ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO AO GRANDE QUEIMADO EM EMERGÊNCIA Isabel Cristina de Barros Salviano, Tatiane Palácio Bomfim* Resumo O paciente grande queimado é um paciente traumatizado grave, de grande risco, que necessita de atendimento emergencial, multidisciplinar e pré-programado. Sabemos que os protocolos de Enfermagem para tratamento de feridas provocadas por queimaduras são abordados de diferentes formas na literatura. Portanto, desenvolvemos este estudo com o objetivo de criar uma Sistematização da Assistência de Enfermagem especifica ao atendimento ao grande queimado em Emergências, com base na literatura cientifica pertinente. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica em que utilizamos livros de referência no atendimento de Enfermagem e assistência ao paciente queimado e artigos publicados em bases de dados Lilacs e Scielo. Após a leitura exaustiva dos materiais selecionados, os resultados foram construídos a partir da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), que é uma forma de qualificar o cuidar através do Processo de Enfermagem, tendo como um de seus alicerces a “Teoria das Necessidades Humanas Básicas” de Wanda Horta (1979). A SAE é composta por cinco etapas: avaliação clínica (incluindo histórico e exame físico); diagnóstico de enfermagem; planejamento; implementação e avaliação. Para este trabalho, os dados foram organizados em avaliação do paciente, diagnósticos de Enfermagem, intervenções e resultados esperados. O presente estudo tinha como finalidade criar uma SAE voltada para o atendimento ao grande queimado em emergência. Acreditamos que esse fim foi alcançado, porém algumas questões ainda precisam ser mais exploradas em outros estudos que possam vir a ser influenciados por este, como exemplo a avaliação clinica, por se tratar de uma emergência como todas as suas peculiaridades e limites. Palavras Chaves: Queimaduras, Emergência, Enfermagem *Pós –graduaçao em enfermagem em emergência Curso Atualiza Pós graduação [email protected]; [email protected] 1.INTRODUÇÃO Uma grande queimadura é um trauma que produz uma série de alterações que irão resultar no aparecimento de dor podendo resultar em alterações definitivas na aparência. Segundo RUSSO citado por ROSSI (2000), a dor terá início quando houver a excitação direta das terminações nervosas da pele pelo calor, devido à destruição das camadas superficiais da pele e, conseqüentemente, exposição das terminações nervosas sensitivas. A bibliografia menciona que o estar queimado é uma das mais traumáticas situações que o individuo pode experienciar física e emocionalmente. Trata-se de um acontecimento que interrompe bruscamente a existência, passando-se da integridade física para o desequilíbrio, em que o agravamento varia com a extensão do dano. (SCHERER, 1995). O paciente grande queimado é um paciente traumatizado grave, de grande risco, que necessita de atendimento emergencial, multidisciplinar e pré-programado. A profundidade da queimadura depende do elemento calorífico provocador e do tempo de exposição da vítima. A gravidade de uma queimadura depende do grau de penetração e extensão, bem como do estado de saúde pré-lesional e da idade do paciente, estudos em áreas como ressuscitação hídrica, tratamento emergencial e as mudanças na prática de cuidados com a lesão, como o debridamento precoce e excisão, contribuíram muito para diminuir as mortes por queimaduras. (SMELTZER e BARE, 2002). O dano provocado pela queimadura pode ser descrito com base na sua profundidade, sendo classificada como de primeiro grau, quando é afetada apenas a epiderme, resultando em eritema e dor; de segundo grau, quando atinge a epiderme e parte da derme, provocando a formação de flictemas; e de terceiro grau, quando envolve todas as estruturas da pele, apresentando-se esbranquiçada ou negra, pouco dolorosa e seca. Na escolha do tratamento, deve-se considerar não só a profundidade da lesão, mas também a sua fase evolutiva. As queimaduras de primeiro grau, dependendo da extensão, geralmente evoluem rapidamente, regenerando-se em até cinco dias, sendo indicado uso de creme hidratante local. (FERREIRA et al. 2003) Em qualquer que seja a classificação, a dor estará presente de modo que paciente pode reagir à mesma de três formas: ignorando-a, reagindo a ela ou apresentando uma super reação. Logo o enfermeiro não deve subestimar a dor do paciente em função da reação apresentada, mas sim procurar avaliar e intervir nessa situação. ARTZ et al. (1980) afirmam que "a dor da queimadura está geralmente relacionada com atividades específicas tais como limpeza da ferida, desbridamento, mudança de curativos e fisioterapia". Por isso, poderá manifestar-se com maior intensidade principalmente na primeira e na segunda fase da queimadura, momentos em que esses procedimentos são realizados com maior intensidade. Pode-se ainda dividir as queimaduras em: queimadura térmica, queimadura elétrica, queimadura química. Em qualquer dos tipos de queimaduras devemos ressaltar a importância da reposição hídrica. As queimaduras reduzem a integridade capilar, permitindo que substâncias passem livremente através da membrana capilar. Essa permeabilidade capilar reverte de 18 à 36 horas após a queimadura. Os guias para reposição hídrica levam em conta estas alterações nos capilares, porque o corpo pode reter os colóides no sistema vascular apenas após a reversão da permeabilidade capilar. (BARBIERI e NICELI, 2002). È possível calcular a porcentagem aproximada de superfície de pele queimada em um adulto, tomando em conta os seguintes dados: cabeça:9%; membros superiores: 9% (cada um); face anterior e tronco: 18%; extremidade inferior: 18% cada uma se inclui nádegas; pescoço: 1%. Para crianças aumenta-se a porcentagem para cabeça e o tronco, e diminui para os membros.( BARBIERI e NICELI, 2002) Neste estudo trataremos de queimaduras que geram resposta locais e sistêmicas, ou seja, queimaduras que ultrapassem 25% da área de superfície corporal, incluindo as alterações fisiopatológicas como: hipoperfusão tecidual e hipofunção orgânica secundarias ao débito cardíaco diminuído, seguidas por uma fase hiperdinâmica e hipermetabolica. (SMELTZER e BARE, 2002). A enfermagem atua na Unidade de Emergência, na assistência a pacientes queimados, tendo como papel obter a história do paciente, fazer exame físico, executar tratamento, aconselhar e ensinar auto-cuidado. Além disso, o enfermeiro é responsável pela coordenação da equipe de enfermagem, caracterizando-o como uma parte vital e integrante da equipe de emergência. (WEHBE e GALVAO, 2001). Segundo Gomes (1994), "Os enfermeiros das unidades de emergência aliam à fundamentação teórica (imprescindível) a capacidade de liderança, o trabalho, o discernimento, a iniciativa, a habilidade de ensino, a maturidade e a estabilidade emocional". O enfermeiro que atua nesta unidade necessita ter "conhecimento científico, prático e técnico, afim de que possa tomar decisões rápidas e concretas, transmitindo segurança a toda equipe e principalmente diminuindo os riscos que ameaçam a vida do paciente" (MARTIN, 1988). Sabemos que os protocolos de Enfermagem para tratamento de feridas provocadas por queimaduras são abordados de diferentes formas na literatura. Portanto, desenvolvemos este estudo com o objetivo de criar uma Sistematização da Assistência de Enfermagem especifica ao atendimento ao grande queimado em Emergências, com base na literatura cientifica pertinente. 2. METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que, segundo VERGARA, (2003) é um estudo sistematizado desenvolvido com base em material acessível ao público em geral, fornecendo material analítico para qualquer outro tipo de pesquisa. Para construção da revisão, utilizamos livros de referência no atendimento de Enfermagem e assistência ao paciente queimado e artigos publicados em bases de dados Lilacs e Scielo, utilizando as palavras-chave queimaduras, emergência e enfermagem. Na base de dado LILACS, encontramos 13 artigos, dos quais somente um foi selecionado. No Scielo, encontramos apenas dois artigos, em que utilizamos os dois. Após a leitura exaustiva dos materiais selecionados, os resultados foram construídos a partir da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), que é uma forma de qualificar o cuidar através do Processo de Enfermagem, tendo como um de seus alicerces a “Teoria das Necessidades Humanas Básicas” de Wanda Horta (1979). A SAE é composta por cinco etapas: avaliação clínica (incluindo histórico e exame físico); diagnóstico de enfermagem; planejamento; implementação e avaliação. Para este trabalho, os dados foram organizados em avaliação do paciente, diagnósticos de Enfermagem, intervenções e resultados esperados. 3. RESULTADOS 3.1 Avaliação clinica primaria Inicialmente devemos realizar uma avaliação clinica considerando a gravidade e extensão da queimadura. Para que possamos proporcionar um atendimento primário seguindo o ABCDE, minimizando os riscos de morte. Levando em conta que em um atendimento emergencial a um grande queimado muitas vezes, se não na maioria das vezes, não existe a condição de se realizar uma anamnese detalhada. Um dos pontos que devem ser considerados nos grandes queimados é a reposição volêmica, à administração de grandes quantidades de volume por via intravenosa é necessário para evitar que o paciente entre em choque hipovolêmico. Visto que, o paciente após uma queimadura perde uma quantidade substancial de líquido intravascular na forma de edema corporal total obrigatório, além das perdas por evaporação no local da queimadura. (PHTLS, 2007). O tratamento inicial consiste em parar o processo de queimadura irrigando-a com grande quantidade de água à temperatura ambiente. Na emergência o exame primário e reanimação têm como objetivo avaliar e tratar sistematicamente os problemas com risco de vida em ordem de importância para preservar a vida, o ABCDE apresenta desafios impares. (PHTLS, 2007). Na vias aéreas o calor pode provocar edema acima das cordas vocais podendo ocluílas, sendo a intubação difícil e perigosa. Já na respiração a complacência pulmonar diminui progressivamente até o ponto em que impede o paciente de inspirar. Nesses casos a escarotomia imediata da parede torácica possibilita o restabelecimento da ventilação. Na circulação a aferição da pressão arterial nem sempre é possível nos membros, devido as queimaduras e mesmo quando é possível a perfusão distal no membros é reduzida, os acessos venosos devem ser de grosso calibre, para administração rápida de volume, necessário na reanimação volêmica, tendo o cuidado com o local da punção para que os mesmo não sejam perdidos devido as queimaduras e devem ser fixados enrolando-se o local com rolos de Kerlix ou Coban ou fixado com suturas. (PHTLS, 2007). Deve-se avaliar os déficits sensitivos ou motores, assim como imobilizar as faturas de ossos longos e coluna caso suspeite da possibilidade de lesão. A próxima etapa consiste em expor totalmente o paciente, removendo-se roupas e jóias, pois esses itens podem dar continuidade a lesão, além de permitir um exame que leve a identificar outras lesões que não estavam aparentes. Os pacientes queimados não são capazes de reter o próprio calor corporal e são extremamente suscetíveis à hipotermia, logo devemos aplicar varias camadas de cobertores, afim de preservar ao máximo a temperatura corporal. O exame secundário se dá como o exame de qualquer outro paciente traumatizado, fazendo-se uma avaliação completa da cabeça aos pés, tentando identificar outras lesões ou condições clinicas. (PHTLS, 2007). 3.1 Diagnósticos e plano de cuidados secundários Levantamos os principais diagnósticos e planos de cuidados presentes nas literaturas pesquisadas, afim de, criarmos uma SAE especifica para o grande queimado em Emergência. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO GRANDE QUEIMADO EM EMERGÊNCIA DIAGNÓSTICOS Excesso de volume hídrico relacionado à retomada da integridade capilar e ao deslocamento de líquido do compartimento intersticial para o intravascular. Risco de infecção relacionado à perda da barreira cutânea e à resposta imune comprometida INTERVENÇÃO RESULTADOS ESPERADOS 1. Monitorizar os sinais vitais, ingestão e débito, peso. Avaliar para edema, distensão venosa jugular (DJV), estertores, pressões arteriais aumentadas; 2. Notificar ao médico sobre débito urinário < 30ml\h, assim como alterações percebidas no tópico 1; 3. Manter líquidos endovenosos por bombas ou controladores de velocidade; 4. Administrar dopamina ou diuréticos como prescritos. 1.Usar assepsia em todos os aspectos do cuidado do paciente; 2. Avaliar os visitantes para infecções respiratórias, gastrointestinais ou tegumentares. Fornecer aventais de isolamento para os visitantes sem infecção ativa e instruir sobre a lavagem das mãos; 3. Inspecionar a lesão para sinais de infecção, drenagem purulenta ou mudança de coloração; 4. Monitorizar a contagem de leucócitos e os resultados de culturas e antibiogramas; 5. Administrar antibióticos de acordo com a prescrição; 6. Relatar ao médico os sons 1. Ingestão, débito e peso corporal correlacionam-se com o padrão esperado; 2. Sinais vitais e pressões arteriais permanecem dentro dos limites designados; 3. O débito urinário aumenta em resposta aos medicamentos diuréticos e vasoativos. 1. As culturas das lesões mostram um número mínimo de bactérias ; 2. Culturas de sangue, urina e escarro normais; 3. Débito urinário e sinais vitais dentro dos limites aceitáveis; 4. Ausência de sinais e sintomas de infecção e sepse. Nutrição alterada, menor que os requisitos corporais, relacionada ao hipermetabolismo e à cicatrização da lesão Integridade cutânea comprometida relacionada a queimaduras expostas Dor relacionada aos nervos expostos, cicatrização da lesão e tratamentos Mobilidade física comprometida relacionada ao edema da queimadura, dor e contraturas articulares Enfretamento individual ineficaz relacionado ao medo e ansiedade, preocupação e dependência forçada dos profissionais de saúde. Risco para Insuficiência intestinais diminuídos, taquicardia, pressão arterial diminuída, débito urinário reduzido, febre e rubor; 7. Administra líquidos e medicamentos vasoativos conforme a prescrição. 1.Fornecer dieta rica em calorias e proteínas; 2. Administrar vitaminas e minerais suplementares, conforme a prescrição; 3. Administrar nutrição enteral ou parenteral total por protocolo, quando necessário; 4. Relatar ao médico a distensão abdominal, grandes volumes residuais gástricos ou diarréia. 1.Curativos: a.Manter cabeceira elevada a 30 graus b.Analgesia potente c.Lavar a área queimada com água corrente d.Remover pele descamada e necrótica e.Degermar com PVPI 1% / cloroexidina 1% f.Aguardar 5 a 10’ g.Aplicar sulfadiazina de prata a 1% em uma camada de 3mm. Sulfadiazina de cério em SCQ > 50% h.curativo contensivo com compressas cirúrgicas( não apertar) i.atadura de crepon (não apertar) j.face, orelha, períneo: sulf. Ag 1% e não enfaixar. 1.Oferecer analgésicos aproximadamente 20 minutos antes de procedimentos dolorosos; 2. Fornecer analgesia antes que a dor se torne grave 1.Posicionar cuidadosamente o paciente para evitar a posição fletida nas áreas queimadas; 2. Implementar os exercícios de amplitude de movimentos, assim que possível. 1.Avaliar o paciente para as capacidades de adequação prévias bem sucedidas; 2. Usar conduta multidisciplinar para promover a mobilidade e a independência; 1.Avaliar o débito urinário 1. Satisfaz inteiramente as necessidades nutricionais ; 2. Os níveis séricos das proteínas estão dentro dos limites aceitáveis. 1.A pele se mostra livre de infecções. 1. Afirma que a dor é mínima; 2. Não fornece indícios fisiológicos ou não verbais de que a dor é moderada ou grave. 1.Melhora da amplitude dos movimentos. 1.Verbaliza as reações ás queimaduras e procedimentos terapêuticos; 2. Participa da tomada de decisão em relação ao tratamento; 3. Mostra atitude esperançosa em relação ao futuro. 1.Pulmões limpos à ausculta; Cardíaca Congestiva Risco para sepse Risco para Síndrome de Angustia Respiratória Aguda (SARA) Risco para lesões viscerais (queimaduras por eletricidade) diminuído, DVJ ou um batimento cardíaco S3 ou S4; 2. Monitorizar ou aumentos das pressões arteriais ou diminuição no débito cardíaco; 3. Avaliar estertores na ausculta pulmonar, dispnéia, ortopnéia ou oxigenação diminuída detectada por oximetria de pulso ou valores gasométricos arteriais; 4. Relatar ao medico os valores supramencionados; 5. Posicionar o paciente com a cabeceira elevada 45 a 900, conforme o tolerado; 6. Administrar os diuréticos, quando prescritos. 1.Avaliar febre, pulso aumentado, pressão de pulso alargada e pele seca e ruborizada nas áreas não queimadas . Observar as tendências e notificar o medico, quando observadas; 2. Monitorizar as culturas da lesão e do sangue e notificar o medico sobre culturas positivas; 3. Administrar Líquidos, medicamentos vasoativos e antibióticos, como prescritos. Monitorizar a resposta terapêutica. Verificar se os microorganismos infectantes são sensíveis aos antibióticos prescritos; 4. Monitorizar os níveis séricos terapêuticos de antibióticos 1.Avaliar para angustia respiratória alterações nos padrões respiratórios ou estabelecimento de ruídos adventícios. Relatar ao medico. 2.Monitorizar a oximetria de pulso e os níveis de gasometria arterial para diminuição da saturação de O2 e PO2. Relatar ao médico. 3. Monitorizar o paciente sob ventilação mecânica para o volume corrente espontâneo diminuído e para complacência pulmonar. 1.Avaliar o paciente para os sinais de dor profunda. Focalizar as áreas entre as lesões de entrada e saída da queimadura; 2. Monitorizar o ritmo do ECG; 3. Relatar ao médico quaisquer queixas de dor profunda ou arritmias. 2. ausência de dispnéia, ortopnéia, DVJ, e batimento cardíaco S3 ou S4; 3. Debito urinário, pressões arteriais e debito cardíaco dentro dos limites da nosmalidade. 1. Culturas de sangue, escarro e urina normais; 2. Ausência de taquicardia, pressão de pulso aumentada e pele seca e ruborizada nas áreas não-queimadas. 1. Gasometria arterial dentro dos limites normais; 2. Complacência pulmonar normal; 3. Ausência de angustia respiratória; 4. Nível de PO2 melhorado. 1. Ausência de lesão orgânica visceral; 2. Ritmo cardíaco estável. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente estudo tinha como finalidade criar uma SAE voltada para o atendimento ao grande queimado em emergência. Acreditamos que esse fim foi alcançado, porém algumas questões ainda precisam ser mais exploradas em outros estudos que possam vir a ser influenciados por este, como exemplo a avaliação clinica, por se tratar de uma emergência como todas as suas peculiaridades e limites. A SAE veio com o intuito de proporcionar a enfermagem uma metodologia de linguagem universal, de forma sistemática e uniformizando o atendimento levando em consideração as particularidades de cada paciente. Nesse sentido o nosso trabalho voltou-se a um tipo de paciente bastante critico e cheio de particularidades deparando-se com alguns obstáculos. Tivemos algumas dificuldades em realizar esse estudo, por se tratar de um tema pouco explorado na literatura no sentido de tratamento emergencial em enfermagem. Entretanto o tema queimaduras tem uma vasta bibliografia o que permitiu a criação de uma SAE voltada para a proposta da pesquisa. A NANDA foi um importante auxilio, por se tratar da referência em diagnósticos de enfermagem em que encontramos alguns dos principais pontos abordados em nossa SAE, juntamente com a citação SMELTZER & BARE, uma das mais importantes bibliografias em enfermagem que permitiram a elaboração do referente trabalho. NURSING CARE IN GREAT CARE IN EMERGENCY BURNED ABSTRACT The burned patient is a severe trauma patient, high risk, in need of emergency care, multidisciplinary and pre-programmed. We know that nursing protocols for treatment of wounds caused by burns are treated in different ways in the literature. Therefore, we developed this study aiming to create a Nursing Care System specifies the major burn care in emergencies, based on relevant scientific literature. This is a literature in which we use reference books in the care of nursing and patient care and burned papers published in the databases Lilacs and Scielo. After a thorough reading of selected materials, the results were constructed from the Nursing Care System (NCS), which is a way to qualify the care through the nursing process, having as one of its foundations "Theory of Human Needs Basic "Wanda Horta (1979). The NCS is composed of five steps: physical examination (including history and physical examination); nursing diagnosis, planning, implementation and evaluation. For this study, data were organized in patient assessment, nursing diagnosis, interventions and outcomes. This study aimed to create an SAE-oriented care for burned in an emergency. We believe that this purpose was achieved, but some issues remain to be further explored in other studies that may be influenced by this, as an example the clinical evaluation, because it is an emergency and all its quirks and limitations. Keywords: Burns, Emergency, Nursing REFERÊNCIAS ARTZ, C.P.; MONCRIEF, J.A.; PRUIT, B.A. Queimaduras. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980. BARBIERI, Renato Lomounier, NICELI, Tânia Regina. Enfermagem Atual do BrasilEnfermagem Médica e Hospitalar. 1ª edição, Editora RIDEEL,São Paulo, 2002. Diagnosticos de Enfermagem da Nanda: Definições e classificações, 2001 – 2002. Editora ARTMED. FERREIRA, Enéas et al. Curativo do paciente queimado: uma revisão de literatura. Rev. Esc. Enferm. USP, São Paulo, v.37,n.1, Mar.2003. Disponível em: www.scielo.com.br.Acesso em: 14/06\2010. Fonte: http://www.webartigos.com/articles/33406/1/NOVAS-TECNOLOGIAS-NOTRATAMENTO-DE-QUEIMADURAS/pagina1.html#ixzz0wKfbWZK8 Gomes AL. Emergência: planejamento e organização da unidade. 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