águeda e região
02 novembro 2011
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LINHA DO VOUGA
PSD quer
conhecer
fundamentação
para
encerramento
Ivo Ferreira, Mafalda Guerreiro, Alberto Vidal e Abrunhosa Simões na estação de Águeda
LINHA DO VOUGA Comunistas realizaram conferência de imprensa na estação de Águeda
PCP reafirma empenho na luta
contra o encerramento da linha
A concelhia de Águeda do PCP realizou
uma conferência de imprensa junto à estação ferroviária de Águeda, na quinta-feira,
dia 27, para reafirmar o seu empenho na luta
contra o anunciado encerramento da Linha
do Vouga.
Participaram nesta acção Francisco Abrunhosa Simões, Alberto Vidal e Ivo Ferreira
(concelhia de Águeda) e Mafalda Guerreiro
da Organização Regional de Aveiro do PCP
(DORAV).
A iniciativa serviu ainda para apelar à população do concelho “que se mobilize e se junte
ao PCP na defesa da Linha do Vale do Vouga”.
“O investimento realizado na linha ao longo dos últimos anos na automatização de
passagens de nível, o aumento do número
de passageiros que, segundo a CP, só em
2010 transportou mais de 610 mil pessoas,
o facto de estar ser a via de transporte mais
económica, menos poluente e mais fiável,
não sujeita a congestionamento, justifica,
por si só, a sua continuidade”, defendem os
comunistas.
De referir ainda que a concelhia de Águeda
do PCP enviou a sua posição ao presidente
da Assembleia Municipal de Águeda, exortando aquele órgão – onde não tem eleitos
– a na reunião extraordinária de sexta-feira
“assumir uma posição clara nesta matéria,
que só pode ser a rejeição de qualquer encerramento desta linha”.
Os comunistas lembraram ainda que “foi
o PCP quem promoveu diversas iniciativas,
das quais se destacam a moção em defesa
do “Vouguinha”, aprovada em todos os municípios abrangidos, com excepção de Santa
Maria da Feira, e ainda a petição “Reabilitar
a Linha do Vale do Vouga é urgente e imperativo”, com mais de 4500 assinaturas entre-
gues na Assembleia da República em 2003,
quando o então Governo PS também previa
o encerramento desta via”.
Nos últimos tempos, o PCP tem também
realizado acções de contacto com os utentes da Linha do Vouga alertando-os para a
possibilidade do encerramento da linha até
ao final do ano, “confirmando a importância
desta via para a população”.
Recorde-se que a linha do Vouga percorre
os concelhos de Espinho, Santa Maria da Feira, S. João da Madeira, Oliveira de Azeméis,
Albergaria-a-Velha, Águeda e Aveiro, numa
extensão total de 96 Km.
Recorde-se ainda que em Setembro de
2010, a Câmara de Águeda assinou um acordo com a CP para o aumento da frequência
de comboios na Linha do Vale do Vouga, entre Aveiro e Águeda, e uma melhor cadência
de horários.
Os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Aveiro
questionaram por escrito o
ministro da Economia sobre
os fundamentos para o encerramento da linha férrea
do Vale do Vouga, exigindo
conhecer os estudos que estiveram na base da decisão.
Em comunicado, o grupo
parlamentar afirma que esse
interesse em “conhecer os
estudos em que o Governo
se fundamentou para encerrar a linha do Vale do Vouga”
partiu da iniciativa do deputado Couto dos Santos, que,
sendo também presidente
do Conselho de Administração da Assembleia da República, considera que houve
“pouca informação sobre o
assunto”.
“Concordo que é preciso
poupar”, declara o parlamentar social-democrata no mesmo comunicado, “mas não é
curial que tenhamos tido conhecimento do assunto pela
comunicação social”. Couto
dos Santos também defende
que o encerramento da linha
deveria ter sido discutido
“com as autarquias envolvidas”, sobretudo “considerando o recente investimento na
automatização de 50 passagens de nível no percurso”.
Os sociais-democratas interrogam ainda a tutela sobre “qual o diferencial de
custo entre o transporte ferroviário e o anunciado transporte rodoviário alternativo”.
ÁGUEDA Declarações oficiais contrastam com o clima vivido no seio do corpo clínico
Hospital “continua a trabalhar com toda a normalidade”
“Como é do conhecimento público, o
Hospital Distrital de Águeda encontra-se
em processo de Centro Hospitalar definido pelo DL nº 30/2011 de 2 de Março;
continuando a trabalhar com toda a normalidade”. Esta foi a resposta de Ana Lúcia
Castro, presidente do conselho de administração do Hospital Distrital de Águeda,
às várias perguntas do Região de Águeda
feitas na sequência dos rumores que ensombram o futuro da unidade hospitalar.
Mas, o que o RA pode constatar é que
as declarações oficiais da responsável do
Hospital de Águeda que apontam para a
“normalidade de funcionamento” nada
têm a ver com o clima que é vivido no seio
do corpo clínico daquela unidade. Há mesmo médicos que, em declarações ao RA,
vaticinam o fim do Hospital de Águeda.
O RA sabe, por exemplo, que no próximo mês e meio, o hospital irá funcionar
apenas com uma anestesista, por a outra
se encontrar de baixa, tudo indicando que
não irá ser substituída.
“Paga-se milhares de euros aos médicos
da ortopedia e cirurgia para estarem parados?”, comentava um profissional de saúde ouvido pelo nosso jornal, dando conta
que os serviços ficarão reduzidos a metade, quando há uma lista de espera extensa, que sofrerá um atraso de pelo menos
mais um mês.
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PCP reafirma empenho na luta contra o encerramento da linha