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu, nas quais atuou em
diferentes departamentos chegando a presidir os conselhos de mestres e de
ética e ao cargo de vice-presidente do departamento técnico.
É um dos responsáveis pela criação dos regulamentos para
competições e das novas regras de arbitragem e hierarquia de faixas, no Brasil
e no mundo. Suas contribuições na área acadêmica continuam através de
palestras e seminários sobre “As artes Marciais” e “Vivendo uma vida
saudável”. Tanto em escolas como em universidades.
É fundador e proprietário da Academia Kioto de Jiu-Jitsu, no Brasil e
Estados Unidos, uma das mais conhecidas, tradicionais e respeitadas
academias, de jiu-jitsu do mundo e a primeira a ensinar jiu-jitsu para crianças.
Já recebeu inúmeras homenagens, comendas e títulos de Hall da
Fama nos Estados Unidos da América e também na Europa em
reconhecimento ao seu trabalho e dedicação para o desenvolvimento das artes
marciais, especialmente o Jiu-Jitsu brasileiro e teve seu primeiro livro de
técnicas, “A BÍBLIA do BRAZILIAN JIU JITSU” publicado em três continentes e
seis idiomas além de vários DVDs.
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2.2.1 Hierarquia de faixas do jiu-jitsu
Faixa Branca (Iniciante de qualquer idade)
Faixa Cinza (Graduados até 6 anos de idade)
Faixa Amarela (Graduados entre 7 e 15 anos de idade)
Faixa Laranja (Graduados entre 10 e 15 anos de idade)
Faixa Verde (Graduados entre 13 e 15 anos de idade)
Faixa Azul (Graduados a partir de 16 anos de idade)
Faixa Roxa (Graduados a partir de 16 anos de idade)
Faixa Marrom (Graduados a partir de 18 anos de idade)
Faixa Preta (Graduados a partir de 19 anos de idade)
Faixa Vermelha e Preta (Mestre)
Faixa Vermelha (Grande Mestre)
2.3 O Sistema Kioto de Jiu-Jitsu
Em 1965 o ensino do jiu-jitsu para crianças começou a se tornar
“oficial”. Com sua didática experimental Mansor pode verificar necessidades de
adaptações e de se organizar as aulas de jiu-jitsu para que estas pudessem ser
melhor aproveitadas tanto pelo o professor quanto para o aluno. Nascia então o
Sistema Kioto de Jiu-Jitsu, que com o passar dos anos veio sendo atualizado
pelo próprio Mestre Mansor, que detêm todos os direitos sobre a metodologia
que auxiliou no desenvolvimento e formação de mais de 20.000 alunos.
O Sistema Kioto de Jiu-Jitsu enfatiza o auto desenvolvimento e o
reconhecimento individual, sendo isso o mais importante que a vitória sobre o
oponente.
Não existe pré seleção de praticantes. O treinamento do Sistema
utiliza métodos que procuram aumentar ou melhorar a percepção, o equilíbrio e
23
a força física, objetivando desenvolver o potencial do indivíduo para que este
possa se defender.
O Sistema Kioto de Jiu-Jitsu não é simplesmente um estilo de arte
marcial. É um complexo sistema de defesa, que requer o uso de reflexos e
inteligências para que a aplicação de suas técnicas seja correta, ampliando as
qualidades físicas e mentais de seu praticante.
O nosso Sistema não pretende criar super homens, ou super
crianças, no entanto seus praticantes tornam-se extremamente
confiantes em suas habilidades facilitando a resolução de
situações mesmo sob grandes pressões resultantes do medo
da dor física. Aqueles que praticam nosso Sistema aprendem a
lidar com situações difíceis em quaisquer aspectos da vida,
inclusive no aspecto psicológico. Este é um dos pontos mais
importantes do Sistema para a educação da criança e do
adolescente, que são os que mais sofrem com a baixa auto
estima e com a falta de autoconfiança. Porém através dessa
pratica eles aprendem a respeitar a si mesmos e mostrar o alto
nível de desenvolvimento em esportes e interações sociais,
fenômeno que também atinge ao público adulto e está
diretamente relacionado ao sucesso em qualquer situação da
vida. (GRANDE MESTRE MANSOR, 2006, p. 8).
Torna-se evidente que a prática do Jiu-Jitsu através do Sistema
Kioto, é facilitada e recomendada para todos os indivíduos, não havendo prérequisitos ou favorecimentos diferenciados.
2.3.1 Os níveis de aprendizado do Sistema Kioto de Jiu- Jitsu..
O Sistema Kioto de Brazilian Jiu-Jitsu é composto de 42 níveis de
aprendizado sendo cada nível elaborado de 42 ou 30 aulas, progressivamente
preparadas, contendo exercícios diferenciados para adultos ou crianças de
ambos os sexos e até mesmo para portadores de necessidades especiais.
Os níveis de aprendizado são assim distribuídos:
15 Níveis contendo 42 aulas cada, com uso de kimono, para adultos.
9 Níveis contendo 42 aulas cada, com uso de kimono para crianças de 4 a 12
anos.
6 Níveis contendo 42 aulas cada, sem uso de kimono para adultos.
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3 Níveis contendo 42 aulas cada, de Vale tudo para adultos (profissionais).
3 Níveis contendo 30 aulas cada, de Defesa pessoal.
3 Níveis contendo 30 aulas cada, de Defesa ante-estupro
2 Níveis contendo 30 aulas cada, de Práticas policiais.
2 Níveis contendo 42 aulas cada, de Defesas de finalizações.
As turmas são divididas em faixas etárias para que o conteúdo,
assim como a dinamização das mesmas possam atender tanto as expectativas
quanto as necessidades e o grau de desenvolvimento de cada uma delas,
sendo distribuídas da seguinte forma:
4 a 6 anos
7 a 9 anos
10 a 12 anos
13 a 15 anos
16 anos em diante
2.3.2 Os benefícios do jiu-jitsu
Bem como qualquer outra atividade física o jiu-jitsu contribui para a
manutenção da saúde e do bem estar geral daqueles que mantém uma vida
fisicamente ativa. A saber, Pollock E Wilmore relatam em seu livro: Exercícios
na Saúde e na Doença (1993) que as mudanças de hábitos trazidas pela
revolução industrial poderiam ser um importante motivador do sedentarismo
que consequentemente é o principal ocasionador de problemas com a saúde.
De acordo com Mansor (2006, p. 10),
O Sistema Kioto de Jiu-Jitsu possui exercícios exclusivos e
movimentos especializados, que obedecem a uma didática
progressiva estimulando o reflexo, o auto controle e as
inteligências. O estudo e a prática desse sistema têm sido
constantemente recomendados por médicos, psicólogos e
educadores, porque é uma atividade que contribui para o
processo da educação, funciona como paliativo de tensões
psíquicas e atua como fator de desenvolvimento físico e mental
daqueles que o praticam.
25
Segundo Mansor (2006), os movimentos do Sistema Kioto de JiuJitsu ajudam a corrigir alterações psicomotoras, desenvolvendo e regulando as
áreas da psicomotricidade e causando uma influência positiva no indivíduo a
respeito de sua auto-estima e confiança, que são geralmente considerados
ingredientes fundamentais para a sua saúde emocional, e fisiológica.
Mansor acredita que assim como uma boa coordenação e
habilidades bem exploradas contribuem no desempenho acadêmico o
treinamento do Sistema Kioto de Jiu-Jitsu, também ajuda no condicionamento
dos reflexos, capacitando o individuo a tomar decisões rápidas e seguras em
situações caóticas, eliminando suas inseguranças e complexos.
São constantes os depoimentos de pais em relação a seus filhos e
dos próprios alunos sobre o que o jiu-jitsu tem feito por estes em relação às
seguintes competências:
Equilíbrio emocional, relacionamento inter e intrapessoal, disciplina,
respeito, desenvolvimento da responsabilidade com alimentação, horários,
estudos e no cotidiano em geral.
Muitos são levados até a Academia Kioto com dificuldades de
aprendizagem, falta de capacidade de concentração, mau comportamento e
até síndromes que, com o passar do tempo, o ambiente proporcionado pelo
que é conhecido como Família Kioto consegue produzir resultados dos quais
se orgulha muito.
Em outros âmbitos, porém não menos importantes, a prática deste
esporte, através deste Sistema auxilia na manutenção e melhoria dos
conhecimentos, da estrutura músculo esquelética, da própriocepção, do
sistema cardiovascular, neuro motor e em tantas outras valências físicas,
qualificando o jiu-jitsu uma atividade desportiva completa.
Para as crianças, principalmente as menores, os estímulos são ricos
e constantes, além de divertidos e altamente enriquecedores quanto às áreas
da coordenação motora funcional e afetiva, o que permite se propor seu
26
ensino, atrelado aos conhecimentos da psicomotricidade como ciência e
procedimento, para crianças na faixa etária definida pelo título deste trabalho.
Não se pretende formar campeões de jiu-jitsu nesta idade, até
porque não há competições previstas para as mesmas, por se tratar de um
grupo que requer atenções especiais e visa outros objetivos na escala de um
desenvolvimento normal.
O que se permite elaborar é um “mix” de atividades que atendam
principalmente às necessidades dos estímulos e educação psicomotoras das
crianças entre 2 anos e meio e 4 anos de idade, trazendo até estas uma
vivência
de
experiências,
consciências,
contatos
com
materiais
e
principalmente brincadeiras que ajudem no desenvolvimento de suas
competências e que, além disso, em havendo possibilidades e qualidades
individuais, além de boa percepção e controle do professor, seja possível se
criar bases que venham facilitar o aprendizado do jiu-jitsu.
27
CAPÍTULO 3
COMO TRABALHAR A PSICOMOTRICIDADE
DO JIU-JITSU?
Neste momento são de fundamental importância os conhecimentos
e a especialização do profissional que irá conduzir as atividades.
Viu-se que a psicomotricidade possui elementos que precisão ser
conhecidos, estudados e desenvolvidos de acordo com suas finalidades e
estas de acordo com as necessidades do aprendiz. Para isso, saber identificar,
avaliar, interpretar e aplicar as estratégias mais acertadas acerca das
solicitações do momento é imprescindível, mas que não acontecem como por
“milagre”.
É exigido que o profissional tenha recursos tais como bom senso,
equilíbrio, paciência conhecimento teórico e prático, conhecimento emocional
de seus alunos e habilidade em expor desafios possíveis de serem alcançados.
3.1 Espaço Físico
Para o bom andamento de uma aula de jiu-jitsu é preciso que se
disponha de um bom espaço para o desenrolar das atividades. Uma boa área
corresponde a algo em torno de 2m² por aluno e que um professor mais um
instrutor atendam no máximo 10 alunos por turma.
Este deve ser seguro, bem iluminado, limpo e bem arejado, o que
são exigências mínimas para a prática desportiva. É ideal que o solo seja
revestido de tatames ou materiais similares e que seja coberto por um tipo de
vinil que possa ser higienizado com facilidade. As paredes também devem ser
revestidas da mesma forma, pois o contato com estas é constantemente
28
desafiador e atrativo podendo causar acidentes se estas não forem
devidamente protegidas.
3.2 Material
Além do Kimono, a vestimenta utilizada nas aulas de jiu-jitsu, para o
transcorrer de uma aula atrativa e envolvente, pode-se utilizar desde os
materiais mais comuns e multifuncionais como cordas, bolas, bastões infláveis
ou de espuma, cones, luvas e manoplas, até materiais mais elaborados de uso
para psicomotricidade.
As musicas também são muito bem vindas para manter a atenção
das crianças voltadas para as atividades, fazendo com que sua participação
seja mais ativa. Logo, pode-se utilizar um aparelho de som.
3.3 Brincando de Luta
As aulas de jiu-jitsu para crianças, bem como quaisquer outra s
atividades para crianças, em especial com idade entre 2 anos e meio e 4 anos,
devem ser divertidas, atrativas, coloridas, desafiadoras e sugestivas ao
desenvolvimento e a exploração. Deve instigar a curiosidade, aguçar os
sentidos, trabalhando o corpo e a mente em conjunto, revelando por si só as
relações deste corpo com o ambiente ao seu redor.
É possível se verificar estas condições nas aulas de jiu-jitsu da
escola kioto em qualquer que sejam os dias e horários, através do
comportamento dos alunos e daqueles que acompanham as mesmas ainda
que somente como acompanhantes, como é o caso dos pais, avós, tios, irmãos
mais velhos e mais novos que frequentemente circulam pela recepção da
escola.
Com freqüência há uma interação dos professores e dos alunos com
tudo que se passa em sua volta transformando um simples jogo num grande
29
evento de desafios e superações, mas que ao mesmo tempo gera muitas e
sonoras gargalhadas.
30
CAPÍTULO 4
ATIVIDADES PSICOMOTORAS PARA DESENVOLVER O
APRENDIZADO DO JIU-JITSU EM CRIANÇAS ENTRE 2 ANOS E
MEIO E 4 ANOS.
É importante que o professor defina previamente o conteúdo das
aulas a fim de estabelecer o seu tempo de duração e a distribuição das
atividades propostas para a mesma.
Uma aula bem elaborada geralmente é dividida em aquecimento,
parte específica e volta à calma ou relaxamento. Para a faixa etária em questão
as aulas devem durar no mínimo 30 minutos e nunca devem passar de 60
minutos para que se evite dispersão e falta de interesse, o que é muito comum
nesta faixa etária.
Conforme Bueno (1998 pg. 52),
Com cerca de 3 e 4 anos a criança está com uma boa noção
do espaço a sua volta e de seu corpo em relação a esse
espaço, e com isso as atividades recomendadas para a idade
devem envolvam a noção de amplitude de movimentos [...]
Referes-se como movimentos amplos do corpo as atividades
como correr, andar, rolar, saltar, rastejar engatinhar e etc.
4.1 Planejando uma Aula Experimental
A aula experimental é o primeiro contato do aluno com um novo
ambiente, novos amiguinhos, novas brincadeiras, um uniforme diferente e um
novo professor. Logo é comum que este manifeste as mais diferentes, porém
esperadas reações provenientes de sua “longa experiência de vida”.
Resistência para entrar no tatame, se esconder atrás das pernas do
responsável, ausência momentânea da fala, pedir para ir pra casa, dizer que
não gostou, são algumas das reações mais comuns apresentadas pelos
31
“pequeninos”. Mas dependendo do grau de insistência e duração de
determinadas reações pode indicar que o determinado aluno irá precisar de
mais atenção e cuidados.
Por outro lado o aluno que se dispõe a participar imediatamente das
atividades que estão acontecendo, mas que ao adentrarem ao tatame não
interagem de fato com o que esta ocorrendo, procuram pelo papai ou mamãe
o tempo todo ou não aceitam ordens diretas, também são comuns, mas que
nem por isso são merecedores de menos atenção.
4.1.1 Aula experimental de 30 minutos
ATIVIDADE
ESTRATÉGIA UTILIZADA
PROPOSTA E
MATERIAL E
TEMPO
OBJETIVOS
Conhecendo o (s)
aluno (s)
Fazer uma rodinha para apresentar o(s)
novo(s) amiguinho(s) solicitando a ajuda
dos demais para conduzir algumas
informações
importantes
como:
a
maneira de se sentar, cumprimentar o
professor, o momento de beber água ou
ir ao banheiro e outras...
Saltar com os dois
Música da pulguinha assanhada:
Estava dormindo qdo. algo aconteceu,
pés.
Avaliar coordenação
veio uma pulguinha e a danada me
mordeu... Pula pulguinha pula danada
motora global,
equilíbrio e ritmo.
pula pulguinha que pulguinha assanhada.
Observar o
Obs.: A música pode ser adaptada
desenvolvimento do
substituindo-se o momento “dormindo”
esquema corporal
por outro gesto motor, por ex. mão na
cabeça ou em outras partes do corpo.
Correr.
Desafiar
as
crianças
para
uma
Verificar
emocionante corrida do ponto “A” ao “B”
coordenação motora o mais rápido que elas puderem ou correr
global
e para apanhar um objeto e retornar (O
deslocamento
mestre mandou...)
espacial
Pique cachorrinho
Ser o cachorrinho ou eleger um para que
Avaliar coordenação em 4 apoios se desloque pelo tatame
motora
global, tentando tocar em seus amiguinhos que
velocidade
de estarão correndo livremente. Ao ser
reação,
tocado pelo cachorrinho este se
deslocamento
transforma e assume a postura do
5 minutos
5 minutos
Materiais
diversos
5 minutos
10 minutos
32
espacial
pegador até que todos virem cachorrinho.
Volta à calma
Beber água ir ao banheiro e perfilar para
a despedida. Obs. É bom que cada aluno
tenha sua garrafinha.
5 minutos
Observação: As aulas nunca devem ser “engessadas” ou seguir
criteriosamente o que está escrito. É importante que o professor tenha bom
senso e percepção para adequar-se e promover uma “zona de conforto” para o
bom andamento das atividades.
4.2 Planejamento de Aulas
4.2.1 Aula de 40 minutos
ATIVIDADE
ESTRATÉGIA UTILIZADA
PROPOSTA E
MATERIAL E
TEMPO
OBJETIVOS
Recebendo os
alunos.
Pique cachorrinho.
Avaliar coordenação
motora global,
velocidade de
reação,
deslocamento
espacial.
Ukemi I (caída de
costas).
Trabalhar auto
defesa coordenação
motora global e
velocidade de
reação.
Fazer uma rodinha para comentar sobre
o dia e reforçar as normas e condutas de
comportamento.
Ser o cachorrinho ou eleger um para que
em 4 apoios se desloque pelo tatame
tentando tocar em seus amiguinhos que
estarão correndo livremente. Ao ser
tocado pelo cachorrinho este se
transforma e assume a postura do
pegador até que todos virem cachorrinho.
Demonstrar o movimento de forma
fragmentada. Primeiro imitar a cadeirinha
da vovó (sentados no solo, abraçar os
joelhos e rolar para trás e para frente = a
cadeira de balanço). Em seguida fazer a
caída propriamente dita começando
ainda sentado, depois agachado e por fim
começando pé. O detalhe final da técnica
é bater com os braços estendidos ao
longo do corpo no solo para evitar que o
aluno bata com a cabeça no chão.
Neste momento é importante que se
chame a atenção para este detalhe, o
que pode ser facilmente alcançado com o
barulho que se faz neste momento.
5 minutos
10 minutos
7,5 minutos
33
Corrida
de
soldadinho.
Coordenação motora
global, velocidade de
reação,
deslocamento
espacial
Ukemi II (caída de
costas).
Trabalhar
auto
defesa coordenação
motora
global
e
velocidade
de
reação.
Volta a calma
Demonstrar o movimento, que reproduz o
deslocamento de um soldado se
arrastando de barriga para baixo
alternando braços e pernas.
5 minutos
Demonstrar o movimento de forma
fragmentada.
Primeiro
mostrar
o
posicionamento dos mmss e da cabeça,
em seguida chamar a atenção para os
mmis e depois reproduzir o movimento
começando ajoelhado, passando para
agachado e por fim em pé.
Ordenar para que as crianças arrumem
seus kimonos e perfilem para o
cumprimento final.
7,5 minutos
5 minutos
Observação: Quando os alunos já dominam as técnicas de Ukemi
(caídas) as mesmas podem ser aplicadas como contestes que lembrem a
brincadeira do morto e vivo testando assim a velocidade de reação da criança.
4.2.2 Aulas de 45 minutos
ATIVIDADE
ESTRATÉGIA UTILIZADA
PROPOSTA E
MATERIAL E
TEMPO
OBJETIVOS
Recebendo os
alunos.
Pique Tubarão.
Avaliar coordenação
motora global,
velocidade de
reação,
deslocamento
espacial.
Ukemi III (caída
Fazer uma rodinha para comentar sobre
o dia e reforçar as normas e condutas de
comportamento.
Ser o tubarão ou eleger um para que em
pé se desloque pelo tatame tentando
tocar em nas sardinhas.
O tubarão se posiciona no centro do
tatame e os demais encostados a uma
das paredes. Ao sinal as sardinhas
deverão se deslocar para o outro lado do
tatame até tocarem na parede, em
quanto o tubarão tenta alcançar uma das
sardinhas, que deverá ir para a “panela”
caso seja pego.
Cabe ao professor controlar o tempo da
brincadeira para que o aluno que foi pego
não fique muito tempo afastado
(excluído).
Demonstrar o movimento de forma
5 minutos
10 minutos
34
lateral)
Trabalhar auto
defesa coordenação
motora global,
velocidade de reação
e lateralidade.
fragmentada. É bastante semelhante a
caída
de
costas,
podendo
ser
representada como uma caída de costas
em que somente um dos braços
estendido bata no chão.
Iniciar o movimento deitado em decúbito
dorsal alternando a batida dos braços.
Em seguida girar o tronco para o lado do
braço que irá bater no solo. Este último
movimento será repetido, agora com
acompanhamento dos mmis, ou seja, ao
se estender o braço esq. A perna esq.
Também deve ser estendida em quanto o
braço dir. fica colado ao peito e a perna
dir. fica encolhida e vai se alternando
este movimento.
Quando for observado o domínio do
movimento no solo, pode-se então partir
para as etapas seguintes na posição
sentado, agachado e por fim em pé.
È uma técnica complexa que não deve
ser apresentada toda em uma única aula.
Corrida macaquinho. Demonstrar o movimento, que reproduz o
Coordenação motora deslocamento de um macaquinho que se
global, velocidade de desloca usando mãos e pés em contato
reação,
com o solo. (Deslocar-se em 4 apoios
deslocamento
com auxilio dos pés e das mãos.)
espacial.
Cambalhotas
para É divertido e prepara o aluno para
frente
quando este for aprender o Ukemi IV ou
rolamento para frente. A criança pode ser
colocada de joelhos, com os mesmos
bem afastados para diminuir a altura do
contato da cabeça com o solo, que deve
ser auxiliado pelo professor que irá
acompanhar todo o movimento em cada
um dos alunos individualmente. Deve-se
colocar uma das mãos nacabeça da
criança,
mantendo-a
na
posição
adequada para o movimento e com a
outra mão acompanhar a elevação dos
quadris até o final do movimento.
Volta à calma
Ordenar para que as crianças arrumem
seus kimonos e perfilem para o
cumprimento final. Se necessário fazer
comentários sobre a aula, principalmente
fazendo elogios.
10 minutos
5 minutos
10 minutos
5 minutos
35
Obs.: Os ukemis ou as caídas como são mais comumente conhecidas,
podem e devem ser ensinadas de forma fragmentada e não precisam ser
apresentadas de uma só vez dentro de uma única aula. O professor pode
apresentar cada estágio comentado dentro da estratégia de aulas em dias
diferentes. A caída de costas, por exemplo, pode ser realizada até o momento
em que o aluno inicia o movimento agachado num dia, ser recapitulado na aula
seguinte quando então a técnica será apresentada até o estágio de seu início
em pé.
ATIVIDADE
ESTRATÉGIA UTILIZADA
PROPOSTA E
MATERIAL E
TEMPO
OBJETIVOS
Pique Jiu-Jitsu:
Trabalha a
coordenação motora
global, deslocamento
espacial,
Ukemi IV (rolamento)
Trabalhar
auto
defesa coordenação
motora
global
e
velocidade
de
reação.
Soldadinho foi pra
guerra.
Trabalha velocidade
de reação, esquema
corporal
e
auto
controle
Pega frango.
Deslocamento
Ser o pegador e correr atrás dos alunos
que poderão impedir que sejam pegos ao
realizarem uma das técnicas de caídas.
É como um pique parede ou pique alto só
que o ao invés de tocar em uma parede
ou subir em alguma coisa o aluno deve
realizar uma técnica de Ukemi e
permanecer nesta posição até que o
pegador se afaste para tentar pegar outro
que está correndo. O professor pode
aproveitar o momento para observar se
as caídas estão sendo realizadas
corretamente.
Demonstrar o movimento de forma
fragmentada.
Primeiro
mostrar
o
posicionamento das mãos no solo e
começando ajoelhado fazer o movimento
de rolar para frente em cima dos ombros,
respeitando a direção para onde os
dedos estão apontando, sendo que as
duas mãos são posicionadas para o
mesmo lado. Os movimentos vão sendo
repetidos nas posições agachado, em
pé, caminhando e correndo.
Ao comando do professor os alunos
devem iniciar uma corrida livre em quanto
este canta “soldadinho foi pra guerra e foi
ferido na”... diz a parte do corpo em que o
soldadinho foi ferido e imediatamente os
alunos devem colocar as mãos no local e
congelarem feito estátua.
Com uma faixa ou corda na mão, o
professor se colocará no centro do
10 minutos
10 minutos
10 minutos
10 minutos
36
espacial
e
habilidades motoras
como correr, saltar e
coordenação
óculopedal.
Volta a calma
tatame e pedirá que as crianças corram
ao seu redor. Neste momento mesmo
tentará alcançar os pés dos alunos com o
material utilizado e os alunos devem
tentar fugir do caçador correndo e
saltando.
Ordenar para que as crianças arrumem
seus kimonos e perfilem para o
cumprimento final. Se necessário fazer
comentários sobre a aula, principalmente
fazendo elogios.
5 minutos
4.3 Técnicas de Movimentação no Solo
Sendo o jiu-jitsu uma luta de solo, como é conhecido, seus praticantes
precisam desenvolver a capacidade de se locomoverem neste ambiente em
todas as direções, fazendo giros em seu eixo longitudinal, lateral e frontal e até
muitas
vezes
combinando
tais
movimentos,
tornando
sua
execução
extremamente rica em habilidades psicomotoras.
Os dos movimentos mais exigidos e conhecidos no meio desta arte são
as fugidas de quadril e de ombros. Tais movimentos são perfeitamente visíveis
a seus praticantes, mas podem passar despercebidos por espectadores leigos
e muitas vezes são automatizados durante os combates sem que seu executor
se dê conta de sua importância e da necessidade de aperfeiçoar sua execução.
No Sistema Kioto, no entanto, o Grande Mestre Mansor fez questão de
introduzir tais movimentos como exercícios que podem ser praticados como
aquecimento ou contestes proporcionando, por exemplo, para as crianças,
divertidos desafios de imitarem uma cobrinha ou uma aranha, um limpador de
pára-brisas, um caranguejo, um samurai e outros componentes lúdicos que
estimulem o aprendizado das técnicas de forma atrativa.
Levando em conta que o professor conhece as técnicas, sabendo
realiza-las e ensiná-las, o Sistema Kioto ensina 13 atividades diferentes
denominadas de fugidas que preparam os alunos para aplicação das mais
variadas técnicas de ataques e defesas que se desenvolvem durante um
37
combate. No entanto para trabalhar com a faixa etária proposta, somente 4
destas técnicas são aconselhadas.
4.3.1 Fugidas
1 - Fugida de quadril - O professor deve primeiro demonstrar a técnica
se movimentando de um lado para o outro do tatame e em seguida pedir que
os alunos tentem fazê-lo. É possível que algum aluno reproduza a técnica ou
algo bem parecido, o que já é um grande avanço.
Em seguida se pede que todos tentem fazer novamente e neste
momento o professor deverá auxiliar individualmente cada aluno se
posicionando em pé com as pernas afastadas mantendo a criança entre as
mesmas para então com as mãos ajudar nos movimentos os corrigindo e
estimulando.
O aluno deverá estar deitado lateralmente com o pé de apoio indicado
fixo ao solo para impulsionar o quadril para cima e para trás em quanto o
ombro que toca o tatame serve de eixo fixo para o movimento e o
deslocamento acontece em direção à cabeça
2 - Fugida de quadril inversa - O professor deve primeiro demonstrar a
técnica se movimentando de um lado para o outro do tatame e em seguida
pedir que os alunos tentem fazê-lo.
Embora os movimentos sejam os mesmos realizados na fugida de
quadril a direção do deslocamento é inversa, ou seja, em direção aos pés.
Logo o que parece ser bem mais complexo para os alunos mais velhos e mais
difícil de ser realizado pelos adultos, o que se percebe na prática é que as
crianças mais novas o fazem com mais facilidade talvez por ser um movimento
parecido com aqueles das pernas que faziam quando eram deitados de barriga
para cima pouco antes de começarem a engatinhar.
38
3 e 4 - Retomada de joelhos e em pé – Novamente o professor deve
primeiro demonstrar a técnica se movimentando de um lado para o outro do
tatame e em seguida pedir que os alunos tentem fazê-lo.
A técnica é parecida com a utilizada por uma espécie de aranha, que ao
se defender de seu agressor se deita de barriga para cima e imediatamente ao
ser atacada retorna a posição em pé, envolvendo seu oponente.
Devesse colocar a criança em decúbito dorsal com os joelhos
flexionados em seguida fazer um movimento parecido com o da cadeira de
balanço já mencionada, tentando que este fique de joelhos e em seguida fique
de pé com o auxilio das mãos. Mais tarde, em outra oportunidade repetir os
mesmos gestos motores, porém sem o auxilio das mãos.
39
CONCLUSÃO
È perceptível que por meio dos movimentos utilizados durante as aulas
ou mesmo durante um combate o jiu-jitsu apresenta inúmeros gestos motores,
que por si só ajudam no desenvolvimento psicomotor. Mas para a faixa etária
em questão muitos desses gestos estão além de sua compreensão e
inadequadas para suas vivencias até então.
É exatamente neste momento que entram os conhecimentos dos
profissionais,
especializados
em
psicomotricidade
ou
com
experiência
suficiente capazes de preparar o aluno e adequar atividades que venham
facilitar o aprendizado do jiu-jitsu.
40
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, Geraldo P. de e GUIMARÃES, Marcelo H. Psicomotricidade:
Pratica para Sala de Aula. Pró Infantil, 2006.
BUENO, J. M. Psicomotricidade Teoria e Prática: Estimulação, Educação e
Reeducação psicomotora com Atividades Aquáticas. Lovise, 1998.
LE BOULCH, J. O Desenvolvimento Psicomotor: do nascimento aos seis
anos. Artes Médicas, 1982.
MACHADO, José Ricardo M. e NUNES, Marcus Vinícius da S. Recriando a
Psicomotricidade. Sprint, 2010.
MASSON, Suzanne. Generalidades Sobre a Reeducação Psicomotora e o
Exame Psicomotor. Manole, 1985
MANSOR, Francisco José. A Bíblia do Brazilian Jiu Jitsu. Budo Internacional,
2006.
OLIVEIRA, Gislene de C. Psicomotricidade: Educação e Reeducação num
Enfoque Psicopedagógico. Vozes, 1997.
POLLOCK, Michael L. e WILMORE, Jack H. Exercício na Saúde e na
Doença: Avaliação e Prescrição para Prevenção e Reabilitação. MEDSi, 1993.
41
WEBGRAFIA
CBJJ - Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu – O Jiu-Jitsu. História do JiuJitsu [s/d].
Disponível em: <http://www.cbjj.com.br/home.htm>.
Acesso em: 22/07/10 – 14h37min.
ABPP – Associação Brasileira de Psicopedagogia.
Disponível em : <http://www.abpp.com.br/faq_oquee.htm>.
Acesso em 20/07/10 – 22h32min.
42
ÍNDICE
AGRADECIMENTOS
3
DEDICATÓRIA
4
RESUMO
5
METODOLOGIA
6
SUMÁRIO
7
INTRODUÇÃO
8
CAPITÚLO 1
10
PSICOMOTRICIDADE
10
1.1 O Que é Psicomotricidade
10
1.2 Objetivos da Psicomotricidade
10
1.3 Áreas de Atuação da Psicomotricidade
11
1.3.1 Estimulação Psicomotora
11
1.3.2 Educação Psicomotora
12
1.3.3 Reeducação Psicomotora
13
1.3.4 Terapia Psicomotora
13
1.4 Psicomotricidade Funcional
14
1.5 Psicomotricidade Relacional
17
CAPÍTULO 2
19
O JIU-JITSU
19
2.1 História do Jiu-Jitsu
2.1.1 O Jiu-Jitsu no Brasil
2.2 O Mestre
2.2.1 Hierarquia de faixas do jiu-jitsu
2.3 O Sistema Kioto de Jiu-Jitsu
19
20
22
22
2.3.1 Os Níveis de Aprendizado Sistema Kioto de Brazilian Jiu-Jitsu.
23
2.3.2 Os Benefícios do Jiu-Jitsu
24
43
CAPÍTULO 3
27
COMO TRABALHAR A PSICOMOTRICIDADE DO JIU-JITSU?
27
3.1 Espaço Físico
27
3.2 Material
28
3.3 Brincando de Luta
28
CAPÍTULO 4
30
ATIVIDADES PSICOMOTORAS PARA DESENVOLVER O APRENDIZADO
DO JIU-JITSU EM CRIANÇAS ENTRE 2 ANOS E MEIO E 4 ANOS.
30
4.1 Planejando uma Aula Experimental
4.1.1 Aula experimental de 30 minutos
4.2 Planejamento de Aulas
30
31
32
4.2.1 Aula de 40 minutos
32
4.2.2 Aulas de 45 minutos
33
4.3 Técnicas de Movimentação no Solo
4.3.1 Fugidas
36
37
CONCLUSÃO
39
BIBLIOGRAFIA
40
ÍNDICE
42
Download

como a psicomotricidade pode facilitar a