J. Clovis Lemes
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Prezado Senhor:
Desculpe-me por escrever-lhe, mesmo sem conhecê-lo, a respeito de um assunto particular, mas que talvez
venha a lhe interessar. Estou tentando, desde 1980, reconstituir a história de minha família para um livro de
genealogia, que estamos escrevendo para a “Sociedade Internacional da Família LEM” (de onde se originaram
todos os LEME e LEMES, a partir da Holanda). Estou trabalhando nisso com o famoso genealogista, Dr. Ruud
Lem (da árvore original da familia Leme).
Estive na Holanda e tentei obter informações da família, trazendo comigo um belíssimo compêndio da
“História dos LEM”. Porém, eles têm pouca coisa do Brasil e minha história familiar no Brasil é bastante
difícil de ser achada e somente pude contar até agora com informações obtidas com meu pai, Eduardo Leme
Neto, que já está ficando bem velho e esquecendo o passado. Minha pesquisa começou com minha visita ao
túmulo de meu avô, falecido em Campinas em 1979, quando fiquei sabendo que no lado materno da
genealogia do meu avô, aparece também o sobrenome BRITO.
Porém, até visitar o túmulo do meu avô, eu tinha os seguintes dados dele:
Nome: José Leme Neto (conhecido desde moço com o apelido de “Zé Prego”)
Nascimento: 11 de Outubro de 1908 em Santa Cruz do Rio Pardo ou São Pedro do Turvo, SP
Casado com: Maria Bueno de Jesus, por volta de 1925 em São José das Laranjeiras, SP
Ao pesquisar mais para frente, no cartório de Sta. Cruz em 1984, foi encontrado um assento de nascimento
dele, com os dados:
Nome: José (sem sobrenome)
Nascimento: 11 de Outubro de 1908, no distrito de Sta. Cruz
Filho de: Lázaro Antonio de Oliveira Leme & Sebastiana Maria de Jesus
Avós Paternos: José Cypriano de Brito & Rita Ribeiro D’Assumpção
Avós Maternos: Firmino de Oliveria Leme & Maria Leite de Lima (ou Leme)
Como dito acima, meu avô José morreu de ataque cardíaco caído na periferia de Campinas. Não estava com
documentos quando o encontraram (suspeitamos que tenha sido assaltado) e foi levado à Santa Casa de
Campinas e enterrado, sendo que só depois de certo tempo encontraram minha avó e a avisaram. Ao
chegarmos ao cemitério, eles não conseguiam localizar ninguém com o nome de meu avô (José Leme Neto,
como consta em documentos do meu pai e meus tios). Verificamos todos os registros do cemitério e
descobrimos que havia ali alguém enterrado com o nome de Jose de Oliveira. Nos garantiram que a pessoa
ali enterrada era meu avô, inclusive pela descrição, etc. Até aí não havia dúvida que ele estava enterrado ali.
Porém, isso despertou a nossa curiosidade, pois ninguém na família o conhecia pelo nome que constava nos
registros do cemitério (José de Oliveira). Nenhum dos filhos deste meu avô tem o sobrenome de Oliveira e
todos eles foram registrados pelo meu avô, qu afirmou sempre em cartório seu nome verdadeiro, sendo
LEME. Comecei a conversar com membros da família, juntando pedaços de informações de vários lados e
cheguei a Santa Cruz do Rio Pardo. Alí, me diziam, foi onde meu avô teria nascido. Fiz perguntas no cartório
local e a Dna. Elza Gibran disse haver encontrado nos livros um registro (veja acima). Esse parecia ser o
registro de nascimento de meu avô. Fuçando mais, encontrei num registro paroquial da Igreja matriz de Santa
Cruz os seguinte registro de 1899 a respeito do possível batismo dele:
“Nesta Matriz de Sta. Cruz do Rio Pardo, baptizei e pus os santos óleos a José de idade de 2 meses, filho
legítimo de Lázaro Antonio de Oliveira e Anna Sabina Maria de Jesus (ou Sebastiana Maria de Jesus?).
Foram padrinhos Franscisco Estevan de Pontes e sua mulher Delfina Maria de Jesus. Assinado Vigário Rev.
Padre Manuel Maria Giffoni”.
Pela descrição, sendo este batizado de 14 de outubro de 1899, parece que realmente é do meu avô. A única
coisa que não batia era o fato de ele ser filho legítimo de uma pessoa cujo sobrenome era Oliveira, embora
existam documentos posteriores em que o meu bisavô Lázaro (pai dele), aparece com o sobrenome de
Oliveira Leme. Daí deduzir-se que o sobrenome do meu avô, como consta em todos os documentos dos
filhos dele, sendo José Leme Neto, está correto e o registro no cemitério de Campinas estava incorreto. O
mistério continua.
A partir daí, procurei pesquisar meu bisavô, Lázaro, conhecido pelo apelido de “Lázaro Ribeiro” (talvez por
causa da avó paterna de meu avô que era Ribeiro). Procurei informações em Santa Cruz, (pois me diziam que
eles viveram por muito tempo próximos de ou em São Pedro do Turvo). Ao novamente verificar registros
com datas aproximadas na região de Santa Cruz, encontrei o seguinte a respeito do meu bisavô, Lázaro:
“Livro de casamentos de Santa Cruz do Rio Pardo:
Lázaro Antonio de Oliveira LEME com Sabastiana (Garcia de Oliveira?) Maria de Jesus. Aos seis dias de
setembro de 1900 e dispensados de parentesco de 2º. Grau, igual lateral, cuido de consanguinidade por
provisão de autoridade diocesana do dia dez e seis de agosto último e não constando de outro impedimento,
casaram-se Lázaro, filho legítimo de, digo viúvo da finada Eliza Maria de Jesus e Sebastiana Maria de
Jesus, filha legítima de Firmino Antonio de Oliveira LEME e de Maria Leite de Lima”.
A dispensa matrimonial para casamento entre primos deveria estar nos livros vols. 10.249-10.266 da cúria
metropolitana de São Paulo, onde nada encontrei.
A confusão também apareceu quando localizei um suposto 1º. Casamento dele, antes do acima (realmente ele
era viúvo):
“Aos 30 de julho de 1876, nesta matriz de Santa Cruz do Rio Pardo, etc., etc..... Lázaro Antonio de Oliveira
(veja que aqui não aparece o LEME), filho legítimo de José Cypriano de Brito, falecido e de Rita Ribeiro
de Assumpção, e Eliza Maria de Jesus, filha legítima de Benedito Cardoso de Morais e de Maria Francisca
dos Santos”....
Como pode ver, parece que quanto mais se pesquisa mais confuso fica. Ele aparece aqui como filho legítimo
de uma pessoa cujo sobrenome é totalmente diferente dele (Brito).... A partir dessa confusão, falei com
outros membros da família e todos ficaram também confusos, pois o nome de meu avô aparece nos
documentos deles (e no meu certificado de nascimento também), como José Leme Neto, o que é o correto.
De acordo com relatos, a família se mudou dalí da região de Santa Cruz, sendo expulsos por jagunços que
lhes tomaram as terras, e foram para a região de Varginha, (área de Maracaí) e outros lugares no estado de
São Paulo e Paraná, inclusive comprando novas terras na chamada Fazenda Barraca (ou Baixada Amarela),
na região de Maracaí/São José das Laranjeiras. A partir de então, com nova invasão e perda das terras, o que
restou da família se espalha pelo norte do Paraná e São Paulo.
Com muita dificuldade três anos atrás localizei os túmulos de meus bisavós em Maracaí. Num túmulo alto,
pintado de roxo e bem cuidado (não consegui saber por quem) em Maracai, com os números 809 e 904, estão
enterrados Lázaro Antonio de Oliveira e Sebastiana Maria de Jesus. Ao que tudo indica, são meus bisavós,
porém tenho dúvidas quanto ao sobrenome correto deles.
Parece que existe um vácuo, não consegui mais nada de informações aí. Desconfio, no entanto que antigos
moradores da região de Santa Cruz devem conhecer os meu antepassados. Existe a suspeita que eles podem
ter vindo de Ouro Fino, Sul de Minas Gerais (antigamente território de São Paulo).
A última vez que estive em Santa Cruz, passei pela porta do cemitério (que estava fechado devido ao feriado)
e um coveiro me disse que ali tem muitos Leme enterrados alí. Ele disse (isso foi há dois anos) que as
informações do cemitério “estavam sendo passadas para o computador”. Se isso aconteceu, talvez fique
muito mais fácil se localizar as informações de meus antepassados alí.
Tenho que frequentemente viajar pela Europa e Estados Unidos e gostaria de completar a “História dos Leme
no Brasil”, antes de me encontrar com os membros da “The Lem Family Association” na Holanda e na
Inglaterra. Muitos dos membros da familia pertencem a realeza holandeza, britânica e de outros países
europeus.
Talvez este assunto seja de seu interesse também, já que tem o sobrenome LEME. Enfim, agradeço qualquer
ajuda que puder me dar. Por favor, veja o anexo. Se não tiver informações, ficaria grato se puder me conectar
com quem tenha.
Muito obrigado.
J. Clovis Lemes
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