UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E ARTES
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Influência da dança na autoestima de alunos nas aulas de
Educação Física
Juliane dos Santos Silva
Luan Urçulino da Silva
São José dos Campos/SP
2013
Universidade do Vale do Paraíba
Faculdade de Educação e Artes
Curso de Educação Física
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
2013
Influência da dança na autoestima de alunos nas aulas de
Educação Física
Juliane dos Santos Silva
Luan Urçulino da Silva
Orientador: Prof. Msc. Claudio Alexandre Cunha
Banca Examinadora:
Prof. Msc. Claudio Alexandre Cunha
Prof. Dr. Fabiano de Barros Souza
Nota do Trabalho: 9,5 (nove e meio)
São José dos Campos - SP
2013
UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E ARTES
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
INFLUÊNCIA DA DANÇA NA AUTOESTIMA DE ALUNOS NAS AULAS DE
EDUCAÇÃO FÍSICA
Juliane dos Santos Silva
Luan Urçulino da Silva
Relatório Final apresentado como parte
das exigências da disciplina de Trabalho
de Conclusão de Curso a Coordenação
de TCC do Curso de Licenciatura em
Educação
Física
da
Faculdade
de
Educação e Artes da Universidade do
Vale do Paraíba.
Orientador: Prof. Msc. Claudio Alexandre Cunha
São José dos Campos/SP
2013
DEDICATÓRIA
A nossos familiares por acreditarem e estarem sempre ao nosso lado,
incentivando e apoiando em todos os momentos.
Ao Professor Claudio Alexandre Cunha que se disponibilizou em ajudar
a elaborar a presente pesquisa, dando todo o apoio necessário e acreditando
em nosso potencial como formadores de opinião acerca do assunto.
A Prof. Esp. Isildinha Prado por ser a grande responsável do nosso
ingresso na faculdade e por nos mostrar a importância da qualificação
profissional para se trabalhar com a dança.
A todos os profissionais de dança e educação física que acreditam no
poder transformador que essa atividade pode assumir na vida das pessoas.
AGRADECIMENTO
Aos nossos pais pela compreensão e ajuda durante todo o processo.
Ao nosso Orientador Prof. Msc. Claudio Alexandre Cunha que em todos
os nossos questionamentos esteve presente e buscou com seu conhecimento
responder as nossas duvidas.
A todos os docentes que durante esses anos de faculdade nos apoiaram
e ensinaram os valores do profissional de educação física.
Aos amigos que nos acompanharam durante todo o processo
acadêmico.
EPIGRAFE
“A dança não é apenas uma forma de expressão, mais sim uma das
razões mais importantes para vencermos os obstáculos da vida “.
Isildinha Prado
RESUMO
A dança é uma atividade expressiva e visa dentre outros fatores o bem estar
físico e psicológico dos seus praticantes. Dentro do contexto escolar a mesma
pode desenvolver ações diversas em relação a aspectos como a consciência
corporal e níveis de autoestima do aluno. Estudos levantam a importância da
dança com ferramenta pedagógica relacionada à Educação Física, embora sua
prática seja negligenciada por parte dos profissionais da área.
Sendo assim, o objetivo foi verificar através de uma revisão bibliográfica as
influências da dança na autoestima de alunos através das aulas de Educação
Física associando aos aspectos de desenvolvimento global do mesmo no
ambiente escolar, sugerindo esta atividade como ferramenta a ser aplicada por
profissionais de Educação Física nas escolas.
Concluímos através do estudo que a dança pode influenciar sobre a percepção
que o aluno toma de si mesmo e também sobre suas relações interpessoais,
contribuindo significativamente na formação de indivíduos mais críticos e
autônomos, além de influenciar sobre seu desempenho acadêmico. Partindo da
escola, a dança pode assim, gerar uma transformação social em seus alunos.
.
Palavras – chave: Dança, educação física, autoestima, dança e escola.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................9
2 JUSTIFICATIVA..............................................................................................11
3 OBJETIVO......................................................................................................12
3.1 Objetivo Geral...................................................................................12
3.2 Objetivos Específicos........................................................................12
4 METODOLOGIA............................................................................................13
5 REVISÃO DE LITERATURA...........................................................................14
5.1 A Dança no Ambiente Escolar..........................................................15
5.2 Conceitos e Princípios de Autoestima...............................................19
5.3 A Dança e o Desenvolvimento da Autoestima .................................21
6 CONCLUSÃO.................................................................................................27
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................28
9
1 INTRODUÇÃO
A dança é uma atividade expressiva que permite ao indivíduo
aprofundar-se na percepção de si mesmo e do outro. Ao longo da história da
humanidade, o homem se utilizou de gestos e movimentos para expressar
emoções e sentimentos, seja através de manifestações culturais ou religiosas.
Oliveira (2001) menciona que uma das atividades físicas mais
significativas para o homem antigo foi a dança. Utilizada como forma de exibir
suas qualidades físicas e de expressar os seus sentimentos, era praticada por
todos os povos, desde o paleolítico superior (60.000 a.C.).
Nanni (2003) ressalta que “as danças, em todas as épocas da história
e/ou espaço geográfico, para todos os povos é representação de suas
manifestações, de seus 'estados de espírito', permeios de emoções, de
expressão e comunicação do ser e de suas características culturais”.
Portanto o conhecimento da dança passa pela compreensão de si
mesmo e das manifestações culturais e históricas de seu povo.
Dentro do contexto escolar a dança pode desenvolver um papel
importante quando relacionada a auto percepção do indivíduo e seu
desenvolvimento motor através de novas possibilidades de movimento e a
realização de gestos motores mais conscientes através da compreensão do
mesmo. De acordo com Ossona (1988), atualmente existe uma melhor
compreensão a respeito dos valores formativos e criativos da dança, que levam
a uma ampliação das ações corporais.
A dança, enquanto atividade física e comunicação não verbal vêm ao
encontro das necessidades humanas, exercendo um papel importante no
desenvolvimento das percepções de cada um sobre si mesmo. (NANNI, 2005).
Segundo Godoy et al (apud FERREIRA; VILLELA, 2005), O corpo se
torna um dos principais meios de interação do indivíduo com o mundo
relacionando sua prática a uma maneira de desenvolver a capacidade de
percepção, a consciência corporal e novas possibilidades de comunicação.
10
Compreender o movimento através da dança está associado as
questões pedagógicas envolvidos no processo de ensino aprendizagem da
Educação Física Escolar. Oliveira (2001) aponta a necessidade das pessoas se
movimentarem tendo consciência de todos os gestos, pensando e sentindo o
que realizam.
Buscando essa prática pedagógica é possível permitir ao indivíduo
expressar-se criativamente de acordo com sua percepção em relação ao seu
corpo. Relacionado a isso Nanni (1998) tem a visão de que é a partir do
processo criativo, desenvolvido pela dança na escola, que o indivíduo se
emancipa, a criatividade possibilita a independência a liberdade do ser pela
autonomia e emancipação.
A autoestima é parte da personalidade do indivíduo que representa seu
sentimento com relação a si mesmo e o auxilia na formação de sua identidade.
A prática consciente da dança leva o indivíduo a constituir boas relações com o
outro e a se sentir mais adaptado ao meio social, além do desenvolvimento de
características pessoais que influem sobre sua autoestima.
Pela sua dimensão de ludicidade, a dança também permite uma
interação prazerosa com o outro, a descoberta de limites e possibilidades
através de experiências e vivências corporais, facilitando os relacionamentos
interpessoais e o desenvolvimento do autoconceito e da autoestima
(FALSARELLA; AMORIM, 2008).
Além de influenciar no desenvolvimento de atitudes emocionais e na
estruturação da identidade, promove a formação do sujeito singular, com uma
maneira própria de ser, sentir e agir, contribuindo para a construção da
autonomia e da liberdade. (NANNI, 2005).
Sendo assim, o presente estudo pretende investigar os benefícios da
prática da dança sobre os aspectos psicológicos relacionados a autoestima.
11
2 JUSTIFICATIVA
A Dança, como conteúdo das aulas de Educação Física escolar, pode
proporcionar a seus praticantes diversos benefícios ligados a sua saúde e bem
estar que podem também auxiliar de forma significativa no processo de
aprendizagem. Dessa forma dispomos através desta pesquisa atribuir a dança
como conteúdo relevante nas aulas de Educação Física relacionando aspectos
intrínsecos ao bem estar dos alunos e consequentemente sua autoestima, com
a vivência desse tipo de atividade física.
12
3 OBJETIVO
3.1 Objetivo Geral
Investigar as relações que conteúdos da dança pode obter com o nível
de autoestima dos alunos e evidenciar a significância dessa atividade dentro da
Educação Física escolar.
3.2 Objetivos específicos

Evidenciar nos princípios curriculares da Educação Física os aspectos que
fazem da dança um conteúdo importante a ser desenvolvido por
professores durantes as aulas.

Revelar conexões entre a dança e o desenvolvimento da autoestima dentro
do ambiente escolar e consequentemente seus efeitos no comportamento
social.
13
4 METODOLOGIA
A metodologia do presente trabalho se baseia em uma revisão de
literatura através de dissertações, teses, artigos especializados e livros com
informações relacionadas ao tema proposto.
14
5 REVISÃO DE LITERATURA
A dança faz parte das representações de expressão humana assim
como a pintura, literatura, escultura, entre outras. É uma forma de comunicação
não verbal que envolve outras esferas da vida do indivíduo e muitas vezes não
temos consciência de sua presença e importância.
Oliveira (2001) menciona que uma das atividades físicas mais
significativas para o homem antigo foi a dança. Utilizada como forma de exibir
suas qualidades físicas e de expressar os seus sentimentos, era praticada por
todos os povos, desde o paleolítico superior (60.000 a.C.).
As danças, em todas as épocas da história e/ou espaço geográfico, para
os povos é representação de suas manifestações, de seus 'estados de
espírito', permeios de emoções, de expressão e comunicação do ser e de suas
características culturais. (NANNI, 2003).
Sendo assim, como forma de manifestar seus sentimentos e emoções e
exteriorizá-los, o homem utiliza-se do movimento, do gesto precedido de uma
exploração ao corpo, que de acordo com Fahlbusch (1990), é a forma mais
elementar da dança.
Entender a associação do movimento enquanto forma de expressão das
emoções e relacionar com o caráter pedagógico da dança no contexto da
Educação Física pode ser de grande relevância. Ferrari (2003 apud GARIBA,
2003) coloca que além de atividade física, a dança é também “educação” na
onde se torna indispensável ao indivíduo que lhe tem o acesso saber o porquê
fazer o movimento.
Oliveira (2001) aponta a necessidade das pessoas se movimentarem
tendo consciência de todos os gestos, pensando e sentindo o que realizam o
que proporciona magnitude ao aprendizado. Ainda em relação a realização do
movimento consciente o mesmo diz:
15
“É importante que as pessoas se movimentem tendo
consciência de todos os gestos. Precisam estar pensando e
sentindo o que realizam. É necessário que tenham a „sensação
de si mesmos‟, proporcionada pelo nosso sentido sinestésico,
normalmente desprezado. Caso contrário, estaremos diante da
„deseducação física‟,”
5.1 A Dança no Ambiente Escolar
A relação entre dança e educação vem se consolidando cada vez mais
com o passar dos anos. Além de prever o desenvolvimento físico e intelectual
do praticante, é uma atividade que promove a socialização quando relacionada
ao ambiente escolar. Através da dança, o corpo torna-se um meio de interação
do indivíduo com o mundo, facilitando o desenvolvimento da consciência
corporal e das possibilidades de comunicação com o outro.
Conteúdos relacionados a dança e a atividades expressivas estão
previstos legalmente sob diversos aspectos no sistema educacional brasileiro
através dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e das Leis de Diretrizes
e Bases da educação (LDB).
Para Brasil (1997 e 1998) a Educação Física escolar tem seus
fundamentos nas concepções socioculturais de corpo e movimento e elegem
como temas para sua prática pedagógica blocos de conteúdos como os
esportes, os jogos, as lutas, ginástica, as atividades rítmicas e expressivas e
conhecimentos sobre o corpo, a fim de atingir a educação plena, aliada aos
outros componentes curriculares.
Dentro do âmbito da Educação Física Escolar proposto nos PCN, a
Dança está introduzida como cultura corporal de movimentos, pertencente ao
bloco de conteúdo referente a atividades rítmicas e expressivas. O objetivo
proposto se relaciona com a comunicação por meio dos gestos atrelados a
ritmos, sons e música, contribuindo para o desenvolvimento da expressão
16
corporal de cada indivíduo. Envolve especificamente as danças, mímicas e
brincadeiras cantadas aonde se busca aperfeiçoar o processo de informação e
formação dos códigos corporais de comunicação dos indivíduos e do grupo.
(BRASIL; 1998)
Embora seja constatada a Dança como sendo conteúdo curricular
previsto para a educação básica, estudos evidenciaram a cultura esportiva
como sendo predominante em aulas de Educação Física. Betti (1991), Kunz,
(1989, apud GASPARI; RANGEL, 2009), Rangel-Betti, (1992); Souza-Júnior
(2004), em suas pesquisas constatam essa predominância evidenciando a
abordagem de conteúdo esportivo nas práticas da Educação Física.
Kunz (1994) ressalta ainda uma insatisfação relacionada ao processo
educativo do ser humano, pois, para autora, “a educação formal tem
negligenciado essa disciplina ou conteúdo”.
Miranda (1994) levanta uma possível justificativa apontando como
problema os preconceitos dos professores de Educação Física para com a
dança, bem como a falta de formação que os capacite para o ensino desta
atividade.
Podemos salientar também, que conteúdos relacionados a dança na
escola se apresentam mascarados. Um processo sistematizado para o
desenvolvimento do ritmo e do movimento é substituído pelos treinamentos
para festas usualmente comemoradas, a fim de apresentações. Subestima-se
o processo investigativo nas descobertas deste conteúdo a favor de uma
plasticidade promocional (VERDERI, 2000 apud GARIBA, 2003).
Contudo, é importante ressaltar a prática da dança com objetivos
educacionais e que a mesma, sendo conteúdo presente na educação física
pode trazer benefícios aos processos de aprendizagem e de desenvolvimento
psicossociais do indivíduo. Steinhilber (2000) explana que uma criança que
participa de aulas de dança se adapta melhor aos colegas e encontra mais
facilidade no processo de alfabetização.
Autores como Nanni (2003); Wendel (2007); e Costa et al (2004) (apud
FERREIRA; VILLELA, 2001) afirmam que a dança como meio de educação
17
corporal, mantém uma estreita relação com a educação, promovendo o
desenvolvimento
das potencialidades
intelectuais, físicas
e
sociais
e
contribuindo na exploração das capacidades individuais e na formação do
senso crítico e da autonomia.
Outros autores relatam ainda a importância do ensino de dança em
escolas devido as suas relevâncias sobre os aspectos de ensinoaprendizagem, de socialização e desenvolvimento motor. Sobre essas
abordagens Pereira et al (2001) coloca que:
"(...) a dança é um conteúdo fundamental a ser trabalhado na
escola: com ela, pode-se levar os alunos a conhecerem a si
próprios e/com os outros; a explorarem o mundo da emoção e
da imaginação; a criarem; a explorarem novos sentidos,
movimentos livres (...).‟‟
Ao analisar tais colocações podemos dizer que a associação entre
dança e escola prevê benefícios mútuos ao aluno, que não se distanciam da
proposta geral de uma educação com princípios globais. Se acreditarmos na
importância da capacidade da aprendizagem do movimento e da exploração da
capacidade de se movimentar, a Dança tem papel substancial na escola onde
se deve proporcionar oportunidades para que o aluno prospere todos os seus
domínios atrelados ao comportamento humano e, através de diversificações e
complexidades, o professor possa coadjuvar para a formação de estruturas
corporais mais complexas (VERDERI, 2000 apud GARIBA, 2003).
Compreender o movimento através da dança está associado as
questões pedagógicas envolvidos no processo de ensino aprendizagem da
Educação Física Escolar. Segundo Verderi (2000 apud GARIBA, 2003), a
Dança, adjunta a Educação Física, deverá ter um papel fundamental enquanto
atividade pedagógica e incitar no aluno uma relação concreta sujeito-mundo.
Deverá
possibilitar
atividades
geradoras
de
ação
e
compreensão,
oportunizando a estimulação para ação e decisão no desenrolar das mesmas,
modificando-as frente a algumas dificuldades que possam eclodir e através
dessas mesmas atividades, substanciar a autoestima, a autoconfiança e o
autoconceito.
18
Vargas (2003) complementa que a atividade da dança na escola
engloba a conscientização dos alunos para suas posturas, atitudes, gestos e
ações além de suprir as necessidades de expressar, comunicar, criar,
compartilhar e interatuar na sociedade.
Com essa definição podemos salientar também a significância da dança
como ferramenta para a emancipação social do aluno no ambiente escolar de
forma a beneficiar o mesmo sobre suas relações com os demais indivíduos.
Além disso leva ao aluno o acesso de uma linguagem altamente expressiva
que o conduz para um desenvolvimento socioeducativo significativo.
Cunha (1992, apud GARIBA, 2003) salienta haver importância no
processo de escolarização da dança pois acredita-se que somente a escola,
através do emprego de um trabalho consciente de dança, terá condições de
fazer emergir e formar um indivíduo com conhecimento de suas verdadeiras
possibilidades corporais-expressivas.
Fiamoncini e Saraiva (1998 apud KLEINUBING; SARAIVA, 2009)
mencionam que a aprendizagem da Dança, enquanto manifestação artística e
como conteúdo de Educação Física, possibilita o desenvolvimento do aluno
como indivíduos criativos e autônomos. Dessa forma o aprendizado da dança
deve
agregar
o
conhecimento
intelectual
e
criatividade
do
aluno,
desenvolvendo os pilares da educação. Sendo assim é relevante associar a
dança aos construtos da Educação Física de modo que essa pode contribuir
significativamente na formação conceitual doa alunos quando adotada nas
aulas.
Assim como coloca Costa (2004), a dança pode ser um importante
instrumento
pedagógico,
no
sentido
de
estimular
a
concentração
e
sociabilidade, no resgate de valores culturais, no aprimoramento do senso
estético e o prazer da atividade lúdica para o desenvolvimento físico, mental e
social podendo proporcionar um maior nível de acesso das pessoas a esse tipo
de atividade e consequentemente aumentar o conhecimento e o saber do
indivíduo sobre suas possibilidades de movimento. No caso de crianças e
19
adolescentes em fase escolar, esta pode ser uma contribuição fundamental no
seu processo de formação e desenvolvimento.
5.2 Conceitos e princípios de Autoestima
Os estudos das representações acerca de si próprio podem ser muito
relevantes dentro das contextualizações da Educação Física escolar.
Atualmente, os termos de autoestima e autoconceito tem se destacado em
pesquisas. Alguns teóricos não evidenciam diferenças entre esses dois termos,
como mostra Marsh (1993), por exemplo. O mesmo afirma não diferir entre
autoestima e autoconceito embora enfatize a distinção entre componentes
globais e componentes relacionadas com domínios específicos do autoconceito
(ou autoestima).
Outros autores diferenciam os conceitos sobre esses dois termos
enquadrando características específicas aos mesmos. Sisto e Martinelli (2004)
e Costa (2004) relatam sobre o autoconceito como as percepções que o
indivíduo toma de si, porém a autoestima indica o grau de satisfação e
aceitação desse indivíduo para consigo mesmo.
Campbell e Lavallee (1993), diferem também autoconceito e autoestima,
pois para os mesmos autoconceito é o conjunto de crenças que os indivíduos
detém acerca de si próprios, evidenciando um carácter cognitivo, enquanto que
a autoestima se assumiria com predominância afetiva da representação que a
pessoa constrói sobre si.
Podemos definir a autoestima como “um sentimento positivo ou
negativo, relativamente permanente, sobre si próprio, que pode tornar-se mais
ou menos positivo ou negativo à medida que os indivíduos se confrontam e
20
interpretam os sucessos e os falhanços das suas vidas quotidianas” (Osborne,
1996 apud PEIXOTO, 2003).
A autoestima é parte da personalidade do indivíduo que representa seu
sentimento com relação a si mesmo e o auxilia na formação de sua identidade.
Segundo Coopersmith (1967, apud AVANCI et al, 2007) é o juízo pessoal de
valor revelado através de atitudes que o indivíduo tem consigo mesmo, sendo
uma experiência subjetiva acessível às pessoas através de relatos verbais e
comportamentos observáveis.
Estudos que avaliam a importância da autoestima proliferam nos países
desenvolvidos, destacando-se dentre os indicadores de saúde mental e nas
análises sociais de crescimento e progresso (Mruk 1995, apud AVANCI, 2007
et al).
Além desses aspectos podemos explanar a ideias de que a autoestima
está relacionada a afetividade. Leary e colaboradores (1995 apud PEIXOTO,
2003), por exemplo, afirmam que a autoestima está baseada em processos
afetivos, relacionando os sentimentos positivos e negativos que a pessoa
possui sobre si própria. Outros teóricos tratam da afetividade como fator
importante para a construção da autoestima do indivíduo. Também Harter
(1998 apud PEIXOTO 2003), sustenta o conceito de que a autoestima possui
aspectos fundamentalmente afetivos onde o mesmo apresenta resultados de
estudos que procuram relacionar a autoestima com a afetividade e humor,
cujos valores de correlação variam entre 60 e 80.
Se relacionarmos que problemas atuais no contexto escolar como a
violência, a agressividade e o desrespeito (que normalmente estão atrelados a
casos de bullyng) vividos hoje pela maioria das pessoas, podem ter causas de
cunho afetivo, devido à desvalorização da pessoa como ser humano, podemos
dizer também que atividades que desenvolvam uma melhor relação de
afetividade e consequentemente uma melhor autoestima são importantes.
Autores como Assis e Avanci (2003), Dourado (1984), Gomes (1994),
Mecca, Smelser e Vasconcellos (1989), Rosenberg (1956/1989) e Tamayo &
Cunha (1983), apud AVANCI et al., (2007) abordam fatores como violência
21
familiar, o abuso de drogas, a gravidez precoce, o fraco desempenho escolar,
a delinquência, o suicídio, as agressões escolares, a depressão e a
prostituição, que são alguns dos problemas ditos contemporâneos e associam
os mesmos a situações onde o indivíduo apresenta uma baixa autoestima.
Ainda relacionando autoestima com afetividade podemos dizer que a
mesma gera ao indivíduo benefícios cognitivos e desenvolve sua inteligência.
Piaget (1962 apud MIRANDA 2007) ressalta que, na relação entre inteligência
e afeto, pode haver o desenvolvimento de importantes estruturas cognitivas,
tão necessárias na construção dos saberes. Ressalta também que a condição
do afeto pode retardar ou acelerar a formação de tais estruturas que vão
coadjuvar no desenvolvimento dos pilares da sua autoestima.
A autoestima pode ser avaliada em níveis baixo, médio e alto. A baixa
autoestima caracteriza se pelo sentimento de incompetência, de inadequação à
vida e incapacidade de superação de desafios; a alta expressa um sentimento
de confiança e competência; e a média flutua entre o sentimento de adequação
ou
inadequação,
manifestando
essa
inconsciência
no
comportamento
(Branden; Rosenberg, apud AVANCI et al., 2007).
5.3 A Dança e o Desenvolvimento da Autoestima
A prática consciente da dança pode levar o indivíduo a constituir boas
relações com o outro e a se sentir mais adaptado ao meio social, além do
desenvolvimento de características pessoais que influem sobre sua autoestima.
Pela sua dimensão de ludicidade, a dança também permite uma interação
prazerosa com o outro, a descoberta de limites e possibilidades através de
experiências e vivências corporais, facilitando os relacionamentos interpessoais
e o desenvolvimento do autoconceito e da autoestima (FALSARELLA;
AMORIM, 2008).
22
Além de influenciar no desenvolvimento de atitudes emocionais e na
estruturação da identidade, promove a formação do sujeito singular, com uma
maneira própria de ser, sentir e agir, contribuindo para a construção da
autonomia e da liberdade. (NANNI, 2005).
Nanni (2005) ressalta ainda que a dança, enquanto atividade física e
comunicação não verbal vêm ao encontro das necessidades humanas,
exercendo um papel importante no desenvolvimento das percepções de cada
um sobre si mesmo.
Buscando essa prática pedagógica é possível permitir ao indivíduo
expressar-se criativamente de acordo com sua percepção em relação ao seu
corpo. Relacionado a isso Nanni (1998) tem a visão de que é a partir do
processo criativo, desenvolvido pela dança na escola, que o indivíduo se
emancipa, a criatividade possibilita a independência a liberdade do ser pela
autonomia e emancipação.
Ferreira e Villela (2011) desenvolveram uma pesquisa com o objetivo de
verificar a influência da dança no autoconceito e na autoestima de crianças e
adolescentes e também a percepção dos pais sobre os efeitos dessa atividade.
Foi realizada uma experiência com atividades de dança com alunos em 03
escolas no município de Poços de Caldas/MG. Foi utilizada a escala de
autoconceito Infanto Juvenil (EAC-IJ) para coleta das informações a serem
pesquisadas. Foi verificado um aumento significativo da autonomia e
autoestima, tornando estes alunos mais seguros e com uma melhor
consciência corporal. Foi observado pelos pesquisadores que a dança
possibilitou uma perspectiva de vida com mais qualidade, atrelada a uma
descoberta da identidade favorecida pelo potencial criativo da dança que
aponta caminhos para a socialização, lazer, o autoconhecimento, valorização
pessoal e autonomia. Baseados nos pressupostos teóricos, e nas ferramentas
utilizadas nesta pesquisa, este estudo nos permite constatar que a dança pode
promover o desenvolvimento de um autoconceito positivo e aumento da
autoestima, o que contribuirá para a promoção de saúde de algumas pessoas.
Ugaya (2007) descreve em sua pesquisa envolvendo crianças e
adolescentes, que as apresentações das danças desenvolvidas pelos alunos,
23
que posteriormente foram assistidas pela família, amigos e pela comunidade,
contribuíram para que estes se sentissem mais importantes e valorizados,
aumentando a autoestima.
Como consequência do aumento da autoestima, há uma melhora do
desenvolvimento acadêmico pela facilitação das relações sociais obtidas com o
processo desenvolvido durante uma aula de dança.
Segundo BEAN et al, (1995 apud SOUZA, 2002), a autoestima influencia
o aprendizado onde o mesmo constata que pesquisas sobre a autoimagem e o
desempenho escolar mostram a forte relação entre a autoestima e a
capacidade de aprender levantando a ideia que a elevada autoestima pode
estimular a aprendizagem. O aluno que goza de elevada autoestima aprende
com mais facilidade, enfrentando as novas tarefas de aprendizagem com
confiança e entusiasmo. Seu desempenho tende a ser progressivo e promissor,
pois a reflexão e o sentimento precedendo a ação, demonstram firmeza e
expectativas positivas, diferente de um indivíduo que se sente incompetente,
fracassado.
O aspecto afetivo da autoestima tem uma profunda influência sobre o
desenvolvimento intelectual. Ele pode acelerar ou diminuir o ritmo de
desenvolvimento e progresso e determinar sobre em que abordagem de
conteúdos intelectuais o indivíduo se concentrará e, na teoria de Piaget, o
desenvolvimento intelectual é composto por dois componentes: um cognitivo e
outro afetivo que, desenvolvem-se paralelamente. Afeto inclui sentimentos,
interesses, desejos, tendências, valores e emoções em geral. (OLIVEIRA,1998
apud SOUZA, 2002)
Outra questão que podemos relacionar com a temática em discussão e
que está atrelada a autoestima é a satisfação com a imagem corporal, que
influencia nas relações interpessoais do sujeito e pode agir sobre seu
desempenho acadêmico. Simões e Meneses (2007) levantam através de uma
pesquisa que há uma preocupação e um interesse pelo autoconceito e
autoestima de crianças e adolescentes obesos, uma vez que existe a
24
probabilidade de desenvolverem sintomas depressivos, assim como um baixo
autoconceito e uma baixa autoestima, fatores que alteram sua convivência
social. Sob essa perspectiva, essas autoras tiveram como objetivo estudar
crianças com e sem obesidade. Faz-se necessário salientar que a conduta
atitudinal da sociedade sobre a obesidade tende a ecoar no comportamento de
indivíduos obesos, o que os leva a ter condutas negativas em relação a si, além
de apresentar uma autoestima comprometida. Sendo assim, atribuir atividades
ligadas a dança poderia contribuir coma melhora na qualidade de vida do
sujeitos já que a mesma se apresenta com caráter altamente social e pode
influir sobre a composição e imagem corporal do indivíduo.
Em uma pesquisa realizada com jovens da cidade de Campinas, Sisto
(2000) na realização de estudos sobre afetividade, teve como proposta verificar
se a autoestima pode ser modificada numa situação de provação. A pesquisa
observou que, durante todas as fases da vida, desde a infância, a adolescência
e a fase adulta, a autoestima passa por alterações ocasionadas pelas
situações e pelo próprio contexto social vivido. Sendo assim, podemos salientar
que durante sua infância e adolescência, se o indivíduo tem acesso o acesso a
dança na escola, e este é realizado de forma significativa e com objetivos
pedagógicos que visam além do desenvolvimento intelectual e expressivo do
indivíduo, a sua melhora sob os aspectos psicológicos e afetivos, o mesmo
pode passar pelas alterações sob sua autoestima de forma profícua.
O estudo de Goleman abordado por Briggs (2000, apud SOUZA, 2002),
revela que o maior fator para estimular a criança a aprender é a imagem que
tem de si. Verificou-se também que as crianças que apresentavam facilidade e
predisposição em aprender, gozavam de uma autoconfiança intensificada a
medida que essa facilidade se expandia com o tempo. Elas obtiveram
confiança, a convicção para se sentirem amadas e estar a vontade com os
outros. Em tese, manifestavam as características de uma elevada autoestima.
Entretanto, as crianças que eram mais submissas a ações de outras
pessoas, menos seguras a condição de ser amadas, menos motivadas e
possibilitadas de participar de projetos próprios, e que demonstravam precisar
de muita atenção, apresentaram dificuldades em processos de aprendizagem.
25
Concluindo os conceitos observados no estudo, evidenciou-se que uma
autoestima alta afeta acentuadamente o modo que a criança utiliza as
habilidades de que dispõe.
Em outro estudo Sarto (2007) junto ao grupo Dança Comunidade com
jovens da periferia da cidade de São Paulo, mostra que os participantes
encontraram na dança uma forma de progresso pessoal e inserção social, que
possibilitando o aumento da sua autoestima. Da mesma forma, Lima (2006) em
sua pesquisa constata que a dança serve como ferramenta para a promoção
de saúde de crianças de uma escola pública de Fortaleza que participaram de
um programa durante seis meses. Nesse contexto a dança proporcionou a
manifestação das capacidades e uma elevação significativa da autonomia e
autoestima. Nesta pesquisa também observou-se a alteração na questão do
autocuidado, demonstrado através de hábitos mais saudáveis, como a prática
de atividade física, no caso a dança.
Alvim,
Pronsato
e
Lima
(2005)
observaram
que
adolescentes
socialmente desfavorecidos com idade entre 12 e 17 anos participantes em um
programa de dança, tiveram uma elevação no desenvolvimento psicomotor,
seguido de uma melhora na sociabilidade diminuindo suas atitudes agressivas.
Com base nisto, a dança contribuiu para o desenvolvimento global do aluno,
possibilitando ao mesmo uma melhor adaptação ao meio social e
proporcionando uma evolução sobre o estado de aceitação e satisfação sob si
próprio.
Por fim com o desenvolvimento de aulas de dança no contexto escolar,
com objetivos pedagógicos atrelados ao desenvolvimento de capacidades
motoras, psicológicas e cognitivas de forma global, podemos verificar a
incidência de aumentos significativos autoestima, tornando estes mais seguros
e causando adaptações que levem a uma melhor consciência corporal.
A dança gera uma perspectiva de vida com mais qualidade, isto sendo
possível pela descoberta da identidade, favorecida pelo potencial criativo dessa
atividade que aponta o desenvolvimento de meios para a socialização, lazer, o
autoconhecimento, a valorização pessoal e autonomia.
26
Assim, a dança também pode ser uma ação pedagógica, contribuindo
para a melhora do comportamento da criança ou adolescente, no resgate de
valores culturais, no aprimoramento do senso estético e o prazer da atividade
lúdica para o desenvolvimento físico, mental e social. (Santos et al, 2005 apud
FERREIRA E VILLELA, 2011).
27
6 CONCLUSÃO
Concluímos através do presente estudo que a dança quando utilizada no
ambiente escolar pode influenciar sobre a percepção que o aluno toma de si
mesmo e também sobre suas relações interpessoais complementando os
objetivos gerais da Educação Física na escola. Nesse contexto, Cunha (1992),
concorda ao dizer que a dança merece destaque junto à Educação Física
complementando as atividades de ginástica, jogos e esportes. Claro (1988,
apud Gariba, 2005) complementa dizendo que a dança e a Educação Física se
completam, no sentido em que a Educação Física necessita de estratégias de
conhecimento do corpo e a dança das bases teóricas da Educação Física.
Levantamos pesquisas que constatam mudanças sobre a autoestima através
da dança, que estimula o desenvolvimento do senso criativo procedendo sobre
as potencialidades individuas. Acreditamos assim, que a Dança pode contribuir
significativamente para a formação de indivíduos mais críticos e autônomos, e
que a mesma partindo da escola pode visar a uma transformação social em
seus alunos. Não podemos afirmar, porém que a dança seja a solução para os
problemas atrelados a autoestima, mas evidências mostram que essa atividade
é importante para ser ministrada nas escolas, principalmente por seu papel
sócio afetivo. Sendo assim, sugerimos que mais estudos sejam realizados
acerca do assunto buscando novas evidencias sobre o tema.
28
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