(CAPA) EDIÇÃO COMPILADA 1º CONGRESSO BRASILEIRO DE LIVE MARKETING 29 E 30 DE JULHO DE 2013 Sejam bem-vindos todos os participantes do 1º Congresso Brasileiro de Live Marketing! Temos alguns motivos para celebrar esse encontro. A Associação de Marketing Promocional - AMPRO - completa 20 anos e adquire características próprias da maioridade, a qual é refletida na entidade como um todo. Suas relações, sua política, suas diretrizes e seus rumos ganharam uma boa dose de oxigênio que permite maior fôlego em inúmeras ações e iniciativas. O AMPRO Globes Awards, cada vez mais, é reconhecido no mercado pela seriedade, credibilidade e qualidade em todo o processo, ou seja, inscrição, julgamento e premiação. O que o consolida como a principal premiação de Live Marketing no país. Essa festa é nossa e com quilates de bronze, prata e ouro encerrará o 1º Congresso Brasileiro de Live Marketing, anunciando os melhores do mercado. As Regionais AMPRO também dispõem nessa gestão de um espaço considerável para suas demandas e novos projetos em seus estados. Diferentes segmentos do Live Marketing têm voz e mais força por meio dos Comitês Permanentes AMPRO, com suas ações e projetos sempre buscando aprimorar mecanismos e instrumentos legais junto aos seus stakeholders. O setor ganhou também uma nova revista, a Live Marketing, que apoiada pela entidade, representa um veículo de comunicação especializado de qualidade, garantindo a visibilidade da atuação de nossos profissionais. E por fim, o 1º Congresso Brasileiro de Live Marketing, um evento inédito na história do setor, conseguiu trazer um time de peso, agências consolidadas e vencedoras, que se mobilizaram em torno de um evento com o firme propósito de discutir, resolver e encaminhar antigos anseios de toda cadeia produtiva do segmento. Aproveitem o 1º Congresso Brasileiro de Live Marketing e muito obrigado a todos que vieram ver ao vivo! P.S. Aos que não puderam ver ao vivo, aqui está uma nova chance de informação e um panorama geral sobre o que aqui se passou. Boa leitura! Kito Mansano Presidente do 1º Congresso Brasileiro de Live Marketing Índice Introdução • Comitês do Congresso • O Congresso • 1º Congresso Brasileiro de Live Marketing 29 de Julho • 1º Congresso Brasileiro de Live Marketing 30 De Julho • Sindilive – Sindicato de Live Marketing • Comitês Permanentes AMPRO • Ficha Técnica Anexos COMITÊ DE LIVE MARKETING Posicionar o Live Marketing no mercado e fortalecer a atividade. Marcel Sacco presidente As experiências ao vivo ganham ano a ano maior relevância nas estratégias de todas as marcas. Engajar emocionalmente os consumidores é fundamental no mundo da mobilidade digital, um mundo conectado e repleto de alternativas. Do Bellow The Line - BTL dos anos 80, passando pelo Marketing Promocional dos anos 90 e chegando ao Live Marketing do século XXI, nosso negócio é hoje ferramenta indispensável no desenvolvimento das marcas e negócios no curto, médio e longo prazos. Falamos a linguagem da vida moderna com criatividade, agilidade e pluralidade. Porém, ainda não somos percebidos assim por todos. Esse Comitê propõe o posicionamento do Live Marketing nessa nova realidade e discutirá junto a clientes, fornecedores e personas do mercado como vencer o desafio de ampliar essa percepção. Mostrará também a todos os públicos que interagem em nossa cadeia de negócios que quem sabe faz ao vivo. E não é todo mundo que sabe. Participantes: Cassio Motta Mello (Grupo TV1) Fernando Albieri (Agência Super) Fernando Guntovich (The Group) Gustavo Aguiar (Agência Super) Marcel Sacco (Holding Clube) Marcelo Salles Gomes (Meio & Mensagem) Maurício Magalhães (Agência TUDO) COMITÊ DE LEGISLAÇÃO E TRIBUTAÇÃO EM LIVE MARKETING Apresentar os entendimentos legais mais atuais e modernos aplicados ao Live Marketing e discutir a atual cadeia tributária e criação de valores na atividade. Paulo Foccaccia presidente A meta principal do Comitê é abordar os temas: Legislação Promocional: atual regulamentação e entendimentos normativos sobre promoções comerciais. Dr. Edilson Vianna, é convidado palestrante para tratar dessa questão . É gerente nacional de loterias e promoções da Caixa Econômica Federal. Tributação: classificação dos serviços de Live Marketing e discussão sobre as regras aplicáveis. Dr. Paulo M. Focaccia, sócio do escritório Focaccia, Amaral e Salvia Advogados, é o palestrante. Legislação de Eventos: apresentar as atuais regras sobre a organização e a produção de eventos, bem como discutir o papel das agências de Live Marketing na perspectiva de segurança e compliance. Participantes: Cinthia Peres (Holding Clube) Daniel Sá (NETZA – Comunicação Integrada) Deise Del Roveri (Le Donne Comunicação) Dr. Paulo M. Focaccia (Focaccia Amaral e Salvia Advogados) Maria Eunice Valente (Agência TUDO) Marcos Lacerda MaLa (Momentum) Ricardo Beato (Super e AMPRO) Wilson Ferreira Junior (Agência ETNA) Wilson Soderi (WCR Trade Marketing) COMITÊ DE RELAÇÃO SUSTENTÁVEL ENTRE CLIENTES E AGÊNCIAS Valorizar as melhores práticas exercidas no mercado. Desenvolver um modelo de negócios, cuja premissa é o relacionamento sustentável entre agência e cliente. Refletir sobre os feitos das concorrências sob diferentes pontos de vista, gerando uma relação mais duradora e estratégica. Fomentar a sustentabilidade corporativa gerando processos que tragam vantagens econômicas, qualidade da produtividade e resultados. Participantes: Celio Ashcar Junior presidente Carla Borges (TV1) Celio Ashcar Junior (Mix Brand Experience) Fernando Figueiredo (Bullet) José Boralli (B/Ferraz) Marcelo Heidrich (Ponto de Criação) Rodrigo Rivellino (Aktuell). COMITÊ DE PESQUISA E EVOLUÇÃO DO MERCADO Apontar a evolução do mercado com base em pesquisas feitas por empresas renomadas e avaliar qual caminho as empresas devem seguir. Demonstrar a atual evolução do mercado com base nos dados exclusivos que serão apresentados pelas empresas palestrantes e apontar o caminho mais adequado de acordo com as atuais tendências. Revelar qual é o relacionamento que o cliente deseja com a agência, discutir as dificuldades para inovar, avaliar o novo comportamento de consumo e sugerir ativações com os grandes eventos esportivos que o Brasil irá receber. Marcelo Heidrich presidente Participantes: Claudio Xavier (NewStyle) Marcelo Heidrich (Ponto de Criação) Marcio Franco (Simple Comunicação) O CONGRESSO 1º CONGRESSO BRASILEIRO DE LIVE MARKETING DIA 29 DE JULHO ABERTURA OFICIAL Kito Mansano Presidente do 1º Congresso Brasileiro de Live Marketing e da Associação de Marketing Promocional - AMPRO Aos profissionais de Live Marketing, aos céticos e aos que acreditaram no Live Marketing, quero dizer algo que é comum e muito importante aos que estão aqui presentes, independentemente do tamanho do faturamento, do tempo de vida profissional. Somos Live Marketing. Marketing no PDV, na campanha de incentivo, nos eventos, na ativação, na promoção, na Internet, nas redes sociais, nas atividades que resultam em paixão por uma marca, pela fidelização e pela decisão de compras. Não preciso esperar o término do evento para saber qual o resultado desse encontro. O resultado está acontecendo agora. Esse encontro é a maior demonstração de que somos muito maiores quando estamos unidos. Espero que cada um dos presentes saia desse evento, desse encontro, com a convicção de que, agora, faz parte de um grupo que não ficará passivo a condutas predatórias, sem ética e de anarquia. Nós somos responsáveis pelo futuro de nosso negócio e podemos conquistar a força se permanecermos juntos. Eu acredito nisso, nós podemos isso. Declaro abertos os trabalhos do 1º Congresso Brasileiro de Live Marketing. Assista o video 1 Patrick Flynn – Cirque Du Soleil Palestrante Internacional A arte do Cirque Du Soleil desperta emoções, os sentidos, tal qual faz o Live Marketing. Patrick Flynn é o convidado internacional que mostra a sua experiência aos participantes do 1º Congresso Brasileiro de Live Marketing. Patrick Flynn inicia na carreira artística muito jovem, trabalhando na escola amadora de produção e dramaturgia, em ambas no palco e atrás dos palcos, onde rapidamente descobriu sua paixão pelo mundo do entretenimento. Patrick trabalhou por muitos anos “performando” em musicais na Europa e na América do Norte e em 2001 passou a integrar o mais renomado e mundialmente famoso grupo: o Cirque Du Soleil. Desde então ele liderou várias empreitadas importantes tanto na área comercial, vendas, de atendimento ao cliente, quanto na área de produção (tour services director, site and permitting coordinator). Atualmente, Patrick é o responsável do Cirque Du Soleil pelo show Corteo, a produção mais recente e atual para América do Sul. Patrick nasceu e cresceu na Irlanda. Depois de muitos anos viajando e percorrendo todo o mundo, ele aprendeu diferentes línguas na Europa, incluindo o português. Nas suas horas livres, gosta de frequentar bons restaurantes, ir ao teatro, cinema e de viajar. Patrick Flynn Alguns espetáculos: Agradeço o convite e quero falar um pouco sobre a criatividade que toca corações, e os aspectos operacionais e artísticos do show. Quero inspirar e, falando da criatividade, partilhar um pouco dos segredos. Um dos aspectos da criatividade diz respeito a ideias novas, conceitos novos que trará à experiência do Live Marketing. Nossa empresa não é uma agência de Live Marketing, mas sim uma empresa artística. Por isso não falarei de técnicas de Live Marketing, mas de alguns exemplos. Alegria É o show mais antigo. Uma ode barroca à energia, à graça e ao poder da juventude. Quidam Parte de um jogo belga. O refúgio de uma menina no mundo da imaginação. Dralion Assista o video 2 Em parceria com o circo chinês Dalion é uma combinação harmoniosa entre a destreza acrobática oriental e ocidental. Varekai Para nós, impossível é só uma palavra. Iniciamos no ano de 1984, em Montreal, no Canadá, com um grupo de jovens desfavorecidos, que formaram um pequeno clube chamado “Clube do Salto Alto”. Nessa época o mundo do circo estava em decadência. Lembro que na década de 40 e 50 tivemos o máximo da expressão da criatividade circense, que era o que trazia a beleza para a cidade. Assim, esse grupo queria fazer renascer esse sonho. Em 1985 foi apresentada ao público, em Saint Paul, a primeira tenda com capacidade para 300 pessoas. Hoje 15 milhões de pessoas já viram nossos espetáculos. Em 1984 tínhamos 73 pessoas trabalhando, hoje temos cinco mil trabalhadores, sendo que 1300 são artistas. Somente na sede em Montreal temos 2000 trabalhadores. Entre eles há mais de 50 nacionalidades diferentes e são falados mais de 25 idiomas distintos. Ressalto que desde 1992 nunca mais recebemos concessão pública ou privada, pois desejamos manter nossa autonomia. Atualmente temos 20 espetáculos em apresentação pelo mundo e dois novos em produção. Em uma misteriosa floresta no interior de um vulcão, existe um mundo extraordinário, um lugar onde tudo é possível. Corteo Atualmente no Brasil, é o mais lindo. Uma procissão teatral de personagens poéticos e acrobatas graciosos. Recria o sonho de vida de um palhaço. Kooza O próximo espetáculo é Kooza, que está na costa norte da Bélgica. Uma vibrante agitação de acrobacias em um reino de diversão. Ovo Dedicado aos meninos que exploram o mundo dos insetos. É uma imersão no mundo fértil e enérgico dos insetos. Amaluna Nesse espetáculo gêmeos brasileiros trabalham em dupla. É interessante ver que a criatividade é um processo colaborativo. Eles disseram que nunca iriam trabalhar separados. Há também uma parte do espetáculo em que há um silêncio total da plateia. É um momento coletivo em que todos ajudam na concentração. Michael Jackson ONE Estreou no ano de sua morte. Uma experiência musical envolvente, desenvolvida pelo coreógrafo do próprio Michael Jackson. Está em Nova York. Esses foram os espetáculos rotativos distribuídos em arenas pelo mundo. Mas há também os shows fixos, como os que ocorrem em Las Vegas. Oitenta por cento das vendas dos tickets são oriundas de lá. Kà Uma extraordinária aventura épica. É um exemplo de espetáculo residente em Las Vegas. Um dos mais perigosos, com grande complexidade técnica. The Beatles Love Uma celebração à herança musical dos Beatles. É uma interpretação visceral do mundo imaginativo a partir das músicas dos Beatles. Michael Jackson THE IMMORTAL World Tour Uma produção eletrizante que se desenvolve no interior da mente criativa de Michael Jackson. Criss Angel Believe Vai além da questão estética e apresenta os truques de ilusionismo mais espetaculares do mágico do século. La Nouba Outra ação interessante desenvolvida pelo Cirque Du Soleil - e que beneficia o Turismo - é a performance do grupo em espetáculo aberto, gratuito em praças de cidades. Com esses exemplos temos a questão da criatividade, que deve perdurar. E por que uma visão criativa? Os flash mobs já estão feitos, agora necessitamos de ideias novas e originais. O circo está a cargo disso, em cada espetáculo incorporamos três criações novas a cada ano. Será que há perigo em esgotar tal criatividade? Cada empresa desenvolve o seu processo criativo. Explora isso dentro de sua equipe. Somos uma organização única que busca o desenvolvimento por meio de projetos criativos de alta qualidade. No espetáculo são tantos detalhes que você mal pode imaginar. Mas no total contribui para a experiência do Live Marketing. Acolhemos os desafios criativos, fomentamos os possíveis riscos, a excelência e a audácia criativa. Valorizamos as melhores ideias sem dar importância à sua procedência. Vejam o exemplo da ginasta brasileira. Ela voa entre dois homens. É uma mulher “voadora”, isso foi um desafio para ela. Uma característica é que ela mesma se maquia, num processo que pode durar até uma hora. Outro exemplo. Sacha é um artista que queria trabalhar algo novo. Ele fez um número solo de strapa e foi um sucesso, que é exibido em diferentes espetáculos da companhia. Cultivamos a qualidade de nossos espetáculos, preservamos a integridade de nossos conceitos e asseguramos a evolução com equipes artísticas dedicadas. Há também outros projetos correlatos ao circo: Light Club – é um clube em Las Vegas, inspirado pelo Cirque Du Soleil. Está em Orlando e faz referência a um circo viajante. Uma viagem festiva e sem limites pela imaginação. Cirque Du Soleil 3D – filme que quer converter em história o desenvolvimento Zumanity SID LEE – é uma agência criativa com uma marca identificada. Em cartaz em Las Vegas. Um cabaré que explora o espectro da sexualidade e sensualidade humana. da companhia. Nesse sentido, estimulamos o nosso crescimento e aplicamos nossa criatividade na diversificação de conteúdo e nas plataformas de difusão. Manifestamos o desejo de criar várias obras simultaneamente, cada uma sob a gestão de equipes criativas, dedicadas e especializadas. Exemplos, Michael Jackson ONE, Light Club e Cirque 2014. Assista o video 3 Esse vídeo da Trident é um exemplo de ação blitz, desenvolvida pelo Cirque Du Soleil no trânsito em uma alusão à venda de chicletes nos semáforos. Nosso processo criativo é orgânico, ou seja, se retroalimenta e, ter mais de um projeto estimula essa fonte inspiradora. Temos um processo de criação único. Nós nos comprometemos a mantê-lo vivo e a fazer que evolua com um cuidado constante de melhoria para o benefício de todos. Buscamos e atraímos criadores do mundo inteiro e apoiamos e selecionamos os melhores colaboradores. Cada projeto criativo serve como veículo de experimento e de incubadora de ideias. Nós também desenvolvemos parcerias com diversas associações, com diversos grupos de pesquisa ao redor do mundo. Preparamos nosso futuro investindo na próxima geração de talento criativo. Destaques Michel Laprise – integra o Departamento de Pesquisa e Talento, participou do lançamento do Xbox Kinect do show do Superbowl 2012, com Madonna, e estará a cargo do Cirque 2014. Em termos promocionais, as mídias tradicionais já não conseguem vender o espetáculo. Era necessário também inovar nessa área. Para isso retomamos um formato de divulgação utilizado em 1910, a técnica da “parada”, onde elefantes, palhaços, cortejo completo entrava na cidade anunciando o circo. A atualização disso seria passearmos com a trupe em um sightseeing bus (ônibus turístico), saudando os transeuntes e fazendo algumas intervenções. O gasto é mínimo e o efeito é muito significativo. Assista o video 4 David Shiner – palhaço. Gilles Qua – deu sentido à estética do circo. Jamie King – coreógrafo, criador e diretor dos espetáculos Michael Jackson ONE e Imortal. Guy Lalibertè – há 25 anos trabalha como guia criativo e está sempre pronto para aceitar desafios e riscos. Convidamos nossos criadores a impulsionar seus próprios limites dentro da organização. Solicitamos a participação de nossos circenses para identificar e compartilhar as últimas tendências criativas em todo o mundo. Asseguramos que os frutos do nosso trabalho e investimento sejam evidentes no cenário e em cada uma das nossas manifestações artísticas. Maximizamos a vida dos nossos espetáculos para assegurar que uma quantidade maior de público tenha acesso ao Cirque Du Soleil. Acreditamos que o futuro da criação reside na capacidade de nossos circenses para expressar sua loucura criativa. COMITÊ DE LIVE MARKETING Presidente Marcel Sacco Posicionar o Live Marketing no mercado e fortalecer a atividade. Engajar emocionalmente os consumidores é fundamental no mundo da mobilidade digital, um mundo conectado e repleto de alternativas. O Comitê de Live Marketing mostra a todos os públicos que interagem em nossa cadeia de negócios, que quem sabe faz ao vivo. E não é todo mundo que sabe. Painel de Live Marketing Expositor: Marcel Sacco Debatedores: Roberta Medina (Rock in Rio), Rafael Davini (Terra Networks), Renato Meirelles (Data Popular), Cassio Motta Mello (Grupo TV1), Mauricio Magalhães (Agência Tudo). Depoimento do Luciano Huck (TV Globo). Marcel Sacco Painel de Live Marketing Não somos mais os mesmos. Estamos em processo de mudança, onde tudo e todos estão conectados. Tudo acontece em nosso smartphone. E as novas mídias? Algumas estão implodindo, outras explodindo. E a mídia impressa e a TV tradicional estão se reinventando, pois tudo é online hoje em dia. Você tem múltiplas telas: celular, smartphone, tablets, computador. E na Internet? Você tem o facebook, o twitter, linkedin. Tudo muda com a velocidade da luz. E o foco, que é atrair o interesse do público, requer um novo aprendizado. O foco também é do consumidor. Acabou a passividade, o público quer interagir. As manifestações que vimos recentemente foram ajudadas pelas redes sociais, mas isso não bastava e elas foram às ruas protestar. Os tempos são outros e todos querem participar e ver ao vivo. A experiência ao vivo é a essência do Live Marketing. Com a interatividade digital, a experiência ao vivo é a melhor resposta para um público atual, algo que tenha relevância e impacto. O real como engajamento. O Live Marketing. O presente debate contou com a presença dos seguintes expositores: marketing promocional + interatividade = LIVE MARKETING. Assim, o Live Marketing é a fusão da ação com o desejo de conhecer e compartilhar que tomou o mundo de assalto. Roberta Medina Empresária e produtora de eventos brasileira, residente em Lisboa, Portugal, desde 2003. É sócia e vice-presidente do Rock in Rio/Rock World AS, do Better World Comunicação e Eventos (Portugal e Espanha) e Dream Factory Entretenimento (Brasil). Nos dois anos consecutivos, de 2010 e 2011, foi considerada pela Revista Época como uma das 100 brasileiras mais influentes. Ao longo de sua carreira recebeu inúmeros prêmios. Rafael Davini Com mais de 25 anos de experiência e após uma longa trajetória em veículos da mídia tradicional, Davini assumiu recentemente como diretor-geral do Terra no Brasil. Formado em Administração pela PUC-SP e pós-graduado em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e com MBA pela SDE. Antes da Turner, onde trabalhou por 13 anos e ocupava o cargo de vice-presidente de vendas e marketing para América Latina, Davini atuou na Globosat por quase dois anos e, por onze, no Grupo Estado, onde começou sua carreira. Renato Meirelles É presidente do Data Popular, instituto de pesquisas pioneiro e referência absoluta no conhecimento das classes C, D e E no Brasil. Comunicólogo com MBA em gestão de negócios. Colunista frequente de diversas revistas. Foi colaborador do livro “Varejo para Baixa Renda”, publicado pela Fundação Getúlio Vargas e autor do “Guia para enfrentar situações novas sem medo”, publicado pela Saraiva. No Data Popular, conduziu diretamente mais de 300 estudos sobre o comportamento do consumidor emergente brasileiro tendo atendido às maiores empresas de varejo, indústria e serviços do Brasil. DEBATE O formato do Painel de Live Marketing, dentro da temática proposta, foi apresentado em plenária pelo expositor Marcel Sacco e contou com a formação de mesa redonda de especialistas para o debate. A plateia também intervinha ocasionalmente encaminhando as questões aos debatedores aqui relacionados: Roberta Medina – Ela apresentou um panorama geral do projeto Rock in Rio. “O Live Marketing somos nós desde sempre. Utilizamos o Rock in Rio como plataforma de comunicação, iniciamos com a Brahma e depois com o lançamento de um novo produto a Malt 90 e atingimos um milhão trezentos e oitenta mil pessoas experimentando a cerveja em dez dias. O investimento publicitário da Brahma é que viabilizou o projeto e a experiência do evento em si. Assim nasce o Rock in Rio em 1985, a primeira edição como um grande desafio. Era um investimento alto e o caminho foi trabalhar com marcas. Quando se representa uma marca a responsabilidade é imensa. Hoje temos 70 marcas envolvidas. Outro ponto é que tivemos um espaço de debates para um mundo melhor, ou seja, focamos também na causa social. Depois levamos a experiência para Portugal, Lisboa, com sucesso, agregando novos empreendimentos para atingir novos públicos.” Marcel Sacco - Como fazer o melhor uso das mídias digitais? Rafael Davini – O bem mais escasso hoje é a atenção das pessoas. A tecnologia tem dado a sua contribuição. Até bem pouco tempo, a TV era a mídia mais avançada. Sempre foi um utensílio que reunia a família ao redor, entretanto não possuía tanta interatividade. Hoje esse papel é cumprido pelos smartphones. As pesquisas já estão prestando atenção nessa alteração. Outra realidade é a mídia impressa, a qual tem se beneficiado dos tablets para conseguir maior interatividade das marcas. A verdade é que a mídia passa por uma ruptura total. Como lidar com essa nova realidade? Somos impactados por diferentes mídias e não sabemos quais delas mais nos reteve. Como profissionais temos de saber onde estão nossos consumidores e como utilizam tais mídias. São três os desafios atuais: de conteúdo, de contexto e as telas (onde o conteúdo será distribuído). A velocidade de mudança hoje é impressionante. Ex. Olimpíadas de Londres prova tal ruptura e inovação. Marcel Sacco - Como criar experiência ao vivo? Renato Meirelles – Observamos uma mudança significativa quanto às classes sociais. Há dez anos havia pouca inserção pela Internet. O repertório que o público sabia era pela comunicação tradicional: rádio, TV, revista. Quando hoje temos maior democratização no acesso às mídias, a lógica do consumidor versus empresa é substancial. O consumidor quer ser o protagonista de sua história. Registra-se um crescimento de 10% nos gastos da classe C. Antes o repertório e a experiência deles eram limitadas e hoje muda a lógica de poder da relação consumidor-empresa e mídiasconsumidores, pois ele quer ser protagonista da própria história e de suas experiências. Gasta mais e quer compartilhar essas novas experiências. Cada vez que o Live Marketing se dissemina, a classe C diz: “Estou vivendo um conjunto de experiências que antes eu não conhecia. Agora estou podendo...”. Isso é algo que ela não vivia antes. Isso coloca alguns desafios: o primeiro desafio é a relevância. Antes fazia sentido a métrica do recall. Agora a métrica é a relevância, pois o que importa é o quanto um fato pode se propagar. Assim a relevância da marca passa a ser muito maior do que a questão do recall. Maurício Magalhães – O grande desafio é como transitar nesse novo futuro tecnológico. Os conceitos básicos da década de 80, conhecidos e aplicados às classes A, B, C , D e E já não atendem os objetivos da marca. Antes era um cenário fácil. Daqui para frente os desafios das empresas e marcas será como solucionar as equações sobre o consumidor e entregas mais adequadas. Roberta Medina – Eu não sei se era mais fácil. Agora a questão não é saber comunicar, mas sim saber ouvir as pessoas. Não está mais em nossas mãos. O trabalho é mais rico, entretanto é preciso ter cuidado com o que funciona na rede e o que funciona na vida real. Precisamos olhar para o futuro, mas não esquecer o passado. Passamos um ano comunicando com o público para chegar no evento, ou seja, concretizar a experiência live, a entrega de uma promessa. Você compartilha e começa a viver a experiência até antes do evento e depois. Se a entrega não for de extrema qualidade não vai funcionar. Mota Mello – Olhando eventos como o Rock in Rio, temos um desafio: como criar os indicadores e como sair do banco de dados para virar a inteligência de marketing para gerar novos relacionamentos? Renato Meirelles – Não se trata mais apenas de números alcançados. Para quantas pessoas ele falou em determinado evento? Não basta somente isso. É preciso entender o tipo de expectativa e o conhecimento que o público tem, pois dessa forma não teremos surpresas. A classe C, por exemplo, é diferente da classe A/B. Na classe C está tudo aberto na rede. Ex. funk ostentação, o fulano faz de quatro a cinco shows para cinco mil pessoas. Cria-se a demanda, e depois se avalia o quanto isso pode ser reproduzido para a rede e como a marca entrará nisso. Qual é o tipo de relevância que impacta na vida real daquela pessoa? A lógica custo por mil, tão utilizada pelas mídias, talvez necessite ser revista. Roberta Medina – Às vezes você não tem de criar novas vias, mas trabalhar melhor seus conteúdos. Maurício Magalhães – O mundo vem sempre falando de novos inputs. Como você entende isso no Brasil, onde o Live Marketing é tão intenso? Rafael Davine – A regionalização é um fato. Concordo que ter controle sobre o conteúdo geral é importante. Há um aspecto interessante sobre a regionalização, por exemplo, o rádio, que diziam que estava fadado a morrer, hoje está mais válido do que nunca. Vejam o trânsito caótico das grandes cidades; é o rádio que dá ao motorista caminhos alternativos e ainda integrado com as redes que o auxiliam, ou ainda, ter um aplicativo no seu celular que demonstra a possibilidade de interação entre as mídias. Marcel Sacco – Como um portal como o Terra lida com a experiência regional? Rafael Davini – Damos mais espaço a assuntos mais relevantes. Por exemplo, houve uma grande polêmica sobre a notícia colocada em rede, que explicava como ativar uma bomba caseira com panela de pressão. Houve uma controversia sobre isso. O objetivo inicial era para alertar sobre como evitar acidentes como esse. Marcel Sacco – Hoje as redes possuem uma capacidade de se multiplicar. No nosso negócio isso é forte. Como podemos trabalhar com repercussões negativas que fogem do nosso controle? Rafael Davini – As redes sociais vieram para ser o termômetro do que colocamos no ar. É possível reverter uma notícia. Nos jornais (Estadão) costumávamos dizer que uma nota pequena negativa do anunciante deveria ser rebatida com três ou quatro páginas para reverter. Hoje já não é assim. O interesse das pessoas vai se multiplicando, dividindo opiniões e esquecendo logo em seguida. Vejam como o acidente do trem espanhol para Santiago de Compostela foi passado à exaustão para posteriormente virar quase banal. Faz parte do ser humano a curiosidade. Roberta Medina – No caso da Jornada Mundial da Juventude, a mensagem, o envolvimento foi construído junto com o próprio público. Poderia ter sido caótico, pela quantidade de pessoas e pelos imprevistos do tempo e da organização. O espírito era de coletividade, de solidariedade, e, se não fosse assim, provavelmente aquilo aconteceria de outra forma. O clima do evento foi construído anteriormente. O segredo está na cumplicidade e na verdade. Assista o video 5 Em um pequeno depoimento Luciano Huck da TV Globo agradeceu o convite para participar do 1º Congresso Brasileiro de Live Marketing e disse: “Hoje as pessoas querem experimentar, viver experiências. O presencial ganhou o poder enorme da multiplicação. É um novo ciclo que se abre. Compartilhar com diferentes pessoas. Tudo hoje deve ser de verdade.... Não tenho dúvida que o formato de produzir, consumir está se modificando e a discussão do tema é super pertinente. Bom Congresso!” Maurício Magalhães – Quando você lida com a verdade, as pessoas têm a noção de estar aprendendo algo. Exemplo, o mundo da moda é um estereótipo: a beleza, super magras etc. Mas se você faz um concurso de beleza na central única das favelas e traz outros padrões mais flexíveis, na experiência real ninguém se ofende. Isso porque demonstrou-se que é possível ter um modelo de beleza mais democrático. Outro aspecto a ser lembrado é que o Live Marketing traz uma experiência inusitada, por vezes Todos podem se lembrar de sua primeira experiência: primeira viagem, primeiro beijo, primeira vez que andou de bicicleta etc., sempre tivemos medos. Isso fica marcado para o restante de suas vidas como algo bom, positivo ou negativo. Da mesma forma a classe C tem essas primeiras experiências e evitar problemas para esse público é uma contribuição do Live Marketing. Cassio Mota Mello – Como uma marca pode ser explorada nos casos em que ela sai de um público certo para multicanais? Rafael Davini – É preciso saber o quanto conseguimos aprender com esse novo cenário e como as marcas estariam nisso. Cada um de nós quer participar. As empresas também buscam isso, como as redes de noticias globais farão para atingir seus consumidores de forma relevante e positiva (sempre que possível), pois o controle não existe. Roberta Medina – É um desafio, mas é uma oportunidade para as marcas. Hoje a chance de se apropriar de eventos é grande, com investimentos menores em experiências mais restritas, que não os tradicionais das grandes massas. Outros temas ainda foram discutidos em plenária como: a questão dos percentuais de investimentos de cada clientes em suas marcas e a decisão de onde aplicar; a questão das concorrências e o seu formato, às vezes pouco transparente; a reflexão de como ter relações mais perenes com o cliente buscando a valorização do trabalho e relações mais equilibradas; a compreensão por parte das empresas de Live Marketing que estamos em uma sociedade em que há uma complementaridade de mídias e que isso fará a diferença no futuro. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES DO COMITÊ DE LIVE MARKETING. 1. Definir claramente o posicionamento do Live Marketing como ferramenta de comunicação e atividade profissional. Dedicar esforços para criar um discurso único dos profissionais de Live Marketing. • É uma ferramenta estratégica. • É uma atividade sintonizada com a diversidade e complexidade da sociedade da informação. • É capaz de atuar em todas as frentes de comunicação passando do macro ao micro, do coletivo ao individual. • Baseia-se em criar experiências ao vivo e potencializar os efeitos dessa ação, impactando milhões de pessoas. • Está focado nos objetivos e resultados das marcas e transforma suas realidades, pois tem grande capacidade de geração de visibilidade, interação e vendas. 2. Os canais e a estratégia de comunicação do novo posicionamento: Os públicos são: • Agências Colaboradores – comunicar novo posicionamento, incentivar divulgação. Cliente e fornecedores – comunicar novo posicionamento. e definição de um calendário permanente entre a AMPRO e veículos do mercado. Imprensa em geral – agenda de encontros com os principais editores e colunistas de economia e negócio intermediados pela assessoria de imprensa da AMPRO. Além disso, será organizado mailing de jornalistas que sempre serão convidados para os eventos da entidade. • Mercado Como as agências vão participar? Negócio – apresentações, mídia, atuação setorial. Imprensa especializada – porta-vozes do setor das agências • Imprensa Dois focos: imprensa especializada e imprensa em geral: Como vamos atuar junto ao mercado de comunicação? • Foco em estabelecer parceria com Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP) e Associação Brasileira de Anunciantes (ABA). • Envolvimento dos grupos de atendimento, planejamento e clube de criação. • Participação/apoio/cobertura da AMPRO nos eventos internacionais do Live Marketing. • Parcerias e troca de melhores práticas com equivalentes da AMPRO no exterior. • Canais de comunicação da AMPRO: canais digitais da AMPRO (site, facebook, twitter e youtube), rádio AMPRO, Revista Live Marketing (órgão oficial do setor), contato frequente com associados (email marketing, eventos, fóruns etc.) e assessoria de imprensa. 3. Como atrair os nossos profissionais do futuro? • Comunicação permanente – material de divulgação distribuído nas escolas de comunicação e áreas afins. • Ampliação e fortalecimento do calendário de palestras de Live Marketing nas principais instituições de ensino do país. • Um por todos e todos por um – agências e executivos individualmente fortalecerão o posicionamento do Live Marketing nos seus programas de trainees e em seu relacionamento com o mundo acadêmico. COMO EXPERIÊNCIAS SENSORIAIS CONECTAM MELHOR MARCAS E PESSOAS Coordenador Marcelo Lenhard O Live Marketing intervém em um universo many to many. As atividades do Live Marketing têm algo que nenhuma outra tem. Somos estratégicos e é responsabilidade nossa fazer valer isso. Algumas reflexões resultam dessa afirmação. Agora temos intervenções diferenciais em um universo não mais o one to one, mas many to many. O que faremos de memorável por meio de nossas ações? Esse painel propõe desbravar o sensorial e o cognitivo. Saber qual o poder sobre marcas e pessoas. Painel de Live Marketing Expositor: Diego Senise – Ilumeo Mediadora: Lena Castellon (editora do Jornal Meio & Mensagem) Debatedores: Marcelo Lenhard (Hands e VP AMPRO) Patrick Fló (head of Brand Connections da Heineken), Mauricio Ferreira (diretor de marketing da Microsoft) Diego Senise (CEO Ilumeo) Esse painel trouxe um estudo desenvolvido pela Ilumeo, que auxiliou a desvendar o contexto cognitivo a cerca das atividades de Live Marketing. Com a participação de Patrick Fló, head of Brand Connection Heineken, e de Maurício Ferreira, diretor de Marketing da Microsoft, onde ambos apresentaram cases de duas marcas utilizando o Live Marketing. Diego Senise, o expositor desse painel, é diretor da consultoria e instituto de pesquisas ILUMEO e coautor do livro Retorno de Investimentos em Comunicação: Avaliação e Mensuração (Editora Difusão, 2013). Graduado em Publicidade e Propaganda na ECA-USP, também fez o curso Management in Business Communications na Universidade da Florida Ciências Sociais na FFLCH-USP. Hoje, faz mestrado sobre Efeitos de Recepção de Propaganda na ECA-USP. Trabalhou no planejamento estratégico das agências F/Nazca Saatchi&Saatchi, Leo Burnett Brasil, AgênciaClick Iobar e na consultoria CO.R Estratégias de Inovação. Diego Senise – CEO da Ilumeo O nosso papel mudou – O Live Marketing se consolidou como parceiro estratégico das principais marcas do mundo. Pesquisa Angecy Scope do Grupo Consultores revela os três principais atributos que os clientes buscam na escolha de uma agência de serviços e marketing: 1.Estratégia. 2.Exclusividade. 3.Criatividade. Inquietações de um estudo científico: Live Marketing. O primeiro passo: sensações Perceptio – Sensação é a recepção de estímulos pelo corpo, aprender com a mente (Peck e Childers, Cahil, Krishna, Strack, Martin entre outros). Percepio – Percepção é a interpretação que fazemos disto, aprender com os sentidos. Tato – Nós necessitamos ser tocados (Peck e Childers). Experimento mostra que garçons que tocam seus clientes recebem muito mais gorjetas. Olfato (Cahil) – O olfato está altamente conectado com memória emocional – relação com a amígdala em estudos de neurociência. Gera memória de longo prazo. Sensorial (Strack, Martin) – Experimento mostra que o simples fato de fazer a pessoa segurar uma caneta na boca de forma a “forçá-la” a sorrir melhora consideravelmente o humor da pessoa ao longo do dia. Sabemos que as sensações têm influência sobre a cognição, atitude, comportamento. Por exemplo, o fato de tocar música clássica no Pão de Açúcar faz o consumidor gastar mais na seção de vinhos. O segundo passo: memória Eric Kandel – frequency, recency, vividness. Memória é diferente de memorável (vividness = vívido e nítido) Vividness – Traz nitidez sobre experiências já vividas. Pode ser atalho para alcançar memória de atributos ou associações. A partir desse vídeo da Nike Park, temos que Live Marketing pode ser esse atalho além da frequência e recência. Essa experiência viva pode trazer o memorável. Brand experience Satisfação Lealdade Sensorial Emoção/memória É capaz de chegar a algo tangível para o universo das pessoas. Assim, essa correlação entre experiência, história de vida e marca já esta em estudos. Em 2014 já teremos algo estruturado em termos de métrica, que seja aplicável às marcas. Por exemplo, o Viagra não necessariamente consegue separar o produto da comunicação. Com essa nova metodologia poderemos aperfeiçoar os resultados para que sejam mais eficazes que os tradicionais rankings de marcas. • • • • Liberação Adrenalina Medo Nostalgia Os nossos estudos em geral estão na linha de psicologia, mas a antropologia também pode ajudar. Marca – é a fusão metafórica entre as histórias das pessoas com as histórias entre as pessoas e as empresas ( Dr. Bob Deutsch, visão antropológica). • Estar como protagonista é muito mais forte do que como espectador. Exemplo de experiência de marca no Instituto Tomie Ohtake. Era possível segurar a bolsa da Lady Dior, sentar na cadeira feita com o couro da bolsa original, com o cheiro etc. Havia uma conexão com o tato sensorial. Métricas de comunicação e marketing Sensorial, narrativas e emoções memoriais. Exemplos de operacionalização: autores americanos descobriram que experiência de marca tem grande influência sobre a lealdade dos consumidores. Provaram que branding experience é um fenômeno, constructo diferente daqueles medidos na construção de marca. É o segundo fator mais importante para explicar lealdade ficando atrás apenas de satisfação. Mauricio Ferreira – CEO Microsoft Trouxe alguns cases da Microsoft referente às atividades no ponto de venda (PDV), Internet e TV. Assista o video 6 Como trazemos a tecnologia para o Live Marketing? É difícil separar o que tocou no caso da Nike, se a propaganda ou a experiência. A ideia foi colocar a oportunidade para os consumidores de jogar futebol em uma espécie de jaula, com uniforme e chuteira Nike, contra os melhores esportistas do mundo, como Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo etc. Como o sistema operacional mostra sua história com relação ao mundo? As pessoas esperam uma atitude com a sua marca. Assista o video 7 Esse vídeo da Natura Una apresenta o case do espelho virtual. Auxiliamos a Natura na instalação do espelho virtual. A ideia era testar muitas cores de batom e demais maquiagens sem o uso de demaquilante, trazendo a experiência ao usuário do ICI Bistro (restaurante parceiro) em seus toilletes. Era um espelho sensível ao toque, com o uso da Camara Knect, que reconhece os movimentos e as mulheres eram convidadas a conhecer o produto. Ao olhar no espelho a pessoa via os resultados da suposta maquiagem. Assista o video 8 A Coca Cola também utilizou a tecnologia no Japão. Uma máquina interativa onde os usuários que imitassem o filme seriam premiados com uma lata do produto gratuitamente. Assista o video 9 Será o Windows 8 assim tão simples? É outro case da Microsoft, com uma pequena demonstração da atuação de um menino de nove anos em uma feira. De um jeito muitos simples, fácil e intuitivo convidava a todos a se conectar. Assista o video 10 O vídeo Windows Campus Tour apresenta e gera experiências do Windows 8 no meio universitário. Sob a égide “Reinvente sua rotina com Windows”, o objetivo era apresentar um novo sistema operacional e propor um desafio: ajudar dois namorados a se encontrar. Vencia aquele que executasse primeiro as tarefas. Foi uma ação com período de três meses. Piloto no Canadá. O resultado foi maior que o esperado. Tivemos 75 mil interações, sendo 85% acima da meta estipulada. Patrick Fló - head of Brand Connections da Heineken Trouxe o Case LollaPalooza 2013. Assista o video 11 LollaPalooza 2013 é um ótimo case de experiência de marca. São Paulo, SP Brasil – espaço do Jóquei Club. • Três dias. • Cinco palcos. • 11 gêneros musicais. • 32 horas de música. • 71 bandas. • Roda Gigante, 8 mil pessoas impactadas. • Iniciativa única da marca para conectar com diversão. • Vip Lounge com a cerveja alemã Brewmasters. • Rock and recycle – mais de 40.000 copos plásticos reciclados. • Área coberta com 60 Heineken pufs. • 130 equipamentos, 60.000 litros vendidos. • Instalação de luzes em parceria com a designer visual Muti Randolph. • Heinecken Moment – 50.000 pulseiras sincronizadas em uma única experiência da cerveja Heinecken. • 167.0000 espectadores. DEBATE Lena Castellon – Quais as expectativas sobre o tema? No Lollapaloosa vocês tinham um estudo de Retorno sobre Investimento - ROI? Patrick Fló – Ressalta o interesse de participar de um encontro como esse. E comenta que possuíam métricas diversas como share, pesquisa in loco sobre experiência de marca. A Heinecken conta com a Copa dos Campeões e Festivais de Música. Como conseguir uma conversa mais fluida, orgânica e interessante com o consumidor? Ela deve ser bem relevante e a hora do evento é o momento do contato com o produto. A qualidade está na experiência de consumo que ninguém pode entregar tão bem quanto nós. Não bastasse isso, no Lollapallosa criamos uma ativação com alta frequência. Só para destacar distribuição da bebida era feita por um time de barmans holandeses. Lena Castellon– Qual a métrica que mais importa para você? Patrick Fló - Métricas de saúde de marca, ou seja, o conjunto de dados que olhamos com mais cuidado. Exemplo, conhecer o percentual e conteúdo de conversas sobre cerveja Premium nas redes sociais e depois garantir o serviço como as pessoas querem. Lena Castellon – Dentro de sua equipe como vocês fazem essa ponte com as empresas parceiras? Patrick Fló – Acontece de uma forma totalmente “desorganizada”. Alguém tem a ideia, aí passamos a olhá-la e tentamos executar. Não temos um processo ou método. É uma conversa fluida. Nós gostamos de agências bem próximas da gente e variadas. Maurício Ferreira – O processo criativo é mesmo mais desorganizado, mas o planejamento estratégico não. As agências precisam entender as nossas necessidades e nosso modelo de negócio. Acreditamos que as agências que estão fora da rotina têm melhor visão e compreendem o desafio de share. Mais cabeças pensando será mais produtivo. Um grupo de profissionais que tenha esse entendimento comum acaba trazendo ideias mais inusitadas e soluções inovadoras que fazem a experiência do cliente ser única. A questão de métrica é um pouco complexa. Tudo pode ser bemvindo, mas no fim das contas três aspectos são importantes: o lucro da empresa, crescer mais que o concorrente e trazer saúde da marca. Isso é que fecha o balanço da companhia. Se conseguirmos nas ações de Live Marketing atingir isso, será o melhor. Lena Castellon – Marcelo, você compartilha esse ponto de vista? Marcelo Lenhard – A criatividade e inovação são duas constantes em nossos briefings. Nós da agência temos, às vezes, grandes ideias, mas são poucas as marcas que têm a coragem para o risco. Se metade das ideias que criamos fosse para a rua o mundo seria mais alegre. Maurício Ferreira – Há clientes que não aceitam desafio, mas há também agências que se cansaram de trazer coisas novas. Compartilhei um vídeo (Será o Windows 8 assim tão simples?) sobre como rompemos a mesmice de uma forma simples. A Microsoft já mudou muito em seus posicionamentos. É hoje um pouco mais ousada no seu comportamento organizacional. Lena Castellon – Como as agências de Publicidade e Propaganda têm participado no Live Marketing? Patrick Fló - Eles estão correndo atrás. Não venceram ainda a questão do digital. A ideia hoje é mais importante do que o processo. Elas têm de se atualizar, não se limitar aos processos tradicionais. O mesmo vale para as agências de Live Marketing, que têm de ter pensamentos não lineares atrás de uma boa conversa, em especial considerando o digital. Lena Castellon - Quanto você tem aumentado o budget em Live Marketing? Patrick Fló – 20 a 30 % de crescimento em digital. Maurício Ferreira – Está na minha agenda conversar com as agências Above The Line (ATL) x Bellow The Line (BTL). A ação de comunicação deve ser cross. Temos investimentos de Live Marketing e de Trade Marketing. Triplicamos em Trade Marketing nesse ano. Lena Castellon – Como vê essa proporção de investimentos? Marcelo Lenhard – Há agências fazendo coisas boas e relevantes, independentemente do nome. Eu só acho que eu nunca iria operar se não fosse com um especialista. Ninguém fará tão bem feito o Live Marketing como nós o fazemos. Lena Castellon – Como as empresas e as marcas se preparam para essas atividades mais vivas do Live Marketing? Por que empresas globais como Nike e Red Bull, que têm áreas de ativações in house contratariam agências de Live Marketing? Maurício Ferreira – Nos últimos dois anos temos reorganizado ações de planning, varejo, revendedores etc., para entender o que funciona para cada canal. Envolvemos energia e dinheiro para fazer isso acontecer de forma verticalizada dentro do Live Marketing. Nem sempre internalizar todas essas áreas faz sentido, é muito onerosa. Patrick Fló – Há uma área na Heinecken de patrocínio/ativações/digital muito recente que busca espaço e visibilidade. Diego Senise – Grande parte dos anunciantes quer que as agências entendam melhor de métricas de resultados do core business deles. Isso porque quando chegar ideias diferentes na mesa deles, poderão ter decisões não apenas a partir da criatividade, mas também sobre indicadores negociais. Marcelo Lenhard – Isso vai muito da cultura da empresa. Acho que é caro e no nosso negócio, nós sabemos fazer. Olhar de fora para dentro faz muito a diferença. COMITÊ DE LEGISLAÇÃO E TRIBUTAÇÃO EM LIVE MARKETING Presidente Dr. Paulo M. Focaccia Entendimentos legais mais atuais e modernos aplicados ao Live Marketing. Legislação promocional, tributação e legislação de eventos são temas em destaque nesse encontro. Atual regulamentação e entendimentos normativos sobre promoções comerciais. Classificação dos serviços de Live Marketing e discussão sobre as regras aplicáveis. Apresentação das regras vigentes sobre a organização e produção de eventos, bem como discussão do papel das agências de Live Marketing na perspectiva de segurança e compliance. Painel de Legislação e Tributação em Live Marketing Expositor: Paulo Focaccia (Focaccia Amaral e Salvia Advogados) Dr. Edilson Vianna Carrogi (loterias e promoções da Caixa Econômica Federal) Mediadora: Deise Del Roveri – Le Donne Comunicação Debatedores: Dr. Marcos Gallardi (Alui Soluções) Tenente Coronel Miranda (Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo) Guilherme Hinrichsen (Icatu Seguros) Márcio Caran (Nova Seguros). Esse painel contou com a contribuição do expert em legislação promocional e tributação da Caixa Econômica Federal, Edilson Vianna, e do especialista Paulo Focaccia, da Focaccia Amaral e Salvia Advogados. Edilson Carrogi Ribeiro Vianna, 37 anos, formado em Direito pela Faculdade de Direito de Sorocaba. Tem um MBA em Gestão Empresarial e outro em Gestão Financeira com Ênfase em Marcado de Capitais, ambas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Edilson começou sua carreira na CAIXA em 1998 e atua há nove anos em cargos de gerência e assessoramento estratégico. Atualmente exerce na CAIXA a função de Gerente Nacional de Produtos Lotéricos. Dr. Paulo Foccacia com experiência de 10 anos como advogado do setor de comunicação e na prestação de assessoria jurídica para a AMPRO - Associação de Marketing Promocional; diretor do GELP - Grupo de Estudos da Legislação Promocional realizado pela AMPRO; palestrante convidado em diversas universidades para os cursos de Comunicação e Marketing e conselheiro convidado do Conselho de Administração da AMPRO. É membro do comitê de gestão do LIDE Futuro e participante do Comitê de Legislação e Tributação do 1º Congresso de Live Marketing. Edilson Carrogi Ribeiro Vianna Gerente Geral de Loterias e Promoções da Caixa Econômica Federal Legislação de Promoções Comerciais. A Caixa possui 152 anos de existência e atuação. Queremos ser facilitadores do Marketing Promocional junto com as agências e os clientes. Se você cria uma experiência de fato com o consumidor isso é capaz de ser válido por toda uma vida. Legislação aplicada Promoções Comerciais • Lei nº. 5.768/71. • Decreto nº 70.951/72. • Portaria MF nº 41/08. • Portaria MF nº 422/13. Sorteios filantrópicos • Portaria MF nº 88/00. Deles decorre toda a legislação do marketing comercial. Sorteios filantrópicos (= rifas) • Apenas Entidades Filantrópicas (comprovadamente). • Prêmio – fruto de doação. • Somente “sorteio” (vinculado à Loteria Federal). • Recursos obtidos – destinação específica; • Cobrança pela participação; • Repasse de 6% da arrecadação – FUNPEN, FNC, FNCA, FDD. Observação: É um mercado restrito, a cada 12 meses a Caixa exige comprovação e filtra. Promoções Comerciais – Modalidades (Lei 5.768/71, Decreto 70.951/72 e Port. MF nº. 41/08) Combinar para inovar Promoções Comerciais – Sorteio disposições da Lei para nortear o mercado no ambiente da promoção comercial. • Combinação arts. 1º. e 3º. da Lei 5.768/71; • “a título de propaganda” x “exclusivamente” • Portaria MF nº. 422, de 18 de julho de 2013; • Pacificar, clarificar entendimentos; • Enumera hipóteses de descaracterização. Promoções Comerciais – Vale-Brinde A Caixa tem a disposição em discutir com as agências as formas mais adequadas para viabilizar as promoções. Nessa linha, em conjunto com o Ministério da Fazenda, tem estudado e avaliado a atualização da legislação. • Sorteio. • Vale-Brinde. • Concurso. • Assemelhados (sorteio, vale-brinde, concurso). • Vinculado ao resultado da Loteria Federal. • Séries de até 100 mil números cada ponto (Art. 17, Dec. 70.951/72). Vale bicicleta • Todos encontrados são premiados. • Prêmios não superiores a R$ 400,00. Promoções Comerciais – Concurso • “previsões, cálculos, testes de inteligência, seleção de predicados ou competição de qualquer natureza” (art. 25, Dec. 70.951/72); • Ausência de álea. Promoções Comerciais – Assemelhado a Sorteio • Ao final, vinculado ao resultado da Loteria Federal. • Séries com mais de 100 mil números. Ex.: Pergunta anterior, com resultado final atrelado à Loteria Federal mediante atribuição de número Promoções Comerciais – Assemelhado a Vale-Brinde • Todos os produtos contém elementos, porém nem todos estão premiados. Ex.: “Tente de novo!” Distribuição de Prêmios Decreto nº. 70.951/72 Artigo 15 – enumera permitidos. Artigo 10 – define os proibidos. Promoção Comercial • Ingressos (bem); • Exposições, feiras e eventos (art. 13, Dec. 70.951/72); • Redes Sociais. Aqui, entendimento no que se chama intenção da lei é que o stand pode fazer uma promoção porque não é uma venda casada da organizadora do evento. Podem fazer promoção • Prestadoras de serviço – Código Civil de 2002. • Farmácias e Drogarias – exceto medicamentos. • Associações – aderente de promoção coletiva (art. 2º, §1º, Decreto nº. 70.951/72). Documentação e autorização Promoções Comerciais – Assemelhado a Concurso Concurso Exclusivamente Cultural A Caixa anuncia para a plenária a iniciativa de redução dos prazos para as promoções comerciais. • Empate anterior, com sorteio não atrelado à Loteria Federal. Ex.: Cupom contendo pergunta Não trouxe regra nova, veio cumprir o papel de explicar e atualizar as • Termo de fiel depositário e ata de assembleia. • Comprovação de aquisição dos prêmios. • Prazo mínimo para solicitação. Tributação: Classificação dos serviços de Live Marketing e discussão sobre as regras aplicáveis Dr. Paulo Focaccia A tributação é um assunto que já foi muito debatido entre agências e clientes. É uma questão matemática e de ciências humanas. O assunto é uma somatória de interpretações. Mercado estratégico Agência de Publicidade /Serviços de Live Marketing e Produtores • Plataforma de Comunicação = Live Marketing Estratégico. • Especialização. • Público Alvo. • ROI. Haverá uma revisão na divisão de verbas entre agências de Publicidade e agências de Live Marketing. Definição dos Serviços Conceituação AMPRO/ GEA Live Marketing – Comunicação de marca com o objetivo de incrementar a percepção de seu valor por meio de técnicas promocionais e pontos de contato que ativem a compra, o uso, a fidelização ou a experiência de produtos e serviços. Eventos – Prestação de serviços de produção e organização de evento, incluindo produção e fornecimento de materiais e disponibilização de profissionais para acompanhamento de todas as etapas do evento. Tributos Incidentes (controversos) • Programa de Integração Social – PIS *base de cálculo = receita. • Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Confins * base de cálculo = receita. • Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS * base de cálculo = preço. Conceitos Jurídicos Nem todo ingresso pode ser tomado como receita, mas somente aquele dotado da marca da definitividade, que assegure disponibilidade e titularidade dos recursos financeiros sem qualquer obrigação que lhe corresponde, e que tenha como causa a remuneração de negócio jurídico concernente aos atos relacionados com o exercício de atividade empresarial (José Antônio Minatel) . Faturamento bruto – custo de terceiros = base de cálculo Receita Faturamento bruto + custo de terceiros = base de cálculo Receita Preço do Serviço (ISS) “Entendido como a contraprestação que o tomador ou usuário do serviço deve pagar diretamente ao prestador, vale dizer, o valor a que o prestador faz jus, pelos serviços que presta” (Luiz Fux, ministro do Superior Tribunal Federal) Valor total do job - Remuneração da Agência e Repasse aos Fornecedores = Base de Cálculo Preço do Serviço. Precedente Favorável Superior Tribunal de Justiça (STJ): Recurso Especial – 1080161 (20/05/09) Relator(a): Eliana Calmon Tributário – ISS – Base de Cálculo – Serviço de Transporte – Despesas Reembolsáveis – Possibilidade. Não podem os municípios tributar simples reembolsos de terceiros, gravar as despesas de terceiros. Despesas reembolsáveis – meras recuperações de valores despendidos em nome de terceiros – não configuram nenhuma prestação de serviços. Não caracterizam nenhum fazer subsumível ao conceito de serviço tributável. Precedente Desfavorável Superior Tribunal de Justiça(STJ): Recurso Especial – 1293162/ (19/06/12) Relator(a): Castro Meira Tributário – ISS. Serviços de marketing. Base de cálculo - Preço do serviço. Dedução de materiais adquiridos para a prestação. Impossibilidade. Dedução de “Valores Percebidos Título de Reembolso”. Ausência de Previsão Legal. 1. Não se admite recurso especial fundado na alegada violação de normas constitucionais na espécie dos artigos 5º, II, 145, parágrafo 1º e 150, IV, todos da CF. 2. A base de cálculo do ISS, nos termos da Lei Complementar nº 116/2003 é o preço do serviço, ou seja, todos os valores pagos pelo tomador ao prestador pela utilidade oferecida. Precedentes. 3. A lei não prevê, no caso dos serviços de marketing, a dedução da base de cálculo de materiais inseridos no contexto do serviço prestado e de valores percebidos a título de reembolso. 4. Recurso especial conhecido em parte e, nesta parte, não provido. Atuação das Agências • Cenário 1 No triângulo agência, fornecedor, cliente, há apenas negociação da agência /fornecedor e a NF (serviços e produtos) é emitida pelo fornecedor. • Cenário 2 No triângulo agência, fornecedor, cliente, a agência negocia e realiza os pagamentos sendo a NF contra cliente emitida aos cuidados da agência. • Cenário 3 No triângulo agência, fornecedor, cliente, a agência negocia e realiza os pagamentos entre fornecedores e o faturamento direto para a agência. Riscos Tributários Questionamento pelas autoridades fiscais sobre a não inclusão dos valores recebidos a título de reembolso na base de cálculo do PIS e da Cofins. • Cenário 1: remoto • Cenário 2: possível • Cenário 3: possível Os riscos serão minimizados na hipótese de comprovação da atuação na forma de agenciamento, o que deverá constar expressamente do contrato social, contratos firmados com clientes e fornecedores, e deverá ser refletido nos documentos fiscais e lançamentos contábeis. O Lucro Real (regime de apuração do Imposto de Renda - IR). No triângulo agência, fornecedor, cliente, a agência negocia e realiza os pagamentos, sendo o faturamento direto para a agência (custos com terceiros serão considerados como insumos da atividade). A NF de Serviços e reembolsos são feitos agência-cliente. Medidas Recomendáveis • Análise do Lucro Real (agência tem de se preparar). • Adequação dos documentos societários (intermediação de negócios agenciamento). • Revisão dos contratos comerciais. • Análise de potenciais benefícios tributários. • Contabilidade analítica job a job. • Ações da AMPRO. • Lei Geral do Turismo (11.771/2008 – art. 30). Legislação de Eventos: Com o último incidente registrado em Santa Maria, no Sul do país, foi bastante pertinente abordar o tema da Legislação de Eventos. Esse painel focou as atuais regras sobre a organização e produção de eventos, bem como, o papel das agências de Live Marketing na perspectiva de segurança e compliance. DEBATE Cel. Miranda – Destaca a importância de participar do encontro. O Corpo de Bombeiros tem a missão de manter as pessoas e patrimônios, além de atender salvamento, incêndio e resgate. Os incêndios têm duas etapas: 1. Prevenções. 2. Proteção – 150 mil ocorrências. Para que seja efetiva ela é baseada na legislação. Em 1972 e 74 os incêndios do edifício Andraus e Joelma induziram a legislação de 1983 contra incêndio nas edificações. Em 2001 a legislação coloca o Brasil no patamar internacional incluindo edificações e eventos que não existiam. Estudos e modelos internacionais estão sendo revisados a partir da tragédia de Santa Maria. Focaccia – O que as agências têm de observar do ponto de vista dos trâmites legais? Cel. Miranda – O principal é a legalização do seu evento. Em São Paulo a legislação é mais completa. Há um decreto que versa sobre a autorização e alvarás de eventos públicos. Licenças – alvará de autorização – CONTRU ou Subprefeitura local. • depende da quantidade (+ 250 pessoas) e se é o evento é coberto ou aberto; • saber se o zoneamento do local permite realizar evento. Se for estritamente residencial, é proibido. Deise del Roveri – Se temos pessoas de todo o país, em que momento a agência necessita pedir autorização? Cel. Miranda – Com 30 dias de antecedência. • Oficiar os diferentes órgãos públicos, como Companhia Engenharia de Tráfego (CET), parques, Corpo de Bombeiros, Segurança Pública. Observe que em São Paulo cobra-se por serviços operacionais e que em outras cidades talvez não. • Comissão de Proteção da Paisagem Urbana (CPPU) 1. A prova a comunicação visual do seu evento. Prazo de 30 dias antes da comunicação visual ser praticada. 2. Observar se o órgão é tombado. • Arrecadação de Direitos Autorais (ECAD) Focaccia – É recomendado, além desses trâmites, travar seguros para os eventos. Guilherme Hinrichsen – Descreve como a Icatu desenvolveu um produto juntamente com a Medllin para a contratação simplificada na cotação específica para eventos. Marcio Caran – Há um amadurecimento do mercado. As agências estão procurando mais pelas seguradoras para se prevenirem de problemas e acidentes. Os mais importantes são: • Acidentes pessoais. • Responsabilidade civil e eventos. • Seguros de equipamentos. • Seguros de no show. Deise del Roveri – É recomendável que as agências contratem seguradoras e que isso seja bem entendido pelos clientes e também do ponto de vista legal. Como podemos analisar essa solidariedade agência x cliente? Focaccia – O primeiro passo é checar a classificação do sinistro, de quem é a responsabilidade. No show ou confusão durante o evento, a responsabilidade é da organizadora do evento. Se for algo referente às leis trabalhistas, envolve agência e cliente com exceção dos criminais. Deise Del Roveri – O que é o AVCB? Cel. Miranda – Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) é um documento que vai dizer que aquele evento está de acordo com a legislação e dirá que está de acordo com as Normas de Segurança. Para isso, se exige um projeto técnico de segurança nos casos de locais maiores que 750 metros quadrados. Nos menores não há necessidade. Há duas formas de solicitação: 1. P rojeto Técnico para ocupações temporárias (máximo 6 meses). Entrar com 60 dias de antecedência. 2. P rojeto Técnico de ocupação temporária em edificações permanentes (já deve ter a vistoria aprovada). Ex.: Carnaval no sambódromo; Skoll Beats – sambódromo. Focaccia – Existe alguma questão ou impedimento para fazer seguro? Cel. Miranda – Sim. Por exemplo, na visita do Papa, tínhamos três milhões de pessoas onde ocorreu o evento e a segurança do espaço é muito complexa. Mas a rigor, dependendo da quantidade de pessoas e os limites do universo do evento, tudo pode ser segurado. Focaccia Informa que está disponível no site da AMPRO essa parceria para associado. RECOMENDAÇÕES DO COMITÊ DE LEGISLAÇÃO E TRIBUTAÇÃO EM LIVE MARKETING Tributação 1. As agências deverão observar os preceitos legais relativos à tributação de suas operações e informar aos seus clientes, de forma a pacificar o entendimento correto no mercado. 2. As agências deverão elaborar contratos comerciais junto aos seus clientes e fornecedores. 3. Os contratos deverão ser formais e servirão de base para comprovação de seus direitos, inclusive na esfera tributária. 4.Os documentos societários das agências deverão contemplar as atividades de Live Marketing, incluindo o agenciamento ou intermediação de negócios. 5.As agências se comprometem a não abrir mão dos corretos preceitos legais e tributários. Eventos 1. Todos os eventos produzidos pelas agências deverão estar juridicamente amparados. 2. Nenhum evento será iniciado sem que se tenham todas as licenças e alvarás. 3. As agências estão cientes da importância de se contratar seguros em seus eventos. Tese As seguintes teses foram aprovadas em plenária: A. Promoções Deverão as agências, com o fim exclusivo de contribuir com o compliance do mercado e de sua entidade reguladora, a Caixa Econômica Federal, instruir seus clientes e sua equipe interna sobre os necessários documentos que devem ser apresentados junto aos Planos de Operação, bem como sobre as modalidades legais de promoções comerciais. Com este compromisso sendo cumprido pelas agências, por meio da realização e/ou participação de cursos, palestras e workshops, a entidade regulamentadora do mercado afirma que haverá expressiva redução dos prazos para aprovação de campanhas promocionais, contribuindo, assim, com o fomento do mercado. B.Tributação Considerar-se-á que parte dos serviços prestados pelas agências de Live Marketing se constituem em serviços de agenciamento ou intermediação de negócios, nos termos do artigo 722 e seguintes do Código Civil Brasileiros e, nesta hipótese, os valores intermediados pelas agências de Live Marketing (entre seus clientes e fornecedores) não devem integrar a base de cálculo dos impostos incidentes sobre essa atividade. Esta estrutura deve estar ampla e claramente tratada nos documentos societários e documentos comerciais e contábeis das agências, dos fornecedores e dos clientes. Com esse lastro, a entidade de classe do mercado de Live Marketing deverá manter seu foco na solução definitiva da questão, levando assim a todas as agências e clientes o quanto antes a opinião final sobre o tema. Assinatura do Convênio AMPRO – CAIXA ECONÔMICA FEDERAL Assinatura do Convênio AMPRO – CAIXA ECONÔMICA FEDERAL Foi celebrado um convênio entre a Associação de Marketing Promocional - AMPRO e a Caixa Econômica Federal. Estiveram presentes no ato da assinatura Kito Mansano, presidente da AMPRO; Fabio Ferreira Cleto, vice-presidente de Loterias da Caixa Econômica Federal; Gilson Braga, superintendente nacional da Caixa Econômica Federal; Edilson Vianna, gerente nacional de Loterias da Caixa Econômica Federal; e Paulo Focaccia, assessor jurídico da AMPRO. Fabio Ferreira Cleto – O mercado de Live Marketing está bastante aquecido, contribuindo para o crescimento do PIB. A linha de negócios da Caixa é bastante importante para tais serviços e entende o setor produtivo como uma questão relevante. Fazer o melhor, mais rápido, são nossos objetivos. Teremos resultados em breve com a implantação de um sistema online. É uma ferramenta que irá revolucionar o atual procedimento da Caixa nesse segmento. As autorizações poderão ser obtidas pela Internet. Isso tem um valor simbólico para todos nós. E contem conosco e com a nossa parceria. Kito Mansano encerrou os trabalhos do dia, agradecendo todos os patrocinadores e apoiadores do 1º Congresso Brasileiro de Live Marketing. 1º CONGRESSO BRASILEIRO DE LIVE MARKETING DIA 30 DE JULHO COMITÊ DE RELAÇÃO SUSTENTÁVEL ENTRE CLIENTES E AGÊNCIAS Presidente Celio Ashcar Junior Valorizar as melhores práticas exercidas no mercado. A premissa de um relacionamento sustentável entre agência e cliente deve nortear o modelo de negócio do Live Marketing. Uma relação baseada em ética, respeito e transparência é o caminho que se almeja. Nesse encontro de fortes representantes do mercado, temos a reflexão sobre os feitos das concorrências sob diferentes pontos de vista e a análise de processos que tragam melhores resultados e qualidade, fomentando a sustentabilidade corporativa. Painel de Relação Sustentável entre Clientes e Agências Expositor: Roberto Abdelmur (presidente ETCO). Mediadora: Regina Augusto (Meio & Mensagem) Debatedores: Andréa Bó (Johnson& Johnson) Fernando Chacon (Itaú) Marcelo Miranda (SKY) Rachel Denstone (BRF) Celio Ashcar Junior, líder do Comitê de Relação Sustentável entre clientes e agências, agradeceu a contribuição de todos os membros do Comitê e iniciou o painel pela apresentação de um vídeo sobre uma faceta da atividade profissional. Assista o video 12 Celio Ashcar Junior comentou o vídeo Porta dos Fundos dizendo que certamente todos um dia já passaram por isso e questionou: “Será que estamos abrindo mão de qualidade por custos mais baixos”? Hoje vivemos, ainda, relações curtas job a job, a quebra de propriedade intelectual com objetivo claro de beneficiar o cliente e o negócio. É importante buscar uma relação com base na ética, respeito e transparência. Para tratar do tema, ninguém melhor do que o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial, ETCO, na pessoa de seu presidente. O Sr. Roberto Abdelmur é presidente executivo do ETCO desde 2011 e diplomata aposentado, atua como consultor em assuntos internacionais. Foi embaixador do Brasil no Equador, na China, na Alemanha e na “Áustria e perante os organismos internacionais em Viena e nos EUA. Foi também secretário geral do Itamaraty. É membro do Centro Brasileiro de Relações Internacionais e do Grupo de Análise e Conjuntura Internacional. Roberto Abdelmur presidente do ETCO Somos uma OSCIP e removemos uma série de ações para evitar a sonegação, pirataria, informalidade e o comércio ilegal. É curioso que quando se pergunta qual é a primeira coisa que vem à mente dos stakeholders quando pensam no ETCO, ouvimos sempre transparência, ética, credibilidade, aplicação da ética concorrencial. O que é ética concorrencial? É agir em conformidade com a lei. Concorrência saudável, respeito à legislação, conduta moral, honestidade etc. • Atitudes empresariais dentro das normas legais e/ou morais de uma sociedade, sempre buscando uma concorrência transparente e correta com os seus pares. • Ética concorrencial é a relação correta, transparente e justa para todos os envolvidos numa determinada relação de negócios indivíduo, governo e sociedade. Quais os desafios para o tema da ética concorrencial? 1. Reforma tributária. 2. Impunidade. 3. Corrupção. 4. Ganância. 5. Punição. 6. Definir melhores práticas. 7. Fiscalização. 8. Conscientização. Cenário – Desequilíbrio concorrencial que pode prejudicar o ambiente de negócio, as empresas e a sociedade. • Excesso de legislação / burocracia. • Morosidade na justiça. • Leniência com transgressões. • Elevada carga tributária. • Corrupção e impunidade. Desequilíbrio concorrencial no Brasil Alguns números: • Economia Subterrânea = R$ 730 bilhões (PIB da Dinamarca ou da Colômbia) • 52% da população admitem já ter comprado produtos piratas Fonte: Fecomercio-RJ/Ipsos. • Empresas sonegam cerca de R$ 200 bilhões/ano em impostos Fonte: Índice da Economia Subterrânea (IBRE/FGV). Fonte: Veja.com (11/9/2011). • Na fronteira com o Paraguai, existem dois mil pontos de travessia clandestina de produtos Fonte: Jornal Nacional (31/5/2011). • Cerca de 15 milhões de trabalhadores estão no chamado “trabalho informal” Fonte: IBGE. A corrupção na “cultura das transgressões” no Brasil Em termos de transparência o Brasil ocupa o 73º lugar no ranking mundial. Fatores históricos: escravidão, oligarquias rurais, indústria tardia, patrimonialismo, justiça lenta, inadequada impunidade, Estado mais forte que o setor privado, tributação excessiva e complexa, injusta e contraproducente, sociedade desigual e hierarquizada. • Roberto da Matta: “A questão central da modernidade brasileira está na dificuldade de estabelecer elos igualitários entre as pessoas, pois a igualdade, ao contrário da hierarquia, não pode admitir leis, normas e instituições que em tese valham para todos, mas sejam aplicadas entre parênteses para tal ou qual grupo de pessoas.” Momento Atual Instituições e Corrupção As demonstrações de protesto e corrupção • Objeto difuso, vago, abrangente, mas fortemente direcionado para a classe política. • Estopins: Caso Demóstenes, Mensalão (mudança de paradigma), retorno dos faxinados, foro privilegiado (mais de 20 sob processo no Senado, mais de 100 na Câmara), geleia geral (partidos oportunistas, fisiológicos e amorfos). Fato curioso é a crescente indignação com a corrupção se dá em etapa caracterizada por importantes avanços nas leis e instituições voltadas a combatê-la: • Responsabilidade fiscal. • Crime do colarinho branco. • Fiscalização de gastos (TCU e congêneres). • Licitações na Internet. • Ficha limpa para políticos. • CGU, Lei da Transparência. • Visibilidade à tributação. Novas iniciativas • Crime hediondo. • Ficha limpa para funcionários e comissionados. • Quarentena. • Fim do nepotismo na suplência de senadores. • Voto secreto. • Foro privilegiado. No Brasil Média Mundial Estadolatria = “adoração do Estado” “A cabeça do brasileiro” (A.C. Almeida) • “Cada um cuida do seu, o Governo cuida do que é público”: 74% x 26% • O Estado deve controlar: - Saúde - Educação - Energia - Água e Saneamento • Controle do preço dos serviços básicos: 57% muito a favor/28% um pouco a favor • Controle de todos os preços: 54% muito a favor/16% um pouco a favor • Definir todos os salários: 40% muito a favor/14% um pouco a favor • O “passe livre”: • Concepção ampla dos “direitos” • Inconsciência, inconsequência quanto a custos, implicações • Estado hercúleo, cornucópia • Certo sentimento anticapitalista: • Governo: cabo de guerra com o setor privado em infraestrutura, concessões, energia: - Limitações ao lucro • Mas um (surpreendente) paradoxo: • Visão positiva das PMEs: 83% • Visão positiva das grandes empresas: 69% se revelarão inadequadas se faltar bom senso, juízo e padrão ético.” Fareed Zakaria. “The Capitalist Manifesto: greed is good (to a point)”, Newsweek, Junho 2009 A responsabilidade do setor privado Está sendo sancionado um projeto de Zaratini do PT em São Paulo, que disciplina a atividade de lobby. Trata-se de um projeto equilibrado que prevê sanções muito fortes. Autor: Carlos Zarattini - PT/SP “Disciplina a atividade de ‘lobby’ e a atuação dos grupos de pressão ou de interesse e assemelhados no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal.” “O ‘lobby’ é da essência da democracia, possibilitando que, com transparência, os grupos de interesse possam atuar organizadamente, e que todos os setores da sociedade possam fazer uso de estruturas profissionais em benefício do processo legislativo e de sua segurança. O desenvolvimento da sociedade civil reclama a institucionalização desses mecanismos, sujeitos ao controle da própria sociedade.” Autor: Carlos Zarattini –( PT/SP) E, por falar em ética.... Apud Marcílio Marques Moreira “A vida do fazer-dinheiro é uma maneira restrita de vida, e claramente a riqueza não é o bem que estamos buscando, pois ela só é boa enquanto útil, um meio para algo diferente. Desde Aristóteles, o comportamento ético, a busca do ‘Bem Universal’, pressupõe a obrigação de sacrificar até mesmo preferências pessoais em defesa da verdade.” Ernest Barker, The Politics of Aristotle. Oxford University Press, 1952 “... estamos sofrendo uma crise moral, e talvez isto constitua o cerne de nossos problemas. Poucas pessoas agiram com responsabilidade, honra e nobreza. Nenhum sistema – capitalismo, socialismo ou qualquer outro – pode operar sem um sentido de ética e valores em seu cerne. Sejam quais forem as reformas que implementarmos, elas • A ética empresarial não se limita à boa governança corporativa ou à responsabilidade social do empresário. Ela inclui qualquer ato que pratique uma atividade econômica – o governo, as empresas e o cidadão. • Não existem éticas próprias para o setor público, para o privado ou para o terceiro setor, nem para cada cadeia do processo produtivo. • É necessário voltar aos sãos princípios do mercado concorrencial, da globalização e da intermediação financeira sadia, para aprimorá-los. A preocupação de ordem moral deixou de ser algo periférico ou esporádico, passando a integrar o próprio núcleo estrutural da empresa, para além de suas responsabilidades estritamente legais. A moral da era pós-moralista se configura mais propriamente como uma ‘ética do futuro’. É, portanto, uma ética que se considera responsável pelo bem-estar econômico e ambiental das gerações futuras. Mas seguir a ética da responsabilidade não significa ausência de convicção.” Gilles Lipovetsky, A Sociedade Pós-Moralista. Barneri, SP: Manole, 2005 e Métamorphoses de La culture libérale: Éthique, médias, entreprise. Montreal: Éditions Líber, 2002 “O Estado tem de reconhecer que desenvolvimento e sustentabilidade são processos e não pontos de chegada e, assim, preservar a coerência intertemporal, e seguir o imperativo da justiça intergeracional. Não pode ceder à tentação do curto prazismo, mesmo que isto renda frutos imediatos e fácil popularidade.” San Tiago Dantas, Ideias e rumos para a revolução brasileira. Discurso como “Homem de Visão” de 1963. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1963 • Existe uma tendência mais ampla de redescoberta de uma nova ética dos negócios, de apreciação renovada das dimensões não materiais da economia e da empresa. • Incluir a ética como um valor central não autoriza a empresa a usá-la apenas como marketing. • A ética deve corresponder a um compromisso real da empresa, e não ser utilizada apenas como bandeira mercadológica. • O que importa é que é inegável que a sociedade de hoje tornou-se mais rigorosa ao avaliar as ações tanto empresariais quanto políticas. O compromisso com a verdade exige compromisso com a transparência pelo Governo e pelo mercado. A publicidade enganosa, de convencer pela insistência, abrange os que vendem produtos e serviços, sem querer revelar-lhes as reais qualidades e limitações, assim como os que procuram propagar, difundindo-as aos incautos, ideologias, platitudes políticas ou interesses especiais sob disfarces incapazes de resistir ao teste da realidade e da ética. Embora a relação entre ética e economia sempre tenha sido, e continuará sendo, tensa e complexa, seu distanciamento, ao longo da história, empobreceu a ambos os ramos do saber e do agir.” Amartya Sen, Sobre Ética e Economia, trad. Laura Teixeira Motta, São Paulo: Companhia das Letras, 1999. • É longo e penoso o processo de construção de uma reputação – de comportamento ético, responsabilidade social e sensibilidade ambiental. • Se qualquer surpresa ou descuido vierem a plantar uma semente de dúvida sobre os valores da empresa, pode ser curto o processo de sua desconstrução. • A consolidação da reputação da marca de um produto, de uma empresa ou de um país exige que ela inspire confiança. A verdadeira fidalguia é a ação que fazeis, isso sois. Nada mais. Pe Antonio Vianna. DEBATE Celio Ashcar junior – Temos muitas empresas que já realizam uma relação sustentável em seus negócios. Estão aqui para fomentar esse debate alguns desses profissionais: Andrea Bó, diretora de Marketing da Johnson & Johnson; Fernando Chacon, CMO Banco Itaú; Marcelo Miranda, diretor de Marketing da TV por assinatura SKY , Rachel Denstone, executiva de compra da BRF. E, como mediadora da discussão, Regina Augusto, diretora editorial do do Meio & Mensagem. Regina Augusto – A mediadora inicia o debate, revelando um pouco da trajetória da AMPRO nos anos 2000 e constata o avanço e amadurecimento das principais questões do mercado promocional. “A questão da sustentabilidade é muito relevante e vocês têm uma grande vantagem em colocar agora empresas emblemáticas neste debate”. A primeira questão é dirigida a Raquel Denstone (BRF) sobre o mercado de Comunicação e Marketing. Rachel Denstone – Eu sou uma eterna curiosa. Iniciei em 1999 na área de compras e tinha como premissa conhecer custos, mas me dispus também a conhecer a cadeia produtiva: fornecedores, mão de obra para saber como precificar. É preciso entender bem de tributação, e o que afeta no custo final. A empresa necessita ser lucrativa para sobreviver. O segredo é conhecer o que está sendo negociado. Regina Augusto – Na relação preço– valor, defina como o Banco Itaú compra um talento, uma ideia? Fernando Figueiredo – Tratamos nossa verba como um recurso que o acionista está usando para construir imagem frente aos nossos públicos e respeitando sempre esse cliente, pois é ele que está pagando. Pesquisas demonstram que o cliente não se importa em pagar um pouco mais se a entrega é boa. Isso é o que consideramos quando desenvolvemos alguma ação com nossos a parceiros e fornecedores. Outro ponto: quando falamos de publicidade é desejável a transparência no processo, desde o briefing, projeto da agência (ideia) até a operação (quem são os fornecedores). Regina Augusto – Andréa, como você estabelece as relações de Live Marketing? Andréa Bó - O Live Marketing vem ganhando importância e estratégia de marcas. Isso pode garantir a confiança de contratos. O Live Marketing traz uma responsabilidade incrível na escolha desses fornecedores. Como garantir a excelência desse contrato? Confiança e transparência são fundamentais na relação e o que rege o processo de decisão na escolha de um parceiro. Regina Augusto – Vocês da Johnson & Johnson trabalham job a job ou com projetos mais longos? Andréa Bó – Depende de cada caso. É uma oportunidade única de criar algo especial para o consumidor e podem ser ações pontuais ou mais extensas. Rodrigo Rivelino – Na Acktuell a gente constrói junto com o cliente para entender cada negócio e cada produto. Andréa Bó – Atualmente não basta mais tocar ou impactar. Quem consegue engajar emocionalmente o público é levado em consideração. Regina Augusto– A Sky que tem aumentado sua verba em comunicação e Live Marketing demonstra um cenário de crescimento da TV por assinatura, com patamares altos. Quais são os critérios para a escolha de seus parceiros? Marcelo Miranda – Investimos no Live Marketing porque acreditamos nessa experiência ao vivo. A experiência vai além de assistir, apenas. Queremos encontrar o parceiro responsável, que terá a incumbência de entender um evento ao vivo, e isso exige mais responsabilidade do que apenas fazer um comercial. Buscamos quem tenha know how para executar, que nos libere o tempo para nosso negócio. Isso encurta o tempo de conversa e acontece de forma impecável. Regina Augusto – Agora, um tema mais polêmico, a concorrência predatória. Como vocês veem isso? Fernando Figueiredo – Quando você participa de um processo licitatório, por exemplo, com órgãos públicos, não existe a relação “olho no olho” e sem esse processo personalizado todos saem perdendo. É claro que estamos lá para ganhar a concorrência e não para ele vender mais. O mais importante é o relacionamento. Isso acaba afetando a performance do próprio cliente. Regina Augusto – E leilão, é ainda uma prática hoje? José Boralli – Estamos conversando aqui sobre boas práticas atendimento ao consumidor, conhecimento do produto, e dos mercados. “Quanto mais se fala de nossa marca melhores ideias teremos”, comentou Patrick em sua palestra ontem. Você não consegue ter isso com concorrências dessa natureza. É algo muito distante da realidade. O mais importante que está ocorrendo aqui é que o mercado está conversando. Somos parceiros de um mesmo negócio. Concordamos que temos problemas muito similares no cotidiano. Nós somos da primeira geração ainda. Conversar sobre crescimento às vezes dói, mas é preciso amadurecer. Regina Augusto - Quais são seus critérios para participar ou não de uma concorrência ? Marcelo Heidrich – O processo de concorrência job a job consome tempo e talento. Por isso não é interessante. Não somos contra, porque a concorrência estimula o mercado. O que a gente não concorda é o modelo, ou seja, apresentar ideias job a job. Ganhar a concorrência nem é tão difícil, mas sim executar com a qualidade esperada. É preciso conversar com mais transparência. Acho esse encontro um momento oportuno para rediscutir os formatos. Rodrigo Rivelino – Até porque no fim do dia, o bem que temos é a reputação. O nível de risco de trabalhar job a job é gigantesco. Qual é a empresa que tem relacionamento com mais de dois anos com o cliente? Baixar o preço não é solução para ganhar o cliente. É sob a ótica da transparência que devemos andar. As formas predatórias das relações não são saudáveis para o mercado. Regina Augusto – Considerando o aumento de investimentos nessa área, falem como isso ocorreu nos últimos cinco anos e como funciona a questão de prazos. Rachel Denstone – O prazo de pagamento vem ao encontro do fluxo de caixa das companhias. Temos de ter transparência nesse processo. A empresa tem de decidir o que ela quer ter: fluxo de caixa ou menor preço. A transparência no processo de negociação é o melhor, ou seja, se você exige mais prazo terá de desembolsar mais e se for à vista os preços serão melhores. Fernando Figueiredo – Temos, sim, que ter um jogo claro. A nossa preocupação é a inovação – é o primor da execução. Isso determina o que você vai pagar. No evento não há dificuldade para esses pagamentos. Nós gostaríamos de concorrência para diversos parceiros para aumentar a qualidade. Andrea Bó – Não creio que essa questão da concorrência seja um problema. A concorrência é engajadora e, de fato, estamos em um processo de busca da qualidade. Eu a acho saudável, é uma abertura de oportunidades. Nós temos alguns fornecedores de longo prazo e outros job a job. A intenção é trabalhar com menor número para ações que exijam processos e investimentos mais altos. José Boralli – Ressalto que fizemos com a “tudo é para ontem”, como isso impacta com o negócio do Live Marketing? Fernando Figueiredo – “Baratinho e rápido”. Na indústria de hoje ter ideias boas pode ser fácil, mas a execução nem sempre é veloz. Quando você estabelece parceria você pode se planejar. Nós ajudamos o anunciante a gerenciar sua agenda. Por exemplo, as datas comemorativas podem ser planejadas. Para ter pró-atividade é preciso ter um relacionamento duradouro. Johnson & Johnson ações tão positivas que dividimos algumas estratégias também com a agência de publicidade deles. Rodrigo Rivelino – Na agência o momento mais rico é sentar e discutir com o cliente o briefing. Regina Augusto – Cada vez mais o mercado entende que as coisas necessitam ser mais integradas. Como se dá essa relação no âmbito da sustentabilidade entre agência-cliente? Marcelo Heindrich – O que estamos Marcelo Miranda – A gente acredita na recorrência de relações com parceiros desde que encontremos a agência certa para as ações correspondentes aos objetivos da marca. É um método de trabalho produtivo. Eu não acredito nessa questão do preço, pois é ridículo negociar dias para um fornecedor que é 100 vezes menor que você. Esse parceiro é aquele que está se esforçando contigo para o sucesso mútuo das ações. Regina Augusto – A questão do prazo de execução, nos dias atuais em que discutindo é que o mercado está mudando pela capacidade de investimento. Temos é que amadurecer nessa linha e enfrentar esse desafio. Rodrigo Rivelino – É preciso saber dizer “não”, trazer isso para a cultura do grande negócio. José Boralli – Como podemos ter pensamento estratégico se temos curtíssimo tempo para falar!? Rachel Denstone – Observamos que o mercado está encolhendo e daqui a pouco não poderemos fazer o Live Marketing porque não haverá mais pequenas empresas fornecedoras. Regina Augusto – nessa transição de modelo todos poderemos ganhar e não perder. O público pergunta: como é feito o Live Marketing nos mercados regionais? Andréa Bó – É uma excelente estratégia que complementa a mídia tradicional, em especial no mercado regional. O Nordeste, por exemplo, que tem uma linguagem completamente diferente do restante do país, utilizamos o Live Marketing para executar algumas ações específicas. E talvez, seja essa a grande vantagem e força do Live Marketing como estratégia de complementação da mídia tradicional. O Live Marketing, nesse sentido, tem mais flexibilidade com as peculiaridades. Exemplo, em uma estratégia regional estamos buscando falar de forma relevante não só a big idea, pois o share de mercado não resolve mais. Precisamos adaptar as linguagens. Regina Augusto – Por que no Live Marketing você trabalha a concorrência e por job, enquanto na Propaganda e Publicidade é por conta? Marcelo Miranda – Isso ocorre porque no Live Marketing você trabalha com grandes eventos que são periódicos, às vezes pontuais. Daí precisa do conceito job a job. Pelas características do negócio, para ver coisas diferentes. A concorrência exige estruturação e apesar das agências da casa, queremos ouvir e dar oportunidade a novas agências. Rodrigo Rivelino – Nós participamos também de concorrências de conta. Temos a Ford, há sete anos como uma conta. Fernando Figueiredo – Ressalta que concorrência também é feita para Publicidade e Propaganda. O Live Marketing é a experiência que te aproxima do teu público alvo, o que a publicidade não tem a capacidade de fazer. Atuamos de forma regional, em Blumenau com festival de dança, festas juninas no Nordeste, o Festival de Literatura de Parati ( FLIP) no Rio, com o festival de teatro em Curitiba além de algumas ações internacionais. Raquel Denstone – Uma agência de Propaganda e Publicidade constrói marca e é constante. Entretanto no Live Marketing você tem de ir à rua para chegar ao público final. Temos de buscar e fazer crescer a relação com novas agências. Trazer algo relevante, mas para isso você deve se permitir conhecer diferentes fornecedores. RECOMENDAÇÕES DO COMITÊ DE RELAÇÃO SUSTENTÁVEL ENTRE CLIENTE E AGÊNCIA. Concorrências • Focar os processos de concorrência em projetos de médio e longo prazo, estabelecendo parcerias sólidas. Projetos isolados podem ser feitos com parceiros estabelecidos em pool, prioritariamente sem concorrência. • Para a escolha de agências que participarão do processo de concorrência deve ser analisada sua estrutura, pensamento, pessoas chaves, a empatia e o conhecimento com base nos cases apresentados. • No processo da concorrência, o cliente deve informar budget anual, forma e prazos de pagamento e Key Performance Indicator (KPIs) de avaliação. 1. Contratos • Contratos podem ser rescindidos em função do indicador de desempenho, Key Performance Indicator (KPIs) não atingíveis, definidos por todas as partes. Porém, deve haver pelo menos um aviso formal antes de qualquer rescisão, apontando os motivos de insatisfação que podem gerar o rompimento do mesmo. A rescisão deve ter um aviso de 30 dias antes do término. • Os contratos devem prever o escopo do trabalho atrelado à remuneração, e deve ser definido qual será a remuneração para o escopo não previsto. • A condição de pagamento padrão é de 30 dias depois da data, em que a nota fiscal foi emitida. Para prazos diferentes do padrão, os valores deverão ser destacados na planilha de custos, com os devidos custos financeiros, se aplicado. 2. Ética • Todas as partes deverão respeitar a lei de direito autoral vigente no Brasil. • O projeto apresentado por uma agência pertence a ela, até que o acordo comercial agência/cliente seja estabelecido. • O projeto idealizado por uma agência poderá ser orçado pelo cliente com terceiros, mediante aprovação e laudo técnico provido pela agência. 3. Economia Sustentável • Criar a quatro mãos, KPIs claros e estruturados para avaliação de performance e remuneração, alimentando assim a relação sustentável. • Definir claramente as condições de pagamento, prazo de liberação de verbas e adiantamentos de valores. • Cliente e agência devem buscar juntos metas de negociações como também padrão de remuneração da agência. O presidente do Comitê encerra o painel conclamando a todos para a reflexão e ação: Chegamos ao fim do Comitê Relação Sustentável entre Cliente e Agência. Eu queria agradecer mais uma vez a todos que contribuíram e participaram deste comitê. Foram mais de 5 meses de preparação e dedicação. Este time aqui, deixou de lado as ambições empresariais de cada agência, e todos abraçaram a mesma e única causa. Somos concorrentes no dia a dia, mas hoje fomos todos uma só voz. Não tivemos a pretensão de ditar regras e inventar algo novo, mas sim a pretensão de refletir, discutir e evoluir a forma de se relacionar em nosso mercado. Nestas 2 horas em que estivemos aqui reunidos falamos de muitos temas importantes como ética, transparência, relação duradoura, economia sustentável e vários outros temas importantes, mas para colocar em pratica estes temas, precisamos de ATITUDES. Daqui pra frente temos dois caminhos a percorrer. Nós todos aqui podemos fingir que nada aconteceu e deixarmos o mercado como está e esperando o que pode piorar. Ou podemos sair daqui com a consciência que precisamos renovar, evoluir e construir relações sustentáveis para que nosso mercado alcance o patamar de excelência que merece. Peço que cada um aqui presente, seja agência, cliente, fornecedor, profissional autônomo e estudante, reflita sobre tudo o que escutou neste comitê e pense qual dos dois caminhos quer seguir. O tempo de mudar é agora. Muito obrigado a todos. Celio Ashcar Junior Palestra: Caixa Econômica: as novidades que vão acelerar o mercado A Caixa Econômica Federal executa um papel estratégico do Estado Brasileiro. É agente das políticas públicas e parceira estratégica do Governo. Possui importante função social e promove o desenvolvimento sustentável. No ramo das promoções atua também por largo período cooperando e imprimindo legalidade aos processos junto às agências e seus clientes. Expositores: Gilson César Braga (Superintendente Nacional da Caixa Econômica Federal); Edilson Vianna Carrogi (Gerente Nacional de Loterias e Promoções da Caixa Econômica Federal) Para falar sobres as novidades que vão acelerar o mercado a organização do evento trouxe os especialistas Dr. Gilson Braga e Dr. Edilson Vianna Carrogi. Gilson Cesar Pereira Braga, superintendente Nacional de Loterias, há mais de 23 anos, passando por diversas áreas da CAIXA como: Negocial, Tecnologia e Loterias. Ocupando função gerencial por mais de 18 anos, desenvolveu diversos projetos importantes, tais como: Implantação piloto do sistema on-line de loterias (1996/97), Legalização da atividade de bingos (1999/2000), Especificação e desenvolvimento de sistema de informações gerenciais do canal lotérico (2003/04), Internalização das loterias (2002/06), Logística de armazenagem e distribuição de insumos lotéricos e bilhetes em âmbito federal (2004/05), Modernização da solução de sorteios das loterias (2008/10), obtenção do certificado de controle de segurança das Loterias CAIXA expedido pela WLA - World Lottery Association – (2012), implantação do projeto Bolão CAIXA (2012), obtenção do certificado de ascensão ao nível 2 no programa de certificação de jogo responsável pela WLA - World Lottery Association – (2013), participação como representante da CAIXA nas reuniões da junta diretiva da CIBELAE e WLA. Edilson Vianna Carrogi – Gerente Nacional de Loterias e Promoções da Caixa Econômica Federal Atuação da CAIXA Achamos que está no “DNA” da Caixa pelo tempo de mercado no ramo das promoções. Executa um papel estratégico do Estado Brasileiro. • Importante papel social. • Principal agente das políticas públicas. • Parceira estratégica do Estado. • Promoção do desenvolvimento sustentável. Áreas • FGTS, Seguro-Desemprego e PIS. • Habitação (Financiamento, Minha Casa). • Benefícios Sociais (Bolsa Família, Abono salarial). • FIES. • Loterias e Promoções Comerciais. Promoções Comerciais • Distribuição gratuita de prêmios a título de propaganda. • Proteção ao Consumidor. • Art. 18-B, Lei nº. 9.649/98 (incluído pela MP nº. 2.216-37/01). • Ente autorizador e fiscalizador. • Acompanhar a evolução do mercado. • Conciliar modernidade – análise de conveniência. Otimização dos processos (nova gestão) • Prazos de atendimento reduzidos. • Eficiência na análise dos processos. • Legislação e novidades tecnológicas (uso para o cliente interno e para a mecânica interna). • Equipe da Caixa integrante das discussões legais (25 pessoas). • Sistema de Promoções Comerciais – (SIPMC). Sistema de Promoções Comerciais – SIPMC Permite um overview de todos os processos que a agência está solicitando e as respostas. Isso torna o trabalho mais rápido, tempestivo e de maneira que renda mais. O próprio sistema permite o envio de documentos para solicitar a autorização. A autorização, após a aprovação também será dada por download nesse sistema. Características CAIXA • Conclusão dos pedidos em até se dias. • Serviço de suporte direto e gratuito. • Equipe com dedicação exclusiva às empresas. • Atendimento multidisciplinar. • Otimização constante dos processos. Para ajudas e suporte há alguns meios como telefone e atendimento multidisciplinar (jurídico, marketing e tecnológico). A ideia é ter otimização dos processos e isso redundará em maior desempenho. Certificados de Autorização emitidos 2011 – 645 2012 – 792 2013 – 906 Arrecadação (1º Semestre) 2011 – R$ 2.039 2012 – R$ 2.447 2013 – R$ 2.928 (em R$ milhões) Arrecadação (anual) 2011 – R$ 4.671 2012 – R$ 5.443 2013 – R$ 6.286 (em R$ milhões) Comparativo 2011-2012 = aumento de 22,8% e 2012-2013 temos uma aumento de 14,4%. Uma ação de qualidade na promoção terá menos fiscalização. Se um processo teve auditoria ou a chancela do órgão que dá o certificado é algo bom. Ex.: concurso cultural mascarado de promoção comercial não ocorrerá mais pela nova lei. Com esse cenário arrecadamos três milhões em 2012. Destaques • Portaria MF nº 422, de 18 de julho de 2013. • Enumera hipóteses de descaracterização do concurso exclusivamente cultural. Destaques • Promoções Comerciais por prestadoras de serviços. • Art. 966, Código Civil de 2002. Destaques • Premiação em ingressos • Pacotes de viagem. • Passagem aérea. • Kit. Observação: é possível fazer separado, ou seja, se quiser dar somente o bilhete aéreo ou o hotel, mas isso é computado como premiação. Destaques • Exposições, feiras e eventos • Campanha realizada no interior do espaço. Destaques • Associações e Câmaras de Dirigentes Lojistas (CDL) como aderentes. • Termo de fiel depositário ou ata de assembleia. Destaques • Prazo mínimo para protocolar pedido de autorização (Documentação sem pendências). Novos mercados • Promoções comerciais em redes sociais. • Originalidade e criatividade (amparados pela Legislação). • Suporte da Caixa – viabilizar promoções nesses canais. A FORÇA DO LIVE MARKETING José Victor Oliva Presidente da Holding Clube “O Congresso é uma grande provocação. Pensar diferente, fazer diferente, ousar.. É uma chance única para nós, do chamado “below the line”… Nossos clientes devem saber que Propaganda e Publicidade e o Live Marketing são diferentes e complementares. Temos de nos valorizar e juntar forças. Se não for por nós, mas pelos nossos filhos, e eles dirão mais tarde se esse Congresso foi um marco de verdade.” Victor Oliva Fundador e sócio da Holding Clube, grupo 100% brasileiro que congrega oito empresas com atuação na criação de eventos, marketing promocional, eventos proprietários, estratégias de negócios e plataformas de comunicação, o empresário e seu time conquistaram, em 22 anos de atuação, importantes clientes como a AmBev, Bradesco, Unilever, Casas Bahia, Natura e Volkswagen. Em 2010, Victor Oliva deixa a presidência do grupo e fica à frente apenas das atividades criativas e atendimento da Holding. As atenções estão todas já voltadas à Copa do Mundo e às Olimpíadas do Rio de Janeiro. Para isso, um plano estratégico de negócios para as seis empresas prevê a contratação de novos funcionários e parceiros, além do contato direto com as principais entidades organizadoras dos eventos para oferecer aos clientes da Holding Clube as melhores ações em marketing promocional de resultados. Além da Holding Clube, Victor Oliva dedica-se hoje à criação de cavalos Lusitanos, e está à frente da Coudelaria Ilha Verde. José Victor Oliva – presidente da Holding Clube O Congresso é uma grande provocação. Pensar diferente, fazer diferente, ousar, tentar esquecer o passado, as pequenas diferenças para ter um futuro melhor. É uma chance única para nós ,do chamado “below the line” e que se me permitem BTL é a p... Aqui eu vou falar de publicitários. A admiração que eu tenho por eles, em especial os brasileiros. Na época do Gallery, conheci o Washington Olivetto, que era nosso habituè. Ele era pop, ele era brilhante, como é até hoje. Cada dia ele falava de um assunto diferente. Ele contava casos de Cannes e de prêmios. Eu tinha um sentimento diferente. Eu não sabia se era inveja ou admiração. Na verdade era admiração, que significa achar a pessoa ótima e querer ser como ela, ou melhor. Eu o admirava e queria ser como ele. Eu não era publicitário, mas sabia fazer muito bem comidas, bebidas, sabia tudo de música e listas de convidados interessantes. E daí há 25 anos atrás eu criei então a Banco de Eventos. Eu sabia fazer evento. Alguns chamavam a empresa do “oba oba”. E era mesmo. Com o tempo nós começamos aprender outras matérias do Live Marketing que já foi chamado de marketing promocinal, 360 graus, full etc. Como eu trabalhava para agências de Publicidade eu descobri que os publicitários, eles acreditam no Live Marketing como ninguém. Eles se auto promovem, gostam de eventos. Alguns são pintores, escrevem livros e são tão fortes que em Nova York tem uma avenida só para eles, a Madison Avenue. Eles produzem líderes aos montes, que são os queridinhos das empresas especializadas, das empresas de negócios e da coluna social...deitam e rolam. Acreditam tanto nos seus negócios que sempre amaram o Live Marketing. Gostam tanto que querem nos comprar. Por que? Porque 40 bilhões em movimento é muito dinheiro. Bem, então nós, que agora nos entitulamos “live marketeiros”, temos de aprender com eles. Eles que possuem a ABAP, o CONAR, e até uma Frente Parlamentar de Publicidade, eles são demais! Sabem se proteger. Entretanto, possuem um “calcanhar de Aquiles” não sabem fazer ao vivo. Nós somos mais ousados, incansáveis. E se nós somos criativos, revolucionários e especialistas, temos de nos organizar para a defesa de nosso negócio. Mas se nao aprendermos com eles seremos sempre “rabo de porco” e nunca “cabeça de cisne”. De 100 empresas de Live Marketing somente três serão um sucesso em 10 anos. Por isso temos que ter um sindicato forte, competir pelos clientes mas cooperar em defesas de nossos interesses. Nossos clientes têm de, definitivamente, entender nossa importância estratégica e nos chamar para estar ao lado das agências de Publicidade no momento zero, no começo do planejamento, porque afinal agências de Propaganda e Publicidade e agências de Live Marketing são diferentes e complementares. Temos de nos valorizar e juntar forças. Devemos mostrar nossa força como empresários e defender com unhas e dentes o nosso negócio e nosso futuro . Se não for por nós, mas pelos nossos filhos, e eles dirão mais tarde se esse Congresso foi um marco de verdade. Muito obrigado! COMITÊ DE PESQUISA E EVOLUÇÃO DO MERCADO Presidente Marcelo Heidrich Evolução com base em pesquisas orienta mercado Demonstrar a atual evolução do mercado com base nos dados exclusivos que serão apresentados pelas empresas palestrantes e apontar o caminho mais adequado, de acordo com as atuais tendências. Revelar qual é o relacionamento que o cliente deseja com a agência, discutir as dificuldades para inovar, avaliar o novo comportamento de consumo e sugerir ativações com os grandes eventos esportivos que o Brasil irá receber. Comitê de Pesquisa e Evolução do Mercado Expositor: Graziela Di Giorgi (Grupo Consultores) Mario Ruggiero (Nielsen) Luciana Stein (trendwatching.com) Mediadora: Marili Ribeiro e Paulo Macedo – Revista Marketing Debatedores: Marcelo Heindrich (Ponto de Criação) Claudio Xavier (NewStyle) Márcio Franco (Simple Comunicação) O painel do Comitê de Pesquisa e Evolução do Mercado trouxe importantes institutos de pesquisa e experts para contribuir com dados substanciais ao mercado do Live Marketing. Entre eles estão Graziela Di Giorgi, diretora geral responsável pelo startup, desenvolvimento e consolidação do Grupo Consultores no Brasil. Graziela é formada em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Iniciou sua carreira como trainee na Telefônica de Madri, Espanha. De volta ao Brasil entrou para a Oi, especializando-se em marketing na Coppead/RJ. Após cinco anos na área de Telecom, decidiu se aprofundar em inovação em uma consultoria em Amsterdã, tendo empresas ali sediadas como clientes. Ainda na Europa, em 2006, aceitou o desafio de trazer uma consultoria de marketing espanhola ao Brasil. Graziela Di Giorgi – Grupo Consultores O Grupo Consultores é uma empresa de consultoria de marketing espanhola, com sede em Madri e com escritórios em São Paulo, Buenos Aires, Londres, Cidade do México, Lisboa, Pequim e Xangai. Entre os serviços prestados, a consultoria faz análises da relação anunciante-agência, seleção de agência para anunciantes, consultoria, investigação e estudos e publicações. Apresento, primeiramente, os resultados da Pesquisa AgencyScope 2012 para a área de promo, com base na opinião de 323 líderes de marketing do Brasil. 1. O que os clientes demandam? 2. Oportunidades além da comunicação. 323 executivos de marketing de 316 marcas, sendo: 46% VPs e Diretores de Mkt 40% Gerentes de Mkt Campo: de maio a agosto de 2012 Agências de Serviços de Marketing Ativação Digital Clientes | Seleção de agência Os critérios mais importantes na hora de selecionar uma agência: • Destaque para estratégia: exclusividade, criatividade. • Destaque para digital: como vantagem competitiva ( 53%). Clientes | O que é uma agência ideal? • Uma agência integrada, capaz de agregar valor à composição da marca e ao meu negócio. Construir o posicionamento da marca por meio de um conceito forte, embasada muito mais em estratégia que em execução. • Uma agência que pense de forma convergente, com mais força no planejamento estratégico e menos reféns de mídia; pró-atividade na estratégia para conhecer de fato o nosso negócio e as dinâmicas de mercado. Clientes | Quem resolve eventos? Anunciante Os clientes querem uma relação de parceria estratégica que entre no negócio, indo além da comunicação. Motivos de mudança de agência de serviços de marketing A falta de parceria (53,3%) é o principal motivo, seguido de falta de criatividade (20%) e custos (20%). Clientes | Quem resolve? Eventos Agência Serviços Marketing Agência de Publicidade Na área digital, podemos observar um gap grande e identificar uma oportunidade que é potencializar a experiência analógica com o poder de alavancagem do digital. Desafio para as agências no futuro Os clientes querem isenção na recomendação que gere valor para o seu negócio. Oportunidades além da comunicação Assista o video 13 DEBATE Em clima de talk show, os jornalistas Marili Ribeiro e Paulo Macedo, com suas experiências distintas de décadas no mercado de comunicação sempre entre os principais líderes de toda a cadeia no Brasil e no mundo, deram suas contribuições e opiniões sobre a evolução do mercado promocional, revelando as suas percepções de forma isenta, legítima, investigativa e criativa de como podemos esperar de grandes jornalistas, sobre o tema desse painel: pesquisa e evolução de mercado. Cláudio Xavier– Nas entrelinhas de sua pesquisa existe algo que você aponta como um viés no relacionamento entre agências e clientes? Graziella Di Giorgi – Você pode observar os profissionais do Live Marketing um pouco como vítimas por conta que o investimento é maior na mídia. O Live Marketing é mais tático e tem um investimento menor por parte do cliente. Acho que existe um viés sobre a confiabilidade nessa relação. Ao invés de tentar abraçar todos os serviços é melhor ter um foco para ter maior relevância e surpreender na entrega. Marcel Franco – Você acha que o mercado brasileiro está preparado para essa nova dinâmica de mudanças? Graziella Di Giorgi – Tem uma pesquisa de um psicólogo que analisa as incertezas e como o brasileiro lida com elas. O Brasil tem um alto índice de subserviência contra baixa subserviência comparado aos EUA. Culturalmente já existe uma incerteza e o brasileiro tem medo do erro. As agências têm de educar os clientes. Marcas devem gerar benefícios e valor às pessoas. Existem exemplos a serem seguidos. Temos de mudar a visão, a cultura. Paulo Macedo – Como o modelo brasileiro de Propaganda e Publicidade interfere no Live Marketing, na cultura das empresas e das agências? E como tem se dado essa relação do negócio do Live Marketing versus o Digital? Graziella Di Giorgi - Acho que isso abre uma brecha para todas as agências que não sejam de publicidade, porque o próprio modelo de negócio das agências engessa a recomendação. Que nem sempre é melhor para o cliente, é para você. Acho que esse modelo de negócio brasileiro favorece aquelas agências que conseguirem identificar a oportunidade do digital. As agências de Publicidade também têm de se reinventar. Marcelo Heidrich – Como você vê a relação do negócio LM e digito? Graziella Di Giorgi - Acho que tem total aderência, uma não pode viver mais sem a outra, era para ontem. Mas o fato é que dá muito mais trabalho, pois tem menos faturamento. É uma forma difícil de equalizar. Costumo dizer que as agências de publicidade são as telefonias fixas e as agências digitais são as telefonias móveis e elas sempre deram prejuízo. É mais dispendioso e gera menos faturamento que o meio publicitário. Não sei como, mas está na hora das agências priorizarem isso. Marcelo Lenhard – Vocês criaram um modelo para a execução. O cliente está de verdade disposto a pagar pela ideia, independente de quanto custa executar? Graziella Di Giorgi – Acho que sim. Se ele vê que tem um potencial de viabilização dessa ideia, sim. Ele está interessado na impermeabilidade da ideia. A ideia só começa na agência, você não sabe onde termina. Vocês têm o poder de experimentar. Exemplo, o Projeto Fiat Mio, Nike+. Marcio Franco – O cliente valoriza os longos anos de relacionamento. Além disso, o que ele menos quer é pagar por algo que não lhe atende. Nesse sentido ele acredita que uma agência de ativação tem mais capacidade. Cláudio Xavier – Parece que o digital ainda é uma bola quicando. O papel da agência no Live Marketing é ser liderança? Graziella Di Giorgi – Sim porque a ideia nasce de vocês e não do digital. O porta-voz da exposição seguinte “ Shopper – Mudanças de impacto no cenário do consumo no Brasil dos eventos esportivos” foi Mario Ruggiero, diretor de Novos Negócios da Nielsen, divisão que integra análises para vários setores do mercado, como mercado editorial, esportes, telecomunicações e outros. Além desses mercados, Mario acumula experiência de 20 anos em consumo, shopper e consumidor, atendendo clientes locais e globais de grande importância, como Coca-Cola, Unilever, Mondelez, Sony Ericsson e outros. À frente da divisão Nielsen Sports agora, Mario vive a rotina do mercado de consumo atrelada ao competitivo ambiente esportivo e suas inúmeras oportunidades de conquista do shopper e do consumidor. É formado em Administração de empresas, com MBA em Gestão de Negócios e Pós-graduação em Marketing do Esporte. Com amplo domínio de palco, Mario costuma ser convidado para diversos eventos, onde leva com bom humor e profissionalismo sua visão dos desafios das marcas no mercado brasileiro. Mario Ruggiero apresentou informações sobre as mudanças do shopper em nível global e local, indicando como o mundo está mudando drasticamente sua forma de comprar e usar produtos. A diferença entre shopper e consumidor sob a ótica das análises da Nielsen, indicando que são dois atores distintos na dinâmica do mercado. A Nielsen é a maior empresa de pesquisa do mundo, está presente em 110 países, mensurando diversos setores, como: consumo, varejo, audiência de TV, bilheterias de cinema, auditoria de mercado editorial, telecomunicações, telefonia fixa e celular, eletroeletrônicos, além de expertise em áreas de desenvolvimento, como neuromarketing e inovação. A Nielsen oferece soluções integradas por meio de uma enorme variedade de informações de mercado, sofisticados sistemas, metodologias analíticas e uma equipe profissional e dedicada para ajudar os clientes na busca de melhores meios para impulsionarem seus negócios. Fabricantes Mario Ruggiero – Nielsen Shopper – Mudanças de impacto no cenário do consumo no Brasil dos eventos esportivos. Mudanças no cenário econômico e social transformam a maneira como as pessoas consomem e compram... As necessidades do consumidor e do shopper são distintas: Necessidades ligadas ao PRODUTO, às necessidades de CONSUMO Exemplo: cor, sabor, embalagem, benefício. Necessidades ligadas ao PROCESSO DE COMPRA: ele pode pensar, ponderar e realizar a compra, sofrendo INFLUÊNCIAS no PDV Exemplo: variedade, valor, conveniência, exposição, experiência. Shopper Marketing: entender o processo de compra do ponto de vista do shopper a fim de criar valor na experiência de compra. Shopper Marketing é a aplicação de ações de marketing e merchandising com base em um profundo conhecimento do comportamento do shopper, com o fim de satisfazer suas necessidades para oferecer uma maior experiência de compra e criar valor para as marcas do fabricante e do varejista. Perder um shopper pode ser arriscado Perder um Shopper = Perder quatro Consumidores! Entender o shopper é uma demanda latente no mercado de consumo! Fabricantes Shopper Varejistas Caminho da Compra – Objetivos Comuns entre fabricantes e varejistas. “Investimento dos fabricantes em Shopper Marketing quase duplicou nos últimos cinco anos, com crescimento anual de 15%.” Booz&Co Varejistas “Oitenta e três por cento das empresas de FMCG pretendem aumentar seus investimentos em Shopper Marketing nos próximos três anos. Para 55% delas, crescerá mais de 5%, sendo superior a todos os gastos de marketing.” Booz&Co Desafio: influenciar o shopper no ponto de venda, tirando-o do piloto automático. Desafio: Segundo a literatura, 60% das compras são planejadas. De acordo com a indústria, 70% das decisões de compra são tomadas na frente da gôndola. Globalmente, ao longo de diferentes estudos descobrimos que 50% dos shoppers funcionam no piloto automático. Mas é preciso lembrar que esse shopper é multicanal 97% dos lares compram em mais de um canal; 55% em três canais; 16% em quatro ou + canais. A média de lealdade dos gastos do shopper com uma bandeira supermercadista é de 13%. Portanto, é essencial conhecê-lo e saber o que deseja no PDV ou há riscos para fabricantes e varejistas. O que faz o shopper quando não encontra o que busca nos supermercados? Esteja preparado para cada tipo de shopper: entenda o mindset e a atitude do shopper. Vanguardistas • Classe Alta • Lideram tendências • Consumo e lazer fora do lar • Qualidade de Vida Antenados • Classe Alta + Média • Gosta de ser surpreendido • Leva promoção mesmo sem necessidade • Lista de compras como referência apenas Tradicionais • Classe Média + Baixa • Busca estabilidade • Promoções podem motivar a compra • Compra marcas conhecidas somente em promoção Populares • Classe Baixa • Vive um dia de cada vez • Compra estritamente planejada • Preço é decisivo Já que cada um possui diferentes hábitos no ponto de venda 32% – analisa com atenção a comunicação no PDV e escolhe as lojas de acordo com as ofertas apresentadas. 45% – não leva lista de compras, mas sabe tudo que vai comprar. 51% – afirmam que é necessário haver a comunicação das marcas, para que possam conhecê-las. Já que cada um possui diferentes hábitos no ponto de venda e de percepção de comunicação 67% – afirmam que cartazes e outdoors de propaganda chamam sua atenção. 40% – gostam tanto de ver propagandas, como programas de TV 55% – observam propagandas e anúncios em revistas e jornais. Por isso, é essencial comunicar devidamente não apenas de acordo com o shopper, mas também de acordo com o tipo de produto. E impactar o shopper no PDV, principalmente, para produtos de alto valor agregado. Trade up em crescimento – representaram 75% em 2012. Pensando no futuro, aproveite os grandes eventos esportivos no Brasil para ativar seu shopper. Já que o aumento de consumo é um fato, como aconteceu na África do Sul, durante a última Copa do Mundo: 9,2% o consumo de snacks e 19,1% o consumo de bebidas. Afinal, o esporte impulsiona o consumo justamente na arena do brasileiro. É possível então envolver o shopper no PDV, trazendo-o para o centro do palco e gerando a real experiência de compra. Algumas Reflexões O mundo está mudando, assim como a maneira como as pessoas vivem e compram. Trabalhar o shopper é criar valor por meio da experiência de compra. Entenda o atitudinal do shopper, a fim de otimizar as ativações de PDV, direcionando corretamente o investimento, mensurando e corrigindo os problemas de rota. O Brasil será palco de grandes espetáculos, que certamente irão impactar o consumo: estude e crie reais experiências para seu shopper. Vamos tirar mais proveito porque o momento será impar para alavancar a venda dos produtos. DEBATE Marcelo Heidrich – Você mencionou que 51% dos entrevistados afirmam que é necessário haver a comunicação das marcas, para que possam conhecê-las. Como vocês acham que as empresas trabalham essa comunicação. Como a Nielsen analisa esses níveis de eficiência no PDV frente ao shopper? Mario Ruggiero – A comunicação é sim preponderante, mas é difícil passar em apenas 30 segundos. A faixa de gôndola e o filme de 30 segundos são complementares. Há uma divisão da Nielsen para medir a eficiência da comunicação no PDV. É fato que a comunicação fica mais difícil no PDV porque o espaço é menor. Marcio Franco – um shopper é capaz de influenciar quatro outras pessoas. Em busca de um melhor resultado conhecer o shopper é mais importante do que conhecer o consumidor? Mario Ruggiero – Nesse momento sim. Muitas decisões de compra estão sendo tomadas não pelo consumidor, mas pelo shopper uma comunicação voltada para o shopper hoje é muito mais efetiva. Marcelo Heidrich – O e-commerce vem sendo tratado como PDV? Cláudio Xavier – Não é a mesma coisa, mas tem crescido muito. É bom lembrar que o brasileiro gosta de ir ao PDV, principalmente quando se trata de alimentos. (Platéia) – Como deve ser a comunicação direta ao shopper? Mario Ruggiero – Deve ser de diferentes maneiras. Em frente à gôndola é importante que seja mais específica. Uma comunicação para atração, algo focado em promoção ou benefício do produto. Luciana Stein – head of South & Central America trendwatching.com A última exposição do Comitê de Pesquisa e Evolução do Mercado trouxe Luciana Stein, head of South & Central America trendwatching.com, a qual falou sobre as tendências das marcas e o consumidor. Nascida e criada em Porto Alegre, Luciana é formada em jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e cursou MBA em Gestão de Luxo na FAAP. Trabalhou para a seção de consumo do jornal Valor Econômico e para a revista Estampa, e no decorrer de sua carreira fez várias palestras sobre tendências, incluindo o Istituto Europeo di Design, no Seminário de Tendências de Consumo de São Paulo, e o World Future Trends Summit em Miami. Seus artigos podem ser facilmente encontrados em publicações como Meio & Mensagem (Brasil), Época Negócios (Brasil), Exame (Brasil), Mundo Marketing (Brasil), Portafolio (Colômbia). Stein abordou o “ao vivo e agora” e citou cases que envolvem diretamente consumidores, ilustrando com uma apresentação que a reproduzimos resumidamente. Luciana Stein – head of South & Central America trendwatching.com Tendências das marcas e o consumidor O comercial dramático da TNT é o segundo mais compartilhado da história. A TNT que colocou em uma praça pública uma caixa e um botão vermelho que chamava a atenção de quem passava para ser apertado com o apelo “push to add drama”. Agora, o momento é de monitorar e promover ações observando os desejos dos consumidores, já que o ao vivo agrega um imenso valor ao gerar forte emoção em quem participa do Live Marketing. As marcas não têm escolha a não ser aceitar plenamente o “AGORA”. LIVING THE LIVE – pop ups stores / Flash mob culture. Sobre TW O trendwatching.com foi criado em 2002 em Amsterdam e possui escritórios em Londres, Cingapura & São Paulo. Tendência definição “A manifestação de algo destravou/desbloqueou uma necessidade humana existente, ou respondeu de uma nova maneira a um desejo ou valor do consumidor.” Onde aplicar • Visão da empresa. • Novos modelos de negócios. • Novos produtos, serviços/processos/experiências. • Marketing, Publicidade, Relações Públicas. Living The Live Nokia: Orquestra Sinfônica do México toca o ringtone da Nokia para solicitar desligamento celulares. Oi Revelações: mães se surpreendem com revelações por meio de um telefone público. Coca-Cola Ice Bottle: Coca-Cola garrafa de gelo na Colômbia. “Os consumidores estão abraçando o imediatismo, a autenticidade, exclusividade e espontaneidade de tudo o que é “ao vivo”. Afinal, experiências e acontecimentos ligados a um lugar e tempo possuem mais valor do que nunca.” Ao vivo = Valor Aplique Revise o dia a dia: invista em intervenções na rotina – e nos rituais – dos consumidores para criar o inesperado. Potencialize o momento: crie ferramentas para os consumidores contarem o que eles estão fazendo em tempo real. Vantagens exclusivas: para audiência online experienciar o evento off – câmeras exclusivas. Marcas Servis: Cada vez mais consumidores urbanos valorizam marcas que servem/auxiliam/enriquecem suas vidas. Interações “ao vivo” que trazem conveniência/agregam generosidade/ educam são ainda mais admiradas. Living The Live Pepsi: line up de show de música com QR Codes nas latas. Knorr: Knorr Sopa Lana o primeiro caminhão gourmet social na Argentina. Livraria Gandhi: Sigue leyendo (“continue lendo”) ação em cinemas conta palavras das legendas – comparando-as a livros. Aplique Conveniência/utilidade/propósito: • Tornaram pré-requisitos nas ações de Live Marketing mais interessantes. • Divulgar o produto é um serviço que a empresa faz para si mesma. • Considere a necessidade de embutir outros valores nessa ação para torná-la útil e enriquecedora ao consumidor. • Aceitar o “agora” e intervir no cotidiano dos consumidores (com toda a sua alegria, caos e sua excitação). Implica em prontidão das marcas em ler o cotidiano da cidade e dos consumidores oferecendo soluções/brincando com “adversidades”. Exemplo de anúncio E corra! Porque tem gente fazendo loucuras pela reserva. A nossa liquidação começou, entre, não precisa quebrar a vitrine. Limonada Reserva: se a vida lhe der um limão faça uma limonada. Policiais da Gramática Red Ballon: alunos corrigem ortografia de famosos no Twitter para aprender inglês. Aplique Acelere sua percepção • Antecipar e enfrentar os problemas fará com que eles se transformem em oportunidades. • As marcas de sucesso serão aquelas que enfrentam desafios pró-ativamente ao resolvê-los com rapidez, eficiência e entusiasmo. • Trate os obstáculos como um ponto de partida para a diferenciação. DEBATE Marili Ribeiro – Sobre as marcas servis, de entregar algo ao consumidor que funciona mais. Essa forma de se comunicar com pessoas pode servir como uma nova forma de construir marcas? Luciana Stein – Sim. É outro pensamento conceitual. É empatia, que consegue entender o que o indivíduo pensa e quer. Assim a marca passa a ter nova opção na sociedade, a marca se coloca. Marili Ribeiro – É uma tendência ou já está colocada para você? Luciana Stein – Eu acho que nem é mais tendência, é uma constante, é realidade. O triângulo agência, consumidor e marca interagindo. Márcio Franco – Temos algumas ferramentas nas redes sociais que o consumidor partilha. Tudo é feito junto. Acho que isso é parte do “ao vivo”. On line e off line simultaneamente. Consumidor e marca estão constantemente se falando. Luciana Stein – Assim funciona o trendwatching. As tendências não morrem só crescem em outras direções. Marili Ribeiro– Como a tecnologia modifica o consumidor? Luciana Stein – Vivemos em uma sociedade em que os excessos começam a incomodar. E no marketing já estamos vendo isso. Quando ouvimos que, segundo dados da Anatel, 100 milhões de brasileiros estão conectados é algo interessante. Há uma maior oportunidade na nova arquitetura de marca para a turma do Live Marketing. Acho Live um ótimo nome. Paulo Macedo – Após ouvir nesse Congresso sobre Live Marketing, as tendências e comportamentos, temos de concordar que “quem sabe faz ao vivo”. Essa expressão resume o que de fato há no momento atual nesse mercado. Marili Ribeiro – Constatamos que milhões de pessoas estão pedindo melhores serviços públicos e mais cidadania, eu questiono: as empresas de Live Marketing estão preparadas para entender o consumidor como cidadão? Marcelo Heidrich – Há disposição. Precisamos Marili Ribeiro – Considerando os prêmios de Cannes, você acha que as agências se beneficiam? De que forma? Paulo Macedo – Eu acho que a premiação interessa ao próprio umbigo das categorias. No portfólio da agência ok, mas representatividade efetiva para o mercado?! Não sei. Você tem capacidade de criar ações e ideias para serem colocada em diferentes plataformas. A Globo, por exemplo, perdeu 22% de audiência. A vida real das pessoas segue e aí é dividido, pulverizado. TV versus Internet. O efeito do break comercial passa a perder o seu efeito. Eu cobri por seis anos o Canion LIons e sempre me achava inútil naquilo tudo. Os prêmios como esses são negócios para quem organiza. E os clientes olham prêmios para contratar seus fornecedores. ouvir e perceber a mensagem que vimos hoje no vídeo “Acorda”. Eu, particularmente, gostaria de conhecer um novo modelo para atingir rapidamente isso. Marcelo Heidrich – Cannes é simples, já está dominado por alguns e nós nos acostumamos a eles. Paulo Macedo – Partindo de um provável viés mercadológico, será que a crise europeia tem a ver com consumo? Ou tem a ver com cultura? Marcel Sacco – O Live Marketing já nasce com uma visão que o nosso negócio sempre teve: a de estar “antenado” com o consumidor. A bola veio para nosso lado. O que me importa agora é retomar a questão de relações sustentáveis. Marcelo Heidrich – Ações mercadológicas de RP, Publicidade e Propaganda, Live Marketing têm que estar em todos os canais, nas ruas e por diferentes agentes. RESOLUÇÕES DO COMITÊ DE PESQUISA E EVOLUÇÃO DE MERCADO Cliente – Uma agência não pode ser estratégica o suficiente se trabalhar somente com parte da sua estratégia: é preciso informação, parceria e uma relação mais duradoura. Agência – Sua entrega não será estratégica se você não estiver munido de informação, ferramentas e pessoas preparadas para atender à demanda do cliente de forma estratégica. DIGITAL Agência – O digital não é um outro segmento: é uma ferramenta que potencializa o alcance, o conhecimento e o envolvimento das suas ações. Se você não tem esse recurso, adote. Se você tem, deixe claro para o seu cliente. Shopper – Conhecer e investir no shopper pode ser mais valioso do que conhecer o próprio consumidor para manter e alavancar o resultado de vendas. Experiência – Divulgar o produto é um serviço que a empresa faz para si mesma. Para o consumidor, é preciso mais que uma mensagem: é necessário gerar experiência e embutir outros valores para ser relevante. Ao vivo – O consumidor de hoje não é passivo: ele quer presenciar e participar da mensagem enquanto ela acontece naquela hora, naquele lugar. Isso dá espontaneidade, autenticidade, exclusividade e importância a ela, ou seja, ao vivo é igual a valor. AO VIVO = VALOR Assista o video 14 SINDILIVE – SINDICATO DO LIVE MARKETING Por que a decisão em transformar a entidade em sindicato? • Sensibilidade a uma necessidade pulsante. • Maior receptividade e relevância no âmbito do Governo. • Representar todo o setor de Live Marketing. Temos que crescer como entidade representativa e queremos garantir algumas evoluções para nosso setor que somente como sindicato poderemos conquistar. Quais deverão ser as principais diferenças e os benefícios para o mercado com essa mudança? Negociações governamentais • Maior força para ser reconhecido oficialmente como “setor da economia”. Negociações com clientes tomadores de serviço Ter um sindicato não vai mudar o mercado da noite para o dia, mas ajudará a conquistar de maneira mais ordenada nossos anseios. O que deverá mudar para o associado? • Serviços mais qualificados e com apoio de instituições parceiras. Cursos de qualificação, produtos especializados. • Opção de contribuição sindical para uma Instituição que, de fato, representa os interesses do nosso mercado. 1º CONGRESSO BRASILEIRO DE LIVE MARKETING PROGRAMAÇÃO PARALELA Comitês Permanentes AMPRO COMITÊS PERMANENTES AMPRO Por abarcar uma gama muito diversa de segmentos, A AMPRO, ao longo de seus 20 anos de história, sempre tratou de forma individualizada cada um deles. São os chamados Comitês Temáticos AMPRO, que discutem de forma permanente e com agenda própria assuntos e questões pertinentes a cada um dos segmentos alocados dentro do ‘guarda-chuva’ do que chamamos hoje de Live Marketing. São formados e dirigidos por empresas associadas à Entidade e têm como objetivo o desenvolvimento e fomento do mercado por meio de ações e projetos direcionados. PROGRAMAÇAO PARALELA AO 1º CONGRESSO BRASILEIRO DE LIVE MARKETING Comitês Permanentes AMPRO Durante o 1º Congresso Brasileiro de Live Marketing os cinco Comitês atuantes marcaram presença com uma programação paralela à programação da plenária, numa participação especial para explanar e debater os temas que vêm sendo discutidos por cada um deles, bem como apresentar alguns resultados de suas ações e projetos ao grande público. Confira a seguir cada um deles. 29 DE JULHO DE 2013 Grupo de Estudos Acadêmicos (GEA) Objetivo: O Grupo de Estudos Acadêmicos (GEA) tem como objetivo a geração de conhecimentos sobre Live Marketing para o mercado e o ambiente acadêmico, por meio da publicação de artigos e, em parceria com editoras, de livros com o selo da AMPRO. Também cabe ao GEA a organização de semanas acadêmicas de Live Marketing nas faculdades do país, ligadas, direta e indiretamente à atividade. Além disso, deve contribuir para a formação de profissionais especializados em Live Marketing, preparando-os para atender às necessidades desse mercado, por meio da formulação de propostas curriculares, nas esferas superiores de ensino, que fomentem a disseminação de conhecimento teórico específico nos cursos de graduação e de pós-graduação. Integrantes: Diretoria: Luciano Bonetti - Coordenador do grupo (Universidade Metodista de São Paulo – Umesp) Participantes: Adilson Mota (criativo convidado e ex-professor da Universidade Mackenzie) Altair Scheinder (Universidade Metodista de São Paulo – Umesp) Fernando Ferreira de Almeida (Universidade Metodista de São Paulo – Umesp) João Riva (Fundação Armando Álvares Penteado – Faap) Libia Macedo (Universidade Anhembi/Morumbi) Marina Pechlvanis (Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM) Formação e capacitação do profissional de Live Marketing. Responsabilidade do mercado? No dia 29 de julho, na abertura dos trabalhos da reunião do Grupo de Estudos Acadêmicos (GEA), o coordenador do grupo, Luciano Bonetti, da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp), introduziu o tema central da discussão analisando o perfil dos novos profissionais, recémformados de cursos superiores de Propaganda e Marketing. Ele avaliou que chegam ao mercado com pouquíssimo ou nenhum conhecimento sobre as atividades relacionadas ao Live Marketing e destacou o papel a ser desempenhado pelo GEA e pela AMPRO para mudar esse cenário. Em seguida, o professor Fernando Ferreira de Almeida, da Umesp, deu início à sua explanação, abrangendo educação e ensino e formação de profissionais capazes de suprir as necessidades do mercado e de uma sociedade de consumo cada vez mais exigente, Ele enfocou as novas diretrizes propostas pelo Ministério da Educação (MEC) para os cursos de Comunicação, a partir da retrospectiva sobre a evolução desses cursos, que surgem a partir de 1952, em função das demandas do mercado, inicialmente sem regulamentação. “A regulamentação da formação na área se dá a partir da década de 60, com Jornalismo, em 1963, Publicidade e Propaganda, em 1965, e outras posteriormente”, disse, acrescentando que somente para Jornalismo, a partir dos anos 70, passou a ser exigido o diploma para o exercício da profissão. Em função da crescente demanda por cursos nessa área e do resultado de estudos, em 1984 o MEC procura reorganizá-los, por meio da resolução 02/1984: define habilitações, currículo mínimo e amplia o tempo de formação para quatro anos, além de impor novas exigências aos estabelecimentos de ensino e o estágio obrigatório para a maioria das profissões. No início dos anos 2000, com a aprovação de nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e novas diretrizes curriculares para os cursos de Comunicações, outras mudanças são introduzidas nesses cursos, como o fim do estágio obrigatório e a liberdade para que as instituições de ensino criem outras habilitações, entre muitas outras. Posteriormente, ocorrem alterações na nomenclatura dos cursos e das habilitações e, para atender ao mercado, o MEC abre espaço para cursos tecnológicos, de três anos, que permitem ao aluno prosseguir na vida acadêmica, com pós-graduação, mestrado e doutorado. Segundo Fernando de Almeida, no momento, “as diretrizes curriculares para os cursos regulares preveem ampliação da carga horária e das exigências quanto à infraestrutura da instituição e corpo docente e a volta do estágio obrigatório, agora remunerado”. A regulamentação já está adiantada para Jornalismo e Relações Públicas. Com relação a Publicidade e Propaganda, os envolvidos – mercado, universidade e profissionais – tentam formar uma comissão de representação junto ao MEC, para discutir as novas diretrizes, cabendo à Associação dos Profissionais de Propaganda (APP) mediar o diálogo entre a comissão e o ministério. “O segmento de marketing promocional deverá ser representado pela APP”, afirmou. Ele ainda informou que já foi encaminhada, por entidades representativas da área, carta ao MEC solicitando que a constituição dessa comissão, que teria como tarefa tratar das diretrizes curriculares do Curso de Publicidade e Propaganda, o qual deverá abranger a comunicação mercadológica, o marketing. “Temos de buscar espaço nessa discussão”, avaliou. Complementando esse assunto, Luciano Bonetti considerou que a formação dos profissionais do segmento deve ser oferecida ou por um curso próprio, específico, ou por um bloco de disciplinas dentro do curso regular de Publicidade e Propaganda, mas ponderou que “não é o momento de brigar pela diferenciação do Live Marketing, pois o próprio mercado diz que não há grande distinção entre essa atividade e as de Publicidade e Propaganda, embora haja dúvidas de onde encaixar o marketing promocional dentro dos cursos atuais”. Diante disso, Fernando de Almeida levantou a dúvida sobre a capacidade de as faculdades formarem o profissional de que o mercado precisa. A resposta surgiu da discussão que se seguiu. Adilson (Dil) Mota declarou que “a maioria dos estudantes e estagiários não sabe diferenciar Live Marketing de Publicidade e Propaganda, pois falta informação tanto nas universidades quanto nos cursos técnicos”. A título de exemplo, ele mencionou que há grandes diferenças de foco no trabalho das duplas de criação de cada uma dessas especialidades. Ele considerou ótima a perspectiva de o curso de Marketing contemplar o marketing promocional, já que, nas empresas, é a equipe de marketing a verdadeira cliente, que, assim, passaria a ter mais conhecimentos sobre essa área, facilitando o diálogo. Dil Mota lembrou que a propaganda é ainda a grande formadora dos profissionais do Live Marketing, mas, ainda assim, falta algo, que poderia ser suprido por cursos com currículo adequado. Para ele, “o Live Marketing deve ser colocado como opção de formação acadêmica para o profissional da área, não como é hoje, em que ele ‘cai dentro’ dessa atividade, sem saber muito bem o que é”. O que ocorre atualmente é o que foi chamado de ‘síndrome da professora primária’: a cada ano as empresas de Live Marketing recebem profissionais inexperientes, os treinam e eles saem para o mercado para, no ano seguinte, a empresa voltar a contratar, treinar e geralmente perder esse profissional para o mercado. Sucessivamente. “As agências, na prática, acabaram fazendo o papel das escolas, mas sempre falta a formação acadêmica para esses profissionais”, constatou. Bonetti intercedeu declarando que, a seu ver, “as agências poderiam ter maior influência nas universidades, e perguntando: “O que devemos fazer? Vamos lutar para que haja formação específica?” “Acho que agora temos de brigar para que, quem está num curso de Publicidade, receba informações técnicas sobre Live Marketing”, respondeu João Riva, da Omelete Inteligência Integrada. Além do conhecimento teórico sobre a parte criativa da atividade, esses profissionais precisam conhecer legislações e regulamentos que regem as promoções, marcas e patentes, entre outros aspectos. Altair Scheinder, da Umesp, argumentou que “Live Marketing e Publicidade não têm como viver separados, mas são diferentes” e que nos cursos atuais “há espaço para acrescentar mais horas dedicadas ao marketing promocional, pois há muito conteúdo, por exemplo, sobre Sociologia, Psicologia e legislação específica, como Direito do Consumidor e contratos, que são fundamentais para a formação do profissional”. “E nos cursos de Direito ninguém quer tratar disso”, afirmou Bonetti. Ele sugeriu a participação dos profissionais do mercado na formação dos alunos, sendo complementado por Fernando de Almeida, para quem “é preciso definir o perfil do profissional que se quer formar e, com base nisso, definir o foco do curso” e trabalhar junto ao MEC nesse sentido. Para Marina Pechlvanis, da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), esse trabalho, de formular propostas curriculares e organizar o debate, é papel do GEA: “Podemos moldar a estrutura das disciplinas.” Durante o debate, também foi constatado que a universidade jamais formará um profissional pronto para o mercado. Por esse motivo é necessário que se intensifique o diálogo entre esse mercado e a universidade, prevendo, até mesmo, remuneração diferenciada. Buscando converter os principais elementos discutidos em propostas do GEA a serem debatidas e encaminhadas junto à AMPRO, Bonetti relacionou os seguintes pontos: a)definir a representação da AMPRO dentro da APP, para diálogo com o MEC; b)sugerir a reciclagem do conteúdo dos cursos e, ao mesmo tempo, preservar ou inserir temas de devem ser mais bem explorados nos currículos e discutir a carga horária das disciplinas; c) os comitês permanentes deverão fazer parcerias, levando seus integrantes para as universidades, mediante remuneração. Ele ainda acrescentou que, dadas as diferenças de formação regionais, o GEA tem de se manter aberto às universidades de todas as regiões do país, desenvolvendo discurso e conteúdo que possa ser assimilado por todos. Além disso, destacou que “os professores têm de ir para a rua, visitar as agências, e essas devem desenvolver programas para receber professores, cabendo ao GEA estimular e promover essa interface”. Por fim, afirmou que “a partir do que foi discutido neste Congresso vamos rediscutir conceitos dentro do GEA e, depois, condensar esse conteúdo em documento a ser distribuído às universidades e professores”. Comitê de Planejamento Logístico Objetivo: O Comitê de Planejamento Logístico foi criado em abril de 2008 com a missão de fortalecer, disciplinar e facilitar as ações de logística de Live Marketing junto às agências, indústrias, varejo e operadores logísticos, visando estabelecer um melhor relacionamento com toda a cadeia de fornecimento de produtos e serviços. Com isso, se faz necessário, a cada dia, que as agências e empresas atuantes deste segmento conheçam as regras a que estão submetidas e todos os pequenos detalhes de planejamento e operação. O Comitê cumpre o papel de se antecipar aos problemas operacionais e fiscais, divulgando procedimentos técnicos e legais que impactam diariamente o Live Marketing. Diretrizes comuns nesse campo estão reunidas no Guia de Melhores Práticas em Planejamento Logístico para Live Marketing, manual que foi desenvolvido pelo Comitê e reditado em 2013, especialmente para o Congresso. Integrantes: Diretoria: Carlos Ortiz – Presidente do Comitê (Grupo DGT) Participantes: Eduardo Salicini (DGT Promolog – Grupo DGT) José Guersoni (DGT Promolog – Grupo DGT) Luis Fusco (Art & Log) Rodrigo Kwok (Art & Log) A contribuição da logística para a evolução do Live Marketing No dia 29 de julho, o presidente do Comitê de Planejamento Logístico, Carlos Ortiz (presidente do Grupo DGT), abriu a reunião destacando a importância do planejamento logístico para o Live Marketing, “é impossível efetivar o marketing ao vivo se todo o material que envolve uma ação não estiver disponível em condições adequadas no local, data e horários definidos para aquela ação”. Ele revelou dados sobre o setor, obtidos junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Segundo essa fonte, dos 489.387 transportadores de cargas para terceiros, cadastrados no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga (RNTRC), 417.957 são transportadores autônomos, com 610.944 veículos; 71.227 são empresas de transporte de carga, com 708.405 veículos; e 203 são cooperativas, com 10.040 veículos. A maioria das empresas de transporte – 32.754 – dispõe de apenas um veículo. Em sua análise desse mercado, destacou que as grandes transportadoras atuais tiveram sua origem em transportadores autônomos, para os quais, então, o nível de instrução era irrelevante. “Hoje esse quadro é diferente, pois nas segundas e terceiras gerações o estudo passou a ser prioridade”, afirmou Ortiz. Dentro desse cenário, a estimativa é de que hoje existam no Brasil cerca de 100 empresas especializadas em logística promocional, que não se limitam ao transporte. E, para o presidente do Comitê, “elas têm muito a oferecer às áreas de criação e produção das agências, de forma a viabilizar ações na melhor condição operacional possível e com prazos e custos adequados”. Elas podem contribuir para o planejamento total da ação, desde a idealização do produto, o tratamento dos dados, na definição de embalagens alternativas, no manuseio e montagem dos kits, na emissão dos documentos fiscais necessários e definição do modal de transporte mais conveniente – mais barato e mais seguro – para que o produto esteja disponível no local, data e horário necessários, e, ainda, na estratégia de positivação e na pesquisa e na emissão de relatórios no ponto de venda (PDV). Para exemplificar essa contribuição, ele citou cases, como a da concepção de um display de formato irregular, um desafio logístico que onerou o transporte, entre outros. Segundo Carlos Ortiz, as empresas de logística especializadas em Live Marketing têm papel fundamental no sucesso de campanhas de trade marketing, de ações promocionais, promoções com sorteios e positivação no PDV. Depois dessa introdução, Ana del Mar apresentou os resultados da Pesquisa sobre o papel e o custo da logística no mercado promocional, executada pela Omelete Inteligência Integrada, por solicitação do Comitê. Inicialmente ela explicou as condições em que a pesquisa foi realizada, como o prazo exíguo de 40 dias, a necessidade de mudança na forma de captação das respostas – “o email marketing não deu resultados e a solução foi usar o telemarketing” – e da metodologia da pesquisa nesse período. “Das 306 empresas associadas da AMPRO, obtivemos dados aproveitáveis de 104, de praticamente todos os estados, uma amostra bastante significativa, de 35% do universo pesquisado, que mostra como as agências trabalham, atualmente, com as empresas de logística”, constatou. Pelos dados apurados, 67% das pesquisadas contratam serviços de logística, 14% possuem departamento interno (em muitos casos, a agência realiza o planejamento e contrata apenas a execução), em 4% dos casos o cliente se responsabiliza e em 5% a resposta foi a inexistência de demanda. Também foi apurado que 83,5% das agências realizam préplanejamento logístico, que somente 28,3% não contratam por concorrência e que a fidelidade a uma mesma empresa aumenta depois de dois anos, mostrando, segundo Ana del Mar, que “o bom relacionamento é fundamental para isso”. A abertura de concorrência para contratação se dá, de acordo com a pesquisa, especialmente quando há grandes volumes de material para distribuição (situação em que uma pequena diferença de valor é impactante); quando a logística envolve diferentes tipos de transporte; e quando o cliente solicita a cotação de três orçamentos. A expositora ainda mencionou que para a maioria das consultadas o custo logístico corresponde a algo entre zero e dez por cento do valor total do trabalho e que apenas 20% das agências pesquisadas levam em conta o fato de a empresa de logística ser associada da AMPRO no momento da contratação dos serviços. Também foi apurado que as empresas de logística estão dispostas a contribuir com agências e clientes, tendo condições de opinar sobre a melhor embalagem, modal, positivação e fornecer informações consistentes sobre o processo de entrega e sobre aspectos fiscais. Dando prosseguimento à reunião, foi organizada uma mesa redonda sobre “A contribuição da logística para a evolução do Live Marketing”. João Riva, da Omelete Inteligência Integrada, comentou que “geralmente as agências deixam o planejamento logístico para a etapa final do projeto, o que é um erro”. Ele avaliou que o cliente está se tornando cada vez mais exigente e que o mercado está mudando: “As propostas buscam apresentar diferenciais e a logística tem muito a contribuir nesse sentido.” Segundo Riva, “no mundo all line os erros são mais evidentes e mais cobrados e se hoje erramos menos é, em parte, porque temos mais ajuda das empresas de logística, que podem indicar e utilizar embalagens mais adequadas e promover economia maior no seu campo de atuação, beneficiando o cliente”. Referindo-se a resultados da pesquisa ele perguntou aos presentes se a fidelidade a uma empresa não se dá, apenas, porque nenhuma apresenta novidades, diferenciais. Outro ponto levantado por ele referiuse a custos: “Como agências e empresas de logística podem trabalhar juntas para oferecer mais e algo melhor a seus clientes, com custos menores?” No debate que se seguiu, Marcio Esher, da Banco de Eventos, e Aldo Pini, da Bullet, concordaram que o planejamento logístico é algo amplo, que envolve aspectos estratégicos, operacionais e especializações variáveis, de acordo com as necessidades e, que, portanto, o Comitê deveria abranger outras competências, além das que contempla atualmente. Marcio Esher ponderou que nem sempre o projeto de uma promoção está dentro da realidade e, por esse motivo “buscamos atuar desde seu princípio, junto com a criação, de forma a encontrar, de forma integrada, as melhores soluções também para minimizar custos”. Ele atentou para a economia de escala, para a necessidade de acordos de longo prazo entre agências e operadores, considerando a parceria fundamental, mas desde que não haja vínculo com um fornecer exclusivo. Já Aldo Pini informou que “a área de pré-produção está presente em muitas agências grandes atualmente, visando a redução de custos no volume anual de trabalho”. Em sua opinião, o processo criativo envolve a pré-produção, a qual precisa saber com antecedência quem fará a operadora logística parceira. Thiago Nascimento, da Newstyle, avaliou que num primeiro momento a criação deve ter liberdade total, para que depois se dê a integração com o operador logístico, já que tem instrumentos para auxiliar na busca por soluções menos onerosas. “Hoje, recebemos o planejamento logístico praticamente pronto, com data para entrega; se houver interação, a carga poderia ser distribuída em partes, em remessas sucessivas, de acordo com o caso”, sinaliza. Para Wagner Vitorino, da The Group, a empresa de logística deve atuar como consultora no processo de criação, embora hoje fique relegada a uma etapa posterior do projeto. Luís Fusco, da Art & Log, que participou da discussão, acrescentou que “o ideal é que atuem como consultoras logo após o processo de criação”, sendo complementado por Esher, para quem, “logo após o briefing do produto, deve haver a consulta ao operador logístico, para que esse possa apresentar rapidamente o orçamento”. Pini, por sua vez, levantou um aspecto a ser repensado: o fato das empresas apresentarem um valor único tanto para agências quanto para clientes finais, pois, com isso, dificilmente a agência quer se responsabilizar por esse serviço. Outro ponto que a seu ver deve ser estudado são os diferenciais que essas empresas poderiam oferecer. João Riva perguntou aos presentes se o fato das empresas de logística serem associadas da AMPRO faz alguma diferença no momento da contratação do serviço pelas agências. A resposta, de Márcio Esher, foi pronta: “Hoje, não, mas esse deve ser o foco futuro, algo a ser estimulado pelo Comitê.” Ele, ainda acrescentou que essas empresas devem oferecer condições diferenciadas para as agências e que o Comitê deve investir também nessa linha. Pino sugeriu a definição de critérios para a certificação das empresas de planejamento logístico na AMPRO e a criação de um selo de qualidade pela entidade, a ser largamente divulgado para o mercado publicitário e entre os clientes finais. Entre outros assuntos, no debate com o público também foi abordada a necessidade de melhoria no planejamento logístico relacionado ao transporte de pessoas nas viagens de incentivo, mediante a integração das agências especializadas nesse tipo de produto e as empresas de logística, e, ainda a divulgação às agências, de forma detalhada, dos aspectos relacionados ao trabalho das operadoras de planejamento logístico. Thiago Nascimento aproveitou a ocasião para parabenizar a AMPRO, frisando que a entidade “tem crescido muito e feito muito nas últimas gestões”. Na fase de conclusões, Carlos Ortiz declarou que “faltava esse tipo de discussão, que foi ótima, no Comitê”. Ele concordou com a necessidade de ampliar a abrangência desse organismo e pediu a colaboração de todos nesse sentido. Segundo ele, “nossas empresas vivem de equacionar questões comerciais, mas o Comitê se restringia a propor a profissionalização e o aperfeiçoamento da atividade. O debate demonstrou que devemos ir além disso, e também que o selo de qualidade da AMPRO é algo que poderá trazer benefícios para todos os envolvidos”. Para o segundo semestre de 2013, o Comitê já tem uma agenda de ações definidas. Entre elas, estão a divulgação ampla dos resultados da pesquisa mostrada, em primeira mão, naquela data, e que terá continuidade; o relançamento do Guia de Melhores Práticas em Planejamento Logístico para Live Marketing; a edição do Guia Fiscal e a ampliação dos estudos sobre o impacto das recentes alterações na documentação fiscal no dia a dia das ações promocionais. Sobre isso, o presidente do Comitê, acrescentou que a AMPRO está buscando formas de alterar a regulamentação fiscal vigente por meio de legislação especial, já que as normas e as multas aplicáveis “são impraticáveis”, prejudicando diretamente as empresas de logística, com repercussões negativas também nos outros elos da cadeia. Ainda fazem parte das tarefas previstas para este ano, a preparação de curso sobre o papel do planejamento logístico na estruturação das campanhas e ações promocionais e a participação do Comitê, junto com a AMPRO, na próxima Semana Acadêmica de Marketing Promocional (Sampro). Carlos Ortiz destacou a importância da aproximação com as universidades, já que “a área de logística é pouco explorada, apesar de ser um filão para a especialização dos profissionais”. Para finalizar, ele afirmou: “Há solução para a maioria das questões aqui levantadas. O aspecto do preço diferenciado para agências deverá ser estudado. Se as agências usarem e abusarem do conhecimento dos operadores logísticos será ótimo para todos, já que entre outros benefícios, chegaremos a significativas reduções de custos”. 30 DE JULHO DE 2013 Comitê de Operadoras de Viagens de Incentivo (COVIA) Objetivo: Em novembro de 2006, após três anos de entendimentos a Associação de Marketing Promocional (AMPRO) criou seu Comitê de Operadoras de Viagens de Incentivo (COVIA), que tem como objetivo diferenciar e posicionar as empresas desse segmento dentro do setor, bem como promover a regulamentação da atividade. Desde sua criação, o COVIA tem trabalhando para divulgar esse segmento entre os associados da AMPRO e os clientes corporativos. Isso vem se dando por meio do fornecimento de subsídios ao mercado para que conheça melhor as atividades dessas operadoras de viagens especializadas em marketing de incentivo e para que possa se beneficiar desse serviço. Entre as iniciativas do Comitê nesse período podem ser destacadas, entre outras, a elaboração e divulgação de manuais de boas práticas, como o voltado à contratação de viagens de incentivo e de coordenadores de incentivo (os quais também disponíveis no site da AMPRO). O COVIA atua em conjunto com as agências de marketing de incentivo, como um catalisador das discussões sobre as perspectivas e necessidades mercadológicas, de forma a impulsionar medidas que favoreçam o desenvolvimento do segmento. Para participar do Comitê, as empresas interessadas devem ter como atividade preponderante a promoção e a operação de viagens de incentivo, com estrutura consolidada, e ter projetos desenvolvidos e realizados neste segmento. Além disso, é fundamental trabalhar com fornecedores qualificados e cumprir o código de ética específico. O COVIA realiza a avaliação prévia das empresas antes de admiti-las como membros certificados, mesmo sendo associadas da AMPRO. Integrantes: Diretoria Wanderley Saldanha – Presidente do Comitê (Travel Idea) Débora Motta (Orbee Viagens Estratégicas) Stela Vilela Rosa Leal (Top Service) Titulares Silvio Sallowicz (Duo Turismo) Renata Franco (G.I. – Grupo de Incentivo) Edgar Werblowsky (Immaginare) Ibrahim Georges Tahtouh (IT Mice Travel Solutions) Silvia Maria Paes Leme (Nascimento Turismo)Manuela Silvestru (Orbee Viagens Estratégicas) Adrianne Pereira (Queensberry Viagens Especiais e Incentivos) Gilmar Pinto Caldeira (Top Service) Marco Bedia (Tour House) Suplentes Deborah Petrillo (Duo Turismo) Juliana Altruda (Duo Turismo) Daniela Marcouizos (G.I. – Grupo de Incentivo) Grace Cauzo (G.I. – Grupo de Incentivo) Cristiane Faria (Nascimento Turismo) Erica Tahtouh (IT MICE Travel Solutions) Juliana Medeiros (Immaginare) Rubia Andrade (Tour House) Evandro Panico (Travel Idea) O papel das operadoras de viagens de incentivo e sua relação com as agências de Live Marketing A reunião, ocorrida em 30 de julho, foi coordenada por Wanderley Saldanha, da Travel Idea e presidente do Comitê, e teve como tema central: “O papel das operadoras de viagens de incentivo e sua relação com as agências de Live Marketing”. Nesse contexto, o debate se concentrou em explorar as particularidades dessa atividade, a importância do especialista, o timing da operação e, ainda, as dificuldades existentes nas relações com as agências de Live Marketing e sugestões para sua superação. Inicialmente Saldanha ofereceu algumas informações sobre as viagens de incentivo, cujo foco é essencialmente motivacional, diferentemente de outros tipos de viagens: elas acontecem em grupo, são personalizadas, devem se consolidar como experiências de relacionamento únicas e gratificantes e requerem preparação especial. A operadora voltada a esse segmento é especializada em criar, planejar e executar roteiros de viagens dedicados para um público específico, com determinado perfil, objetivos e destino. Por isso, tem condições de assessorar as empresas contratantes com informações técnicas, novas possibilidades de roteiros e atividades exequíveis, agregando valor adicional ao projeto e expandindo seu impacto sobre os participantes. Em sua apresentação, frisou esse tipo de viagem “é mais do que um prêmio, é uma poderosa ferramenta do marketing de experiência e relacionamento. Por isso, ela envolve uma série de particularidades que somente uma empresa especializada na prestação desse tipo de serviço é capaz de atender, diferindo, tanto no conceito quanto na prática, das viagens de lazer oferecidas por agências de turismo convencionais.” Estas lidam com pessoas físicas, oferecendo pacotes padronizados, diferentemente das operadoras especializadas, capacitadas, que dispõem de estrutura adequada, know-how na inovação de roteiros, construção de passeios exclusivos e experiências únicas, moldadas de acordo com o perfil dos participantes e as necessidades do cliente. É por isso que, ao contratar esse tipo de fornecedor, a empresa terá um roteiro customizado, espaços e transportes exclusivos, além de comunicação, atendimento e gifts personalizados. De acordo com resultados de pesquisas norte-americanas, esse tipo de promoção tem efeito duradouro, de 10 a 12 anos, na memória residual do participante, seja ela positiva ou negativa. Por isso a importância de trabalhar com quem é especializado; qualquer deslize pode colocar todo o efeito positivo e motivacional a perder, além do residual. Pesquisas apontam a viagem de incentivo como o prêmio mais utilizado no mercado americano e de maior preferência dos participantes de campanhas. Esse ramo do mercado está em franca expansão, e existe ainda uma grande gama de clientes que desenvolvem viagens de forma própria, desconhecendo o poder de uma verdadeira viagem de incentivo. Por isso, como destacou o presidente do Comitê, as operadoras especializadas têm de ser vistas como as parceiras preferenciais no desenvolvimento de iniciativas de viagens motivacionais. Esse tipo de viagem exige do operador conhecimentos e esquemas logísticos peculiares. Como exemplos foram citados roteiros totalmente inviáveis: levar um grupo para New York durante reunião da Organização das Nações Unidas (ONU), quando a cidade se torna caótica e os custos muito elevados; programar viagem de incentivo para Dubai, em julho, diante de temperaturas escaldantes (inviabilizando qualquer tipo de atividade externa ao hotel); viajar para Fernando de Noronha com um grupo de 150 pessoas, quando o arquipélago limita o número de visitantes; entre outros. O operador precisa conhecer as restrições locais quanto à reunião de pessoas em parques, por exemplo, e, se for o caso, providenciar autorização prévia nos órgãos competentes. Segundo ele, “as agências têm de ver os operadores de incentivo como parceiros, como o ‘seguro’ de qualidade, que devem atuar conjuntamente desde o início do projeto proposto”. Isso porque detém informações essenciais sobre os destinos pretendidos, como agenda de grandes eventos, aspectos políticos, religiosos, clima, temporadas e estão atentas às eventualidades, como greves e intempéries. Essas instituições são responsáveis, em última instância, sobre o sucesso ou o fracasso de uma viagem de incentivo, devendo abranger, ainda, aspectos relacionados à segurança dos participantes, à sua saúde e documentos necessários. “Nossa meta no COVIA é mostrar para as agências e corporações como trabalhamos e sugerir formas de melhorar nossa parceria”, afirmou Wanderley Saldanha, ao abrir o painel de debates. Foi apresentada como recomendação às agências a abertura de concorrência com até três operadoras dedicadas, já que a dispersão de preços não é relevante. Outro ponto é dispor de um briefing bem detalhado, e também solicitar até três opções de roteiros para facilitar comparação e análise. Além disso, com muitos players envolvidos, sejam operadoras de viagens, ou o trade de diversos destinos, ocorre o enfraquecimento da negociação com a cadeia de fornecedores. Foi comentado que a maior parte das agências ainda não entende como funciona o quesito preço nas viagens de incentivo. Esse custo é diretamente determinado pelo bloqueio de assentos de transporte e de quartos para hospedagem, que foge da equação usual de “mais custa menos”: é definido um valor médio para cobrir esses custos. “Uma viagem para 10 pessoas pode ter custo individual inferior ao de uma viagem para 50”, exemplificou Ibrahim Georges Tahtouh, da IT MICE Travel Solutions e fundador do COVIA. Nessa linha, Rodrigo Napoli, diretor comercial da Avianca, salientou que uma “companhia aérea pode fazer vendas promocionais limitadas, de acordo com sua disponibilidade, pois não há como vender grande número das passagens de um voo com preço reduzido, pois isso seria inviável economicamente, por não cobrir os custos envolvidos no trajeto”. Bruna Duarte, diretora de vendas internacionais do Marriott Hotel, diz que os pedidos de última hora, bem como cancelamentos tardios, são grandes problemas para os hotéis, que têm de definir, com alguma antecedência, o staff necessário ao adequado atendimento do grupo e realizar compras de alimentos e outros itens. “Caso um evento internacional, por exemplo, seja cancelado no último momento, além de multas, a empresa terá de arcar com os custos da alimentação comprada antecipadamente, bebidas e transporte de equipamentos”, exemplifica. Conforme exposição de Wanderley Saldanha, o ideal é que uma viagem de incentivo comece a ser planejada de seis a oito meses antes de sua realização, (para eventos específicos e mundiais o ideal é no mínimo dois anos antes) para que possam ser avaliadas as opções disponíveis e se consiga o benefício de custos menores. “Por isso, a parceria entre operadora e agência deve se desenvolver desde o começo do projeto”, declara. Ibrahim Georges Tahtouh também se referiu à mudança no escopo da viagem durante o processo de organização, que leva à alteração nos custos, algo difícil de explicar para quem não está diretamente envolvido na negociação com fornecedores. Outro elemento levantado na discussão foi a pressão dos clientes quanto aos prazos de pagamento. Os palestrantes enfatizaram a inviabilidade do pagamento às operadoras se dar em 30 e 60 dias, e até em mais parcelas, após o retorno do grupo da viagem. “Os fornecedores têm como praxe, para garantir os bloqueios, ter um contrato assinado e sinalizado e o recebimento de 50% do valor total do pacote até um mês antes da realização da viagem”, disse Ibrahim no caso de projetos internacionais pelas normas é necessário o pagamento integral da viagem antes do embarque do grupo, concluindo que para as operadoras de viagens é impraticável trabalhar com aqueles prazos. Ao fim da reunião, Saldanha comentou sobre uma pesquisa a ser feita, especialmente entre as agências de Live Marketing, sobre suas práticas, necessidades e expectativas, procurando avaliar a percepção sobre as operadoras de viagens de incentivo, estimulando o trabalho conjunto. Na ocasião, restava verificar a melhor forma de efetivá-la. Comitê de Marketing de Incentivo Integrantes: Objetivo: Luiz Alberto de Salles Oliveira – Presidente do Comitê (CiaGroup) Sueli Brusco (SimWeb) Ricardo Albregard (Accentiv’ Mimética/ Edenred) O marketing de incentivo se constitui no conjunto de ferramentas utilizadas para estimular equipes internas, distribuidores e revendedores a atingirem objetivos e metas estabelecidas, oferecendo premiação e reconhecimento para as melhores performances. O Comitê de Marketing de Incentivo foi criado para reunir o maior número de empresas voltadas a essa atividade, com o objetivo de discutir diretrizes, de forma a impulsionar o desenvolvimento e o aprimoramento desse setor. Dentro desse cenário, se propõe a estabelecer e zelar pelo cumprimento de normas éticas de autorregulamentação dentro de sua área de abrangência e a organizar e/ou propor iniciativas em benefício das empresas integrantes do segmento, como a regulamentação ampla desse mercado. Entre essas iniciativas pode ser citada a contratação de estudos da Fundação Instituto de Administração (FIA) sobre lei que regulamenta os prêmios concedidos em campanhas motivacionais, concluído em 2008, que deu origem ao livro Marketing de Incentivo, lançado pela AMPRO nesse mesmo ano. Diretoria Titulares Paulo André Netter (Web Premios) Helder Castro (Total on Demand) Gilmar Pinto Caldeira (Top Service) Tânia Martins (Ability) Karina Freitas (Ability) Guilherme Lopes (Accentiv’ Mimética/ Edenred) Lourival Correia Jr. (CiaGroup) Dagoberto Tenaglia (HotShop Group) Antônio Adrião (HotShop Group) Anete Bekin (IncentivaMKT) Leandro Capozzielli (Infiniti Incentivo) Ione de Souza (SimWeb) Evolução do marketing de incentivo integrada aos conceitos de Live Marketing e marketing de incentivo: visão legal e institucional Dois temas centrais foram abordados durante a reunião do Comitê de Marketing de Incentivo, realizada no dia 30, sob a coordenação de Luiz Alberto de Salles Oliveira, da CiaGroup, presidente do Comitê: Evolução do marketing de incentivo integrado ao conceito de live marketing” e o segundo tema “Marketing de incentivo: visão legal e institucional”. O primeiro foi explorado na apresentação de Jorge Medauar Jr., da CiaGroup, mostrando o marketing de incentivo como uma importante ferramenta do Live Marketing. “Até recentemente, eu só possuía minhas experiências pessoais, vivenciais, sobre o marketing de incentivo. Porém, algumas pessoas realizaram estudos científicos e deram respaldo teórico aos argumentos favoráveis a essa prática”, declarou, citando os trabalhos realizados por Lucas Lima e Rafael Tonon, Daniel H. Pink, Jason Fried e David Heinemeier, Teresa Amabile, Mihaly Csikszentmihalyi e Mauro Cícero. Jorge Medauar afirmou que os protagonistas dessa atividade tiveram “de se reinventar”, pois as mudanças da sociedade e de seus valores forçaram o “renascimento” do marketing de incentivo, focado em outras bases. Segundo explicou, a história desse conceito se move por ondas de premiação e reconhecimento, sendo a inicial baseada na necessidade de sobrevivência, envolvendo a satisfação das necessidades básicas do ser humano. Num segundo momento, o objetivo era a realização do sonho e, agora, já se delineia um conceito diferente, que visa autonomia, excelência e propósito, e está baseado na verdade. Como eixos dessa evolução, ele citou que o incentivo se adaptou às novas estruturas de linguagem e às novas mídias; levou à criação de canais de relacionamento nas campanhas das empresas, para atingir novos públicos e novas necessidades; e à migração da necessidade de simples informação para o envolvimento, por meio da transformação comportamental e da necessidade de verdade nas iniciativas. “Antes, as campanhas eram estanques e se originavam em áreas independentes nas empresas, mas hoje, elas precisam estar integradas, como mostram exemplos que estão em prática de longa data, como na VW, Sadia, Caixa etc.”, disse o palestrante, acrescentando que campanhas de incentivo são capazes de integrar todas as áreas de uma empresa. “O marketing de incentivo pode fazer parte de outras campanhas, mais amplas, sendo capaz de potencializar as demais promoções, publicidades, experiências e o marketing direto, alinhando vários públicos e maior número de pessoas às estratégias e valores da empresa.” Ou seja, cria uma estratégia única, que propicia, ao mesmo tempo, fidelização, fortalecimento dos relacionamentos, integração das ferramentas de marketing e de todas as áreas da empresa. Mas, para isso, é preciso que o ser humano tenha um propósito, acredite em algo maior, e estar engajado na sua realização, pois somente assim estará motivado, avaliou, citando Daniel H. Pink: “Pessoas com autonomia para realizar tarefas em pleno domínio de sua capacidade podem alcançar ótimos resultados. Mas aqueles que o fazem a serviço de algum objetivo maior podem alcançar ainda mais.” Após a exposição de Jorge Medauar Jr., o presidente do Comitê, Luiz Alberto de Salles Oliveira, mostrou aos presentes, em primeira mão, o vídeo institucional sobre marketing de incentivo que, de forma ágil e de fácil compreensão, deverá reforçar os argumentos da AMPRO e do Comitê junto às instituições políticas federais, no tocante à regulamentação do mercado, também no aspecto fiscal. A explanação sobre o outro tema da reunião, “Marketing de incentivo: visão legal e institucional”,coube a Ricardo Albregard, advogado e gerente de relações institucionais do grupo Edenred. Ele deu início à palestra relacionando os requisitos legais de uma campanha: regulamento com regras claras, prazo determinado de duração (início e fim), metas atingíveis e não punitivas, divulgação ampla das regras, arquivamento (físico e/ou virtual) dos documentos da campanha e premiação eventual. Nesse campo, ele se ateve particularmente à importância do arquivamento dos documentos, que pode ser muito útil diante de eventual demanda judicial que questione a iniciativa, e no item relacionado à eventualidade da premiação. Esse aspecto, conforme destacou, dá margem para diferentes interpretações, porém, no livro patrocinado pela AMPRO, com respaldo jurídico, a doutrina determina que “se o prêmio faz parte de uma campanha com adesão facultativa, ele pode se caracterizar como eventual”. Ricardo Albregard acrescentou que já há jurisprudência trabalhista nesse sentido, apontando para uma tendência. Entretanto, conforme ponderou, “para o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), o prêmio faz parte da remuneração do empregado e sobre ele devem incidir benefícios trabalhistas, como a contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)” e, diante de uma decisão nessa linha, “as empresas podem reverter a decisão nos tribunais, num processo lento”. O advogado comentou as diferentes modalidades de prêmios, como troféu, mercadoria física, viagem, bem como os meios de entrega, como voucher, cartão de premiação, entrega em domicílio etc. Isso para abordar um ângulo delicado da premiação, relacionado ao Imposto de Renda (IR) sobre o prêmio. Conforme explicou, caso o prêmio acresça o patrimônio do premiado, a empresa terá de reter o IR e, na declaração anual de rendimentos do funcionário essa retenção tem de estar presente. “Embora não haja uma regra clara para isso, geralmente o fiscal autua a empresa diante do não recolhimento do imposto. A empresa promotora da campanha de premiação deve bancar esse custo com a verba de marketing do cliente. Isso precisa estar no orçamento da campanha. Por outro lado, tanto o prêmio quanto a verba da campanha tem de estar na declaração da empresa e podem ser deduzidos como custos operacionais”, explicou. No caso de o prêmio ser concedido a empregado registrado (CLT) e não ser caracterizado como eventual, sobre ele incidem férias, INSS, FGTS etc. Na hipótese de o prêmio ser concedido a terceiros, sem vínculo empregatício, sobre ele incidem: IRRF, INSS de 20%, mais 11% de INSS de retenção. A segunda parte da exposição foi dedicada aos elementos institucionais que envolvem a premiação. Ricardo Albregard declarou que “tanto no Legislativo quanto no Executivo a AMPRO luta pela regulamentação do tema, por meio de lei específica, que não deixe margem para dúvidas e que auxilie o desenvolvimento da atividade”. O trabalho do Comitê tem se concentrado na obtenção de pareceres jurídicos e econômicos, sua divulgação do site da entidade e a publicação em livros jurídicos, com distribuição ao Judiciário. Além disso, procura divulgar a atividade em eventos e apoiar ao projeto de lei nº 4 088/2012 (PL 4 088/2012), que tramita na Câmara dos Deputados. Essa proposição altera parágrafos do artigo 3º da lei nº 10 101/2000 que, entre outros pontos, dispõe sobre a premiação em programas de incentivo à produtividade. Ela define a trimestralidade para o pagamento de prêmios em bens ou serviços (não em dinheiro) e que os programas de premiação podem ser extensivos a terceiros, sem vínculo empregatício com a empresa. O PL, que é da autoria do deputado Pedro Eugênio (PT-PE) e que tramita apensado ao PL 694/2011, deverá receber parecer favorável do relator, o deputado Eduardo Campos (PSB-SP), de acordo com informações apuradas pelo palestrante. Em paralelo, a AMPRO tem mantido contato com o Executivo, com o vice-presidente da República, Michel Temer, que não descartou a possibilidade de edição da regulamentação por meio de medida provisória, e também com a Receita Federal. Comitê de Trade Marketing Objetivo: O Comitê de Trade Marketing foi criado com o objetivo de desenvolver e impulsionar essa área no mercado interno, por meio da busca constante de capacitação de profissionais, racionalização de processos e desburocratização da atividade, do estabelecimento de boas práticas de mercado e desoneração da carga tributária e trabalhista. Sua meta é passar a ser referência na área de trade marketing para fornecedores, clientes e empresas do ramo, fortalecendo os princípios da ética e o respeito às leis da livre concorrência. Entre suas atividades, está a produção e distribuição de materiais que fomentem condutas concorrenciais sadias dentro do setor, como o lançamento do Guia de Melhores Práticas em Trade Marketing, em 2011 e, agora, em 2013, da versão 2.0, além do Guia de Melhor Prática, com a seleção de agências de marketing promocional. Integrantes: Diretoria Jonathan Dangues – Presidente Comitê (Work Able) Patrícia Lanzoni – Vice-presidente (JPL Trade Marketing) Cátia Lanzoni – Secretária (JPL Trade Marketing) Membros: Karina (Ability Trade Marketing.) Alexandre Campos (Allis) Claudia (Boldness Comunicação ) Carol Rocha (Café Comunicação) Sandro Ari (CiaGroup) Claudio (GDA Ponto2) Sidney Porto (Gerencial Brasil) Stenio Souza (Itrademkt) Danilo Ribaldo (Kelly Services) Oberdan Lima (Laborh) Damião Mainan ( Man Power) Marcio (Megashare) Amir Krutman (Poptrade) Luciana Barreto (Smollan) Rose Paz (Solução 5) Wilson Soderi (WCR Promo) João Henrique Oliveira (Yes Promoções ) Marcos Carneiro (Sea Marketing) Marco (GDA Ponto 2) Ana Paula (Marco Consultora) Live Marketing e tendências mundiais: expectativas do varejo em relação à indústria e ao setor de serviços A reunião do Comitê de Trade Marketing, realizada no dia 30, foi iniciada com uma declaração de Márcia Cabral (da Ability Marketing), integrante do Comitê, precisando as características do trade marketing: “É o lado do Live Marketing que atua frente a frente com o consumidor, por meio de diferentes ações, no ponto de venda. Hoje 15 agências atendem especificamente essa área e aqui vamos discutir como se constroem ações diretas com o consumidor no momento da compra.” Ricardo Roldão, da Atacadista Roldão, foi o primeiro palestrante a se apresentar. Ele relatou a evolução da empresa, que começou como uma loja de balcão, em 1996, na Freguesia do Ó, bairro de São Paulo (SP). “No balcão sabíamos das necessidades do cliente ao vivo e em cores”, comentou, acrescentando que essa experiência fez com que hoje a empresa conte com 17 unidades, sendo a oitava maior rede atacadista do Brasil e a quarta de São Paulo, com faturamento de R$ 1,4 bi alcançado em 2012. A Atacadista Roldão dispõe, atualmente, de 300 produtos com marca própria (entre os 7 mil que comercializa), que foram previamente aprovados por clientes na indústria e também no ponto de venda, mas também vende similares da concorrência, pois o cliente quer ter a opções. Para desenvolver as vendas, segundo Ricardo Roldão, é preciso definir faixas de produtos, ponderando que “a indústria não está preparada para trabalhar o ponto de venda”. Na ocasião, ele citou um case de sucesso, verificado em uma das lojas, que contou com a participação do produtor. Tratava-se da ação envolvendo a Melão Rei, em que uma gentil promotora oferecia aos clientes pedaços da fruta para degustação. “Com isso, as vendas da Melão Rei nessa loja foram 12 vezes maior do que nas demais unidades, que não fizeram essa promoção”, afirmou o palestrante. Ele disse que nas lojas a decisão do cliente é muito rápida e que se houver uma pessoa bem treinada no ponto, isso “garantirá vendas e maior rentabilidade para o produto”. Porém, segundo ele, é preciso que haja organização, com quantidade de produto suficiente – e de boa qualidade – para suprir o aumento da demanda. Roldão enfatizou a importância do contato direto com os consumidores, lembrando o sentido de recente declaração do Papa Francisco, sobre a importância da proximidade da igreja com seus fiéis, em que este perguntava: “Quem consegue atrair as pessoas à distância?” “A Roldão distribui por mês cerca cinco milhões de tabloides promocionais, fora a revista bimestral; está no Facebook e na Internet, mas se o cliente se decepcionar no ponto de venda, todas as demais estratégias de marketing terão sido inúteis”, avaliou. O trade no shopper marketing foi o tema abordado por Simone Terra, diretora da Simone Terra Soluções de Mercado. Ela declarou que “o trade marketing nada mais é que um novo nome para um conceito que parte da antiga prática da degustação”. Em sua mais nova concepção, o trade marketing tem seu início na década de 90, definindo uma relação de médio e longo prazo entre estabelecimento e/ou marca/produto e consumidor, mas cujos efeitos também podem ser imediatos. “O cliente vai ao ponto de venda para ver marcas e produtos e a indústria e o varejo têm de se integrar, para propiciar uma boa experiência ao consumidor”, avalia. Conforme explicou, a jornada de compra começa muito antes de sua efetivação. Há a fase de planejamento, na qual o cliente define o que e onde vai comprar, decisões que são determinadas pelo conhecimento prévio, fora da loja, e, depois, pela atração que a loja exerce e pela persuasão de determinado corredor e gôndola. “É um caminho a ser percorrido”, segundo Simone Terra. “Se na gôndola a exposição ou a embalagem do produto é confusa, pode haver perda de vendas ou a mudança na preferência do consumidor por outro varejista”, exemplificou. A palestrante assinalou que hoje o consumidor entra na loja e, pelo celular, acessa outros estabelecimentos para comparar preços. Além disso, dependendo do perfil e do canal de compra a forma de comunicação precisa ser diferente. E apresentou uma série de cases em que todos os elementos citados foram devidamente trabalhados, como a da francesa Acuits, que apresenta um novo conceito. Ali, mediante uma foto, enviada pela Internet, o cliente recebe sua foto de volta com os óculos mais adequados; na loja, os óculos são apresentados como joias, sob feixe de luz, com escala crescente de preços, de fora para dentro da loja. Mas, como salienta a propaganda, é “Um luxo sem o preço do luxo. Que luxo!” Algo semelhante está sendo feito pela Avon, para a classe C: maquiagem virtual com a foto da cliente. “Isso é pré-shopping, é estímulo de venda”, destaca Simone. Ela citou também a rede de supermercados Simpli, da França, que mostra como comprar de forma simples, oferecendo informações ao consumidor, como, por exemplo, sobre os diferentes tipos de carnes e batatas mais recomendados para cada tipo de receita. A palestrante recomenda que as empresas de trade marketing pensem no shopper, e criem formas criativas e sustentáveis de impactá-lo em cada uma das etapas, quando ele está na sua casa (exposto à propaganda de TV, rádio, jornais, Internet e outras mídias), em trânsito (acessível por outdoors, mídias mobile, brindes, vending machines etc.), no ponto de venda (por meio de displays, faixas, materiais de comunicação, programas de relacionamento, oferta de cupons e de produtos para degustação, entre outros). E, para trabalhar adequadamente o ponto de venda, é preciso desenvolver as cinco etapas do que chamou de “processo shopper”: conhecer perfil, comportamento e valores do consumidor; segmentá-los em grupos semelhantes; mapear os pontos de contato com os shoppers; planejar a comunicação mais eficaz para cada ponto de contato, ao longo da jornada de compra; e, por fim, executar o plano de contato em colaboração com os canais de marketing. Dando prosseguimento ao evento, Marcos Carcagni, da Imbera Beyond Cooling, apresentou o case sobre a campanha de lançamento do novo sabor da cerveja Kaiser, para mostrar como trabalhar os diferentes aspectos relacionados a uma experiência de trade marketing. Conforme expôs, “o varejo moderno deve estar focado no atendimento das necessidades e desejos de seus clientes, procurando atingir seu coração com muita magia e sedução”. Para isso, a experiência de compra deve ser memorável e atender “ao desejo emergente dos consumidores por um processo de compra mais interativo, lúdico, personalizado, emocionante, envolvente e, portanto, marcante”. E foram esses os pontos observados, segundo o palestrante, para desenvolver, com verba reduzida, a promoção Fun Store da Kaiser, que visava conquistar o consumidor. Por meio de equipe experiente, foram feitas em supermercados intervenções e brincadeiras, com megafone, com jingle da propaganda que estaria na TV. “O agito despertava a curiosidade dos consumidores, que perseguiam o grupo e assistiam à apresentação que se desenvolvia no local da exposição da cerveja. Foi uma ação agressiva, mas não incisiva, que em algumas lojas gerou aumento de vendas pontual de até 400%”, declarou, dizendo, ainda que “como resultado, a indústria e o varejo ficaram satisfeitos e o consumidor, encantado”. Segundo Marcos Carcagni, a essência da iniciativa se baseou na fórmula de ação e reação, e foi muito positiva. Em sua opinião, a indústria tem de avaliar e investir em ações nessa linha, mas ponderou que a chave do sucesso está na mensagem da campanha sendo veiculada desde o pré-shopping, que precisa enfatizar a diferenciação do consumidor. Para ele, a mensagem deve ser simples e direta, pois o inusitado tende a acabar. Salientou, ainda, que há sempre o perigo de ações desordenadas, executadas ao mesmo tempo, colocarem todo o trabalho a perder. Para ilustrar, mostrou um cartoon, em que dois saltimbancos, por uma moeda, procuram cair nas graças de uma menina e tanto fazem para se superar nessa competição, que a moeda se perde. Ao concluir, avaliou que “o mundo deu uma guinada e, por isso, é preciso pensar além do agora, do imediato, e unir as forças da indústria, das agências e do varejo para mudar o que está aí. Por respeito ao shopper, por amor ao consumidor, nossa visão de negócios deve se pautar na real essência do Live Marketing.” Ao término da exposição e da reunião, Patrícia Lanzoni, presidente da JPL Trade Marketing Results e vice-presidente do Comitê, reforçou os objetivos daquela reunião, que eram o de juntar os três apoios do trade marketing – indústria, varejo e agências –, fortalecendo os preceitos da ética e a necessidade de profissionais capacitados. FICHA TÉCNICA Organização Associação de Marketing Promocional (AMPRO) Presidente do 1º Congresso Brasileiro de Live Marketing Kito Mansano Coordenação de Conteúdo Thais Bellani Redação e Revisão Palavra Bem Escrita Diagramação e Arte Karina Margente Assessoria de Imprensa Máquina de Notícia Fotografias Luciana Serra e Luciana Paz ANEXOS Relação de vídeos exibidos durante o 1º Congresso Brasileiro de Live Marketing. Vídeo 1 – Live Marketing Vídeo 2 – Origem e evolução do Cirque Du Soleil Vídeo 3 – Bustour – Cirque Du Soleil Vídeo 4 – Trident Vídeo 5 – Depoimento Luciano Huck Vídeo 6 – Nike Futebol Vídeo 7 – Natura Uma Vídeo 8 – Coca Cola Vídeo 9 – Será o Windows 8 assim tão simples? Vídeo 10 – Windows Campus Tour Video 11 – LollaPaloosa 2013 Vídeo 12 – Porta dos fundos Vídeo 13 – Pizza Lovers Only Vídeo 14 – Acorda