PORTUGAL é um dos 28 Estados-Membros da União Europeia (UE)...
... situado no ponto mais ocidental do continente europeu.
PELA SUA
PROXIMIDADE COM O
ATLÂNTICO,
É A PORTA DE ENTRADA NA
EUROPA!
INDICADORES BÁSICOS
Superficie: 92 212 km2
População total: 10 398 516 hab. (2014)
Idioma oficial: Português
Organização
Administrativa
Capital: Lisboa
Moeda: Euro (EUR)
Portugal é constituído
por 5 regiões (mais 2
regiões autónomas
insulares), 18 distritos e
308 municípios
 Água
 Águas Residuais
 Resíduos
GESTÃO DA ÁGUA
Grande Desafio do Século XXI
Problema global com soluções locais
 O AUMENTO DA POPULAÇÃO
De 1900 a 2000 a utilização da água no mundo
aumentou 10 vezes.
• 7 mil milhões de pessoas em 2012
• 10 mil milhões de pessoas em 2050
• 12 a 15 mil milhões de pessoas em 2100
UMA MAIOR CONCENTRAÇÃO EM MEIO URBANO
Em 2010, pela primeira vez, mais de 50% da população vivia em aglomerados urbanos.
• 1,1 mil milhões não têm água potável
• 2,4 mil milhões não têm saneamento
 AUMENTO DA INCERTEZA CAUSADA PELAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS
• Maior irregularidade e agravamento de cheias e secas
CRESCENTE RELEVÂNCIA COMO PRIORIDADE POLÍTICA GLOBAL
• A ONU reconheceu o acesso à água potável como um direito humano.
Em todo o mundo, a gestão de água visa o mesmo resultado ,
embora com abordagens diferentes, a saber:
Disponibilizar água para todos os usos,
de forma sustentável,
a preço razoável,
gerida por um sistema de governância socialmente justo
e
SEM CONFLITOS !
Portugal adquiriu e desenvolveu experiência significativa
 Planeamento e gestão dos recursos hídricos
 Abastecimento, saneamento e regulação
 Empreendimentos hidráulicos
 Planeamento e gestão da zona costeira
 Instituições para a gestão da água e governância
…e participa ativamente em instituições internacionais, onde adquiriu prestigio
OCDE, UE,ONU, BM, BEI, BERD, IWA, CE, etc.
CARACTERIZAÇÃO DA CADEIA DE VALOR
Áreas de Intervenção e Principais Atividades
Áreas de Intervenção e Principais Atividades
PLANEAMENTO E GESTÃO
DOS RECURSOS HÍDRICOS
SISTEMAS DE SISTEMAS
DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA
SERVIÇOS DE ÁGUAS
EMPREENDIMENTOS
HIDRAULICOS
GESTÃO COSTEIRA
Estudos Estratégicos e Consultoria
Assistência Técnica
• Formação em áreas específicas
• Regulamentação e normalização técnicas
SISTEMAS DE
SISTEMAS DE • Sistemas de avaliação de desempenho
Sistemas de avaliação de desempenho
SANEAMENTO DE ÁGUAS • Assessoria à implementação de projetos
RESIDUAIS
• Supervisão e acompanhamento de
BARRAGENS E OBRAS DE contratos
• Preparação e gestão de processos de
P
ã
tã d
d
REGULARIZAÇÃO Regulação financiamento
FLUVIAL
ambiental e dos APROVEITAMENTOS HIDROAGRÍCOLAS
OBRAS DE PROTEÇÃO E REQUALIFICAÇÃO DO LITORAL
OBRAS MARÍTIMAS E PORTUÁRIAS
• Sistemas de previsão e modelação
computacional
• Sistemas de informação geográfica
• Planeamento estratégico
• Participação pública
• Integração das componentes económica,
ambiental e social
• Planos diretores (recursos hídricos,
hidroeletricidade, água e saneamento)
serviços de águas
CONTROLO DA POLUIÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS
CENTRAIS CENTRAIS
HIDROELÉTRICAS
GOVERNÂNCIA
Investigação , Desenvolvimento e Inovação
Serviços de Operação e Manutenção
• Telegestão e automação
g
ç
• Sistemas de apoio à decisão
• Gestão integral dos serviços
• Sistemas automáticos de operação
Gestão patrimonial de infra‐
• Gestão patrimonial de infra
estruturas
• Monitorização e análises
laboratoriais
Construção e Equipamentos
Projetos de Engenharia
• Dimensionamento de sistemas
Dimensionamento de sistemas
• Seleção de novas tecnologias
• Termos de referência e
especificações técnicas
• Simulação 3D das obras
Simulação 3D das obras
projetadas
• Conformidade ambiental dos
projetos
• Gestão de projetos
• Gestão do risco
• Fiscalização
• Construção civil
• Fabrico, fornecimento e montagem de equipamentos
• Instalações elétricas, telegestão e automação
PLANEAMENTO E GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Promover uma Gestão Integrada (1/3)
Ao longo do tempo, Portugal adquiriu uma experiência
rica e diversificada no tema da gestão de recursos
hídricos, recorrendo a tecnologia avançada para o
tratamento dos problemas da água.
A investigação em recursos hídricos empreendida por
várias universidades e centros de investigação, bem
como as capacidades tecnológicas desenvolvidas por
empresas públicas e privadas, constituem elementos de
apoio aos processos de decisão e de formulação de
políticas.
PLANEAMENTO E GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Promover uma Gestão Integrada (2/3)
As principais realizações recentes em Portugal na área do planeamento e gestão dos
recursos hídricos são as seguintes:
 Nova e inovadora Lei da Água;
 Criação das Administrações de Região Hidrográfica e reestruturação do Instituto
Nacional da Água, como Autoridade Nacional da Água ;
 Implementação dos Conselhos de Região Hidrográfica com a participação dos
interessados;
 Preparação de uma segunda geração do Plano Nacional da Água;
 Elaboração dos Planos de Gestão de Região Hidrográfica, previstos na Diretiva
Quadro da Água;
 Novo sistema de licenciamento, incluindo autorizações, licenças e concessões;
 Novo regime económico e financeiro para o uso da água;
 Novos princípios para a definição das tarifas dos serviços de água;
PLANEAMENTO E GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Promover uma Gestão Integrada (3/3)
 Elaboração de um Plano Estratégico para o Abastecimento de Água e
Saneamento de Águas Residuais (PEAASAR);
 Investimentos e regulação no ciclo urbano da água;
 Preparação de um Plano Nacional para o Uso Eficiente da Água;
 Implementação de um plano para o desenvolvimento de aproveitamentos
hidroelétricos baseado numa avaliação ambiental estratégica;
 Lançamento de iniciativas para a reabilitação de rios;
 Implementação e aprofundamento dos convénios com Espanha sobre a gestão
dos rios transfronteiriços (Convenção de Albufeira);
 Reforço da cooperação com países de várias regiões do mundo e participação
proativa em diversos fora internacionais de recursos hídricos.
Portugal adquiriu e desenvolveu capacidades significativas em matéria de gestão integrada de
recursos hídricos que está disponível para partilhar com outros países, nomeadamente
aqueles que estão confrontados com desafios semelhantes.
SERVIÇOS DE ÁGUA E ÁGUAS RESIDUAIS
Serviços de Qualidade a Preços Socialmente Aceitáveis ?
Água Potável
Água Residual
Serviços estruturais e insubstituíveis das sociedades modernas,
essenciais ...
... ao bem estar dos cidadãos
e à saúde pública ...
1€ investido nestes serviços pode
poupar 9€ em despesas de saúde
... às atividades económicas
1€ investido nestes serviços
pode representar 6€ em
benefícios económicos
Fonte: ERSAR
... e à proteção do
ambiente
Os Serviços de Águas
são componentes
essenciais do
desenvolvimento
sustentável e devem
obedecer a princípios
de
• Universalidade de acesso e continuidade;
• Adequação em quantidade e qualidade;
• Eficiência e equidade de preços.
 Portugal implementou, durante as últimas décadas, uma profunda reforma do
setor (a partir de 1993);
 Dispõe atualmente de uma organização adequada ao setor que é essencial para
garantir o desenvolvimento sustentável dos serviços da água, incluindo as
seguintes valências:
 Estratégicas
 Institucionais;
 Legislativas;
 De governo;
 De organização territorial;
 Infraestrutural;
 De gestão financeira;
 De gestão de recursos humanos;
 De investigação e desenvolvimento;
 De qualidade de serviços;
 De regulação.
 Desde então, e ainda que esta implementação não esteja completa, a situação tem
melhorado significativamente .
Evolução da cobertura
dos serviços
de
água e águas residuais
Evolução dos Níveis de Cobertura do Abastecimento de Água em
Portugal (1994-2011)
Fonte: ERSAR 2011
Evolução da Percentagem de Água Controlada e de Boa Qualidade (1993-2011)
Fonte: ERSAR 2011
Evolução dos Níveis de Cobertura dos Serviços de Saneamento de
Águas Residuais em Portugal (1994-2011)
Fonte: ERSAR 2011
Distribuição Geográfica da Percentagem de Água Segura
por Concelho, em Função da Média Nacional
Percentagem de Água Segura
Fonte: RASARP 2013, Vol. 4
SERVIÇO DE ABASTECIMENTO PÚBLICO DE ÁGUA
394 entidades gestoras
estatais, municipais e privadas
prestam o serviço de
abastecimento público de água
em Portugal Continental
Estas entidades
gestoras abastecem
95% dos
alojamentos
Cada habitante utiliza em
média 145 litros de água
diariamente
Para que seja possível um simples gesto como o de abrir a torneira em nossa casa são necessárias as seguintes operações:
Existem:
Para as necessidades de
consumo urbano são
3 572 instalações de
captados anualmente
tratamento (das quais 229 são
cerca de 853 milhões de m3
estações de tratamento de
de água
água)
Para o efeito existem :
2 372 estações elevatórias
299 captações de águas
superficiais
5 735 captações de águas
subterrâneas
8 391 reservatórios de água
As entidades gestoras:
gastam anualmente
cerca de 1 110 milhões
de euros
empregam direta ou
indiretamente
10 344 trabalhadores
99 674 km de rede de
abastecimento
Fonte: RASARP 2012
Em 2011 foram
apresentadas junto das
entidades gestoras
20 171 reclamações e
sugestões por parte dos
utilizadores
SERVIÇO DE SANEAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS URBANAS
284 entidades gestoras
estatais, municipais e
privadas prestam o serviço
de saneamento de águas
residuais em Portugal
Continental
Estas entidades gestoras
recolhem as águas
residuais de 81 % dos
alojamentos e tratam
as águas residuais de
78 % dos alojamentos
Cada habitante produz
em média 155 litros de
águas residuais
diariamente (inclui
águas pluviais)
Para que a água que descarregamos nas instalações sanitárias e cozinhas seja devidamente devolvida à naturezas são
necessárias as seguintes operações:
Por ano são recolhidos 612
milhões de m3 de águas
residuais urbanas
Para fazer o seu tratamento e
rejeição na natureza são
necessárias:
A sua recolha e drenagem é
composta por:
 1 828 fossas séticas coletivas
 50 435 km de rede de
saneamento
 4 359 estações elevatórias
 2 458 estações de tratamento
de águas residuais
 26 emissários submarinos
(rejeição na natureza após
tratamento)
As entidades gestoras:
 gastam anualmente cerca de
830 milhões de euros
empregam direta ou
indiretamente 6 687
trabalhadores
Fonte: RASARP 2012
Em 2011 foram
apresentadas junto
das entidades gestoras
13 181 reclamações e
sugestões por parte
dos utilizadores
EMPREENDIMENTOS HIDRÁULICOS
Sistemas Robustos que servem Objetivos Múltiplos (1/4)
As características hidrológicas e morfológicas de Portugal justificam a quantidade
de empreendimentos hidráulicos existentes em todo o território, nomeadamente
de grandes barragens.
Desde a década de 1940, a construção em Portugal de grandes empreendimentos
hidráulicos teve como consequência um forte desenvolvimento de competências
de excecional valor nos domínios da engenharia hidráulica, estrutural, de solos e
geotecnia, eletromecânica, entre outras, reconhecidas a nível internacional.
Neste contexto, destacam-se os seguintes exemplos nacionais:
EMPREENDIMENTOS HIDRÁULICOS
Sistemas Robustos que servem Objetivos Múltiplos (2/4)
Empreendimento de Fins Múltiplos do ALQUEVA
Este é um exemplo emblemático de uma
solução integrada para o desenvolvimento
social, económico e ambiental de uma das mais
carenciadas regiões de Portugal, o Alentejo.
 Inclui uma barragem que criou o maior lago
artificial da Europa (4 000 hm3);
 Tem como principais objetivos:
• a rega de cerca de 100 000 ha;
• o abastecimento público
aglomerados urbanos;
a
vários
• a produção de energia elétrica e
desenvolvimento de turismo de qualidade
na região.
EMPREENDIMENTOS HIDRÁULICOS
Sistemas Robustos que servem Objetivos Múltiplos (3/4)
Programa Nacional de BARRAGENS
 O Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroelétrico é outro exemplo
português de uma abordagem global e integrada sobre o tema das energias renováveis.
 Integra 10 empreendimentos, num investimento total estimado em mais de 2 000 milhões
de euros, correspondente a uma potência instalada de cerca de 1 000 MW e uma
produção média anual da ordem dos 1 900 GWh/ano.
EMPREENDIMENTOS HIDRÁULICOS
Sistemas Robustos que servem Objetivos Múltiplos (4/4)
 O planeamento, o projeto, a construção e a
monitorização
de
empreendimentos
hidráulicos são tarefas exigentes e complexas
que requerem:
 experiência comprovada;
 competências técnicas e
altamente especializadas;
 integração
de
valências
económicas e ambientais.
científicas
sociais,
 Nestas áreas, a cadeia de valor portuguesa
tem mais de 50 anos de experiência
nacional e internacional para partilhar com
outros países e outras regiões do mundo.
GESTÃO COSTEIRA
Compatibilizar o Desenvolvimento Económico
com a Proteção Ambiental (1/5)
O mar e a costa são indissociáveis
de Portugal, seja no respeitante à
sua história ou ao crescente peso
das atividades exercidas nessas
áreas e à ideia de um futuro
sustentável.
Portugal dispõe de uma das maiores Zonas Económicas Exclusivas (ZEE) da Europa,
com mais de 1 700 000 km2, o que corresponde a cerca de 18 vezes a sua área
terrestre.
A costa portuguesa tem mais de 2 100 km.
GESTÃO COSTEIRA
Compatibilizar o Desenvolvimento Económico
com a Proteção Ambiental (2/5)
A zona costeira nacional é das parcelas do território mais complexas e ricas em
termos ambientais.
Mas é também na sua proximidade que vive uma fração importante da população
nacional, num processo de litoralização intensificado nas últimas décadas, e onde
se desenvolvem muitas atividades económicas, nomeadamente piscatórias,
portuárias, industriais e turísticas.
Intervenções menos corretas em matéria de ordenamento, de sobre-exploração
dos recursos e de ocupação de zonas de risco, entre outras, criam fortes pressões
sobre o meio e geram conflitos de uso.
A sua gestão é por isso particularmente difícil, tanto mais que está sujeita a fortes
e complexas dinâmicas litorais, de que os processos erosivos constituem exemplo
notório e preocupante.
GESTÃO COSTEIRA
Compatibilizar o Desenvolvimento Económico
com a Proteção Ambiental (3/5)
O reconhecimento da importância
estratégica desta zona, bem como da
necessidade de proceder à sua
proteção e gestão integrada, levou a
que nas últimas décadas fossem
desenvolvidas
várias
iniciativas
públicas neste domínio.
GESTÃO COSTEIRA
Compatibilizar o Desenvolvimento Económico
com a Proteção Ambiental (4/5)
Destaca-se a rica experiência e os resultados obtidos no processo de elaboração,
implementação e coordenação estratégica dos Planos de Ordenamento da Orla
Costeira (POOC) em Portugal, com as suas ligações aos restantes instrumentos de
ordenamento do território.
Em Portugal, está em curso a realização de um conjunto de operações de
requalificação e valorização de zonas de risco e de áreas naturais degradadas
situadas no litoral.
Estes projetos são desenvolvidos com base num modelo de governância inovador,
já experimentado em projetos de reabilitação urbana, potenciando o papel
insubstituível dos Municípios na administração territorial em Portugal.
GESTÃO COSTEIRA
Compatibilizar o Desenvolvimento Económico
com a Proteção Ambiental (5/5)
As instituições, as empresas e os especialistas portugueses têm vindo a adquirir
uma sólida experiência nestas matérias.
Destaca-se, em particular, a experiência nos seguintes domínios:
 ordenamento de zonas costeiras;
 valorização e ordenamento das praias;
 controlo dos processos erosivos e outras intervenções da engenharia
costeira;
 proteção dos ecossistemas costeiros;
 engenharia portuária.
GOVERNÂNCIA
Instituições para uma Boa Gestão da Água (1/3)
Um modelo apropriado de governância é
considerado essencial para alcançar uma
gestão sustentável da água.
O modelo adotado por cada sociedade é
determinante para assegurar uma boa gestão
da água através de:
 políticas
 leis
 instituições
 regulação
 mecanismos que assegurem a sua efetiva
aplicação
GOVERNÂNCIA
Instituições para uma Boa Gestão da Água (2/3)
Em Portugal, teve lugar uma profunda reforma da gestão do água.
As principais realizações alcançadas em Portugal são as seguintes:
 uma nova e avançada Lei da Água e legislação regulamentar subsequente;
 a criação de Administrações de Região Hidrográfica e a reestruturação do Instituto
Nacional da Água como Autoridade da Água a nível nacional;
 a criação dos Conselhos de Região Hidrográfica com a participação dos utilizadores e
outros stakeholders;
 um novo regime simples mas rigoroso para o licenciamento dos usos da água,
incluindo autorizações, licenças e concessões;
 um novo regime económico e financeiro para o uso da água com a aplicação de taxas
dissuasoras dos maus usos e incentivos à utilização eficiente;
 um acesso mais fácil e amigável à administração com a disseminação generalizada
do e-government;
GOVERNÂNCIA
Instituições para uma Boa Gestão da Água (3/3)
As principais realizações alcançadas em
Portugal são as seguintes (Continuação):
 a criação de Associações de Utilizadores e o
estabelecimento de um quadro favorável à
participação da sociedade civil na gestão da
água;
 o desenvolvimento de parcerias e outras formas de colaboração entre as autoridades
responsáveis pela gestão da água e o Poder Local;
 a delegação contratualizada de competências de gestão em municípios e em
Associações de Utilizadores.
Portugal está inteiramente disponível para partilhar toda a sua recente experiência neste
domínio, como contributo para um desenvolvimento global e sustentável da gestão da água.
ORGANIZAÇÃO DO SETOR DA ÁGUA EM PORTUGAL
Para além da Administração e da Entidade Reguladora, na prestação destes serviços estão
envolvidos:
 O Estado e os Municípios;
 Empresas Públicas Estatais e Municipais;
 Empresas Privadas.
… que solicitam frequentemente a colaboração de:
 Empresas de consultoria e projetos;
 Empresas de construção, fabricantes e fornecedores de
materiais e equipamentos;
 Empresas de fiscalização;
 Laboratórios analíticos e de ensaio;
 Empresas gestoras da qualidade;
 Centros de investigação e de formação;
 Entidades de financiamento.
ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUAS (ETA)
ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUAS
RESIDUAIS (ETAR)
ALGUMAS REFERÊNCIAS EM PORTUGAL
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS (ETA)
ETA de Asseiceira, Tomar
 Estação de Tratamento de Água que
abastece os consumidores da região
de Lisboa.
 Produz anualmente cerca de
160 milhões de m3 de água para
consumo humano.
 abrange globalmente uma população
de cerca de 2,9 milhões de pessoas.
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS (ETA)
ETA de Lever,
Vila Nova de Gaia
 Capacidade de produção de 270 000 m3/dia
 Abastece 1,39 milhões de pessoas
 Infraestruturas
 3 poços de captação em profundidade
 2 estações elevatórias
 2 subestações de energia
 1 captação de água superficial
 1 reservatório de água bruta
 1 reservatório de água tratada
 1 unidade de pré-tratamento
 1 unidade de tratamento de lamas
 1 estação elevatória
 1 laboratório de processo
 1 centro de educação ambiental
 1 edifício de exploração
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS (ETA)
ETA de Stª Eufémia de Prazins
 Capacidade de tratamento
 24 000 m3/dia de água para consumo humano
 Processo de tratamento
 Tecnología inovadora
 Tecnología de ultrafiltração (membranas)
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS (ETAR)
ETAR Alcântara, Lisboa
 Capacidade de tratamento
 800 000 habitantes
 Configuração única com uma cobertura vegetal JARDIM SUSPENSO que:
 Favorece
- integração paisagística
- redução da insolação
- redução dos caudais pluviais instantâneos
 Melhora
- a qualidade do ar
- a criação de habitats
biodiversidade.
e
fomento
da
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS (ETAR)
ETAR Choupal, Coimbra
Capacidade de tratamento
 213 000 habitantes
Processo de tratamento
 Tratamento primário
- gradagem
- tamisagem
- separação de areias e gorduras
- decantadores primários
 Tratamento secundário
- tratamento biológico por leitos
percoladores e decantadores secundários
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS (ETAR)
ETAR Norte, Leiria
Capacidade de tratamento
 250 000 habitantes
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS (ETAR)
ETAR Freixo, Porto
 Capacidade de tratamento
 População: 170 000 habitantes
 Caudal Diario: 35 900 m3/dia
 Constituida por
 Linha líquida com: tratamento
primário, tratamento secundário e
tratamento terciário
 Linha de lamas com espessamento
 Linha de desodorização
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS (ETAR)
ETAR Ave, Vila do Conde e Póvoa de Varzim
 Capacidade de tratamento
 258 000 habitantes
 Dotada da mais avançada tecnologia
para o tratamento de efluentes, que são
devolvidos ao Rio Ave em condições
ambientalmente seguras
 Existência de uma unidade de
tratamento terciário, em que o efluente
resultante do tratamento é sujeito a uma
desinfeção por UV
 Produção de energia resultante do processo de tratamento através de uma central de
cogeração, preparada para produzir 379kW x 2 unidades, o que representa cerca de um
terço da energia consumida pela ETAR
SETOR DOS
RESÍDUOS
EM
PORTUGAL
GESTÃO DE RESÍDUOS EM PORTUGAL
10 MILHÕES DE HABITANTES
100 % DE DISPONIBILIDADE
DE SERVIÇO
Caracterização física média de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) produzidos em
Portugal, no ano 2012
Plástico
10%
Finos <20mm>
11%
Resíduos
Putresciveis
39%
Papel/Cartão
13%
Outros Resíduos
4%
Metais
Madeira
2%
1%
Materiais
Vidro
Compostos
6%
3%
Resíduos Verdes
Têxteis
2%
9%
Fonte: APA, 2013
A produção de resíduos entre 2002 e 2012 caracterizou-se por um incremento até 2009, tendo
depois vindo a diminuir.
Em 2012, Portugal teve uma produção per capita de RSU inferior à média dos Estados
Membros da União Europeia (UE27) que se quantifica em 500 kg/(hab.ano).
Produção de RSU (Mt)
Produção de RSU e capitação em Portugal no período 2001 – 2012
Fonte: APA e INE, 2013
Destino final dos RSU
Preparação para reutilização e reciclagem e destino final dos RSU em Portugal
Continental, durante o período 2002-2012
Fonte: APA e INE, 2013
Deposição de RSU em aterro 106Mt
Deposição de RSU em aterro (%1995)
Evolução da deposição de RSU em aterro em Portugal, no período 2002 – 2012
Fonte: APA e INE, 2013
FLUXOS ESPECÍFICOS DE RESÍDUOS RECOLHIDOS E VALORIZADOS (2012)
EMBALAGENS E RESÍDUOS DE EMBALAGENS
Produção de resíduos
Total valorizado
ÓLEOS MINERAIS USADOS
Toneladas
1 574 736
892 246
Toneladas
Produção de resíduos
29 809
Total recolhido
25 451
Total valorizado
23 110
RESÍDUOS DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS
E ELETRÓNICOS (REEE)
Toneladas
Total recolhido
39 808
Total valorizado
35 204
Fonte: INE
RESÍDUOS DE PILHAS E ACUMULADORES
Toneladas
Total recolhido
32 187
Total valorizado
32 069
PENUS USADOS
Toneladas
Produção de Resíduos
65 231
Total recolhido
78 268
Total valorizado
78 268
VEÍCULOS EM FIM DE VIDA
Toneladas
Total recolhido
81 226
Total valorizado
72 666
Fonte: INE
Produção, Recolha e Valorização de Resíduos de Óleos Minerais
45
103 t 40
35
30
25
20
15
10
5
0
Fluxo de Óleos Minerais Usados (2008-2012)
41
38
37
32
28
2008
30
2009
Produção de resíduos
27
37
30
27
2010
Total de recolha
28
2011
30
25
26
23
2012
Total valorizado
Fonte: APA
 Pneus Usados Valorizados
Fluxo de Pneus Usados Valorizados (2008-2012)
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
98
99
95
90
80
22
2008
23
21
2009
Total valorizado
2010
22,5
2011
Valorização energética
22,5
2012
Fonte: APA
 Recolha e Valorização de Resíduos de Veículos em Fim de Vida
Resíduos de Veículos em Fim de Vida (2008-2012)
103 t
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
2008
Recolha
2009
2010
Total valorizado
2011
2012
Valorização energética
Fonte: APA
ORGANIZAÇÃO DO SETOR
GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
Em Portugal Continental existem:
12 Multimunicipais
23 Sistemas de
Gestão de Resíduos
Urbanos
11 Intermunicipais
Distribuição dos sistemas de gestão de RSU por população e área abrangida em 2012
Fonte: INE
GESTÃO DE FLUXOS ESPECÍFICOS
Principais Entidades Responsáveis pela Gestão de Fluxos de Resíduos
Embalagens e resíduos de embalagens
SPV – Sociedade Ponto Verde
Responsável por gerir o SIGRE – Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de
Embalagens.
VALORMED
Gere o SIGREM – Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens e
Medicamentos.
Resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE)
Amb3E
Gere o SIGREEE – Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Equipamentos
Elétricos e Eletrónicos.
ERP Portugal
Gere o SIGREEE – Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Equipamentos
Elétricos e Eletrónicos.
Principais Entidades Responsáveis pela Gestão de Fluxos de Resíduos (cont.)
Resíduos de pilhas e acumuladores
VALORCAR
Gere o Sistema Integrado de Gestão de Baterias e Acumuladores para Veículos
Automóveis.
Amb3E
Gere o Sistema Integrado de Gestão de Pilhas e Acumuladores Portáteis e de
Pilhas e Acumuladores Industriais de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos.
ECOPILHAS
Gere o Sistema Integrado de Gestão de Pilhas e Acumuladores Portáteis.
ERP Portugal
Gere o Sistema Integrado de Gestão de Pilhas e Acumuladores Portáteis
e Baterias e Acumuladores Industriais de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos.
GVB
Gere o Sistema Integrado de Gestão de Baterias e Acumuladores para Veículos
Automóveis.
Óleos usados
SOGILUB
Gere o SIGOU -Sistema Integrado de Gestão de Óleos Usados
Principais Entidades Responsáveis pela Gestão de Fluxos de Resíduos (cont.)
Pneus usados
VALORPNEU
Gere o SGPU – Sistema Integrado de Gestão de Pneus Usados.
Veículos em fim de vida
VALORCAR
Gere o SGIVFV - Sistema Integrado de Gestão de Veículos em Fim de Vida.
Gestão de Embalagens e Resíduos em Agricultura
VALORFITO
Entidade responsável pelo SIGERU – Sistema Integrado de Gestão de
Embalagens e Resíduos de Agricultura.
 Óleos Alimentares Usados (OAU)
Gestão dos Óleos Alimentares Usados em Portugal
Infraestruturas
Mapa dos sistemas de gestão de RSU e das infraestruturas
de tratamento em Portugal Continental à data de
Dezembro de 2013
VALORIZAÇÃO ENERGÉTICA
TRATAMENTO MECÂNICO
VALORIZAÇÃO ORGÂNICA
ATERRO
Fonte: APA, 2013
Quantidade de infraestruturas e equipamentos existentes ou em construção
em Portugal Continental, em dezembro de 2012
Infraestruturas
e equipamentos
Existentes
Em construção
Aterros
32
3
Valorização Orgânica
16
7
Valorização
Energética
2
0
Estações de
Transferência
81
-
Estações de triagem
27
2
Ecocentros
200
-
Ecopontos
38 398
-
Fonte: APA, 2012
Ecopontos
Evolução do número de Ecopontos em Portugal Continental
Fonte: APA, 2013
Recolha seletiva (kg/hab/a)
Número de habitantes por Ecoponto em 2012 em Portugal Continental
Habitantes por Ecoponto
Fonte: APA, 2014; INE, 2013
ALGUMAS REFERÊNCIAS
DE TRATAMENTO E
VALORIZAÇÃO DE
RESÍDUOS EM PORTUGAL
LIPOR – Serviço Intermunicipalizado de
Gestão de Resíduos do Grande Porto
 Associação de 8 municípios: Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto,
Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde
 Cobre uma área de 648 km2.
 Serve uma população de aproximadamente um milhão de habitantes.
 Trata cerca de 500 mil toneladas de resíduos urbanos por ano.
LIPOR – Serviço Intermunicipalizado de Gestão
de Resíduos do Grande Porto
Centro de Triagem
 2 linhas de triagem (produtos planos [papel e
cartão] e produtos volumosos [embalagens de
plástico e metal]).
 Os materiais são posteriormente enviados para
a industria de reciclagem.
 Capacidade de processamento: 50 000 t/ano.
Central de Valorização Orgânica
 Valorização orgânica de resíduos orgânicos (RO) (resíduos
alimentares e resíduos verdes).
 Produção de um composto adequado para a agricultura
ecológica.
 Capacidade de processamento de RO: 60 000 t/ano.
 Capacidade de produção de composto: 15 000 t/ano.
LIPOR – Serviço Intermunicipalizado de Gestão
de Resíduos do Grande Porto
Central de Valorização Energética
 Produção de energia elétrica suficiente para abastecer
150 000 habitantes.
 Produção de energia elétrica: 170 000 MWh/ano.
 Capacidade de processamento: 1 000 -1 100 t/dia ou
400 000 t/ano.
Aterro
 Deposição de diversos Resíduos: cinzas, escórias e
resíduos brutos.
 Sistema de impermeabilização específico.
 Sistema de drenagem de biogás e lixiviados.
 ETAR com tratamento de osmose inversa.
ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro, S.A.
 Ocupa uma área de 7 000 km2 (7,9% do território nacional).
 Serve uma população de aproximadamente um milhão de habitantes.
Trata 430 000 toneladas de resíduos por ano.
ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro, S.A.
Unidade de Tratamento
Mecânico e Biológico
Unidade de Triagem Automatizada de
Materiais Provenientes de Recolha Seletiva
 Unidade industrial onde se efetua um tratamento
aos resíduos sólidos urbanos (RSU), tendo em
vista a sua separação por fluxos diferenciados, de
modo a maximizar a recuperação de materiais
recicláveis e valorizáveis.
 Unidade onde se realizam as operações de
separação dos resíduos provenientes da recolha
seletiva, dos ecopontos e dos ecocentros,
nomeadamente papel, cartão e embalagens de
plástico e de metal.
ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro, S.A.
Aterro Sanitário de Apoio
Unidade de Valorização Energética de Biogás
RESULIMA – Valorização e Tratamento de
Resíduos Sólidos, S.A.
 Ocupa uma área de 1 743,3 km2.
 Serve uma população de aproximadamente 321 776 habitantes.
 Trata 126 840 toneladas de resíduos por ano.
RESULIMA – Valorização e Tratamento de
Resíduos Sólidos, S.A.
Central de Valorização Energética de Biogás
 Produz 24,3 GWh/ano, equivalente ao consumo de 4 808 habitações.
VALNOR, S.A.
 Ocupa uma área de 11 980 km2.
 Serve uma população de aproximadamente 279 191 habitantes.
VALNOR, S.A.
Resíduos de Construção e Demolição (RCD)
O sistema de deposição compreende três tipos de
infraestruturas/equipamentos-chave:
 Contentores multiusos.
 Estação de transferência e tratamento de RCD.
 Aterros de inertes.
Unidade de Digestão Anaerobia
 Esta
instalação
permite
o
tratamento
de
25 000 toneladas /ano de matéria orgânica com uma
produção efetiva de 2 750 GW / ano.
SULDOURO – Valorização e Tratamento de
Resíduos Sólidos, S.A.
 Ocupa uma área de 384 km2.
 Serve uma população de aproximadamente 441 607 habitantes.
Trata 175 000 toneladas de Resíduos por ano.
SULDOURO – Valorização e Tratamento de
Resíduos Sólidos, S.A.
Central de Valorização Energética
 Unidade equipada con 6 grupos
motogeneradores com uma capacidade
instalada de 6 101 MW
Central de Valorização Orgânica
 Tem capacidade de valorização de 20 000 toneladas
de resíduos urbanos biodegradáveis obtidos a partir
de 43 000 toneladas de resíduos urbanos.
SULDOURO – Valorização e Tratamento de
Resíduos Sólidos, S.A.
Centro de Triagem
 Automatizada.
 Capacidade de processamento de 3,5 ton/h.
Aterro Sanitário
 A sua construção contemplou as melhores
práticas e tecnologias de proteção do ambiente e
da saúde pública.
INTERECYCLING – Sociedade de
Reciclagem, S.A.
Principales servicios
 Reciclagem de resíduos de equipamentos
elétricos e eletrónicos;
 Processamento de cabos elétricos;
 Processamento de outros materiais;
 Centro de armazenamento de CFC, halon,
pilhas, acumuladores e lâmpadas;
 Centro de receção de equipamentos
elétricos e eletrónicos.
Foi a primera empresa de reciclagem de equipamentos elétricos e eletrónicos
na península ibérica.
Atualmente conta com 120 000 m2 de área total.
SETOR PORTUGUÊS DA ENERGIA
PORTUGAL
SETOR PORTUGUÊS DA ENERGIA
Portugal é um pais com escassos recursos energéticos fósseis endógenos,
nomeadamente, aqueles que asseguram a generalidade das necessidades
energéticas da maioria dos países desenvolvidos (como o petróleo, o carvão e o
gás natural).
A escassez de recursos energéticos fósseis conduz a uma elevada dependência
energética do exterior (79,4% em 2012), nomeadamente das importações de
fontes primárias de origem fóssil.
Assim, é importante aumentar a utilização de energias renováveis: hídrica, eólica,
solar, geotérmica e biomassa.
A taxa de dependência energética tem vindo a decrescer desde 2005.
O valor mais elevado da década registou-se no ano de 2005 devido à baixa
produtividade das centrais hídricas, resultado de um ano hidrológico muito seco.
A subida na taxa registada em 2011 resultou sobretudo do aumento do consumo de
carvão na produção de energia para compensar a redução na produção hídrica.
Taxa de dependência energética (%)
Fonte: DGEG
CONSUMO DE ENERGIA PRIMÁRIA EM PORTUGAL
Evolução do consumo de energia primária em Portugal
Fonte: DGEG
Em termos relativos, o petróleo mantém um papel essencial na estrutura de
abastecimento, tendo a sua preponderância no mix energético nacional vindo a
diminuir, representando 43,3% do consumo total de energia primária em 2012, face
a 46,8% em 2011.
O gás natural contribuiu, no último decénio, para:
• diminuir o consumo de petróleo;
• diversificar a estrutura da oferta de energia;
• reduzir a dependência exterior em relação ao petróleo..
A utilização de gás natural tem registado uma evolução positiva (15,1% em 2007 e
20,3% em 2011).
Em 2012, representou 18,4% do total do consumo de energia primária devido à
quebra do consumo desta fonte de energia para a produção de eletricidade
(-44,0% face a 2011).
O consumo de carvão, representou, em 2012, 13,6% do total do consumo de
energia primária.
Prevê-se uma redução progressiva do peso do carvão na produção de eletricidade,
devido ao seu impacto nas emissões de CO2, apesar de nos dois últimos anos ter
aumentado o seu peso, em consequência da redução do preço desta fonte de
energia nos mercados internacionais, bem como do preço baixo das licenças de CO2.
Em 2012, o contributo das energias renováveis no consumo total de energia
primária foi de 20,8%, contra 21,4% em 2011.
Em 2012, cerca de 78,4% da energia primária consumida foi importada, sendo:
• 75,3% a partir de combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e carvão);
• 20,8% a partir de fontes renováveis;
• 3,9% proveniente dos resíduos industriais e da eletricidade importada.
POLÍTICA ENERGÉTICA PORTUGUESA
A Política Energética Nacional assenta em dois pilares fundamentais:
Racionalidade económica
Sustentabilidade
Preconizando para isso:
Medidas de eficiência energética
A utilização de energia proveniente de fontes endógenas renováveis
A necessidade de reduzir custos
Em traços gerais, são objetivos desta política:
1) Reduzir significativamente as emissões de gases com efeito de estufa, de forma
sustentável;
2) Reforçar a diversificação das fontes de energia primária, contribuindo para
aumentar estruturalmente a segurança de abastecimento do país;
3) Aumentar a eficiência energética da economia, em particular no setor Estado,
contribuindo para a redução da despesa pública e o uso eficiente dos recursos;
4) Contribuir para o aumento da competitividade da economia, através da redução
dos consumos e custos associados ao funcionamento das empresas e à gestão
da economia doméstica, libertando recursos para dinamizar a procura interna e
novos investimentos.
Instrumentos da Política Energética Portuguesa
 PNAEE 2016 – Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética para o
período 2013-2016.
 PNAER 2020 – Plano Nacional de Ação para as Energias Renováveis para o
período 2012-2020.
 ECO.AP – Programa de Eficiência Energética para a Administração Pública.
O PNAER 2020 estabelece trajetórias para a introdução de
Fontes de Energias Renováveis (FER) em três grandes
setores:
AQUECIMENTO E ARREFECIMENTO
ELETRICIDADE
TRANSPORTES
Produção de Eletricidade em Portugal, em 2013
Fonte: REN, Análise APREN
Preponderância das Diferentes Fontes no Consumo
de Eletricidade em Portugal, em 2013
Fonte: REN, Análise APREN
Evolução da Potência Ligada à Rede Pública das Fontes de
Produção de Eletricidade em Portugal Continental,
entre 2000 e 2013
Fonte: REN, 2014
Evolução do Consumo de Eletricidade e do Peso das
Diferentes Fontes no Mix Nacional
Fonte: REN, Análise APREN
O Setor da Produção em Regime Especial de Eletricidade de Fontes de Energias
Renováveis (PRE-FER) representava já 32% da eletricidade produzida em Portugal
Continental, em 2013, o que é um valor manifestamente elevado, reflexo da
evolução positiva que o mesmo registou.
Contributo da PRE-FER para a Redução de Importação de Combustível Fósseis
Fonte: Roland Berger Strategy Consultants; APREN
Contributo da PRE-FER para a Redução das Emissões de
Gases com Efeito de Estufa
Fonte: EWEA, SENDECO2, Point Carbon, APREN
Energias Endógenas de Portugal
Em 2014 (julho), a potência instalada nas Centrais de Produção de Energia Elétrica a
partir de Fontes Renováveis era de 11 427 MW, distribuída da seguinte forma:
5 535 MW em hídrica
570 MW em biomassa
4 808 MW em eólica
29 MW em geotérmica
332 MW em fotovoltaica
67 MW em biogás
86 MW em resíduos sólidos urbanos
Entre agosto de 2013 e julho de 2014, foram produzidos 32 316 GWh de energia
elétrica a partir de fontes de energias renováveis.
Potência Instalada das Centrais de Produção de Energia
Elétrica a partir de Fontes Renováveis (%), julho de 2014
Hídrica
42,00%
48,40%
Eólica
Biomassa
Geotérmica
Fotovoltaica
5,00%
0,80%
2,90%
0,60%
Fonte: DGEG
0,30%
Biogás
Resíduos Sólidos Urbanos
A energia eólica tem vindo a registar uma subida tanto a nível da potência instalada
como da energia elétrica produzida.
Energia Eólica em Portugal – Potência Instalada (MW)
MW
5.000
4.378
4.500
4.731 4.808
3.914
4.000
3.564
3.500
3.058
3.000
2.464
2.500
1.699
2.000
1.500
1.063
1.000
500
4.531
83
125
190
268
553
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014*
Ano
Fonte: DGEG
* agosto de 2013 a julho de 2014
Energia Eólica em Portugal – Produção de Eletricidade (GWh)
GWh
14.000
12.027
12.502
12.000
10.260
10.000
9.182 9.162
7.577
8.000
5.757
6.000
4.036
4.000
2.926
1.773
2.000
168
256
362
496
816
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014*
Ano
Fonte: DGEG
* agosto de 2013 a julho de 2014
Portugal registou em 2012, a nível mundial, um sexto lugar na capacidade instalada
de energia eólica por m2 e um quinto lugar na capacidade instalada de energia eólica
per capita.
Capacidade Instalada de Energia Eólica por km2 (kW/km2), em 2012
Fonte: World Wind Energy Association
Na edição de 2014 do Renewable Energy Country Attractiveness Index (RECAI),
Portugal alcançou os seguintes resultados:
 17º lugar no ranking global de energias renováveis
 10º lugar em energia geotérmica
 18º lugar nas energias hídrica e solar
 19º lugar em energia eólica
 22º lugar nas energias fotovoltaica e da biomassa
O index RECAI ordena os países em termos da sua atratividade para possíveis
investimentos em energias renováveis.
Top Mundial da Capacidade Instalada Acumulada de
Energia Eólica, em 2012 (%)
2,20%
1,60%
2,70%
China
14,10%
2,90%
Estados Unidos
26,70%
Alemanha
Espanha
2,90%
Índia
Reino Unido
8,10%
6,40%
21,30%
11,10%
Itália
França
Canadá
Portugal
Resto do Mundo
Fonte: World Wind Energy Association
Energia Final
 O consumo de Energia Final, em 2012, atingiu o valor de 15 591 ktep, tendo-se
verificado uma redução de 5,6% face a 2011.
 Registou-se uma diminuição do consumo de petróleo de 10,1%, de 4,4% na
eletricidade e de 0,9% no gás natural.
 O Consumo de produtos petrolíferos representou 48% em 2012.
Consumo de Energia Final por Setor, em 2012 (%)
2,80%
12,00%
32,50%
17,00%
Indústria
Transportes
Doméstico
35,70%
Agricultura e Pesca
Serviços
Fonte: DGEG
Em 2012, o peso do consumo dos principais setores de atividade económica
relativamente ao consumo final de energia, foi de:
 32,5% na Indústria
 35,7% nos Transportes
 17% no Setor Doméstico
 12% nos Serviços
 2,6% na Agricultura e Pesca
Constata-se assim, uma forte incidência dos setores de industria e transportes
no consumo de energia final.
No setor doméstico, assiste-se a um aumento do consumo de energia elétrica
por unidade de alojamento (2 182 kWh/alojamento em 2012, contra
2 338 kWh/alojamento em 2011).
Em 2012 há que realçar os seguintes indicadores energéticos:
 Consumo de eletricidade per capita de 4,4 tep/hab;
 Consumo de energia final per capita de 1,5 tep/hab;
 Intensidade em energia final de 98 tep/M€.
Relativamente às emissões de CO2 há que realçar os seguintes indicadores:
 Emissões de CO2 per capita, resultantes de processos de combustão,
de 6,6 ton CO2/hab, em 2011;
 Intensidade carbónica de 435 ton CO2/M€.
SITUAÇÃO DAS ENERGIAS
RENOVÁVEIS EM PORTUGAL
CENTRAIS HÍDRICAS
Em Portugal, há mais de uma
dezena de centrais hídricas com
potências instaladas superiores a
200 MW.
PEQUENAS CENTRAIS HÍDRICAS
Exemplo
AGILDE
Início de exploração: 07/2012
Potência Instalada: 2 MW
A energia produzida é injetada na linha
Fervença-Celorico de Basto, através de um
ramal a 15 kV.
ONDAS E MARÉS
Exemplo
CENTRO ELETROPRODUTOR
DE PENICHE
Parque das Ondas
Início de exploração: 08/2012
Potência Instalada: 0,3 MW
Projeto de demonstração de
conversão de energia das ondas
de fundo em energia elétrica.
BIOMASSA
Exemplo
TERMOELÉTRICA DE CACIA
Início de exploração: 12/2009
Potência Instalada: 12,5 MW
Central constituída por uma turbina a vapor de
condensação de 12,5 MW e respetivo gerador
associado de 14,7 MVA, uma caldeira a biomassa
de leito fluidizado, sistemas de receção,
armazenamento e transporte de biomassa, torre
de arrefecimento e restantes sistemas auxiliares
de controlo distribuído (DCS) e elétricos da
central, incluindo a subestação com ligação à rede
nacional à tensão de 60 kV.
EÓLICA
Exemplo
LOURINHÃ I
Início de exploração: 06/2013
Potência Instalada: 20,7 MW
É constituído por nove aerogeradores
ENERCON, modelo E-82 de 2,3 MW de potência
unitária, tendo iniciado produção em junho de
2013. Em outubro de 2013, foi objeto de
"up-rating", implicando um acréscimo da
potência instalada de 2,7 MW, já considerado
no valor indicado para a potência total
instalada.
FOTOVOLTAICO
Exemplo
MARL ENERGIA
Início de exploração: 08/2009
Potência Instalada: 6 MW
Constituído por painéis do tipo
policristalino, abrangendo uma área de
13,3 ha.
ALGUMAS REFERÊNCIAS A
INFRAESTRUTURAS DE ENERGIAS
RENOVÁVEIS, EM PORTUGAL
CENTRAL SOLAR FOTOVOLTAICA DA AMARELEJA
Dados Principais
Início de exploração: 12/2008
Tecnologia: solar fotovoltaica com orientação azimutal
Potência de pico: 45,78 MWp
Estimativa de produção: 93 milhões de quilowatt hora/ano
Emissões de CO2 evitadas: 89 373 toneladas/ano
Consumo equivalente: 30 000 lares portugueses
Investimento: 261 milhões de Euros
Início das obras: novembro de 2007
Ligação à rede: concluída em dezembro de 2008
Superfície: 250 hectares
Seguidores solares: 2 620 (ACCIONA Buskill k18)
Postos de trabalho: 350 (construção) e 19 (funcionamento)
PARQUE EÓLICO DO ALTO MINHO
Dados Principais
Início de exploração: 2008
Potência instalada: 240 MW
Energia produzida: 31 892 MW
Consumo equivalente: 23 077 habitantes
Emissões de CO2 evitadas: 23 122 toneladas
CENTRAL TERMOELÉTRICA DA MORTÁGUA
(Aproveitamento Energético de Resíduos Florestais)
Dados Principais
Combustível: Biomassa (resíduos florestais) / gás natural
Potência instalada: 9 MW
Energia produzida: 31 892 MW
Produção média anual: 63 GWh
Consumo de biomassa (plena carga): 8,7 t/h
BARRAGEM DA BEMPOSTA
Dados Principais
Município: Mogadouro, Distrito de Bragança
Bacia hidrográfica: Douro
Curso de água: Rio Douro
Utilização: Energia
Inauguração: 1964
Tipologia: betão, gravidade com curvatura
Altura: 87 m
Cota do coroamento: 408 m
Fundação: Granito
Capacidade total: 129 000 000 m3
Capacidade disponível: 20 000 000 m3
Pleno armazenamento: 402 m
PARQUE FOTOVOLTAICO AURA SOLAR (MÉXICO)
Dados Principais
Localização: La Paz, México
Potência instalada: 38,9 MW
Instalação: grande escala
Painel: Suntech
Número de painéis: 132 000
Inversor : Ingeteam
Superfície: 100 hectares
Energia produzida: 82 GWh/ano
Consumo equivalente: 160 000 habitantes
Emissões de CO2 evitadas: 60 000 toneladas
O Aura Solar, em La Paz, México, é o maior parque fotovoltaico da América Latina e a empresa
portuguesa Martifer Solar foi responsável pelo EPC (engenharia, procurement e construção) e
prestará, adicionalmente, serviços de O&M (operação e manutenção).
MUITO OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO
MARIA DA CONCEIÇÃO VIEIRA
[email protected]
http://interambinerg.aeportugal.pt
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Setor Português do Ambiente e Energia | Junho de