TIMPANOMETRIA: Avalia a mobilidade tímpano­ossicular em resposta a variações na pressão no meato acústico externo. Durante a avaliação pressórica é introduzido um tom puro de 226Hz na orelha e a quantidade de som refletido pela membrana timpânica é então medida. Inicia­se o exame com a introdução de uma sonda numa das orelhas e a colocação de pressão de +200daPa e o conjunto tímpano­ossicular é deslocado medialmente e a membrana timpânica fica enrijecida (máxima reflexão). A pressão é reduzida gradualmente até q. O conjunto tímpano­ossicular é deixado em sua posição habitual e a membrana timpânica atinge seu ponto de relaxamento máximo. A representação é o pico da curva timpanométrica que vemos nos timpanogramas. Depois a pressão de torna negativa, lateralizando a membrana timpânica até que a rigidez se faz novamente presente. Há cinco tipos de curvas timpanométricas Curva tipo A: A pressão do pico de máxima complacência é por volta de zero daPa em indivíduos normais. Curva tipo As: “Curva de rigidez”, seu pico encontra­se em torno de zero daPa, semelhante a curva A, mas com volume reduzido, tornando­a mais baixa. Encontrada em indivíduos com Otosclerose ou membranas espessas. Curva tipo Ad: “Curva flacidez”, seu pico encontra­se em torno de zero daPa, porém, sua complacência ultrapassa o valor máximo de normalidade. Encontrado em casos de disjunção de cadeia ou com membrana timpânica flácida. Curva tipo B: Ausência de ponto máximo de complacência, não forma pico. Encontrada em Otite Média Secretora. Curva tipo C: Seu pico de máxima complacência está deslocado para mais de ­ 100daPa e é encontrada em casos de Ddisfunção Tubária. Importante: Sempre realizar meatoscopia antes da realização para detectar a presença de algum comprometimento que impeça a realização do exame, ocasionando falsos resultados. COMPLIÂNCIA ESTÁTICA: A complacência estática mede a mobilidade da orelha média, onde fatores como massa, rigidez e resistência atuam facilitando ou impedindo o seu movimento e é medida em termos de volume equivalente ­ em
mililitros (ml) ­ fornecendo informações que vêm auxiliar as outras medidas. Quanto maior a mobilidade, maior a altura do pico; quanto menor a mobilidade, menor a altura do pico. É obtida por meio do cálculo da diferença entre outras duas medidas: o volume da orelha externa e o volume da orelha externa mais o volume da orelha média. Os valores entre 0,3 e 1,3 ml foram definidos como padrão de normalidade para compliância estática. A membrana timpânica deve estar em seu maior repouso para não refletir a pressão sonora colocada no meato. REFLEXO ACÚSTICO DO MÚSCULO ESTAPEDIANO: A medida do reflexo do músculo estapediano é a constatação de sua contração reflexa induzida por uma estimulação sonora, sendo que pode ser registrado ipsi ou contralateral. Na via ipsilateral e contralateral o som apresentado na orelha testada percorre o seguinte caminho: Exemplo da via do r eflexo acústico ipsilater al da orelha direita Or elha dir eita Orelha esquer da Sonda Fone OE OM mm OM OI NC NF TE NC NF OI OM mm OM
Legenda: OE: Orelha externa; OM: Orelha média; OI: Orelha interna; NC: Núcleo coclear no tronco encefálcio; TE: Tronco encefálico alto; NF: Nervo facial; mm OM: músculos da orelha média. Via aferente; Via eferente. OE Exemplo da via do r eflexo acústico contralateral da orelha esquer da Or elha dir eita Esquer da Or elha Sonda Fone OE OM mm OM OI NC NF TE NC NF OI OM mm OM
Legenda: OE: Orelha externa; OM: Orelha média; OI: Orelha interna; NC: Núcleo coclear no tronco encefálico; TE: Tronco encefálico alto; NF: Nervo facial; mm OM: músculos da orelha média. Via aferente; Via eferente. A orelha com fone que recebe o estímulo acústico para desencadear o reflexo é tida como aferente e a orelha com sonda, onde captamos o reflexo, é eferente. As medidas do reflexo contralateral referem­se à orelha na qual é fornecido o estímulo acústico. Se o reflexo é medido na própria orelha estimulada é ipsilateral, e se medido na orelha oposta é contralateral. Os reflexos são pesquisados com a pressão no ponto máximo de compliância. Deve ser verificada qual a intensidade mínima que desencadeia 50% das vezes o reflexo estapédio para cada frequência testada (500Hz, 1kHz, 2kHz e 4kHz). O reflexo em indivíduos normais é obtido entre 70 e 90dB acima do seu limiar. Podem influenciar a resposta desse reflexo: perda auditiva condutiva como, Otosclerose, Disjunção da cadeia ossicular ou Otite. OE 
Download

COMPLIÂNCIA ESTÁTICA: - Saúde Auditiva Brasil