DISCIPLINA: Redação
DATA:
PROFESSORAS: Fernanda/Andréa/Marianna
/12 / 2014
ASSUNTO: Trabalho de recuperação
SÉRIE/ANO: 9º
NOME COMPLETO:
Nº:
Queridos alunos, aproveitem esta oportunidade de recordar o que estudamos durante este ano.
Boa sorte!
(Cada questão vale 1 ponto)
QUESTÃO 1- Cite três características do gênero conto e explique o que é o conflito existente no enredo de um conto.
QUESTÃO 2- Explique o que é tempo cronológico, tempo psicológico e também a chamada técnica do
flashback.
QUESTÃO 3- Qual é a diferença entre o conto tradicional e o conto fantástico?
QUESTÃO 4- Quais as principais características e finalidades do texto de divulgação científica?
QUESTÃO 5- Defina tese, desenvolvimento e conclusão, nos textos dissertativo-argumentativos.
QUESTÃO 6- Explique por que, nos textos dissertativo-argumentativos, deve-se evitar o uso da primeira pessoa do
discurso.
QUESTÃO 7- Explique em um parágrafo a função do texto publicitário.
QUESTÃO 8- Verificamos, nas aulas, a importância dos textos
associados à imagem, à valorização de um produto através de uma
frase bem elaborada com ambiguidades, implícitos, jogos de ideias...
Explique em um pequeno texto, se o anúncio ao lado atinge esses
objetivos.
QUESTÃO 9- Reconheça o humor inserido no anúncio e em um parágrafo, explique-o.
QUESTÃO 10- Produza um parágrafo inicial com CITAÇÃO. Tema: violência.
QUESTÃO 11- “Após a queda do muro de Berlim, acabaram-se os antagonismos leste oeste e o mundo parece ter
aberto de vez as portas para a globalização. As fronteiras foram derrubadas e a economia entrou em rota acelerada
de competição.”
Cite o tipo de parágrafo acima.
Leia o anúncio abaixo para responder às questões 12 e 13.
Não existe nada melhor que aproveitar o sol. Afinal, ele também é vital para sua saúde. Agora,
tomar sol, só com protetor solar, até às 10 h e depois das 16 h. Essa é a melhor maneira de
prevenir e combater o câncer de pele. Mesmo assim, a cada ano aumentam as vítimas do câncer
de vaidade, câncer de desinformação, câncer de negligência. Procure um médico e faça os exames
preventivos. Quanto antes você tomar essa atitude, melhor.
(Folha de S. Paulo, 29/12/2000.).
QUESTÃO 12- Se vaidade não é um tipo de doença, explique o que o anunciante quer dizer com a expressão “câncer
de vaidade”.
QUESTÃO 13- Considerando a finalidade e também o fato de que o anúncio foi publicado num jornal de grande
circulação, a expressão “câncer de vaidade” contribui para que o anúncio atinja seu objetivo? Justifique.
O anúncio abaixo é base para responder às questões 14 e 15.
Propaganda retirada da internet.
QUESTÃO 14- Explique o efeito de humor gerado pelo ato de apagar as palavras do bilhete da professora para o pai.
QUESTÃO 15- Pode-se dizer que o slogan: “Toque Mágico. Quem quer corrigir, põe a mão aqui.” atingiu o objetivo
da propaganda acima? Justifique.
Leia o texto abaixo para responder às questões 16 e 17.
QUÍMICA DA DIGESTÃO
Para viver, entre outras coisas, precisamos de energia. Como não podemos tirar energia da luz do sol para
viver, como os vegetais, essa energia usada pelo nosso organismo vem das reações químicas que acontecem nas
nossas células.
Podemos nos comparar a uma fábrica que funciona 24 horas por dia. Vivemos fazendo e refazendo os
materiais de nossas células. Quando andamos, cantamos, pensamos, trabalhamos ou brincamos, estamos consumindo
energia química gerada pelo nosso próprio organismo. E o nosso combustível vem dos alimentos que comemos.
No motor do carro, por exemplo, a gasolina ou o álcool misturam-se com o ar, produzindo uma combustão,
que é uma reação química entre o combustível e o oxigênio do ar. Do mesmo modo, nas células do nosso organismo,
os alimentos reagem com o oxigênio para produzir energia. No nosso corpo, os organismos são transformados nos
seus componentes mais simples, equivalentes à gasolina ou ao álcool, e, portanto, mais fáceis de queimar. O processo
se faz através de um grande número de reações químicas que começam a se produzir na boca, seguem no estômago e
acabam nos intestinos. As substâncias presentes nesses alimentos são decompostas pelos fermentos digestivos e se
transformam em substâncias orgânicas mais simples. Daí esses componentes são transportados pelo sangue até as
células. Tudo isso também consome energia.
A energia necessária para todas essas transformações é produzida pela reação química entre esses
componentes mais simples, que são o nosso combustível e o oxigênio do ar. Essa é uma verdadeira combustão, mas
uma combustão sem chamas, que se faz dentro de pequenas formações que existem nas células, as mitocôndrias, que
são nossas verdadeiras usinas de energia.
Fonte: SARESP 2005 – tarde – 9º EF
QUESTÃO 16- (Saresp/2005) O texto afirma que o nosso corpo pode ser comparado a uma fábrica porque
A) reage quimicamente pela combustão.
B) move-se a base de gasolina ou álcool.
C) produz energia a partir dos alimentos.
D) utiliza oxigênio como combustível.
E) Funciona 22 horas por dia.
QUESTÃO 17- (Saresp/2005) “Tudo isso também consome energia” (3º parágrafo ) No trecho, a expressão em
destaque se refere a
A) Fermentos digestivos.
B) combustíveis.
C) reações químicas.
D) usinas de energia.
E) energia.
Leia o conto abaixo para responder às questões de 18 a 20.
O velho e o sítio
(Chico Buarque de Holanda)
Encontrar aberta a cancela do sítio me perturba... Penso nos portões dos condomínios, e por um instante
aquela cancela escancarada é mais impenetrável. Sinto que, ao cruzar a cancela, não estarei entrando em algum lugar,
mas saindo de todos os outros. Dali avisto todo o vale e seus limites, mas ainda assim é como se o vale cercasse o
mundo e eu agora entrasse num lado de fora. Após a besta hesitação, percebo que é esse mesmo o meu desejo. Piso o
chão do sítio e caio fora. Piso o chão do sítio, e para me garantir decido fechar a cancela atrás de mim. Só que ela está
agarrada ao chão, incrustada e integrada ao barro seco. Quando deixei o sítio pela última vez, há cinco anos, devo ter
largado a cancela aberta e nunca mais ninguém a veio fechar.
(...) o velho sentado no tamborete faz um grande esforço para erguer a cabeça, e é o tempo que necessitava
para reconhecer nosso antigo caseiro. Deixou crescer os cabelos que, à parte as raízes brancas, parecem ter
mergulhado num balde de asfalto. A pele do seu rosto resultou mais pálida e murcha do que já era, e ele me fita com
um ar interrogativo que não consigo interpretar; talvez se pergunte quem sou eu.
Penso em lhe dar um tapa nas costas e dizer “há quantos anos, meu tio”, mas a intimidade soaria falsa. Meu
pai entraria soltando uma gargalhada na cara do velho, passaria a mão naquele cabelo gorduroso, talvez chutasse o
tamborete e dissesse “levanta daí, sacana!”. Meu pai tinha talento para gritar com os empregados; xingava, botava na
rua, chamava de volta, despedia de novo, e no seu enterro estavam todos lá. Eu, se disser “há quantos anos, meu tio”,
pode ser que o ofenda, porque é outro idioma.
Sem aviso, o velho dá um pulo de sapo e vai para o centro da cozinha, apontando para mim. Usa o calção
amarrado com barbante abaixo da cintura, e suas pernas cinzentas ainda são musculosas, as canelas finas; é como se
ele fosse de uma raça mista, que não envelhecesse por igual. Aproxima-se com molejo de jogador, mas com o tórax
cavado e os braços caídos, papeira, a boca de lábios grossos aberta com três dentes, os olhos azuis já encharcados. E
abraça-me, beija-me, recua um passo, fica me olhando como um cego olha, não nos olhos, mas em torno do meu
rosto, como que procurando minha aura. “Deus lhe abençoe, Deus lhe abençoe”, diz. Depois pergunta “que é de
Osbênio?, Que é de Clair?” e entendo que ele esperava outra pessoa, algum parente, quem sabe.
Um cacho de bananas verdes no chão da cozinha lembra-me que passei o dia a
chá e bolacha. Na geladeira, que é um móvel atarracado de abrir por cima, encontro um
jarro d’água, uma panela com arroz e uma tigela de goiaba em calda. Instalo-me com a
tigela à mesa, onde antigamente os empregados comiam.
O velho adivinha que
pretendo passar uns tempos no sítio, e emociona-se novamente. Cai sentado na cadeira ao
lado, e seus olhos voltam a se encharcar, desta vez com lágrimas azedas. Conta o velho
que a mulher morreu há dois anos, que ele mesmo está muito doente, que os filhos
sumiram no mundo. Tapa uma narina para assuar a outra, e conta que com ele só restaram
as crianças. Que os outros, os de fora, foram chegando e dominando tudo, o celeiro, a casa
de caseiro, a casa dos hóspedes, e contrataram gente estranha, e derrubaram a estrebaria e
comeram os cavalos. E que os outros, os de fora, só estão esperando ele morrer para tomar
posse da casa, por isso que ele dorme ali na despensa, e os netos espalhados na sala e
pelos quartos. Conta que os patrões nunca aparecem, mas, quando aparecerem, vão ter um
bom dum aborrecimento.
(BUARQUE, Chico. Estorvo. São Paulo: Companhia das Letras, 1991, p 24-27)
Imagem: http://chicotorresmo.blogspot.com.br/2010/06/o-velho-e-o-rio.html - Acesso em 05/12/2013.
QUESTÃO 18- Assinale a alternativa correta, que corresponde ao primeiro parágrafo do texto:
A) A cancela que se encontra aberta, está agarrada no chão, incrustada e integrada ao barro seco...
B) A cancela do sítio perturba o narrador, porque ela representa o limite entre o que está dentro e o que está fora do
mundo.
C) A cancela escancarada ficou assim por menos de cinco anos.
D) Cancela e portões de condomínio são similares, isto é, custam a fechar.
E) A cancela aberta é impenetrável, conforme desejo expresso do narrador.
QUESTÃO 19- Alternativa correta, que corresponde à descrição física do velho:
A) Seus cabelos têm cor igual à cor dos olhos.
B) Suas pernas, que já foram musculosas, agora são finas.
C) O seu tórax é cavado, tem papeira, e a sua boca de lábios grossos permitem ver três dentes.
D) Usa barbante para amarrar seus cabelos brancos.
E) A pele de seu rosto é morena, e os braços estão caídos.
QUESTÃO 20- Com relação ao último parágrafo, assinale a alternativa que demonstra a apreensão do antigo caseiro
com o futuro do sítio:
A) “Na geladeira, que é um móvel atarracado de abrir por cima, encontro um jarro d’água, uma panela com arroz e
uma tigela de goiaba em calda.”
B) “O velho adivinha que pretendo passar uns tempos no sítio...”
C) “Cai sentado na cadeira ao lado, e seus olhos voltam a se encharcar, desta vez com lágrimas azedas.”
D) “...e conta que com ele só restaram as crianças.”
E) “Conta que os patrões nunca aparecem, mas, quando aparecerem, vão ter um bom dum aborrecimento.”
http://www.mensagens10.com.br/mensagem/304 - 29/11/2014.
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