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Os longas de ficção da Mostra Competitiva
Eles voltam
PE/2012, 100min. Roteiro e direção:
Marcelo Lordello. Com Maria Luiza
Tavares, Georgio Kokkosi, Elayne de
Moura, Mauricéia Conceição, Jéssica
Silva, Irma Brown, Clara Oliveira,
Germano Haiut e Teresa Costa Rêgo.
Cris, de 12 anos, e seu irmão mais
velho são deixados na beira da estrada pelos pais. O castigo imposto
a eles, devido às constantes brigas
durante a viagem à praia, torna-se um desafio: os pais não retornam. Cris terá, então, que trilhar
seu caminho de volta para casa,
deparando-se com realidades
distantes e distintas da sua.
Uma fábula de tons, personagens e situações realistas sobre
vivências que auxiliarão Cris a revisitar sua vida
quando, finalmente, voltar.
A memória que me contam
RJ/2012, 95min. Direção: Lucia Murat. Roteiro:
Lucia Murat e Tatiana Salem Levy. Com Irene
Ravache, Franco Nero, Simone Spoladore,
Otávio Augusto, Zecarlos Machado, Clarisse
Abujamra, Hamilton Vaz Pereira, Miguel Thiré
e Patrick Sampaio.
Um drama irônico sobre utopias derrotadas,
terrorismo, comportamento sexual e a construção de um mito. Um grupo de amigos que
resistiram à ditadura militar, com seus filhos,
vai enfrentar o conflito entre o cotidiano de
hoje e o do passado quando um deles está
morrendo.
Boa sorte, meu amor
PE/2012m 95min. Direção: Daniel Aragão. Roteiro: Daniel Aragão, Gregorio Graziosi e Luiz
Otávio Pereira. Com Vinicius Zinn, Christiana
Ubach, Rogério Trindade, Jack Mugler, Carlo
Mossy, Maeve Jinkings, Jr Black, Marku Ribas,
Júlio Rocha, Cacau Maciel, Gerlane Silva, Sandra Possani, Ana Lucia Altino, Zezita Matos e
Bianca Müller.
Dirceu, 30 anos, tem origens que remontam à
aristocracia latifundiária pernambucana. Ele vive no Recife, cuja paisagem sofre descontrolado processo de transformação, em parte graças a seu trabalho numa empresa de demolição. Maria compartilha as mesmas origens sertanejas, embora use a cidade para outro propósito. Ela é uma estudante de música com alma de artista. Se Dirceu aspira a um mundo
estável e presente, Maria vive em discordância
com o presente. A presença dela, quase uma
aparição, desencadeia em Dirceu a urgência
por mudanças. Numa rota de fuga e peregrinação pelo deserto, um encontro singular está
marcado para acontecer.
Era uma vez eu, Verônica
PE/2012, 90 min. Roteiro e direção: Marcelo
Gomes. Com Hermila Guedes, W. J. Solha, João
Miguel, Renata Roberta e Inaê Veríssimo.
Esse filme revela as reflexões de Verônica, uma
estudante de Medicina recém-formada, passando por um momento de incertezas. Ela
questiona não só as suas escolhas profissionais,
como suas relações mais íntimas, mas até mesmo a sua capacidade de lidar com a vida no
Brasil urbano contemporâneo.
Noite de reis
RJ/2012, 93 min. Direção: Vinicius Reis. Roteiro: Rita Toledo. Com Bianca Byington, Enrique
Diaz, Flavio Bauraqui, Raquel Bonfante, Sidney
Martins e Luciana Bezerra.
Alguns anos após uma tragédia familiar, Dora
e a filha Júlia retomam sua vida cotidiana. É
dezembro. Os palhaços e músicos da Folia de
Reis dançam pelas ruas de uma pequena cidade do litoral do Rio de Janeiro. . Para Dora, ir à
praia é reencontrar seu filho Lucas, cujas cinzas repousam no mar. A chegada de uma visita inesperada irá abalar essa rotina. É Jorge, o
marido de Dora, que partiu no dia seguinte ao
incêndio que matou Lucas e nunca mais voltou. Sua chegada traz de volta a dor da perda
do filho, da falta do irmão. Dessa crise se abre
a possibilidade de superação.
Esse amor que nos consome
RJ/2012, 80min. Direção: Allan Ribeiro. Roteiro: Allan Ribeiro e Gatto Larsen. Produção executiva: Ana Alice de Morais Com Gatto Larsen,
Rubens Barbot, Wilson Assis, Cláudia Ramalho, Rubens Rocha, Ulisses Oliveira, Nego
Maia, Éder Silva, Luís Monteiro, Valéria Monã,
Zezé Veneno, Fernando Silva, Fernando Silva e
Valeria Monã.
Gatto Larsen e Rubens Barbot são companheiros
de vida há mais de 40 anos e acabaram de se instalar em um casarão abandonado no centro do
Rio de Janeiro. Ali, eles passam a viver e a ensaiar
com sua companhia de dança. A luta do dia a dia
se mistura com a criação artística e a crença em
seus orixás. Por meio da dança eles se espalham
pela cidade, marcando seus territórios.
Os documentários da Mostra Competitiva
Um filme para Dirceu
PR/2012, 80min. Roteiro e direção: Ana Johann.
Participação especial de Teodoro, da dupla sertaneja Teodoro & Sampaio.
A diretora recebe uma ligação de uma pessoa
que quer fazer um filme sobre sua vida, que tem
muitas semelhanças com os dois filhos de Francisco, com a diferença de não ser o Zezé nem o
Luciano, mas o Dirceu. Aos 17 anos, ele ficou paraplégico e depois de um ano voltou a andar.
Dirceu é gaiteiro e seu sonho é viver da música.
A proposta é acompanhar sua vida durante três
anos e incorporar o próprio processo do filme
dentro do documentário.
Kátia
PI/2012, 74min. Roteiro e direção: Karla Holanda.
Kátia Tapety tornou-se a primeira travesti eleita a um cargo político no Brasil. Foi vereadora
três vezes, além de vice-prefeita. O filme é resultado de 20 dias de convívio com ela em seu
pequeno município no sertão do Piauí.
36
Otto
MG/2012, 70min. Roteiro e direção: Cao Guimarães. Com Otto Matínez Guimarães e Florencia Martínez.
O filme acompanha o processo de gravidez da
esposa do diretor e o nascimento de seu filho.
Instintivo e visceral como um gesto. Intimista e
confidente como um diário filmado. Uma celebração à vida, um filme de amor.
Doméstica
PE/2012, 75min. Roteiro e direção: Gabriel
Mascaro.
Sete adolescentes assumem a missão de registrar, por uma semana, sua empregada doméstica, e entregar o material bruto para o
diretor realizar um filme com essas imagens.
Entre o choque de intimidade, as relações de
poder e a performance do cotidiano, o filme
lança um olhar contemporâneo sobre o trabalho doméstico no ambiente familiar, transformando-se em um potente ensaio sobre
afeto e trabalho.
Olho nu
RJ/2012, 101 min. Roteiro e direção: Joel Pizzini. Com Ney Matogrosso.
A vida e a obra de Ney Matogrosso retratadas a
partir do conjunto de imagens e sons que o artista reuniu até hoje em sua casa, além dos existentes em arquivos públicos, em contraponto à
performance de seu show Inclassificáveis, em
cartaz pelo país e Europa. É um espetáculo-síntese de seu percurso musical, que, na montagem do filme, evoca cenas e situações da história de Ney tanto nos palcos quanto na vida cotidiana. Evitando o tom nostálgico e reverente,
Olho nu busca a dimensão humana e sensível
de um personagem cuja história se confunde
com a melhor tradição do cancioneiro latino-americano. Como o próprio nome sugere, o
filme ousa desnudar o homem por trás da fama, sondando assim as motivações de sua arte,
o senso crítico, o caráter libertário e o ideário
político que permeia seu repertório, pautado
sempre pela coerência e qualidade estética.
Elena
MG/2012, 82 min. Direção: Petra Costa. Roteiro:
Petra Costa e Carolina Ziskind.
Elena viaja para Nova York com o mesmo sonho da mãe: ser atriz de cinema. Deixa para
trás uma infância passada na clandestinidade
dos anos de ditadura militar. Deixa Petra, a irmã de sete anos. Duas décadas mais tarde, Petra também se torna atriz e embarca para Nova
York em busca de Elena. Tem apenas pistas. Filmes caseiros, recortes de jornal, um diário, cartas. Em todo momento Petra espera encontrar
Elena caminhando pelas ruas. Pega o trem que
Elena pegou, bate na porta de seus amigos,
percorre seus caminhos. E acaba descobrindo
Elena num lugar inesperado. Aos poucos, os
traços das duas irmãs se confundem, já não se
sabe quem é uma, quem é a outra. A mãe pressente. Petra decifra. Agora que finalmente encontrou Elena, Petra precisa deixá-la partir.
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