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Seminário de planejamento estratégico
empresarial ABIMAQ
A abertura do evento foi em tom de cautela
queda de 10% em relação ao ano de
e de reconhecimento dos avanços do setor
2013. O cenário otimista para o setor seria
até o momento.
a manutenção do mesmo resultado de
Ao longo da história, a indústria de
2013 e o pessimista é de queda de cerca
máquinas e implementos agrícolas teve
de 20%. Entretanto, não se pode avaliar de
seu crescimento pautado na inovação,
forma negativa essa previsão, uma vez que
com produtos desenvolvidos a partir das
o faturamento estará próximo do pico do
demandas dos produtores rurais para
setor.
obtenção de maior eficiência nas atividades
Esse cenário trás à tona a necessidade de
de manejo: preparo do solo, plantio,
melhoria na gestão, vinculada à capacidade
pulverização, colheita, entre outros. O
de governança e, nesse aspecto, o setor
aspecto inovador da indústria reflete
precisa modernizar seus modelos.
diretamente na origem do faturamento:
As palestras do dia, todas muito bem
mais de 50% provém da comercialização
avaliadas pelo público presente, pautaram
de produtos com menos de cinco anos de
os espectadores com conhecimento e
idade.
argumentos acerca dos temas inovação,
Apesar do crescimento acima de dois
tecnologia, mercado e gestão, para melhor
dígitos nos últimos anos, a melhor fase
fundamentar as discussões e decisões de
passou, e a expectativa para 2014 é de
planejamento estratégico das empresas.
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ABERTURA
Gilberto Zancopé – Presidente da Câmara Setorial
de Máquinas e Implementos Agrícolas – CSMIA /
ABIMAQ
O seminário focou o olhar para dentro das empresas,
demonstrando como elas podem se articular para
fazer a gestão da inovação e se apropriar do crescimento
apresentado no mercado agrícola brasileiro. Apresentou
também as condições para o planejamento do ano de 2014,
discutindo as condições macroeconômicas e a conjuntura dos preços
agrícolas para o ano seguinte.
Ressaltou que ao longo da história, a indústria de máquinas e implementos agrícolas sempre
foi ligada à inovação tecnológica. Devido à proximidade com os agricultores, o setor sempre
soube de suas necessidades e assim o crescimento foi pautado na inovação, com produtos
desenvolvidos a partir das demandas dos produtores, citou como exemplos de inovações
desenvolvidas visando maior eficiência no manejo: o plantio direto, a pulverização, a colheita
de algodão adensado, entre outros. Acrescentou que o aspecto inovador da indústria reflete
diretamente na origem do faturamento, sendo que mais de 50% provém da comercialização de
produtos com menos de cinco anos de idade.
Afirmou ainda que, apesar do crescimento de dois dígitos nos últimos anos, a melhor fase
passou e a expectativa para 2014 é de queda de 10%. Segundo ele, o cenário otimista é de
manutenção dos mesmos níveis de 2013 e o pessimista é de queda da ordem de 20%. Segundo
o aconselhamento geral, o ano de 2014 será de pouso suave. Depois de um ótimo 2013,
que foi influenciado pela grande seca nos Estados Unidos, o ano de 2014 será de uma volta à
normalidade. Aconselhou os associados a planejarem o ano de 2014 com uma queda de 10%
sobre o ano de 2013. Embora seja um número pessimista, lembrou que 2013 foi um ano de glória
para o setor, sem dúvida o melhor ano da sua história.
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ABERTURA
>> Continuação: Gilberto Zancopé – Presidente da Câmara Setorial de Máquinas
e Implementos Agrícolas – CSMIA / ABIMAQ
Finalizou dizendo que o cenário traz à tona a necessidade de melhoria na gestão, vinculada à
capacidade de governança, que o Brasil está devendo muito e que o setor precisa modernizar
seus modelos.
Eugênio Brunheroto – Vice-Presidente da Câmara Setorial de Equipamentos de Irrigação –
CSEI / ABIMAQ
Esclareceu que o setor de irrigação atravessa um dos melhores anos no Brasil e tudo indica que
será mantido este crescimento, pois existe financiamento adequado e programas de incentivo
bem conduzidos como o Mais Água Mais Renda no Rio Grande do Sul, que deverá ser replicado
em São Paulo.
No entanto, ponderou que o gargalo para a expansão da irrigação é a falta de energia elétrica no
campo e a dificuldade de obtenção de outorga d´água e licenciamento ambiental.
Apesar destes problemas que limitam novos projetos, destacou o trabalho da ABIMAQ na busca
por financiamento adequado, redução de cara tributária no setor, entre outros benefícios ao
agricultor, ao longo do tempo contribuíram para a pujante agricultura do país que bate recordes
de produção com inovação e tecnologia.
Carlos Pastoriza – Diretor Secretário da ABIMAQ
Lamentou que a situação favorável do setor não seja a mesma para todos os demais setores
representados pela entidade, mas ressaltou que a ABIMAQ não tem medido esforços para
minimizar os problemas com as demais câmaras setoriais.
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Palestra: O acesso a novas tecnologias de produção e o impacto da
mecanização na agricultura familiar do Brasil: A experiência do Programa
Mais Alimentos.
Palestrante: Laudemir Müller, Secretário Executivo do Ministério do
Desenvolvimento Agrário - MDA
O Brasil apresenta 80 milhões de hectares em agricultura familiar e 88
milhões de hectares em assentamentos. É preciso mapear a diversidade
do rural brasileiro e traçar estratégias focadas para o desenvolvimento.
Para tanto, é necessário atrair para a agricultura familiar mais tecnologia
e investimentos.
Destacou que o foco do Plano de Safra da Agricultura Familiar é baseado
no tripé: tecnologia e inovação, financiamento e segurança (clima e preço),
para que o produtor rural possa produzir mais alimentos e com melhor qualidade.
Para isso, é preciso manter o valor da cesta básica estável, pois não adianta crescer o ganho
de renda das famílias se a elevação de preços força a gastar mais com alimentos.
Quanto à exportação de tecnologia em máquinas e implementos, comentou sobre o potencial
de exploração dos mercados da América do Sul, América Central e, principalmente, África,
onde a tecnologia brasileira é a mais adequada por também se tratar de agricultura tropical.
Comentou sobre o Programa Integrado de Logística - modelo de concessão - que contempla a
expansão das ferrovias, mas que será necessário planejamento para utilizá-la de forma inteligente
visando redução de custo e elevação na eficiência.
Durante o debate, foram apontadas as políticas do MDA que iimpactam positivamente e agregam
às políticas do setor de máquinas e implementos agrícolas. Entende que o Programa Mais Alimentos
Internacional também contribuíra nesse sentido, salienta do que o programa tem repercutido
positivamente em fóruns internacionais, como a ONU (Organização das Nações Unidas).
Mediador do Debate: Gilberto Zancopé
Presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas – CSMIA/ABIMAQ
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Palestra: Pesquisa, desenvolvimento e inovação na agricultura.
Palestrante: Ladislau Martin Neto, diretor executivo de Pesquisa &
Desenvolvimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Embrapa
Durante a palestra, ressaltou que o Brasil tem atingido suas metas
de redução de emissão de CO2, às quais aderiu voluntariamente em
Copenhague na Dinamarca.
O Brasil - potência agrícola, energética e ambiental – apresenta exemplos
concretos dos retornos financeiros obtidos com o investimento em
pesquisa e tecnologia, como a fixação biológica do nitrogênio que reduz o
uso do adubo nitrogenado.
É preciso ter clareza das oportunidades ao redor, proporcionadas pelo caráter de
multifuncionalidade da agricultura: biomassa, biomateriais, química verde, alimento, nutrição,
saúde, entre outros.
A introdução de máquinas e implementos nos processos produtivos deve contribuir para agregar
valor e reduzir a penosidade no ambiente de trabalho.
Por fim, realçou alguns fatores de impulsão à agricultura brasileira:
• Avançado sistema de inovação em agricultura;
• Automação em irrigação;
• Agricultura de precisão;
• Automação em estudos sobre o meio ambiente – tecnologias para antecipar o futuro;
• Corredor de Nacala no continente africano– semelhanças com o Cerrado brasileiro;
• Cluster de negócios no agronegócio para agregação de valor e inserção nas cadeias globais.
Mediador do Debate: Celso Casale
Vice - Presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas – CSMIA/ABIMAQ
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Palestra: O impacto da inovação na gestão das empresas.
Palestrante: Carlos Arruda – Diretor Executivo Adjunto, Dom Cabral
A visão é pouco otimista quando se trata da capacidade de inovação na
gestão das empresas brasileiras. No geral, as empresas se enquadram em
dois cenários:
• A)Céu de brigadeiro – com perspectiva de inovar e crescer;
• B) Inferno de Dante - sem perspectiva de crescimento, em retração.
Quase a totalidade das empresas tem a proposta de inovação como opção de
estratégia, mas poucas a implantam. Há o predomínio da orientação para o passado.
Apresentação dos 3 “graus” da inovação:
• Inovação 1.0 - limitada ao conhecimento que a própria empresa pode aportar;
• Inovação 2.0 - extrapola a capacidade de conhecimento interna da empresa. Tem que buscar
através de parcerias e cooperação;
Hoje, o gestor de inovação é um gestor do conhecimento do que tem disponível no mundo - para
avaliar e trazer para a empresa.
• Inovação 3.0 - envolve o stakeholder(*). Vai além das parcerias para o desenvolvimento do
produto, tem que envolver os agentes de gestão dos recursos naturais e a sociedade.
O Brasil é um país que adota a sustentabilidade, mas não gera a tecnologia para implantar o
conceito. Nesse sentido, corre o risco de ser sustentável, mas pobre, porque terá de importar a
tecnologia.
Onde está o conhecimento (capacidade) e quais os resultados das inovações para o mundo?
O Brasil tem um posicionamento estratégico para a inovação, mas o caminho para ser inovador
é longo. O fato é que o país tem piorado nesse aspecto devido alguns limitadores:
• Processos burocráticos lentos e disfunção nas regulações;
• Baixa qualidade da educação;
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7
>> Continuação: Palestra (Carlos Arruda – Diretor Executivo Adjunto, Dom Cabral)
• Falta da capacitação da mão de obra - a baixa qualidade da educação afeta a capacidade do país
em desenvolver técnicos e pesquisadores qualificados para gerar a inovação. No geral, o setor
privado contorna o problema ao investir em capacitação da sua mão de obra.
As empresas que objetivam implantar a proposta de inovação tem que se posicionar para tal. A
cultura tem que ser “abraçada” pelos empresários e diretoria, não pode ser delegada. Os gestores
devem estar motivados e a empresa integrada. É preciso abertura e agilidade para escutar as
demandas dos clientes e transmiti-las para as áreas competentes. A liderança tem que desafiar e
acompanhar a equipe.
Até 2030, o Brasil passará a ser um país de velhos, o que muda o comportamento e hábitos da
população, para os quais as empresas devem estar preparadas com as tecnologias.
Salientou que a longevidade das empresas está relacionada a capacidade de crescer continuamente
e de antecipar as mudanças do futuro. É preciso buscar mecanismos de antecipação e formas de
pensar diferente, não aceitar o óbvio.
(*) Termo usado em diversas áreas como gestão de projetos, administração e arquitetura de software referente às partes interessadas
que devem estar de acordo com as práticas de governança corporativa executadas pela empresa.
Mediador do Debate: João Marchesan
Vice - Presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas – CSMIA/ABIMAQ
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Palestra: Expansão da área para aumento da oferta.
Palestrante: Evaristo Eduardo de Miranda, Coordenador na Secretaria de
Acompanhamento e Estudos Institucionais da Presidência da República.
A problemática apresentada durante a palestra pode se traduzir em como
o setor deve inovar para produzir cada vez mais em menos área, dado
duas constatações:
• Os ganhos de produtividade na agricultura brasileira são decrescentes:
a produtividade da agricultura cresce, mas cada vez menos. Fica apenas
a ressalva da expansão no uso da irrigação representar um “salto quântico”
no potencial produtivo;
• Questão de governança no uso do território brasileiro: segundo estudo de Gestão
Territorial da Embrapa, a área disponível para a agricultura tem caído nos últimos anos.
Mediador do Debate: João Tadeu Franco Vino
Presidente do Grupo de Armazenagem da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos
Agrícolas – CSMIA/ABIMAQ
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Apresentação: Nova Estrutura Funcional da ABIMAQ
José Velloso Dias Cardoso, Presidente Executivo da ABIMAQ
Iniciando sua apresentação, abordou as mudanças que ocorreram há
3 meses na entidade e o que está sendo feito para melhorar a
competitividade da indústria de máquinas nacional.
Informou que a ABIMAQ representa 6.000 empresas do setor de bens
de capital e possui 1.600 delas em seu quadro associativo, divididos em
30 câmaras setoriais que compõem a estrutura da ABIMAQ.
Destacou que um dos objetivos da gestão do Presidente Luiz Aubert Neto é de
profissionalizar a entidade, com isso, em abril de 2013 promoveu mudança no estatuto incluindo
a figura do Presidente Executivo.
Dando seguimento a apresentação, foi exibido o organograma da entidade destacando todas as
áreas envolvidas, como:
• Tecnologia – Diretor Executivo João Alfredo S. Delgado:
Análises técnicas, modernização industrial, cadastro industrial e inovação tecnológica.
• Mercado Externo – Diretor Executivo Klaus Curt Muller:
Defesa comercial, COMEX, negociação e promoção, incluindo o convênio com a APEX que
promove as feiras no exterior.
• Jurídico e Coorporativo – Diretor Executivo Hiroyuki Sato:
Relacionamento com a área financeira, defesa jurídica, negociação trabalhista e jurídico interno
da entidade.
• Competitividade – Diretor Executivo Mário Bernardini:
Reúne todos os trabalhos apresentando as propostas a todos os níveis governamentais e a área
estatística.
• Relações Institucionais – Diretor Executivo Márcio Ribaldo:
Responsável pelos assuntos políticos e assuntos institucionais da entidade.
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>> Continuação: Apresentação (José Velloso Dias Cardoso, Presidente Executivo da ABIMAQ)
• Divisão Administrativa e Financeira – Gerente Divisional Fernando D’Angelo
Responsável pelas atividades internas: Recursos humanos, tecnologia da informação, financeiro
e compras.
• Divisão Expansão Associativa - Gerente Divisional Eucélio Estevam Silva:
Responsável pelo relacionamento com o associado e pelas sedes regionais da ABIMAQ.
• Divisão de Marketing – Gerente Divisional Lariza Pio:
Responsável pela área de marketing do setor de máquinas e pelo marketing interno, além dos
eventos, sendo internos e externos como as feiras nacionais.
• Gerência de Mercando Interno – José Velloso e Sandra Stelutti
Responsável pelos conselhos de óleo e gás, conselho automotivo, conselho de saneamento
ambiental, conselho de energia eólica , conselho de bioenergia e conselho de metalurgia e
mineração
• Gerência de Responsabilidade Sócio Ambiental – Alessandra Bernuzzi
Dando continuidade o Sr. Velloso expos as ações praticadas por cada área da ABIMAQ e
comentou sobre a apresentação da Agenda Estratégica Setorial ao Ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, Sr. Fernando Pimentel, no início de Outubro, disponibilizando
um resumo para cada participante do Seminário, destacando os principais objetivos:
Aumentar o consumo aparente de bens de capital com redução simultânea do coeficiente de
importação; Aumentar as exportações de bens de capital; e Aumentar a competitividade da
indústria de bens de capital.
Aproveitou para mencionar que todas as áreas possuem conselhos que estão abertos para os
associados que tenham interesse em participar.
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Palestra: Analise da conjuntura macroeconômica no Brasil e no Mundo.
Octávio de Barros, Economista – Chefe do Bradesco
Ao longo da sua palestra destacou a necessidade de superar a crise de
confiança do país e a necessidade de ganho em eficiência. Apresentou
fatos relevantes para delinear a conjuntura macroeconômica que envolve
a oferta e o custo da mão de obra, crescimento do Brasil, a origem dos
problemas dos gargalos e a infraestrutura, eficiência e produtividade,
abaixo delineados:
• A oferta de mão de obra cai mais do que a sua demanda. O Brasil foi o país que
mais aumentou o salário industrial de 1995 a 2006. Assim, a depreciação do câmbio
pode trazer um novo fôlego à competitividade, mas apenas se acompanhado de aumento de
produtividade.
• Uma pesquisa exclusiva desenvolvida pelo Bradesco apontou uma melhora de percepção em
relação à redução do incomodo da concorrência externa. O Brasil apresenta um problema de
custos estrutural em todos os setores. Assim, apesar de, depois da China, ser o país emergente
com a maior diversidade industrial, não tem competitividade. O Brasil tem a indústria mais
internacionalizada do mundo emergente, mas está desintegrada das cadeias globais.
• Por apresentar uma escala superior aos demais países da América Latina, apesar dos problemas,
o Brasil é capaz de atrair investidores globais. Ainda é um país com muitas oportunidades.
A incompetência na governança rouba 0,8 % do PIB (Produto Interno Bruto).
• O consumo tende a crescer alinhado com o PIB. O ciclo de crescimento do Brasil nos próximos
10 anos será devido aos investimentos em infraestrutura, óleo e gás. Em especial nas estradas
e aeroportos, porém não haverá investimentos em ferrovias. O Brasil é vítima de seu próprio
sucesso. Os principais gargalos do país são reflexos do que “deu certo” nos últimos
10 anos. Atualmente 70% da população é formada pela classe ABC; melhora no IDH (Índice
de Desenvolvimento Humano); aumento de 10 anos na expectativa de vida dos brasileiros;
mais de 90 milhões de contas bancárias abertas. Nesse mesmo período, houve um aumento de
23 milhões de veículos e 2 milhões de caminhões, porém estão circulando nas mesmas estradas
de 10 anos atrás.
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>> Continuação: Palestra (Octávio de Barros, Economista – Chefe do Bradesco)
• O planejamento da infraestrutura requer demanda e previsibilidade regulatória, além de
investimentos.
• O Brasil precisa de uma revolução na agenda da eficiência e produtividade. Os custos salariais
são irreprimíveis, mas o país tem uma jazida de produtividade que ainda pode ser explorada.
Algumas alternativas são: mais automação e importação de mão de obra qualificada.
• O Brasil viverá um ciclo na redução da oferta de mão de obra. Talvez os próximos 2 a 3 anos seja
um momento de reajuste do quadro, com maior automação.
• O Brasil passa de uma transição da quantidade para a qualidade.
• Expectativas:
Taxa de câmbio final de 2013: R$2,25/usd e final de 2014: R$2,35/usd.
Juros: aumento e também na taxa aplicada no PSI(Processo de Substituição de Importações).
• O Brasil tem resistência em reduzir inflação que deverá ser trazida para a meta em 5 anos. A
inflação de serviços desacelera muito mais devagar do que a da indústria, por conta da
indexação.
• É preciso consciência coletiva e imperativa em investimento. O Brasil precisa aumentar estoque
de capital para aumentar a produtividade.
• Ações concretas com o setor privado como protagonista para ter confiança do mercado.
Mediador do Debate: Pedro Estevão
Vice - Presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas – CSMIA/ABIMAQ
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Palestra: Gerenciamento de riscos e novos instrumentos para financiamentos
do agronegócio.
Palestrante: Ivan Wedekin, Diretor Geral da Bolsa Brasileira
O risco está no DNA da agricultura e podem ser traduzidos em:
Produção: gerenciado com tecnologia, zoneamento agrícola e
seguro rural.
Contrato: organizado através do marco legal, arbitragem e “fator vontade”.
Crédito: gerenciado com cadastro, garantias, seguro, novos títulos,
cadastro positivo e negócios à vista. Em 97% de 193 bilhões em crédito rural
apresentam classificação de risco normal. Não há um sistema de informação de
crédito comercial.
Preço: apoio de política agrícola (garantia de preço mínimo) – 5% da renda agrícola provém de
subsídios do governo. A volatilidade do preço decorre do descasamento entre oferta e demanda,
impacto do clima e sazonalidade na produção, taxa de câmbio (e outras variáveis macro),
movimento de capitais (ação de hedge funds (*)).
Atentou que a combinação do preço de commodity elevado e disponibilidade de crédito podem
levar a decisões macroeconômicas equivocadas das empresas.
(*) é uma forma de investimento alternativa, de altíssimo risco, com poucas restrições e altamente especulativo.
Mediador do Debate: José Ronaldo Vilela Rezende
Sócio e Líder de Agronegócio da PwC
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Palestra: Tendências dos Mercados de Commodities Agrícolas
Palestrante: André Pessoa, Sócio-Diretor do Grupo Agroconsult
Conforme dados apresentados, a preocupação com a renda dos produtores
de soja e milho será maior na safra 2014/15.
Soja
A colheita norte americana avança e o resultado não está excelente, mas
melhor do que no ano passado e suficiente para o restabelecimento dos
estoques.
A China na safra 2012/13 importou um pouco menos e usou mais seus estoques - parte por preços
elevados e parte pela deficiência logística no Brasil. No próximo ano os preços devem cair um
pouco devido à recuperação da safra americana e recorde na safra sul-americana, e os chineses
devem recompor os estoques. O Ano de 2014 será um bom ano de compras chinesas, passando
de 61 milhões de toneladas para 69 milhões de toneladas, sendo 2 milhões para recomposição de
estoques.
A perspectiva de área plantada no Brasil está ao redor de 29,3 milhões de hectares, com o
crescimento em pastagens degradadas, concentrado principalmente no Mato Grosso. A safra
potencial será de 88 milhões de toneladas.
A Argentina caminha para área recorde de 20 milhões de hectares, o que leva a segunda safra
argentina acima de 50 milhões de toneladas.
Em 2014 os preços da soja devem ficar ao redor de 12 usd/bu, com leve queda no segundo
semestre. Nos EUA há tendência de crescimento da área de soja para 32 milhões de hectares
sobre a área de milho, que terá queda de 4%, eleva o potencial de produção para 95 milhões de
toneladas. As perspectivas de níveis de preços preocupantes para a safra 2014/15, justificado pela
elevação nos estoques mundiais, será a oportunidade para a China recompor os estoques em
situação confortável.
Mesmo com perspectiva de desvalorização cambial em 2014, o preço fica muito próximo do custo
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>> Continuação: Palestra (Palestrante: André Pessoa, Sócio-Diretor do Grupo Agroconsult)
de produção.
Para a safra 2014/15, a perspectiva é de níveis recordes de custo de produção, com destaque
para a mão de obra, mas desacompanhado de um aumento de produtividade. Isso leva a duas
alternativas: treinamento e mecanização.
Quanto à tomada de decisão do produtor rural para a aquisição de máquinas e implementos
agrícolas, ainda há foco muito grande na questão do crédito, mas a mão de obra vem
ganhando relevância em função dos custos diretos e das exigências da legislação trabalhista.
Cada vez mais considera-se alternativas para economizar com o custo mão de obra nas
propriedades rurais.
Quanto ao retorno, no Mato Grosso a safra 2013/14 não é tão preocupante em função das vendas
antecipadas com preços melhores. Já na safra 2014/15 os produtores atingem o breakeven
(ponto de equilíbrio), o que leva a análises mais criteriosas para investimentos. A situação deve se
manter por mais um ano em função de pressão para redução dos preços. A falta de crescimento
em dois anos no Mato Grosso pode elevar novamente os preços. No Paraná, não é o caso, pois o
preço mais baixo não inviabiliza a lucratividade da atividade devido ao diferencial logístico.
Não se fala em crise, fala-se em redução de ritmo de lucro que afeta as decisões de investimento.
Milho
Nesse ano nos Estados Unidos a safra de milho terá forte recuperação, de 70 a 80 milhões de
toneladas a mais em relação à safra passada.
No Brasil tivemos uma leve redução de área (4%) e estamos com 50% da área plantada no
Centro-Sul, ainda sem perspectiva de retração. No Mato Grosso, aqueles que possuem
infraestrutura, poderão migrar para o algodão com expectativa de 150 mil hectares. Na próxima
safra, mantida as perspectivas de preços mais baixos, haverá redução de tecnologia ou área.
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>> Continuação: Palestra (Palestrante: André Pessoa, Sócio-Diretor do Grupo Agroconsult)
A grande novidade é a entrada da China como importante player global, aproveitando o vale
dos preços. A China passará a grande importador no futuro e começa a formar seu estoque de
segurança.
Por enquanto, não há mudança expressiva no cenário internacional de estoques.
Mudança logística, o porto de São Luís começa a operar melhorando a competitividade do
escoamento. No milho, os investimentos na hidrovia do rio Tapajós podem levar a economia de
até R$4/saco.
Algodão
O consumo no mercado internacional recupera lentamente e a oferta reduz rapidamente. O
estoque gerado nos últimos anos foi esterilizado pelo governo chinês, o que ajudou os preços
internacionais a se manterem em níveis mais elevados. Sem considerar a China, os níveis dos
estoques internacionais estão baixos. A partir do próximo ano o governo chinês sinalizou que irá
começar a vender seu excedente de algodão. O cenário incerto irá inibir os produtores a investirem
nas próximas 2 safras.
Não haverá aumento na área de verão, aumenta basicamente a safrinha.
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>> Continuação: Palestra (Palestrante: André Pessoa, Sócio-Diretor do Grupo Agroconsult)
Açúcar
Com os investimentos nos últimos 3 anos, o canavial voltou a idade média ideal.
As usinas devem atingir 90% do uso da capacidade instalada.
O problema continua no subsídio no preço da gasolina.
O setor continua trabalhando no break even (ponto de equilíbrio), com perspectivas de leve
melhora na próxima safra. A rentabilidade dos fornecedores de cana melhorou um pouco para o
próximo ano.
Debate
Ainda demandará muito tempo na realização do diagnóstico da atual situação da infraestrutura
até efetivamente a implantação das ações práticas para superar os gargalos logísticos. Serão
necessários bons projetos acompanhados de boas regras para solucionar o problema.
Um estudo preliminar apontou que o PSI (Processo de Substituição de Importações) é responsável
por uma venda adicional de 10 mil tratores no mercado. O que, em cenário de queda na
rentabilidade, poderá ser interpretado como uma gordura acumulada, proporcionando um fôlego
aos produtores rurais na tomada de decisão em investimentos em novas máquinas e implementos.
A dose do remédio não pode virar veneno, é preciso administrar de forma bastante responsável
no médio e longo prazo.
Mediador do Debate: Rui Pereira Rosa
Superintendente Executivo do Bradesco
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