EDITORIAL
FUNDAÇÃO DA SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Francisco Manes Albanesi Filho
Feliz é o povo que tem uma história para relatar. O brasileiro por ser um povo relativamente jovem (494 anos)
tem pouca tradição em cultuar sua história e àqueles que a escreveram. Assim, raras são as referências publicadas
Entre elas, as que dizem respeito à nossa instituição. Deste modo, resolvi relatar alguns fatos referentes à fundaçê,
da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (SOCERJ), que é a sucessora respectivamente da
Sociedades de Cardiologia do Distrito Federal (SCDF) e do Estado da Guanabara (SCEG), para permanecerer
na memória de seus associados.
A Sociedade de Cardiologia do Distrito Federal foi fundada em 6 de agosto de 1955 na Policlínica Geral do Ri
de Janeiro, como uma seção regional da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), "no sentido de elevar e difund
a Cardiologia no Distrito Federal (Capital da República Federativa do Brasil) e colaborar no plano nacional com (
esforços empreendimentos pela SBC".
Deste modo 41 médicos que compartilharam desses ideais, assinaram sua ata de constituição, que aqui sert
mencionados por ordem cronológica na referida ata: Aarão Burlamaqui Benchimol, Rubens Cartos Mayan, Web
Pimenta Bueno, Antonio Araújo Villela, Edalmo Roger Viana Leite, Georges Guimarães, Jacques Bulcão, Aloys
Franchini Mello, Muri/lo Romano Cotrim, João Fausto Candurú, Mansur Mário Anache, Mauro de Freitas Muni
Antonio Maria Junqueira Lisboa, João Augusto da Fonseca Regalia, Álvaro Ministério, Jary Gomes, Lourival Ll
Brandão Filho, Nelson Botelho Reis, Arthur Carvalho Azevedo, Jorge Alberto Cunha da Silva, Stans Murad Ne1
Edson Farias, Evandro Bayama de Araújo, Hugo Alquéres Baptista, João Baptista Chagas, Robinson Roubac
Paulo Schlesinger, Haroldo Azevedo Rodrigues, Luiz Felippe Saldanha da Gama Murgel, Paulo França Leite, Ste
Falcão Rodrigues, Aline Solange Bertholdi, Flavio de Carvalho, Euclides Borges, Antonio Carlos de Souza Gom
Galvão, Walmir Villela Corrêa, Nelson Alves dos Santos, Roberto Menezes de Oliveira, Luiz van Berg, Claudio,
Paula Penna e Alípio Soares Tocantins.
Na reunião de constituição da Sociedade foi nomeada pela assembléia, comissão para elaborar o anti-proji
dos estatutos, e que foi integrada pelos Drs. Antonio Araújo Villela, Roberto Menezes de Oliveira e Claudio de Pai
Penna.
Em 27 de agosto de 1955 no mesmo anfiteatro (59 andar) da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, às 10 nor
teve lugar à 1a Assembléia Extraordinária e a 1@ Assembléia Geral Ordinária da SCDF, convocada com podei
para discutir e aprovar os estatutos da recém criada Sociedade, bem como para eleger e em passar a sua prime
Diretoria. A reunão foi presidida pelo Prof. Edgard Magalhães Gomes, tendo o anti-projeto dos estatutos s
aprovado, por voto direto, pela maioria dos membros presente. Quando da eleição da primeira Diretoria, o Dr. MUI
Benchior propos que como só existia uma única chapa inscrita, ela fosse aprovada por aclamação, fato que gel
muitos comentários, pois iria de encontro, ao estatuto aprovado, tendo o Dr. Luíz Felippe Saldanha da Gama Mur
defendido o que o estatuto propunha, "pois seria mais democrático e concordante com a preservação estatutár
Deste modo foi eleita a primeira Diretoria que teve como colégio eleitoral 51 (cinquenta e um) votantes, tendo s
eleita por maioria absoluta e quase unanimidade (não é referido na ata o número de votos obtidos pela chap.
seguinte Diretoria:
Presidente: Dr. Antonio Araújo Villela;
Vice-Presidente:
Dr. Nelson Botelho Reis;
12 Secretário: Dr. Claudio de Paula Penna;
22 Secretário: Dr. Murillo Romano Cotrim;
12 Resoureiro: Dr. Paulo França Leite;
22 Tesoureiro: Dr. Armando Puig;
Diretor de Publicação e Biblioteca: Dr. João Augusto Regalia;
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Conselho Consultivo e Fiscal: Drs. Edgard Magalhães Gomes, Genival Soares Londres, Luiz Feijó, Roberto
Segadas Vianna, Roberto Menezes de Oliveira, Aarão Burlamaqui Benchimol, Arthur Carvalho Azevedo e como
Suplentes os Dr. Weber Pimenta Sueno, Luiz Felippe Saldanha da Gama Murgel e Rubens Carlos Mayall.
Com a transferência da capital para Brasilia, em 21 de abril de 1960, houve necessidade de mudar o nome da
Sociedade, que ocorreu na 61! Assembléia Geral Ordinária, realizada em 8 de outubro de 1960, no Sindicato dos
Médicos do Rio de Janeiro, passando a se chamar Sociedade de Cardiologia do Estado da Guanabara (SCEG).
Em 1976 ocorreu a fusão dos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, que motivou também a fusão das
Sociedades de Cardiologia do Estado da Guanabara e da Fluminense de Cardiologia, surgindo em 24 de junho de
1976 a Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (SOCERJ),
Assim, fica registrada a primeira página de nossa instituição, sua criação, que em breve estará complemetando
39 (trinta e nove) anos de existência, sendo uma das mais antigas filiadas da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Obs.: Os dados aqui mencionados foram extraídos do livro de Atas das respectivas Sociedades.
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