2º DIA DE REVISÃO
FÍSICA - GEOGRAFIA - LITERATURA - FILOSOFIA
“A P a z e s t á n a b o a Ed u c a ç ã o ”
FÍSICA
PROF. LINDEMBERG
01. A figura abaixo representa um olho humano e suas partes.
Disponível em: <http://www.opto.com.br/imgs/ben7.
Com base nas doenças do olho humano e as lentes que
os corrigem, analise as questões abaixo.
I. O astigmatismo e a presbiopia são corrigidos com lentes:
a) cilíndricas e prismáticas
b) prismáticas e cilíndricas
c) divergente e convergente
d)cilíndricas e bi focais
e) convergentes e cilíndricas
II.Quais os defeitos visuais são corrigidos com lentes esféricas?
a)presbiopia, estrabismo e miopia.
b) miopia, hipermetropia e presbiopia
c) miopia, cilíndricas e presbiopia
d) hipermetropia,astigmatismo e estrabismo
e)hipermetropia,presbiopia e astigmatismo
III .Quais as características da imagem na retina do olho
de uma pessoa que observa um objeto distante?
a) real, invertida e maior
b)real, direita e menor
c) real, invertida e menor
d) virtual, direita e menor
e) virtual direita e maior
a) manterem sua velocidade orbital constante.
b) movimentarem em relação a um ponto da superfície
terrestre.
c) terem a órbita circular, e a Terra localizar-se no centro
dessa órbita.
d) orbitarem a Terra sobre o Trópico de Capricórnio ou o
Trópico de Câncer
e) terem uma velocidade que independe de sua massa,
mas sim de sua altitude
03. O Google acaba de lançar uma ferramenta que permite
acompanhar o avanço do desmatamento da Amazônia em
quase 30 anos. De acordo com o site, a floresta Amazônica tem encolhido desde 1984 de forma acelerada para
dar espaço a terrenos para a agricultura e a criação de
gado. As imagens da superfície da Terra, capturadas pelo
satélite Landsat, mostram também a conservação de bens
naturais em outras localidades, como o crescimento urbano de Las Vegas (EUA) e a consequente redução dos
recursos hídricos; a evolução da mineração de carvão em
Wyoming (também nos EUA); a irrigação na Arábia Saudita;
a drenagem do lago Urmia (Irã); o encolhimento da geleira Columbia (Alasca) e a expansão costeira em Dubai.
Para chegar aos mapas, o satélite manda imagens com
1,7 terapixel anual da Terra, com resolução de 30 metros.
O Landsat captura a superfície desde 1972.
02. Nos últimos 50 anos a tecnologia avançou muito e o homem conseguiu desenvolver vários tipos de satélites, entre eles os da serie sacy, scd, metrológicos, de telecomunicações e por ultimo colocou em orbita com a ajuda da
china um satélite que fez em parceria com esse país o
CBERIS, que consegue tirar fotos digitais da superfície da
terá. Abaixo encontra-se as condições para que um satélite se torne estacionário. Exceto:
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A partir da análise do texto, da imagem e de seus conhecimentos acerca do Sensoriamento Remoto, assinale a alternativa correta.
a) A interação entre o satélite e os objetos da superfície
terrestre independe da energia eletromagnética, pois
nenhum corpo consegue emitir tal energia.
b) O intervalo do "visível" no espectro eletromagnético compreende as cores distinguidas pelo olho humano, o
ultravioleta e também o infravermelho, e os satélites captam os comprimentos de onda emitidos pelos objetos
terrestres.
c) O fluxo de energia eletromagnética emitida pelo Sol
está submetido a fenômenos como a reflexão, a transmissão e a absorção antes da interação com os objetos
terrestres.
d) Somente os satélites podem ser considerados objetos
responsáveis pela observação do desmatamento na Amazônia, visto que são os únicos capazes de coletar as
informações espaciais por meio da reflexão e emissão
de energia.
e) A obtenção de imagens por meio dos satélites de
sensoriamento remoto também pode ser chamada de
Aerofotogrametria, visto que a segunda capta a emissão
de energia eletromagnética dos objetos terrestres.
2
Transformadores são dispositivos eletromagnéticos
que, baseados na lei de ____________, mudam o valor
da ____________ em corrente elétrica ____________.
Assinale a alternativa que completa as lacunas.
a)Faraday - tensão - alternada
b) Faraday - tensão - contínua
c) Ampere - tensão - alternada
d) Ampere - força - alternada
05. No dia seguinte ao de uma intensa chuva de verão no Rio
de Janeiro, foi publicada em um jornal a foto abaixo, com
a legenda: Durante o temporal, no morro do corcovado,
raios cortam o céu e um deles cai exatamente sobre a
mão esquerda do Cristo Redentor.
04. (UFSM-RS)A transmissão de energia elétrica se dá a altas
voltagens, mas, nas residências, as tomadas fornecem baixas voltagens.
A alternativa que explica corretamente o fenômeno é:
a) há um excesso de elétrons na Terra.
b) o ar é sempre um bom condutor de eletricidade.
c) há transferência de prótons entre a estátua e a nuvem.
d) há uma su?ciente diferença de potencial entre a estátua e a nuvem.
e) o material de que é feita a estátua é um mau condutor
de eletricidade
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06. O salto quantico.
3
GEOGRAFIA
PROF. ARIOSTO
07. (Ufg 2013) Leia as informações a seguir.
De acordo com dados do IBGE, a distribuição da população brasileira por gênero se enquadra nos padrões mundiais; nascem mais homens que mulheres. Entretanto, as
pirâmides etárias, na fase adulta, mostram uma parcela
ligeiramente maior de população feminina. Segundo esse
órgão, em 2010, a população brasileira compreendia
49,2% de homens e 50,8% de mulheres.
.
Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso: em 26 nov. 2012.
a) O elétron quando salta de uma camada mais externa
para uma camada mais interna ele libera energia em
forma de luz radiante (fóton)
b) O elétron quando salta de uma camada mais interna
para uma camada mais externa ele libera energia em
forma de luz radiante (fóton)
c) Ao saltar de uma camada mais interna para uma camada mais externa o elétron pode liberar ou absorver
energia, depende do estado de excitação que ele está
sofrendo naquele momento.
d) Ao absorver energia, o elétron salta de uma camada
mais interna para uma mais externa, isto devido ao seu
formato extremamente pequeno que faz com que ele
tenha mais energia. O tamanho de uma partícula
subatômica está diretamente relacionado com a quantidade de energia que esta pode absorver.
e) O elétron não tem a capacidade de saltar para níveis
mais internos ou mais externos. Caso isto acontecesse o átomo perderia sua forma original e isto causaria
uma "destruição" do átomo, fazendo com que determinado elemento químico não mais existisse.
O texto menciona a existência de uma diferença entre o
número de homens e mulheres na população brasileira.
Algumas medidas diretamente voltadas para redução dessa diferença, na fase adulta, incluem
a) a geração de emprego na construção civil e a vacinação contra a gripe.
b) a implementação de programa de saúde direcionado
à população feminina e a vacinação contra a hepatite.
c) o controle da natalidade e o uso de equipamento de
proteção individual no trabalho.
d) a geração de emprego direcionada à população masculina e a redução da mortalidade infantil.
e) a redução da criminalidade e a implementação de programa de saúde direcionado à população masculina.
08. (Upe 2013) Considere o texto a seguir:
O espaço geográfico, ao contrário do espaço natural, é
um produto da ação do homem. O homem, sendo um
animal social, naturalmente atua em conjunto, em grupo,
daí ser o espaço geográfico eminentemente social.
(...) A ação do homem não ocorre de forma uniforme no
espaço e no tempo. Ela se faz de forma mais intensa em
determinados momentos e nas áreas, onde se pode empregar uma tecnologia mais avançada ou em que se dispõe de capitais mais do que naquelas em que se dispõe
de menores recursos e conhecimentos. Daí a necessidade de uma visão do processo histórico, levando-se em
conta tanto o processo evolutivo linear como os desafios
que se contrapõem a este processo e que barram ou desviam da linha por ele seguida. Para melhor compreender
o processo de produção do espaço geográfico, é indispensável a utilização de conceitos hoje largamente aceitos nas ciências sociais, como os de modo de produção e
de formação econômico-sociais. Ao analisarmos a evolução da humanidade e da conquista da natureza pelo ho-
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mem, temos que admitir que esse começou a produzir o
espaço geográfico na ocasião em que pôde abandonar as
atividades de caça, pesca e coleta como principais e passou a realizar trabalhos agrícolas e de criação de animais.
Claro que a passagem foi feita lentamente e que o homem,
transformado em agricultor e criador de animais, continuou
a caçar e a pescar, como o faz até os dias atuais, mas essas
atividades, antes exclusivas, tornaram-se complementares.
ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia Econômica. São Pau
lo, Editora Atlas, 1987. (Adaptado)
É CORRETO afirmar que o autor, no texto que você acabou
de ler,
a) opõe-se à posição filosófica assumida pelos geógrafos
que defendem a Geografia Crítica.
b) estabelece os mais importantes princípios que norteiam
o Determinismo Geográfico, uma das correntes fundamentais da Geografia Clássica que explica a produção
do espaço geográfico.
c) defende que o espaço natural, por suas características
particulares, assemelha-se ao espaço social e que deve
ser estudado pela História e pela Geografia.
d) advoga que a produção do espaço geográfico é uma
função dos níveis técnico e econômico em que se encontra a sociedade.
e) propõe que, para o equilíbrio do Sistema Terra, é necessário os seres humanos retornarem às atividades
extrativas, especialmente a caça e a pesca, e também à
agricultura tradicional.
09. (Enem PPL 2013) Foi lento o processo de transferência da
população para as cidades, pois durante séculos o Brasil foi
um país agrário. Foi necessário mais de um século (século
XVIII a século XIX) para que a urbanização brasileira atingisse a maturidade; e mais um século para que assumisse as
características atuais.
ENDLICH, A. M. Perspectivas sobre o urbano e o rural.
In: SPOSITO, M. E. B.; WHITACKER, A. M. (Orgs.).
Cidade e campo: relações e contradições entre o urbano e o
rural. São Paulo: Expressão Popular, 2006 (adaptado).
A dinâmica populacional descrita indica a ocorrência do
seguinte processo:
a) Migração intrarregional.
b) Migração pendular.
c) Transumância.
d) Êxodo rural.
e) Nomadismo.
10. (Uepb 2013) "Estamos chegando a 9 bilhões de pessoas no
planeta e, nos últimos anos, a fome no mundo aumentou
em vez de diminuir. Não é uma questão de produtividade
porque, apesar deste (aumento na produção de alimentos)
ter crescido muito, temos hoje quase 1 bilhão de pessoas
4
que passam fome. [...] Especular em cima da vida e da
morte das pessoas sempre foi um grande negócio - antes era a guerra, agora também é a comida."
(SARAGOUSSI, Muriel. "Cresça". Le Monde
diplomatique Brasil. Ano 5, número 58, maio de
2012. Encarte. p. 2 e 3)
De acordo com o fragmento do texto de Saragoussi, podemos concluir que:
a) O ritmo de crescimento da produção de alimentos,
que pode ser comparado a uma progressão aritmética (1, 2, 3, 4...), não teve como acompanhar o ritmo
de crescimento da população mundial, que aumentou em um ritmo muito mais rápido, comparado a
uma progressão geométrica (1, 2, 4, 8...).
b) Malthus estava certo ao alertar para o fato de que o
crescimento desordenado da população acarretaria
a falta de alimentos para a população e a fome como
consequência.
c) O excedente populacional do planeta acarreta o subdesenvolvimento e a fome, pois não há recursos para
suprir as necessidades de tanta gente.
d) A oferta de alimentos no mundo segue a lógica do
mercado capitalista, tem acesso quem tem recursos
para adquiri-lo.
e) A fome no planeta só será resolvida quando os países
ricos disseminarem pelos países subdesenvolvidos
práticas agrícolas intensivas, com mecanização da
produção e o uso de sementes geneticamente melhoradas.
11. (Enem PPL 2013) O governo de Cingapura, que vem
enfrentando reclamações de residentes que precisam
competir com estrangeiros por emprego, endureceu as
regras para que empresas contratem funcionários de outros países para posições de nível médio. A partir de janeiro de 2012, um estrangeiro precisa ganhar 3 000 dólares
cingapurianos (2 493 dólares americanos) ou mais por
mês antes de se qualificar para um visto de trabalho que
lhe permitirá trabalhar em Cingapura.
Cingapura endurece regras para contratação de estrangeiros. Disponível em: www.estadao.com.br. Acesso
em: 17 ago. 2011 (adaptado).
As medidas adotadas pelo governo de Cingapura
objetivam favorecer a
a) inserção da mão de obra local no mercado de trabalho.
b) participação de população imigrante no setor terciário.
c) ação das empresas estatais na economia nacional.
d) expansão dos trabalhadores estrangeiros no setor primário.
e) captação de recursos financeiros internacionais.
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12. (Espcex (Aman) 2013) Assinale a alternativa que apresenta
características da dinâmica populacional de um país quando este conclui a sua transição demográfica.
a) Alta taxa de fecundidade e de mortalidade.
b) Alta taxa de natalidade e baixa taxa de mortalidade.
c) Alta taxa de fecundidade e baixa taxa de mortalidade.
d) Baixa taxa de fecundidade e alta taxa de mortalidade.
e) Baixa taxa de natalidade e de mortalidade.
13. (Fgv 2013) Em áreas urbanas, a ocupação de várzeas e
planícies de inundação natural dos cursos d'água e de
áreas de encosta com acentuado declive tem sido uma
das principais causas de desastres naturais, ocasionando
todos os anos a mortalidade e a morbidade a milhares de
vítimas, além de perdas econômicas em termos de
infraestrutura e edificações.
J. A. A. SILVA et al. O Código Florestal e a Ciência.
2011, p. 14. Disponível em http://www.sbpcnet.org.br/site/
arquivos/codigo_florestal_e_a_ciencia.pdf.
(
5
de menor precipitação.
) Canalização é o processo pelo qual o curso de água
é conduzido por meio de canais ou valas escavadas,
retilinizando seu leito e regularizando sua direção.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses,
de cima para baixo, é
a) V - F - F - V.
b) F - V - V - V.
c) V - V - F - F.
d) F - F - V - V.
e) V - V - V - F.
15. (G1 - ifsp 2013) Como ocorreu na região Centro-Oeste, há
um produto agrícola provocando uma verdadeira transformação econômica nos cerrados nordestinos, principalmente nos estados da Bahia, do Piauí e do Maranhão,
conforme se pode observar nas áreas destacadas do mapa
Sobre esse tema, é correto afirmar:
a) A inundação das várzeas e das planícies são fenômenos que só ocorrem em áreas urbanas.
b) Desastres naturais são aqueles que decorrem de dinâmicas da natureza, sobre as quais os efeitos das ações
antrópicas são praticamente nulos.
c) Nas áreas urbanas, a impermeabilização das várzeas
facilita a ocorrência de inundações.
d) Mesmo sob condições climáticas extremas, não é possível a ocorrência de deslizamentos de massa em encostas recobertas com vegetação natural.
e) Os danos potenciais dos desastres naturais são menores em áreas urbanas adensadas, nas quais a dinâmica da natureza já foi sensivelmente alterada pela ação
antrópica.
14. (Ufrgs 2013) Uma pequena parte de água doce do planeta
flui, no estado líquido, por cursos de água e lagos nas
áreas continentais.
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre as águas continentais superficiais.
(
) Foz de curso de água em forma de estuário ocorre
quando ele deságua no oceano, formando canais e
ilhas.
( ) Cursos de água, localizados em regiões com índices
pluviométricos anuais altos, possuem regime fluvial perene.
( ) Cheias ou inundações dos cursos de água ocorrem
na estação mais chuvosa; e as vazantes, nas estações
O produto referido no texto e cultivado nas áreas destaca
das do mapa é
a) a cana-de-açúcar.
b) a soja.
c) o arroz.
d) a laranja.
e) o cacau.
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16. (Enem 2013) Texto I
A nossa luta é pela democratização da propriedade da
terra, cada vez mais concentrada em nosso país. Cerca de
1% de todos os proprietários controla 46% das terras. Fazemos pressão por meio da ocupação de latifúndios improdutivos e grandes propriedades, que não cumprem a função
social, como determina a Constituição de 1988. Também
ocupamos as fazendas que têm origem na grilagem de terras públicas.
Disponível em: www.mst.org.br. Acesso em: 25 ago. 2011
(adaptado).
Texto II
O pequeno proprietário rural é igual a um pequeno proprietário de loja: quanto menor o negócio mais difícil de manter, pois tem de ser produtivo e os encargos são difíceis de
arcar. Sou a favor de propriedades produtivas e sustentáveis
e que gerem empregos. Apoiar uma empresa produtiva que
gere emprego é muito mais barato e gera muito mais do
que apoiar a reforma agrária.
LESSA, C. Disponível em: www.observadorpolítico.org.br.
Acesso em: 25 ago. 2011 (adaptado).
Nos fragmentos dos textos, os posicionamentos em relação
à reforma agrária se opõem. Isso acontece porque os autores associam a reforma agrária, respectivamente, à
a) redução do inchaço urbano e à crítica ao minifúndio
camponês.
b) ampliação da renda nacional e à prioridade ao mercado
externo.
c) contenção da mecanização agrícola e ao combate ao
êxodo rural.
d) privatização de empresas estatais e ao estímulo ao crescimento econômico.
e) correção de distorções históricas e ao prejuízo ao
agronegócio.
LITERATURA
PROF. RÔMULO ARANTES
17. Leia os textos abaixo.
Texto I
Poema de sete faces
Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
6
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.
(...)
(Carlos Drummond de Andrade)
Texto II
Com licença poética
Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
-- dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.
(Adélia Prado)
18.(R&R) Os poemas acima representam a proposta moderna e contemporânea da literatura brasileira, sendo possível perceber as seguintes propostas de elaboração poética, exceto:
a) ambos os poemas apresentam além da função poética a função emotiva da linguagem.
b) percebemos uma relação de intertextualidade entre
os dois poemas, sendo que o texto II passa a ideia de
uma resposta ao texto I em perceptível engajamento
a exaltação da mulher.
c) ambos os textos apresentam fortes marcas da função
emotiva da linguagem, no entanto apenas o texto II
apresenta claramente caráter metalinguístico.
d) os dois poetas adotam uma postura de flexibilidade
formal, característica comum à poesia moderna e contemporânea.
As casas espiam os homens
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e) podemos perceber que há uma intertextualidade entre
os dois poemas, tendendo a paráfrase, uma vez que o
texto II mantém o sentido original do texto I.
Leia o texto abaixo.
Texto I
Ave a raiva desta noite
A baita lasca fúria abrupta
Louca besta vaca solta
Ruiva luz que contra o dia
Tanto e tarde madrugada.
LEMINSKI, P. Distraídos venceremos. São Paulo:
Brasiliense, 2002 (fragmento).
19. No texto de Leminski, a linguagem produz efeitos sonoros e
jogos de imagens. Esses jogos caracterizam a função poética da linguagem, pois
a) objetivam convencer o leitor a praticar uma determinada ação.
b) transmitem informações, visando levar o leitor a adotar
um determinado comportamento.
c) visam provocar ruídos para chamar a atenção do leitor.
d) apresentam uma discussão sobre a própria linguagem,
explicando o sentido das palavras.
e) representam um uso artístico da linguagem, com o
objetivo de provocar prazer estético no leitor.
Leia o texto abaixo.
Texto I
Tratado geral das grandezas do ínfimo
A poesia está guardada nas palavras - é tudo que eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado.
Sou fraco para elogios.
7
d) segue a linha da poesia pós-moderna apresentando
reflexão sobre o fazer poético, mas abre mão do caráter irônico tão caro a poesia contemporânea.
e) constrói uma obra marcada pela simplicidade, e pelo
trabalho esmerado com as palavras a partir de uma
proposta metalinguística.
Há o hipotrélico. O termo é novo, de impensada origem e ainda sem definição que lhe apanhe em todas as pétalas o
significado. Sabe-se, só, que vem do bom português. Para
a prática, tome-se hipotrélico querendo dizer: antipodático,
sengraçante imprizido; ou talvez, vice-dito: indivíduo pedante, importuno agudo, falta de respeito para com a opinião alheia. Sob mais que, tratando-se de palavra inventada, e, como adiante se verá, embirrando o hipotrélico em
não tolerar neologismos, começa ele por se negar nominalmente a própria existência.
ROSA, G. Tutameia: terceiras estórias. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 2001 (fragmento).
21.Nesse trecho de uma obra de Guimarães Rosa, depreendese a predominância de uma das funções da linguagem,
identificada como
a) metalinguística, pois o trecho tem como propósito essencial usar a língua portuguesa para explicar a própria língua, por isso a utilização de vários sinônimos e
definições.
b) referencial, pois o trecho tem como principal objetivo
discorrer sobre um fato que não diz respeito ao escritor
ou ao leitor, por isso o predomínio da terceira pessoa.
c) fática, pois o trecho apresenta clara tentativa de estabelecimento de conexão com o leitor, por isso o emprego dos termos "sabe-se lá" e "tome-se hipotrélico".
d) poética, pois o trecho trata da criação de palavras novas, necessária para textos em prosa, por isso o emprego de "hipotrélico".
e) expressiva, pois o trecho tem como meta mostrar a
subjetividade do autor, por isso o uso do advérbio de
dúvida "talvez".
Leia o texto abaixo.
Texto I
História de assombração
20. (R&R) Sobre a poesia de Manoel de Barros, bem como a
leitura do poema acima, só não podemos concluir que:
a) o poema é marcado pela concisão, bem como pela
liberdade de expressão no tocante a estrutura formal.
b) apresenta o uso de um jogo expressivo marcado por
construções antitéticas e paradoxais para definir as
escolhas do eu lírico quanto ao universo artístico a que
se inclina.
c) valoriza as coisas e temáticas ordinariamente consideradas desimportantes.
Ah! Eu alembro uma história que aconteceu com meu tii.
Era dia de Sexta-Feira da Paixão, diz que eles falava pra
meu tii não num vai pescá não. Ele foi assim mesmo, aí
chegô lá, ele tá pescano... tá pescano... e nada de pexe. Aí
saiu um mundo véi de cobra em cima dele, aí ele foi embora... Aí até ele memo contava isso e falava É... nunca
mais eu vou pescar no dia de Sexta-Feira da Paixão...
COSTA, S. A. S. Narrativas tradicionais tapuias. Goiânia:
UFG, 2011 (adaptado).
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22. Quanto ao gênero do discurso e à finalidade social do texto
História de assombração, a organização textual e as escolhas lexicais do locutor indicam que se trata de um(a)
a) criação literária em prosa, que provoca reflexão acerca
de problemas cotidianos.
b) texto acadêmico, que valoriza o estudo da linguagem
regional e de suas variantes.
c) relato oral, que objetiva a preservação da herança cultural da comunidade.
d) conversa particular, que favorece o compartilhar de informações e experiências pessoais.
e) anedota regional, que evidencia a fala e o vocabulário
exclusivo de um grupo social.
Sermão da Sexagésima
Nunca na Igreja de Deus houve tantas pregações,
nem tantos pregadores como hoje. Pois se tanto se semeia
a palavra de Deus, como é tão pouco o fruto? Não há um
homem que em um sermão entre em si e se resolva, não há
um moço que se arrependa, não há um velho que se desengane. Que é isto? Assim como Deus não é hoje menos onipotente, assim a sua palavra não é hoje menos poderosa do
que dantes era. Pois se a palavra de Deus é tão poderosa;
se a palavra de Deus tem hoje tantos pregadores, por que
não vemos hoje nenhum fruto da palavra de Deus? Esta, tão
grande e tão importante dúvida, será a matéria do sermão.
Quero começar pregando-me a mim. A mim será, e também a vós; a mim, para aprender a pregar; a vós, que
aprendais a ouvir.
VIEIRA, A. Sermões Escolhidos, v. 2. São Paulo: Edameris, 1965.
22. No Sermão da sexagésima, padre Antônio Vieira questiona a
eficácia das pregações. Para tanto apresenta como estratégia discursiva sucessivas interrogações, as quais têm por
objetivo principal
a) provocar a necessidade e o interesse dos fiéis sobre o
conteúdo que será abordado no sermão.
b) conduzir o interlocutor à sua própria reflexão sobre os
temas abordados nas pregações.
c) apresentar questionamentos para os quais a Igreja não
possui respostas.
d) inserir argumentos à tese defendida pelo pregador sobre
a eficácia das pregações.
e) questionar a importância das pregações feitas pela Igreja durante os sermões.
8
Leia o texto abaixo.
TEXTO I
A canção do africano
Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão...
De um lado, uma negra escrava
Os olhos no filho crava,
Que tem no colo a embalar...
E à meia-voz lá responde
Ao canto, e o filhinho esconde,
Talvez p'ra não o escutar!
"Minha terra é lá bem longe,
Das bandas de onde o sol vem;
Esta terra é mais bonita,
Mas à outra eu quero bem."
ALVES, C. Poesias completas. Rio de Janeiro: Ediouro,
1995 (fragmento).
TEXTO II
No caso da Literatura Brasileira, se é verdade
queprevalecem as reformas radicais, elas têm
acontecidomais no âmbito de movimentos literários do
que degerações literárias. A poesia de Castro Alves em
relaçãoà de Gonçalves Dias não é a de negação radical,
mas desuperação, dentro do mesmo espírito romântico.
MELO NETO, J. C. Obra completa. Rio de Janeiro:
Nova Aguilar, 2003 (fragmento).
23.(ENEM) O fragmento do poema de Castro Alves exemplifica
a afirmação de João Cabral de Melo Neto porque
a) exalta o nacionalismo, embora lhe imprima um fundo
ideológico retórico.
b) canta a paisagem local, no entanto, defende ideais
do liberalismo.
c) mantém o canto saudosista da terra pátria, mas renova o tema amoroso.
d) explora a subjetividade do eu lírico, ainda que tema
tizea injustiça social.
e) inova na abordagem de aspecto social, mas mantém
a visão lírica da terra pátria.
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“A P a z e s t á n a b o a Ed u c a ç ã o ”
Soneto
Oh! Páginas da vida que eu amava,
Rompei-vos! nunca mais! tão desgraçado!...
Ardei, lembranças doces do passado!
Quero rir-me de tudo que eu amava!
E que doido que eu fui! como eu pensava
Em mãe, amor de irmã! em sossegado
Adormecer na vida acalentado
Pelos lábios que eu tímido beijava!
Embora - é meu destino. Em treva densa
Dentro do peito a existência finda
Pressinto a morte na fatal doença!
A mim a solidão da noite infinda!
Possa dormir o trovador sem crença.
Perdoa minha mãe - eu te amo ainda!
AZEVEDO, A. Lira dos vinte anos. São Paulo: Martins
Fontes, 1996.
24. A produção de Álvares de Azevedo situa-se na década de
1850, período conhecido na literatura brasileira como
Ultrarromantismo. Nesse poema, a força expressiva da
exacerbação romântica identifica-se com o (a):
a) amor materno, que surge como possibilidade de salvação para o eu lírico.
b) saudosismo da infância, indicado pela menção às
figuras da mãe e da irmã.
c) construção de versos irônicos e sarcásticos, apenas
com aparência melancólica.
d) presença do tédio sentido pelo eu lírico, indicado pelo
seu desejo de dormir.
e) fixação do eu lírico pela ideia da morte, o que o leva a
sentir um tormento constante.
O mulato
Ana Rosa cresceu; aprendera de cor a gramática do
Sotero dos Reis; lera alguma coisa; sabia rudimentos de
francês e tocava modinhas sentimentais ao violão e ao
piano. Não era estúpida; tinha a intuição perfeita da virtude, um modo bonito, e por vezes lamentara não ser mais
instruída. Conhecia muitos trabalhos de agulha; bordava
como poucas, e dispunha de uma gargantazinha de contralto que fazia gosto de ouvir.
Uma só palavra boiava à superfície dos seus pensamentos: "Mulato". E crescia, crescia, transformando-se
em tenebrosa nuvem, que escondia todo o seu passado.
Ideia parasita, que estrangulava todas as outras ideias.
- Mulato!
Esta só palavra explicava-lhe agora todos os mesqui-
9
nhos escrúpulos, que a sociedade do Maranhão usara
para com ele. Explicava tudo: a frieza de certas famílias a
quem visitara; as reticências dos que lhe falavam de seus
antepassados; a reserva e a cautela dos que, em sua presença, discutiam questões de raça e de sangue.
AZEVEDO, A. O Mulato. São Paulo: Ática, 1996 (fragmento).
25. O texto de Aluísio Azevedo é representativo do Naturalismo,
vigente no final do século XIX. Nesse fragmento, o narrador
expressa fidelidade ao discurso naturalista, pois
a) relaciona a posição social a padrões de comportamento e à condição de raça.
b) apresenta os homens e as mulheres melhores do que
eram no século XIX.
c) mostra a pouca cultura feminina e a distribuição de
saberes entre homens e mulheres.
d) ilustra os diferentes modos que um indivíduo tinha de
ascender socialmente.
e) critica a educação oferecida as mulheres e os maustratos dispensados aos negros.
Leia o texto abaixo.
Texto I
Litania dos pobres
Os miseráveis, os rotos
São as flores dos esgotos.
São espectros implacáveis
Os rotos, os miseráveis.
São prantos negros de furnas
Caladas, mudas, soturnas.
São os grandes visionários
Dos abismos tumultuários.
As sombras das sombras mortas,
Cegos a tatear nas portas.
Procurando o céu, aflitos
E varando o céu de gritos.
Faróis à noite apagados
Por ventos desesperados.
Inúteis, cansados braços
Pedindo amor aos espaços.
Mãos inquietas, estendidas
Ao vão deserto das vidas.
[...]
Cruz e Souza. Disponível em: <www.umbraum.com/
cruz_e_souza.htm>.Acesso em: 27 fev.2013.
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10
“A P a z e s t á n a b o a Ed u c a ç ã o ”
26.O Simbolismo é uma escola literária que, na esteira do
Parnasianismo, apresenta um descompromisso com o
momento histórico no qual o poetase insere. O poema
"Litania dos Pobres",de Cruz e Souza, grande expoente do
Simbolismo brasileiro, traz algumas peculiaridades. Dessa
forma,écorreto afirmar que:
a) a maior marca simbolista do poema está no título, já que
a palavralitania quer dizer "ladainha", um tipo de oração
católica repetitiva, que se observa na estrutura dos versos, dois a dois, com a mesma metrificação.
b) ainda que carregue marcas simbolistas, o poema deixa
de sê-lo ao fazer a denúncia social,aproximando-seda
segunda geração romântica (byroniana), como nas estrofes: "As sombras das sombras mortas,/Cegos a tatear
nas portas./Procurando o céu, aflitos/E varando o céu de
gritos".
c) embora denuncie uma situação de pobreza, o
poemavaloriza a musicalidade (presença de rimas, uso
do redondilho maior, assonância em "o"), o clima escuro (também pela assonância) e os termos soturnos (como
rotos, esgotos, prantos negros), sendo, pois, simbolista.
d) embora seja de Cruz e Sousa, o poema foge ao
Simbolismo;sua estrutura fixa mantém um parentesco
com o Parnasianismo, pois no Simbolismo apenas eram
produzidos sonetos. Além disso, esse olhar sobre o podre, o sujo, o esgoto antecipa o trabalho que Augusto dos
Anjos fará posteriormente.
e) o poema, embora simbolista, aproxima-se da poesia realista, em uma tendência de denunciar os problemas
sociais dentro de uma perspectiva naturalista de recortar os segmentos mais pobres da sociedade;estes são
os "espectros implacáveis", as "sombras mortas", os "ventos desesperados".
Evocação do Recife
A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada…
BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2007.
27.Segundo o poema de Manuel Bandeira, as variações
linguísticas originárias das classes populares devem ser
a) satirizadas, pois as várias formas de se falar o português
no Brasil ferem a língua portuguesa autêntica.
b) questionadas, pois o povo brasileiro esquece a sintaxe
da língua portuguesa.
c) subestimadas, pois o português "gostoso" de Portugal
deve ser a referência de correção linguística.
d) reconhecidas, pois a formação cultural brasileira é
garantida por meio da fala do povo.
e) reelaboradas, pois o povo "macaqueia" a língua portuguesa original.
28. (ENEM - 2013) Mesmo tendo a trajetória do movimento
interrompida com a prisão de seus dois líderes, o
tropicalismo não deixou de cumprir seu papel de vanguarda na música popular brasileira. A partir da década
de 70 do século passado, em lugar do produto musical
de exportação de nível internacional prometido pelos
baianos com a "retomada da linha evolutória", instituiu-se
nos meios de comunicação e na indústria do lazer uma
nova era musical. (TINHORÃO, J.R. Pequena história da
música popular: da modinha ao tropicalismo. São Paulo:
Art, 1986 [adaptado]).
A nova era musical mencionada no texto evidencia um
gênero que incorporou a cultura de massa e se adequou
à realidade brasileira. Esse gênero está representado pela
obra cujo trecho da letra é:
a) A estrela d' alva/ no céu desponta/ E a lua tonta/ Com
tamanho esplendor. (As pastorinhas, Noel Rosa e João
de Barro).
b) Hoje/ Eu quero a rosa mais linda que houver/ Quero a
primeira estrela que vier/ Para enfeitar a noite do meu
bem. (A noite do meu bem, Dolores Duran).
c) No rancho fundo/ Bem pra lá do fim do mundo/ Onde
a dor e a saudade/ Contam coisas da cidade. (No
rancho fundo, Ary Barroso e Lamartine Babo).
d) Baby, Baby/ Não adianta chamar/ Quando alguém está
perdido/ Procurando se encontrar. (Ovelha negra, Rita
Lee.)
e) Pois há menos peixinhos a nadar no mar/ Do que
beijinhos que eu darei/ Na sua boca. (Chega de Saudade, Tom Jobim e Vinícius de Moraes).
FILOSOFIA
PROFA. LOISE ANA
"O que implica o sistema da polis é primeiramente uma
extraordinária preeminência da palavra sobre todos os
outros instrumentos do poder. Torna-se o instrumento político por excelência, a chave de toda autoridade no Estado, o meio de comando e de domínio sobre outrem".
(VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: DIFEL, 2002, p. 54.)
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ENEM 2012
29. As alternativas a seguir apresentam aspectos do valor da
palavra para o pensamento filosófico grego, à exceção de
uma. Assinale-a.
a) O louvor à honra, à virtude e aos deuses, imortalizado
pela palavra do poeta, exemplar da glória duradoura.
b) A arte oratória, com seus recursos de argumentação
antitética, com vistas ao debate público.
c) A retórica como instrumento de crítica dos valores tradicionais com base na persuasão e na arte de bem falar.
d) O cálculo sofístico do melhor e do útil em vista da
pluralidade de interesses e posições.
e) A dialética como arte dos discursos por meio do qual se
refuta ou se estabelece algo.
Podemos dividir a Filosofia Grega em alguns períodos que
são o Período pré-socrático (ou cosmológico, do final do
século VII ao final do século V a.C.), o Período socrático
(ou antropológico, do final do século V e todo o século IV
a.C,), o Período sistemático (do final do século IV ao final
do século III a.C.) e o Período helenístico ou greco-romano (do final do século III a.C. até o século).
30. Sobre esse último período é correto afirmar:
a) Nesse período a Filosofia se ocupa fundamentalmente
com a origem do mundo e as causas das transformações na Natureza.
b) Nesse período a Filosofia investiga as questões humanas, isto é, a ética, a política e as técnicas.
c) Nesse período a Filosofia busca reunir e sistematizar
tudo quanto foi pensado sobre a cosmologia e a antropologia, interessando-se sobretudo em mostrar que
tudo pode ser objeto do conhecimento filosófico, desde que as leis do pensamento e de suas demonstrações estejam firmemente estabelecidas para oferecer
os critérios da verdade e da ciência.
d) Nesse período a Filosofia se ocupa sobretudo com as
questões da ética, do conhecimento humano e das
relações entre o homem e a Natureza e de ambos com
Deus.
e) Nesse período a filosofia analisa a influência da natureza sobre o homem.
TEXTO I
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras
coisas provêm de sua descendência. Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os ventos são ar
condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por
filtragem e, ainda mais condensadas, transformam-se em
água. A água, quando mais condensada, transforma-se
em terra, e quando condensada ao máximo possível, transforma-se em pedras. BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).
TEXTO II
Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: "Deus, como
criador de todas as coisas, está no princípio do mundo e
dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face desta concepção, as especulações contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo se origina, ou
de algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios,
ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade, dão
impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de
aranha." GILSON, E.: BOEHNER, P. Historia da Filosofia
Crista. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado).
31.Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo, a partir de uma
explicação racional. As teses de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em comum
na sua fundamentação teorias que:
a) eram baseadas nas ciências da natureza.
b) refutavam as teorias de filósofos da religião.
c) tinham origem nos mitos das civilizações antigas.
d) defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas.
e) postulavam um princípio originário para o mundo.
32. (IFPI 2012) O mito grego é uma narrativa sobre a origem
das coisas, fundamentando a ordem do mundo segundo
as leis, relações e feitos dos deuses. Sobre o mito, assinale a alternativa INCORRETA.
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a) A genealogia é o modo pelo qual o mito narra a geração
dos deuses, das coisas, das qualidades, por outros seres que são seus pais ou antepassados.
b) O mito narra acontecimentos na terra como
consequência de alianças e rivalidades entre deuses, a
exemplo da Guerra de Troia.
c) O mito narra a origem das coisas no mundo encontrando recompensas e castigos que os deuses dão aos que
os obedecem, ou desobedecem, a exemplo do mito de
Prometeu.
d) Os mitos são cosmologias e teogonias, na medida que
explicam o surgimento das coisas e dos deuses.
e) Os mitos são cosmologias e teologias, na medida que
explicam o surgimento das coisas e dos deuses.
33. (UFRN) Felipe II, rei da Macedônia, conquistou a Grécia.
Seu filho, Alexandre, o Grande, consolidou as conquistas do
pai e expandiu o império em direção à Ásia, chegando até a
Índia. Na perspectiva histórica, a obra de Alexandre e de
seus sucessores imediatos foi importante porque:
a) substituiu a visão mística do mundo, presente nos povos
orientais, pelo reconhecimento intelectual proveniente
da razão e do raciocínio lógico.
b) favoreceu a difusão do modelo político das cidades-Estados da Grécia pelas regiões conquistadas no Oriente,
estimulando um governo fundamentado na liberdade e
na democracia.
c) suplantou o poder despótico predominante nos grandes
impérios orientais, os quais atribuíam aos governantes
uma origem divina.
d) possibilitou o intercâmbio de culturas, difundindo as tradições gregas nas terras do Oriente, enquanto as
mesopotâmicas, egípcias, hebraicas e persas expandiram-se para o Ocidente.
34. Para os estóicos, as ações convenientes são
a) aquelas que, em tudo e por tudo, são cumpridas segundo o logos.
b) aquelas que, embora não sendo prejudiciais, não são
conformes à natureza.
c) as mais elevadas e desejáveis ações morais, próprias do
homem sábio.
d) as que são feitas tendo em vista apenas a vantagem
de seu autor.
e) intermediárias entre as ações perfeitas e as viciosas,
ou seja, deveres.
35. "Mas quem fosse inteligente (…) lembrar-se-ia de que
as perturbações visuais são duplas, e por dupla causa,
da passagem da luz à sombra, e da sombra à luz. Se
compreendesse que o mesmo se passa com a alma,
quando visse alguma perturbada e incapaz de ver, não
riria sem razão, mas reparava se ela não estaria antes
ofuscada por falta de hábito, por vir de uma vida mais
luminosa, ou se, por vir de uma maior ignorância a uma
luz mais brilhante, não estaria deslumbrada por reflexos
demasiadamente refulgentes [brilhantes]; à primeira, deveria felicitar pelas suas condições e pelo seu gênero de
vida; da segunda, ter compaixão e, se quisesse troçar
dela, seria menos risível esta zombaria do que aquela
que descia do mundo luminoso."
(A República, 518 a-b, trad. Maria Helena da Rocha
Pereira, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1987. )
Sobre este trecho do livro VII de A República de Platão, é
correto afirmar.
I - A condição de quem vive nas sombras é digna de compaixão.
II - O filósofo, sendo aquele que passa da luz à sombra,
não tem problemas em retornar às sombras.
III - O trecho estabelece uma relação entre o mundo visível e o inteligível, fundada em uma comparação entre o
olho e a alma.
IV - No trecho, é afirmado que o conhecimento não necessita de educação, pois quem se encontraria nas sombras facilmente se acostumaria à luz.
Marque a alternativa que contém todas as afirmações
corretas.
a) II e III
b) I e IV
d) I e III
e) III e IV
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36. (Enem PPL 2012) Pode-se viver sem ciência, pode-se
adotar crenças sem querer justificá-las racionalmente,
pode-se desprezar as evidências empíricas. No entanto,
depois de Platão e Aristóteles, nenhum homem honesto
pode ignorar que uma outra atitude intelectual foi experimentada, a de adotar crenças com base em razões e evidências e questionar tudo o mais a fim de descobrir seu
sentido último.
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2002.
Platão e Aristóteles marcaram profundamente a formação
do pensamento Ocidental. No texto, é ressaltado importante aspecto filosófico de ambos os autores que, em linhas gerais, refere-se à
a) adoção da experiência do senso comum como critério
de verdade.
b) incapacidade de a razão confirmar o conhecimento
resultante de evidências empíricas.
c) pretensão de a experiência legitimar por si mesma a
verdade.
d) defesa de que a honestidade condiciona a possibilidade de se pensar a verdade.
e) compreensão de que a verdade deve ser justificada
racionalmente.
37. (Uem-pas 2012) No livro VII, do diálogo intitulado A República, do filósofo grego Platão (428-347 a.C.), a personagem Sócrates constrói uma narrativa, que ficou conhecida como a alegoria da caverna, sobre a situação do homem no que diz respeito à educação e à ausência de
educação. Nessa alegoria, a passagem do interior para o
exterior da caverna simboliza a educação do filósofo que uma vez liberto das amarras que o prendiam às sombras
no interior da caverna, isto é, ao mundo sensível, enganador e ilusório - descobre a luz da verdade, representada
pelo sol no exterior da caverna, ou seja, o mundo inteligível. A respeito da filosofia de Platão, assinale o que for correto.
01) Para Platão, o exercício da filosofia é um problema
moral, evidenciado pela conexão apresentada na ale-
goria da caverna entre a liberdade do homem e o conhecimento da verdade.
02) O método dialético, seguido por Platão em seus diálogos, é uma disputa de opiniões particulares em que
prevalecem os interlocutores mais persuasivos.
04) Platão critica a pedagogia tradicional de seu tempo,
baseada no estudo das tradições poéticas de Homero
e Hesíodo, pois a arte, sendo imitação da realidade,
não é capaz de conduzir ao conhecimento das coisas
verdadeiras.
08) Na teoria política de Platão, cabe ao filósofo o governo
da cidade, pois aquele que se dedica à busca do conhecimento verdadeiro é capaz de agir e de julgar de
forma verdadeiramente justa.
16) A alegoria da caverna mostra como o saber é ensinado pelo filósofo àqueles que, por si mesmos, não possuem o poder de conhecer as coisas verdadeiras.
Francis Bacon (1561 - 1626), chamado por muitos como
o filósofo da idade industrial, da ciência planificada, rejeita
a filosofia de Aristóteles, como sendo uma filosofia estéril
para a produção de obras que beneficiassem a vida do
homem e propõe um novo método para alcançar o domínio da natureza, mediante o conhecimento.
38. A sua "Grande Instauração" consiste em dois momentos
distintos, que são:
a) Experiência e indução;
b) Experiência e dedução;
c) Teoria dos ídolos e indução;
d) Teoria dos ídolos e experiência;
e) Indução e dedução.
(UEL-2004- Adaptada) "Que ninguém espere um grande
progresso nas ciências, especialmente no seu lado prático, até que a filosofia natural seja levada às ciências particulares e as ciências particulares sejam incorporadas à
filosofia natural. [...] De fato, desde que as ciências particulares se constituíram e se dispersaram, não mais se alimentaram da filosofia natural, que lhes poderia ter transmitido as fontes e o verdadeiro conhecimento dos movimentos, dos raios, dos sons, da estrutura e do
esquematismo dos corpos, das afecções e das percep-
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ções intelectuais, o que lhes teria infundido novas forças
para novos progressos." (BACON, Francis. Novum Organum.
Trad. de José Aluysio Reis de Andrade. 4.ed. São Paulo:
Nova Cultural, 1988. p. 48.)
39. Com base no texto, fica claro que a proposta filosófica de
Bacon consiste principalmente em:
a) Afirmar que a única finalidade da filosofia natural é contribuir para o desenvolvimento das ciências particulares.
b) Defender que o que há de mais importante nas ciências
particulares é o seu lado prático.
c) Propor que o progresso da filosofia natural depende de
que ela incorpore as ciências particulares.
d) Constatar a impossibilidade de progresso no lado prático das ciências particulares.
e) Vincular a possibilidade do progresso nas ciências particulares à dependência destas à filosofia natural.
12. A exposição e a análise do projeto cartesiano indicam
que, para viabilizar a reconstrução radical do conhecimento, deve-se
a) retomar o método da tradição para edificar a ciência
com legitimidade.
b) questionar de forma ampla e profunda as antigas ideias
e concepções.
c) investigar os conteúdos da consciência dos homens
menos esclarecidos.
d) buscar uma via para eliminar da memória saberes
antigos e ultrapassados.
e) encontrar ideias e pensamentos evidentes que dispensam ser questionados.
(Enem 2013) TEXTO I
Há já de algum tempo eu me apercebi de que, desde meus
primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão mui duvidoso
e incerto. Era necessário tentar seriamente, uma vez em
minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até
então dera crédito, e começar tudo novamente a fim de
estabelecer um saber firme e inabalável.
DESCARTES, R. Meditações concernentes à Primeira
Filosofia. São Paulo: Abril Cultural, 1973 (adaptado).
TEXTO II
É de caráter radical do que se procura que exige a
radicalização do próprio processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas
que foram anteriormente varridas por essa mesma dúvida.
SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São
Paulo: Moderna, 2001 (adaptado).
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GRUPO EDUCACIONAL
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Há 35 anos o Grupo Educacional Pro Campus
valoriza a FORMAÇÃO INTEGRAL do ser humano
São 35 anos compartilhando essas experiências, otimizando no dia a dia escolar as ações pedagógicas
desenvolvidas e aliando inovação tecnológica, respeito às potencialidades individuais dos educandos
e dos professores a uma nova proposta metodológica de ensino. O fazer pedagógico em nossas escolas
é dinâmico, participativo, rico em atividades integradas e interdisciplinares onde se põe em prática o
currículo, de acordo com o nível de ensino, o ano/série escolar e a faixa etária dos alunos. Tudo isso
ocorre num espaço em que a cooperação, a solidariedade e o compartilhamento da aprendizagem são
vividos na coletividade do contexto escolar.
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