A DEMONSTRAÇÃO, PROVA E ARGUMENTAÇÃO NO ENSINO DA MATEMÁTICA Marcilene Moreira dos Santos Silva Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul 79750-000, Nova Andradina, MS [email protected] Antonio Sales Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul 79750-000, Nova Andradina, MS [email protected] RESUMO: Este artigo é um estudo do uso da demonstração e da prova no contexto escolar. Procura diferenciar a prova, a demonstração e a argumentação, tendo como base Arsac e Chevallard. É também o resultado de um levantamento teórico e da realização de uma pesquisa de campo com professores que atuam no ensino fundamental, para entender qual o valor que eles atribuem ao processo de argumentar ou demonstar durante as aulas de matemática. Como resultado observou-se que o valor formativo da argumentação não é evidente para os professores embora todos sejam licenciados em matemática. Palavras-chave: Prova. Demonstração. Argumentação. Introdução Quando se trata de validação matemática, podemos falar em demonstração, pois esta tem como função a comprovação de diversas asserções. Comprovação esta que depois de demonstrada não pode deixar espaço para dúvida. Segundo Arsac ela se divide em demonstração formal, prova e argumentação e diferenciá-las não é algo tão fácil pois, normalmente, elas se entrelaçam. Este artigo é um levantamento teórico sobre o tema e a pesquisa de campo realizada com profissionais da educação mostra a confusão que existe entre esses três conceitos. Demonstração, um caso particular de prova O ato de demonstrar em matemática, nem sempre se encontra presente em salas de aula. Para Gilbert Arsac (apud. Sales, 2009), isso se dá devido ao fato de que nem sempre esta visão se encontra clara para professores que atuam na educação básica. Demonstração, prova e argumentação se entrelaçam não havendo, para eles, uma distinção entre elas. Demonstrar é argumentar, visando responder a pergunta: ”por que é verdadeiro?”. Esta possui rigor e formalidade enquanto argumentar não tem a preocupação com a validade da tese ou, melhor dizendo, aplica-se ainda que não se conheça o desfecho. Argumentação e prova podem ser colocadas como etapas da demonstração, se assemelham e se diferem da demonstração nos seguintes pontos: A demonstração é teórica e restrita a uma comunidade em particular, que tenha uma linguagem em comum, partindo de axiomas (postulados) e teoremas tem por fim uma única verdade sem deixar espaço para dúvidas a respeito de sua validação. Enquanto a argumentação não fica limitada a um campo do saber. A demonstração visa uma comunidade especial que se interessa pelo estudo da matemática. A prova e a argumentação não têm a necessidade de formalismo, e seus pressupostos ainda não necessitam estar estabelecidos. Estas partem de objetos sensíveis pertencentes ao mundo real, podendo ser palavras, desenhos, gestos, e esboço (SALES, 2009). Um exemplo de prova é apresentado quando se utiliza dobradura para se provar que os ângulos internos de um triângulo somam 180º. A argumentação é toda tentativa de convencer aguém de que se está na direção da verdade. É toda ação de justificar ainda que não corretamente. Seu valor formativo não está na verdade de defende ou na ausência da verdade, quando ocorre um equívoco, mas na contribuição para o processo de construção de um raciocínio lógico-dedutivo ou lógico-indutivo. Se for para se classificar em ordem do mais abrangemte para o menos abrangente, podemos partir primeiro da argumentação. Para a comprovação de uma asserção pode-se utilizar a prova e, por fim, conclui-se com a demonstração. Com isso podemos dizer que a demonstração é um caso particular de prova, ou melhor, um subproduto desta, destinada a um grupo em especial e possui característica própria, possuindo formalismo e tem caráter cientifico e técnico. A demonstração na visão de profissionais que atuam na educação básica Para complementar este trabalho procedemos a uma pesquisa de campo entrevistando três professores de escolas públicas de Nova Andradina. São docentes que atuam no ensino fundamental. Mais precisamente, que lecionam no 9º ano. A entrevista foi gravada e depois transcrita. Na entrevista procuramos entender qual a visão dos docentes em relação a demonstração em matemática, prova ou argumentação. Para isso em nossa entrevista direcionamos para o acso particular da demonstração do teorema de Pitágoras. Partimos do pressuposto de que devido ao fato de ser este um teorema muito conhecido estaríamos eleminando algumas variáveis intervenientes.. Embora os entrevistados tenham assinado o termo de livre consentimento procuramos preservar sua identidade, evitando expô-los. Os nomes foram omitidos, tratamos a todos como se fossem do gênero masculino e os designamos por letras maiúsculas do alfabeto. As perguntas foram as mesmas para todos os professores e nos parágrafos seguintes registramos as falas deles e o nosso entendimento a partir delas. Entrevista com o Professor A Entrevistador: — O livro que adota traz alguma demonstração matemática? Se sim, qual aa demonstração? Professor A — As que me lembro a da equação do segundo Grau (fórmula de Báskara) que vem demonstrada, também a fórmula de Pitágoras, o qual não tenho utilizado ainda esse ano, mas tenho utilizado no ano passado e dentre outras demonstrações. Apesar de que utilizo o livro didático somente para os alunos fazerem atividades em casa, pois em sala de aula minhas atividades não são de acordo com o livro. Entrevistador: — Você demonstra o teorema de Pitágoras? De que forma? Professor A —A demonstração de Pitágoras não somente nesse livro como nos demais é utilizado um triângulo retângulo de lado maior medindo 5cm, e catetos medindo 3 e 4 cm. Costumo demonstrar na lousa utilizando esse triângulo retângulo de lados medindo 5,4,3 cm, onde o lado de 5 cm é a hipotenusa e os outros lados são os catetos adjacente e oposto com os quais se formam o ângulo reto (90º). Se um lado é de 3 cm ele forma um quadrado de área igual a 9cm2, se o outro é de 4 cm forma um quadrado de lado 4cm e área 16cm2, se o outro é 5usa área será de 25cm2. Dessa forma será possível provar que o quadrado da hipotenusa é igual a soma do quadrado dos catetos adjacente e oposto. È bem simples que até mesmo os alunos não sentem dificuldade, até mesmo porque antes de fazer a demonstração procuro levá-los até a sala de tecnologia onde eles assistem a um vídeo mostrando passo a passo a demonstração do teorema de Pitágoras. O objetivo desse vídeo é fazer uma introdução sobre o teorema despertando o interesse e ao mesmo tempo motivando o aluno. Análise Com base em Arsac (apud SALES, 2009) esta forma de demonstração empírica citada pelo professor A, não seria precisamente considerada como demonstração pelos matemáticos e sim como uma prova. Na visão desse teórico uma prova tem valor relativo, serve apenas para o grupo que a aceita, que foi convencido pelo argumento. Prova “é um processo que tem por objetivo assegurar a validade de uma asserção ou uma decisão”. Sem se preocupar com a formalidade e a teoria, muitas vezes utilizando apenas objetos concretos para sua validação. O que não é suficiente para a comprovação de uma demonstração formal. Nessa perspectiva em que a demonstração é um subproduto de uma prova, esse professor não demonstra tendo em vista que a formalização. Entrevistador: —Você acredita que é importante estar demonstrando para o aluno do ensino fundamental? Por quê? Professor A — Sim é importante porque o próprio nome já diz ensino fundamental. E o que é ensino fundamental? É a base, pois o aluno tem que chegar ao ensino médio preparado, então é muito importante. Você demonstrando ele não irá mais se esquecer do que aprendeu, quando chegar ao ensino médio e a professora falar no teorema de Pitágoras ele irá lembrar que já foi demonstrado no ensino fundamental. Posso falar que tenho experiência, pois trabalho com o ensino fundamental e o médio. E outra é importante estar demonstrando porque muitas vezes o aluno não pergunta. Ele fica apático na aula porque ele não conhece o conteúdo então não será capaz de perguntar, pois só quando você passa a ter conhecimento do conteúdo terá duvidas e irá surgir os “por quês’’. Meu objetivo não é somente passar as fórmulas em si, é importante que o aluno passe a ter um conhecimento de como se chegou naquela fórmula. O ensino médio irá complementar o fundamental com um grau de dificuldade maior, e mesmo assim alguns alunos ainda chegam ao terceiro ano do ensino médio sem conhecer o teorema de Pitágoras, sem saber quem foi Pitágoras. Tenho mudado muito a minha didática de trabalho, e vi que demonstrando tenho despertado o interesse dos alunos e eles têm se mostrado mais compromissados com a aula. Análise Observa-se que o professor A está preocupado não somente em mostrar a formula, mas em demonstrar, embora tenha deixado transparecer ao responder a segunda questão não conhecer a distinção entre demonstração e prova. Aliás, devemos admitir que seria mesmo de esperar essa dificuldade uma vez que essa diferenciação normalmente não é discutida nos cursos de licenciatura. Em nossos cursos não valorizamos a argumentação e não damos destaque às provas empíricas. Entrevista com o professor B Entrevistador: — O livro que adota traz alguma demonstração matemática? Se sim, qual a demonstração? Professor B — Faz cinco anos que atuo em sala de aula e os primeiros contatos que tive foram com a coleção do Geovani Castrucci que trabalha no ensino fundamental do 6º ao 9º. Esses livros trazem as demonstrações e os conteúdos mais relevantes para a matemática. No inicio quando comecei a trabalhar até tentei utilizar as demonstrações dos livros de uma forma mais simples para que o aluno pudesse entender, mas acontece que o aluno não está preparado principalmente no ensino fundamental no 3º e 4º ciclo para entender as demonstrações. Ele não tem abstração suficiente, com isso você acaba tendo aulas frustrantes. O aluno não consegue entender o que você esta falando. Ele não consegue imaginar para que serve aquilo, com isso acaba havendo um distanciamento entre professor e aluno. Cria certo receio do professor e esse receio cria um distanciamento da matemática. Além desse livro do Castrucci já trabalhei uns dois anos com os livros de Gelson Iezzi que é uma coleção reformulada da coleção dos 12 livros e existem várias demonstrações retiradas dessa coleção. Na coleção de 2007/2008 foi trabalhada nas series iniciais ficou um pouco frustrante as imagens e as figuras eram bem simples, mas elas não levavam os alunos a raciocinar, não tendo assim uma aproximação do conteúdo e figuras. Por fim posso dizer que os livros didáticos trazem demonstrações, mas acredito que fica um pouco abstrato para o aluno entender para que serve e de que forma ele estaria trabalhando essa demonstração. Análise O excesso de rigor no tratamento matemático na educação básica é um tanto frustante. Se no curso de licencitaura o futuro professor tivesse a oportunidade de discurtir as relaçoes entre argumenatção, prova e demonstração e o valor formativo de cada uma delas é de se esperar que trabalhasse melhor essas questões no ensino funadmental. Tendo uma formação marcada pelo rigor nas aulas de matemática e por uma suposta ausência de rigor na disicplinas pedagógicas bacharelado para ser professer matemática. Entrevistador esse professor recebe uma formação de — Você demonstra o teorema de Pitágoras? De que forma? Professor B Os livros trazem sim a demonstração do teorema de Pitágoras, mas como havia dito requer muita habilidade e competência dos alunos, então sempre procuro a minha didática para ensinar como se chega ao teorema de Pitágoras. Procuro exemplificar para o aluno para que serve o teorema e não demonstrar como se chega na formula. Isso porque a formula é só aplicação, e a aplicação no momento acredito que não é tão importante para o aluno, pois a formula já esta pronta é só jogar os números e no máximo o que o aluno pode errar é nos cálculos. Então é mais importante o aluno entender para que serve o teorema de Pitágoras. Prefiro mostrar na lousa conteúdos paralelos, até chegar ao teorema, pois assim o aluno irá conseguir enxergar melhor o conteúdo. Acredito que você tem que dar valores ao teorema para somente depois estar demonstrando e existe um tempo para isso. Posso dizer que tenho uma critica indireta aos colegas professores, pois muitos ficam preocupados com o que o livro traz, nos hoje temos muitos casos de mídia a televisão, por exemplo, acessos de novos portais proporcionados pelo MEC que trazem novas formas de se trabalhar a matemática, maneiras diferentes de se abordar um exercício. Podemos citar hoje o novo ENEM, as Olimpíadas de Matemática, a Gincana de matemática promovida na UEMS o aluno não tem que entender a demonstração e sim das habilidades que precisam ser desenvolvidas para chegarem a solução daquele problema. Então dentre todo esse processo novo que tem a matemática para que serve as demonstrações dentro da sala de aula a não ser para passar o tempo e fazer com que o aluno tenha receio da matemática, receio do professor e receio da escola. Quero dizer aquela distância só irá aumentando. Então é necessário que você trabalhe de uma forma mais dinâmica abordando os mesmos conteúdos para que a matemática não se torne tão pesada. Demonstração é matemática pura e isso não é a realidade do aluno, o estudante hoje procura uma matemática aplicada, uma matemática mais usual, que ele consiga aplicar essa matemática em seu meio habitual. Com isso posso dizer que não adoto as demonstrações em sala de aula e nem utilizo as demonstrações dos livros que adoto. Análise O professor B dá evidências de estar ciente do que é uma demonstração formal, embora deixe bem claro que não costuma demonstrar em suas aulas, pois acredita que os alunos não possuem uma abstração suficiente para compreender uma demonstração. Esse pensamento da inaptidão do aluno, no entanto, não coincide com o pensamento dos autores dos PCN segundo os quais os alunos são capazes de fazerem conjecturas, argumentações e por fim estarem até mesmo demonstrando. O professor diz que não demonstra a formula, pois essa serve somente para aplicação e acredita que trabalhando com conteúdos paralelos ao desejado haverá uma melhor compreensão por parte do aluno, prefere não utilizar somente os livros didáticos. Talvez nele não tenha discutido sobre o valor formativo do processo e argumentação. Seu ponto de vista reflete as dificuldades pelas quais deve ter passodo como acadêmico de um curso de licenciatura que se vê cercado de um formalismo estéril em muitas aulas de matemática. O professor B, diz que já havia tentado demonstrar em suas aulas, mas tornou-se frustrante porque os alunos não as compreendem. Esta visão também é reconhecida pelo trabalho de Villiers (2001) em um trecho de seu texto diz que qual professor que não experimentou durante sua aula uma situação frustrante ao se deparar com alunos lhe perguntando “por que temos que demonstrar isso?” Com isso vemos que esta situação é comum acontecer em sala de aula. No trabalho de Afanasjewa Freudenthal ( apud VILLIERS, 2001), acredita-se que o problema dos alunos quanto a demonstração não deve ser atribuído somente ao fato da lentidão quanto ao seu raciocínio lógico, mas também ao fato de não compreender a verdadeira função da demonstração que como já vimos em capítulos anteriores sua função é de validação de asserções, não deixando assim espaço para dúvidas. Dito em outras palavras: ela fossiliza o assunto. Entrevista com o professor C Entrevistador: — O livro que adota traz alguma demonstração matemática? Se sim, qual a demonstração? Professor C — O livro traz todas as definições, mas preciso pesquisar em vários livros para poder demonstrar, quando vou demonstrar o teorema de Pitágoras utilizo no mínimo três livros até encontrar demonstração ou algo que me interessa e muitas vezes procuro pesquisar na internet. Não existe um livro completo. Se for trabalhar tendo como suporte um único um livro fica muita coisa para trás. Entrevistador — Você demonstra o Teorema de Pitágoras? De que forma? Professor C — Ele [o livro] demonstra o teorema de Pitágoras sim utilizando as relações métricas existentes aos triângulos retângulos, mas não utilizo esta forma para demonstrar. Procuro trabalhar utilizando as áreas dos quadrados de cada lado do triangulo retângulo e somente depois trabalho a outra forma. Inicio falando sobre quem foi Pitágoras, as contribuições que deram, as relações do triângulo retângulo mostrando os catetos e a hipotenusa. Para isso trabalho com data show e cartolinas, então assim eles conseguem ver que a soma do quadrado da hipotenusa é igual a soma dos quadrados dos catetos, e somente depois que demonstrei tudo isso para eles que falo o teorema para eles assim eles assimilam. Escrevo o teorema em uma linguagem matemática, ou seja, a2=b2+c2, peço para eles transformar na linguagem materna, que é a língua portuguesa para mim, então eles falam que a hipotenusa ao quadrado é igual à soma dos catetos ao quadrado. Entrevistador: —Você acredita que é importante estar demonstrando para o aluno do ensino fundamental? Por quê? Professor C — Particularmente tenho uma grande dificuldade de demonstrar para o 6º e 7º ano, acredito que eles não possuem maturidade suficiente para entender. Quando vou explicar, por exemplo, as potências no momento que falo a elevado ao quadrado eles perdem o juízo e perguntam: “Ah! professor, não é numero?” Então prefiro demonstrar mais somente para o 8º e 9º, pois eles possuem uma maturidade maior. Mas acredito que é importante estar demonstrando sim. Análise O professor C, diz que tem uma grande dificuldade para estar demonstrando para alunos de 6º e 7º ano. Essa dificuldade tem razão de ser tendo em vista que os alunos desse nível de escolaridade ainda não vivenciaram atividades dessa natureza e, portanto, não possuem maturidade intelectual. Normalmente nesse nível de estudo ele não foi alfabetizado algebricamente e o professor não distinguindo prova de demonstração tenta, quando faz, começar por esta última que possui rigor algébrico. Como sabemos para demonstrar é necessária uma simbologia apropriada e uma vivência com o ritual. Considerando que somente a partir do 8º ano que ele irá iniciar o estudo da álgebra, com os polinômios, é de se supor que não tenham condições de entender a demonstração. Aparentemente a professora percebe a demonstração, mas ainda confunde a prova com demonstração. Considerações Finais As demonstrações em matemática têm uma grande importância no contexto educacional, embora esta ainda não se encontre muito clara na visão de profissionais que estão atuando na área. Isso ocorre pelo fato de não se saber diferenciar demonstração e prova. Conforme foi visto na perspectiva de Arsac demonstrar é parte de uma prova, prova essa que serve para convencer certa comunidade em especial, neste caso a comunidade de matemática da veracidade de certas asserções, não deixando espaço para dúvida. A demonstração é carregada de formalismo, enquanto a prova se trabalha com materiais concretos e esboço dentre outros. Essa abordagem facilita a visualização, principalmente dos alunos. Após a entrevista com professores percebe-se que a maioria dos entrevistados procura trabalhar com um caso particular para comprovação do teorema de Pitagoras. Neste caso eles estão utilizando a prova e não a demonstração formal, para esta eles deveriam utilizar as relações métricas de triângulos retângulos. Em nenhum caso ficou evidente a preocupação do professor com o valor formativo do processo de provar, argumentar ou demonstrar. Embora haja um caso em que o professor evidencie saber a diferença entre os conceitos de prova e demonstração, não houve evidência em sua fala de que valorize esse processo para a formação do aluno. A matemática pela matemática, seja em termos de exercícios de fixação, de provas ou de demonstração, não satisfaz os anseio da sociedade que criou a escola para ensinar valores intelectuais. Valores que não se reduzem a “ver” como se faz ou como está feito, mas em pensar sobre, em conjeturar, em obervar regularidades, verificar a validade da conjetura, construir modelos e, por fim, estabelecer, o aluno mesmo, uma verdade. Referências Bibliográficas SALES, Antonio; PAIS, Luiz Carlos. A Argumentação no Estudo da Geometria: Uma Experiência com Acadêmicos de Licenciatura em Matemática.Goiânia: XIII EBRAPEM, 2009 (GT11 A1). Disponível em< http://www.ebrapem.mat.br/anais.html> Acesso em: 10 set 2009. VILLIERS, Michael D. de. Papel e funções da demonstração no trabalho com o Sketchpad. Educação e Matemática nº 63 • Maio/Junho de 2001 Disponível em< http://www.apm.pt/apm/revista/educ63/Para-este-numero.pdf> Acesso em: 10 set 2009