1 Revista Canavieiros - Agosto de 2013 2 Revista Canavieiros - Agosto de 2013 Editorial D 3 Nova fenasucro e 27 a 30 de agosto acontece em Sertãozinho a 21ª edição da Fenasucro, considerado o maior evento mundial em tecnologia e comércio para usinas e profissionais ligados ao setor sucroenergético. É o principal encontro de toda cadeia sucroenegética. Este ano a feira conta com 550 expositores em um espaço de 70 mil metros quadrados. Os organizadores esperam receber 35 mil visitantes, oriundos de 20 Estados e mais de 30 países, e gerar negócios na ordem de 2,2 bilhões de reais. Sendo assim, como Destaque desta edição, a Canavieiros traz a coletiva realizada para imprensa de Sertãozinho e região, onde foi apresentada as novidades da 21ª Fenasucro. Ainda em Destaque, a revista mostra a realização do 9º Insectshow – Seminário Nacional sobre Controle de Pragas em Cana-de-açúcar, que aconteceu em Ribeirão Preto nos dias 24 e 25 de julho e reuniu mais de 600 pessoas. Durante os dois dias de evento foram discutidas as principais pragas de cana-de-açúcar, procedimentos para controle e progressos das pesquisas. Sempre em busca de novas tecnologias e da excelência em atendimento, a Canaoeste firmou parceria com a multinacional BASF no projeto Harpia, antes aplicado apenas em Usinas. O objetivo desta parceria é quantificar áreas e otimizar recursos como insumos e mão de obra. Inicialmente o projeto irá beneficiar mais de 200 produtores associados a Canaoeste. A assinatura desta parceria aconteceu em Sertãozinho, no auditório da associação, no dia 02 de agosto. Veja a matéria completa na Reportagem de Capa deste mês. Em entrevista exclusiva a Canavieiros, a gerente de Marketing Cultivos Cana BASF, Graciela Mognol, falou sobre a realização do projeto Harpia com a primeira associação, os benefícios que pode agregar aos fornecedores e a tecnologia utilizada neste projeto. Confira! Na coluna “Caipirinha”, o professor Marcos Fava Neves faz uma reflexão sobre dois textos que foram publicados na imprensa. O primeiro mostra a decisão que o país tem que tomar entre produzir 30 bilhões de litros de etanol ou importar este volume de gasolina. Já o segundo texto reflete uma visão sobre os movimentos da agricultura das próximas décadas. O consultor José Osvaldo Bozzo assina o Ponto de Vista “Agronegócio – ficção ou realidade?” e o diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Corrêa, escreve sobre o cenário atual do setor sucroalcooleiro. Em Notícias Copercana, a Canavieiros traz o X Encontro sobre a Cultura do Amendoim, realizado em Jaboticabal, nos dias 15 e 16 de agosto. Na ocasião, o gerente da Uname (Unidade de Grãos da Copercana), Augusto Strini Paixão, palestrou sobre o modelo de produção usado pela cooperativa no amendoim, informações de mercado no mundo e futuro da cultura. Em Notícias Canaoeste, o leitor poderá conferir a realização da 6ª reunião do Grupo Técnico da Orplana, que reuniu técnicos das associações vinculadas a Orplana para discutir sobre o uso da agricultura de precisão e custos de produção. O artigo Técnico do mês é assinado pelo engenheiro agrônomo da Canaoeste, Ricardo Parisoto, que escreve sobre as plantas daninhas Mamoma, Mucuna e Melão de São Caetano, que atormentam o produtor rural. O gestor de Planejamento, Controle e Topografia da Canaoeste, Thiago de Andrade Silva, traz o Acompanhamento da safra 2013/2014, com dados obtidos até a segunda quinzena de julho em comparação com os obtidos na safra 2012/2013 no mesmo período. Em Assuntos Legais, o advogado da Canaoeste, Juliano Bortoloti, explana sobre o prazo, a forma e o procedimento para entrega da DITR (Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural) e a (Des)oneração tributária de produtos da cesta básica (parte II). Confira também as informações setoriais do mês de julho e os prognósticos climáticos para os meses de setembro e outubro divulgadas pelo consultor, Oswaldo Alonso. O leitor ainda poderá encontrar dicas de leitura e português. Boa leitura! Conselho Editorial RC Expediente: Conselho Editorial: Antonio Eduardo Tonielo Augusto César Strini Paixão Clóvis Aparecido Vanzella Manoel Carlos de Azevedo Ortolan Manoel Sérgio Sicchieri Oscar Bisson Equipe de redação e fotos: Carla Rodrigues, Fernanda Clariano e Rafael H. Mermejo Comercial e Publicidade: Marília F. Palaveri (16) 3946-3300 - Ramal: 2008 [email protected] Impressão: São Francisco Gráfica e Editora Editora: Carla Rossini - MTb 39.788 Tiragem DESTA EDIçÃO: 23.000 exemplares Projeto gráfico e Diagramação: Rafael H. Mermejo ISSN: 1982-1530 A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente aos cooperados, associados e fornecedores do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred. As matérias assinadas e informes publicitários são de responsabilidade de seus autores. A reprodução parcial desta revista é autorizada, desde que citada a fonte. Endereço da Redação: A/C Revista Canavieiros Rua Augusto Zanini, 1591 Sertãozinho – SP - CEP:- 14.170-550 Fone: (16) 3946.3300 - (ramal 2190) [email protected] www.revistacanavieiros.com.br www.twitter.com/canavieiros www.facebook.com/RevistaCanavieiros Revista Canavieiros - Agosto de 2013 Foto divulgação 4 Ano VII - Edição 86 - Agosto de 2013 - Circulação: Mensal Índice: Capa - 24 Canaoeste e Basf firmam parceria para transferir tecnologia de monitoramento via satélite aos canaviais O objetivo é quantificar áreas e otimizar recursos como insumos e E mais: mão de obra; para isso será utilizado o serviço recém-apresentado Coluna Caipirinha ao mercado canavieiro, o Harpia® .................página 08 05 - Entrevista Ponto de Vista .................página 13 Graciela Mognol Gerente de Marketing Cultivos Cana da BASF Projeto Harpia é disponibilizado para associados à Canaoeste Nova Fenasucro .................página 26 9º Insectshow .................página 28 Informações Setoriais .................página 30 12 - Artigo Antes da Porteira .................página 32 José Osvaldo Bozzo Consultor tributarista e sócio da MJC Consultores, é formado em Direito Agronegócio – ficção ou realidade? Assuntos Legais .................página 36 14 - Notícias Copercana - Copercana Orindiuva “faz a diferença” - Copercana participa do X Encontro sobre a Cultura do Amendoim em Jaboticabal 18 - Notícias Canaoeste - 6ª reunião do Grupo Técnico da Orplana - Dispositivo legal para proteger canavieiros foi defendido no Senado 22 - Notícias Sicoob Cocred - Balancete Mensal 34 - Artigo Técnico Mamoma, Mucuna e Melão de São Caetano Plantas daninhas que atormentam o produtor rural Ricardo Parisoto - Agrônomo da Canaoeste de Barretos Acompanhamento de safra .................página 38 Cultura .................página 42 Agende-se .................página 43 Consecana .................página 45 Notícias do Setor .................página 47 Safra de Grãos .................página 49 Classificados .................página 50 Revista Canavieiros - Agosto de 2013 5 Entrevista Projeto Harpia é disponibilizado para associados à Canaoeste A Canaoeste, consciente da importância dos danos e prejuízos causados pelo ataque de pragas nas lavouras de cana-de-açúcar, tornou-se a primeira associação de fornecedores a firmar parceria com a empresa multinacional BASF no Projeto Harpia, antes realizado apenas com usinas. A assinatura da parceria foi consolidada no dia 02 de agosto, no auditório da Canaoeste, em Sertãozinho. De acordo com a gerente de Marketing Cultivos Cana da BASF, Graciela Mognol, o principal objetivo deste projeto é recuperar as áreas com baixa biomassa de cana-de-açúcar, aumentando a produtividade e qualidade do produto final. Em entrevista exclusiva à Revista Canavieiros, Mognol falou sobre a realização do projeto Harpia com a primeira associação, os benefícios que pode agregar aos fornecedores, a tecnologia utilizada e as dificuldades encontradas pelos produtores no monitoramento de seu canavial. Confira! Graciela Mognol Foto: Divulgação BASF Carla Rodrigues Revista Canavieiros: O que é o projeto Harpia? Graciela: O Harpia é um sistema de monitoramento que captura imagens via satélite convertendo-as em um mapa georreferenciado que permite um monitoramento mais eficiente dos canaviais. O Harpia opera por meio de uma análise espectral de imagens, onde uma de suas principais vantagens está no fato de oferecer informações de toda a área analisada, de forma ampla e completa. Revista Canavieiros: Qual é seu objetivo principal? Graciela: Oferecer uma ferramenta/serviço capaz de informar onde es- tão os problemas através de imagens georreferenciadas, com informações antes do corte da cana para otimizar a mão de obra, o rendimento operacional e o tempo nas usinas. O objetivo principal do Harpia é recuperar as áreas com baixa biomassa de cana de açúcar, aumentando a produtividade e qualidade do produto final. Revista Canavieiros: Como este projeto pode ajudar na produção da lavoura? Graciela: O serviço permite quantificar as áreas com diferentes índices de biomassa, ou seja, alta, média ou baixa biomassa. Assim, auxilia o produtor a tomar decisões mais assertivas no ma- nejo das áreas com baixos índices, promove uma melhoria do gerenciamento do uso de fertilizantes, defensivos, mão de obra, maquinário e dos insumos em geral. O grande objetivo é a recuperação destas áreas e consequentemente recuperação da produtividade e qualidade do produto final. Revista Canavieiros: Quais são os recursos tecnológicos disponibilizados pela Basf no Harpia? Graciela: Os principais recursos tecnológicos são: a disponibilização de uma ferramenta de agricultura de precisão que é a tecnologia de geoprocessamento de dados (Harpia) através do uso de imagens de satélite. Como recurso também está a mão de obra capacitada e pronta para treinar as equipes de campo das usinas/fornecedores para fazer o correto diagnóstico dos problemas apontados nos mapas. Harpia integra-se à estratégia da BASF de fornecer não só produtos fitossanitários eficientes, mas uma gama completa de serviços que tenham como objetivo o aumento de produtividade, rentabilidade e, consequemente, da sustentabilidade das lavouras. Revista Canavieiros: Hoje, quais são as principais dificuldades que o produtor encontra para monitorar seu canavial? Revista Canavieiros - Agosto de 2013 6 Graciela: Atualmente o monitoramento é realizado através de observações visuais e o tradicional levantamento de campo. Esse levantamento demanda uma grande quantidade de mão de obra, hoje um recurso cada vez mais escasso no campo, o que torna o serviço de alto custo, baixo rendimento operacional e pouco eficiente. Revista Canavieiros: Quais são as principais causas de perdas na lavoura hoje? Graciela: Levando-se em conta a dificuldade de monitoramento assertivo das lavouras, as grandes causas de perdas de produtividade que podemos citar são: ocorrência de pragas, plantas daninhas, doenças, compactação de solo e fertilidade. Revista Canavieiros: No caso das pragas e doenças, quais são as que oferecem mais riscos e danos aos canaviais? Cite suas características. Graciela: Pragas: Sphenophorus Levis - os ataques ocorrem tanto em cana-planta quanto em socas. Os sintomas são: amarelecimento das plantas, aparecimento de canas mortas na touceira, falhas em rebrota nas canas-socas e acúmulo de serragem em abertura de galerias nos “rizomas”. Em áreas mais infestadas os prejuízos podem ser superiores a 30 t cana/ha/ ano, além de reduzirem significativamente a longevidade do canavial. Migdolus fryanus - as larvas de M. fryanus destroem o sistema radicular da cana-de-açúcar de qualquer idade, perfurando-os em todos os sentidos e alimentando-se dele. Em cana-de-açúcar, atacam o rizoma, podendo destruí-lo totalmente. Os efeitos são mais evidentes durante os períodos em que as plantas estão sujeitas ao déficit hídrico, quando é possível encontrar números elevados de larvas junto às touceiras. Por viver debaixo da terra e só sair na superfície por um curto período de tempo - para as revoadas de acasalamento - a praga é difícil de ser encontrada, o que dificulta seu controle. Os danos ao canavial são irreparáveis: desde a queda de produtividade até a perda da plantação. Doença: Ferrugem Alaranjada - assim como a ferrugem marrom, a disseminação dos esporos ocorre pelo vento, mas ambas podem ser distinguidas pela coloração dos esporos, formato das pústulas, distribuição das lesões nas folhas, e miscroscopicamente, pela ornamentação dos esporos. Os sintomas iniciais caracterizam-se por lesões pequenas, amarelas alongadas, as quais evoluem para a formação de um halo alaranjado necrótico a medida que aumentam de tamanho Revista Canavieiros: A Canaoeste é a associação pioneira neste projeto, que até então era realizado apenas em unidades industriais. Fale um pouco sobre esta parceria com a Basf. Graciela: A Canaoeste será a pioneira no Harpia, disponibilizando o serviço aos seus associados que são Revista Canavieiros - Agosto de 2013 fornecedores (pequenos, médios e grandes) de cana de açúcar. O grande objetivo é levar a agricultura de precisão para agricultores que até o momento não se utilizavam desta ferramenta para gerenciar os seus canaviais. Esta primeira etapa da parceria atingirá uma área de 30.000 ha, com aproximadamente 230 produtores (associados) que vão se beneficiar do “Know How” da Canaoeste e BASF. Revista Canavieiros: Como você acha que os associados à Canaoeste serão beneficiados com esta parceria? Graciela: A Canaoeste está consciente da importância dos danos e prejuízos causados principalmente pelo ataque de pragas nas lavouras de cana-de-açúcar. Por isso, a parceria, assim como o projeto, são inovadores. O grande objetivo é atacar os problemas de forma racional e assertiva visando a recuperação das áreas e consequentemente aumentando a produtividade.RC 7 Revista Canavieiros - Agosto de 2013 8 Coluna Caipirinha E O agro é provavelmente a única grande oportunidade aberta ao Brasil xcepcionalmente nesta edição especial da Canavieiros para a Fenasucro 2013 eu gostaria de trazer dois textos publicados na grande imprensa para que o setor canavieiro também possa ver o diálogo promovido entre eles e as oportunidades que estão abertas a nós. Morando no exterior, estou cada vez mais convencido que a sociedade brasileira, se tem chance grande em algo, este algo é o agro. O primeiro texto mostra a decisão que temos que tomar entre produzir aqui no Brasil 30 bilhões de litros de etanol ou importar este volume de gasolina. Foi publicado no Estadão, no dia 27/07/13, e teve bastante impacto em termos de mensagens e debates. Produzir etanol ou importar gasolina? Em recente evento de etanol realizado pela UNICA (União da Indústria da Cana-de-açúcar) em São Paulo, um técnico do Ministério das Minas e Energia projetou o consumo adicional de combustíveis dos automóveis ciclo Otto (gasolina ou flex) em 25 a 30 bilhões de litros em 2020. O objetivo deste artigo é discutir como suprir esta demanda adicional. Do lado da oferta, é fato que teremos pouco crescimento na produção de gasolina. Restariam então duas alternativas à sociedade brasileira: produzir etanol (A), ou importar gasolina (B). Optando pela A, com a ampliação e construção de novas Usinas, reativando os setores de bens de capital e também o setor agrícola, trazendo milhões de hectares de pastos para produção de cana, poderiam ser gerados quase 100 mil empregos diretos no interior do Brasil e com estes investimentos dar um empurrão no preguiçoso PIB brasileiro. Também geraria açúcar exportável para contribuir na balança comercial, e com a cogeração de eletricidade à partir do bagaço, desligar as caras térmicas movidas a óleo. Pesquisa feita em Quirinópolis (GO) e em Caarapó (MS) mostrou os bene- fícios econômicos, sociais e ambientais do investimento em cana. Em Quirinópolis, antes de duas usinas chegarem (2005), existiam 1000 empresas e 5 mil empregos formais. Seis anos após, eram 3300 empresas e 11 mil empregos, com o salário médio saltando de R$ 700 para R$ 1500. A arrecadação de ISS multiplicou por 10 e a de ICMS pulou de R$ 8 milhões para 25 milhões. A usina de cana gera renda nova, que circula no município e é amplamente distribuída via salários, impostos e aquisições de produtos e serviços, movimentando setores como construção civil, restaurantes, comércio. Gera um efeito multiplicador, basta visitar estes municípios e conhecer o “Brasil chinês”, empreendedorismo puro. Após análise da competitividade do Brasil em diversos setores sob um enfoque internacional, fica a questão: que outra alternativa de desenvolvimento tão rápida teriam estes municípios do interior do Brasil? Imaginar o impacto de 80 novas usinas planejadas em 80 cidades do interior gerando riqueza. Fora isto, ter a segurança energética que todos os países buscam e o Brasil caminha em sentido contrário. Se a opção for a B, de importar gasolina, além de abrir mão dos benefícios acima, é necessário gerar excedentes de exportação para pagar por este combustível importado. Vale lembrar que a balança comercial apresenta em 2013 o pior resultado em quase 20 anos, fruto da perda da capacidade competitiva das nossas empresas, por fatores amplamente conhecidos. Supondo em 2020 um preço de US$ 1 por litro, seriam quase US$ 30 bilhões gastos por ano para importar a gasolina. Setores que hoje conseguem exportar, que são os poucos ligados ao agronegócio (carnes bovina, suína, frango, café, papel e celulose, suco de laranja e algodão) terão que dobrar exportações Revista Canavieiros - Agosto de 2013 Marcos Fava Neves em apenas seis anos somente para pagar esta gasolina, uma solicitação desejável, porém infactível. Portanto, como a sociedade brasileira pagará se optar pela B? Existe infraestrutura logística para receber este volume? Ainda deve ser considerado e precificado que a opção B, uma vez que a gasolina é extremamente mais poluente que o etanol complicará na questão ambiental. A proposta de se retomar a incidência da CIDE (Cotribuição de Intervenção no Domínio Econômico) no preço da gasolina feita pelos prefeitos, investindo e estimulando via redução de preços, o transporte coletivo poderia ter efeito neutralizado na inflação e daria grande impulso ao etanol. A sociedade precisa optar entre A ou B. Se for A, está no limite para que dê tempo, afinal, faz cinco anos que este cenário é conhecido. Com meu viés de geração de valor e renda, empreendedorismo, desenvolvimento econômico, criação de posições de trabalho para inclusão social, potência ambiental e de segurança energética, voto A. Haja limão: Alguém achar que a B é a melhor e conseguir nos convencer disto. 9 O segundo texto reflete uma visão um pouco mais ampla que somente a de combustíveis, mostrando os movimentos da agricultura nas próximas décadas. Foi feito especialmente para o Valor Econômico e saiu como opinião em 09/08/13. 9 questões para 9 bilhões A Universidade de Purdue, nos EUA, lançou pesquisa mundial, contando com a participação da USP, chamada de “9 questões para 9 bilhões”. O estímulo foi o nascimento do habitante de número 7 bilhões, que representa um marco no desenvolvimento da humanidade. A população mundial deve atingir a marca de 9 bilhões, e provavelmente se manter nesse patamar, por volta de 2050. O agronegócio, e consequentemente a sociedade brasileira, tem se beneficiado desse crescimento do consumo mundial, pois pulamos de uma exportação de US$ 20 bilhões em 2000 para provavelmente mais de US$ 100 bilhões em 2013, com claras possibilidades de se atingir US$ 200 bilhões em 2020. A safra de grãos chega a 184 milhões de toneladas e a renda da agricultura e pecuária chega a R$ 450 bilhões em 2013, um recorde de geração e distribuição de renda. Vivemos a era do consumo mundial de alimentos, puxado pelos fatores de principal impacto, que são o crescimento populacional, urbanização, desenvolvimento econômico, distribuição de renda, programas governamentais de acesso a alimentos, como os recém implementados na China e na Índia, o uso de terra para biocombustíveis e bioprodutos e para geração de eletricidade. Estima-se que a economia global crescerá 3,3% ao ano até 2022, puxada pelo mundo emergente, com média de 5,6% ao ano, com destaque para a China, 7,8%, e a Índia com 7,5%. Os emergentes se tornarão os grandes com- pradores dos nossos alimentos, pois em 2020 serão 82% da população consumidora (China e Índia serão quase 40%). África e Oriente Médio responderão por 50% do aumento da importação global de carnes e outros alimentos e a China deve importar 25 milhões de toneladas de milho e 100 milhões de soja, sendo a maior parte do Brasil. Graças a este consumo viveremos décadas de enorme pressão em cima dos recursos produtivos, que são a terra, a água, as pessoas (recursos humanos), a tecnologia, a informação, a conectividade, o crédito, os governos e instituições, a capacidade de armazenagem, de transporte e, finalmente, a capacidade de gestão. As sociedades que tiverem estes recursos, que é o caso do Brasil, com amplo estoque de solo, água e clima para colocar à disposição do consumo mundial, e souberem manejá-los melhor, estarão à frente na promoção de Revista Canavieiros - Agosto de 2013 10 seu desenvolvimento econômico, social e ambiental, puxado pelas exportações de alimentos. O Brasil passa por grande crescimento nos custos de produção, devido ao manejo insuficiente de alguns dos recursos citados acima. O problema logístico, que causará um prejuízo de US$ 4 bilhões aos produtores em 2013, é apenas um exemplo que preocupa não apenas a nós, mas ao mundo consumidor. É fundamental que seja feita uma avaliação das principais preocupações que os sistemas de produção agrícola devem enfrentar no mundo, identificando nove dos maiores desafios que a agricultura e a indústria de alimentos enfrentam ou enfrentarão, avaliar sua situação e como o conhecimento está se desenvolvendo para guiar futuras pesquisas e estruturar discussões relacionadas a como alimentar, vestir e movimentar o mundo de maneira sustentável. Vamos às nove questões: 1- O crescimento econômico e aumento de renda vão permitir uma adequada distribuição de recursos, suficientes para comprar alimentos adicionais e melhorar sua ingestão nutricional? 2- Quais serão as características demográficas de saúde e exigências nutricionais da futura população? 3- Os recursos estarão disponíveis para suprir o esperado aumento de demanda por produtos agrícolas relacionados a alimentos, rações, combustíveis, fibras, plásticos, eletricidade, entre outros? 4- As políticas dos governos irão impedir ou impulsionar a produção e produtividade agrícola? 5- Qual será o aumento de produtividade e capacidade de produção agrícola mundial que as tecnologias e inovações proporcionarão? 6- Como estão os solos, recursos hídricos, para suprir alimentos de maneira sustentável sendo social e ambientalmente responsável e economicamente viável? 7- Como os transportes e logística e as políticas internacionais serão adequados e dispostos para levar a produção ao consumo? 8- Como as mudanças climáticas, incluindo o aquecimento global e maiores variações de pluviosidade e temperaturas, vão impactar na localização dessas produções agrícolas? 9- Quais serão as informações, conhecimentos, habilidades e competências necessárias para fazer frente ao aumento da demanda mundial? Estas discussões e este grande crescimento das importações mundiais de alimentos abrem ao Brasil uma enorme oportunidade. Trata-se provavelmente do único setor ou negócio produzido no país que apresenta, após os nossos portos, chances tão claras de exportações, de venda de produtos e de colocar nossa sociedade no primeiro mundo. Para aproveitar esta oportunidade o Brasil deve agir para melhorar o uso dos seus recursos, seja na remoção dos entraves logísticos, de armazenagem, tributários, trabalhistas, financeiros, ambientais, de governança, de pesquisa, de seguros, de segurança no campo, entre outros há muito tempo apontados. Quanto mais cedo o Ministério da Agricultura, num país onde o agronegócio representa mais de 35% do PIB, receber do governo federal o devido holofote, sendo blindado, fortalecido e ocupado por técnicos qualificados, coordenando todos os esforços desta área de alimentos, bioenergia, mais cedo a sociedade brasileira conquistará esta renda do consumo mundial para ser aqui amplamente distribuída. Precisa-se sair do Brasil para ver que a capacidade do agronegócio brasileiro de responder a essa demanda mundial é internacionalmente reconhecida. Falta o reconhecimento nacional, não apenas em palavras, mas em ações efetivas, em prioridade e capacidade de implementação de estratégias. É uma chance única que se abriu a nossa sociedade. Desejo uma boa Fenasucro a todos. Tenho certeza que poderia ser mais vigorosa e animada se tivéssemos um comando melhor no nosso país, que pudesse ver as amplas oportunidades discutidas neste diálogo entre meus dois textos. Com certeza as vendas e investimentos seriam muito maiores. Haja limão com esta falta de visão e de gestão... Antes de concluir, para não perdermos a característica da coluna, o homenageado do mês é o Arnaldo Luiz Corrêa, diretor da Archer Consulting. Arnaldo semanalmente nos brinda com uma análise do mercado, recebida em nossos e-mails, uma leitura muito agradável e informativa. MARCOS FAVA NEVES é professor titular de planejamento e estratégia na FEA/USP Campus Ribeirão Preto e coordenador científico do Markestrat. Em 2013 é professor visitante internacional da Purdue University. As fotos mostram a experiência de usar etanol (E85) nos EUA e os rendimentos do carro para os entusiastas do biocombustível RC Revista Canavieiros - Agosto de 2013 11 Revista Canavieiros - Agosto de 2013 12 Ponto de Vista Agronegócio – ficção ou realidade? José Osvaldo Bozzo* S empre debatendo sobre a questão atual do Agronegócio, em específico em relação ao setor sucroalcooleiro, ficamos, às vezes, com a impressão de que vivemos de pura ficção, ou seja, aquilo que não existe efetivamente e que, em geral, excluímos de uma visão realista. Negativo. O segmento voltado para este setor tem forma, estratégias, planejamentos, e tende a crescer de forma sustentável se oportunidade de desenvolvimento houver. Renovar os canaviais é uma delas e significa gerar mais fertilidade e para isso há que se ter sustentabilidade. O Agronegócio brasileiro é sempre destinado com esperança pelo setor, pois tem sido, nas últimas décadas, uma das bases mais sólidas da economia. Existe uma preocupação do governo em relação ao setor no que diz respeito ao equilíbrio sustentável com questões de natureza tecnológica. Porém, alguns representantes do segmento argumentam que há certa incerteza frenética quanto à possível falta de energia. A partir daí pode ocorrer ausência de segurança alimentar razão pela qual se faz necessária uma avaliação da situação atual aos grandes riscos e as preocupações que podem existir em relação ao crescimento populacional e de renda, sempre atentando para uma visão voltada para o Agronegócio. CANAVIAIS - A questão da reforma dos canaviais, um dos tripés da cadeia produtiva, é uma das razões de sustentabilidade e de crescimento, pois é a agricultura que move o agronegócio e, consequentemente, tem que contribuir para a produção de alimentos e de energia. Percebe-se nas últimas safras uma alta nos custos agrícolas, de maneira que tem de haver, urgentemente, uma redução destes dispêndios de modo que a produção se mantenha em patamares que atendam à demanda das fábricas, sem deixá-las ociosas. É aí que percebemos de fato o custo no Brasil, o que reduz drasticamente a envergadura produtiva que existe nas áreas agrícolas, aliado a outras fontes de energia que poderiam abastecer o mercado energético, porém, não o fazem por outras dificuldades setoriais. Outra questão que deve se levar em conta é o quão o setor agrícola é importante à indústria petrolífera. Já debatemos este assunto em inúmeras ocasiões e apontamos que o etanol tem como premissa maior a de maximizar o seu uso em contrapartida ao do petróleo. Trata-se de uma alternativa eficiente, limpa e, de certa forma, mais atrativa sob vários aspectos. PRÉ-SAL - Cogita-se muito a descoberta do Pré-sal, porém, ainda é tímida a sua aparência, seus benefícios, sua capacidade de gerar riquezas e o quanto irá prospectar de energia para o país. Diferentemente disso, temos o agronegócio que, embora ainda merecedor de alguns problemas, é uma atividade em pleno vapor, gerando fontes de energia limpa e grande empreendedor na geração de empregos. Há que se ter em mente que o setor precisa de uma avalanche de mudanças. É preciso dar credibilidade pela sua notoriedade que até então expôs o país. Ou seja, desenvolver uma visão mais contundente de negócio ao invés de pensarmos em algo que ainda é uma ficção. São necessárias mudanças, como uma política austera que possa trazer uma melhor evolução ao setor, seja de ordem fiscal, seja por linhas de crédito mais atraentes. O desenvolvimento da cadeia deve estar alinhado a uma nova visão do setor, acabando de vez com o estigma de crendices de que sempre teve o agronegócio. FUTURO - Certo é que o país precisa resolver e contribuir para um problema que se aproxima cada vez mais: a escassez mundial de alimentos e de energia. O agronegócio não é uma ficção, é uma realidade e de forma sutil, que foi se expandindo no decorrer dos anos. Uma realidade funcional que sempre deparou suas expectativas e trouxe sustentabilidade e credibilidade à nação. Trata-se de um negócio baseado em uma ampla cadeia produtiva. Além disso, ainda há outras pendências a serem resolvidas em outros segmentos. São questões relacionadas propriamente à Revista Canavieiros - Agosto de 2013 José Osvaldo Bozzo terra cultivada, as normas que a balizam, como por exemplo, a floresta, além de outras preocupações. Essa demanda quer queira, quer não, estão implicitamente ligadas, por alguma forma, à sustentabilidade alimentar e precisa ser tratada com uma aparição geral, pois o Brasil é um dos maiores destaques mundiais no segmento alimentar e deve se posicionar cada vez mais sobre este debate. Veja que só a cana-de-açúcar ocupa aproximadamente 1,5% da área destinada à produção de energia, o que nos favorece frente a outros países, no entanto, ainda temos, como já tratamos aqui e em outras ocasiões, a questão da renovação dos canaviais. Isto é ponto emergente, para ontem. É preciso considerar que o etanol é um produto renovável, por isso, deve haver uma redução dos seus impostos frente à gasolina. O mesmo deve ser aplicado ao açúcar. Esse stress poderia se resolver, caso o governo adotasse medidas que valorizassem mais os nossos produtos, cujo maior beneficiário seria a própria nação brasileira. Isso pressupõe a adoção de métodos e processos modernos em todas as etapas da cadeia que, de quebra, acompanham o alimento do campo à mesa, incluindo nesta empreitada, as empresas que efetivamente são reais – a agroindústria – e não fictícias. *Consultor tributarista e sócio da MJC Consultores, é formado em Direito. Foi também sócio da BDO e da KPMG e professor de Planejamento Tributário na USP – MBA de Ribeirão Preto.RC 13 Cenário para setor sucroalcooleiro *Arnaldo Luiz Corrêa N o mercado internacional, a queda nos preços do açúcar acumula perdas de 13,75% no ano. Mesmo com a desvalorização do real que diminui esse impacto para as usinas brasileiras, o efeito não deve ser o mesmo nos países produtores de açúcar que competem com o Brasil. O real sofreu uma desvalorização de quase 11% desde o início do ano, enquanto a moeda indiana teve queda de 8% e a moeda tailandesa pouco menos de 1%. Para as usinas sem passivo em dólar, o efeito da desvalorização cambial praticamente compensou a queda das cotações do açúcar no mercado internacional. Por outro lado, nossos principais compradores China, Rússia e Oriente Médio, tiveram valorização (caso da moeda chinesa, que valorizou 3,75% no acumulado do ano) ou basicamente nenhuma mudança. A demanda mundial de açúcar, apesar da queda no consumo quando os preços negociaram acima dos 30 centavos de dólar por libra-peso há cerca de três anos, volta a se expandir gradualmente, o que vai fazer com que mais açúcar tenha que ser oferecido no mercado internacional para atender a essa demanda. Somem-se a esse quadro o preço alto do açúcar negociado em alguns países consumidores e o crescimento do consumo de combustíveis no Brasil, que vai continuar a demandar potencialmente mais etanol para alimentar a crescente frota brasileira de veículos leves. O consumo mundial de açúcar cresceu em média 1,6% ao ano nos últimos cinco anos, alguma coisa em torno de 2,7 milhões de toneladas de açúcar por ano. O Brasil deve continuar a ser o principal fornecedor, além de abastecer internamente um mercado que consome vorazmente 12 milhões de toneladas de açúcar por ano. Arnaldo Luiz Corrêa O consumo de combustíveis no país cresce anualmente cerca de 3 bilhões de litros. Para atender esse consumo interno de combustível ao aumento de consumo de açúcar no mercado doméstico e ainda manter sua participação no mercado internacional de açúcar, o setor sucroalcooleiro precisa moer a cada ano, um adicional mínimo de 35-40 milhões de toneladas. Ou seja, em três anos (para a safra 2016/2017), o Centro-Sul precisaria produzir 700 milhões de toneladas aproximadamente. Vai conseguir? Difícil. Para isso, o Centro-Sul precisaria construir mais 20 usinas com moagem média de 5 milhões de toneladas. Um investimento estimado em US$ 13.5 bilhões. Além disso, os gargalos logísticos por falta de infraestrutura, insegurança jurídica no cumprimento de contratos e falta de regras definidas na formação de preço dos combustíveis afastam possíveis investidores que não se atrevem a colocar dinheiro num setor que depende do humor do governo. *Arnaldo Luiz Corrêa é gestor de riscos e diretor da Archer Consulting, empresa especializada em gestão de riscos, mercado futuros, opções e derivativos agrícolas para commodities agrícolas e estratégias de negócios para a agroindústria.RC Revista Canavieiros - Agosto de 2013 14 Notícias Copercana Copercana Orindiuva “faz a diferença” Desde 2011 a cooperativa se faz presente na região através de um escritório de atendimento aos cooperados; em breve, a Copercana inaugura mais uma filial em Paulo de Faria Carla Rossini “ A chegada da Copercana em Orindiuva foi excelente. Aqui é uma região bem poluída de cooperativas e a concorrência é muito forte. Por isso, a cooperativa precisava mostrar algo diferente e para isso precisava ter profissionalismo, assistência técnica, disponibilidade de produtos e bons preços. A Copercana veio para cá com esse propósito e hoje é a cooperativa que mais vende na região”, disse Fernando Faustino, gerente agrícola da Oricana – Associação dos Fornecedores de Cana de Orindiúva. A Oricana é parceria da Copercana desde abril de 2011, quando a cooperativa abriu um escritório de atendimento em Orindiuva. O objetivo era atender à necessidade dos produtores de cana, soja e milho da região, que sofriam com a demora na entrega de produtos, preços e prazos de pagamentos inadequados. “Quando precisávamos de produtos tínhamos que nos deslocar para Rio Preto que fica a mais ou menos 100 quilômetros daqui. Além dos custos com combustível e viagem, o nosso trabalho era prejudicado com o tempo perdido nas estradas”, afirmou o produtor rural e cooperado Norio Nomyama, fornecedor mais antigo da Usina Moema, do Grupo Bunge que fica no município. “A Copercana “caiu do céu” para nós. Sou filiado a várias outras cooperativas, Colaboradores da Copercana e cooperados no escritório que fica localizado na Rua Gil Cândido da Silva, 400 - Centro - Tel. (17) 3816-1275 Norio Nomyama Pedro Esrael Bighetti e Fábio Antônio Barbosa da Copercana; Fernando Faustino e Leonel Salomão Sabino da Silva da Oricana Revista Canavieiros - Agosto de 2013 Arnaldo Marquez Monteiro de Barros mas nenhuma delas teve uma proposta tão boa quanto a da Copercana”, completou Nomyama. Para manter a excelência nos serviços prestados a Copercana disponibiliza um engenheiro agrônomo que atende os 63 cooperados que fazem parte do seu quadro social na região. O agrônomo Fábio Antonio Barbosa, visita as propriedades e realiza a comercialização dos produtos agroquímicos, calcário, gesso e implementos agrícolas. “A Copercana é parceira da gente. Utilizo bastante a assistência técnica para a 15 correta aplicação dos insumos e o Fábio me atende muito bem. Faço parte do Projeto Soja da Copercana e estou muito satisfeito com a cooperativa”, disse o cooperado Arnaldo Marquez Monteiro de Barros, produtor de cana, soja e seringueira em Paulo de Faria. Juralberto Pereira da Silva Pedro Esrael Bighetti - “Lelo”, diretor da Copercana O diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti foi o idealizador do escritório em Orindiuva e também é o responsável pela abertura de uma filial da Copercana e um Posto de Atendimento da Sicoob Cocred em Paulo de Faria. “Eu acredito nessa região que é muito promissora e tem excelentes produtores. Gente disposta a trabalhar e produzir que precisavam do apoio de uma cooperativa forte e com credibilidade como a Copercana”, afirmou Lelo Bighetti, como é conhecido o diretor da cooperativa. “Desde que instalamos o escritório em Orindiuva contamos com a colaboração e parceria da Oricana. Por isso quero fazer um agradecimento especial ao presidente da associação, Roberto Cestari”. “Costumo dizer que a vinda da Copercana para Orindiuva e a nossa parceria é um trabalho feito em duas mãos: o produtor tem respaldo técnico e comercial. O Lelo entendeu o que queríamos e o jeito de trabalhar da Copercana foi desenvolvido para satisfazer as necessidades dos produtores, da Oricana e da nossa região”, comentou Fernando Faustino. Depoimentos: “A Copercana ter vindo para Orindiuva foi muito bom. O atendimento é excelente e quando precisamos de um produto a entrega é rápida. Com a inau- guração da Loja de Ferragens em Paulo de Faria, acredito que vai ficar ainda melhor. Nós compramos na Copercana pelas vantagens que ela oferece e também pelo atendimento diferenciado”. Juralberto Pereira da Silva – produtor rural de Orindiuva e cooperado desde 2011 O prédio em reforma onde será instaladas as filiais da Copercana e Sicoob Cocred em Paulo de Faria Dauro Nunes dos Santos Filho Roberto Kitagawa “Desde quando abriu a Copercana em Orindiuva, o trabalho dos produtores rurais foi bastante facilitado. Utilizo muito a assistência que o agrônomo (Fábio) nos oferece através das visitas nas propriedades e assim compro os produtos que ele recomenda. O Fábio me atende prontamente e isso é muito bom. Esse ano eu visitei o Agronegócios Copercana e gostei muito. Uma feira bem organizada, oferecendo tudo o que a gente precisa: máquinas, implementos e insumos. Adquiri bastante produtos. Estava com condições boas de preço e prazo, que é o que procuramos, consegui o que queria com facilidade”. Roberto Kitagawa – produtor rural de Riolândia e cooperado desde 2012 “Desde que me formei em 1997, vim para a fazenda do meu pai e comecei a produzir cana. A vinda da Copercana para cá facilitou o nosso dia a dia porque a nossa região é formada por uma maioria de pequenos produtores e a região estava muito carente de uma cooperativa que desse esta assistência que a Copercana nos oferece. Acredito que é uma parceria muito boa entre a Copercana e os produtores da região. Tenho certeza que a Copercana terá um futuro muito bom aqui. Queria parabenizar o Lelo, que é o nosso representante direto na Copercana, pelo trabalho e confiança que está depositando em nossa região”. Dauro Nunes dos Santos Filho – Cooperado desde 2012 RC Revista Canavieiros - Agosto de 2013 16 Notícias Copercana Copercana participa do X Encontro sobre a Cultura do Amendoim em Jaboticabal Durante o evento, a Secretária de Agricultura, Mônika Bergamaschi, assinou a resolução de criação da Câmara Setorial da cadeia produtiva do amendoim Fernanda Clariano N os dias 15 e 16 de agosto, aconteceu o X Encontro sobre a Cultura do Amendoim, no Centro de Convenções da UNESP/FCAV, em Jaboticabal. O evento foi coordenado pelo professor Pedro Luis Alves, do departamento de Biologia da UNESP Jaboticabal. Estiveram presentes, a secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi, o vereador e presidente da Câmara Municipal de Jaboticabal, Wilson dos Santos, o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Jaboticabal, Sérgio de Souza Nakaji, o coordenador da Codeagro, Cleiton Gentile, representando a chefia do Departamento de Biologia da Unesp de Jaboticabal, o professor Rogério Carvalho, o professor José Correa Netto, pesquisadores, técnicos, produtores, estudantes e colaboradores da Uname (Unidade de Grãos da Copercana), dentre eles, o gerente da Unidade, Augusto César Strini Paixão que ministrou palestra sobre “A cultura do amendoim na visão da Copercana”. Na abertura do evento, o professor Pedro Luis Alves, falou sobre a importância da cultura do amendoim. “A cultura do amendoim vem evoluindo muito, tanto na parte de novas cultivares, como na qualidade do plantio e da colheita e com isso, vem ganhando espaço, mas ainda precisa conquistar novos espaços”, disse o professor. Ainda durante a abertura, a secretária Mônika Bergamaschi, assinou a resolução de criação da Câmara Setorial da cadeia produtiva do amendoim. “Conversamos muito sobre a cultura do amendoim nos últimos dias para que hoje pudéssemos formalizar a 30ª Câmara Setorial no órgão da Secretaria da Agricultura. As Câmaras Setoriais são importantes porque nelas, conseguimos coordenar todo o segmento da cadeia produtiva. Fico feliz com mais essa Câmara constituída, sabemos que a falta de áreas para a expansão da produtividade é um grande problema a ser enfrentado Augusto César Strini Paixão, gerente da Uname para que se possa colocar mais amendoim no campo e assim crescer, mas com certeza, eventos como esse são fundamentais e o próprio trabalho da Câmara, afim de que possamos reconhecer quais são os gargalos”, disse a secretária, que aproveitou também para falar das linhas de créditos que estão à disposição dos produtores rurais. “Nós temos realizado várias iniciativas exclusivamente para médios e pequenos produtores. Hoje temos linhas de financiamentos a juro zero para aquisição de máquinas, tratores e implementos e outras 29 linhas a 3% ao ano, pois agricultor no vermelho não pensa no verde. Só quero que saibam que a Secretaria da Agricultura está à disposição dos produtores, principalmente agora que temos nas Câmaras Setoriais mais um canal nos ligando”, afirmou a secretária. Durante as palestras, os participantes tiveram acesso a informações relevantes sobre o mercado atual do amendoim, através de temas como: A cultura do amendoim na visão da Copercana e da Coplana; Produção e mercado do amendoim na última década; As doenças do amendoim na Argentina; Manejo das plantas daninhas na cultura do amendoim; Avanços da mecanização agrícola na cultura do amendoim; Novas cultivares de amendoim; Amendoim transgênico – é possível?; Pragas problemáticas na cultura do amendoim; Nutrição e adubação do amendoim, além de espaços técnicos BASF e Syngenta. Revista Canavieiros - Agosto de 2013 Nadia Segatto Strini Paixão, Augusto Cesar Strini Paixão, Edgard Matrangolo Junior, Juliano José Valério, Thiago de Souza Zarinello, Dirceu Pardo Godoi O gerente da Uname, Augusto César Strini Paixão, em sua apresentação, fez uma breve explanação sobre a Copercana, o modelo de produção usado pela cooperativa no amendoim, informações de mercado no mundo, consumo e produção e a visão do futuro da cooperativa. “Hoje o amendoim representa 12% do faturamento da cooperativa, que conta com duas unidades de recebimento, uma em Sertãozinho e a outra em Herculândia. Reunimos 45 produtores na região de Sertãozinho e Tupã. E este ano, tivemos uma produtividade média de 181 sacas. Temos como objetivo para a próxima safra, incrementar em 10% a produtividade média, chegando a 200 scs/ ha; investir em secagem, armazenagem e aumento da capacidade em Sertãozinho e Herculândia”, disse Augusto. O coordenador do encontro, Pedro Alves, ainda comentou sobre o lançamento da Câmara Setorial do Amendoim. “Comemorar os dez anos do encontro com o lançamento da Câmara Setorial, mostra uma grande maturidade e isso é muito importante. É um reconhecimento da Secretaria do Estado. Esperamos através da Câmara Setorial ter voz, que a secretária nos ouça, o Governo Federal nos ouça, que essa falta de área de plantio, da falta de produtos registrados para a cultura, seja herbicida, fungicida, inseticida, a demanda por alimentos envolvendo o amendoim, tudo possa começar a tomar novos rumos a partir de agora”, concluiu o professor. RC 17 Revista Canavieiros - Agosto de 2013 18 Notícias Canaoeste 6ª reunião do Grupo Técnico da Orplana O encontro reuniu técnicos das associações vinculadas a Orplana Da redação F oi realizada em Sertãozinho, no dia 19 de julho, a 6º Reunião de 2013 do Grupo Técnico da Orplana (Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil). O encontro aconteceu no Auditório da Canaoeste e contou com a presença dos técnicos de várias associações vinculadas a Orplana. Dentre os assuntos apresentados, o associado à Canaoeste e produtor, Víc- Técnicos e Agrônomos acompanharam as palestras Manoel Ortolan, presidente da Orplana e Canaoeste tor Campanelli, discorreu sobre “O uso de Agricultura de Precisão na cultura de Cana-de-açúcar”. Ainda durante a reunião, a equipe do IEA (Instituto de Economia Agrícola), Katia Nachiluk e Marli Dias Mascarenhas Oliveira, apresentaram os “Custos de Produção elaborados pelo IEA”. Geraldo Majela de Andrade Silva, Manoel Ortolan, Gustavo Nogueira, Ênio Roque de Oliveira O gestor Operacional da Canaoeste, Gustavo Nogueira, agradeceu a participação de todos e destacou a importância da realização destes eventos e encontros, que promovem a socialização do conhecimento como também a integração entre os técnicos das associações vinculadas a Orplana. RC Dispositivo legal para proteger canavieiros foi defendido no Senado R epresentantes de todo o setor sucroenergético do país, participaram de uma reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na manhã do dia 14 de agosto, que teve como finalidade apresentar um novo dispositivo legal para proteger os produtores brasileiros de cana-de-açúcar. O senador Jim Argello (PTB-DF), relator da proposta, também participou do encontro. Participaram da reunião representantes da Unida - União Nordestina dos Produtores de Cana; Feplana - Federação dos Plantadores de Cana do Brasil e a Orplana - Organização dos Plantadores de Cana da Região do Centro-Sul, através de seu presidente, Manoel Ortolan. Também participaram do evento, os industriais por meio da Unica - União da Indústria da Cana e do Fórum Nacional Sucroenergético. O objetivo principal da proposta de Representantes do Setor Sucroenergético durante reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros modernização da legislação sobre a produção canavieira no país, prima por proteger as funções exercidas pelas associações de fornecedores, legitimando a representação de seus associados. Revista Canavieiros - Agosto de 2013 “E ainda garantir o direito/dever delas acompanharem o recebimento da cana pela indústria e a análise de sua qualidade”, disse o presidente da Unida, Alexandre Andrade Lima.RC 19 Revista Canavieiros - Agosto de 2013 20 Revista Canavieiros - Agosto de 2013 21 Revista Canavieiros - Agosto de 2013 22 Notícias Sicoob Cocred Balancete Mensal - (prazos segregados) Cooperativa De Crédito Dos Produtores Rurais e Empresários do Interior Paulista - Balancete Mensal (Prazos Segregados) - Julho/2013 - “valores em milhares de reais” Sertãozinho/SP, 31 de Julho de 2013 Revista Canavieiros - Agosto de 2013 23 Revista Canavieiros - Agosto de 2013 24 Canaoeste e Basf firmam parceria para transferir tecnologia de monitoramento via satélite aos canaviais O objetivo é quantificar áreas e otimizar recursos como insumos e mão de obra; para isso será utilizado o serviço recém-apresentado ao mercado canavieiro, o Harpia® Da redação P ara auxiliar o produtor de cana-de-açúcar a mapear e gerenciar o seu canavial, a BASF e a Canaoeste firmaram no dia 2 de agosto na sede da associação em Sertãozinho, uma parceria que fornecerá acesso ao serviço Harpia a mais de 200 produtores associados da Canaoeste. A tecnologia da BASF permite quantificar as áreas dos canaviais com falhas e baixo índice de biomassa, além de melhorar o gerenciamento do uso de fertilizantes, defensivos agrícolas e de mão de obra. A primeira etapa da ação prevê o monitoramento de 30 mil hectares em 20 municípios da região de Bebedouro. “Um dos compromissos da BASF é buscar soluções de forma assertiva para recuperar os canaviais e aumentar a produtividade e qualidade da lavoura. O acordo com a Canaoeste reforça essa visão”, afirma Marcelo Ismael, diretor de Negócios Especialidades da BASF para o Brasil. O Harpia é um sistema que captura imagens via satélite convertendo-as em um mapa georreferenciado que permite um monitoramento mais eficiente dos canaviais. Uma de Manoel Ortolan (Canaoeste) e Marcelo Ismael (Basf) assinaram o contrato de parceria do projeto Harpia suas principais vantagens está no fato de oferecer informações de toda a área analisada, de forma ampla e completa. A Canaoeste é a primeira associação a receber a tecnologia Harpia. Até então, o serviço era oferecido apenas para grandes usinas. Para o presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, o setor necessita de novas tecnologias que aumentem a produtividade das la- Revista Canavieiros - Agosto de 2013 vouras. “O Harpia vai contribuir com isso”, destaca. Ainda segundo Ortolan, o serviço contempla os pilares ambiental, econômico e social da sustentabilidade. “O produtor passará a aplicar produtos apenas nas áreas em que realmente há necessidade, otimizando os custos de produção e melhorando sua renda. Assim, poderá gerir o seu negócio com inteligência e criatividade”, destaca o executivo. 25 Arnaldo Sanches (consultor), Brasilino Garcia (BASF), Marco Chinelato (BASF), Luis Carlos Amorin (BASF), Fabrício Catissi (BASF), Marcelo Ismael (BASF), Gustavo Nogueira (Canaoeste), Manoel Ortolan (Canaoeste), Antonio Eduardo Tonielo (Copercana), Pedro Esrael Bighetti (Copercana), Luiz Carlos Tasso Jr. (Canaoeste) e Francisco César Urenha (Canaoeste) Representantes e diretores da Canaoeste e da BASF participaram da cerimônia de assinatura do contrato, entre eles o presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan e o diretor de Negócios Especialidades da BASF para o Brasil, Marcelo Ismael, que assinaram o contrato da parceria. O gestor técnico operacional da Canaoeste, Gustavo Nogueira e o coordenador de marketing cana, citros e amendoim da BASF, Fabrício Catissi fizeram as apresentações iniciais da reunião. O diretor da Canaoeste, Luiz Carlos Tasso Júnior fez uso da palavra para agradecer o empenho das equipes da BASF e da associação envolvidas com o projeto. “Só gostaria de agradecer o empenho das equipes já que a busca pela excelência e o comprometimento de todos neste projeto, com certeza irá nos ajudar a fortalecer ainda mais essa associação”, disse Tasso Júnior. Após o encerramento do evento, Marcelo Ismael falou com a redação da Revista Canavieiros: “estamos felizes e muito satisfeitos em ter fechado essa parceria. Foram alguns meses de discussão para chegar à fórmula ideal, pois essa é uma parceria 100% perfeita de complemento e de conhecimento dos dois lados. A BASF desenvolveu a tecnologia do Harpia que é o georreferenciamento e o monitoramento através de um satélite das áreas para podermos entender quais são as áreas que têm um potencial produtivo maior e menor. Em parceria com a Canaoeste nessas áreas de menor potencial produtivo, o técnico da associação fará uma visita para identificar qual é o problema e porquê está apresentando o potencial de produção menor. Assim será possível fazer as recomendações e correções dessas áreas. Nossas perspectivas são imensas, um trabalho como esse abre portas para muitas outras tecnologias que podem vir, e podemos chegar a ter 100% da área da Canaoeste mapeada e mais im- Luiz Carlos Tasso Júnior, diretor da Canaoeste agradeceu o empenho das equipes da Basf e da associação envolvidas com o projeto portante, mapeada em detalhes, talhão a talhão onde o associado vai entender exatamente quais são as áreas em que está muito bem e quais as áreas dentro da propriedade que têm um problema e que precisa corrigir e ter ganho de produtividade”, disse Ismael. Harpia A tecnologia Harpia caracteriza-se por ser um serviço específico para atender demandas recorrentes sobre mensuração do desenvolvimento da biomassa ou de identificação de possíveis ocorrências de pragas e outros danos nas lavouras de cana-de-açúcar, através de imagens de satélite. Harpia integra-se à estratégia da BASF de fornecer não só produtos fitossanitários eficientes, mas uma gama completa de serviços que tenham como objetivo o aumento de produtividade, rentabilidade e, consequemente, da sustentabilidade das lavouras. RC Revista Canavieiros - Agosto de 2013 26 Destaque I Nova Fenasucro é apresentada à imprensa O auditório da Canaoeste foi palco para o encontro técnico de lançamento da Nova Fenasucro 2013, que acontece de 27 a 30 de agosto, no Centro de Eventos Zanini Da redação O CEISE Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis), em parceria com a Reed Multiplus e Reed Exhibitions Alcantara Machado, organizadores da feira, realizaram na manhã de 1º de agosto, no auditório da Canaoeste, uma coletiva para a imprensa de Sertãozinho e de toda a região para o lançamento da Nova Fenasucro 2013, com o objetivo de apresentar as novidades da 21ª edição da feira, além da programação completa e os eventos paralelos. Este ano, a feira conta com 550 expositores em um espaço de 70 mil metros quadrados, onde os organizadores esperam receber 35 mil visitantes, de 20 Estados e mais de 30 países e gerar negócios na ordem de 2,2 bilhões de reais. Ainda irá contar com eventos paralelos como: o 2º Datagro CEISE Br Conference – Fenasucro, o 1º Seminário Transporte e Logística – Esalqlog / Pecege, o 1º Congresso de Automação e Inovação Tecnológica Sucroenergética (ISA – Sociedade Internacional de Automação), o Seminário Agroindustrial STAB, o Seminário GEGIS, a reunião GERHAI, a Rodada Internacional APLA/APEX, a Rodada Nacional FORIND SP e o Prêmio MasterCana Centro Sul (JornalCana). Além da imprensa, participaram também da coletiva, o presidente da Copercana e da Sicoob Cocred, Antônio Eduardo Tonielo, o presidente da Canaoeste e da Orplana, Manoel Ortolan, o diretor da Copercana, Pedro Esrael Bighetti, o presidente do CEISE Br, Antônio Eduardo Tonielo Filho, os diretores da Fenasucro, Augusto Balieiro e Fernando Barbosa, o presidente da Datagro, Dr. Plínio Nastari, o secretário da Indústria e Comércio de Sertãozinho, Carlos Roberto Liboni e o representante da UNICA (União da Indústria da Cana-de-açúcar) em Ribeirão Preto, Sérgio Prado. O presidente do CEISE Br, ressaltou a importância e a responsabilidade da entidade em realizar a feira. “A Fenasucro é palco para mostrarmos o nosso potencial em tecnologia. A feira que chega à sua 21ª edição é reconhecida mundialmente e recebe visitantes e potenciais compradores e nós, enquanto entidade, estamos otimistas que o setor vai voltar a demandar e crescer. Temos acompanhado sinais de reação do setor, a exemplo do maior número de financiamentos, o que vai ajudar toda a cadeia produtiva”, disse Tonielo Filho. Presidente de honra da feira pelo segundo ano consecutivo, Antonio Eduardo Tonielo, comentou sobre a Fenasucro, a atual situação da cadeia produtiva da cana-de-açúcar, a concorrência que o setor enfrenta com a gasolina e as perspectivas de melhora e crescimento. “Queremos que o pessoal venha prestigiar a Fensaucro e ver o que tem a oferecer. Eu acho que essa é uma hora boa para que todos os industriais participem e confiram as novidades porque a Fenasucro sempre apresentou grandes novidades e tenho certeza que este será mais um ano importante”, afirmou Tonielo. Manoel Ortolan, disse que a Fenasucro é uma verdadeira vitrine comercial, geradora de bons negócios. “Que essa feira dê um ânimo a todos, que os negócios se viabilizem e que possamos movimentar um pouco mais as nossas atividades”, disse Ortolan. Responsáveis pela organização da feira, os diretores da Reed Multiplus, Fernando Barbosa e Augusto Balieiro, apresentaram as novidades da edição de 2013, bem como a programação paralela ao evento. “Este ano, a Fenasucro integra outras duas feiras, a Agrocana e a Forind SP, reunindo assim, no mesmo espaço, cerca de 550 empresas, nacionais e internacionais, das áreas agrícola, processos industriais e fornecedores industriais, além da estreante logística e transporte”, contou Balieiro. “O grande diferencial deste evento é a parte de conteúdo, além da feira ser a maior vitrine mundial do setor, ela tem muita força nos seus eventos simultâ- Revista Canavieiros - Agosto de 2013 Augusto Balieiro, Fernando Barbosa (Multiplus), Antonio E. Tonielo Filho (Ceise Br), Antonio Eduardo Tonielo (Copercana), Manoel Ortolan (Canaoeste), Sérgio Prado (Unica) neos a começar pelo evento de abertura que é o Datagro CEISE Br Conference Fenasucro, que temos a satisfação em receber esta equipe desde o ano passado, gerenciando e coordenando este evento que terá grande impacto, será um fórum de discussões e que fará parte da abertura oficial do evento”, ressaltou Fernando Barbosa. O Presidente da Datagro, Plínio Nastari, explanou sobre a parceria de sucesso na realização da 2ª Datagro CEISE Br Conference Fenasucro. “O nosso objetivo é gerar conhecimento através de nomes de peso do setor, que vão discutir políticas públicas de investimento e financiamento, o atual cenário do açúcar e do etanol, além das perspectivas de mercado. Para isso, a conferência será dividida em cinco painéis. Nossa expectativa é de reunir no teatro municipal de Sertãozinho, mais de 400 líderes de negócios, especialistas e autoridades do setor sucroenergético”, explicou Nastari. Representando o Prefeito Municipal, José Alberto Gimenez, o secretário de Indústria e Comércio, Carlos Roberto Liboni, comentou a importância da proporção do evento, que movimenta a economia da cidade. “A Fenasucro é uma ferramenta extremamente importante para a economia de Sertãozinho e também da região, pois alinha tecnologia, política e muitas outras questões. O que todos nós queremos independente de sermos pessoas jurídicas ou físicas é vender mais e vender melhor aquilo que nós temos e isso a Fenasucro tem muito a oferecer”, afirmou Liboni. RC 27 Revista Canavieiros - Agosto de 2013 28 Destaque II 9º Insectshow - Seminário Nacional sobre Controle de Pragas em Cana-de-açúcar Evento realizado em Ribeirão Preto reuniu mais de 600 pessoas para discutir as principais pragas da cultura canavieira Carla Rodrigues N os dias 24 e 25 de julho, aconteceu em Ribeirão Preto, o 9º Insectshow – Seminário Nacional sobre Controle de Pragas em Cana-de-açúcar - no Centro de Convenções da cidade. O evento foi realizado pelo Grupo Idea e reuniu mais de 600 pessoas ligadas ao setor sucroenergético, provenientes de oito Estados brasileiros: Alagoas, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Durante os dois dias de Seminário, foram abordadas as principais pragas de cana-de-açúcar, procedimentos para controle, recomendações e progressos das pesquisas de campo e laboratório desenvolvidas pelas empresas e institutos. A primeira apresentação foi realizada pelo consultor internacional, Filiberto Oscar Terán, que palestrou sobre “Nível de dano ecológico e uso seletivo das medidas de controle”, onde discorreu sobre manejo ecológico de pestes, inseticidas microbianos, a diferença entre o crescimento populacional de uma espécie em equilíbrio e uma oportunista, agricultura de precisão, as principais doenças da cana no Brasil e seus controles. Na mesma oportunidade, o consultor lançou o livro “Manejo ecológico de plagas de la caña de azúcar”, onde aborda as principais causas para o aumento das pragas e doenças na cultura canavieira, como o abuso de agroquímicos e agrotóxicos e as mudanças climáticas. Segundo Terán, atualmente, “as companhias agrícolas enfocam apenas a parte econômica, mostrando aos agricultores e usinas como podem ganhar dinheiro e rendimentos com a utilização dos produtos, deixando de lado o equilíbrio necessário para uma boa produção”. Os engenheiros agrônomos, José Francisco Garcia, da Global Cana e Mar- celo da Costa Ferreira, coordenador do Núcleo de Estudos e Desenvolvimento em Tecnologia de Aplicação da UNESP-Jaboticabal, apresentaram a palestra “Soluções Ourofino para o manejo e controle das principais pragas na cana-de-açúcar” e mostraram os resultados encontrados durante o manejo e controle realizados em trabalho de campo. Dib Nunes Jr., diretor do Grupo Idea fez a abertura do evento O consultor, Wilson Novaretti falou sobre os métodos gerais para o controle de nematóides e, consequentemente o aumento da produtividade nos canaviais. Já o gerente técnico de cana da FMC, Ricardo Werlang abordou os fatores críticos para um bom manejo de inseticidas. A broca do colmo da cana-de-açúcar também foi um dos temas debatidos durante o evento. O professor Odair Fernandes, da UNESP-Jaboticabal, foi quem palestrou sobre este assunto. Em sua apresentação ele discorreu os aspectos bioecológicos da Diatraea Saccharalis, os danos causados por esta doença nos canaviais e as perdas que ela pode provocar na indústria (qualidade da matéria-prima). Novamente a frente das apresentações, o engenheiro agrônomo, José Francisco Garcia, falou sobre a importância de se realizar o controle de Sphenophorus para que a matéria-prima chegue com qualidade na indústria. “Os produtores rurais devem prestar mais atenção no manejo de mudas e realizar os investimentos necessários para o controle de pragas e assim, obter resultados positivos e satisfatórios”, disse Garcia. O consultor, Newton Macedo, ministrou a palestra “Manejo de cigarrinhas Revista Canavieiros - Agosto de 2013 das raízes em áreas de difícil controle” e aproveitou a oportunidade para explanar também sobre os fatores que mais influenciam no aumento das pragas e doenças da cana-de-açúcar. São eles: fatores edafoclimáticos e bióticos e fatores técnicos. Os fatores edafoclimáticos e bióticos se restringem a união das chuvas na primavera/verão, a capacidade do solo na retenção de umidade, extensão do período seco e temperatura mínima do solo no inverno, estágio fenológico da planta e índice de parasitismo. Já os fatores técnicos são baseados na metodologia e estratégia de monitoramente para detecção da primeira geração da praga, momento de aplicação, modalidade de aplicação, tecnologia da aplicação, ph da calda de inseticida, misturas de produtos e eficiência dos mesmos. O representante da área de desenvolvimento Técnico de Mercado para Cana-de-açúcar, da Syngenta, João Ibelli, também participou das apresentações e ministrou sobre o controle de pragas e doenças da cana, visando o incremento de produtividade. Em sua apresentação destacou os desafios que o cultivo da cana vem enfrentando nos últimos anos, como as mudanças no ambiente de produção e a mecanização, fazendo com que ocorra um aumento nos custos e uma diminuição da produtividade. 29 De acordo com o organizador do evento, Dib Nunes, este é um cenário que tem que ser revisto pelo setor, uma vez que o Brasil é um dos países líderes na produção de etanol de cana-de-açúcar. “O mercado espera produtos mais baratos e tecnologias Mais de 600 pessoas participaram do evento mais modernas, que se foA pesquisadora do IAC (Instituto rem adotadas corretamente pode-se reduzir o custo da produção e aumentar a Agronômico), de Campinas, da Secreprodutividade. Mas para isso, não po- taria de Agricultura e Abastecimento do demos deixar de buscar conhecimento Estado de São Paulo, Leila Luci Dinare informações em todas as áreas”, co- do Miranda, palestrou sobre os impactos da presença da palha sobre populamentou Nunes. ções de pragas, nematóides e inimigos Um dos temas de maior destaque do naturais. De acordo com a pesquisadoevento foi discutido pelo engenheiro ra, a presença da palha provoca maior agrônomo do Grupo Bunge - Moema, umidade do solo, propiciando abrigo Renato Rosa, que apresentou a palestra aos insetos. “Manejo integrado da mosca dos estáEla também abordou as principais bulos nas atividades agropecuárias”. Segundo o agrônomo, a vinhaça em pragas, que apresentam uma importânexcesso cria um ambiente favorável cia econômica para o produtor e que para esta mosca se desenvolver, preju- são desenvolvidas devido à presença da dicando as fazendas de gado que ficam palha. São elas: cigarrinha, Sphenopholocalizadas ao redor das plantações de rus levis, Diatraea saccharalis, Migdocana-de-açúcar. “A presença desta mos- lus fryanus e cupins. ca deixa o gado inquieto, provoca perda Ainda falando sobre doenças da de leite, falta de apetite e mais de 20 cana, o consultor Wilson Novaretdoenças para os animais”, disse Rosa. ti ministrou sobre a situação atual e Durante sua apresentação, Renato en- medidas de controle para a broca da fatizou alguns dos fatores que propiciam cana, destacando os fatores que inseu desenvolvimento: manejo de resídu- fluenciam no seu desenvolvimento, os e da matéria orgânica pelas usinas e como o clima, variedades mais suscepecuaristas; temperaturas na faixa de 27 tíveis, aumento da área de cana crua e graus e umidade relativa, oscilando entre aumento da área fertirrigada. Segun70 e 80%; vinhaça e cana crua, propor- do Novaretti, a broca da cana pode ser cionando um ambiente úmido para as controlada de três formas: controle biológico, controle com inseticidas e fases imaturas da mosca. controle químico. Rosa também falou sobre a imporAlém destas apresentações, os partitância de serem tomadas providências com urgência ao diagnosticar a mosca cipantes do evento assistiram palestras do estábulo nos canaviais, como elimi- sobre o manejo eficiente da cigarrinha nar as poças de vinhaça, revestir os ca- das raízes (Bayer CropScience), tecnonais, realizar o manejo eficaz de dejetos logias para o controle de Sphenophorus e silagens, aplicar silos e inseticidas e Levis e Migdolus fryanus na cana-desolicitar o apoio dos órgãos ambientais -açúcar (Basf), tecnologias para repara autorizar a queima da cana nas áre- dução da infestação da Diatraea (Usina as próximas às propriedades. “O com- Jalles Machado), sanidade e qualidade bate deve ser integrado com o apoio e da matéria-prima (DuPont do Brasil) e participação das usinas, produtores e a apresentação da empresa Rotam do Brasil Agroquímica. RC órgãos ambientais”, destacou Rosa. Revista Canavieiros - Agosto de 2013 30 Informações Setoriais Chuvas de julho e prognósticos climáticos para setembro e outubro Quadro 1: Chuvas anotadas do mês de julho de 2013. Engº Agrônomo Oswaldo Alonso Consultor A média das chuvas anotadas durante julho de 2013 (24mm), igualou-se às normais climáticas dos locais observados. Menores volumes de chuvas foram registrados no “eixo” Bebedouro-Barretos, respectivamente, de 17 e 18mm. Nos mesmos locais observados, a média das chuvas de julho de 2012 foi, praticamente, a mesma deste ano, ou seja, 26mm. O Mapa 1 mostra que, em meados de julho ainda (em junho esteve semelhante) notava-se DAS (Disponibilidade de Água no Solo) entre médias a críticas no “polígono” Centro Norte e em pontos isolados do Estado. de obtenções diárias dos dados de chuvas em todos os Escritórios Regionais, que são condensados em Viradouro. Os dados diários são publicados no site Canaoeste e as suas médias mensais são, também, mostrados neste artigo, no Quadro 2 a seguir. Os Mapas 2 e 3 mostram, pelos finais dos meses de julho de 2012 e 2013, muita semelhança de DAS na região Central Norte do Estado, diferindo apenas por ter sido mais crítico no Centro Oeste, em julho de 2012. Observa-se pelos dados deste Quadro 2, que os totais das “Médias mensais” e das “Normais climáticas” (nas duas últimas linhas), dos meses de janeiro a abril, mostraram-se rigorosamente iguais. As diferenças entre Médias e Normais climáticas (84mm) couberam aos meses de maio e julho deste ano. Os artigos mensais de Informações Setoriais está contando com o trabalho Mapa 1: Água Disponível no Solo entre 15 a 17 de julho de 2013 Revista Canavieiros - Agosto de 2013 Para subsidiar planejamentos futuros, a Canaoeste resume o prognóstico climático de consenso entre INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) e (INPE) Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para o final de agosto e os meses de setembro e outubro, conforme ilustrado no Mapa 4 ao lado. • Para estes meses, as temperaturas tendem a ser próximas das respectivas médias históricas para toda região Centro-Sul do Brasil. Mas, poderão ainda ocorrer incursões de massas frias entre final de agosto e início setembro nas região sucroenergética do Estado do Paraná, Sul Mapa 2: Água Disponível no Solo ao final de julho 2012. Mapa 3: 31 Quadro 2: Somas, médias mensais e normais climáticas das chuvas anotadas entre janeiro a julho deste ano pelos Escritórios Regionais e condensadas em Viradouro. Mapa 4: Adaptação Canaoeste ao Prognóstico de Consenso entre INMETINPE para final de julho, e durante os meses de setembro e outubro. mesmo com menores intensidades, de virem a ser mais frequentes. Intercaladas ondas de frio poderão persistir até meados de setembro. OBS: Normais (médias) climáticas dos locais assinalados entre parêntesis e mais o do Centro de Cana - Apta IAC - Ribeirão Preto. do Mato Grosso do Sul e Sudoeste do Estado de São Paulo; • O consenso INMET-INPE assinala que, em toda área sucroenergética da região Centro Sul as chuvas poderão oscilar com iguais probabilidades para as três categorias, exceto para o sul do Mato Grosso do Sul e Estado do Paraná, onde poderão ocorrer chuvas abaixo das normais climáticas. Água Disponível no Solo ao final de julho 2013. • Para Ribeirão Preto e região, tendo como referência o Centro de Cana - Apta IAC, as médias históricas de chuvas são de de 20mm em agosto, 55m em setembro e de 125mm em outubro. Este Mapa 4 mostra que, acima da linha imaginária entre as cores amarela e cinza, o prognóstico de chuvas pelo INMET-INPE será semelhante para quase toda área sucroenergética do Centro Oeste e Sudeste, exceto nas faixas sul dos Estados do Mato Grosso do Sul e São Paulo. Por sua vez, a SOMAR Meteorologia informa que, para a área região de abrangência da Canaoeste e, mesmo para o Estado de São Paulo, além das chuvas ao final de agosto/início de setembro, poderão haver chuvas mais precoces em (meados) setembro, além das tradicionais de início da Primavera. Recomenda, também, assinalar que as somas de chuvas durante a primavera poderão não serem superiores às médias históricas mensais, mas Face às normais ocorrências de temperaturas mais baixas neste inverno, a Canaoeste recomenda efetuar ainda (en)aleiramento da palha nas áreas colhidas mecanicamente. Condições térmicas estas, que retardam brotações de soqueiras e normal desenvolvimento inicial da cultura. Se durante as operações de colheita, os solos se encontravam secos (baixa ou nenhuma compactação), é dispensável aplicações de enérgicos cultivos mecânicos (escarificações e gradagens). As formulações de fertilizantes (exceto com uréia) poderão ser, nestes casos, aplicados em superfície, sobre ou aos lados das linhas de cana. As atenções em mato-controle devem ser redobradas, se mantida a palhada sobre o solo. Estes prognósticos serão revisados nas edições seguintes da Revista Canavieiros. Fatos climáticos relevantes serão noticiados em: - www.canaoeste.com.br - www.revistacanavieros.com.br Persistindo dúvidas, consultem os Técnicos mais próximos ou através do Fale Conosco Canaoeste. RC Revista Canavieiros - Agosto de 2013 32 Antes da Porteira Cana orgânica uma alternativa saudável e produtiva Além de trazer benefícios ao meio ambiente, sistema orgânico agrega valor ao produto Carla Rodrigues O sistema orgânico não é complexo, mas é bastante divergente do trabalho convencional, uma vez que o manejo da lavoura, seja de cana-de-açúcar ou qualquer outra cultura, é realizado sem a utilização de químico, esse é o fator primordial. Este tipo de trabalho é desenvolvido há aproximadamente dez anos pela família Garcia, de Jaboticabal. Dos 800 hectares de cana-de-açúcar que a família possui, 300 hectares são destinados à plantação de cana orgânica na Fazenda São José, localizada no município de Jaboticabal. A decisão de entrar no sistema orgânico partiu da vontade que a família tinha de agregar valor ao seu produto e, na safra do ano 2000, com o apoio da UFRA (Usina São Francisco – Sertãozinho/SP), a família desenvolveu um projeto de produção de cana-de-açúcar chamado cana verde, visando à melhoria do meio ambiente, onde o manejo é feito de forma integrada com adoção de MIP (Manejo Integrado de Pragas), redução na utilização de produtos químicos em geral e a introdução de colheita mecanizada. Com a expansão da agricultura orgânica e com o sucesso do projeto, na safra de 2005 foi tomada a decisão de não se utilizar mais qualquer tipo de insumos químicos e adotar o manejo de total condução orgânica com tradicio- Dos 800 hectares de cana-de-açúcar que a família possui, 300 hectares são destinados à plantação de cana orgânica na Fazenda São José nais técnicas de cultivo integrado à tecnologia para produção de açúcar orgânico tipo exportação. Já na época, a família era fornecedora da Usina São Francisco, que é pioneira em produção orgânica. Segundo o produtor, Paulo Eduardo Garcia Júnior (Fazenda São José), o sistema orgânico Sebastião Garcia Neto, Paulo Eduardo Garcia e gera alguns benefícios a Paulo Eduardo Garcia Júnior mais do que o convencional, como um ônus em cima do pre- novamente para a planta, formando um ço da cana. “Acreditamos que através ciclo biológico, onde os seres vivos da plantação orgânica, além de agregar- vão fazer a reciclagem destes nutrienmos qualidade ao meio ambiente, agre- tes”, explicou Garcia. gamos financeiramente também”, disse. Para o controle de mato, nos canaA base de adubação da cana-de-açú- viais convencionais é permitido o uso car orgânica é realizada com esterco, de herbicidas químicos, mas no sistema proveniente de restos de animais, nitro- orgânico não, tornando-se primordial gênio e adubação verde. Já a rotação de para o controle a capina manual, elecultura pode ser feita através de legu- vando o custo de produção, que pode minosas, como a crotalária, o feijão e chegar a três horas/homens por hectare a mucuna. Há também a torta de filtro, para manter o canavial limpo. proveniente da cana-de-açúcar, que forO cultivo da cana - época de plantio nece o fósforo e a vinhaça, que é base colheita – e a forma de colheita é a tante rica em potássio. mesma do convencional, ou seja, mePara adubar seu canavial, Garcia uti- canizada, assim é possível priorizar o liza a torta de filtro e o esterco derivado retorno da palhada para reciclagem dos do confinamento de animais ou aves, nutrientes. Além disso, a própria palha mas para que esta utilização seja auto- da cana em cima do solo tem algumas rizada é preciso passar por um processo vantagens e uma delas é o controle de de compostagem, que siga os conceitos mato, evitando uma competição com o básicos de formação, passando por uma mato na lavoura. pré-análise devido à presença de metais Em relação a pragas e doenças, hoje pesados e outros materiais que possam o controle biológico está bem desenvolestar sendo incorporados na lavoura. vido, já existe a possibilidade de reali“As usinas já utilizam a torta e a zar grandes parcerias com laboratórios, vinhaça em larga escala e convencio- que podem fornecer todo material nenalmente, mas acrescentam na aduba- cessário para o controle. ção deles, o adubo químico. Nós não As variedades de cana-de-açúcar fazemos este incremento porque acreditamos que com o ciclo da própria utilizadas na lavoura orgânica são as cultura, onde a palha se decompõe no mesmas encontradas no canavial consolo, esta palha vai fornecer nutrientes vencional. Ainda não há pesquisas su- Revista Canavieiros - Agosto de 2013 33 ficientes em cima do orgânico para a recomendação de variedades, então é preciso seguir o manejo e as informações que o mercado oferece em relação ao ambiente de produção com as variedades adequadas para determinada região e clima. “O que eu não posso usar, se for liberado, são plantas transgênicas, no caso de uma reforma de lavoura de canavial com soja transgênica, tenho que continuar com o orgânico”, esclareceu Garcia. O orgânico é um ciclo, que não pode ser quebrado. Para converter um canavial comum em orgânico é importante que predomine a legislação de cada país, fazendo com que alguns cuidados sejam seguidos, como o período de conversão (desintoxicação do canavial), com duração mínima de 24 meses. Esta regulamentação é realizada através de associações que dão credibilidade ao negócio, mas também existem as certificadoras, que têm contato com as certificadoras internacionais e trabalham juntas baseadas em documentações e registros.” É como fazer uma rastreabilidade, é preciso saber sobre o lote em que o açúcar foi produzido, a fazenda e o talhão que saiu, a indústria em que foi feito, a data e quais caminhões transportaram a matéria-prima, e ainda são realizadas três inspeções por ano na propriedade”. O produtor conta que no início a adaptação não foi fácil, pois num momento é o produtor quem alimenta a planta, quem aduba e passa herbicida e de repente, tudo isso é tirado da planta e é ela quem tem que produzir seu próprio alimento, o que pode afetar a produtividade. “Nós chegamos a ter talhões que deram 50/60 toneladas por hectare, mas hoje voltamos a patamares mais elevados. No ano passado tivemos uma média de 90 toneladas por hectare na propriedade e hoje já convertemos toda essa área, tudo isso baseado em cima de trabalho, conhecimento e aprendizado conquistado no dia a dia”, contou Garcia. Sobre a Fazenda São José A história da fazenda começou com a imigração do patriarca da família, o espanhol André Garcia Camacho, para o Brasil. Instalado em uma fazenda próxima a Jaboticabal/ SP, constituiu uma família com o que obteve em seu trabalho na lavoura. Seu filho Sebastião, foi seu sucessor e o neto, Paulo Eduardo Garcia, juntamente com seus filhos, continua seguindo os passos de seu avô. Hoje, depois de passar por algumas crises do setor e mais experientes, a família Garcia busca por novos desafios. “A Fazenda São José está restrita, não tem mais onde crescer em área. Sendo assim, nós pensamos em partir para um projeto novo, que é a produção de cachaça, açúcar mascavo e rapadura. Queremos tentar colocar algo desta linha no mercado, tudo artesanal, mas sempre agregando valor por ser um produto diferenciado”, concluiu o produtor. RC Revista Canavieiros - Agosto de 2013 34 Artigo Técnico Mamoma, Mucuna e Melão de São Caetano Plantas daninhas que atormentam o produtor rural *Ricardo Parisoto – Engenheiro Agrônomo da Canaoeste Barretos com colaboração da gestora técnica da Canaoeste, Alessandra Durigan. C om a mudança do sistema de colheita de cana queimada para o sistema de colheita de cana crua, aconteceram algumas modificações importantes no que se refere às plantas daninhas, pois a cobertura morta ocasiona mudanças químicas, físicas e biológicas no solo e pode provocar seleção da comunidade infestante, suprimindo a infestação de plantas daninhas normalmente consideradas importantes nos canaviais. Destacam-se as espécies Brachiaria horizontalis, Brachiaria plantaginea, Brachiaria decumbens e Panicum maximum (Velini et al., 2000; Medeiros, 2001; Gravena et al.,2004). No entanto, estão surgindo plantas de difícil controle no sistema de cana-crua, que têm como características principais: agressividade competitiva, facilidade de dispersão de sementes e desenvolvimento em luz difusa e sombreamento. Podemos citar alguns exemplos: • Mamona (Ricinus communis) - pertencente à família euforbiácea. Planta perene, ereta, arbustiva, muito ramificada, de caules glabros e fistulosos, com até 7 metros de altura. Floresce quase o ano todo. Suas sementes são grandes e permanecem no solo durante longos períodos (Severino et al.,2005). • Mucuna (Mucuna spp.) - pertencente à família Fabaceae. A maioria das espécies do gênero Mucuna é indicada para a prática da adubação verde. A mucuna preta (Mucuna aterrima) é uma planta de hábito de crescimento trepador e, de acordo com Souza & Yamashitta (2006), utilizada como adubo verde devido ao volume de massa verde produzida em curto espaço de tempo; entretanto, em razão dessa característica, pode ocupar rapidamente áreas, provocando competição por água, luz e nutrientes, tornando-se uma planta que pode provocar interferência na produção. • Melão de São Caetano (Momordica charantia) – pertencente à família Cucurbitaceae, é uma planta originária da Ásia, de onde foi disseminada para muitas regiões de climas tropical e subtropical. Sua introdução no Brasil ocorreu a partir da África (Kissman e Groth, 1999). É uma planta herbácea, anual, reproduzida por sementes e alastrada a partir de rizomas dos quais há brotação da planta; trepadeira, prendendo-se por gavinhas sobre obstáculos ou plantas vizinhas (Kissman e Groth, 1999). Estas ervas daninhas produzem muitas sementes e, por serem sementes grandes, possuem reserva suficiente para nutrir as plântulas. Desta forma, conseguem sobressair à camada de palha que fica sobre o solo devido ao Mamona Revista Canavieiros - Agosto de 2013 Mucuna Ricardo Parisoto Agrônomo da Canaoeste de Barretos processo da colheita de cana-crua. As colhedoras de cana através dos ventiladores, responsáveis pela limpeza da cana, são as principais disseminadoras das sementes destas ervas para o todo o talhão. Os motivos que têm causado o aparecimento destas plantas daninhas são: eliminação da queima e de seus efeitos no controle; manutenção da camada de palha sobre o solo e seus efeitos sobre a disponibilidade de água, luz e temperatura; redução do revolvimento do solo – cultivo; colhedora mecânica como dispersor de sementes e partes vegetativas; expansão do plantio em novas áreas; entre outras Melão de São Caetano 35 Os prejuízos causados pela infestação destas ervas estão relacionados: • A competição por água, luz, espaço físico e por nutrientes principalmente, nitrogênio (N) e potássio (K). O comprometimento da extração desses macronutrientes implica redução de produtividade da cultura, uma vez que K é o nutriente exportado em maior quantidade pela cana-de-açúcar, na ordem de 210 Kg de K2O para 100 toneladas de colmos de cana soca (Silvaet al., 2007). Em relação ao Nitrogênio, além da redução da produtividade, seu nível abaixo do adequado também reduz a longevidade do canavial, resultando na antecipação da reforma (Vitti et al., 2007); • Ao “embuchamento” das colhedoras ocasionado por estas ervas durante o processo de colheita acarretando a diminuição do rendimento operacional e causando danos mecânicos à máquina; eficaz, o MIPD deve ser realizado antecipadamente, unindo os métodos de controle mecânico, químico e cultural. Especificamente, para o controle das ervas citadas, no momento da reforma do canavial, é muito importante a dessecação química das soqueiras com o objetivo também de desinfestar a área. Sempre que possível realizar a rotação de culturas (manejo cultural), que pode amenizar os problemas com resistência de plantas daninhas à herbicidas. A aplicação de herbicida em PPI (pré-plantio incorporado) deve ser realizada quando a área for muito infestada. Esta modalidade de aplicação alivia a pressão de infestação pós-plantio e nos cortes subsequentes porque reduz o banco de sementes, mas não anula a necessidade de aplicação de herbicida após o plantio. Recomenda-se, após o plantio e quebra do lombo (nivelamento), assim como, após o corte das soqueiras, a aplicação de herbicidas pré-emergentes com características físico-química adequadas e residual longo. E ainda, se houver “escape”, na cana-planta ou soca, fazer catação, manual ou química, antes do período de florescimento das ervas para não piorar o grau de infestação do local. • Ao aumento da quantidade de impurezas vegetais que vão para a indústria interferindo diretamente na qualidade da matéria-prima (queda do ATR). Diante dos desafios de aumentar a produtividade e a rentabilidade das lavouras, o controle de plantas daninhas é extremamente necessário. O MIPD (Manejo Integrado de Plantas Daninhas), deve ser sempre realizado. O MIPD é um conjunto de procedimentos adotados para controlar as plantas invasoras. Bastante Para a recomendação correta e segura de herbicidas para controle químico de ervas daninhas, o produtor deve consultar um Engenheiro Agrônomo. O mapeamento e o acompanhamento sistemático das populações, assim como, a determinação dos níveis de infestação, são estratégias relevantes para o sucesso do controle. Ressaltamos também que a escolha do herbicida deve ser criteriosa e nunca baseada em apenas uma única variável, devendo-se evitar a escolha dos herbicidas unicamente em função do custo. As doses recomendadas devem ser respeitadas, assim como, as condições climáticas no momento da aplicação. RC Revista Canavieiros - Agosto de 2013 36 Assuntos Legais DITR – Declaração do Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural (Itr) A través da Instrução Normativa RFB nº 1.380, de 31 de julho de 2013, a Secretária da Receita Federal disciplina o prazo, a forma e o procedimento para entrega da DITR (Declaração do Imposto sobre a Propriedade Rural) do exercício 2013, requisito obrigatório para manter devidamente regularizada a propriedade rural. Está obrigada a apresentar a DITR toda pessoa física e/ou jurídica que, em relação ao imóvel a ser declarado seja, na data da efetiva entrega da declaração: proprietária ou possuidora, condômina, expropriada entre 1º janeiro de 2013 e a data da efetiva apresentação da declaração, inventariante, compossuidora, etc., independentemente de estar imune ou isenta do ITR (Imposto Territorial Rural). No caso de morte do proprietário do imóvel, como já dito, a declaração deverá ser feita pelo inventariante, enquanto não terminada a partilha ou, se ainda não foi nomeado inventariante, está obrigado o cônjuge, o companheiro ou o sucessor do imóvel a qualquer título. Cumpre informar que na referida DITR está obrigada a apurar o ITR (Imposto Territorial Rural) toda pessoa física ou jurídica, desde que não seja imune ou isenta, sendo certo que a DITR corresponde a cada imóvel rural e é composta dos seguintes documentos: DIAC – Documento de Informação e Atualização Cadastral do ITR, mediante o qual devem ser prestadas à Secretaria da Receita Federal as informações cadastrais correspondentes a cada imóvel rural e a seu titular (obrigatório para todos os proprietários rurais); DIAT Documento de Informação e Apuração do ITR, onde devem ser prestadas à Secretaria da Receita Federal as informações necessárias ao cálculo do ITR e apurado o valor do imposto correspondente a cada imóvel (que se torna dispensável em caso de o imóvel ser imune ou isento do ITR). O valor do imposto é apurado aplicando-se, sobre o VTNt (Valor da Terra Nua Tributável) uma alíquota (variável de 0,02% a 4,50%), levando-se em consideração a área total do imóvel e o GU (grau de utilização) desta, não podendo ser o valor nunca inferior a R$10,00 (dez reais). Demais disso, a propriedade rural localizada no Estado de São Paulo que possuir área de até 30 hectares, estará imune do ITR desde que o seu proprietário a explore só ou com sua família, além deste não possuir outro imóvel (urbano ou rural). Por seu turno, estão isentos de ITR os imóveis rurais compreendidos em programa oficial de reforma agrária oficial, bem como o conjunto de imóveis rurais de um mesmo proprietário, cuja área total não exceda os 30 hectares e desde que o proprietário os explore só ou com sua família (admitida ajuda eventual de terceiros) e não possua imóvel urbano. A DITR deve ser elaborada com o uso de computador, mediante a utilização do PGD (Programa Gerador da Declaração) do ITR, relativo ao exercício de 2013, disponível no sítio da RFB na Internet, no endereço www.receita.fazenda.gov.br. O prazo para a apresentação da DITR de 2013 será de 19 de agosto a 30 de setembro de 2013, podendo ser feita de duas maneiras: (i) pela Internet, (www.receita.fazenda.gov.br) ou (ii) por mídia removível a ser entregue nas agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Se a declaração for apresentada após o prazo, o proprietário terá de pagar multa de 1% do valor do imposto ao mês. Nos casos de imóvel rural imune ou isento do ITR, a multa será de R$50,00. O pagamento do imposto (ITR) apurado poderá ser realizado em até quatro quotas, mensais e sucessivas, desde que: nenhuma quota possua valor inferior a R$50,00; o imposto de valor inferior a R$100,00 será pago de uma só vez; a primeira cota ou cota única deverá ser paga até 30.09.2013 as demais quotas serão pagas até o último dia útil de cada mês, acrescidas de juros com base na taxa Selic, calculada a partir de outubro de 2013 até o mês anterior ao Revista Canavieiros - Agosto de 2013 Juliano Bortoloti Advogado da Canaoeste do pagamento e, ainda, de 1% no mês do pagamento. Por fim, deve ainda, o contribuinte preencher e protocolizar o ADA (Ato Declaratório Ambiental) perante o IBAMA, observando-se a legislação pertinente, com a informação de áreas não-tributáveis, inclusive no caso de alienação de área parcial. Isto porque, as áreas consideradas como sendo de preservação permanente (mata ciliar) e de Reserva Florestal Legal (20% da propriedade averbada na matrícula do imóvel com vegetação nativa) são isentas da tributação do ITR, desde que devidamente informadas no formulário ADA, que a partir do exercício de 2007, é obrigatoriamente enviado por meio eletrônico, via internet (ADAweb), através do site www. ibama.gov.br/adaweb/. Portanto, para efeito de obtenção do benefício da isenção tributária do ITR em áreas de preservação permanente e de Reserva Florestal Legal, segundo a Receita Federal, basta ao proprietário rural preencher e enviar ao IBAMA o formulário do ADA, informando referidas áreas de uso restrito. Importante enaltecer, ainda, que visando um maior controle administrativo das propriedades rurais, o IBAMA começou a cruzar suas informações com a Receita Federal e o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), responsáveis pelo controle e recolhimento anual do ITR. RC 37 (Des)oneração tributária de produtos da cesta básica e suas consequências para o fornecedor de cana pessoa jurídica - Parte II N a última edição desta revista, foi tratado neste espaço sobre a desoneração tributária de alguns produtos da cesta básica feitas pelo governo para frear o aumento da inflação. Mostramos o efeito deletério que isso prejudicou aos produtores de cana-de-açúcar pessoas jurídicas, que passaram a ser onerados tributariamente, assim como ocorreu com outros fornecedores de insumos utilizados pelos produtos da cesta básica. Pois bem, no intuito de corrigir esta distorção, o Governo Federal promulgou a Lei Federal n. 12.844, de 19 de julho de 2013, resultado da conversão da Medida Provisória nº 610/2013, cujo artigo 29 resolve o problema da tributação da cana-de-açúcar pelas contribuições sociais COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) e PIS (Programa de Integração Social), garantindo a “suspensão do pagamento das citadas contribuições sobre qualquer operação de venda de cana-de-açúcar, por produtor rural organizado como pessoa jurídica, independentemente da destinação dada pela indústria adquirente (produção de açúcar, etanol ou qualquer outro produto”. Tal suspensão já é válida desde a publicação da lei, que se deu em 19/07/2013. Referida lei, ainda, em seu artigo 11, § 1ºª, determina que é vedado ao produtor rural pessoa jurídica aproveitar os créditos de PIS e COFINS relacionados com a receita da venda da cana, assim como, no § 2º, do mesmo artigo, diz que o produtor rural pessoa jurídica que recolher as contribuições pelo regime cumulativo (regime de apuração do imposto de renda pelo lucro presumido, por exemplo) continuará com sua cana-de-açúcar sendo tributrada pelas contribuições PIS/COFINS. Fazendo um cotejo entre a Lei n. 10.925/2004, a Lei n. 12.839/2013 (resultado da conversão da Medida Provisória nº 609/2013) e a Lei n. 12.844/2013 (resultado da conversão da Medida Provisória n. 610/2013), levando-se em consideração os tempos de vigência de cada uma, podemos definir os seus efeitos nos seguintes períodos: i. Anterior a 08/03/2013 - cana oriunda de produtor rural pessoa jurídica como insumo de quaisquer açúcares gozava da suspensão da incidência das contribuições PIS/COFINS (art. 9º, Lei n. 10.925/2004); ii. Entre 08/03/2013 (publicação da MP n. 609/2013) a 09/07/2013 (dia anterior da publicação da conversão da MP 609 na Lei n. 12.839/2013) – cana de produtor rural pessoa jurídica utilizada como insumo na produção de açúcar branco (NCM 1701.99.00) sofreu tributação de PIS/COFINS; iii. Entre 10/07/2013 (publicação da Lei n. 12.839/2013) a 18/07/2013 (dia anterior a publicação da conversão da MP 610 na Lei 12.844/2013) – toda cana oriunda de produtor rural pessoa jurídica utilizada para quaisquer açúcares sofre tributação de PIS/COFINS; iv. A partir de 19/07/2013 (publicação da Lei n. 12.844/2013) – toda cana de produtor rural pessoa jurídica goza de suspensão da incidência de PIS/COFINS, com exceção àqueles produtores que apuram as contribuições sob o regime cumulativo. Este é, portanto, o cenário fiscal criado pelo Governo Federal que vincula os produtores rurais pessoas jurídicas. Aqui, obviamente, não estamos tratando das discussões sobre a legalidade das ações e eventuais possibilidades de contestações judiciais de tais medidas. RC RC Revista Canavieiros - Agosto de 2013 38 Safra Acompanhamento da safra 2013/2014 N este trabalho são apresentados os dados obtidos até a segunda quinzena de julho, referente á safra 2013/2014, em comparação com os obtidos na safra 2012/2013 no mesmo período. Na Tabela 1, encontra-se o ATR médio acu- mulado (kg/tonelada) do início da safra até a segunda quinzena de julho desta safra em comparação com o obtido na safra 2012/2013, sendo que o ATR da safra 2013/2014 está 0,10 Kg acima do obtido na safra 2012/2013 no mesmo período. Tabela 1 – ATR (kg/t) médio da cana entregue pelos Fornecedores de Cana da Canaoeste das safras 2012/2013 e 2013/2014 As tabelas 2 e 3 contém detalhes da qualidade tecnológica da matéria-prima nas safras 2012/2013 e 2013/2014. Tabela 2 – Qualidade da cana entregue pelos fornecedores de cana da Canaoeste, até a segunda quinzena de julho, da safra 2012/2013 Thiago de Andrade Silva Gestor de Planejamento, Controle e Topografia da Canaoeste to da POL do caldo na safra 2013/2014 em comparação com a safra 2012/2013. Pode-se observar que a POL do caldo apresentou o mesmo comportamento do BRIX do caldo. Tabela 3 – Qualidade da cana entregue pelos fornecedores de cana da Canaoeste, até a segunda quinzena de julho, da safra 2013/2014 O Gráfico 3 contém o comportamento da pureza do caldo na safra 2013/2014 em comparação com a safra 2012/2013. A pureza do caldo da safra 2013/2014 ficou abaixo da obtida na safra 2012/2013 no mês de abril, sendo a diferença mais acentuada na primeira quinzena, se equiparando a partir do mês de maio. As tabelas 2 e 3 contm detalhes da qualidade tecnológica da matéria-prima nas safras 2012/2013 e 2013/2014. O Gráfico 1 contém o comportamento do BRIX do caldo da safra 2013/2014 em comparação com a safra 2012/2013. O BRIX do caldo da safra 2013/2014 ficou muito abaixo no mês de abril, recuperando a partir do mês de maio ficando acima a partir da segunda quinzena de maio em relação ao da safra 2012/2013. O Gráfico 2 contém o comportamen- Gráfico 1 – BRIX do caldo obtido nas safras 2013/2014 e 2012/2013 Revista Canavieiros - Agosto de 2013 O Gráfico 4 contém o comportamento da fibra da cana na safra 2013/2014 em comparação com a safra 2012/2013. A fibra da cana na safra 2013/2014 ficou abaixo daquela obtida na safra 2012/2013, na segunda quinzena de abril, no mês de maio (mais acentuado Gráfico 2 – POL do caldo obtida nas safras 2013/2014 e 2012/2013 39 Gráfico 3 – Pureza do caldo obtida nas safras 2013/2014 e 2012/2013 Gráfico 4 – Comparativo das médias de fibra da cana Gráfico 5 – POL da cana obtida nas safras 2013/2014 e 2012/2013 Gráfico 6 – ATR obtido nas safras 2013/2014 e 2012/2013 Revista Canavieiros - Agosto de 2013 40 Safra na primeira quinzena) e na primeiraquinzena de junho, ficando acima na primeira quinzena de abril, na segunda quinzena de junho e no mês de julho. O Gráfico 5 contém o comportamento da POL da cana na safra 2013/2014 em comparação com a safra 2012/2013. A POL da cana na safra 2013/2014 ficou muito abaixo da obtida na safra 2012/2013 no mês de abril, se equiparando na primeira quinzena de maio e segunda quinzena de junho, ficando acima na segunda quinzena de maio e nos meses de junho e julho. Na média a POL da cana na safra 2013/2014 está bem próxima da observada na safra 2012/2013. O Gráfico 6 contém o comportamento do ATR na safra 2013/2014 em comparação com a safra 2012/2013. Tendo em vista que a POL participa com mais de 90% do ATR o mesmo apresentou o mesmo comportamento da POL da cana. Na média, verifica-se um aumento de 0,10 kg de ATR nesta safra de 2013/2014 em relação à safra anterior. O Gráfico 7 contém o comportamento do volume de precipitação pluviométrica registrado na safra 2013/2014 em comparação com a safra 2012/2013. A precipitação pluviométrica média dos meses de fevereiro, março e maio de 2013 ficou muito acima da obtida em 2012, se equiparando no mês de janeiro e julho e muito abaixo nos meses de abril e junho. O Gráfico 8 contém o comportamento da precipitação pluviométrica acumulada por trimestre na safra 2013/2014 em comparação com a safra 2012/2013. Gráfico 7 – Precipitação pluviométrica (mm de chuva) registrada em 2012 e 2013 Revista Canavieiros - Agosto de 2013 Em 2013, tem-se um volume de chuva muito acima no primeiro trimestre, abaixo no segundo trimestre, e igualado até julho no terceiro trimestre, se comparado aos volumes médios de 2012. A precipitação pluviométrica de 2013 ficou muito próxima daquela verificada em 2012 no mês de julho; observa-se, entretanto, uma melhora na produtividade; porém, devido as chuvas, a qualidade média se equiparou no período até julho comparativamente com a safra 2012/2013. A qualidade foi influenciada pela precipitação pluviométrica ocorrida em julho concentrada na primeira quinzena, causando um menor crescimento do teor de ATR na quinzena seguinte. Houve dias de temperaturas mais baixas, mas não foi observada ocorrência de geada. Cabe ressaltar que o ATR médio ficou 0,10 kg acima do obtido na safra 2012/2013, até a segunda quinzena de julho. RC Gráfico 8 – Precipitação pluviométrica (mm de chuva) por Trimestre, em 2012 e 2013 41 Revista Canavieiros - Agosto de 2013 Biblioteca “General Álvaro 42 Tavares Carmo” O homem que ouve cavalos Cultivando a Língua Portuguesa Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer algumas dúvidas a respeito do português. 1) Maria comprou a rara “triologia” de livros. ... Maria precisa comprar uma gramática revisada conforme o Novo Acordo Ortográfico e um dicionário também! Renata Sborgia O correto é: TRILOGIA. Triologia (forma incorreta) não existe nos dicionários e no VOLP. O conjunto de três trabalhos artísticos, geralmente, em literatura ou cinema, conectados, mas que podem ser vistos tanto como trabalho único quanto como três obras individuais denomina-se trilogia. “Quando Monty Roberts tinha 13 anos, foi sozinho para o deserto de Nevada, onde observou as manadas de mustangues selvagens. O que aprendeu com métodos de comunicação dos animais mudou sua vida para sempre. O seu sistema de domar animais selvagens e problemáticos o leva a percorrer a Europa e os Estados Unidos fazendo apresentações. Em menos de 40 minutos encilha o animal mais chucro, que obedece de boa vontade os seus comandos. Quem lhe sugeriu escrever este livro foi a sua grande admiradora, a rainha da Inglaterra, que não poucas vezes encontrava tempo para tomar chá com ele no jardim do Palácio de Buckingham e falar sobre hipismo, a paixão comum. 2) Ele marca os tópicos principais dos textos com “ asteístico”. ...a marcação precisa ser com o sinal gráfico correto, bem como com a escrita! O correto é: asterisco (plural: asteriscos) - sinal gráfico em forma de “estrela” (*) 3) Pedro e Maria estão ligados a trabalhos “beneficientes”. Pedro e Maria precisam tomar o devido cuidado com a escrita e pronúncia de algumas expressões! O correto é: beneficente. PARA VOCÊ PENSAR: “O olho vê, a lembrança revê e a imaginação transvê. É preciso transver o mundo.” Manoel de Barros Única e inspiradora, esta história tem uma mensagem bem maior que sua simples aplicação a cavalos. Ela também pode mudar sua vida.” Referência: ROBERTS, Monty. O homem que ouve cavalos. 18ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013. Errata: Na edição de Julho de 2013 foi publicada incorretamete a sinopse do livro “O homem que ouve cavalos”. Os interessados em conhecer as sugestões de leitura da Revista Canavieiros podem procurar a Biblioteca da Canaoeste. [email protected] www.facebook.com/BibliotecaCanaoeste Fone: (16) 3524-2453 Rua Frederico Ozanan, nº842 Sertãozinho-SP Revista Canavieiros - Agosto de 2013 Coluna mensal * Advogada, Profa. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de vários livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria. 43 Eventos de setembro 2013 10º Seminário Regional de Agricultura Agroecológica “Por uma agricultura sustentável” Data: 07/09/2013 Hora: 07:30h às 17:00h Local: Centro Cultural de Ibiúna Cidade: Ibiúna –SP E-mail: [email protected] Mais informações: (15) 3241-1435 X Curso de Atualização em Avicultura para Postura Comercial Data: 10/09/2013 à 12/09/2013 Local: Centro de Convenções da Unesp/FCAV - Câmpus de Jaboticabal - SP Cidade: Jaboticabal –SP E-mail: [email protected] Site: www.funep.org.br/eventos Mais informações: (16) 3209-1303 28º Treinamento Nutrição e Formulação de Rações em Microcomputadores para Bovinos Leiteiro Data: 10/09/2013 à 12/09/2013 Local: Centro de Treinamento de RH do Departamento de Zootecnia da ESALQ/USP Cidade: Piracicaba –SP E-mail: [email protected] Site: www.funep.org.br/eventos Mais informações: (16) 3209-1303 7º Grande Encontro Sobre Variedades de Cana 2013 Data: de 18 a 19 de Setembro Inscrições: Até o dia 17 de Setembro Local: Centro de Convenções de Ribeirão Preto/SP Endereço: Rua Bernardino de Campos Bairro: Centro E-mail: [email protected] Mais informações: 16 3514 0631 | 3211 4770 Revista Canavieiros - Agosto de 2013 44 Revista Canavieiros - Agosto de 2013 45 ATR Consecana CIRCULAR Nº 07/13 DATA: 31 de julho de 2013 Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo A seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de emissão da Nota de Entrada de cana entregue durante o mês de julho de 2013. O preço médio do kg de ATR para o mês de julho, referente à safra 2013/2014, é de R$ 0,4429. O preço de faturamento do açúcar no mercado interno e externo e os preços do etanol anidro e hidratado, destinados aos mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses de abril a julho e os acumulados até julho, são apresentados ao lado. Os preços do Açúcar de Mercado Interno (ABMI) incluem impostos, enquanto que os preços do açúcar de mercado externo (ABME e AVHP) e do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à indústria (EAI e EHI) e ao mercado externo (EAE e EHE), são líquidos (PVU/PVD). Os preços líquidos médios do kg do ATR, em R$/kg, por produto, obtidos nos meses de abril a julho e os acumu- lados até julho, calculados com base nas informações contidas na Circular 01/13, são os seguintes: RC Revista Canavieiros - Agosto de 2013 46 Revista Canavieiros - Agosto de 2013 47 Notícias do Setor Presidente da Unica assume cadeira na Academia Nacional de Agricultura U m dos principais fóruns de debate sobre o agro brasileiro, a Academia Nacional de Agricultura conta a partir da quinta-feira (15/08) com a participação da presidente Executiva da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Elizabeth Farina. Ela tomou posse em solenidade realizada na Roberto Rodrigues e Elizabeth Farina sede da SNA (Sociedade Nacional da Agricultura), entidade setor em todos os temas que hoje são mantenedora da Academia. ameaças, como a falta de estratégia articulada, os problemas de acesso a merNa mesma cerimônia, o ex-ministro cados, a necessária sustentabilidade no da Agricultura e atual diretor do Centro desenvolvimento, legislações mais conde Agronegócio da Fundação Getúlio temporâneas, logística e infraestrutura, Vargas de São Paulo, Roberto Rodri- defesa sanitária e políticas de renda,” gues, tomou posse como presidente da explicou o ex-ministro. Academia. Também assumiram suas cadeiras José Milton Dallari, diretor Sobre a Academia da CDHU (Companhia de DesenvolviCriada em novembro de 2003, a mento Habitacional e Urbano) de São Academia Nacional de Agricultura tem Paulo; Luís Carlos Guedes Pinto, di- importância estratégica para o setor retor de Seguros do Grupo Segurador agrícola brasileiro, já que sua função do Banco do Brasil e Mapfre e Sergio principal é traçar políticas nacionais Franklin Quintella, vice-presidente da para as diferentes áreas do agronegócio, FGV (Fundação Getúlio Vargas). com especial atenção para aspectos ambientais e de pesquisa científica. Farina se declarou honrada com o convite e a oportunidade para discutir Considerado um dos principais temas cruciais para o agronegócio bra- centros do pensamento agrário brasisileiro com renomados especialistas: “É leiro, a Academia ostenta, entre seus um privilégio fazer parte de um time tão membros, nomes como o do ex-minisseleto. A Academia, além de ser uma tro da Agricultura, Marcus Vinícius instituição tradicional e respeitada, reú- Pratini de Moraes; do ex-ministro da ne algumas das mais respeitadas perso- Fazenda, Antonio Delfim Netto; do nalidades ligadas ao agronegócio.” diplomata e ex-presidente da Vale, Jório Dauster; do ex-secretário da O objetivo de Roberto Rodrigues Agricultura de São Paulo, João Carlos à frente da associação é transformá-la Meirelles; e do ex-ministro do Meio numa espécie de “chapéu pensador” Ambiente, Rubens Ricupero. do agro brasileiro. “Um ambiente acadêmico de discussões que ajudem o Fonte: Unica RC Revista Canavieiros - Agosto de 2013 48 Revista Canavieiros - Agosto de 2013 49 Safra de Grãos Produção nacional de grãos tem recorde e chega a 186,15 milhões de toneladas A safra nacional de grãos do período 2012/2013 chega, no décimo primeiro levantamento, ao recorde de produção de 186,15 milhões de toneladas. O aumento foi de 12,1% em relação ao mesmo período no ano anterior, quando chegou a 166,20 milhões de toneladas. Os dados são da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que atualizou os números no último dia 8 de agosto. O aumento se deve, sobretudo, às culturas de soja e milho segunda safra, que apresentam crescimento nas áreas cultivadas de 10,7 e 17,6%, respectivamente. Quanto à produção, a soja teve aumento expressivo, com incremento de 22,7%, passando de 66,38 para 81,46 milhões de toneladas. Já o milho segunda safra teve um crescimento de 15,4% e produção estimada em 45,14 milhões de toneladas. Área – O total da área cultivada chega a 53,27 milhões de hectares. O destaque é da cultura de soja, que ocupa o maior espaço com 27,72 milhões de hectares, 10,7% maior que o do último período. O milho segunda safra teve também bom desempenho, com 8,96 milhões de hectares e crescimento de 17,6%. Mais culturas como a do amendoim, da cevada e da aveia tiveram leves aumentos em relação à área. período de 22 a 26 de julho, com os técnicos da Conab visitando as áreas de maior produção dos principais Estados da região Centro-Sul e Norte-Nordeste. As informações para atualizar os dados de produção, área e comportamento climático foram obtidas no (Raimundo Estevam/Conab) http://www.conab.gov.br/imprensa-noticia.php?id=30675 RC Revista Canavieiros - Agosto de 2013 50 VENDEM-SE - 01 carreta de cana inteira, com quatro eixos, ano 2004, marca Sergomel; - 01 carroceria de cana inteira, ano 2004, marca Sergomel; - 02 carrocerias para plantio de cana com pouco uso. Aceita troca por caminhão basculante. Tratar com Rodrigo pelos telefones: (16) 9213-0862 / (16) 9278-0291. A7700, ano 2007, série 770678, motor Scania. Valor a vista: R$ 150.000,00. Tratar pelo telefone: (16) 9239-2664. VENDEM-SE - 01 transformador de 45 KVA. 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