Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA-UNAMA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE-CCBS CURSO FISIOTERAPIA REPERCUSSÕES DA HEMODIÁLISE NA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA DE PACIENTES PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA LILIANNE DE OLIVEIRA QUEIROZ RODOLFO GOMES DO NASCIMENTO Belém-PA 2006 Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA-UNAMA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE-CCBS CURSO FISIOTERAPIA REPERCUSSÕES DA HEMODIÁLISE NA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA DE PACIENTES PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA por Lilianne de Oliveira Queiroz Rodolfo Gomes do Nascimento Trabalho de Graduação apresentado pelos alunos da turma 4 FTV como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia, orientado pelo Professor e Fisioterapeuta Manoel Gionovaldo Freire Lourenço. Belém-PA 2006 Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. REPERCUSSÕES DA HEMODIÁLISE NA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA DE PACIENTES PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Lilianne de Oliveira Queiroz Rodolfo Gomes do Nascimento Avaliado por: __________________________________________ __________________________________________ __________________________________________ Data: ___/___/___ Nota atribuída: ______________ Belém-PA UNAMA 2006 Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente aos nossos pais, pela oportunidade, apoio emocional e financeiro que nos deram para realizarmos este curso. A Deus pelo dom da vida e aos ótimos momentos que tivemos durante o curso de Fisioterapia. A nossas irmãs pelo apoio e colaboração durante a realização de nossos estudos. Aos nossos amigos que nos estimularam e ajudaram de alguma forma durante essa jornada. Ao nosso orientador Prof. Dr. Manoel Gionovaldo Freire Lourenço por toda sua contribuição para que este projeto fosse realizado. Ao Fisioterapeuta Dr. Rodrigo Plentz, a Profª. Fisioterapeuta Eli Maria Pazzianotto Forti e ao Prof. Fisioterapeuta Rinaldo Almeida pela colaboração referente a materiais científicos disponibilizados. Aos pacientes participantes e a equipe dos Hospitais Ophir Loyola e Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna pela paciência, compreensão e disponibilidade na realização do projeto. Por fim, a todos aqueles que contribuíram direta ou indiretamente para a realização desta pesquisa. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. EPÍGRAFE “Se você pensa que pode, ou sonha que pode, comece. Uma jornada de mil milhas inicia-se com o primeiro passo. A diferença entre o possível e o impossível está na determinação de cada um. Sabem o que é impossível? É aquilo que ninguém fez até que alguém o faça.” (Goethe) Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Lilianne de Oliveira Queiroz; Rodolfo Gomes do Nascimento. Repercussões da Hemodiálise na Função Respiratória de pacientes portadores de Insuficiência Renal Crônica. Universidade da Amazônia- UNAMA. Belém, Pará, 2006. RESUMO Introdução: A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é considerada um grande problema de saúde pública. Os tratamentos indicados para pacientes com IRC devem ser contínuos para substituir a função renal, dentre eles a hemodiálise. A IRC e o tratamento hemodialítico, provocam uma sucessão de alterações em diversos sistemas do organismo, incluindo o sistema respiratório. Objetivo: Analisar o sistema respiratório de pacientes portadores de IRC que realizam hemodiálise relacionando o tempo de tratamento e traçar o perfil sócio-cultural desses pacientes através de um questionário/entrevista. Metodologia: Foi realizado na FHCGV e no HOL no período compreendido entre agosto e setembro de 2006. Foram realizadas quinze (15) avaliações composta por exame de tórax, pico de fluxo expiratório, força muscular respiratória, cirtometria torácica e IMC e aplicação de um questionário/entrevista ao paciente. Resultados: Nossos estudos evidenciaram presença de debilidade respiratória de indivíduos portadores de IRC, porém não houve diferença estatisticamente significativa ao compararmos os dados obtidos de acordo com o tempo de tratamento hemodialítico (p= 0,045). Conclusão: Em resumo, a amostra estudada trata-se de pacientes com grande parte proveniente do interior do Pará, aposentados e com baixa escolaridade. Concluiu-se ainda, que não houve diferença na função respiratória desses pacientes considerando o tempo de tratamento hemodialítico. Palavras-chave: Insuficiência Renal Crônica, Hemodiálise, Avaliação pneumofuncional. ABSTRACT Introduction: Chronic Renal Failure (CRF) is considered a great problem of public health. The treatments indicated for patients with CRF, must be continuous, to substitute the renal function, amongst them hemodialysis. The CRF and the hemodialysis treatment, provoke a succession of alterations in diverse systems of the organism, including the respiratory system. Objective: To analyze the respiratory system of carrying patients of CRF who carry through hemodialysis relating the treatment time and to trace the partner-cultural profile of these patients through a questionnaire / interview. Methodology: Was carried through in the FHCGV and in the HOL in the period understood between August and September of 2006. Fifteen (15) evaluations composed for thorax examination had been carried through, peak of expiration flow, respiratory muscle force, thorax cirtometry and ICM and the application of a questionnaire / interview to the patient.. Results: Our studies had evidenced presence of respiratory atony of carrying individuals of CRF, however the time of hemodialysis o treatment in accordance with did not have statistics significant difference when comparing the gotten data (p= 0,045). Conclusion: In summary, the studied sample is about patients with great part proceeding from the interior of Pará, pensioners and with low scholl. One still concluded, that the time of hemodialysis treatment did not have difference in the respiratory function of these patients considering. Keywords: Chronic Renal Failure, Hemodialysis, Evaluation Respiratory. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CEP Comitê de Ética em Pesquisa CPT Capacidade Pulmonar Total CRF Capacidade Residual Funcional DP Desvio Padrão de média DPE Desnutrição Protéico-Energética FC Freqüência Cardíaca FHCGV Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna FR Freqüência Respiratória HOL Hospital Ophir Loyola IMC Índice de Massa Corporal IRC Insuficiência Renal Crônica K/DOQI Kidney Disease Outcomes Quality Initiative kg Quilogramas m Metro m² Metro quadrado mL/min Mililitro por minuto NKF National Kidney Foundation PA Pressão Arterial sistêmica PaO2 Pressão parcial do Oxigênio no sangue arterial PEmáx Pressão Expiratória Máxima PFE Pico Máximo de Fluxo Expiratório PImáx Pressão Inspiratória Máxima RFG Ritmo de Filtração Glomerular TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido VR Volume Residual Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Esquematização Paciente X Dialisador ....................................................... 21 Figura 2 - Esquematização da amostra do estudo (N) .................................................. 35 Figura 3 - Balança do tipo antropométrica Filizola® ................................................... 38 Figura 4 - Níveis da Cirtometria torácica- Axilar, xifoidiana e abdominal ................... 39 Figura 5- Manovacuometria ....................................................................................... 40 Figura 6 - Medida do Peak Flow ................................................................................. 42 Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Dados de Sexo e Faixa Etária da amostra de pacientes com IRC............................ 55 Gráfico 2 - Dados de Procedência e Ocupação da amostra dos pacientes com IRC .................. 55 Gráfico 3 - Dados de Condições Clínicas associadas a IRC ..................................................... 56 Gráfico 4 – Dados de outras complicações patológicas associadas a IRC................................. 57 Gráfico 5 - Dados das condições sócio- culturais da amostra dos pacientes com IRC............... 57 Gráfico 6 – Dados antropométricos dos pacientes portadores de IRC ...................................... 58 Gráfico 7 - Dados da Manovacuometria do Grupo N1 ............................................................. 58 Gráfico 8 - Dados da Manovacuometria do Grupo................................................................... 59 Gráfico 9 - Dados da Manovacuometria do Grupo N3 ............................................................. 59 Gráfico 10 - Dados do Pico de Fluxo Expiratório do Grupo N1 ............................................... 60 Gráfico 11 - Dados do Pico de Fluxo Expiratório do Grupo N2 ............................................... 60 Gráfico 12 - Dados do Pico de Fluxo Expiratório do Grupo N3 ............................................... 60 Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Dados relativos ao sexo, faixa etária, procedência e ocupação da amostra dos pacientes com IRC ................................................................................................................... 47 Tabela 2 - Condições Clínicas associadas a IRC...................................................................... 47 Tabela 3 - Dados da história familiar de IRC da amostra dos pacientes com IRC..................... 47 Tabela 4 - Outras complicações patológicas associadas a IRC ................................................. 48 Tabela 5 - Dados das condições sócio- culturais da amostra dos pacientes com IRC................ 48 Tabela 6 - Dados Antropométricos dos Pacientes Portadores de Insuficiência Renal Crônica do HOL e FHCGV / Belém ...................................................................................................... 49 Tabela 7 - Dados de Cirtometria de Tórax dos Pacientes Portadores de Insuficiência Renal Crônica do HOL e FHCGV / Belém......................................................................................... 50 Tabela 8 - Dados de Manovacuometria, distribuído por Grupos dos Pacientes Portadores de Insuficiência Renal Crônica do HOL e FHCGV / Belém de acordo com o tempo de tratamento hemodialítico ........................................................................................................................... 51 Tabela 9 - Dados de Manovacuometria, distribuído por sexo de Pacientes Portadores de Insuficiência Renal Crônica do HOL e FHCGV / Belém .......................................................... 52 Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Tabela 10 - Dados de Pico de Fluxo Expiratório de Pacientes Portadores de Insuficiência Renal Crônica do HOL e FHCGV / Belém de acordo com o tempo de tratamento hemodialítico ........................................................................................................................... 53 Tabela 11 - Dados de Pico de Fluxo Expiratório distribuído por sexo de Pacientes Portadores de Insuficiência Renal Crônica do HOL e FHCGV / Belém ..................................................... 54 Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. SUMÁRIO 1. Introdução................................................................................................................ 13 2. Revisão de Literatura ............................................................................................... 16 2.1. Insuficiência Renal Crônica................................................................................... 16 2.2. Hemodiálise .......................................................................................................... 19 2.3. Avaliação da Função Respiratória ......................................................................... 24 2.4. Questionário Para Avaliar a Qualidade de Vida ..................................................... 31 3. Objetivos.................................................................................................................. 33 4. Metodologia............................................................................................................. 34 4.1. Caracterização do Estudo e Aprovações ................................................................ 34 4.2. Amostra/ Locais .................................................................................................... 34 4.3. Critérios de Inclusão e Exclusão............................................................................ 35 4.4. Procedimentos....................................................................................................... 36 4.5. Análise dos Dados................................................................................................. 43 5. Resultados................................................................................................................ 44 Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 6. Discussão................................................................................................................. 61 7. Conclusão ................................................................................................................ 68 Referências .............................................................................................................. 69 Apêndices ................................................................................................................. 74 Anexos..................................................................................................................... 82 Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 1. INTRODUÇÃO Cabral (2005) define Insuficiência Renal Crônica (IRC) como uma síndrome complexa dos rins, caracterizada pela perda lenta, progressiva e irreversível das funções renais, não tendo no Brasil, dados confiáveis da incidência e da prevalência desta doença devido à dificuldade em obter um diagnóstico precoce. Segundo o mesmo autor, apesar dos avanços no tratamento da IRC, a morbi mortalidade continua elevada, sendo que a sobrevida desses pacientes gira em torno de 79% e 41%, respectivamente no primeiro e no quinto ano de diálise. Os tratamentos indicados para pacientes com IRC, devem ser contínuos, para substituir a função renal, sendo estes a diálise peritonial, hemodiálise e transplante renal (MARQUES, 2004). Segundo Santos (2004) a associação entre a patogenia da IRC e os riscos oferecidos pelos métodos dialíticos, contribuem para a perda gradativa da capacidade funcional desses pacientes, comprometendo vários sistemas, dentre eles as funções respiratórias. Estudos realizados mostram que há uma correlação entre a variável “tempo” e o desenvolvimento da debilidade respiratória desses pacientes. Forti (2004) avaliou a função pulmonar em pacientes com IRC antes e após a sessão de hemodiálise, onde comparou a força muscular respiratória, volumes e capacidades Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. pulmonares e permeabilidade das vias aéreas. Conclui que os procedimentos hemodialíticos não interferem de forma significativa na função pulmonar desses pacientes. Plentz (2005) realizou um estudo incluindo 29 pacientes com idade variando de 24 a 59 anos, avaliando a força muscular respiratória antes e após a sessão de hemodiálise e em um outro momento teste de caminhada de 6 minutos, para avaliar a função cardiorespiratória. Concluiu que tanto para os homens como para as mulheres houve uma melhora da PImáx após a hemodiálise, porém não estatisticamente significativa, observou ainda que há uma pequena diferença entre os valores de PImáx entre homens e mulheres, porém sem significância estatística. Quanto a PEmáx observou que houve uma pequena diminuição nos valores pós hemodiálise para os homens e que para as mulheres não houve variação, não sendo significativo para ambos; quando comparado os valores em relação ao sexo verificou-se que os homens apresentam valores maiores significativamente tanto antes quanto após a hemodiálise. Santos (2004) realizou um estudo onde avaliou o sistema cardiorespiratório dos portadores de IRC submetidos à hemodiálise, durante um período com média de 21 + 8,8 meses (tempo em que os pacientes realizaram a hemodiálise), verificando pressões inspiratórias e expiratórias máximas, volumes e capacidades pulmonares, freqüência cardíaca, freqüência respiratória, saturação parcial de oxigênio e escala de Borg. Concluindo que houve uma diminuição significativa das pressões respiratórias máximas, da capacidade vital e da função cardíaca, observou ainda que os pacientes portadores de IRC submetidos à hemodiálise, possuem uma limitação cardiopulmonar, prejudicando o desempenho nas atividades de vida diária e convívio social. Após essas observações podemos constatar na literatura científica que os portadores de IRC que realizam hemodiálise apresentam alterações na função respiratória, com o Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. comprometimento de várias variáveis relacionadas à função pulmonar. Desta forma, é de extrema importância que sejam realizadas avaliações periódicas no âmbito pneumofuncional desses pacientes para detecção precoce de complicações relacionadas ao sistema respiratório, bem como para o acompanhamento da evolução de doenças pulmonares. O estudo ainda justifica-se pela escassez de registros científicos que relatem os parâmetros da função respiratória desses pacientes, permitindo traçar o perfil do sistema respiratório dos mesmos, para servir como referência bibliográfica e auxiliar na melhora das complicações da IRC associadas à hemodiálise. Apesar de alguns estudos terem mostrado que há interferência na função respiratória de pacientes portadores de IRC que realizam hemodiálise, ainda não se sabe quais os reais efeitos desse procedimento de forma acumulativa por períodos prolongados, que permitam traçar o perfil do sistema respiratório desses pacientes, levando em consideração a relação tempo X debilidade. Nesse contexto, o presente estudo tenciona identificar e analisar as repercussões da hemodiálise na função respiratória em um grupo de pacientes portadores de IRC, bem como traçar seu perfil sociocultural. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Insuficiência Renal Crônica Os rins são órgãos fundamentais para a manutenção da homeostase do corpo humano. Assim, não é surpresa constatarmos que, com a queda progressiva do ritmo de filtração glomerular (RFG) observada na Insuficiência Renal Crônica (IRC) e conseqüente perda das funções reguladoras, excretoras e endócrinas, ocorra o comprometimento de essencialmente todos os outros sistemas do organismo (BARBOSA, 2000; BASTOS, 2004). A National Kidney Foundation (NKF) em seu documento Kidney Disease Outcomes Quality Initiative (K/DOQI), definiu a Insuficiência Renal Crônica baseada nos seguintes critérios: lesão presente por um período igual ou superior a três meses, definida por anormalidades estruturais ou funcionais do rim, com ou sem diminuição do RFG, manifestada por anormalidades patológicas ou marcadores de lesão renal, incluindo alterações sanguíneas ou urinárias, ou nos exames de imagem; RFG< 60mL/min/1,73m² por um período =3 meses, com ou sem lesão renal (BARBOSA, 2000). A IRC ainda pode ser definida como uma síndrome complexa, que se caracteriza pela perda lenta, progressiva e irreversível das funções renais (CABRAL, 2005). Em indivíduos normais a filtração glomerular mantém-se em níveis de 110 a 120 ml/min, o que corresponde à função de filtração de cerca de 2.000.000 de néfrons. Já em Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. pacientes portadores de Insuficiência Renal Crônica a filtração, nos casos mais avançados, pode chegar a alcançar índices de 5 a 10 ml/min. (BARBOSA, 2000). A IRC é diagnosticada através de exames de sangue, pois este torna-se moderadamente ácido, devido ao acúmulo de uréia e creatinina (produtos de degradação metabólica), que normalmente seriam filtradas pelo sangue. As causas que levam uma pessoa à IRC são várias, sendo as mais comuns: a glomerulonefrite crônica, nefropatia túbulo - intersticial crônica (pielonefrite), necrose cortical renal, hipertensão arterial grave, processos renais obstrutivos crônicos, diabetes, amiloidose, lúpus eritematoso disseminado e doenças hereditárias, tais como rins policísticos e síndrome de Alport (MARQUES, 2005). Na Insuficiência Renal Crônica, os sintomas manifestam-se lentamente, desenvolvendo-se em três estágios. No primeiro estágio, os néfrons são destruídos até que cerca de 70% ou 75% dos néfrons funcionais sejam eliminados, não apresentando sintomas aparentes, ou seja, o indivíduo é assintomático, pois os néfrons restantes aumentam e assumem as funções dos que foram eliminados. Quando 75% dos néfrons forem eliminados, o indivíduo entra no segundo estágio, caracterizado pela diminuição da filtração glomerular e aumento dos níveis de resíduos nitrogenados e de creatinina no sangue, apresentando urgência miccional noturna (noctúria). O estágio final ocorre quando cerca de 90% dos néfrons forem eliminados, diminuindo a filtração glomerular para 10-15 % do normal, tendo como conseqüência a oligúria e aumento acentuado nos níveis de resíduos nitrogenados e de creatinina, além de outras complicações (GUYTON, 2002; GRABOWSKI, 2002). A incapacidade de manter o equilíbrio hidroeletrolítico, ácido-básico e a osmolaridade do organismo causada pelas alterações de redução na filtração e excreção de fosfatos, sulfatos, Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. ácidos orgânicos, causam acidose metabólica, o que prejudica a distribuição do oxigênio para os tecidos de pacientes anêmicos, ocasionalmente podendo provocar hipóxia (BEVINGTON, et al 1995). Barbosa (2000) afirma que a medida que a Insuficiência Renal progride levando a um acúmulo de substâncias tóxicas no sangue, o portador desta patologia pode apresentar: cor escura, amarelada ou acinzentada, devido aos pigmentos ucrômicos retidos; palidez anêmica; anorexia; náusea; prurido que pode ocasionar escoriações infecciosas e púrpura, devido a anormalidades na coagulação e fragilidade nos capilares; e redução da atividade da glândula produtora de óleo do tecido subcutâneo ocasionando pele seca e esfoliada. A ação da uréia decomposta na cavidade oral, devido ao desenvolvimento de uma estomatite não bacteriana, produz um gosto de metal na boca, já seu metabolismo no trato intestinal forma amônia que, por sua vez, ocasiona a formação de úlceras. O aumento de uréia no sangue pode levar a letargia, entorpecimento, perturbações e em índices mais acentuados, o coma (BARBOSA, 2000). Prezant (1990) cita que as alterações no drive respiratório, na mecânica, força dos músculos respiratórios e nas trocas gasosas, podem estar diretamente relacionadas com a circulação de toxinas urêmicas ou como resultado indireto da retenção de líquido, anemia, imunossupressão, calcificação heterotópica, desnutrição, desequilíbrio eletrolítico ou ácido-básico. Na síndrome urêmica todos os sistemas orgânicos são comprometidos e as alterações clínicas podem ser diferentes em cada paciente. Uma série de complicações associadas à uremia pode acometer os indivíduos, comprometendo o sistema respiratório, cardiovascular, sistema nervoso central e periférico, hematopoiético, digestivo, muscular, ósseo, articular, imunológico até mesmo cutâneo (RIELLA, 1988). Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Uma vez instalada, é necessário um tratamento contínuo para substituir a função renal, como já foi citado, tendo como tratamentos disponíveis a diálise peritonial, que é realizada por uma técnica de infusão de líquido dialisado na cavidade abdominal do paciente, a hemodiálise, que será descrita mais adiante e o transplante renal (MARQUES, 2005). Segundo Cesarino e Martins (2005), os dois primeiros tratamentos citados substituem parcialmente a função renal, aliviam os sintomas da doença e preservam a vida do paciente, porém, nenhum deles é curativo. A doença renal reduz de forma acentuada o funcionamento físico e profissional, tendo um impacto negativo sobre os níveis de energia e vitalidade, o que pode reduzir ou limitar as interações sociais e causar problemas relacionados à saúde mental dos pacientes renais crônicos (CICONELLI et al, 2003). 2.2. Hemodiálise Segundo o Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia de 2002, no Brasil, existem 54.523 pacientes em terapia renal substitutiva, sendo 48.874 em hemodiálise (CESARINO; MARTINS, 2005). A diálise é utilizada para remover substâncias tóxicas e detritos orgânicos, excretados normalmente pelos rins sadios. É indicada nos casos em que o tratamento conservador não é considerado suficiente. Os procedimentos dialíticos podem ser realizados por processos de diálise peritoneal ou por processos hemodialíticos (KAMIMURA, 2004). Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. A hemodiálise é um procedimento no qual o sangue é removido do corpo e circulado através de um aparelho externo denominado dialisador. Exige o acesso repetido à corrente sangüínea, geralmente realizado através de uma fístula arteriovenosa (conexão artificial entre uma artéria e uma veia) que é criada cirurgicamente. Os acessos ainda podem ser designados fisicamente por cateteres, shunts artério- venosos, enxertos e próteses vasculares (BARBOSA, 2000). É através desses acessos vasculares que o sangue com excesso de substâncias tóxicas é canalizado da circulação corporal para o filtro (dialisador) e restituído posteriormente limpo ao organismo (BARBOSA, 2000). Na hemodiálise, o sangue do paciente flui através de um tubo conectado à fístula arteriovenosa e é bombeado até o dialisador. A heparina (uma droga que impede a coagulação) é utilizada durante a diálise para evitar a coagulação do sangue. No interior do dialisador, uma membrana artificial porosa separa o sangue de um líquido, denominado dialisado, o qual possui uma composição química similar dos líquidos corpóreos normais. A pressão no compartimento da membrana onde se encontra o líquido dialisado é mais baixa que a do compartimento onde se encontra o sangue, permitindo a filtração do líquido, de produtos da degradação metabólica e de substâncias tóxicas presentes no sangue através da membrana para o interior do dialisador. No entanto, as células sangüíneas e as proteínas maiores são muito grandes para serem filtradas através dos pequenos poros da membrana. O sangue já dialisado é em seguida retornado ao corpo do indivíduo (BERKON et al, 1995). Este procedimento de hemodiálise pode ser observado na figura 1. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Figura 1 - Esquematização Paciente X Dialisador. (Fonte: www.klickeducacao.com.br) Os procedimentos dialíticos podem levar à remoção de 1 a 4 litros de fluido no período médio de quatro horas e, dependendo do paciente e da eficiência da diálise, as alterações no volume do fluido corporal podem resultar em situações que variam desde edema e congestão pulmonar até hipotensão e desidratação. Estas constantes variações hídricas podem tornar imprecisas as medidas da composição corporal, dificultando a avaliação (KAMIMURA, 2004; BARBOSA, 2000). Para permanecerem saudáveis, a maioria dos indivíduos com Insuficiência Renal Crônica necessita de hemodiálise três vezes por semana. Mesmo em situações em que não haja déficit aparente da filtração glomerular, pode haver necessidade de diálise para correção do desequilíbrio grave e suporte hemostático mais rápido (BARBOSA, 2000). Os dialisadores possuem tamanhos e graus de eficácia diferentes. As unidades mais modernas são muito eficazes, permitindo que o sangue flua com mais rapidez e abreviando o tempo da diálise (BERKON et al, 2005). Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Nos últimos 50 anos, os avanços da tecnologia na área de diálise tornaram esses procedimentos mais seguros e contribuíram substancialmente para o aumento da sobrevida dos pacientes renais crônicos. O controle da ultrafiltração, o dialisato com bicarbonato, o desenvolvimento de membranas mais biocompatíveis, a sofisticação crescente das máquinas de hemodiálise e a aplicação dos modelos de sódio variável e cinética de heparina contribuíram para este sucesso (CASTRO, 2001). Embora a hemodiálise seja a proposta terapêutica mais eficaz para o tratamento da IRC, ela pode trazer repercussões importantes ao indivíduo em vários sistemas (FORTI, 2004). Em 30% das sessões de hemodiálise, pode ocorrer algum tipo de complicação. Assim sendo, a constante avaliação dessas complicações deve ser inserida em qualquer programa de controle da qualidade física do paciente. (CAIUBY, 2003). Segundo Castro (2001) a principal complicação é a hipotensão arterial, ocorrendo em até 20% das sessões, apresentando como causas mais freqüentes a taxa e a velocidade de ultrafiltração. A correção nesses casos é realizada através da administração de soluções hipertônicas e posicionamento do paciente em trendelemburg. Outra complicação que pode ocorrer com intensidade variada em qualquer paciente é a síndrome do desequilíbrio da diálise, caracterizada por cefaléia, náuseas, vômito, tremores, confusão mental, convulsões e coma. Durante as sessões ainda podem ocorrer arritmias, câimbras, reações alérgicas (do tipo anafilático), prurido, reações pirogênicas, hemólise aguda, coagulação do sangue no dialisador, embolia gasosa e distúrbios eletrolíticos, como anormalidades nos níveis de sódio, potássio, cálcio e fósforo (CASTRO, 2001; BARBOSA, 2000). Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Para Prezant (1990), o sistema respiratório sofre influência tanto do processo patológico da IRC, quanto de seu tratamento. Alguns estudos mostram as repercussões deste procedimento no sistema respiratório, como: decréscimo de ventilação alveolar e conseqüente diminuição da PaO2, hipertensão pulmonar, fibrose pulmonar, tuberculose em decorrência da diminuição da imunidade celular secundária à uremia crônica, entre outras (DI RUPO, 1996; ROMALDINI, 1980; FUCK, 2004). Segundo Davenport e Williams (1988) após trinta minutos do início da hemodiálise o pico de fluxo respiratório encontra-se diminuído em decorrência da queda no número de células brancas do sangue, o que sugere agregação linfocitária, resultando em edema na região periférica aos brônquios, liberação de mediadores inflamatórios e disfunção obstrutiva das vias aéreas. Referindo-se ainda às alterações respiratórias, Taskapan et al (2004) cita que a terapia com hemodiálise causa redução na capacidade de difusão pulmonar por monóxido de carbono pela diminuição dos componentes do volume sanguíneo de capilares pulmonares. A hipoxemia de duração e intensidade variável ocorre durante a hemodiálise, entretanto, sua expressão clínica é pequena e ocorre principalmente em pacientes com importante doença pulmonar ou naqueles com doença cardíaca isquêmica não compensada (CASTRO, 2001). Esta complicação é observada de modo mais intenso nas diálises com tampão acetato, que ainda leva à hipocapnia e à hipoventilação. A importância do seqüestro de leucócitos no pulmão não parece influenciar significativamente na hipoxemia causada pela hemodiálise. Essa complicação raramente necessita de intervenção e se limita a oferta de oxigênio complementar (CASTRO, 2001). Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. O tratamento hemodialítico é responsável por um cotidiano monótono e restrito, e as atividades desses indivíduos são limitadas após o início do tratamento, favorecendo o sedentarismo e a deficiência funcional (Casagrande, 1995). A Insuficiência Renal Crônica e o tratamento hemodialítico provocam uma sucessão de situações para o paciente renal crônico, que compromete o aspecto não só físico, como psicológico, com repercussões pessoais, familiares e sociais, como relata Casagrande (1995). 2.3. Avaliação da função respiratória A pneumologia dispõe hoje de recursos modernos e equipamentos sofisticados para auxiliar o diagnóstico e acompanhamento das pnemopatias. Apesar disso, o emprego de certas técnicas tradicionais, como o exame ou inspeção física e a anamnese, continuam sendo indispensáveis para a avaliação das deficiências toracopulmonares (COSTA, 2002). Costa (2002) ainda afirma que a anamnese é a parte inicial da avaliação e consiste basicamente em um conjunto de perguntas ao paciente sobre os aspectos relevantes e que giram em torno de sua queixa principal. Visa-se sempre buscar subsídios necessários para a obtenção do quadro clínico disfuncional. O exame do tórax deve ser realizado por todos os profissionais da saúde que se propõem a trabalhar com pacientes portadores de patologias respiratórias. Segundo Humberstone (1994) o fisioterapeuta tem três objetivos com este exame: 1) identificar os problemas reconhecidos pelo paciente; 2) avaliar os sinais coexistentes de doença pulmonar; e Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 3) determinar a necessidade de maiores procedimentos avaliativos. Assim os procedimentos que compõe o exame do tórax são: inspeção, palpação e ausculta pulmonar. Outras técnicas ainda se fazem importantes para a avaliação da função respiratória a fim de auxiliar no fisiodiagnóstico como: a avaliação da força muscular respiratória, permeabilidade das vias aéreas, mobilidade tóraco-abdominal e índice de massa corporal. É grande a importância de uniformização dos procedimentos técnicos para a avaliação de pacientes, e a necessidade de sistematização da coleta de dados, para garantir a confiabilidade dos testes, provas e exames realizados pelos fisioterapeutas. x Inspeção Geral Em uma inspeção do sistema respiratório deve-se explorar com mais atenção os seguintes aspectos: tipo de tórax, curvaturas anormais da coluna vertebral, freqüência ventilatória, padrão respiratório, mobilidade tóraco-abdominal, presença de edema e cianose periférica (COSTA, 2002). Ao examinar o tórax, o fisioterapeuta avalia a condição da pele, o formato e simetria. A inspeção da pele assegura a documentação de incisões, escaras e traumatismos. Segundo Presto e Presto (2003) e Humberstone (1994), a avaliação do formato do tórax permite a documentação de defeitos congênitos. Os tipos de tórax geralmente encontrados são: Pectus Escavatum, Pectus Carinatum e Tórax em tonel. A avaliação postural torna-se importante dentro da avaliação respiratória, pois pode acusar presença de uma respiração atípica que muitas vezes gera uma série de outras Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. alterações importantes na dinâmica corporal, como a presença de ombros protusos, pescoço projetado anteriormente, escápulas aladas, aumento das curvaturas fisiológicas da coluna, escoliose, assimetria da cintura pélvica e escapular e protusão abdominal. A avaliação do tórax móvel começa com a avaliação da freqüência respiratória, que normalmente varia de 12 a 20 incursões por minuto (eupnéico). A taquipnéia refere-se a valores maiores que 20 incursões por minuto e a bradipnéia refere-se a valores menores que 10 incursões por minuto (HUMBERSTONE, 1994). A observação do tipo de padrão ventilatório tem importância no diagnóstico da fadiga, paralisia e hipotonia diafragmática, condições em que a parede abdominal tende a se retrair na inspiração, ao contrário do que ocorre na respiração diafragmática normal (PORTO, 2002). Na posição de pé, ou sentada, tanto no sexo masculino ou feminino, predomina a respiração torácica ou costal caracterizada pela movimentação da caixa torácica. Enquanto que na posição deitada, em ambos os sexos, a respiração é diafragmática, prevalecendo à movimentação da metade inferior do tórax e do andar superior do abdômen (PORTO, 2002). Humberstone (1994), relata que após a avaliação do padrão ventilatório, o terapeuta deve avaliar a mobilidade tóraco-abdominal que inclui a simetria e a sincronia da ventilação. O tempo e a movimentação relativa de um hemitórax em relação ao outro e ao abdome são comparados durante as respirações corrente e profunda. Por fim a inspeção deve incluir ainda a avaliação das extremidades a fim de detectar a presença de edema e cianose periférica (HUMBERSTONE, 1994). O edema é resultante de diversos fatores, dentre os principais estão a estase venosa e doenças cardiovasculares (PORTO, 2002). A cianose caracteriza-se pela coloração azulada da pele indicando dificuldade na oxigenação capilar ou redução na concentração de hemoglobina no sangue. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Suas principais causas são hipoventilação, hipoperfusão e/ou hipodifusão (PRESTO, 2005; COSTA, 2002). x Palpação Humberstone (1994) afirma que este exame detecta sinais de aumento do trabalho respiratório pela palpação dos músculos. A palpação permite a avaliação específica da atividade muscular identificada ligeiramente durante a inspeção. Normalmente, os músculos esternocleidomastoideo, escalenos, trapézio e peitoral menor estão inativos na respiração normal. A ativação muscular acessória da inspiração de forma prolongada torna-se inapropriada levando ao aumento do tônus muscular e conseqüente aumento do trabalho respiratório (COSTA, 2002). x Ausculta Pulmonar Para Costa (2002), a ausculta pulmonar é um recurso semiológico destinado a detectar, através do estetoscópio, os sons normais e patológicos produzidos nos pulmões e vias aéreas durante a ventilação. Segundo Humberstone (1994) a preparação para a ausculta envolve ensinar a importância da respiração pela boca e do relato de tontura e fadiga inadequada. O som normal audível através da parede torácica é chamado murmúrio vesicular, onde pode estar diminuído ou ausente, já o som normal ouvido a nível antero-lateral do pescoço é chamado som traqueal (HUMBERSTONE, 1994). Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Os ruídos fisiológicos que ainda podem ser auscultados são os broncovesiculares, que é referente à passagem do ar turbilhonar nos brônquios e os pleurais, sons produzidos pelo deslizamento entre as pleuras visceral e parietal (PRESTO, 2005). Segundo Humberstone (1994), os sons adventícios são os sons que não existem em condições fisiológicas normais, são classificados de acordo com o Joint Committee on Pulmonary Nomenclature em: Estertores ou Crepitantes e Roncos ou Sibilos. x Cirtometria Torácica Conforme Britto (2004) a cirtometria ou toracometria constitui parte do exame físico do tórax na avaliação funcional respiratória. Consiste em um conjunto de medidas das circunferências de tórax e abdome durante os movimentos respiratórios, nas fases expiratória e inspiratória máximas. Para Costa (2002) a diferença entre essas duas medidas fornece informações do grau de expansibilidade e de retração dos movimentos toraco-abdominais. As medidas são realizadas com uma fita métrica convencional e devem ser realizadas, no mínimo, em três níveis diferentes: Axilar, xifoidiano e umbilical. Segundo o mesmo autor a cirtometria torácica é a maneira mais indicada para medir a mobilidade tóraco-abdominal. x Pressão Inspiratória Máxima (PImáx) e Pressão Expiratória Máxima (PEmáx) As pressões respiratórias máximas indicam a força muscular máxima utilizada para a realização da inspiração e expiração baseada na variação do volume pulmonar. O exame está Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. indicado na suspeita clínica de fraqueza muscular respiratória (PEREIRA, 2001; AZEREDO, 2002). Para Azeredo (2002), um dos métodos existentes para avaliar a força da musculatura respiratória é a utilização de um manômetro de pressões negativa e positiva. Para a mensuração da PImáx o ideal é que a inspiração se inicie a partir do Volume residual (VR), isto é, após uma expiração profunda. Para a mensuração da PEmáx a expiração deve começar no nível da capacidade pulmonar total (CPT), ou seja, após uma inspiração profunda. A mensuração da força dos músculos respiratórios permite o diagnóstico de insuficiência respiratória por falência muscular e possibilita o diagnóstico precoce da fraqueza em músculos respiratórios, ajudando o fisioterapeuta a estabelecer protocolos de treinamento direcionados (AZEREDO, 2002). Segundo Azeredo (2002), a hipotonia da parede torácica abdominal é uma das principais condições clínicas que podem alterar a dinâmica do diafragma, que por sua vez resultará na incapacidade desse músculo em gerar tensão, produzindo assim o desenvolvimento de pressão e movimentos anormais durante a respiração, e consequentemente a hipoventilação alveolar. Geralmente, a força respiratória decresce 1% por ano entre as idades de 20 a 70 anos. A força do músculo respiratório nas mulheres é aproximadamente ¾ do que no homem (ROCHESTER & ARORA, 1983). Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. x Pico de Fluxo Expiratório Máximo (Peak Flow) A medida do Fluxo Expiratório representa o pico máximo de fluxo expiratório (PFE) atingido em uma expiração forçada (ponto da curva expiratória no qual a velocidade da expiração é a maior). Os valores são aferidos através de um equipamento – Peak Flow – simples, de fácil manuseio e baixo custo (AZEREDO, 2002). O Pico de Fluxo Expiratório permite ao fisioterapeuta avaliar com a máxima segurança a gravidade da obstrução brônquica, mediante o estudo comparativo dos resultados obtidos com o teste, relacionando-os com os valores normais teóricos contidos em normogramas especialmente programados para tal fim, além de determinar a efetividade da tosse (AZEREDO, 2002). Godfrey et al. (1970) estabeleceu valores de referência para o Pico de Fluxo Expiratório para homens e mulheres, de acordo com as variáveis idade (anos) e altura (cm) (ANEXO F). x Índice de Massa Corporal De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia o Índice de Massa Corporal (IMC) consiste em um cálculo que se faz com base no peso e na altura do indivíduo, sendo obtido dividindo-se o peso em quilogramas (kg) pelo quadrado da altura em metros (m). Segundo a mesma instituição o IMC atualmente é o índice usado com mais freqüência para se investigar a obesidade, avaliando se determinado peso é excessivo ou não para determinada altura. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Segundo Costa et al. (2002), com a deposição freqüente de gordura revestindo a caixa torácica e, tanto dentro como sobre a cavidade abdominal, alterações progressivas ocorrem na função pulmonar. A alteração mais importante envolve a diminuição da Capacidade Residual Funcional (CRF) onde o diafragma encontra-se elevado pelo abdômen distendido, tornando-se de extrema importância a avaliação do IMC. 2.4. Questionário para avaliar a qualidade de vida A extensão e a complexidade dos problemas inerentes à vivência da cronicidade de uma doença estimulam a análise da qualidade de vida dos doentes. Diversos aspectos justificam o atual interesse em estudar qualidade de vida, em especial no caso de doenças crônicas, como: 1) conhecimento do impacto da doença sobre atividades diárias; 2) identificação de problemas específicos; 3) avaliação do impacto dos tratamentos e outros determinantes, como a não adesão do paciente; e 4) obtenção de informações que permitam a comparação entre diferentes tratamentos; entre outros (CICONELLI et al, 2003). Na literatura científica e social não existe um consenso sobre os itens que devem ser levados em consideração na avaliação da qualidade de vida de um paciente. Dispõe-se hoje de questionários específicos, dependendo do que se busca analisar (interferência no campo profissional, econômico, social, etc.), e os genéricos. Os instrumentos genéricos, mais comumente utilizados avaliam de forma global os aspectos mais importantes relacionados à qualidade de vida dos pacientes (CAIUBY, 2003). Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. O questionário/entrevista deste estudo baseou-se no questionário genérico SF-36, Medical Outcomes Study 36 – Item Short-Form Health Survey, que aborda o desempenho do paciente em diversas dimensões (capacidade funcional, aspectos físicos, aspectos sociais, etc), citado por Caiuby (2003) em seu artigo. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 3.OBJETIVOS 3.1. Objetivo Geral Identificar e analisar as repercussões da hemodiálise na função respiratória de pacientes portadores de Insuficiência Renal Crônica. 3.2. Objetivos Específicos Coletar dados que caracterizem a função respiratória de um grupo de portadores de Insuficiência Renal Crônica, através de um protocolo de avaliação específico do sistema respiratório. Analisar as repercussões da hemodiálise nas variáveis: Pressões respiratórias máximas (força muscular), Pico Máximo de Fluxo Expiratório (permeabilidade das vias aéreas), cirtometria torácica (mobilidade tóraco-abdominal) e Índice de Massa Corporal em um grupo de portadores de IRC. Aplicar questionário/entrevista aos portadores para traçar um perfil sociocultural, fazendo uma abordagem sobre a história de doenças respiratórias prévias e/ou associação a outras patologias. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 4. METODOLOGIA 4.1. Caracterização do estudo e aprovações: Esta pesquisa foi delineada como estudo transversal de coorte e foi realizada após as seguintes aprovações: aceite do orientador: Fisioterapeuta Manoel Gionovaldo Freire Lourenço (ANEXO A); autorização dos locais onde foi realizada a pesquisa: Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV) e Hospital Ophir Loyola (HOL) (ANEXO B); Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE A), assinado pelos pacientes que participaram da pesquisa, em anuência com a Resolução 196/96, do Conselho Nacional de Saúde; e autorização do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da FHCGV nº 017/06 (ANEXO C), que permitiu o registro dos dados para efeito de pesquisa e publicação científica. Ainda foi aplicado ao responsável o termo de consentimento para a utilização de imagens para efeito ilustrativo da pesquisa (APÊNDICE B). 4.2. Amostra/ Locais: A amostra foi composta de quinze (15) pacientes (N) selecionados de acordo com os critérios de inclusão e exclusão que foram divididos em três grupos distintos de acordo com o tempo de tratamento hemodialítico (N1, N2 e N3). Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Cada grupo foi composto de cinco pacientes. O grupo N1 é o grupo de pacientes portadores de IRC que realizam hemodiálise de três até doze meses. Já o grupo N2 é composto por pacientes portadores de IRC que realizam hemodiálise há trinta e seis meses. E o grupo N3 é composto por pacientes portadores de IRC que iniciaram hemodiálise há setenta e dois meses (Figura 2). N: Quinze (15) pacientes selecionados N1: Cinco portadores de IRC que iniciaram hemodiálise até 12 meses. N2: Cinco portadores de IRC que iniciaram hemodiálise há 36 meses N1: Cinco portadores de IRC que iniciaram hemodiálise há 72 meses Figura 2 - Esquematização da amostra do estudo (N) (Fonte: Dados do autor). O projeto foi realizado na Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV) e no Hospital Ophir Loyola (HOL), ambas instituições públicas da cidade de Belém-Pará no período compreendido entre agosto e setembro de 2006. 4.3. Critérios de Inclusão e Exclusão: Os critérios de inclusão adotados no estudo foram pacientes adultos portadores de Insuficiência Renal Crônica com doenças de base variadas todas evoluindo para IRC, de ambos os sexos; com faixa etária 40 a 60 anos; sedentários; condições clínicas estáveis; não Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. fumantes; sem diagnóstico de afecção respiratória no momento da avaliação; que realizam hemodiálise três vezes por semana através de fistula arteriovenosa, com tempo de tratamento hemodialítico de acordo com o tempo de tratamento determinado nos grupos da amostra. Não foram admitidos no estudo os indivíduos que não fazem parte da faixa etária adotada; que trocaram de modalidade de diálise nos últimos 6 meses, que se recusaram a assinar o TCLE, que apresentavam doenças pré-existentes de caráter congênito, neurológico ou traumático e que não possuiam um bom nível de entendimento durante a realização dos testes solicitados. 4.4. Procedimentos: A avaliação respiratória foi realizada pelos autores da pesquisa, orientados pelo pesquisador responsável, antes do primeiro procedimento hemodialítico semanal dos pacientes e o questionário foi aplicado logo após a avaliação. Foram utilizados procedimentos avaliativos com os seguintes instrumentos: Avaliação Fisioterapêutica Pneumofuncional (APÊNDICE C)), composta por: 1) Avaliação geral (sinais vitais, avaliação postural e Índice de Massa Corporal) e 2) Avaliação do sistema respiratório (Exame do tórax, cirtometria torácica, força muscular respiratória e Pico de Fluxo Expiratório). Bem como a aplicação do questionário/ entrevista ao paciente (APÊNDICE C). Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. x Avaliação Fisioterapêutica Pneumofuncional 1) Avaliação geral: Os sinais vitais aferidos foram: pressão arterial sistêmica (PA), pelo método palpatório e auscultatório com um esfignomanômetro Premium®; freqüência cardíaca (FC), mensurado através da palpação do pulso radial em 1 minuto; freqüência respiratória (FR), através da observação do movimento torácico em 1 minuto. x Índice de massa corporal A avaliação nutricional foi realizada através do método do Índice de Massa Corporal (IMC), que consiste na divisão do peso em quilogramas (kg), pelo quadrado da altura em metros. Para a mensuração do IMC foi utilizada uma balança do tipo antropométrica Filizola® (Figura 3). Durante o procedimento o paciente estava vestido com roupas leves e sem sapatos, estando a balança calibrada para zero, sendo então anotados as medidas com exatidão. Os dados obtidos foram comparados com os valores de referência para a classificação do grau de obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (2005) (ANEXO D). Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Figura 3 - Balança do tipo antropométrica Filizola® (Fonte: Dados do autor). 2) Avaliação do Sistema Respiratório: x Exame do tórax A avaliação especifica do Sistema Respiratório, incluiu o exame do tórax, composto de inspeção, palpação e ausculta. Todos esses procedimentos seguiram o que foi referenciado na revisão de literatura. Nessa etapa a única técnica que utilizou material específico foi a ausculta pulmonar, realizada de forma comparativa com o estetoscópio Rappaport Premium® nos seguintes pontos do tórax: 6 anteriores (2°, 5° e 7° espaços intercostais) 6 posteriores (3°, 7° e 9° espaços intercostais) e 6 laterais (2°, 5° e 7° espaços intercostais). Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. x Cirtometria Torácica Para a realização da cirtometria torácica, utilizou-se uma fita métrica convencional de 1,50m, com escala em milímetros, onde foram tomadas as medidas da circunferência torácica nas regiões axilar (AAx), xifóidiana (AXf) e abdominal (AAb), durante as fases de inspiração e expiração máximas (Figura 4). Figura 4 - Níveis da Cirtometria torácica - axilar, xifoidiana e abdominal. (Fonte: Dados do autor) Cada medida foi obtida após solicitar ao paciente que realize, a partir da Capacidade Residual Funcional (CRF), uma inspiração máxima, seguida de uma expiração máxima, a partir da Capacidade Pulmonar Total (CPT), com o cuidado de realizar o procedimento do ponto zero da fita métrica da região anterior do tronco, sendo esta tracionada pelo avaliador sobre um ponto fixo, exercendo a máxima pressão possível da fita sobre o corpo do paciente, visando prevenir que as estruturas moles interfiram na medida. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. x Força Muscular Respiratória A força muscular respiratória foi determinada através da aferição da PImáx e PEmáx, sendo utilizado o manovacuômetro analógico (Ger/Ar Ind. Cm e Manut. de Material Hospitalar Ltda), com amplitude de -150 a + 150cmmH2O. Durante o procedimento os pacientes permaneceram sentados em repouso, com o tronco ereto e as narinas ocluídas com clipe nasal para evitar o escape de ar. No momento da verificação o examinador segurava firmemente o cilindro metálico, enquanto o paciente pressionava o bocal contra os lábios, evitando vazamento perioral de ar (Figura 5). Figura 5 - Manovacuometria. (Fonte: Dados do autor). A PEmáx foi medida após o paciente expirar da Capacidade Pulmonar Total (CPT) até o Volume Residual (VR), com conseqüente esforço expiratório máximo, sendo que neste momento o paciente ocluiu o orifício existente no bocal. Enquanto que a PImáx foi obtida após o paciente inspirar do Volume Residual (VR) até a Capacidade Pulmonar Total (CPT) Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. gerando um esforço inspiratório máximo, sendo o orifício do bocal ocluído da mesma maneira da aferição do PEmáx. Foi exigido em cada caso, que as pressões fossem atingidas e mantidas estáveis durante pelo menos 1 segundo, através da estimulação verbal dos avaliadores. Sendo realizadas três manobras corretas, considerando-se para registro o maior valor alcançado. Essas manobras foram realizadas após um período de treinamento dos pacientes, sendo permitido intervalo de livre descanso entre as medidas consecutivas. Os valores obtidos através das fórmulas: Homens [PImáx = 143 – (0,55 x idade) e PEmáx = 268 – (1,03 x idade)]; Mulheres [PImáx = 104 – (0,51 x idade) e PEmáx = 170 – (1,03 x idade)], foram comparados com os previstos para indivíduos normais (ANEXO E). x Pico de Fluxo Expiratório (PFE) Para a realização da medida de Pico de Fluxo Expiratório foi utilizado o aparelho Peak Flow Mini Wright Airmed®. O paciente permanecia sentado, com o tronco ereto, segurando o medidor de pico de fluxo pela região inferior, sendo instruído para a realização de expiração forçada a partir da Capacidade Pulmonar Total (CPT), para uma correta execução e obtenção de medidas de PFE (Figura 6). Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Figura 6 - Medida do Peak Flow (Fonte: Dados do autor). O maior valor de Pico de Fluxo Expiratório (PFE) de três manobras realizadas corretamente foi registrado e comparado com os valores previstos para pacientes normais de acordo com a altura. (ANEXO F). x Questionário/Entrevista Associado a investigação da função respiratória e baseado no artigo de Caiuby (2003), foi aplicado aos pacientes um Questionário/Entrevista composto por 18 questões fechadas e abertas, criado pelos autores da pesquisa, com o objetivo de se obter um amplo conhecimento do perfil social e familiar dos indivíduos em questão verificando-se a qualidade de vida destes. O Questionário/Entrevista contém assuntos como: identificação, grau de escolaridade, ocupação, tipo de moradia, patologias associadas a IRC, histórico familiar, independência na realização de atividades de vida diária e de lazer e prática de atividades físicas. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 4.5. Análise de dados: Após a coleta, os dados foram armazenados em um banco de dados do programa Excel para Windows®, de onde foram concluídas as tabelas e gráficos. Em tais dados ainda foram realizadas análises das médias e desvios padrões das médias e calculados os percentuais dos dados relativos às avaliações respiratórias e aos questionários/entrevistas. Posteriormente, foram construídos os gráficos de acordo com as tabelas mais expressivas. O teste t de Student para amostras independentes foi utilizado na análise comparativa dos dados referentes à manovacuometria e Pico Máximo de Fluxo Expiratório entre os grupos selecionados. Resultados que obtiveram p<0,005 nos testes estatísticos foram considerados significantes. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 5. RESULTADOS De um total de 110 pacientes que participam do programa de hemodiálise do Hospital Ophir Loyola (HOL) e da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV) da cidade de Belém, 15 renais crônicos compuseram a amostra estudada. Os 95 pacientes restantes não apresentaram condições favoráveis à metodologia da pesquisa. Neste estudo foram avaliados 15 pacientes de 40 a 60 anos, sendo 10 (66,66%) do sexo masculino e 5 (33,34%) do sexo feminino. Destes pacientes 6 (40%) eram procedentes de Belém e 9 (60%) procedentes do interior. A maioria dos pacientes (93,3%) eram aposentados e apenas 1 (6,6%) estava ativo no trabalho como comerciante autônomo (Tabela 01). A porcentagem das principais condições clínicas associadas a IRC estão na tabela 2, mostrando que 5 (33,3%) dos pacientes do sexo masculino e 4 (26,66) do sexo feminino apresentaram hipertensão arterial sistêmica (HAS); 5 (33,33%) do sexo masculino e 2 (13,33%) do sexo feminino apresentaram diabetes mellitus; e os pacientes que apresentaram dispnéia foram 6 (40%) do sexo masculino e 3 (30%) do sexo feminino. Na tabela 3 são encontrados dados da história familiar de IRC da amostra dos pacientes, sendo que 7 (46,6%) desses pacientes possuíam familiares com IRC e 8 (53,3%) não apresentaram casos de IRC na família. Dentre das complicações patológicas associadas a IRC temos as cardiopatias congênitas, as quais 8 (53,3%) dos pacientes da amostra apresentaram; as doenças Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. respiratórias de repetição alegradas por 6 (40%) pacientes da amostra; e doenças gastrointestinais apresentadas por 4 (26,6%) pacientes. Ficou evidenciado que 2 (13,33%) pacientes apresentaram outras complicações associadas a IRC, sendo estas a Síndrome de Alport e Lúpus Eritematoso Sistêmico; por outro lado, 5 (33,3) não apresentaram qualquer complicação patológica associada a IRC (Tabela 04). As condições sócio-culturais da amostra dos pacientes com IRC mostraram o grau de escolaridade e atividades de lazer desses pacientes, que foram os dados mais expressivos, onde 4 (26,6%) possuíam o 1º Grau completo e 7 (46,6%) o 1º Grau incompleto; 3 (20%) dos pacientes da amostra alegraram ter o 2º Grau completo e apenas 1(6,6%) apresentava o 2º Grau incompleto, sendo ausente o grau de escolaridade a nível superior. Já nas atividades de lazer, 10 (66,6%) visitavam parentes com freqüência; 4 (26,6%) desses pacientes costumavam passear em parques, praças, etc.; apenas 1 (6,6%) tinha o costume de ir a lanchonetes; 5 (33,3%) viajavam com freqüência e 3 (20%) referiram não possuir nenhuma atividade de lazer (Tabela 05). Na tabela 06 são encontrados os valores referentes à antropometria da casuística. A média e desvio padrão do peso foram de 67,75 + 11,41 quilogramas (kg), com mínima de 53kg e máxima de 94,9kg, altura de 1,68 + 4,48 metros (m), com mínima de 1,52m e máxima de 1,84m, Índice de Massa Corporal (IMC) de 24,21 + 4,48 kg/m², com mínima de 19 e máxima de 34,05 kg/m². A cirtometria considerou os níveis axilar, xifoidiano e abdominal. Para o nível axilar a média e desvio padrão foram de 2,70 + 0,84cm, para o nível xifoidiano foram de 2,57 + 1,13cm e abdominal foram de 2,27 + 1,31cm (Tabela 07). Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Na tabela 08 são apresentados os dados obtidos a partir da manovacuometria adquiridos na pesquisa de campo de acordo com o sexo dos pacientes e os valores preditos por Black & Hyatt (1969). Para o sexo masculino as médias para PImáx e PEmáx obtidos foram respectivamente -56,00 + 15,78 e 57,50 + 12,82, para o sexo feminino foram respectivamente de -52,00 + 31,94 e 46,00 + 32,09 (Tabela 8). Os dados da manovacuometria de acordo com o tempo de tratamento hemodialítico dos grupos selecionados (N1, N2 e N3), e os valores preditos por Black & Hyatt (1969) encontram-se na tabela 9. As médias e desvios padrões de PImáx e PEmáx no grupo N1 foram, respectivamente, -60,00 + 23,45 cmH2O e 54,00 + 20,74 cmH2O; no grupo N2 foram 60,00 + 20,00 cmH2O e 52,00 + 13,04 cmH2O; e no grupo N3 foram -44,00 + 20,74 cmH2O e 60,00 + 30,00 cmH2O. Na distribuição de Pico de Fluxo Expiratório (PFE) por sexo, observou-se a média e desvio padrão feminino e masculino que foram respectivamente 206 + 99,65 e 201,43 + 114,37 (tabela 10). Na tabela 11 os dados foram arranjados de forma a relacionar os valores obtidos de PFE entre os grupos selecionados e aqueles preditos por Godfrey et al (1970). As médias e desvios padrões do grupo N1 foram 190,00 + 67,82 L/min, do grupo N2 foram 210,00 + 126,89 L/min e do grupo N3 foram 200,00 + 95,13 L/min. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Tabela 1-Dados relativos ao sexo, faixa etária, procedência e ocupação da amostra dos pacientes com IRC. SEXO FAIXA ETÁRIA PROCEDÊNCIA OCUPAÇÃO MASC. FEM. 40- 50 anos 50- 60 anos Capital Interior Aposentado Trabalhando N 10 5 9 6 6 9 14 1 % 66,66 33,34 60 40 40 60 93,3 6,6 Fonte: Pesquisa de campo Tabela 2-Condições Clínicas associadas a IRC. HAS DIABETES MELLITUS NÃO DISPNÉIA NÃO NÃO MASC. FEM. APRESENTAM MASC. FEM. APRESENTAM MASC. FEM. APRESENTAM N 5 4 6 5 2 8 6 3 6 % 33,33 26,66 40 33,33 13,33 53,33 40 20 40 Fonte: Pesquisa de campo Tabela 3-Dados da história familiar de IRC da amostra dos pacientes com IRC. HISTÓRICO FAMILIAR N % PRESENTE 7 46,66 AUSENTE 8 53,33 Fonte: Pesquisa de campo Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Tabela 4-Outras complicações patológicas associadas a IRC. COMPLICAÇÕES N % Cardiopatias congênitas 8 53,33 Doenças respiratórias de repetição 6 40 Doenças gastrointestinais 4 26,6 Outras 2 13,33 Nenhuma 5 33,33 Fonte: Pesquisa de campo Tabela 5-Dados das condições sócio- culturais da amostra dos pacientes com IRC. GRAU DE ESCOLARIDADE N % 1º Grau completo 7 47 1º Grau incompleto 4 2º Grau completo N % Visita a parentes 10 66,7 27 Passeios (parques, zoológico, etc.) 4 26,6 1 6,6 Lanchonetes 1 6,6 2º Grau incompleto 3 20 Viagens 5 33,3 Grau superior 0 0 Não possui nenhuma atividade de lazer 3 20 Fonte: Pesquisa de campo ATIVIDADES DE LAZER Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Tabela 06-Dados Antropométricos dos Pacientes Portadores de Insuficiência Renal Crônica do HOL e FHCGV/Belém. DADOS ANTROPOMÉTRICOS Pacientes Peso (kg) Altura (m) IMC (kg/m²) Classif. Cole P1 80,7 1,54 34,05 Obesidade P2 53 1,67 19 Eutrófico P3 72 1,71 24,62 Eutrófico P4 69 1,75 22,53 Eutrófico P5 74 1,68 26,21 Sobrepeso P6 79,9 1,84 23,6 Eutrófico P7 50 1,63 18,86 Eutrófico P8 69 1,67 24,74 Eutrófico P9 56 1,52 24,45 Eutrófico P10 57 1,76 18,4 Eutrófico P11 63,4 1,71 21,68 Eutrófico P12 68,3 1,63 25,7 Sobrepeso P13 60 1,68 21,27 Eutrófico P14 94,9 1,7 32,83 Obesidade P15 72 1,69 25,2 Sobrepeso MÉDIA 67,95 1,68 24,21 DP(+) 11,41 0,10 4,48 Fonte: Pesquisa de campo. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Tabela 07-Dados de Cirtometria de Tórax dos Pacientes Portadores de Insuficiência Renal Crônica do HOL e FHCGV/Belém. CIRTOMETRIA TORÁCICA PACIENTES IDADE AXILAR (a-b)* XIFÓIDE (a-b)* ABDOMINAL (a-b)* P1 54 120,5-123,5 3,00 124,5-125,5 1,00 126-128,5 2,50 P2 60 90,5-92,5 2,00 83,5-86 2,50 90-92 2,00 P3 49 91,5-93,5 2,00 87-89,5 2,50 94-94,5 0,50 P4 45 87-89,5 2,50 88-91 3,00 92-95 3,00 P5 59 90,5-93,5 3,00 89,5-92,5 3,00 92,5-93,5 1,00 P6 56 107-110 3,00 102-105 3,00 105-106 1,00 P7 51 82,5-84-5 2,00 83,5-85 1,50 82-84 2,00 P8 40 90-94,5 4,50 89-94,5 5,50 85-87 2,00 P9 40 87-90,5 3,50 88-91 3,00 76-82 6,00 P10 48 92-94,5 2,50 94-96,5 2,50 96-97,5 1,50 P11 41 89-92 3,00 86-89 3,00 86-88 2,00 P12 59 101-103 2,00 93-96 3,00 106-108 2,00 P13 46 94-97 3,00 95-97 2,00 97-99 2,00 P14 49 113-114 1,00 111-111,5 0,50 114-117 3,00 P15 45 101-104,5 3,50 95-97,5 2,50 97,5-101 3,50 MÉDIA/DP 49,47 + 7,18 *(a-b) = Diferença. Fonte: Pesquisa de campo. 2,70 + 0,84 2,57 + 1,13 2,27 + 1,31 Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Tabela 08-Dados de Manovacuometria, distribuído por sexo de Pacientes Portadores de Insuficiência Renal Crônica do HOL e FHCGV/Belém. DADOS DE MANOVACOMETRIA Feminino Masculino Pi max Pi max Pe max Pe max P* A* P* A* PACIENTES P1 -76,46 -100 114,38 20 P2 -73,91 -50 109,23 P3 -77,99 -50 P4 -73,91 P5 -81,08 PACIENTES MÉDIA DP Pi max Pi max Pe max Pe max P* A* P* A* P6 -109,45 -40 205,17 70 60 P7 -116,05 -50 217,53 50 117,47 50 P8 -118,25 -60 221,65 70 -10 109,23 10 P9 -112,2 -40 210,32 60 -50 123,65 90 P10 -124,3 -90 232,98 40 P11 -122,65 -70 229,89 70 P12 -116,6 -50 218,56 40 P13 -120,45 -40 225,77 60 P14 -117,7 -60 220,62 70 P15 -116,05 -60 217,53 70 -76,67 -52 114,79 46 -117,49 -56 220 57,5 3,02 31,94 6,08 32,09 5,04 15,78 8,37 12,82 FONTE: Pesquisa de Campo. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Tabela 09-Dados de Manovacuometria, distribuído por Grupos dos Pacientes Portadores de Insuficiência Renal Crônica do HOL e FHCGV/Belém de acordo com o tempo de tratamento hemodialítico. DADOS DE MANOVACOMETRIA GRUPO N1 GRUPO N2 GRUPO N3 PACIENTES IDADE Pimax P* Pimax A* Pemax P* Pemax A* P1 54 -76,46 -100 114,32 20 P2 60 -109,45 -40 205,17 70 P3 49 -116,05 -50 217,53 50 P4 45 -118,25 -60 221,45 70 P5 59 -73,91 -50 109,23 60 MÉDIA / DP 53,40+6,43 -98,82+21,84 -60,00+23,45 173,54+56,73 54,00+20,74 PACIENTES IDADE Pimax P* Pimax A* Pemax P* Pemax A* P6 56 -112,2 -40 210,32 60 P7 51 -77,99 -50 117,47 50 P8 40 -124,3 -90 232,98 40 P9 40 -122,65 -70 229,89 70 P10 48 -116,6 -50 218,46 40 MÉDIA/ DP 47,00+7,00 -110,75+18,94 -60,00+20,00 201,82+48,02 52,00+13,04 PACIENTES IDADE Pimax P* Pimax A* Pemax P* Pemax A* P11 41 -120,45 -40 225,77 60 P12 59 -73,91 -10 109,23 10 P13 46 -117,7 -60 220,62 70 P14 49 -116,05 -60 217,53 70 P15 45 -81,08 -50 123,65 90 MÉDIA DP 48,00+6,78 -101,84+22,42 -44,00+20,74 179,36+57,74 60,00+30,00 P = Predita; A = Adquirida (Obtida). FONTE: Pesquisa de Campo. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Tabela 10-Dados de Pico de Fluxo Expiratório distribuído por sexo de Pacientes Portadores de Insuficiência Renal Crônica do HOL e FHCGV/Belém. DADOS DE PEAK FLOW Feminino PACIENTES Masculino Peak Flow PACIENTES Peak Flow P1 140 P6 300 P2 210 P7 160 P3 240 P8 140 P4 90 P9 420 P5 350 P10 140 P11 130 P12 120 P13 200 P14 160 P15 200 MÉDIA 206,00 201,43 DP 99,65 114,37 FONTE: Pesquisa de Campo. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Tabela 11-Dados de Pico de Fluxo Expiratório de Pacientes Portadores de Insuficiência Renal Crônica do HOL e FHCGV/Belém de acordo com o tempo de tratamento hemodialítico. DADOS DE PEAK FLOW PACIENTES GRUPO 1 GRUPO 2 GRUPO 3 Idade Estatura (m) PFE P* PFE A* P1 54 1,54 370 140 P2 61 1,67 497 300 P3 49 1,71 535 160 P4 45 1,75 554 140 P5 59 1,68 372 210 MÉDIA/ DP 53,60+6,69 1,67+0,08 465,60+88,77 190,00+67,82 PACIENTES Idade Estatura (m) PFE P* PFE A* P6 56 1,84 543 420 P7 51 1,63 368 240 P8 34 1,67 547 140 P9 37 1,52 519 130 P10 48 1,76 543 120 MÉDIA/ DP 45,20+9,36 1,68+0,12 504,00+76,83 210,00+126,89 PACIENTES Idade Estatura (m) PFE P* PFE A* P11 41 1,71 554 200 P12 59 1,63 368 90 P13 46 1,68 538 160 P14 49 1,7 535 200 P115 45 1,69 406 350 48+6,78 1,68+0,03 480,2+86,44 200+95,13 MÉDIA/ DP P = Predita; A = Adquirido (Obtido). FONTE: Pesquisa de Campo. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Gráfico 1- Dados de Sexo e Faixa Etária da amostra de pacientes com IRC. 66,66 60 70 Percentual % 60 40 50 33,34 40 30 20 10 0 Masculino Feminino Sexo 40-50 anos 50-60 Faixa Etária Fonte: Pesquisa de campo. Percentual % Gráfico 2 - Dados de Procedência e Ocupação da amostra dos pacientes com IRC. 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 93,3 60 40 6,7 Capital Interior Procedência Aposentado Trabalhando Ocupação Fonte: Pesquisa de campo. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Gráfico 3- Dados de Condições Clínicas associadas a IRC. 60 53,33 50 40 40 40 40 33,33 26,66 30 20 20 13,33 HAS DIABETES MELLITUS NÃO APRESENTAM FEM. MASC. NÃO APRESENTAM FEM. MASC. NÃO APRESENTAM 0 FEM. 10 MASC. Percentagem % 33,33 DISPNÉIA Fonte: Pesquisa de campo. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Gráfico 4- Dados de outras complicações patológicas associadas a IRC. 53,33 60 Percentual % 50 40 40 33,33 26,6 30 20 Outras Doenças gastrointestinais Doenças resp. de repetição Cardiopatias congênitas 0 Nenhuma 6,6 10 Fonte: Pesquisa de campo. Gráfico 5- Dados das condições sócio- culturais da amostra dos pacientes com IRC. 70 66,66 50 33,33 40 26,6 30 20 20 Não possui nenhuma atividade de lazer Viagens Passeios (parques, zoológico, etc.) 0 Lanchonetes 6,6 10 Visita a parentes Percentual % 60 Fonte: Pesquisa de campo. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Gráfico 6- Dados antropométricos dos pacientes portadores de IRC. 67,95 70,00 60,00 40,00 24,21 30,00 20,00 1,68 10,00 0,00 Peso (kg) Altura (m) IMC (kg/m²) Fonte: Pesquisa de campo. Gráfico 7- Dados da Manovacuometria do Grupo N1. 173,54 200 150 100 Valores Valores 50,00 54 50 0 -50 -100 -98,82 Pimax P* -60 Pimax A* Pemax P* Pemax A* Fonte: Pesquisa de campo. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Gráfico 8- Dados da Manovacuometria do Grupo N2. 201,82 250 200 150 52 Valores 100 50 0 -50 -110,75 -60 -100 -150 Pimax P* Pimax A* Pemax P* Pemax A* Fonte: Pesquisa de campo. Gráfico 9- Dados da Manovacuometria do Grupo N3. 179,36 200 150 Valores 100 60 50 0 -44 -50 -101,84 -100 -150 Pimax P* Pimax A* Pem ax P* Pemax A* Fonte: Pesquisa de campo. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Gráfico 10- Dados do Pico de Fluxo Expiratório do Grupo N1. 465,6 500 Valores 400 300 190 200 100 0 PFE P* PFE A* Fonte: Pesquisa de campo. Gráfico 11- Dados do Pico de Fluxo Expiratório do Grupo N2. 504 600 Valores 500 400 210 300 200 100 0 PFE P* PFE A* Fonte: Pesquisa de campo. Gráfico 12- Dados do Pico de Fluxo Expiratório do Grupo N3. 480,2 500 Valores 400 300 200 200 100 0 PFE P* PFE A* Fonte: Pesquisa de campo. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 6. DISCUSSÃO A presente pesquisa traçou um perfil da função respiratória de 15 pacientes portadores de IRC, onde se utilizou a avaliação respiratória concomitantemente com testes específicos como manovacuometria (PImáx e PEmáx), Pico de Fluxo Expiratório (PFE), mensuração antropométrica e aplicação de questionário/entrevista. A relação quantitativa da distribuição entre sexos dos portadores de IRC foi predominante em sexo masculino com aproximadamente 66%, corroborando com dados contidos na literatura que refere ao Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) de 2004, onde foi observado predominância de aproximadamente 57%. Com relação à idade, houve uma predominância de pacientes na faixa entre 40 - 50 anos, faixa etária essa predominante a nível nacional segundo dados epidemiológicos de Romão (2004) publicado na SBN. Com relação à procedência, pode-se observar que 60% dos pacientes eram provenientes de cidades interioranas do estado do Pará, o mesmo foi revelado no estudo de Godinho (2006) realizado no estado da Bahia, onde 52% dos pacientes não eram moradores da capital do estado. Nossos resultados revelam que o HOL e a FHCGV são referências para uma elevada quantidade de pacientes procedentes do interior da Pará, que, muitas vezes, são referidos em situação emergencial para estes hospitais, retratando a precária situação da saúde em diversos municípios paraenses, principalmente no que diz respeito ao tratamento de pacientes renais. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. O diagnóstico de IRC para muitos desses pacientes implica na necessidade de se mudar para uma cidade próxima a unidades de diálise, podendo agravar ainda mais a situação social desta população. Neto et al (2000) afirmam que existem poucas informações sobre a qualidade de vida de pacientes com IRC em tratamento dialítico por períodos mais prolongados em nosso meio. No estudo desses autores foi observado importante comprometimento das condições físicas e emocionais dos pacientes renais crônicos. Pode-se observar ainda a predominância de pacientes que possuem o 1º Grau completo (47%) comparado aos outros níveis de escolaridade. Por outro lado, nenhum paciente da amostra possuía nível superior. Caiuby (2003) relata que os pacientes com maior escolaridade podem possuir recursos intelectuais capazes de gerar melhor adaptação emocional às conseqüências da doença renal crônica e do tratamento. Considerando isto, pode-se constatar que o tratamento também repercute de forma negativa nas condições emocionais frente à hemodiálise. Em nossos resultados ainda podemos constatar que aproximadamente 93% dos pacientes incluídos na amostra eram aposentados. Para Abrantes (2004), o aumento no numero de pacientes com IRC acarreta maior numero de internações e redução na capacidade de trabalho, culminando em aposentadorias precoces por invalidez. Em seu estudo, Cesarino (2004) afirma que a IRC associada ao tratamento hemodialítico provoca alterações físicas que constituem fatores limitantes em atividades rotineiras desses pacientes, como o isolamento social, caracterizado pela parcial impossibilidade de locomoção em razão do estado clínico geral, impossibilidade de passeios e viagens prolongadas em razão da periodicidade das sessões de hemodiálise. No nosso estudo Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. foi possível confirmar esses dados, onde apenas 26,6% dos pacientes realizam passeios e 33,3% fazem viagens periodicamente. Segundo o Censo de 2006 da Sociedade Brasileira de Nefrologia, 25% dos pacientes em programas dialíticos do Norte são diabéticos. Em nosso estudo, aproximadamente 47% dos pacientes apresentavam Diabetes Mellitus (DM). Em relação aos dados referentes à Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), no estudo de Godinho et al (2006) a prevalência foi de 81%, enquanto que no presente estudo a prevalência foi de 60%. No mesmo estudo, Godinho e colaboradores ainda mostram que mais de 75% dos pacientes não sabiam que DM ou HAS causam doença renal e que passa a ter consciência da doença renal apenas quando está prestes a iniciar o tratamento dialítico. Existem evidências, na literatura, mostrando que os pacientes em hemodiálise apresentam diversas complicações associadas. Barros et al (2005) em seu estudo sobre indicadores da morbidade em pacientes renais crônicos revela que as doenças cardiovasculares são as que mais contribuem para compor o índice de gravidade da doença renal. Em nosso estudo, 53,33% dos pacientes apresentam doenças coardiovasculares, o que indicou a predominância desse tipo de complicação quando comparada as do sistema respiratório (40%), gastrointestinais (23,3%), entre outras. Foi observado ainda que somente 33,33% da amostra estavam isentos de complicações associadas à IRC e hemodiálise. Em relação ao Índice de Massa Corporal nossos resultados obtiveram média de 24,21 + 4,48 kg/m2. Com base em dados epidemiológicos recomenda-se que o IMC para pacientes em hemodiálise seja mantido o equivalente a média de 23,8 kg/m2, segundo Oliveira (2002). Os indicadores antropométricos para avaliação clínica de pacientes adultos mantidos em hemodiálise, sugerem que o IMC deva ser calculado levando-se em consideração a Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. porcentagem do peso corporal ideal que obedece a seguinte fórmula: % Peso Corporal Ideal= [(Peso atual/ Peso ideal) x 100]. Entretanto os dados obtidos neste estudo levaram em consideração as recomendações feitas pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (2005). Oliveira (2002) justifica a utilização da fórmula, devido os paciente renais crônicos apresentarem acúmulo de líquido (edema) alterando seu peso real, sendo este obtido após a sessão de diálise. Kamimura (2004), afirma que a desnutrição em pacientes com IRC apresenta estreita relação com a morbidade e mortalidade. Em nosso estudo nenhum paciente apresentava IMC menor que 18,5 (magreza). Por outro lado, Kamimura (2004) cita alguns estudos sugerindo que o excesso de peso, considerado um fator de risco para mortalidade em indivíduos saudáveis, apresenta uma influência positiva na sobrevida dos pacientes em hemodiálise. Na amostra analisada em nosso estudo foi observado que 6,43% dos pacientes estavam com IMC indicando obesidade grau I e 6,53% indicando obesidade grau II. Comparando os resultados obtidos através da cirtometria torácica observou-se que os pacientes apresentaram maior mobilidade a nível xifoidiano (2,57 + 1,13), confirmando os dados de Cury (2004), em um estudo realizado que definiu a mobilidade tóraco-abdominal para adultos jovens e idosos. Referindo-se a anamnese e ao exame físico, estes forneceram elementos que subsidiassem os critérios de inclusão por nós adotados, visto que nenhuma alteração importante foi detectada na realização dos exames que pudessem comprometer o sistema respiratório e/ou influenciar nos parâmetros avaliativos utilizados no estudo. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Nossos estudos evidenciaram a não existência de diferença estatisticamente significativa ao compararmos os dados obtidos através da avaliação respiratória de indivíduos portadores de IRC de acordo com o tempo de tratamento hemodialítico. Em relação ao sexo dos pacientes, quando comparamos os valores obtidos na avaliação da força muscular respiratória máxima de acordo com os preditos, observamos que tanto as mulheres quanto os homens apresentam uma redução dos valores de PImáx e PEmáx, sendo esta redução mais expressiva entre os homens. Alguns estudos mostram uma maior diferença entre os sexos. Plentz (2001) cita em seu estudo que há diferença entre os valores de PImáx entre homens e mulheres, porém sem significância estatística. E quanto a PEmáx o mesmo autor observou que houve uma pequena diminuição nos valores pós-hemodiálise para os homens e que para mulheres não houve variação. Em um outro estudo Plentz (2005) relata que a hemodiálise é capaz de melhorar as respostas de força muscular respiratória em mulheres, o que não foi observado nos homens, havendo até mesmo uma diminuição dos valores de PImáx e PEmáx destes. Apesar dos dados não terem apresentado significância (p= 0,045), o Grupo 3 (pacientes que iniciaram hemodiálise há 72 meses) apresentou uma PImáx menor do que o Grupo 1 (pacientes que iniciaram hemodiálise até 12 meses) mostrando que houve uma redução em relação à força muscular inspiratória (PImáx) com o passar do tempo de tratamento, concordando com o estudo de Santos (2004). Já Plentz (2001) em seu estudo onde avaliou a força muscular respiratória antes e após a sessão de hemodiálise de vinte e nove pacientes de ambos os sexos com idade variando de 24 a 59 anos, observou que tanto para os homens quanto para as mulheres houve uma Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. melhora da PImáx após a hemodiálise, porém não estatisticamente significativa, assim como Weiner et al (1997) que avaliaram a PImáx de vinte e um pacientes com IRC e concluíram que há uma melhora nos valores de PImáx após a hemodiálise. Os valores da força muscular expiratória (PEmáx) aumentaram sem significância com o tempo de tratamento, pois a média dos valores do Grupo 3 mostrou-se aumentada se comparada com os outros dois grupos, descordando de Santos (2004) e Plentz (2001) que citam em suas pesquisas uma pequena diminuição dos valores de PEmáx , não sendo significativo para Plentz (2001). No estudo de Forti (2002) dezesseis portadores de IRC, mantidos em hemodiálise três vezes por semana foram submetidos a uma avaliação respiratória antes e após a sessão de hemodiálise, sendo medidas as pressões respiratórias máximas, o volume corrente, volume minuto, capacidade vital, pico de fluxo expiratório e o cálculo da mecânica respiratória por meio do Índice de Tobin. Após analisar os dados foi observado que o valor das variáveis respiratórias medido, apresentou diferença significativa, sugerindo que a hemodiálise não interfere nas condições respiratórias dos pacientes estudados. Quando comparado com os valores preditos, conforme Black e Hyatt (1969) (ANEXO E), os dados da PImáx e PEmáx dos 3 grupos apresentaram-se reduzidos, concordando com o estudo de Forti (2004) que obteve diferença estatisticamente significativa. Nossos resultados estão de acordo com os obtidos por Davenport e Williams (1988) e Forti (2002) que encontraram diferença para o Pico de Fluxo Expiratório, estando este diminuído nos pacientes de ambos os sexos portadores de IRC que realizam hemodiálise. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Comparando nossos dados com os valores preditos por Godfrey et al (1970) (ANEXO F), constatamos que tanto os homens quanto as mulheres apresentaram uma diminuição do Pico de Fluxo Expiratório, sendo que os homens alegraram uma redução mais expressiva. Analisando o Pico de Fluxo Expiratório entre os grupos, obtivemos uma pequena diferença nos valores, sendo que o grupo N2 apresentou o maior valor (média de 210,00 + 126,89) e o grupo N1 o menor valor (média de 190,00 + 67,82), o que nos fez perceber que o tempo de hemodiálise não interfere na permeabilidade das vias aéreas. Ainda em relação ao Peak Flow, Davenport e Willians (1988) relatam que não há um valor que determine o que é ou não um grau de obstrução das vias aéreas nestes grupos, uma vez que ele depende da idade, sexo e altura. Em relação aos dados do Peak Flow de cada paciente, observou-se uma diminuição destes, quando comparados aos valores preditos. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. 5. CONCLUSÃO De acordo com os resultados apresentados pôde-se traçar o perfil sócio-cultural da amostra, onde constatamos que se trata de uma população com baixa escolaridade e que apresentam fatores limitantes nas atividades diárias e rotineiras, sendo a maioria proveniente do interior do Pará, e que alegram diversas complicações associadas a Insuficiência Renal Crônica. Dentro das condições experimentais utilizadas, os dados obtidos levam-nos a aceitar que os valores coletados afirmam a hipótese de que o procedimento hemodialítico interfere no sistema respiratório dos pacientes com Insuficiência Renal Crônica. Embora estatisticamente os dados não apresentarem significância quando comparados entre os grupos selecionados considerando a relação tempo X debilidade. Desta forma, o fisioterapeuta terá um papel importante na reabilitação dessa população. Sendo este capacitado para avaliar e tratar as alterações respiratórias provenientes da IRC associada à hemodiálise. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. REFERÊNCIAS 1. ABRANTES, G. et al. Avaliação da condição psicossocial e qualidade de vida em indivíduos com Insuficiência renal crônica submetidos a programa de exercício físico durante a hemodiálise. Anais- XII Simpósio Internacional de Fisioterapia Respiratória. Rev. Bras. Fisioterapia. set. 2004; 2. AZEREDO, C. A. Fisioterapia Respiratória Moderna: Aplicada e Revisada. 4ªed. São Paulo: Manole, 2002; 3. BARBOSA, W.B. Qualidade de vida dos pacientes com insuficiência renal crônica. Disc. Scientia. Série: Cienc. Biol. e da Saúde, Santa Maria, v.1, n.1, 2000; 4. BARROS, E.; MORSCH, C.; GONÇALVES, L. F. Índice de gravidade da doença renal, indicadores assistenciais e mortalidade em pacientes em hemodiálise Rev. Assoc. Med. Bras. v. 51 n. 5 São Paulo set./out. 2005; 5. BASTOS, M.G. et al. Doença renal crônica: Problemas e soluções. Jornal brasileiro de nefrologia, v. XXVI, n.4, dez. 2004; 6. 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Avaliação cardiorrespiratória dos portadores de Insuficiência Renal Crônica submetidos à hemodiálise. Anais- XII Simpósio Internacional de Fisioterapia Respiratória. Rev. bras. Fisioterapia, set. 2004; 41. TASKAPAN, H. et al. Interdialytic weight gain and pulmonary membrane diffusing capacity in patients on hemodialysis. Int Urol Nephrol, v.36, n. 4, 2004; 42. WEINER, P.; ZIDAN, F.; ZONDER, H.B. Hemodialysis Treatment May Improve Inspiratory Muscle Strenght and Endurence. Isr J. Med. Sci. v. 33, 1997; 43. _______. Cálculo do Índice de Massa Corporal- IMC. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia-Abem. Disponível: www.endocrino.org.br. Acessado em: 12 de março de 2006; 44. _______. Disponível: www.klickeducacao.com.br. Acessado em: 20 de agosto de 2006; 45. _______. Disponível: www.asmabronquica.com.br Acessado em: 15 de abril de 2006. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. APÊNDICES Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. APÊNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE Você está sendo convidado(a) a participar, como voluntário(a), da pesquisa – REPERCUSSÕES DA HEMODIÁLISE NA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA DE PACIENTES RENAIS CRÔNICOS. Os avanços na área da saúde ocorrem através de estudos como este, por isso a sua participação é importante. Sua participação não é obrigatória, e, a qualquer momento, você poderá desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador(a) ou com a instituição. Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e endereço do pesquisador(a) principal, podendo tirar dúvidas do projeto e de sua participação. No caso de você concordar em participar, favor assinar ao final do documento. NOME DA PESQUISA: Repercussões da Hemodiálise na Função Respiratória de Pacientes Portadores de Insuficiência Renal Crônica PESQUISADOR(A) RESPONSÁVEL: Manoel Gionovaldo Freire Lourenço TELEFONE: 9632 7449/ 3223 4974 PESQUISADORES PARTICIPANTES: Lilianne de Oliveira Queiroz e Rodolfo Gomes do Nascimento OBJETIVOS: Geral: Identificar e analisar as repercussões da Hemodiálise na função respiratória de pacientes portadores de Insuficiência renal crônica. Específicos: 1. Coletar dados que caracterizem a função respiratória de um grupo de portadores de Insuficiência Renal Crônica, através de um protocolo de avaliação específicas do sistema respiratório. 2. Analisar as repercussões da Hemodiálise nas variáveis: Pressões respiratórias máximas (Força muscular), Pico de fluxo expiratório, Mobilidade torácicoabdominal (cirtometria torácica) e Índice de Massa Corporal em um grupo de portadores de IRC. 3. Aplicar questionário/entrevista aos portadores para traçar um perfil socioeconômico, fazendo uma abordagem sobre a história de doenças respiratórias prévias e/ou associação a outras patologias. PROCEDIMENTOS DO ESTUDO: Inicialmente, serão utilizados procedimentos avaliativos com os seguintes instrumentos: Avaliação Fisioterapêutica Pneumofuncional, composta por exame do tórax (inspeção, palpação, percussão, ausculta pulmonar e cirtometria), Índice de massa Corporal, medida do Pico de Fluxo Expiratório e Força Muscular Respiratória. Posteriormente, será aplicado um questionário/ entrevista ao paciente. RISCOS E DESCONFORTOS: Não oferece nenhum risco aos participantes da pesquisa. CUSTO/REEMBOLSO PARA O PARTICIPANTE: Não haverá nenhum gasto com sua participação. As consultas, exames, tratamentos serão totalmente gratuitos, não recebendo nenhuma cobrança com o que será realizado. Você também não receberá nenhum pagamento com a sua participação. Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. CONFIDENCIALIDADE DA PESQUISA: A pesquisa seguirá os aspectos éticos estabelecidos na resolução 196/1996 do CNS (Conselho Nacional de Saúde), que define os critérios bioéticos da pesquisa em seres humanos. Sua identidade será preservada, não havendo publicação de seus dados pessoais. Assinatura do Pesquisador Responsável: ____________________________________ CONSENTIMENTO DE PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COMO SUJEITO Eu, , declaro que li as informações contidas nesse documento, fui devidamente informado(a) pelos pesquisadores(as) - Lilianne de Oliveira Queiroz e Rodolfo Gomes do Nascimento - dos procedimentos que serão utilizados, riscos e desconfortos, benefícios, custo/reembolso dos participantes, confidencialidade da pesquisa, concordando ainda em participar da pesquisa. Foi-me garantido que posso retirar o consentimento a qualquer momento, sem que isso leve a qualquer penalidade. Declaro ainda que recebi uma cópia desse Termo de Consentimento. Belém, de de _______________________________ Assinatura do paciente . Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. APÊNDICE B - Consentimento do Uso de Imagens. Eu,___________________________________________________, autorizo a utilização de minhas imagens fotográficas para fins de ilustração do procedimentos referentes à Avaliação de Função Respiratória presentes na pesquisa intitulada: “Repercussões da Hemodiálise na Função Respiratória de pacientes portadores de Insuficiência Renal Crônica”, devendo as imagens serem publicadas apenas para esse fim. Declaro ainda que recebi uma cópia desse Termo de Consentimento. Belém,____de______________de_______. ______________________________ Assinatura do paciente ou responsável Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. APÊNDICE C – Ficha de Avaliação Fisioterapêutica Pneumofuncional. Data:___/___/___ 1. IDENTIFICAÇÃO Nome:___________________________________________________ Idade:__________ Estado civil:____________________ Ocupação:________________ Cidade:_________ End.: __________________________________________________ Tel.:_____________ Diagnóstico clínico:_______________________________________ 2. ANTECEDENTES QP:___________________________________________________________________ HDA:_____________________________________________________________________ HF:___________________________________________________________________ HPP:_______________________________________________________________________ _________________________________________________________________ Medicamentos: _________________________________________________________ Tabagismo: ( ) Não ( ) Sim ----- ( ) Cig/dia ( ) Tempo/tabag. ( ) Tempo/parado Diabetes: ( ) Não ( ) Sim Tipo?_____________ HAS: ( ) Não ( ) Sim Tempo? __________________ Tempo? __________________ Outras doenças associadas: ________________________________________________ 3. EXAME FÍSICO Peso: ___________ Sinais Vitais: FR _____ irpm Altura: ____________ FC______ bpm IMC: ____________ PA ________ cmHg Estado Geral: ___________________________________________________________ Tosse/ Expectoração: ( ) Não ( ) Sim Dispnéia: ( ) Não ( ) Sim Quantidade (15ml)/ cor?________________ Quando?____________________________________ Inspeção: Cabeça/ Pescoço:________________________________________________________ Tórax imóvel: __________________________________________________________ Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Tipo: ( ) Normal ( ) Tonel ( ) Abaulamentos ( ) Pectus carinatum ( ) Retrações ( ) Pectus escavatum ( ) Outras deformidades ( ) Tiragens Qual (is)?__________________________________________________ Tórax móvel: ___________________________________________________________ Amplitude respiratória ( ) Bradpnéico Padrão respiratório: ( ) Costal alto Extremidades: ( ) Eupnéico ( ) Taquipnéico ( ) Costodiafragmático Edema ( ) Não ( ) Sim ------- ( ) Abdominal Cianose ( ) Não ( ) Sim Perfusão ( ) Boa ( ) Mal Palpação: Cabeça/ Pescoço:________________________________________________________ Tórax: _________________________________________________________________ Ausculta Pulmonar: ______________________________________________________ Frêmito Tóraco-vocal:____________________________________________________ Percussão torácica:_______________________________________________________ 4. EXAMES COMPLEMENTARES ______________________________________________________ Data: ___/___/___ ______________________________________________________ Data: ___/___/___ 5. MONITORIZAÇÃO PARÂMETRO Peak Flow (L/min) VALORES Pimáx (cmH2O) Pemáx (cmH2O) Insp. Máx Exp. Máx Cirtometria Amplitude Axilar (AAx) Amplitude Xifoidiana (AXf) Amplitude Abdominal (AAb) Avaliador responsável: _____________________________________________________ Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. APÊNDICE D - Questionário/Entrevista ao Paciente. IDENTIFICAÇÃO: Nome: _____________________________________________________ Idade: _____ Sexo: ( M ) ( F ) Data de Nasc. ___/___/______ Naturalidade: ________________ Endereço: ______________________________________________________________ Tipo de Moradia: ________________________________________________________ Com quem mora: ________________________________________________________ Ocupação: _____________________________________________________________ Grau de Escolaridade: ( ) 1º Grau Incompleto; ( ) 1º Grau Completo; ( ) 2º Grau Incompleto; ( ) 2º Grau Completo; ( ) Curso Superior Incompleto; ( ) Curso Superior Completo; Faz alguma atividade física com freqüência? ( ) Não ( ) Sim Se sim, com que freqüência? ( ) 2 vezes na semana; ( ) 3 vezes na semana; ( ) Todos os dias; Quais atividades de lazer que mais realiza? ( ) Visita a parentes; ( ) Passeios (parques, zoológicos, etc.); ( ) Lanchonetes; ( ) Viagens; ( ) Não possuo nenhuma atividade de lazer; Fica doente com freqüência? ( ) Não costumo adoecer mais do que as pessoas do meu ambiente familiar; ( ) Tenho facilidade de contrair doenças, se comparado aos meus familiares; Possui outros casos de Insuficiência Renal na família: ( ) Não ( ) Sim Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Possui alguma das complicações orgânicas associadas abaixo? ( ) Cardiopatias Congênitas; ( ) Doenças Gastrointestinais; ( ) Doenças Respiratórias de Repetição; ( ) Nenhuma; ( ) Outras: ______________________________________________________; Fez uso de outro tipo de tratamento? ( ) Sim ( ) Não Qual?_____________________________ No ultimo ano, teve pelo menos 3 episódios de infecção respiratória aguda? ( ) Não ( ) Sim Qual das seguintes atividades abaixo consegue realizar com total independência? ( ) Alimentar-se; ( ) Vestir-se; ( ) Escovar os dentes; ( ) Tomar banho; ( ) Usar o sanitário; ( ) Nenhuma (Sempre preciso de ajuda para realizar as atividades acima). Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. ANEXOS Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. ANEXO A - Autorização do Orientador. UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA-UNAMA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE-CCBS CURSO DE FISIOTERAPIA DECLARAÇÃO Eu, Manuel Gionovaldo Freire Lourenço, aceito “REPERCUSSÕES DA HEMODIÁLISE orientar o trabalho intitulado NA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA DE PACIENTES PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA”, de autoria dos alunos Lilianne de Oliveira Queiroz e Rodolfo Gomes do Nascimento, declarando ter total conhecimento das normas de realização de Trabalhos Científicos vigentes, segundo o Manual de Orientação de Trabalhos Científicos do Núcleo de Pesquisa e Extensão da Universidade da Amazônia para 2005. Declaro ainda ter conhecimento do conteúdo do anteprojeto ora entregue para qual dou meu aceite pela rubrica das páginas. Belém – Pará, ____ de _____________de _______. __________________________________ Manuel Gionovaldo Freire Lourenço- Orientador do Projeto Assinatura e carimbo Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. ANEXO B – Autorização dos Locais da Pesquisa. Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV) Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. Hospital Ophir Loyola (HOL) Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. ANEXO C – Autorização do Comitê de Ética em Pesquisa (FHCGV). Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. ANEXO D - Classificação do Grau de Obesidade a partir do Índice de Massa Corporal (2005). IMC Classificação Obesidade (grau) Menor que 18,5 Magreza 0 Entre 8,5 e 24,9 Normal 0 Entre 25 e 29,9 Sobrepeso I Entre 30 e 39,9 Obesidade II Maior que 40 Obesidade Grave III FONTE: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (online, 2005). Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. ANEXO E - EQUAÇÃO PARA CÁLCULO DE PRESSÃO RESPIRATÓRIA MÁXIMA. Equações de predição e limites inferiores do normal para pressões inspiratórias e expiratórias em cmH2O. Pimáx Pemáx Média predita (cmH2O) Média predita (cmH2O) H = 143 – (0,55 x IDADE) H = 268 – (1,03 x IDADE) M = 104 – (0,051 x IDADE) M = 170 – (0,53 x IDADE) FONTE: BLACK; HYATT (1969) Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only. ANEXO F – Valores de Referência para Pico de Fluxo Expiratório. (Fonte:www.asmabronquica.com.br) Generated by Foxit PDF Creator © Foxit Software http://www.foxitsoftware.com For evaluation only.