Classificação Biológica Para facilitar o estudo dos diversos seres vivos existentes no planeta Terra, um dos primeiros passos é organizá-los, divindidoos em grupos. Para isso é necessário estabelecer critérios previamente definidos. O ramo da Biologia que se ocupa da classificação e nomenclatura dos seres vivos é a taxonomia. Aristóteles (384 e 322 a.C) usou o tipo de ambiente em que viviam os animais para classificá-los, dividindo-os em aéreos, terrestres e aquáticos. Teofrastos (372 e 287 a.C) classificou as plantas segundo o tamanho, em ervas, arbustos e árvores. No século XIV, os estudiosos perceberam que a classificação necessitava de critérios mais bem definidos... Destacou-se o naturalista sueco Car Von Linnée ou Lineu, que em 1735 publicou a obra Systema Naturae. Lineu criou um conjunto de regras para universalizar a nomenclatura dos seres vivos. O critério utilizado foi a comparação morfológica, isto é, semelhanças e diferenças anatômicas e estruturais entre os seres vivos. Ele dividiu os organismos em grandes grupos que foram divididos em grupos cada vez menores. Ele denominou de táxons. ] O grupo taxonômico básico é a espécie, que significa tipo. Podemos conceituar espécie como sendo um conjunto de seres vivos semelhantes, capazes de se reproduzir entre si e gerar descendência fértil. Indivíduos de espécies diferentes, normalmente não se cruzam, mas pode ocorrer, neste caso, os descendentes são estéreis, denominados híbridos. Ex.: jumento e égua, os descendentes são a mula ou o burro. Dentro de uma mesma espécie podem existir variedades diferentes, denominadas de raças. Neste caso, se houver cruzamento, os filhotes são férteis. Quando necessário os biólogos, podem utilizar grupos taxonômicos intermediários. São eles: Subfilo: entre filo e classe. Superclasse: entre subfilo e classe. Subclasse: entre classe e ordem. Subgênero: entre gênero e espécie. Subespécie: variedades possíveis dentro de uma espécie. A classificação atual Os seres vivos eram agrupados por Lineu em dois grandes grupos: Animal e Vegetal. Mas, com o tempo e o avanço da Biologia e da microscopia, percebeu-se que apenas dois reinos não eram suficientes para classificar, de forma eficiente e natural, todas as formas de vida descobertas no planeta. Atualmente os seres vivos são classificados em cinco reinos: Animal ou Metazoa, Vegetal ou Metaphyta, Monera, Protista e Fungi. Para dividir os seres vivos atuais em cinco reinos, utilizamos quatro critérios diferentes: 1. Organização celular 2. Número de células 3. Tecidos 4. Nutrição Organização celular Os organismos podem ser: Procariontes(não possuem membrana nuclear carioteca) e eucariontes (possuem membrana nuclear carioteca) Número de células Os organismos podem apresentar uma célula sendo unicelulares ou apresentar inúmeras, sendo pluricelulares. Tecidos Critério válido somente para organismos pluricelulares, que podem apresentar somente um tipo de tecido ou vários tecidos diferentes. Nutrição Os organismos podem ser autótrofos, aqueles capazes de produzir seu próprio alimento ou heterótrofos, aqueles incapazes de fabricar seu próprio alimento. Os reinos atuais Reino Monera Seres mais simples, unicelulares e procarióticos. Ex.: bactérias e cianobactérias. Os reinos atuais Reino Protista Seres eucarióticos, unicelulares ou pluricelulares, autótrofos ou heterótrofos. Ex.: algas e protozoários. Os reinos atuais Reino Fungi Seres eucarióticos, unicelulares ou pluricelulares dependendo da espécie e heterótrofos. Ex.: fungos. Os reinos atuais Reino Vegetal ou Metaphyta Organismos eucarióticos, pluricelulares e autótrofos. Formam diferentes tipos de tecidos. Ex.: plantas em geral. Os reinos atuais Reino Animal ou Metazoa Organismos eucarióticos, pluricelulares e heterótrofos. Apresentam diferentes tipos de tecidos. Ex.: animais em geral. Vírus, um grupo sem reino Muitos pesquisadores não consideram os vírus como seres vivos, por serem acelulares, por isso não estão classificados em nenhum reino. São constituídos por uma cápsula protéica, que envolve seu material genético, que pode ser DNA ou RNA. Atuam como parasitas intracelulares obrigatórios, fora da célula não desempenham nenhum tipo de atividade. Nomenclatura binomial 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Lineu associou uma nomenclatura ao seu sistema de classificação, estabelecendo regras, proporcionando universalização dos nomes científicos. O nome científico deve ser formado por duas palavras. A primeira se refere ao gênero e as duas juntas determinam a espécie. O nome científico deve estar em itálico quando digitado e em negrito quando manuscrito. O primeiro nome deve ser escrito com inicial maiúscula e o segundo, com inicial minúscula.por exceção, permite-se usar inicial maiúscula para o segundo nome quando se tratar de homenagem a uma pessoa do país. Todo nome científico deve ser escrito em latim. Ao aparecer pela primeira vez o nome deve ser escrito por extenso, na segunda, pode-se abreviar o gênero. Quando for necessário indicar o subgênero, entre parênteses, entre o gênero e o epíteto específico. Ex.: Anopheles (kertesia) bellator. O nome de uma subespécie deve ser trinomial. Ex.: Micrurus frontalis frontalis. Quando desejar indicar o autor que classificou a espécie, citar o nome da espécie e logo em seguida o nome do autor ou a abreviação. O nome de uma família é dado a partir de um dos gêneros, acrescentando o sufixo idae.