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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA INFORMAÇÃO
CURSO DE BIBLIOTECONOMIA
JOSÉ PAULO DOS SANTOS
DISSEMINAÇÃO SELETIVA DA INFORMAÇÃO (DSI): análise da
produção científica em periódicos brasileiros na área da Ciência da
Informação
Rio Grande/RS
Fevereiro/2014
1
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA INFORMAÇÃO
CURSO DE BIBLIOTECONOMIA
JOSÉ PAULO DOS SANTOS
DISSEMINAÇÃO SELETIVA DA INFORMAÇÃO (DSI): análise da
produção científica em periódicos brasileiros na área da Ciência da
Informação
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de
Biblioteconomia da FURG como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em Biblioteconomia,
orientado pela Profª. Dra. Gisele Vasconcelos Dziekaniak.
Rio Grande/RS
Fevereiro/2014
2
Catalogação na Fonte
S237d
SANTOS, José Paulo dos
Disseminação seletiva da informação (DSI): análise da produção científica em
periódicos brasileiros na área da Ciência da Informação / José Paulo dos Santos. —
Rio Grande: FURG, 2013.
45f.; il., color
(Trabalho de Conclusão de Curso) Orientadora: Profª. Dra. Gisele
Vasconcelos Dziekaniak
Material encadernado
Bibliografia: f. 32-34
1. Disseminação Seletiva da Informação (DSI). 2. Produção Científica.
3. Estudo Bibliométrico. 4. Web 2.0. 5. Periódicos. I.Título. II. Dziekaniak, Gisele
Vasconcelos.
CDU: 025.5:316.776.32
3
DISSEMINAÇÃO SELETIVA DA INFORMAÇÃO (DSI): análise da
produção científica em periódicos brasileiros na área da Ciência da
Informação
José Paulo dos Santos1
RESUMO
A Disseminação Seletiva da Informação (DSI) pode ser definida como sendo aquele
serviço que fornece ao usuário uma lista de referências bibliográficas em intervalos
regulares e relacionada com sua área de interesse. Diante da grande quantidade de
informação disponível e o tempo escasso dos usuários a DSI vem ganhando espaço
principalmente pelo uso da Internet e das ferramentas oferecidas pela Web 2.0,
entre elas a mais usada é o RSS. Esta pesquisa objetivou conhecer a produção
científica sobre DSI nos periódicos brasileiros na área da Ciência da Informação por
meio de um estudo bibliométrico. Foram pesquisados 41 periódicos e 46 artigos
científicos sobre o assunto publicados por 62 autores, compreendendo desde a
década de 1970 até o mês de agosto de 2013. Dentro dos resultados encontrados
ressalta-se que o maior número de publicações ocorreu na década de 1970, porém
nos últimos anos esta frequência de publicações tem sofrido um aumento. Dos
periódicos pesquisados, 15 deles publicaram algum artigo sobre o tema e aquele
que mais publicou foi a Revista de Biblioteconomia de Brasília: RBB. Os temas mais
discutidos nos artigos dão conta de que as pesquisas sobre DSI no Brasil têm
abordado os assuntos informação, bibliotecas universitárias, tecnologia RSS e a
preocupação com os usuários. Conclui-se que o aumento da informação no formato
digital está levando ao uso das ferramentas oferecidas pela Web 2.0 e que as
tecnologias auxiliam no desenvolvimento da área.
Palavras-chave: Disseminação Seletiva da Informação (DSI). Produção Científica.
Estudo Bibliométrico. Web 2.0. Periódicos.
1
Aluno do curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio Grande – FURG.
E-mail:[email protected]
4
ABSTRACT
The Selective Dissemination of Information (SDI) can be defined as that service
which provides the user with a list of references at regular intervals and related to
their area of interest. Given the large amount of information available and the limited
time of the users Selective Dissemination of Information (SDI) has been gaining
ground mainly by the use of the Internet and the tools offered by Web 2.0, including
the most used is RSS. This research aimed to know the scientific production about
SDI in Brazilian journals in the field of information science through a bibliometric
study. 41 journals and 46 scientific articles on the subject published by 62 authors,
including from the 1970s until the month of august 2013 were surveyed. Among the
findings it is noteworthy that the largest number of publications occurred in the 70s,
but in recent years this rate of publications has been increased. The journals
surveyed, 15 of them published an article and what else was published the Journal of
Librarianship Brasilia: RBB. The most discussed topics in articles realize that
research on SDI in Brazil have addressed the issues information, university libraries,
RSS technology and concern for users. It is concluded that the increase of
information in digital format is leading to the use of the tools offered by Web 2.0 and
the technologies that assist in developing the area.
Keywords: Selective Dissemination of Information (SDI). Scientific Production.
Bibliometric study. Web 2.0. Journals.
5
FOLHA DE APROVAÇÃO
Data de aprovação: ____ de __________de ______.
Banca Examinadora:
Orientadora:______________________________________________________
Profª. Dra. Gisele Vasconcelos Dziekaniak
Universidade Federal de Rio Grande – FURG
Membro:__________________________________________________________
Profª. Ma. Fátima Santos Maia
Universidade Federal de Rio Grande – FURG
Membro:__________________________________________________________
Bel. Dóris Fraga Vargas
Biblioteca Pública Municipal Hipólito José da Costa - Capão do Leão/RS
6
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO...........................................................................................
7
1.1
O periódico na comunicação científica......................................................
9
2
10
2.1
DISSEMINAÇÃO SELETIVA DA INFORMAÇÃO: definição e histórico
de seu desenvolvimento ...........................................................................
Os serviços manuais de DSI......................................................................
2.2
Os serviços automatizados de DSI............................................................
13
2.3
A disseminação seletiva da informação na era da Internet.......................
15
2.3.1
Disseminação seletiva da informação na Web 2.0....................................
16
3
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS..................................................
19
3.1
Estudos bibliométricos...............................................................................
19
3.2
Classificação da pesquisa..........................................................................
19
3.3
População, amostra e critérios da pesquisa..............................................
20
4
APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.........
22
4.1
Autores, afiliação e quantidade de autores predominantes nos artigos....
22
4.2
24
4.3
Origem geográfica dos autores de acordo com a afiliação e os
periódicos que mais publicaram.................................................................
As palavras-chave predominantes nos artigos..........................................
4.4
Análise temporal dos artigos......................................................................
28
5
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................
30
REFERÊNCIAS..........................................................................................
32
APÊNDICE A – Periódicos selecionados para realização da pesquisa.....
35
APÊNDICE B – Autores arrolados na pesquisa, número de artigos..........
publicados e suas respectivas afiliações.........................
APÊNDICE C – Artigos utilizados na pesquisa..........................................
38
12
26
40
7
1
INTRODUÇÃO
A criação de mecanismos para filtrar as informações com o objetivo de chegar
àquelas realmente relevantes sempre foi uma inquietação dos profissionais da
Ciência da Informação. Conforme Souto (2006) isto se acentuou a partir da década
de 1970, devido ao crescimento do volume de informações disponíveis. O aumento
do volume de conhecimento produzido trouxe consigo a necessidade de acessá-lo
de maneira rápida e com a segurança de encontrar as informações desejadas.
A sociedade sempre, além de consumidora, foi e continua sendo produtora de
informações. Ela exige agilidade e confiabilidade na informação que consome. Para
Cunha e Eirão (2012) um dos desafios do mundo globalizado é fazer com que o
conhecimento produzido torne-se acessível a todos. Ainda para este autor as
bibliotecas e a Ciência da Informação têm aperfeiçoado o tratamento, a organização
e o uso da informação e do conhecimento. O desenvolvimento das tecnologias da
informação (TI)2 trouxeram consigo o crescimento dos serviços e produtos de
informação e abriram um novo cenário no qual “[...] as bibliotecas entraram na era
eletrônica com os sistemas de gerenciamento de bibliotecas, catálogos públicos de
acesso em linha3 e sistemas informacionais4 mais complexos.” (CUNHA e EIRÃO,
2012, p. 61)
O advento da Internet proporcionou o desenvolvimento dos sistemas de
recuperação da informação e, ao mesmo tempo, o seu crescimento rápido trouxe
consigo a desorganização da informação na rede e a necessidade de mecanismos
de organização e busca mais eficientes. Neste sentido “[...] surge o papel do
profissional da informação, dentre eles o bibliotecário, com a missão de facilitar e
fazer a conexão entre a informação e o usuário que deseja obtê-la.” (CUNHA e
EIRÃO, 2012, p. 62)
2
“Tecnologia baseada na eletrônica e dirigida ao tratamento da informação, compreendendo toda a tecnologia
informática e das telecomunicações, juntamente com partes da eletrônica de consumo e radiodifusão”.
(CUNHA e CAVALCANTI, 2008, p. 356)
3
Catálogo em linha de acesso público (OPAC), em inglês: Online public access catalog. “Catálogo automatizado
no qual o usuário faz o acesso direto, sem necessidade de intermediário, utilizando interfaces amigáveis”.
(CUNHA e CAVALCANTI, 2008, p. 73)
4
“Um grupo lógico de subsistemas e dados ou informação, necessários para suprir as necessidades de
informação de uma comunidade, grupo ou processo”.(CUNHA e CAVALCANTI, 2008, p. 344)
8
Os serviços de informação também se desenvolveram, entre eles a
Disseminação Seletiva da Informação (DSI)5. Conforme Souto (2010), a evolução
dos serviços de DSI acompanhou a evolução tecnológica e surgiram os serviços
federados de DSI, nos quais as informações disseminadas são oriundas de várias
fontes autônomas, distribuídas em diferentes servidores e são disseminadas por um
único serviço. Souto (2006) aponta que em 1972 foi criado o primeiro sistema online
desenvolvido para a recuperação da informação. Ele foi denominado de Dialog,
criado por Roger K. e disponibilizado pelo The Dialog Corporation.
Com o surgimento das novas TIs a DSI ganha novos meios para levar a
informação até o usuário, como por exemplo, os serviços oferecidos pela Web 2.0.
Diante da importância da disseminação da informação em meio à grande
produção de conhecimento e as facilidades oferecidas pela rede mundial de
computadores, torna-se fundamental a aplicação da DSI em bibliotecas e unidades
de informação para que o usuário obtenha a informação desejada, de modo eficaz.
Neste contexto, o papel do bibliotecário torna-se de grande importância.
Esta pesquisa visa descrever e analisar a produção científica sobre DSI
publicada nos periódicos da área da Ciência da Informação no Brasil, desde que o
tema ganhou espaço nas pesquisas durante a década de 1970 até o mês de agosto
de 2013, pois conforme Eirão e Cunha (2013) foi nesta década que começaram os
estudos sobre a DSI no Brasil. Objetiva ainda verificar como decorreu a sua
evolução e como ela está atualmente, e para tal, basear-se-á no estudo
bibliométrico. Pretende-se: apontar os autores que mais produziram sobre o tema;
constatar a década na qual se concentrou a maior parte da produção; reconhecer os
temas relacionados ao assunto DSI através da análise das palavras-chave;
identificar os periódicos que mais publicaram; averiguar as instituições vinculadas
aos autores que mais produziram (afiliação); indicar a quantidade de autores
predominante nos artigos e; mapear os estados brasileiros dos quais provém as
publicações de acordo com a afiliação dos autores. Por isso discorre-se a seguir um
pouco sobre o periódico na comunicação científica.
5
Optou-se por usar a sigla em português DSI (Disseminação Seletiva da Informação). A sigla em inglês é SDI
(Selective Dissemination of Information)
9
1.1
O periódico na comunicação científica
A comunicação científica vale-se de canais informais e formais para a
divulgação dos resultados das pesquisas. Conforme Campello e Campos (1988),
são exemplos de canais informais as correspondências particulares, encontros em
congressos, contatos pessoais, trocas de manuscritos etc. e como exemplos de
canais formais da comunicação científica as autoras citam os livros, artigos
científicos, anais de congressos, relatórios técnicos, teses, dissertações etc.
O primeiro periódico científico surgiu no século XVII na França. O Journal des
Sçavants, cujo primeiro fascículo saiu em Janeiro de 1665, foi fundado por um
conselheiro da Corte do Parlamento de Luís XIV. Até então as pesquisas científicas
eram divulgadas através do livro e da correspondência pessoal. Campello e Campos
(1988) apontam diversas vantagens do periódico em relação ao livro e à
correspondência pessoal: rapidez na publicação, não possui o tom pessoal presente
nas correspondências, atingem um maior número de leitores, entre outras.
Para Meadows (1999, p.7) o motivo principal do surgimento do periódico está
na “[...] necessidade de comunicação, do modo mais eficiente possível, com uma
clientela crescente interessada em novas realizações.” O periódico representou um
grande avanço na comunicação científica e as suas vantagens o fizeram ir ao
encontro do que a ciência moderna almeja.
Com o advento da ciência moderna, o importante passou a ser a
comunicação rápida e precisa sobre uma experiência ou observação
específica, que permitisse a troca também rápida de ideias e a critica entre
todos os cientistas interessados no assunto em questão. Isso provocou a
necessidade de um novo meio de comunicação, de alcance mais amplo que
a comunicação oral e a correspondência pessoal, bem mais rápido que os
livros e tratados: o periódico científico. (MUELLER, 2000, p. 73-74).
Além disso, acrescenta-se ainda que os artigos publicados nos periódicos
científicos passam por revisão dos pares e apenas trabalhos inéditos são
publicados. Por tudo isso o periódico mantém a sua credibilidade dentro do meio
científico. Desta forma, esta pesquisa optou pelos periódicos científicos para realizar
a coleta de dados. A seguir discute-se a DSI abordando, conceito, histórico, sua
trajetória até a era da Web 2.0 e cita-se exemplos.
10
2 DISSEMINAÇÃO SELETIVA DA INFORMAÇÃO: definição e
histórico de seu desenvolvimento
A humanidade há muito tempo preocupa-se com a preservação do
conhecimento produzido e com a transmissão do mesmo. A Biblioteca de
Alexandria, fundada no século III a.c, abrigou milhares de rolos de pergaminho com
o objetivo de resguardar e registrar todo o conhecimento da época e através dele
gerar novos conhecimentos. A ideia de reunir todo o conhecimento produzido pela
humanidade ainda não acabou totalmente, como exemplo podemos citar a Library of
Congress – LC. De acordo com Cunha e Eirão (2012) a Biblioteca do Congresso dos
Estados Unidos já conta com 145 milhões de itens, em 470 diferentes línguas.
Concomitante à preocupação em preservar o conhecimento produzido pelo
homem, o crescente aumento do seu volume e a sua disseminação têm sido os
alvos da atenção dos profissionais da Ciência da Informação. De acordo com Longo
(1979) a década de 1960 marcou o início da discussão a respeito da DSI no mundo.
Conforme Longo (1979) o que provocou o desenvolvimento da DSI foi o
grande
número
de
computadores,
a
impressão
typessetting
(composição
tipográfica6) através do computador gerando bases de dados e a grande expansão
da literatura mundial. Esta mesma autora coloca que os sistemas de DSI existem
desde a década de 1960 e que os mesmos foram impulsionados pelo
desenvolvimento da informática.
Para Foskett (1969) o serviço de disseminação de informação ou, como o
autor denomina, “Serviço de Notificação Corrente” é “[...] a atividade característica
da biblioteca especializada e que a distingue, mais do que qualquer outro aspecto,
das bibliotecas públicas e universitárias.” (FOSKETT, 1969, p. 73).
O conceito de DSI foi definido por Hans Peter Luhn em 1961:
[...] aquele serviço dentro de uma organização que se refere à canalização
de novos itens de informação, vindo de quaisquer fontes, para aqueles
pontos dentro da organização onde a probabilidade de utilidade, em
conexão com interesses ou trabalhos carentes, é grande. Luhn (1961, apud
LONGO, 1979, p.79)
Os serviços de DSI nasceram dentro das organizações e visavam abastecer
os profissionais daquilo que de novidade havia na literatura das suas respectivas
6
Tradução nossa
11
áreas. Esses novos conhecimentos eram oriundos de diversas fontes e canalizados
para o profissional que, sem tempo para garimpar as novidades, contava com a DSI
para manter-se atualizado e assim dedicar todo o seu tempo às suas pesquisas.
Através desse serviço o profissional da informação conseguia aumentar a
probabilidade de uso de materiais que muitas vezes ficariam parados no acervo. O
conceito de DSI formulado por Nocetti mostra um serviço de alerta contínuo e
personalizado “[...] que fornece ao usuário uma lista de referências bibliográficas em
intervalos regulares, relacionada com sua área de interesse.” (NOCETTI, 1980, p.
15)
Segundo Eirão e Cunha (2013) no Brasil a discussão sobre DSI teve início na
década de 1970 e os seus primeiros estudos foram relacionados aos centros de
informação e documentação de órgãos e empresas públicas, ou seja, o serviço de
DSI era inicialmente restrito às bibliotecas especializadas. Os autores corroboram o
que outros autores já afirmaram ao dizerem que a automatização dos serviços de
DSI se deu com a difusão do computador e que este alterou inclusive a estrutura do
serviço de disseminação da informação.
Conforme Cunha e Eirão (2012) durante a década de 1970 surgiram vários
artigos com relatos de experiências de aplicação da DSI no Brasil. Esses relatos
davam conta da utilização da DSI em empresas públicas tais como, Empresa
Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (EMBRAPA), Instituto de Energia Atômica de
São Paulo, Congresso Nacional, Companhia Vale do Rio Doce. Esse momento de
efusão da DSI no Brasil levou a publicação de um número especial da Revista de
Biblioteconomia de Brasília7 com relatos no contexto nacional. Cunha e Eirão (2012,
p.65) colocam que no início o serviço de DSI no Brasil “[...] era elaborado
manualmente com base no acervo local de periódicos, para a produção de listas
selecionadas de títulos e artigos e a distribuição de resumos a poucos usuários.” No
contexto brasileiro o serviço de DSI surgiu de forma manual e em pequena escala e
gradativamente foi crescendo e sendo informatizado e aderindo aos formatos
eletrônicos.
A seguir serão apresentados os diversos tipos de serviços de DSI,
características e exemplos de cada um deles.
7
Revista de Biblioteconomia de Brasília, v. 6, n. 2, 1978.
12
2.1
Os serviços manuais de DSI
A DSI iniciou de forma manual antes da chegada dos recursos automatizados
às unidades de informação e era dirigida a um pequeno grupo de usuários. A
necessidade de disseminar seletivamente a informação levou ao surgimento de
serviços que permanecem até hoje. Como exemplo de serviço de DSI manual Souto
(2010) cita os Colégios Invisíveis, “[...] os pesquisadores redigiam cartas aos demais
membros do Colégio, disseminando entre eles as novidades quanto ao tema de
interesse do grupo.” (SOUTO 2010, p. 23). O autor ainda relaciona outros serviços
ao de DSI como as Cartas Iluministas8, os periódicos de resumos e boletins
semanais microfilmados9.
Os serviços manuais de disseminação seletiva da informação caracterizam-se
principalmente pela interação humana, isto é, o bibliotecário e o usuário mantinham
contato pessoal através de entrevista ou preenchimento de formulário recebido e
devolvido pelo usuário via correio. Conforme Souto (2010) os serviços manuais de
DSI se limitavam aos recursos informacionais disponíveis na própria biblioteca, o
perfil do usuário era definido em conjunto com os bibliotecários, o sucesso do
serviço dependia muito da habilidade, experiência e conhecimento do bibliotecário, o
pacote informacional era composto de referências bibliográficas e resumos que eram
entregues pessoalmente ou via correio, o acesso se dava via fotocópias de
documentos que se encontravam no acervo da biblioteca e a avaliação do serviço
era feita por meio de formulários ou questionários preenchidos pelos usuários e
enviados via correio e também por meio de interação pessoal entre o usuário e o
bibliotecário responsável pelo serviço.
Longo (1979) relata que antes de surgir a DSI existiam os serviços manuais
de alerta e cita como exemplos: manuseio de títulos de periódicos; compilação de
resumos para conferências que fossem consideradas relevantes e distribuição aos
usuários; rodízio de periódicos entre os usuários de uma biblioteca; tiras de papel
8
“Cartas científicas do século XVII as quais eram enviadas para as sociedades científicas que as imprimia,
divulgando-as para a comunidade, como foi o caso da Royal Society of London.” Mostafa (2000, apud SOUTO,
2010, p. 24).
9
“Boletim constituído de pesquisa bibliográfica de acordo com o perfil do usuário que o compra”. (SOUTO,
2010, p.24).
13
com informações que chamassem a atenção dos usuários; jornais murais com
sumários de periódicos e listas dos materiais bibliográficos adquiridos.
Foskett (1969) fala de um serviço de notificação individual em locais onde não
circulam os próprios periódicos. Como exemplos desse serviço o autor cita: boletim
com as últimas aquisições; boletim noticioso com informações gerais correntes;
quadro de avisos com cópias de sumários de revistas; serviço rápido de notificação
de títulos recém publicados; boletim de resumos destinado à circulação restrita;
levantamentos da literatura sobre tópicos específicos. Sobre o uso de computadores
nos serviços de DSI discorre-se a seguir.
2.2
Os serviços automatizados de DSI
A década de 1950 do século passado marcou a chegada do computador nos
serviços de disseminação seletiva da informação. O primeiro a conceber um sistema
de alerta automatizado foi Hans Peter Luhn, da IBM Corporation no ano de 1958.
Segundo Nocetti (1980) através de informações bibliográficas armazenadas em fitas
magnéticas, as quais eram confrontadas com um arquivo de perfis de interesses de
usuários e eram geradas listagens personalizadas conhecidas como pacotes
bibliográficos. Nota-se que a DSI surge no contexto das organizações e que seu
embasamento está na “[...] automação de uma função clássica de biblioteca, isto é,
a seleção de determinados itens para servir às necessidades específicas do
consulente.” (NOCETTI, 1980, p. 15)
Como exemplo de serviço de DSI automatizado com o uso do computador
Foskett (1969) cita o serviço de notificação individual por meio de cartões:
Cada usuário discrimina os assuntos de seu interesse, “seu perfil”, que é
codificado e armazenado no computador. Os documentos que dão entrada
na biblioteca são igualmente codificados e introduzidos no computador, o
qual é solicitado a selecionar as combinações e imprimir uma folha de
notificação para os usuários respectivos. (FOSKETT, 1969, p.75)
Para Foskett (1969) o computador tornou exequíveis os serviços de
notificação individual em larga escala.
14
Segundo Souto (2010) os serviços de DSI eram manuais até que Luhn em
1958 utilizou um serviço automatizado com o uso do computador e neste mesmo
momento surgiu a expressão “Disseminação Seletiva da Informação”.
Rowley (2002) conta que a chegada dos sistemas informatizados nas
bibliotecas importou em padronização, mais eficiência, interligação através de redes
e serviços melhores. Conforme a autora as primeiras aplicações do computador na
recuperação da informação foram na produção de índices impressos, que são listas
de índices de relatórios, boletins internos de resumos, listas de patentes, etc. e com
os termos de entrada ordenados alfabeticamente e; no uso dos serviços de
notificação corrente, que “[...] são serviços de informação cujo objetivo primordial é
manter os usuários da informação a par dos progressos que ocorrem em seu
campo.” (ROWLEY, 2002, p. 300)
Os serviços de DSI automatizados caracterizavam-se, conforme Souto
(2010), por: fazer uso de mais de uma base de dados, que eram disponibilizadas em
fitas magnéticas individuais; o usuário não podia interagir diretamente com o
sistema; os recursos informacionais eram selecionados por um programa de busca
conforme o perfil do usuário; os usuários recebiam os pacotes informacionais
pessoalmente ou via correio impressos ou em microforma; o acesso à informação
era a partir da solicitação de cópias pelos usuários; a retroalimentação10 ocorria por
meio das respostas dos pacotes bibliográficos, pessoalmente, por telefone, ou
através de questionários de avaliação do serviço.
Percebe-se que a automatização dos serviços de DSI proporcionou a sua
expansão de maneira que conseguiu atingir um número maior de usuários, porém o
usuário ainda permaneceu dependente do contato direto com o bibliotecário e sem
poder interagir diretamente com o sistema. Como veremos a seguir este cenário irá
mudar com a chegada da Internet e, principalmente com o advento da Web 2.0 e
suas ferramentas.
10
“Reversão da informação a seu ponto de partida, permitindo a avaliação e adaptações do sistema”. (CUNHA
e CAVALCANTI, 2008, p. 306)
15
2.3
A disseminação seletiva da informação na era da Internet
Conforme já mencionado anteriormente a informatização das bibliotecas
trouxe agilidade, padronização e interligação dos setores e serviços oferecidos por
estas unidades de informação. Com o uso da Internet as bibliotecas passaram a
oferecer novos serviços e novos canais de comunicação e interação com os seus
usuários.
A evolução e expansão da Internet e sua chegada às unidades de
informação, proporcionou o surgimento de novos serviços e novos canais de
comunicação e interação com os usuários. Neste novo contexto tecnológico a DSI
ganhou novas ferramentas. Souto (2010) considera que o desenvolvimento dos
serviços de DSI na era da Internet é devido ao aumento do volume da quantidade de
informação, ao status e valor que a mesma adquiriu na sociedade atual. O autor
considera ainda que “[...] a incorporação da Internet, no cotidiano da sociedade
atual, é outro fator que favorece o desenvolvimento de serviços que disseminam a
informação seletivamente.” (SOUTO, 2010, p.37). A expansão e popularização da
rede mundial de computadores foi o grande fator que levou ao desenvolvimento de
ferramentas que tornaram os serviços de DSI mais ágeis, confiáveis e os expandiu
para um público maior.
Souto (2010) enumera uma série de mudanças que ocorreram na DSI com o
advento da Internet. Ele cita, por exemplo, que os recursos informacionais ganharam
novos formatos, os usuários tornaram-se autônomos e novas tecnologias foram
inseridas nos serviços de DSI.
Souto (2006, p. 70) diz que “Vários são os canais tecnológicos que podem ser
utilizados para agilizar/otimizar/facilitar a elaboração de perfis de interesse.” São as
seguintes ferramentas de comunicação com o usuário, levantadas pelo autor, e que
podem ser usadas para a DSI: telefone; e-mail; chat e mensagem instantânea11,
vídeo conferência e software colaborativo. Apresenta-se a seguir as ferramentas
oferecidas pela Web 2.0 e utilizadas na DSI.
11
O autor usou o termo em inglês: Instant Messaging. Tradução nossa.
16
2.3.1 Disseminação seletiva da informação na Web 2.0
A evolução da Internet ocorreu rapidamente. Segundo Jesus e Cunha (2012)
a primeira geração da Web iniciou no começo da década de 1990, durou até 2003 e
possuía uma interatividade entre conteúdo e usuário muito menor que a segunda
geração. A segunda e atual geração da Web surgiu em 2004 e nela o usuário pode
criar, participar e compartilhar conteúdos com muita facilidade. Esta atual geração
da Web recebeu o nome de Web 2.0 e, conforme (SANTOS, 2013):
Considerada como a segunda geração da Internet, a Web 2.0 aparece
como potencializadora das formas de publicação, compartilhamento e
organização das informações online. Tim O’Reilly é o criador do termo e
para ele a Web 2.0 não possui limites definidos e, sim, um “núcleo
gravitacional”, por ser encarada como uma plataforma na qual os próprios
usuários intervém no desenvolvimento de um processo de organização de
dados. (Grifo do autor) (SANTOS, 2013, p. 93)
A Web 2.0 tem como principal característica a participação do usuário, o qual
passou a ser um participante protagonista, pois cria conteúdo e toma decisões sobre
a sua publicação. Primo (2008) destaca que a Web 2.0 “[...] caracteriza-se por
potencializar as formas de publicação, compartilhamento e organização de
informações [...]” (PRIMO, 2008, p. 101). Nesse sentido a Web 2.0 proporciona um
espaço maior para a comunicação entre os usuários e traz novas formas de
organizar a informação, conforme Santos (2013), através da etiquetagem
constituindo-se em links de hipertexto.
Accart (2012) afirma que a segunda geração da Internet é também chamada
de Web social e, segundo ele, caracteriza-se pela possibilidade da criação de
comunidades virtuais conforme grupos de interesses e que nela “Os profissionais da
informação desenvolvem por sua vez certos serviços, entre eles o serviço de
referência virtual [...]” (ACCART, 2012, p. 188). Em meio ao imenso volume de
informações os profissionais que trabalham com esse serviço têm um trabalho árduo
e importante no que se refere a filtrar e validar a informação para que o usuário
tenha a segurança de obter um serviço de qualidade. Estas comunidades reúnem
pessoas com interesses em comum e se constituem numa forma de divulgação dos
serviços oferecidos por determinada unidade informação, que pode criar a sua
própria comunidade virtual.
17
A segunda geração da Web trouxe várias ferramentas que agilizaram as
atividades das bibliotecas, principalmente as do setor de referência e, sobremaneira,
as de DSI.
Jesus e Cunha (2012) apontam diversas ferramentas da Web 2.012 que foram
incorporadas aos processos realizados nas bibliotecas, principalmente no serviço de
referência. A seguir cita-se, resumidamente, estas ferramentas que podem ser
aplicadas nos serviços de DSI.
• Wikis: Totalmente colaborativa, permite aos usuários editarem qualquer
texto. Um exemplo de uso pode ser uma wiki de referências, na qual os usuários
compartilham referências e formam uma base de dados.
• Flickr: Permite hospedagem de imagens e documentos gráficos. As
bibliotecas podem divulgar suas novas aquisições.
• You Tube: Considerada a maior comunidade de vídeos da Internet. Pode
ser usada para a divulgação de vídeos de instrução, acessados através de um link
no site da biblioteca.
• Facebook: Ferramenta de relacionamento social que pode ser usada na
divulgação da biblioteca e possui aplicativos de interação com o usuário.
• Twitter: Outra ferramenta de relacionamento social que pode servir para
informar os usuários sobre tudo que acontece na biblioteca.
• Social Bookmarking: Aplicação da Web 2.0 que permite guardar sites de
interesses que podem ser resgatados de qualquer computador. Uma das
ferramentas mais conhecidas do social bookmarking é o Delicious.
• Blogs: Ferramenta de divulgação interativa e que permite compartilhar
conteúdo de maneira simples, além de ser também muito popular.
• RSS: Ferramenta que caracteriza bem a Web 2.0. O usuário se inscreve e
recebe atualizações de maneira personalizada sobre os assuntos de seu interesse.
• Mensagens instantâneas: Surgiu na Web 1.0 e evoluiu na Web 2.0.
Permite comunicação textual em tempo real entre indivíduos.
Maness (2007) diz que a biblioteca da Web 1.0 era estática enquanto a
biblioteca da segunda geração da Web é interativa e multimídia. Segundo este autor
as bibliotecas da segunda geração da Web são comunidades virtuais centradas no
12
As ferramentas da Web 2.0 não são o foco deste trabalho, por isso, cita-se as mais conhecidas de maneira
resumida.
18
usuário, pois eles se comunicam e criam recursos entre si e com os bibliotecários
através das ferramentas disponibilizadas pela Web 2.0. O autor apresenta um
conceito de Biblioteca 2.0 como sendo “[...] a aplicação de interação, colaboração e
tecnologias multimídia baseadas em Web para serviços e coleções de bibliotecas
baseados em Web [...]”. (MANESS, 2007, p. 44)
Em relação aos usuários, Barros (2003, p.60) argumenta que, nos anos de
1980, eles mostravam-se satisfeitos com o serviço e o produto informacional que
recebiam. Para a autora, o usuário da era tecnológica está cada vez mais minucioso,
exigente e com pouco tempo disponível. Ela completa que áreas antes indiferentes à
informação são agora consumidoras e que a demanda pela informação deixou de
ser apenas acadêmica e se expandiu para setores como a indústria e o comércio. O
usuário da Web 2.0 quer serviços com respostas rápidas e satisfatórias. Por isso, a
decisão da biblioteca em adotar uma ferramenta da segunda geração da Web deve
ser planejada e o seu desempenho acompanhado pela sua equipe de trabalho.
Neste sentido, o desenvolvimento da tecnologia tem que estar acompanhado pela
qualidade da prestação do serviço informacional, já que estamos diante de um
usuário que prima pela eficiência.
19
3
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Neste capítulo, aborda-se a caracterização da pesquisa, métodos e
critérios empregados.
3.1
Estudos bibliométricos
A produção científica e a sua disseminação tem sido alvo de estudos de
pesquisadores desde o século XIX. Conforme Santos e Kobashi (2009), a análise
estatística e o uso de métodos matemáticos para delinear a produção bibliográfica e
científica ganhou destaque no século XX, com a criação de modelos e leis
bibliométricas. Por meio de métodos matemáticos e estatísticos os pesquisadores
buscam investigar e quantificar a produção científica. A Bibliometria é a “área do
conhecimento que possibilita a produção de indicadores, a partir da análise dos
aspectos matemáticos e estatísticos da comunicação cientifica [...]” (GUEDES, 2012,
p. 80).
3.2
Classificação da pesquisa
Esta pesquisa é um estudo bibliométrico, pois conforme Guedes e Borschiver
(2005, p. 2) os estudos bibliométricos “tentam quantificar, descrever e prognosticar o
processo de comunicação escrita.”
Quanto à abordagem, esta pesquisa é de natureza predominantemente
quantitativa, pois todas as informações coletadas serão traduzidas em números.
Segundo Appolinário (2006, p.61) um estudo dessa natureza é aquele que
“Centraliza sua busca em informações matematizáveis, não se preocupando com
exceções, mas com generalizações.“
No que se refere aos objetivos, esta pesquisa é exploratória. Segundo Thums
(2003), os estudos exploratórios objetivam oferecer maior conhecimento com o
problema de pesquisa ou com a construção de hipóteses e envolvem levantamento
bibliográfico.
20
Com base nos procedimentos técnicos esta é uma pesquisa bibliográfica, pois
analisa a literatura publicada em determinada área, neste caso a DSI. Conforme
Thums (2003) as pesquisas bibliográficas baseiam-se nas obras originais, envolvem
teorias, quadros de referência, autores e revisão de literatura, e não acompanham
nenhuma espécie de levantamento de dados (questionários, entrevistas). As autoras
Marconi e Lakatos (2007) consideram, quanto às fontes, que as pesquisas
bibliográficas utilizam toda a bibliografia já tornada pública e, segundo as autoras,
inclui “publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias,
teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais” (MARCONI e
LAKATOS, 2007, p. 185).
Por fim, no que se refere à tipologia esta pesquisa classifica-se em descritiva,
pois ela “busca descrever uma realidade, sem nela interferir” (APPOLINÁRIO, 2006,
p. 61).
3.3
População, amostra e critérios da pesquisa
Considera-se população abrangida por esta pesquisa os periódicos da área
de Ciência da Informação que foram coletados no Portal da CAPES 13. Também
foram incluídos na pesquisa os periódicos presentes na Base de Dados Referencial
de Artigos de Periódicos em Ciência da Informação (BRAPCI),14 visto que nesta
base de dados estão indexados vários periódicos inativos15 que publicaram muito
sobre DSI na década de 1970, quando o estudo deste tema teve grande interesse
no Brasil.
Após a coleta dos títulos dos periódicos no portal da CAPES, foram realizadas
visitas aos sites desses periódicos e, com o objetivo de delimitar a amostra da
pesquisa procedeu-se à seleção dos mesmos seguindo os seguintes critérios16:
periódicos brasileiros; periódicos disponíveis de forma on-line; periódicos de acesso
livre e periódicos que contenham no seu foco e escopo a área “Ciência da
Informação” e ou a subárea “Biblioteconomia”.
13
Disponível em: http://www.periodicos.capes.gov.br/
Disponível em: http://www.brapci.ufpr.br/ic.php?dd99=journals
15
Entende-se por “Periódico Inativo” aquele cujas atividades de publicação estão encerradas.
16
Estes critérios de seleção não se aplicam aos periódicos encontrados na base BRAPCI, pois eles não possuem
páginas próprias na Web e todos eles foram incluídos na pesquisa, visto que se encontram numa base de
periódicos da área da Ciência da Informação.
14
21
Com base nesses critérios, chegou-se ao número de 41 (quarenta e um)
periódicos que participaram da pesquisa (Apêndice A). Para a coleta de dados
utilizou-se o termo de busca “Disseminação Seletiva da Informação” e foi buscado
em “título; resumo e termos indexados”. Após a coleta de dados, chegou-se numa
nova relação de periódicos, desta vez apenas aqueles que publicaram artigos sobre
DSI (tabela1) com 15 periódicos. Adotou-se os seguintes critérios para a seleção
dos documentos: aqueles em formato completo de artigo científico; publicados até o
mês de agosto de 2013 e no idioma português. O período da coleta foi de
12/10/2013 até 14/12/2013. Os dados coletados foram colocados na planilha de
cálculo do Microsoft Excel e posteriormente tabulados.
22
4
APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Neste capítulo serão discutidos os resultados da pesquisa, mostrados através
de gráficos e tabelas. O panorama a ser trabalho é composto de 15 (quinze)
periódicos que publicaram artigos on-line sobre DSI, 62 (sessenta e dois) autores e
46 (quarenta e seis) artigos publicados por estes autores.
4.1
Autores, afiliação e quantidade de autores predominantes nos
artigos
Nesta pesquisa foram encontrados 62 (sessenta e dois) autores que
publicaram artigos sobre DSI. Do total de autores encontrados apenas 10 (dez)
autores publicaram dois ou mais artigos, conforme mostra o gráfico 1. Os autores
que publicaram apenas um artigo não constam neste gráfico e podem ser
consultados no apêndice B.
Gráfico 1: Distribuição do número artigos on-line sobre DSI por autor (n=23)
Fonte: Autor da pesquisa
Os autores Milton A. Nocetti e Thiago G. Eirão publicaram mais de dois
artigos cada, respectivamente quatro e três artigos. O primeiro autor pertence à
23
EMBRAPA e publicou seus artigos nos anos de 1978 e 1980 e apenas um dos
quatro artigos publicados teve autoria compartilhada17. O autor que mais publicou
pertence à primeira década das publicações científicas sobre DSI no Brasil e reflete
o cenário inicial da pesquisa sobre o tema: pesquisadores ligados a “[...] centros de
informação e divisões de informação de órgãos públicos”. (EIRÃO e CUNHA, 2013,
p.41) ou à biblioteca especializada e cujos artigos continham, na maioria das vezes,
relatos de experiências particulares sobre o desenvolvimento e aplicação de um
sistema de DSI manual ou automático junto aos usuários-pesquisadores da sua
instituição, e que já viviam em meio a um montante razoável de informação. Já nesta
época via-se a DSI como uma ferramenta para melhorar a qualidade dos serviços
oferecidos aos usuários. O autor em segundo lugar no gráfico publicou seus três
artigos recentemente, entre 2009 e 2013 e é bibliotecário da Câmara dos
Deputados, também ligado a uma unidade de informação especializada. Para
encontrar as afiliações dos autores se utilizou como fonte os próprios artigos.
Gráfico 2: Distribuição do número de autores que mais publicaram artigos on-line sobre DSI por
instituição (n=10).
Fonte: Autor da pesquisa
17
Nesta pesquisa entende-se por artigos com “autoria compartilhada” aqueles artigos com dois ou mais
autores.
24
Quando examinamos a afiliação dos autores que mais publicaram (gráfico 2)
percebemos que seis deles pertencem a Universidades. Observa-se uma tendência
da DSI em direção às bibliotecas universitárias, como veremos quando analisarmos
as palavras-chave mais utilizadas.
Gráfico 3: Distribuição do número de autores nos artigos on-line sobre DSI (n=46)
Fonte: Autor da pesquisa
Ao analisarmos o número predominante de autores nos 46 (quarenta e seis)
artigos arrolados na pesquisa (gráfico 3), vemos que a maioria dos artigos, 26 deles
possuem autoria única. A pesquisa sobre DSI no Brasil se dá, em geral, de maneira
particular. A relação completa dos artigos arrolados na pesquisa está no apêndice C.
4.2
Origem geográfica dos autores de acordo com a afiliação e os
periódicos que mais publicaram sobre DSI no período analisado
O gráfico 4 mostra os estados brasileiros com as maiores quantidades de
publicações de acordo com a afiliação de todos os autores arrolados na pesquisa.
Neste gráfico vemos que o estado de São Paulo e o Distrito Federal,
respectivamente em primeiro e segundo lugar, figuram na lista das unidades da
federação que mais contribuíram para as publicações científicas sobre DSI. Isto se
deve ao fato de os autores mais produtivos estarem ligados à USP, entidades do
25
Governo Federal e à UNB. Vemos que a pesquisa sobre DSI no Brasil concentra-se
na região Sudeste e no Distrito Federal.
Gráfico 4: Origem geográfica dos autores arrolados na pesquisa de acordo com a afiliação
Fonte: Autor da pesquisa
Dos 41 (quarenta e um) periódicos pesquisados, 15 (quinze) deles publicaram
pelo menos um artigo sobre DSI, conforme mostra a tabela 1.
Tabela 1: Periódicos que publicaram artigos científicos on-line sobre DSI (n=15)
Periódicos
Revista de Biblioteconomia de Brasília – RBB
Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação – RBBD
Ciência da Informação
Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da
Informação
Informação e Sociedade: Estudos
Revista da Escola de Biblioteconomia da UFMG
Arquivo e Administração
Cadernos de Biblioteconomia
CRB 8 Digital
DataGramaZero – Revista de Ciência da Informação
Informação & Informação
Ponto de Acesso
Revista ACB
Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação – RDBCI
Revista do Departamento de Biblioteconomia e História
TOTAL
Fonte: Autor da pesquisa
Artigos recuperados
19
7
5
2
2
2
1
1
1
1
1
1
1
1
1
46
26
O periódico que mais publicou foi a Revista de Biblioteconomia de Brasília –
RBB, periódico inativo cuja última edição presente na BRAPCI na época da pesquisa
é do ano de 2001 e foi editado pela Associação dos Bibliotecários do Distrito Federal
(ABDF) e pela Universidade de Brasília (UNB). Aparecem logo após a Revista
Brasileira de Biblioteconomia e Documentação – RBBD e o periódico Ciência da
Informação, respectivamente editados pela Federação Brasileira de Associações de
Bibliotecários, Cientistas da Informação e Instituições- FEBAB e pelo Instituto
Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia –IBICT.
4.3
As palavras-chave predominantes nos artigos
Buscou-se identificar as palavras-chave predominantes nos artigos arrolados
na pesquisa a fim de saber quais os assuntos foram discutidos nos artigos sobre
DSI. Para facilitar a interpretação dos dados, resolveu-se agrupar por categoria as
palavras-chave consideradas sinônimas, conforme mostra o quadro 2.
Quadro 1: Categorização das palavras-chave conforme a sua relação de sinonímia
CATEGORIAS
RSS
Biblioteca
Universitária
Biblioteca
Especializada
Centro de
Documentação
Informática
Web
Comunicação
Científica
Sistema de
Informação
Usuário
PALAVRAS-CHAVE
Tecnologia RSS; Really Simple Syndication; Rich Site Summary;
RSS; RDF Site Summary; Sumário Eletrônico; Tecnologia RSS;
Rich Site Summary (RSS).
Universidade; Biblioteca Universitária; Universidades –
tecnologia da informação; Biblioteca Universitária;
Biblioteca Universitária Brasileira; Gestão do fluxo de
Informação na Universidade; Biblioteca universitária; Biblioteca
universitária.
Biblioteca Agrícola; Biblioteca Especializada; Biblioteca da
Faculdade de Medicina Veterinária; Biblioteca Nacional de
Agricultura.
Centro de Documentação Científica; Documentação;
Sistema de Documentação.
Informática; Informática na Bilioteconomia; Informática;
Centro de Processamento de Dados; Automação;
Processamento de dados.
Redes sociais; Web Syndication; Processamento on-line.
Produção científica; Indicadores Científicos; Comunicação
Científica; Produção Científica; Periódicos.
Sistema Nacional de Informação e Documentação agrícola;
Sistemas de Informação Técnico-Científicas.
Usuário; Usuários – interação; Serviço de referência –
Tecnologia; Serviço de Referência; Usuários de Serviços; Serviço
de Referência; Comportamento do Usuário-Docente;
Perfil de Usuário.
27
Informação
Tratamento da informação; Informação; Custos dos
Serviços/Sistemas de Informação; Informação; Tecnologia da
Informação; Excesso de Informação; Tratamento da Informação;
Recursos Informativos; Barreiras na Comunicação da
Informação; Pecados Informacionais; Informação Bibliográfica;
Informação - Processo Decisório.
Fonte: Autor da pesquisa
O gráfico 5 mostra as palavras-chave que mais apareceram nos artigos. O
tema mais abordado nos artigos foi “Informação”, pois há muito se discute o
aumento da quantidade de informação disponível e a necessidade de levar até o
usuário a informação de que ele necessita.
O avanço da Internet trouxe novas
formas de acesso à informação. Conforme Souto (2010, p.50) a Internet
proporcionou novas formas de acesso à informação, como o remoto e aos recursos
digitais e desenvolveu os serviços de DSI.
Gráfico 5: Palavras-chave predominantes nos artigos arrolados na pesquisa
Fonte: Autor da pesquisa
O assunto “Biblioteca Universitária” em segundo lugar revela uma mudança
na pesquisa sobre DSI, que no início estava relacionada com bibliotecas
especializadas e centros de documentação. Esta mudança se dá devido
principalmente ao aumento da oferta de ensino superior no Brasil nas últimas
28
décadas e a preocupação em satisfazer os usuários destas unidades de informação.
Os assuntos “RSS, informática e Web” foram utilizados respectivamente com 8, 6 e
3 vezes nos artigos da pesquisa. Isto revela que com o advento da informática e da
Internet nas bibliotecas, novas ferramentas foram incorporadas aos serviços de DSI
e demonstra ainda uma nova tendência na pesquisa sobre o tema. O assunto
“usuário” foi utilizado 8 vezes, o que mostra o interesse dos pesquisadores em
aperfeiçoar as ferramentas de DSI a fim de satisfazer o exigente
usuário das
bibliotecas da era Web 2.0. Como o objetivo aqui foi mostrar quais os assuntos
estão sendo discutidos junto com a DSI a palavra-chave “Disseminação Seletiva da
Informação” não foi considerada neste estudo.
4.4
Análise temporal dos artigos
O gráfico 6 mostra a distribuição dos artigos publicados separados por
década. A publicação de artigos científicos sobre DSI no Brasil teve o seu apogeu
na década de 1970 e nas duas décadas seguintes ocorreu um declínio. Nas últimas
duas décadas mostradas no gráfico 6 o número de publicações teve um aumento.
Gráfico 6: Distribuição temporal dos artigos arrolados na pesquisa (n=46)
Fonte: Autor da pesquisa
Este crescimento explica-se devido à chegada do computador, da Internet e
das tecnologias propiciadas pela Web 2.0 nas unidades de informação. Jesus e
29
Cunha (2012, p.111) afirmam que a biblioteca tradicional passa por grandes
mudanças, a informatização interligou os seus setores e a tecnologia é agora o foco
das bibliotecas e ela colabora no funcionamento interno e externo das mesmas.
A automação e o uso da Internet nos serviços de DSI propiciaram o emprego
de novos meios e ferramentas para levar a informação de modo personalizado até o
usuário. Isto se acentuou principalmente a partir da popularização da Internet e
posteriormente das redes sociais.
30
5
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta investigação objetivou descrever e analisar os artigos científicos sobre
Disseminação Seletiva da Informação – DSI, publicados em periódicos brasileiros da
área da Ciência da Informação, e com isso desenhar o panorama da pesquisa sobre
DSI no Brasil. Esta pesquisa trabalhou com 41 periódicos inicialmente e depois com
15 periódicos que publicaram algum artigo de modo on-line, com 62 autores e 46
artigos publicados. Considera-se que os objetivos foram atingidos, conforme os
resultados obtidos.
Embora o maior número de publicações ainda concentre-se na década de
1970 e os dois autores mais produtivos sejam ligados a órgãos públicos e bibliotecas
especializadas esta pesquisa apontou novas tendências na discussão sobre DSI no
Brasil: 1) a preocupação das bibliotecas universitárias com a DSI e o aprimoramento
desse serviço através do uso das ferramentas ofertadas pela Web 2.0,
principalmente a tecnologia RSS; 2) a grande quantidade de informação,
principalmente na Internet, o seu tratamento, as formas de acesso e como satisfazer
o usuário com a informação que ele deseja; 3) a discussão em torno desses novos
temas, principalmente aqueles ligados às tecnologias da Web 2.0 e as suas relações
com os usuários, o que sugere uma propensão ao crescimento ainda maior do
número de publicações sobre DSI.
Nos últimos anos tem-se assistido à popularização de várias ferramentas da
Web 2.0, principalmente das redes sociais tais como Twitter, Facebook e You Tube.
O uso do Really Simple Syndication (RSS) também se difundiu por vários tipos de
sites na Internet, entre eles os sites de venda e nas bibliotecas digitais. Rocha e
Bezerra (2010, p. 91) apontam algumas vantagens da tecnologia RSS que explica a
expansão dessa ferramenta. Conforme os autores: em um feed RSS a atualização
está sempre disponível; as informações são capturadas por programas leitores; os
usuários não precisam usar caixa de e-mail; é gratuito e recusável.
Ainda que a Internet e, principalmente a Web 2.0, facilite a organização da
informação, a crescente quantidade dela na rede causa preocupação nos
profissionais da Ciência da Informação. Estes profissionais buscam nas ferramentas
da Web 2.0 modos de fazer com que a informação desejada pelo usuário chegue até
este de maneira rápida e precisa. A DSI incorporou várias dessas ferramentas a fim
de disponibilizar serviços que possam satisfazer as necessidades dos exigentes
31
usuários das bibliotecas da era Web 2.0. O crescimento da informação no formato
digital está impulsionando as bibliotecas a aderirem às ferramentas da Web 2.0 que
facilitem o usuário encontrar o que procura.
Para finalizar, sugere-se uma pesquisa mais ampla a respeito do tema DSI no
Brasil, pesquisando em anais de eventos da área da Ciência da Informação, tais
como o Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação (ENANCIB) e
Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias (SNBU), pois em eventos,
geralmente, são apresentados resultados de pesquisas bem mais atuais e muitas
vezes ainda em andamento. Tal pesquisa contribuiria ainda mais para desvelar o
panorama da produção científica em Disseminação Seletiva da Informação no Brasil,
pela comunidade da Ciência da Informação.
32
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APÊNDICE A – Periódicos selecionados para realização da pesquisa
Periódico
Ágora
Link
http://agora.emnuvens.com.br/ra/index
ISSN
0103-3557
Arquivo e
Administração
(inativo)
AtoZ: novas
práticas em
informação e
conhecimento
Biblionline
Bibliotecas
Universitárias
Biblos
Brazilian Journal
of Information
Science – BJIS
Cadernos de
Biblioteconomia
(inativo)
Ciência da
Informação
Comunicação e
Informação
CRB 8 Digital
DataGramaZero:
Revista de
Ciência da
Informação
Em Questão
Encontros Bibli:
Revista
Eletrônica de
Biblioteconomia
e Ciência da
Informação
Estudos
Avançados em
Biblioteconomia
e Ciência da
Informação
(inativo)
In Texto
InCID: Revista de
Ciência da
Informação e
Documentação
Inclusão Social
Infociência
24 edições disponíveis na BRAPCI 1972-2005
0100-2244
http://www.atoz.ufpr.br/index.php/atoz/index
2237-826X
http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/biblio
https://www.bu.ufmg.br/rbu/index.php/localhost
1809-4775
2237-7115
http://www.seer.furg.br/biblos/index
http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/bjis/inde
x
2236-7594
1981-1640
11 edições disponíveis na BRAPCI 1973-1989
0102-6607
http://revista.ibict.br/ciinf/index.php/ciinf
1518-8353
http://www.revistas.ufg.br/index.php/ci/index
1415-5842
http://revista.crb8.org.br/index.php/crb8digital/index
http://www.dgz.org.br
2177-1278
1517-3801
http://seer.ufrgs.br/EmQuestao
http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/eb
1808-5245
1518-2924
4 edições disponíveis na BRAPCI 1982-1986
0100-9869
http://www.seer.ufrgs.br/index.php/intexto
http://revistas.ffclrp.usp.br/incid/index
1807-8583
2178-2075
http://revista.ibict.br/inclusao/index.php/inclusao
2 edições disponíveis na BRAPCI 1997-2004
1808-8678
1415-0018
36
Informação &
Informação
Informação e
Sociedade:
Estudos
Informare:
Cadernos do
Programa de
Pós-Graduação
em Ciência da
Informação
(inativo)
Interface Revista do
Centro de
Ciências Sociais
Aplicadas
Liinc em Revista
Múltiplos
Olhares em
Ciência
Informação
PerCursos
Perspectivas em
Ciência da
Informação
Perspectivas em
Gestão &
Conhecimento
Ponto de Acesso
Revista ACB
Revista
Brasileira de
Biblioteconomia
e
Documentação
– RBBD
Revista da
Escola de
Biblioteconomia
da UFMG
(inativo)
Revista de
Biblioteconomia
de Brasília: RBB
(inativo)
Revista de
Biblioteconomia
e Comunicação
(inativo)
Revista Digital
http://www.uel.br/revistas//uel/index.php/informacao/ind
ex
http://www.ies.ufpb.br/ojs2/index.php/ies/index
1981-8920
9 edições disponíveis na BRAPCI 1995-2000
0104-9461
http://ccsa.ufrn.br/ojs/index.php/interface/index
2237-7506
1809-4783
LINK NÃO FUNCIONOU PARA A COLETA DE DADOS
http://revista.ibict.br/liinc/index.php/liinc/index
http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/moci/inde
x
1808-3536
2237-6658
http://periodicos.udesc.br/index.php/percursos/index
http://portaldeperiodicos.eci.ufmg.br/index.php/pci
1984-7246
1981-5344
http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/pgc/index
2236-417X
http://www.portalseer.ufba.br/index.php/revistaici/index
http://revistaacb.emnuvens.com.br/racb/index
http://rbbd.febab.org.br/rbbd/index
1981-6766
1414-0594
1980-6949
48 edições disponíveis na BRAPCI 1972-1995
0100-0829
50 edições disponíveis na BRAPCI 1973-2001
0100-7157
8 edições disponíveis na BRAPCI 1986-2000
0103-0361
http://www.sbu.unicamp.br/seer/ojs/index.php/rbci/index
1678-765X
37
de
Biblioteconomia
e Ciência da
Informação
Revista do
Departamento
de
Biblioteconomia
e História
(inativo)
Revista
Eletrônica
Informação e
Cognição
(inativo)
Revista IberoAmericana de
Ciência da
Informação
Revista Online
da Biblioteca
Prof. Joel
Martins (inativo)
Tendências da
Pesquisa
Brasileira em
Ciência da
Informação
Transinformaçã
o
5 edições disponíveis na BRAPCI 1978- 1983
0101-045X
8 edições disponíveis na BRAPCI 1999-2007
1807-8281
http://seer.bce.unb.br/index.php/RICI/index
1983-5213
6 edições disponíveis na BRAPCI 1999-2001
1517-3992
http://inseer.ibict.br/ancib/index.php/tpbci/index
1983-5116
https://www.puc-campinas.edu.br/periodicocientifico/
0103-3786
Total de periódicos arrolados na pesquisa
41 (quarenta e
um)
38
APÊNDICE B – Autores arrolados na pesquisa, número de artigos publicados e suas
respectivas afiliações
Autores
Milton A. Nocetti
Thiago Gomes Eirão
Nº artigos publicados
04
03
Ana Maria Silveira Barone
Carlos Medíeis Morel
Daisy Pires Noronha
Jaime Robredo
Leonardo Fernandes Souto
Maria Luiza Rigo Pasquarelli
Murilo Bastos da Cunha
Regina Célia Figueiredo
02
02
02
02
02
02
02
02
Aldo de Albuquerque Barreto
Alexandre do Espirito Santo
Ana Flávia M. da Fonseca
01
01
01
André Ferrarese
01
Angela Maria Belloni Cuenca
Antônio Carlos Naves
Antonio Miranda
Carlos Henrique Bôto Gois
Claudio Starec
Denise Sana Yamashita
Ed Porto Bezerra
Elaine R. de Oliveira Lucas
Erica Beatriz Pinto Moreschi
Evanir Pimenta Figueiredo
Francisco das Chagas Rocha
Graziela Tamayosi
01
01
01
01
01
01
01
01
01
01
01
01
Heitor Moreira Herrera
Ida Elza Arnold kurkudjian
01
01
Ivanilda Fernandes Costa Rolim
Jean Habran
Jéssica Camara Siqueira
João Carlos da Silva Borda
Jorge Aires
Jorge Eduardo Freund
01
01
01
01
01
01
Karyn Munyk Lehmkuhl
Leda C. P. de Campos Camargo
Mari Tomita
01
01
01
Afiliação
EMBRAPA
Centro de Documentação da
Câmara dos Deputados
UNB
USP
Fundação Oswaldo Cruz
USP
UNB
UNICAMP
USP
UNB
Instituto de Energia Atômica de São
Paulo
UFRJ
EMBRAPA
Sistema Nacional de Informação e
Documentação Agrícola (SNIDA)
Centro de Tecnologia da MAHLE Metal
Leve S.A.
USP
EMBRAPA
UNB
EMBRAPA
Universidade Estácio de Sá
Não informado
UFPB
UDESC
USP
EMBRAPA
UFPB
Centro de Tecnologia da MAHLE Metal
Leve S.A.
Escola superior de Guerra
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do
Estado de São Paulo – IPT
UFPE
ABC BULL S. A.
Não informado
Companhia Vale do Rio Doce
Fundação Oswaldo Cruz
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do
Estado de São Paulo (IPT)
UFSC
USP
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do
Estado de São Paulo (IPT)
39
Maria Cristina Palhares Valencia 01
Maria das Neves Niederauer 01
Tavares cavalcanti
Maria
Imaculada
Cardoso
Sampaio
Maria Isabel de Ulhoa Cintra
Maria Isabel Viveiros da Rocha
Maria Luiza Reis Lima
01
01
01
01
Maria Luiza Sobral Perricelli
01
Maria Teresinha Dias de 01
Andrade
Nério Sacchi Junior
01
Nicole Amboni de Souza
Norma Cianflone Cassares
01
01
Patrícia de Oliveira Portela
Paulo R.A Lôbo
01
01
Perola Cardoso Raulino
Quazi K. Rahaman
Regina Lúcia de Moraes Morel
01
01
01
Rochelle Martins Alvorcem
Romario Antunes da Silva
Rose Mary Juliano Longo
Rosemeire Marino Nastri
Selma Chi Barreiro
Sônia Regina Nogueira
Albuquerque
Terezine Arantes Ferraz
Wilson Masami Miashiro
Yone Sepulveda Chastinet
01
01
01
01
01
01
01
01
de 01
Total de autores arrolados nesta pesquisa
Centro Universitário Assunção-UNIFAI
Centro de Informação Científica para a
Saúde- Secretaria de Estado de Saúde
do Rio de Janeiro
USP
USP
USP
Serviço da Documentação Geral da
Marinha
Companhia Vale do Rio Doce
USP
Universidade Federal de Pelotas –
UFPEL
SENAI
Centro Universitário Assunção –
UNIFAI
UNICAMP
Sistema Nacional de Informação e
Documentação Agrícola (SNIDA)
UNB
EMBRAPA
Instituto universitário de Pesquisa do
Rio de Janeiro
UFSC
UFSC
EMBRAPA
UFMG
Centro de Informações Nucleares
Biblioteca Estadual de Agricultura
(BEAGRI/PR)
Instituto de Energia Atômica
EMBRAPA
Sistema Nacional de Informação e
Documentação Agrícola (SNIDA)
62 (sessenta e dois)
40
APÊNDICE C – Artigos utilizados na pesquisa
Periódico
Arquivo
Administração
Título do artigo
Autores
Palavras-chave
e Sistema de Disseminação Maria Luiza Reis tratamento
Seletiva da Informação Lima
informação;
(SDI)
informática
Cadernos
de Esboço de um serviço de
Biblioteconomia
divulgação seletiva da
informação
Ciência
da O Serviço automatizado
Informação
de disseminação seletiva
da
informação
da
EMBRAPA
Estudo Comparativo de
Julgamento
de
Relevância do Usuário e
não-Usuário de Serviços
de Disseminação Seletiva
da Informação
O comportamento dos
custos em serviços de
informação
Ivanilda
processamento
Fernandes Costa dados
Rolim
Milton A. Nocetti EMBRAPA;
Informação
Regina
Figueiredo
Célia Relevância;
Usuário
Capacitação
bibliotecário no uso
redes
sociais
colaborativas
disseminação
informação
do
das
e
na
da
de 1979
1978
1978
Aldo
Albuquerque
Barreto
de Custos
dos 1984
Serviços/Sistemas de
Informação;
Fatores de produção;
Comportamento dos
custos/ serviço de
busca retrospectiva
Jorge Aires;
Catálogo
1981
Carlos
Medíeis multiindexado;
Morel
Produção científica;
Circulação
internacional
A produção científica
brasileira segundo os
dados do I.S.I. - III. C.I. E.
N. C. I. A /Brasil um
catálogo multiindexado
sobre
a
produção
científica brasileira de
circulação internacional
Estudo sobre a produção Carlos
Medíeis
científica
brasileira, Morel;
segundo os dados do ISI. Regina Lúcia de
Moraes Morel;
CRB 8 Digital
Ano
da 1978
Indicadores
Científicos;
Comunicação
Científica;
Produção Científica;
Análise Qualitativa;
Análise Quantitativa
Sana Redes sociais
Denise
Yamashita;
Norma Cianflone
Cassares;
Maria
Cristina
Palhares Valencia
1978
2012
41
DataGramaZero:
Informação
e Claudio Starec
Revista de Ciência Universidade: os pecados
da Informação
informacionais
e
barreiras na comunicação
da informação para a
tomada de decisão na
universidade
Universidade;
2002
Gestão do fluxo de
Informação
na
Universidade;
Inteligência
Competitiva;
Barreiras
na
Comunicação
da
Informação;
Pecados
Informacionais
Encontros Bibli: A atualidade e utilidade Murilo Bastos da Serviço de referência; 2012
Revista Eletrônica da disseminação seletiva Cunha;
Tecnologia RSS
de
da informação e da Thiago
Gomes
Biblioteconomia e tecnologia RSS
Eirão
Ciência
da
Informação
Disseminação seletiva de Leonardo
Usuários – interação;
2006
informações: discussão Fernandes Souto
Serviço de referência –
de modelos eletrônicos
tecnologia
Informação
& Disseminação seletiva da Elaine
R.
de Biblioteca
2007
Informação
informação
em Oliveira Lucas;
Universitária;
Bibliotecas Universitárias Nicole Amboni de Customer Relationship
sob
o
prisma
do Souza
Management;
Customer Relationship
Marketing
de
Managment
Relacionamento
Informação
e Disseminação seletiva da Thiago
Gomes RDF Site Summary;
2013
Sociedade:
informação: análise da Eirão;
Really
Simple
Estudos
literatura publicada no Murilo Bastos da Syndication;
período de 1958-2012
Cunha
Rich Site Summary;
RSS
Notsys: um sistema de Francisco
das Bibliotecas Digitais;
2010
notificação para usuários Chagas Rocha;
Serviços
de
de bibliotecas digitais Ed Porto Bezerra
Notificação;
compativeis
com
o
Dublin Core
padrão dublin core
Ponto de Acesso
Relações entre ciência da Jéssica
Camara Ciência da Informação; 2011
informação e ciências da Siqueira
Ciência
da
comunicação
Comunicação;
Informação;
Pós-modernidade
Revista ACB
O SDI como instrumento Leonardo
Sociedade
do 2004
de educação continuada: Fernandes Souto; conhecimento;
a responsabilidade das Patrícia
de Universidades
–
universidades
no Oliveira Portela
tecnologia
da
treinamento dos usuários
informação;
Tecnologia
da
informação;
Educação continuada
Revista Brasileira A tecnologia RSS como Karyn
Munyk Tecnologia RSS;
2011
de
auxiliar da seleção e Lehmkuhl;
Web Syndication;
Biblioteconomia e disseminação
da Rochelle Martins Excesso
de
42
Documentação – informação
RBBD
Revista da Escola
de
Biblioteconomia
da UFMG
Alvorcem;
Romario Antunes
da Silva
Sumário Eletrônico de Graziela
Revistas como Facilitador Tamayosi;
em
Gestão
do André Ferrarese
Conhecimento
Disseminação seletiva da Daisy
Pires
informação para alunos Noronha;
de pós- graduação: doze Angela
Maria
anos de experiência em Belloni Cuenca
uma
biblioteca
acadêmica na área de
saúde pública
DSI
Disseminação Maria Imaculada
seletiva da informação: Cardoso Sampaio;
uma abordagem teórica
Erica Beatriz Pinto
Moreschi
Avaliação Preliminar de Sônia
Regina
um
Serviço
de Nogueira
de
Disseminação Seletiva da Albuquerque
Informação em Biblioteca
Agrícola
Perfis de interesse de Milton A. Nocetti
usuários de serviços de
disseminação seletiva da
informação: técnicas de
elaboração
e
refinamento
Informação
na Antonio Miranda
Empresa:O Papel da
Biblioteca
Disseminação Seletiva da Rosemeire
Informação: uma revisão Marino Nastri
bibliográfica
Implantação
de
um Alexandre
do
serviço de disseminação Espirito Santo
seletiva de informação
em
biblioteca
especializada
Disseminação seletiva da Thiago
Gomes
informação:
uma Eirão
abordagem
Revista Digital de
Biblioteconomia e
Ciência
da
Informação
Revista
do Serviços de alerta e sua Nério
Departamento de realização nas bibliotecas Junior
Biblioteconomia e universitárias brasileiras
História
informação;
Periódicos;
2011
Sumário eletrônico;
Gestão
do
conhecimento
Biblioteca
1992
Universitária
revisão bibliográfica
1990
biblioteca agrícola
1980
usuários de serviços
1980
papel da biblioteca;
recurso informativos
1979
Tratamento
informação
da 1986
Biblioteca
especializada
1974
Serviço de referência; 2009
Rich Site Summary
(RSS)
Sacchi serviços de alerta;
1983
biblioteca universitária
brasileira
Revista
de Interdependência entre a Maria das Neves aquisição planificada;
Biblioteconomia
aquisição planificada e a Niederauer
interdependência;
1978
43
de Brasília: RBB
disseminação seletiva da
informação
uma
experiência do Centro de
Informação
Científica
para Saúde da Secretaria
de Estado de Saúde do
Rio de Janeiro
Análise da expansão do
serviço de bibliografias
personalizadas
em
Agricultura (BIP/AGRI) um serviço brasileiro de
disseminação seletiva da
informação
SDI/EMBRAPA: o Serviço
de Disseminação Seletiva
da
Informação
do
Sistema de Informação
Técnico-Científico
da
EMBRAPA
Modelo cibernético do
Programa
de
Disseminação Seletiva da
Informação em Biblioteca
Universitária
SONAR,
SDI
automatizado do Centro
de
Informações
Nucleares
Projeto de disseminação
seletiva da informação na
Cia Vale do Rio Doce
Programa
de
disseminação seletiva da
informação na Biblioteca
da
Faculdade
de
Medicina Veterinária e
Zootecnia Universidade
de São Paulo
Avaliação dos pacotes
bibliográficos do serviço
automatizado
de
Disseminação Seletiva da
Informação da Empresa
Brasileira de Pesquisa
Agropecuária
SDI/EMBRAPA
A
Informática
na
Biblioteconomia:
Um
estudo de caso - A
Biblioteca da Escola
Tavares
cavalcanti
Secretaria de Estado
de Saúde do Rio de
Janeiro
Yone Sepulveda
Chastinet;
Ana Flávia M. da
Fonseca;
Paulo R.A. Lôbo;
Jaime Robredo
serviços de biblioteca; 1978
agricultura;
sistema nacional de
informação
e
documentação
agrícola
Milton A. Nocetti
serviços
de 1978
disseminação;
sistemas
de
informação técnicocientíficas;
EMBRAPA
Maria Luiza Rigo Modelo;
1978
Pasquarelli;
Biblioteca
Ana Maria Silveira universitária
Barone
Selma
Barreiro
Chi Sonar;
1978
centro de informações
nucleares;
automação
Maria
Luiza Não contém palavras- 1978
Sobral Perricelli
chave
Ana Maria Silveira
Barone;
Maria Luiza Rigo
Pasquarelli
biblioteca
da 1978
faculdade de medicina
veterinária;
material bibliográfico;
comportamento
do
usuário-docente;
Milton A. Nocetti;
Antônio
Carlos
Naves;
Evanir Pimenta
Figueiredo;
Quazi K. Rahaman
Ciência da Informação; 1978
Biblioteconomia;
disseminação
da
informação;
EMBRAPA;
resultados da SDI;
Heitor
Moreira Informática
Herrera
biblioteconomia;
escola superior
guerra;
na 1985
de
44
Superior de Guerra
enfoque tecnológico;
informática
Atualização e correção Wilson Masami perfil de usuário;
1980
on-line de arquivo de Miashiro;
sdi-embrapa;
perfis de usuários do Carlos Henrique processamento
onSDI/EMBRAPA
Bôto Gois
line
Contribuição
da Jaime Robredo
biblioteca nacional de 1980
Biblioteca Nacional de
agricultura;
Agricultura à Biblioteca
sistema
de
Agrícola Brasileira e
documentação,
outros
serviços
agricultura
atualmente oferecidos
Disseminação seletiva da Rose
Mary Ciência da Informação; 1978
informação (SDI): "estado Juliano Longo
Biblioteconomia
de arte" e tendências
futuras
Comunicação científica e Jorge
Eduardo Ciência da Informação; 1978
tecnológica:
a Freund;
Biblioteconomia;
disseminação
de Mari Tomita
Arquivologia;
informações
Comunicação
Disseminação Seletiva da Maria Teresinha pós-graduação da fsp; 1978
Informação para alunos Dias de Andrade;
Biblioteca
de Pós-Graduação em Daisy
Pires universitária;
Saúde
Pública
e Noronha;
informação
Administração Hospitalar Leda C. P. de bibliográfica;
Campos Camargo; centro
de
Maria Isabel de documentação
Ulhoa Cintra;
científica
Maria
Isabel
Viveiros da Rocha
Disseminação seletiva de João Carlos da companhia vale do rio 1973
informações:
revisão Silva Borda
doce
bibliográfica e projeto
para a Companhia Vale
do Rio Doce
Mistral:
Sistema
de Jean Habran
Documentação;
1985
Recuperação
banco de dados;
Documentária
sistema mistral
O
serviço
de Terezine Arantes Ciência da Informação; 1978
"Disseminação seletiva Ferraz;
Biblioteconomia;
de
informação" Regina
Célia instituto de energia
executado na Divisão de Figueiredo
atômica;
Informação
e
São Paulo
Documentação
Científicas do Instituto de
Energia Atômica de São
Paulo
Disseminação seletiva de Ida Elza Arnold base de dados;
1985
informações: O serviço kurkudjian
desenvolvimento
IPT/DSI e a Base de
tecnológico
Dados COMPENDEX
45
Um
sistema
de Perola
disseminação seletiva de Raulino
informações
para
o
congresso Nacional
Total de artigos arrolados na pesquisa
Cardoso centro
de 1973
processamento
de
dados; informação processo decisório
46 (quarenta e seis)
Download

VERSÃO FINALMONOGRAFIA JOSÉ PAULO