GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA
SECRETARIA DA INDÚSTRIA, COMÉRCIO E MINERAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DE INDÚSTRIA E MINERAÇÃO
OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTOS NA BAHIA
A Bahia experimentou nos últimos anos um grande salto de desenvolvimento, que
lhe conferiu uma economia com perfil muito mais diversificado, inclusive com a
inclusão e fortalecimento de diversos segmentos industriais, a exemplo do
automotivo, biodiesel, calçadista, informática, mineração, papel e celulose, químico e
petroquímico. O Estado é a maior economia do Nordeste, responsável por um terço
do PIB da região e mais de 50% das exportações. A seguir, um panorama geral dos
segmentos na Bahia:
1. BIODIESEL
O Estado da Bahia possui disponibilidade de áreas agrícolas com condições
edafoclimáticas favoráveis à implantação e ampliação do cultivo de oleaginosas aptas
à produção do biodiesel, experiência estadual na produção de óleos vegetais,
disponibilidade de assistência técnica e extensão rural para os produtores de
oleaginosas, além de produzir um combustível proveniente de matéria-prima 100%
renovável e sua posterior introdução na matriz energética estadual e nacional. Dentre
as importantes oleaginosas aptas à produção de biodiesel na Bahia, podemos citar a
mamona, sebo bovino, o dendê, pinhão, amendoim e o algodão.
2. ETANOL
O Governo do Estado trabalha na estruturação de um programa de estímulo à
produção e industrialização açucareira e de álcool, com base na ampliação dos
incentivos previstos na política industrial do Estado. Ao mesmo tempo, a iniciativa
privada vem dando sinais de interesse na expansão do segmento no território baiano,
tendo como áreas de interesse as regiões do Sul, Oeste, Baixio de Irecê e Recôncavo
Baiano.
A principal motivação está no crescente mercado mundial dos dois produtos, em
especial do álcool, um combustível limpo que está na pauta dos Estados Unidos e de
países europeus como saída para os altos preços do petróleo. O etanol brasileiro está
colocado como a única alternativa que, no momento, pode ser produzida em larga
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escala. Além disso, o mercado estadual possui um amplo terreno a ser explorado, já
que a Bahia importa 80% do álcool que consome.
Atualmente, os estímulos podem ser assegurados através do Desenvolve – Programa
de Incentivo ao Desenvolvimento Industrial do Governo da Bahia. No caso do açúcar,
com desoneração de até 75% do ICMS, e, no caso do álcool, com a redução da carga
tributária do ICMS.
3. OPORTUNIDADES MINERAIS DISPONÍVEIS:
Apoio para o Bege Bahia - O distrito minero - industrial do mármore Bege Bahia,
situado na região de Ourolândia (Centro-Norte), vai ser estruturado nos moldes de um
arranjo produtivo local, visando ao desenvolvimento e à consolidação da cadeia
produtiva. O setor privado também investe no aporte de novas tecnologias, com a
modernização do parque de beneficiamento, o que inclui a instalação de teares
diamantados e politrizes (automáticas e semi-automáticas). A região possui elevado
volume das reservas de matéria-prima que segundo o Departamento Nacional de
Produção Mineral (DNPM), totalizam mais de 42 milhões de m3.
As atividades produtivas relacionadas ao Bege Bahia são responsáveis pela geração
de mais de 600 empregos diretos no APL e uma receita bruta da ordem de R$18
milhões/ano.
Argilas e insumos cerâmicos do Recôncavo Baiano – na região do Recôncavo,
entre os municípios de Simões Filho, Mata de São João, Alagoinhas, Entre Rios,
Esplanada e Itanagra, a CBPM detém o controle de 43 áreas de pesquisa, totalizando
27.305,50 hectares. Nestas áreas foram identificadas e avaliadas importantes jazidas
de argilas, com características físicas e químicas excelentes para uso na indústria
cerâmica. Foram dimensionadas reservas da ordem de 220 milhões de toneladas. Em
razão dessas excelentes reservas, esta região credencia-se para constituir o Pólo
Cerâmico do Recôncavo, que já possui algumas empresas instaladas, como a Moliza,
em Candeias, a Eliane, em Camaçari, e duas unidades de produção da Incefra –
Indústria Cerâmica Fragnani Ltda. –, estas em processo de implantação.
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Argilas e insumos cerâmicos do Sul da Bahia – na região entre os municípios de
Santa Luzia e Mucuri, a CBPM detém o controle de dezoito áreas de pesquisa, com
18.151,30 hectares. Foram aí dimensionadas reservas globais da ordem de 632
milhões de toneladas de materiais argilosos, das quais cerca de 10 milhões de
toneladas são de reservas medidas. Os trabalhos de exploração mineral realizados
pela CBPM na região possibilitaram a localização e investigação de 51 ocorrências de
depósitos de argilas e de dezenove ocorrências de depósitos feldspáticos e filíticos.
As possibilidades de aplicações cerâmicas desses materiais vão desde a fabricação
de revestimentos cerâmicos dos tipos grês – porcelanatos –, monoporosos, louças
sanitárias e de mesa, até telhas brancas e cerâmica vermelha. Além do enorme
potencial dos depósitos de matérias-primas cerâmicas descobertos no Sul da Bahia,
esta região conta com ampla disponibilidade de outros insumos cerâmicos, como
nefelina sienito, carbonatos, talco e areias silicosas. Depósitos tão volumosos de
matérias-primas para as indústrias cerâmicas e de vidro, somados à sua localização
geográfica em relação ao mercado consumidor do Sudeste do País, credenciam esta
região como área propícia à implantação de mais um pólo cerâmico no Estado.
Rochas ornamentais – granitos – A Bahia posiciona-se como o terceiro maior produtor
de rochas ornamentais do Brasil, possuindo a mais completa diversidade de padrões
cromáticos de rochas do país, que vão desde as suas famosas rochas azuis,
passando por uma variada gama de cores, incluindo-se os granitos movimentados e
rochas exóticas como os conglomerados.
Na região norte do Estado está localizado o maior pólo produtor de mármore, onde se
destaca a produção do mármore Travertino, denominado comercialmente de mármore
Bege Bahia, que ocupa posição de destaque no mercado nacional e que recentemente
iniciou sua introdução no mercado internacional, a partir de exportações para os
Estados Unidos, país este que se afigura como um mercado consumidor de grande
potencial. Este mármore apresenta grande similaridade ao Travertino Romano, sendo
o mármore mais consumido e o mais popular no mercado nacional.
Nessa região são produzidas também outras três variedades de mármores rosa
denominados de mármores Rosa Sietti, Rosa Patamuté e Rosa Palha. Encontra-se
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ainda, o mármore branco Pérola Bahia sendo um dos mais belos mármores brancos
produzidos no país.
Buscando ampliar o parque de produção de granitos ornamentais na Bahia, a CBPM vem
realizando trabalhos contínuos de pesquisa, visando identificar e avaliar novas jazidas de
granitos. O objetivo é colocá-las à disposição da iniciativa privada para implantação de novos
empreendimentos no setor de rochas ornamentais do Estado. Podemos destacar também
como oportunidades a esmeralda da Carnaíba, nefelina sienito de Itarantim, quartzo e feldspato
de Castro Alves, ferro titânio-vanádio de Campo Alegre de Lourdes, ilmenita de
Valença/Itacaré, cobre de Riacho Seco e ouro de Jurema leste.
4. Oportunidades de Investimento na Cadeia Têxtil
Algodão: figura como a maior oportunidade de investimento na cadeia têxtil, desde
que realizada de forma moderna, pois seus efeitos se propagarão à jusante da cadeia,
uma vez que a rentabilidade é maximizada quando se agrega mais valor a esta
commodity;
Fibras sintéticas: instalação no Nordeste, de uma nova refinaria de petróleo que
fornecesse a matéria prima básica à produção de fibras sintéticas.
Fiação: Modernização do parque de máquinas;
Tecelagem e Malharia: Revitalização e dinamização das tecelagens através da
aquisição de máquinas modernas e atualização tecnológica.
Vestuário: Depois do algodão, este é o principal elo que alavancaria a cadeia têxtil em
termos nacionais, dada a sua vocação artesanal;
Beneficiamento: separação de caroço e pluma.
5. ELETRÔNICO/INFORMÁTICA
Em 1995 foi criado o Pólo de Informática em Ilhéus com o intuito de atrair novas
indústrias para o setor e assim fortalecer a região, gerando emprego e renda. O
segmento conta com incentivos fiscais específicos, tendo atualmente 61 empresas
instaladas.
A produção das indústrias do Pólo é bastante diversificada. Inclui computadores,
placas-mãe, equipamentos de segurança, minicâmeras, monitores, estabilizadores,
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gabinetes, notebooks, cartões inteligentes (smart-cards), MP3, MP4, monitores
cardíacos, medidores de audiência, teclados convencionais e inteligentes,
transmissores de televisão, moduladores, conversores, nobreaks, faxmodem, cabos
de comunicação, decodificadores, terminais de supermercados, kits de energia solar,
ferros de solda e auto-falantes para veículos.
Novas ações para fortalecimento do Pólo de Informática também estão na pauta de
desenvolvimento do Estado. Visam uma maior integração entre empresas e
instituições de pesquisa e ensino locais, a melhora na capacitação, otimização dos
investimentos em pesquisa e desenvolvimento e aumento de inovação e da produção.
Analisando o mercado, o potencial de cada indústria e a realidade local pretende-se
desenvolver um projeto para o segmento com a participação dos Centros de
Pesquisas, Governo Estadual, Prefeitura e representações empresariais. Como
oportunidade, a inserção na cadeia de fabricantes de componentes de computadores
é um dos principais focos.
6. CAPRINO-OVINOCULTURA
O Estado da Bahia possui uma área bastante representativa situada na região semiárida, estimada em dois terços do seu território total. A produção de ovinos e caprinos
representa uma importante alternativa de oferta de carne, leite, pele e derivados, não
somente para a população rural, mas também para o mercado emergente das grandes
metrópoles, que vêm consumindo de forma crescente carnes e leite destas espécies.
O Estado da Bahia concentra um dos maiores plantéis de caprinos e ovinos da Região
Nordeste. Nota-se que esses rebanhos estão mais concentrados em municípios que
se localizam nas áreas áridas e semi-áridas do Estado.
A atividade é relevante para a economia do Estado, na medida em que a produção de
caprinos e ovinos constitui alternativa na oferta de carne, peles, leite e derivados,
contribuindo para a melhoria da dieta alimentar, especialmente da população rural, e
aumento da renda do produtor, contribuindo para sua permanência no meio rural.
Nesse contexto, o caprino-ovinocultura afigura-se como um negócio promissor, haja
vista a sua adaptabilidade às condições locais, possibilidade de exploração por todas
as categorias de produtores, crescimento do mercado e interesse do empresariado
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local pela atividade, não exigindo altos investimentos em infra-estrutura e na aquisição
de animais, além de apresentar rápido retorno do capital, com perspectivas de
inserção competitiva focada na visão sistêmica de cadeia produtiva. A oportunidade
neste segmento é a instalação de frigoríficos para exportação de carne, principalmente
para o Oriente Médio.
7. AUTOMOTIVO/PNEUS
A Bahia produz cerca de 10% de todos os veículos fabricados no Brasil e ocupa a
terceira posição no ranking brasileiro em produção, evidenciando ganhos significativos
para a economia. Conta atualmente com 33 empresas sistemistas instaladas na planta
da montadora Ford, onde, inclusive, foram projetados os modelos Novo Fiesta e
EcoSport. Os veículos que saem da montadora baiana têm cerca de 95% de conteúdo
nacional, 76% de conteúdo genuinamente baiano e 80% de máquinas e equipamentos
brasileiros.
Desde a instalação do Complexo Automotivo na Bahia, o setor de pneus já atraiu mais
de US$ 680 milhões em investimentos para o Estado. O setor automotivo no Estado
comporta empresas para fabricação local de componentes para atender a montadora
existente, além da instalação de uma segunda montadora, com diversas vantagens
competitivas.
8. PETRÓLEO E GÁS
Na indústria, o gás é utilizado como matéria prima em vários setores, como por
exemplo, os setores: químico, petroquímico, metalúrgico, plástico, cerâmico,
farmacêutico e têxtil, portanto, levando em consideração, a contemporaneidade, a
relevância e a interdependência dos temas, o petróleo e o gás, foram englobados
numa só área, prioritária para todos.
A diversificada gama de bens e serviços que são ou podem vir a ser fornecidos por
micro e pequenas empresas nessa cadeia sinalizam a possibilidade de ampliação das
oportunidades para os pequenos negócios. Isso significa que a cadeia tem alto
potencial de contribuir para o grande desafio do Brasil: promover o crescimento
econômico com redução das desigualdades.
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Na Bahia, o setor deu um importante passo com o campo de Manati, na Bacia de
Camamu-Almada, sul do estado. Só os dois primeiros poços perfurados pela
Petrobras e seus parceiros no consórcio - Queiroz Galvão e Rio das Contas (do grupo
norueguês Norse Energy) - apresentaram juntos vazão de 1 milhão e 800 mil m³ de
gás natural por dia, o que significa grande potencial de produção e a auto-suficiência
de gás na Bahia.
9. NÁUTICA/NAVAL
O Estado da Bahia possui a maior costa navegável do país, com 1.183 km de
extensão, incluindo atrativos como Abrolhos, Morro de São Paulo, Camamu e Baia de
Todos os Santos.
Ao somarmos as belezas naturais da região ao grau de
preservação da Baia de Todos os Santos, aos ventos constantes, à temperatura
morna e à visibilidade da água, além dos diversos sítios históricos, constatamos que a
Bahia possui condições para se tornar a porta de entrada dos mais de 32 mil barcos
de passeio que estão neste momento circulando pelo mundo.
A seu favor, o Estado já conta com a visibilidade internacional provocada pela série de
regatas que atraiu ao longo dos anos, daí a importância de atrair não apenas
competidores, mas o turista náutico. Afinal, enquanto o primeiro consegue gerar o
envolvimento da mídia, é o segundo que trará divisas e crescimento para o setor.
O governo criará um Condomínio Industrial Náutico, espaço este destinado à
promoção de desenvolvimento industrial e à formação de mão-de-obra especializada
na área náutica. O condomínio abrigará pequenos empreendimentos industriais,
comerciais e de serviços vinculados ao setor, que queiram investir no nosso Estado,
com espaço físico e infra-estrutura apropriada para proporcionar às empresas
desenvolvimento e fortalecimento.
O Condomínio contribuirá para a geração de empregos, favorecendo as comunidades
próximas ao Centro Industrial de Aratu, estimulará o surgimento de novos
empreendimentos industriais e fortalecerá o Estado, como principal destino turístico do
Nordeste.
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10. ENERGIA SOLAR
A energia solar já é, em alguns locais, uma alternativa viável à elétrica. Além de o
custo ser menor, a energia solar é ecologicamente mais viável que a hidroelétrica.
As termelétricas, que produzem eletricidade advinda de gás natural, são alternativas
para as épocas de estiagem. Com o nível dos reservatórios das barragens em baixa,
elas são boas opções para a geração de energia.
O gás natural e o biodiesel servem como combustíveis para os veículos. As duas
matrizes oferecem custos menores aos consumidores, e no caso do biodiesel, as
plantações que sustentam a produção podem alavancar o desenvolvimento sócioeconômico do semi-árido brasileiro.
Maiores Informações:
Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração.
Centro Administrativo da Bahia, 4ª Avenida, nº. 415
41.745-002 – Salvador – Ba.
Tel.: 0xx71 – 3115.7814/ 7867
Fax: 0xx71 – 3115.7864;
Site Institucional : www.sicm.ba.gov.br
Portal de Investimentos – BahiaInvest : www.bahiainvest.com.br
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Bahia - RENAI - Rede Nacional de Informações sobre o Investimento