DOMINGO, 29 DE MARÇO DE 2015
ESCRAVO
EM BUSCA DA FAMÍLIA NA CAMINHADA BÍBLICA
PRESO
ASSÉDIO
PERDÃO
JOSÉ
De olho na Bíblia
Aqui começa a história de José, filho de Jacó. A partir deste ponto da história dos
patriarcas, Deus não fala mais diretamente com os homens, como fez com Abraão, Isaque e Jacó,
mas agora com José, Ele fala através de sonhos. Portanto, José aos 17 anos de idade, era um
ótimo menino, pastoreava os rebanhos como seus irmãos e contava tudo de errado que acontecia,
principalmente seus meio-irmãos por parte de Bila e Zilpa.
José teve um sonho que seu feixe de trigo se levantava e os outros ao seu redor se
curvavam para ele. Outro sonho dizia que o sol e a lua e 11 estrelas se curvavam diante dele.
Assim, fica claro que a referência é feita a seus 11 irmãos e a seu pai e mãe iriam se curvar
diante dele. Agora, imagine: num contexto em que José era tratado como “queridinho"do papai,
usava a túnica especial do pai, e ainda sonhava que iria governar todos os outros irmãos sendo
apenas mais velho que Benjamin… Todos seus irmãos ficaram doidos com tudo isto, habitando
assim um sentimento de ira e ciúmes no coração dos irmãos. Além disso, vemos também que
José, aos 17 anos era um tanto ingênuo e mimado, afinal um grande líder, como ele foi mais tarde
seria mais cuidadoso e prudente com suas palavras.
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EM BUSCA DA FAMÍLIA NA CAMINHADA BÍBLICA
Certo dia, seus irmãos foram para Siquém, aquela terra dos siquemitas em que Simeão e
Judá mataram os homens daquela região por violentar Diná, irmã deles (lembram-se do capítulo
34?). Então, Jacó, meio preocupado pediu para José ir até lá para ver se estava tudo bem. Nesta
época, eles viviam em Hebron (onde foram enterrados Abraão e Sara, Isaque e Rebeca e Raquel).
José seguiu até Dotã onde os encontrou. Ali os irmãos tramavam de matá-lo, no entanto, Rúben o
mais velho propôs de jogá-lo numa vala pois mais tarde, o próprio Rúben poderia levá-lo de volta
ao pai bancando o herói. Foi o que fizeram, mas enquanto Rúben saiu e foi até o poço, Judá
propôs de vendê-lo para os ismaelitas (descendentes de Ismael - veja como que esta guerra entre
irmãos não pára) que caminhavam desde Gileade até o Egito. Quando Rúben voltou e viu o
ocorrido, matou um bode e sujou a túnica com sangue e retornaram para casa de seu pai, Israel
(Jacó) dizendo a ele que José tinha sido morto por um animal selvagem. Jacó então chorou
amargamente a falsa morte de José.
Neste ponto, a Bíblia faz um intervalo desta sucessão de eventos na vida de José e passa a
falar da história de Judá.
Judá deixou a casa de seu pai e de seus irmãos e foi viver na casa de um cananeu chamado
Suá e casou com sua filha. Ela lhe deu 3 filhos: Er, Onã e Selá. Er casou com uma mulher
chamada Tamar. Er tinha uma conduta perversa e Deus o levou.
Judá
Então Judá, baseado no costume daquela época, lei do Levirato,
pede para Onã casar-se com a mulher de seu irmão para que
"É um leão novo."
Tamar dê uma descendência a seu irmão. No entanto, Onã
quando tinha relação sexual com Tamar jogava seu semen no
chão (coito interrompido). E o Senhor reprovou isto também e o "O cetro não se apartará de
levou. Selá ainda era criança e não podia possuí-la, logo Judá
Judá, nem o bastão de
orientou que Tamar voltasse para casa de seu pai até de Selá
comando de seus
crescesse. Certa ocasião, Judá estava passando perto da estrada
descendentes, até que
da casa de Tamar e esta fingiu ser uma prostituta e então Judá a
venha aquele a quem ele
possuiu e ela engravidou. Três meses depois, Judá ficou sabendo
pertence e a ele as nações
que Tamar estava grávida e mandou matá-la mas então descobriu
obedecerão."
que o filho dela, na verdade era seu também. Ao nascimento,
viram que eram gêmeos e nasceram Perez (que vem descendência
Gênesis 49. 9-10
de Jesus) e Zerá.
Voltando a José, chegando no Egito, o capitão da guarda, o
potifar comprou José. Logo, Potifar começou a prosperar e o Senhor abençoou a casa do egípcio
por causa de José (interessante isto: Deus abençoando o ímpio por conta de um justo - veja em O
que isto tem a ver com a minha família). E então, Potifar dá plenos poderes para José em sua
casa, e a esposa de Potifar passa a assediá-lo dia e noite, mas José percebendo tudo aquilo sempre
a evitava.
Um dia ele entrou na casa em ambos estavam sozinhos e então ela o agarrou pelo manto,
mas José FUGIU!!!! Então, ela conservando o manto de José consigo acusou-o de tentativa de
estupro. Diante da acusação, Potifar enviou José para a prisão.
Para nossa surpresa, depois de traído pelos irmãos, enganado pela mulher de Potifar,
agora na prisão, ainda sim, José agia com bondade e simpatia com o carcereiro e Deus concedia
bom êxito em tudo o que ele realizava. Certo tempo depois, dois oficiais do faraó foram presos: o
copeiro e o padeiro. Dentro da prisão ambos tiveram cada um sonhos. José diante daqueles dois
egípcios, mergulhados numa cultura de valorização de interpretação de sonhos daquele povo,
José foi usado por Deus para interpretá-los. Ao copeiro disse que seria restituído seu cargo e ao
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padeiro disse que seria decapitado. E assim aconteceu, conforme José havia predito. No entanto,
o copeiro não se lembrou de José. Dois anos depois, quem sonhou foi o Faraó, e daí sim, o copeiro
lembrou de José e disse ao Faraó que mandou chamá-lo. José interpretou o sonho do Faraó
dizendo que o Egito passaria por 7 anos de “vacas gordas”e 7 anos de “vacas magras” - crise. Logo,
deveriam guardar as sobras dos primeiros sete anos para sobreviverem aos 7 anos seguintes de
crise.
A partir disto, o Faraó coloca José, aos 30 anos de idade (novinho, né?!) no comando do
palácio e de toda a terra do Egito de modo que José administrasse as finanças do Egito. Além
disso, como o faraó estava dando privilégios inéditos a alguém não egípcio, deu também a José
uma mulher Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om (Heliópolis) e deu a José outro nome,
Zafenate-Paneia. Veja que interessante: os orgulhosos egípcios desprezavam os hebreus e afim de
apagar o passado de José, lhe dá outro nome egípcio e arranjou-lhe um casamento com uma
egípcia de uma família poderosa. Porém, José quando tem seus dois filhos, dá nome para seus
filhos de Manassés e Efraim, dois nomes hebraicos, afim de manter sua identidade.
Deste modo, a fome chega aos vizinhos do Egito e na família de José. Logo, seus irmãos
decidem ir ao Egito buscar suprimentos. Quando ali chegaram se depararam com José, mas não o
reconheceram. José os acusou de espiões e pediu que trouxessem Benjamin até o Egito para
provarem que estavam falando a verdade. Enquanto os irmãos discutem sobre o pedido do
“comandante egípcio (que era José), José se retirou e foi chorar, mas logo em seguida voltou e
escolheu Simeão para prendê-lo até que os irmãos trouxessem Benjamin.
Agora imagine você como deveria estar o coração de José: querendo se vingar, mas ao
mesmo tempo querendo perdoar. Uma luta entre o amor x raiva e do perdão x amargura.
Os irmãos retornaram para a casa de Israel (Jacó), contaram tudo o que havia acontecido
a Jacó e pediram para levar Benjamin, mas Jacó não concordou. Depois de certo tempo, os
suprimentos trazidos acabaram e a fome ainda continuava, então os irmãos voltaram a conversar
com o pai (Jacó) e agora todos convencidos levaram Benjamin até o Egito. Logo que José viu
Benjamin se retirou e foi novamente chorar "as escondidas”.
Libertou Simeão e almoçaram todos juntos e depois os irmãos partiram, mas José pediu
que os guardas esconderem uma taça de prata na bagagem de Benjamin. E então quando já
estavam na estrada os guardas os surpreenderam e os trouxeram de volta ao palácio e ali foi
revelado o falso furto. Então José disse aos irmãos que agora deveriam voltar a terra de seu pai e
deixar Benjamin.
Mas, desta vez, aquele Judá que vendeu José como escravo, viveu um “pouquinho"e
passou por uma história triste descrita acima através da vida de Tamar com uma gravidez
vergonhosa em que ele mesmo era o responsável e agora arrependido e mais maduro se
sensibiliza com o que o pai (Jacó) vai sentir quando retornarem sem seu filho amado Benjamin
(perceba que quando José era o filho amado de Jacó, Judá tinha inveja, mas agora tem compaixão
do pai; mudou, amadureceu) e intercede junto a José para que ele não prenda Benjamin.
Neste momento, José já não se contém mais, pede para que todos os egípcios saiam, e
chora muito alto e copiosamente que todos podiam ouvir das outras salas mesmo com as portas
fechadas. E então José revela sua verdadeira identidade. Abraçou todos os irmãos, de forma mais
especial Benjamin e disse aos irmãos que fossem buscar Jacó, pois a fome iria piorar e que todos
eles deveriam vir para o Egito que viveriam perto de José na terra de Gósen. Jacó, portanto recebe
seus filhos fica sabendo da boa notícia emigra para o Egito.
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A partir daí, a fome se agrava no Egito, e os egípcios procuram José sem dinheiro para
suprimentos e oferecem seus rebanhos. Tempos depois, já não tendo mais rebanho se oferecem
como escravos em troca de sustento. Aqui, fica claro que quem
instituiu a escravidão no Egito foi José, mas sua família foi
poupada e vivia na terra de Gósen e não eram escravos devido ao
“Vocês planejaram o mal
prestígio que José possuía diante do faraó.
contra mim, mas Deus o
Jacó viveu no Egito 17 anos e ao final de sua vida
tornou em bem, para que
abençoou os filhos de José (Manassés e Efrain) no lugar de José e
hoje fosse preservada a
abençoou todos os seus demais 11 filhos: Rúben, Simeão, Judá,
vida de muitos”
Zebulon, Isaacar, Dã, Gade , Naftali e Levi. Totalizando 13, mas
representando as 12 tribos, uma vez que a tribo de Levi, no futuro
não possuirá território pois serão os levitas, responsáveis pela
religião e liturgia do povo. Vide a figura.
Gênesis 50.20
Após o falecimento de Jacó, os irmãos de José tiveram medo ainda que ele pudesse
praticar sua vingança sobre eles, mas José por fim tranquiliza seus irmãos e após viver um total
de 110 anos, tendo visto a terceira geração dos filhos de Efraim, finalmente, morreu.
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Dê olho na História
Veja as civilizações que se desenvolviam na mesma época dos egípcios.
Veja as viagens que José realizou após ser vendido como escravo.
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Panorama Geral
Estamos estudando o livro do Gênesis e estamos estudando os últimos fatos que ocorrem.
1. Criação - Gênesis 1 e 2
1. Abraão - Gênesis 12 a 25
2. Queda - Gênesis 3 a 5
2. Isaque - Gênesis 26
3. Dilúvio - Gênesis 6 a 9
3. Jacó - Gênesis 27 a 36
4. Povos (Babel) - Gênesis 10 e 11
4. José - Gênesis 37 a 50
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Fatos e Pessoas
Reveja os fatos, pessoas e capítulos (em vermelho).
Sonhos de José / Vendido 37 José 17 anos
Tamar e Judá
38
José potifar / assédio/cadeia 39
sonhos cadeia 40
sonhos do faraó 41
José 30 anos
irmãos de José no Egito
José, tacá
Benjamin
43
44
José revela verdade
Jacó emigra
ao Egito
Família de José
em Gósen
45
47
Subiu ao trono
egípcio um novo rei, que nada sabia
sobre José
420 ANOS DE
ESCRAVIDÃO
46
escravidão do
povo egípcio
Jacó dá a benção
“cruzada"aos filhos de José
Jacó abençoa
seus filhos
Os israelitas eram
férteis e
proliferaram e
encheram o país
42
irmãos voltam ao Egito
ÊXODO 1
48
49
a morte de Jacó e de José
50
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O que tudo isso tem a ver com minha
família?
José é abençoado e Potifar é abençoado por “tabela” (Gn 39.5)
Muitas vezes pessoas ímpias que convivem com justos, recebem
bençãos devido a este convívio. Você se preocupa em ser canal de
benção na vida do ímpio? Ou você se coloca apenas em posição de
Juiz e deseja o mal para ímpio?
Em nossas famílias também vivemos situações que fazemos diferenças entre filhos ou
irmãos, sentimos ciúmes, inveja mesmo de pessoas muito queridas nossas. Muitas vezes
acabamos expressando tais sentimentos dentro de casa, influenciando muitos aqueles que estão a
nossa volta, principalmente nossos filhos. Exemplo, quantas vezes você fala mal de pessoas ou
mesmo da igreja, e depois deseja que seus fihos se relacionem com aquelas pessoas ou mesmo
frequentem a igreja da qual você tanto reclama?
Qual a herança dos sentimentos da sua família? Você passa para
seus filhos aquilo que habita no seu coração em relação aos outros?
Na vida de José, tudo vinha dando errado, mas mesmo assim ele sempre perseverou.
Sempre confiando que Deus poderia virar o jogo. Certa vez, ouvi uma história do Pastor Ed René
Kivitz a respeito de uma senhora que tinha muita intimidade com Deus. E sempre que algo dava
errado na vida dela, ela fazia a seguinte afirmação para Deus: “Ah meu Senhor, agora eu quero ver
o Senhor sair dessa? Como o Senhor vai resolver este problema? Não podemos nos esquecer que
somos dependentes de Deus e quem define algo em nossa vida é Ele, e por fim sabemos também
que Ele nos ama e que a vontade Dele é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2). Logo, Ele vai dar a
volta por cima por nós.
Quando tudo dá errado você desespera e tenta dar o seu "jeitinho"
ou você espera no Senhor?
Em nossa vida também enfrentamos diversas tentações, como José e a esposa de Potifar.
Lembre-se de Jeremias 17.5 - “Maldito é o homem que confia no homem”.
Você enfrenta ou foge como José?
Quantas injúrias recebemos em nossa vida e quanta mágoa nos acompanha.. Como você
lida com isto?
Com amor e perdão? Ou com raiva e vingança?
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Momento Hagah - Meditação
O livro do Gênesis é maravilhoso para percebermos que Deus escolhe um povo imperfeito,
homens imperfeitos e cheios de defeitos, mas que evoluiram com o passar do tempo, porque não
deixaram de buscar ao Senhor. Voltando um pouquinho na história de Jacó e Esaú, veja que Esaú
era um homem mais forte, decidido e pragmático (ou é , ou não é…). Mas Deus não escolhe Esaú,
e sim Jacó, pois mesmo com tantos defeitos ele possui um lado espiritual, através do qual ele
busca cumprir a vontade de Deus e se importa com aquilo que Deus pensa. Diferentemente de
Esaú que não está nem aí.
Portanto, se Deus escolheu um povo doente como este e vem transformado em grandes
homens e mulheres, por que não nós também não podemos participar desta história? Basta
amarmos a Deus de toda nossa alma, de todo nosso coração e de todo o nosso entendimento
(Marcos 12.30). Afinal, Jesus disse que não veio para os sãos, mas sim para os doentes (Marcos
2.17).
LEIA GÊNESIS 37-50
Não deixe de ler a Bíblia
Comece a ler o livro de Êxodo
Curiosidades
Yom Kipur - Dia do Perdão
Uma das datas mais importantes do Judaísmo.1 No calendário judaico começa no crepúsculo
que inicia o décimo dia do mês hebreu de Tishrei (que coincide com Setembro, Outubro ou
Novembro), continuando até ao seguinte pôr do sol. Os judeus tradicionalmente observam esse
feriado com um período de jejum de 25 horas e oração intensa.
Levítico 23:27 "Ora, o décimo dia desse sétimo mês será o dia da expiação; tereis santa
convocação, e afligireis as vossas almas; e oferecereis oferta queimada ao SENHOR."
Existem 6 proibições no Yom Kipur:
1
Comer (come-se um pouco antes do pôr-do-sol ainda na véspera do dia até o nascer das
estrelas do dia de Yom Kipur);
2
Usar calçados de couro;
3
Manter relações conjugais;
4
Passar cremes, desodorante, etc. no corpo;
5
Banhar-se por prazer.
6
Usar eletrodomésticos.
A essência destas proibições é causar aflição ao corpo, dando, então, prioridade à alma. Pela
perspectiva judaica, o ser humano é constituído pelo yetzer hatóv (o desejo de fazer as coisas
corretamente, que é identificado com a alma) e o yetzer hará (o desejo de seguir os próprios
instintos, que corresponde ao corpo). Nosso desafio na vida é "sincronizar" nosso corpo com o
yetzer hatóv. Uma analogia é feita no Talmud entre um cavalo (o corpo) e um cavaleiro (a alma):
É sempre melhor o cavaleiro estar em cima do cavalo!
Ao longo de todo o ano o homem comete toda sorte de erros e pecados, voluntários e
involuntários. O processo da teshuvá (arrependimento, retorno ao bem) não poderá realizar-se
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magicamente em um dia. A tradição judaica coloca ao mês de EluI, último do ano, como prefácio
para ir preparando o homem para a reflexão profunda, até o grande caminho interior. Cedo, nas
manhãs de Elul se ouve o som do shofar.
Uma semana antes de Rosh Hashaná, também durante a madrugada, se dizem as orações que
se chamam "selichot" - perdões). O 1º de Tishrei é o grande dia, a base para um ano novo e um
novo ano de vida. Depois seguirão nove dias até o dia do perdão. Dez dias, para aprofundar-se
dentro de si, afastar o mal, aproximar o bem. O processo chega a sua culminância no dia 10º de
Tishrei : Yom Kipur.
A expiação, Kipur, na raiz hebraica, refere-se ao "que cobre", ou seja, o castigo que envolve o
ato perverso. Tudo o que se pode anular, deter ou parar é o castigo; mas não o ato cometido;
esse ato está aí e a única maneira de superá-lo é através de uma transcendental modificação da
conduta pessoal posterior. Os atos são do homem, seguirão sendo dele, e a conseqüência, sua
responsabilidade. Deus pode apagar o castigo, não o ato. O jejum - que acompanha todo o dia
do perdão - por sua parte não faz milagre. O jejum do dia não sacrifica nada a favor de Deus,
sendo que tal idéia seria eminentemente pagã. O que faz é reconcentrar o homem em seu
espírito, afastá-lo, por algumas horas, da servidão do homem ao corpo e a suas necessidades.
Observa-se também que as más ações ou transgressões têm duas polaridades: uma do homem
em relação ao homem e a outra, do homem em relação a Deus. A primeira é a da vida diária,
exterior, social e inter-humana. A outra, do âmbito da alma, é o segredo da consciência. A
primeira é coisa de homens, e os homens têm de resolvê-la: "As transgressões que vão de
homem a homem, não são expiadas pelo Yom Kipur, se antes não forem perdoadas pelo
próximo ".
Daí que se costuma pedir previamente o perdão de nossos semelhantes, se eles não perdoam,
Deus não poderá intervir.
É o dia do perdão - quando Deus perdoa a todo Israel. Durante esse dia, nada pode ser comido
ou bebido, inclusive água. Não é permitido lavar a boca, escovar os dentes ou banhar o corpo.
Somente o rosto e as mãos podem ser lavados pela manhã, antes das orações. Não se pode
carregar nada, acender fogo, fumar, nem usar eletricidade. O jejum não é permitido para
crianças menores de 9 anos, pessoas gravemente enfermas, mulheres grávidas e aquelas que
deram a luz há menos de trinta dias.
Se uma pessoa, enquanto estiver jejuando em Yom Kippur, passar mal, a ponto de quase
desmaiar, deve-se lhe dar comida até que se recupere. Se houver perigo de uma epidemia, e os
médicos da cidade aconselharem que é necessário comer a fim de resistir à moléstia, exige-se
que todos comam.
Existem outras proibições, além daquelas contra trabalhar, comer ou beber. As relações
conjugais são proibidas, bem como o uso de perfumes e ungüentos, exceto para fins médicos.
Além disso, sapatos e outras peças da indumentária feitas de couro não podem ser usadas no
Yom Kipur, pois não se pode usar nenhum material para o qual seja necessário matar um animal.
Após o Yom Kipur, espera-se que haja festa e alegria, não perdendo de vista o fato de que o
feriado é um dia santo de júbilo.
Versículo da semana - “Encucar…"
“Pois tu, Senhor, és bom, e pronto a
perdoar, e abundante em benignidade
para todos os que te invocam.”
(Salmos 86.5)
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Referências Bibliográficas
1. Bruce Wilkinson - Talk Thru the Bible - 2002
2. Bíblia de Estudo facilitado - Philip Yancey e Tim Stafford
3. Mike Beaumont - Guia Prático da Bíblia
4. Sociedade Bíblica do Brasil - Manual Bíblico SBB - 2a Edição Revisada
5. Sue Graves; Sociedade Bíblica do Brasil - O que é a Bíblia? Uma introdução ao Livro da
Fé Cristã.
6. Guia Fácil para Entender a Bíblia - Larry Richards.
8. Enciclopédia do Estudante - Ed Moderna - 04 - História Geral - da pré-história ao mundo
contemporâneo
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