VICE-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO E CORPO DISCENTE COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA EVOLUÇÃO E BIOGEOGRAFIA Conteudista Sonia Pantoja Rio de Janeiro / 2008 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO Evolução e Biogeografia.indd 1 13/1/2009 14:42:04 UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO Todos os direitos reservados à Universidade Castelo Branco - UCB Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, armazenada ou transmitida de qualquer forma ou por quaisquer meios - eletrônico, mecânico, fotocópia ou gravação, sem autorização da Universidade Castelo Branco - UCB. Un3e Universidade Castelo Branco Evolução e Biogeografia / Universidade Castelo Branco. – Rio de Janeiro: UCB, 2008. - 28 p.: il. ISBN 978-85-7880-033-8 1. Ensino a Distância. 2. Título. CDD – 371.39 Universidade Castelo Branco - UCB Avenida Santa Cruz, 1.631 Rio de Janeiro - RJ 21710-250 Tel. (21) 3216-7700 Fax (21) 2401-9696 www.castelobranco.br Evolução e Biogeografia.indd 2 13/1/2009 14:42:06 Apresentação Prezado(a) Aluno(a): É com grande satisfação que o(a) recebemos como integrante do corpo discente de nossos cursos de graduação, na certeza de estarmos contribuindo para sua formação acadêmica e, consequentemente, propiciando oportunidade para melhoria de seu desempenho profissional. Nossos funcionários e nosso corpo docente esperam retribuir a sua escolha, reafirmando o compromisso desta Instituição com a qualidade, por meio de uma estrutura aberta e criativa, centrada nos princípios de melhoria contínua. Esperamos que este instrucional seja-lhe de grande ajuda e contribua para ampliar o horizonte do seu conhecimento teórico e para o aperfeiçoamento da sua prática pedagógica. Seja bem-vindo(a)! Paulo Alcantara Gomes Reitor Evolução e Biogeografia.indd 3 13/1/2009 14:42:06 Orientações para o Autoestudo O presente instrucional está dividido em duas unidades programáticas, cada uma com objetivos definidos e conteúdos selecionados criteriosamente pelos Professores Conteudistas para que os referidos objetivos sejam atingidos com êxito. Os conteúdos programáticos das unidades são apresentados sob a forma de leituras, tarefas e atividades complementares. A Unidade 1 corresponde aos conteúdos que serão avaliados em A1. Na A2 poderão ser objeto de avaliação os conteúdos das duas unidades. Havendo a necessidade de uma avaliação extra (A3 ou A4), esta obrigatoriamente será composta por todo o conteúdo de todas as Unidades Programáticas. A carga horária do material instrucional para o autoestudo que você está recebendo agora, juntamente com os horários destinados aos encontros com o Professor Orientador da disciplina, equivale a 60 horas-aula, que você administrará de acordo com a sua disponibilidade, respeitando-se, naturalmente, as datas dos encontros presenciais programados pelo Professor Orientador e as datas das avaliações do seu curso. Bons Estudos! Evolução e Biogeografia.indd 4 13/1/2009 14:42:06 Dicas para o Autoestudo 1 - Você terá total autonomia para escolher a melhor hora para estudar. Porém, seja disciplinado. Procure reservar sempre os mesmos horários para o estudo. 2 - Organize seu ambiente de estudo. Reserve todo o material necessário. Evite interrupções. 3 - Não deixe para estudar na última hora. 4 - Não acumule dúvidas. Anote-as e entre em contato com seu monitor. 5 - Não pule etapas. 6 - Faça todas as tarefas propostas. 7 - Não falte aos encontros presenciais. Eles são importantes para o melhor aproveitamento da disciplina. 8 - Não relegue a um segundo plano as atividades complementares e a autoavaliação. 9 - Não hesite em começar de novo. Evolução e Biogeografia.indd 5 13/1/2009 14:42:06 Evolução e Biogeografia.indd 6 13/1/2009 14:42:06 SUMÁRIO Quadro-síntese do conteúdo programático ................................................................................................. 09 Contextualização da disciplina ................................................................................................................... 11 UNIDADE I EVOLUÇÃO 1.1 - Origem ................................................................................................................................................. 1.2 - Escolas de pensamento evolutivo ........................................................................................................ 1.3 - Conceitos de espécie e especiação....................................................................................................... 1.4 - Filogenética ......................................................................................................................................... 13 14 15 16 UNIDADE II BIOGEOGRAFIA 2.1 - Introdução ............................................................................................................................................ 20 2.2 - Dispersão ............................................................................................................................................. 20 2.3 - Teoria dos refúgios ............................................................................................................................. 21 2.4 - Biogeografia de ilhas, panbiogeografia e vicariância ......................................................................... 21 Glossário ..................................................................................................................................................... 25 Gabarito ....................................................................................................................................................... 26 Referências bibliográficas ........................................................................................................................... 27 Evolução e Biogeografia.indd 7 13/1/2009 14:42:06 Evolução e Biogeografia.indd 8 13/1/2009 14:42:06 Quadro-síntese do conteúdo programático UNIDADES DO PROGRAMA Evolução e Biogeografia.indd 9 9 OBJETIVOS I - EVOLUÇÃO 1.1 - Origem 1.2 - Escolas de pensamento evolutivo 1.3 - Conceitos de espécie e especiação 1.4 - Filogenética • Transmitir o conhecimento da teoria sobre a origem do planeta e seres vivos; • Expor as principais idéias e diferenças entre as teorias evolutivas; • Definir espécie e transmitir o conhecimento da formação de novas espécies; • Definir filogenética e construir cladogramas. II - BIOGEOGRAFIA 2.1 - Introdução 2.2 - Dispersão 2.3 - Teoria dos refúgios 2.4 - Biogeografia de ilhas, panbiogeografia e vicariância • Demonstrar as linhas de pensamento apresentadas pelas diversas escolas de biogeografia, bem como ter uma idéia das metodologias de estudo em Biogeografia; • Conscientizar o aluno da existência de um ponto de origem e fatores que levem à dispersão das espécies; • Proporcionar o conhecimento da teoria de refúgios, especialmente da Amazônia; • Informar as diferenças entre as biotas, evidências geológicas ou paleoclimáticas à ruptura de uma população. 13/1/2009 14:42:06 Evolução e Biogeografia.indd 10 13/1/2009 14:42:07 Contextualização da Disciplina 11 Quando falamos de evolução nos lembramos de desenvolvimento, alterações progressistas para melhorar, porém ela indica particularmente o desenvolvimento biológico. A teoria da evolução tem por princípio o desenvolvimento dos seres vivos; ao contrário do que sugere a palavra progresso, o desenvolvimento das espécies vivas não envolve um progresso contínuo, do simples para o complexo, pois muitas vezes ocorre o inverso. Herbert Spencer usou o termo Evolução pela primeira vez em 1857, em um ensaio denominado Progresso, mas sua utilização mais corriqueira se deu após as conclusões de Darwin em 1859. As conclusões de Darwin conflitavam com a doutrina tradicional da imutabilidade (fixidez, fixismo), pois no tempo de Darwin a maioria das pessoas (cientistas ou não) acreditava na teoria da criação (organismos viventes criados na forma presente), apesar de alguns cientistas, como Lamarck (1744-1829), propor teorias evolutivas, sem esclarecer de forma convincente como esse processo ocorreu. O fixismo estava apoiado na influência de Aristóteles e refletia o princípio da substância que afirma que o objeto de pesquisa é a substância, ou seja, a forma das coisas (inclusive seres vivos) é eterna e imutável. Essa doutrina prevaleceu na filosofia da ciência antiga e medieval onde foi introduzido apenas a criação por Deus. Só a partir do início do século XVIII começou a ser considerada a possibilidade de Evolução. Atualmente a evolução biológica é um fato, uma realidade, comprovada por evidências que vão dos fósseis à biologia molecular. Certamente falta esclarecer numerosos detalhes, mas em linhas gerais da evolução biológica, como foram propostas em 1859 por Darwin e Wallace, está bem estabelecida. A teoria de Darwin foi uma revolução intelectual porque seu mecanismo evolutivo era convincente sem margem para dúvidas científicas. Evolução e Biogeografia.indd 11 13/1/2009 14:42:07 Evolução e Biogeografia.indd 12 13/1/2009 14:42:07 UNIDADE I 13 EVOLUÇÃO 1 . 1 – Origem A Evolução do Universo A teoria mais aceita para origem do universo é a do Big-bang, e diversos acontecimentos levaram ao homem a acreditar que esta teoria é a mais plausível, apesar de ter alguns aspectos ainda não bem explicados. A teoria diz que no passado os grupos de galáxias estavam juntas, no momento 0 as galáxias estavam todas localizadas no mesmo ponto do espaço, com enorme densidade, e ocorreu uma explosão. Estima-se a idade do universo entre 10 e 20 mil milhões de anos (frequentemente adota-se a média de 15 mil milhões de anos). A Origem da Vida Diversas teorias existem acerca da origem e evolução dos seres vivos. Podemos observar os fatos pelos fósseis, que testemunham a origem da vida nos mares, encerrada em rochas. Os fósseis mais antigos são atribuídos às bactérias e algas azuis e foram encontrados em rochas de diversas partes do mundo: Canadá, África do Sul e Austrália. Os mais antigos fósseis atribuídos as angiospermas se preservaram em rochas do Cretáceo, há cerca de 140 milhões de anos. Foram encontrados na Inglaterra, Suécia, África, Argentina e América do Norte. A fotossíntese realizada pelas algas azuis e as demais provocou, há 2,5 bilhões de anos, a liberação de oxigênio na atmosfera, possibilitando a gradativa conquista das terras emersas. enxofre. Atmosfera: nitrogênio, amônia, hidrogênio, monóxido de carbono, metano e vapor de água expelidos pelos vulcões, e nem sinal do oxigênio. • Arqueano • Terra resfriada, uma grande quantidade de água havia se condensado formando um oceano, as erupções vulcânicas, seres unicelulares (algas primitivas e bactérias), os fósseis mais antigos. • Proterozóico • Dois bilhões de anos. Já é possível identificar dois supercontinentes distintos. Os seres continuaram inalterados. Foram as primeiras criaturas multicelulares. Grande extinção de seres anaeróbios. • Cenozóica • Terciário • Paleoceno • Regressão marinha. • Eoceno • Instabilidade Tectônica, avanço do mar nos continentes. • Oligoceno • Resfriamento marinho, primeiros primatas. • Mioceno • Expansão marinha; foca, baleia. • Plioceno • Avanço marinho, glaciações, ancestral, homem. • Cenozóica • Quaternário • 1,8 milhões até hoje • Pleistoceno • Glaciações intensas, alteração da flora, predominância de mamíferos, surgimento do homem. • Holoceno • Início na última glaciação há cerca de 10.000 anos. As algas também deram origem a um novo ramo evolutivo que reúne as primeiras plantas realmente capazes de levar uma vida estável fora da água, chamadas de traqueófitas. Acredita-se que as primeiras a surgir seriam semelhantes às magnólias atuais. Veja a seguir, um pequeno resumo, que você deve complementar com conhecimentos pré-adquiridos do ensino médio e estudo de geologia e paleontologia. • Pré-cambriano Observe o perfeito encaixe geométrico entre Brasil e África. Fonte:ilhadeatlantida.vilabol.uol.com.br/mapas/gondwanapg • Hadeano • Terra, massa incandescente com rios de rocha dissolvida, vulcões em erupção e grande quantidade de Evolução e Biogeografia.indd 13 13/1/2009 14:42:07 14 1.2 - Escolas de Pensamento Evolutivo Várias teorias evolutivas surgiram, destacando-se, entre elas, as teorias de Lamarck e de Darwin. Mais recentemente foi formulada a Teoria Sintética da Evolução, também denominada Neodarwinismo, que incorpora os conceitos modernos da genética às ideias essenciais de Darwin sobre seleção natural. A Teoria de Darwin A Teoria de Lamarck Fonte: br.geocities.coml Charles Darwin (1809-1882), naturalista inglês, desenvolveu uma teoria evolutiva que é a base da moderna teoria sintética: a seleção natural. Fonte: www.biografiasyvidas.com/biografia/l/lamarck.htm Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829), naturalista francês, foi o primeiro cientista a propor uma teoria sistemática da evolução. Sua teoria foi publicada em 1809, em um livro denominado Filosofia Zoológica. Segundo Lamarck, o princípio evolutivo estaria baseado em duas Leis fundamentais: • Lei do uso ou desuso: o uso de determinadas partes do corpo do organismo faz com que estas se desenvolvam, e o desuso faz com que se atrofiem. • Lei da transmissão dos caracteres adquiridos: alterações provocadas em determinadas características são transmitidas aos seus descendentes. Lamarck utilizou vários exemplos para explicar sua teoria. Segundo ele, as aves aquáticas tornaram-se pernaltas devido ao esforço que faziam no sentido de esticar as pernas para evitarem molhar as penas durante a locomoção na água. A cada geração, esse esforço produzia aves com pernas mais altas, que transmitiam essa característica à geração seguinte. Após várias gerações, teriam sido originadas as atuais aves pernaltas. A teoria de Lamarck não é aceita atualmente, pois suas idéias apresentam um erro básico: as características adquiridas não são hereditárias. Verificou-se que as alterações em células somáticas dos indivíduos não alteram as informações genéticas contidas nas células germinativas, não sendo, dessa forma, hereditárias. Evolução e Biogeografia.indd 14 Segundo Darwin, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um número maior de descendentes. Os organismos mais bem adaptados são, portanto, selecionados para aquele ambiente. Os princípios básicos das idéias de Darwin podem ser resumidos no seguinte modo: • Os indivíduos da mesma espécie apresentam variações em todos os caracteres, não sendo, portanto, idênticos entre si. • Todo organismo tem grande capacidade de reprodução, produzindo muitos descendentes. Entretanto, apenas alguns dos descendentes chegam à idade adulta. • O número de indivíduos de uma espécie é mantido mais ou menos constante ao longo das gerações. • Há grande “luta” pela vida entre os descendentes, pois apesar de nascerem muitos indivíduos, poucos atingem a maturidade, o que mantém constante o número de indivíduos na espécie. • Na “luta” pela vida, organismos com variações favoráveis às condições do ambiente onde vivem têm maiores chances de sobreviver, quando comparados aos organismos com variações menos favoráveis. • Os organismos com essas variações vantajosas têm maiores chances de deixar descendentes. Como há transmissão de caracteres de pais para filhos, estes apresentam as variações vantajosas. 13/1/2009 14:42:07 • Assim, ao longo das gerações, a atuação da seleção natural sobre os indivíduos mantém ou melhora o grau de adaptação destes ao meio. A Teoria Sintética da Evolução A Teoria Sintética da Evolução ou Neodarwinismo foi formulada por vários pesquisadores durante anos de estudos, baseando-se na teoria de Darwin sobre a seleção natural, incorporando noções mais recentes de genética. A Teoria Sintética considera, conforme Darwin já havia feito, a população como unidade evolutiva. A população pode ser definida como grupamento de indivíduos de uma mesma espécie que ocorrem em uma mesma área geográfica, em um mesmo intervalo de tempo. Para os estudos da evolução é necessário a compreensão de variabilidade genética e fenotípica dos indi- víduos de uma população, uma vez que evolução é a transformação de uma população ao longo do tempo, ou ainda, alterações na frequência dos genes dessa população. Cada população apresenta um conjunto gênico que pode ser modificado, de acordo com fatores evolutivos. 15 Os fatores evolutivos que atuam sobre o conjunto gênico da população podem ser reunidos em duas categorias: • Fatores que tendem a aumentar a variabilidade genética da população: mutação gênica, mutação cromossômica e recombinação; • Fatores que atuam sobre a variabilidade genética já estabelecida: seleção natural, migração e oscilação genética. A integração desses fatores associada ao isolamento geográfico pode levar, ao longo do tempo, ao desenvolvimento de mecanismos de isolamento reprodutivo, quando, então, surgem novas espécies. 1.3 - Conceitos de Espécie e Especiação O termo espécie tem dupla conotação nas ciências biológicas: 1. um grupo natural de indivíduos que compõem uma unidade básica de evolução; 2. uma “categoria” dentro da hierarquia Linneana, governada por várias normas de nomenclatura. estabelecido pela descoberta de que certas populações afins, próximas e semelhantes, previamente consideradas como membros da mesma espécie, não se cruzam e não produzem descendentes férteis. As populações em questão acham-se, desta maneira, privadas do intercâmbio de genes, por pequenos e sutis empecilhos à reprodução, sem refletir na forma dos indivíduos (chamamos de populações crípticas - do grego, kryptos, escondido). Podemos considerar qualquer conceito de espécie e empregar adequadamente a sistemática filogenética, pois os princípios e métodos da sistemática filogenética são independentes do conceito de espécie. A especiação surge, em geral, com o desenvolvimento de barreiras que evitam a troca de genes entre duas subpopulações recém-formadas. Chamamos estes mecanismos de Mecanismos de Isolamento. Especiação Mecanismos Isoladores A maior parte dos indivíduos vivos pode ser facilmente agrupados em unidades denominadas espécies, que exibem características similares entre si e que diferem de modo ora mais ora menos nítida de outros grupos. Quando falamos de mecanismos isoladores, falamos de barreiras reprodutivas que em geral surgem quando uma pequena população torna-se isolada da original durante um longo intervalo de tempo. Preocupados com a definição de cada espécie e com as características que as separam, os cientistas vêm se dedicando cada vez mais à compreensão do processo que diz respeito à origem dessas espécies, ou seja, à especiação. Teoricamente a seleção natural atua sobre a população, isolada por milhares de gerações, conduzindo a diferenças que poderiam impedir o intercruzamento e consequente fluxo de genes, na eventualidade de uma aproximação posterior entre as duas populações consideradas. A especiação se refere ao processo que leva a formação de novas espécies e assim a grande parte da biodiversidade. O interesse pela especiação foi particularmente As barreiras que evitam o intercruzamento entre as espécies são denominadas de mecanismos isoladores. Conceitos de Espécie Evolução e Biogeografia.indd 15 13/1/2009 14:42:07 16 Podemos ter diversos tipos de especiação, os mais importantes são: Especiação Alopátrica (grego = allos – outro e patra – pátria) – Mecanismo isolador mais simples, por separação geográfica. 4. Isolamento mecânico ou morfológico - as genitálias não se correspondem e, por isso, não ocorre a cópula. Nas plantas há o impedimento da transferência do pólen. 5. Isolamento por diferentes polinizadores - plantas que atraem diferentes insetos encontram-se reprodutivamente isoladas. Fonte: equipe4.8m.com/2bim/flor_poliniza 6. Isolamento gamético - os gametas masculinos e femininos não se atraem (casos de fecundação externa). Fonte: curlygirl.naturlink.pt Especiação Simpátrica (gr. syn, junto) – Espécies que vivem juntas. Muitas causas podem impedir o intercruzamento entre os indivíduos que vivem em um mesmo local. Podemos dividir em dois tipos de mecanismos, os que impedem a formação de zigotos, chamados de prézigóticos ou de pré-fecundação e os pós-fecundação ou zigóticos, que reduzem a viabilidade dos híbridos formados. Vamos observar cada um deles: Mecanismos que impedem a formação de zigotos híbridos 1. Isolamento ecológico ou de habitat - as populações ocorrem em diferentes habitats da mesma região. 2. Isolamento sazonal ou temporal - as épocas de acasalamento ou de florescimento ocorrem em diferentes ocasiões. Mecanismos de isolamento que reduzem a viabilidade ou fertilidade dos híbridos 1 - Inviabilidade dos híbridos - os híbridos resultantes são inteira ou parcialmente inviáveis. 2 - Esterilidade dos híbridos - são eles, em um sexo ou ambos, incapazes de formar gametas funcionais. 3 - Colapso dos híbridos - os descendentes dos híbridos possuem viabilidade ou fertilidade decrescida. Observação: o isolamento geográfico não conduz obrigatoriamente duas populações à criação de espécies diferentes. 3. Isolamento etológico ou sexual - a atração entre os sexos é fraca ou inexistente ou, mesmo com atração inicial, o tipo de corte é diferente e impede a cópula. 1.4 - Filogenética A capacidade de analisar evolutivamente o relacionamento entre o ambiente e o modo pelo qual os animais realizam suas funções vitais tornou-se possível apenas recentemente, graças a avanços nos métodos de reconstruir as relações de parentesco entre as espécies. Essa metodologia e seu embasamento teórico foram propostos por um pesquisador alemão, Willi Hennig, considerado fundador da escola de Sistemática Filogenética, também denominada Cladismo por alguns pesquisadores. Evolução e Biogeografia.indd 16 Essa escola evoluiu mais recentemente com contribuições de inúmeros outros pesquisadores. Hoje, a enorme maioria das tentativas de compreender processos de coevolução, biogeografia e a evolução da fisiologia e do comportamento, sob um ponto de vista histórico, utiliza as ferramentas propostas por esta escola (Amorim, 1997). A Sistemática Filogenética mostrou que os organismos são compostos por um mosaico de características, algumas mais antigas, outras mais recentes, que 13/1/2009 14:42:07 são utilizadas na cladística, porém Hennig discute que semelhanças, simplesmente, não devem ser utilizadas como evidência de proximidade filogenética de grupos de organismos, pois reconhece que essas “semelhanças” podem ser de diferentes tipos, não significando ancestralidade comum. Entre eles, podemos citar convergência evolutiva, reversão ou paralelismo, que são homoplasias (Homoplasia - “casos de semelhança adquirida independentemente na evolução de um grupo” (AMORIM, 1997: 32). A Convergência diz respeito ao desenvolvimento de caracteres semelhantes, porém de caracteres preexistentes diferentes. Já o Paralelismo, é o desenvolvimento independente de caracteres similares partindo de características ancestrais semelhantes, sem ancestral em comum, conforme abaixo: 4. As espécies descendentes novamente especiam e passam a sua sinapomorfia aos seus descendentes. 17 Observe a aplicação desses termos: As letras A, B, C e D representam os táxons, os números 1 e 2 representam caráter sinapomórfico para B, C e D, que A não tem, o 3 representa um caráter autapomórfico para D, apenas ele apresenta essa característica. Aprenda mais algumas definições importantes, pois existe uma nomenclatura específica também para descrever o relacionamento entre táxons, conforme Amorim (1997): • Um grupo natural ou monofilético é aquele agrupamento para o qual um ancestral comum pode ser hipotetizado, com base em sinapomorfias. Táxon A e B indicam Paralelismo Táxon B e C indicam Convergência A sistemática filogenética utiliza termos específicos, que facilitam a comunicação entre os estudiosos desta área. Então, para compreende-la é necessário conhecer a base dessa terminologia específica que será resumidamente apresentada a seguir (baseado em Amorim, 1997): • Caracteres derivados (mais recentes, novos) são denominados apomorfias. • Caracteres derivados compartilhados por vários táxons são denominados sinapomorfias. • Caracteres derivados encontrados em um único táxon são chamados de autapomorfias. • Um caráter primitivo (antigo, ancestral) é denominado plesiomórfico; • Simplesiomórfico é aquele caráter primitivo compartilhado por vários táxons. Podemos observar quatro fases até a fixação dos caracteres no táxon: 1. O caráter surge como novidade evolutiva, a partir de um caráter preexistente. 2. Ele se fixa como uma autapomorfía. 3. Esta espécie sofre especiação e passa sua autapomorfia para as espécies descendentes, como uma sinapomorfia. Evolução e Biogeografia.indd 17 • Grupo irmão - grupos que são filogeneticamente próximos. • Um agrupamento não-natural, ou artificial, é aquele não-monofilético, para o qual não existe evidência (sinapomorfias) de um ancestral em comum. Os termos parafilético e polifilético são utilizados para casos especiais de não-monofilia. Obs.: Ao estudar os animais e as plantas, portanto, deve-se ter em mente uma série de questionamentos relacionados com a origem e compartilhamento das características estudadas, bem como a relação entre estrutura e a função que ela realiza, e o ambiente que o animal habita. Após analisar o táxon a ser estudado, devemos montar uma matriz de caracteres, para construirmos cladogramas indicando o número de passos, homoplasias, autapomorfias e sinapomorfias, bem como o ci (índice de consistência do seu cladograma). Obs.: Calcula-se o ci dividindo-se o número de passos mínimos pelo número de passos dados (ci=m/s). Para montar a matriz devemos saber que os números da primeira linha (de 1 a 6, neste caso específico) representam as características dos táxons; as letras da primeira coluna representam os táxons. Analisando 13/1/2009 14:42:07 18 cada táxon, podemos polarizar cada característica com os números 0 e 1, zero para os caracteres plesiomórficos e 1 para os apomórficos (pode-se usar também 2,3..., quando houver uma alteração neste caráter). Com base na matriz, pode-se montar o cladograma e obteremos a relação entre os táxons, respondendo às perguntas: qual o grupo irmão de cada táxon? Que táxon está mais próximo ou mais distante? Etc. Estabelecendo as relações de parentesco. Para isso precisamos ter um levantamento prévio, de dados, bem feito para cada grupo estudado. Com base na matriz que se segue pode-se montar o cladograma: Síntese Esta unidade apresenta as principais teorias evolutivas, como Lamarquismo, que se baseia no uso e desuso e herança dos caracteres adquiridos, Darvinismo, que tem por base a seleção natural e a teoria sintética, que usa parte do darvinismo com as noções de genética atuais. Você também aprendeu conceitos de espécie (um grupo natural de indivíduos que compõem uma unidade básica de evolução; uma “categoria” dentro da hierarquia Linneana, governada por várias normas de nomenclatura) e especiação (que se refere ao processo que leva a formação de novas espécies e assim a grande parte da biodiversidade), podendo ser alopatrica e simpátrica e seus mecanismos, como podemos observar: • Mecanismos que impedem a formação de zigotos híbridos: isolamento ecológico ou de habitat, isolamento sazonal ou temporal, isolamento etológico ou sexual, isolamento mecânico ou morfológico e isolamento por diferentes polinizadores. • Mecanismos de isolamento que reduzem a viabilidade ou fertilidade dos híbridos: inviabilidade dos híbridos, esterilidade dos híbridos e colapso dos híbridos. n° de passos- 6 homoplasias- 0 autapomorfias- 3 (4,5,6) sinapomorfias- 3 (1,2,3) ci= 6/6 = 1 Também nesta unidade você aprendeu um pouco mais sobre filogenética e sua importância nos dias de hoje. A Sistemática Filogenética mostrou que os organismos são compostos por um mosaico de características, algumas mais antigas, chamados de plesiomórficos, outras mais recentes conhecidos por apomórficos, que são chamados de sinapomórficos, quando são compartilhados, e autapomórficos, quando são específicos; que são utilizadas na cladística, estabelecendo as relações de parentesco entre os táxons. Exercício de Fixação 1. Com base na Matriz de caracteres abaixo, construa um cladograma mais parcimonioso, informando: número de passos dados, homoplasias, autapomorfias, sinapomorfias, bem como ci. Evolução e Biogeografia.indd 18 13/1/2009 14:42:07 Atividades Complementares 19 Leia textos sobre evolução e tente discutir em grupos de estudo que caracteres seriam apomórficos ou plesiomórficos. Evolução e Biogeografia.indd 19 13/1/2009 14:42:07 20 UNIDADE II BIOGEOGRAFIA 2.1 – Introdução Biogeografia é uma ciência que se preocupa com a distribuição dos seres vivos, tanto atual quanto no passado. Portanto, Biogeografia preocupa-se com a história evolutiva dos seres vivos, qual ou quais os fatores que determinaram a distribuição dos táxons em uma ou mais regiões. A Biogeografia é o estudo da distribuição geográfica dos seres vivos e as trocas desta através do tempo. As histórias dos táxons são semelhantes e seguem os seguintes passos: origem, expansão, redução e extinção. Para entendermos a distribuição de um táxon, precisamos de dados importantes a respeito do táxon, como: (Morrone, 1996) • conhecer sua história evolutiva; • sua relação de parentesco; • os fatores climáticos que podem influenciar no grupo; • química do solo, bem como eventos geológicos que determinaram a área atual; • registros fósseis (Paleontologia), entre muitos outros. Deste modo, é importante conhecer geografia (continentes, montanhas, desertos, lagos, grandes ilhas e mares), do passado e do presente, como também climatologia, paleontologia etc. A Biogeografia tenta estabelecer padrões e explicar os processos por que um determinado taxon está limitado a uma determinada área geográfica e não a outra Fonte: ambientebrasil.com.br. Atualmente, existem cerca de 1,6 milhões de espécies conhecidas, mas se projetarmos este número com aquelas espécies não conhecidas, podemos dizer que a biodiversidade existente está muito além deste número. Alguns autores estimam em 5 milhões de espécies, outros em 30, 50 e até 80 milhões. É importante frisar que cada espécie ocupa uma região geográfica determinada. Qual ou quais os fatores que determinaram essa distribuição? Quais são seus parentes? Quem são seus ancestrais? Obviamente existiram milhões de seres que viveram no passado e encontram-se agora extintos, conhecendo-se apenas frações – fósseis – desses grupos. Estes registros nos fornecem dados sobre o meio ambiente do passado, como era o clima, tipo de vegetação predominante etc. A Biogeografia pode ser: • Biogeografia fenética - área de distribuição individual. • Biogeografia de dispersão - composição e afinidades de regiões e localidades. Centros de origens e história da dispersão de táxons (Biogeografia Filogenética). • Biogeografia Vicariante e Panbiogeografia - área de distribuição congruente de táxons de filogenia distinta. Um problema interessante é a disjunção de alguns animais e plantas. Existem grupos filogeneticamente próximos que habitam áreas totalmente separadas atualmente. O estudo destas espécies, que são chamadas espécies vicariantes, é bastante importante para o entendimento destas áreas. 2.2 – Dispersão A dispersão descreve o movimento dos indivíduos para além dos limites de sua área de distribuição. causa principal das disjunções (Darwin-1859, Wallace-1876, Matthew-1915, Mayr-1946, Simpson-1953, 1965, Raven e Axelrod-1974). A dispersão e a biogeografia filogenética coincidem no objetivo primordial de buscar os centros de origem a partir dos quais se dispersaram os táxons para chegar à distribuição atual. Segundo Wiley (1981), podemos resumir em cinco princípios: O enfoque dispersalista considera basicamente que as dispersões, a partir de centros de origem, são a Evolução e Biogeografia.indd 20 1 - Os táxons aparecem em áreas limitadas da Terra (centros de origem) de onde se produz especiação subsequente. 13/1/2009 14:42:07 2 - O centro de origem de um táxon pode ser estimado com critérios específicos. 3 - As espécies novas evoluem e se dispersam. 4 - Os seres vivos se dispersam tanto quanto sua capacidade permite. 5 - O registro fóssil é fundamental para o esclare- cimento da história biogeográfica, pois falam mais acerca do seu centro de origem. 21 A biogeografia filogenética emprega cladogramas com o objetivo de identificar os centros de origem dos táxons analisados. 2.3 – Teoria dos Refúgios Existe um aumento de evidências geológicas ou paleoclimáticas que suportam mudanças climáticas drásticas durante o Quaternário nas regiões equatoriais. Estas mudanças resultaram em contrições das florestas chuvosas e concomitantes expansões de habitats não-florestais durante os períodos áridos (glaciais) e expansão das florestas chuvosas e constrição das áreas não-florestais durante os alternantes períodos úmidos (interglaciais). Os refúgios correspondem a áreas geográficas com limites distintos e tendem a ser pequenas áreas. Os refúgios são áreas de grande interesse, pois envolvem uma amostragem da biota regional. Explicam a sobrevivência em larga escala. Algumas críticas existem a respeito desta teoria. 2.4 – Biogeografia de Ilhas, Panbiogeografia e Vicariância Biogeografia de Ilhas Biogeografia de Vicariância A diferença entre as biotas do continente e ilhas oceânicas se deve à história de separação e dificuldade de dispersão sobre a barreira de água. Darwin (1859) e Wallace (1869,1880) estão entre os primeiros a escrever sobre as ilhas. A vicariância diz respeito à ruptura de uma população em duas subpopulações, pelo aparecimento posterior de uma barreira. O número de espécies existentes numa ilha depende de uma série de fatores, não somente sua área e topografia, mas a diversidade de seus habitats, acessibilidade para colonização e a riqueza de seus mananciais, bem como o equilíbrio entre a percentagem da colonização por novas espécies e a percentagem de extinção das espécies existentes. Barreiras representam qualquer fator climático ou topográfico ou uma combinação de fatores que impossibilitem a distribuição de um organismo. Essa barreira pode ter sido originada a partir da ruptura de continentes (deriva continental), ou a partir de outros eventos geológicos, climáticos ou ecológicos, como o surgimento de desertos ou o soerguimento de cadeias de montanhas. Um ponto bastante interessante é o estudo de refúgios florestais e se estes refúgios podem ser considerados “ilhas’” dentro de um contexto maior de áreas degradadas. A Biogeografia de Vicariância pode ser dividida em Biogeografia Cladística e Panbiogeografia, e que procura uma explicação geral tendo como idéia que a evolução das áreas afeta a evolução dos táxons. Panbiogeografia Síntese O método de Croizat é basicamente comparar cuidadosamente áreas de distribuição disjunta de táxons (as localidades) e conectá-las por linhas, chamadas tracks (traços ou trilhas). BIOGEOGRAFIA • Distribuição dos seres vivos no planeta. • Tenta compreender os padrões de distribuição. • Biogeografia ecológica - analisa padrões individuais ou população em escala local. • Biogeografia histórica - analisa padrões em escala global considerando processos tectônicos e macroevolutivos. A união de um par de áreas de distribuição disjunta é uma trilha individual. A reunião de diversas linhas individuais de táxons, não relacionados filogeneticamente entre si, mostrou que existe um grande número de trilhas que coincidem com sua trajetória. Esta congruência foi chamada de trilhas generalizadas. Evolução e Biogeografia.indd 21 DISPERSÃO • Explicação dos padrões de distribuição do endemismo. 13/1/2009 14:42:08 22 • Descreve o movimento dos indivíduos para além dos limites de sua área de distribuição Objetivo: Manutenção da coesão da espécie. • A partir dos centros de origem dispersaram para a distribuição atual. • É considerada a principal causa das disjunções. REFÚGIOS • Fatores que influenciaram na distribuição atual. • Correspondem a áreas geográficas com limites distintos e são pequenas áreas. • Contração e expansão de florestas. • Pleistoceno. • Avanço do Cerrado. BIOGEOGRAFIA DE ILHAS • Isolamento. • Ponto de equilíbrio entre a taxa de extinção e imigração. VICARIÂNCIA • Distribuição da espécie ancestral. • É fragmentada em duas ou mais áreas. • Disjunção não é o movimento da espécie para outra área mas o aparecimento de barreira que isola as populações. • A soma das áreas atualmente disjuntas deverá resultar na distribuição geográfica original. • Padrão de distribuição disjunta - quando espécies estão separadas além da capacidade de dispersão. PANBIOGEOGRAFIA • Traço individual (track) • Fragmentados por eventos físicos Exercícios de Fixação 1. Explique a teoria de refúgio. 2. O que é espécie transformadora? 3. Defina Biogeografia. 4. Defina dispersão e informe seu objetivo. Exercícios de Autoavaliação 1. Para responder à questão, considere as informações e o cladograma apresentados abaixo, que mostra as principais relações evolutivas no filo Annelida. As apomorfias utilizadas estão numeradas e seus significados constam da lista que segue (Retirado de Provão do MEC). (Modificado de BRUSCA, R.C., BRUSCA, G.J. Invertebrates. Sunderland, USA: Sinauer Associates, 1990. p. 432) 1. cerdas numerosas 2. parapódios 3. região cefálica complexa 4. hermafroditismo simultâneo 5. clitelo 6. perda do estágio larval de vida livre 7. redução do número de cerdas 8. redução de septos e fusão dos compartimentos celômicos 9. ventosas oral e posterior 10. perda das cerdas Evolução e Biogeografia.indd 22 13/1/2009 14:42:08 Segundo o esquema: (A) a classe I é ancestral de II e III. (B) a classe III é ancestral de I e II. (C) as classes II e III formam um grupo monofilético. (D) as classes I e II formam um grupo monofilético. (E) as classes II e III formam um grupo parafilético. 23 2. Baseando-se no cladograma abaixo e sabendo que as letras representam os seguintes taxons: A- algas, B- musgo, C- Araucária, D- Magnólia, E- Orquídea, é correto afirmar que Algas é grupo irmão de D, E? Justifique. Evolução e Biogeografia.indd 23 13/1/2009 14:42:08 24 Se você: 1) 2) 3) 4) concluiu o estudo deste guia; participou dos encontros; fez contato com seu tutor; realizou as atividades previstas; Então, você está preparado para as avaliações. Parabéns! Evolução e Biogeografia.indd 24 13/1/2009 14:42:08 Glossário 25 CI - índice de consistência. Convergência - desenvolvimento de caracteres similares de diferentes caracteres preexistentes. Fluxo gênico - corresponde ao movimento dos genes dentro da população e entre populações vizinhas, podendo levar, em alguns casos, a mudanças na frequência gênica da população. Homoplasia – “Relação de semelhança entre estruturas em indivíduos ou espécies distintos presentes em cada um deles devido a ocorrência independente, em níveis de generalidade distintos, de modificações que resultaram na forma final semelhante” (AMORIM, 1997: 268). Monofilético - “Grupo taxonômico composto por uma espécie ancestral e todas as espécies descendentes” (AMORIM, 1997: 267). Mutação - corresponde a uma mudança hereditária súbita no caráter fenotípico causada por uma alteração abrupta no material genético. Os efeitos da mutação no fenótipo podem ser mínimos (micromutações) ou com grande mudança (macromutações). Paralelismo - desenvolvimento independente de caracteres similares de um mesmo caráter plesiomórfico. Parafilia (não-natural) - um grupo parafilético é aquele que inclui o ancestral comum e alguns, mas não todos, dos seus descendentes. Se você não encontrou o que procurava aqui, consulte a bibliografia indicada. Evolução e Biogeografia.indd 25 13/1/2009 14:42:08 26 Gabarito Unidade I Unidade II Exercícios de Fixação 1. Correspondem a áreas geográficas com limites distintos e são pequenas áreas de Contração e expansão de florestas. 2. Indivíduo reprodutivo que pode ser distinto dos demais, tornando-se irrelevante o intercruzamento de indivíduos, que seria plesiomórfico (ancestral). 3. Distribuição dos seres vivos no planeta. 4. Descreve o movimento dos indivíduos para além dos limites de sua área de distribuição. Objetivo: Manutenção da coesão da espécie. Exercícios de Autoavaliação 1. C. 2. Não, pois a mesma não apresenta ancestralidade comum aos outros dois grupos, que são considerados irmãos. Evolução e Biogeografia.indd 26 13/1/2009 14:42:08 Referências Bibliográficas 27 AMORIM, D. S. Elementos básicos de sistemática filogenética. São Paulo: Sociedade Brasileira de Entomologia: 1997. 307 p. HENNIG, W. Elementos de uma sistemática filogenética. Buenos Aires: Eudeba - Editorial Universitária de Buenos Aires, 1968. 353 p. MORRONE, J. J., D. SPINOSA, J. HORENTE-BOUSQUETS. Manual de biogeografia histórica. Universidad Nacional Autônoma do México, 1996. 155 p. Evolução e Biogeografia.indd 27 13/1/2009 14:42:08 Evolução e Biogeografia.indd 28 13/1/2009 14:42:08