SCD / DMED Emis.: Jun/2004 Rev.: Jan/2011 NTC 910900 Vers.: Jan/2011 EQUIPOTENCIALIZAÇÃO EM INSTALAÇÕES PREDIAIS (Recomendações) 1 – Objetivo Apresentar, de forma resumida, as orientações contidas na NBR 5410:2004 que prescrevem sobre a equipotencialização das partes vivas de instalações prediais. Salientar sobre a revisão da citada norma, que reforça e amplia os conceitos relativos ao assunto e que deverão ser atendidos na elaboração de projetos. 2 – Princípios Básicos Os itens 5.1.2.2.3.1 a 5.1.2.2.3.5, da NBR 5410 estabelecem os princípios básicos da equipotencialização: 5.1.2.2.3.1 – Todas as massas de uma instalação devem estar ligadas a condutores de proteção. 5.1.2.2.3.2 – Em cada edificação deve ser realizada uma equipotencialização principal e tantas suplementares quantas forem necessárias. 5.1.2.2.3.3 – Todas as massas da instalação situadas em uma mesma edificação devem estar vinculadas à equipotencialização principal da edificação e a um mesmo e único eletrodo de aterramento. 5.1.2.2.3.4 – Massas simultaneamente acessíveis devem estar vinculadas a um mesmo eletrodo de aterramento. 5.1.2.2.3.5 – Massas protegidas contra choques elétricos por um mesmo dispositivo, dentro das regras da proteção por seccionamento automático da alimentação, devem estar vinculadas a um mesmo eletrodo de aterramento. 3 – Barramento de Equipotencialização Principal - BEP Barramento único ao qual são ligados eletricamente os seguintes elementos: a) . Massas estruturais da edificação (armaduras de concreto armado e outras estruturas metálicas) b) . Massas das utilidades: tubulações metálicas de água, gás, esgoto etc, (obs: tubulações de gás exigem inserção de luva isolante). c) . Condutores metálicos de linha de energia e de sinal que entram e/ou saem da edificação. d) . Blindagens, armações, coberturas e capas metálicas de cabos das linhas de energia e de sinal. e) . Condutores de proteção das linhas de energia e de sinal que entram e saem da edificação. f) . Condutores de interligação provenientes de eletrodos de aterramento de edificações vizinhas, no caso em que essa interligação for necessária ou recomendável. g) . Condutores de interligação provenientes de outros eletrodos de aterramento porventura existentes ou previstos no entorno da edificação. h) . Condutor neutro da alimentação elétrica, salvo se não existente ou se a edificação deva ser alimentada em esquema TT ou IT, (verificar item 4.2.2.da NBR 5410). i) . Condutor de proteção principal da instalação elétrica (interna) da edificação. j) . Barramentos suplementares. 4 - Localização do Barramento de Equipotencialização Principal O projeto da edificação deverá prever a existência do barramento de equipotencialização principal, localizado junto ou o mais próximo possível da Caixa Seccionadora ou do equipamento de proteção geral das instalações (QDP – quadro de proteção principal) ou do centro de medição, o que estiver mais próximo do Ponto de Entrada. Se o projeto prever mais de um centro de medição, em uma mesma edificação, junto a cada um destes centros, deverão ser previstos barramentos suplementares, que por sua vez serão interligados ao BEP. De acordo com o o item 6.3.5.6 da NBR 5410, quando a distância entre a origem instalação e o QDP da edificação, que está ligado ao BEP, ultrapassar 10 m e a origem da instalação estiver fora da zona de influência deste BEP, ou seja, fora dos limites da edificação, o QDP deve ser considerado como uma nova origem da instalação, podendo ser considerada área efetiva. Os barramentos poderão ficar aparentes, sobre a parede, ou embutidos, em caixas próprias para este fim (ver anexo I). Esta definição será a critério do projetista. Em nenhuma hipótese, o barramento principal ou o(s) suplementar(es) poderão ser instalados em caixas destinadas aos equipamentos de medição de energia ou caixas para instalação de equipamentos de telefonia ou outras afins. A caixa para instalação de barramento de equipotencialização, principal ou suplementar, será unica e exclusiva para este fim. 1 SCD / DMED Emis.: Jun/2004 Rev.: Jan/2011 NTC 910900 Vers.: Jan/2011 EQUIPOTENCIALIZAÇÃO EM INSTALAÇÕES PREDIAIS (Recomendações) 5 – Condutores 5.1 - Equipotencialização principal (para ligação dos elementos descritos no item 3) O condutor a ser utilizado não poderá ter seção inferior à metade da seção do condutor de proteção de maior seção da instalação. Em qualquer caso, possuir seção mínima de 6 mm2 em cobre, 16 mm2 em alumínio ou 50 mm2 em aço. 5.2 – Equipotencialização suplementar: 5.2.1 - O condutor destinado a equipotencializar duas massas da instalação elétrica deverá possuir uma seção equivalente (condutância) igual ou superior à seção do condutor PE de menor seção ligado a essas massas. 5.2.2 - O condutor destinado a equipotencializar uma massa da instalação elétrica e um elemento condutivo não pertencente à instalação elétrica deve possuir uma seção equivalente (condutância) igual ou superior à metade da seção do condutor de proteção ligado a essa massa; 5.2.3 - Em qualquer das situações dos itens 5.2.1 ou 5.2.2, a seção de qualquer condutor de proteção que não faça parte do mesmo cabo ou não esteja contido no mesmo eletroduto que conduz os condutores de fase, não deve ser inferior a 2,5 mm2 em cobre ou 16 mm2 em alumínio - se for provida proteção contra danos mecânicos e não deve ser inferior a 4 mm2 em cobre ou 16 mm2 em alumínio - se não for provida proteção contra danos mecânicos. 6 –Edificações isoladas Quando aplicável e em substituição à instalação indicada nesta norma, poderá ser previsto um condutor de interligação de equipotenciaidade, ligado à haste ou sistema de aterramento de aterramento da entrada de serviço, juntamente com o neutro da instalação, para equipotencializar os elementos da unidade consumidora, relacionados no item 3 desta norma. Esta medida visa evitar a instalação de mais de um ponto de aterramento na mesma unidade consumidora. Este condutor poderá ser instalado junto ao circuito do ramal alimentador, “passar” pelo interior da caixa de medição e “descer” com o neutro para a conexão na haste de aterramento. Recomenda-se que este condutor tenha isolação na cor diferente do condutor neutro, preferencialmente verde ou verde-amarelo. 2 NTC 910900 SCD / DMED Emis.: Jun/2004 Rev.: Jan/2011 Vers.: Jan/2011 EQUIPOTENCIALIZAÇÃO EM INSTALAÇÕES PREDIAIS (Recomendações) 7 – Caixas e Barramento de Equipotencialização 7.1 . Tipos e dimensões de Caixas e de Barramentos CAIXA BARRAMENTO Tipo COMP. LARG. PROF. I 600 500 200 II 400 400 III 300 SUPL. 350 COMP LARG. ESPES. FURAÇÃO PRINC. (I) 300 3” 3/8” 6 x 1/2” + 6 x 3/8” 200 PRINC. (II) 250 1”1/2 3/16” 8 x 3/8” 300 200 PRINC. (III) 196 1” 1/8” 5 x 3/8” 250 200 SUPLEM. 196 1” 1/8” 5 x 3/8” Nota: dimensões em milímetros e polegadas. 7.2 . Caixa para instalação de barramento de equipotencialização Caixa tipo I Observações: 1 ..As caixas poderão ser de chapa aço carbono, de alumínio fundido, de material polimérico, de chapa de alumínio. 2 . Em substituição à caixa, poderá haver um nicho com acabamento, construído na alvenaria. 3 . As dimensões apresentadas poderão ser alteradas, de acordo com a necessidade das Instalações. 4 . Se a caixa possuir tampa, esta deve ser facilmente removível. 5 . Se o projeto prever o encobrimento das instalações e condutores de aterramento, a(s) caixa(s) poderão ser embutidas na alvenaria. 3 SCD / DMED Emis.: Jun/2004 Rev.: Jan/2011 NTC 910900 Vers.: Jan/2011 EQUIPOTENCIALIZAÇÃO EM INSTALAÇÕES PREDIAIS (Recomendações) 7.3 . Detalhes construtivos dos barramentos Barramento Principal Tipo I Tipo II Tipo III Barramento Suplementar Nota: dimensões em milímetros e polegadas. 4