Museu Nacional do Traje e da Moda História Palácio Angeja-Palmela O Palácio Angeja-Palmela foi mandado construir por D. Pedro José de Noronha, 3º Marquês de Angeja, durante o Século XVIII, perto do local onde existira o Paço de D. Afonso Sanches, filho natural de D. Dinis. De autoria desconhecida, o edifício foi construído sob influência da arquitetura pombalina, desenhando-se em duas fachadas, uma das quais termina com a Capela. Da construção primitiva resta-lhe apenas uma ombreira quinhentista, que se encontra numa residência aderente ao Palácio, e algumas estruturas arquitetónicas do Século XVII. Nas salas destacamse os tetos de masseira, os estuques, as pinturas ornamentais e alguns silhares de azulejos setecentistas. Em 1840, o edifício é adquirido por D. Pedro de Sousa e Holstein, Marquês de Palmela e mais tarde 1º Duque de Palmela, que levou a cabo obras de beneficiação do Palácio, entre as quais a reconstrução do pavilhão neogótico, hoje ocupado pelo restaurante do Museu Nacional do Traje. A partir da II Guerra Mundial, o Palácio passou a funcionar como colégio religioso de belgas refugiadas, até que, em 1975, o Estado Português adquire a Quinta do Monteiro-Mor, que, para além do Palácio Angeja-Palmela, compreende o Palácio do Monteiro-Mor, uma casa do Século XVIII, o Jardim Botânico e uma zona verde com onze hectares. A ideia de criar o Museu Nacional do Traje surgiu na sequência de uma exposição realizada em 1974 no Museu Nacional de Arte Antiga sobre o traje civil em Portugal. A Quinta do Monteiro-Mor reunia, segundo Natália Correia Guedes, fundadora do Museu, excelentes condições para levar a cabo o projeto, que incluía ainda a criação do Museu Nacional do Teatro, do Museu da Música e da Casa do Brinquedo, por estar integrado numa vasta zona verde. Destes quatro, apenas foram concretizados os dois primeiros projetos, no Palácio Angeja-Palmela e no Palácio do Monteiro-Mor, respetivamente, ficando inconcluído o programa de construção de uma Ilha de Museus, conforme pretendia Maria José de Mendonça, então Diretora do Museu Nacional de Arte Antiga e mentora deste projeto. Em 1977, o Museu Nacional do Traje abria então as suas portas ao público, sob a direção da sua fundadora. Protagonistas D. Pedro José de Noronha (1716-1788), o 3º Marquês de Angeja, foi presidente do Erário Régio em 1777 e Primeiro-ministro do reinado de D. Maria I, após a queda de Marquês de Pombal. Aberto e sensível, dedicou a sua vida ao estudo das Ciências Naturais, tendo reunido, no seu palácio da Junqueira, uma coleção de curiosidades que pretendia ver instalada no Paço do Lumiar. O objetivo, nunca atingido e arrojado para a época, era criar um Museu de História Natural, projeto apenas comparável ao Museu de História Natural da Universidade de Coimbra. O 3º Marquês de Angeja conseguiu, contudo, dar início à plantação do Jardim Botânico, projeto que ficou sob a responsabilidade do italiano Domenico Vandelli (1735-1816). D. Pedro de Sousa e Holstein (1818-1864), então Marquês de Palmela, adquire à herdeira da Casa de Angeja, D. Mariana de Castelo Branco, o Palácio do Lumiar. Foi assim que, em 1840, as propriedades passam para a posse da Casa de Palmela, até serem vendidas ao Estado Português em 1975 por D. Isabel Juliana de Souza Holstein Beck Campilho. Antes disso, ocuparam o Palácio a 3ª Duquesa de Palmela e a Marquesa de Tancos, irmã do 4º Duque de Palmela. Cronologia Século XVIII - Construção do Palácio Angeja-Palmela e plantação do Jardim Botânico Finais Século XVIII - Construção do Palácio do Monteiro-Mor 1840 - Aquisição das propriedades por parte do 3º Marquês de Palmela. São levadas a cabo obras de restauro do Palácio e dos jardins de acordo com o gosto romântico da época 1975 - Aquisição das propriedades por parte do Estado Português, para concretização de um projeto que visava a instalação de um complexo museológico 1976 - Realização de obras para adaptação do Palácio a museu 1977 - Inauguração do Museu Nacional do Traje, sob a direção de Natália Correia Guedes 1978 - Prémio Especial Museu do Ano, pelo Conselho da Europa 1980 - Direção de Ana Maria Brandão 1982 - Início de exposições com artistas contemporâneos - Ana Vieira 1983 - Direção de Madalena Braz Teixeira, atualmente ainda no cargo 1985 - Início de exposições bimensais com obras de artistas contemporâneos - Ana Salazar 1987 - Prémio Museu Total, pelo TRIOMUS (Trienal de Museus de Língua Portuguesa) - Rio de Janeiro - Brasil 1990 - Início de atividades junto à comunidade, em colaboração com a Junta de Freguesia do Lumiar. I Simpósio Internacional da Jóia, em colaboração com o The British Council 1993 - Prémio Melhor Museu Português, pela APOM 1996 - Prémio de Artes Decorativas, pelo Círculo José de Figueiredo – Porto 1997 - Prémio de Restauro, pela Seta Trading 2001 - Menção Honrosa na categoria Hortas Pedagógicas, pela Culturgest 2002 - Comemoração das Bodas de Prata, através da realização de atividades mensais. Exposições Exposições Permanentes Pare, Escute e Toque – Um Passeio em 1830 Na loja do Museu Nacional do Traje está patente a exposição táctil “Pare, Escute e Toque – Um Passeio em 1830”, uma mostra destinada a invisuais e amblíopes realizada em colaboração com o Instituto António Feliciano de Castilho. Esta exposição, com planta e legendas em braille, inclui a apresentação de trajes masculinos e femininos, bem como de carruagens do Século XIX, como a que foi utilizada pelos 1º e 2º Duques de Palmela na cerimónia de Coroação da Rainha Vitória de Inglaterra, realizada em Londres em 1838. Traje Feminino do Séc. XIX Sala dos Teares - Técnicas de Fiação, Tecelagem e Estampagem Instalada na antiga cavalariça do Palácio Angeja-Palmela, esta exposição, destinada ao público em geral e às escolas em particular, tem por objetivo divulgar os processos têxteis anteriores à confeção do traje, como, por exemplo, as técnicas de fiação, tecelagem, tintagem e estampagem manual de tecidos. Aqui também são apresentados teares em processo de laboração, a par com ateliers de tecelagem e de tapeçaria experimental e apoio a invisuais com o patrocínio da Fundação Saïn. Apresentação da cadeia de operações referentes à manufatura dos tecidos desde a exposição das quatro principais fibras têxteis (lã, linho, seda e algodão) ao processo de fiação, tecelagem e estampagem incluindo a exibição de rocas, fusos, teares e mesas de estampagem manual de tecidos, por forma a ser explicitados os diferentes processos de fabricação têxtil artesanal. Acessórios para a indústria Têxtil A Mola 19 de Outubro - A Mola: José Lucas. Implantação da escultura no Parque do Monteiro-Mor "A MOLA". José Lucas é o autor convidado que apresenta uma escultura designada por A Mola. Esta peça de grandes dimensões configura uma interpretação monumental de um objeto do quotidiano usado no estendal da roupa. Perfilam-se duas atitudes: em primeiro lugar, parece ser intenção do artista agigantar um objeto de reduzidas dimensões, exaltando a perceção formal da mola. Em segundo lugar, depreende-se ser evocativo do utilizador da mola de roupa, ou seja da mulher. José Lucas refere-se também ao ato de entalar que sugere sofrimento e dor. Escultura A Mola A Janela de Soror Mariana Implantação de uma escultura monumental de João Cutileiro realizada em mármore e ferro, representando uma grade do Convento de Beja onde a célebre escritora das "Lettres Portugaises" viveu o seu desesperado e trágico amor. Jardim De Esculturas (1995) Com a intenção de dar início a um Jardim de Esculturas no Parque do MonteiroMor, dedicou-se este a St.º António, nos 800 anos do seu nascimento, evocando também a crucificação dos 23 franciscanos, também conhecidos com os Mártires do Japão, cuja morte ocorreu na cidade de Nagasaki em 1597, na medida em que uma das esculturas apresentadas era de origem nipónica. Nizuma, um célebre e reconhecido artista de renome internacional deixou no Parque um Castle of the Eye, que constitui uma das últimas variações sobre este tema que o escultor realizou. “Coluna ou totem, uma armadura para a Ausência” assim o definiu Cruz Teixeira. Na mesma data foi implantada a escultura de Catarina Baleiras, composta por uma amálgama de tiras de aço, semelhando-se pela forma, que não pela matéria, a outros novelos de lã, linho, algodão ou seda que deram origem a vestes e roupagens ou a finas rendas e ricos bordados. Com estas muitas outras interpretações se colocou esta esfera com o título de Senhoras de forte carácter cultivam ervas silvestres... Informações gerais Morada: Largo Júlio de Castilho - Lumiar 1600 - 483 LISBOA Telefone (351) 217 567 620 / 217 543 920 Fax (351) 217 591 224 Site http://museudotraje.imc-ip.pt E-Mail [email protected] Museu e Parque Botânico Horário: 3ª feira : 14h00 - 18h00 4ª feira a Domingo: 10h00 - 18h00 (última entrada às 17h30) Encerrado à 2ª feira (dia) e 3ª feira (manhã) Ingresso Bilhete Normal : € 3,00 (Museu); € 4,00 (2 Museus – Parque); € 2,00 (Parque). Descontos 60% Cartão Jovem 50% > 65 anos; Portadores de deficiência Bilhete de Familia - 50% de desconto para os filhos menores (15-18) desde que acompanhados por um dos pais. Bilhetes de Grupo - Pode ser adquirido com a antecedência de um ano Aquisição entre: - 100 a 200 bilhetes – 5% de desconto; - 201 a 500 bilhetes – 10% de desconto; Mais de 501 – 20% de desconto Isenções Domingos e feriados -até às 14 horas Crianças até aos 14 anos. Membros da APOM/ICOM, Academia Nacional de Belas-Artes, Academia Portuguesa da História e Academia Internacional da Cultura Portuguesa, mediante comprovação documental. Investigadores, jornalistas e profissionais do turismo no desempenho das suas funções, desde que devidamente identificados. Professores e alunos de qualquer grau de ensino no âmbito de visitas de estudo, desde que comprovadas documentalmente a sua condição (cartão pessoal) e o contexto da visita (por documento emitido pela respetiva instituição de ensino). Mecenas institucionais dos respetivos museus. Membros de Associações de Amigos dos Museus. Funcionários do Ministério da Cultura, desde que devidamente identificados. Funcionários do IMC e serviços dependentes. Transportes Autocarros: nº 36, 108, 701, 703, 796 Metro: Linha Amarela, Estação do Lumiar Parque Botânico