0 SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA INFORMAÇÃO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA JOSÉ PAULO DOS SANTOS DISSEMINAÇÃO SELETIVA DA INFORMAÇÃO (DSI): análise da produção científica em periódicos brasileiros na área da Ciência da Informação Rio Grande/RS Fevereiro/2014 1 SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA INFORMAÇÃO CURSO DE BIBLIOTECONOMIA JOSÉ PAULO DOS SANTOS DISSEMINAÇÃO SELETIVA DA INFORMAÇÃO (DSI): análise da produção científica em periódicos brasileiros na área da Ciência da Informação Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Biblioteconomia da FURG como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Biblioteconomia, orientado pela Profª. Dra. Gisele Vasconcelos Dziekaniak. Rio Grande/RS Fevereiro/2014 2 Catalogação na Fonte S237d SANTOS, José Paulo dos Disseminação seletiva da informação (DSI): análise da produção científica em periódicos brasileiros na área da Ciência da Informação / José Paulo dos Santos. — Rio Grande: FURG, 2013. 45f.; il., color (Trabalho de Conclusão de Curso) Orientadora: Profª. Dra. Gisele Vasconcelos Dziekaniak Material encadernado Bibliografia: f. 32-34 1. Disseminação Seletiva da Informação (DSI). 2. Produção Científica. 3. Estudo Bibliométrico. 4. Web 2.0. 5. Periódicos. I.Título. II. Dziekaniak, Gisele Vasconcelos. CDU: 025.5:316.776.32 3 DISSEMINAÇÃO SELETIVA DA INFORMAÇÃO (DSI): análise da produção científica em periódicos brasileiros na área da Ciência da Informação José Paulo dos Santos1 RESUMO A Disseminação Seletiva da Informação (DSI) pode ser definida como sendo aquele serviço que fornece ao usuário uma lista de referências bibliográficas em intervalos regulares e relacionada com sua área de interesse. Diante da grande quantidade de informação disponível e o tempo escasso dos usuários a DSI vem ganhando espaço principalmente pelo uso da Internet e das ferramentas oferecidas pela Web 2.0, entre elas a mais usada é o RSS. Esta pesquisa objetivou conhecer a produção científica sobre DSI nos periódicos brasileiros na área da Ciência da Informação por meio de um estudo bibliométrico. Foram pesquisados 41 periódicos e 46 artigos científicos sobre o assunto publicados por 62 autores, compreendendo desde a década de 1970 até o mês de agosto de 2013. Dentro dos resultados encontrados ressalta-se que o maior número de publicações ocorreu na década de 1970, porém nos últimos anos esta frequência de publicações tem sofrido um aumento. Dos periódicos pesquisados, 15 deles publicaram algum artigo sobre o tema e aquele que mais publicou foi a Revista de Biblioteconomia de Brasília: RBB. Os temas mais discutidos nos artigos dão conta de que as pesquisas sobre DSI no Brasil têm abordado os assuntos informação, bibliotecas universitárias, tecnologia RSS e a preocupação com os usuários. Conclui-se que o aumento da informação no formato digital está levando ao uso das ferramentas oferecidas pela Web 2.0 e que as tecnologias auxiliam no desenvolvimento da área. Palavras-chave: Disseminação Seletiva da Informação (DSI). Produção Científica. Estudo Bibliométrico. Web 2.0. Periódicos. 1 Aluno do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio Grande – FURG. E-mail:[email protected] 4 ABSTRACT The Selective Dissemination of Information (SDI) can be defined as that service which provides the user with a list of references at regular intervals and related to their area of interest. Given the large amount of information available and the limited time of the users Selective Dissemination of Information (SDI) has been gaining ground mainly by the use of the Internet and the tools offered by Web 2.0, including the most used is RSS. This research aimed to know the scientific production about SDI in Brazilian journals in the field of information science through a bibliometric study. 41 journals and 46 scientific articles on the subject published by 62 authors, including from the 1970s until the month of august 2013 were surveyed. Among the findings it is noteworthy that the largest number of publications occurred in the 70s, but in recent years this rate of publications has been increased. The journals surveyed, 15 of them published an article and what else was published the Journal of Librarianship Brasilia: RBB. The most discussed topics in articles realize that research on SDI in Brazil have addressed the issues information, university libraries, RSS technology and concern for users. It is concluded that the increase of information in digital format is leading to the use of the tools offered by Web 2.0 and the technologies that assist in developing the area. Keywords: Selective Dissemination of Information (SDI). Scientific Production. Bibliometric study. Web 2.0. Journals. 5 FOLHA DE APROVAÇÃO Data de aprovação: ____ de __________de ______. Banca Examinadora: Orientadora:______________________________________________________ Profª. Dra. Gisele Vasconcelos Dziekaniak Universidade Federal de Rio Grande – FURG Membro:__________________________________________________________ Profª. Ma. Fátima Santos Maia Universidade Federal de Rio Grande – FURG Membro:__________________________________________________________ Bel. Dóris Fraga Vargas Biblioteca Pública Municipal Hipólito José da Costa - Capão do Leão/RS 6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 7 1.1 O periódico na comunicação científica...................................................... 9 2 10 2.1 DISSEMINAÇÃO SELETIVA DA INFORMAÇÃO: definição e histórico de seu desenvolvimento ........................................................................... Os serviços manuais de DSI...................................................................... 2.2 Os serviços automatizados de DSI............................................................ 13 2.3 A disseminação seletiva da informação na era da Internet....................... 15 2.3.1 Disseminação seletiva da informação na Web 2.0.................................... 16 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.................................................. 19 3.1 Estudos bibliométricos............................................................................... 19 3.2 Classificação da pesquisa.......................................................................... 19 3.3 População, amostra e critérios da pesquisa.............................................. 20 4 APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS......... 22 4.1 Autores, afiliação e quantidade de autores predominantes nos artigos.... 22 4.2 24 4.3 Origem geográfica dos autores de acordo com a afiliação e os periódicos que mais publicaram................................................................. As palavras-chave predominantes nos artigos.......................................... 4.4 Análise temporal dos artigos...................................................................... 28 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................... 30 REFERÊNCIAS.......................................................................................... 32 APÊNDICE A – Periódicos selecionados para realização da pesquisa..... 35 APÊNDICE B – Autores arrolados na pesquisa, número de artigos.......... publicados e suas respectivas afiliações......................... APÊNDICE C – Artigos utilizados na pesquisa.......................................... 38 12 26 40 7 1 INTRODUÇÃO A criação de mecanismos para filtrar as informações com o objetivo de chegar àquelas realmente relevantes sempre foi uma inquietação dos profissionais da Ciência da Informação. Conforme Souto (2006) isto se acentuou a partir da década de 1970, devido ao crescimento do volume de informações disponíveis. O aumento do volume de conhecimento produzido trouxe consigo a necessidade de acessá-lo de maneira rápida e com a segurança de encontrar as informações desejadas. A sociedade sempre, além de consumidora, foi e continua sendo produtora de informações. Ela exige agilidade e confiabilidade na informação que consome. Para Cunha e Eirão (2012) um dos desafios do mundo globalizado é fazer com que o conhecimento produzido torne-se acessível a todos. Ainda para este autor as bibliotecas e a Ciência da Informação têm aperfeiçoado o tratamento, a organização e o uso da informação e do conhecimento. O desenvolvimento das tecnologias da informação (TI)2 trouxeram consigo o crescimento dos serviços e produtos de informação e abriram um novo cenário no qual “[...] as bibliotecas entraram na era eletrônica com os sistemas de gerenciamento de bibliotecas, catálogos públicos de acesso em linha3 e sistemas informacionais4 mais complexos.” (CUNHA e EIRÃO, 2012, p. 61) O advento da Internet proporcionou o desenvolvimento dos sistemas de recuperação da informação e, ao mesmo tempo, o seu crescimento rápido trouxe consigo a desorganização da informação na rede e a necessidade de mecanismos de organização e busca mais eficientes. Neste sentido “[...] surge o papel do profissional da informação, dentre eles o bibliotecário, com a missão de facilitar e fazer a conexão entre a informação e o usuário que deseja obtê-la.” (CUNHA e EIRÃO, 2012, p. 62) 2 “Tecnologia baseada na eletrônica e dirigida ao tratamento da informação, compreendendo toda a tecnologia informática e das telecomunicações, juntamente com partes da eletrônica de consumo e radiodifusão”. (CUNHA e CAVALCANTI, 2008, p. 356) 3 Catálogo em linha de acesso público (OPAC), em inglês: Online public access catalog. “Catálogo automatizado no qual o usuário faz o acesso direto, sem necessidade de intermediário, utilizando interfaces amigáveis”. (CUNHA e CAVALCANTI, 2008, p. 73) 4 “Um grupo lógico de subsistemas e dados ou informação, necessários para suprir as necessidades de informação de uma comunidade, grupo ou processo”.(CUNHA e CAVALCANTI, 2008, p. 344) 8 Os serviços de informação também se desenvolveram, entre eles a Disseminação Seletiva da Informação (DSI)5. Conforme Souto (2010), a evolução dos serviços de DSI acompanhou a evolução tecnológica e surgiram os serviços federados de DSI, nos quais as informações disseminadas são oriundas de várias fontes autônomas, distribuídas em diferentes servidores e são disseminadas por um único serviço. Souto (2006) aponta que em 1972 foi criado o primeiro sistema online desenvolvido para a recuperação da informação. Ele foi denominado de Dialog, criado por Roger K. e disponibilizado pelo The Dialog Corporation. Com o surgimento das novas TIs a DSI ganha novos meios para levar a informação até o usuário, como por exemplo, os serviços oferecidos pela Web 2.0. Diante da importância da disseminação da informação em meio à grande produção de conhecimento e as facilidades oferecidas pela rede mundial de computadores, torna-se fundamental a aplicação da DSI em bibliotecas e unidades de informação para que o usuário obtenha a informação desejada, de modo eficaz. Neste contexto, o papel do bibliotecário torna-se de grande importância. Esta pesquisa visa descrever e analisar a produção científica sobre DSI publicada nos periódicos da área da Ciência da Informação no Brasil, desde que o tema ganhou espaço nas pesquisas durante a década de 1970 até o mês de agosto de 2013, pois conforme Eirão e Cunha (2013) foi nesta década que começaram os estudos sobre a DSI no Brasil. Objetiva ainda verificar como decorreu a sua evolução e como ela está atualmente, e para tal, basear-se-á no estudo bibliométrico. Pretende-se: apontar os autores que mais produziram sobre o tema; constatar a década na qual se concentrou a maior parte da produção; reconhecer os temas relacionados ao assunto DSI através da análise das palavras-chave; identificar os periódicos que mais publicaram; averiguar as instituições vinculadas aos autores que mais produziram (afiliação); indicar a quantidade de autores predominante nos artigos e; mapear os estados brasileiros dos quais provém as publicações de acordo com a afiliação dos autores. Por isso discorre-se a seguir um pouco sobre o periódico na comunicação científica. 5 Optou-se por usar a sigla em português DSI (Disseminação Seletiva da Informação). A sigla em inglês é SDI (Selective Dissemination of Information) 9 1.1 O periódico na comunicação científica A comunicação científica vale-se de canais informais e formais para a divulgação dos resultados das pesquisas. Conforme Campello e Campos (1988), são exemplos de canais informais as correspondências particulares, encontros em congressos, contatos pessoais, trocas de manuscritos etc. e como exemplos de canais formais da comunicação científica as autoras citam os livros, artigos científicos, anais de congressos, relatórios técnicos, teses, dissertações etc. O primeiro periódico científico surgiu no século XVII na França. O Journal des Sçavants, cujo primeiro fascículo saiu em Janeiro de 1665, foi fundado por um conselheiro da Corte do Parlamento de Luís XIV. Até então as pesquisas científicas eram divulgadas através do livro e da correspondência pessoal. Campello e Campos (1988) apontam diversas vantagens do periódico em relação ao livro e à correspondência pessoal: rapidez na publicação, não possui o tom pessoal presente nas correspondências, atingem um maior número de leitores, entre outras. Para Meadows (1999, p.7) o motivo principal do surgimento do periódico está na “[...] necessidade de comunicação, do modo mais eficiente possível, com uma clientela crescente interessada em novas realizações.” O periódico representou um grande avanço na comunicação científica e as suas vantagens o fizeram ir ao encontro do que a ciência moderna almeja. Com o advento da ciência moderna, o importante passou a ser a comunicação rápida e precisa sobre uma experiência ou observação específica, que permitisse a troca também rápida de ideias e a critica entre todos os cientistas interessados no assunto em questão. Isso provocou a necessidade de um novo meio de comunicação, de alcance mais amplo que a comunicação oral e a correspondência pessoal, bem mais rápido que os livros e tratados: o periódico científico. (MUELLER, 2000, p. 73-74). Além disso, acrescenta-se ainda que os artigos publicados nos periódicos científicos passam por revisão dos pares e apenas trabalhos inéditos são publicados. Por tudo isso o periódico mantém a sua credibilidade dentro do meio científico. Desta forma, esta pesquisa optou pelos periódicos científicos para realizar a coleta de dados. A seguir discute-se a DSI abordando, conceito, histórico, sua trajetória até a era da Web 2.0 e cita-se exemplos. 10 2 DISSEMINAÇÃO SELETIVA DA INFORMAÇÃO: definição e histórico de seu desenvolvimento A humanidade há muito tempo preocupa-se com a preservação do conhecimento produzido e com a transmissão do mesmo. A Biblioteca de Alexandria, fundada no século III a.c, abrigou milhares de rolos de pergaminho com o objetivo de resguardar e registrar todo o conhecimento da época e através dele gerar novos conhecimentos. A ideia de reunir todo o conhecimento produzido pela humanidade ainda não acabou totalmente, como exemplo podemos citar a Library of Congress – LC. De acordo com Cunha e Eirão (2012) a Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos já conta com 145 milhões de itens, em 470 diferentes línguas. Concomitante à preocupação em preservar o conhecimento produzido pelo homem, o crescente aumento do seu volume e a sua disseminação têm sido os alvos da atenção dos profissionais da Ciência da Informação. De acordo com Longo (1979) a década de 1960 marcou o início da discussão a respeito da DSI no mundo. Conforme Longo (1979) o que provocou o desenvolvimento da DSI foi o grande número de computadores, a impressão typessetting (composição tipográfica6) através do computador gerando bases de dados e a grande expansão da literatura mundial. Esta mesma autora coloca que os sistemas de DSI existem desde a década de 1960 e que os mesmos foram impulsionados pelo desenvolvimento da informática. Para Foskett (1969) o serviço de disseminação de informação ou, como o autor denomina, “Serviço de Notificação Corrente” é “[...] a atividade característica da biblioteca especializada e que a distingue, mais do que qualquer outro aspecto, das bibliotecas públicas e universitárias.” (FOSKETT, 1969, p. 73). O conceito de DSI foi definido por Hans Peter Luhn em 1961: [...] aquele serviço dentro de uma organização que se refere à canalização de novos itens de informação, vindo de quaisquer fontes, para aqueles pontos dentro da organização onde a probabilidade de utilidade, em conexão com interesses ou trabalhos carentes, é grande. Luhn (1961, apud LONGO, 1979, p.79) Os serviços de DSI nasceram dentro das organizações e visavam abastecer os profissionais daquilo que de novidade havia na literatura das suas respectivas 6 Tradução nossa 11 áreas. Esses novos conhecimentos eram oriundos de diversas fontes e canalizados para o profissional que, sem tempo para garimpar as novidades, contava com a DSI para manter-se atualizado e assim dedicar todo o seu tempo às suas pesquisas. Através desse serviço o profissional da informação conseguia aumentar a probabilidade de uso de materiais que muitas vezes ficariam parados no acervo. O conceito de DSI formulado por Nocetti mostra um serviço de alerta contínuo e personalizado “[...] que fornece ao usuário uma lista de referências bibliográficas em intervalos regulares, relacionada com sua área de interesse.” (NOCETTI, 1980, p. 15) Segundo Eirão e Cunha (2013) no Brasil a discussão sobre DSI teve início na década de 1970 e os seus primeiros estudos foram relacionados aos centros de informação e documentação de órgãos e empresas públicas, ou seja, o serviço de DSI era inicialmente restrito às bibliotecas especializadas. Os autores corroboram o que outros autores já afirmaram ao dizerem que a automatização dos serviços de DSI se deu com a difusão do computador e que este alterou inclusive a estrutura do serviço de disseminação da informação. Conforme Cunha e Eirão (2012) durante a década de 1970 surgiram vários artigos com relatos de experiências de aplicação da DSI no Brasil. Esses relatos davam conta da utilização da DSI em empresas públicas tais como, Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (EMBRAPA), Instituto de Energia Atômica de São Paulo, Congresso Nacional, Companhia Vale do Rio Doce. Esse momento de efusão da DSI no Brasil levou a publicação de um número especial da Revista de Biblioteconomia de Brasília7 com relatos no contexto nacional. Cunha e Eirão (2012, p.65) colocam que no início o serviço de DSI no Brasil “[...] era elaborado manualmente com base no acervo local de periódicos, para a produção de listas selecionadas de títulos e artigos e a distribuição de resumos a poucos usuários.” No contexto brasileiro o serviço de DSI surgiu de forma manual e em pequena escala e gradativamente foi crescendo e sendo informatizado e aderindo aos formatos eletrônicos. A seguir serão apresentados os diversos tipos de serviços de DSI, características e exemplos de cada um deles. 7 Revista de Biblioteconomia de Brasília, v. 6, n. 2, 1978. 12 2.1 Os serviços manuais de DSI A DSI iniciou de forma manual antes da chegada dos recursos automatizados às unidades de informação e era dirigida a um pequeno grupo de usuários. A necessidade de disseminar seletivamente a informação levou ao surgimento de serviços que permanecem até hoje. Como exemplo de serviço de DSI manual Souto (2010) cita os Colégios Invisíveis, “[...] os pesquisadores redigiam cartas aos demais membros do Colégio, disseminando entre eles as novidades quanto ao tema de interesse do grupo.” (SOUTO 2010, p. 23). O autor ainda relaciona outros serviços ao de DSI como as Cartas Iluministas8, os periódicos de resumos e boletins semanais microfilmados9. Os serviços manuais de disseminação seletiva da informação caracterizam-se principalmente pela interação humana, isto é, o bibliotecário e o usuário mantinham contato pessoal através de entrevista ou preenchimento de formulário recebido e devolvido pelo usuário via correio. Conforme Souto (2010) os serviços manuais de DSI se limitavam aos recursos informacionais disponíveis na própria biblioteca, o perfil do usuário era definido em conjunto com os bibliotecários, o sucesso do serviço dependia muito da habilidade, experiência e conhecimento do bibliotecário, o pacote informacional era composto de referências bibliográficas e resumos que eram entregues pessoalmente ou via correio, o acesso se dava via fotocópias de documentos que se encontravam no acervo da biblioteca e a avaliação do serviço era feita por meio de formulários ou questionários preenchidos pelos usuários e enviados via correio e também por meio de interação pessoal entre o usuário e o bibliotecário responsável pelo serviço. Longo (1979) relata que antes de surgir a DSI existiam os serviços manuais de alerta e cita como exemplos: manuseio de títulos de periódicos; compilação de resumos para conferências que fossem consideradas relevantes e distribuição aos usuários; rodízio de periódicos entre os usuários de uma biblioteca; tiras de papel 8 “Cartas científicas do século XVII as quais eram enviadas para as sociedades científicas que as imprimia, divulgando-as para a comunidade, como foi o caso da Royal Society of London.” Mostafa (2000, apud SOUTO, 2010, p. 24). 9 “Boletim constituído de pesquisa bibliográfica de acordo com o perfil do usuário que o compra”. (SOUTO, 2010, p.24). 13 com informações que chamassem a atenção dos usuários; jornais murais com sumários de periódicos e listas dos materiais bibliográficos adquiridos. Foskett (1969) fala de um serviço de notificação individual em locais onde não circulam os próprios periódicos. Como exemplos desse serviço o autor cita: boletim com as últimas aquisições; boletim noticioso com informações gerais correntes; quadro de avisos com cópias de sumários de revistas; serviço rápido de notificação de títulos recém publicados; boletim de resumos destinado à circulação restrita; levantamentos da literatura sobre tópicos específicos. Sobre o uso de computadores nos serviços de DSI discorre-se a seguir. 2.2 Os serviços automatizados de DSI A década de 1950 do século passado marcou a chegada do computador nos serviços de disseminação seletiva da informação. O primeiro a conceber um sistema de alerta automatizado foi Hans Peter Luhn, da IBM Corporation no ano de 1958. Segundo Nocetti (1980) através de informações bibliográficas armazenadas em fitas magnéticas, as quais eram confrontadas com um arquivo de perfis de interesses de usuários e eram geradas listagens personalizadas conhecidas como pacotes bibliográficos. Nota-se que a DSI surge no contexto das organizações e que seu embasamento está na “[...] automação de uma função clássica de biblioteca, isto é, a seleção de determinados itens para servir às necessidades específicas do consulente.” (NOCETTI, 1980, p. 15) Como exemplo de serviço de DSI automatizado com o uso do computador Foskett (1969) cita o serviço de notificação individual por meio de cartões: Cada usuário discrimina os assuntos de seu interesse, “seu perfil”, que é codificado e armazenado no computador. Os documentos que dão entrada na biblioteca são igualmente codificados e introduzidos no computador, o qual é solicitado a selecionar as combinações e imprimir uma folha de notificação para os usuários respectivos. (FOSKETT, 1969, p.75) Para Foskett (1969) o computador tornou exequíveis os serviços de notificação individual em larga escala. 14 Segundo Souto (2010) os serviços de DSI eram manuais até que Luhn em 1958 utilizou um serviço automatizado com o uso do computador e neste mesmo momento surgiu a expressão “Disseminação Seletiva da Informação”. Rowley (2002) conta que a chegada dos sistemas informatizados nas bibliotecas importou em padronização, mais eficiência, interligação através de redes e serviços melhores. Conforme a autora as primeiras aplicações do computador na recuperação da informação foram na produção de índices impressos, que são listas de índices de relatórios, boletins internos de resumos, listas de patentes, etc. e com os termos de entrada ordenados alfabeticamente e; no uso dos serviços de notificação corrente, que “[...] são serviços de informação cujo objetivo primordial é manter os usuários da informação a par dos progressos que ocorrem em seu campo.” (ROWLEY, 2002, p. 300) Os serviços de DSI automatizados caracterizavam-se, conforme Souto (2010), por: fazer uso de mais de uma base de dados, que eram disponibilizadas em fitas magnéticas individuais; o usuário não podia interagir diretamente com o sistema; os recursos informacionais eram selecionados por um programa de busca conforme o perfil do usuário; os usuários recebiam os pacotes informacionais pessoalmente ou via correio impressos ou em microforma; o acesso à informação era a partir da solicitação de cópias pelos usuários; a retroalimentação10 ocorria por meio das respostas dos pacotes bibliográficos, pessoalmente, por telefone, ou através de questionários de avaliação do serviço. Percebe-se que a automatização dos serviços de DSI proporcionou a sua expansão de maneira que conseguiu atingir um número maior de usuários, porém o usuário ainda permaneceu dependente do contato direto com o bibliotecário e sem poder interagir diretamente com o sistema. Como veremos a seguir este cenário irá mudar com a chegada da Internet e, principalmente com o advento da Web 2.0 e suas ferramentas. 10 “Reversão da informação a seu ponto de partida, permitindo a avaliação e adaptações do sistema”. (CUNHA e CAVALCANTI, 2008, p. 306) 15 2.3 A disseminação seletiva da informação na era da Internet Conforme já mencionado anteriormente a informatização das bibliotecas trouxe agilidade, padronização e interligação dos setores e serviços oferecidos por estas unidades de informação. Com o uso da Internet as bibliotecas passaram a oferecer novos serviços e novos canais de comunicação e interação com os seus usuários. A evolução e expansão da Internet e sua chegada às unidades de informação, proporcionou o surgimento de novos serviços e novos canais de comunicação e interação com os usuários. Neste novo contexto tecnológico a DSI ganhou novas ferramentas. Souto (2010) considera que o desenvolvimento dos serviços de DSI na era da Internet é devido ao aumento do volume da quantidade de informação, ao status e valor que a mesma adquiriu na sociedade atual. O autor considera ainda que “[...] a incorporação da Internet, no cotidiano da sociedade atual, é outro fator que favorece o desenvolvimento de serviços que disseminam a informação seletivamente.” (SOUTO, 2010, p.37). A expansão e popularização da rede mundial de computadores foi o grande fator que levou ao desenvolvimento de ferramentas que tornaram os serviços de DSI mais ágeis, confiáveis e os expandiu para um público maior. Souto (2010) enumera uma série de mudanças que ocorreram na DSI com o advento da Internet. Ele cita, por exemplo, que os recursos informacionais ganharam novos formatos, os usuários tornaram-se autônomos e novas tecnologias foram inseridas nos serviços de DSI. Souto (2006, p. 70) diz que “Vários são os canais tecnológicos que podem ser utilizados para agilizar/otimizar/facilitar a elaboração de perfis de interesse.” São as seguintes ferramentas de comunicação com o usuário, levantadas pelo autor, e que podem ser usadas para a DSI: telefone; e-mail; chat e mensagem instantânea11, vídeo conferência e software colaborativo. Apresenta-se a seguir as ferramentas oferecidas pela Web 2.0 e utilizadas na DSI. 11 O autor usou o termo em inglês: Instant Messaging. Tradução nossa. 16 2.3.1 Disseminação seletiva da informação na Web 2.0 A evolução da Internet ocorreu rapidamente. Segundo Jesus e Cunha (2012) a primeira geração da Web iniciou no começo da década de 1990, durou até 2003 e possuía uma interatividade entre conteúdo e usuário muito menor que a segunda geração. A segunda e atual geração da Web surgiu em 2004 e nela o usuário pode criar, participar e compartilhar conteúdos com muita facilidade. Esta atual geração da Web recebeu o nome de Web 2.0 e, conforme (SANTOS, 2013): Considerada como a segunda geração da Internet, a Web 2.0 aparece como potencializadora das formas de publicação, compartilhamento e organização das informações online. Tim O’Reilly é o criador do termo e para ele a Web 2.0 não possui limites definidos e, sim, um “núcleo gravitacional”, por ser encarada como uma plataforma na qual os próprios usuários intervém no desenvolvimento de um processo de organização de dados. (Grifo do autor) (SANTOS, 2013, p. 93) A Web 2.0 tem como principal característica a participação do usuário, o qual passou a ser um participante protagonista, pois cria conteúdo e toma decisões sobre a sua publicação. Primo (2008) destaca que a Web 2.0 “[...] caracteriza-se por potencializar as formas de publicação, compartilhamento e organização de informações [...]” (PRIMO, 2008, p. 101). Nesse sentido a Web 2.0 proporciona um espaço maior para a comunicação entre os usuários e traz novas formas de organizar a informação, conforme Santos (2013), através da etiquetagem constituindo-se em links de hipertexto. Accart (2012) afirma que a segunda geração da Internet é também chamada de Web social e, segundo ele, caracteriza-se pela possibilidade da criação de comunidades virtuais conforme grupos de interesses e que nela “Os profissionais da informação desenvolvem por sua vez certos serviços, entre eles o serviço de referência virtual [...]” (ACCART, 2012, p. 188). Em meio ao imenso volume de informações os profissionais que trabalham com esse serviço têm um trabalho árduo e importante no que se refere a filtrar e validar a informação para que o usuário tenha a segurança de obter um serviço de qualidade. Estas comunidades reúnem pessoas com interesses em comum e se constituem numa forma de divulgação dos serviços oferecidos por determinada unidade informação, que pode criar a sua própria comunidade virtual. 17 A segunda geração da Web trouxe várias ferramentas que agilizaram as atividades das bibliotecas, principalmente as do setor de referência e, sobremaneira, as de DSI. Jesus e Cunha (2012) apontam diversas ferramentas da Web 2.012 que foram incorporadas aos processos realizados nas bibliotecas, principalmente no serviço de referência. A seguir cita-se, resumidamente, estas ferramentas que podem ser aplicadas nos serviços de DSI. • Wikis: Totalmente colaborativa, permite aos usuários editarem qualquer texto. Um exemplo de uso pode ser uma wiki de referências, na qual os usuários compartilham referências e formam uma base de dados. • Flickr: Permite hospedagem de imagens e documentos gráficos. As bibliotecas podem divulgar suas novas aquisições. • You Tube: Considerada a maior comunidade de vídeos da Internet. Pode ser usada para a divulgação de vídeos de instrução, acessados através de um link no site da biblioteca. • Facebook: Ferramenta de relacionamento social que pode ser usada na divulgação da biblioteca e possui aplicativos de interação com o usuário. • Twitter: Outra ferramenta de relacionamento social que pode servir para informar os usuários sobre tudo que acontece na biblioteca. • Social Bookmarking: Aplicação da Web 2.0 que permite guardar sites de interesses que podem ser resgatados de qualquer computador. Uma das ferramentas mais conhecidas do social bookmarking é o Delicious. • Blogs: Ferramenta de divulgação interativa e que permite compartilhar conteúdo de maneira simples, além de ser também muito popular. • RSS: Ferramenta que caracteriza bem a Web 2.0. O usuário se inscreve e recebe atualizações de maneira personalizada sobre os assuntos de seu interesse. • Mensagens instantâneas: Surgiu na Web 1.0 e evoluiu na Web 2.0. Permite comunicação textual em tempo real entre indivíduos. Maness (2007) diz que a biblioteca da Web 1.0 era estática enquanto a biblioteca da segunda geração da Web é interativa e multimídia. Segundo este autor as bibliotecas da segunda geração da Web são comunidades virtuais centradas no 12 As ferramentas da Web 2.0 não são o foco deste trabalho, por isso, cita-se as mais conhecidas de maneira resumida. 18 usuário, pois eles se comunicam e criam recursos entre si e com os bibliotecários através das ferramentas disponibilizadas pela Web 2.0. O autor apresenta um conceito de Biblioteca 2.0 como sendo “[...] a aplicação de interação, colaboração e tecnologias multimídia baseadas em Web para serviços e coleções de bibliotecas baseados em Web [...]”. (MANESS, 2007, p. 44) Em relação aos usuários, Barros (2003, p.60) argumenta que, nos anos de 1980, eles mostravam-se satisfeitos com o serviço e o produto informacional que recebiam. Para a autora, o usuário da era tecnológica está cada vez mais minucioso, exigente e com pouco tempo disponível. Ela completa que áreas antes indiferentes à informação são agora consumidoras e que a demanda pela informação deixou de ser apenas acadêmica e se expandiu para setores como a indústria e o comércio. O usuário da Web 2.0 quer serviços com respostas rápidas e satisfatórias. Por isso, a decisão da biblioteca em adotar uma ferramenta da segunda geração da Web deve ser planejada e o seu desempenho acompanhado pela sua equipe de trabalho. Neste sentido, o desenvolvimento da tecnologia tem que estar acompanhado pela qualidade da prestação do serviço informacional, já que estamos diante de um usuário que prima pela eficiência. 19 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Neste capítulo, aborda-se a caracterização da pesquisa, métodos e critérios empregados. 3.1 Estudos bibliométricos A produção científica e a sua disseminação tem sido alvo de estudos de pesquisadores desde o século XIX. Conforme Santos e Kobashi (2009), a análise estatística e o uso de métodos matemáticos para delinear a produção bibliográfica e científica ganhou destaque no século XX, com a criação de modelos e leis bibliométricas. Por meio de métodos matemáticos e estatísticos os pesquisadores buscam investigar e quantificar a produção científica. A Bibliometria é a “área do conhecimento que possibilita a produção de indicadores, a partir da análise dos aspectos matemáticos e estatísticos da comunicação cientifica [...]” (GUEDES, 2012, p. 80). 3.2 Classificação da pesquisa Esta pesquisa é um estudo bibliométrico, pois conforme Guedes e Borschiver (2005, p. 2) os estudos bibliométricos “tentam quantificar, descrever e prognosticar o processo de comunicação escrita.” Quanto à abordagem, esta pesquisa é de natureza predominantemente quantitativa, pois todas as informações coletadas serão traduzidas em números. Segundo Appolinário (2006, p.61) um estudo dessa natureza é aquele que “Centraliza sua busca em informações matematizáveis, não se preocupando com exceções, mas com generalizações.“ No que se refere aos objetivos, esta pesquisa é exploratória. Segundo Thums (2003), os estudos exploratórios objetivam oferecer maior conhecimento com o problema de pesquisa ou com a construção de hipóteses e envolvem levantamento bibliográfico. 20 Com base nos procedimentos técnicos esta é uma pesquisa bibliográfica, pois analisa a literatura publicada em determinada área, neste caso a DSI. Conforme Thums (2003) as pesquisas bibliográficas baseiam-se nas obras originais, envolvem teorias, quadros de referência, autores e revisão de literatura, e não acompanham nenhuma espécie de levantamento de dados (questionários, entrevistas). As autoras Marconi e Lakatos (2007) consideram, quanto às fontes, que as pesquisas bibliográficas utilizam toda a bibliografia já tornada pública e, segundo as autoras, inclui “publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais” (MARCONI e LAKATOS, 2007, p. 185). Por fim, no que se refere à tipologia esta pesquisa classifica-se em descritiva, pois ela “busca descrever uma realidade, sem nela interferir” (APPOLINÁRIO, 2006, p. 61). 3.3 População, amostra e critérios da pesquisa Considera-se população abrangida por esta pesquisa os periódicos da área de Ciência da Informação que foram coletados no Portal da CAPES 13. Também foram incluídos na pesquisa os periódicos presentes na Base de Dados Referencial de Artigos de Periódicos em Ciência da Informação (BRAPCI),14 visto que nesta base de dados estão indexados vários periódicos inativos15 que publicaram muito sobre DSI na década de 1970, quando o estudo deste tema teve grande interesse no Brasil. Após a coleta dos títulos dos periódicos no portal da CAPES, foram realizadas visitas aos sites desses periódicos e, com o objetivo de delimitar a amostra da pesquisa procedeu-se à seleção dos mesmos seguindo os seguintes critérios16: periódicos brasileiros; periódicos disponíveis de forma on-line; periódicos de acesso livre e periódicos que contenham no seu foco e escopo a área “Ciência da Informação” e ou a subárea “Biblioteconomia”. 13 Disponível em: http://www.periodicos.capes.gov.br/ Disponível em: http://www.brapci.ufpr.br/ic.php?dd99=journals 15 Entende-se por “Periódico Inativo” aquele cujas atividades de publicação estão encerradas. 16 Estes critérios de seleção não se aplicam aos periódicos encontrados na base BRAPCI, pois eles não possuem páginas próprias na Web e todos eles foram incluídos na pesquisa, visto que se encontram numa base de periódicos da área da Ciência da Informação. 14 21 Com base nesses critérios, chegou-se ao número de 41 (quarenta e um) periódicos que participaram da pesquisa (Apêndice A). Para a coleta de dados utilizou-se o termo de busca “Disseminação Seletiva da Informação” e foi buscado em “título; resumo e termos indexados”. Após a coleta de dados, chegou-se numa nova relação de periódicos, desta vez apenas aqueles que publicaram artigos sobre DSI (tabela1) com 15 periódicos. Adotou-se os seguintes critérios para a seleção dos documentos: aqueles em formato completo de artigo científico; publicados até o mês de agosto de 2013 e no idioma português. O período da coleta foi de 12/10/2013 até 14/12/2013. Os dados coletados foram colocados na planilha de cálculo do Microsoft Excel e posteriormente tabulados. 22 4 APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Neste capítulo serão discutidos os resultados da pesquisa, mostrados através de gráficos e tabelas. O panorama a ser trabalho é composto de 15 (quinze) periódicos que publicaram artigos on-line sobre DSI, 62 (sessenta e dois) autores e 46 (quarenta e seis) artigos publicados por estes autores. 4.1 Autores, afiliação e quantidade de autores predominantes nos artigos Nesta pesquisa foram encontrados 62 (sessenta e dois) autores que publicaram artigos sobre DSI. Do total de autores encontrados apenas 10 (dez) autores publicaram dois ou mais artigos, conforme mostra o gráfico 1. Os autores que publicaram apenas um artigo não constam neste gráfico e podem ser consultados no apêndice B. Gráfico 1: Distribuição do número artigos on-line sobre DSI por autor (n=23) Fonte: Autor da pesquisa Os autores Milton A. Nocetti e Thiago G. Eirão publicaram mais de dois artigos cada, respectivamente quatro e três artigos. O primeiro autor pertence à 23 EMBRAPA e publicou seus artigos nos anos de 1978 e 1980 e apenas um dos quatro artigos publicados teve autoria compartilhada17. O autor que mais publicou pertence à primeira década das publicações científicas sobre DSI no Brasil e reflete o cenário inicial da pesquisa sobre o tema: pesquisadores ligados a “[...] centros de informação e divisões de informação de órgãos públicos”. (EIRÃO e CUNHA, 2013, p.41) ou à biblioteca especializada e cujos artigos continham, na maioria das vezes, relatos de experiências particulares sobre o desenvolvimento e aplicação de um sistema de DSI manual ou automático junto aos usuários-pesquisadores da sua instituição, e que já viviam em meio a um montante razoável de informação. Já nesta época via-se a DSI como uma ferramenta para melhorar a qualidade dos serviços oferecidos aos usuários. O autor em segundo lugar no gráfico publicou seus três artigos recentemente, entre 2009 e 2013 e é bibliotecário da Câmara dos Deputados, também ligado a uma unidade de informação especializada. Para encontrar as afiliações dos autores se utilizou como fonte os próprios artigos. Gráfico 2: Distribuição do número de autores que mais publicaram artigos on-line sobre DSI por instituição (n=10). Fonte: Autor da pesquisa 17 Nesta pesquisa entende-se por artigos com “autoria compartilhada” aqueles artigos com dois ou mais autores. 24 Quando examinamos a afiliação dos autores que mais publicaram (gráfico 2) percebemos que seis deles pertencem a Universidades. Observa-se uma tendência da DSI em direção às bibliotecas universitárias, como veremos quando analisarmos as palavras-chave mais utilizadas. Gráfico 3: Distribuição do número de autores nos artigos on-line sobre DSI (n=46) Fonte: Autor da pesquisa Ao analisarmos o número predominante de autores nos 46 (quarenta e seis) artigos arrolados na pesquisa (gráfico 3), vemos que a maioria dos artigos, 26 deles possuem autoria única. A pesquisa sobre DSI no Brasil se dá, em geral, de maneira particular. A relação completa dos artigos arrolados na pesquisa está no apêndice C. 4.2 Origem geográfica dos autores de acordo com a afiliação e os periódicos que mais publicaram sobre DSI no período analisado O gráfico 4 mostra os estados brasileiros com as maiores quantidades de publicações de acordo com a afiliação de todos os autores arrolados na pesquisa. Neste gráfico vemos que o estado de São Paulo e o Distrito Federal, respectivamente em primeiro e segundo lugar, figuram na lista das unidades da federação que mais contribuíram para as publicações científicas sobre DSI. Isto se deve ao fato de os autores mais produtivos estarem ligados à USP, entidades do 25 Governo Federal e à UNB. Vemos que a pesquisa sobre DSI no Brasil concentra-se na região Sudeste e no Distrito Federal. Gráfico 4: Origem geográfica dos autores arrolados na pesquisa de acordo com a afiliação Fonte: Autor da pesquisa Dos 41 (quarenta e um) periódicos pesquisados, 15 (quinze) deles publicaram pelo menos um artigo sobre DSI, conforme mostra a tabela 1. Tabela 1: Periódicos que publicaram artigos científicos on-line sobre DSI (n=15) Periódicos Revista de Biblioteconomia de Brasília – RBB Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação – RBBD Ciência da Informação Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação Informação e Sociedade: Estudos Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG Arquivo e Administração Cadernos de Biblioteconomia CRB 8 Digital DataGramaZero – Revista de Ciência da Informação Informação & Informação Ponto de Acesso Revista ACB Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação – RDBCI Revista do Departamento de Biblioteconomia e História TOTAL Fonte: Autor da pesquisa Artigos recuperados 19 7 5 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 46 26 O periódico que mais publicou foi a Revista de Biblioteconomia de Brasília – RBB, periódico inativo cuja última edição presente na BRAPCI na época da pesquisa é do ano de 2001 e foi editado pela Associação dos Bibliotecários do Distrito Federal (ABDF) e pela Universidade de Brasília (UNB). Aparecem logo após a Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação – RBBD e o periódico Ciência da Informação, respectivamente editados pela Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas da Informação e Instituições- FEBAB e pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia –IBICT. 4.3 As palavras-chave predominantes nos artigos Buscou-se identificar as palavras-chave predominantes nos artigos arrolados na pesquisa a fim de saber quais os assuntos foram discutidos nos artigos sobre DSI. Para facilitar a interpretação dos dados, resolveu-se agrupar por categoria as palavras-chave consideradas sinônimas, conforme mostra o quadro 2. Quadro 1: Categorização das palavras-chave conforme a sua relação de sinonímia CATEGORIAS RSS Biblioteca Universitária Biblioteca Especializada Centro de Documentação Informática Web Comunicação Científica Sistema de Informação Usuário PALAVRAS-CHAVE Tecnologia RSS; Really Simple Syndication; Rich Site Summary; RSS; RDF Site Summary; Sumário Eletrônico; Tecnologia RSS; Rich Site Summary (RSS). Universidade; Biblioteca Universitária; Universidades – tecnologia da informação; Biblioteca Universitária; Biblioteca Universitária Brasileira; Gestão do fluxo de Informação na Universidade; Biblioteca universitária; Biblioteca universitária. Biblioteca Agrícola; Biblioteca Especializada; Biblioteca da Faculdade de Medicina Veterinária; Biblioteca Nacional de Agricultura. Centro de Documentação Científica; Documentação; Sistema de Documentação. Informática; Informática na Bilioteconomia; Informática; Centro de Processamento de Dados; Automação; Processamento de dados. Redes sociais; Web Syndication; Processamento on-line. Produção científica; Indicadores Científicos; Comunicação Científica; Produção Científica; Periódicos. Sistema Nacional de Informação e Documentação agrícola; Sistemas de Informação Técnico-Científicas. Usuário; Usuários – interação; Serviço de referência – Tecnologia; Serviço de Referência; Usuários de Serviços; Serviço de Referência; Comportamento do Usuário-Docente; Perfil de Usuário. 27 Informação Tratamento da informação; Informação; Custos dos Serviços/Sistemas de Informação; Informação; Tecnologia da Informação; Excesso de Informação; Tratamento da Informação; Recursos Informativos; Barreiras na Comunicação da Informação; Pecados Informacionais; Informação Bibliográfica; Informação - Processo Decisório. Fonte: Autor da pesquisa O gráfico 5 mostra as palavras-chave que mais apareceram nos artigos. O tema mais abordado nos artigos foi “Informação”, pois há muito se discute o aumento da quantidade de informação disponível e a necessidade de levar até o usuário a informação de que ele necessita. O avanço da Internet trouxe novas formas de acesso à informação. Conforme Souto (2010, p.50) a Internet proporcionou novas formas de acesso à informação, como o remoto e aos recursos digitais e desenvolveu os serviços de DSI. Gráfico 5: Palavras-chave predominantes nos artigos arrolados na pesquisa Fonte: Autor da pesquisa O assunto “Biblioteca Universitária” em segundo lugar revela uma mudança na pesquisa sobre DSI, que no início estava relacionada com bibliotecas especializadas e centros de documentação. Esta mudança se dá devido principalmente ao aumento da oferta de ensino superior no Brasil nas últimas 28 décadas e a preocupação em satisfazer os usuários destas unidades de informação. Os assuntos “RSS, informática e Web” foram utilizados respectivamente com 8, 6 e 3 vezes nos artigos da pesquisa. Isto revela que com o advento da informática e da Internet nas bibliotecas, novas ferramentas foram incorporadas aos serviços de DSI e demonstra ainda uma nova tendência na pesquisa sobre o tema. O assunto “usuário” foi utilizado 8 vezes, o que mostra o interesse dos pesquisadores em aperfeiçoar as ferramentas de DSI a fim de satisfazer o exigente usuário das bibliotecas da era Web 2.0. Como o objetivo aqui foi mostrar quais os assuntos estão sendo discutidos junto com a DSI a palavra-chave “Disseminação Seletiva da Informação” não foi considerada neste estudo. 4.4 Análise temporal dos artigos O gráfico 6 mostra a distribuição dos artigos publicados separados por década. A publicação de artigos científicos sobre DSI no Brasil teve o seu apogeu na década de 1970 e nas duas décadas seguintes ocorreu um declínio. Nas últimas duas décadas mostradas no gráfico 6 o número de publicações teve um aumento. Gráfico 6: Distribuição temporal dos artigos arrolados na pesquisa (n=46) Fonte: Autor da pesquisa Este crescimento explica-se devido à chegada do computador, da Internet e das tecnologias propiciadas pela Web 2.0 nas unidades de informação. Jesus e 29 Cunha (2012, p.111) afirmam que a biblioteca tradicional passa por grandes mudanças, a informatização interligou os seus setores e a tecnologia é agora o foco das bibliotecas e ela colabora no funcionamento interno e externo das mesmas. A automação e o uso da Internet nos serviços de DSI propiciaram o emprego de novos meios e ferramentas para levar a informação de modo personalizado até o usuário. Isto se acentuou principalmente a partir da popularização da Internet e posteriormente das redes sociais. 30 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Esta investigação objetivou descrever e analisar os artigos científicos sobre Disseminação Seletiva da Informação – DSI, publicados em periódicos brasileiros da área da Ciência da Informação, e com isso desenhar o panorama da pesquisa sobre DSI no Brasil. Esta pesquisa trabalhou com 41 periódicos inicialmente e depois com 15 periódicos que publicaram algum artigo de modo on-line, com 62 autores e 46 artigos publicados. Considera-se que os objetivos foram atingidos, conforme os resultados obtidos. Embora o maior número de publicações ainda concentre-se na década de 1970 e os dois autores mais produtivos sejam ligados a órgãos públicos e bibliotecas especializadas esta pesquisa apontou novas tendências na discussão sobre DSI no Brasil: 1) a preocupação das bibliotecas universitárias com a DSI e o aprimoramento desse serviço através do uso das ferramentas ofertadas pela Web 2.0, principalmente a tecnologia RSS; 2) a grande quantidade de informação, principalmente na Internet, o seu tratamento, as formas de acesso e como satisfazer o usuário com a informação que ele deseja; 3) a discussão em torno desses novos temas, principalmente aqueles ligados às tecnologias da Web 2.0 e as suas relações com os usuários, o que sugere uma propensão ao crescimento ainda maior do número de publicações sobre DSI. Nos últimos anos tem-se assistido à popularização de várias ferramentas da Web 2.0, principalmente das redes sociais tais como Twitter, Facebook e You Tube. O uso do Really Simple Syndication (RSS) também se difundiu por vários tipos de sites na Internet, entre eles os sites de venda e nas bibliotecas digitais. Rocha e Bezerra (2010, p. 91) apontam algumas vantagens da tecnologia RSS que explica a expansão dessa ferramenta. Conforme os autores: em um feed RSS a atualização está sempre disponível; as informações são capturadas por programas leitores; os usuários não precisam usar caixa de e-mail; é gratuito e recusável. Ainda que a Internet e, principalmente a Web 2.0, facilite a organização da informação, a crescente quantidade dela na rede causa preocupação nos profissionais da Ciência da Informação. Estes profissionais buscam nas ferramentas da Web 2.0 modos de fazer com que a informação desejada pelo usuário chegue até este de maneira rápida e precisa. A DSI incorporou várias dessas ferramentas a fim de disponibilizar serviços que possam satisfazer as necessidades dos exigentes 31 usuários das bibliotecas da era Web 2.0. O crescimento da informação no formato digital está impulsionando as bibliotecas a aderirem às ferramentas da Web 2.0 que facilitem o usuário encontrar o que procura. Para finalizar, sugere-se uma pesquisa mais ampla a respeito do tema DSI no Brasil, pesquisando em anais de eventos da área da Ciência da Informação, tais como o Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação (ENANCIB) e Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias (SNBU), pois em eventos, geralmente, são apresentados resultados de pesquisas bem mais atuais e muitas vezes ainda em andamento. Tal pesquisa contribuiria ainda mais para desvelar o panorama da produção científica em Disseminação Seletiva da Informação no Brasil, pela comunidade da Ciência da Informação. 32 REFERÊNCIAS ACCART, Jean-Philippe. Serviço de referência: do presencial ao virtual. Brasília, DF: Briquet Lemos/Livros, 2012. Tradução de Antônio Agenor Briquet de Lemos. APPOLINÁRIO, Fábio. Metodologia da ciência: filosofia e prática da pesquisa. São Paulo: Thomson, 2006. 209p. BARROS, Maria Helena Toledo Costa de. Disseminação da informação: entre a teoria e a prática. Marília/SP: s.n., 2003. 108p. CAMPELLO, Bernadete Santos; CAMPOS, Carlita Maria. Fontes de informação especializada: características e utilização. Belo Horizonte, MG: Editora da UFMG, 1988. 144p. CUNHA, Murilo Bastos da; EIRÃO, Thiago Gomes. A atualidade e utilidade da disseminação seletiva da informação e da tecnologia RSS. Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, Florianópolis, v. 17, n. 33, p. 59-78, jan./abr. 2012. Disponível em: <http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/view/15182924.2012v17n33p59/21711>. Acesso em: 22 jun. 2013. CUNHA, Murilo Bastos da; CAVALCANTI, Cordélia Robalinho de Oliveira. Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia. Brasília: Briquet Lemos Livros, 2008. 451p. EIRÃO, Thiago Gomes; CUNHA, Murilo Bastos da. Disseminação seletiva da informação: análise da literatura publicada no período de 1958-2012. Inf. & Soc.: Est., João Pessoa, v. 23, n. 1, p. 39-47, jan./abr. 2013. Disponível em: <http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/ies/article/view/15756/9262>. Acesso em: 22 jun.2013. FOSKETT, Douglas John. Serviço de informação em bibliotecas. Tradução de Antônio Agenor Briquet de Lemos. São Paulo: Polígono, 1969. 160p. GUEDES, Vânia Lisboa da Silveira; BORSCHIVER, Suzana. Bibliometria: uma ferramenta estatística para a gestão da informação e do conhecimento, em sistemas de informação, de comunicação e de avaliação cientifica e tecnológica. In: ENCONTRO NACIONAL DE CIENCIA DA INFORMACAO, 6., 2005, Salvador. Anais eletrônicos... Salvador: ICI/UFBA, 2005. Disponível em: <http://www.feg.unesp.br/~fmarins/seminarios/Material%20de%20Leitura/Bibliometri a/Artigo%20Bibliometria%20- 33 %20Ferramenta%20estat%EDstica%20VaniaLSGuedes.pdf>. Acesso em: 09 jun. 2013. GUEDES, Vânia Lisboa da Silveira. 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SOUTO, Leonardo Fernandes. Disseminação seletiva de informações: discussão de modelos eletrônicos. Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, Florianópolis, v. 11, n.1, nº esp. 1º sem. 2006, p. 60-73, 2006. Disponível em: <http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/view/15182924.2006v11nesp1p60/386>. Acesso em: 22 jun. 2013. SOUTO, Leonardo Fernandes. Informação seletiva, mediação e tecnologia: a evolução dos serviços de disseminação seletiva da informação. Rio de Janeiro: Interciência, 2010. 142p. THUMS, Jorge. Acesso à realidade: técnicas de pesquisa e construção do conhecimento. Canoas/RS: Ed. ULBRA, 2003. 232p. 35 APÊNDICE A – Periódicos selecionados para realização da pesquisa Periódico Ágora Link http://agora.emnuvens.com.br/ra/index ISSN 0103-3557 Arquivo e Administração (inativo) AtoZ: novas práticas em informação e conhecimento Biblionline Bibliotecas Universitárias Biblos Brazilian Journal of Information Science – BJIS Cadernos de Biblioteconomia (inativo) Ciência da Informação Comunicação e Informação CRB 8 Digital DataGramaZero: Revista de Ciência da Informação Em Questão Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação Estudos Avançados em Biblioteconomia e Ciência da Informação (inativo) In Texto InCID: Revista de Ciência da Informação e Documentação Inclusão Social Infociência 24 edições disponíveis na BRAPCI 1972-2005 0100-2244 http://www.atoz.ufpr.br/index.php/atoz/index 2237-826X http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/biblio https://www.bu.ufmg.br/rbu/index.php/localhost 1809-4775 2237-7115 http://www.seer.furg.br/biblos/index http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/bjis/inde x 2236-7594 1981-1640 11 edições disponíveis na BRAPCI 1973-1989 0102-6607 http://revista.ibict.br/ciinf/index.php/ciinf 1518-8353 http://www.revistas.ufg.br/index.php/ci/index 1415-5842 http://revista.crb8.org.br/index.php/crb8digital/index http://www.dgz.org.br 2177-1278 1517-3801 http://seer.ufrgs.br/EmQuestao http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/eb 1808-5245 1518-2924 4 edições disponíveis na BRAPCI 1982-1986 0100-9869 http://www.seer.ufrgs.br/index.php/intexto http://revistas.ffclrp.usp.br/incid/index 1807-8583 2178-2075 http://revista.ibict.br/inclusao/index.php/inclusao 2 edições disponíveis na BRAPCI 1997-2004 1808-8678 1415-0018 36 Informação & Informação Informação e Sociedade: Estudos Informare: Cadernos do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação (inativo) Interface Revista do Centro de Ciências Sociais Aplicadas Liinc em Revista Múltiplos Olhares em Ciência Informação PerCursos Perspectivas em Ciência da Informação Perspectivas em Gestão & Conhecimento Ponto de Acesso Revista ACB Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação – RBBD Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG (inativo) Revista de Biblioteconomia de Brasília: RBB (inativo) Revista de Biblioteconomia e Comunicação (inativo) Revista Digital http://www.uel.br/revistas//uel/index.php/informacao/ind ex http://www.ies.ufpb.br/ojs2/index.php/ies/index 1981-8920 9 edições disponíveis na BRAPCI 1995-2000 0104-9461 http://ccsa.ufrn.br/ojs/index.php/interface/index 2237-7506 1809-4783 LINK NÃO FUNCIONOU PARA A COLETA DE DADOS http://revista.ibict.br/liinc/index.php/liinc/index http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/moci/inde x 1808-3536 2237-6658 http://periodicos.udesc.br/index.php/percursos/index http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci 1984-7246 1981-5344 http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/pgc/index 2236-417X http://www.portalseer.ufba.br/index.php/revistaici/index http://revistaacb.emnuvens.com.br/racb/index http://rbbd.febab.org.br/rbbd/index 1981-6766 1414-0594 1980-6949 48 edições disponíveis na BRAPCI 1972-1995 0100-0829 50 edições disponíveis na BRAPCI 1973-2001 0100-7157 8 edições disponíveis na BRAPCI 1986-2000 0103-0361 http://www.sbu.unicamp.br/seer/ojs/index.php/rbci/index 1678-765X 37 de Biblioteconomia e Ciência da Informação Revista do Departamento de Biblioteconomia e História (inativo) Revista Eletrônica Informação e Cognição (inativo) Revista IberoAmericana de Ciência da Informação Revista Online da Biblioteca Prof. Joel Martins (inativo) Tendências da Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação Transinformaçã o 5 edições disponíveis na BRAPCI 1978- 1983 0101-045X 8 edições disponíveis na BRAPCI 1999-2007 1807-8281 http://seer.bce.unb.br/index.php/RICI/index 1983-5213 6 edições disponíveis na BRAPCI 1999-2001 1517-3992 http://inseer.ibict.br/ancib/index.php/tpbci/index 1983-5116 https://www.puc-campinas.edu.br/periodicocientifico/ 0103-3786 Total de periódicos arrolados na pesquisa 41 (quarenta e um) 38 APÊNDICE B – Autores arrolados na pesquisa, número de artigos publicados e suas respectivas afiliações Autores Milton A. Nocetti Thiago Gomes Eirão Nº artigos publicados 04 03 Ana Maria Silveira Barone Carlos Medíeis Morel Daisy Pires Noronha Jaime Robredo Leonardo Fernandes Souto Maria Luiza Rigo Pasquarelli Murilo Bastos da Cunha Regina Célia Figueiredo 02 02 02 02 02 02 02 02 Aldo de Albuquerque Barreto Alexandre do Espirito Santo Ana Flávia M. da Fonseca 01 01 01 André Ferrarese 01 Angela Maria Belloni Cuenca Antônio Carlos Naves Antonio Miranda Carlos Henrique Bôto Gois Claudio Starec Denise Sana Yamashita Ed Porto Bezerra Elaine R. de Oliveira Lucas Erica Beatriz Pinto Moreschi Evanir Pimenta Figueiredo Francisco das Chagas Rocha Graziela Tamayosi 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 Heitor Moreira Herrera Ida Elza Arnold kurkudjian 01 01 Ivanilda Fernandes Costa Rolim Jean Habran Jéssica Camara Siqueira João Carlos da Silva Borda Jorge Aires Jorge Eduardo Freund 01 01 01 01 01 01 Karyn Munyk Lehmkuhl Leda C. P. de Campos Camargo Mari Tomita 01 01 01 Afiliação EMBRAPA Centro de Documentação da Câmara dos Deputados UNB USP Fundação Oswaldo Cruz USP UNB UNICAMP USP UNB Instituto de Energia Atômica de São Paulo UFRJ EMBRAPA Sistema Nacional de Informação e Documentação Agrícola (SNIDA) Centro de Tecnologia da MAHLE Metal Leve S.A. USP EMBRAPA UNB EMBRAPA Universidade Estácio de Sá Não informado UFPB UDESC USP EMBRAPA UFPB Centro de Tecnologia da MAHLE Metal Leve S.A. Escola superior de Guerra Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT UFPE ABC BULL S. A. Não informado Companhia Vale do Rio Doce Fundação Oswaldo Cruz Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) UFSC USP Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) 39 Maria Cristina Palhares Valencia 01 Maria das Neves Niederauer 01 Tavares cavalcanti Maria Imaculada Cardoso Sampaio Maria Isabel de Ulhoa Cintra Maria Isabel Viveiros da Rocha Maria Luiza Reis Lima 01 01 01 01 Maria Luiza Sobral Perricelli 01 Maria Teresinha Dias de 01 Andrade Nério Sacchi Junior 01 Nicole Amboni de Souza Norma Cianflone Cassares 01 01 Patrícia de Oliveira Portela Paulo R.A Lôbo 01 01 Perola Cardoso Raulino Quazi K. Rahaman Regina Lúcia de Moraes Morel 01 01 01 Rochelle Martins Alvorcem Romario Antunes da Silva Rose Mary Juliano Longo Rosemeire Marino Nastri Selma Chi Barreiro Sônia Regina Nogueira Albuquerque Terezine Arantes Ferraz Wilson Masami Miashiro Yone Sepulveda Chastinet 01 01 01 01 01 01 01 01 de 01 Total de autores arrolados nesta pesquisa Centro Universitário Assunção-UNIFAI Centro de Informação Científica para a Saúde- Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro USP USP USP Serviço da Documentação Geral da Marinha Companhia Vale do Rio Doce USP Universidade Federal de Pelotas – UFPEL SENAI Centro Universitário Assunção – UNIFAI UNICAMP Sistema Nacional de Informação e Documentação Agrícola (SNIDA) UNB EMBRAPA Instituto universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro UFSC UFSC EMBRAPA UFMG Centro de Informações Nucleares Biblioteca Estadual de Agricultura (BEAGRI/PR) Instituto de Energia Atômica EMBRAPA Sistema Nacional de Informação e Documentação Agrícola (SNIDA) 62 (sessenta e dois) 40 APÊNDICE C – Artigos utilizados na pesquisa Periódico Arquivo Administração Título do artigo Autores Palavras-chave e Sistema de Disseminação Maria Luiza Reis tratamento Seletiva da Informação Lima informação; (SDI) informática Cadernos de Esboço de um serviço de Biblioteconomia divulgação seletiva da informação Ciência da O Serviço automatizado Informação de disseminação seletiva da informação da EMBRAPA Estudo Comparativo de Julgamento de Relevância do Usuário e não-Usuário de Serviços de Disseminação Seletiva da Informação O comportamento dos custos em serviços de informação Ivanilda processamento Fernandes Costa dados Rolim Milton A. Nocetti EMBRAPA; Informação Regina Figueiredo Célia Relevância; Usuário Capacitação bibliotecário no uso redes sociais colaborativas disseminação informação do das e na da de 1979 1978 1978 Aldo Albuquerque Barreto de Custos dos 1984 Serviços/Sistemas de Informação; Fatores de produção; Comportamento dos custos/ serviço de busca retrospectiva Jorge Aires; Catálogo 1981 Carlos Medíeis multiindexado; Morel Produção científica; Circulação internacional A produção científica brasileira segundo os dados do I.S.I. - III. C.I. E. N. C. I. A /Brasil um catálogo multiindexado sobre a produção científica brasileira de circulação internacional Estudo sobre a produção Carlos Medíeis científica brasileira, Morel; segundo os dados do ISI. Regina Lúcia de Moraes Morel; CRB 8 Digital Ano da 1978 Indicadores Científicos; Comunicação Científica; Produção Científica; Análise Qualitativa; Análise Quantitativa Sana Redes sociais Denise Yamashita; Norma Cianflone Cassares; Maria Cristina Palhares Valencia 1978 2012 41 DataGramaZero: Informação e Claudio Starec Revista de Ciência Universidade: os pecados da Informação informacionais e barreiras na comunicação da informação para a tomada de decisão na universidade Universidade; 2002 Gestão do fluxo de Informação na Universidade; Inteligência Competitiva; Barreiras na Comunicação da Informação; Pecados Informacionais Encontros Bibli: A atualidade e utilidade Murilo Bastos da Serviço de referência; 2012 Revista Eletrônica da disseminação seletiva Cunha; Tecnologia RSS de da informação e da Thiago Gomes Biblioteconomia e tecnologia RSS Eirão Ciência da Informação Disseminação seletiva de Leonardo Usuários – interação; 2006 informações: discussão Fernandes Souto Serviço de referência – de modelos eletrônicos tecnologia Informação & Disseminação seletiva da Elaine R. de Biblioteca 2007 Informação informação em Oliveira Lucas; Universitária; Bibliotecas Universitárias Nicole Amboni de Customer Relationship sob o prisma do Souza Management; Customer Relationship Marketing de Managment Relacionamento Informação e Disseminação seletiva da Thiago Gomes RDF Site Summary; 2013 Sociedade: informação: análise da Eirão; Really Simple Estudos literatura publicada no Murilo Bastos da Syndication; período de 1958-2012 Cunha Rich Site Summary; RSS Notsys: um sistema de Francisco das Bibliotecas Digitais; 2010 notificação para usuários Chagas Rocha; Serviços de de bibliotecas digitais Ed Porto Bezerra Notificação; compativeis com o Dublin Core padrão dublin core Ponto de Acesso Relações entre ciência da Jéssica Camara Ciência da Informação; 2011 informação e ciências da Siqueira Ciência da comunicação Comunicação; Informação; Pós-modernidade Revista ACB O SDI como instrumento Leonardo Sociedade do 2004 de educação continuada: Fernandes Souto; conhecimento; a responsabilidade das Patrícia de Universidades – universidades no Oliveira Portela tecnologia da treinamento dos usuários informação; Tecnologia da informação; Educação continuada Revista Brasileira A tecnologia RSS como Karyn Munyk Tecnologia RSS; 2011 de auxiliar da seleção e Lehmkuhl; Web Syndication; Biblioteconomia e disseminação da Rochelle Martins Excesso de 42 Documentação – informação RBBD Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG Alvorcem; Romario Antunes da Silva Sumário Eletrônico de Graziela Revistas como Facilitador Tamayosi; em Gestão do André Ferrarese Conhecimento Disseminação seletiva da Daisy Pires informação para alunos Noronha; de pós- graduação: doze Angela Maria anos de experiência em Belloni Cuenca uma biblioteca acadêmica na área de saúde pública DSI Disseminação Maria Imaculada seletiva da informação: Cardoso Sampaio; uma abordagem teórica Erica Beatriz Pinto Moreschi Avaliação Preliminar de Sônia Regina um Serviço de Nogueira de Disseminação Seletiva da Albuquerque Informação em Biblioteca Agrícola Perfis de interesse de Milton A. Nocetti usuários de serviços de disseminação seletiva da informação: técnicas de elaboração e refinamento Informação na Antonio Miranda Empresa:O Papel da Biblioteca Disseminação Seletiva da Rosemeire Informação: uma revisão Marino Nastri bibliográfica Implantação de um Alexandre do serviço de disseminação Espirito Santo seletiva de informação em biblioteca especializada Disseminação seletiva da Thiago Gomes informação: uma Eirão abordagem Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação Revista do Serviços de alerta e sua Nério Departamento de realização nas bibliotecas Junior Biblioteconomia e universitárias brasileiras História informação; Periódicos; 2011 Sumário eletrônico; Gestão do conhecimento Biblioteca 1992 Universitária revisão bibliográfica 1990 biblioteca agrícola 1980 usuários de serviços 1980 papel da biblioteca; recurso informativos 1979 Tratamento informação da 1986 Biblioteca especializada 1974 Serviço de referência; 2009 Rich Site Summary (RSS) Sacchi serviços de alerta; 1983 biblioteca universitária brasileira Revista de Interdependência entre a Maria das Neves aquisição planificada; Biblioteconomia aquisição planificada e a Niederauer interdependência; 1978 43 de Brasília: RBB disseminação seletiva da informação uma experiência do Centro de Informação Científica para Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro Análise da expansão do serviço de bibliografias personalizadas em Agricultura (BIP/AGRI) um serviço brasileiro de disseminação seletiva da informação SDI/EMBRAPA: o Serviço de Disseminação Seletiva da Informação do Sistema de Informação Técnico-Científico da EMBRAPA Modelo cibernético do Programa de Disseminação Seletiva da Informação em Biblioteca Universitária SONAR, SDI automatizado do Centro de Informações Nucleares Projeto de disseminação seletiva da informação na Cia Vale do Rio Doce Programa de disseminação seletiva da informação na Biblioteca da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia Universidade de São Paulo Avaliação dos pacotes bibliográficos do serviço automatizado de Disseminação Seletiva da Informação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária SDI/EMBRAPA A Informática na Biblioteconomia: Um estudo de caso - A Biblioteca da Escola Tavares cavalcanti Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro Yone Sepulveda Chastinet; Ana Flávia M. da Fonseca; Paulo R.A. Lôbo; Jaime Robredo serviços de biblioteca; 1978 agricultura; sistema nacional de informação e documentação agrícola Milton A. Nocetti serviços de 1978 disseminação; sistemas de informação técnicocientíficas; EMBRAPA Maria Luiza Rigo Modelo; 1978 Pasquarelli; Biblioteca Ana Maria Silveira universitária Barone Selma Barreiro Chi Sonar; 1978 centro de informações nucleares; automação Maria Luiza Não contém palavras- 1978 Sobral Perricelli chave Ana Maria Silveira Barone; Maria Luiza Rigo Pasquarelli biblioteca da 1978 faculdade de medicina veterinária; material bibliográfico; comportamento do usuário-docente; Milton A. Nocetti; Antônio Carlos Naves; Evanir Pimenta Figueiredo; Quazi K. Rahaman Ciência da Informação; 1978 Biblioteconomia; disseminação da informação; EMBRAPA; resultados da SDI; Heitor Moreira Informática Herrera biblioteconomia; escola superior guerra; na 1985 de 44 Superior de Guerra enfoque tecnológico; informática Atualização e correção Wilson Masami perfil de usuário; 1980 on-line de arquivo de Miashiro; sdi-embrapa; perfis de usuários do Carlos Henrique processamento onSDI/EMBRAPA Bôto Gois line Contribuição da Jaime Robredo biblioteca nacional de 1980 Biblioteca Nacional de agricultura; Agricultura à Biblioteca sistema de Agrícola Brasileira e documentação, outros serviços agricultura atualmente oferecidos Disseminação seletiva da Rose Mary Ciência da Informação; 1978 informação (SDI): "estado Juliano Longo Biblioteconomia de arte" e tendências futuras Comunicação científica e Jorge Eduardo Ciência da Informação; 1978 tecnológica: a Freund; Biblioteconomia; disseminação de Mari Tomita Arquivologia; informações Comunicação Disseminação Seletiva da Maria Teresinha pós-graduação da fsp; 1978 Informação para alunos Dias de Andrade; Biblioteca de Pós-Graduação em Daisy Pires universitária; Saúde Pública e Noronha; informação Administração Hospitalar Leda C. P. de bibliográfica; Campos Camargo; centro de Maria Isabel de documentação Ulhoa Cintra; científica Maria Isabel Viveiros da Rocha Disseminação seletiva de João Carlos da companhia vale do rio 1973 informações: revisão Silva Borda doce bibliográfica e projeto para a Companhia Vale do Rio Doce Mistral: Sistema de Jean Habran Documentação; 1985 Recuperação banco de dados; Documentária sistema mistral O serviço de Terezine Arantes Ciência da Informação; 1978 "Disseminação seletiva Ferraz; Biblioteconomia; de informação" Regina Célia instituto de energia executado na Divisão de Figueiredo atômica; Informação e São Paulo Documentação Científicas do Instituto de Energia Atômica de São Paulo Disseminação seletiva de Ida Elza Arnold base de dados; 1985 informações: O serviço kurkudjian desenvolvimento IPT/DSI e a Base de tecnológico Dados COMPENDEX 45 Um sistema de Perola disseminação seletiva de Raulino informações para o congresso Nacional Total de artigos arrolados na pesquisa Cardoso centro de 1973 processamento de dados; informação processo decisório 46 (quarenta e seis)