Ato SOS USP em defesa da universidade pública reuniu 3 mil pessoas na terça (2)
A comunidade acadêmica da Universidade de São Paulo (USP) foi novamente às ruas na
terça-feira (2) para integrar o ato público de lançamento da campanha “SOS USP em
defesa da universidade pública”, que contou ainda com a participação de personalidades
da universidade, parlamentares, entidades sindicais como a CSP-Conlutas e o ANDESSN, além da presença da Filarmônica de Pasárgada, Toninho Carrasqueira (flautista),
Tom Zé e Quinteto. De acordo com a Adusp, Seção Sindical do ANDES-SN, cerca de 3
mil pessoas integraram à atividade, na luta pelo atendimento das reivindicações.
O protesto reuniu servidores, docentes e estudantes na Praça do Relógio da Cidade
Universitária, no Butantã, contra as propostas de desvinculação dos hospitais
universitários, demissões incentivadas, cobranças de mensalidades e outros ataques à
educação pública e de qualidade. “O ato foi um sucesso, e reuniu um amplo espectro de
personalidades da universidade, parlamentares e entidades sindicais, como a CSPConlutas, todo mundo defendendo as nossas pautas”, avaliou o presidente da Adusp, Ciro
Correia, que ressaltou ainda a quantidade de pessoas que participaram do ato.
Para o diretor da Adusp, também ficou claro que “o que ocorre na USP atualmente não é
muito diferente do que tem sido as propostas oficiais dos diferentes governos para as
universidades”, relacionadas à precarização, falta de perspectiva contínua de carreira,
arrocho salarial, terceirizações para a iniciativa privada dos hospitais universitários, “o que
não é novidade nenhuma nas universidades federais, por exemplo, com a criação da
Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares”, acrescentou. “Também ficou evidente a
importância de unir força nesta luta”, destacou Correia.
De acordo com a Seção Sindical, a “USP está ameaçada de um verdadeiro ‘desmanche’.
Os ataques partem da própria Reitoria da instituição, que pretende cortar 3 mil de seus
funcionários mais experientes, por meio de um programa de ‘demissão voluntária’, e
transferir para o governo estadual os dois hospitais da universidade: HU (de São Paulo) e
HRAC (de Bauru)”.
O presidente do ANDES-SN, Paulo Rizzo participou do ato e apresentou a proposta,
que foi acolhida por todas as entidades presentes, de que seja articulado, através das
centrais sindicais e dos sindicatos, uma audiência com o governador Geraldo Alckmin
para buscar a abertura de negociações. “A intransigência não é só dos reitores, mas
também do governo de São Paulo que até o momento não deu resposta à pauta de
reivindicações protocolada pelo movimento junto executivo estadual”, explicou.
O ato foi realizado em meio à greve das universidades estaduais iniciada em 27 de maio, e
que completa 100 dias nesta quarta-feira (3), contra o arrocho salarial que o reitor da
USP, Marco Antônio Zago, e o Conselho de Reitores (Cruesp) tentam impor a milhares
de professores e funcionários.
Unicamp e Unesp
A Universidade do Estado de São Paulo (Unesp) segue paralisada pela greve de
professores e técnico-administrativos em grande parte dos seus campi. Já na Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp) os técnico-administrativos seguem em greve, e os
professores estão mobilizados na luta em defesa das universidades estaduais paulistas
Fonte: Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior - ANDESSN
03/09/2014
Disponível em http://www.andes.org.br/andes/print-ultimas-noticias.andes?id=7016
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Ato SOS USP em defesa da universidade pública reuniu 3 mil