SONETO A BOSCO
É ISSO MESMO, AMIGO, O TEMPO PASSA
AS MADRUGADAS ESMAS, QUÃO SOMBRIAS
VÃO CAVALGANDO PELAS NOITES FRIAS
ARREFEÇENDO O TEMPLO DA FUMAÇA
OS MENESTRÉIS SE ENCHEM DE FORGAÇA
OS SERESTEIROS FOGEM DAS ORGIAS
A CAMA ARDENTE EM CHAMAS CONTAGIA
TODO O APOGEU DO SONHO QUE RECHAÇA
OS VIOLÕES, DESNUDOS, SILENCIAM
OS ARVOREDOS MAIS SE DISTANCIAM
NA SOLIDÃO DA VIDA, SEU FRAGELO
DE UM DESDÉM QUE O COBERTOR AQUECE
O TEMPO FOGE, MAS NINGUÉM ESQUECE
O MAGISTRAL JOÃO BOSCO LIRA MELO
João Pessoa/PB – 24-12-2004
Deidor
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É ISSO MESMO, AMIGO, O TEMPO PASSA