CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE MÉIS COMERCIZADOS EM RIO PARANAÍBAMG
PHYSICOCHEMICAL CHARACTERIZATION OF HONEYS TRADED IN RIO PARANAÍBAMG
Regiane Victória de Barros Fernandes1, Vitângela Vieira Rocha1, Diego Alvarenga Botrel2,
Renata Abadia Reis Rocha3, Carla Ferrreira de Lima1, Vívian Raquel de Souza1
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Técnica de Laboratório - Universidade Federal de Viçosa – Campus de Rio Paranaíba
Professor Assistente – Universidade Federal de Viçosa – Campus de Rio Paranaíba
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Aluna Graduação – Universidade Federal de Viçosa – Campus de Rio Paranaíba
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Palavras-chave: mel, análises físico-químicas, Rio Paranaíba
Introdução
A qualidade do mel é determinada pelas suas propriedades sensoriais, físicas e químicas
(AZEREDO et al., 2003). A composição e as características do mel, como sabor, aroma,
coloração, densidade e propensão à cristalização, variam de acordo com a flora local, pois
estão relacionadas aos componentes presentes no néctar das diversas flores, assim como à
proporção em que estão presentes (WHITE JÚNIOR, 1978). Portanto, é comum encontrar
no mel variações na sua composição física e química, tendo em vista que vários fatores
interferem na sua qualidade, tais como condições climáticas, estágio de maturação,
espécies de abelhas e tipo de florada (PÉREZ et al., 2007), como também o processamento
e o armazenamento deste produto (AZEREDO et al., 2003). A obtenção de parâmetros
físico-químicos de méis é importante para sua caracterização, como também é primordial
para garantir a qualidade desse produto no mercado. Além disso, é de fundamental
importância a caracterização regional de méis, levando-se em consideração a grande
diversidade botânica e a variação climática de cada região (TERRAB et al., 2001). O
presente trabalho teve como objetivo determinar a composição físico-química de méis
comercializados na cidade de Rio Paranaíba-MG contribuindo para caracterização e
padronização dos méis brasileiros.
Materiais e Métodos
Os méis foram obtidos de supermercados e estabelecimentos comerciais da cidade de Rio
Paranaíba-MG, sendo que as amostras analisadas não possuíam selo de registro dos
órgãos de fiscalização competentes. Foram realizados os seguintes testes físico-químicos
em triplicata: acidez livre, lactônica e total, pH, umidade e cinzas segundo metodologia
descrita por Adolfo Lutz (2005), cor de acordo com Montenegro et al. (2005) e condutividade
elétrica segundo Sancho et al. (1991).
Resultados e Discussão
Os resultados obtidos dos testes físico-químicos das amostras de méis comercializadas na
cidade de Rio Paranaíba-MG encontram-se na Tabela 1. Observa-se que a média dos
valores de acidez total foi de 20,28 meq/kg para a amostra 1 e 30,69 meq/kg para a amostra
2. Quando comparados aos valores preconizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (BRASIL, 2000), todas as amostras se encontraram dentro dos valores
estabelecidos (máximo 50 meq/kg). Os valores médios para umidade foram 14,12 % e 15,13
%, para as amostras 1 e 2 respectivamente, mostrando conformidade com a legislação
(máximo de 20 %). Em relação às cinzas, encontraram-se valores de 0,018 % e 0,15 % para
as amostras 1 e 2, nesta ordem, também dentro dos valores estabelecidos (máximo de 0,6
%). Comercialmente a cor do mel é classificada de branco água a escuro, onde a escala de
Pfund apresenta a divisão descrita por Montenegro et al. (2005). De acordo com esta tabela,
a amostra 1 foi classificada de “extra branco” e a amostra 2 de “âmbar claro”. No mercado
internacional a preferência é por méis com classificação entre extra-branco e extra âmbar
claro. De acordo com Finola et al. (2007), os méis de cor clara têm normalmente um teor de
cinzas mais baixo que os méis de cor escura, o que realmente pode ser observado nas
amostras analisadas. O pH do mel varia entre 3,4 e 6,1 com um valor médio de 3,9
(IURLINA & FRITZ, 2005), valores semelhantes foram encontrados para as amostras
analisadas. A condutividade elétrica do mel tem valor máximo admitido de 800 μS.cm-1,
sendo que as amostras se encontraram dentro desse limite.
Conclusões
As características físico-químicas das amostras de méis produzidas estão em conformidade
com as normas estabelecidas pela legislação brasileira, demonstrando que o ambiente da
região do Alto Paranaíba proporciona a obtenção de mel de qualidade. Porém falta a
conscientização dos produtores para que registrem seus produtos e que possam agregar
valor e conquistar novos mercados.
Referências Bibliográficas
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WHITE JÚNIOR, J.W. Honey. Advances in Food Research, New York, v.22, p.287-374,
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Autor a ser contactado: Regiane Victória de Barros Fernandes, Universidade Federal de Viçosa – Campus de Rio
Paranaíba – BR 354, km 310 – Caixa Postal 22 – CEP: 38810-000 - e-mail: [email protected]
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