Pré – Diagnóstico Social do Concelho de Portalegre UNIÃO EUROPEIA Fundo Social Europeu Índice Geral Capítulo I 1 – Nota Introdutória Capítulo II 2 – Metodologia 2.1 – Metodologia Subjacente ao Funcionamento da Rede Social do Concelho de Portalegre 2.2 – Metodologia Subjacente à Elaboração do Pré – Diagnóstico e Diagnóstico da Rede Social do Concelho de Portalegre Capítulo III 3 – Realidade Sócio – Económica do Concelho 3.1 – Território Demografia/População 3.1.1 Território 3.1.2 – Demografia/População 3.2 – Dinâmicas Territoriais e quadros de Vida 3.3 – Estrutura Económica Local 3.3.1 – Agricultura e Pecuária 3.3.2 – Actividade Empresarial 3.3.3 - Turismo 3.4 – Educação Formação e Emprego 3.4.1 – Educação 3.4.2 – Emprego 3.4.2.1 – Emprego Protegido 3.4.3 – Formação 3.5 – Habitação 3.5.1 – Habitação Social 3.6 – Condições de saúde e de Vulnerabilidade aos Comportamentos Desviantes 3.6.1 – Condições de saúde 3.6.2 – Condições de Vulnerabilidade aos Comportamentos Desviantes 3.7 – Dinâmicas de Intervenção Social 3.7.1 – Acção Social e Projectos em Curso no Concelho 3.7.2 – Projectos Apresentados no CLAS para Posterior Emissão de Parecer 3.7.3 - Voluntariado 3.8 – Identidade Cultural e Dinâmicas Associativas do Concelho 3.8.1 – Património 3.8.2 – Actores e Dinâmicas Associativas 3.8.3- Outras Dinâmicas Culturais do Concelho Bibliografia Anexos Pré – Diagnóstico Social do Concelho de Portalegre 3 4 7 8 8 9 11 12 12 12 13 23 24 26 28 36 38 38 40 43 44 46 46 48 48 48 50 50 61 62 63 63 72 72 74 75 2 Capitulo I Pré – Diagnóstico Social do Concelho de Portalegre 3 1 – Nota Introdutória O presente documento reúne informação de diversas áreas, de forma a possibilitar um retrato fidedigno da realidade concelhia. Porém, define-se como um instrumento de trabalho de base objectiva, que servirá de ponto de partida para a reflexão conjunta dos parceiros locais, que muito terão a acrescentar/completar na construção de um diagnóstico social, que alicerçará um Plano de Desenvolvimento Social, ajustado às potencialidades e às fragilidades do nosso Concelho. A Rede Social surge em Portugal com o objectivo de contribuir para a erradicação da pobreza e exclusão social, apoiando-se nas tradições nacionais da entreajuda familiar e solidariedades sociais, para a promoção do desenvolvimento social. Criada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 197/97, de 18 de Novembro insere-se no âmbito de uma política social activa potenciando a eficácia das medidas de intervenção, através da promoção de um trabalho de parceria alargado, abrangendo actores sociais de diferentes naturezas e áreas de intervenção, tais como autarquias e entidades públicas e privadas sem fins lucrativos. A realização dos Planos Locais de Desenvolvimento Social define-se como uma das principais acções preconizadas pela Rede Social, visando um planeamento integrado e sistemático de intervenção local através da congregação de iniciativas, activando a participação e envolvimento da comunidade local. São objectivos estratégicos Implementação da Rede Social: do Programa Nacional de Apoio à Induzir o diagnóstico e o planeamento participados; Promover a coordenação das intervenções ao nível concelhio e de freguesia; Procurar soluções para os problemas das famílias e pessoas em situação de pobreza e exclusão social; Formar e qualificar agentes envolvidos nos processos de desenvolvimento local, no âmbito da Rede Social; Promover uma equipamentos; cobertura adequada do concelho por serviços e Potenciar e divulgar o conhecimento sobre as realidades concelhias. Pré – Diagnóstico Social do Concelho de Portalegre 4 Destes objectivos decorrem os seguintes objectivos específicos na óptica da concretização directa das políticas e programas sociais:1 A actuação concertada na prevenção e solução de problemas sociais; A adopção de prioridades; A procura de soluções para os problemas de pessoas e famílias consideradas; Cobertura adequada do concelho por serviços e equipamentos; A eliminação de sobreposições e lacunas de actuação A Rede Social poderá produzir os seguintes impactos inovadores no campo da intervenção social, nos níveis nacional e local: Possibilitar a articulação e adaptação das políticas e medidas de âmbito nacional aos problemas e necessidades locais; Aumentar a capacidade de detecção e resolução de problemas individuais, gerando respostas específicas para necessidades específicas; Transformar a cultura e práticas dos serviços e instituições locais, no sentido de uma maior transparência e da abertura às outras entidades e às populações; Implementar sistemas de informação eficazes, permitindo a produção e actualização de diagnósticos locais, bem como a difusão de informação a todos os agentes e entidades interessados; Incrementar a participação e mobilização dos destinatários dos programas e projectos de intervenção social. O desenvolvimento social está sem dúvida articulado com dinâmicas de desenvolvimento local. “ … Ambas as formas de intervenção procuram desencadear processos de mobilização de actores com o objectivo de desenvolver um dado território … “2. A promoção do desenvolvimento social 1 In Módulos PROFISSS , guia do formando – Rede Social, Ministério do Trabalho e da Solidariedade, Portugal, Lisboa, Maio de 2000 2 In Módulos PROFISSS , guia do formando – Rede Social, Ministério do Trabalho e da Solidariedade, Portugal, Lisboa, Maio de 2000 Pré – Diagnóstico Social do Concelho de Portalegre 5 /local implementada pelos diferentes concelhos do País, constituir-se-á como instrumento nacional de acção para a inclusão. O Concelho de Portalegre vem desenvolvendo algumas experiências de trabalho em parceria no âmbito do Desenvolvimento Social, verificando-se que a partilha de iniciativas e a rentabilização dos recursos são as melhores estratégias para a identificação dos problemas e para a sua resolução de uma forma integrada. Considerando este trabalho já iniciado, estão reunidas as condições para o concelho de Portalegre avançar com a realização do diagnóstico social e um planeamento participados, com vista à promoção do desenvolvimento local. Em Plenário foram aprovados os objectivos que norteiam todo o trabalho da Rede Social do nosso concelho, visando: Contribuir para a erradicação da pobreza e da exclusão social do concelho de Portalegre; Incentivar e fomentar o trabalho em parceria entre os actores sociais locais com intervenção nas áreas sociais do Concelho, quer no diagnóstico dos problemas/necessidades quer na discussão das estratégias de resolução e afectação de recursos; Promover a efectiva participação da sociedade civil e de entidades públicas na definição do Plano de Desenvolvimento Social do concelho de Portalegre; Contribuir para a valorização do papel dos promotores sociais do concelho, no processo de desenvolvimento do mesmo; Criar um sistema inovador e eficaz para a circulação de informação e rentabilização entre várias parcerias institucionais, existentes no concelho, que desenvolvem a sua intervenção na problemática social; Dinamizar uma estratégia de intervenção local que promova o recurso aos diversos mecanismos de apoio e financiamento às iniciativas locais de natureza social, sejam eles de natureza nacional ou europeia, de forma a potenciar a implementação de respostas inovadoras e a elaboração dinâmica do diagnóstico social do concelho; Dinamizar e colaborar na criação e funcionamento do observatório social do concelho de Portalegre. Pré – Diagnóstico Social do Concelho de Portalegre 6 Capitulo II Pré – Diagnóstico Social do Concelho de Portalegre 7 2 – Metodologia O presente documento reveste – se de grande importância ao nível da elaboração de uma base de informação que reflicta a identificação das necessidades e dos recursos que definam as linhas orientadoras do desenvolvimento social local, gerando a oportunidade de implementação de uma dinâmica de participação dos diferentes parceiros e de reflexão conjunta que possa estar subjacente ao diagnóstico social. 2.1 – Metodologia Subjacente ao Funcionamento da Rede Social do Concelho de Portalegre Em Maio de 2002 as Entidades do concelho foram convocadas para uma sessão de informação/sensibilização para o Programa de Apoio à implementação da Rede Social, presidida por Técnicos do extinto IDS actual ISSS. Em Julho teve lugar o 1.º Plenário, tendo por objectivo, a adesão de novas parcerias, constituição do CLAS e nomeação do Núcleo Executivo. Desde o início, temos contado com uma crescente adesão de novas parcerias, que representam actualmente 56 Entidades locais. Em Janeiro do ano transacto, solicitámos a colaboração dos parceiros para a recolha de informação disponível, com base numa matriz de indicadores previamente fornecida para a elaboração do pré – diagnóstico e diagnóstico sociais. A par desta acção, constituímos grupos de trabalho temáticos, onde agrupámos as entidades que prosseguem objectivos de intervenção similares. Quadro n.º 1 Definição dos Grupos Temáticos Educação / Formação e Emprego Associativismo e Equipamentos Desportivos e Recreativos Actividades Económicas Voluntariado Autarquias Saúde Acção Social/IPSS Segurança Constituídos os grupos, promovemos reuniões de trabalho que permitissem a identificação/análise multidisciplinar por um lado, de necessidades e por outro lado, de potencialidades / recursos que em parte as permitissem superar. Realizadas as reuniões, concluímos que esta é a metodologia capaz de consolidar a cultura de parcerias, através da vontade de participação e consciencialização de que o” todo é mais do que a soma das partes “ . Pré – Diagnóstico Social do Concelho de Portalegre 8 É de salientar que se verificaram deferentes dinâmicas de grupo, quer pela colaboração, quer pelos resultados atingidos. Assim, podemos concluir que se atingiram três níveis de análise/intervenção: 1 - Identificação das problemáticas 2 - Identificação das problemáticas e possíveis resoluções 3 - Identificação das problemáticas e acções para as resoluções Do último nível de análise/intervenção, resultaram acções que estão em curso e que descreveremos nos respectivos capítulos. No período que medeia a elaboração do pré – diagnóstico e diagnóstico sociais, iremos retomar as dinâmicas de grupo efectivando a participação intemporal de todas as parcerias que procuram o desenvolvimento social do Concelho. Figura n.º 1 – Organigrama Funcional da Rede Social do Concelho de Portalegre CLAS Analisar Apreciar Decidir Núcleo Executivo Analisar Preparar Organizar Sugerir/Propor Promover Assegurar Coordenar Articular Executar Interacção Grupos de Trabalho Temáticos Analisar Preparar Organizar Sugerir/Propor Promover Executar Pré – Diagnóstico Social do Concelho de Portalegre 9 2.2 – Metodologia Subjacente à Elaboração do Pré – Diagnóstico e Diagnóstico da Rede Social do Concelho de Portalegre Define-se Diagnóstico Social como a capacidade de produzir um instrumento unificador de informação, que permita uma visão articulada e multidisciplinar de uma determinada área territorial ou temática específica. Existe de facto um manancial de informação recolhida ou produzida pelas diferentes Entidades Locais, todavia, não existe um fio condutor que permita definir as potencialidades e constrangimentos circunscritos, neste caso, ao concelho de Portalegre. Todo o processo que envolve a construção do diagnóstico social do nosso concelho, assenta na metodologia de investigação acção, de forma a permitir a identificação e interpretação das origens/causas das problemáticas tendo em vista a definição de estratégias de intervenção adequadas. Iniciámos este processo, que se quer aberto, pela recolha de informação documental existente nos diferentes serviços. Obtivemos tabelas, estudos sectoriais e pequenos historiais de algumas freguesias. No decurso do pré – diagnóstico iremos analisar/ organizar e sistematizar os dados recolhidos por temáticas, que nos permitam já nesta fase delinear ainda que com algumas lacunas – grande linhas de orientação. A afinação dos dados, bem como a sua complementaridade/aprofundamento terão lugar na construção do diagnóstico social. A entrevista semi-directiva constituir-se-à como técnica de recolha de informação quando pretendermos uma abordagem qualitativa, junto de informadores privilegiados. O recurso à técnica do inquérito por questionário será privilegiado para temáticas muito específicas, sempre que se justificar. O presente documento encontra-se dividido em 3 capítulos. No 1.º capitulo tratamos dos procedimentos técnicos que estão na base do Programa de Apoio à Implementação da Rede Social. As questões metodológicas são abordadas no 2.º capitulo e por fim no 3.º e último encontramos ainda que incompleto, um retrato concelhio. Pré – Diagnóstico Social do Concelho de Portalegre 10 Capitulo III Pré – Diagnóstico Social do Concelho de Portalegre 11 3 – Realidade Sócio – Económica do Concelho 3.1 – Território e Demografia/População 3.1.1 – Território A descrição física do concelho, ainda que sucinta, reveste-se de toda a importância nesta fase do pré-diagnóstico, permitindo a sua divulgação e ao mesmo tempo facilitando a percepção das problemáticas que se evidenciarão ao longo deste documento, algumas vezes, originadas pela sua distribuição física e humana. Com uma área total3 de 448 Km2, fica situado no Distrito de Portalegre, região do Alto Alentejo. Constituído por 10 freguesias, duas delas situam-se no perímetro urbano (Sé e S. Lourenço) e as restantes são rurais (Alagoa, Alegrete, Carreiras, Fortios, Reguengo, Ribeira de Nisa, S. Julião e Urra) caracterizadas, de um modo geral, por um povoamento disperso. Localizado no planalto setentrional, entre as Serras de S. Mamede e Penha, reveste – se de características de uma área de transição, entre a peneplanície alentejana e a região mais montanhosa da Beira Baixa, moldado pelos únicos relevos que, ao sul do Tejo, ultrapassam em pouco os 1000m. Á excepção das freguesias de Alagoa, Fortios e Urra, todas as outras são abrangidas pelas áreas do Parque Natural da Serra de S. Mamede. “ … A relação entre o Parque Natural e Portalegre ultrapassa o âmbito local, já que o estatuto de Parque Natural lhe confere uma dimensão regional e nacional …”4 O território pode ainda dividir-se morfologicamente segundo uma linha de festo que individualiza duas bacias hidrográficas a que pertencem as linhas de água que servem o concelho. São elas a Bacia Hidrográfica do Tejo e a do Guadiana. 3 INE, “O país em números”,2002 “ Viver Portalegre “– Programa Polis Plano Estratégico, Ministério do Ambiente e Ordenamento do território, Lisboa, 2002 4 Pré – Diagnóstico Social do Concelho de Portalegre 12 3.1.2 – Demografia / População A população residente do Concelho de Portalegre registou, entre 1991 e 2001, duas tendências. A primeira, entre 1991 e 1995, realça um decréscimo populacional (-2.75%). Em contrapartida, o período de 1995 a 2001, regista um aumento populacional (2,26%). Estas tendências são igualmente verificadas ao nível da região Alentejo. Porém, o Alto Alentejo (região que mais se ressentiu com o envelhecimento demográfico) regista ambas as tendências negativas (cf. Quadro que se segue). Quadro n.º 2 – Distribuição da População Residente 1991 – 2001 2001 Continente Região Alentejo Alto Alentejo Portalegre 9.869.050 535.507 127.025 25.980 Variação 95 - 01 1995 3,30% 9.554.086 1,00% 530.220 - 1,09% 128.428 2,26% 25.394 Variação 91 - 95 0,90% - 1,14% -2,26% - 2.75% 1991 9.468.721 536.349 131.403 26111 Fonte: INE, “O país em números”,2002 Relativamente à densidade populacional, é de sublinhar um decréscimo do número de habitantes por Km2, mais acentuado nos Concelhos do Norte Alentejano - Crato, Marvão, Nisa e Castelo de Vide. Todavia, o concelho de Portalegre contraria esta tendência, registando um aumento gradual de 1.1% num período de 6 anos. Quadro n.º 3 – N.º Habitantes/ Km2 1995 – 2001 Continente Castelo de Vide Crato Marvão Nisa Portalegre 2001 1998 1995 110.8 14.6 10.9 26.1 14.9 58 108.9 14.5 11.4 26.2 15.1 57.1 107.6 14.8 12 27 15.8 56.9 Fonte INE, “O país em números”,2002 Pré – Diagnóstico Social do Concelho de Portalegre 13 Quadro n.º 4 – Distribuição da População Residente Segundo Grandes Grupos Etários 1991 – 2001 2001 N % 3 503 3 513 13 407 5 557 25 980 0-14 15-24 25-64 >=65 Total 1995 13.48% 13.52% 51.61% 21.39% 100% 1991 N % 3797 3801 13069 4 727 25 394 N 14.95% 14.97% 51.46% 18.61% 100% % 4604 3726 13267 4514 26111 17.63% 14.27% 50.81% 17.29% 100% Fonte INE, O país em números, 2002 Verifica-se uma redução significativa de população no escalão 0-14 e um aumento proporcional no escalão etário> =65 anos. Em 2001, o decréscimo ainda no escalão 15-24, traduz o fenómeno do envelhecimento na base e no topo. População residente segundo grandes grupos Etários 2001 Portugal 16% População residente Segundo Grandes Grupos Etários 2001 Portalegre 13% 16% 21% 14% 14% 52% 54% 0 - 14 15 - 24 25 - 64 65+ 0 - 14 15 - 24 25 - 64 65+ Fonte INE, “O país em números”,2002 Pré – Diagnóstico Social do Concelho de Portalegre 14 No que concerne à população residente, por escalões etários, verifica-se a predominância do escalão 25-64 anos. A comparação dos dados referentes a Portugal fazem convergir as tendências, exceptuando o escalão etário 65 e mais anos: tendência de envelhecimento demográfico, acentuado na Zona do Alentejo. Fonte INE, o país em números, 2002 Fonte INE, o país em números, 2002 Pré – Diagnóstico Social do Concelho de Portalegre 15 Quadro n.º 5 – Variação da População Residente do Concelho de Portalegre, Segundo o Género 1991 – 2001 2001 1991 H M H Total Total 25980 12 604 13 376 26111 12726 Variação percentual da população residente = ( - 0,5% ) M 13385 Fonte INE, o país em números, 2002 Quadro n.º 6 – Variação da População Residente, do Concelho de Portalegre, Segundo Escalões Etários Escalão Etário 1991 2001 0-14 15-24 25-64 65+ Total 4604 3726 13267 4514 26111 3503 3513 13407 5557 25980 Variação entre 1991 e 2001 (%) - 23,9 - 5,7 1,04 18.7 Fonte INE, o país em números, 2002 A variação da população residente segundo escalões etários revela um decréscimo significativo no escalão etário 0-14 anos e um aumento significativo no escalão etário 65+, o que traça uma pirâmide etária invertida, como a seguir se pode verificar. Fonte INE, o país em números, 2002 Pré – Diagnóstico Social do Concelho de Portalegre 16 Fonte INE, o país em números, 2002 Conforme se verifica, a pirâmide etária de Portalegre traduz-se por um envelhecimento demográfico, quer na base quer no topo, cujo formato é o de uma base afunilada – redução da taxa de Natalidade – com reflexos no topo (alargamento), - aumento da taxa de mortalidade - . O índice de envelhecimento do Concelho ultrapassa significativamente o índice de envelhecimento do Continente (102.3%). Índice de envelhecimento do concelho = 167,3%, o que significa que para 100 jovens dos 0 – 14 anos, existem 167 idosos com 65 ou mais anos. Fonte INE, o país em números, 2002 Pré – Diagnóstico Social do Concelho de Portalegre 17 Fonte INE, o país em números, 2002 Quadro n.º 7 – Distribuição do N.º de Nascimentos do Concelho, por Género e Respectivas Taxas de Natalidade 1998 – 2000 1998 1999 2000 HM 223 247 245 H 107 122 117 M 116 125 128 ‰ 8.76 9.69 9.6 Distribuição dos Nascimentos por Género de 1998 a 2000 H M 130 125 120 115 110 105 100 95 1998 1999 2000 Fonte INE, o país em números, 2002 Pré – Diagnóstico Social do Concelho de Portalegre 18 Quadro n.º 8 – Distribuição do N.º de Óbitos do Concelho, por Género, e Respectivas Taxas de Mortalidade 1998 – 2000 1998 1999 2000 HM 295 312 333 H 154 163 177 M 141 149 156 ‰ 11.59 12.24 13.05 Distribuição dos Óbitos, por Género de 1998 a 2000 H M 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 1998 1999 2000 Fonte INE, o país em números, 2002 Nos quadros e gráficos acima apresentados sublinha-se: Um decréscimo do número de nascimentos Decréscimo mais acentuado no sexo masculino Um aumento do número de óbitos Um aumento mais acentuado no sexo masculino O fenómeno do envelhecimento demográfico, definido como o aumento da importância relativa de idosos reflecte-se em todo país – exceptuando a Região do Norte e Regiões autónomas, onde a proporção de jovens é superior à de idosos. Durante o período intercensitário ( 1991 – 2001 ) a proporção de jovens diminuiu 4% ( 20% para 16% ). Inversamente a proporção de idosos aumentou aproximadamente 3% (13.6% para 16.4%)5. O Concelho de Portalegre, regista semelhante tendência. Porém, as proporções são ainda mais significativas em igual período, ou seja a proporção de jovens diminuiu 5% (18% para 13%) e a proporção de idosos aumentou 4% (17% para 21%). 5 Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001 (Resultados Definitivos) Pré – Diagnóstico Social do Concelho de Portalegre 19 A população em idade activa regista duas tendências distintas com percurso semelhante ao nível das duas unidades territoriais de análise: Território Português e Concelho de Portalegre: o grupo dos adultos jovens (15 – 24 anos) observa uma taxa de variação negativa de 5.7% à semelhança da população mais jovem, o que reflecte uma diminuição de efectivos. Em oposição, o grupo etário dos 25 aos 64 anos acompanha a evolução positiva (1.04%) dos idosos do nosso concelho. A sobrenatalidade e sobremortalidade masculinas contribuem para a maior esperança de vida das mulheres (quer no Território Português, quer no Concelho de Portalegre) o que justifica a diferença entre sexos. Quadro n.º 9 – Distribuição das Famílias Clássicas do Concelho segundo a Dimensão 2001 Com 1 Com Com Com Com Com Com Com Com Com 10 9 7 8 5 6 Individuo 2 3 4 Ind. Ind. Ind. Ind. Ind. Ind. Ind. Ind. Ind. 9760 1834 3113 2407 1850 421 93 31 5 4 2 Total Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001 (Resultados Definitivos) Quadro n.º 10 – Distribuição das Famílias Clássicas do Concelho segundo a Tipologia 2001 Sem Com 1 núcleo núcleos 1934 Casal Dto S/ filhos Casal Dto C/ filhos Casal facto S/ filhos Casal facto C/ filhos Pai com filhos Mãe com filhos Avós com netos Avô com netos Avó com netos 2564 3971 13 3 2 04 106 632 31 3 21 Com 2 núcleos Com 3 ou + núcleos 15 8 3 Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001 (Resultados Definitivos) A caracterização das famílias remete-nos para a presença de agregados domésticos de reduzidas dimensões, predominando núcleos com 2 e 3 elementos. No que respeita à tipologia, salientam-se as famílias com um único núcleo, no qual predomina o casal de direito com filhos, seguindo-se o casal de direito sem filhos. Aproximadamente 19% do n.º total de famílias, representa núcleos unipessoais /pessoas que vivem sozinhas. É um dado significativo e preocupante, uma vez que o isolamento social, muitas vezes associado à dispersidade geográfica do concelho, é um potencial aliado de Pré – Diagnóstico Social do Concelho de Portalegre 20 doenças do foro psíquico e em última análise culmina com a adopção de medidas extremas, a que podemos chamar comportamentos desviantes. Esta temática será abordada/caracterizada num outro ponto deste pré – diagnóstico intitulado de “ Condições de Saúde e de Vulnerabilidade aos Comportamentos desviantes “. Quadro n.º 11 – Distribuição da População Residente do Concelho segundo o Género e Estado Civil - 2001 População Solteiro Casado C/Registo Casado S/Registo Viúvo Separado Divorciado Masculino 12604 4697 6881 334 452 98 142 Feminino 13376 4129 6885 359 1610 118 275 Totais 25980 8826 13766 693 2062 216 417 Residente Fonte INE, o país em números, 2002 Distribuição da População Residente pelo Estado Cívil 2,7 7,9 0,8 1,6 33,9 52,9 Solteiro Cas ado C/Registo Casado S/Registo Viúvo Separado Divorciado Fonte INE, o país em números, 2002 Aproximadamente 56% da população residente é casada, predominando em 53% os casamentos com registo. Os solteiros ocupam aproximadamente 34% desta distribuição, em que o sexo masculino supera o sexo feminino. Contrariamente a esta tendência, as mulheres ocupam 78% da distribuição da categoria “ viúvo “, e superam os homens nas categorias “ separado “ e “ divorciado “. Da mesma forma se verificam em maior número mulheres em famílias monoparentais. 21 Quadro n.º 12 – Indicadores Demográficos Taxa Taxa Taxa Índice Natalidade Mortalidade Excedentes Envelhecimento de vida % ‰ ‰ ‰ 6 Continente Região Alentejo Alto Alentejo Castelo de Vide Crato Marvão Nisa Portalegre 11.7 9.1 10.3 14.3 1.4 - 5.3 104.8 172.9 9.1 7.1 15.8 18.6 - 6.7 - 11.6 192.8 211.3 4.2 7.3 7.2 9.6 22.6 20 20.1 13 - 18.5 - 12.8 -12.9 - 3.4 275.8 277.7 508.1 167.3 Fonte INE, o país em números, 2002 Os Indicadores demográficos acima apresentados permitem estabelecer 4 níveis de comparação: País, Região Alentejo, Alto Alentejo e Concelho. Realçam-se alguns dados particularmente significativos relativamente a Portalegre: Todos os Concelhos do Norte Alentejano apresentam uma taxa de natalidade inferior à do continente e até mesmo à da região Alentejo, à excepção de Portalegre, que apresenta, em relação a este último nível, valores percentuais mais elevados. A taxa de mortalidade é, ela mesma, superior à do Continente. Uma vez mais Portalegre regista uma taxa de mortalidade inferior à verificada na região do Alentejo e, particularmente, em relação ao norte Alentejano. O excedente de vidas, apresentando valores negativos, situa-se abaixo dos valores percentuais registados nas zonas mencionadas. Por último, o índice de envelhecimento confirma todas as tendências já apontadas anteriormente, destacando-se neste caso particular o facto de se tratar de uma capital de Distrito, o que poderá atenuar este indicador, através do “poder de atractividade” 6 Diferença entre o N.º de nados vivos e o n.º de óbitos ocorridos durante o ano, referente à população média desse ano 22 3.2 – Dinâmicas Territoriais e Quadros de Vida O Concelho de Portalegre situa-se segundo a NUTS II na Região Alentejo, mais precisamente no Alto Alentejo. Relativamente à distribuição da população residente, verifica-se uma maior concentração populacional nas freguesias urbanas, com maior incidência na freguesia da Sé. H M 4843 5000 5144 Distribuição da População por Freguesias e por Género 2001 1054 208 236 747 727 356 356 1052 969 333 341 1037 1018 366 1000 349 2000 1063 2702 3000 3079 4000 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001 (Resultados Definitivos) 1.Alagoa; 2. Alegrete; 3. Carreiras; 4. Fortios; 5. Reguengo; 6. Ribeira de Nisa; 7. S. Julião; 8. S. Lourenço; 9. Sé; 10. Urra As freguesias rurais, para além de registarem uma menor afluência de gentes, registam também, uma dispersidade do seu povoamento. Esta situação constata-se em todas estas freguesias, variando a sua intensidade. S. Julião assume os valores mais significativos no que respeita a esta temática, contrariamente a Alagoa que se define por um forte aglomerado, e por poucos fogos dispersos. A dispersidade de que falamos, rapidamente se traduz num elemento facilitador para o isolamento social que afecta sobretudo casais de idosos ou então idosos que vivem sós. Os maus acessos que enfrentam até chegarem aos itinerários principais, inibem por vezes as deslocações, que ocorrem apenas em situações de necessidade. A juntar a estas questões temos a escassez ou deficiência de serviços públicos, sociais, educativos, culturais…… Todos estes aspectos confluem para uma clivagem urbano – rural do nosso concelho. A propósito desta diferenciação, no diagnóstico daremos conta do modo como se vive na cidade e no “ campo “ através da descrição de histórias de vida. 23 3.3. Estrutura Económica Local Distribuição da População Residente Em pregada Segundo o Sector de Actividade Económ ica- 1991 Distribuição da População Residente Em pregada segundo o Sector de Actividade Económ ica - 2001 6% 10% 24% 62% Sector 1.º 28% Sector 2.º 70% Sector 3.º Fonte INE, o país em números, 2002 Sector 1.º Sector 2.º Sector 3.º Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001 A configuração do tecido produtivo local, regista uma tendência semelhante à da Região Alentejo, em que, o sector terciário se demarca significativamente dos restantes. No período intercensitário apesar de se verificar um acréscimo de 6.7% dos efectivos empregados (1991 – 10517, 2001 – 11276), o sector terciário distanciou-se ainda mais dos outros sectores que registaram um decréscimo de 4%. Dada a preponderância que o sector terciário assume nesta distribuição, cumpre informar que o mesmo se encontra dividido em serviços de natureza social e serviços relacionados com a actividade económica como se pode ver no quadro seguinte: Quadro n.º 13 Tipologia do Sector Terciário por Sexo Serviços Natureza Social Total 4976 Masculino 1940 Serviços Relacionados com a Actividade Económica Feminino Total Masculino Feminino 3036 2948 1597 1351 Total Global - 7924 Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001 Os serviços de natureza social ocupam aproximadamente 63% do sector, onde predomina o sexo feminino. Nos serviços relacionados com a actividade económica ambos os sexos têm uma representatividade semelhante. 24 No seguimento desta temática é de referir que o nosso Concelho apresenta uma taxa de actividade de 46.4 %,7 representada em aproximadamente 51% pelo sexo masculino, e 42% pelo sexo feminino. Este indicador é preocupante uma vez que apenas 50% da população produz riqueza do ponto de vista económico. O sector secundário é o que apresenta o maior ganho médio mensal dos estabelecimentos por conta de outrem ( 696 euros ), seguindo - se o sector terciário com um ganho médio mensal dos estabelecimentos por conta de outrem ( 636 euros ) e por fim o sector primário é o menos remunerado ( 436 euros ). Relativamente à distribuição da população residente empregada do concelho por grupos de profissões, predominam os trabalhadores não qualificados e o pessoal de serviços e vendedores. Seguem-se os operários, artífices e trabalhadores similares, e o pessoal administrativo e similares. Apenas 5.3% desta distribuição referem-se a quadros superiores da administração pública, dirigentes e quadros superiores de empresa. A agricultura regista – se em 6% desta distribuição. É de sublinhar que aproximadamente 54% desta população ( residente empregada ) possui como nível de instrução o ensino básico. Distribuição da População Residente Em pregada por Grupos de Profissões Concelho 2250 2000 Individuos 1750 1500 1250 1000 750 50 0 250 0 Clasificação Nacional de Profissões Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001 Legenda: Grupo 0 – Forças Armadas Grupo 1 – Quadros Superiores da Administração Pública, Dirigentes e Quadros Superiores de Empresa Grupo 2 – Especialistas das Profissões Intelectuais e Cientificas Grupo 3 – Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio Grupo 4 – Pessoal Administrativo e Similares Grupo 5 – Pessoal dos Serviços e Vendedores Grupo 6 – Agricultores e Trabalhadores Qualificados da Agricultura e Pescas Grupo 7 – Operários, Artífices e Trabalhadores Similares Grupo 8 – Operadores de Instalações e Máquinas e Trabalhadores da Montagem Grupo 9 – Trabalhadores não Qualificados 7 Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001 25 3.3.1 – Agricultura e Pecuária De acordo com as estatísticas da Direcção Regional do Alentejo, a Superfície Agrícola Utilizada (SAU) assume valores na ordem dos 92%, sendo a sua área média de exploração de cerca 41 hectares. A maior extensão de superfície é ocupada por culturas temporárias, seguindo-se o pousio. A intensidade de utilização da SAU por culturas temporárias é de 101,7% e para prados, forragens e pastagens é de 104,7%. No que respeita ao Concelho de Portalegre, a intensidade de exploração da SAU é ligeiramente superior, sendo que 110,9% da superfície é ocupada por culturas temporárias e 112,3% por prados, forragens e pastagens. Das culturas permanentes destaca-se também os prados e pastagens, com cerca de 17.680 hectares de Superfície Agrícola Utilizada. De um total de 1646 explorações (36 082 hectares), 1401 diz respeito a explorações por conta própria (21 010 hectares), sendo 298 explorações arrendadas (7 569 hectares). Quanto à natureza jurídica, dominam as explorações de produção singular (1617 explorações, correspondentes a 27 406 hectares) em contraposição às sociedades agrícolas constituídas (cerca de 24 explorações, correspondendo a 7 625 hectares), facto que denota um fraco espírito empresarial ligado a esta actividade. Relativamente à mão-de-obra agrícola, predomina, na região Alentejo a mão-de-obra permanente familiar masculina (39 241), sendo, contudo, expressiva a participação feminina (27 758). Trata-se de uma mão-de-obra envelhecida, dado que a esmagadora maioria tem 55 ou mais anos. A idade média ronda os 53,5 anos. O Concelho de Portalegre não foge à regra, predominando igualmente a mão-de-obra familiar masculina (1179) e a idade média é superior à verificada na Região Alentejo (56,6 anos). Os indicadores apontados pelo INE para a agricultura revelam, para a Região do Alentejo e para Portalegre défices no que respeita à sua modernização e aos investimentos nela operados: Quadro n.º 14 Indicadores da Agricultura Explorações com subsídios % Subsídio Gasóleo Agrícola % Explorações com contabilidade organizada % Explorações com sistema de rega % Explorações com tractor % Mão-de-obra agrícola permanente (por 100 hab. ) % Alentejo 71 Concelho Portalegre 60 68 58 16.2 6.2 40.1 47.7 35.6 15.7 19.6 14.1 Fonte INE, o país em números, 2002 26 A cultura predominante é o trigo, sendo igualmente a que ocupa maior superfície agrícola. De salientar que, relativamente às culturas permanentes, embora o olival ocupe uma área significativa, a produção de azeite baixou consideravelmente de 1999 (produção de cerca de 5040 hl) para 2000 (registando 2383 hl).À semelhança desta cultura e, registando a mesma tendência verificada no Alentejo, a produção de vinho também baixou. Um dado relevante diz respeito à área ardida, a qual tem vindo a aumentar e que tem prejudicado fortemente o desempenho da actividade agrícola em sentido lato. Só em 2000, no Concelho de Portalegre, foram consumidos, pelos incêndios, 22,5 hectares (10.5 ha de floresta e 12 ha mato). No Verão de 2003, registaram-se incêndios que atingiram proporções descontroladas. Após uma 1.ª avaliação dos danos e prejuízos conclui-se que no balanço do combate aos incêndios, o saldo foi negativo para Portalegre: 9 362,45 ha ardidos, o que equivale a 21,53% da área total do Concelho. Neste período foram afectadas em menor ou maior escala as freguesias rurais de Alagoa ( 72.48% ), Alegrete ( 16.52% ), Carreiras ( 60.16% ), Fortios (3.51% ), Reguengo ( 13.57% ), Ribeira de Nisa ( 0.05% ), S. Julião ( 91.35% ) e Urra (1.09%).8 Na pecuária, o principal investimento é a produção de gado ovino, nomeadamente borregos, com uma produção de cerca de 1 193 mil cabeças, seguindo-se a produção de aves (18990 ), caprinos ( 11225), e bovinos ( 9635). 8 Dados fornecidos pela CM Portalegre 27 3.3.2 – Actividade Empresarial Fonte INE, o país em números, 2002 A actividade empresarial caracteriza-se, no concelho, por ligeiras oscilações, numa tendência crescente, embora o período 1999-2000 registe um decréscimo. Dristribuição das Empresas do Concelho segundo o CAE - 2000 9% 11% 7% 8% 6% 2% 11% 11% 35% A gricultura e pescas Indústria transfo rmado ra Co nstrução Co mercio po r gro sso e a retalho A lo jamento Restauração Transpo rtes e Co municaçõ es A ct. Financeiras A ct.imo biliárias serviço s a empresas Outras act. Fonte INE, o país em números, 2002 28 O sector de maior investimento da actividade empresarial é o comércio por grosso e a retalho. Com valores significativos surgem ainda as actividades ligadas à construção e ao alojamento e restauração. Fonte INE, o país em números, 2002 A propensão para a criação de sociedades registou igualmente uma tendência crescente, verificando-se, contudo, a partir de 1999, uma ligeira estagnação. Distribuição das Sociedades do Concelho segundo o CAE - 2000 11% 4% 11% 13% 8% 1% 2% 13% 37% Agricultura e pescas Construção Alojamento Restauração Act. Financeiras Outras act. Indústria transformadora Comercio por grosso e a retalho Transportes e Comunicações Act.imobiliárias serviços a empresas Fonte INE, o país em números,2002 29 Neste domínio voltam a predominar as actividades relacionadas com o comércio por grosso e a retalho, seguindo-se o alojamento e a restauração. O desemprego ou trabalho precário é uma necessidade sentida no Alentejo sobre o qual a NERPOR/AE no ano 2000, se propôs analisar e agir no sentido de caracterizar esta problemática nos concelhos de Portalegre e Ponte de Sôr, tentando diminuir os seus efeitos nocivos através da acção “ Observatório Económico e Social “ no âmbito do PIPPLEA. CARACTERIZAÇÃO SOCIO- ECONÓMICA DA REGIÃO Estrutura empresarial: o Predomínio de micro e pequenas empresas o Fraco potencial de adaptabilidade, inovação e sustentação o Recrutamento de pessoal pouco qualificado e com poucas possibilidades de formação o Fraco nível de produtividade média 30 Quadro n.º 15 - Programa iniciativa piloto de promoção local de emprego no Alentejo (PIPPLEA) Síntese do observatório económico e social dos Concelhos de Portalegre e Ponte de Sôr OBJECTIVOS Análise e avaliação dos recursos humanos existentes em Empresas e IPSS Desenvolvimento de modelos de gestão e Programas de Formação Consolidação dos postos de trabalho FASES Caracterização dos desempregados dos concelhos envolvidos Levantamento e identificação de agentes I económicos Caracterização do tecido económico e II social Avaliação dos recursos humanos activos e desempregados Desenvolvimento de modelos de gestão e de programas de aconselhamento e consultoria junto das empresas e IPSS – modernização e competitividade Definição de métodos de reconversão dos recursos humanos existentes FINALIDADE Desenvolver uma resposta mais adequada aos problemas concretos Melhor aproveitamento dos recursos Melhor coordenação das iniciativas Maior co-responsabilização dos agentes públicos e privados APOSTAS Melhoria das condições de empregabilidade (qualidade no emprego) Promoção do espírito empresarial (estímulo da relação tecido empresarial - administração pública), criação de empresas, inovação Reforço da adaptabilidade (promoção das parcerias sociais) INTERVENÇÕES 1 Qualidade do emprego (regulação do mercado de trabalho – combate ao trabalho ilegal, clandestino e infantil, os recibos verdes, os contratos a prazo) 2 Qualificação (formação contínua, educação e formação) 3 Recrutamento das políticas activas na promoção da empregabilidade (combate aos desajustamentos do mercado – políticas de protecção social e luta contra a pobreza) Fonte: NERPOR/AE, 2000 31 Fase I - Análise dos Desempregados Inscritos nos Centros de Emprego de Portalegre e Ponte de Sôr – 2000 - 2001 Diminuição nos inscritos que possuem como habilitações o 12º Ano (3%) Aumento do número de inscritos detentores de uma licenciatura (2%) Por níveis de habilitação: maior número de inscritos com baixos níveis de escolaridade (até ao 9.º Ano) Número de inscritos mais elevado entre Janeiro e Abril e diminuição até Setembro Quadro n.º 16 – Fase II – Caracterização do Tecido Empresarial e Descrição das Iniciativas de Apoio ao Desenvolvimento TECIDO EMPRESARIAL – CARACTERIZAÇÃO INICIATIVAS DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL Programas de Apoio: - SIPIE - ILE - SIME - FAIA IMPACTES NEGATIVOS NECESSIDADES PRIORIDADES 1. Predomínio das pequenas e médias empresas 2. micro – empresas incentivos fiscais regimes de incentivo ao investimento sistemas de informação serviços de apoio empresarial Formação profissional e certificação 3. Empresa de tipo familiar Centros de Apoio à Criação de Empresas (CACE) Ninhos de empresas (criação de condições para o funcionamento de novas empresas – instalações, equipamento e apoio técnico – pelo tempo necessário ao seu lançamento e estabilização. Requisito final: Viabilidade económica Sistema de incentivos a pequenas iniciativas empresariais Elevada taxa de reprovação de candidaturas Incentivos que promovam a fixação de empresas na região Apoio à criação de emprego a grupos com particular dificuldade de inserção Apoio ao desenvolvimento da actividade empresarial (sectores de interesse estratégico para a economia regional) Apoio ao investimento em formação profissional (entidades empregadoras ou iniciativas individuais) Apoio ao associativismo e informação empresarial, através de iniciativas estratégicas Desburocratização (empresa – administração pública) Criação de benefícios fiscais e condições de fixação. Fonte: NERPOR/AE, 2000 32 Quadro n.º 17 – Análise Global CAUSAS MEDIDAS/ SUGESTÕES NECESSIDADES DE FORMAÇÃO NAS EMPRESAS POLÍTICA DE EMPREGO FORMANDOS Desemprego Articulação interinstitucional Levantamento dos trabalhos sazonais Fiscalização mais rigorosa Selecção dos formandos (evitar inscrição como alternativa ao desemprego) Obrigatoriedade da frequência de cursos de formação pelos desempregados para qualificação dos mesmos Rigor e eficácia no controlo das ofertas de emprego (pelos Centros de Emprego) rejeitadas pelos desempregados Obrigatoriedade de informação sobre o abandono do trabalho indicado Plano de melhoria (implementação de acções de formação) Estratégias de divulgação e organizacionais Qualificação profissional dos trabalhadores Competitividade Melhoria do tecido económico na região Relutância em contratar pessoal além do necessário ao funcionamento da empresa Carência de técnicos em áreas específicas nas empresas / escassez de mão-de-obra qualificada Resistência à frequência de cursos de formação Inexistência de emprego na área para a qual frequentaram a formação Falta de oportunidades do mercado empregador Falta de interesse nos formandos inscritos Desarticulação entre motivação dos formandos, cursos existentes e realidade do mercado de trabalho Indiferença dos formandos face à aplicabilidade dos cursos frequentados (bolsa) Desmotivação e despreocupação face ao futuro Fonte: NERPOR/AE, 2000 O quadro que a seguir apresentamos, sintetiza um estudo de caracterização do comércio tradicional do Centro histórico de Portalegre produzido em 1998, que fundamentou a candidatura ao Projecto Especial de Urbanismo Comercial (PROCOM). 33 Quadro n.º 18 – Projecto Especial De Urbanismo Comercial (PROCOM) (síntese) CARACTERIZAÇÃO DOS EMPRESÁRIOS Espírito empresarial predominantemente masculino Sexo masculino – 63.2% Sexo feminino – 36.8% Idade Sexo masculino – 49 anos Sexo feminino – 46 anos predominante (população Escalão envelhecida) escalão etário 40-49 anos = 37.1% escalão etário 50-59 anos = 23.4% empresarial Nível de Habilitações – predominantemente baixo 1.º Ciclo – 36.4% 11º/12º Ano – 23.1% Diferenciação por sexo – Aumento da percentagem de empresárias do sexo feminino em razão do aumento das habilitações literárias. TIPOLOGIA/ ESTRUTURA DAS EMPRESAS CARACTERIZAÇÃO DAS EMPRESAS CARACTERIZAÇÃO DO EMPREGO Comércio tradicional Pequena dimensão Estrutura organizacional simples, de cariz familiar. Empresas em nome individual: pouco adaptada, reduzida capacidade de inovação e produtividade, recurso a técnicas de gestão simples e previsíveis (55.5%) Sociedades por quotas (39.5%) De pequena dimensão (área de venda e n.º de empregados) (2 empregados) Regime de propriedade – arrendadas (95%) – factor condicionador da remodelação) Volume de negócios: pouco expressivo – 15.000 contos (50.6%) 30.000 contos (31.9%) Rendibilidade do negócio – baixo Resultados positivos (77.7%) Equilíbrio na distribuição por sexo (52.2% Fem. /47.8% Masc.) Idade – maioria abaixo dos 40 anos (55.5%) Maior representatividade 40-49 anos (31.6%) Pouco qualificado (baixas intenções de investir na qualificação profissional) Continuação 34 FORNECEDORES, CLIENTES, SERVIÇOS Predomínio das relações com produtores do mercado nacional (mercado interno), e com representantes de marcas; Significativo contacto com fornecedores, viajantes e armazenistas (de acordo com o ramo de actividade do estabelecimento); Inexistência de dificuldades de acesso ao crédito de fornecedores; Clientes – habitantes da cidade (46%) Idades dos clientes – até 40 anos (63%) Condicionantes do negócio – diminuição do poder de compra dos consumidores/ alteração dos hábitos de compra (73%)/ Envelhecimento populacional = alteração dos padrões de consumo; Meios de pagamento – fraca expressão das intenções de investimento em meios automáticos de pagamento; Serviços aos clientes – encomendas por telefone e entregas ao domicílio; Decréscimo das receitas motivado pela concorrência das grandes superfícies; Reduzida introdução de mudanças na componente de serviços prestados; Sistema de contabilidade das empresas: a maioria das empresas revela dispor de um sistema de contabilidade organizada (90%). CONDICIONANTES INTERNAS Falta de capital para investir (86%) AOS NEGÓCIOS Pouca atractividade da decoração da loja (65%) Falta ou desactualização dos equipamentos (57%) Fraca promoção e marketing (51%) Degradação das instalações e apresentação pouco adequada dos produtos EXTERNAS Dificuldades de estacionamento (90%) Diminuição do poder de compra dos consumidores (84.4%) Redução do número de trabalhadores Falta de animação cultural das ruas e falta de segurança Concorrência das grandes superfícies Envelhecimento populacional (influência nos padrões de consumo) Reduzida capacidade de investimento para superar as condicionantes apresentadas Fonte: Associação Comercial de Portalegre,1998 35 Recentemente, assistimos à remodelação do comércio tradicional, contudo persistem algumas condicionantes que não invertem os resultados anteriormente apresentados. 3.3.3 – Turismo Quando se planeia uma viagem a primeira decisão a tomar é, em princípio, a escolha do local onde dormir. Segundo o guia de oferta do norte alentejano, a oferta é muito diversificada. Para além de pousadas da enatur, existem unidades hoteleiras de várias categorias e de pequenas e médias dimensões, algumas delas viradas para o turismo de negócios e incentivos. No que respeita ao turismo em espaço rural, as casas existentes têm uma óptima localização, favorecendo a contemplação da bela paisagem, o descanso activo e o sossego da ruralidade. Para quem prefere a vida ao ar livre há a disponibilidade de parques de campismo públicos ou privados situados maioritariamente junto a albufeiras. Para finalizar este leque de ofertas cumpre informar que existem ainda hospedarias ou casas de hóspedes. No concelho de Portalegre existe um hotel, duas residenciais, duas pensões, uma unidade de turismo de habitação e quatro de turismo rural e um parque de campismo. Quadro n.º 19 – Capacidade de Alojamento do Concelho 2000 Estabelec. 4 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 1992 3 4 5 5 5 5 5 4 85 100 110 110 112 113 - - hoteleiros Quartos 97 Dormidas 18 105 18 482 18 426 20 080 20 155 22 133 26 256 28 811 34 198 Hóspedes 15 298 13 489 14 729 16 191 14 853 17 171 18 719 21 639 27 424 Fonte INE, o país em números A capacidade de alojamento tem vindo a sofrer um decréscimo a partir 1997, no que concerne ao número de dormidas, muito embora o número de quartos tenha aumentado a partir de 1999 e com este, o número de hóspedes. 36 A gastronomia rica e variada que caracteriza também o Norte Alentejano, constitui-se igualmente como chamariz para quem quer desfrutar de tão bons paladares. Caracteriza-se pela sazonalidade, onde a matança do porco acontece nos meses de Janeiro/Fevereiro, dando origem às famosas sopas de cachola, entre outros pratos. Pela Páscoa o sarapatel de borrego ou cabrito. No verão os gaspachos, cozidos, petiscos…. No Inverno açordas, migas, “ sopa da panela “ . Grande parte da doçaria é confeccionada com ingredientes que lhe conferem o estatuto de “ doçaria conventual “. É de facto de criar “ água na boca “. Aliás, pode-se constatar pela afluência de pessoas que visitam no mês de Março a “ Feira de Doçaria Conventual “, realizada no Convento de Santa Clara em Portalegre. No diagnóstico social iremos aprofundar esta temática uma vez que muito mais há a dizer, relativamente aos passos fundamentais na definição de uma estratégia de desenvolvimento integrado do turismo nesta região. 37 3.4 – Educação Formação e Emprego 3.4.1 – Educação Distribuição da População Residente segundo o Nìvel de Ensino Atingido 2001 1% 12% 17% 17% 33% 10% 10% nenhum 1.º ciclo ens. básico 2.º ciclo ens. Básico secundário médio superior 3.º ciclo ens. Básico Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001 No que respeita à população residente por nível de instrução, constatam-se, comparativamente, valores muito semelhantes aos encontrados no gráfico referente a Portugal. Verifica-se uma concentração no primeiro ciclo do ensino básico (33%). Se a este valor juntarmos a percentagem de população com “nenhum” nível de instrução (17%), obtemos valores muito significativos relativamente ao baixo nível de instrução da população residente. Porém, no período intercensitário regista-se uma diminuição da taxa de analfabetismo na ordem dos 3.4% ( 1991 – 16.1%; 2001 – 12.7% ). O nível de instrução “superior” obtém, segundo uma outra fonte de informação (Inquérito ao emprego 2001), valores mais elevados na região Alentejo, comparativamente ao total do País, sendo que, também na mesma região, se regista uma percentagem mais elevada de quadros superiores (6,71% no país, 9,81% no Alentejo). A Rede Escolar do Concelho está dividida em dois agrupamentos. O agrupamento de escolas n.º1 e n.º 2 ( José Régio e Cristóvão Falcão ) que abrangem o pré escolar e escolas do 1.º, 2,º e 3.º ciclos. O secundário é ministrado nas escolas secundárias de S. Lourenço e Mouzinho da Silveira. 38 O ensino superior, conta com a Escola Superior de Educação, com a Escola Superior de Tecnologia e de Gestão e com a Escola de Enfermagem. Segundo informações do CAE-AA do ano lectivo 2001/2002, a percentagem de aproveitamento médio até à conclusão do ensino secundário, situa-se nos 78%. Porém, dos concelhos do Distrito, o de Portalegre é o que apresenta a percentagem mais baixa de aproveitamento escolar. Uma das questões levantadas no decurso das reuniões temáticas, prendeu-se com o reduzido número de matrículas nos cursos tecnológicos. Existe, segundo opinião da ex - representante do CAE- AA, “ … uma ideia errada sobre estes cursos, quer por parte dos alunos, quer por parte dos pais, considerando – os desprestigiantes ….. “ O mesmo ano lectivo registou 266 matrículas, enquanto que os cursos gerais do ensino secundário contaram com 960 alunos no mesmo período. No que respeita ao ensino recorrente, no ano lectivo 2002/2003 contou com 365 formandos no ensino secundário9, dos quais aproximadamente 70% têm idades compreendidas entre os 15 e os 25 anos, contrariamente ao 1.º ciclo em que todos os formandos apresentam idades superiores a 25 anos. Este quadro traduz-se na aquisição de outros níveis de ensino por parte dos jovens/adultos, certamente por questões profissionais. Enquanto que os adultos tentam combater o analfabetismo, que aliás tem vindo a diminuir. Independentemente do grau de ensino recorrente, a frequência do sexo feminino é muito superior. 9 Dos níveis de ensino é o mais frequentado 39 3.4.2 – Emprego O concelho de Portalegre apresenta uma população economicamente activa de 12056 indivíduos, dos quais 6406 são do sexo masculino. No entanto, a população economicamente activa e empregada regista um diferencial de 780 indivíduos relativamente ao valor anterior, que se traduz no n.º de efectivos desempregados.10que representam uma taxa de desemprego de 6.5%. Distribuição da População Economicamente Activa e Empregada por CAE 9000 Individuos 7500 6000 4500 3000 1500 0 Série1 CAE 0 CAE 1 a 4 CAE 5 a 9 621 2731 7924 Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001 CAE 0 – Agricultura, produção animal, caça e silvicultura CAE 1 a 4 – Industrias extractivas, ind. Transformadoras, ind. de madeira, cortiça e suas obras, fabrico de equipamento eléctrico e de óptica, produção e distribuição de electricidade, gás e água. CAE 5 a 9 – Comercio por grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis, motociclos e de bens de uso pessoal, transportes, armazenagem e comunicações, actividades imobiliárias, alugueres e serviços prestados às empresas, administração pública, defesa e segurança social “ obrigatória “ outras actividades de serviços colectivos, sociais e pessoais. 2001 Evolução da Taxa de Actividade por Sexo 2002 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% HM H M Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001 10 Segundo o Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001 40 População Residente com 15 ou mais anos, Segundo a Condição Perante a Actividade Económica e Sexo H M 6500 6000 5500 5000 4500 4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 0 População com act ividade económica População sem act ividade económica Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001 População residente por Condição Perante a Actividade Económica, Sexo e Grupos Etários 6500 6000 5500 H M 6014 5404 5000 4500 4000 3503 3500 3000 2556 2648 2500 1721 2000 1500 1000 392 500 246 0 15 a 60 anos Mais de 60 anos população com Actividade Económica 15 a 60 anos Mais de 60 anos população sem Actividade Económica Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001 41 População Residente com 15 ou mais Anos Segundo o Principal Meio de Vida e Sexo 2114 145 1192 108 cargo familia outra situação 3909 3168 apoio social Pensão/reforma RMG outros sub. temporários Sub temporário ( seguro ) 17 28 46 56 25 36 19 234 75 176 M Sub. Desemprego H 62 Trabalho 6955 50% 40% 30% 20% 10% 0% Ren. Propriedades e da empresa 4071 8 100% 90% 80% 70% 60% Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação, 2001 Distribuição do N.º de Desempregados Registados, por escalão Etário e Sexo 300 250 200 150 100 50 0 <25 anos 25-34 anos Masculino 35-54 anos Feminino 55 e + total Fonte: Estatísticas do IEFP- Novembro de 2002 42 Dos gráficos anteriormente apresentados sublinhamos: Prevalência do sector terciário; Evolução positiva da taxa de actividade de 2001 para 2002, apresentando uma diminuição no sexo masculino e um aumento no sexo feminino; Taxa de actividade de 46.4%; Segundo a condição perante a actividade económica as mulheres superam os homens em todas as categorias, excepto na categoria “ população empregada “; Número significativo de reformados; O desemprego afecta sobretudo a faixa etária dos 35 – 54 anos; Aumento do número de efectivos desempregados desde 2001; 65% dos desempregados encontram-se à procura de novo emprego; 10% dos desempregados estão à procura do 1.º emprego. 3.4.2.1 Emprego protegido A Constituição da Republica Portuguesa consagra como obrigação do Estado a realização de uma política nacional de prevenção e tratamento, reabilitação e integração social dos deficientes devendo ser-lhes assegurado o exercício efectivo dos direitos reconhecidos e atribuídos aos cidadãos em geral, nomeadamente o direito ao trabalho. No entanto, a obtenção e manutenção do emprego agravam-se quando estamos perante indivíduos afectados por qualquer incapacidade física ou psíquica. Através dos decretos-lei 40/83 e rectificação 194/85 foi regulamentado o emprego protegido, o qual tem como finalidade proporcionar aos deficientes que possuem capacidade média de trabalho igual ou superior a 33,33% da capacidade normal exigida, a valorização pessoal e profissional, facilitando a sua passagem para um emprego normal, ou seja não protegido. Os referidos decretos que resultam de um projecto elaborado por um grupo de trabalho criado sob a égide do Secretariado Nacional de Reabilitação prevêem no emprego protegido, a constituição de ENCLAVES, os quais são entendidos por grupos de pessoas deficientes que exerçam a sua actividade em conjunto sob condições especiais, num meio de trabalho. Relativamente à experiência da Câmara Municipal de Portalegre tem sido pratica contratar indivíduos portadores de deficiência e integra-los em serviços, nos quais se demonstram ter mais apetência, sendo os mesmos acompanhados pelos responsáveis dos respectivos serviços. No entanto, a necessidade destes indivíduos serem inseridos no mercado de trabalho é travada pelos sucessivos contratos de trabalho de curta duração, nomeadamente os Poc’s. A Câmara Municipal viu no Programa ENCLAVE uma solução mais continuada, que por um lado, permite assegurar 43 um futuro próximo dos referidos indivíduos, valorizando a sua auto - estima e aperfeiçoando o trabalho desenvolvido. Por outro lado, sendo trabalhadores com um bom desempenho profissional vão beneficiar a Autarquia, no sentido de reforçar a equipa de trabalho, no caso concreto na área dos espaços verdes. Assim, em Novembro de 2000, a Autarquia candidatou-se junto do Instituto de Emprego e Formação Profissional a um Enclave para dois auxiliares de serviços gerais, na área da jardinagem. Foram celebrados os contratos de trabalho por tempo indeterminado, sendo os jovens acompanhados por uma equipa de enquadramento constituída por 1 assistente social, 1 psicólogo e pelo encarregado da área do serviço. Esta equipa tem como funções definir, orientar e avaliar as tarefas de acordo com as limitações físicas e/ou psíquicas que possuem, com vista à sua reabilitação profissional. Os indivíduos ao abrigo do Enclave desenvolvem uma actividade remunerada que se inicia através de um estágio que na Autarquia tem sido de 6 meses, recebendo 70% do Salário Mínimo Nacional. Findo este período o trabalhador passa a receber um vencimento proporcionalmente à de um trabalhador com capacidade normal para o mesmo posto de trabalho, de acordo com a graduação da sua capacidade. Presentemente e com base nos indivíduos com deficiência que estão integrados nos Programas Ocupacionais a trabalhar na Câmara Municipal de Portalegre, a Autarquia já elaborou a candidatura ao IEFP de 5 lugares para auxiliares administrativos e o pedido de alargamento de 2 lugares para auxiliares de serviços gerais. Tendo em conta a actual conjuntura que também se define pelo aumento da procura e redução da oferta de trabalho é preciso que todas as entidades estejam sensíveis a estas e outras temáticas, no sentido de definirem cada vez mais projectos de vida que permitam o bom desempenho pessoal e profissional do cidadão com deficiência. 3.4.3 – Formação Em 2002 o Centro de Formação Profissional de Portalegre ministrou 73 acções de formação, que abrangeram formandos de todo o distrito. Os cursos apresentam diferentes modalidades que passaremos a enunciar: 3.4.3.1 - Aprendizagem com equivalência escolar 3.4.3.2 - Educação Formação de Jovens com equivalência escolar 3.4.3.3 - Educação Formação de Adultos com equivalência escolar 3.4.3.4 - Formação Continua para empregados 3.4.3.5 - Qualificação inicial 44 Para além de se aprender a saber fazer, sobe-se no patamar da escolaridade. Os critérios de admissão para as várias modalidades de formação são diferenciados, consoante as motivações de quem procura frequentar formação, todavia, com maior ou menor motivação uma grande percentagem de formandos conclui os cursos com aproveitamento. As desistências em média rondam os 8% em todas as modalidades exceptuando a formação continua para empregados, onde estes valores são residuais. 45 3.5 – Habitação Fazendo uma breve caracterização das condições de habitabilidade do parque habitacional do concelho de acordo com os dados apurados pelo INE, cumpre informar, que existem ainda 78 alojamentos sem electricidade. A água canalizada proveniente da rede pública não chega ainda a todos os alojamentos. 520 fogos são servidos por uma rede particular. Sem água canalizada, contamos 267 fogos que utilizam outros recursos como o fontanário ou bica, poço ou furo. 15% dos fogos possuem retrete ligada ao sistema particular de esgotos. Existem ainda 480 famílias que dela se encontram privadas. O sistema de banho ou duche também não existe ( 12% ) em todos os fogos. A grande maioria dos alojamentos não possui aquecimento central, sendo privilegiados os aparelhos móveis eléctricos ou a gás e a lareira. Muitas das situações em que as famílias se encontram privadas das infraestruturais básicas, devem-se à dispersidade geográfica das freguesias rurais. No que concerne à tipologia dos alojamentos clássicos ocupados como residência habitual, denota-se aproximadamente 30% dos alojamentos apresentam 4 divisões, seguindo-se em termos percentuais fogos com 5 divisões. O número de fogos com 10 ou mais divisões quase duplica a existência de uma única divisão no alojamento. Relativamente à sua ocupação segundo o n.º de famílias clássicas, verifica-se a predominância de apenas uma família, porém existem ainda 37 alojamentos onde residem duas famílias e com três famílias registam –se 9 fogos. Denota-se ainda, que 63% dos alojamentos dispõem de divisões livres ( sobretudo 1 divisão ), porém é significativo o número de alojamentos sobrelotados ( 11% ) sobretudo pela necessidade de mais uma divisão. De salientar que o parque habitacional está a estender-se a olhos vistos, sobretudo nas freguesias urbanas e também nas freguesias rurais que estão mais próximas da cidade. 3.5.1 – Habitação Social Em 1965, a Câmara Municipal de Portalegre assumiu a gestão patrimonial e habitacional do Bairro do Bonfim e de S. Bartolomeu estipulando rendas condicionadas de baixo valor. No mesmo ano, iniciou-se a construção do Bairro da Boavista, com aplicação de rendas sociais, calculadas mediante os rendimentos do agregado familiar. Em 1973, foram entregues as primeiras habitações do recém construído Bairro do Atalaião, bem como a passagem dos fogos propriedade da Fundação Salazar para a Autarquia. Em 1978/1979 iniciaram-se as construção de habitações sociais no bairro da Fontedeira e dos Assentos sendo os proprietários a Câmara Municipal de Portalegre e o Instituto de Gestão e Alienação do Parque Habitacional do Estado. Com um intervalo de 2 a 3 anos vão tendo lugar mais construções no Bairro dos Assentos, cujo as casas são atribuídas através de 46 concursos públicos regulamentados através do Decreto Regulamentar 50/77 de 10 de Agosto, com a aplicação de rendas sociais e de acordo com o nº de elementos da agregado familiar perante a tipologia da casa a ocupar. Em 1994 foram atribuídos os últimos fogos ( 100 ) através de concurso. Para a construção destes fogos camarários foram pedidos empréstimos ao Estado. Em termos numéricos, a Câmara Municipal de Portalegre e o IGAPHE construíram 1177 fogos para habitação social. Deste número, 41% ( 484 ) já foram comprados pelos próprios inquilinos. Existindo desta forma vários proprietários nos blocos, a Autarquia iniciou em 1998 a constituição de condomínios sendo dado apoio logístico e jurídico na formação dos mesmos. Nos últimos anos, Portalegre tem vindo a assistir à implementação de cooperativas de habitação, com preços de venda controlados e não tão especulativos neste tipo de mercado. A Cooperativa da Fontedeira e da Jonshons Controlls já construíram vários prédios distribuídos pelo Bairro da Fontedeira, Ribeiro do Baco e Bairro dos Assentos. Urbanizações Em Portalegre estão a decorrer as seguintes urbanizações • Urbanização da Frei Amador Arrais, dividida em 2 fases, nomeadamente na Zona da Fontedeira e na zona de S. Bernardo. • Urbanização das Carvalhinhas • Urbanização dos Covões • Urbanização do Ribeiro do Baco • Urbanização das Lízias • Urbanização da Sant’ana • Urbanização da Fonte Penedo • Urbanização da Vila Nova 47 3.6 – Condições de Saúde e de Vulnerabilidade aos Comportamentos Desviantes 3.6.1 – Condições de Saúde No que respeita ao estado de saúde do nosso concelho, verifica-se em 2002, que média de utentes por médico de família ronda as 1500 pessoas. Estão inscritos 28838 utentes nos 12 centros de saúde do concelho, dos quais 11.32% têm idades iguais ou superiores a 75 anos. No mesmo ano as consultas de medicina familiar foram as mais procuradas ( 90392), seguidas das consultas de saúde do adulto ( 79954 ). As consultas de planeamento familiar, saúde materna e saúde infantil ( 0 – 2 anos )são as que apresentam menor frequência. Dos registos efectuados no Hospital distrital Dr. José Maria Grande no mesmo período, verifica-se uma maior afluência ( 57% - 25651 consultas ) do sexo feminino às consultas de especialidade. 3.6.2 – Condições de Vulnerabilidade aos Comportamentos Desviantes No que respeita a esta temática, apresentaremos dados objectivos, sobre os quais faremos apenas uma leitura que procuraremos aprofundar no diagnóstico social, com o apoio das Entidades competentes. Problemáticas Menores em Risco Suicídios Violência Doméstica Toxicodependência Breve Leitura - Aumento de Casos de 2002 para 2003; - Aumento significativo do sexo masculino; - Preponderância de casos dos 10 ao 15 anos. - Maior ocorrência nas freguesias rurais; - Preponderância do sexo feminino com idades superiores a 55 anos; - 22 queixas registadas por agressão ou ameaça a mulheres sobretudo com idades compreendidas entre os 25 e 64 anos. - 6088 atendimentos em 2002 que correspondem a 580 utentes; - Novos casos relacionados com o uso de drogas – 32: - N.º de óbitos relacionados com o uso de drogas – 29. Fontes: CPCJ, CAT, PSP, GNR 48 Aquando da reunião do grupo temático “ Segurança “ concluiu-se que se a grande aposta deveria incidir na prevenção de grupos mais vulneráveis, uma vez que as ocorrências registadas no Concelho foram em número reduzido. A fragilidade das crianças e idosos faz com que se tornem mais vulneráveis ao perigo. Assim, foram realizadas duas reuniões de preparação de acções de informação, a serem realizadas em todo o Concelho, com a colaboração da PSP, GNR, Associação de Bombeiros Voluntários, Cruz Vermelha Portuguesa Delegação de Portalegre, IPSS’s, Juntas de Freguesia. Ainda não se concretizaram pela necessidade de uma nova reunião que permita afinar os últimos pormenores. 49 3.7 – Dinâmicas de Intervenção Social 3.7.1 – Acção Social e Projectos em curso no Concelho: Caracterização e Impactos – Alguns Exemplos No âmbito deste documento impõe-se uma referência, ainda que pouco pormenorizada em termos de actividades desenvolvidas na íntegra e de resultados alcançados, mas suficientemente objectiva e indicativa, da acção social e dos projectos de intervenção social com incidência concelhia. Relativamente ao âmbito da acção social e particularmente no que respeita ao balanço das prestações sociais, os quadros seguintes sintetizam em termos numéricos o número de agregados domésticos e de beneficiários abrangidos, quer por via do Rendimento Mínimo Garantido (actual Rendimento Social de Inserção), quer por via de outros apoios complementares e tipo de pensões. a) Rendimento Mínimo Garantido Conforme se pode observar nas tabelas seguintes é significativo o número de processos deferidos a respeitantes ao Rendimento Mínimo Garantido, o que traduz um valor relativamente numeroso de agregados familiares abrangidos por este benefício. No que concerne ao mesmo indicador, mas analisando-o por relação ao sexo e escalão etário do requerente, é na faixa etária dos 25 aos 34 anos que se verifica uma maior frequência de beneficiários do Rendimento Social de Inserção, particularmente por parte dos indivíduos do sexo feminino. Por seu turno, o sexo masculino assume maior frequência no escalão etário entre os 45 e os 54 anos. Quadro n.º 19 - Agregados candidatos e agregados beneficiários Agregados Familiares Entrados Deferidos Indeferidos Proc. N.º Fam Proc. N.º Fam Proc. N.º Fam 963 2461 619 1685 282 628 Fonte: Fonte: CDSS – Portalegre, 2002 Quadro n.º 20 - Beneficiários do RMG, por Sexo e Escalão Etário do Requerente Masc. Fem. - 18 0 2 18-24 4 14 25-34 14 44 35-44 15 31 45-54 18 12 55-64 9 22 65+ 4 4 total 64 129 Fonte: Fonte: CDSS – Portalegre, 2002 50 b) Outros Apoios Complementares Em termos de outros apoios prestados, assumem particular relevância aqueles que decorrem da área da saúde, conforme o atesta a tabela seguinte. As áreas de habitação, educação e transporte assumem valores inferiores à área da saúde. Quadro n.º 21- Outros Apoios Complementares Saúde 132 Educação 19 Habitação 34 Transporte 3 Total 188 Fonte: Fonte: CDSS – Portalegre, 2002 c) Tipo de pensões Por fim, cabe ainda aqui uma referência à tipologia de pensões. A tabela seguinte mostra uma maior incidência das pensões por velhice, em particular as que se referem ao regime geral, sendo também por via deste último que se regista um outro número, igualmente significativo, das pensões por invalidez. Quadro n.º 22 - Tipologia das Pensões P. Social R. Geral Provisória Rural Total Invalidez 73 990 29 27 1121 Velhice 27 3415 110 372 3924 Total 100 4405 139 399 5045 Fonte: CDSS – Portalegre, 2003 Mudando agora o nosso ângulo de análise para a vertente dos projectos de intervenção social e para os equipamentos sociais existentes no concelho, há a salientar a existência de alguns projectos de intervenção comunitária, cujas actividades, embora incidindo junto de grupos-alvo relativamente próximos ou até coincidentes, se destacam pela complementaridade de acções desenvolvidas. Esses projectos são11: - - Ajudar a Viver – Projecto de luta contra a pobreza (Câmara Municipal de Portalegre e Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Portalegre); Projecto de intervenção precoce (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Portalegre); Qualificar a Vida - Projecto de trabalho na família (TEGUA); Projecto Raiz (Obra Social do Sagrado Coração de Maria) 11 NOTA: Esta listagem é necessariamente sucinta, porquanto se sabe que muitas das entidades locais responsáveis por estes projectos encontram-se a aguardar deferimento superior a respeito de outros projectos entretanto submetidos a financiamento ao abrigo de programas operacionais. É o caso de alguns projectos da responsabilidade da Associação TÉGUA. 51 No sentido de complementar e fornecer um quadro suficientemente abrangente e sistematizador de informação a respeito de alguns destes projectos, assim como das entidades por eles responsáveis, apresentam-se as tabelas seguintes, onde é possível encontrar não só os domínios de acção em que se situam, bem como as problemáticas objecto de intervenção, o tipo de valências e equipamentos sociais afectos, para além de uma referência ao número de utentes e às actividades desenvolvidas em concreto. A referência a estes equipamentos e aos seus projectos traduz um quadro de intervenção com alguma visibilidade concelhia e possibilidade de eficácia ao nível da capacidade de resposta face às necessidades identificadas e associadas aos grupos sociais sobre os quais intervêm. No âmbito da Rede Social do Concelho de Portalegre, esta realidade aqui diagnosticada e sistematizada constitui um recurso fundamental para o equacionamento de possibilidades de resposta integrada e articulada entre os parceiros do CLAS, na linha dos objectivos que são inerentes aos processos de constituição e implementação de redes sociais concelhias. No caso de Portalegre, os equipamentos recenseados exercem a sua intervenção em oito domínios de acção: infância, terceira idade, juventude, deficiência, família, comunidade e exclusão social, com particular incidência nos dois primeiros. 52 Quadro n.º 23 - Caracterização dos Equipamentos Sociais do Concelho de Portalegre Designação do Equipamento Domínio de acção Centro Social Comunitário de S. Bartolomeu Infância e Juventude Cerci Deficiência Santa Casa da Misericórdia de Portalegre Infância e Juventude Área geográfica abrangida Problemáticas Creche Pré-escolar ATL/C Distrito Cidade de Portalegre Terceira Idade Lar, Centro de Acamados e Lar residencial = Concelho de Portalegre; Centro Dia e Apoio Domiciliário = Cidade de Portalegre Utentes Valências Acordo Frequência 59 66 80 75 83 123 CAO 25 Residência 10 Formação Profissional 12 ATL/C Inexistência de ATL/S infra-estruturas Refeitório para ocupação Ludoteca de tempos livres Centro Dia Inexistência de suporte familiar Lar Unidade de Apoio a Idosos (UAI) Apoio Domiciliário integrado (ADI) Apoio Domiciliário (AD) 30 Actividade desenvolvida Objectivos Educação de Infância; Ocupação dos tempos livres Actividades Ocupacionais Aprendizagem Formação 100 48 100 75 33 35 90 27 20 20 Ocupação dos tempos livres Apoio a Idosos 97 82 10 10 16 16 80 36 Animação sócio - cultural 53 Caracterização dos Equipamentos Sociais ( continuação ) Designação do Equipamento Domínio de acção Centro de Bem Infância e estar social da Terceira Idade Urra Centro de Convívio do Sport Club Estrela Obra de Santa Zita Área geográfica abrangida Problemáticas Utentes Valências Acordo Frequência Creche Pré-escolar 18 20 16 18 Centro de Convívio 40 50 Creche 35 35 Objectivos Educação de Infância Educação de Infância Infância Pré-escolar Santa Casa da Infância Misericórdia de Alegrete Actividade desenvolvida 50 54 ATL/C 40 40 Creche Pré-escolar ATL/C ATL/S 17 25 10 30 17 24 10 10 Trabalho com a família Educação de Infância; Ocupação dos tempos livres Terceira Idade Centro Dia Lar Apoio Domiciliário (AD) 20 22 30 7 24 22 Apoio a Idosos 54 Caracterização dos Equipamentos Sociais ( continuação ) Designação do Equipamento Domínio de acção Associação de Infância Amigos da Terceira Idade Terceira idade – Carreiras Associação de Infância Amigos da Terceira Idade – Fortios Terceira Idade Centro Social Nª Senhora da Esperança Centro Social Paroquial de S. Tiago da Urra Terceira Idade Área geográfica abrangida Problemáticas Utentes Valências Actividade desenvolvida Acordo Frequência ATL/C 15 20 Centro Dia 18 6 Apoio Domiciliário 18 20 Creche Pré-escolar 26 15 25 15 Educação de Infância; Centro Dia Lar Apoio Domiciliário (AD) 15 34 32 15 34 32 Prestação de cuidados aos Idosos; Centro Dia 20 Objectivos Ocupação dos tempos livres Apoio a Idosos Fornecimento de Refeições; 20 Apoio a Idosos Infância Terceira Idade Apoio Domiciliário (AD) ATL/C 7 7 25 30 Centro Dia Lar Apoio Domiciliário (AD) 15 11 35 13 11 24 Ocupação dos tempos livres Prestação de cuidados aos Idosos; Fornecimento de Refeições; 55 Caracterização dos Equipamentos Sociais ( continuação ) Designação do Equipamento Casa do Povo da Alagoa Domínio de acção Área geográfica abrangida Problemáticas Infância Terceira idade Centro Social Infantil “O Girassol” Utentes Valências Acordo Frequência ATL/C ATL/S Centro Dia 10 20 20 8 17 17 Apoio Domiciliário 15 12 Ocupação dos tempos livres Prestação de cuidados aos Idosos; Fornecimento de Refeições; Educação de Infância Infância Creche Pré-escolar 35 52 38 55 Infância Creche 44 44 Pré-escolar 48 48 ATL/C 20 20 ATL/S 10 20 Centro Social Infantil de S. Cristóvão Associação de Exclusão Desenvolviment Social o regional d’entre Tejo e Guadiana TEGUA Doenças mentais Abandono/ Rejeição familiar Toxicodependência Alcoolismo Violência doméstica Prostituição Actividade desenvolvida Centro de Acolhimento para os sem abrigo 40 Objectivos Educação de Infância; Ocupação dos tempos livres Acolhimento, Reduzir a integração e exclusão social acompanham ento dos semabrigo; 56 Designação do Equipamento Domínio de acção Associação Sete Montes de S.- Julião Terceira idade Centro Social Diocesano de Sto. António Infância Caracterização dos Equipamentos Sociais ( continuação ) Utentes Área Problemáticas Valências geográfica Acordo Frequência abrangida Apoio Domiciliário 25 Objectivos Apoio a Idosos Fornecimento de Refeições; Creche Internato Distrital de S. António 20 Actividade desenvolvida Infância/ Distrito de Juventude em Portalegre risco Desorganização/ desagregação familiar Famílias em risco 68 63 Pré-escolar 60 62 ATL/C 15 16 Lar para crianças e Jovens 28 + 2 28 + 2 + 2 Educação de Infância; Ocupação dos tempos livres Acolhimento, Acolher crianças e jovens em integração e acompanhamento risco de crianças Proporcionar às Desenvolvimento crianças e jovens de estruturas de Actividades vida lúdicas, semelhantes às recreativas e vividas em ocupacionais: família Colónias de férias, expressão plástica, dinâmica Garantir um saudável de grupos desenvolvimento físico, intelectual e moral às crianças e jovens residentes 57 Caracterização dos Equipamentos Sociais ( continuação ) Designação do Equipamento Internato Distrital de Nª Sr.ª da Conceição Domínio de acção Infância/ Juventude Em risco Área geográfica abrangida Distrito Problemáticas Utentes Valências Acordo Desorganização/ desagregação familiar Famílias em risco Lar para crianças 30 + 2 e jovens Actividade desenvolvida Objectivos Frequência 30 + 1 Acolher crianças e Acolhimento, jovens em risco integração e acompanhamen Proporcionar às to de crianças crianças e jovens Desenvolviment estruturas de vida semelhantes às o de vividas em família Actividades lúdicas, Garantir um recreativas e saudável ocupacionais: desenvolvimento Colónias de físico, intelectual e férias, moral às crianças expressão e jovens plástica, residentes dinâmica de grupos 58 Designação do Equipamento Domínio de acção Associação Deficiência Portuguesa pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) Área geográfica abrangida Concelho de Portalegre Marvão Castelo de Vide Nisa e Crato Caracterização dos Equipamentos Sociais ( continuação ) Utentes Problemáticas Valências - Deficiência; - Risco Biológico; - Risco envolvimental; - Atraso de desenvolvimento; - Carências económicas; - Desemprego; - Precaridade de emprego; - Carência habitacional; Desresponsabilização parental; - Ausência de hábitos de higiene; - Ausência de acompanhamento terapêutico adequado; - Não integração em espaço educativo; - Debilidade materna; - Ausência de planeamento familiar; - Alcoolismo; - Analfabetismo; Centro de Actividades Ocupacionais Acordo 10 Frequência 10 + 32 (pedidos novos) Actividade desenvolvida Prevenção (Intervenção Precoce); Escolarização; Nota: Janeiro de 2003: Apoio directo =24 Apoio Indirecto = 19 Pedidos novos =25 Objectivos - Criar condições e recursos para responder às necessidades dos utentes e famílias; - Assegurar as condições de equilíbrio físico, psicológico e social, bem como a valorização pessoal e integração na comunidade; - Promover a transdisciplinaridade, a articulação com os serviços da comunidade e a intervenção centrada na criança e na família; - Assegurar condições facilitadoras do desenvolvimento da criança com deficiência; - Potenciar melhoria das interacções familiares; - Reforçar competências familiares como suporte de capacitação e autonomia face à deficiência; - Promover uma integração social activa (redes sociais de suporte), mediante o desenvolvimento de actividades ocupacionais, com vista à sua valorização pessoal e ao aumento da sua qualidade de vida; - Incentivar o emprego protegido 59 Caracterização dos Equipamentos Sociais ( continuação ) Designação do Equipamento Obra Social do sagrado Coração de Maria Domínio de acção Infância Família Comunidade Área geográfica abrangida Distrito (Acolhimento de Crianças) Cidade (Projecto Raiz) Problemáticas Famílias com desajustamentos psicossociais (alcoolismo, toxicodependência, prostituição); Família desintegrada profissionalmente e com falta de suporte social para cuidar da criança Utentes Valências Centro de Acolhimento Acordo Frequência 20 + 4 21 Actividade desenvolvida Acolhimento temporário de crianças; Trabalho com famílias: Projecto Raiz Projecto Renascer Objectivos Inserir Mudar Encaminhar Trabalhar e Rede Reflectir Prevenir Implicação da comunidade: Núcleo Duro, Famílias de Apoio Abuso sexual Negligência Abandono Maus tratos psicológicos 60 3.7.2 – Projectos Apresentados no CLAS para Posterior Emissão de Parecer Paralelamente às estruturas locais e aos seus projectos de intervenção social e comunitária já em curso, regista-se a intenção de algumas entidades locais encontrarem-se a desenvolver novos projectos a fim de dar resposta a problemas já diagnosticados nas freguesias ou áreas de intervenção. Assim, e tendo em conta o cenário da Rede Social de Portalegre, por via do seu respectivo CLAS, vir a emitir pareceres a propósito de projectos a implementar a curto/médio prazo (muito embora ainda não possa fazer oficialmente antes do diagnóstico social estar formalmente aprovado), considera-se um dado qualitativo a referência a esses projectos que já são do conhecimento do CLAS. Num total de cinco, esses mesmos projectos distribuem-se no essencial pela intervenção junto de três grupos-alvo identificados: a terceira idade, a juventude e a infância. Os projectos apresentados foram os seguintes: - “Centro de Noite”, da responsabilidade do Centro Social Paroquial de S. Tiago da Urra, cuja candidatura é dirigida ao POEFDS (Programa Operacional Emprego, Formação e Desenvolvimento Social) (*) - Centro de Acolhimento “A Vida Nasce”, da responsabilidade do Centro Social e Diocesano de Santo António, tendo como destinatários as mães solteiras adolescentes, com valência de formação profissional, e área de abrangência as Dioceses de Portalegre e Castelo Branco (**); - Remodelação do espaço e do piso onde funciona a creche “o Girassol”, para introdução de equipamento didáctico, da responsabilidade do Centro Social Infantil “O Girassol” (**); - O Ninho de S. Bartolomeu (Bairro dos Assentos), para o qual são solicitados apoios tendo em vista a aquisição de material pedagógico, remodelação de espaço e contratação de pessoas, da responsabilidade do Centro Social Comunitário de S. Bartolomeu (**); - Remodelação e Ampliação de um Centro de Apoio Domiciliário, da responsabilidade da Associação Sete Montes de S. Julião, cuja área de abrangência coincide com a freguesia de S. Julião (**). (*) Apresentado na 6ª reunião do CLAS CLAS. (**) Apresentado na 7ª reunião do 61 3.7.3 - Voluntariado No âmbito da Rede Social do concelho de Portalegre pretende-se conferir um renovado impulso ao voluntariado local, procurando organizá-lo mediante a criação das condições necessárias para que o mesmo possa constituir um motor de desenvolvimento social. Neste sentido, está em curso um estudo visando o levantamento e actualização das entidades e das pessoas que possam vir a ser mobilizadas no âmbito do voluntariado do concelho de Portalegre. Este levantamento retoma um estudo anterior, estando a ser coordenado por elementos do Núcleo Executivo da Rede Social. Aquando do desenho final do Diagnóstico Social, dar-se-á conta dos resultados entretanto alcançados, por forma a equacionar um modelo de organização e gestão do voluntariado local. 62 3.8 – Identidade Cultural e Dinâmicas Associativas do Concelho 3.8.1 – Património do Concelho Não cabe no âmbito deste documento nem à Rede Social discorrer de forma alargada sobre este sub-capítulo. Porém, tendo em conta o entendimento científico do conceito de património, que, em síntese, passa pelo reconhecimento de uma grande variedade de elementos, símbolos e exemplos relacionados com uma grande diversidade de vertentes, como sejam, a arquitectónica, a arqueológica, a religiosa, a gastronómica e a cultural, entre outras, faz sentido introduzir uma breve referência à sua importância, nomeadamente numa perspectiva do mesmo património (sobretudo cultural) poder vir a constituir um recurso ao serviço do desenvolvimento social e económico das populações abrangidas pela Rede Social. Sabe-se, por exemplo, que o concelho é caracterizado por uma cultura ancestral, marcada por um conhecimento profundo da terra, dos materiais e dos «modos de estar e de fazer», os quais conferiram ao longo dos tempos uma determinada identidade sócio-cultural à região e ao concelho de Portalegre. Alguns desses «modos de fazer» constituem mesmo um potencial de conhecimento e de experiência, abertas à inovação, permitindo a adequação e o entrosamento dos processos tradicionais com as novas formas produção e comercialização científico-tecnológicas, mais exigentes no que toca a parâmetros de qualidade e genuinidade, por exemplo nas áreas da agropecuária, no ambiente, no artesanato e nos produtos tradicionais. A começar pelas célebres tapeçarias de Portalegre e a terminar nos conhecidos produtos gastronómicos certificados, é possível dizer, com propriedade, que o concelho detém um significativo e diversificado legado patrimonial, o qual pode e já tem sido – nomeadamente nas áreas agroalimentar e no artesanato – utilizado como estratégia de desenvolvimento local. Os exemplos em torno dos produtos agrícolas e pecuários do distrito sugerem que iniciativas que passam pelo enquadramento dos mesmos, através da procura de recuperação de saberes tradicionais aliando-lhes posteriormente critérios e padrões de qualidade, mais consentâneos com as modernas exigências por parte de quem valoriza e adquire esses produtos, pode constitui uma forma viável e alternativa de actuação junto de comunidades e populações rurais (mas também urbanas) capazes de dar corpo a estratégias de sobrevivência económica, que passam, por exemplo, pela dinamização do património gastronómico. As tabelas que a seguir se apresentam resumem, a título ilustrativo, algumas das características associadas a produtos agro-alimentares tradicionais inscritos precisamente na lógica de conciliação entre o tradicional e moderno que atrás referenciámos. Contam-se entre esses produtos os Azeites do Norte Alentejano (DOP- Denominação de Origem Protegida), a Castanha de Marvão (DOP), a Cereja de São Julião (DOP), a Maçã de Portalegre (DOP), o 63 Borrego do Nordeste Alentejano (IGP – Indicação Geográfica Protegida), o Queijo de Nisa (IGP), o Queijo Mestiço de Tolosa (IGP) e um conjunto de outros produtos alimentares igualmente com Indicação Geográfica Protegida. Descrição Possui Características que permitem qualificá-lo como azeite virgem ou extra virgem nos termos da Regulação Comunitária. É obtido por processos mecânicos, a partir de azeitonas de elevada percentagem de variedades, sendo a galega a predominante. São azeites de baixa a muito baixa acidez, ligeiramente espessos, frutados, de cor amarelo ouro por vezes ligeiramente esverdeado, perfume e gosto suave, bem característico e agradável ao paladar. Azeites do Norte Alentejano História Uso A propagação Em culinária, na de da oliveira por preparação toda a bacia pratos tradicionais, mediterrânica remonta à nomeadamente ( antiguidade. Os sopas açorda, sopa de árabes mantiveram a bacalhau, cultura e por certo gaspacho, etc. ), a fizeram nas migas, nos de prosperar. Gama pratos Barros esclarece bacalhau e de no que onde a caça, reconquista cristã sarapatel, etc. se realizou mais tardiamente foi onde a importância da cultura do olival era maior. Pode afirmar-se que na Idade Média o azeite ocupava o primeiro lugar na condimentação dos alimentos Produção Produzida na área geográfica constante do Despacho n.º 61/94, de 15/02. O estatuto de Organismo Privado de Controlo e Certificação foi reconhecido à Associação de Agricultores do Distrito de Portalegre, pelo Aviso n.º 7663/2000 publicado no D.R. n.º 103, II Série de 4 de Maio de 2000. Registada e protegida a denominação de Origem pelo regulamento ( CE ) n.º1107/96, de 12 de Junho. Fonte: Câmara Municipal de Portalegre “ Os Nossos Produtos Tradicionais com Nome Protegido 64 Descrição A Castanha é obtida do castanheiro das variedades Bárea, Clarinha ou Enxerta e As duas Bravo. primeiras ocupam cerca de 75% da área total. O Calibre varia entre 80 e 125 frutos/kg. É particularmente saborosa e não muito fácil de descascar. Variedade Bárea: precoce, com perianto duro, castanho escuro baço e parte interna tomentosa. Aptidão para o descasque regular, saborosa, um pouco “acre” e com maior calibre; Variedade Clarinha ou Enxerta: com perianto duro, castanho claro e brilhante. Parte tomentosa. Com aptidão para o descasque é a mais saborosa de todas as variedades; Variedade Bravo: com perianto duro, castanho avermelhado brilhante e hilo pequeno, aptidão para o descasque muito boa, saborosa e com maior percentagem de humidade. Castanha Marvão – Portalegre História Uso O castanheiro é uma espécie agroflorestal que vegeta no nordeste alentejano, constituindo a única mancha a sul do país constituída, por espécimens perfeitamente adaptadas às condições edafoclimáticas. O castanheiro e a castanha são modulantes da paisagem, prestando ambos o seu contributo cultural, fazendo parte dos usos e costumes da gente alentejana. Na prosa de Frei Amador Arrais pode ler-se, a propósito dos castinçais de Marvão “...parece estremasse a natureza na fresquidão do arvoredo.” A Castanha, obtida a partir do castanheiro pode apresentar-se sob a forma de castanha fresca, acondicionada em embalagens de rede vermelha; Sob a forma de castanha seca ou pilada, acondicionada em recipientes revestidos a plástico transparente. A castanha, nesta região é muito usada para fins gastronómicos. Produção Produzida na área geográfica constante do Despacho nº53/94, de 20/21 (concelhos de Castelo de Vide, Marvão e Portalegre). O estatuto de Organismo Privado de Controlo e Certificação foi reconhecido à AADPAssociação dos Agricultores do Distrito de Portalegre, pelo Aviso publicado no D.R. n.º 28, de 0302-94.Reconhecida a Denominação de Origem pelo Despacho acima mencionado. Registada e protegida a Denominação de Origem pelo Regulamento (CE) n.º1107/96. Fonte: Câmara Municipal de Portalegre “ Os Nossos Produtos Tradicionais com Nome Protegido 65 Descrição Fruto proveniente da macieira, variedade Bravo de Esmolfe, muito doce e perfumada. É uma maçã média, redonda, achatada, de cor amarela esverdeada, com manchas rosáceas e pedúnculo curto, com cheiro pronunciado, doce e com sabor acentuado. Resulta provavelmente de um cruzamento de maçã Camoesa e de uma Melapio ou afim. O seu calibre varia entre 60 e 70mm. Nesta região não é permitida a consociação da macieira com qualquer outra cultura ou com a silvopastorícia. Usualmente a maçã Bravo Esmolfe só produz em anos alternados, mas nesta região, e por enxertia no porta enxerto (M2), verifica-se que produz todos os anos. Efectua-se uma poda de Inverno. A produção tem início em fins de Setembro ou princípios de Outubro. A colheita é feita directamente da árvore, tendo em atenção estado de maturação. A maçã é colocada em cestos de madeira revestidos para amortecer a queda do fruto. É depois escolhida e calibrada. Antes do acondicionamento definitivo a maçã deve ficar em câmara de frio de um dia para o outro. O acondicionamento é feito em caixas de alvéolos, com pelo menos 15Kg de fruta. Maçã de Portalegre História Uso A existência de maçã Bravo de Esmolfe nesta região do país remonta ao início do século. Constituiu uma das varias tentativas bem sucedidas de fazer vingar esta variedade da maçã fora da sua área geográfica de origem. Pese embora o sucesso obtido, e como era de esperar, o facto é que as maçãs Bravo Esmolfe obtidas na Serra de S. Mamede têm características diferentes (nomeadamente coloração e dimensões) das obtidas na Beira. A maça Bravo de Esmolfe, tem características próprias da variedade e distingue-se das suas similares noutra região pelo sabor e aroma característicos resultantes das condições edafoclimáticas da respectiva região da produção. Produção Esta variedade de maçã é produzida na área geográfica constante do Despacho n.º40/94 de 25-03 (produção, preparação e acondicionamento), que esta circunscrita aos concelhos de Castelo de Vide, Marvão e Portalegre. O estatuto de Organismo Privado de Controlo e Certificação foi reconhecido à AADP – Associação dos Agricultores do Distrito de Portalegre pelo Aviso publicado no D.R. n.º 32 de 8/2/94. Reconhecida a Indicação Geográfica pelo Despacho acima mencionado. Registada e protegida a Indicação Geográfica através do Regulamento (CE)n.º 1107/96 de 2609. Fonte: Câmara Municipal de Portalegre “ Os Nossos Produtos Tradicionais com Nome Protegido 66 Cereja de São Julião - Portalegre Descrição Cereja de cor preta, de sabor muito doce e com acentuada pigmentação na polpa, bem visível ao corte e a mastigação, de forma redonda, pedúnculo comprido e com peso médio entre 5 e 8 g. Esta cereja é proveniente de cultivares resultantes do cruzamento da cerejeira brava com as variedades autóctones da zona de Portalegre. As características edafo-climáticas da região são de tal forma marcantes que proporcionaram a existência e desenvolvimento de uma variedade local de cerejeira. É esta variedade que enxertada em cereja brava, origina uma cereja ímpar, cuja qualidade decorre ainda dos cuidados e dos usos locais, leais e constantes postos da sua cultura. Não se associa a cerejeira a outras culturas ou à silvopastorícia. Executa-se uma lavoura em Novembro, Fevereiro ou abril, e em anos chuvosos, ainda uma em Julho. A produção inicia-se na segunda quinzena de Junho e prolonga-se até finais de Julho, em zonas de maior altitude. A cereja é colhida directamente da árvore, tendo em atenção o estado de maturação da variedade. A “colha” vai para um cesto de madeira devidamente revestido para amortecer a queda do fruto. É depois escolhida, seleccionada e embalada. História Desde há muitos anos a esta parte, que as gentes de S. Mamede descobriram a facilidade de adaptação desta fruteira do nosso clima. Era pois comum ouvir falar de locais como Vale de Rodão, Ribeira de Nisa, Monte Carvalho, e S.Julião, assim como de pessoas José Mimoso ou Batista Vaz ou Isidoro Maria Tavares Castelhano e muitos outros, todos eles produtores de cereja, como já eram seus pais. O êxodo rural , o aumento do preço da mão de obra e a falta de compradores fizeram deteriorar-se e mesmo perder-se alguns desses pomares. No entanto ainda é fácil encontrar exemplares de 30 e 40 anos que chegaram aos nossos dias e que continuam em produção. Uso A cereja de S.julião – Portalegre, de cor preta, é uma variedade muito resistente e muito saborosa, consumida sob a sua forma natural. Produção Produzida na área geográfica constante do despacho n.º 46/94, de 20-21 (concelhos de Castelo de Vide, Marvão e Portalegre). Reconhecido o estatuto de Organismo Privado de Controlo e Certificação à AADP – Associação de Agricultores do Distrito de Portalegre, pelo Aviso publicado no D.R. n.º 28 de 03-02-94. Reconhecida a Denominação de Origem Protegida pelo Despacho acima mencionado. Registada e protegida a Denominação de Origem Protegida pelo Regulamento (CE) n.º 1107/96, de12-06. Fonte: Câmara Municipal de Portalegre “ Os Nossos Produtos Tradicionais com Nome Protegido 67 Descrição O Borrego do Nordeste Alentejano é criado em explorações pecuárias desta região com características edafoclimáticas mediterrânicas, verões muito quentes e secos. Na base da alimentação dos rebanhos desta região estão as pastagens naturais que aqui se desenvolvem, a coberto dos montados de azinho, sobro e carvalho, sendo a bolota e a glande uma fonte energética importante para os animais. Estes alimentos especiais estão a disposição das ovelhas na altura de maior concentração de partos, permitindo que as ovelhas criem borregos maiores e mais saudáveis. Esta região è caracterizada por explorações mistas de ovinos e bovinos, pois, desse modo, rentabilizam-se mais as pastagens, andando o rebanho de ovelhas sempre atrás da manada de vacas. Os rebanhos vão desde os 20 animais até aos 1500, sendo a média de 300 a 400 animais. Os borregos são abatidos entre os 90 e 120 dias, com um peso de carcaça entre os 9 a 15 Kg. Borrego do Nordeste Alentejano História Uso A raça Merino Branco tem uma origem comum aos restantes merinos da Península, que é considerada o seu berço. Segundo dados históricos apontados por vários investigadores, a raça é anterior à data da formação da nossa nacionalidade (Sobral, Marcelino et al.). A exploração de ovinos esteve, desde sempre, ligada à região alentejana, inicialmente vocacionada para a produção de lã, para a qual a raça Merino Branco sempre foi considerada de excelente qualidade. De tal forma que foi utilizada para melhoramento das raças dos antipodas (Austrália e Nova Zelândia), a partir das quais se produzem, hoje, lãs de melhor qualidade. O borrego tem uma importância extraordinária na economia alentejana, constituindo não só uma apreciável fonte de receita para os seus criadores mas também desempenhando um papel fulcral na dieta alimentar das populações. A carne de Borrego do Nordeste Alentejano, pela sua textura e suculência, confere às preparações culinárias um sabor e aroma que as tornam um dos principais cartões de visita desta região. Destas, as mais conhecidas e apreciadas são o ensopado de borrego, o sarapatel, a sopa de miúdos, o cozido de grão, o ratatau (borrego guisado com batatas). No Alentejo, a preparação do borrego faz-se aproveitando o calor dos fornos de lenha, após a cozedura do pão. A loiça tradicional de barro, especialmente os tão afamados barros de Nisa e de Flor da Rosa, é a mais utilizada para confeccionar os pratos típicos à base de borrego, pois confere características organolépticas especiais sui generis aos cozinhados. É também prática corrente a utilização do borrego para fazer grelhados no carvão. De facto, a gordura tópica da carne de borrego permite confeccionar grelhados saborosos e suculentos. Produção Produzido na área geográfica constante do Despacho n.º 5131/98 (2ª Série), de 9/2/98 (todos os concelhos do Distrito de Portalegre). O estatuto de Organismo Privado de Controlo e Certificação foi reconhecido à AADP – Associação dos Agricultores do Distrito de Portalegre, pelo Aviso n.º 5241/98 (2ª Série), publicado no D.R. n.º 77, de 1/4/98. Reconhecido como Indicação Geográfica pelo Despacho acima mencionado. Fonte: Câmara Municipal de Portalegre “ Os Nossos Produtos Tradicionais com Nome Protegido 68 CACHOLEIRA BRANCA DE PORTALEGRE DESCRIÇÃO HISTÓRIA PRODUÇÃO Enchido tratado por escaldão, constituído basicamente por fígado e outros órgãos internos e gorduras de porco da raça Alentejana, adicionados de condimentos. O aspecto exterior do enchido é castanho escuro acinzentado, brilhante, de consistência semi-mole e invólucro bem aderente à massa. O seu sabor é agradável e pouco salgado. O fígado e outras vísceras são migadas e batidas com o dorso de uma faca até ficarem em pasta ou são picadas em pedaços de 2mm. As gorduras são migadas em fragmentos de 1,5 a 2,5 cm. Misturam-se estes vários ingredientes com um pouco de sangue de porco e os condimentos (alho, cominhos, pimentão doce e sal) mexendo muito bem. A massa repousa 12 a 24 h em ambiente cuja temperatura não ultrapassa 10ºC e cuja humidade deve estar próxima dos 80/90%, enchendo-se por fim em tripa delgada ou grossa de porco de modo que a tripa fique bem cheia e apertada. Submete-se em seguida a escaldão que dura em média 1h. Em seguida as cacholeiras são mergulhadas em água fria por um período de 2 a 5m. O produto final deve ser manipulado e conservado a uma temperatura que oscile entre 5 e 10ºC. José Nunes Fidalgo, em 1750, cita os enchidos de Mais tarde Portalegre. Bento da Maia refere os enchidos de Portalegre fazendo descrições que ainda hoje correspondem aos métodos de fabrico tradicionais e artesanais praticados. Estes enchidos, que durante séculos foram parte do sustento dos nossos antepassados, são hoje pitéu delicioso à mesa de qualquer restaurante ou casa de família. Produzido na área geográfica constante do despacho n.º 16/96 de 2103 (todos os concelhos do distrito de Portalegre).O estatuto de Organismo Privado de Controlo e Certificação foi reconhecido à AADP – Associação dos Agricultores do Distrito de pelo Aviso Portalegre, publicado no D.R. n.º 96 de 23-04-96. Reconhecida a Indicação Geográfica pelo acima Despacho mencionado. Registada e protegida a Indicação Geográfica através do Regulamento (CE) n.º 1857/97 de 26-09. Fonte: Câmara Municipal de Portalegre “ Os Nossos Produtos Tradicionais com Nome Protegido 69 CHOURIÇO DE PORTALEGRE DESCRIÇÃO HISTÓRIA PRODUÇÃO na área Enchido fumado, A matança do porco Produzido constituído por carne e esfuma-se na memória geográfica constante do gorduras rijas e frescas dos nossos avós. A despacho n.º 16/96 de (todos os de porco da Raça oferta concentrada de 21-03 Alentejana, em pedaços carne aliada à dificuldade concelhos do distrito de superiores a 1,5cm, de escoamento face à Portalegre). adicionadas de sal, alhos distância aos grandes O estatuto de OPC foi urbanos reconhecido a AADP – secos pisados, pimentão centros ao Associação doce, pimentão da horta conduziu de de Agricultores do Distrito em massa e vinho aprofundamento de de Portalegre, pelo Aviso branco da região de técnicas e publicado no D.R. n.º 96, Portalegre (utilização transformação Os de opcional). O invólucro é conservação. 23-04-96. tripa natural seca de tradicionais e saborosos Reconhecida a Indicação bovino ou de suíno. È um enchidos de Portalegre, Geográfica pelo enchido em forma de que durante séculos Despacho acima ferradura, serviram de “conduto” mencionado. individualizado, atado por aos nossos Registada e protegida a fio de algodão nas duas antepassados, são hoje Indicação Geográfica extremidades ou encarados como um através Regulamento apertado por torção da delicioso pitéu à mesa de (CE) n.º 1857/97 de 2609. própria tripa, com qualquer restaurante. comprimento até 40 cm. Já Carlos Bento da Maia Aspecto avermelhado no seu livro de cozinha brilhante consistência editado em fins do século firme, invólucro sem XIX mencionava, nas roturas bem aderente a suas descrições dos massa. Sabor Agradável, enchidos de Portalegre, suave ou delicado, os mesmos ingredientes ligeiramente salgado e e métodos que são hoje por vezes de travo utilizados. Também o Dr. ligeiramente picante. José Nunes Fidalgo fazia Aroma agradável, referencia aos citados levemente fumado e sui enchidos numa Memória generis. Gordura Paroquial de 1750. brilhante, coloração branco-nacarado, aromática e de sabor agradável. Fonte: Câmara Municipal de Portalegre “ Os Nossos Produtos Tradicionais com Nome Protegido 70 CHOURIÇO MOURO DE PORTALEGRE DESCRIÇÃO HISTÓRIA PRODUÇÃO Enchido fumado, A matança do porco Produzido na área constituído por aparas de esfuma-se nas memórias geográfica constante do carne ensanguentadas, dos nossos avós. Os Despacho n.º 16/96 de gorduras e vísceras de tradicionais e saborosos 21-03 (todos os porco da Raça enchidos de Portalegre, concelhos do distrito de Alentejana, finamente que durante séculos, Portalegre). serviram de “conduto “ O estatuto de Organismo fragmentadas, nossos Privado de Controlo e adicionadas de sal, alhos aos secos pisados, pimentão antepassados são hoje Certificação foi doce e pimentão da horta encarados como um reconhecido à AADP – em massa e por vezes, delicioso pitéu à mesa de Associação de cominhos e vinho branco qualquer restaurante. A Agricultores do Distrito da região de Portalegre elevada qualidade é-lhes de Portalegre, pelo Aviso (utilização opcional). O conferida não só pela publicado no D.R. n.º 96, manufactura e de 23-04-96. invólucro é a tripa natural sua de bovino. È um enchido qualidade da matéria Reconhecida a indicação em forma de ferradura, prima mas, sobretudo, Geográfica pelo apertado por torção e/ou pelas condições edafo- Despacho acima que mencionado. atadura nas climáticas extremidades, com fio de proporciona a Serra de Registada e protegida a Indicação Geográfica algodão, com São Mamede. através do regulamento comprimento até 30 cm. (CE) n.º 1857/97 de 26Aspecto avermelhado09. negro, brilhante, consistência semi-rija, invólucro sem roturas e bem aderente à massa. Sabor agradável, suave ou delicado, pouco salgado e por vezes de travo ligeiramente picante. Aroma agradável e sui generis. Gordura brilhante, aromática e de sabor agradável. Fonte: Câmara Municipal de Portalegre “ Os Nossos Produtos Tradicionais com Nome Protegido 71 3.8.2 – Actores e Dinâmicas Associativas É significativo o número de associações locais recenseadas no concelho de Portalegre. No anexo 1 pode conhecer-se a lista das várias associações por relação ao tipo de actividades desenvolvidas. Assim, no que toca às associações protagonizadas por jovens, quer assumidas como formais, quer como informais, contabilizam-se cerca de dez grupos associativos, com primazia para as do primeiro tipo (formais), em número de oito, contra apenas duas informais. Em relação às associações desportivas, caracterizam-se sobretudo pela diversidade de modalidades que praticam, englobando a caça, os jogos tradicionais, a natação, a columbofilia, a pesca desportiva, o Badmington, o andebol, o atletismo, o futebol, o basquete, a aventura e expedições, entre outras mais específicas, ligadas por exemplo à arbitragem, à tauromaquia, etc..., totalizando vinte e uma associações desportivas. Paralelamente, existe um número não desprezável de grupos desportivos, de dimensão variável, num total de sete. Tendo por base ainda a informação constante no mesmo anexo, destaque-se a existência de vários equipamentos desportivos, por entre, piscinas, salas de desporto, ginásios, polidesportivos, campos de grandes jogos, campos de ténis, um pavilhão, um kartódromo e um picadeiro. No âmbito deste recenseamento de entidades associativas, importa não deixar de mencionar outras dinâmicas associativas de perfil diferente, mas com actuação no concelho de que são exemplos a associação Rotários, o Lyons e a Confraria de Santo António12. 3.8.3 – Outras Dinâmicas Culturais do Concelho O concelho de Portalegre goza actualmente de uma dinâmica cultural com alguma visibilidade, mediante um conjunto de actividades culturais vocacionadas para diferentes públicos e caracterizadas por uma diversidade de iniciativas com expressão, tanto popular como erudito. A utilização de espaços convencionais a par da organização de iniciativas em espaços menos convencionais, veio introduzir uma determinada regularidade na oferta de actividades de índole cultural, desde exposições temáticas; apresentação de livros de autores não só conhecidos do grande público e com dimensão nacional, mas também de autores da região; para além de outras iniciativas organizadas em parceria com outras forças vivas do concelho, de inserção institucional variada. Porém, não cabe no âmbito deste documento diagnosticar e caracterizar essa dinâmica cultural na forma como a mesma se apresenta aos públicos do concelho e da região, mas antes introduzir uma referência às entidades, aos 12 Prevê-se no documento final relativo já ao Diagnóstico Social a introdução de mais elementos característicos da actividade desenvolvida por estas entidades. Por ora cingimo-nos à sua identificação no âmbito deste pré-diagnóstico. 72 agentes culturais do concelho que, com maior ou menor dificuldade, com mais ou menos regularidade, contribuem igualmente para a existência da referida dinâmica cultural. Assim, importa mencionar a existência de pólos de expressão sóciocujltural e recreativa, quer localizadas nas freguesias urbanas do concelho, quer situados nas freguesias rurais. No anexo 2 é apresentada uma listagem de agentes culturais do concelho, incluindo associações culturais, recreativas e desportivas; centros culturais/recreativos e desportivos (os quais ganham uma expressão mais significativa no conjunto dos pólos de expressão sócio-cultural) algumas das quais pertencendo a entidades ligadas ao mundo das empresas, a instituições educativas, e a outras entidades de perfil diferenciado; uma companhia de teatro profissional; um grupo de teatro amador, três escolas de música, das quais duas são privadas; três salas de música e orquestras; vários grupos corais (em número de cinco); e dois ranchos folclóricos. A adicionar a estes elementos é importante realçar a existência de alguns equipamentos culturais, os quais centralizam, na generalidade, as diversas manifestações culturais do concelho. Esses equipamentos incluem um teatro, cinco museus, oito auditórios de dimensão e capacidade variável, duas salas de cinema, uma biblioteca municipal, dois jornais e duas rádios locais e vários espaços de diversão nocturna (10 bares). A finalizar este recenseamento, há ainda a destacar a existência de alguns espectáculos e festividades cíclicas de periodicidade anual como sejam as festas da cidade, a feira de gastronomia e artesanato, a feira do idoso, o festival da juventude, a ferpor, as festas dos santos populares e as festas de verão. Uma nota final impõe-se na sequência dos dados apresentados a propósito das dinâmicas culturais do concelho. Tendo em conta que este documento visa uma primeira aproximação à realidade social do concelho, faz sentido incluir algumas referências aos agentes e às suas iniciativas de âmbito sócio-cultural, desportivo e recreativo. A razão é simples e passa pela assunção da ideia de que a intervenção comunitária em ordem à promoção do desenvolvimento social das populações passa também pela possibilidade de equacionar formas de ocupação saudável, por exemplo de grupos de risco (mas não só!), visando em última instância contribuir para uma maior, melhor e mais atenta aproximação das estruturas existentes não só aos habituais utentes e públicos, mas igualmente a potenciais utilizadores, os quais, porventura, desconheçam a sua existência, ou não sabem como beneficiar/participar nas várias actividades levadas a cabo pelos agentes culturais atrás recenseados. 73 Bibliografia INE, O País em Números, 2002 INE, Recenseamento Geral da População e Habitação – resultados definitivos, 2001 Módulos PROFISSS, Guia do Formando, Rede Social, MTS, Lisboa, Maio 2000 Os Nossos Produtos Tradicionais, com Nome protegido, CMP, 2003 Viver Portalegre, Programa Polis- Plano Estratégico, MAOT, Lisboa, 2002 Toda a documentação facultada pelos Parceiros da Rede Social 74 Anexos 75 Anexo 1 N.º Total de Associações por tipo de actividade Jovens (formais) – 1 Carreiras, 2 Fortios, 1 Reguengo, 1 Urra, 3 Portalegre (Verdade, farol 7, Megamente) Jovens (informais) – 1 Alagoa, 1 S. Julião Desportivas – Assoc. Caçadores M. Carvalho, Assoc. Jogos Tradicionais, Grupo de Forcados Amadores ptg. , Assoc. Natação D. ptg, Clube Columbófilo asas de ptg., Clube Natação ptg, Clube Pesca Desportiva Alto Alentejo, Núcleo Sportinguista ptg, Org. Aventura Competições Raides Expedições, Clube Badmington ptg., Assoc. Andebol D. ptg., Assoc. Atletismo, Ases do Pedal, Assoc. Futebol de ptg., Atletismo clube ptg, Grupo motard Urra, Núcleo Árbitros de Futebol, ptg Basquete Clube, Velha Guarda S. Mamede., Liga dos Combatentes, Ginásio Andebol Clube. N.º Grupos Desportivos – Grupo Desportivo Fortios, Grupo Desportivo Portalegrense 1925, Sport Clube Estrela, Grupo Desportivo Urra, Grupo Desportivo V. Cavalos, Grupo Desportivo Alegrete, Grupo Desportivo Serra Leite N.º Total Equipamentos Desportivos e respectivos utentes Pavilhões – 1 Piscinas – 5 – Reguengo, Ribeira de Nisa, Portalegre, Bº Assentos, Qt.ª Saúde) Salas de Desporto – 3 Ginásios – 4 jacobis, Boavista, Silvina candeias, clínica fisiátrica Polidesportivos/campos de pequenos jogos – 17 Campos de grandes Jogos – 9 Campos de Ténis – 1 Kartódromo – 1 Picadeiros – 1 Campos de Golfe – 0 Fonte: CMP 76 Anexo 2 Pólos de Expressão Sócio – Cultural e Recreativa Associações culturais/recreativas e desportivas – A.D.R.C.C – Carreiras, A.D.R.C. – Alagoa, A.C. Recreativa Alegretense Centros culturais/recreativos e desportivos – Centro Cultural Desportivo ptg., Centro cultural. Desportivo Reguengo, Centro Cultural Desportivo Vargem, CPT Assentos, CPT S. Cristóvão CPT Caiense, Centro da Serra de ptg., V. Cavalos, liga Combatentes, S. Julião, Alagoa, carreiras, C.C.D. CMP, C.C.D. Fábrica Lanifícios, C.C.D. Selenis, C.C.D.Cip – GNR, C.C.D.Colégio Diocesano St.º António, C.C.D. – CTT, C.C.D. Grupo F.C. Boavista, C.C.D. Hospital Dr. José Maria Grande, C.C.D.S.R.M. Alegretense, C.C.D. Crédito Predial Português, C.C.D. EDP, C.C.D.Jonhson Controls, C.C.D. Segurança Social Grupos de Teatro Profissional – 1 Companhia de Teatro de Portalegre Grupos de Teatro amador – 1 AMAIA – Mouzinho Silveira Escolas de Música – Silvina candeias - particular, conservatório, Adágio – particular Bandas e Orquestras – Euterpe, Bombeiros voluntários ptg., Alegretense Grupos Corais – Orfeão de Portalegre, Associação Cultural Sons do Campo, Cruz Vermelha – del. Ptg., 1 semeador, Grupos Religiosos – Sé e S. Lourenço. Ranchos Folclóricos - Rancho Folclórico Fortios, Grupo Folclórico e Cultural da Boavista N.º Equipamentos Culturais Teatros – 1 Museus – 1 (cidade), 1 (José régio), 1 (povoas), 1 (castelo – centro museológico), 1 (tapeçarias) Auditórios – 1 (IPJ), 1 (tapeçarias), 1 (crisfal), 1 (biblioteca), 1 (estg), 1 (ESE), 1 (Centro saúde), 1 (CDSSS), 1 ( centro de Formação Profissional ) Cinemas – 1 (crisfal), 1 (tapeçarias) Bibliotecas – 1 Imprensa – 2 jornais, 2 rádios Espectáculos Públicos – festas da cidade, artesanato e gastronomia, feira do idoso, festival juventude, ferpor, santos populares, festas de verão Discotecas – 0 Bares – 10 (Álamo, Ali Bá Bá, Correio Velho, Gémeos, Leão D’Ouro, Pielas, Porto Alegre, Bar 18, Xterna, kJ) Fonte: CMP 77