APRESENTAÇÃO O presente estudo foi elaborado com o objetivo de realizar o diagnóstico da Cadeia Produtiva do leite da Região Oeste do Paraná, apresentando uma análise do cenário atual e do desempenho do segmento produtivo e agroindustrial da região. A Bovinocultura de Leite do Oeste do Paraná caracteriza-se por ser uma atividade de referência no cenário Estadual e Nacional devido ao seu potencial de produção, produtividade e pela qualidade da matéria prima produzida. Atualmente encontram-se implantadas nesta região 47 estabelecimentos lácteos, sendo: 37 usinas de beneficiamento e ou indústrias de laticínios e 10 entrepostos de resfriamento. A Agroindústria do leite, participa de forma significativa como geradora de emprego e renda. De acordo com os levantamentos realizados, o setor vem gerando cerca de 894 empregos diretos e mais de 30.260 indiretos. Destacam-se no ranking da região Oeste os cinco municípios de maior produção de leite em 2000. • Marechal C. Rondon; 75.000.750 litros - 13,7%; • Toledo; 45.906.946 litros - 8,4%; • Cascavel; 25.185.000 litros - 4,6% ; • Missal; 23.650.000 litros - 4,3%; • Santa Helena; 19.365.452 litros - 3,5%. A Região Oeste apresentou um crescimento de 18,2% da produção de leite em 2000, em relação a 1999, sendo 27,2% nos municípios da região de Cascavel e de 9,2% nos municípios da região de Toledo. Com volume de 545.600.000 litros, a região tem uma participação de 26,2% no total produzido no Estado. João Carlos Koehler Méd. Vet. /Deral/Cascavel 1 SUMÁRIO PÁGINA 1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................01 1.1- CENÁRIO NACIONAL................................................................................................................01 1.2- CENÁRIO ESTADUAL................................................................................................................02 1.3- CENÁRIO REGIONAL................................................................................................................04 2. CARACTERÍSTICAS DA REGIÃO OESTE DO PARANÁ........................................................04 2.1- SITUAÇÃO, LIMITES E EXTENSÃO.......................................................................................04 2.2- CLIMA, RELEVO E SOLO..........................................................................................................05 2.3- ASPECTOS PLUVIOMÉTRICOS................................................................................................05 3. HISTÓRICO DA BOVINOCULTURA DE LEITE DA REGIÃO OESTE.........................................05 4. OFERTA DE MATÉRIA PRIMA........................................................................................................06 5. PRINCIPAIS BACIAS LEITEIRAS DA REGIÃO OESTE............................................................... 07 6. PERFIL ZOOTÉCNICO DO REBANHO LEITEIRO ...................................................................... 08 7. UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIA NA ATIVIDADE LEITEIRA...................................................09 7.1- PROGRAMA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL......................................................................11 8. EFEITO DA SAZONALIDADE NA PRODUÇÃO DE LEITE.......................................................13 9. DESEQUILIBRIO ENTRE OFERTA E DEMANDA GERA CRISE NOS PEQUENOS LATICÍNIOS DO OESTE....................................................................................................................14 10. PREÇOS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES NO OESTE DO PARANÁ....................................15 11. AGENTES DE COMERCIALIZAÇÃO...............................................................................................16 12. FLUXOGRAMA DOS CANAIS DE CONSUMO E DE INDUSTRIALIZAÇÃO DO LEITE..........17 13. LEITE RETIDO NAS PROPRIEDADES............................................................................................19 14. INDUSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO............... ............................................................................19 15. COOPERATIVAS DE LATICÍNIOS DA REGIÃO OESTE..............................................................23 16. MÃO DE OBRA OCUPADA...............................................................................................................25 16.1- NÚMERO DE EMPREGOS DIRETOS E INDIRETOS.............................................................25 2 17. VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA (VBP)....................................................25 18. LEI HERMAS BRANDÃO........................................................................................... ................27 19. CONCLUSÃO...................................................................................................................................28 19.1- SUGESTÃO PARA O SETOR................................................................................................29 19.2 - PROPOSTAS DO SETOR PRIVADO PARA ESCOAMENTO DA PRODUÇÃO.............30 20. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................................32 21. ANEXOS..........................................................................................................................................33 21. 1- ESTABELECIMENTOS AGROPECUÁRIOS....................................................................34 21. 2- CUSTO DE PRODUÇÃO DO LEITE..................................................................................36 21..3- RANKING DOS DEZ MUNICÍPIOS MAIORES PRODUTORES DE LEITE.................. 37 21. 4- EQUIPE TÉCNICA DOS NÚCLEOS REGIONAIS............................................................38 21. 5 - SEDE, NUCLEOS E ESCRITÓRIOS REGIONAIS............... ............................................39 COLABORAÇÃO: • DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL - DERAL - NÚCLEO REGIONAL DE TOLEDO • SECRETARIAS MUNICIPAIS DE AGRICULTURA DA REGIÃO OESTE DO PARANÁ • COOPERATIVAS E EMPRESAS DE LATICÍNIOS DA REGIÃO OESTE 3 1- INTRODUÇÃO 1.1- CENÁRIO NACIONAL O Brasil ocupa a sexta colocação no ranking mundial na produção de leite. Em 2000 foram produzidos 19,8 bilhões de litros, sendo 30% produzidos em Minas Gerais, 11% em Goiás, 10,3% no Rio Grande do Sul, 10,7% no Estado de São Paulo, 10,5% no Paraná e 5,11% em Santa Catarina. O rebanho leiteiro brasileiro é formado por 16.750.000 cabeças, considerado o maior rebanho comercial do mundo, sendo superado em número pelo da India, estimado em 35.500.000 cabeças. Este rebanho não possui finalidade econômica, cuja produção se destina para auto consumo. A produção brasileira de leite permaneceu com baixo índice de crescimento por mais de dez anos. Entre 1980 a 1989, o aumento médio da produção situou-se em 2,6% ao ano. Entre 1990 e 2000, o crescimento médio situou-se em 6% ao ano. O rebanho leiteiro mundial vem apresentando redução ano após ano. Em 2000 situou-se em 125.270.000 de cabeças, e a produção de leite ficou estimada em 390.471.000.000 de litros. Os Estados Unidos se destacam por possuir rebanhos com produtividade média de 8.284 litros vaca/ano, seguidas pela Inglaterra, com 7.279 e a Holanda com média de 6.774 litros. A produtividade média atual do rebanho leiteiro brasileiro situa-se em 1.347 litros/vaca/ano, sendo considerada uma das menores do mundo. 4 1.2- CENÁRIO ESTADUAL O Paraná é o quinto maior produtor de leite no ranking nacional. Em 2000 foram produzidos 2,08 bilhões de litros, com índice de crescimento de 7,7% em relação a 1999 quando foram produzidos 1,93 bilhões de litros. Para 2001 a previsão é de uma produção de 2,24 bilhões de litros. TABELA 01 – LEITE – PARANÁ – PRODUÇÃO, PRODUTIVIDADE MÉDIA E NÚMERO DE VACAS ORDENHADAS – 2000 REGIÃO PRODUÇÃO DE PRODUTIVIDAREBANHO % % PRODUTORA LEITE (Mil/l) DE (l/Cab/Ano) LEITEIRO NORTE OESTE C. OESTE SUDOESTE NOROESTE SUL TOTAL 418.067.000 545.600.000 84.085.000 341.306.000 247.734.000 445.320.000 2.082.112.000 20,1 26,2 4,0 16,4 11,9 21,4 100,0 1.280 2.496 1.083 1.260 998 2.125 1.540 362.730 226.468 64.385 188.272 265.420 284.725 1.392.000 26,0 16,5 4,5 13,5 19,0 20,5 100,0 FONTE: IBGE - SEAB/DERAL Carambeí, Castro, Palmeira e Arapoti, são os municípios do Paraná onde se localizam os melhores rebanhos leiteiros; a produtividade média situa-se em 3.507 litros/vaca/ano. Nesta região é comum encontrar-se vacas com produtividade superior a 8.000 litros ao ano. O Oeste é a região de maior produção de leite do Estado, participa com 26,2% do total produzido e concentra 16,5% do rebanho; a produtividade média situa-se em 2.496 litros/ vaca/ano. Os municípios de maior destaque em produção e produtividade de leite são: Marechal Cândido Rondon, Toledo, Cascavel, Missal e Santa Helena Marechal Cândido Rondon é o segundo município do Estado de maior produção de leite. Em 1999 foram produzidos 67.739.117 litros, e em 2000, a produção alcançou um volume de 75.000.750 litros, 10,72% maior que no ano anterior; este volume 5 representa 13,68% do total produzido na região Oeste. A produção média diária situase em 205.000 litros. A produtividade média do rebanho leiteiro, nesta região, situa-se em 3.650 litros/vaca/ano. O rebanho leiteiro paranaense atual é formado por 2.000.000 de cabeças. O número de vacas ordenhadas situa-se em 1.392.000 cabeças. TABELA 02 - LEITE – PARANÁ – EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO, VACAS ORDENHADAS, PRODUTIVIDADE E DISPONIBILIDADE POR HABITANTE - 1980/ 2000 ANO 1980 1990 1998 1999 2000 PRODUÇÃO DE LEITE VACAS ORDENHADAS PRODUTIVIDADE (LITROS/VACA/ANO) DISPONIBILIDADE (LITROS/HAB/ANO) 795.000 1.160.000 1.795.000 1.930.000 2.082.000 890.000 1.090.000 1.355.000 1.375.000 1.392.000 883 1.064 1.328 1.383 1.447 104,0 130,0 201,0 202,0 206,0 FONTE: SEAB/DERAL A produtividade do rebanho paranaense apresentou um crescimento médio de 4,7% no último ano, situando-se em 1.447 litros por vaca. Esta produtividade, embora baixa, é superior à média nacional de 1.199 litros/vaca/ano. O incremento atual da produtividade do rebanho leiteiro vem sendo alcançado, principalmente, pela implantação dos Programas de Inseminação Artificial, convênio entre a SEAB, Cooperativas e Prefeituras Municipais, aliado ao Programas de Manejo, Alimentação e Sanidade. 1.3- CENÁRIO REGIONAL O Oeste do Paraná caracteriza-se por ser uma região de tradição agropecuária. A pecuária leiteira encontra-se consolidada nos municípios de Marechal Cândido 6 Rondon, Toledo, Cascavel, Missal , e Santa Helena e em fase de consolidação nos demais. 2- CARACTERÍSTICAS DA REGIÃO OESTE DO PARANÁ Situação, limites, número de estabelecimentos agropecuários, extensão, clima, relevo, solo e aspectos pluviométricos. 2.1 – SITUAÇÃO, LIMITES E EXTENSÃO O Oeste do Paraná está situado na região Sul do Brasil, entre os paralelos 24 e 26 de latitude sul e a 53 longitudes Oeste. Limita-se no extremo Oeste com a República do Paraguai, ao Sul com os municípios de Cruzeiro do Iguaçu, Nova Prata do Iguaçu, Realeza, Capanema e República da Argentina, ao Sul com a República da Argentina, ao Norte com o Estado de Mato Grosso e com os municípios de Altonia, Francisco Alves, Brasilândia do Sul, Alto Piquiri, Mariluz, ao Nordeste com Goioerê, Quarto Centenário, Ubiratã, e Campina da Lagoa, a Leste com Guaraniaçu e Guedas do Iguaçu. A Região Oeste possui uma área total de 21.241 Km2, sendo que 12.837 Km2 pertencem aos 28 municípios de Núcleo Regional de Cascavel e 8.405 Km2 pertencem aos 20 municípios do Núcleo Regional de Toledo. 2. 4 – CLIMA, RELEVO E SOLO O Clima Mesotérmico predomina em praticamente toda a região Oeste. Os invernos são rigorosos, com ocorrência de geadas e incidência média de chuvas. Os verões são chuvosos de temperaturas elevadas. O relevo é plano, com pequenas ondulações. Os solos predominantes são de Latossolo Roxo e Terra Roxa Estruturada de alta fertilidade natural. 7 A altitude predominante da região é inferior a 900 metros, sendo que Cascavel situa-se a 760 metros e Toledo a 300 metros. 2 .5 - ASPECTOS PLUVIOMÉTRICOS Em praticamente toda a Região a média de precipitação anual está compreendida entre 1.700 e 2.000 mm, sendo a região de Cascavel entre 1.900 a 2.000 e a de Toledo entre 1.700 a 1.800 mm. 3 – HISTÓRICO DA BOVINOCULTURA DE LEITE DA REGIÃO OESTE A exploração da bovinocultura de leite na Região Oeste do Paraná teve início a partir da década de 60, com a chegada dos agricultores do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina que passaram a colonizar as terras nas regiões de Maripá, Toledo, Marechal Cândido Rondon e Cascavel, formando núcleos de assentamentos divididos em glebas com áreas de 10 a 12 alqueires. No município de Marechal Cândido Rondon ocorreu maior concentração de descendentes alemães, que por possuirem tradição em produção de leite iniciaram o desenvolvimento da bacia leiteira do município, hoje a segunda maior do Paraná. 4- OFERTA DE MATÉRIA PRIMA A tabela abaixo apresenta o ranking da produção de leite, o rebanho leiteiro, a produtividade média por vaca e a disponibilidade de leite por habitante nos principais municípios dos Núcleos Regionais de Cascavel e Toledo. O número de vacas ordenhadas na região Oeste situa-se em 218.548 cabeças, cuja produtividade média é de 2.496 litros por vaca ao ano, média de 8 litros por vaca ao dia. 8 Em 1998, a produção de leite da região Oeste foi de 417.862.200 litros; em 1999, o volume produzido foi de 454.187.350 litros, 8,7% superior ao do ano anterior; em 2000, o crescimento foi de 18,2%, alcançando uma produção de 545.600.000 litros. TABELA 03 - LEITE – REGIÃO OESTE – PRODUÇÃO POR MUNICÍPIO, VACAS ORDENHADAS PRODUTIVIDADE E DISPONIBILIDADE POR HABITANTE - 2000 PRODUÇÃO DE PRODUTIVIDA DISPONIBI LEITE VACAS DE MÉDIA LIDADE MUNICÍPIOS (mil de litros) ORDENHADAS (l/vaca/ano) (l/hab/ano) MARECHAL C. RONDON 75.000.750 17.123 3.660 1.829 TOLEDO 45.906.946 15.721 2.440 468 CASCAVEL 25.185.000 11.500 1.830 103 MISSAL 23.650.000 9.256 2.135 2.190 SANTA HELENA 19.365.452 7.579 2.135 945 TERRA ROXA 18.309.185 8.360 1.630 1.124 SÃO MIGUEL IGUAÇU 17.953.000 7.026 2.135 738 MATELANDIA 17.674.800 6.917 2.135 1.232 PALOTINA 16.782.894 6.568 2.135 651 MEDIANEIRA 16.500.000 6.458 2.135 436 NOVA SANTA ROSA 16.344.836 6.397 2.135 2.233 MARIPA 16.332.247 6.392 2.135 2.775 QUATRO PONTES 15.787.412 6.178 2.135 4.330 CATANDUVAS 14.866.340 6.788 1.830 1.432 DIAMANTE DO OESTE 13.800.000 7.561 1.525 2.829 SANTA TERESA OESTE 12.045.000 4.714 2.135 1.122 CAPITÃO L. MARQUES 12.100.000 5.525 1.830 841 SERRANOPOLIS DO IGUAÇÚ 11.680.000 5.333 1.830 2.467 CEU AZUL 10.572.831 3.620 2.440 1.013 MERCEDES 9.613.375 3.762 2.135 2.001 GUAIRA 8.348.667 3.268 2.135 291 ASSIS CHATEAUBRIAN 8.137.704 3.185 2.135 245 SAO JOSÉ DAS PALMEIRAS 9.082.496 4.147 1.830 2.210 SAO PEDRO DO IGUACU 8.198.945 3.743 1.830 1.127 VERA CRUZ DO OESTE 8.802.720 4.019 1.830 885 TRES BARRAS PARANA 8.054.760 4.413 1.525 681 CORBELIA 6.600.000 2.583 2.135 418 NOVA AURORA 6.820.000 3.114 1.830 500 LINDOESTE 3.248.000 1.780 1.525 522 FORMOSA OESTE 6.063.974 3.322 1.525 693 OURO VERDE OESTE 5.945.277 3.257 1.525 1.086 PATO BRAGADO 5.675.876 2.591 1.830 1.401 CAFELANDIA 5.500.275 2.552 2.135 494 TUPASSI 2.520.000 1.150 1.830 310 SANTA LUCIA 3.882.480 1.772 1.830 941 ENTRE RIOS OESTE 3.183.581 1.453 1.830 956 JESUITAS 2.740.650 1.251 1.830 279 9 BRAGANEY SANTA T. ITAIPÚ ANAHY BOA VISTA APARECIDA CAMPO BONITO FOZ DO IGUACU IBEMA ITAIPULANDIA RAMILANDIA IGUATU IRACEMA DO OESTE TOTAL GERAL 4.235.000 5.300.000 2.300.000 4.973.234 3.920.000 3.580.000 2.100.000 2.948.864 2.812.000 2.815.680 860.352 1.953 2.420 1.260 2.725 2.148 1.635 1.150 1.346 1.540 1.542 471 1.830 1.830 1.525 1.525 1.525 1.630 1.525 1.830 1.525 1.525 1.525 684 289 769 592 766 14 357 432 726 1.250 292 545.600.000 218.548 2.496 488 FONTE: SEAB/DERAL/CASCAVEL/TOLEDO 5- PRINCIPAIS BACIAS LEITEIRAS DA REGIÃO OESTE A região Oeste possui a maior bacia leiteira do Paraná e participa com 26,20% do total do leite produzido no Estado. O rebanho desta região apresenta produtividade média de 2.496 litros/ vaca/ano. • Marechal C. Rondon; 75.000.750 litros - 13,7%; • Toledo; 45.906.946 litros - 8,4%; • Cascavel; 25.185.000 litros - 4,6% ; • Missal ; 23.650.000 litros - 4,3%; • Santa Helena; 19.365.452 litros - 3,5%; • Terra roxa; 18.309.185 - 3,34% • São Miguel do Iguaçu; 17.953.000 - 3,28% • Matelândia; 17.674.800 - 3,22% • Palotina; 16.782.894 - 3,06% • Medianeira; 16.500.00 - 3,01% 10 O volume de leite produzido por estes municípios representa mais de 50% do total da região. A eficiência da bacia leiteira regional deve-se principalmente ao desempenho das Cooperativas, ao trabalho da equipe técnica direcionada à profissionalização do produtor, visando o aumento de escala, à produtividade do rebanho e à busca pela produção de matéria prima de melhor qualidade. 6- PERFIL ZOOTÉCNICO DO REBANHO LEITEIRO O perfil zootécnico do rebanho leiteiro dos municípios que pertencem aos Núcleos Regionais de Cascavel e Toledo, apresenta a seguinte participação por raça: • 28,4% são animais da raça holandesa; • 5,7% jersey, • 17,7% girolanda, • 8,0% pardo-suíço • 40,2% não possuem raça definida (SRD). Entre as raças de aptidão leiteira, a holandesa tem participação de 43% na região de Cascavel e de 56% na região de Toledo. Considerando-se o rebanho da região, o índice de participação da raça holandesa é de praticamente 50%. TABELA 04 – REBANHO LEITEIRO – NÚCLEO REGIONAL DE CASCAVEL - PERCENTUAL ZOOTÉCNICO – 2000 NÚCLEO REGIONAL CASCAVEL RAÇAS HOLANDES PARDO SUÍÇO JERSEY GIROLANDO MESTIÇO TOTAL GERAL FONTE: SEAB/DERAL/CASCAVEL 11 %REBANHO LEITEIRO 43,0 8,5 8,5 25,0 15,0 100,0 TABELA 05 – REBANHO LEITEIRO - NÚCLEO REGIONAL DE TOLEDO – PERCENTUAL ZOOTÉCNICO – 2000 NÚCLEO REGIONAL TOLEDO RAÇAS HOLANDES PARDO SUÍÇO JERSEY GIROLANDO MESTIÇO TOTAL GERAL % REBANHO LEITEIRO 56,0 3,0 16,0 1,0 24,0 100,0 FONTE: SEAB/DERAL/CASCAVEL 7- UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIA NA ATIVIDADE LEITEIRA Os produtores de leite associados em Cooperativas ou integrados em grandes empresas de laticínios são os que adotam maior nível de tecnologia para produção. A necessidade da modernização para produção de uma matéria prima de melhor qualidade tem levado os produtores a investir em infra-estrutura em toda cadeia produtiva. Conforme pesquisa realizada na região de abrangência dos Núcleos Regionais de Cascavel e Toledo, os produtores de leite utilizam os seguintes níveis de tecnologia: Na Região de Cascavel, a ordenha manual é utilizada por 32,2% dos produtores que comercializam o leite em Cooperativas e por 51,2% dos produtores que comercializam o leite nos laticínios privados. A ordenha mecânica é utilizada por 67,8% entre os tipo balde ao pé e canalizada. Na região de Toledo, a ordenha manual é utilizada por 26,4% dos produtores que comercializam o leite em Cooperativas e por 45,1% entre os que comercializam o leite em laticínios privados. A ordenha mecânica é utilizada por cerca de 73,6% dos produtores integrados em Cooperativas e por 54,9% dos produtores de laticínios privados. 12 TABELA 06 - UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO – TIPO DE ORDENHA UTILIZADA PELOS PRODUTORES - REGIÃO OESTE- PARANA – 2001 MODALIDADE DE ORDENHA REGIÃO DE CASCAVEL REGIÃO DE TOLEDO COOPERATIVAS DE LEITE LATICÍNIOS PRIVADOS COOPERATIVAS DE LEITE LATICÍNIOS PRIVADOS 32,2% 51,2% 26,4% 45,1% 63,0% 4,8% 46,1% 2,7% 69,4% 4,2% 51,1% 3,8% MANUAL MECÂNICA TIPO BALDE AO PÉ TIPO CANALIZADA FONTE: SEAB/DERAL/CASCAVEL Com relação ao sistema de coleta do leite, os levantamentos indicam que 100% das Cooperativas e laticínios de grande porte da região já implantaram a coleta granelizada. Cerca de 75% dos laticínios de médio e pequeno porte já adotaram a coleta a granel e 25% encontram-se em fase de implantação. TABELA 07 - UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO – TIPO DE RESFRIADOR UTILIZADO PELOS PRODUTORES - REGIÃO OESTE- PARANA – 2001 MODALIDADE DE RESFRIAMENTO REGIÃO DE CASCAVEL REGIÃO DE TOLEDO TIPO DE RESFRIADOR COOPERATIVAS DE LEITE LATICÍNIOS PRIVADOS COOPERATIVAS DE LEITE LATICÍNIOS PRIVADOS EXPANSÃO IMERSÃO FREEZER/OUTROS 14,7% 52,5% 32,8% 5,5% 56,2% 38,3% 20,2% 44,0% 35,8% 9,6% 58,1% 32,3% FONTE: SEAB/DERAL/CASCAVEL A evolução do sistema de resfriamento do leite vem ocorrendo de forma gradativa. A adoção do sistema de resfriamento em tanques de expansão melhorou de forma significativa a qualidade do leite, aumentando a renda dos produtores através do sistema de bonificação. Dos produtores integrados em Cooperativas, da região de Cascavel, 14,7% possuem resfriador do tipo expansão, 52,5% de imersão e 32,8% utilizam o resfriamento do leite em freezer ou geladeira. 13 Dos produtores que comercializam o leite em Cooperativas da região de Toledo, 20,2% utilizam resfriador do tipo expansão, 44% do tipo imersão e 35,8% em frezzer ou geladeira. A redução dos custos da coleta a granel, em relação ao sistema de coleta a latão e a melhora da qualidade da matéria prima, fez com que as empresas adotassem o sistema rapidamente. O desempenho das cooperativas, neste setor, foi conquistado, principalmente, pelos grandes investimentos em programas de Qualidade Total, Gestão das Propriedades e pela Assistência técnica prestada aos cooperados. 7.1- IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL O Programa de Inseminação Artificial para Bovinos Leiteiros foi implantado nas propriedades rurais do Paraná em janeiro de 1988 com o objetivo de aumentar a produção e a produtividade do rebanho leiteiro do Estado. A tabela abaixo apresenta a série histórica do número de animais inseminados e nascidos desde a implantação do programa. Neste período, 1988 a 1999, foram registrados 984.131 inseminações e 577.543 animais nasceram. O resultado obtido nas propriedades que adotaram o melhoramento genético do rebanho tem sido acompanhado pela evolução de toda a cadeia do sistema produtivo. Atualmente o P.I.A possui 17.924 propriedades beneficiadas e 242 entidades encontram-se conveniadas. Cooperativas e Prefeituras Municipais da região Oeste implantaram o Programa de Inseminação Artificial através do convênio com a Secretaria de Estado de Agricultura. 14 Entidades que pertencem ao Núcleo Regional de Cascavel COPERATIVAS: • Coopavel – Cascavel • Sudcoop – Medianeira PREFEITURA MUNICIPAL: Capitão Leonidas Marques, Catanduvas, Céu Azul, Cascavel, Campo Bonito, Corbélia, Diamante do Oeste, Matelândia, Missal, Nova Aurora, São Miguel do Iguaçú, Serranópolis do Iguaçu, Santa Teresa do Oeste, Boa Vista da Aparecida, Santa Terezinha do Itaipú, Santa Lúcia e Vera Cruz do Oeste. Em 1999 foram atendidas 21.409 propriedades com Inseminação Artificial, sendo que 26.371 vacas foram inseminadas. Entidades conveniadas que pertencem ao Núcleo Regional de Toledo PREFEITURA MUNICIPAL: Assis Chateaubriand, Marechal Cândido Rondon, Quatro Pontes, São Pedro do Iguaçu e Tupãssi TABELA 08 - PROGRAMA DE INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL - PIA - PARANÁ - EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ANIMAIS INSEMINADOS E NASCIDOS – 1988 - 1999 ANO 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 TOTAL GERAL FÊMEAS INSEMINADAS 15.170 43.574 57.700 64.933 79.719 90.779 97.954 105.522 124.270 130.000 92.000 82.510 984.131 FONTE- SEAB/DERAL/DPA 15 ANIMAIS NASCIDOS 119 7.460 24.026 36.912 42.477 51.033 58.796 71.346 78.472 81.774 69.186 55.942 577.543 8- EFEITO DA SAZONALIDADE NA PRODUÇÃO LEITEIRA. A produção de leite ao longo do ano tem apresentado uma variação de menor intensidade nos últimos cinco anos, porém, ainda considera-se significativa a redução de 10 a 15 % no período de inverno. As cooperativas que mais investiram em profissionalização dos produtores tem superado esta situação e vem obtendo maior estabilidade de oferta no período de entressafra. A sazonalidade da produção atinge principalmente os pequenos e médios laticínios que recebem a produção de produtores menos tecnificados de menor escala de produção. Estes produtores possuem pequeno número de vacas em lactação, cujo rebanho é formado por animais mestiços e de baixa produtividade. A produção, no período de entressafra, pode variar entre 20 e 30%. Os efeitos causados pela produção sazonal são danosos tanto aos produtores como para a agroindústria. Durante a safra, a produção de leite “ inunda” o mercado provocando desequilíbrio entre a oferta e a demanda, gerando queda acentuada dos preços recebidos pelos produtores inviabilizando a produção, o que leva muitos produtores a abandonar a atividade neste período. Para a agroindústria, que opera com capacidade instalada ociosa, durante o período de entressafra, acentuam-se os custos de produção, gerando elevados custos de armazenamento para formação de estoque regulador no período de safra. 16 9- DESEQUILIBRIO ENTRE OFERTA E DEMANDA GERA CRISE NOS PEQUENOS LATICÍNIOS DO OESTE Entre julho e agosto deste ano (2001) cerca de seis pequenos laticínios da região encerraram as atividades, cuja causa principal é atribuída à falta de estrutura de comercialização da produção aliada à falta de integração entre o setor produtivo e a industria. Estas empresas recebiam de 850 produtores cerca de 850.000 litros de leite por mês, sendo responsáveis pela geração de aproximadamente 60 empregos diretos e 2.040 indiretos. O leite pasteurizado e os queijos do tipo mussarela são considerados produtos de baixo valor agregado; as oscilações de mercado afetam a estabilidade econômica, principalmente dos pequenos laticínios. Durante o período de safra estes laticínios possuem margem de lucro incipiente. Estas empresas não possuem capacidade de suporte para armazenamento por um longo período. 10-PREÇOS MÉDIOS NOMINAIS DO LEITE RECEBIDOS PELOS PRODUTORES NO PARANÁ TABELA 09 - LEITE CRU RESFRIADO - PREÇOS MÉDIOS NOMINAIS PRODUTORES NO PARANÁ – ABRIL DE 2000 A SETEMBRO DE 2001 MÊS/ANO/ 2000 (1) Abril/00 Maio/00 Junho/00 Julho/00 Agosto/00 Setembro/00 Outubro/00 Novembro/00 Dezembro/00 R$/LITRO MÊS/ANO/ 2001(2) 0,27 0,28 0,30 0,32 0,34 0,36 0,34 0,31 0,28 Janeiro/01 Fevereiro/01 Março/01 Abril/01 Maio/01 Junho/01 Julho/01 Agosto/01 Setembro (!) Média em 2000 - R$ 0,30/litro (2) Média de janeiro a setembro de 2001- R$ 0,27 3) FONTE: SEAB/DERAL 17 RECEBIDOS PELOS R$/LITRO 0,26 0,25 0,26 0,29 0,31 0,33 0,34 0,32 0,27 No ano passado, pode-se considerar que a atividade leiteira apresentou um bom desempenho durante todo o período, com uma valorização sempre crescente durante o período de entressafra, e com uma pequena queda durante a safra, fechando o ano com cotação média recebida pelos produtores de R$ 0,30 o litro. 11-PREÇOS MÉDIOS NOMINAIS DO LEITE RECEBIDOS PELOS PRODUTORES NA REGIÃO OESTE DO PARANÁ TABELA 10 - LEITE CRU RESFRIADO - PREÇOS MÉDIOS NOMINAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES NA REGIÃO OESTE (CASCAVEL E TOLEDO) – ABRIL DE 2000 A SETEMBRO DE 2001 MÊS/ANO/ 2000(1) Abril/00 Maio/00 Junho/00 Julho/00 Agosto/00 Setembro/00 Outubro/00 Novembro/00 Dezembro/00 R$/LITRO MÊS/ANO/2001(2) 0,29 0,30 0,30 0,31 0,33 0,34 0,33 0,32 0,29 Janeiro/01 Fevereiro/01 Março/01 Abril/01 Maio/01 Junho/01 Julho/01 Agosto/01 Setembro R$/LITRO 0,26 0,25 0,24 0,25 0,27 0,30 0,32 0,30 0,26 (1) Média em 2000 - R$ 0,30/litro (2) Média de janeiro a setembro de 2001- R$ 0,27 (3) FONTE: SEAB/DERAL/CASCAVEL/TOLEDO Em 2001, os preços recebidos pelos produtores não estão apresentando o mesmo comportamento em relação ao ano passado, quando os preços começaram a apresentar queda significativa em pleno período de entressafra. Atribui-se este comportamento à boa produção de leite em praticamente todo o Paraná e nos Estados tradicionalmente produtores, que, por economia de energia, não adotaram a formação de estoques, e “desovaram” esta produção no varejo, aumentado a oferta, influenciando na queda dos preços do leite e dos derivados. Para este ano a previsão de que os preços médios recebidos pelo leite fiquem aquém dos R$ 0,30 o litro, praticado no ano passado. 18 12 - AGENTES DE COMERCIALIZAÇÃO Do volume total de 545.600.000 litros de leite produzidos na região de Toledo e Cascavel, em 2000, cerca de 57,2% foram comercializados diretamente para as indústrias sob inspeção e cerca de 42.8% ficaram retidos nas propriedades ou comercializados no mercado informal. Dos 291.680.000 litros de leite produzidos, em 2000, na Região de Toledo, cerca de 204.000.000 de litros foram comercializados, o que corresponde a 70,1% da produção total. Na Região de Cascavel, a produção é de 253.920.000 litros e cerca de 108.000.000 litros foram comercializados, representando 42,7% do total produzido. A tabela abaixo apresenta o fluxograma dos canais de consumo e de comercialização do leite na Região Oeste do Paraná , com a participação percentual de cada produto. As Cooperativas da Região Oeste recebem cerca de 55,8% do leite comercializado, que são industrializados e transformados nos seguintes produtos: • 52,2% em leite fluído longa vida e leite pasteurizado tipos ‘B’ e ‘C’; • 24,7% em queijos do tipo mussarela, prato, minas frescal e outros; • 21,1 % em bebidas lácteas, iogurtes, manteiga, creme de leite, requeijão, doce de leite e sobremesas. Os Laticínios Privados da região são responsáveis pelo recebimento de 44,2% do leite comercializado, que são destinados para elaboração dos seguintes produtos: 19 • 31,8% para produção de leites fluído, leites pasteurizado tipos ‘B’ e ‘C’. • 58,6% são destinados para produção de queijos, principalmente o tipo mussarela • 9,6% são destinados para produção de derivados lácteos como: manteiga, iogurte, bebidas lácteas, creme de leite, doce de leite, requeijão, sobremesas e outros. TABELA 11 - LEITE E DERIVADOS – VOLUME INDUSTRIALIZADO POR COOPERATIVAS E EMPRESAS PRIVADAS – NÚCLEO REGIONAL DE CASCAVEL – 2000 LEITE CRU LEITE LEITE LONGA QUEIJO MANTEIGA RECEBIDO PASTEURIZADO ESTABELECIMENTO LÁCTEOS ( litros) ( litros) VIDA ( litros) ( kg) (kg) COPERATIVAS E LATICÍNIOS PRIVADAS 84.897.000 39.939.000 0,0 2.274.000 37.426 FONTE: SEAB/DERAL/CASCAVEL TABELA 12 - DERIVADOS LÁCTEOS – VOLUME INDUSTRIALIZADO POR COOPERATIVAS E EMPRESAS PRIVADAS – NÚCLEO REGIONAL DE CASCAVEL – 2000 CREME YOGURTE BEBIDAS DOCE LEITE REQUEIJÃO ESTABELECIMENTO LÁCTEOS (kg) (litros) LACTEAS (litros) (Kg) (Kg) 1.026.000 1.937.812 1.194.552 62.252 15.192 COPERATIVAS E LATICÍNIOS PRIVADOS FONTE: SEAB/DERAL/CASCAVEL TABELA 13 - LEITE E DERIVADOS – VOLUME INDUSTRIALIZADO POR COOPERATIVAS E EMPRESAS PRIVADAS – NÚCLEO REGIONAL DE TOLEDO – 2000 LEITE CRU LEITE LEITE LONGA QUEIJO MANTEIGA RECEBIDO PASTEURIZADO ESTABELECIMENTO LÁCTEOS VIDA ( litros) ( kg) (kg) ( litros) ( litros) COPERATIVAS E LATICÍNIOS PRIVADOS FONTE: SEAB/DERAL/TOLEDO 97.6791.000 12.000.000 30.371.000 3.300.000 45.152 TABELA 14 - DERIVADOS LÁCTEOS – VOLUME INDUSTRIALIZADO POR COOPERATIVAS E EMPRESAS PRIVADAS – NÚCLEO REGIONAL DE TOLEDO – 2000 ESTABELECIMENTO LÁCTEOS CREME (kg) YOGURTE (litros) 1.210.000 1.110.340 BEBIDAS DOCE LEITE REQUEIJÃO LACTEAS (litros) (Kg) (Kg) COPERATIVAS E LATICÍNIOS PRIVADOS FONTE: SEAB/DERAL/TOLEDO 726.222 44.510 18.198 13- LEITE RETIDO NAS PROPRIEDADES Cerca de 42,8% do leite produzido na Região de Cascavel e Toledo não é comercializado em Cooperativas ou Empresas de laticínios sob controle de inspeção 20 sanitária, cujo volume corresponde a 233.516.000 litros. Esta produção é utilizada para a alimentação da família, no aleitamento dos bezerros e comercializado no mercado informal como leite cru ou queijo colonial. 14 – INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO A Agroindústria de transformação, da região Oeste, possui 47 estabelecimentos lácteos, classificados da seguinte forma: • são Usinas de Beneficiamento e/ou Indústrias de Laticínios • 10 são Entrepostos de Resfriamento. Atualmente o número de entrepostos de resfriamento vem reduzindo de forma significativa pela implantação do sistema de coleta de leite a granel diretamente nas propriedades. A região Oeste possui o maior parque industrial lácteo do Estado, cuja capacidade instalada tem potencial para industrializar cerca de 1.867.000 litros de leite por dia ou de 56.0100.000 litros ao mês. TABELA 15 - PRODUÇÃO TOTAL DE LEITE DA REGIÃO OESTE DO PARANÁ, POR MUNICÍPIO EM ORDEM DECRESCENTE DE VOLUME – 1998 – 1999 - 2000 MUNICÍPIOS M. C. RONDON TOLEDO CASCAVEL MISSAL SANTA HELENA TERRA ROXA S. M. D. IGUAÇU MATELANDIA PALOTINA MEDIANEIRA NOVA S. ROSA MARIPA QUATRO PONTES SANTA T. OESTE ANO/ 1998 ANO/ 1999 ANO/ 2000 VARIAÇÃO PARTICIP. % PRODUÇÃO PRODUÇÃO/l PRODUÇÃO/l PRODUÇÃO /l % 00/99 MUNICIP. MENSAL/l 65.638.680 67.739.117 75.000.750 10,72 13,68 6.250.063 41.837.760 42.097.154 45.906.946 9,05 8,38 3.825.579 16.133.000 21.900.000 25.185.000 13,00 4,59 2.098.750 9.200.000 10.674.000 23.650.000 121,57 4,31 1.970.833 19.618.020 19.206.042 19.365.452 0,83 3,53 1.613.788 17.594.825 1.674.720 18.309.185 993,27 3,34 1.525.765 19.000.000 17.950.000 17.953.000 0,02 3,28 1.496.083 8.400.000 13.596.000 17.674.800 30,00 3,22 1.472.900 14.970.840 16.018.798 16.782.894 4,77 3,06 1.398.575 11.150.000 12.810.000 16.500.000 28,81 3,01 1.375.000 15.493.136 15.617.081 16.344.836 4,66 2,98 1.362.070 14.519.700 14.998.850 16.332.247 8,89 2,98 1.361.021 11.994.520 12.118.063 15.787.412 30,28 2,88 1.315.618 9.700.000 9.200.000 12.045.000 30,92 2,20 1.003.750 21 MERCEDES 9.028.805 9.082.074 9.613.375 GUAIRA 8.993.590 8.184.166 8.348.667 A.CHATEAUBRID. 8.476.395 7.543.992 8.137.704 CÉU AZUL 8.420.000 9.432.500 10.572.831 SÃO J. PALMEIRAS 7.787.640 7.850.719 9.082.496 SÃO P. DO IGUAÇU 7.257.660 7.344.751 8.198.945 CORBELIA 7.000.000 6.500.000 6.600.000 CATANDUVAS 6.850.000 10.300.000 14.866.340 NOVA AURORA 6.100.000 6.710.000 6.820.000 C. L. MARQUES 6.000.000 11.380.000 12.100.000 LINDOESTE 5.900.000 7.500.000 3.248.000 FORMOSA OESTE 5.694.000 5.497.710 6.063.974 OURO V. OESTE 5.439.412 5.439.412 5.945.277 TRÊS B. PARANÁ 5.000.000 7.968.400 8.054.760 PATO BRAGADO 4.682.950 4.706.365 5.675.876 DIAMANTE OESTE 4.200.000 7.570.800 13.800.000 CAFELANDIA 3.600.000 4.682.700 5.500.275 SERRANOPOL. IG. 3.400.000 5.035.000 11.680.000 TUPASSI 3.222.585 3.222.585 2.520.000 SANTA LÚCIA 3.200.000 3.630.000 3.882.480 ENTRE R. OESTE 3.066.000 2.912.700 3.183.581 VERA C. D. OESTE 3.000.000 6.830.000 8.802.720 JESUÍTAS 2.349.870 2.561.358 2.740.650 BRAGANEY 2.000.000 3.833.500 4.235.000 SANTA T. ITAIPÚ 2.000.000 2.400.000 5.300.000 ANAHY 1.940.000 2.500.000 2.300.000 BOA V. APARECIDA 1.850.000 4.500.000 4.973.234 CAMPO BONITO 1.000.000 2.100.000 3.920.000 IBEMA 1.000.000 1.676.160 2.100.000 ITAIPULANDIA 1.000.000 2.500.000 2.948.864 RAMILANDIA 1.000.000 2.365.000 2.812.000 IGUATU 900.000 2.289.390 2.815.680 IRACEMA D.OESTE 752.812 707.643 860.352 FOZ DO IGUAÇU 500.000 1.821.600 3.580.000 TOTAL GERAL 417.862.200 454.178.350 545.600.000 FONTE: SEAB/DERAL/CASCAVEL 5,85 2,01 7,87 12,09 15,69 11,63 1,54 44,33 1,64 6,33 -56,69 10,30 9,30 1,08 20,60 82,28 17,46 131,98 -21,80 6,96 9,30 28,88 7,00 10,47 120,83 -8,00 10,52 86,67 25,29 17,95 18,90 22,99 21,58 96,53 20,68 1,75 801.115 1,52 695.722 1,48 678.142 1,93 881.069 1,66 756.875 1,50 683.245 1,20 550.000 2,71 1.238.862 1,24 568.333 2,21 1.008.333 0,59 270.667 1,11 505.331 1,08 495.440 1,47 671.230 1,04 472.990 2,52 1.150.000 1,00 458.356 2,13 973.333 0,46 210.000 0,71 323.540 0,58 265.298 1,61 733.560 0,50 228.388 0,77 352.917 0,97 441.667 0,42 191.667 0,91 414.436 0,72 326.667 0,38 175.000 0,54 245.739 0,51 234.333 0,51 234.640 0,16 71.696 0,65 298.333 100,00 45.676.717 TABELA 16 - EMPRESAS E COOPERATIVAS DE LEITE, NÚMERO DE PRODUTORES E EMPREGOS DIRETOS E INDIRETOS -NÚCLEO REGIONAL DA SECRETARIA DA AGRICULTURA DE CASCAVEL - 2001 EMPRESA/E/OU COOPERATIVA COOP. COOPAVEL COOP. FRIMESA COOP. FRIMESA LAT. LEITE DA FAZENDA LAT. R.IO DO SALTO LAT. LEON. FAGUN. LAT. COMIM LAT. AGROLAT LAT. DIAMANTE LAT. LÂNDIA LAT. SÃO LUCAS LOCALIZAÇÃO MUNICÍPIO CASCAVEL CASCAVEL MATELÂNDIA CÉU AZUL CASCAVEL CASCAVEL CASCAVEL MATELÂNDIA DIAMANTE OESTE MATELÂNDIA CÉU AZUL NÚMERO DE PRODUTORES 356 215 822 1 636 01 34 228 237 160 155 22 EMPREGOS DIRETOS EMPREGOS INDIRETOS 106 53 28 06 35 04 04 06 12 22 06 3.604 1.802 952 204 1.190 136 136 204 408 748 204 LAT . CORBÉLIA LAT. CATARATAS LAT. AURORA LAT. ITAUPULÂNDIA LAT. LATCO LAT. CAVALLI LAT. KATO LAT. LATCO LAT. LEITE FRUTI LAT. RIE LAT. PARANALAT LAT. ANAHY LAT. CACIQUE LAT. IPAVERÁ LAT. DA CHACARA LAT. VALE DO IGUAÇÚ CORBÉLIA LINDOESTE CAFELÂNDIA ITAIPUÂNDIA S. M. IGUAÇÚ V.CRUZ OESTE B. V.APARECIDA SANTA LÚCIA SANTA LÚCIA TRES BARRAS MISSAL ANAHY S. M. IGUAÇÚ C. L. MARQUES CASCAVEL FOZ DO IGUAÇÚ TOTAL GERAL 170 235 85 355 351 272 211 198 98 754 41 40 20 403 04 57 12 08 05 04 06 14 07 08 11 11 04 04 04 12 04 17 408 272 170 136 204 476 238 272 374 374 136 136 136 408 136 578 6.139 413 14.042 FONTE: SEAB/DERAL/CASCAVEL TABELA 17 - EMPRESAS E COOPERATIVAS DE LEITE, ENTREPOSTOS DE RESFRIAMENTO, USINAS DE BENEFICIAMENTO, INDUSTRIAS DE LATICÍNIOS E CAPACIDADE INSTALADA NÚCLEO REGIONAL DA SECRETARIA DA AGRICULTURA DE CASCAVEL - 2001 EMPRESA OU COOPERATIVA LOCALIZAÇÃO ENTREP. USINA INDÚSTRIA EMPRESA MUNICÍPIO RESFRIAM BENEFICIA DE LATICI PRIV. CAP/ ENTO MENTO NIO INST. ( l/dia) COOP. COOPAVEL CASCAVEL 1 1 COOP. FRIMESA CASCAVEL 1 1 COOP. FRIMESA MATELÂNDIA 1 1 LAT. LEITE FAZENDA CÉU AZUL 1 LAT. RIO DO SALTO CASCAVEL 1 30.000 LAT. LEON. FAGUN. CASCAVEL 1 4.000 LAT. COMIM CASCAVEL 1 5.000 LAT. AGROLAT MATELÂNDIA 1 1 20.000 LAT. DIAMANTE D. OESTE 1 40.000 LAT. LÂNDIA MATELÂNDIA 1 1 25.000 LAT. SÃO LUCAS CÉU AZUL 1 20.000 LAT. CORBÉLIA CORBÉLIA 1 18.000 LAT. CATARATAS LINDOESTE 1 18.000 LAT. AURORA CAFELÂNDIA 1 5.000 LAT. ITAUPULÂND. ITAIPUÂNDIA 1 8.000 LAT. LATCO S. M. IGUAÇÚ 1 20.000 LAT. CAVALLI V.CRUZ OESTE 1 1 18.000 LAT. KATO B. V.APARECIDA 1 1 6.000 LAT. LATCO SANTA LÚCIA 1 10.000 LAT. LEITE FRUTI SANTA LÚCIA 1 8.000 LAT. MINUANO CATANDUVAS 1 1 7.000 LAT. R.I.E TRES BARRAS 1 1 10.000 LAT. PARANALAT MISSAL 1 1 6.000 LAT. ANAHY ANAHY 1 4.000 LAT. CACIQUE S.M. IGUAÇÚ 1 20.000 LAT. IPAVERÁ C. L. MARQUES 1 10.000 LAT. DA CHACARA CASCAVEL 1 5.000 23 COOPER. CAP. INST. ( l/dia) 100.000 180.000 110..000 LAT. VALE IGUAÇÚ FOZ DO IGUAÇÚ TOTAL GERAL 4 1 1 20.000 15 20 337.000 390.000 FONTE: SEAB/DERAL/CASCAVEL TABELA 18 - EMPRESAS E COOPERATIVAS DE LEITE, NÚMERO DE PRODUTORES E EMPREGOS DIRETOS E INDIRETOS - NÚCLEO REGIONAL DA SECRETARIA DA AGRICULTURA DE TOLEDO - 2001 EMPRESAS/E/OU LOCALIZAÇÃO COOPERATIVAS MUNICÍPIO COOP. SUDCOOP M. C. RONDON COOP. SUDCOOP PALOTINA LAT. PARMALAT NOVA S. ROSA COOP. COOPERLAC TOLEDO COOP. LA SALLE PALOTINA LAT. LIDER MARIPÁ LAT. BOMBARDELLI TOLEDO LAT. PEREIRA TOLEDO LAT. REAL LATCO GUAÍRA LAT. LATCO OURO V. OESTE LAT. AGRO LÁCTEO TOLEDO LAT. BELOTO JESUITAS LAT. PEREIRA FORMOSA OESTE LAT. FLORES E SSOUZA SÃO PEDRO LAT. MAXI LEITE TOLEDO LAT. ANGELA I. HENKE MARGARIDA LAT. IND. LAT.. MERCEDES MERCEDES LAT. LACTO PATO BRAGADO LAT. LATCO MARIPÁ TOTAL GERAL FONTE: SEAB/DERAL/TOLEDO NÚMERO DE PRODUTORES EMPREGOS DIRETOS EMPREGOS INDIRETOS 3.373 227 220 776 250 750 34 01 58 539 24 86 06 40 05 152 300 500 700 8.041 198 04 04 09 04 13 24 10 18 38 07 05 10 10 04 10 30 11 72 481 6.732 136 136 306 136 442 816 340 612 1.292 238 170 204 340 136 340 1.020 374 2.448 16.218 TABELA 19 - EMPRESAS E COOPERATIVAS DE LEITE, ENTREPOSTOS DE RESFRIAMENTO, USINAS DE BENEFICIAMENTO, INDUSTRIAS DE LATICÍNIOS E CAPACIDADE INSTALADA - NÚCLEO REGIONAL DA SECRETARIA DA AGRICULTURA DE TOLEDO- 2001 EMPRESA OU COOPERATIVA COOP. SUDCOOP COOP. SUDCOOP LAT. PARMALAT COOP. COOPERLAC LAT. LA SALLE LAT. LIDER LAT. BOMBARDELLI LAT. PEREIRA LAT. REAL LACTO LAT. LATCO LAT. AGRO LACTEO LAT. BELOTO LAT. PEREIRA ENTREP. USINA INDÚSTRIA EMPRESA COOPER. LOCALIZAÇÃO RESFRIAM BENEFICIA DE LATICI PRIV. CAP. CAP. INST. MUNICÍPIO ENTO MENTO NIO INST. ( l/dia) ( l/dia ) 1 1 500.000 M. C. RONDON 1 30.000 PALOTINA 1 25.000 NOVA S. ROSA 1 40.000 TOLEDO 1 30.000 PALOTINA 1 110.000 MARIPÁ 1 1 60.000 TOLEDO 1 10.000 TOLEDO 1 40.000 GUAÍRA 1 20.000 OURO V. OESTE 1 39.000 TOLEDO 1 23.000 JESUITAS 1 1 28.000 FORMOSA OESTE 24 LAT. FLORES E SELETE SÃO PEDRO LAT. MAXI LEITE TOLEDO LAT. MARGARIDA MARGARIDA LAT. MERCEDES MERCEDES LAT. LIDER PATO BRAGADO LAT. LATCO MARIPÁ TOTAL GERAL FONTE: SEAB/DERAL/TOLEDO 1 1 1 1 1 06 06 1 10 10.000 5.000 20.000 35.000 45.000 70.000 540.000 600.000 15 - COOPERATIVAS DE LATICINIOS DA REGIÃO OESTE 15.1 - COOPERATIVA CENTRAL AGROPECUÁRIA SUDOESTE - SUDCOOP No município de Marechal Cândido Rondon localiza-se uma das maiores Usinas de Beneficiamento de Leite do Paraná, com capacidade instalada para industrializar 500.000 litros de leite por dia. A Cooperativa encontra-se com projeto para implantação de uma indústria de transformação de soro de leite e leite em pó. Em 1999, a Sudcoop passou a administrar a Cooperativa Central do Paraná – (CENTRALPAR), localizada no município de São José dos Pinhais, região Metropolitana de Curitiba; esta central recebe atualmente a produção de leite da Cooperativa Clac de União da Vitória e da Cooperativa Witmarsum do município de Palmeiras. As duas Cooperativas Centrais industrializam em média 700.000 litros de leite por dia. !5.2 - COOPERATIVAS SINGULARES FILIADAS A SUDCOOP • COTREFAL - Cooperativa Agropecuária Três Fronteiras Ltda. Sede: Medianeira • COPAGRIL - Cooperativa Mista Rondon Ltda. Sede: Marechal Candido Rondon • COPACOL - Cooperativa Agrícola Consolata Ltda. Sede: Cafelândia • COOPERVALE - Cooperativa Agrícola Mista Vale do Piquiri Ltda. Sede: Palotina • COPERLAC - Cooperativa dos Produtores de Suíno e Leite do Estado do Paraná. Sede: Toledo 15.3- COOPERATIVA AGROPECUÁRIA CASCAVEL – COOPAVEL 25 A COOPAVEL vem ampliando sua indústria de laticínios, com objetivo de diversificar sua linha de produção. Atualmente, a indústria tem capacidade instalada para industrializar 100.000 litros de leite ao dia. TABELA 20 – LEITE – REGIÃO OESTE - COOPERATIVAS QUE COMERCIALIZAM LEITE 2001 COOPERATIVAS SINGULARES COPACOL COOPAVEL COOPAGRIL COTREFAL COOPERVALE COOPERLAC LOCALIZAÇÃO MUNICÍPIO CAFELÂNDIA CASCAVEL M. C. RONDON MEDIANEIRA PALOTINA TOLEDO MICROREGIÃO HOMOGENEA CASCAVEL CASCAVEL TOLEDO FOZ DO IGUAÇÚ TOLEDO TOLEDO NÚCLEO REGIONAL CASCAVEL CASCAVEL TOLEDO CASCAVEL TOLEDO TOLEDO FONTE: SEAB/DERAL/CASCAVEL 16 - MÃO DE OBRA OCUPADA Levantamentos realizada por este Departamento de Economia Rural (DERAL), indicam que a Bovinocultura de leite é um dos setores que mais gera mão de obra no Estado. 16.1- NUMERO DE EMPREGOS DIRETOS E INDIRETOS O número de empregos diretos e indiretos na indústria de laticínios e a quantidade de produtores formais, em 2001, situam-se em: • 894 empregos diretos • 30.260 empregos indiretos • 14.180 produtores formais • 45.334 empregos diretos, indiretos e produtores formais Na Agroindústria do leite considera-se que para cada emprego direto ocupado, outros 34 empregos são gerados, e que, para cada 20 vacas ordenhadas, outro emprego é gerado. 26 TABELA 21 – REGIÃO OESTE - EMPREGOS DIRETOS E INDIRETOS NA AGRO INDÚSTRIA - 2001 REGIÃO OESTE CASCAVEL/TOLEDO EMPREGOS DIRETOS 894 EMPREGOS INDIRETOS 30.260 TOTAL 31.154 FONTE: SEAB/DERAL/CASCAVEL 17- VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA (VBP) O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) é calculado pela soma da produção municipal multiplicada pelo respectivo valor médio de comercialização no Estado. O Valor Bruto da Produção Agropecuária do Paraná, em 1999, alcançou o montante de R$ 10.858.494.350,01. Deste valor, o leite teve uma participação de 4,44% da receita geral, totalizando R$ 483.010.171,25. Em 2000, o VBP apresentou um incremento de 8,9% sobre 1999, alcançando, R$ 11.888.612.345,89, neste mesmo ano o VBP do leite alcançou o montante de R$ 645.454.781, com participação de 5,4% do Valor Bruto da Produção Agropecuária. Os 48 municípios que fazem parte do Núcleo Regional de Cascavel e Toledo o leite participa com 11,67% da receita total do VBP no Estado. TABELA 22 - VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA (VBP) DO LEITE - NÚCLEO REGIONAL DE CASCAVEL E TOLEDO – 1999 – 2000 MUNICÍPIOS ANO/ 1999 ANO/ 2000 % V.B.P DO LEITE (R$) V.B.P DO LEITE (R$) 00/99 NÚCLEO DE CASCAVEL 49.913.726 78.715.195 57,7 NÚCLEO DE TOLEDO 66.752.170 90.420.992 35,5 TOTAL GERAL 116.665.896 169.136.187 44,9 FONTE: SEAB/DERAL 27 Considerando o grupo da produção pecuária no Estado, em 2000, cujo VBP alcançou R$ 47.903.145.250,71, deste montante o leite teve uma participação de 13,5%. Em 1999 o leite ocupava a quarta colocação no ranking dos produtos pecuários do Estado, superado pelo frango de Corte, bovinos e suínos, em 2000 o leite passou para o segundo produto pecuário de maior participação, superado somente pelo frango de corte. 18- LEI HERMAS BRANDÃO Em 29 de junho de 2001, publicada no diário oficial nº 6017, a LEI BRANDÃO, que estabelece alteração na legislação do ICMS – (Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias). PARA O SETOR LÁCTEO A LEI DISPÕE O SEGUINTE: • Art. 1º- ficam introduzidas alterações na legislação do Imposto Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS. • Art. 5º - fica reduzida a base de cálculo do imposto incidente nas operações internas com os produtos a seguir indicados, de forma que a carga tributária resulte no percentual de 7% ( sete por cento), Convênio ICMS- 128/94, cláusula primeira: 28 Parágrafo II Leite esterilizado ( longa vida ) classificado nos códigos 0401.10.10 e 0401.20.10 na Nomenclatura Brasileira de Mercadorias – Sistema Harmonizado – NBM/SH, e Leite em Pó. Parágrafo III Queijos tipo mussarela, prato e minas, manteiga, margarina 19- CONCLUSÃO A bovinocultura de leite é uma atividade que possibilita a melhoria das condições de vida do produtor e de sua família; por ser uma atividade familiar gera uma receita mensal. A Agroindustria leiteira do Oeste do Paraná encontra-se consolidada, porém, há necessidade de maior integração entre os elos da Cadeia Produtiva. Ao concluir este diagnóstico, é importante destacar algumas das medidas adotadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária e por representantes da Cadeia Produtiva do Leite, em reunião realizada na Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), em setembro deste ano, diante da queda dos preços do leite em pleno período de entressafra. 29 MEDIDAS ADOTADAS PELO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA: • Liberação de R$ 200 milhões para apoiar a comercialização do leite, recurso que encontra-se disponível para Indústrias e Cooperativas, para financiar a estocagem dos produtos lácteos; • Para o Ministério da Agricultura e Pecuária é prioridade acabar com as aquisições de leite importado pelas prefeituras brasileiras que chega a um volume de 5.000 toneladas por mês. REUNIÃO SOBRE O "CENÁRIO DA QUEDA DO PREÇO DO LEITE E PERSPECTIVAS PARA A PECUÁRIA LEITEIRA" SUGESTÕES PARA O SETOR • Elaboração de um programa de estímulo às exportações de leite, como forma de reverter a queda dos preços ao produtor. • Instrumentos de proteção, como a comercialização de leite através de mercados futuros, são também passíveis de análise, embora reconhecendo-se que, mesmo nos EUA, trata-se de uma tentativa ainda incipiente e da qual poucos produtores já se beneficiam. • Os programas governamentais de distribuição de leite poderiam ser estimulados e acionados com mais freqüência, embora não se deva confundir esta prática com a compra de estoques para regulação do mercado. • A criação de um mecanismo de garantia de preços mínimos, que seja acionado sempre que os preços de mercado caírem abaixo do mínimo estabelecido. 30 Aos produtores é imprescindível melhorar o processo organizacional, associativo, cooperativo para que os mesmos se fortaleçam dentro da cadeia produtiva do leite, com isto, aumentando seu poder de negociação, o que hoje não vem ocorrendo. PROPOSTAS DO SETOR PRIVADO PARA ESCOAMENTO DO EXCESSO DE LEITE NO MERCADO NACIONAL 1. Inclusão do leite na Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) e realização de estudos para criação de mecanismos de comercialização de produtos lácteos, como: Empréstimo do Governo Federal Sem Opção de Venda (EGF-SOV), Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) e Cédula de Produto Rural (CPR) - (CNA), encaminhado ao Ministério da Agricultura e Pecuária. 2. Fiscalização do Governo federal para que os produtos lácteos comprados por Estados e municípios sejam produzidos exclusivamente com matéria-prima (leite in natura) nacional; 3. Implantação imediata do Programa Nacional de Melhoria da Qualidade do Leite (PNQL), como requisito indispensável para viabilizar a ampliação das exportações de produtos lácteos; 4. Agilização do processo de habilitação de estabelecimentos e de produtos lácteos para exportação - (CONIL); 31 5. Negociação de acordos de equivalência sanitária com países importadores e promoção de vinda de missões de técnicos estrangeiros ao Brasil para inspecionar laticínios - (CONIL); 6. Aprovação de regulamentos de normatização e tipificação de queijos, com vistas a atender mercados externos - (ABIQ); 7. Identificação de barreiras aos produtos lácteos brasileiros nos principais mercados mundiais e negociação de melhor acesso ao mercado - (CONIL) à (SECEX/MDIC); 8. Apresentação de projetos de promoção de exportações à Agência de Promoção de Exportações (APEX) – (CONIL); 9. Aprovação de financiamentos para estocagem de leite ao amparo de recursos controlados do crédito rural (MCR) às cooperativas e indústrias de laticínios durante todo o ano – (CNA) e (Leite Brasil). 20- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ECONOMIA AGRÍCOLA - Princípios Básicos e Aplicações - 2º edição – 1998 - Editora ZNT- Curitiba - Pr. FAEP- Federação da Agricultura do Paraná. Plano Diretor para Pecuária de Leite do Paraná. 1999 OCEPAR- Organização das Cooperativas do Paraná KOEHLER, J. C. Pesquisa de Campo- Seab/ Deral – 1999; Bovinocultura de leitePrognóstico 2000; Caracterização da Bovinocultura de leite no Estado do Paraná2000 32 LEITE OESTE - ASSOCIAÇÃO REGIONAL DOS PRODUTORES DE LEITEPREFEITURA MUNICIPAL DE MARECHAL C. RONDON - Projeto para Triplicar a Produção de Leite no Município de Marechal C. Rondon – Pr – maio 2000 SEAB/ DERAL - Diagnóstico do Setor Leiteiro do Paraná - 1993 18.1 ESTABELECIMENTOS AGROPECUÁRIOS DA REGIÃO OESTE DO PARANÁ TABELA 23 - ESTABELECIMENTOS AGROPECUÁRIOS; ÁREA TOTAL DOS MUNICÍPIOS EM Km2 NÚCLEO REGIONAL DE CASCAVEL MUNICÍPIOS ESTABELECIMENTOS ÁREA Km2 AGROPECUÁRIOS (1) (2) ANAHY BOA VISTA DA APARECIDA BRAGANEY CAFELÃNDIA CAMPO BONITO CAPITÃO L. MARQUES CASCAVEL CATANDUVAS CORBÉLIA DIAMANTE DO OESTE IBEMA IGUATU LINDOESTE NOVA AURORA SANTA LÚCIA SANTA TERESA DO OESTE TRÊS BARRAS DO PARANÁ CÉU AZUL FOZ DO IGUAÇU ITAIPULÂNDIA MATELÂNDIA MEDIANEIRA SERRANÓPOLIS DO IGUAÇU MISSAL RAMILÂNDIA SANTA T. DO ITAIPÚ SÃO MIGUEL DO IGUAÇU VERA CRUZ DO OESTE TOTAL GERAL 460 1.278 813 623 507 1.204 2.591 989 941 610 177 362 933 1.764 567 404 1.813 891 348 482 950 1.956 820 1.451 274 417 2.015 950 26.590 33 107,2 262,9 355,6 255,5 437,3 220,4 2.061,6 567,8 544,5 311,0 155,8 101,3 349,7 471,4 172,5 347,9 508,1 1.179,0 589,1 337,5 649,6 294,9 512,1 346,2 246,2 288,5 851,4 311,7 12.837 TABELA 24 - ESTABELECIMENTOS AGROPECUÁRIOS; ÁREA TOTAL DOS MUNICÍPIOS EM Km2 NÚCLEO REGIONAL DE TOLEDO MUNICÍPIOS ESTABELECIMENTOS AGROPECUÁRIOS (1) ASSIS CHATEAUBRIAND ENTRE RIOS DO OESTE FORMOSA DO OESTE GUAÍRA IRACEMA DO OESTE JESUÍTAS MARECHAL C. RONDON MARIPÁ MERCEDES NOVA SANTA ROSA OURO VERDE DO OESTE PALOTINA PATO BRAGADO QUATRO PONTES SANTA HELENA SÃO JOSÉ DAS PALMEIRAS SÃO PEDRO DO IGUAÇU TERRA ROXA TOLEDO TUPÃSSI TOTAL GERAL 3.443 361 1.477 1.188 313 1.472 2.915 1.083 765 1.220 651 1.807 534 557 2.311 551 933 1.791 3.032 1.183 27.587 FONTE: I.B.G.E- (1) CENSO AGROPECUÁRIO – 1995 - 1996 (2) CENSO DEMOGRÁFICO – 2000 34 ÁREA Km2 (2) 984,5 131,6 274,3 503,6 81,4 268,4 669,4 319,6 200,9 207,2 294,0 574,6 128,3 196,6 753,1 180,8 291,2 843,4 1.199,9 302,3 8.405 TABELA 25 - Leite - Paraná - Custo de Produção ( R$ / litro ) - Janeiro/ 01 R$ / litro Itens Sistema I Sistema II (l/vaca/ano) até 2.000 (%) 2.000-4.000 (%) Sistema III 4.000-6.000 (%) Sistema IV (Confinado) Acima 6.000 (%) A – Custos Variáveis Concentrados - Caroço de algodão - Ração comercial Minerais - 0,00% 0,00% 0,0288 0,0907 5,84% 18,41% 0,0054 1,02% 0,0051 1,03% 0, 0050 1,06% 0,0019 0,0021 0,0209 - 0,36% 0,40% 0,00% 3,92% 0,00% 0,0076 0,0376 0,0023 0,0161 0,0149 1,53% 7,63% 0,47% 3,27% 3,02% 0,0077 0,0314 0,0037 0,0086 0,0155 1,61% 6,59% 0,78% 1,80% 3,25% 0,0071 0,0370 0,0030 0,0051 0,0124 1,80% 9,38% 0,75% 1,30% 3,13% 0,0529 9,95% 0,0267 5,83% 0,0214 4,48% 0,0124 3,14% 0,0041 0,0336 0,78% 6,32% 0,0030 0,0224 0,61% 4,54% 0,0025 0,0224 0,52% 4,69% 0,0017 0,0224 0,43% 5,67% 0,0353 0,0110 0,0014 0,0107 6,63% 2,07% 0,26% 2,01% 0,0146 0,0068 0,0014 0,0205 2,96% 1,38% 0,28% 4,16% 0,0097 0,0069 0,0028 0,0218 2,04% 1,46% 0,59% 4,56% 0,0070 0,0038 0,0028 0,0190 1,77% 0,96% 0,71% 4,81% 0,0064 0,0013 1,21% 0,25% 0,0064 0,0026 1,31% 0,52% 0,0064 0,0027 1,35% 0,57% 0,0064 0,0024 1,63% 0,60% 0,1871 35,19% 0,3098 62,81% 0,3282 68,76% 0,2903 23,51% 1,1278 24,03% 0,0520 10,58% 0,0310 5,49% 0,0231 5,86% 0,0578 0,0438 0,0148 0,0054 10,83% 8,24% 2,78% 1,01% 0,0262 0,0266 0,0055 0,0099 5,32% 5,39% 1,12% 2,01% 0,0250 0,0286 0,0059 5,24% 5,98% 0,00% 1,24% 0,0174 0,0143 0,0008 0,0051 4,40% 3,52% 0,21% 1,29% 0,0234 0,0375 0,0301 0,0043 4,40% 7,05% 5,66% 0,81 0,0100 0,0234 0,0274 0,0022 2,03% 4,76% 5,55% 0,46% 0,0074 0,0247 0,0258 0,0007 1,56% 5,17% 5,41% 0,15% 0,0056 0,0133 0,0245 0,0005 1,41% 3,37% 6,20% 0,13% 0,3446 0,5317 C- Receita venda de animais 0,1342 64,81% 100,00% 0,1833 0,4929 0,0764 37,19% 100,00% 0,1491 0,4772 0,0731 31,24% 100,00% 0,1046 0,3950 0,0677 26,49% 100,00% - Sal comum Forragens - Sementes - Fertilizantes - Herbicidas Vacinas e medicamentos Inseminação Artificial Energia e combustíveis - Óleo Diesel - Energia Elétrica Transporte do leite Conservação e reparos - Máquinas / Implem. e equipamentos - Benfeitorias Assistência técnica Juros s/ o capital de giro Impostos e taxas - INSS Despesas Gerais Subtotal B – Custos Fixos Mão-de-obra permanente Depreciação - Máquinas / Implem. e equipamentos - Benfeitorias - Pastagem per. /Capineira - Calcário Juros - Máquinas / Implem. e equipamentos - Benfeitorias - Rebanho ITR Subtotal Subtotal (A + B) Custo Total (A + B - C) FONTE: OCEPAR 0,3975 0,4165 0,0015 0,1580 0,31% 33,12% 0,4041 Obs: Preço médio recebido pelo produtor no Paraná em 2.001 - (R$/l) 0,28 35 0,0120 0,1295 0,0063 0,3273 3,05% 32,78% 1,61% FIGURA 01 – LEITE – REGIÃO OESTE – FLUXOGRAMA DOS CANAIS DE CONSUMO E DE INDUSTRIALIZAÇÃO - 2000 : FONTE: SEAB/DERAL/CASCAVEL PRODUTOR 100% 57,2% INDUSTRIALIZAÇÃO 100% 42,8% REGIÃO DE TOLEDO 70,1% REGIÃO DE CASCAVEL 42,7% 70,1% RETIDO NA PROPRIEDADE USINA DE BENEFICIAMENTO INDÚSTRIA DE LATICÍNIO 100% 44,2% 55,8% COOPERATIVAS DE LEITE EMPRESAS PRIVADAS 52,2% LEITE FLUÍDO 0,0% LEITE EM PÓ 31,8% % 0,0% 24,7% QUEIJOS 58,6% 21,1% OUTROS DERIVADOS 9,6% CONSUMO HUMANO CONSUMO ANIMAL LEITE INFORMAL QUEIJO COLONIAL TABELA 26 - LEITE- REGIÃO OESTE DO PARANÁ - RANKING DOS MUNICÍPIOS - PRODUÇÃO - PARTICIPAÇÃO % - 2001 RANKING DOS PRODUÇÃO MUNICÍPIOS VOLUME (l) % 3- C. OESTE MARECHAL C. RONDON 75.000.750 13,70% 4- SUDOESTE TOLEDO 45.906.946 8,40% CASCAVEL 25.185.000 4,60% MISSAL 23.650.000 4,30% SANTA HELENA 19.365.452 3,50% TERRA ROXA 18.309.185 3,34% SÃO MIGUEL IGUAÇU 17.953.000 3,28% MATELÂNDIA 17.674.800 3,22% PALOTINA 16.782.894 3,06% MEDIANEIRA OUTROS TOTAL 16.500.000 269.276.000 545.600.000 3,01% 49,59% 100% 1- NORTE 2- OESTE 5- NOROESTE PARTICIPAÇÃO 6- SUL FONTE: SEAB/DERAL (1-2-3-4-5-6 ) NUCLEOS REGIONAIS FONTE: SEAB/DERAL/CASCAVEL/TOLEDO