WORKSHOP: GÁS NATURAL NA INDÚSTRIA CERÂMICA Projeto de P&D da COMGAS voltado para indústria Cerâmica. USO DO GÁS NATURAL PARA A SECAGEM FORÇADA DE ARGILA PARA PLACAS CERÂMICAS NO PÓLO CERÂMICO DE SANTA GERTRUDES E COGERAÇÃO Laiete Soto Messias – FIGENER S.A. José Francisco Marciano Mota - IPT Hudson Barreto Brito - COMGAS OBJETIVOS E METAS DO PROJETO • Conhecer e estabelecer os limites técnicos da secagem, para que as argilas apresentem, no processo cerâmico, desempenho similar ou superior aos da argila seca ao sol; • Análise e concepção do sistema térmico que busque viabilizar economicamente a secagem forçada da argila conjugando a geração de energia elétrica / mecânica e energia térmica por meio de um sistema de cogeração; e, • Propiciar um sistema de secagem que minimize o impacto ambiental na região do Pólo de Santa Gertrudes. INSUMOS ENERGÉTICOS NO PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS SITUAÇÃO ATUAL DIESEL argila GÁS NATURAL ENERGIA SOLAR PROCESSO NATURAL DE SECAGEM EM PÁTIOS ABERTOS OPERAÇÕES Transporte Armazenamento Desintegração/destorroamento Secagem natural argila ENERGIA ELÉTRICA PROCESSAMENTO INDUSTRIAL OPERAÇÕES Moagem via seca Prensagem Decoração Secagem do produto Queima MINERAÇÃO, TRANSPORTE E PRÉ-SECAGEM DA ARGILAS EM PÁTEOS INSUMOS ENERGÉTICOS NO PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS SITUAÇÃO FUTURA GÁS NATURAL argila ENERGIA ELÉTRICA PROCESSO ARTIFICIAL DE SECAGEM EM AMBIENTES FECHADOS OPERAÇÕES Transporte Armazenamento Desintegração/destorroamento Secagem GÁS NATURAL argila ENERGIA ELÉTRICA PROCESSAMENTO INDUSTRIAL OPERAÇÕES Moagem via seca Prensagem Decoração Secagem do produto Queima ESTUDO DO COMPORTAMENTO DA ARGILA NA SECAGEM 3,50 Strength valueà Flexão ((MPa) Módulo de Ruptura (MPa) 3,00 2,50 Clay A 2,00 1,50 Clay B 1,00 0,50 0,00 0 100 200 300 400 500 600 700 o Temperatura ( C) Temperature (o C) Argila"A" Argila "B" • Conclusão: a temperatura do agente de secagem deve ser mantida abaixo de 250 oC para preservar as características da argila. CONFIGURAÇÃO CONVENCIONAL COM SECADOR TIPO CILINDRO ROTATIVO CAIXÃO DE ALIMENTAÇÃO / DOSAGEM DESINTEGRADOR FILTRO SECADOR MANGAS CHAMINÉ GERADOR DE GASES QUENTES GÁS NATURAL EXAUSTOR VENTILADOR DE ' ' AR DE DILUIÇÃO ' ' Alimentação de argila SILOS DE ARGILA SECA Exaustão de gases úmidos ' Seção de medida Queimador Cilindro rotativo Gerador de gases quentes ' ' CONFIGURAÇÃO CONVENCIONAL COM GERADOR DE GASES QUENTES CAIXÃO DE AL IMENTAÇÃO / DO SAGEM ARGILA 14 % umidade CHAMINÉ FILTRO DESIN TEG RADO R MANGAS GERADOR DE GASES QUENTES EXAUSTOR GÁS NATURAL VENTILADOR DE AR DE DILUIÇÃO CONJUNTO GERADOR DE GASES QUENTES Capacidade térmica instalada: 7,63 MW SECADORES ' ' ' ' SILOS DE ARGILA SECA • Fabricante gerador: KEI-TEK • Consumo máximo de gás natural: 698 Nm3/h • Temperatura dos gases: 200 – 400 oC ' ' ARGILA 4 % umidade ' COGERAÇÃO COM MOTOGERADORES CAIXÃO DE ALIMEN TAÇÃO / DO SAG EM ARGILA 14 % umidade CHAMINÉ FILTRO DESINTEG RADO R MANGAS AR DE DILUIÇÃO EXAUSTOR GÁS NATURAL AR DE COMBUSTÃO FILTROS SECADORES CONJUNTOS MOTOGERADORES Pot. instalada: 3 x 2 MWe ' ' ' ' SILOS DE ARGILA SECA • Fabricante Motor: CATERPILLAR G3520 SCAC (20 cil. em V; 1800 rpm, 86 l) ' ' • Gerador elétrico: 2000 kWe: • Consumo de gás natural: 552 Nm3/h (!00% carga); 408 Nm3/h (75 %); 286 Nm3/h (50 %) ARGILA 4% umidade ' COGERAÇÃO COM TURBOGERADOR CAIXÃO DE ALIMENTAÇÃO / DOSAGEM ARGILA 14 % umidade CHAMINÉ FILTRO DESINTEGRADOR GÁS NATURAL AR ATMOSFÉRICO COMPRESSOR DE GÁS NATURAL MANGAS AR DE DILUIÇÃO CÂMARA DE COMBUSTÃO EXAUSTOR COMPRESSOR TURBINA GERADOR CONJUNTO TURBOGERADOR Pot. Instalada: 3,5 MWe SECADORES ' ' ' ' • Fabricante da turbina: Solar Turbines/TURBOMACH; • Modelo: TBM C-40 (Centaur 40); • Potência no eixo: 3712 kW • Rotação: 14951 rpm; • Consumo de GN: 1153 Nm3/h (100 % carga); SILOS DE ARGILA SECA ' ' ARGILA 4 % umidade ' ANÁLISE COMPARATIVA Disponibilidades de calor / trabalho TOTAL Calor (térmica) Trabalho (Elétrica) Calor / Trabalho GERADOR DE GASES QUENTES MOTOGERADOR TURBOGERADOR [kW] 5140 10495 7915 [kW} 5140 5140 5140 [%] 100 49,0 64,9 [kW] zero 4078 2142 [%] zero 38,8 27,0 --- 1,26 2,40 COGERAÇÃO ANÁLISE ECONÔMICA SECAGEM ARTIFICIAL SECAGEM NATURAL SOLUÇÕES COM COGERAÇÃO SOLUÇÃO CONVENCIONAL MOTOGERADOR TURBOGERADOR [Nm3/m2 ] 1,00 1,19 1,37 1,28 POTÊNCIA TOTAL DESENVOLVIDA [kW] ---- 5396 10495 7915 POTÊNCIA TÉRMICA GERADA [kW] ---- 5140 5140 5140 POTÊNCIA ELÉTRICA GERADA [kW] ---- ----- 4078 2142 DEMANDA DE ENERGIA ELÉTRICA CONTRATADA [kW] 2842 3197 ---- 1054 [R$/ano] ---- 623.775,00 6.481.385,00 2.219.445,00 INVESTIMENTO [R$] ---- 3.555.921,00 8.932.775,00 8.216.604,00 TAXA INTERNA DE RETORNIO [%] ---- 15,53 72,54 26,19 CONSUMO ESPECÍFICO ECONOMIA LÍQUIDA BASE DE CÁLCULO: Produção: 1.650.000,00 m2/mês Tarifas: gás natural = 0,737598 R$/Nm3 (normal); 0,679336 R$/Nm3 (cogeração); e. elétrica=9,26 R$/kW ; 0,22488 R$/kWh IMPACTOS DA COGERAÇÃO NO PÓLO DE SANTA GERTRUDES EM DIFERENTES CENÁRIOS CENÁRIOS FUTUROS CENÁRIO ATUAL PRODUÇÃO ANUAL (2008) SOLUÇÕES COM COGERAÇÃO SOLUÇÃO CONVENCIONAL MOTOGERADOR TURBOGERADOR 106 m2 378 378 378 378 CONSUMO ESPECÍFICO [Nm3/m2 ] 1,00 1,19 1,37 1,28 CONSUMO DIÁRIO DE GN NO PÓLO [Nm3/dia] 1.035.616 1.233.589 1.420.640 1.325.984 [MW] 54,25 61,03 -17,51 20,12 [%] 21 21 21 21 [Nm3/dia] 1.605.664 1.874.834 1.236.671 1.537.406 [%] 35 35 35 35 [Nm3/dia] 1.375.947 1.616.426 1.310.306 1.452.207 [%] 55 55 55 55 [Nm3/dia] 1.252.190 1.477.212 1.350.746 1.406.308 DEMANDA DE ENERGIA ELÉTRICA DA REDE GERAÇÃO NA UTE CARIOBA A ÓLEO (*1) Eficiência térmica GERAÇÃO NA UTE CARIOBA (repotenciada a GN) Eficiência térmica GERAÇÃO NA UTE NOVA PIRATININGA Eficiência térmica Consumo de GN (*2) Consumo de GN (*2) Consumo de GN (*2) (*1) Consumo equivalente energético óleo/GN; (*2) Consumo global de gás natural para o Pólo (fabricação + geração de energia elétrica) CONCLUSÕES • É possível executar as operações de secagem da argila de modo artificial em substituição à prática de secagem natural em pátios. A temperatura do agente de secagem não deverá exceder a temperatura de 250 oC, sob pena de comprometer a qualidade dos processos subseqüentes de conformação das placas cerâmicas; • Todas as alternativas de sistemas de secagem propostas mostraram-se viáveis técnica e economicamente, com vantagens para a configuração com motogeradores; e • Num cenário de geração centralizada de energia elétrica em termoelétricas a gás natural, a adoção de sistemas de cogeração para secagem de argila de modo generalizado nas indústrias do pólo, pode resultar redução do consumo global de energia.