PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2015
TEMA – O COMEÇO DE TODAS AS COISAS – Estudos sobre o livro de Gênesis
COMENTARISTA : CLAUDIONOR CORREA DE ANDRADE
COMENTÁRIO: EV. CARAMURU AFONSO FRANCISCO
ASSEMBLEIA DE DEUS – MINISTÉRIO DO BELÉM – SEDE – SÃO
PAULO/SP
ESBOÇO Nº 13
LIÇÃO Nº 13 – JOSÉ, A REALIDADE DE UM SONHO
Com José, Deus inicia a transformação do clã de Jacó em nação.
INTRODUÇÃO
- Terminando o estudo do livro de Gênesis, estudaremos hoje o chamado “ciclo de
Jose”, que ocupa os capítulos 37 a 50.
- Com José, Deus inicia a transformação do clã de Jacó em nação.
I – A PREDILEÇÃO DE JACÓ POR JOSÉ E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS
- Estamos a terminar não só mais um trimestre letivo, mas o próprio ano letivo de 2015
da Escola Bíblica Dominical, agradecendo a Deus pela oportunidade de termos tido a
liberdade de poder estudar a Sua Palavra.
- Finalizando o estudo do tema “O começo de todas as coisas: estudos sobre o livro de
Gênesis”, estaremos a analisar o chamado “ciclo de José”, que é a parte final do livro de
Gênesis, em que a personagem principal passa a ser José, o décimo segundo filho de
Jacó, o primeiro filho de Raquel, que foi o instrumento nas mãos do Senhor para que se
iniciasse a transformação do clã de Jacó, que tinha setenta pessoas (Cf. Ex.1:5), em uma
nação que, quando saiu do Egito, tinha seiscentos mil homens em condições de ir à
guerra, fora as mulheres e crianças (Cf. Ex.12:37).
- Como temos salientado nestas três últimas lições, em que o comentarista optou por dar
apenas algumas “pinceladas” na segunda grande parte do livro de Gênesis, que trata da
origem do povo de Israel, narrando a vida dos patriarcas, faremos uma sucinta análise
do tema proposto, que, no presente caso, abarca treze capítulos, convidando os irmãos a
assistirem aos vídeos que o Portal Escola Dominical disponibilizou ao longo do
trimestre onde, em doze estudos, procura dar maior profundidade à análise dos capítulos
12 a 50 do livro de Gênesis.
- Consoante vimos no apêndice ao trimestre, que tratou do “ciclo de Jacó”, tema que foi
desconsiderado pelo comentarista neste trimestre, depois de ter finalmente entrado no
centro da vontade de Deus, Jacó teve a ocorrência de dois fatos que marcariam o
seu comportamento dali para a frente, quais sejam, a morte de Raquel no parto do
seu último filho Benjamim (Gn.35:16-21) e a desonra sofrida por parte de seu
primogênito, Rúben, que se deitou com a concubina de seu pai, Bila (Gn.35:22).
- Jacó, diante desta circunstância, passou a demonstrar uma predileção pelo seu
filho José. O ato de Rúben, extremamente grave, gerou no velho patriarca a convicção
de que não era ele aquele a quem se transferiria a bênção de Abraão. Os seus dois outros
1
filhos mais velhos, Simeão e Levi, também haviam cometido horrendo pecado, matando
os siquemitas (Gn.34), de sorte que o patriarca, lembrando do que ocorrera com ele
mesmo, passou a acalentar a ideia de que a bênção de Abraão haveria de ser transferida
a José, o primogênito de Raquel, que, afinal de contas, era a mulher amada por Jacó.
- Dentro desta ideia (equivocada, porquanto não era mais plano de Deus postergar a
multiplicação do clã para a sua transformação em uma nação), bem como como
consequência de seu grande amor por Raquel, Jacó repete o erro de seus pais e passa a
manifestar uma predileção por seu filho José em detrimento dos outros doze filhos que
possuía.
- José era um rapaz muito correto e, por ser mais novo que seus irmãos, com exceção
de Benjamim, sofreu muito menos as nefastas consequências da má educação que a
família de Jacó tinha tido enquanto esteve em Padã-Arã. Ele e Benjamim, certamente,
foram os que mais se beneficiaram com a purificação da família ocorrida antes de irem
a Betel, ainda em Siquém (Gn.35:1-7), purificação esta que foi consolidada com a morte
de Débora, a ama de Rebeca e que tinha sido a pessoa responsável pela adoção, por
parte dos filhos de Jacó, da cultura arameia.
- José, diante desta formação mais intensa na doutrina e admoestação do Senhor,
trazia ao seu pai Jacó informações da conduta nada agradável de seus irmãos
(Gn.37:2) e, como Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos (Gn.37:3), tais
notícias fizeram com que a predileção por José se aguçasse ainda mais, a ponto de Jacó,
imprudentemente, ter confeccionado uma túnica de várias cores e a presenteado a seu
filho predileto.
- Jacó repetia, assim, o erro de seus pais Isaque e Rebeca, tratando com parcialidade os
seus filhos. Isto jamais deve acontecer num lar. Os pais devem se conscientizar que seu
papel é de participantes com Deus da criação de novas vidas e que os filhos, sem
exceção, são herança do Senhor (Sl.127:3) e, como representantes do próprio Deus em
relação aos filhos, devem os pais se portar como o próprio Senhor, ou seja, sem
parcialidade, sem fazer acepção de pessoas (Dt.10:17; At.10:34).
- Jacó, no entanto, não observou isto e seu comportamento, que alcançou seu auge
ao presentar seu filho com uma túnica de muitas cores, acabou por gerar nos
irmãos de José um ódio de tal maneira que seus irmãos já não podiam mais falar
pacificamente com ele (Gn.37:4).
- Esta situação deteriorou-se ainda mais porque José teve um sonho e o contou a
seus irmãos. Neste sonho, José se via e a seus irmãos atando molhos no meio do campo
e o molho de José se levantava e também ficava em pé e os molhos de seus irmãos se
inclinavam ao seu molho (Gn.37:6,7). Todos interpretaram este sonho como sendo a
previsão de que José dominaria sobre os seus irmãos e isto fez com que seus irmãos
aumentassem ainda mais o ódio contra José.
- Como se isto fosse pouco, José ainda teve outro sonho e, neste sonho, sol, lua e onze
estrelas se inclinavam diante de José. José, de tenra idade, ainda sem experiência da
vida, contou este sonho também a seu pai e a seus irmãos. O próprio Jacó, que, de
algum modo, já estava a notar o ambiente hostil contra seu filho predileto, repreendeu
2
José após ter sabido de sonho, também indagando José se ele haveria de dominar
inclusive sobre o próprio Jacó (Gn.37:10).
- Diante destes sonhos, a inveja e o ódio dos irmãos de José alcançaram níveis
muito intensos. Jacó, ainda que tivesse repreendido seu filho, verificou que se tratava
de sonhos proféticos e, por isso, guardou este assunto em seu coração, ainda que,
sabidamente, não entendia como poderia José dominar até sobre ele próprio.
- Jacó, então, mandou que José fosse até junto de Siquém, onde seus irmãos estavam a
apascentar o rebanho, mas lá chegando, não os achou, sendo informado de que tinham
ido a Dotã. Quando José se aproximava de seus irmãos, estes viram uma ocasião
para se livrar daquele irmão que tanto odiavam e invejavam e resolveram matá-lo
(Gn.37:14-18).
- Neste episódio, vemos a realidade que seria explicitada pelo Senhor Jesus no sermão
do monte, qual seja, a de que quem odeia seu irmão é um homicida (Mt.5:21,22), ensino
que seria repetido anos mais tarde pelo apóstolo João (I Jo.3:15). O ódio está por detrás
de todo derramamento de sangue e muitos não derramam o sangue por falta de
oportunidade tão somente. Foi o que ocorreu com os irmãos de José. Eles já o odiavam
há muito e, agora, longe dos olhos de seu pai, tiveram a oportunidade para transformar
seu ódio em derramamento de sangue.
- O ódio que tinham pelo seu irmão era tão grande que o chamaram de “sonhador mor”
(Gn.37:19), a mostrar, claramente, que os sonhos contados por José haviam sido a “gota
d’água” do ódio já acalentado pelos irmãos diante da predileção de Jacó pelo
primogênito de Raquel.
- José foi, então, aprisionado por seus irmãos, que queriam matá-lo, jogá-lo numa cova
e, depois, diriam que uma besta-fera o havia comido e, assim, queriam invalidar os
sonhos tidos pelo irmão (Gn.37:20). Vemos aqui como aqueles homens estavam
movidos pelo inimigo de nossas almas que procurava, de toda maneira, impedir que a
nação de Israel se formasse.
- Por primeiro, estavam todos animados com uma intenção homicida e o diabo é
homicida desde o princípio (Jo.8:44). Por segundo, já haviam arquitetado a mentira que
contariam, dizendo que uma besta-fera o comera e não podemos nos esquecer que o
diabo é o pai da mentira (Jo.8:44). Por fim, queriam eles desfazer dos sonhos de José,
sonhos proféticos, a mostrar, deste modo, toda uma rebeldia contra o que seria a suposta
vontade de Deus, uma manifestação de soberba e de rebelião contra o Senhor, mais uma
característica típica do diabo (Is.14:13,14; Ez.28:6).
- No entanto, Rúben, o primogênito de Jacó (ainda que só biologicamente a esta altura
dos acontecimentos), tomou a frente de seus irmãos, impedindo que fosse derramado o
sangue de José e consentindo apenas que fosse ele lançado na cova, mandando,
inclusive, que deveria ele tornar a seu pai. Isto foi feito, mas, como prova da inveja e
ódio que tinham seus irmãos, tiraram dele a túnica de várias cores que recebera de
presente de seu pai (Gn.37:21-24).
- Enquanto José estava na cova, seus irmãos foram comer, demonstrando toda a sua
insensibilidade e falta de amor. Enquanto comiam, viram a aproximação de uma
3
companhia de ismaelitas, comerciantes ambulantes que faziam o comércio entre o Egito
e as demais nações do Oriente Médio. Judá, então, teve a ideia de vender José para estes
mercadores, tirando assim proveito de o ter lançado na cova, evitando, deste modo, que,
segundo o conselho de Rúben, se deixasse que retornasse a Jacó, onde, certamente,
contaria tudo o que havia se passado com ele.
- Judá convenceu a todos os irmãos e assim se fez, sendo José vendido por vinte
moedas de prata e levado para o Egito pelos ismaelitas. Rúben estava ausente neste
momento e, quando retornou, ao ver a cova vazia, rasgou seus vestidos, pensando que
ele havia sido morto, mas seus irmãos lhe contaram o que acontecera e forjaram uma
mentira, tomando a túnica de José, tingindo-a com sangue de um cabrito e a levando até
Jacó, enganando seu pai, dizendo que uma besta-fera havia comido o seu filho predileto
(Gn.37:29-34).
- Jacó era mais uma vez enganado na sua vida, agora pelos seus próprios filhos,
passando a crer que seu filho predileto José havia morrido. Verdade é que Jacó não
compreendia este fato, máxime ante os sonhos tidos e contados por José. Mas por que
Jacó era assim enganado uma vez mais, mesmo depois de ter entrado no centro da
vontade de Deus? Basicamente por dois motivos: primeiro, porque, mesmo após sua
transformação, havia mentido para seu irmão Esaú (Gn.33:12-17) e tinha de se submeter
à lei da ceifa, máxime sendo, agora, um fiel servo do Senhor (Cf. Mt.5:23-26); segundo,
porque tinha uma visão equivocada a respeito do prosseguimento do plano divino para a
formação da nação de onde viria o Redentor e a “saída de cena” de José propiciaria ter
ele o correto entendimento sobre isto, inclusive de que a primogenitura passaria a Judá e
não a José.
- Já neste início de vida de José, vemos como este filho de Jacó se apresenta como um
tipo de Cristo Jesus. Assim como José, o Senhor Jesus foi alvo do ódio e da inveja de
Seus irmãos, não apenas dos Seus irmãos carnais (Cf. Jo.7:3-4), mas dos israelitas como
um todo, que eram seus irmãos, já que eram todos descendentes de Jacó (Cf. Jo.1:11;
8:39-59); assim como José, o ódio foi tanto que os judeus, por inveja, resolveram matar
o Senhor Jesus (Cf. Mt.12:14; 26:4; 27:1,18; Mc.15:10; Jo.11:53); assim como José, o
Senhor Jesus também foi vendido, só que por trinta moedas de prata e não apenas vinte
moedas como o primogênito de Raquel (Mt. 26:15; 27:3).
II – JOSÉ NO EGITO
- Os ismaelitas foram para o Egito e levaram José consigo, após tê-lo adquirido por
vinte moedas de prata e, no Egito, o puseram à venda e José foi comprado por Potifar,
capitão da guarda de Faraó (Gn.38:36; 39:1). O texto diz que Potifar era “eunuco”,
palavra que poderia tanto significar um alto funcionário quanto a própria circunstância
de ser uma pessoa castrada (normalmente, os altos funcionários dos reis eram castrados
para evitar que tivessem relacionamento íntimo com as mulheres e concubinas do rei).
- Antes de prosseguirmos na análise da vida de José, é interessante notar que, no livro
de Gênesis, há uma interrupção em a narrativa da biografia deste filho de Jacó para se
tratar da história de Judá e Tamar, no capítulo 38. Tal interrupção não deve ser
considerada como um erro de algum copista ou uma incongruência do próprio autor,
mas, consoante já dissemos supra, a primogenitura havia passado a Judá, ante os
descalabros cometidos por Rúben, Simeão e Levi e o texto, então, foca em Judá, para
4
mostrar que, apesar dos erros cometidos (e foi Judá quem instigou os seus irmãos a
vender José), Judá teve a capacidade de reconhecer seu erro (e isto será mostrado mais
adiante em relação ao próprio José) e, por ter se arrependido, Judá, ao contrário de seus
outros irmãos, não perdeu esta primogenitura e será, por isso mesmo, de sua linhagem
que virá o Salvador, o Messias.
- Mas, retornando à vida de José, vemos que, apesar de abandonado por seus irmãos e
vendido como escravo numa terra estranha, o texto bíblico é claro ao afirmar que o
Senhor estava com ele (Gn.39:2).
- Apesar de toda aquela situação tão adversa e inexplicável, José não deixou de ter
comunhão com Deus e, mesmo sendo um escravo, mesmo tendo sido traído por seus
irmãos, José se manteve fiel a Deus e o Senhor era com ele, de tal modo que prosperou
na casa de Potifar e tudo quanto José fazia o Senhor prosperava na sua mão (Gn.39:2).
Lembramos aqui do que diz o salmista no Sl.1, dizendo que aquele que medita de dia e
de noite na Palavra do Senhor e tem prazer na Sua lei será bem-aventurado e tudo
quanto fizer prosperará (Sl.1:1-3).
- Muitos triunfalistas irresponsáveis têm tomado a história de José para apregoar as
mentiras da confissão positiva, fazendo questão de usar a vida de José como uma prova
de que “os sonhos se tornarão realidade”, que não podemos “abrir mão dos nossos
sonhos”, que “Deus há de cumprir nos nossos sonhos”. No entanto, deixam de dizer ao
povo o que realmente a Bíblia diz: José teve, sim, sonhos proféticos, mas viveu agruras
imensas, mas, seja como filho predileto na casa de seu pai, seja como escravo na casa de
Potifar, ele se mantinha o mesmo, fiel ao Senhor e observador da Sua lei. Havia
comunhão entre o Senhor e José, independentemente das circunstâncias vividas por José
sobre a face da Terra.
- Deus fez José prosperar na casa de Potifar, pois o objetivo divino não era que José
permanecesse naquela casa, mas, sim, que viesse a governar o Egito para, por seu
intermédio, levar o clã de Jacó para se tornar a grande nação que prometera a Abraão.
Mas, se esta era a vontade de Deus, algo que José ainda não sabia, o fato é que, por ser
fiel a Deus, José passou a fazer o que lhe era mandado na casa de Potifar. Deus fez
prosperar José, mas José também sempre fez o que lhe era mandado. Deus prosperava o
que José fazia. Temos feito algo para que o Senhor possa prosperar? Não nos
esqueçamos do que diz o pregador: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o
conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem
indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma” (Ec.9:10).
- O resultado do trabalho fiel e dedicado de José, com as bênçãos do Senhor, foi
que Potifar percebeu o valor daquele jovem, que contava com apenas 17 anos quando
foi para o Egito, e o acabou constituindo como seu mordomo, ou seja, como o
principal servo, entregando na sua mão tudo quanto tinha (Gn.39:4).
- José era formoso de parecer e formoso à vista e seu progresso logo aguçou a
mulher de Potifar, que passou a desejá-lo, iniciando um assédio ao mordomo de
seu marido. José, no entanto, fiel ao Senhor, não aceitou as ofertas trazidas por aquela
mulher. Não era fácil para um jovem, cheio de virilidade, resistir a este assédio, até
porque tudo indica que aquela mulher, pela própria posição social que ocupava e por se
5
tratar de uma egípcia, com acesso a todas as formas de embelezamento existentes
naquela época, deveria ser extremamente atraente.
- José, porém, tinha um firme propósito de servir a Deus, de Lhe ser fiel, como
também a seu senhor. A mulher de Potifar, que a tradição judaica diz que se chamava
Zuleica, então urdiu um plano para ficar a sós com José. Estando só com José, quis
força-lo a manter relações sexuais com ela, mas José fugiu dela, não aceitando trair o
seu senhor e mantendo a sua castidade. A mulher de Potifar ficou apenas com o vestido
de José e, diante do malogro de seu plano, acabou por mentir, dizendo a Potifar que José
a havia tentado abusar, mostrando o vestido de José como prova (Gn.39:7-18).
- José traz-nos uma importante lição neste episódio, máxime para os jovens. Devemos
manter a castidade, ou seja, a pureza sexual, jamais praticando o sexo antes ou fora do
casamento. José tinha tudo, humanamente falando, para ceder aos encantos da mulher
de Potifar, mas preferiu ser fiel ao Senhor. José fugiu da tentação sexual, pois de tal
pecado, que é contra o próprio corpo, devemos fugir. Por isso, aliás, o apóstolo Paulo
nos manda fugir da prostituição (I Co.6:18).
- Nos dias difíceis em que estamos a viver, quando aumenta consideravelmente a
imoralidade sexual, devem os jovens cristãos fugir disto, evitando, assim, ambientes e
situações que favoreçam a sensualidade e levem à queda por descontrole da libido, dos
instintos sexuais, já que há um verdadeiro bombardeio satânico para estimular e
incentivar tais práticas. José ensina-nos que só fugindo de tais situações poderemos nos
manter puros para que vivamos a vida sexual nos limites e parâmetros determinados
pelo Senhor à humanidade.
- Ao saber da história, Potifar poderia ter simplesmente mandado matar José. Ele se
encheu de ira (Gn.39:19), mas o capitão da guarda de Faraó devia bem conhecer a
mulher que tinha e, por isso, em vez de mandar matar José, preferiu entregá-lo na
casa do cárcere, no lugar onde os presos do rei estavam presos (Gn.39:20).
- Ficamos a imaginar como estava a mente de José nesta situação. Depois de vendido
por seus irmãos como escravo, agora tinha novo infortúnio. Acusado falsamente pela
mulher de seu senhor, agora se via no cárcere, preso por um crime que não havia
cometido. Como deixar de fazer o cotejo entre os sonhos que tivera e sua miserável
situação? Entretanto, mesmo no cárcere, mesmo injustiçado, o texto bíblico diz que o
Senhor estava com José e estendeu a Sua benignidade, a ponto de, a exemplo do que
havia ocorrido na casa de Potifar, ter achado graça aos olhos do carcereiro-mor. José
tornava-se, assim, um mordomo do carcereiro-mor, passando José a fazer tudo o que se
fazia ali na casa do cárcere, tendo, nas suas mãos, todos os presos do rei. Mais uma vez
o Senhor prosperava o que José estava a fazer (Gn.39:21-23).
- Os anos se passaram e José já contava com vinte e oito anos de idade, onze anos
no Egito. Um dia, estava a fazer o seu serviço, quando dois altos oficiais de Faraó que
ali estavam aprisionados, o padeiro-mor e o copeiro-mor de Faraó, tiveram um sonho,
que os deixou perturbados. José notou que estavam atribulados e lhes perguntou o
porquê daquela perturbação. Nesta pergunta de José, vemos como o jovem era uma
pessoa que se compadecia dos outros, tendo aqui mais um traço que põe José como
figura de Cristo Jesus.
6
- Os dois prisioneiros, então, contaram o sonho para José. O copeiro-mor foi o
primeiro que contou o sonho, dizendo que sonhara com três sarmentos numa vide, que
brotavam, davam flores e frutos e os cachos madureciam e que o copo de Faraó estava n
sua mão e tomava as uvas e as espremia no copo de Faraó e dava aquele copo a Faraó.
José, então, interpretou o sonho dizendo que, dentro de três dias, o copeiro-mor seria
restaurado à sua função (Gn.40:9-13).
- Animado com a interpretação do sonho do copeiro-mor, o padeiro-mor também contou
o seu sonho, que eram três cestos brancos que estavam sobre a sua cabeça, sendo que no
cesto mais alto havia os manjares de Faraó e as aves do céu comiam do cesto sobre a
sua cabeça. José, então, interpretou o sonho dizendo que, dentro de três dias, o padeiromor seria morto por ordem de Faraó e as aves do céu comeriam da sua carne (Gn.40:1719).
- Assim como José havia interpretado, aconteceu, pois, três dias depois, dia do
aniversário de Faraó, o copeiro-mor foi restituído ao seu posto e o padeiro-mor,
executado.
- José havia pedido ao copeiro-mor que, uma vez restituído na sua função, intercedesse
por José, para o retirar da prisão, já que estava ali injustamente (Gn.40:14,15), mas o
copeiro-mor se esqueceu de José (Gn.40:23).
- Dois anos se passaram e parecia que José não teria como sair daquela prisão. No
entanto, no tempo de Deus, Faraó teve um sonho que muito o perturbou, Faraó vira
sete vacas que subiam do rio Nilo, formosas à vista e gordas de carne, que pastavam no
prado e, depois, surgiam outras sete vacas, feias à vista e magras de carne que vinham e
engoliam as sete primeiras vacas, mantendo-se feias e magras. Faraó, então, teve outro
sonho, em que via sete espigas cheias e boas, mas, depois, delas brotavam sete espigas
miúdas, que devoravam as espigas grandes e cheias (Gn.41:1-6).
- Faraó, perturbado com estes sonhos, chamou todos os sábios de sua corte para que
houvesse a interpretação, mas ninguém pôde fazê-lo. Em meio àquela perplexidade no
palácio de Faraó, o copeiro-mor lembrou-se de José e falou a respeito dele para Faraó,
que mandou que José fosse chamado até a sua presença. José foi, então, à presença de
Faraó e interpretou o sonho dizendo que os dois sonhos eram um só e que havia
sido repetido porque aquilo era algo que vinha de Deus, era um sonho profético. O
Senhor estava a dizer a Faraó que haveria sete anos de fartura sem igual no Egito, mas,
depois dos sete anos, sobreviria uma grande fome também por sete anos, que aniquilaria
toda a fartura anterior e que, por isso, deveria Faraó se cercar de alguém que, durante os
sete anos de fartura, auferisse provisões para que o povo pudesse suportar os sete anos
de fome (Gn.41:7-37).
- Diante de tal interpretação precisa, acompanhada de solução para o problema,
Faraó não teve dúvidas de que a pessoa mais preparada para lidar com aquela
situação era o próprio José e, em razão disto, o constituiu como governador do
Egito, como a segunda autoridade no reino, inferior somente a Faraó. Retirou seu anel
do seu dedo e o pôs na mão de José, fê-lo vestir de vestidos de linho e pôs um colar de
ouro no seu pescoço, determinando que todos se prostrassem diante de José, tendo,
ademais, dado a José o nome de Zafenate-Paneia, cuja tradução é o “salvador do
mundo” (Gn.41:38-45).
7
- Depois de treze anos de agruras e sofrimentos, José era guindado da casa do
cárcere à condição de governador do Egito. Era tão somente
e apenas o começo do cumprimento dos sonhos proféticos que José tivera.
- Neste episódio, também, vemos aqui mais uma demonstração de que José é tipo de
Jesus Cristo. Assim como José foi guindado da casa do cárcere para ficar junto ao
trono de Faraó, o Senhor Jesus da mansão dos mortos foi guindado até o trono do Pai
nos céus (Cf. At.3:18,20,21); assim como José recebeu toda a autoridade da parte de
Faraó, o Senhor Jesus também recebeu todo o poder nos céus e na terra (Cf.Mt.28:18);
José recebeu o nome de Zafenate-Paneia, ou seja, “o salvador do mundo”, prefigurando
Aquele que seria o Salvador da humanidade, Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
III – JOSÉ, O GOVERNADOR DO EGITO
- Faraó deu Asenate, filha de Potífera, sacerdote de Om para esposa a José que, assim,
pôde constituir família, tendo tido a dois filhos: o primogênito, Manassés, nome cujo
significado é “que faz esquecer”, porquanto Deus o havia feito esquecer de todo o seu
sofrimento e da casa do seu pai; o segundo, Efraim, cujo significado é “duplamente
frutífero”, porque Deus o fizera crescer na terra da sua aflição (Gn.41:50-52).
- Nestes nomes dados por José a seus filhos, notamos que o governador do Egito
ainda não compreendera o que estava a se passar. Ao ter Manassés, demonstra que
havia entendido que o tempo do sofrimento havia passado, mas que deveria se esquecer
da casa do seu pai. Havia, também, esquecido dos sonhos proféticos que tivera, achava
que nada mais tinha que realizar em prol da realização das promessas de Abraão a seu
pai Jacó. Quando teve Efraim, veio-lhe, ainda, com maior intensidade este sentimento,
porquanto tinha entendido que a bênção divina estava tão somente relacionada a sua
estada no Egito, que seria a terra da sua bênção. Como José estava equivocado...
- Assim como José havia dito, o Egito teve sete anos de fartura e, durante este
tempo, José se encarregou de armazenar o mantimento para os sete anos de fome
que haveriam de vir. No entanto, findos os sete anos, sobreveio a fome, conforme a
interpretação do sonho dado a José e, então, forma abertos os armazéns e José começou
a vender mantimento para os egípcios e não só para os egípcios, mas também dos povos
em volta, pois a fome prevalecia em todas as terras.
- Esta fome também atingiu Canaã e Jacó, então, mandou que seus filhos fossem ao
Egito, pois havia notícia de que ali havia comida para ser adquirida. José era
encarregado da venda dos mantimentos e, ao ver seus irmãos, reconheceu-os e, como
todos os que vinham ao seu encontro, também eles se inclinaram ante ele com a face na
terra. José via, assim, o cumprimento do sonho profético que tivera muitos anos antes.
- José reconheceu seus irmãos, mas eles não o reconheceram (Gn.42:8). Temos aqui
mais uma demonstração de José como figura de Cristo Jesus. Quando o Senhor Jesus
veio para os judeus, estes também não O reconheceram como o Messias (Cf. Jo.1:11).
- José os tratou asperamente, mostrando-se estranho para com eles e lhes perguntou
de onde vinham, tendo eles dito que tinham vindo de Canaã, o que confirmou a José que
se tratava de seus irmãos. José fê-los contar toda a sua história e, então, disse deles
8
desconfiar, considerando-os espiões e determinou que não saíssem do Egito enquanto o
seu irmão mais novo não fosse levado até o Egito. José prendeu seus irmãos e, três dias
depois, mudou de parecer, dizendo para que um só ficasse preso e o restante levasse
mantimento para a casa do seu pai.
- José agia sob direção de Deus e esta aspereza nada mais era que a retribuição pelo
que seus irmãos haviam feito com ele. Entendamos bem isto: não se tratava, em
absoluto, de uma vingança de José, mas, sim, de circunstâncias criadas por Deus para
que os irmãos de José reavaliassem o que haviam feito e dissipassem o ódio que
haviam tido para com José.
- Tanto assim é que, ante a ordem de José para que um dos irmãos ficasse preso, de
imediato veio à consciência de seus irmãos o que haviam feito com José. Reconheceram
a culpa no episódio, lembrando de quando haviam sido insensíveis ao clamor de José.
Rúben, inclusive, fez questão de afirmar que, naquele instante, o sangue de José era
requerido. José tudo ouviu e saiu dali para chorar, numa prova de que não estava a se
vingar de seus irmãos, mas via a mão de Deus atuando naquelas circunstâncias.
Escolheu, pois, Simeão para ficar preso no Egito e os mandou de volta para Canaã,
não antes de determinar que, quando voltassem, deveriam trazer o seu irmão mais novo
e mandar devolver o dinheiro que eles haviam levado para adquirir a comida, algo que
foi feito sorrateiramente, com a colocação do numerário nos sacos de mantimento. José
tomava, assim, o preço do mantimento de sua família, em mais um gesto que o faz ser
tipo de Cristo Jesus, que também tomou o preço dos nossos pecados sobre Si
(Gn.42:25-34).
- Ao chegar a Canaã, os irmãos de José tudo relataram a Jacó, que se sentiu
desfilhado, já que, depois de ter perdido José, agora via Simeão mantido preso no Egito
e, mais, com a obrigação de, ao tornar ao Egito, deverem os seus filhos levar Benjamim,
o outro filho de Raquel (Gn.42:36). Jacó também não estava entendendo o que lhe
acontecia, diante da promessa divina dada a Abraão e a ele próprio. Diante disto, Jacó
resolveu não permitir a ida de Benjamim para o Egito (Gn.42:38).
- O que aconteceu com Jacó também acontece conosco. Há circunstâncias em nossa
vida tão adversas, tão terríveis que, se olharmos para elas, certamente desfaleceremos
em nossa fé. Ao fazermos um cotejo entre as promessas de Deus e a o que estamos a
passar, não vemos como vislumbrarmos o cumprimento daquilo que foi dito pelo
Senhor. No entanto, devemos andar por fé e não por vista (Cf. II Co.5:7) e, nestes
instantes, temos de pedir ao Senhor que acrescente a nossa fé, não se deixando abalar,
pedindo a Deus que sejamos como os montes de Sião (Sl.125:1).
- A fome era gravíssima na terra e a situação da família de Jacó se tornou
insustentável. Jacó mandou que seus filhos fossem ao Egito comprar mantimento,
mas Judá lembrou seu pai que não poderiam ir até lá sem que levassem Benjamim.
Judá, então, pôs-se como fiador de Benjamim, repetindo, assim, o que já dissera
Rúben anteriormente. Ante a situação premente, Jacó aquiesceu e mandou que
Benjamim fosse com os seus irmãos, como também fossem levados presentes ao
governador do Egito bem assim o dinheiro que havia sido devolvido (Gn.43:1-14).
- Ao ver novamente seus irmãos, que estavam acompanhados de Benjamim (e,
assim, José teve certeza de que seus irmãos nenhum mal haviam feito a Benjamim, que,
9
por ser também filho de Raquel, poderia ter sido tratado com predileção por Jacó, que,
no entanto, não repetira o erro anteriormente cometido com José), mandou que se
preparasse um jantar, mandando que seus irmãos fossem conduzidos à sua casa.
Tal gesto fez com que seus irmãos ficassem temerosos, achando que seriam punidos
pelo governador por causa do dinheiro do mantimento anteriormente adquirido. Por isso
mesmo, assim que se apresentaram a José, contaram-lhe a respeito do dinheiro,
querendo, com isto, evitar qualquer punição. Os irmãos de José estavam mudados,
agora mudavam de comportamento, mostrando-se honestos e verdadeiros.
- José tranquilizou-os, dizendo que não estava preocupado com qualquer dinheiro,
levou-os para comer com ele e perguntou a respeito de seu pai, bem como contemplou a
Benjamim. Levantou-se, então, e saiu a chorar, tendo, depois de se recompor, voltado e
participado da refeição com eles.
- José, a esta altura, já tinha entendido o plano de Deus para a sua vida e da sua
família. Sabia que deveria sustentar a sua família e dar os meios para que a bênção de
Abraão se realizasse (Cf. Gn.45:5-8; 50:20,21) e, assim, arquitetou um plano para que
seus irmãos pudessem com ele ficar no Egito, garantindo, deste modo, a sobrevivência
do seu clã, que haveria de se tornar a grande nação como Deus havia prometido a
Abraão, seu bisavô.
- José, então, mandou que se devolvesse novamente o dinheiro aos seus irmãos, pondoos nos sacos de mantimento, mas que pusesse um copo de prata seu no saco de
Benjamim. Quando eles foram embora, José mandou que fossem eles perseguidos e que
se denunciasse o furto do referido copo e que se buscasse o referido copo e o copo foi
achado no saco de Benjamim.
- Quando o copo foi achado, todos os irmãos de José rasgaram os seus vestidos e foram
todos até à casa de José e lá chegando, prostraram-se diante de José (Gn.44:14),
confirmando-se, assim, o segundo sonho profético de José. Judá, então, confessou a
José todo o pecado cometido quando da prisão e venda do próprio José, bem como
a promessa que fizera a seu pai Jacó, pondo-se à disposição para ocupar o lugar de
Benjamim (Gn.44).
- Vemos aqui, aliás, como Judá havia se arrependido de tudo quanto fizera de errado e,
por isso, a primogenitura não lhe foi tirada, precisamente porque, apesar de ter pecado,
arrependeu-se. Será por esta causa que, na sua bênção final, Jacó confirmará que o cetro
não se arredaria de Judá nem o legislador dentre seus pés até que viesse Siló e a ele se
congregassem todos os povos (Gn.49:10), predizendo, assim, que o Salvador do mundo
viria da tribo de Judá.
- Ante tal confissão e gesto de Judá, José não mais suporta e se dá a conhecer a
seus irmãos e lhes explica o plano de Deus para as suas vidas, dizendo que ainda
haveria mais cinco anos de fome e que todos deveriam vir para o Egito, habitando na
terra de Gósen, para serem conservados em vida e, desta maneira, continuassem a se
formar como nação segundo o projeto divino iniciado com Abraão (Gn.45:1-14).
- Mais uma tipologia de Cristo Jesus na vida de José. Assim como José se fez
reconhecer a seus irmãos somente depois que Judá confessou seus pecados, Jesus
somente Se fará conhecido do povo judeu quando ele, acossado pelo Anticristo, clamar
10
pelo Senhor e reconhecer que Jesus é o Messias, na iminência da batalha do
Armagedom (Cf. Zc.12).
- Faraó, ao saber da existência dos irmãos de José, aquiesceu com o plano de José e
autorizou a vinda de sua família para o Egito. Os irmãos de José voltaram para Canaã e
tudo contaram para Jacó, que, assim, passou a entender tudo, teve seu espírito revivido e
ansiou por ver novamente o seu filho predileto (Gn.45:26-28).
- Ao saber desta notícia, Jacó mostrou que era realmente um homem de Deus,
totalmente transformado. Foi até Berseba e lá ofereceu sacrifícios a Deus e o Senhor,
então, em visões de noite, disse a Jacó para que descesse ao Egito, porque ali ele faria
do clã de Israel uma grande nação (Gn.46:1-4). Só depois de Deus autorizar sua ida ao
Egito é que Israel resolveu mudar-se para lá, apesar de toda a vontade que tinha de rever
a José. Que grande lição nos dá Israel: devemos agir não segundo nossa vontade, mas
sempre de acordo com a vontade de Deus!
- José encontrou-se com seu pai e este encontro deve ter sido maravilhoso, um
encontro depois de vinte e dois anos, em que tanto Jacó achava ter perdido seu filho
José para sempre, como José achava ter perdido o convívio de sua família para sempre.
Entretanto, ambos entenderam o plano de Deus e podiam ver um ao outro, tendo a
oportunidade de se fortificar na fé e compreender que o propósito do Senhor se
mantinha firme e que Deus estava a cumprir à risca o que havia prometido a Abraão.
- Este episódio faz-nos pensar como deve ter sido o encontro do Senhor Jesus com o
Pai, quando vitorioso, entrou novamente diante do trono da graça de forma solene como
nos mostra o Sl.24:7,8. Vemos mais uma tipologia de Jesus Cristo em José, pois, assim
como José se encontrou sozinho com seu pai Jacó, Jesus, também, pela vez primeira,
apresentou-Se solitário diante do Pai, mas, como mostra o próprio salmista, voltará para
nos levar com Ele para nos apresentar ao Pai após ter vindo buscar a Sua Igreja
(Sl.24:9,10; Hb.2:13).
- Jacó é levado à presença de Faraó e, instruído por José, diz que era pastor de
ovelhas e, por causa disso, como tal atividade era abominável aos egípcios, foi
determinado que morasse na terra de Gósen, que era propícia para a criação de
ovelhas, tudo conforme o plano arquitetado pelo próprio José. Deus dava ao clã de
Israel a melhor terra para a criação de ovelhas, o ambiente propício para a grande
multiplicação que se seguiria e que tornaria setenta pessoas numa nação de seiscentos
mil homens prontos para a guerra, fora as mulheres e crianças, num espaço de apenas
215 anos.
- Jacó viveu ainda dezessete anos na terra do Egito (Gn.47:28). Já velho e cansado,
adoeceu e, pressentindo a morte, chamou José e pediu para abençoar os filhos de José,
que tomou como seus próprios filhos, tendo abençoado Efraim como se fosse o
primogênito de José, profetizando que Efraim seria maior que Manassés. Também
abençoou seus filhos, também sendo usado pelo Espírito Santo para descrever o futuro
de cada uma das tribos de Israel, vindo a falecer, tendo sido sepultado na sepultura da
família na terra de Canaã.
- Depois de sua morte, os irmãos de José, temerosos de que o governador do Egito
aproveitasse a morte do seu pai para se vingar deles, mentiram para José, dizendo que,
11
antes de morrer, Jacó havia determinado que José não lhes fizesse mal, mas José lhes
mostrou que tinha plena consciência de que não lhes poderia fazer mal, que ele havia
sido o “salvador” do seu clã, o instrumento para que o povo se multiplicasse no Egito e
se tornasse uma grande nação.
- José mostra-se perdoador, sem qualquer rancor ou ressentimento, como também
tinha, na sua comunhão com Deus, bem entendido o plano divino para Israel. Por isso
mesmo, disse aos seus irmãos que eles seriam conservados em vida e multiplicados no
Egito, mas que seu destino não era o Egito e, sim, a terra de Canaã, que havia sido
prometida a Abraão pelo Senhor.
- Tamanha era a confiança de José a este respeito que fez seus irmãos jurarem que
não deixariam o seu corpo no Egito, mas que, quando de lá saíssem para Canaã,
deveriam levar os seus restos mortais, para que eles fossem sepultados na terra que
Deus prometera dar a Abraão. Seus irmãos assim juraram e, com efeito, tendo José
morrido na idade de cento e dez anos (Gn.50:26), seu corpo não foi sepultado, como
ocorria com os governadores do Egito, mas foi mantido num caixão, caixão que seria
levado por Moisés, cerca de 144 anos depois, para Canaã (Ex.13:19), restos mortais
que, finalmente, seriam sepultados, muito provavelmente por Josué, ele próprio um
descendente de José, cerca de 185 anos depois da morte do próprio José (Js.24:32).
Quase dois séculos depois, José viu realizada a sua última profecia, porque, a exemplo
de seus pais, morreu na fé, sem ter recebido as promessas, mas, vendo-as de longe, e
crendo-as, e abraçando-as, confessou que era estrangeiro e peregrino na terra
(Hb.11:13).
- Também nesta afirmação de José, vemos mais uma demonstração da tipologia de
Jesus Cristo. Assim como José não ficou na terra do Egito, Jesus também não ficou
neste mundo; assim como José pediu para ser sepultado em Canaã, a terra prometida por
Deus, Jesus foi levado aos céus, à Canaã celestial; assim como José acompanhou o povo
de Israel na sua ida a Canaã, Jesus também nos acompanha em nossa ida aos céus,
jamais nos deixando (Cf. Mt.28:20).
- Assim termina o livro de Gênesis, com a morte de José, mas não somente a sua
morte, mas a fé e a esperança do governador do Egito de que a promessa feita por
Abraão se cumpriria e que estava a nascer a nação da qual viria Aquele que
tornaria todas as famílias da terra benditas. Gênesis termina com a certeza de que
Deus haveria de redimir a humanidade e que o plano original de Deus, aparentemente
transtornado com a entrada do pecado no mundo, haveria de prevalecer.
Feliz 2016!
Caramuru Afonso Francisco
PORTAL ESCOLA DOMINICAL
QUARTO TRIMESTRE DE 2015
TEMA – O COMEÇO DE TODAS AS COISAS – Estudos sobre o livro de Gênesis
COMENTARISTA : CLAUDIONOR CORREA DE ANDRADE
PLANO DE AULA Nº 13
LIÇÃO Nº 13 – JOSÉ, A REALIDADE DE UM SONHO
1º SLIDE INTRODUÇÃO
- Terminando o estudo do livro de Gênesis, estudaremos hoje o chamado “ciclo de Jose”, que ocupa os capítulos 37 a
50.
- Com José, Deus inicia a transformação do clã de Jacó em nação.
12
2º SLIDE I – A PREDILEÇÃO DE JACÓ POR JOSÉ E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS
- Depois de ter finalmente entrado no centro da vontade de Deus, Jacó teve a ocorrência de dois fatos que marcariam
o seu comportamento dali para a frente, quais sejam, a morte de Raquel no parto do seu último filho Benjamim
(Gn.35:16-21) e a desonra sofrida por parte de seu primogênito, Rúben, que se deitou com a concubina de seu pai,
Bila (Gn.35:22).
- Jacó, diante desta circunstância, passou a demonstrar uma predileção pelo seu filho José. O patriarca, lembrando do
que ocorrera com ele mesmo, passou a acalentar a ideia de que a bênção de Abraão haveria de ser transferida a José,
o primogênito de Raquel, que, afinal de contas, era a mulher amada por Jacó.
3º SLIDE
- Dentro desta ideia, bem como como consequência de seu grande amor por Raquel, Jacó repete o erro de seus pais e
passa a manifestar uma predileção por seu filho José em detrimento dos outros doze filhos que possuía.
- José era um rapaz muito correto e, por ser mais novo que seus irmãos, com exceção de Benjamim, sofreu muito
menos as nefastas consequências da má educação que a família de Jacó tinha tido enquanto esteve em Padã-Arã.
Trazia ao seu pai Jacó informações da conduta nada agradável de seus irmãos (Gn.37:2) e, como Israel amava a José
mais do que a todos os seus filhos (Gn.37:3), tais notícias fizeram com que a predileção por José se aguçasse ainda
mais, a ponto de Jacó, imprudentemente, ter confeccionado uma túnica de várias cores e a presenteado a seu filho
predileto.
4º SLIDE
- Esta túnica de muitas cores acabou por gerar nos irmãos de José um ódio de tal maneira que seus irmãos já não
podiam mais falar pacificamente com ele (Gn.37:4).
- Esta situação deteriorou-se ainda mais porque José teve dois sonhos e os contou a seus irmãos e a seu pai, sonhos
em que se mostrava que José teria ascendência sobre toda a sua família.
5º SLIDE
- Diante destes sonhos, a inveja e o ódio dos irmãos de José alcançaram níveis muito intensos.
- Jacó, então, mandou que José fosse até junto de Siquém, onde seus irmãos estavam a apascentar o rebanho, mas lá
chegando, não os achou, sendo informado de que tinham ido a Dotã. Quando José se aproximava de seus irmãos,
estes viram uma ocasião para se livrar daquele irmão que tanto odiavam e invejavam e resolveram matá-lo
(Gn.37:14-18).
6º SLIDE
- José foi aprisionado por seus irmãos, que queriam matá-lo, jogá-lo numa cova e, depois, diriam que uma besta-fera
o havia comido e, assim, queriam invalidar os sonhos tidos pelo irmão (Gn.37:20).
- Rúben, o primogênito de Jacó tomou a frente de seus irmãos, impediu que fosse derramado o sangue de José.
7º SLIDE
- Na ausência de Rúben, Judá convenceu seus irmãos a vender José para os ismaelitas que por ali passavam e José foi
vendido a eles por vinte moedas de prata.
- Os irmãos de José tomaram a sua túnica, tingiram com sangue de um cabrito e a levaram a Jacó, que passou a crer
que seu filho tinha sido comido por uma fera.
8º SLIDE II – JOSÉ NO EGITO
- Os ismaelitas foram para o Egito e puseram José à venda e José foi comprado por Potifar, capitão da guarda de
Faraó (Gn.38:36; 39:1).
- Apesar de abandonado por seus irmãos e vendido como escravo numa terra estranha, o texto bíblico é claro ao
afirmar que o Senhor estava com José (Gn.39:2).
9º SLIDE
- José passou a executar corretamente seu papel de escravo na casa de Potifar e o Senhor o fez prosperar, de tal
maneira que José passou a ser o mordomo de Potifar, tendo pleno controle de tudo o que acontecia em sua casa.
- A mulher de Potifar passou a assediar José, mas este se manteve fiel a seu senhor e acabou sendo caluniado pela
mulher de Potifar, quando não aceitou deitar-se com ela num dia em que só os dois estavam em casa, fugindo dela,
embora ela tenha ficado com os vestidos dele.
10º SLIDE
- Ante a acusação feita pela sua mulher, Potifar mandou José para o cárcere onde ficam os presos do rei e lá o Senhor
continuou a estar com José.
- José tornou a executar fielmente o seu serviço e, em pouco tempo, já se tornara o mordomo do carcereiro-mor.
11º SLIDE
- Certo dia, José observou que dois altos funcionários de Faraó que se encontravam presos, o padeiro-mor e o
copeiro-mor estavam perturbados. Ao saber que isto se dera por causa de sonhos que eles tiveram, pediu para lhos
contar e os interpretou.
- A interpretação de José mostrou-se correta e, em três dias, o copeiro-mor tornou à sua função e o padeiro-mor foi
enforcado.
12º SLIDE
- Passados dois anos deste episódio, Faraó tem dois sonhos que o perturbam e, como não havia quem os interpretasse,
o copeiro-mor lembrou-se de José e contou o caso a Faraó.
- Faraó mandou chamar José que, não só interpretou o sonho como também deu a solução ao monarca: haveria sete
anos de fartura seguidos de sete anos de fome e, por isso, deveria Faraó acercar-se de um homem sábio que
administrasse a fartura para que se tivesse comida nos anos de fome.
13
13º SLIDE
- Diante de tal interpretação precisa, acompanhada de solução para o problema, Faraó não teve dúvidas de que a
pessoa mais preparada para lidar com aquela situação era o próprio José e, em razão disto, o constituiu como
governador do Egito, como a segunda autoridade no reino, inferior somente a Faraó.
- Retirou seu anel do seu dedo e o pôs na mão de José, fê-lo vestir de vestidos de linho e pôs um colar de ouro no seu
pescoço, determinando que todos se prostrassem diante de José, tendo, ademais, dado a José o nome de ZafenatePaneia, cuja tradução é o “salvador do mundo” (Gn.41:38-45). Terminaram os 13 anos de sofrimento de José.
14º SLIDE III – JOSÉ, O GOVERNADOR DO EGITO
- Faraó deu Asenate, filha de Potífera, sacerdote de Om para esposa a José que, assim, pôde constituir família, tendo
tido a dois filhos: Manassés e Efraim (Gn.41:50-52).
- Nestes nomes dados por José a seus filhos, notamos que o governador do Egito ainda não compreendera o que
estava a se passar. José achava que deveria esquecer das promessas de Abraão e se conformar em ser próspero no
Egito.
15º SLIDE
- Assim como José havia dito, o Egito teve sete anos de fartura e, durante este tempo, José se encarregou de
armazenar o mantimento para os sete anos de fome que haveriam de vir.
- Findos os sete anos, sobreveio a fome, conforme a interpretação do sonho dado a José e, então, forma abertos os
armazéns e José começou a vender mantimento para os egípcios e não só para os egípcios, mas também dos povos em
volta, pois a fome prevalecia em todas as terras.
16º SLIDE
- Esta fome também atingiu Canaã e Jacó, então, mandou que seus filhos fossem ao Egito, pois havia notícia de que
ali havia comida para ser adquirida.
- José reconheceu seus irmãos, mas eles não o reconheceram (Gn.42:8), tendo José os tratado asperamente com dois
objetivos: descobrir-lhes o coração e ter informações a respeito de como estava a sua família.
17º SLIDE
- José ordenou que um dos seus irmãos ficasse preso no Egito e que, quando retornassem, deveriam trazer-lhe
Benjamim, tendo, também, mandado devolver o dinheiro com que eles compraram o mantimento que, ficou assim, à
sua conta perante o tesouro de Faraó (Gn.42:25-34).
- Ao chegar a Canaã, os irmãos de José tudo relataram a Jacó, que se sentiu desfilhado, já que, depois de ter perdido
José, agora via Simeão mantido preso no Egito e, mais, com a obrigação de, ao tornar ao Egito, deverem os seus
filhos levar Benjamim, o outro filho de Raquel (Gn.42:36).
18º SLIDE
- Embora, de primeiro, tenha se recusado a deixar ir Benjamim, Jacó, ante a severidade da fome, aquiesceu que
Benjamim fosse com os seus irmãos de volta para o Egito.
- Lá chegando, José os recebeu novamente. Seus irmãos logo lhe relataram a respeito do dinheiro devolvido, que
tinham tornado a trazer. José viu Benjamim e montou novo estratagema para testar seus irmãos, pois já havia
entendido que era um instrumento de Deus para conservar em vida o clã de Israel para que se cumprisse a promessa
dada a Abraão (Cf. Gn.45:5-8; 50:20,21).
19º SLIDE
- José mandou que se colocasse um copo de prata no saco de Benjamim e, depois que despediu seus irmãos, mandou
persegui-los. Com a descoberta do copo de prata, Judá, que havia se feito fiador de Benjamim diante de Jacó,
confessou diante de José os pecados cometidos com relação ao próprio José e pediu para ficar no lugar de Benjamim.
- Ante tal confissão e gesto de Judá, José não mais suporta e se dá a conhecer a seus irmãos e lhes explica o plano de
Deus para as suas vidas, dizendo que ainda haveria mais cinco anos de fome e que todos deveriam vir para o Egito,
habitando na terra de Gósen (Gn.45:1-14).
20º SLIDE
- Faraó, ao saber da existência dos irmãos de José, aquiesceu com o plano de José e autorizou a vinda de sua família
para o Egito.
- Os irmãos de José voltaram para Canaã e tudo contaram para Jacó, que, assim, passou a entender tudo, teve seu
espírito revivido e ansiou por ver novamente o seu filho predileto (Gn.45:26-28).
21º SLIDE
- Embora tivesse muita vontade de rever José, Jacó somente saiu de Canaã depois que Deus assim lhe ordenou
(Gn.46:1-4).
- Jacó encontrou-se com seu pai e este encontro deve ter sido maravilhoso, um encontro depois de vinte e dois anos,
em que tanto Jacó achava ter perdido seu filho José para sempre, como José achava ter perdido o convívio de sua
família para sempre.
22º SLIDE
- Jacó é levado à presença de Faraó e, instruído por José, diz que era pastor de ovelhas e, por causa disso, como tal
atividade era abominável aos egípcios, foi determinado que morasse na terra de Gósen, que era propícia para a
criação de ovelhas, tudo conforme o plano arquitetado pelo próprio José.
- Deus dava ao clã de Israel a melhor terra para a criação de ovelhas, o ambiente propício para a grande multiplicação
que se seguiria e que tornaria setenta pessoas numa nação de seiscentos mil homens prontos para a guerra, fora as
mulheres e crianças, num espaço de apenas 215 anos.
23º SLIDE
- Jacó viveu ainda dezessete anos na terra do Egito (Gn.47:28).
14
- Depois de sua morte, os irmãos de José, temerosos de que o governador do Egito aproveitasse a morte do seu pai
para se vingar deles, mentiram para José, dizendo que, antes de morrer, Jacó havia determinado que José não lhes
fizesse mal, mas José lhes mostrou que tinha plena consciência de que não lhes poderia fazer mal, que ele havia sido
o “salvador” do seu clã, o instrumento para que o povo se multiplicasse no Egito e se tornasse uma grande nação.
24º SLIDE
- José mostra-se perdoador, sem qualquer rancor ou ressentimento, como também tinha, na sua comunhão com Deus,
bem entendido o plano divino para Israel.
- Tamanha era a confiança de José a este respeito que fez seus irmãos jurarem que não deixariam o seu corpo no
Egito, mas que, quando de lá saíssem para Canaã, deveriam levar os seus restos mortais, para que eles fossem
sepultados na terra que Deus prometera dar a Abraão. Seus irmãos assim juraram.
25º SLIDE
- Tendo José morrido na idade de cento e dez anos (Gn.50:26), seu corpo não foi sepultado, mas foi mantido num
caixão, caixão que seria levado por Moisés, cerca de 144 anos depois, para Canaã (Ex.13:19), restos mortais que,
finalmente, seriam sepultados, muito provavelmente por Josué, cerca de 185 anos depois da morte do próprio José
(Js.24:32).
- Quase dois séculos depois, José viu realizada a sua última profecia, inserindo-se naqueles de que fala Hb.11:13.
24º SLIDE
Tipologia de Jesus Cristo por José (I):
a) ódio, inveja e venda por seus irmãos
b) a passagem do cárcere para a posição de governador do Egito
c) a recepção de autoridade da parte de Faraó;
d) o nome recebido de Faraó – “Zafenate-Paneia”
e) a compaixão com os altos funcionários presos de Faraó
25º SLIDE
Tipologia de Jesus Cristo por José (II):
f) o não reconhecimento de José pelos irmãos
g) a assunção do preço do mantimento adquirido pelos irmãos
h) o reconhecimento dos seus irmãos somente após a confissão de Judá
i) o encontro de José a sós com seu pai Israel
j) o seu não sepultamento e a ida de seus restos mortais a Canaã
k) o acompanhamento de seus restos mortais com o povo de Israel até Canaã
BIBLIOGRAFIA DO TRIMESTRE
A bibliografia diz respeito aos estudos de todo o quarto trimestre de 2015, não contendo bíblias e bíblias de
estudo consultadas, bem assim textos esporádicos, notadamente fontes eletrônicas, cujas referências foram dadas no
instante mesmo de suas utilizações.
AUSUBEL, Nathan. Trad. de Eva Schechtman Jurkiewicz. Conhecimento judaico. In: A JUDAICA. Rio de Janeiro:
Koogan, 1989. vv.5 e 6.
BRIEND, J. Uma leitura do Pentateuco. Trad. de Benôni Lemos. São Paulo: Paulinas, 1980. 85p. Coleção Cadernos
Bíblicos.
CARVALHO, Ailton Muniz de. Conheça-me: eu era também como você, cheio de dúvidas!: um guia para o leitor do
best-seller ‘Deus e a história bíblica dos seis períodos da criação’. Jundiaí: s.ed., 2008. 416p.
___________________________. Deus e a história bíblica dos seis períodos da criação. 4. ed. Suzano: Gil &
Tunice Editora Gráfica Ltda., 1998. 214p.’
CHAMPLIN, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. 5.ed. São Paulo: Hagnos, 2001. 6v.
______________. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Candeia, 2000. 7v.
______________. O Novo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Candeia, 1995. 6v.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico Novo Testamento Atos a Apocalipse edição completa. Trad. de Degmar
Ribas Júnior. Rio de Janeiro: CPAD, 2009 . 1012p.
MINHAM, Júlio. As maravilhas da ciência. 5. ed. Rio de Janeiro: Livraria Atheneu, 1957. 469p.
OLSON, Nels Lawrence. O plano divino através dos séculos. 6.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1981. 180p.
15
Download

Estudos sobre o livro de Gênesis COM