MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL A CLIMATOLOGIA E OS POLUENTES ATMOSFÉRICOS - ESTE TRABALHO DIDÁTICO TEM POR FINALIDADE, ESCLARECER UM POUCO MAIS QUAIS SÃO OS PERIGOS QUE AS ATIVIDADES ANTRÓPICAS, PODEM NOS CAUSAR DIRETA OU INDIRETAMENTE, EMBORA, A HUMANIDADE TENHA QUE SE DESENVOLVER E PROGREDIR, SABEMOS O QUANTO SOMOS FRÁGEIS, E NECESSITAMOS DE CONFORTO E BEM ESTAR ISTO É, BUSQUEMOS A SAÚDE PERFEITA ! ! ! ! PROF. HIROSHI YOSHIZANE GASES ATMOSFÉRICOS NOCIVOS OS EFEITOS DOS GASES POLUENTES NA NOSSA SAÚDE MONÓXIDO DE CARBONO ( CO ) CO ESCAPE DOS VEÍCULOS MOTORIZADOS; ALGUNS PROCESSOS INDUSTRIAIS. LIMITE MÁXIMO SUPORTÁVEL 10 mg/m3 em 8 h (9 ppm); 40 mg/m3 numa 1 h (35 ppm) MONÓXIDO DE CARBONO O monóxido de carbono (CO) é um gás inodoro, incolor, insípido produzido por queima de combustíveis que contém átomos de carbono, geradas pelos motores automotivos e estacionários desregulados mecânicamente, isto é, combustão incompleta. Pelo seu alto nível de toxicidade, o CO foi um dos primeiros a ser investigado tornando-o assim muito muito bem conhecido e estudado. Essencialmente, trata-se de uma substância prejudicial na oxigenação dos tecidos sendo classificado como um gás asfixiante sistêmico. ATIVIDADE DO CO A hemoglobina que está dentro dos glóbulos vermelhos do nosso sangue (também chamados de hemácias ou eritrócitos),carrega ou transporta o oxigênio aos tecidos do nosso importante organismo. Nos capilares pulmonares, a hemoglobina recebe oxigênio (O2) do ar que está nos alvéolos pulmonares e continua pelos vasos sangüíneos para levar este elemento vital a todos os demais tecidos, que nos estruturam. O O2 se aloja em cada parte do nosso organismo conforme as necessidades metabólicas celulares, que geram o CO2, e a hemoglobina deposita o O2 e se encarrega em receber o CO2 gerado, que precisam ser descarregados ou liberados dos tecidos do nosso organismo, via artérias até os pulmões. Nos pulmões a hemoglobina deixa o CO2 capta o O2 e transporta para as células, assim nos dando a vida. A atividade acima é possível porque a combinação desses gases com a hemoglobina formam compostos instáveis, facilmente liberando O2 ou CO2. Esse é um processo essencial à vida. Se parar, as células deixam de receber oxigênio e entram em anóxia, ocorre asfixia geral. O grande perigo do CO está na estabilidade do complexo CO + HEMOGLOBINA ( carboxihemoglobina ), de modo que o mecanismo de troca fica prejudicado: A HEMOGLOBINA não consegue livrar-se do CO , não consegue permutar por O2 e conseqüentemente, oxigenar o organismo. É por isso que o CO é considerado um asfixiante sistêmico. Se 20% a 30% da hemoglobina ficarem saturados com CO, aparecem os sintomas e sinais da falta de oxigenação do organismo ( HIPÓXIA ). Acima de 60% de saturação, ocorrem perda da consciência e morte. A hipóxia é um fenômeno biológico complexo e suas manifestações clínicas são muito complicadas. Todos os nossos órgãos necessitam de O2, alguns em maior quantidade, e outros em menor quantidade. Então, o sistema nervoso central é o maior consumidor desse gás sendo então muito sensível à sua falta. Assim, a confusão e a convulsão cerebral, inconsciência e parada das funções cerebrais caracterizam as intoxicações graves pelo CO. O CO causa desconforto físico, náuseas, dor de cabeça, falhas na percepção visual, tontura, perda de concentração, alterações nas funções motoras e problemas cardiovasculares podendo se ligar fortemente à hemoglobina no sangue, substituindo o oxigênio e dificultando o seu transporte. Em ambiente fechado pode levar à morte. A ameaça à saúde com a exposição ao CO é mais séria em altos níveis de concentração (CO) como nas áreas de intenso tráfego de veículos o que têm sido associados a causa para o aumento do número de acidentes de trânsito, tanto pela fadiga, encefalite, ansiedade irritação e a falta de atenção. É para os Paulistanos, o efeito do congestionamento nas vias públicas. Nos casos de envenenamentos crônicos, ocorrem as perturbações mentais, distúrbios cardíacos, renais e hepáticos, de forma comum. No entanto, é muito importante saber que nas intoxicações agudas ou crônicas, se a vítima não mais respirar CO, terão grandes chances de sobrevida Assim, a grande concentração de CARBOXIHEMOGLOBINA, se se mantiver um tanto estável, a HEMOGLOBINA lentamente se livrará desse gás tóxico, e o sistema sangüíneo passará a reagir diretamente produzindo novos glóbulos vermelhos prontos para a troca vital de gases, quando, após alguns dias, restabelecerá o ciclo normal da oxigenação celular. A exposição a elevados níveis de CO também está associado com : -Redução da capacidade visual; -Redução da capacidade de trabalho (eficiência); -Redução da destreza manual; -Redução da capacidade de intelectual, -Dificuldade em realizar trabalhos complexos. DIÓXIDO DE CARBONO CO2 Vulcões emitem mais de 130 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera a cada ano. Gás inodoro e incolor normalmente não representa um perigo direto à vida quando em baixas concentrações mesmo que continuamente a partir do solo ou durante erupções episódicas por se tornar diluído muito rápidamente na atmosfera. O CO2 emanado na atmosfera, pode tornar-se concentrado em níveis letais para pessoas e animais. O CO2 sendo mais pesado do que o ar, pode fluir como uma corrente para áreas de baixo relevo, e assim concentrando em altos níveis (ppm) asfixiando toda a vida em seu domínio ou trajetória nas baixas camadas atmosféricas. A RESPIRAÇÃO DE UM AR COM MAIS DE 30% DE CONCENTRAÇÃO DE CO2 PODE RÁPIDAMENTE CAUSAR OU INDUZIR À INCONSCIÊNCIA E PROVOCAR A MORTE. Em regiões vulcânicas ou em outras áreas onde emissões de CO2 ocorrem, é importante por questão de segurança, não adentrar sem proteção em pequenas depressões superficiais e em áreas deprimidas ( grutas) que podem armazenar esse gás. O limite entre o ar e os gases letais pode ser extremamente abrupto ( camada ); Ás vezes uma única atitude de se levantar ou subir, pode ser o suficiente para escapar da asfixia ou até da morte. DIÓXIDO DE CARBONO CO2 O Dióxido de Carbono ( CO2 ) é produzido naturalmente através da respiração, pela decomposição de plantas e animais e pelas queimadas em florestas. FONTES ANTROPOGÊNICAS Queima de combustíveis fósseis, mudanças na vegetação (como o desflorestamento), queima de biomassa e a fabricação de cimento. Emissões de CO2 por atividades humanas, incluindo a queima de combustíveis fósseis, produção de cimento e queima de gases, produzem quantidades de CO2, aproximadamente de 22 bilhões de toneladas por ano. Cálculos e estimativas científicas comprovam que os vulcões emitem uma quantidade em peso de aproximadamente 130-230 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera a cada ano. Esta estimativa inclui tanto os vulcões continentais e submarinos. As atividades humanas liberam mais de 150 vezes mais a quantidade de CO2 do que as emitidas por vulcões. Comparativamente, isso corresponde a quantidade de 17.000 vulcões com o potencial do vulcão havaiano Kilauea que emite em torno de 13,2 milhões de toneladas por ano). ESTRUTURA VULCÂNICA ESTRUTURA VULCÂNICA CRATERA CHAMINÉ CONE CÂMARA MAGMÁTICA KILAUEA KILAUEA KILAUEA O Kilauea é o mais jovem vulcão da Ilha Grande do Havaí. Sua topografia faz parecer que ele é apenas uma saliência no flanco sudeste do Mauna Loa, o maior vulcão do mundo, com mais de 4.000 metros de altitude. KILAUEA Por muitos anos, o vulcão KILAUEA era considerado como se fosse um satélite de seu vizinho gigante, MAUNA LOA, e recentemente descobriu-se evidências de que o KILAUEA tem seu próprio sistema de efusão de lava, que se estende por mais de 60 quilômetros abaixo da terra. A erupção do KILAUEA começou em 1983, e sua lava percorre um sistema de "tubulações" de 11 quilômetros entre MAUNA LOA VULCÕES HAWAIANOS MAUNA LOA MAUNA LOA MAUNA LOA E F E I T O S F Í S I C O S O ar com 5% de CO2 provoca um aumento perceptível na respiração; Com 6% a 10% resulta em brevidade da respiração, dores de cabeça, tontura, sudorese e agitação; Com 10% a 15% provoca danos na coordenação motora e abrupta contração na musculatura; Com 20% a 30% provoca perda da consciência em menos de um minuto e convulsão; Acima de 30% pode provocar a morte. N I T R O G Ê N I O ESCLARECIMENTO TÉCNICO A composição do ar normal é: 78% de Nitrogênio - ¨ N ¨ 21% de Oxigênio - ¨ O2 ¨ 1% de argônio. Existem outros elementos, que compõe a ar atmosférico porém em quantidades desprezível. ÓXIDOS DE NITROGÊNIO Dois NOx fazem parte da poluição do ar: o monóxido de nitrogênio ( NO ) e o dióxido de nitrogênio (NO2). São formados, principalmente, nas câmaras de combustão de motores de veículos onde além do combustível, entra o ar que contém grandes quantidades de nitrogênio e oxigênio e, devido à altíssima temperatura combinam-se formando os NOx. Se o NO, permanecesse puro, seria então um gás inofensivo, sem representar perigos à saúde. Este se oxida muito facilmente e, para NO2 que é um gás invisível, inodoro e muito irritante. A pessoa atingida pelo NO2 sente imediatamente ardência nos olhos, no nariz e nas mucosas em geral. O NO2 reage com todas as partes do corpo expostas ao ar, pele e mucosas, e provoca lesões celulares. Os epitélios ( revestimentos celulares ) que mais sofrem são aqueles das vias respiratórias, por serem mais sensíveis do que a pele ou os epitélios da boca e da faringe Portanto, ocorrem degenerações celulares e inflamações no sistema respiratório, desde as narinas (vias aéreas superiores), traquéia, laringe, faringe até as profundidades dos alvéolos pulmonares. Nos casos de intoxicação grave, instalam-se edema pulmonar, hemorragias alveolares e insuficiência respiratória grave, e consequentemente causando morte. Se a exposição for aguda, porém não fatal, ou houver inalação crônica em doses nocivas, teremos como consequência, doenças respiratórias de vários tipos, em função da intensidade e do tempo de exposição. Pela ordem crescente de gravidade aparecerão: -Traqueites e bronquites crônicas; -Enfisema pulmonar (dilatação dos alvéolos pulmonares); -Espessamento da barreira alvéolocapilar ( dificuldades nas trocas gasosas que ocorrem nos pulmões: CO2 por O2 ), -Broncopneumonias químicas ou infecciosas. As broncopneumonias químicas são inflamações dos pulmões e vias respiratórias causadas por substâncias químicas. Inflamação nada mais é do que uma das muitas formas com que os tecidos reagem diante os irritantes químicos ou físicos, ou a microrganismos. Com certeza, muitos de nós já sentimos uma reação inflamatória : Por exemplo, nos olhos em devido a poluição ou nos dedos ao sofrer uma queimadura. Saiba então que broncopneumonias infecciosas são típicamente causadas pelos diversos microorganismos patogênicos. Na respiração, as bactérias existentes no ar penetram nos pulmões, porém, as defesas do sistema respiratório evitam que elas provoquem doenças. Quando há uma irritação e inflamação nos tecidos respiratórios internos, causados pelo NO2, estas defesas ficam prejudicadas e as capacidades bactericidas do sistema respiratório falham rompendo o equilíbrio do organismo. Assim, instalam-se as infecciosas requerendo broncopneumonias tratamentos com Assim, uma vez que houver um dano permanente ao sistema de defesa respiratória, o indivíduo estará sempre sujeito a infecções das vias respiratórias e dos pulmões. O NO2, bem como todos os gases irritantes, induzem a alterações permanentes ao nosso organismo, especialmente e principalmente no sistema respiratório. E N X O F R E O elemento ocorre na natureza em muitos minerais à base de sulfetos e sulfatos. O enxofre nativo é encontrado na Sicília (Itália) e nos Estados Unidos da América (obtido pelo processo Frasch). É elemento essencial para os organismos vivos. O enxofre tem várias formas alotrópicas. Abaixo de 95,6°C o cristal estável é rômbico. Acima desta temperatura passa para a fase triclínica. Ambas as formas cristalinas contêm moléculas S8. A temperaturas acima do ponto de fusão, o enxofre fundido é um líquido amarelo que contém anéis S8, como na forma sólida. Em torno de 160°C os átomos de enxofre formam cadeias e o líquido se torna mais viscoso e marrom escuro. Se o enxofre fundido for resfriado rápidamente, por exemplo sendo jogado em água gelada, obtém-se o enxofre amorfo, que é um sólido marrom avermelhado. A fase amorfa tem d = 1,92 g.cm-3, PF ~ 120°C, PE = 444,1°C. Acima de 200°C a viscosidade diminui. O vapor de enxofre contém mistura de moléculas de S2, S4, S6 e S8. As flores de enxofre são em forma de pó amarelo obtido por sublimação do vapor. É usado como fungicida vegetal. O elemento é usado para produzir ácido sulfúrico e outros compostos. Amostra de minério de enxofre nativo. Ocorre como produto de sublimação vulcânica e em depósitos sedimentares. Utilizado na produção e transformação do ácido sulfúrico e pesticidas. O minério de FeS, é encontrado nas rochas vulcânicas básicas. A pirita ( FeS2 ) é o principal minério de enxofre, também conhecido como "ouro dos tolos". Com brilho metálico, opaco, e de coloração amarela. É básico na produção de ácido sulfúrico ( H2SO4). A IMPORTÂNCIA DO ENXOFRE As plantas produzem os seus próprios aminoácidos contendo enxofre (cistina e metionina ) por redução de sulfatos dissolvidos. O elemento é também um constituinte minoritário de gorduras, líquidos corporais e do esqueleto, sendo quase tão abundante, nos organismos, como o fósforo. No corpo humano o enxofre encontra-se na forma de sulfatos ligados a compostos orgânicos. O sulfureto de hidrogênio, quando em pequenas concentrações, pode ser metabolizado; contudo em doses maiores provoca a morte por paralisia respiratória. O dissulfureto de carbono também pode ser letal mas tem um efeito narcótico quando ingerido em doses reduzidas. Os compostos de enxofre não são venenos cumulativos, sendo habitual a recuperação completa. Apesar destes efeitos, o enxofre elementar é fisiologicamente inerte. DIÓXIDO DE ENXOFRE A atmosfera paulistana São Paulo ( capital ) não estão muito carregadas de dióxido de enxofre ( SO2 ). O dióxido de enxofre ( SO2 ) tem coloração amarelada, e carrega um odor característico do enxofre e muito irritante e torna-se um incômodo. O problema mais sério ambiental é que em contato com superfícies úmidas, transforma-se em ácido sulfúrico. REAÇÃO QUÍMICA DIÓXIDO DE ENXOFRE + H2O = ÁCIDO SULFÚROSO SO2 + H2O ---> H2SO3 Para que o ácido sulfuroso torne-se ácido sulfúrico só falta um átomo de oxigênio, que facilmente está na atmosfera, em abundância isto é, como substâncias oxidantes. ÁCIDO SULFÚRICO ( REAÇÃO ) H2SO3 + O -> H2SO4 (ácido sulfúrico) Uma intoxicação aguda por SO2 é fatal pois ataca e queima as vias respiratórias, desde a boca e o nariz até aos alvéolos pulmonares. Esta destruição é marcada por uma inflamação, hemorragia e necrose dos tecidos. Esta situação dramática não ocorre, nem mesmo quando se queima o pior tipo de óleo diesel com os mais altos teores de enxofre, graças ainda a baixa quantidade de SO2 disponível. A quantidade de SO2 lançados pelos escapamentos de ônibus e caminhões movidos a óleo diesel, causam irritações discretas quando em curtas exposições. A CETESB decreta atenção, se o nível do gás for elevado, como quando a as pessoas sentem ardência nos olhos, nariz e garganta e, por vezes, tossem. Para quem aspira raramente o ar da capital Paulista, a encefalite é quase imediata, por questão de 2 a 3 horas. APARELHO MUCOCILIAR As células mucosas secretam muco que recobrem com uma camada fina as vias aéreas superiores. As células ciliadas movimentam seus cílios de tal maneira que a camada de muco é continuamente deslocado de dentro para fora dos pulmões para à boca. O gás SO2 é muito solúvel e ao chegar na mucosa respiratória, que é úmida, encontra água. Assim se transformando em ácido sulfuroso e sulfúrico que, mesmo em quantidades muito pequenas, ao longo do tempo lesam o aparelho muco-ciliar e, em conseqüência, que é uma das defesas importantes do pulmão. A doença provocada denominada de tráqueo – bronquite crônica que, com o tempo torna-se irreversível, pois em as defesas foram comprometidas a nível definitivo. Deste modo teremos uma afecção inflamatória crônica das vias aéreas superiores, cujo indivíduo doente fica suceptível a freqüentes infecções respiratórias como a broncopneumonia. Este muco é pegajoso e próprio, para prender as partículas de todo tipo que entram pelas vias aéreas durante a respiração. Graças ao trabalho das células ciliadas, as partículas ou mesmo bactérias coladas ao muco não chegam nas partes internas dos pulmões mas sim são expulsas e retornadas para a boca e imperceptivelmente deglutidas. Quando deglutidos, as partículas e as bactérias dessem para o esôfago e estômago, e assim sofrem ações estomacais. Já dentro do estômago, o ácido clorídrico e o restante do tubo digestivo se encarregam em digerir esse muco impregnado de partícula e bactérias. HIDROCARBONETOS HCs Os HCs constituem uma grande família de substâncias orgânicas compostas de hidrogênio e carbono. Os combustíveis fósseis, ( a gasolina e o óleo diesel ), possuem centenas de HCs alguns formados por longas cadeias de carbono. Na queima dos combustíveis fósseis a situação persiste: Os gases de emissão da gasolina e do óleo diesel contém muitos HCs distintos, entre eles uma família especial, a dos hidrocarbonetos policíclico aromáticos (HPAs). Dá-se o nome de aromáticos a todos os compostos orgânicos que têm núcleo benzênico ( benzeno ) na molécula. São denominados cíclicos os compostos que apresentam mais de um anel em sua estrutura, por exemplo o antraceno, que tem 3 anéis. HPAs são, pois, compostos orgânicos de carbono e hidrogênio que possuem mais de uma estrutura em anel e, pelo menos, um núcleo benzênico. Muitos HCs não têm efeitos sobre a saúde, a não ser em concentrações altíssimas que nunca ocorrem nas poluições atmosféricas. Entretanto, existem HCs que são perigosos por serem irritantes, por agirem sobre a medula óssea provocando anemia e leucopenia, isto é, diminuindo o número de glóbulos vermelhos e brancos, e, sobretudo, por provocarem câncer. Na indústria petroquímica existe o risco das leucemias (câncer do sangue) e, por isso, os níveis dos HCs perigosos são constantemente controlados. Nas poluições atmosféricas por automóveis, a correlação entre os níveis de HPAs, densidade de tráfego e incidência de câncer pulmonar foi detectada e, em conseqüência, foram desenvolvidos os catalisadores que reduzem a quantidade de HPAs emitida pela queima de gasolina e óleo diesel. CATALISADOR AUTOMOTIVO CATALISADORES AUTOMOTIVOS C H U M B O Pb É um metal pesado que se adiciona à gasolina em forma de ( tetra-etila ) ou ( tetrametila de Pb ), com a finalidade de aumentar a octanagem desse combustível. Até há poucos anos, a cada litro de gasolina acrescentava-se em torno de 1g de Pb e os gases de escapamento liberavam toda essa quantidade de Pb no ar. Na década dos anos 70, estimou-se nos ¨EUA¨ que uma quantidade em peso de 200.000 toneladas de Pb foram emitidos anualmente pelos carros. Em1982, verificou-se que na cidade do México caía 2,3 toneladas de Pb sobre cada km2. Por se tratar de um metal pesado, ao ser lançado na atmosfera pelo escapamento, uma pequena parte pode ser respirada por seres vivos, porém todo o resto precipita-se rápidamente ao solo. No solo, o Pb passa a ser um contaminante potencial das águas, alimentos, pastagens, e muitos outros ambientes, passando a ser um problema sério ambiental. A CONTAMINAÇÃO Além de entrar no organismo por inalação, o Pb também penetra por ingestão de alimentos contaminados. Um cidadão de uma grande cidade, onde circulam automóveis a gasolina com Pb, ingere aproximadamente três vezes mais Pb do que um indivíduo de área rural, longe de tráfego intenso. A intoxicação pelo Pb é conhecido há longa data e a doença causada é denominada ¨saturnismo¨. Historiadores atribuem a decadência do Império Romano ao saturnismo, visto que o encanamento hidráulico, que apenas servia à elite, era de chumbo. Esse metal afeta principalmente o sangue, o sistema nervoso, os rins e o aparelho gastrointestinal. No sistema sanguíneo, causa anemia e uma degeneração das hemácias. No sistema nervoso verificam-se neurites nos adultos e encefalopatias nas crianças. Causam lesões nos túbulos proximais caracterizando o acometimento renal. No aparelho digestivo os sintomas são de dores violentas emforma de cólica. Vale ressaltar que os problemas renais, neurites e cólicas intestinais e estomacais manifestam-se com doses altas de Pb e ocorrem nos casos de acidentes ou intoxicações industriais. Assim, afetam mais a população adulta. Na poluição atmosférica urbana, a quantidade de Pb jamais atinge níveis dramáticos, porém, isso não quer dizer qu não é preocupante ambientalmente. A contaminação de Pb, seja pela via respiratória, seja por via digestiva, é cumulativo. Sendo assim, o nosso organismo tem dificuldades em se livrar desse metal e há uma tendência de acumulá-lo nos dentes e nos ossos. Com o decorrer do tempo, mais e mais Pb é juntado no organismo e a sua taxa no sangue vai aumentando. Os níveis de Pb no sangue podem ser medidos e aceita-se como normal 25ug de Pb por d.l de sangue, no entanto há indícios de que esse nível é alto demais e, muito provavelmente, haverá um consenso internacional para corrigi-lo. Levantamentos e estudos comprovaram que a taxa de Pb estava aumentando no sangue de pessoas que trabalham no tráfego como, condutores e policiais, e pessoas que vivem em contato com motores, como mecânicos, manobristas de garagens, assim como nas crianças que vivem próximas das grandes rodovias, chegando a atingir níveis sérios e preocupantes. Alguns países começaram a adotar medidas para diminuir o teor de Pb na gasolina ou até eliminar completamente, com o uso de combustíveis alternativos como o álcool. No Brasil a gasolina comercializada nos postos não contém Pb porque o etanol o substitui (a gasolina vendida nos postos contém 22% de etanol), e está bem demonstrado que os níveis atmosféricos deste metal diminuíram na cidade de São Paulo nos últimos anos. veículos a motor enchem a atmosfera com A observação de que a taxa de Pb estava aumentando no sangue de pessoas que trabalhavam no tráfego ou com motores de carros: policiais, mecânicos, manobristas e outras, assim como em crianças que viviam próximas a grandes rodovias, chegando a atingir níveis preocupantes, levou alguns países a tomarem medidas no sentido de diminuir o teor de Pb na gasolina e mesmo de eliminá-lo completamente, são mais sensíveis ao SO2.