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Revista Canavieiros - Agosto de 2013
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Revista Canavieiros - Agosto de 2013
Editorial
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Nova fenasucro
e 27 a 30 de agosto acontece
em Sertãozinho a 21ª edição da
Fenasucro, considerado o maior
evento mundial em tecnologia e comércio para usinas e profissionais ligados
ao setor sucroenergético. É o principal
encontro de toda cadeia sucroenegética.
Este ano a feira conta com 550 expositores em um espaço de 70 mil metros
quadrados. Os organizadores esperam
receber 35 mil visitantes, oriundos de
20 Estados e mais de 30 países, e gerar
negócios na ordem de 2,2 bilhões de reais. Sendo assim, como Destaque desta
edição, a Canavieiros traz a coletiva realizada para imprensa de Sertãozinho e
região, onde foi apresentada as novidades da 21ª Fenasucro.
Ainda em Destaque, a revista mostra
a realização do 9º Insectshow – Seminário Nacional sobre Controle de Pragas em Cana-de-açúcar, que aconteceu
em Ribeirão Preto nos dias 24 e 25 de
julho e reuniu mais de 600 pessoas. Durante os dois dias de evento foram discutidas as principais pragas de cana-de-açúcar, procedimentos para controle e
progressos das pesquisas.
Sempre em busca de novas tecnologias e da excelência em atendimento, a
Canaoeste firmou parceria com a multinacional BASF no projeto Harpia, antes
aplicado apenas em Usinas. O objetivo
desta parceria é quantificar áreas e otimizar recursos como insumos e mão de
obra. Inicialmente o projeto irá beneficiar mais de 200 produtores associados
a Canaoeste. A assinatura desta parceria
aconteceu em Sertãozinho, no auditório
da associação, no dia 02 de agosto. Veja
a matéria completa na Reportagem de
Capa deste mês.
Em entrevista exclusiva a Canavieiros, a gerente de Marketing Cultivos
Cana BASF, Graciela Mognol, falou
sobre a realização do projeto Harpia
com a primeira associação, os benefícios que pode agregar aos fornecedores e a tecnologia utilizada neste projeto. Confira!
Na coluna “Caipirinha”, o professor
Marcos Fava Neves faz uma reflexão
sobre dois textos que foram publicados na imprensa. O primeiro mostra a
decisão que o país tem que tomar entre
produzir 30 bilhões de litros de etanol
ou importar este volume de gasolina. Já
o segundo texto reflete uma visão sobre
os movimentos da agricultura das próximas décadas.
O consultor José Osvaldo Bozzo assina o Ponto de Vista “Agronegócio –
ficção ou realidade?” e o diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Corrêa,
escreve sobre o cenário atual do setor
sucroalcooleiro.
Em Notícias Copercana, a Canavieiros traz o X Encontro sobre a Cultura do
Amendoim, realizado em Jaboticabal,
nos dias 15 e 16 de agosto. Na ocasião,
o gerente da Uname (Unidade de Grãos
da Copercana), Augusto Strini Paixão,
palestrou sobre o modelo de produção
usado pela cooperativa no amendoim,
informações de mercado no mundo e
futuro da cultura.
Em Notícias Canaoeste, o leitor poderá conferir a realização da 6ª reunião do
Grupo Técnico da Orplana, que reuniu
técnicos das associações vinculadas a
Orplana para discutir sobre o uso da agricultura de precisão e custos de produção.
O artigo Técnico do mês é assinado
pelo engenheiro agrônomo da Canaoeste, Ricardo Parisoto, que escreve sobre
as plantas daninhas Mamoma, Mucuna
e Melão de São Caetano, que atormentam o produtor rural.
O gestor de Planejamento, Controle
e Topografia da Canaoeste, Thiago de
Andrade Silva, traz o Acompanhamento da safra 2013/2014, com dados obtidos até a segunda quinzena de julho
em comparação com os obtidos na safra
2012/2013 no mesmo período.
Em Assuntos Legais, o advogado da
Canaoeste, Juliano Bortoloti, explana
sobre o prazo, a forma e o procedimento para entrega da DITR (Declaração do
Imposto sobre a Propriedade Territorial
Rural) e a (Des)oneração tributária de
produtos da cesta básica (parte II).
Confira também as informações setoriais do mês de julho e os prognósticos
climáticos para os meses de setembro
e outubro divulgadas pelo consultor,
Oswaldo Alonso. O leitor ainda poderá
encontrar dicas de leitura e português.
Boa leitura!
Conselho Editorial
RC
Expediente:
Conselho Editorial:
Antonio Eduardo Tonielo
Augusto César Strini Paixão
Clóvis Aparecido Vanzella
Manoel Carlos de Azevedo Ortolan
Manoel Sérgio Sicchieri
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H. Mermejo
Comercial e Publicidade:
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Editora:
Carla Rossini - MTb 39.788
Tiragem DESTA EDIçÃO:
23.000 exemplares
Projeto gráfico e Diagramação:
Rafael H. Mermejo
ISSN: 1982-1530
A Revista Canavieiros é distribuída gratuitamente
aos cooperados, associados e fornecedores do
Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred.
As matérias assinadas e informes publicitários
são de responsabilidade de seus autores. A
reprodução parcial desta revista é autorizada,
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Revista Canavieiros - Agosto de 2013
Foto divulgação
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Ano VII - Edição 86 - Agosto de 2013 - Circulação: Mensal
Índice:
Capa - 24
Canaoeste e Basf firmam parceria
para transferir tecnologia de monitoramento via satélite aos canaviais
O objetivo é quantificar áreas e
otimizar recursos como insumos e
E mais:
mão de obra; para isso será utilizado o serviço recém-apresentado Coluna Caipirinha
ao mercado canavieiro, o Harpia® .................página 08
05 - Entrevista
Ponto de Vista
.................página 13
Graciela Mognol
Gerente de Marketing Cultivos Cana da BASF
Projeto Harpia é disponibilizado para associados à Canaoeste
Nova Fenasucro
.................página 26
9º Insectshow
.................página 28
Informações Setoriais
.................página 30
12 - Artigo
Antes da Porteira
.................página 32
José Osvaldo Bozzo
Consultor tributarista e sócio da MJC Consultores, é formado em Direito
Agronegócio – ficção ou realidade?
Assuntos Legais
.................página 36
14 - Notícias Copercana
- Copercana Orindiuva “faz a diferença”
- Copercana participa do X Encontro sobre a Cultura do Amendoim em Jaboticabal
18 - Notícias Canaoeste
- 6ª reunião do Grupo Técnico da Orplana
- Dispositivo legal para proteger canavieiros foi defendido no Senado
22 - Notícias Sicoob Cocred
- Balancete Mensal
34 - Artigo Técnico
Mamoma, Mucuna e Melão de São Caetano
Plantas daninhas que atormentam o produtor rural
Ricardo Parisoto - Agrônomo da Canaoeste de Barretos
Acompanhamento de
safra
.................página 38
Cultura
.................página 42
Agende-se
.................página 43
Consecana
.................página 45
Notícias do Setor
.................página 47
Safra de Grãos
.................página 49
Classificados
.................página 50
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
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Entrevista
Projeto Harpia é disponibilizado para
associados à Canaoeste
A Canaoeste, consciente da importância dos danos e prejuízos causados pelo ataque de pragas nas
lavouras de cana-de-açúcar, tornou-se a primeira associação de fornecedores a firmar parceria com a empresa multinacional BASF no Projeto Harpia, antes realizado apenas com usinas. A assinatura da parceria
foi consolidada no dia 02 de agosto, no auditório da Canaoeste, em Sertãozinho.
De acordo com a gerente de Marketing Cultivos Cana da BASF, Graciela Mognol, o principal objetivo
deste projeto é recuperar as áreas com baixa biomassa de cana-de-açúcar, aumentando a produtividade e
qualidade do produto final.
Em entrevista exclusiva à Revista Canavieiros, Mognol falou sobre a realização do projeto Harpia com a
primeira associação, os benefícios que pode agregar aos fornecedores, a tecnologia utilizada e as dificuldades encontradas pelos produtores no monitoramento de seu canavial. Confira!
Graciela Mognol
Foto: Divulgação BASF
Carla Rodrigues
Revista Canavieiros: O que é o
projeto Harpia?
Graciela: O Harpia é um sistema de
monitoramento que captura imagens
via satélite convertendo-as em um
mapa georreferenciado que permite
um monitoramento mais eficiente dos
canaviais. O Harpia opera por meio
de uma análise espectral de imagens,
onde uma de suas principais vantagens
está no fato de oferecer informações
de toda a área analisada, de forma ampla e completa.
Revista Canavieiros: Qual é seu
objetivo principal?
Graciela: Oferecer uma ferramenta/serviço capaz de informar onde es-
tão os problemas através de imagens
georreferenciadas, com informações
antes do corte da cana para otimizar a
mão de obra, o rendimento operacional
e o tempo nas usinas. O objetivo principal do Harpia é recuperar as áreas
com baixa biomassa de cana de açúcar,
aumentando a produtividade e qualidade do produto final.
Revista Canavieiros: Como este
projeto pode ajudar na produção da
lavoura?
Graciela: O serviço permite quantificar as áreas com diferentes índices de
biomassa, ou seja, alta, média ou baixa
biomassa. Assim, auxilia o produtor a
tomar decisões mais assertivas no ma-
nejo das áreas com baixos índices, promove uma melhoria do gerenciamento do uso de fertilizantes, defensivos,
mão de obra, maquinário e dos insumos em geral. O grande objetivo é a
recuperação destas áreas e consequentemente recuperação da produtividade
e qualidade do produto final.
Revista Canavieiros: Quais são os
recursos tecnológicos disponibilizados pela Basf no Harpia?
Graciela: Os principais recursos
tecnológicos são: a disponibilização de
uma ferramenta de agricultura de precisão que é a tecnologia de geoprocessamento de dados (Harpia) através do uso
de imagens de satélite. Como recurso
também está a mão de obra capacitada
e pronta para treinar as equipes de campo das usinas/fornecedores para fazer
o correto diagnóstico dos problemas
apontados nos mapas. Harpia integra-se à estratégia da BASF de fornecer
não só produtos fitossanitários eficientes, mas uma gama completa de serviços que tenham como objetivo o aumento de produtividade, rentabilidade
e, consequemente, da sustentabilidade
das lavouras.
Revista Canavieiros: Hoje, quais
são as principais dificuldades que o
produtor encontra para monitorar
seu canavial?
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
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Graciela: Atualmente o monitoramento é realizado através de observações visuais e o tradicional levantamento de campo. Esse levantamento
demanda uma grande quantidade de
mão de obra, hoje um recurso cada vez
mais escasso no campo, o que torna o
serviço de alto custo, baixo rendimento operacional e pouco eficiente.
Revista Canavieiros: Quais são as
principais causas de perdas na lavoura hoje?
Graciela: Levando-se em conta a
dificuldade de monitoramento assertivo das lavouras, as grandes causas de
perdas de produtividade que podemos
citar são: ocorrência de pragas, plantas daninhas, doenças, compactação de
solo e fertilidade.
Revista Canavieiros: No caso das
pragas e doenças, quais são as que
oferecem mais riscos e danos aos canaviais? Cite suas características.
Graciela: Pragas: Sphenophorus
Levis - os ataques ocorrem tanto em
cana-planta quanto em socas. Os sintomas são: amarelecimento das plantas, aparecimento de canas mortas na
touceira, falhas em rebrota nas canas-socas e acúmulo de serragem em
abertura de galerias nos “rizomas”.
Em áreas mais infestadas os prejuízos
podem ser superiores a 30 t cana/ha/
ano, além de reduzirem significativamente a longevidade do canavial.
Migdolus fryanus - as larvas de M.
fryanus destroem o sistema radicular
da cana-de-açúcar de qualquer idade,
perfurando-os em todos os sentidos
e alimentando-se dele. Em cana-de-açúcar, atacam o rizoma, podendo
destruí-lo totalmente. Os efeitos são
mais evidentes durante os períodos em
que as plantas estão sujeitas ao déficit
hídrico, quando é possível encontrar
números elevados de larvas junto às
touceiras. Por viver debaixo da terra e
só sair na superfície por um curto período de tempo - para as revoadas de
acasalamento - a praga é difícil de ser
encontrada, o que dificulta seu controle. Os danos ao canavial são irreparáveis: desde a queda de produtividade
até a perda da plantação.
Doença: Ferrugem Alaranjada - assim como a ferrugem marrom, a disseminação dos esporos ocorre pelo vento, mas ambas podem ser distinguidas
pela coloração dos esporos, formato das
pústulas, distribuição das lesões nas folhas, e miscroscopicamente, pela ornamentação dos esporos. Os sintomas
iniciais caracterizam-se por lesões pequenas, amarelas alongadas, as quais
evoluem para a formação de um halo
alaranjado necrótico a medida que aumentam de tamanho
Revista Canavieiros: A Canaoeste
é a associação pioneira neste projeto,
que até então era realizado apenas em
unidades industriais. Fale um pouco
sobre esta parceria com a Basf.
Graciela: A Canaoeste será a pioneira no Harpia, disponibilizando o
serviço aos seus associados que são
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
fornecedores (pequenos, médios e
grandes) de cana de açúcar. O grande
objetivo é levar a agricultura de precisão para agricultores que até o momento não se utilizavam desta ferramenta
para gerenciar os seus canaviais.
Esta primeira etapa da parceria atingirá uma área de 30.000 ha, com aproximadamente 230 produtores (associados) que vão se beneficiar do “Know
How” da Canaoeste e BASF.
Revista Canavieiros: Como você
acha que os associados à Canaoeste
serão beneficiados com esta parceria?
Graciela: A Canaoeste está consciente da importância dos danos e prejuízos causados principalmente pelo
ataque de pragas nas lavouras de cana-de-açúcar. Por isso, a parceria, assim
como o projeto, são inovadores. O
grande objetivo é atacar os problemas
de forma racional e assertiva visando a
recuperação das áreas e consequentemente aumentando a produtividade.RC
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Revista Canavieiros - Agosto de 2013
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Coluna Caipirinha
E
O agro é provavelmente a única grande
oportunidade aberta ao Brasil
xcepcionalmente nesta edição
especial da Canavieiros para a
Fenasucro 2013 eu gostaria de
trazer dois textos publicados na grande
imprensa para que o setor canavieiro
também possa ver o diálogo promovido
entre eles e as oportunidades que estão
abertas a nós. Morando no exterior, estou cada vez mais convencido que a sociedade brasileira, se tem chance grande em algo, este algo é o agro.
O primeiro texto mostra a decisão
que temos que tomar entre produzir
aqui no Brasil 30 bilhões de litros de
etanol ou importar este volume de gasolina. Foi publicado no Estadão, no dia
27/07/13, e teve bastante impacto em
termos de mensagens e debates.
Produzir etanol ou importar gasolina?
Em recente evento de etanol realizado pela UNICA (União da Indústria da
Cana-de-açúcar) em São Paulo, um técnico do Ministério das Minas e Energia
projetou o consumo adicional de combustíveis dos automóveis ciclo Otto
(gasolina ou flex) em 25 a 30 bilhões de
litros em 2020. O objetivo deste artigo é
discutir como suprir esta demanda adicional. Do lado da oferta, é fato que teremos pouco crescimento na produção
de gasolina. Restariam então duas alternativas à sociedade brasileira: produzir
etanol (A), ou importar gasolina (B).
Optando pela A, com a ampliação e
construção de novas Usinas, reativando
os setores de bens de capital e também o
setor agrícola, trazendo milhões de hectares de pastos para produção de cana,
poderiam ser gerados quase 100 mil empregos diretos no interior do Brasil e com
estes investimentos dar um empurrão no
preguiçoso PIB brasileiro. Também geraria açúcar exportável para contribuir na
balança comercial, e com a cogeração de
eletricidade à partir do bagaço, desligar as
caras térmicas movidas a óleo.
Pesquisa feita em Quirinópolis (GO)
e em Caarapó (MS) mostrou os bene-
fícios econômicos, sociais e ambientais
do investimento em cana. Em Quirinópolis, antes de duas usinas chegarem
(2005), existiam 1000 empresas e 5 mil
empregos formais. Seis anos após, eram
3300 empresas e 11 mil empregos, com
o salário médio saltando de R$ 700 para
R$ 1500. A arrecadação de ISS multiplicou por 10 e a de ICMS pulou de R$
8 milhões para 25 milhões.
A usina de cana gera renda nova, que
circula no município e é amplamente distribuída via salários, impostos e
aquisições de produtos e serviços, movimentando setores como construção
civil, restaurantes, comércio. Gera um
efeito multiplicador, basta visitar estes
municípios e conhecer o “Brasil chinês”, empreendedorismo puro.
Após análise da competitividade do
Brasil em diversos setores sob um enfoque internacional, fica a questão: que
outra alternativa de desenvolvimento
tão rápida teriam estes municípios do
interior do Brasil? Imaginar o impacto
de 80 novas usinas planejadas em 80 cidades do interior gerando riqueza. Fora
isto, ter a segurança energética que todos os países buscam e o Brasil caminha em sentido contrário.
Se a opção for a B, de importar gasolina, além de abrir mão dos benefícios
acima, é necessário gerar excedentes
de exportação para pagar por este combustível importado. Vale lembrar que a
balança comercial apresenta em 2013 o
pior resultado em quase 20 anos, fruto
da perda da capacidade competitiva das
nossas empresas, por fatores amplamente conhecidos.
Supondo em 2020 um preço de US$
1 por litro, seriam quase US$ 30 bilhões
gastos por ano para importar a gasolina.
Setores que hoje conseguem exportar,
que são os poucos ligados ao agronegócio (carnes bovina, suína, frango,
café, papel e celulose, suco de laranja e
algodão) terão que dobrar exportações
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
Marcos Fava Neves
em apenas seis anos somente para pagar esta gasolina, uma solicitação desejável, porém infactível. Portanto, como
a sociedade brasileira pagará se optar
pela B? Existe infraestrutura logística
para receber este volume?
Ainda deve ser considerado e precificado que a opção B, uma vez que a gasolina é extremamente mais poluente que o
etanol complicará na questão ambiental.
A proposta de se retomar a incidência
da CIDE (Cotribuição de Intervenção
no Domínio Econômico) no preço da
gasolina feita pelos prefeitos, investindo e estimulando via redução de preços,
o transporte coletivo poderia ter efeito
neutralizado na inflação e daria grande
impulso ao etanol. A sociedade precisa
optar entre A ou B. Se for A, está no limite para que dê tempo, afinal, faz cinco
anos que este cenário é conhecido.
Com meu viés de geração de valor e
renda, empreendedorismo, desenvolvimento econômico, criação de posições
de trabalho para inclusão social, potência ambiental e de segurança energética, voto A.
Haja limão: Alguém achar que a B é
a melhor e conseguir nos convencer disto.
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O segundo texto reflete uma visão
um pouco mais ampla que somente a
de combustíveis, mostrando os movimentos da agricultura nas próximas
décadas. Foi feito especialmente para
o Valor Econômico e saiu como opinião
em 09/08/13.
9 questões para 9 bilhões
A Universidade de Purdue, nos
EUA, lançou pesquisa mundial, contando com a participação da USP, chamada de “9 questões para 9 bilhões”. O
estímulo foi o nascimento do habitante
de número 7 bilhões, que representa
um marco no desenvolvimento da humanidade. A população mundial deve
atingir a marca de 9 bilhões, e provavelmente se manter nesse patamar, por
volta de 2050.
O agronegócio, e consequentemente a sociedade brasileira, tem se beneficiado desse crescimento do consumo
mundial, pois pulamos de uma exportação de US$ 20 bilhões em 2000
para provavelmente mais de US$ 100
bilhões em 2013, com claras possibilidades de se atingir US$ 200 bilhões
em 2020. A safra de grãos chega a 184
milhões de toneladas e a renda da agricultura e pecuária chega a R$ 450 bilhões em 2013, um recorde de geração
e distribuição de renda.
Vivemos a era do consumo mundial
de alimentos, puxado pelos fatores de
principal impacto, que são o crescimento populacional, urbanização, desenvolvimento econômico, distribuição
de renda, programas governamentais
de acesso a alimentos, como os recém
implementados na China e na Índia, o
uso de terra para biocombustíveis e bioprodutos e para geração de eletricidade.
Estima-se que a economia global
crescerá 3,3% ao ano até 2022, puxada pelo mundo emergente, com média
de 5,6% ao ano, com destaque para a
China, 7,8%, e a Índia com 7,5%. Os
emergentes se tornarão os grandes com-
pradores dos nossos alimentos, pois em
2020 serão 82% da população consumidora (China e Índia serão quase 40%).
África e Oriente Médio responderão por
50% do aumento da importação global
de carnes e outros alimentos e a China
deve importar 25 milhões de toneladas
de milho e 100 milhões de soja, sendo a
maior parte do Brasil.
Graças a este consumo viveremos
décadas de enorme pressão em cima
dos recursos produtivos, que são a
terra, a água, as pessoas (recursos humanos), a tecnologia, a informação, a
conectividade, o crédito, os governos e
instituições, a capacidade de armazenagem, de transporte e, finalmente, a
capacidade de gestão.
As sociedades que tiverem estes
recursos, que é o caso do Brasil, com
amplo estoque de solo, água e clima
para colocar à disposição do consumo
mundial, e souberem manejá-los melhor, estarão à frente na promoção de
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
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seu desenvolvimento econômico, social
e ambiental, puxado pelas exportações
de alimentos.
O Brasil passa por grande crescimento nos custos de produção, devido ao
manejo insuficiente de alguns dos recursos citados acima. O problema logístico,
que causará um prejuízo de US$ 4 bilhões aos produtores em 2013, é apenas
um exemplo que preocupa não apenas a
nós, mas ao mundo consumidor.
É fundamental que seja feita uma
avaliação das principais preocupações que os sistemas de produção
agrícola devem enfrentar no mundo,
identificando nove dos maiores desafios que a agricultura e a indústria de
alimentos enfrentam ou enfrentarão,
avaliar sua situação e como o conhecimento está se desenvolvendo para
guiar futuras pesquisas e estruturar
discussões relacionadas a como alimentar, vestir e movimentar o mundo
de maneira sustentável.
Vamos às nove questões:
1- O crescimento econômico e aumento de renda vão permitir uma adequada distribuição de recursos, suficientes para comprar alimentos adicionais e
melhorar sua ingestão nutricional?
2- Quais serão as características demográficas de saúde e exigências nutricionais da futura população?
3- Os recursos estarão disponíveis
para suprir o esperado aumento de
demanda por produtos agrícolas relacionados a alimentos, rações, combustíveis, fibras, plásticos, eletricidade,
entre outros?
4- As políticas dos governos irão impedir ou impulsionar a produção e produtividade agrícola?
5- Qual será o aumento de produtividade e capacidade de produção agrícola
mundial que as tecnologias e inovações
proporcionarão?
6- Como estão os solos, recursos hídricos, para suprir alimentos de maneira sustentável sendo social e ambientalmente responsável e economicamente
viável?
7- Como os transportes e logística
e as políticas internacionais serão adequados e dispostos para levar a produção ao consumo?
8- Como as mudanças climáticas, incluindo o aquecimento global e maiores
variações de pluviosidade e temperaturas, vão impactar na localização dessas
produções agrícolas?
9- Quais serão as informações, conhecimentos, habilidades e competências necessárias para fazer frente ao
aumento da demanda mundial?
Estas discussões e este grande crescimento das importações mundiais de
alimentos abrem ao Brasil uma enorme
oportunidade. Trata-se provavelmente
do único setor ou negócio produzido no
país que apresenta, após os nossos portos, chances tão claras de exportações,
de venda de produtos e de colocar nossa
sociedade no primeiro mundo.
Para aproveitar esta oportunidade o
Brasil deve agir para melhorar o uso
dos seus recursos, seja na remoção dos
entraves logísticos, de armazenagem,
tributários, trabalhistas, financeiros,
ambientais, de governança, de pesquisa, de seguros, de segurança no campo,
entre outros há muito tempo apontados.
Quanto mais cedo o Ministério da
Agricultura, num país onde o agronegócio representa mais de 35% do PIB,
receber do governo federal o devido
holofote, sendo blindado, fortalecido e
ocupado por técnicos qualificados, coordenando todos os esforços desta área
de alimentos, bioenergia, mais cedo a
sociedade brasileira conquistará esta
renda do consumo mundial para ser
aqui amplamente distribuída.
Precisa-se sair do Brasil para ver que
a capacidade do agronegócio brasileiro
de responder a essa demanda mundial é
internacionalmente reconhecida. Falta
o reconhecimento nacional, não apenas
em palavras, mas em ações efetivas, em
prioridade e capacidade de implementação de estratégias. É uma chance única que se abriu a nossa sociedade.
Desejo uma boa Fenasucro a todos.
Tenho certeza que poderia ser mais
vigorosa e animada se tivéssemos um
comando melhor no nosso país, que
pudesse ver as amplas oportunidades
discutidas neste diálogo entre meus
dois textos. Com certeza as vendas e
investimentos seriam muito maiores.
Haja limão com esta falta de visão e
de gestão...
Antes de concluir, para não perdermos a característica da coluna, o homenageado do mês é o Arnaldo Luiz
Corrêa, diretor da Archer Consulting.
Arnaldo semanalmente nos brinda com
uma análise do mercado, recebida em
nossos e-mails, uma leitura muito agradável e informativa.
MARCOS FAVA NEVES é professor
titular de planejamento e estratégia na
FEA/USP Campus Ribeirão Preto e
coordenador científico do Markestrat.
Em 2013 é professor visitante internacional da Purdue University.
As fotos mostram a experiência de usar etanol (E85) nos EUA e os rendimentos do carro para os entusiastas do biocombustível
RC
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Ponto de Vista
Agronegócio – ficção ou realidade?
José Osvaldo Bozzo*
S
empre debatendo sobre a questão
atual do Agronegócio, em específico em relação ao setor sucroalcooleiro, ficamos, às vezes, com a impressão de que vivemos de pura ficção, ou
seja, aquilo que não existe efetivamente
e que, em geral, excluímos de uma visão
realista. Negativo.
O segmento voltado para este setor
tem forma, estratégias, planejamentos, e
tende a crescer de forma sustentável se
oportunidade de desenvolvimento houver. Renovar os canaviais é uma delas
e significa gerar mais fertilidade e para
isso há que se ter sustentabilidade.
O Agronegócio brasileiro é sempre
destinado com esperança pelo setor, pois
tem sido, nas últimas décadas, uma das
bases mais sólidas da economia.
Existe uma preocupação do governo
em relação ao setor no que diz respeito
ao equilíbrio sustentável com questões
de natureza tecnológica. Porém, alguns
representantes do segmento argumentam
que há certa incerteza frenética quanto à
possível falta de energia. A partir daí pode
ocorrer ausência de segurança alimentar
razão pela qual se faz necessária uma avaliação da situação atual aos grandes riscos
e as preocupações que podem existir em
relação ao crescimento populacional e de
renda, sempre atentando para uma visão
voltada para o Agronegócio.
CANAVIAIS - A questão da reforma
dos canaviais, um dos tripés da cadeia
produtiva, é uma das razões de sustentabilidade e de crescimento, pois é a agricultura que move o agronegócio e, consequentemente, tem que contribuir para
a produção de alimentos e de energia.
Percebe-se nas últimas safras uma
alta nos custos agrícolas, de maneira
que tem de haver, urgentemente, uma
redução destes dispêndios de modo que
a produção se mantenha em patamares
que atendam à demanda das fábricas,
sem deixá-las ociosas.
É aí que percebemos de fato o custo
no Brasil, o que reduz drasticamente a
envergadura produtiva que existe nas
áreas agrícolas, aliado a outras fontes de
energia que poderiam abastecer o mercado energético, porém, não o fazem por
outras dificuldades setoriais.
Outra questão que deve se levar em conta é o quão o setor agrícola é importante à
indústria petrolífera. Já debatemos este assunto em inúmeras ocasiões e apontamos
que o etanol tem como premissa maior a
de maximizar o seu uso em contrapartida
ao do petróleo. Trata-se de uma alternativa eficiente, limpa e, de certa forma, mais
atrativa sob vários aspectos.
PRÉ-SAL - Cogita-se muito a descoberta do Pré-sal, porém, ainda é tímida a
sua aparência, seus benefícios, sua capacidade de gerar riquezas e o quanto irá
prospectar de energia para o país. Diferentemente disso, temos o agronegócio que,
embora ainda merecedor de alguns problemas, é uma atividade em pleno vapor,
gerando fontes de energia limpa e grande
empreendedor na geração de empregos.
Há que se ter em mente que o setor precisa
de uma avalanche de mudanças.
É preciso dar credibilidade pela sua
notoriedade que até então expôs o país.
Ou seja, desenvolver uma visão mais
contundente de negócio ao invés de pensarmos em algo que ainda é uma ficção.
São necessárias mudanças, como uma
política austera que possa trazer uma
melhor evolução ao setor, seja de ordem
fiscal, seja por linhas de crédito mais atraentes. O desenvolvimento da cadeia deve
estar alinhado a uma nova visão do setor,
acabando de vez com o estigma de crendices de que sempre teve o agronegócio.
FUTURO - Certo é que o país precisa resolver e contribuir para um problema que se aproxima cada vez mais:
a escassez mundial de alimentos e de
energia.
O agronegócio não é uma ficção, é
uma realidade e de forma sutil, que foi se
expandindo no decorrer dos anos. Uma
realidade funcional que sempre deparou
suas expectativas e trouxe sustentabilidade e credibilidade à nação. Trata-se
de um negócio baseado em uma ampla
cadeia produtiva.
Além disso, ainda há outras pendências
a serem resolvidas em outros segmentos.
São questões relacionadas propriamente à
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
José Osvaldo Bozzo
terra cultivada, as normas que a balizam,
como por exemplo, a floresta, além de
outras preocupações. Essa demanda quer
queira, quer não, estão implicitamente
ligadas, por alguma forma, à sustentabilidade alimentar e precisa ser tratada
com uma aparição geral, pois o Brasil é
um dos maiores destaques mundiais no
segmento alimentar e deve se posicionar
cada vez mais sobre este debate.
Veja que só a cana-de-açúcar ocupa
aproximadamente 1,5% da área destinada à produção de energia, o que nos favorece frente a outros países, no entanto,
ainda temos, como já tratamos aqui e em
outras ocasiões, a questão da renovação
dos canaviais. Isto é ponto emergente,
para ontem. É preciso considerar que o
etanol é um produto renovável, por isso,
deve haver uma redução dos seus impostos frente à gasolina. O mesmo deve ser
aplicado ao açúcar. Esse stress poderia
se resolver, caso o governo adotasse medidas que valorizassem mais os nossos
produtos, cujo maior beneficiário seria a
própria nação brasileira. Isso pressupõe a
adoção de métodos e processos modernos
em todas as etapas da cadeia que, de quebra, acompanham o alimento do campo
à mesa, incluindo nesta empreitada, as
empresas que efetivamente são reais – a
agroindústria – e não fictícias.
*Consultor tributarista e sócio da
MJC Consultores, é formado em Direito.
Foi também sócio da BDO e da KPMG e
professor de Planejamento Tributário na
USP – MBA de Ribeirão Preto.RC
13
Cenário para setor sucroalcooleiro
*Arnaldo Luiz Corrêa
N
o mercado internacional, a
queda nos preços do açúcar
acumula perdas de 13,75%
no ano. Mesmo com a desvalorização
do real que diminui esse impacto para
as usinas brasileiras, o efeito não deve
ser o mesmo nos países produtores de
açúcar que competem com o Brasil.
O real sofreu uma desvalorização
de quase 11% desde o início do ano,
enquanto a moeda indiana teve queda de 8% e a moeda tailandesa pouco
menos de 1%. Para as usinas sem passivo em dólar, o efeito da desvalorização cambial praticamente compensou a queda das cotações do açúcar
no mercado internacional. Por outro
lado, nossos principais compradores
China, Rússia e Oriente Médio, tiveram valorização (caso da moeda chinesa, que valorizou 3,75% no acumulado do ano) ou basicamente nenhuma
mudança.
A demanda mundial de açúcar,
apesar da queda no consumo quando
os preços negociaram acima dos 30
centavos de dólar por libra-peso há
cerca de três anos, volta a se expandir gradualmente, o que vai fazer com
que mais açúcar tenha que ser oferecido no mercado internacional para
atender a essa demanda. Somem-se
a esse quadro o preço alto do açúcar
negociado em alguns países consumidores e o crescimento do consumo de
combustíveis no Brasil, que vai continuar a demandar potencialmente mais
etanol para alimentar a crescente frota
brasileira de veículos leves.
O consumo mundial de açúcar
cresceu em média 1,6% ao ano nos
últimos cinco anos, alguma coisa em
torno de 2,7 milhões de toneladas de
açúcar por ano. O Brasil deve continuar a ser o principal fornecedor,
além de abastecer internamente um
mercado que consome vorazmente
12 milhões de toneladas de açúcar
por ano.
Arnaldo Luiz Corrêa
O consumo de combustíveis no
país cresce anualmente cerca de 3
bilhões de litros. Para atender esse
consumo interno de combustível ao
aumento de consumo de açúcar no
mercado doméstico e ainda manter
sua participação no mercado internacional de açúcar, o setor sucroalcooleiro precisa moer a cada ano, um
adicional mínimo de 35-40 milhões
de toneladas. Ou seja, em três anos
(para a safra 2016/2017), o Centro-Sul precisaria produzir 700 milhões
de toneladas aproximadamente. Vai
conseguir? Difícil. Para isso, o Centro-Sul precisaria construir mais 20
usinas com moagem média de 5 milhões de toneladas. Um investimento
estimado em US$ 13.5 bilhões.
Além disso, os gargalos logísticos
por falta de infraestrutura, insegurança
jurídica no cumprimento de contratos
e falta de regras definidas na formação de preço dos combustíveis afastam
possíveis investidores que não se atrevem a colocar dinheiro num setor que
depende do humor do governo.
*Arnaldo Luiz Corrêa é gestor
de riscos e diretor da Archer Consulting, empresa especializada em
gestão de riscos, mercado futuros,
opções e derivativos agrícolas para
commodities agrícolas e estratégias
de negócios para a agroindústria.RC
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
14
Notícias Copercana
Copercana Orindiuva “faz a diferença”
Desde 2011 a cooperativa se faz presente na região através de um escritório de atendimento
aos cooperados; em breve, a Copercana inaugura mais uma filial em Paulo de Faria
Carla Rossini
“
A chegada da Copercana em Orindiuva foi excelente. Aqui é uma
região bem poluída de cooperativas e a concorrência é muito forte. Por
isso, a cooperativa precisava mostrar
algo diferente e para isso precisava ter
profissionalismo, assistência técnica,
disponibilidade de produtos e bons preços. A Copercana veio para cá com esse
propósito e hoje é a cooperativa que
mais vende na região”, disse Fernando
Faustino, gerente agrícola da Oricana –
Associação dos Fornecedores de Cana
de Orindiúva.
A Oricana é parceria da Copercana
desde abril de 2011, quando a cooperativa abriu um escritório de atendimento
em Orindiuva. O objetivo era atender
à necessidade dos produtores de cana,
soja e milho da região, que sofriam com
a demora na entrega de produtos, preços e prazos de pagamentos inadequados. “Quando precisávamos de produtos tínhamos que nos deslocar para Rio
Preto que fica a mais ou menos 100 quilômetros daqui. Além dos custos com
combustível e viagem, o nosso trabalho
era prejudicado com o tempo perdido
nas estradas”, afirmou o produtor rural
e cooperado Norio Nomyama, fornecedor mais antigo da Usina Moema, do
Grupo Bunge que fica no município.
“A Copercana “caiu do céu” para nós.
Sou filiado a várias outras cooperativas,
Colaboradores da Copercana e cooperados no escritório que fica localizado na
Rua Gil Cândido da Silva, 400 - Centro - Tel. (17) 3816-1275
Norio Nomyama
Pedro Esrael Bighetti e Fábio Antônio Barbosa da Copercana;
Fernando Faustino e Leonel Salomão Sabino da Silva da Oricana
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
Arnaldo Marquez Monteiro de Barros
mas nenhuma delas teve uma proposta
tão boa quanto a da Copercana”, completou Nomyama.
Para manter a excelência nos serviços prestados a Copercana disponibiliza um engenheiro agrônomo que atende
os 63 cooperados que fazem parte do
seu quadro social na região. O agrônomo Fábio Antonio Barbosa, visita as
propriedades e realiza a comercialização dos produtos agroquímicos, calcário, gesso e implementos agrícolas. “A
Copercana é parceira da gente. Utilizo
bastante a assistência técnica para a
15
correta aplicação dos insumos e o Fábio me atende muito bem. Faço parte do
Projeto Soja da Copercana e estou muito satisfeito com a cooperativa”, disse o
cooperado Arnaldo Marquez Monteiro
de Barros, produtor de cana, soja e seringueira em Paulo de Faria.
Juralberto Pereira da Silva
Pedro Esrael Bighetti - “Lelo”, diretor da Copercana
O diretor da Copercana, Pedro Esrael
Bighetti foi o idealizador do escritório
em Orindiuva e também é o responsável
pela abertura de uma filial da Copercana
e um Posto de Atendimento da Sicoob
Cocred em Paulo de Faria. “Eu acredito nessa região que é muito promissora
e tem excelentes produtores. Gente disposta a trabalhar e produzir que precisavam do apoio de uma cooperativa forte e
com credibilidade como a Copercana”,
afirmou Lelo Bighetti, como é conhecido o diretor da cooperativa. “Desde que
instalamos o escritório em Orindiuva
contamos com a colaboração e parceria da Oricana. Por isso quero fazer um
agradecimento especial ao presidente da
associação, Roberto Cestari”.
“Costumo dizer que a vinda da Copercana para Orindiuva e a nossa parceria é
um trabalho feito em duas mãos: o produtor tem respaldo técnico e comercial. O
Lelo entendeu o que queríamos e o jeito
de trabalhar da Copercana foi desenvolvido para satisfazer as necessidades dos
produtores, da Oricana e da nossa região”, comentou Fernando Faustino.
Depoimentos:
“A Copercana ter vindo para Orindiuva foi muito bom. O atendimento é
excelente e quando precisamos de um
produto a entrega é rápida. Com a inau-
guração da Loja de Ferragens em Paulo
de Faria, acredito que vai ficar ainda
melhor. Nós compramos na Copercana
pelas vantagens que ela oferece e também pelo atendimento diferenciado”.
Juralberto Pereira da Silva – produtor
rural de Orindiuva e cooperado desde 2011
O prédio em reforma onde será instaladas as filiais da
Copercana e Sicoob Cocred em Paulo de Faria
Dauro Nunes dos Santos Filho
Roberto Kitagawa
“Desde quando abriu a Copercana em
Orindiuva, o trabalho dos produtores rurais foi bastante facilitado. Utilizo muito
a assistência que o agrônomo (Fábio)
nos oferece através das visitas nas propriedades e assim compro os produtos
que ele recomenda. O Fábio me atende
prontamente e isso é muito bom.
Esse ano eu visitei o Agronegócios
Copercana e gostei muito. Uma feira
bem organizada, oferecendo tudo o que
a gente precisa: máquinas, implementos
e insumos. Adquiri bastante produtos.
Estava com condições boas de preço e
prazo, que é o que procuramos, consegui o que queria com facilidade”.
Roberto Kitagawa – produtor rural
de Riolândia e cooperado desde 2012
“Desde que me formei em 1997,
vim para a fazenda do meu pai e comecei a produzir cana. A vinda da Copercana para cá facilitou o nosso dia a dia
porque a nossa região é formada por
uma maioria de pequenos produtores e
a região estava muito carente de uma
cooperativa que desse esta assistência
que a Copercana nos oferece. Acredito
que é uma parceria muito boa entre a
Copercana e os produtores da região.
Tenho certeza que a Copercana terá
um futuro muito bom aqui. Queria
parabenizar o Lelo, que é o nosso representante direto na Copercana, pelo
trabalho e confiança que está depositando em nossa região”.
Dauro Nunes dos Santos Filho – Cooperado desde 2012 RC
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
16
Notícias Copercana
Copercana participa do X Encontro sobre a Cultura
do Amendoim em Jaboticabal
Durante o evento, a Secretária de Agricultura, Mônika Bergamaschi, assinou a resolução de
criação da Câmara Setorial da cadeia produtiva do amendoim
Fernanda Clariano
N
os dias 15 e 16 de agosto, aconteceu o X Encontro sobre a Cultura do Amendoim, no Centro
de Convenções da UNESP/FCAV, em
Jaboticabal. O evento foi coordenado
pelo professor Pedro Luis Alves, do
departamento de Biologia da UNESP Jaboticabal. Estiveram presentes, a secretária de Agricultura e Abastecimento
do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi, o vereador e presidente da Câmara Municipal de Jaboticabal, Wilson
dos Santos, o secretário de Agricultura
e Meio Ambiente de Jaboticabal, Sérgio
de Souza Nakaji, o coordenador da Codeagro, Cleiton Gentile, representando
a chefia do Departamento de Biologia
da Unesp de Jaboticabal, o professor
Rogério Carvalho, o professor José
Correa Netto, pesquisadores, técnicos,
produtores, estudantes e colaboradores
da Uname (Unidade de Grãos da Copercana), dentre eles, o gerente da Unidade, Augusto César Strini Paixão que
ministrou palestra sobre “A cultura do
amendoim na visão da Copercana”.
Na abertura do evento, o professor
Pedro Luis Alves, falou sobre a importância da cultura do amendoim. “A cultura do amendoim vem evoluindo muito,
tanto na parte de novas cultivares, como
na qualidade do plantio e da colheita e
com isso, vem ganhando espaço, mas
ainda precisa conquistar novos espaços”,
disse o professor.
Ainda durante a abertura, a secretária Mônika Bergamaschi, assinou a
resolução de criação da Câmara Setorial da cadeia produtiva do amendoim.
“Conversamos muito sobre a cultura
do amendoim nos últimos dias para que
hoje pudéssemos formalizar a 30ª Câmara Setorial no órgão da Secretaria da
Agricultura. As Câmaras Setoriais são
importantes porque nelas, conseguimos
coordenar todo o segmento da cadeia
produtiva. Fico feliz com mais essa Câmara constituída, sabemos que a falta de
áreas para a expansão da produtividade
é um grande problema a ser enfrentado
Augusto César Strini Paixão,
gerente da Uname
para que se possa colocar mais amendoim no campo e assim crescer, mas
com certeza, eventos como esse são fundamentais e o próprio trabalho da Câmara, afim de que possamos reconhecer
quais são os gargalos”, disse a secretária,
que aproveitou também para falar das linhas de créditos que estão à disposição
dos produtores rurais. “Nós temos realizado várias iniciativas exclusivamente para médios e pequenos produtores.
Hoje temos linhas de financiamentos a
juro zero para aquisição de máquinas,
tratores e implementos e outras 29 linhas
a 3% ao ano, pois agricultor no vermelho não pensa no verde. Só quero que
saibam que a Secretaria da Agricultura
está à disposição dos produtores, principalmente agora que temos nas Câmaras
Setoriais mais um canal nos ligando”,
afirmou a secretária.
Durante as palestras, os participantes
tiveram acesso a informações relevantes
sobre o mercado atual do amendoim,
através de temas como: A cultura do
amendoim na visão da Copercana e da
Coplana; Produção e mercado do amendoim na última década; As doenças do
amendoim na Argentina; Manejo das
plantas daninhas na cultura do amendoim; Avanços da mecanização agrícola
na cultura do amendoim; Novas cultivares de amendoim; Amendoim transgênico – é possível?; Pragas problemáticas
na cultura do amendoim; Nutrição e
adubação do amendoim, além de espaços técnicos BASF e Syngenta.
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
Nadia Segatto Strini Paixão, Augusto Cesar Strini
Paixão, Edgard Matrangolo Junior, Juliano José
Valério, Thiago de Souza Zarinello, Dirceu Pardo Godoi
O gerente da Uname, Augusto César
Strini Paixão, em sua apresentação, fez
uma breve explanação sobre a Copercana, o modelo de produção usado pela
cooperativa no amendoim, informações
de mercado no mundo, consumo e produção e a visão do futuro da cooperativa.
“Hoje o amendoim representa 12% do
faturamento da cooperativa, que conta
com duas unidades de recebimento, uma
em Sertãozinho e a outra em Herculândia. Reunimos 45 produtores na região
de Sertãozinho e Tupã. E este ano, tivemos uma produtividade média de 181
sacas. Temos como objetivo para a próxima safra, incrementar em 10% a produtividade média, chegando a 200 scs/
ha; investir em secagem, armazenagem e
aumento da capacidade em Sertãozinho
e Herculândia”, disse Augusto.
O coordenador do encontro, Pedro Alves, ainda comentou sobre o
lançamento da Câmara Setorial do
Amendoim. “Comemorar os dez anos
do encontro com o lançamento da Câmara Setorial, mostra uma grande maturidade e isso é muito importante. É
um reconhecimento da Secretaria do
Estado. Esperamos através da Câmara
Setorial ter voz, que a secretária nos
ouça, o Governo Federal nos ouça, que
essa falta de área de plantio, da falta
de produtos registrados para a cultura,
seja herbicida, fungicida, inseticida, a
demanda por alimentos envolvendo o
amendoim, tudo possa começar a tomar novos rumos a partir de agora”,
concluiu o professor. RC
17
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
18
Notícias Canaoeste
6ª reunião do Grupo Técnico da Orplana
O encontro reuniu técnicos das associações vinculadas a Orplana
Da redação
F
oi realizada em Sertãozinho, no dia
19 de julho, a 6º Reunião de 2013
do Grupo Técnico da Orplana
(Organização de Plantadores de Cana da
Região Centro-Sul do Brasil). O encontro aconteceu no Auditório da Canaoeste
e contou com a presença dos técnicos de
várias associações vinculadas a Orplana.
Dentre os assuntos apresentados, o
associado à Canaoeste e produtor, Víc-
Técnicos e Agrônomos
acompanharam as palestras
Manoel Ortolan, presidente da
Orplana e Canaoeste
tor Campanelli, discorreu sobre “O uso
de Agricultura de Precisão na cultura
de Cana-de-açúcar”. Ainda durante a
reunião, a equipe do IEA (Instituto de
Economia Agrícola), Katia Nachiluk e
Marli Dias Mascarenhas Oliveira, apresentaram os “Custos de Produção elaborados pelo IEA”.
Geraldo Majela de Andrade Silva, Manoel Ortolan,
Gustavo Nogueira, Ênio Roque de Oliveira
O gestor Operacional da Canaoeste,
Gustavo Nogueira, agradeceu a participação de todos e destacou a importância da realização destes eventos e encontros, que promovem a socialização
do conhecimento como também a integração entre os técnicos das associações vinculadas a Orplana. RC
Dispositivo legal para proteger canavieiros foi
defendido no Senado
R
epresentantes de todo o setor
sucroenergético do país, participaram de uma reunião com o
presidente do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), na manhã do dia 14 de
agosto, que teve como finalidade apresentar um novo dispositivo legal para
proteger os produtores brasileiros de
cana-de-açúcar. O senador Jim Argello
(PTB-DF), relator da proposta, também
participou do encontro.
Participaram da reunião representantes da Unida - União Nordestina dos
Produtores de Cana; Feplana - Federação dos Plantadores de Cana do Brasil e
a Orplana - Organização dos Plantadores de Cana da Região do Centro-Sul,
através de seu presidente, Manoel Ortolan. Também participaram do evento, os
industriais por meio da Unica - União
da Indústria da Cana e do Fórum Nacional Sucroenergético.
O objetivo principal da proposta de
Representantes do Setor Sucroenergético durante reunião
com o presidente do Senado, Renan Calheiros
modernização da legislação sobre a
produção canavieira no país, prima por
proteger as funções exercidas pelas associações de fornecedores, legitimando a representação de seus associados.
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
“E ainda garantir o direito/dever delas
acompanharem o recebimento da cana
pela indústria e a análise de sua qualidade”, disse o presidente da Unida, Alexandre Andrade Lima.RC
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Notícias Sicoob Cocred
Balancete Mensal - (prazos segregados)
Cooperativa De Crédito Dos Produtores Rurais e Empresários do
Interior Paulista - Balancete Mensal (Prazos Segregados)
- Julho/2013 - “valores em milhares de reais”
Sertãozinho/SP, 31 de Julho de 2013
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
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Revista Canavieiros - Agosto de 2013
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Canaoeste e Basf
firmam parceria para
transferir tecnologia de
monitoramento via satélite
aos canaviais
O objetivo é quantificar áreas e otimizar recursos como insumos e mão de obra; para isso será utilizado o
serviço recém-apresentado ao mercado canavieiro, o Harpia®
Da redação
P
ara auxiliar o produtor de cana-de-açúcar a mapear e gerenciar o seu canavial, a BASF
e a Canaoeste firmaram no dia 2 de
agosto na sede da associação em Sertãozinho, uma parceria que fornecerá
acesso ao serviço Harpia a mais de
200 produtores associados da Canaoeste. A tecnologia da BASF permite
quantificar as áreas dos canaviais com
falhas e baixo índice de biomassa,
além de melhorar o gerenciamento do
uso de fertilizantes, defensivos agrícolas e de mão de obra. A primeira
etapa da ação prevê o monitoramento
de 30 mil hectares em 20 municípios
da região de Bebedouro.
“Um dos compromissos da BASF
é buscar soluções de forma assertiva
para recuperar os canaviais e aumentar
a produtividade e qualidade da lavoura.
O acordo com a Canaoeste reforça essa
visão”, afirma Marcelo Ismael, diretor
de Negócios Especialidades da BASF
para o Brasil. O Harpia é um sistema
que captura imagens via satélite convertendo-as em um mapa georreferenciado que permite um monitoramento
mais eficiente dos canaviais. Uma de
Manoel Ortolan (Canaoeste) e Marcelo Ismael (Basf) assinaram o
contrato de parceria do projeto Harpia
suas principais vantagens está no fato
de oferecer informações de toda a área
analisada, de forma ampla e completa.
A Canaoeste é a primeira associação a receber a tecnologia Harpia. Até
então, o serviço era oferecido apenas
para grandes usinas. Para o presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan, o
setor necessita de novas tecnologias
que aumentem a produtividade das la-
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
vouras. “O Harpia vai contribuir com
isso”, destaca. Ainda segundo Ortolan,
o serviço contempla os pilares ambiental, econômico e social da sustentabilidade. “O produtor passará a aplicar
produtos apenas nas áreas em que realmente há necessidade, otimizando os
custos de produção e melhorando sua
renda. Assim, poderá gerir o seu negócio com inteligência e criatividade”,
destaca o executivo.
25
Arnaldo Sanches (consultor), Brasilino Garcia (BASF), Marco Chinelato (BASF), Luis
Carlos Amorin (BASF), Fabrício Catissi (BASF), Marcelo Ismael (BASF),
Gustavo Nogueira (Canaoeste), Manoel Ortolan (Canaoeste),
Antonio Eduardo Tonielo (Copercana), Pedro Esrael Bighetti (Copercana),
Luiz Carlos Tasso Jr. (Canaoeste) e Francisco César Urenha (Canaoeste)
Representantes e diretores da Canaoeste e da BASF participaram da cerimônia de assinatura do contrato, entre eles o
presidente da Canaoeste, Manoel Ortolan
e o diretor de Negócios Especialidades
da BASF para o Brasil, Marcelo Ismael,
que assinaram o contrato da parceria. O
gestor técnico operacional da Canaoeste,
Gustavo Nogueira e o coordenador de
marketing cana, citros e amendoim da
BASF, Fabrício Catissi fizeram as apresentações iniciais da reunião. O diretor da
Canaoeste, Luiz Carlos Tasso Júnior fez
uso da palavra para agradecer o empenho
das equipes da BASF e da associação envolvidas com o projeto. “Só gostaria de
agradecer o empenho das equipes já que
a busca pela excelência e o comprometimento de todos neste projeto, com certeza
irá nos ajudar a fortalecer ainda mais essa
associação”, disse Tasso Júnior.
Após o encerramento do evento,
Marcelo Ismael falou com a redação
da Revista Canavieiros: “estamos felizes e muito satisfeitos em ter fechado
essa parceria. Foram alguns meses de
discussão para chegar à fórmula ideal,
pois essa é uma parceria 100% perfeita de complemento e de conhecimento
dos dois lados. A BASF desenvolveu a
tecnologia do Harpia que é o georreferenciamento e o monitoramento através
de um satélite das áreas para podermos
entender quais são as áreas que têm um
potencial produtivo maior e menor. Em
parceria com a Canaoeste nessas áreas
de menor potencial produtivo, o técnico da associação fará uma visita para
identificar qual é o problema e porquê
está apresentando o potencial de produção menor. Assim será possível fazer
as recomendações e correções dessas
áreas. Nossas perspectivas são imensas,
um trabalho como esse abre portas para
muitas outras tecnologias que podem
vir, e podemos chegar a ter 100% da
área da Canaoeste mapeada e mais im-
Luiz Carlos Tasso Júnior, diretor
da Canaoeste agradeceu o empenho
das equipes da Basf e da associação
envolvidas com o projeto
portante, mapeada em detalhes, talhão
a talhão onde o associado vai entender
exatamente quais são as áreas em que
está muito bem e quais as áreas dentro
da propriedade que têm um problema e
que precisa corrigir e ter ganho de produtividade”, disse Ismael.
Harpia
A tecnologia Harpia caracteriza-se por
ser um serviço específico para atender
demandas recorrentes sobre mensuração
do desenvolvimento da biomassa ou de
identificação de possíveis ocorrências
de pragas e outros danos nas lavouras
de cana-de-açúcar, através de imagens
de satélite. Harpia integra-se à estratégia
da BASF de fornecer não só produtos
fitossanitários eficientes, mas uma gama
completa de serviços que tenham como
objetivo o aumento de produtividade,
rentabilidade e, consequemente, da sustentabilidade das lavouras. RC
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
26
Destaque I
Nova Fenasucro é apresentada à imprensa
O auditório da Canaoeste foi palco para o encontro técnico de lançamento da
Nova Fenasucro 2013, que acontece de 27 a 30 de agosto, no Centro de Eventos Zanini
Da redação
O
CEISE Br (Centro Nacional
das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis),
em parceria com a Reed Multiplus e
Reed Exhibitions Alcantara Machado, organizadores da feira, realizaram
na manhã de 1º de agosto, no auditório da Canaoeste, uma coletiva para a
imprensa de Sertãozinho e de toda a
região para o lançamento da Nova Fenasucro 2013, com o objetivo de apresentar as novidades da 21ª edição da
feira, além da programação completa e
os eventos paralelos.
Este ano, a feira conta com 550 expositores em um espaço de 70 mil metros quadrados, onde os organizadores
esperam receber 35 mil visitantes, de
20 Estados e mais de 30 países e gerar
negócios na ordem de 2,2 bilhões de
reais. Ainda irá contar com eventos paralelos como: o 2º Datagro CEISE Br
Conference – Fenasucro, o 1º Seminário Transporte e Logística – Esalqlog /
Pecege, o 1º Congresso de Automação
e Inovação Tecnológica Sucroenergética (ISA – Sociedade Internacional de
Automação), o Seminário Agroindustrial STAB, o Seminário GEGIS, a reunião GERHAI, a Rodada Internacional
APLA/APEX, a Rodada Nacional FORIND SP e o Prêmio MasterCana Centro Sul (JornalCana).
Além da imprensa, participaram também da coletiva, o presidente da Copercana e da Sicoob Cocred, Antônio Eduardo Tonielo, o presidente da Canaoeste
e da Orplana, Manoel Ortolan, o diretor
da Copercana, Pedro Esrael Bighetti, o
presidente do CEISE Br, Antônio Eduardo Tonielo Filho, os diretores da Fenasucro, Augusto Balieiro e Fernando
Barbosa, o presidente da Datagro, Dr.
Plínio Nastari, o secretário da Indústria e
Comércio de Sertãozinho, Carlos Roberto Liboni e o representante da UNICA
(União da Indústria da Cana-de-açúcar)
em Ribeirão Preto, Sérgio Prado.
O presidente do CEISE Br, ressaltou a importância e a responsabilidade da entidade em realizar a feira. “A
Fenasucro é palco para mostrarmos o
nosso potencial em tecnologia. A feira
que chega à sua 21ª edição é reconhecida mundialmente e recebe visitantes e
potenciais compradores e nós, enquanto
entidade, estamos otimistas que o setor
vai voltar a demandar e crescer. Temos
acompanhado sinais de reação do setor,
a exemplo do maior número de financiamentos, o que vai ajudar toda a cadeia produtiva”, disse Tonielo Filho.
Presidente de honra da feira pelo segundo ano consecutivo, Antonio Eduardo Tonielo, comentou sobre a Fenasucro, a atual situação da cadeia produtiva
da cana-de-açúcar, a concorrência que
o setor enfrenta com a gasolina e as
perspectivas de melhora e crescimento.
“Queremos que o pessoal venha prestigiar a Fensaucro e ver o que tem a oferecer. Eu acho que essa é uma hora boa
para que todos os industriais participem
e confiram as novidades porque a Fenasucro sempre apresentou grandes novidades e tenho certeza que este será mais
um ano importante”, afirmou Tonielo.
Manoel Ortolan, disse que a Fenasucro é uma verdadeira vitrine comercial,
geradora de bons negócios. “Que essa
feira dê um ânimo a todos, que os negócios se viabilizem e que possamos
movimentar um pouco mais as nossas
atividades”, disse Ortolan.
Responsáveis pela organização da
feira, os diretores da Reed Multiplus,
Fernando Barbosa e Augusto Balieiro,
apresentaram as novidades da edição de
2013, bem como a programação paralela ao evento. “Este ano, a Fenasucro
integra outras duas feiras, a Agrocana
e a Forind SP, reunindo assim, no
mesmo espaço, cerca de 550 empresas,
nacionais e internacionais, das áreas
agrícola, processos industriais e fornecedores industriais, além da estreante
logística e transporte”, contou Balieiro.
“O grande diferencial deste evento é
a parte de conteúdo, além da feira ser a
maior vitrine mundial do setor, ela tem
muita força nos seus eventos simultâ-
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
Augusto Balieiro, Fernando Barbosa (Multiplus),
Antonio E. Tonielo Filho (Ceise Br), Antonio
Eduardo Tonielo (Copercana), Manoel Ortolan
(Canaoeste), Sérgio Prado (Unica)
neos a começar pelo evento de abertura
que é o Datagro CEISE Br Conference
Fenasucro, que temos a satisfação em
receber esta equipe desde o ano passado, gerenciando e coordenando este
evento que terá grande impacto, será
um fórum de discussões e que fará parte
da abertura oficial do evento”, ressaltou
Fernando Barbosa.
O Presidente da Datagro, Plínio Nastari, explanou sobre a parceria de sucesso na realização da 2ª Datagro CEISE
Br Conference Fenasucro. “O nosso
objetivo é gerar conhecimento através
de nomes de peso do setor, que vão discutir políticas públicas de investimento
e financiamento, o atual cenário do açúcar e do etanol, além das perspectivas de
mercado. Para isso, a conferência será
dividida em cinco painéis. Nossa expectativa é de reunir no teatro municipal
de Sertãozinho, mais de 400 líderes de
negócios, especialistas e autoridades do
setor sucroenergético”, explicou Nastari.
Representando o Prefeito Municipal,
José Alberto Gimenez, o secretário de
Indústria e Comércio, Carlos Roberto Liboni, comentou a importância da
proporção do evento, que movimenta
a economia da cidade. “A Fenasucro é
uma ferramenta extremamente importante para a economia de Sertãozinho e
também da região, pois alinha tecnologia, política e muitas outras questões. O
que todos nós queremos independente
de sermos pessoas jurídicas ou físicas é
vender mais e vender melhor aquilo que
nós temos e isso a Fenasucro tem muito
a oferecer”, afirmou Liboni. RC
27
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
28
Destaque II
9º Insectshow - Seminário Nacional sobre Controle de
Pragas em Cana-de-açúcar
Evento realizado em Ribeirão Preto reuniu mais de 600 pessoas para discutir
as principais pragas da cultura canavieira
Carla Rodrigues
N
os dias 24 e 25 de julho, aconteceu em Ribeirão Preto, o 9º
Insectshow – Seminário Nacional sobre Controle de Pragas em Cana-de-açúcar - no Centro de Convenções
da cidade. O evento foi realizado pelo
Grupo Idea e reuniu mais de 600 pessoas
ligadas ao setor sucroenergético, provenientes de oito Estados brasileiros: Alagoas, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rio
Grande do Sul e São Paulo. Durante os
dois dias de Seminário, foram abordadas
as principais pragas de cana-de-açúcar,
procedimentos para controle, recomendações e progressos das pesquisas de
campo e laboratório desenvolvidas pelas
empresas e institutos.
A primeira apresentação foi realizada
pelo consultor internacional, Filiberto
Oscar Terán, que palestrou sobre “Nível
de dano ecológico e uso seletivo das medidas de controle”, onde discorreu sobre
manejo ecológico de pestes, inseticidas
microbianos, a diferença entre o crescimento populacional de uma espécie em
equilíbrio e uma oportunista, agricultura de precisão, as principais doenças da
cana no Brasil e seus controles.
Na mesma oportunidade, o consultor
lançou o livro “Manejo ecológico de
plagas de la caña de azúcar”, onde aborda as principais causas para o aumento
das pragas e doenças na cultura canavieira, como o abuso de agroquímicos
e agrotóxicos e as mudanças climáticas.
Segundo Terán, atualmente, “as companhias agrícolas enfocam apenas a parte
econômica, mostrando aos agricultores
e usinas como podem ganhar dinheiro e
rendimentos com a utilização dos produtos, deixando de lado o equilíbrio necessário para uma boa produção”.
Os engenheiros agrônomos, José
Francisco Garcia, da Global Cana e Mar-
celo da Costa Ferreira, coordenador do Núcleo de Estudos e Desenvolvimento em
Tecnologia de Aplicação da
UNESP-Jaboticabal, apresentaram a palestra “Soluções Ourofino para o manejo e controle das principais
pragas na cana-de-açúcar” e
mostraram os resultados encontrados durante o manejo
e controle realizados em trabalho de campo.
Dib Nunes Jr., diretor do Grupo Idea fez a abertura do evento
O consultor, Wilson Novaretti falou
sobre os métodos gerais para o controle de nematóides e, consequentemente o
aumento da produtividade nos canaviais.
Já o gerente técnico de cana da FMC, Ricardo Werlang abordou os fatores críticos para um bom manejo de inseticidas.
A broca do colmo da cana-de-açúcar
também foi um dos temas debatidos
durante o evento. O professor Odair
Fernandes, da UNESP-Jaboticabal,
foi quem palestrou sobre este assunto. Em sua apresentação ele discorreu
os aspectos bioecológicos da Diatraea
Saccharalis, os danos causados por esta
doença nos canaviais e as perdas que
ela pode provocar na indústria (qualidade da matéria-prima).
Novamente a frente das apresentações,
o engenheiro agrônomo, José Francisco
Garcia, falou sobre a importância de se
realizar o controle de Sphenophorus para
que a matéria-prima chegue com qualidade na indústria. “Os produtores rurais
devem prestar mais atenção no manejo
de mudas e realizar os investimentos
necessários para o controle de pragas e
assim, obter resultados positivos e satisfatórios”, disse Garcia.
O consultor, Newton Macedo, ministrou a palestra “Manejo de cigarrinhas
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
das raízes em áreas de difícil controle”
e aproveitou a oportunidade para explanar também sobre os fatores que mais
influenciam no aumento das pragas e
doenças da cana-de-açúcar. São eles: fatores edafoclimáticos e bióticos e fatores
técnicos. Os fatores edafoclimáticos e
bióticos se restringem a união das chuvas na primavera/verão, a capacidade do
solo na retenção de umidade, extensão
do período seco e temperatura mínima
do solo no inverno, estágio fenológico
da planta e índice de parasitismo. Já os
fatores técnicos são baseados na metodologia e estratégia de monitoramente
para detecção da primeira geração da
praga, momento de aplicação, modalidade de aplicação, tecnologia da aplicação,
ph da calda de inseticida, misturas de
produtos e eficiência dos mesmos.
O representante da área de desenvolvimento Técnico de Mercado para Cana-de-açúcar, da Syngenta, João Ibelli,
também participou das apresentações e
ministrou sobre o controle de pragas e
doenças da cana, visando o incremento
de produtividade. Em sua apresentação destacou os desafios que o cultivo
da cana vem enfrentando nos últimos
anos, como as mudanças no ambiente
de produção e a mecanização, fazendo
com que ocorra um aumento nos custos
e uma diminuição da produtividade.
29
De acordo com o organizador do evento, Dib
Nunes, este é um cenário
que tem que ser revisto
pelo setor, uma vez que o
Brasil é um dos países líderes na produção de etanol de cana-de-açúcar. “O
mercado espera produtos
mais baratos e tecnologias
Mais de 600 pessoas participaram do evento
mais modernas, que se foA pesquisadora do IAC (Instituto
rem adotadas corretamente pode-se reduzir o custo da produção e aumentar a Agronômico), de Campinas, da Secreprodutividade. Mas para isso, não po- taria de Agricultura e Abastecimento do
demos deixar de buscar conhecimento Estado de São Paulo, Leila Luci Dinare informações em todas as áreas”, co- do Miranda, palestrou sobre os impactos da presença da palha sobre populamentou Nunes.
ções de pragas, nematóides e inimigos
Um dos temas de maior destaque do naturais. De acordo com a pesquisadoevento foi discutido pelo engenheiro ra, a presença da palha provoca maior
agrônomo do Grupo Bunge - Moema, umidade do solo, propiciando abrigo
Renato Rosa, que apresentou a palestra aos insetos.
“Manejo integrado da mosca dos estáEla também abordou as principais
bulos nas atividades agropecuárias”.
Segundo o agrônomo, a vinhaça em pragas, que apresentam uma importânexcesso cria um ambiente favorável cia econômica para o produtor e que
para esta mosca se desenvolver, preju- são desenvolvidas devido à presença da
dicando as fazendas de gado que ficam palha. São elas: cigarrinha, Sphenopholocalizadas ao redor das plantações de rus levis, Diatraea saccharalis, Migdocana-de-açúcar. “A presença desta mos- lus fryanus e cupins.
ca deixa o gado inquieto, provoca perda
Ainda falando sobre doenças da
de leite, falta de apetite e mais de 20
cana, o consultor Wilson Novaretdoenças para os animais”, disse Rosa.
ti ministrou sobre a situação atual e
Durante sua apresentação, Renato en- medidas de controle para a broca da
fatizou alguns dos fatores que propiciam cana, destacando os fatores que inseu desenvolvimento: manejo de resídu- fluenciam no seu desenvolvimento,
os e da matéria orgânica pelas usinas e como o clima, variedades mais suscepecuaristas; temperaturas na faixa de 27 tíveis, aumento da área de cana crua e
graus e umidade relativa, oscilando entre aumento da área fertirrigada. Segun70 e 80%; vinhaça e cana crua, propor- do Novaretti, a broca da cana pode ser
cionando um ambiente úmido para as controlada de três formas: controle
biológico, controle com inseticidas e
fases imaturas da mosca.
controle químico.
Rosa também falou sobre a imporAlém destas apresentações, os partitância de serem tomadas providências
com urgência ao diagnosticar a mosca cipantes do evento assistiram palestras
do estábulo nos canaviais, como elimi- sobre o manejo eficiente da cigarrinha
nar as poças de vinhaça, revestir os ca- das raízes (Bayer CropScience), tecnonais, realizar o manejo eficaz de dejetos logias para o controle de Sphenophorus
e silagens, aplicar silos e inseticidas e Levis e Migdolus fryanus na cana-desolicitar o apoio dos órgãos ambientais -açúcar (Basf), tecnologias para repara autorizar a queima da cana nas áre- dução da infestação da Diatraea (Usina
as próximas às propriedades. “O com- Jalles Machado), sanidade e qualidade
bate deve ser integrado com o apoio e da matéria-prima (DuPont do Brasil) e
participação das usinas, produtores e a apresentação da empresa Rotam do
Brasil Agroquímica. RC
órgãos ambientais”, destacou Rosa.
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
30
Informações Setoriais
Chuvas de julho e prognósticos
climáticos para setembro e outubro
Quadro 1: Chuvas anotadas do mês de julho de 2013.
Engº Agrônomo Oswaldo Alonso
Consultor
A média das chuvas anotadas durante julho
de 2013 (24mm), igualou-se às normais climáticas dos locais observados. Menores volumes de
chuvas foram registrados no “eixo” Bebedouro-Barretos, respectivamente, de 17 e 18mm. Nos
mesmos locais observados, a média das chuvas
de julho de 2012 foi, praticamente, a mesma deste
ano, ou seja, 26mm.
O
Mapa 1 mostra que, em meados de julho ainda (em junho
esteve semelhante) notava-se DAS (Disponibilidade de Água no
Solo) entre médias a críticas no “polígono” Centro Norte e em pontos isolados do Estado.
de obtenções diárias dos dados de chuvas em todos os Escritórios Regionais,
que são condensados em Viradouro. Os
dados diários são publicados no site Canaoeste e as suas médias mensais são,
também, mostrados neste artigo, no
Quadro 2 a seguir.
Os Mapas 2 e 3 mostram, pelos finais dos meses de julho de 2012 e 2013,
muita semelhança de DAS na região
Central Norte do Estado, diferindo apenas por ter sido mais crítico no Centro
Oeste, em julho de 2012.
Observa-se pelos dados deste Quadro 2, que os totais das “Médias mensais” e das “Normais climáticas” (nas
duas últimas linhas), dos meses de
janeiro a abril, mostraram-se rigorosamente iguais. As diferenças entre
Médias e Normais climáticas (84mm)
couberam aos meses de maio e julho
deste ano.
Os artigos mensais de Informações
Setoriais está contando com o trabalho
Mapa 1: Água Disponível no Solo entre 15 a 17 de julho de 2013
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
Para subsidiar planejamentos futuros, a Canaoeste resume o prognóstico
climático de consenso entre INMET
(Instituto Nacional de Meteorologia)
e (INPE) Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para o final de agosto e
os meses de setembro e outubro, conforme ilustrado no Mapa 4 ao lado.
• Para estes meses, as temperaturas tendem a ser próximas das respectivas médias históricas para toda
região Centro-Sul do Brasil. Mas,
poderão ainda ocorrer incursões de
massas frias entre final de agosto e
início setembro nas região sucroenergética do Estado do Paraná, Sul
Mapa 2: Água Disponível no Solo ao final de julho 2012.
Mapa 3:
31
Quadro 2: Somas, médias mensais e normais climáticas das chuvas anotadas entre
janeiro a julho deste ano pelos Escritórios Regionais e condensadas em Viradouro.
Mapa 4: Adaptação Canaoeste ao
Prognóstico de Consenso entre INMETINPE para final de julho, e durante os
meses de setembro e outubro.
mesmo com menores intensidades, de
virem a ser mais frequentes. Intercaladas ondas de frio poderão persistir
até meados de setembro.
OBS: Normais (médias) climáticas dos locais assinalados entre parêntesis e mais o do
Centro de Cana - Apta IAC - Ribeirão Preto.
do Mato Grosso do Sul e Sudoeste
do Estado de São Paulo;
• O consenso INMET-INPE assinala que, em toda área sucroenergética
da região Centro Sul as chuvas poderão oscilar com iguais probabilidades
para as três categorias, exceto para o
sul do Mato Grosso do Sul e Estado
do Paraná, onde poderão ocorrer chuvas abaixo das normais climáticas.
Água Disponível no Solo ao final de julho 2013.
• Para Ribeirão Preto e região, tendo como referência o Centro de Cana
- Apta IAC, as médias históricas de
chuvas são de de 20mm em agosto,
55m em setembro e de 125mm em
outubro.
Este Mapa 4 mostra que, acima da
linha imaginária entre as cores amarela e cinza, o prognóstico de chuvas
pelo INMET-INPE será semelhante
para quase toda área sucroenergética
do Centro Oeste e Sudeste, exceto nas
faixas sul dos Estados do Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Por sua vez, a SOMAR Meteorologia informa que, para a área região de
abrangência da Canaoeste e, mesmo
para o Estado de São Paulo, além das
chuvas ao final de agosto/início de
setembro, poderão haver chuvas mais
precoces em (meados) setembro, além
das tradicionais de início da Primavera. Recomenda, também, assinalar
que as somas de chuvas durante a primavera poderão não serem superiores
às médias históricas mensais, mas
Face às normais ocorrências de
temperaturas mais baixas neste inverno, a Canaoeste recomenda efetuar ainda (en)aleiramento da palha nas
áreas colhidas mecanicamente. Condições térmicas estas, que retardam
brotações de soqueiras e normal desenvolvimento inicial da cultura. Se
durante as operações de colheita, os
solos se encontravam secos (baixa ou
nenhuma compactação), é dispensável aplicações de enérgicos cultivos
mecânicos (escarificações e gradagens). As formulações de fertilizantes (exceto com uréia) poderão ser,
nestes casos, aplicados em superfície, sobre ou aos lados das linhas de
cana. As atenções em mato-controle
devem ser redobradas, se mantida a
palhada sobre o solo.
Estes prognósticos serão revisados
nas edições seguintes da Revista Canavieiros. Fatos climáticos relevantes
serão noticiados em:
- www.canaoeste.com.br
- www.revistacanavieros.com.br
Persistindo dúvidas, consultem os
Técnicos mais próximos ou através do
Fale Conosco Canaoeste. RC
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
32
Antes da Porteira
Cana orgânica
uma alternativa saudável e produtiva
Além de trazer benefícios ao meio ambiente, sistema orgânico agrega valor ao produto
Carla Rodrigues
O
sistema orgânico não é complexo, mas é bastante divergente do trabalho convencional,
uma vez que o manejo da lavoura, seja
de cana-de-açúcar ou qualquer outra
cultura, é realizado sem a utilização
de químico, esse é o fator primordial.
Este tipo de trabalho é desenvolvido há
aproximadamente dez anos pela família
Garcia, de Jaboticabal.
Dos 800 hectares de cana-de-açúcar
que a família possui, 300 hectares são
destinados à plantação de cana orgânica na Fazenda São José, localizada no
município de Jaboticabal. A decisão
de entrar no sistema orgânico partiu da
vontade que a família tinha de agregar
valor ao seu produto e, na safra do ano
2000, com o apoio da UFRA (Usina
São Francisco – Sertãozinho/SP), a família desenvolveu um projeto de produção de cana-de-açúcar chamado cana
verde, visando à melhoria do meio ambiente, onde o manejo é feito de forma
integrada com adoção de MIP (Manejo
Integrado de Pragas), redução na utilização de produtos químicos em geral e
a introdução de colheita mecanizada.
Com a expansão da agricultura orgânica e com o sucesso do projeto, na
safra de 2005 foi tomada a decisão de
não se utilizar mais qualquer tipo de insumos químicos e adotar o manejo de
total condução orgânica com tradicio-
Dos 800 hectares de cana-de-açúcar que a família
possui, 300 hectares são destinados à plantação de
cana orgânica na Fazenda São José
nais técnicas de cultivo
integrado à tecnologia
para produção de açúcar
orgânico tipo exportação. Já na época, a família era fornecedora da
Usina São Francisco, que
é pioneira em produção
orgânica.
Segundo o produtor,
Paulo Eduardo Garcia
Júnior (Fazenda São
José), o sistema orgânico
Sebastião Garcia Neto, Paulo Eduardo Garcia e
gera alguns benefícios a
Paulo Eduardo Garcia Júnior
mais do que o convencional, como um ônus em cima do pre- novamente para a planta, formando um
ço da cana. “Acreditamos que através ciclo biológico, onde os seres vivos
da plantação orgânica, além de agregar- vão fazer a reciclagem destes nutrienmos qualidade ao meio ambiente, agre- tes”, explicou Garcia.
gamos financeiramente também”, disse.
Para o controle de mato, nos canaA base de adubação da cana-de-açú- viais convencionais é permitido o uso
car orgânica é realizada com esterco, de herbicidas químicos, mas no sistema
proveniente de restos de animais, nitro- orgânico não, tornando-se primordial
gênio e adubação verde. Já a rotação de para o controle a capina manual, elecultura pode ser feita através de legu- vando o custo de produção, que pode
minosas, como a crotalária, o feijão e chegar a três horas/homens por hectare
a mucuna. Há também a torta de filtro, para manter o canavial limpo.
proveniente da cana-de-açúcar, que forO cultivo da cana - época de plantio
nece o fósforo e a vinhaça, que é base colheita – e a forma de colheita é a
tante rica em potássio.
mesma do convencional, ou seja, mePara adubar seu canavial, Garcia uti- canizada, assim é possível priorizar o
liza a torta de filtro e o esterco derivado retorno da palhada para reciclagem dos
do confinamento de animais ou aves, nutrientes. Além disso, a própria palha
mas para que esta utilização seja auto- da cana em cima do solo tem algumas
rizada é preciso passar por um processo vantagens e uma delas é o controle de
de compostagem, que siga os conceitos mato, evitando uma competição com o
básicos de formação, passando por uma mato na lavoura.
pré-análise devido à presença de metais
Em relação a pragas e doenças, hoje
pesados e outros materiais que possam
o controle biológico está bem desenvolestar sendo incorporados na lavoura.
vido, já existe a possibilidade de reali“As usinas já utilizam a torta e a zar grandes parcerias com laboratórios,
vinhaça em larga escala e convencio- que podem fornecer todo material nenalmente, mas acrescentam na aduba- cessário para o controle.
ção deles, o adubo químico. Nós não
As variedades de cana-de-açúcar
fazemos este incremento porque acreditamos que com o ciclo da própria utilizadas na lavoura orgânica são as
cultura, onde a palha se decompõe no mesmas encontradas no canavial consolo, esta palha vai fornecer nutrientes vencional. Ainda não há pesquisas su-
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
33
ficientes em cima do orgânico para a
recomendação de variedades, então é
preciso seguir o manejo e as informações que o mercado oferece em relação
ao ambiente de produção com as variedades adequadas para determinada
região e clima.
“O que eu não posso usar, se for
liberado, são plantas transgênicas, no
caso de uma reforma de lavoura de
canavial com soja transgênica, tenho
que continuar com o orgânico”, esclareceu Garcia.
O orgânico é um ciclo, que não pode
ser quebrado. Para converter um canavial comum em orgânico é importante
que predomine a legislação de cada
país, fazendo com que alguns cuidados
sejam seguidos, como o período de conversão (desintoxicação do canavial),
com duração mínima de 24 meses.
Esta regulamentação é realizada
através de associações que dão credibilidade ao negócio, mas também existem as certificadoras, que têm contato
com as certificadoras internacionais e
trabalham juntas baseadas em documentações e registros.” É como fazer
uma rastreabilidade, é preciso saber
sobre o lote em que o açúcar foi produzido, a fazenda e o talhão que saiu,
a indústria em que foi feito, a data e
quais caminhões transportaram a matéria-prima, e ainda são realizadas três
inspeções por ano na propriedade”.
O produtor conta que no início a
adaptação não foi fácil, pois num momento é o produtor quem alimenta a
planta, quem aduba e passa herbicida e de repente, tudo isso é tirado da
planta e é ela quem tem que produzir
seu próprio alimento, o que pode afetar a produtividade. “Nós chegamos a
ter talhões que deram 50/60 toneladas
por hectare, mas hoje voltamos a patamares mais elevados. No ano passado
tivemos uma média de 90 toneladas
por hectare na propriedade e hoje já
convertemos toda essa área, tudo isso
baseado em cima de trabalho, conhecimento e aprendizado conquistado no
dia a dia”, contou Garcia.
Sobre a Fazenda São José
A história da fazenda começou
com a imigração do patriarca da família, o espanhol André Garcia Camacho, para o Brasil. Instalado em
uma fazenda próxima a Jaboticabal/
SP, constituiu uma família com o que
obteve em seu trabalho na lavoura.
Seu filho Sebastião, foi seu sucessor e o neto, Paulo Eduardo Garcia,
juntamente com seus filhos, continua
seguindo os passos de seu avô.
Hoje, depois de passar por algumas crises do setor e mais experientes, a família Garcia busca por
novos desafios. “A Fazenda São
José está restrita, não tem mais onde
crescer em área. Sendo assim, nós
pensamos em partir para um projeto
novo, que é a produção de cachaça,
açúcar mascavo e rapadura. Queremos tentar colocar algo desta linha
no mercado, tudo artesanal, mas
sempre agregando valor por ser um
produto diferenciado”, concluiu o
produtor. RC
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
34
Artigo Técnico
Mamoma, Mucuna e Melão de São Caetano
Plantas daninhas que atormentam o produtor rural
*Ricardo Parisoto – Engenheiro Agrônomo da Canaoeste Barretos com colaboração da gestora técnica da Canaoeste, Alessandra Durigan.
C
om a mudança do sistema de
colheita de cana queimada para
o sistema de colheita de cana
crua, aconteceram algumas modificações importantes no que se refere às
plantas daninhas, pois a cobertura morta ocasiona mudanças químicas, físicas
e biológicas no solo e pode provocar seleção da comunidade infestante, suprimindo a infestação de plantas daninhas
normalmente consideradas importantes
nos canaviais. Destacam-se as espécies Brachiaria horizontalis, Brachiaria
plantaginea, Brachiaria decumbens e
Panicum maximum (Velini et al., 2000;
Medeiros, 2001; Gravena et al.,2004).
No entanto, estão surgindo plantas de
difícil controle no sistema de cana-crua,
que têm como características principais:
agressividade competitiva, facilidade de
dispersão de sementes e desenvolvimento em luz difusa e sombreamento. Podemos citar alguns exemplos:
• Mamona (Ricinus communis)
- pertencente à família euforbiácea.
Planta perene, ereta, arbustiva, muito
ramificada, de caules glabros e fistulosos, com até 7 metros de altura. Floresce quase o ano todo. Suas sementes são
grandes e permanecem no solo durante
longos períodos (Severino et al.,2005).
• Mucuna (Mucuna spp.) - pertencente à família Fabaceae. A maioria
das espécies do gênero Mucuna é indicada para a prática da adubação verde.
A mucuna preta (Mucuna aterrima) é
uma planta de hábito de crescimento
trepador e, de acordo com Souza & Yamashitta (2006), utilizada como adubo
verde devido ao volume de massa verde produzida em curto espaço de tempo; entretanto, em razão dessa característica, pode ocupar rapidamente áreas,
provocando competição por água, luz
e nutrientes, tornando-se uma planta que pode provocar interferência na
produção.
• Melão de São Caetano (Momordica charantia) – pertencente à família Cucurbitaceae, é uma planta originária da Ásia, de onde foi disseminada
para muitas regiões de climas tropical
e subtropical. Sua introdução no Brasil
ocorreu a partir da África (Kissman e
Groth, 1999). É uma planta herbácea,
anual, reproduzida por sementes e
alastrada a partir de rizomas dos quais
há brotação da planta; trepadeira,
prendendo-se por gavinhas sobre obstáculos ou plantas vizinhas (Kissman e
Groth, 1999).
Estas ervas daninhas produzem
muitas sementes e, por serem sementes grandes, possuem reserva suficiente para nutrir as plântulas. Desta forma, conseguem sobressair à camada de
palha que fica sobre o solo devido ao
Mamona
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
Mucuna
Ricardo Parisoto
Agrônomo da Canaoeste de Barretos
processo da colheita de cana-crua. As
colhedoras de cana através dos ventiladores, responsáveis pela limpeza da
cana, são as principais disseminadoras
das sementes destas ervas para o todo
o talhão.
Os motivos que têm causado o aparecimento destas plantas daninhas são:
eliminação da queima e de seus efeitos
no controle; manutenção da camada
de palha sobre o solo e seus efeitos
sobre a disponibilidade de água, luz e
temperatura; redução do revolvimento
do solo – cultivo; colhedora mecânica
como dispersor de sementes e partes
vegetativas; expansão do plantio em
novas áreas; entre outras
Melão de São Caetano
35
Os prejuízos causados pela infestação destas ervas estão relacionados:
• A competição por água, luz, espaço físico e por nutrientes principalmente, nitrogênio (N) e potássio
(K). O comprometimento da extração
desses macronutrientes implica redução de produtividade da cultura, uma
vez que K é o nutriente exportado em
maior quantidade pela cana-de-açúcar, na ordem de 210 Kg de K2O para
100 toneladas de colmos de cana soca
(Silvaet al., 2007). Em relação ao Nitrogênio, além da redução da produtividade, seu nível abaixo do adequado
também reduz a longevidade do canavial, resultando na antecipação da
reforma (Vitti et al., 2007);
• Ao “embuchamento” das colhedoras ocasionado por estas ervas
durante o processo de colheita acarretando a diminuição do rendimento
operacional e causando danos mecânicos à máquina;
eficaz, o MIPD deve ser realizado antecipadamente, unindo os métodos de
controle mecânico, químico e cultural.
Especificamente, para o controle
das ervas citadas, no momento da
reforma do canavial, é muito importante a dessecação química das soqueiras com o objetivo também de
desinfestar a área. Sempre que possível realizar a rotação de culturas
(manejo cultural), que pode amenizar os problemas com resistência de
plantas daninhas à herbicidas.
A aplicação de herbicida em PPI
(pré-plantio incorporado) deve ser realizada quando a área for muito infestada. Esta modalidade de aplicação alivia
a pressão de infestação pós-plantio e
nos cortes subsequentes porque reduz
o banco de sementes, mas não anula a
necessidade de aplicação de herbicida
após o plantio.
Recomenda-se, após o plantio e
quebra do lombo (nivelamento), assim como, após o corte das soqueiras,
a aplicação de herbicidas pré-emergentes com características físico-química adequadas e residual longo.
E ainda, se houver “escape”, na
cana-planta ou soca, fazer catação,
manual ou química, antes do período
de florescimento das ervas para não
piorar o grau de infestação do local.
• Ao aumento da quantidade de
impurezas vegetais que vão para a
indústria interferindo diretamente
na qualidade da matéria-prima (queda do ATR).
Diante dos desafios de aumentar a
produtividade e a rentabilidade das lavouras, o controle de plantas daninhas
é extremamente necessário.
O MIPD (Manejo Integrado de
Plantas Daninhas), deve ser sempre
realizado. O MIPD é um conjunto
de procedimentos adotados para controlar as plantas invasoras. Bastante
Para a recomendação correta e
segura de herbicidas para controle
químico de ervas daninhas, o produtor deve consultar um Engenheiro
Agrônomo. O mapeamento e o acompanhamento sistemático das populações, assim como, a determinação dos
níveis de infestação, são estratégias
relevantes para o sucesso do controle.
Ressaltamos também que a escolha do herbicida deve ser criteriosa e
nunca baseada em apenas uma única
variável, devendo-se evitar a escolha
dos herbicidas unicamente em função do custo. As doses recomendadas
devem ser respeitadas, assim como,
as condições climáticas no momento
da aplicação. RC
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
36
Assuntos Legais
DITR – Declaração do Imposto Sobre a
Propriedade Territorial Rural (Itr)
A
través da Instrução Normativa
RFB nº 1.380, de 31 de julho
de 2013, a Secretária da Receita Federal disciplina o prazo, a forma e
o procedimento para entrega da DITR
(Declaração do Imposto sobre a Propriedade Rural) do exercício 2013, requisito obrigatório para manter devidamente regularizada a propriedade rural.
Está obrigada a apresentar a DITR
toda pessoa física e/ou jurídica que, em
relação ao imóvel a ser declarado seja,
na data da efetiva entrega da declaração: proprietária ou possuidora, condômina, expropriada entre 1º janeiro de
2013 e a data da efetiva apresentação
da declaração, inventariante, compossuidora, etc., independentemente de
estar imune ou isenta do ITR (Imposto
Territorial Rural). No caso de morte do
proprietário do imóvel, como já dito,
a declaração deverá ser feita pelo inventariante, enquanto não terminada a
partilha ou, se ainda não foi nomeado
inventariante, está obrigado o cônjuge,
o companheiro ou o sucessor do imóvel
a qualquer título.
Cumpre informar que na referida
DITR está obrigada a apurar o ITR (Imposto Territorial Rural) toda pessoa física ou jurídica, desde que não seja imune ou isenta, sendo certo que a DITR
corresponde a cada imóvel rural e é
composta dos seguintes documentos:
DIAC – Documento de Informação e
Atualização Cadastral do ITR, mediante o qual devem ser prestadas à Secretaria da Receita Federal as informações
cadastrais correspondentes a cada imóvel rural e a seu titular (obrigatório para
todos os proprietários rurais); DIAT Documento de Informação e Apuração
do ITR, onde devem ser prestadas à
Secretaria da Receita Federal as informações necessárias ao cálculo do ITR
e apurado o valor do imposto correspondente a cada imóvel (que se torna
dispensável em caso de o imóvel ser
imune ou isento do ITR).
O valor do imposto é apurado aplicando-se, sobre o VTNt (Valor da Terra Nua Tributável) uma alíquota (variável de 0,02% a 4,50%), levando-se
em consideração a área total do imóvel
e o GU (grau de utilização) desta, não
podendo ser o valor nunca inferior a
R$10,00 (dez reais).
Demais disso, a propriedade rural
localizada no Estado de São Paulo que
possuir área de até 30 hectares, estará
imune do ITR desde que o seu proprietário a explore só ou com sua família,
além deste não possuir outro imóvel
(urbano ou rural). Por seu turno, estão
isentos de ITR os imóveis rurais compreendidos em programa oficial de reforma agrária oficial, bem como o conjunto de imóveis rurais de um mesmo
proprietário, cuja área total não exceda
os 30 hectares e desde que o proprietário os explore só ou com sua família
(admitida ajuda eventual de terceiros) e
não possua imóvel urbano.
A DITR deve ser elaborada com o
uso de computador, mediante a utilização do PGD (Programa Gerador
da Declaração) do ITR, relativo ao
exercício de 2013, disponível no sítio da RFB na Internet, no endereço
www.receita.fazenda.gov.br. O prazo para a apresentação da DITR de
2013 será de 19 de agosto a 30 de
setembro de 2013, podendo ser feita
de duas maneiras: (i) pela Internet,
(www.receita.fazenda.gov.br) ou (ii)
por mídia removível a ser entregue
nas agências do Banco do Brasil e da
Caixa Econômica Federal.
Se a declaração for apresentada após
o prazo, o proprietário terá de pagar multa de 1% do valor do imposto ao mês.
Nos casos de imóvel rural imune ou
isento do ITR, a multa será de R$50,00.
O pagamento do imposto (ITR) apurado poderá ser realizado em até quatro quotas, mensais e sucessivas, desde
que: nenhuma quota possua valor inferior a R$50,00; o imposto de valor inferior a R$100,00 será pago de uma só
vez; a primeira cota ou cota única deverá ser paga até 30.09.2013 as demais
quotas serão pagas até o último dia útil
de cada mês, acrescidas de juros com
base na taxa Selic, calculada a partir de
outubro de 2013 até o mês anterior ao
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
Juliano Bortoloti
Advogado da Canaoeste
do pagamento e, ainda, de 1% no mês
do pagamento.
Por fim, deve ainda, o contribuinte
preencher e protocolizar o ADA (Ato
Declaratório Ambiental) perante o
IBAMA, observando-se a legislação
pertinente, com a informação de áreas
não-tributáveis, inclusive no caso de
alienação de área parcial.
Isto porque, as áreas consideradas
como sendo de preservação permanente (mata ciliar) e de Reserva Florestal
Legal (20% da propriedade averbada
na matrícula do imóvel com vegetação nativa) são isentas da tributação do
ITR, desde que devidamente informadas no formulário ADA, que a partir do
exercício de 2007, é obrigatoriamente
enviado por meio eletrônico, via internet (ADAweb), através do site www.
ibama.gov.br/adaweb/.
Portanto, para efeito de obtenção do
benefício da isenção tributária do ITR
em áreas de preservação permanente e
de Reserva Florestal Legal, segundo a
Receita Federal, basta ao proprietário
rural preencher e enviar ao IBAMA o
formulário do ADA, informando referidas áreas de uso restrito.
Importante enaltecer, ainda, que visando um maior controle administrativo
das propriedades rurais, o IBAMA começou a cruzar suas informações com
a Receita Federal e o INCRA (Instituto
Nacional de Colonização e Reforma
Agrária), responsáveis pelo controle e
recolhimento anual do ITR. RC
37
(Des)oneração tributária de
produtos da cesta básica e suas
consequências para o fornecedor
de cana pessoa jurídica - Parte II
N
a última edição desta revista, foi
tratado neste espaço sobre a desoneração tributária de alguns produtos da cesta básica feitas pelo governo
para frear o aumento da inflação. Mostramos o efeito deletério que isso prejudicou
aos produtores de cana-de-açúcar pessoas
jurídicas, que passaram a ser onerados tributariamente, assim como ocorreu com
outros fornecedores de insumos utilizados
pelos produtos da cesta básica.
Pois bem, no intuito de corrigir esta
distorção, o Governo Federal promulgou a Lei Federal n. 12.844, de 19 de
julho de 2013, resultado da conversão
da Medida Provisória nº 610/2013, cujo
artigo 29 resolve o problema da tributação da cana-de-açúcar pelas contribuições sociais COFINS (Contribuição
para Financiamento da Seguridade Social) e PIS (Programa de Integração Social), garantindo a “suspensão do pagamento das citadas contribuições sobre
qualquer operação de venda de cana-de-açúcar, por produtor rural organizado como pessoa jurídica, independentemente da destinação dada pela indústria
adquirente (produção de açúcar, etanol
ou qualquer outro produto”. Tal suspensão já é válida desde a publicação da
lei, que se deu em 19/07/2013.
Referida lei, ainda, em seu artigo 11, §
1ºª, determina que é vedado ao produtor
rural pessoa jurídica aproveitar os créditos de PIS e COFINS relacionados com a
receita da venda da cana, assim como, no
§ 2º, do mesmo artigo, diz que o produtor
rural pessoa jurídica que recolher as contribuições pelo regime cumulativo (regime de apuração do imposto de renda pelo
lucro presumido, por exemplo) continuará com sua cana-de-açúcar sendo tributrada pelas contribuições PIS/COFINS.
Fazendo um cotejo entre a Lei n.
10.925/2004, a Lei n. 12.839/2013
(resultado da conversão da Medida Provisória nº 609/2013) e a Lei n.
12.844/2013 (resultado da conversão
da Medida Provisória n. 610/2013), levando-se em consideração os tempos de
vigência de cada uma, podemos definir
os seus efeitos nos seguintes períodos:
i. Anterior a 08/03/2013 - cana
oriunda de produtor rural pessoa jurídica como insumo de quaisquer açúcares
gozava da suspensão da incidência das
contribuições PIS/COFINS (art. 9º, Lei
n. 10.925/2004);
ii. Entre 08/03/2013 (publicação da
MP n. 609/2013) a 09/07/2013 (dia anterior da publicação da conversão da
MP 609 na Lei n. 12.839/2013) – cana
de produtor rural pessoa jurídica utilizada como insumo na produção de açúcar branco (NCM 1701.99.00) sofreu
tributação de PIS/COFINS;
iii. Entre 10/07/2013 (publicação da
Lei n. 12.839/2013) a 18/07/2013 (dia
anterior a publicação da conversão da
MP 610 na Lei 12.844/2013) – toda
cana oriunda de produtor rural pessoa
jurídica utilizada para quaisquer açúcares sofre tributação de PIS/COFINS;
iv. A partir de 19/07/2013 (publicação da Lei n. 12.844/2013) – toda cana
de produtor rural pessoa jurídica goza
de suspensão da incidência de PIS/COFINS, com exceção àqueles produtores
que apuram as contribuições sob o regime cumulativo.
Este é, portanto, o cenário fiscal
criado pelo Governo Federal que
vincula os produtores rurais pessoas
jurídicas. Aqui, obviamente, não estamos tratando das discussões sobre
a legalidade das ações e eventuais
possibilidades de contestações judiciais de tais medidas. RC
RC
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
38
Safra
Acompanhamento da safra 2013/2014
N
este trabalho são apresentados os dados obtidos até a segunda quinzena
de julho, referente á safra 2013/2014,
em comparação com os obtidos na safra
2012/2013 no mesmo período.
Na Tabela 1, encontra-se o ATR médio acu-
mulado (kg/tonelada) do início da safra até
a segunda quinzena de julho desta safra em
comparação com o obtido na safra 2012/2013,
sendo que o ATR da safra 2013/2014 está
0,10 Kg acima do obtido na safra 2012/2013
no mesmo período.
Tabela 1 – ATR (kg/t) médio da cana entregue pelos
Fornecedores de Cana da Canaoeste das safras 2012/2013 e 2013/2014
As tabelas 2 e 3 contém detalhes da qualidade tecnológica da matéria-prima nas safras 2012/2013
e 2013/2014.
Tabela 2 – Qualidade da cana entregue pelos fornecedores de cana da Canaoeste,
até a segunda quinzena de julho, da safra 2012/2013
Thiago de Andrade Silva
Gestor de Planejamento, Controle
e Topografia da Canaoeste
to da POL do caldo na safra 2013/2014
em comparação com a safra 2012/2013.
Pode-se observar que a POL do caldo apresentou o mesmo comportamento do BRIX do caldo.
Tabela 3 – Qualidade da cana entregue pelos fornecedores de cana da Canaoeste, até a
segunda quinzena de julho, da safra 2013/2014
O Gráfico 3 contém o comportamento da pureza do caldo na safra
2013/2014 em comparação com a safra
2012/2013.
A pureza do caldo da safra
2013/2014 ficou abaixo da obtida na
safra 2012/2013 no mês de abril, sendo
a diferença mais acentuada na primeira quinzena, se equiparando a partir do
mês de maio.
As tabelas 2 e 3 contm detalhes da
qualidade tecnológica da matéria-prima
nas safras 2012/2013 e 2013/2014.
O Gráfico 1 contém o comportamento
do BRIX do caldo da safra 2013/2014 em
comparação com a safra 2012/2013.
O BRIX do caldo da safra 2013/2014
ficou muito abaixo no mês de abril, recuperando a partir do mês de maio ficando
acima a partir da segunda quinzena de
maio em relação ao da safra 2012/2013.
O Gráfico 2 contém o comportamen-
Gráfico 1 – BRIX do caldo obtido nas safras 2013/2014 e 2012/2013
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
O Gráfico 4 contém o comportamento da fibra da cana na safra 2013/2014
em comparação com a safra 2012/2013.
A fibra da cana na safra 2013/2014
ficou abaixo daquela obtida na safra
2012/2013, na segunda quinzena de
abril, no mês de maio (mais acentuado
Gráfico 2 – POL do caldo obtida nas safras 2013/2014 e 2012/2013
39
Gráfico 3 – Pureza do caldo obtida nas safras 2013/2014 e 2012/2013
Gráfico 4 – Comparativo das médias de fibra da cana
Gráfico 5 – POL da cana obtida nas safras 2013/2014 e 2012/2013
Gráfico 6 – ATR obtido nas safras 2013/2014 e 2012/2013
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
40
Safra
na primeira quinzena) e na primeiraquinzena de junho, ficando acima na
primeira quinzena de abril, na segunda
quinzena de junho e no mês de julho.
O Gráfico 5 contém o comportamento da POL da cana na safra 2013/2014
em comparação com a safra 2012/2013.
A POL da cana na safra 2013/2014
ficou muito abaixo da obtida na safra
2012/2013 no mês de abril, se equiparando na primeira quinzena de maio e segunda quinzena de junho, ficando acima na
segunda quinzena de maio e nos meses de
junho e julho. Na média a POL da cana
na safra 2013/2014 está bem próxima da
observada na safra 2012/2013.
O Gráfico 6 contém o comportamento do ATR na safra 2013/2014 em comparação com a safra 2012/2013.
Tendo em vista que a POL participa
com mais de 90% do ATR o mesmo
apresentou o mesmo comportamento
da POL da cana. Na média, verifica-se
um aumento de 0,10 kg de ATR nesta
safra de 2013/2014 em relação à safra
anterior.
O Gráfico 7 contém o comportamento do volume de precipitação pluviométrica registrado na safra 2013/2014 em
comparação com a safra 2012/2013.
A precipitação pluviométrica média
dos meses de fevereiro, março e maio
de 2013 ficou muito acima da obtida em
2012, se equiparando no mês de janeiro e julho e muito abaixo nos meses de
abril e junho.
O Gráfico 8 contém o comportamento da precipitação pluviométrica acumulada por trimestre na safra
2013/2014 em comparação com a safra
2012/2013.
Gráfico 7 – Precipitação pluviométrica (mm de chuva)
registrada em 2012 e 2013
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
Em 2013, tem-se um volume de chuva muito acima no primeiro trimestre,
abaixo no segundo trimestre, e igualado
até julho no terceiro trimestre, se comparado aos volumes médios de 2012.
A precipitação pluviométrica de 2013
ficou muito próxima daquela verificada
em 2012 no mês de julho; observa-se,
entretanto, uma melhora na produtividade; porém, devido as chuvas, a qualidade média se equiparou no período
até julho comparativamente com a safra
2012/2013. A qualidade foi influenciada
pela precipitação pluviométrica ocorrida
em julho concentrada na primeira quinzena, causando um menor crescimento do
teor de ATR na quinzena seguinte. Houve dias de temperaturas mais baixas, mas
não foi observada ocorrência de geada.
Cabe ressaltar que o ATR médio ficou
0,10 kg acima do obtido na safra 2012/2013,
até a segunda quinzena de julho. RC
Gráfico 8 – Precipitação pluviométrica (mm de chuva)
por Trimestre, em 2012 e 2013
41
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
Biblioteca
“General Álvaro
42
Tavares Carmo”
O homem que ouve cavalos
Cultivando
a Língua Portuguesa
Esta coluna tem a intenção de maneira didática, esclarecer
algumas dúvidas a respeito do português.
1) Maria comprou a rara “triologia” de livros.
... Maria precisa comprar uma gramática revisada conforme o Novo
Acordo Ortográfico e um dicionário também!
Renata Sborgia
O correto é: TRILOGIA.
Triologia (forma incorreta) não existe nos dicionários e no VOLP.
O conjunto de três trabalhos artísticos, geralmente, em literatura ou cinema,
conectados, mas que podem ser vistos tanto como trabalho único quanto como três
obras individuais denomina-se trilogia.
“Quando Monty Roberts tinha 13 anos, foi
sozinho para o deserto de Nevada, onde observou as manadas de mustangues selvagens.
O que aprendeu com métodos de comunicação dos animais mudou sua vida para sempre.
O seu sistema de domar animais selvagens
e problemáticos o leva a percorrer a Europa
e os Estados Unidos fazendo apresentações.
Em menos de 40 minutos encilha o animal
mais chucro, que obedece de boa vontade
os seus comandos. Quem lhe sugeriu escrever este livro foi a sua grande admiradora,
a rainha da Inglaterra, que não poucas vezes
encontrava tempo para tomar chá com ele no
jardim do Palácio de Buckingham e falar sobre hipismo, a paixão comum.
2) Ele marca os tópicos principais dos textos com “ asteístico”.
...a marcação precisa ser com o sinal gráfico correto, bem como com a escrita!
O correto é: asterisco (plural: asteriscos) - sinal gráfico em forma de “estrela” (*)
3) Pedro e Maria estão ligados a trabalhos “beneficientes”.
Pedro e Maria precisam tomar o devido cuidado com a escrita e pronúncia de
algumas expressões!
O correto é: beneficente.
PARA VOCÊ PENSAR:
“O olho vê, a lembrança revê e a imaginação transvê. É preciso transver o mundo.” Manoel de Barros
Única e inspiradora, esta história tem
uma mensagem bem maior que sua simples aplicação a cavalos. Ela também pode
mudar sua vida.”
Referência:
ROBERTS, Monty. O homem que ouve
cavalos. 18ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 2013.
Errata: Na edição de Julho de 2013 foi
publicada incorretamete a sinopse do livro “O
homem que ouve cavalos”.
Os interessados em conhecer as sugestões
de leitura da Revista Canavieiros podem
procurar a Biblioteca da Canaoeste.
[email protected]
www.facebook.com/BibliotecaCanaoeste
Fone: (16) 3524-2453
Rua Frederico Ozanan, nº842
Sertãozinho-SP
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
Coluna mensal
* Advogada, Profa. de Português, Consultora e Revisora, Mestra USP/RP, Especialista em Língua
Portuguesa, Pós-Graduada pela FGV/RJ, com MBA em Direito e Gestão Educacional, autora de
vários livros como a Gramática Português Sem Segredos (Ed. Madras), em co-autoria.
43
Eventos de setembro 2013
10º Seminário Regional de Agricultura
Agroecológica
“Por uma agricultura sustentável”
Data: 07/09/2013
Hora: 07:30h às 17:00h
Local: Centro Cultural de Ibiúna
Cidade: Ibiúna –SP
E-mail: [email protected]
Mais informações: (15) 3241-1435
X Curso de Atualização em Avicultura
para Postura Comercial
Data: 10/09/2013 à 12/09/2013
Local: Centro de Convenções da Unesp/FCAV - Câmpus
de Jaboticabal - SP
Cidade: Jaboticabal –SP
E-mail: [email protected]
Site: www.funep.org.br/eventos
Mais informações: (16) 3209-1303
28º Treinamento Nutrição e Formulação de Rações em Microcomputadores
para Bovinos Leiteiro
Data: 10/09/2013 à 12/09/2013
Local: Centro de Treinamento de RH do Departamento de
Zootecnia da ESALQ/USP
Cidade: Piracicaba –SP
E-mail: [email protected]
Site: www.funep.org.br/eventos
Mais informações: (16) 3209-1303
7º Grande Encontro Sobre Variedades
de Cana 2013
Data: de 18 a 19 de Setembro
Inscrições: Até o dia 17 de Setembro
Local: Centro de Convenções de Ribeirão Preto/SP
Endereço: Rua Bernardino de Campos
Bairro: Centro
E-mail: [email protected]
Mais informações: 16 3514 0631 | 3211 4770
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44
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
45
ATR
Consecana
CIRCULAR Nº 07/13
DATA: 31 de julho de 2013
Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo
A
seguir, informamos o preço médio do kg do ATR para efeito de
emissão da Nota de Entrada de
cana entregue durante o mês de julho
de 2013. O preço médio do kg de ATR
para o mês de julho, referente à safra
2013/2014, é de R$ 0,4429.
O preço de faturamento do açúcar no
mercado interno e externo e os preços
do etanol anidro e hidratado, destinados
aos mercados interno e externo, levantados pela ESALQ/CEPEA, nos meses
de abril a julho e os acumulados até julho, são apresentados ao lado.
Os preços do Açúcar de Mercado
Interno (ABMI) incluem impostos,
enquanto que os preços do açúcar de
mercado externo (ABME e AVHP) e
do etanol anidro e hidratado, carburante (EAC e EHC), destinados à indústria
(EAI e EHI) e ao mercado externo (EAE
e EHE), são líquidos (PVU/PVD).
Os preços líquidos médios do kg do
ATR, em R$/kg, por produto, obtidos
nos meses de abril a julho e os acumu-
lados até julho, calculados com base
nas informações contidas na Circular
01/13, são os seguintes:
RC
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
46
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
47
Notícias do Setor
Presidente da Unica assume
cadeira na Academia
Nacional de Agricultura
U
m dos principais fóruns
de debate sobre o agro brasileiro,
a Academia Nacional
de Agricultura conta
a partir da quinta-feira
(15/08) com a participação da presidente
Executiva da Unica
(União da Indústria
de Cana-de-Açúcar),
Elizabeth Farina. Ela
tomou posse em solenidade realizada na
Roberto Rodrigues e Elizabeth Farina
sede da SNA (Sociedade Nacional da Agricultura), entidade setor em todos os temas que hoje são
mantenedora da Academia.
ameaças, como a falta de estratégia articulada, os problemas de acesso a merNa mesma cerimônia, o ex-ministro cados, a necessária sustentabilidade no
da Agricultura e atual diretor do Centro desenvolvimento, legislações mais conde Agronegócio da Fundação Getúlio temporâneas, logística e infraestrutura,
Vargas de São Paulo, Roberto Rodri- defesa sanitária e políticas de renda,”
gues, tomou posse como presidente da explicou o ex-ministro.
Academia. Também assumiram suas
cadeiras José Milton Dallari, diretor
Sobre a Academia
da CDHU (Companhia de DesenvolviCriada em novembro de 2003, a
mento Habitacional e Urbano) de São Academia Nacional de Agricultura tem
Paulo; Luís Carlos Guedes Pinto, di- importância estratégica para o setor
retor de Seguros do Grupo Segurador agrícola brasileiro, já que sua função
do Banco do Brasil e Mapfre e Sergio principal é traçar políticas nacionais
Franklin Quintella, vice-presidente da para as diferentes áreas do agronegócio,
FGV (Fundação Getúlio Vargas).
com especial atenção para aspectos ambientais e de pesquisa científica.
Farina se declarou honrada com o
convite e a oportunidade para discutir
Considerado um dos principais
temas cruciais para o agronegócio bra- centros do pensamento agrário brasisileiro com renomados especialistas: “É leiro, a Academia ostenta, entre seus
um privilégio fazer parte de um time tão membros, nomes como o do ex-minisseleto. A Academia, além de ser uma tro da Agricultura, Marcus Vinícius
instituição tradicional e respeitada, reú- Pratini de Moraes; do ex-ministro da
ne algumas das mais respeitadas perso- Fazenda, Antonio Delfim Netto; do
nalidades ligadas ao agronegócio.”
diplomata e ex-presidente da Vale,
Jório Dauster; do ex-secretário da
O objetivo de Roberto Rodrigues Agricultura de São Paulo, João Carlos
à frente da associação é transformá-la Meirelles; e do ex-ministro do Meio
numa espécie de “chapéu pensador” Ambiente, Rubens Ricupero.
do agro brasileiro. “Um ambiente acadêmico de discussões que ajudem o
Fonte: Unica RC
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
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Revista Canavieiros - Agosto de 2013
49
Safra de Grãos
Produção nacional de grãos tem recorde
e chega a 186,15 milhões de toneladas
A
safra nacional de grãos do
período 2012/2013 chega, no
décimo primeiro levantamento, ao recorde de produção de 186,15
milhões de toneladas. O aumento foi
de 12,1% em relação ao mesmo período no ano anterior, quando chegou a
166,20 milhões de toneladas. Os dados são da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que atualizou
os números no último dia 8 de agosto.
O aumento se deve, sobretudo, às
culturas de soja e milho segunda safra,
que apresentam crescimento nas áreas
cultivadas de 10,7 e 17,6%, respectivamente. Quanto à produção, a soja
teve aumento expressivo, com incremento de 22,7%, passando de 66,38
para 81,46 milhões de toneladas. Já o
milho segunda safra teve um crescimento de 15,4% e produção estimada
em 45,14 milhões de toneladas.
Área – O total da área cultivada
chega a 53,27 milhões de hectares.
O destaque é da cultura de soja, que
ocupa o maior espaço com 27,72 milhões de hectares, 10,7% maior que o
do último período. O milho segunda
safra teve também bom desempenho, com 8,96 milhões de hectares e
crescimento de 17,6%. Mais culturas
como a do amendoim, da cevada e da
aveia tiveram leves aumentos em relação à área.
período de 22 a 26 de julho, com os
técnicos da Conab visitando as áreas
de maior produção dos principais Estados da região Centro-Sul e Norte-Nordeste.
As informações para atualizar os
dados de produção, área e comportamento climático foram obtidas no
(Raimundo Estevam/Conab)
http://www.conab.gov.br/imprensa-noticia.php?id=30675 RC
Revista Canavieiros - Agosto de 2013
50
VENDEM-SE
- 01 carreta de cana inteira, com quatro eixos, ano 2004, marca Sergomel;
- 01 carroceria de cana inteira, ano
2004, marca Sergomel;
- 02 carrocerias para plantio de cana
com pouco uso.
Aceita troca por caminhão basculante.
Tratar com Rodrigo pelos telefones:
(16) 9213-0862 / (16) 9278-0291.
A7700, ano 2007, série 770678, motor
Scania. Valor a vista: R$ 150.000,00.
Tratar pelo telefone: (16) 9239-2664.
VENDEM-SE
- 01 transformador de 45 KVA. Valor: R$ 1.500,00;
- Arame farpado usado;
- Cabo de alumínio para alta tensão
usado. Valor: R$ 6,00/kg
- Braços para iluminação usados
- Apartamento no Guarujá, localizado
na praia de Astúrias. Possui quatro suítes,
três salas, copa, cozinha, quarto de empregada, piscina na sacada do apartamento e
quatro vagas na garagem. Ainda conta
com área comum com piscina aquecida,
salão de jogos e festa, churrasqueira, quadra e sauna. Valor: R$ 1.980.000,00;
- 01 arado Iveca de quatro hastes.
Valor: R$ 2.500,00;
- 01 gaiola de cana para plantio. Valor: R$ 2.500,00;
- 01 arado Massey Fergusson de quatro bacias. Valor: R$ 1.500,00;
- 01 caminhão MB 2215, ano 86, traçado com caçamba. Valor: R$ 70.000,00.
Tratar com Wilson pelo telefone:
(17) 9739-2000 – Viradouro/SP
VENDE-SE
- Exaustor para limpeza de feijão em colheitadeiras automotriz de todas as marcas.
Tratar com Antônio pelos telefones:
(17) 3322-8523 ou (17) 9791-4997 –
Barretos-SP.
VENDEM-SE
- Silagem de milho disponível para
uso, feita em janeiro de 2013;
- 01 cavalo de charrete mestiço american trote.
Tratar com Júnior pelo telefone: (17)
9124-9217 / Viradouro-SP.
VENDEM-SE
- 02 colheitadeiras de cana, Case
VENDE-SE
- Uma gleba de terras com a área de
23,5 alqueires, em Ituverava. Ideal para
ser usada em regularização ambiental.
Tratar com Paulo pelo telefone: (16)
3839-7506.
VENDEM-SE
- MB 2428/02, tanque de água de
18.000 litros, pipa bombeiro;
- MB 2318/93, tanque de água de
15.000 litros, pipa bombeiro;
- MB 1418/90, LA, 4x4, chassi;
- MB 2217/88, tanque de água de
15.000 litros, pipa bombeiro;
- MB 2213/86, tanque de água de
15.000 litros, pipa bombeiro;
- MB 221 /81, tanque de água de
15.000 litros, pipa bombeiro;
- MB 2013/75, 6x2, munk madal,
modelo 10.000;
- VW 1518010, 4x2, chassi;
- VW 13180/09, 4x2, tanque de água
de 10.000 litros, pipa bombeiro;
- VW 13180/09, 4x,2 munk madal,
modelo 12.000;
- VW 26260/08, tanque de água de
15.000 litros, pipa bombeiro;
- VW 15180/ 08, 4x2, comboio de
lubrificação e abastecimento, Gascom;
- VW 26260/08, basculante;
- VW 26260/08, tanque de água de
15.000 litros, pipa bombeiro;
- VW 26260/06, betoneira de 8m³;
- VW 15180/06, 4x2, chassi;
- VW 26310/02, tanque de água de
16.000 litros, pipa bombeiro;
- VW 16170BT/95, 4x2 comboio de
lubrificação e abastecimento, Gascom;
- VW 12140H /95, tanque de água de
10.000 litros, pipa bombeiro;
- VW 12140H /96, 4x2, baú oficina
Móvel;
- F.Cargo 1717/09, tanque de água
de 8.000 litros, pipa bombeiro;
- F.Cargo 2622/09, tanque de água
de 15.000 litros, pipa bombeiro;
- F.Cargo 1317/07, munk CNG, modelo 20.000;
- F.Cargo 2422/02, tanque de água
de 16.000 litros, pipa bombeiro;
- F12000/98, tanque de água de
10.000 litros, pipa bombeiro;
- F11000/90, tanque de água de
8.000 litros, pipa bombeiro;
- Toyota Hilix, 2010, D4D, 3.0 SRV, 4x4,
prata, automática, diesel, com 31.000km;
- Munk munck, modelo 640-18;
- Munk Hincol, modelo 31.000, ano
2010;
- Munk Hincol, modelo 43.000, ano
2012;
- Comboio de lubrificação e abastecimento, Gascom, 2.000 litros, ano
1999;
- Cabine Ford, F14000, ano 1996;
- Caçamba Basculante de 12m³;
- Baú para caminhão toco;
- Tanque de fibra com capacidade de
20.000 litros.
Tratar com Alexandre pelos telefones: (16) 3945-1250 / 9766-9243 oi /
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