Descrição sintética do exame de medicina nuclear Para a realização do exame de medicina nuclear, o paciente recebe uma injeção com o material radioativo recomendado para o tipo de exame especificado pelo médico. Às vezes, o material radioativo tem de ser ingerido ou inalado. A seguir, dependendo do tipo de exame e do material radioativo empregado, o paciente tem que aguardar, por um período que geralmente varia de 15 minutos a 4 horas, para que seja possível iniciar o procedimento. O processo de cintilografia é indolor e não exige posições incômodas. O paciente apenas fica imóvel em uma maca especial e confortável, que faz parte do equipamento, enquanto um detector se movimenta ao longo da área de exame, recebendo os impulsos radioativos, que são transformados em imagens digitais. Preparação do paciente Para que os exames transcorram de forma adequada, o paciente deve seguir rigorosamente as instruções de preparo para pré-exames fornecidas pelas atendentes do setor de agendamento do HCor, ou as orientações fornecidas diretamente pelo médico do setor. Riscos nos exames Os exames de medicina nuclear se caracterizam por serem inócuos e não trazerem riscos ao paciente. A maioria dos procedimentos emprega a administração endovenosa de um composto radioativo, que por sua vez não provoca qualquer reação adversa ou colateral e não produz alergia ou desconforto ao paciente. A exposição à radiação é mínima, sendo por vezes inferior à de outros procedimentos radiológicos convencionais. Os compostos utilizados permanecem por tempo limitado no organismo e são excretados pela urina e fezes. Resultados digitalizados Todas as imagens geradas nesses procedimentos são digitalizadas, arquivadas no prontuário eletrônico do paciente e entregues gravadas em CD-Rom. Centro de Diagnósticos Alguns procedimentos requerem suspensão prévia de medicamentos que possam interferir com a eficácia do exame. Contudo, após informação do setor de marcação de exames, o médico solicitante é consultado no sentido de autorizar qualquer interrupção de medicação que tenha sido prescrita. Caso haja contra-indicação clínica para essa suspensão, os exames podem ser realizados na vigência da medicação. Depois dos exames Terminados os exames, o paciente poderá voltar à sua vida normal, salvo nos casos em que cuidados especiais tenham sido indicados. De qualquer forma, deve seguir sempre e rigorosamente a orientação do médico responsável pelo exame. Rua Desembargador Eliseu Guilherme, 147 São Paulo – SP (próximo à Praça Oswaldo Cruz) CEP 04004-030 Telefones Geral: (11) 3053-6611 Pronto-Socorro: (11) 3889-9944 Central de Agendamento: (11) 3889-8811 Fax: (11) 3887-3363 www.hcor.com.br – [email protected] -4- Responsável técnico: Dr. Luiz Carlos Bento de Souza – CRM 12.567. Medicamentos Medicina Nuclear Avaliação da anatomia e função de diferentes órgãos do corpo humano. Avaliação da anatomia e função de diferentes órgãos do corpo humano. Os serviços de medicina nuclear do HCor contam com o que existe de mais atualizado em termos de equipamentos e programas específicos, que são operados por médicos especializados e com treinamento adequado para atender pacientes portadores das mais diferentes patologias, inclusive crianças e recém-nascidos. Medicina nuclear A medicina nuclear é uma especialidade médica que emprega radioisótopos com finalidade diagnóstica e terapêutica. Os materiais radioativos utilizados têm meia-vida curta, o que significa que os pacientes são expostos a uma dose mínima de radiação por exame realizado. A radiação emitida é do tipo gama, similar à dos raios X. O tempo de permanência dos materiais radioativos no corpo do paciente é bastante reduzido, pois muitas vezes eles são eliminados pela urina e/ou fezes. O equipamento de medicina nuclear realiza a leitura dos radioisótopos através da radiação emitida (cintilografia), fornecendo informações quanto à função e o metabolismo dos órgãos em avaliação. Essas informações são obtidas sob a forma de imagens digitais. Recentemente, a medicina nuclear passou a contar com nova tecnologia, que é a tomografia por emissão de pósitrons (PET scan), que permite reconhecer variações na atividade metabólica de um determinado órgão, mesmo quando alterações não são ainda identificadas em exames de ressonância magnética ou tomografia computadorizada. Os avanços na área de diagnósticos por imagem têm permitido diagnóstico mais preciso de diferentes doenças, possibilitando um planejamento terapêutico mais precoce e adequado ao paciente. A detecção de anormalidades metabólicas através da tomografia por emissão de pósitrons (PET scan) tem sido aplicada nas áreas de oncologia, neurologia e cardiologia. Nos últimos 10 anos, sua utilização tem ficado restrita à pesquisa básica e clínica. Contudo, em virtude de evidência científica comprovada na literatura, essa metodologia tem sido aprovada para uso clínico em diagnóstico e acompanhamento de pacientes com diferentes tipos de câncer. O HCor adquiriu, recentemente, um dos mais modernos equipamentos de PET/CT, ou seja, instrumento que associa no mesmo aparelho um tomógrafo de emissão de pósitrons e uma tomografia computadorizada multislice. -1- O destaque desse tipo de tomógrafo é que ele possui cristais de alta performance para detecção de emissão de pósitrons, o que possibilita a realização de estudos metabólicos do corpo inteiro em aproximadamente 15 minutos, enquanto outros equipamentos usualmente realizam o estudo em 30-40 minutos. Além da velocidade, observa-se ganho substancial em resolução, permitindo a detecção de alterações funcionais da ordem de milímetros. A tomografia computadorizada possui 16 detectores, o que possibilita realizar estudos anatômicos de corpo inteiro com definição milimétrica. É o primeiro equipamento desse tipo instalado na América Latina. de paciente com carcinoma de pulmão em avaliação pré-operatória. A PET com glicose marcada mostra, à esquerda, o tumor captando glicose (área em amarelo) e à direita presença de metástase óssea em arco costal (seta). A medicina nuclear no diagnóstico cardiológico Figura 1 – PET: Paciente com recidiva local de carcinoma de reto. A área em amarelo representa o tumor com aumento de consumo de glicose marcada. Em azul, imagem anatômica com tomografia computadorizada para referência anatômica. A medicina nuclear no diagnóstico do câncer Na área de oncologia, a medicina nuclear é cientificamente reconhecida em múltiplas aplicações específicas. Uma delas caracterizase pela avaliação de nódulos pulmonares periféricos. A tomografia por emissão de pósitrons, empregando glicose marcada como indicador, tem-se mostrado bastante eficaz na diferenciação de lesões benignas e malignas, conforme a figura 1. O método é igualmente importante na diferenciação entre necrose e recidiva local pós-tratamento radioterápico. A figura 2 mostra um paciente com carcinoma de mama. A PET mostra duas metástases hepáticas com intensa captação de glicose, comprovando assim disseminação sistêmica do tumor. Outra indicação de uso da medicina nuclear é no estadiamento de tumores de diversas origens. Na figura 3 observa-se um exemplo -2- Figura 2. Na área cardiológica, a medicina nuclear pode ser empregada na detecção de doença arterial coronária e determinação da viabilidade miocárdica. O princípio baseia-se no fato de que áreas do miocárdio que apresentam redução acentuada de fluxo, mas que demonstram metabolismo ativo de glicose, são consideradas viáveis do ponto de vista funcional. Isto representa a caracterização direta e objetiva de presença de vida celular, de forma não-invasiva. Na figura 5 observa-se um exemplo de paciente com história de infarto pregresso em parede ínfero-látero-dorsal do ventrículo esquerdo. O estudo cinecoronariográfico mostrou oclusão coronária direita (de grande calibre). O estudo de viabilidade com PET-FDG mostrou ausência de metabolismo da glicose em toda a extensão da parte inferior, confirmando a ausência de viabilidade miocárdica no referido território. As imagens de tomografia computadorizada realizadas com o mesmo equipamento mostram sinais de calcificação inframural na parede inferior. Figura 5. Principais exames de medicina nuclear realizados no HCor: ■ ■ ■ Figura 3. ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ Figura 4: Paciente com linfoma de Hodgkin em avaliação pós-operatória. A tomografia computadorizada mostrou redução acentuada de volume das massas mediastinais após quimioterapia. Contudo, a PET mostrou presença de atividade metabólica residual em linfonodos mediastinais (setas). ■ ■ ■ ■ Cintilografia do corpo inteiro com iodo 131, FDG, gálio e octreoscan Cintilografia do fígado, vias biliares e baço Cintilografia das glândulas salivares Cintilografia das mamas Cintilografia do miocárdio com FDG-F18 Cintilografia do miocárdio MIBI com Dipiridamol Cintilografia do miocárdio MIBI com teste ergométrico Cintilografia óssea (corpo inteiro) Cintilografia de perfusão cerebral (SPECT) Cintilografia pulmonar (perfusão e inalação) Cintilografia da tireóide PET – avaliação da viabilidade miocárdica PET – avaliação do metabolismo cerebral PET – pesquisa de tumores e processos inflamatórios -3-